Qualidade garantida. Mais uma vez Sem não-conformidades, HDH mantém certificação pela norma internacional N enhuma não-conformidade foi encontrada durante a auditoria externa que percorreu diversos setores do Hospital Dona Helena em maio. Significa que a instituição continua mantendo a certificação internacional da qualidade pela norma ISO 9001:2000. A conquista é fruto do envolvimento dos funcionários e da integração das normas às rotinas diárias de atendimento. Stael Martins Rosa, do instituto BRTÜV, foi a responsável pelas análises. “Todos os setores visitados estavam plenamente em ordem. A auditora elogiou os nossos trabalhos”, comemora Mônica Boege, assistente do Sistema de Gestão da Qualidade. No ano que vem, o hospital passa por uma auditoria mais aprofundada, que deve garantir a permanência do certificado. Um auditor, um médico e um especialista Auditora (sentada, de vermelho) percorreu vários setores: rotinas sempre atualizadas visitarão os setores para conferir a aplicação das normas no dia-a-dia e os avanços recentes do sistema. Em sete anos de casa, foi a primeira vez que Jaqueline Laurenço, coordenadora das recepções, esteve entre as funcionárias auditadas. “Temos as rotinas sempre atualizadas. Isso é fundamental para a melhoria contínua do sistema”, conta. Ela confessa que ficou ansiosa antes do contato com os auditores. “Depois que passou, vi que tudo o que fizemos está dentro das normas e que não temos o que temer”, conclui. Resultados mais rápidos Caio Tavares, responsável pelo laboratório: investimento é cada vez maior em softwares que facilitam a vida do paciente PÁGINA 3 • Implementada no início de maio, a consulta de exames via internet já é uma realidade. Os pacientes que optam pelo laboratório de análises clínicas do Hospital Dona Helena dispõem dessa vantagem, que garante máxima agilidade, tanto para usuários quanto para médicos. “O laboratório também ganha, principalmente quando se trata do fluxo de tempo dos processos”, garante Caio Tavares, responsável pelo departamento. A inovação segue as exigências do mercado e acompanha a evolução dos grandes centros de saúde. “Os laboratórios procuram a diferenciação por meio da liberação de resultados com qualidade, mais rapidez e o melhor custobenefício”, salienta Tavares. “A tendência natural é o investimento em tecnologias e softwares que facilitem a vida das pessoas, visando à melhoria contínua do fluxo e agregando valor ao processo envolvido.” A paciente Marinês Silveira costuma viajar com freqüência. Por isso, aprovou a novidade de contar com os resultados via internet. “Muitas vezes, não tenho tempo de pegar os exames. Posso visitar o meu médico no Rio Grande do Sul e conferir tudo online”, salienta. “Já observei que os resultados são bastante completos. Achei ótimo.” Prevenção reduz prematuridade Capacitação profissional e equipamentos modernos garantem atendimento eficaz Pilates a todo vapor NA EXPOGESTÃO • O Hospital Dona Helena participa da Expogestão 2007. O evento transcorre de 19 a 22 de junho, no Centreventos Cau Hansen, em Joinville. O hospital terá um estande na Feira Nacional de Produtos e Serviços no Expocentro Edmundo Doubrawa, paralela à Expogestão, mostrando o Serviço de Ergonomia Aplicada e o Programa de Check-up. Os visitantes concorrem a exames de check-up, massoterapia, Pilates e RPG. Haverá também um workshop para 50 pessoas sobre o serviço Ação Ergonômica, mantido pelo Dona Helena, que presta consultoria para várias empresas catarinenses, desenvolvendo projetos de ergonomia para o ambiente de trabalho. Serviço completa um ano e garante amplos benefícios aos pacientes O serviço de Pilates, oferecido há pouco mais de um ano no Hospital Dona Helena, é destinado a pacientes que procuram atividades menos radicais, por conta de lesões anteriores, cargas elevadas de estresse ou idade avançada. “Geralmente, são pessoas que já experimentaram outros exercícios e estão com lesões ou se cansaram”, esclarece a fisioterapeuta Osmarina Borgmann, responsável pela Ação Ergonômica, área do hospital que administra o serviço. Homens e mulheres mais idosos buscam o Pilates com o intuito de preservar a coordenação motora. “Ele traz a pessoa de volta para as noções de reeducação postural e respiratória, melhorando a flexibilidade”, enfatiza Osmarina. “Isso garante a manutenção da qualidade de vida, principalmente na terceira idade.” Empresários são outro perfil marcante. Aqueles que são expostos ao estresse cotidiano precisam descarregar energias. As atividades realizadas proporcionam equilíbrio entre corpo e mente. Já a decisão quanto ao tipo mais conve- O QUE É ? • Método criado pelo alemão Joseph Pilates, estudioso de anatomia, fisiologia e medicina. O objetivo foi o de unir a medicina oriental, que trabalha mais a mente, com a ocidental, focada no corpo. Em harmonia, o paciente adquire benefícios em ambas as áreas, da força muscular ao equilíbrio emocional. niente de exercícios é feita de acordo com um protocolo de avaliação e varia de caso a caso. A equipe de quatro profissionais especializados em Pilates acompanha em fotografias periódicas a postura de seus pacientes, para avaliar os resultados e a evolução de cada um. “Repetimos as avaliações a cada três meses”, ressalta a fisioterapeuta. Os exercícios podem ser individuais ou em grupos de até três pacientes. O serviço funciona das 7h às 20h e tem por objetivo “fazer com que o paciente retome as rédeas do corpo”, como diz Osmarina. Informações pelo telefone (47) 3451-3410. Pacientes satisfeitos Elisa Bernardini, 77 anos, pratica Pilates há cerca de três meses. “No início, tive a sensação de descobrir algo que nunca veria”, lembra. “Os exercícios me abriram horizontes e me deram uma possibilidade maior de ter uma vida ativa.” A capacitação dos profissionais é outro fator relevante, para esclarecer o paciente sobre tudo o que está sendo trabalhado a cada etapa. “O instrutor tem um papel predominante na nossa evolução”, confirma Elisa. ENFERMAGEM • Intercâmbio entre profissionais de saúde será a tônica do 1º Encontro Dona Helena de Enfermagem, neste dia 16 de junho, no auditório da Faculdade Cenecista de Joinville (FCJ). Na programação, temas como os benefícios da informatização do processo de Sistematização da Assistência em Enfermagem (SAE) e humanização, a cargo da professora-doutora Maria Julia da Silva, da Universidade de São Paulo (USP). O projeto Hospirrisos – Agentes da Alegria, implantado em 2006 no HDH, também será apresentado aos participantes, com o intuito de mostrar o trabalho voluntário que ajuda a confortar os pacientes. Mais informações pelo telefone (47) 3451-3344. Simpósio de Bioética será em outubro do Estado. Outra idéia é um painel sobre meio ambiente. “Esse debate será focado no cidadão. No que representa a contribuição que a população pode dar ao equilíbrio do planeta”, adianta o patologista Carlos José Serapião, um dos organizadores do simpósio. Uma conferência vai enfocar a tecnologia, “discutindo a O 9º Simpósio Catarinense de Bioética, um evento do Hospital Dona Helena, começa a sair do papel. Alguns temas que farão parte da programação já estão definidos, assim como a data do evento – 6 de outubro. Uma mesa-redonda, que vai discorrer sobre a família, pretende reunir pais, filhos, representantes de escolas e ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Endereço: rua Blumenau,123 Telefone: 47 3451-3333 – Joinville – SC. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ pesquisa científica que sofre contestações como esta: por que a utilização do conhecimento científico pode ser deletério à humanidade?”, sublinha Serapião. “Pretendemos trabalhar esse assunto focando nas fronteiras e barreiras da pesquisa científica.” As inscrições começam em setembro. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ UMA PUBLICAÇÃO DO HOSPITAL DONA HELENA. PRODUÇÃO: MERCADO DE COMUNICAÇÃO. EDIÇÃO: GUILHERME DIEFENTHAELER. REPORTAGEM: DAISY TROMBETTA. FOTOGRAFIA: PENINHA MACHADO. FOTOLITO: ARTE & TEXTO. IMPRESSÃO: IPIRANGA. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Nascidos antes do tempo Índices de prematuridade ainda preocupam, mas podem diminuir com a prevenção A prematuridade é responsável por 75% das mortes logo depois do parto, excluídos os óbitos por má-formação. Sua ocorrência vem aumentando devido à idade avançada de um grande número de mamães e ao crescimento das gestações de gêmeos, em casos de reprodução assistida. Hoje, um em cada dez bebês nascem “antes da hora”. Um dos meios para diminuir a taxa de prematuros é o trabalho com as gestantes de alto risco. Às mulheres grávidas, recomenda-se fazer todos os exames sugeridos e procurar um médico ao menor sinal de alteração. Quando os exames são feitos no tempo certo, é possível, por exemplo, acelerar o desenvolvimento pulmonar da criança, se houver indícios de nascimento antes das 34 semanas regulares de gestação. “O médico pode prevenir, usando corticóide materno. Isso contribui para as chances de sobrevivência dos prematuros”, explica a neonatalogista Renata Sfendrych (na foto). Os avanços da medicina também favorecem. Para se ter uma idéia, os bebês que nasciam a partir das 24 semanas em 1988 tinham 34% de possibilidade de sobreviver. Dois anos depois, o sucesso do tratamento já alcançava 55% dos casos. A melhoria é atribuída ao atendimento das UTIs neonatais e ao preparo dos profissionais. “O HDH tem respiradores de última geração e todos os profissionais são especialistas em neonatologia”, exemplifica Renata. “Também incentivamos o aleitamento materno e mantemos uma equipe multidisciplinar para dar suporte em todas as especialidades.” A UTI Neonatal, que conta com todo um trabalho de humanização, preza pela tranqüilidade. “É importante que os prematuros durmam bastante e encontrem um ambiente semelhante ao da barriga da mãe. Caso contrário, podem ficar com seqüelas”, alerta a neonatologista. O HDH incentiva o repouso e o contato contínuo com os pais, para fortalecer os laços e acelerar o desenvolvimento. Gestantes de alto risco Cuidar das gestações que prometem ser mais complicadas é uma das formas de diminuir o índice de prematuros. “Os problemas da prematuridade se iniciam antes do nascimento, com aumento da incidência de sofrimento fetal e de cesariana”, explica o ginecologista e obstetra Jean Carl Silva (foto ao lado). “Além da sobrevivência, temos a preocupação com o futuro dessa criança que pode, no decorrer da vida, ter problemas no desenvolvimento cerebral, respiratórios, de visão, entre outros.” Jean coordena o grupo que cuida das gestantes de alto risco no HDH. O serviço existe há sete anos e tem por objetivo prevenir o nascimento de prematuros e contribuir para o desenvolvimento saudável dos bebês. São dois grupos de mamães que se reúnem uma vez por semana e contam com auxílio de uma equipe multidisciplinar, com orientações médicas, nutricionais, psicológicas e fisioterapeutas. Elas também fazem exames periódicos para controlar a diabete. Um sonho depois da tempestade A menina Kauany nasceu com 29 semanas de gestação; hoje, aos 11 meses, é uma criança saudável Lena Yuiko Asai programava um filho já fazia um bom tempo. Em janeiro do ano passado, descobriu que a tão sonhada criança estava a caminho. Aos quatro meses de gestação, o médico constatou que o nascimento poderia ser prematuro. A mãe começou a fazer tratamento para não correr riscos maiores. Quando completou seis meses, tomou uma injeção para acelerar o desenvolvimento pulmonar da criança. Quinze dias depois, Kauany veio ao mundo, com 29 semanas de gesta- ção e apenas 25 centímetros de comprimento. “O caso da minha filha foi bem complicado. As plaquetas baixaram, a febre começou, precisou transfusão de sangue. Os médicos ficaram bastante assustados”, relembra Lena. Com dois meses de internação, Kauany começou a reagir. Agora, está com 11 meses e não apresenta seqüelas. “Mas continuamos fazendo acompanhamento para garantir o desenvolvimento saudável”, sublinha a mãe. ENTREVISTA/MÁRIO SÉRGIO BERTELLI Tudo que o paciente precisa Dispor de todo o atendimento necessário é um diferencial levado em conta pelo paciente na hora de optar por um serviço médico. Ciente da necessidade de realizar exames neurológicos com a máxima agilidade, o Hospital Dona Helena trouxe um profissional do Rio de Janeiro para coordenar o Centro de Neurofisiologia Clínica, inaugurado há pouco mais de um ano. Mário Sérgio Bertelli, especialista em Neurofisiologia, atende cerca de 30 pacientes por semana, com o objetivo de ajudá-los a desvendar suas patologias. Como identificar quando um paciente que tem problemas neurológicos necessita de avaliação neurofisiologica? A atuação em Neurofisiologia Clínica é ampla e complexa, abrangendo um contexto clínico, ortopédico, reumatologico, dentre outras especialidades, além da Neurologia propriamente dita. Partir de um sintoma único para afirmar a necessidade de avaliação neurofisiológica poderia sugerir que essa seria a solução de seus problemas, o que não é verdade. Só um profissional da área está habilitado a indicar os melhores exames, quando estes são necessários, para suas queixas. De forma grosseira, podemos dizer que sintomas como parestesias (dormências e tes eram feitos manualmente e sujeitos a vícios de interpretação e subjetividade hoje são colocados de uma maneira objetiva e exata, melhorando a precisão diagnostica. A tendência atual é de que sejam cada vez melhores e mais precisos, reafirmando constantemente a sua importância no difícil dia-a-dia dessa batalha que travamos contra as doenças e suas conseqüências. “O objetivo do Centro de Neurologia Clínica é proporcionar mais conforto aos pacientes que encontram o que precisam aqui no HDH” formigamentos), fraqueza muscular, dores no corpo e paralisias podem se beneficiar com exames de Eletroneuromiografia e Potenciais Evocados, enquanto sintomas como “ataques” (convulsões, alterações comportamentais, tonturas e desmaios etc.), deficiência de aprendizado, esquecimentos, coma, entre outros, podem se beneficiar de exames como Eletroencefalograma e Potenciais Evocados. Também realizamos Eletroencefalograma como suporte para o diagnóstico clínico de morte cerebral. anatômicos e estáticos como os de imagem (Raio-X, Tomografia etc.) – porém um não substitui o outro, apenas se complementam. Por esse motivo, alguns deles tomam tamanha importância que não são mais considerados como meros exames complementares, e sim uma extensão do exame físico neurológico. Assim, uma avaliação funcional como a que fazemos aqui gera ao médico-assistente uma idéia mais precisa de possíveis alterações neurológicas relacionadas a um sintoma ou doença especifica. O que um paciente submetido à avaliação neurofisiológica ganha, quando comparado àqueles que não dispõem desse serviço? Os exames realizados neste serviço são de caráter funcional e dinâmico, ao contrário dos exames Quais os principais avanços tecnológicos nessa área? De maneira mais rudimentar, eles já existem há mais de três ou quatro décadas. Porém, com o advento dos computadores, houve um avanço imenso na área. Cálculos e parâmetros que an- De onde surgiu a necessidade de montar um Centro de Neurofisiologia Clínica? O objetivo é proporcionar maior conforto aos pacientes, que acabam por encontrar tudo o que precisam sem sair do HDH. Além disso, aumentamos o poder de diagnóstico do hospital. Atendemos pacientes externos, que vêm por indicação médica, mas damos prioridade aos que estão internados e necessitam dos exames com mais urgência. Contamos com aparelhos de excelente tecnologia, utilizados na realização de diversos tipos de exames, tanto na área neurológica quanto na clínica, ortopédica, reumatológica, entre outras. Qual a sua formação? Cursei Medicina na Faculdade de Medicina de Valença, Rio de Janeiro. Depois, fui para a residência médica em Neurologia Clínica no Hospital Universitário Pedro Ernesto, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Ainda nesta instituição, fiz treinamentos em Neurofisiologia Clínica e acabei vindo para o HDH com o intuito de coordenar o serviço e utilizar meus conhecimentos em favor dos pacientes daqui.