f W f 1 En«fv«tteM • Nuel—m AUTARQUIA ASSOCIADA A UNIVERSIDADE DE SAO WVULO DOPAGEM DE SILÍCIO MONOCRISTAUNO PELA TRANSMUTAÇÃO COM NEUTRONS JOSÉ RICARDO SEBASTIÃO Dissertação apresentada como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Mestre em Tecnologia Nuclear. Orientador: Dr. Rajendra Narain Saxena São Paulo 1992 DOPAGEM DE SILÍCIO MONOCRISTAUNO PELA TRANSMUTAÇÃO COM NEUTRONS JOSE RICARDO SEBASTIÃO Dissertação apresentada como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Mestre em Tecnologia Nuclear. Orientador: Dr. Rajendra Narain Saxena São Paulo 1992 ÍNDICE INTRODUÇSO CAPITULO I Estrutura cristalina do SI e materials send.condutores 1.1 Estrutura cristalina do Si........ 04 1.2 Estados de energia dos elétrons em um cristal... 04 1.2.1 Condutores , isolantes e semicondutores 07 1.2.2 Propriedades básicas dos materiais semicondutores ... 08 1.2.3 Problemas na dopagem do Si pelo método convencional.. 10 1.3 Mercado do Si 13 1.4 Crescimento de monocristais de Si 14 CAPITULO I I Dopagem do Silicio pela Transmiutaçâo com Neutrons Técnica e Metodologla. 11.1 Introdução 11.2 Considerações gerais sobre reaçSes 17 nucleares no processo NTD 18 II.2.1 ReaçSes nucleares induzidas pelos neutrons 19 11.3 Relação entre dose de neutrons e Resistividade 24 11.4 Danos causados pela irradiação e tratamento Térmico pós irradiação 28 II.5 Medição da resistividade nas lâminas de Si, 30 CAPITULO III Equipamentos Utilizados e Procedimentos 11.1 Introdução 33 11.2 Reator lEA-Rl 34 11.3 Dispositivo de irradiação do Si 34 11.4 Arranjo experimental para monitoração da ativi — dade residual de P^* do cristal de Si 36 11.5 Detectores utilizados 37 11.5.1 Detector SPND 37 11.5.2 Detectores gama-Detectores de Cintilação 40 11.5.3 Detectores Beiger - Muller 41 11.6 Monitoração de Fluxo de neutrons 41 11.7 Calibração do detector Geiger 43 11.8 Calibração do detector SPND 46 CAPITULO IV Resultados Exper1mentais IV.1 Medida do fluxo de neutrons 48 IV.2 Medida do fator "self-shielding" e razão de cádmio ... 51 IV.3 Determinação do perfil vertical do fluxo de neutrons na posição de irradiação das amostras de Si..... IV.4 Determinação da eficiência do detector 56 Geiger—Mueller e cá4culos pelo método de Monte Carlo............ 58 IV.5 Calibração do detector 62 IV.6 Irradiação de tarugos e lâminas de Si no Reator lEA-Rl SPND do IPEN-CNEN/SP IV.7 Análise da Homogeneidade na Resistividade das 63 Lâminas de Si Dopadas pela Técnica NTD. , 70 CAPITULO V DiscussSo dos Resiütados e ConclusSo. 73 Aos meus filhos AGRADECIMENTOS - Ao Dr. Rajendra orientação, Narain Saxena, incentivo e pela compreensão oportunidade, nos momentos difíceis no transcorrer deste trabalho. - Â Agência Internacional de Energia Atômica ( lAEA ) , financiamento do projeto trabalho de irradiação de para o pelo desenvolvimento do monocristalino no silicio Reator lEA-Rl do IPEN. - Ã Empresa Heliodinâmica, em especial Eng- Reinaldo, pelo ao fornecimento Sr Valentino das amostras e de monocristais de silicio e tratamento térmico. - Ao Dr. Mauro da Silva Dias, pelo precioso sugestSes, sem o qual grande parte deste apoio e trabalho nSo equipe do teria sido alcançado. - Ã Dr- Marina laboratório Fallone de Koskinas Metrologia e a Nuclear sua do IPEN, pelas medidas e preparação de amostras. - Ao Sr Robert, .do Laboratório de Microeletrônica pelas sugestSes monocristais - Ao Dr. K. fornecimento de amostras POLI, de de Silicio. Heydorn, Dinamarca, e da do pela desenvolvimento Laboratório orientação do trabalho Nacional na de monocristais de Silício. - A todos os Componentes da Divisão TFF. de Riso, condução do irradiação dos RESUMO Transformação nuclear do silicio de fosforo após a reação de captura de Si^** (n,;^) Si^* um em núcleos neutron térmico . P^* + (T foi desenvolvido em uma técnica eficiente para monocristais de silicio com fósforo. dopagem Devido a dos melhor homogeneidade e precisão de dopagem que resultam do processo "Nuclear Transmutation Doping - (NTD)", um material semicondutor com características muito superiores para aplicações em diversos dispositivos do é obtido que quando obtido com dopagem quimica convencional. Um dispositivo especial foi projetado, construido e instalado junto ao núcleo do reator de pesquisa lEA-Rl, de 2 MW, tipo piscina, monocristais de silicio de até 4 Medidas extensivas e cuidadosas de para irradiação polegadas um de perfil de diâmetro. vertical de fluxo de neutrons na posição de irradiação foram realizadas. A irradiação é controlada por dois detectores de prata "self-powered" instalado junto ao dispositivo. A dose de neutrons é medida por monitore^ de cobalto tipo final irradiados Junto com cristais de silicio. Os experimentos realizados mostram a possibilidade de irradiação de cristais de silicio de até 40 cm de comprimento ( dois tarugos de 20 cm de comprimento cada um ) resultando numa uniformidade de dopagem melhor que 10% (axial) e 2.7. (radial). Valores de resistividade finais da ordem de 32-35 Ocm foram alcançados para de silício de alta resistividade tipo irradiação durante neutrons um periodo de float-zone 28-30 do horas 8-9., 10*'' n/cm^). A produção comercial do cristais (FZ) (dose com de silicio NTD com uma capaàidade modesta de aproximadamente 400 Kg por ano, parece viável dentro do presente esquema de operação do reator. ABSTRACT Nuclear transformation of silicon into phosphorus nuclei following thermal neutron capture reaction Si^" ln,r) has been developed in to Si'* a > P^' + ft- very efficient technique doping monocrysta1line silicon with phosphorus. superior doping homogeneity doping accuracy ( for Because of (small spreading resistance) and resistivity very close value) which results from the neutron to the target transmutation doping NTD process, a far better semiconductor material is obtained , far a number of devices applications, than what can be obtained through conventional chemical doping. A special irradiation rig has constructed and installed at the 2 MW been pool designed type lEA-Rl research reactor for doping single crystals of silicon up to 4 inches in diameter. Very careful and extensive measured of vertical neutron flux profile at the irradiation position have been controlled by two carried silver out. self The irradiation powered neutron is detectors placed close to the crystal positipn. The final neutron dose is measured by cobalt monitors which are irradiated together with the silicon crystals. Test experiments indicate the possibility of irradiating up to 40 cm long crystals ( two peaces of 20 cm each ) resulting in the doping 10 uniformity percent (axial) and 2 percent (radial). better Target than resistivity values of the order of 32-35 Ocm have been reached for float zone (FZ) high resistivity silicon crystals irradiated through a period of approximately 28-30 hours (neutron dose 8-9.10*^ n/cifl^). Commercial production of NTD silicon with the modest capacity of approximately 400 Kg for possible considering the present reactor. operation year seems schedule often INTR0DUÇ20 A descoberta do elemento silicio ( Si ) volta do século XIX nas décadas de IO, e 2 0 . data Este por elemento não se encontra livre na natureza, mas sim principalmente na forma de óxidos e silicatos. O silicio está presente no e estrelas e é um componente principal de uma sol série meteoritos conhecidos como aerolitos C 3 8 ] . O silicio de perfaz 25,7 7. da crosta terrestre, em peso, e é o segundo elemento mais quartzo, abundante, depois do oxigênio. ametista, ágata, pedra e opala são Areia, algumas das formas no qual o silicio aparece como óxidos. Granito, asbestos, mica, etc, são exemplos de minerais silicatos. A tabela I ilustra o elemento Si com suas propriedades fi sicas mais relevantes. São inúmeras as aplicações do areia e argila o silicio tijolo. O Si pode ser é usado empregado Si. para como Na fazer forma de concreto material e refratário para trabalhos à altas temperaturas. Na forma de.silicatos é utilizado na fabricação de esmaltes, cerâmicas, etc. Silica, como areia, é um dos principais ingredientes do vidro, que é um dos materiais mais econt^micos, com excelentes propriedades mecânicas, óticas, térmicas e elétricas. O Si é um componente importante na fabricação do aço; sendo carbeto de silicio é um dos mais importantes que o abrasivos, o utilizados em lasers para produzir luz coerente de 4500 A Uma das grandes utilizações do Si da qual trata o C383. presente trabalho, semicondutor. O é o emprego emprego de do Si como dispositivos iniciou-se nos EUA, quando em 1948 material semicondutores foram desenvolvidos 70 uso os transistores. • V'. Desde a material semicondutor década tem de crescido o muito atualmente, o consumo mundial é de mais de do Si como rapidamente, 6000 e toneladas tabela 1. Propriedades físicas mais relevantes elemento Si. Elemento : Silício Símbolo : Si Classificação periódica : Grupo IV A Numero atômico : 14 Massa atômica : 28.086 Isótopos naturais : 28 , 29 e 30 Abundância isotópica : Si^° ( 92.27% ) Si^^ ( 4.68% ) Si^° \ 3.05% ) Densidade : 2.33 g/ cm^ ( 25° C ) Ponto de fusão : 1410° C Número de valência : 4 Forma : Cúbica face centrada, tipo cristalina diamante. do por ano. O silicio é usado elétricos e eletrônicos, na maioria desde dos circuitos dispositivos integrados computadores e microprocessadores e em tiristores de para grande volume para alta voltagem [ 4 ] . Para ser usado nestes dispositivas, o silicio precisa ser dopado com outro elemento. usados sao o boro que produz um fósforo que produz um Os elementos semicondutor semicondutor fundição e formação do monocristal, semicondutor com variações na tipo—p tipo N. tradicional de dopagem incorpora o elemento utilizado mas resistividade um novo O no método da produz um longo técnica chamada de Dopagem por Transmutação com de do de 15 dopagem de silicio tipo N baseado em um processo puramente nuclear solucionou este problema. Esta nova o método cerca de e estágio ao volume do cristal de até 3 0 % . Entretanto, há anos vem sendo mais que dopagem é CNTD3, e Neutrons produz semicondutores do tipo N com variações muito pequenas no valor da resistividade, mesmo para cristais com volumes grandes. O desenvolver silicio uma NTD, superiores, objetivo do presente para produzir material de metodologia que e é vai um possibilitar eletro—eletrônica a produção de à no é Brasil o características indústria dispositivos tais como tiristores e diodos. Estes custo bem maior que os dispositivos outros trabalho nacional de potência, dispositivos produção no Brasil permitiria a substituição tem comuns de um e uma sua parte das importações. O desenvolvimento deste método visa, também, a implantação de um laboratório de controle de qualidade dos cristais de silicio atividade residual do irradiados, cristal disso, este laboratório deve para após ter a a verificação irradiação. condições de da Além medir precisão a dose de neutrons recebida pelo cristal durante irradiação, possuindo todos os com a equipamentos convencionalmente utilizados em espectroscopia gama. o capitulo I do presente trabalho, apresenta uma discussão sobre a estrutura cristalina do Si e materiais semicondutores. O capitulo II apresenta ' a metodologia da técnica NTD. A descrição do método experimental encontra-se no capitulo III. A parte experimental e resultados obtidos, encontra—se no capitulo IV. Finalmente, no capitulo Discussão dos Resultados e Conclusão. V encontra-se a CAPITULO I ESTRUTURA CRISTALINA D O S I L I C I O E M A T E R I A I S SEMICONDUTORES 1.1 Estrutura Cristalina do Silício Chamamos de substância substância cujos átomos estSo cristalina, dispostos qualquer regularmente no espaço, ( fig.1.1.1 } Na figura 1.1.2 ilustramos estrutura cristalina do silicio. 1.1.2 que os átomos B, C, D, Pode—se e E uma notar formam parte pela um da fig. tetraedro regular, com o átomo A exatamente no centro. Assim, o átomo A esta à mesma distância dos quatro átomos mais próximos C, D, e E. Estes átomos formam entre si uma B, ligação covalente, também chamada de ligação tetraédrica neste caso, possuindo uma profunda influência sobre as propriedades dos materiais semicondutores. 1.2 Estados de Energia dos Elétrons em um Cristal Os estados de energia dos elétrons cristal, em sua forma geral, é extremamente complexo, em um pois os elétrons, além de serem atraídos pelos núcleos dos átomos que formam a rede cristalina, elétrons. Aplicando-se a são repelidos mecânica quântica pelos para outros este problema, a equação de schroedinger assume a forma. h <- 9 2m —s. -2 Õy. õy 2 S dz E - V(r. ) V t = O eq. 1 J V t V -• '\,Na eq. 1 os indices i e distinguir as ¿oordenadas dos j são diferentes usados elétrons para e o somatório se estende a todos os elétrons do cristal. A energia potencial V(r^J pode ser ¡ g . 1 . 1 . 1 . E s t r u t u r a de uma s u b s t a n c i a c r i s t a l i n a ig. 1 . 1 . 2 . D e s e n h o e s q u e m á t i c o de uma l i g a ç ã o t e t r a e d r i ca decomposta em dois termos, um que só depende da posiçSo do elétron i, V ( r ^ ) , e que corresponde à energia potencial do elétron i no do campo elétrico cristal, e um segundo dos termo, nücleos dos '^a^'^j.j^* átomos corresponde à energia potencial do elétron i. no campo elétrico de todos os outros elétrons e que portanto depende da' posição de todos os elétrons do cristal. Desprezando o termo V (r 2 ) da energia V J potencial, a eq.l assume a forma ^ 2 = O eq. 2 d' 2m A solução da equação 2 pode ser escrita sob a forma [283: ., r ) = v/( da uso 1 ) V< ? 3 ) ..V(r equação ) eq. implica que probabilidade de encontrar o elétron i no ponto i^^» | |» depende apenas de r , isto é, da coordenada do elétron i em relação a uma origem arbitrária . Desta forma a de equação schroedinger se reduz a E^- V(? )• 2m ãy^ ãz" J = O eq. 4 m Onde V(r) é o potencial no qual o elétron esta se movendo ( potencial dos núcleos k dos átomos do cristal serve para distinguir as diferentes ) e o Índice soluções. A eq.4 se aplica a qualquer elétron do cristal, isto é, o somatório da equação 1 foi' ..transformado idénticas, q u a n d o em desprezamos podemos estudar o movimento de um o sistema termo cada estivesse sozinho na rede cristalina. elétron de n r^. como equações >. Assim se ele Devido à núcleos em um cristal, regularidade o potencial da disposição V(r) é periódico espaço. Essa periodicidade da rede cristalina restrições â. forma das soluções da eq.4, que dos impSe são no certas expressas pelo teorema de Bloch [283, [263 . O potencial do elétron no campo de um átomo ionizado é dado por V = - q^ onde r e a eq.i.2.1 distancia entre o elétron e o núcleo do átomo ionizado. Este potencial esta representado na fig.1.2.1 Considerando um "cristal unidimensional", isto é, o conjunto formado por uma linha de átomos ionizados e uma série de elétrons, o potencial de qualquer um desses elétrons no campo dos átomos ionizados esta representado figura 1.2.2. Como para um potencial deste tipo nao uma solução analítica da equação de schroedinger, na existe pode—se substitui-lo por um potencial que, em certas condições , parece com o potencial do cristal, e para o qual a se solução de schroedinger apresenta uma solução simples. Nesse modelo mostrado na figura 1.2.3 e sugerido Penney por Kroning e (1931), o potencial periódico consiste em um número infinito de barreiras de potencial de larguras b, com regiões de potencial zero de largura a entre as barreiras. A altura das barreiras é V . o A solução deste potencial periódico diz que o movimento dos elétrons em um cristal unidimensional só acontecer em determinadas faixas permitidas de faixas energia faixas chamada^ de faixas de [283» proibidas movimento dos elétrons é muito energia [263. de atenuado chamadas Existem energia, e pode eles de outras aonde o encontram grande dificuldade para se propapagarem no cristal. Portanto um elétron em um cristal só pode se propagar se sua estiver dentro de uma das faixas permitidas. energia ig. 1 . 2 . 1 . Energia átomo potencial ionizado de um e l é t r o n nas vizinhanças de um i g . l . E . 2 . Energía potencial Unidimensional dos eletrons no interior de um cristal OJ C C 0) Q. <7i C c o Í. to Q. O -a Í- en o c Q) 4J (M O Q(Ù -O > O > O 0) O 00 eu 1.2.1. Condutores, Isolantes e Semicondutores Em um cristal, os elétrons sempre os estados de menor tendem energia. Assim a ocupar as faixas permitidas mais baixas estão sempre cheias. Se existir um número suficiente no cristal para encher completamente um de certo elétrons número de faixas permitidas, deixando as outras vazias, os elétrons do cristal quando submetidos a um campo elétrico, nSo podem se propagar, pois qualquer movimento aumentaria sua energia, colocando - os dentro da faixa proibida. Nesse caso dizemos que o cristal é um isolante. Se, por outro lado, parcialmente uma das faixas permitidas, mover - se com facilidade sob a ação enchem os de apenas elétrons campos passando para estados de energia ligeiramente podem elétricos, maior. Nesse caso, o cristal pode ser um condutor, um semicondutor, ou um semimetal. Em um condutor, as faixas permitidas parcialmente cheias possuem um grande número de elétrons. Em um semicondutor ou semimetal, as faixas parcialmente possuem um pequeno número completamente cheias; em corrente é menor nos que de ambos elétrons os metais. semicondutor e um semimetal é que absoluto um semicondutor se torna casos A ou estSo a quase condução diferença na cheias temperatura isolante, da entre do um zero enquanto um semimetal continua a conduzir corrente. 1.2.2. Propriedades Básicas dos Materials Semi Condutores '\,A fig. 1.2.2.1 mostra as ligações dos átomos de silício , em uma representação covalentes bidimensional, através de segmentos de reta. Como os elétrons de valência dos semicondutores formam pares covalentes, eles normalmente livres como no caso dos metais. Em nSo temperaturas muito baixas, próximas do zero absoluto, em que as covalentes se mantém praticamente intactas, o ligaçSes cristal comporta praticamente como um isolante. Entretanto à que a temperatura aumenta, algumas ligações sSo medida covalentes rompem, devido à agitação térmica. Em conseqüência, um elétrons ficou livre para vagar por todo o cristal, e um "vazio" em uma das ligações covalentes do se se dos ficou cristal. Este "vazio" é chamado de lacuna. Quando uma ligaçâío covalente está incompleta, isto é, quando existe um lacuna, o elétron do átomo pode deixar sua ligação covalente e vir vizinho preencher este "vazio". Com isto, entretanto, o elétron deixa um buraco sua posição original, que por sua vez pode ser preenchido por outro elétron. Assim um lacuna pode " caminhar " por cristal, na direção contrária á do movimento em dos um elétrons que procuram enche - lo. Quando um semicondutor não em quantidades propriedades, intrínseco. suficientes dizemos Em um que para se contém alterar trata de impurezas - um semicondutor .intrínseco lhe semicondutor o número elétrons é igual ao número de buracos. A adição de quantidades de outras substâncias modificar consideravelmente Essas impurezas podem as a um substituir os do de pequenas semicondutor propriedades as pode material. átomos da cristalina ( impurezas substitucionais ) ou ocupar rede posições entre os átomos da rede ( impurezas intersticiais ) . Na prática as propriedades dos semicondutores são controladas atravéz da adição concentrações certas em impurezas certos elementos pentavalentes { arsénio, fósforo, antimonio ) e trivalentes mais medidas. impurezas As substitucionais cuidadosamente de usadas são ( boro, alumínio, gálio, índio ) . Analisando o caso em que acrescentamos a um ig. 1 . 2 . 2 . 1 , R e p r e s e n t a c a o b i d i m e n s i o n a l de um c r i s t a l de s i l i c i o semicondutor puro. ( o silicio ) , uma pequena quantidade de uma impureza pentavalente ( por exemplo, o fósforo ) ; alguns Átomos do fósforo ocupam o lugar dos átomos do silicio no cristal, ficando elétrons livres para vagar pelo cristal. Como os átomos das impurezas pentavalentes cedem elétrons ao cristal, essas impurezas sâo impurezas doadoras ou impurezas tipo N inicial de negativa, Os dependem a letra n de é a referindo — se à carga do elétron ) . elétrons livres semicondutor são chamados de As ( chamadas propriedades fortemente e um portadores. elétricas do lacunas seu dos conteúdo condutividade o- devido às impurezas em semicondutores de impurezas. A um semicondutor é dada pela expressão: = q N fj eq. (1.2.2.1) onde q^ é a carga do elétron, N é ionizadas por unidade de volume e o número é a de impurezas mobilidade dos portadores de carga. Ã temperatura ambiente, a maioria das impurezas se encontra ionizada, contribuindo para a condutividade e concentração não ultrapassa a 5 x Nestas 10*** átomos/cm^. condii;;Ses a impureza ocupa um lugar substitucional na sua rede cristalina, ocupando a posi^So de um átomo de silicio. 1.2.3. Problemas na EXopagem do Silicio pelo Método Convenci onal. Para,modificar silicio, uma certa as quantidade características de originais impurezas é do adicionada alterando a sua condutividade. Este processo é denominado de ' , j . i i:( ii.; ' f vimos anteriormente, ó denominado . ipa;. ; : "5, semicondutor ÍIO j á intrínseco. Assim, para poder ser utilizado na confecção de dispositivos eletrônicos, o silício precisa ser convenientemente uma vez que o monocristal de silicio intrínseco resistividade muito alta, maior do que 200 do processo de crescimento do dopado, possui Ocm, uma dependendo monocristal, nSo sendo adequado para a passagem de corrente elétricase a impureza dopante acrescentada ao silicio da familia III-A da tabela periódica, o for semicondutor designado como sendo do tipo P, pois sua condutividade predominantemente devida ao excesso portadores positivos de carga. de Neste buracos, caso as será que são lacunas buracos são chamados portadores majoritários e os é ou elétrons da banda de condução, portadores minoritários. O dopante no caso é chamado de receptor. Agora, se a impureza dopante pertencer V-A, o semicondutor resultante é tipo N, e sua condutividade designado será à como devida ao familia sendo do excesso de elétrons que são portadores negativos de carga, sendo agora, os portadores majoritários e as estes lacunas, portadores minoritários. A impureza dopante é os chamada de doadora. No método tradicional, a dopagem é feita por da incorporação-de uma pequena quantidade ordem de ppba) no fundição monocristal ( elementos mais estágio métodos de Czochralski comumente adotados ou do e dopante crescimento Float como meio zone dopantes (da do ). Os para o silicio são o Boro (que produz um semicondutor do tipo P) e^ o Fósforo (que produz um semicondutor do tipo N ) . O Boro possui um coeficiente de segregação (que um parámetro que fornece a razão entre a concentração é da impureza na fase sólida e na fase fundida) próximo de 0.8, o que faz com que èle apresente uma boa difusão ao longo do cristal de silicio, produzindo uma dopagem uniforme. Na dopagem do monocristal de Si com P, obtemos uma resistividade r i-õtíT maior próximo à borda no ; ontro, já que o fósforo ntxa tende concentrar na fase liquida, devido ao seu baixo a haver outro' elemento tipo N com coeficiente de distribuição maior fósforo, os semicondutores do tipo N são pelos doadores de carga (elétrons). Como os mais adequado dopante que o dos buracos, -z construção dispositivos de potência. Mas a grande variação na e corrente aplicados a estes principalmente em dispositivos de grande o de dopagem em diferentes pontos do silicio tipo N limita os valores voltagem do responsáveis dos para muito mobilidade elétrons é muito maior do que a mobilidade silicio do tipo N é do a se coeficiente de distribuição ( aproximadamente 0.35 ) . Este fato é negativo, pois, além de não do da dispositivos, volume, reduzindo muito o desempenho e a durabilidade destes. Alguns procedimentos de cristais foram desenvolvidos tentando crescimento compensar dificuldades. Bradshaw e Mlavsky C3] fizeram de estas puxamentos de cristais de Si dopando-o com fósforo num processo de fusão a vácuo, aonde usou - se a razão de evaporação do durante a fusão, por compensação do aumento de fósforo concentração do fósforo, causado pela segregação. Podemos encontrar ainda na outros métodos e - procedimentos de crescimento literatura de cristais tentando solucionar este problema [3D. Contudo tais necessitam de rigorosos controles simultáneos dos cinéticos, incluindo evaporação, segregação, métodos processos e reaçSes liquido - vapor. O mótodo mais prAtico e eficiente de dopar o cristal de Si transmutação puramente com com nuclear. P é nêutrons Esta o método ), baseado técnica semicondutores dó tipo N com variaçSes valores da resistividade do NTD, cristal ( em de dopagem um processo dopagem muito produz pequenas dopado. As por nos aplicaçSes nas quais o silicio NTD pode ser utilizado com vantagens relação ao silício dopado pelo método convencional são : em - Na confecção de retificadores tiristores de alta potência com grande volume para altas voltagens. Para transmissão de energia longas distâncias, os circuitos de suportar elétrica retificação e para podem ser construidos com uro número menor de tiristores feitos com NTD, de tal modo que o sistema se torne mais Si eficiente e barato. -O silicio NTD permite que de uma lâmina ou lote componentes de lâminas idénticos resistividade. Tal fato silicio NTD na com sejam as tem indústria construidos mesmas feito mesma vários características que as aplicações automobilística, por por do exemplo, aumentem consideravelmente, pois no caso de defeitos é conveniente substituir uma placa eletrônica de outra mais com componentes idénticos. -Microcomputadores, vem usando cada vez mais componentes televisores, com etc, resistividades idénticas feitos com silício NTD. 1.3. Mercado do Silício Em 1955 iniciou-se o uso de eletrônico em dispositivos semicondutores, silício tendo em grau vista suas propriedades adequadas, abundância e baixo custo, o que revolucionou o padrão de produçSo e consumo. Com o rápido desenvolvimento da tecnologia dos circuitos integrados e, portanto da microeletrônica, e a rápida expansão do campo de aplicação dos mesmos a partir da década de 70^'o uso do silício tem crescido muito como rapidamente. O material silício semicondutor monocristalino grau eletrônico é, portanto, utilizado na grande maioria dos dispositivos integrados elétricos para e eletrônicos, computadores e desde circuitos microprocessadores até retificadores de grande volume para alta tensão. A produção mundial de silicio grau eletrônico policristalino localiza-se EUA, Japão e toneladas em 1988. O aumento da capacidade de produção foi da ordem de 170% Europa, sendo da ordem basicamente de 12.000 nos de 1983 a 1989 C243. No silicio empresas grau Brasil ainda eletrônico brasileiras existe policristalino. atuam processamento de laminas confecção de não nas de dispositivos produção Apenas diversas silicio, discretos que poucas etapas são usadas (diodos, de do na tiristores, células solares, etc.) e ?-ircuitos integrados. Atualmente, a empresa Heliodin&mica de São Paulo é a única que importa cerca de 40 toneladas por ano de silicio policristalino grau eletrônico monocristais de silicio, que são para cortados em maior parte destas lâminas é destinada para células solares pela própria empresa e o a produzir lâminas. produção resto é A de vendido para a indústria de microeletrônica [93. A maior parte do , silicio grau eletrônico consumido no Brasil está embutida em produtos finais que são importados, tais como, dispositivos discretos e circuitos integrados. Em 1988, o montante desta importação alcançou a cifra de US* 500 milheSes [243. 1.4. Crescimento de Monocristais de Silicio Até poder ser usado na confecção de dispositivos semicondutores, o silicio precisa passar por diversas etapas de processamento. A primeira delas é a obtenção grau metalúrgico a partir do quartzo (grau de do silicio pureza da ordem de 98 a 9 9 % ) . A seguir, o silicio grau (grau de pureza da ordem de 99,999999999%) meio da purificação da triclorosilana eletrônico é obtido (SiHCl^). A por figura 1.4.1 mostra, esquematicamente, as operações mais relevantes do processo de obtenção do silicio dé grau eletrônico. Inicialmente o silicio de grau metalúrgico reage com cloreto de hidrogénio anidro em um reator de leito produzir uma mistura essencialmente de fluidizado clorosilanas. de triclorosilana (TCS) silício é condensada e destilada para Essa e para mistura, tetracloreto remover de impurezas e separar subprodutos. G silicio de pureza eletrônica é obtido a partir da triclorosilana redução, com hidrogénio, em entre 1000° e llOO'^C. Na limites máximos para purificada em um a tabela os reator 1.4.1 conteúdos uma uma estão de reação de temperatura listados impurezas os para o silício grau eletrônico. TABELA 1.4.1 - Requisitos de pureza para o Silicio 1 1 QE 1 ELEMENTOS TEOR (ppba) 1 1 1 Elementos do grupo III 1 1 Elementos do grupo V < 1,5 1 Metáis pesados < < < < 1 Carbono I Oxigénio Outros elementos 0,1 1 300 50 0,001 1 1 A etapa seguinte 1 consiste monocristal de silicio a partir do em dois métodos de se silicio grau eletrônico em fornos apropriados. No são usados ! 0,3 < crescimento obter o policristalino caso do do silício monocristal: SILICIO GRAU METALÚRGICO F o r n o cao d e a SiO^ + 2C Si + 2C0 ( s) ( 1) ( s ) ( g ) r e d u a r c o TRICLOROSILANA Si (TCS) R e a t o r + 3HC1 ( s) d e -> SiHCl +H 3 ( g ) (g) 2 (g) lelto f l u l d l z a d o PURIFICAÇÃO DA T R I C L O R O S II ANA c o l u n a s d e Si HCl. Si HCl ( 1 ) (g) des- t i l a ç ã o DEPOSIÇÃO LICIO DO S I - GRAU ELE - Si HCl + H 3 (g) Si + 3HC1 2 (g) ( s) TRONICO R e a t o r t i p o d e p o s i ç ã o da f a s e d e a U partir vapor Fig.1.4.1. Principais etapas do processo de obtenção do Si grau eletrônico cowiscAc r:;,c:cf:;L ce cnl-rgía n u c l e a r / s p - 1PE8 ( g ) método "Czochralski" ( Cz ) e método "Float Zone" ( Fz ) . No método Cz, pedaços policristalino são colocados dentro quartzo que é aquecido por de um de um aquecedor silício cadinho de resistivo de grafite de alta pureza. Todo este sistema é isolado e, vez alcançada a fusão do silício, pequena mergulha-se uma uma semente de monocristal de silício orientado na superfície do silício fundido. Ã medida que a semente vai sendo levantada, o silício fundido vai se cristalizando ao seu redor formando o monocristal. O diâmetro do monocristal pode pela velocidade de puxamento e controle ser da ajustado temperatura. Usualmente a semente e o cadinho giram em direções durante o crescimento, para homogenizar opostas, o campo de o processo é mantida uma atmosfera de argônio na câmara de puxamento. A figura puxador temperaturas na fase líquida. 1.4.2, mostra Durante todo esquematicamente, um tipo Czochralski. No método "Float Zone", uma barra de silício policristalina suportada verticalmente é aquecida e fundida localmente, por zonas, por meio de uma bobina aquecedora de radio-frequência que se desloca lentamente ao longo da barra partindo da extremidade movimentação desta onde bobina se. encontra de RF a estabelece semente. a A estrutura cristalina da semente ao mesmo tempo que purifica o silício. Movendo repetidas vezes a bobina pelo monocristal silício, consegue-se atingir resistividades muito elevadas, da ordem de 10 kí^cm. A figura 1.4.3, mostra o arranjo de Si - monocristal - semente, usado no figura 1.4.4, esquematiza um equipamento processo para de barra FZ. obtenção A de silicio monocristalino pelo processo FZ. Os monocristais de silício crescidos pelo método CZ apresentam'\a, desvantagem de incorporar oxigênio do de silício presente no quartzo do aquecedor resistivo, enquanto que apresentam este problema pois não cadinho os e carbono monocristais ficam em óxido do FZ não contato com nenhum outro material durante o crescimento. Outra vantagem _suporte . da semente semente pescoço cr f s t a I escudo t erm i c o externo ai I U i o T un d I do SU SC p t D r de grafite t equecedor grafite C3 , escudos câmara térmicos r e t r i gerada a ag ua Fig. 1.4.2. E s q u e m a d e um p u x a d o r t ~ L b a s e e I e t r oao Czochralski. < 1 barra Si-poli 11 _Y<\ bobina RF T^^t^N-^ c I r c u I a c ao monocristal de agua de- s i I i c i o pescoço s eme n t e F i g . 1 . 4 . 3. Desenho esquemático policristalino; semente, durante o o ilustrando monocristal pji o c e s s o Fz. uma sendo barra de formado Si e a dos monocrlstais FZ é o fato de que durante o crescimento do monocristal, as impurezas presentes no silicio migram uma das extremidades, ali se concentrando. crescimento podemos descartar esta extremidade para Após o obtendo um monocristal com pureza bastante elevada. CAPITULO II DOPAGEM DO SILICIO PELA TRANSMUTAÇSO COM NEUTRONS: TÉCNICA E METODOLOGIA. II.l. IntroducSo • método de dopagem do silicio pela transmutação com neutrons, método NTD, consiste basicamente na irradiação do cristal de silicio com neutrons baixa energia, tipicamente da térmicos ordem de (neutrons 0,025 eV) em de um reator nuclear. Em 1951 Lark-Horowitz C22], sugeriu, pela primeira vez, que o método NTD podia ser usado para controlar dopagem em cristais de silicio. Em 1961, Tanenbaum [37], fizeram a primeira experiência detalhada e a Mills com o objetivo de produzir silício dopado homogeneamente. Nos anos seguintes a técnica foi deixada devido ao custo de produção ser tradicional. Com o de maior desenvolvimento lado, do do principalmente que na técnica crescimento de monocristais de diâmetros maiores pelo método float zone, no inicio da década de 70, ficou evidente a necessidade de uma dopagem mais homogênea. Além disto, o aumento das exigências para um melhor desempenho dos eletro-eletrônicos por um lado, e o aumento na produtos mais econômicos por outro lado, dispositivos demanda por culminou na M a c a n i smo d e r o t ac a o 1 ig • J3 Barra Zona de S i Policristalino Fundida Bobina de RF Cr i st aI S eme n t e Mecanismo de des I o c a m e n t e Me can i smo rotacao de vertical da seme n t e Fig. 1.4.4. Esquema de monocristais um pelo forno método para Float crescimento Zone. de redescoberta da dopagem de silicio pelo método NTD, a partir de i973 C31],C193. A partir do final da década de 70 surgiram artigos 'U- r . : iSo : - - r : -no í • 'Í\ r r'.-re'ncxa realizadas conferencias especificas sobre [13] o e foram silicio NTD, cujos anais [ 8 ] , [12], e [18] além de informar os progressos conseguidos nas diversas instituições que se dedicam a estudar o silicio NTD, contém artigos de revisão muito bons. liais recentemente, foi publicado um trabalho que relata todos os aspectos da irradiação de silicio em Harwell [ 7 ] . O método está baseado nos fenômenos nucleares de captura de um neutron por um determinado elemento químico e consequente transmutação do elemento resultante em outro por 30 meio da emissão de uma partícula beta. Assim, o isótopo Si que está presente numa abundância de 3,05% no silicio natural, captura um neutron térmico e forma o isótopo 31 radioativo S i . e se Este, por sua vez, emite uma partícula transmuta no isótopo estável beta P^^,substituindo, portanto, átomos de silicio por átomos de fósforo ao de todo o cristal. A reação pode básica do processo longo ser esquematizada por: Si^^^ n . Si^^-^! . P^^ T = 2,62 h eq.2.1 1/2 Portanto, irradiando—se o cristal com nêutrons de uma forma homogênea, pode-se produzir um semicondutor tipo N com dopagem bem homogênea. II. 2. Considerações Gerais sobre Reações Nucleares no Processo NTD. ''\,ps nêutrons são comumente classificados em função da energia, da seguinte maneira: - nêutrons térmicos: as fontes de nêutrons térmicos são os reatores mais importantes nucleares, nos quais esses nêutrons sSío aqueles que, durante o processo de moderação, após perder atingem o térmico com os núcleos do meio. Apresentam uma de velocidades próxima a uma maxwelliana energia equilibrio distribuição abrangendo um intervalo de energia de 10 * eV a 1 eV. -nêutrons intermediários: são os nêutrons que ainda se encontram no processo categoria os nêutrons com de moderação; energias estão nessa compreendidas no intervalo de 1 eV até lOO keV. -nêutrons rápidos: são os nêutrons recém produzidos na fissão e que ainda não iniciaram o processo de moderação. São considerados nêutrons rápidos aqueles com energias entre lOO keV a 10 MeV. II.2.1. ReaçSes Nucleares Induzidas pelos Nêutrons. Existem outras possíveis reaçSes na técnica NTD, que ocorrem paralelamente à nucleares, reação nuclear da eq. 2.1, quando uma amostra de cristal de Si está exposta a um fluxo de nêutrons. Algumas destas outras reações podem produtos indesejáveis e conseqüentemente produzir colocar em todo o propósito do experimento, que é a dopagem do xeque Si com fósforo. Na tabela 2.1 estão apresentados as possíveis reaçSes entre nêutrons e os isótopos de Si estáveis; Si^° abundância natural 72.27% ) , Si^"* ( abundância natural ), Si^° ( abundância natural 3,05% ) . ReaçSes com P^* são consideradas. Na tabela 2.2 e tabela 2.2.1, suas respectivas secçSes de choque, c, e a meia ( 4.68% também mostramos vida para decaimento, T'.., , Nota-se pela tab.2.1 I I . 3 , II.7 e II.8, apenas alteram as que as razSes reaçSes II.2, isotópicas. reação II.4 é a reação responsável pela dopagem do A silício. As reaçSes II.5, II.9 e 11.17, levam-nos doador P^*, e a reaçiCo II. 5 em à particular, aniquilaçSo à criação do de Tabela 2.1. Possíveis reações nucleares entre nêutrons e os isótopos de Si e P. Reações ( n.r ): Si^" ( n,r ) Si^** ( II.2 ) Si^** ( n,r ) Si^** ( II.3 ) Si^° ( ) Si^* P^* ( n,r ) P" n,r ^ P^* ^ if ( II.4 ) ,3 2 ( II.5 ) Reações ( n,2n ) : Si^" ( n,2n ) Si*' Al" ( II.6 ) ^ft- Si^** ( n,2n ) Si*" ( II.7 ) Si^° ( n,2n ) Si*** ( II.8 ) P^* ( n,2n ) P^'* -.31^° ( 11.9 ) Reações ( n, p ) : 1 Si*" ( n. P ) Al*" . Si*" + ( 11.10 ) 1 Si*** ( nj P ) Al*"* . Si*** + ( 11.11 ) ( 11.12 ) n. P ) Al^° P^' ( n, p ) Si^* Si"° + nt~ ( Si"' ( 11.13 ) Reações ( n, cx ) s Si*" ( n, o( ) Mg*** i 11.14 ) Si^** ( n, ot ) Mg^* Si^° ( n, P"* ( n, a a ) Mg*' ) Al*" ( 11.15 ) Al Si 2 7 ( 11.16 ) 2B ( 11.17 ) Tabela 2.2. Dados nucleares dos isótopos de Si, P e 0^.[19], [29] reação ( n, cy*(barns) Si*" 0,08 - 0,03 Si*** 0,28 - 0,09 Si" 0,11 32 0,20 P - reação ( n, 2n ) ^1/2 0,02 14,3d E (meV) 17,4 10,6 — 2,55» 12,6 126s 17,3 4,2 29s A secção de choque listada para a nêutrons térmicos. ^1/2 8,7 2,62h 0,00021 <y (barns) 4,92a 0,01 — 0'" ) 8,0 reação para Tabela 2.2.1. Dados nucleares dos isótopos de Si, P e O^.C193, C293 rea^^So ( n, « ) rea^So ( n, p ) o-íbarns) T^^^ E (Mev) a (barns) "^1/2 E (Mev) Si*" 0,004 2,3m 4,0 2,7 Si*** 0,10 6,6m 3,3 0,04 — Si" 32 P 0^' 0*" 0,77 2,62h 0,97 0,05 7,38s 10,2 — 4,14s 8,1 0,00017 9,45m 4,2 0,15 2,27m 0,91 2,2 0,25 - 0,15 5500a 2,3s térmica Pela tabela 2.2, vemos que a para a reação II.5 é cerca de duas secção vezes maior de que choque a da reação II.4. Porém C S^* ] ^ C P^* ] C P=* 3 eq. ( 2.2 ) C Si^° : Onde os colchetes, C 1, significam con cen tração. Logo, para uma irradiação com neutrons, suficiente para transmutar 10^' átomos de Si^° em átomos P^*, a quantidade de P^* destruida é equivalente a de 5.9 10^*. Isto é obviamente insignificante. A quantidade de destruida é equivalente á quantidade de esta concentração, por sua vez, não P^* s " * produzida, afeta as e propriedades elétricas em niveis de resistividade e tempo de vida usuais dos dispositivos semicondutores. O efeito mais problemático da reação II.5 é a geração da atividade no monocristal de Si durante um periodo de tempo relativamente longo, com a emissão de partículas ft pelos núcleos dos átomos de P^* que possui uma meia vida 14.22 dias. A atividade proporcional ao volume do total, Si, e o naturalmente, manuseio de de será grandes quantidades necessita de considerações especiais. As reações (n,?') da tabela 2.1 só podem ocorrer com neutrons térmicos. As reações com neutrons de maior energia, são as reações, ( n, 2n ) , ( n, p ) e n, a ( ) . '\,As reações II.6 e 11.16, seriam problemáticas se ocorressem numa média comparável à produz P^*, pois, isto poderia da resultar contribuir para a produção de Si tipo - p reação em ao II.4 compensação invéz do que e Si tipo — N. Porém, os resultados obtidos no presente trabalho. não indicam nenhum indicio de Si tipo-p nas amostras irradiadas. As reaçSes II.IO, 11.11, 11.12 e também 11.13 nSo produzem qualquer tipo de alteração.° Quanto às reaçSes 11.14 e 11.15, se existissem, seria necessário uma análise mais profunda sobre sua concentração e possíveis implicações, uma vez propriedades elétricas do Mg são desconhecidas, o ao caráter do presente trabalho. Contudo, documentado na literatura com respeito não a que as que foge existe nada implicações do elemento Mg devido ao método NTD. Para o silicio crescido importante considerar o efeito do pelo método Cz é dissolvido no Si. Estas considerações não são importantes para o Si crescido pelo método float—zone. As reações que devem ser consideradas para Si crescido pelo método Cz estão apresentadas na tab.2.3. o Tabela 2.3. Possíveis reaçSes nucleares entre nêutrons e isótopos de O reaçSes (n, ) (11.18) 0*'( n,r n,r ) 0*" (11.19) ) (11.20) o'** reaçSes (n.p) n,p 0 ) N*** (11.21) (n,p ) N n,p ) N * " (11.22) ^ O*" + (11.23) reaçSes (n,a) n.a ) C*" (11.24) 0*'( n,a ) C** (11.25) ) C*'* (11.26) G'"( n.a reações (n,2n) n,2n ) (11.27) n,2n-.) , (11.28) n,2n (11.29) ) Ò*' os As reaçSes 11.18, 11.19, somente alteram a razão isotópica do 11.28, oxigênio. 11.21, II 22, e provavelmente 11.23 não As produzem As reaçSes 11.24, 11.26, e 11.27 provavelmente de nêutrons com energias acima de '5 portanto relevantes suas considerações 11.29 reaçSes mudanças. necessitarão tiev, no e não sendo do reator caso IEAR-1. A reação 11.25 pode térmicos. Como a meia vida do C^* é bem principal desta reação é a produção 11.20 também ocorre com nêutrons ocorrer com longa, de carbono. térmicos mas nêutrons o efeito A reação possui uma seção de choque extremamente pequena. Entretanto , desde que a concentração de oxigênio não exceda 10^" Ât/cc, e como abundancias O^' e poderemos esperar que são a 0,04% fração reação II 1.20 seja cerca de 0,20%, de respectivamente, flúor 10~** da produzido fração de pela seja produzidos. da quantidades de fração de impurezas fósforos são reação completamente Portanto, cristais de Bi contendo cerca de pela fósforos produzidos, e a fração de C^^ produzido IO ' as 11.25 Estas desprezíveis. 10^" átomos de oxigênio por cm^ podem ser irradiados com segurança. Pode—se concluir a , partir desta discussão, que as reaçSes nucleares paralelas que podem ocorrer quando um tarugo de silício é irradiado reator com nêutrons num nuclear, não prejudicam o processo principal que é a dopagem do silicio com fósforo. Entretanto deve ser enfatizado, outros efeitos como cristalina silicio, do por exemplo os estrutura da irradiação, não são totalmente desprezíveis e podem até ser sucesso do em na conseqüência um fator decisivo para o produzidos danos que processo NTD. Estes efeitos serão discutidos posteriormente, no sub-ítem II.4. II.3. Relação'fntre Dose De Nêutrons e Resistividade Ê possível estabelecer uma relação empírica a resistividade final que nêutrons necessária, que se deseja leva em obter conta e os a entre dose de parâmetros nucleares do reator envolvidos no processo de irradiação. De acordo com a equação 1.2.2.1, se um semicondutor tem uma densidade de n elétrons de condução e p lacunas por unidade de volume, sua condutividade pode ser expressa por: a = ^J^yin + A^^p) (Q.cm)"* eq. (2.3.1) Onde: q^ é a carga do elétron = 1,6 x 10~*** Coulomb /j^ é a mobilidade dos elétrons de condução expressa em cm*/V.s. é a mobilidade das lacunas. As mobilidades relacionam a velocidade de dos portadores de carga com a intensidade do campo aplicado. Ambas são constantes que podem ser arrasto elétrico determinadas experimentalmente e são da oi ordem de 1396 cm*/V.s para o Si e à temperatura ambiente C27]. No caso especifico do silicio NTD que material semicondutor do tipo N, tem-se que n >> p, é um de tal forma que a eq. (3.1) se reduz a: o' = q/un e A resistividade é eq. (2.3.2) e o inverso da condutividade, assim tem—se: p onde a = densidade de 3Í concentração de P eq. (2.3.3) I/CAÍ^P^ elétrons n foi substituida pela 3 , C (átomos/cm ) , uma vez que cada átomo de fósforo fornece um elétron de condução para a rede. A concentração concentração inicial final presente de no fósforo será material igual antes à da irradiação mais a concentração introduzida pela irradiação pelo processo NTD: eq.(2.3.4) NTD Por outro lado, a concentração fósforo introduzidos pela irradiação com pela fração de átomos de Si^° por capturam um durante neutron térmico de átomos neutrons unidade de todo é de dada volume o que periodo de irradiação t: C = N & <p t o NTD eq.(2.3.5) c . 3 0 onde N é a densidade numd.^ica de átomos de Si presente na o amostra e pode ser facilmente calculada considerando que a densidade do Si é 2.33 g/cm^, sua fração isotópica é de 3.057. e a massa atômica é de 28.086. Assim, N 1.544 10 3 atamos/cm . Tem—se ainda, na equação (2.3.5) que c é a <^ é o c secção de choque de captura de neutrons térmicos e fluxo de neutrons que incide sobre o cristal. Combinando-se as equações (2.3.3), (2.3.4) (2.3.5), obtém—se: ^.t = eq.(2.3.6 ) N c u q o e Como o fator fora das chaves na aproximadamente estabelecer uma uma constante, relação entre a relação pode-se dose de acima é finalmente neutrons e a resistividade do material aptós a irradiação: eq.(2.3.7) 1- onde a constante k = 1/(N a /j q ) pode ser calculada uma o conhecidos u e cr . © c C e e vez o valor de a 0.11 e situa-se entre 0.13 barns c segundo relata a referência [123. O valor característico de cada reator e depende se o nêutrons é bastante termalizado, ou se exibe significativa de nêutrons rápidos experimentalmente na posição deve em que é espectro de uma ou' em termalização. Portanto, o valor de exato proporção processo ser de determinado são feitas as irradiaçSes. Esta determinação técnica de ativação amostras dissolver de a por silicio pode ser nêutrons, na posição feita por meio irradiando—se de da pequenas irradiação e após amostra, mede-se a atividade fi absoluta em um contador do tipo 4TT. Outra forma de se determinar o valor de meio da equação Tendo-se o valor é por da resistividade inicial, após terem sido realizadas um número significativo ( 2 . 3 . 6 ) . de irradiações e medidas as resistividades finais, pode-se fazer um tratamento estatístico dos dados para se determinar um valor médio de c [ 7 3 . c Para se usar a equação (2.3.7), que estabelece relação dose de nêutrons >; resistividade final, deve—se a ter uma medida precisa da dose total de nêutrons ^.t. Para tanto é necessária uma* monitoração constante do fluxo de nêutrons na posição de irradiação. O monitor deve, portanto, dimensões reduzidas, uma vez que o espaço ser de disponível na posição de irradiação, em geral, é muito limitado. O monitor mais usado é do tipo SPND, "self-powered neutron detector", devido às vantagens de ter um baixo custo, tamanho reduzido e necessitar de uma eletrônica bastante simples. No entanto, o monitor do tipo SPND permite apenas medidas fluxo de nêutrons, sendo ideais para controlar irradiação dâ, cristal, necessitando relativas o portanto tempo de do de uma calibração adequada. Para se ter um controle de qualidade eficiente, a dose de neutrons recebida pelo cristal mais durante a irradiação deve ser medida com precisão. Um método ideal para este tipo de medida é o da técnica de ativação , usando fios de cobalto. Os fios de cobalto são irradiados Junto com os cristais, assim, após a irradiação mede—se a atividade dos fios e determina-se a dose de neutrons <f>.t. II.4 Danos Causados pela Irradiação e Tratamento Térmico pós Irradiação. Após a irradiação, o cristal apresenta—se com vários danos em sua ReaçSes de espalhamento por estrutura nêutrons deslocamento dos átomos de silicio de cristalina. rápidos das provocam posiçSes ocupariam numa rede cristalina perfeita e, no átomos altamente desordenados. A dos recuo quando da captura de nêutrons térmicos. átomos dopagem por transmutação sempre irá introduzir funcionam como armadilhas, de de silicio. aprisionando uma grupos efeito, devido ao Portanto, a defeitos de Estes os o eles de este acrescenta-se sempre o deslocamento modo significativo no cristal que caso alta transferência de energia, ocorre a formação de silicio defeitos elétrons. seja, a deterioração da estrutura do crista] resulta em Ou uma variação significativa das suas propriedades elétricas. Não há ainda um consenso de qual é o mais adequado para entre os o tratamento procedimentos diversos autores deve térmico. considerados ter sua A como origem nas procedimento discrepância ideais pelos diferenças de qualidade dos cristais antes da dopagem e nas diferenças de condições de irradiação. Está estabelecido que temperaturas baixas não são convenientes -[36D. • tratamento térmico realizado abaixo de 550 '^C pode introduzir de uma átomos de oxigênio que são concentração "doadores". siqnificativa Outro fato é aue temperaturas menores do que aproximadamente 650 °C não são suficientes para remover os defeitos na rede introduzidos 800 ''c, quanto às pela irradiação. Temperaturas mais altas, acima de devem ser utilizadas impurezas, pois com acima extremas desta precauções temperatura, os elementos metálicos se difundem com muita facilidade no silicio. Um parâmetro muito importante para se 0 tratamento térmico mais adequado Quanto mais baixa é esta é razão, temperatura, pois um número maior a razão maior de estabelecer de cádmio. deve nêutrons ser a rápidos irá provocar mais defeitos. II. 5 . Medição da Resistividade nas lâminas de Si Após o tratamento térmico as lâminas irradiadas submetem—se à medida de resistividade. de Si A medida de resistividade é a mais fundamental das medidas de rotina que comumentemente são feitas em cristais semicondutores. Basicamente estas medidas são feitas, fazendo—se passar corrente de medindo-se valor uma bem queda conhecido de atravéz voltagem da entre uma amostra dois e pontos separados, a uma distância conhecida. Existem dois métodos de se medir de materiais semicondutores. Um , método a resistividade muito preciso aplicar um potencial transversal na amostra, realizando é uma série de medidas* potenciométricas da queda de voltagem entre uma ponta de contato fixa e uma móvel. A móvel permite pequenos movimentos normalmente de O.5 mm ou 1.0 mm. Um ao ponta longo desenho de da contato amostra, eaquemático é ilustrado na figura 2.5.1. Como podemos observar pela fig. se a distância entre as pontas de contato for aumentada de x a x Ax, a variação da resistência AR do parte da 2.5.1, amostra situa—se entra, j< e x + Ax é somada à resistência R da que parte entre O e x. Então, se a corrente fluindo sobre a amostra 1 e se a mudança de potencial AV é verificada no o é potencial entre a ponta fixa e a móvel acompanhando a mudança Ax, pela definição de resistividade: cabo suporte move I g . 2 . 5 . 1 . de corrente para Desenho esquemático amostras de Si de pelo um aparelho método do de medir p o t e n c i a l pot. { - ) r e s i s t i v i d a d e t r a n s v e r s a l de AR = AV = pAx I A o eq.(2.5.1) Onde A é a secçâo transversal da amostra. Resolvendo para p, vemos que p = A AV I Ax o eq.(2.5.2) Representa a resistividade do material entre x e x Ax, Fazendo uma série de medidas levando mudança do potencial AV possível chegar em em uma função do em a Ax, é espaçamento determinação experimental resistividade como função da distância ao longo da Um gráfico representando estas medidas conta de da amostra. resistividade é denominado perfil de resistividade da amostra. O outro método é chamado de método 4 pontas. o usado Este no presente método trabalho é mais prático, porém menos preciso que o anterior e é usado para controle de especificações de materiais em dispositivos de processos de fabricação. Nesse método, 4 pontas equidistantes tocam superfície da amostra, conforme ilustrado na fig.2.5.2 . duas pontas externas são usadas para fazer passar a As uma corrente contínua, pela amostra, e o par interno de pontas é usado para medir uma queda de voltagem por um potenciómetro. Usando os métodos padrão da contínua e eletrostática, pode-se achar teoria a de corrente distribuição de- potencial resultante e desta solução mostrar que a diferença de potencial entre as duas pontas internas deve ser dada por V = ' I 2 n eq.(2.5.3) a Onde, I = corrente continua COM FORNEC]MENTO DE CORRENTE POTENCIOMETRO ESP AC ADOR I SOLANTE -PONTAS i g . 2 . 5 . 2 . Desenho p e l o esquemático método 4 de p o n t a s um aparelho medidor AMOSTRA de r e s i s t i v i d a d e a = espaçamento entre as pontas adjacentes a = condutividade elétrica. Como P = eq.(2.5.4) 1 a Podemos obter uma outra equação sob a forma p = 2 n a V eq.(2.5.5) I Em nosso trabalho, utilizamos das medidas de resistividade de amostras, resistividade pelo método 4 pontas marca 5000. para a um Veeco, realização medidor de modelo FP CAPITULO III. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS E PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS III.1. Introdução Para se utilizar a técnica NTD monocristais de Si, exige-se um fluxo de neutrons 1.3 de 10 da em ordem 2 n/cm .s. Lom um fluxo de neutrons menor, alonga-se muito o tempo de irradiação dos monocristais de Si. A temperatura nr posição de irradiação deve ser a mais baixa possível, de preferência menor do que ISO^^C, para se evitar defeitos na estrutura do cristal. Qualquer amostra irradiada num reator está sujeita ao aquecimento provocado pelas reaçSes nucleares que ocorrem em seu interior e devido às radiações que chegam na amostra. Estas reações energia provocando o aquecimento da amostra. G temperatura pode ser minimizado, colocando—se o silicio em contacto direto com a água, que liberam efeito da cristal de geralmente próprio refrigerante do reator, ou ainda, por meio é de o um fluxo de gás através do canal de irradiação. Procurou-se. portanto, uma posição irradiação dos monocristais de Si no reator lEA-Rl, e compatível com as condições de vez escolhida a posição irradiação adequada para a para prática exigidas. Uma irradiação dos monocristais de Si no reator, foi inicialmente construido um dispositivo irradiar para tarugos irradiá-los. Este dispositivo de até 2,5" de diâmetro. projeto bem definidas, de irradiação Si de Posteriormente, já com as bases do iniciou-se a confecção de outro dispositivo permite para tarugos 'de Si de até 4" de diâmetro, e a implantação de um laboratório pára controle da atividade do Si irradiado.. III.2. Reator lEA-Rl O reator lEA—Rl do IPEN é um reator de pesquisas tipo piscina. Tem como moderador e refrigerante a água leves como refletor, blocos de grafite revestidos de como blindagem radiológica água e concreto aluminio com barita chega a atingir 2 metros de espessura na parede e que lateral da piscina, ü fluxo de nêutrons é controlado por três barras de segurança e uma de controle. A refrigeração através de uma circulação forçada de cima é realizada para baixo água leve, com vazão normal de 600 m V h , sendo a temperatura de entrada do refrigerante no núcleo do reator em 30 °C e de salda 33 °C , para a operação de desde 1758 com uma potência de 2 MW, embora com torno 2 MW. sua de Opera capacidade construtiva permita até 5 MW. A figura 3.2.1 ilustra a vista geral do reator lEA-Rl. O caroço elementos do combustíveis reator é constituido circundados por de elementos refletores. As dimensões da parte ativa do núcleo do são de 60X40X38 cm^ Os elementos interior, formando um "sanduíche". de pois os elementos combustíveis estão são urânio Alguns combustíveis possuem urânio enriquecido a 93% e 20%, reator combustíveis constituidos de placas de aluminio com óxido 27 no elementos outros sendo por outros com baixo enriquecimento. A figura 3.2.2 a trocados ilustra esquematicamente o núcleo do reator, olhando-se de cima, com uma legenda sobre sua composição. III-3. Dispositivo de Irradiação do Silicio O 'desenho do dispositivo de irradiação tarugos de Si de 2,5" de diâmetro, esta ilustrado na 3.3.1. Pode—se observar, que este dispositivo é de um tubo guia de Al (de 3" de diâmetro), de figura constituido instalado numa piscina F i g„. 3_. 2 1• V i s pi o ne r a l A r r. T XZ A _ Q 1 Motor ^ 1^ o T u bo nte para a ú n haste tubo guia núcleo canaca do reator U <1.3.3.1. Desenho esquematico L J do U LJ W L j d i s p o s i t i v o de 2 / b polegada¿ posiçcío vertical no caroço do reator, e fixado através de um plug de Al, ocupando a posição 42 da placa matriz. A figura 3.2.2 ilustra o posicionamento deste dispositivo caroço do reator. Dentro deste tubo guia é no introduzido um recipiente de aluminio, dentro do qual é colocado o de silicio. Este recipiente é uma haste de na ponte do suspenso por aluminio fixado em sua tampa. A haste é presa tarugo reator e conectada a um motor que faz todo o conjunto girar a uma velocidade de 2 rpm. Um tubo de Al de 7 mm de diâmetro soldado face lateral do tubo guia, destina-se ao na alojamento do detector SPND { Self Powered Neutron Detector ) O desenho do dispositivo para irradiação tarugos de Si de 2,5", 3" e 4" de diâmetro, esta na figura 3.3.3. Este dispositivo é instalado junto ao caroço do reator. Pode-se notar Veja pela a ilustrado verticalmente figura 3.3.3a. fig.3.3.3, dispositivo é constituido de um tubo guia de que este quadrado, e de dois plugs confeccionados de A l . As dimensBes deste tubo são de ó" de lado por 1,5 m de comprimento. Dois lados tubo guia quadrado, (a) e (b), ocupam posições de refletores e portanto são confeccionados revestidos de aluminio externamente, tendo deste elementos de grafite cada lado uma espessura de 28 mm. Os outros dois lados do quadrado, (c) (d), são constituidos de chapas de Al de 1/8". Dentro tubo guia é introduzido um recipiente de Al de 110 de dentro de uma caneca de aluminio. Um adaptador (f) para tarugos Si com diâmetros de 2,5" ou 3" é usado para manter o de tarugo de Si numa posição vertical dentro deste recipiente. Para sustentação e apoio do recipiente de Al, existe um e deste mm diâmetro ( e ) , onde é colocado o tarugo de Si alojado e pino a de Al (g) em sua parte inferior, encaixando—se sobre uma bucha (h), de dimensões 69.85 x 22 mm, confeccionada de aço inox, fixada na base do tubo guia . Este recipiente é suspenso por uma haste de Al (i) fixada em sua tampa (j) pino trava ( k ) . A haste é presa na através ponte . • do • • • • - / 0:3 de reator ^íívíB um e F i g . 3 . 3 . o . Desenho d i s D o s i t i v o e s q u e m á t i c o 2.5". 3" e do 4". 7^ 2<J X z— ÍDTl LEGENDA EI e m e n t o C o m b u s t i ve I Padrão EI emento C o m b u s t i ve I de C o n t r o l e E I emento Refletor F i g . 3 . 3 . 3 a . P o s i ç ã o o cr " Fonte de Nêutrons Tampão E I emento de I r r a d i a c a c do o '/ d i s p o s i t i v o _ A r-io do reator de c a r o ç o lEA-Rl ye 3 m X X o X X ra s Q 1/ ^ K s ^ K K Elemento Combustível \ ^ Elemento de Irradiação E I eme n t o C omb U S t í V e I de c o n t r o l e F i q. 3 . 2 . 2 . V i s t a reator DlepoBit ivo de I r r a d i a ç ã o do S ¡ Elemento Refletor F o n t e de Neutrons Tampão de ma 1 E A - R1 do rI uc I eo do conectada a um motor que faz todo o conjunto girar a uma velocidade de 2 rpm. Dois tubos de Al (1) de 12 soldados cada um nas faces laterais (c) mm do de diâmetro, tubo quadrado, destinam—se ao alojamento dos detetores SPND. A figura 3.3.4 ilustra desenho do dispositivo de 2.5, 3 e 4 esquematicamente polegadas no lEA—Rl, apresentando-o numa visão geral mediante vertical. Nesta figura há a presença de um consiste de um tubo de aluminio, posicionamento do tarugo de Si usado dentro reator um corte espaçador, para de que controlar uma o o determinada região de fluxo de nêutrons. I I I . 4 . Arranjo Experimental para Monitoração da Atividade Residual do P^* do Cristal de Silício. No presente laboratório composto trabalho de um foi sistema instalado capaz de atividade residual do cristal de silício após a O objetivo é verificar quando o cristal terá medir valor pelas regulamentações. Este sistema consiste detetor geiger e eletrônica associada cujas de normas de proteção radiológica para o cristal ser considerado isento de a irradiação. um atividade abaixo do valor máximo estabelecido um como de um características e procedimentos de calibração, estão descritos no sub-ítem III.5.3 e III.8 respectivamente. Foi elaborado um arranjo para auxiliar monitoração da atividade residual de ^*P nos tarugos de Este arranjo permite superfície do tarugo um de mapeamento Si preciso monitorado. O em Si. toda esquema a a deste arranjo é mostrado na figura 3.4.1. Q arranjo é constituido cilíndricos (a), encaixados à uma base dimensões 40 x 15 cm de lado (b). de de dois sustentação eixos com motor ponte p I so tubo para a I o Jamen t o do detector s pnd N tubo haste para a Iojamento do detector SPND caneca de t amp a irradiação K tarugo - / tubo de s i l i c i o eIementos c o m b u s t i ve i s gula, adaptador. espacador pino F i g . 3 . 3 . 4 . de Visão e 4 sustentação geral mediante p o l e g a d a s • ^L^tí no um • c o r t e r e a t o r v e r t i c a l l E A - R l plugs do d i s p o s i t i v o de 2.5, F i g . 3. 4 . 1 . Desenho esquemático do arranjo auxiliar 32 monitorar a atividade residual do P . para Um prisma (c) destinado ao apoio de silício dispostos em posiçSo horizontal , de tarugos fixa-se sobre um prato circular (d) que permite movimentos de rotação nos eixos X e y. Este prato por sua vez, fixa-se sobre uma móvel e pode deslizar por entre os dois eixos base cilíndricos (a), permitindo movimentos na direção x. Ã base de sustentação (b) está acoplado, na parte central, um fuso (e) que permite movimentos no eixo z. O arranjo permite movimentos na eixos X , y e z em relação a um detetor geiger se encontra em uma posição fixa para a direção dos Mueller, que monitoração atividade. O material do qual é confeccionado o arranjo da é todo de aço. III. 5 Detectores Utilizados III.5.1. Detector SPND CSelf Powered Neutron Detectorj A idéia inicial e a descrição do detector SPND foi estabelecido pelo russo M.B. 1961, e os primeiros estudos visando o uso projeto do Mitelman em de detectores self-powered encontrados na literatura datam de Estes detectores podem ser 1964 projetados para tl6D. serem relativamente sensíveis a nêutrons e raios gama. Os detetores self-powered são particularmente úteis para medidas continuas de núcleo de reatores por anos. Em reatores de distribuição periodos potência que estes variam necessidade médio sobre a extensão de um de volume de detetores usados para mapeamentos de fluxo e controle da potência. Se houver de meses podem do a de fluxo comprimento, detetores self-powered podem ser fabricados sob a no ser variação informaçSes ou fluxo forma os de longos cabos flexíveis. As principais vantagens do detector SPND são: , ... r-RTrr.; NUCLEAR/SP - M —baixo custo -simplicidade de operação e instrumentação de leitura, -exatidão e confiabilidade pequeno "burnup" e vida longa -continua capacidade de operação em ambientes de alto fluxo, e altas temperaturas -reprodutibilidade de características de saida de detecção, -pequenas dimensões, que diversificam o seu uso, podendo ser manuseado em lugares de dificil acesso. Na fig.3.5.1, é ilustrado esquemático de um detector SPND. Como um pode-se desenho notar, detector é formado por dois eletrodos em geometria separados por um isolante. um No caso de este coaxial detector SPND sensível a nêutrons térmicos, o eletrodo central ou emissor, é formado por um elemento com elevada secção de choque captura de nêutrons térmicos, ficando radioativo e para decaindo pela emissão de partículas (3 . O eletrodo externo ou coletor configura o envelope externo ou carcaça do detector. O isolante é formado por Al^O^ ou MgO. ü princi pio de operação do detector consiste em medir a intensidade de corrente elétrica devido a um fluxo incidente de nêutrons material emissor. Existem dois ou mecanismos raios SPND gerada gama primários onde esta radiação incidente no material emissor é convertida corrente elétrica. No primeiro caso a captura de pelo emissor produz um núcleo produto radioativo pela emissão de partículas (3 . Detectores neste princípio de funcionamento detectores com tempo de resposta são lenta SPND no em nêutrons que que decai operam classificados como ou isto atrasada, porque o tempo de resposta de um detector SPND para fornecer informações sobre o fluxo de nêutrons incidente no depende da meia segundo caso a vida captura do de núcleo radioativo nêutrons pelo emissor, formado. emissor No produz radiação gama de captura que são parcialmente absorvidas no c o l e t o r e m I 3 _ cabo c o a x i a s o r i 30 I ador m e d i d o r F i g . 3. 5 , 1 . D e s e n h o e s q u e m á t i c o de um de c o r r e n t e d e t e c t o r SPiND próprio emissor produzindo efeitos comptom •s detectores SPND que possuem e fotoelétrico. emissor com estas características sâo classificadas como de resposta rápida ou pronta. Em ambos os tipos de dos elétrons emitidos pelo detectores, emissor suficiente para atravessar o isolante coletor. Dessa forma a medida entre o coletor intensidade e o possuem e ser da emissor uma parte energia recolhida corrente será no elétrica proporcional a intensidade do fluxo de nêutrons no detector. Os tipos de materiais emissores mais comuns para detectores SPND com sensibilidade a nêutrons sãos Prata ( Ag ) e Ródio ( Rh ) como detectores de resposta e Cobalto ( Co ) , Háfnio ( Hf ) e Platina ( atrasada; Pt ), como detectores de resposta pronta. Na escolha do tipo do detector SPND para um determinado experimento, se de resposta adequado pronta ou não, deve—se considerar se o fluxo de nêutrons incidentes no emissor é continuo durante o tempo, ou sofre Isto porque, por exemplo, num detector de interrupções. resposta pronta, como D detector SPND com emissor, de cobalto, que possui meia vida de 5.272 anos, corrente elétrica interrupção de pelo horas haverá material no fluxo uma contínua emissor, de emissão mesmo nêutrons com uma de uma incidentes, gerando, neste caso, uma errônea informação sobre o fluxo de nêutrons incidente durante um certo período de tempo. outro lado, num detector SPND de curta com emissor vida, como por exemplo o ródio, que possui meia vida Por meia de 42 s, D fornecimento da informação sobre a interrupção de fluxo seria dada com um atraso 42 s; daí a definição, detector de resposta lenta ou atrasada. Durante a instalação de um detector SPND, local onde se deseja um monitoramento de fluxo, no deve—se assegurar sempre a existência de no mínimo 1/8" de água ou massa equivalente, entre o detector SPND ou cabo e qualquer massa de Aluminio situada nas vizinhanças do núcleos dos átomos de aluminio ativos emitem de 2.S7 Mev interferindo que na podem corrente penetrar o elétrica local. partículas detector que Os teve ou p cabo origem no emissor. No presente trabalho, foram detectores SPND de emissor de Platina, utilizados com as dois seguintes características gerais: —Diámetro externo : 2mm -Comprimento sensível: 100 mm -Diâmetro do emissor: 1 mm -Comprimento do cabo: 12 m Estes detectores foram fabricados no IPEN. III. 5.2. Detectores Gama - Detectores de Clntilaçâío O detector de cintilação empregado presente trabalho é um cristal inorgânico Nal (TI), mais utilizados para detecção de radiação gama . no um dos Este tipo de detector apresenta um rendimento de luz excelente, maior do que qualquer outro material conhecido C25], padrão para C33] e. Ê considerado espectroscopia gama. O devendo ser como cristal encapsulado, cintilador não material é frágil podendo e higroscópico, ser exposto ao ambiente. O detector gama utilizado é um cintilador iodeto de sódio ativado com tálio tipo 12S12/3, de de janela fina, com 76.2 mm de diâmetro. III.5.3. Dotectoras &»ig&r - Mtíll&r O detector Geiger - Müller é um detector emprega câmara de gás. O princípio de funcionamento detector a gás, em geral, consiste de um cheio de gás, ou uma mistura de cilindro gases, a uma de que um condutor pressão relativamente baixa e um fio coaxial bem isolado das paredes do cilindro entre os quais se aplica uma potencial. Quando uma radiação ionizante diferença de através do passa detector, ela ioniza o gás, gerando pares de íons que são coletados dando origem a uma carga Q em eletrodos C203, [25] e C303. Em um detector Geiger coletada independe da ionização que a - Müller inicia a ( carga ionização primária ) , sendo caracterizado por um processo de avalanche de pares de íons, iniciado por uma radiação incidente detector [253, [30]. Dado a independência da carga com a ionização primária, não se pode medir a no coletada energia das partículas, nem é possível discriminarem-se tipos diferentes de radiações através da ¿^ensibilidade do circuito eletrônico do detector Geiger - Müller. O detector geiger um detector com preenchimento a gás NeA ( utilizado halog. ), é tipo 18506, aplicação /?, ^. III.6. Monitoração de Fluxo de Nêutrons Para a medida de ,f luxo de nêutrons no utilizou—se fios de cobalto como monitores. A reator seguinte reação é utilizada para produção do núcleo radioativo Co*** Ï Co ( n,y- ) Co e Co A porcentagem isotópica do Co^** é lOOX [253 a meia vida dos estável produtos formados para o ) é igual a 10,5 minutos, e, para o Co***"" Co*^*^, ( e meta igual a 5,272 anos. A secção de choque total cr^ para reação in^r) é de 37,2 - 0,6 barns [353- No processo de ativação do Cobalto formação do Co****"*, nuclídeo esperar o seu decaimento metaestável, para Co*^, sendo antes de ocorre a necessário efetuar a medida de atividade. A meia vida do Co*^"* é da ordem de 10,5 minutos; portanto, é suficiente uma espera de algumas após a irradiação. A medida da atividade fio de cobalto após irradiação por horas especifica um tempo de um determinado, fornece o valor de fluxo de nêutrons. Como descrito no capitulo II, subi tem II.3, o melhor método para medir o fluxo irradiação de amostras de Si é de pela nêutrons técnica durante de ativação, usando fios de Cobalto. Para se medir a atividade de Co*"*, usou-se no presente trabalho um a dos fios sistema de espectrometria gama. O sistema utilizado, emprega o de espectrometria arranjo eletrônico gama visto Nal(Tl) na figura 3.6.1. Esse sistema é constituido pelo detector Nal(Tl) 3" x 3" acoplado a um pré amplificador, uma fonte de alta tensão, um amplificador, um analisador monocanal, um contador e uma impressora. Os cintilação, apiós pulsos sua provenientes amplificação, do são detector de selecionados nos intervalos de energia de interesse através de um analisador de altura de ilustra pulsos monocanal. A espectro de energia do Co**°. onde há que significa a área enviados para o 3.6.2 uma região correspondente energia de interesse selecionados. são fig. scaler Os onde aos são sombreada intervalos pulsos o de selecionados registradas as contagens. A curva de calibração é determinada a de medidas de atividade conhecida de um conjunto de Co**'. Estas fontes foram cámara de de ionização padronizadas 4rr—, poço num no de partir fontes sistema laboratório de de metrologia nuclear do IPEN-CNEN/SP. Foram utilizados 5 fontes padrSes de Co*** com diferentes atividades atividades dos fios reator lEA-Rl, de junto . As atividades cobalto com que tarugos são serão de próximas às irradiados no silício. Foram GETECTOR rj a n PRE T 1 A M P L I AI-IFL I F [ . A N A L . ri O N O - FICADOR C A N A L ALTA "ENSA O COMT ADORi IMPRES SORA ^ i g . 3 . 6 . i , D i a g r a m a de bloco d o ar r anjo e l e t r - o n i c o dc s i s t e m a rialCT I ,) F í g . 3 . c . 2 . E s p e c t r o de er.ergia do Co-60 em um detector Nal ( T I ) Tabela 3.6.1. Atividade das fontes padrSes de Co O N- do fio tempo de Irrad. (h) <50 Atividade | (MBq)/g OI 10 566 - 14 1 02 20 1042 - 25 1 03 25 1187 - 31 1 04 30 1314 - 33 1 05 40 1547 - 39 1 utilizados como monitores, fios de cobalto de 0.504 diâmetro por 2 mm de comprimento. A tabela 3.6.1 mm de mostra as atividades dos fios de cobalto utilizados como padrSes. III.7. Calibração do Detector Geiger Como mencionado no capitulo II, a reação do núcleo P^* com nêutrons térmicos, geram P^^, que por sua decaem por emissão de partículas f3 , deixando o vez monocristal de Si radioativo. A meia vida do P^'^ é relativamente 14,22 dias, o que leva a um tempo de espera duas semanas irradiação. para A o medida manuseio desta do de pelo monocristal atividade longa; menos após residual a do P^^ presente nos monocristais após a irradiação é essencial o ponto de vista de proteção radiológica, para a sob liberação do monocristal para fins comerciais. 32 Como o P é uro núcleo radioativo, emissor puro de radiação (3 com energia máxima E _= 1.7 Mev e meia vida 14.22 dias [293, a determinação da atividade específica do P^^ num cristal de silicio maciço é devido à absorção das partículas"^ um no pouco meio envolve cálculos elaborados para estimar do os complexo, silicio efeitos absorção. No presente trabalho, foi realizado uma experimental para calibração do detector e desta simulação que mede a 32 atividade beta do P . Foi utilizado para medir a residual dos monocristais de geiger. prático detector Um procedimento geiger, Si observando irradiados, para a a mesma atividade um detector calibração geometria do dos monocristais , seria a construção de um recipiente com as mesmas dimensSes do monocristal, chelo de uma solução com atividade conhecida de P^* diluida. Deste modo, pode-se monitorar este recipiente e calibrar o detector geiger. Foi preparado como fonte de atividade conhecida para a calibração do detector geiger, uma de P .A solução composição desta solução constituiu-se de 98 mg de CCWISCAO KAC:Cf^;:. a t N t R G ; / . N U C L E A R / S P - IPES SPND DIGITALIZADOR SCALER DE CORRENTE PRINTER l g . 3 . 8 . 1 . Diagrama o detector de bloco SPND do sterna e l e t r ô n i c o empregado para O 'P •u •o > Q0) -O o n •o a. e o 0 -Q 3 o -J .£1 O T3 E / .1 L /i o ce Ll «3 u (t) <r 1— o un i_ 03 D- U > Û. "O O ja +j o -o o -o c -J •i O C II) Ê (_ 0) QX (« en c b c , c: e c o I i rr. a d c r P '. C Su pO r t . J \ D de u n ¡ dade ''conexão didática de ••-^m e s a áceccor ''•.s o ¡ .j ; a o -^arranjo g . 2 . / . 2 . Desenho Geiger e s q u e m á t i c o do contagem apoio geiger de P 3 2 a u x i l i a r e x p e r i m e n t o para a c a l i b r a ç ã o do d e t e t o r ácido fosfórico por litro d'água. As fontes foram preparadas em sala especial para pesagens, seguindo as normas prescritas pelo BIPM no laboratório de Metrologia Nuclear do da solução de P^^ foi colocada C333 IPEN. Uma alíquota suporte especial sobre constituido por uma arandela de aço, sobre a qual é colocada uma película de VYNS ( acetato de cloreto de polivinila ). Para cobrir essa película com uma superficie condutora, os suportes sofrem um processo à deposição de ouro, antes de da metalização preparação vácuo, das com fontes. Para obter a atividade absoluta de emissores beta—puros , a fonte assim preparada foi medida pelo método ATZ-(3 CIO], C39]. A atividade medida desta solução foi de 6.89 - 0.34 KBq/g. Um tubo de PVC de 3" de diâmetro por de comprimento, com janelas de makrofol espessura por 31 mm de diâmetro, foi com esta solução de P . Sobre as KG de totalmente janelas 250 mm ¡j de 8 preenchido de makrofol fixou-se um colimador de lucite de 12 mm de espessura por 25 mm de diâmetro interno e 35 mm de diâmetro externo, conforme figura 3.7.1 O tubo de PVC a^ssim preparado é deitado, apoiado, sobre o prisma do arranjo auxiliar, permitindo o tubo geiger penetre exatamente pelo colimador até tocar a superfície diâmetro do que interno makrofol, do conforme fig.3.7.2. As contagens são então registradas em uma unidade didática de contagem PI 752. III.8. Calibração do detector SPND O sistema eletrônico empregado para detector SPND está ilustrado sob forma de diagrama de o bloco na figura 3.8.1. O detector SPND utilizado é um detectar com emissor de platina. A corrente elétrica proveniente SPND é processada em um digital izador de do corrente detector e apiós. enviada para um contador e, em seguida as contagens são impressas em uma impressora. Estes detectores são usados para medir a dose de nêutrons de uma forma relativa. Apôs a calibração, detectores SPND podem ser usados para controle nêutrons recebida irradiação, que é pelo um cristal parâmetro preciso da resistividade final desses detectores, foram usados de silicio importante do Si. as de Para medidas para a do dose os de durante controle calibração fluxo de nêutrons térmicos obtidas a partir dos monitores de cobalto. CAPITULO IV RESULTADOS EXPERIMENTAIS A uniformidade na resistividade do cristal de silício após a irradiação comportamento do fluxo de é fortemente nêutrons ao dependente longo de extensão da amostra. Deve - se portanto minimizar efeitos de não uniformidade do fluxo, absorção do toda a quaisquer de nêutrons no cristal, depressão local de fluxo, etc. VariaçSes espaciais e temporais estão relacionadas principalmente a fatores de fluxo geométricos do reator e ao seu ciclo de funcionamento. Deve - se considerar que, embora tais efeitos estejam presentes em qualquer tipo de reator, em reatores tipo piscina, as distorçSes do fluxo térmico ao longo geral maiores que em de um determinado outros tipos de moderados a água pesada ( D^O ) eixo são, reatores, e em como grafite. Isto aqueles se principalmente à pequena altura do caroço do reator^ taxa de produção de nêutrons e às propriedades dos deve menor nêutrons na água comum. As características elétricas dos são altamente dependentes da perfeição da semicondutores rede cristalina, sendo portanto, recomendável que a geração de defeitos a mínima possível. térmicos e A nêutrons razão acima entre desta o fluxo energia seja de nêutrons ( nêutrons epitérmicos e rápidos ) , constitui um parâmetro fundamental no que diz respeito à geração de defeitos. Pode-se afirmar exigem um fluxo de 2 nêutrons por cm que nêutrons por segundo, as condiçSes térmicos a de irradiação 12 13 10 e 10 entre razão entre nêutrons térmicos e o fluxo de nêutrons rápidos 100 e a variação do fluxo de nêutrons vertical deve ser menor do que 107. C153. MJ. ao o fluxo entre longo do de 3 e eixo IV. 1. Hedida do Fluxo de Neutrons. Como descrito no capitulo II, a dopagem monocristal de Si depende da dose de nêutrons recebida monocristal. Usou—se no presente trabalho, o do pelo método de ativação de fios de cobalto para o controle absoluto da dose de nêutrons incidente sobre cada amostra Cada fio de cobalto teve uma de numeração Si em irradiada. comum com respectiva amostra de Si irradiada. A determinação do a fluxo térmico utilizando os fios de cobalto, foi efetuada por meio das medidas de atividade induzida, utilizando a seguinte expressão; A^( 1 - R © ^^e 0^= _ G N <7 I O - / TT T / (4 T) eq. 4.1 ( 1 - e^^i ) o Onde d> = Fluxo de nêutrons térmicos ' <so A^ = Atividade específica do fio de Co sem cadmio R = Razão de Cadmio \ = Constante de (\ = 4.2 X lO"*^ decaimento do Co**" s"*) C293. t^ = Tempo de espera t = Tempo de irradiação i G^ = Fator de correção de fluxo ("self-shielding"). N = Número de átomos de cobalto por grama. (N = 1.02 x 10^^ á t / g ) . cr^= secção de choque total para reação (n.y) do cobalto (a = 37.2 o barns) C 3 5 ] . T o = Temperatura do meio moderador ( T^ = 20*^0 ) T = Temperatura na posição irradiação. Os parâmetros G^, T e R " foram determinados experimentalmente. Abaixo, estão relacionados os fatores com uma apresentação de informaçSes especificas sobre cada um deles: 6^ : fator "self-shielding"; seu valor de O.858 - 0.02. Sua determinação descrita no experimental foi encontra-se sub-item IV.2. T : temperatura na posição de Esta temperatura foi determinada por meio de irradiação. termo pares Q valor medido foi: T = SO'^C. R : razão de cadmio. determinado para a razão de Q cadmio valor experimental utilizando fios de cobalto foi de 29,3. A determinação experimental da razão de cadmio R encontra-se descrita no sub-ítem IV.2. Os erros nos valores da determinação de fluxo foram calculados por propagação de erros fatores 4.1. utilizados na expressão em cada Esses um erros dos são apresentados a seguir: -Erro causado pela incerteza na da atividade. Para esse cálculo foram determinação considerados os seguintes erros parciais: E : erro estatístico, calculado pegando-se ai uma média aritmética do valor Cof° das Uma mesma fonte foi contada contagens dez vezes da pelo fonte de sistema Nal(TI). Este erro foi da ordem de 0.2X . E : erro na atividade das fontes padrSes de <so Co. As fontes foram padronizadas no laboratório de Metrologia Nuclear (NPA) do IPEN/CNEN-SP. E =2.57. . ap E. : erro causado pela incerteza do tempo de t\. irradiação. Essa incerteza provém da cronometragem durante a operação, para colocar e retirar o monocristal da posição de irradiação junto ao estimado em 0.17. caroço do reator. Este erro foi . E : erro no tempo de rampa do reator. O «•p tempo de rampa do reator, é o período compreendido durante o tempo de início de operação do reator ao tempo em ele critico; com sua potência máxima. Este calculado erro foi fica para um período de irradiação de 8 h em nossas amostras, e o valor do erro obtido que ocasionará uma incerteza na determinação do fluxo é da ordem de O.IX . E ! erro causado pela incerteza na meia Tl/Z vida. Este erro foi calculado por meio dos erros encontrados na literatura para T E . Este erro foi da ordem de 0.17. : erro causado pela incerteza nos . valores da secção de choque c^; este erro é obtido do valor tabelado na literatura C35], sendo da ordem de l.ò7. E : erro causado pela . incerteza na m determinação da massa do fio. Este erro é dado pelo erro da balança utilizada ( Mettler M5 SA ) que é de 15 ¡JQ. E a s erro causado pela incerteza nos valores 1 obtidos experimentalmente de G^, que é da ordem de 2.5% . As atividades dos fios de cobalto irradiados são determinados através da curva de calibração Nal (TI), dado pelo gráfico das contagens do sistema coletadas pelo detector em função das respectivas atividades conhecidas de fontes de padrees. Na fig. 4.1.1 calibração do sistema Nal(TI). é mostrado a curva ( 6,0E + 006 -1 5.0E+006 - 4.0E + 0 0 6 - 1 o D" CG (U 3.0E + 0 0 6 "O O "D > < 2.0E + 0 0 6 - 1.0E + 0 0 6 - c: o r- m O.OE+000 II I I I I I I I I I I I M O I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I 200000 400000 Contagens Fig.4.1.1. Curva detector de c a l i b r a ç ã o I I I I I I I I I I I I 600000 800000 Nal(TI) (cps/g) do s i s t e m a Nal(Tl) I 1000000 IV.2. Medida do Fator "Self-Shielding" e Razão de Cadmio. Neste sub—i tem é descrito experimental utilizado para determinação de um o método dos fatores de correção de fluxo; o efeito sombra, ( "Self- shielding " ).Este efeito é ocasionado no próprio fio de Cobalto, devido a sua espessura . Ê denominada sombra pois camadas mais fração externas absorvem uma os átomos dos das nêutrons incidentes , ficando as camadas mais internas expostas a um fluxo mais baixo, uma vez que já foi absorvida pelas camadas externas d l , C23 e C343. A fig.(4.2.1) ilustra o comportamento do fluxo de nêutrons na presença do fio. A experiência para determinação do fator "Self-Shielding" foi realizada com dois fios de cobalto . fio n- 1 foi dissolvida em ácido nítrico, ( volume menos 1 ml ) , diluido para 5 ml; 50 ¡JI desta mais solução depositados em um papel de filtro Whatmann, e selada O ou foram em um tubo de si 11ca. G fio de Cobalto n- 2, selado em um outro tubo de silica e a solução pipetada, foram juntos irradiados sob um fluxo de nêutrons no reator durante 6 h. Em seguida o fio n- 2 foi dissolvido em ácido nítrico e completada volume de 5ml; 50 ¡ul desta solução foi pipetado, no depositado num papel de filtro Whatmann e selado em um tubo de silica. Os dois tubos de silica contendo as soluçSes, foram medidas através de um detector Ge(Li) no de Metrologia Nuclear do resultados IPEN/CNEN-SP. Os laboratório são mostrados na tabela 4.2.1. O fator "self-shielding", G^, é a razão entre as atividades específicas das duas soluçSes, e como pode-se observar é de 0,86 - 0.02. Para a irradiou—se juntos dois cadmio e outro sem determinação fios cadmio. de O da razão cobalto, cadmio é apresenta uma seção de choque de absorção ordem de 2500 b na energia térmica, com de um um com uma cadmio, envolto material o valor em que da ressonância FLUXO FLUXO NA INCIDENTE SUPERFICIE DA FOLHA ( FLUXO MEDIO D E T E R M I NADO EXPERIMENTALMENTE Fig. 4.2.1. Comportamento fio de cobalto do fluxo de nêutrons na ) presença do próxima em O,178 eV. Acima dessa energia a secçSo de * choque é bastante baixa, caindo para 70 b. Deste modo o cadmio atua como um filtro de nêutrons, absorvendo os nêutrons energia abaixo de uma certa energia de corte E _, e de deixando cd passar nêutrons acima dessa energia. A energia E se cd localiza próximo à energia do pico da ressonância e varia ligeiramente com a espessura de cadmio a ser utilizada. Por cálculos teóricos pode-se determinar uma energia de corte efetiva que esta em torno 0,5 eV, para uma espessura de cadmio de 0,5 mm. A razão entre a atividade fio sem cadmio e a atividade da fio com cadmio dará a do razão de cadmio definida por: A R = -2— A c eq. ( 4.2.1 ) Onde: A^ = atividade especifica do fio de cobalto de cobalto sem cadmio. A^ = atividade especifica do fio com cadmio. ^ Tabela 4.2.1. Resultados do experimento self-shielding. o n- fio diâmetro ( mm ) massa ( mg ) atividade ( Mbq/g ) 1 1 4,714 - O.019 3,649 - 0.055 2 1 4,238 - 0.017 3,132 - 0.047 A tabela mostra 4.2.2. os resultados do experimento para a determinação da razSo de cadmio R na posição de irradiação dos cristais de Silicio. Com o valor da atividade especifica do fio de cobalto envolto com cadmio A^, determinoii-se nêutrons epitêrmicos na posição de o irradiação fluxo de através da expressão: A 0 ln(E /E ) - = 6 - - eq. (4.2.2) de cobalto N I ( i - e ^^i ) Onde: A c = atividade especifica do fio envolto com cadmio (espessura 0 , 5 m m ) . \ = constante de decaimento do Co**** . (X. = 4 , 2 . 1 0 ~ * * s~*) . t^ = tempo de espera. E^ = máxima energia adotada para os nêutrons epitêrmicos. E^ = 1 MeV. E^ = minima energia adotada para os epitêrmicos. E G = E fator self-shielding nêutrons = 0 . 5 5 eV. (6^ = 0.858 - 0.02) t N = número de átomos por grama de cobalto. (N = 1 , 0 2 . 1 0 ^ ^ á t / g ) . I = integral de ressonância 2,27 t^ = (I = 74,15 - barns). tempo de irradiação. O valor do fluxo de nêutrons epitêrmicos posição de irradiação foi de ( 3,O - 0 . 1 1 ) . l o " na n/cm^.s Usando o valor da atividade especifica do fio de cobalto sem cadmio, e utilizando a expressão 4 . 1 , calculou-se o fluxo de Tabela 4.2.2. Resultados do experimento razão de cadmio R na para posição a determinação de irradiação da dos cristais de Si. fio de Co esp. (0.5mm) com cadmio massa (g) 0,00545 t. irr. (h) 7,45 atividade (Mbq/g) razão de cá.d, R (1,4 - 0 , 0 2 ) . 10' 29,3 - 0 , 6 sem cadmio 0,00555 7,45 (4,1 - 0,06). 1 0 nêutrons térmicos na posição de irradiação, onde obteve-se o valor de ( 1,20 - 0,04 ).10*^ n/cm^.s . Desta maneira pode—se calcular a razão entre o fluxo de neutrons térmicos e epitêrmicos na posição de irradiação. O valor desta razão foi de 4,1 . Como descrito anteriormente, esta é um geração de parâmetro importante defeitos na no estrutura que diz respeito cristalina do determinado de 4,1 para esta razão é razão à silicio. um valor O valor considerado dentro de uma faixa aceitável para uma posterior recuperação da estrutura cristalina do silicio através do tratamento térmico. IV.3. Determinação do Perfil Vertical do Fluxo Térmicos na Posição de irradiação de das Neutrons amostras de Si. As variaçSes do fluxo térmico ao longo de uma dada linha vertical são uma função da altura do núcleo reator. Assim, o fluxo de nêutrons diminui à medida em do que se caminha em direção às extremidades do caroço. Foi elaborada uma medida do perfil vertical do fluxo de nêutrons na posição de 4.rradiação, utilizando um tarugo de Al de 2,5" por 48 cm de dispositivo de 2,5". Foi utilizado comprimento um tarugo dentro de aluminio devido às suas características físicas parecidas com silicio, como densidade e secção de choque do as nuclear. do Foram feitos furos de 4 em 4 cm ao longo do comprimento do tarugo. Estes furos de aproximadamente 5 mm de diâmetro superficie até o centro do tarugo, e servem para partem da posicionar fios de cobalto; um na superfície e outro no eixo central do tarugo. Deste modo, podemos simular o tarugo de Si, determinando o perfil do que fluxo ocorre ao superfície e ao longo do eixo do tarugo, bem como qual é a sua variação de fluxo entre a superfície e em um longo da verificar centro. A fig.4.3.1. ilustra um desenho esquemático deste arranjo. üs resultados obtidos «5 «5 encontram-se na Tabela 4.3.1. Resultados obtidos para o perfil de fluxo de nêutrons térmicos na posição de irradiação do dispositivo de 2.5", utilizando um tarugo de Al. Pos. vertical Eixo (cm) Fluxo (n.cm Centro do tarugo ^. s ^) x 10^^ Superficie do tarugo - 20 0.742 + 0.03 0.798 + 0.04 0.749 + 0.03 0.822 + 0.04 1 - 16 0.885 + 0.04 0.904 + 0.04 - 12 0.956 + 0.04 - 8 - 4 - 0 1.017 + 0.04 1.045 + 0.05 1.057 + 0.05 1.034 + 0.05 1.013 + 0.05 0.987 + 0.04 1.032 + 0.05 1.074 + 0.05 1.085 + 0.05 - 24 4 8 12 16 0.935 + 0.05 20 0.749 24 0.846 + 0.04 0.04 0.644 + 0.03 1.062 + 0.05 1.031 + 0.05 0.955 + 0.04 0.854 + 0.04 0.771 + 0.03 0.617 + 0.03 fig.4.3.2, e tabela 4.3.1, onde os pontos, na 4.3.2, fig. representam o fluxo na superficie e os circuios o fluxo no centro. Nota-se um perfil bastante representam simétrico torno do ponto de máximo, que é da ordem de I.IO*^ n/cm^.s. Em torno da parte central do dispositivo, existe uma de cerca de 2 5 cm, onde a variação do fluxo é menor 107. em região do qué . Como J a visto no capitulo II, a dopagem no monocristal de Si é uma função do fluxo de nêutrons. Esta fluxo apresentada em torno da região 25 de variação cm, de induziria numa mesma variação axial de resistividade num tarugo de de 2 5 cm que fosse irradiado nesta posição, sendo variação é aceitável comercialmente. valor do fluxo inferior a na 5%, superficie que é e A no diferença centro também que um do valor Si esta entre o tarugo é aceitável comercialmente. Pode—se entretanto, apresentada neste perfil de fluxo à devido da simetria fig.4.3.2, irradiar dois tarugos de Si de 2 0 cm cada, um acima e outro abaixo da posição zero, de forma que quando receberem metade da de nêutrons estabelecida, sejam trocados entre s i . O de fluxo de nêutrons tarugos de Si, neste incidentes caso, procedimento adotado pelo o é axialmente no uniformizado. reator lEA-Rl. dose perfil corpo Este A dos foi o fig.4.3.3. ilustra este tipo de procedimento. Na referência [18], locais em outros países onde se para deixar o perfil do fluxo de encontram-se vários utilizam de outros meios nêutrons incidentes mais uniforme nos tarugos de Si. Uma forma consiste em envolver o monocristal de Si durante a irradiação conveniente ( usualmente aço ou níquel com um material ) , de tal modo que espessura deste material seja proporcional à intensidade do fluxo de nêutrons. Assim, na região onde o fluxo é maior, espessura do material é maior. A fig. 4.3.4. ilustra de se obter submeter o monocristal a movimentos vertical, de tal modo que o cristal o mesmo resultado periódicos receba, na em a este tipo de procedimento adotado pelo reator DR 2 localizado Dinamarca. Outro meio a na é direção média, •i::Ao k a c x í : : - n: !;í;i:rc:/ k u c l e a r / S P - IPEN COWI o 1.2E+013 - o * - fluxo no centro do tarugo fluxo na superficie do tarugo o e 8,OE + 0 1 2 - CO CN E: O 15- O X 3 4.0E + 0 1 2 - O.OE+000 I I -40 Fig.4.3.2. I I I I II I M I I I -30 I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I II I I I I I M I I I I I I I 20 30 -10 O 10 Posição ( c m ) Perfil vertical do fluxo de neutrons térmicos na superficie e centro de um tarugo de Al na posicao de irradiação do d i s p o s i tivo para irradiar tarugos de S i de 2 . 5 polegadas. I I II I I I I I I -20 I I FIOS DE FIOS COBALTO DE COBALTO CENTRO SUPERF I C IE TARUGO DE ALUMINIO i Q. 3 . 1 . Desenho - do p e r f i l e s q u e m a t i c o v e r t i c a l do do a r r a n j o f l u x o de para d e t e r m i n a c a n e u t r o n s dose i n c i d e ;-i t e antes inversão A 1 6 12 S r u 0 B P e r f i l / d o s e o < fa m da n - -4 CIDENTE - S o ÏL i I APOS NVERSAO - 1 2 - 1 6 D TARUGOS DE S I L I C I O F i g , 4 , 3 . 3 . M e t o d o p a r a h o m o g e n e i z a ç ã o v e r t i c a l da dose de n e u t r o n s o b r t a r u a o s de Si no do p e r f i l i n c i d e n t e s r e a t o r l E A - R l a l t u r a acima do d e t e c t o r +5 i g . 4 . 3 . 4 . Variação a n t e s acó no e axial d e p o i s r e a t o r da da DR +10 +15 densidade i n s t a l a ç ã o da D i n a m a r c a , +20 X de fluxo de a b s o r v e d o r e s ( r e f . de 15") neutrons de mesmo fluxo de nêutrons. Estes dois métodos possuem a desvantagem provocar uma diminuição considerável no fluxo aumentando conseqüentemente o tempo de de de nêutrons, irradiaçSo para a obtenção de uma determinada resistividade.' IV. 4. Determinação da Eficiência do Detector Gelger-MUI 1 er & Cálculos pelo Método de Monte Cario. A atividade de uma solução de P^^ foi pelo detector geiger. As geometria utilizada características para a sua desta medida solução monitoração já e foram descritas no capitulo III. O resultado obtido pela medida com o detector geiger, da solução de P^^, foi de 138.9 - 0.7 desta medida foi calculado com base cps. em O 10 erro medidas registradas pelo detector geiger na mesma geometria. Através deste resultado calculou-se um valor para detector geiger de 2.079 x 10~^ - 0.05 x erro desta medida foi obtido a eficiência do cps.g/Bq. O 10 ^ propagando-se atividade padrão da solução de P^^ e o erro os erros nas na contagens medida pelo detector Geiger. Na prática, contudo, o detector monitorar como fonte emissora beta-puro, um Si, e não uma solução com atividade geiger monocristal conhecida de Portanto, torna-se necessário empregar um fator de adequado, se houver, para este valor de encontrado. Foi criado com este propósito, um de P^^. correção eficiência programa calcula a eficiência do detector geiger através Monte Cario C 5 ] , para se verificar qual seria correção adequado no valor de eficiência irá do o método fator encontrado que ao de se monitorar um tarugo de Si. Devido à atenuação das partículas fi no meio em que ela percorre, ao se monitor um corpo de grande espessura como um tarugo de Si, as contagens coletadas pelo detector nSo representam a atividade total deste corpo. elaborado portanto, um programa usando o método Cario que determina a eficiência do detetor em conta a atenuação das partículas por ela, e nas mesmas condiçSes ft de nó de Monte geiger meio levando percorrido geometria descrita no capitulo III. O principio de Foi experimental funcionamento método Monte Cario é simular exatamente todas as do condiçSes experimentais através de um programa de computador. A tabela 4.4.1 mostra o valor da eficiência do detector calculada pelo método de Monte Cario, simulando geiger como fonte emissora beta-puro, um tarugo de Si de 3" de diâmetro, e, o valor da eficiência com a solução de P^^ dentro de um de utilizado PVC coro janelas de makrofol tubo experimentalmente. Comparando-se obtidas através dos os métodos valores das eficiencias experimental e teórico, utilizando a água como meio de propagação para as partículas /?", tem-se um erro entre os dois valores de 2.4% . O total no cálculo da eficiência pelo método de foi de 4.2% . A eficiencias diferença no valor das Monte Cario diferentes meios de propagação da partícula ft i água ), encontradas teoricamente, foi de 3.1% . portanto, mediante estes resultados obtidos, que necessário empregar nenhum fator de correção na nos e Si Conclui-se não será eficiência do detector geiger, quando na sua monitoração sobre de Si. erro tarugos Tabela.4.4.1. Valores da eficiencia do detector geiger calculados pelo método Monte Cario. Eficiencia Ccps g/^q5 2,029.10 - 0.043 x 10 2,094.10~* - 0.075 x 10 * Melo Utilizado água Si Após ter-se estabelecido a eficiência detector geiger, é necessário conhecer qual ê o seu de como limite radiação de detecção. detecção, o Definimos valor das arbitrariamente contagens de do limite de fundo registradas pelo detector geiger igual a 3 vezes o seu erro total, 3o' . Deste modo, em um valor de contagens inferior Za a não podemos afirmar se existe fonte. Para o monitoramento de um tarugo de foi estabelecido um tempo de contagem de 10 Si irradiado, minutos. tempo foi estimado de modo a se manter um compromisso a praticidade e a segurança, uma vez que este Este entre trabalho é voltado à uma produção do Si NTD no reator IEAR-1. O número de contagens da (N ) registradas pelo detector Geiger radiação no Para se considerar fundo laboratório serão feitas as medidas é da ordem de 600 em 10 minutos. de que 24,5 existe onde contagens fonte no tarugo, deve-se ter: NF - N^ > 3©-^ o eq. (4.4.1) b Onde : NF = contagens durante 10 minutos do tarugo de Si irradiado. N = contagens durante 10 minutos da de fundo do radiação laboratório. 3<y = limite de detecção do detector geiger. b O limite de detecção, 3^ , do detector b Geiger, como podemos verificar pelo valor descrito acima da radiação de fundo, N , corresponde a 73.5 10 contagens em b minutos. Segundo as Radiológica, para um normas tarugo internacionais de Si ser de proteção considerado como isento de normas de segurança radiológica, o perm. permissivel de atividade é de 2 . lo * ¡JCÍ./ limite máximo g, ou 7,4 Bq/g geiger obtida C6]. A eficiência do detector experimentalmente, conforme descrito no siib-i tem IV.4, é de 2,O79.10 ^ cps.g/Bq. do limite isenção de Portanto, pela dividindo-se eficiência do o valor detector geiger, obtem—se 0,15 cps. Ou seja, o resultado obtido para o limite de isenção, em nosso geiger, ê de aproximadamente 92,3 contagens em 10 minutos. Portanto, se NF- N > 92,3 contagens em 10 limite de o minutos, o taruga de Si não estará dentro do isenção . IV. 5. Calibração do detector SPND Como já foi dito, o resposta que é proporcional a Conseqüentemente, ê detectar dos^ necessário SPND de uma fornece nêutrons calibração contra uma medida direta da dose de nêutrons para detector possa ser utilizado como medidor. Os uma recebida. do que mesmo este detectores SPND usados neste trabalho foram calibradas com monitores de cobalto. Um total de 12 fios de cobalto metálico foram irradiados com nêutrons para esta calibração. A tabela 4.5.1 mostra o monitor foi irradiado e as tempo contagens em que cada registradas pelo digitalizador de corrente do detector SPND. A atividade fios de cobalto foi determinada descrito anteriormente. A partir calcular a dose de mostra a relação nêutrons entre a deste (0.t) dose pelo de procedimento dado dos já foi possível recebida. A fig.4.5.1 nêutrons e contagens registradas pelo digitalizador de corrente do detectar SPND. 1.4E + 0 1 8 -1 1,2E+018 - 1.OE+018 - 8.0E + 0 1 7 - 6.0E + 0 1 7 H 4.0E + 0 1 7 - 2.0E + 0 1 7 - CN E u ~ O.OE + 0 0 0 I I I M I I I O.OE+000 I I I I M I I I I 2.0E+006 II I M I I I I I 4.0E+006 II I I I I M M j I I I I I I I M 6.0E+006 8.0E+006 IIIIIIIIIIIIIIIIIIII { 1 .OE+007 Contagens SPND F i g . 4 . 5 . 1 . Curva de c a l i b r a ç ã o entre fluência ' do d e t e c t o r SPND. 1.2E+007 1.4E+007 de nêutrons e contagens Tabela 4.5.1. Tempo de irradiação de cada monitor de cobalto e contagens detector SPND. n- fio tempo de irradiação ( h ) contagens integradas 1 8 3.911.738 + 1977 2 10 4.792.822 + 2189 3 12 5.762.837 + 2401 4 14 6.647.444 + 2578 5 16 7.465.612 + 2732 6 17.15 8.005.180 + 2829 7 19.20 8.831.401 + 2972 8 21.20 9.736.090 + 3120 9 24.20 10.646.944 + 3241 10 26.20 11.578.141 11 28.20 12 30.20 3403 + 12.505.460 — 3536 13.463.203 + 3669 63 Como se espera uma resposta função da dose, os dados linear foram do detector ajustados com SPND em uma função no Reator linear pelo método dos minimos quadrados. IV.6 Irradiação de Tarugos e láminas de lEA-Rl do Silicio IPEN. Preliminarmente foram irradiados dois tarugos de Si. As especificações desses tarugos de Si, tempo de irradiação e resistividade resistividades foram medidas pela bem como alcançada, empresa ( o estas Heliodinâmica ) são apresentados na tabela 4.é>. 1. * Nestas primeiras irradiaçSes não houve controle do fluxo de nêutrons incidentes na amostra, devido ao caráter preliminar deste experimento. Para estabelecimento irradiação, como por exemplo, dose de de parâmetros nêutrons resistividade final, foram utilizados no recebida presente lâminas de silício com dimensSes: diámetro de 2.5" e trabalho ou 3", e espessura de 10 mm. O procedimento consistiu em irradiar cada lâmina junto com um monitor de cobalto. Um fio de cobalto lâmina de silicio foram embrulhados totalmente em alumínio. As lâminas e monitores assim folha preparadas e de foram colocadas dentro do dispositivo de irradiação, umas sobre as outras. Um espaçador de alumínio ( em forma de tubo ) foi usado para ajustar a relação ao perfil posição do conjunto vertical do fluxo de lâminas na posição irradiação. Desta forma, a posição do conjunto foi perfil pré—determinados lâminas foram retiradas sucessivamente de cima uma de cada vez. Um total de 24 de ajustada para que o centro do conjunto coincida com máximo do do fluxo. Após a irradiação por tempos em lâminas sendo o processo de irradiação destas para foram as baixo, irradiadas, lâminas dividido três etapas. Na primeira etapa foram irradiados um em conjunto de 12 lâminas ( 1- lote ) , na segunda etapa um conjunto de 8 lâminas ( 2— lote ) e na terceira etapa lâminas ( 3- lote ). A tabela um conjunto de 4.6.2 mostra os monitores de cobalto 4 tempos de irradiação de cada lâmina. A atividade dos foi medida pelo detector de Nal(TI) utilizando—se o procedimento já descrito anteriormente. A partir deste dado foi calculado a dose de nêutrons recebida por cada lâmina de silicio durante irradiação. Os resultados estão na tabela 4.6.2. Como já causados na foi estrutura mencionado, cristalina do processo de irradiação no reator, não resistividade do mesmo antes de devido silicio é feito o medir a sua pelo danos durante possível .recuperar normal. O processo de recuperação é aos estrutura tratamento térmico. O tratamento irradiadas, foi feito em um térmico forno das lâminas elétrico esquemático esta ilustrado na figura 4.6.1. de cujo Este desenho forno permite o cozimento de lâminas de Si com no máximo 1 espessura. As lâminas são colocadas sob possui uma velocidade constante de 8,3 lâminas penetram o interior do extensão de seu comprimento. interior do forno, à uma . esteira 10 m/s. e percorrem Durante o seu de 4m de que Estas toda trajeto em só cm uma forno distância Si relação ccmzzix í:ac;ci; : li ua.i-c:;. n u c l e a r / S P - a pelo ao im tabela 4.6.1. Resultados de reator tipo tarugos de Si irradiados no lEA-Rl. dimensões tempo de irrad. (h) resist. (ncm) Cz 2,5" X 2 0 cm 22,45 38.0 - Cz 2,5" 27,17 27.9 - 0.2 X 25 cm 0.3 Tabela 4.6.2. Resultados obtidos para a resistividade de das lâminas Si irradiadas no reator lEA-Rl. Resistividade (Ciem)* lâmina borda (Q cm) centro (O cm) t.irr. (h) fluência (n/cm^l X 10" 1^ lote 01 + 98,1 8 + 0,7 101,8 - 1,6 4,0 i 0,1 0,6 + 0,1 4,6 ± 0 , 2 64,9 + 0,4 5,4 Í o , 2 48,9 O,6 6,1 i 0,2 47,7 + O,6 6,8 i 0,2 + 0,6 7,2 - 0,3 42,3 + 0,5 7,9 - 0,3 + 0,2 8,6 - 0,3 02 10 82,0 03 12 63,2 + 0,1 + 04 14 49,9 05 16 44,9 + o,i 83,0 0,1 06 17,2 43,2 07 19,2 41,9 + 0,2 42,9 0,2 + 08 21,2 36,9 0,3 37,2 09 24,2 32,1 + 0,1 32,7 10 11 12 26,2 28,2 30,2 28,6 + 25,1 + 25,3 0.1 0,1 0,1 O,4 9,4 - 0,3 29,8 + 0.2 11,0 i 0,4 25,5 + 0,4 12,0 ± 0 , 4 25,9 + O,2 12,3 ± 0,4 186,5"*"-- 2,0 2,8"*"- 0,1 2 ^ lote 13 14 15 16 17 18 19 20 185,2"*"-- 0,4 , 7,08 112,4'^-- 0,7 14,3 14,36 19,12 74,1 62,5 21,40 36,57 29,07 36,02 + 0,6 44,2 39 + O,3 24,9 + 75.5 o,i + + 0,2 + 45,1 0,3 40 ,0 - 0,2 0,1 o,i + 32,0 25,4 0,1 5,6 Í 0 , 2 0,6 63,0 - 0,5 + i 0,2 31,6 3,8"*"- 114,1"*^- 2,1 + 8,3 8,6 - 0,3 0,3 0,4 IO,6 ± 0,4 O,4 13,0 - O, 5 3^ lote + 21 7,2 100 22 16,23 41,7 + 0,1 23 24 22,75 31,18 38,5 + 30,3 + O,2 o,i 0,4 + 42.O + 39,9 + 0,1 2,4 - 0,1 + 0,2 6,0 6,7 i 0,2 31,1 + o,i 9,0 í 0,3 103 - Resistividade medida pelo método 4 pontas. 0,6 0,6 FORNO ELÉTRICO painel ENTRADA de c o n t r o l e DAS LAMINAS SAÍDA JIL JIL o o o o JIL o o o o o o o o DAS LAMINAS ESTEIRA ROLANTE A _n n 3- ' - ^ ^ ESTEIRA i g . 4 . 6 . 1 . ROLANTE Desenho e s q u e m á t i c o do f o r n o e l é t r i c o da empresa h e l i o d i n â m i c a início, elas chegam a uma temperatura máxima de 700°C. região quente esta sob uma atmosfera hidrogênio, ( 7 5 % de Ar e 25% de de gás em fase de argônio equilíbrio térmico terminando com o tempo gasto pelas lâminas em todo o percurso forno pelo elétrico o meio ambiente. As dimensSes do forno são: 10 x 1,70 x 0.5 do forno é de 20 minutos. Este e ) . Em seguida as lâminas sofrem um súbito resfriamento com nitrogênio, percurso Esta m^. O interior é o forno utilizado pela empresa Heliodinâmica. As lâminas de submetidas ao Si tratamento após serem térmico, irradiadas tiveram e suas resistividades medidas pelo método 4 pontas. Os resultados de medida de para as lâminas irradiadas no reator lEA-Rl, resistividades são mostrados na tabela 4.6.2. Os erros referentes ao centro das lâminas, foram obtidos calculando-se o desvio padrão de 10 medidas de resistividade na zona central da lâmina. Os erros das medidas na borda, foram obtidos mediante o cálculo do desvio padrão, nas medidas de 4 quadrantes diferentes da superfície da lâmina de Si. A relação entre a dose de resistividade final das lâminas de silício nêutrons é mostrado figuras 4.6.2a, 4.6.2b e 4.6.2c. Foi plotado nestas a dose de nêutrons ( ou fluência ) <p.t contra o resistividade final média para cada lâmina. representam respectivamente a curva de e nas figuras inverso Estas calibração dose de nêutrons e resistividade para os 3 lotes de da figuras entre a lâminas de silício irradiados no reator lEA-Rl. Cada lote de lâminas tem procedência de diferentes tarugos, todos crescidos pelo método Cz. pela Os dados experimentais relação: <p.t = K foram ajustados 1.6E + 0 1 8 -1 .2E + 0 1 8 H CN o 8,0E + 017 o 'o c Lu H 4.0E + 017 O.OE + 0 0 0 I 0.000 I I I I I I I I I I inverso I I I rn |~i 0.020 0.010 d a resistividade \ I I I rn rn pi—rn—rn—\—i—i i | 0.030 0.040 ( 1 / o l i m s . c m ) Fig.4.6.2a. Curva de c a l i b r a ç ã o entre a dose de n e u t r o n s vidade media de onnostras de Si i r r a d i a d a s . e o inverso da resisti- 1.6E + 0 1 8 -n 1.2E + 0 1 8 - 8.0E + 0 1 7 - 4.0E + 0 1 7 - CM E o o "o c D O.OE + 000 I 0.000 I I I I I I I I I I I I I I I I O.OjlO inverso I I I I I I I I 0.020 d a resistividade I I I I I I 0.030 I I I I I I I I 0.040 I I I I I I I I I 0.050 ( 1 / o h m s . c m ) Fig.4.6.2b. Curva de c a l i b r a ç ã o entre a dose de neutrons vidade nnedio de a m o s t r a s de Si irradiados. e o inverso da resisti- o 1.OE + 018 ^ 8.0E + 017 - fT CN ^ 6.0E + 017 o o 'o £ 4.0E + 017 C- 3 r~ m -O 2.0E + 017 - 3 O.OE+000 I I 0.005 I I I I I I M I 0.000 Fig.4.6.2c. I I I I I II I II II I I I I I I I I I I I II M I I II II I I I I I I I I I I I I I I { I II I I II I I { 0.010 0.015 0.020 0.025 inverso cjo resistividacde ( 1 / o h m s . c n n ) 0.030 0.035 Curva de calibração entre o dose de n e u t r o n s e o inverso vidade media de a m o s t r a s de Si i r r a d i a d a s . do resisti — Onde K = ^ N & u a o c e « Através do método dos minimos quadrados o ajuste forneceu os seguintes valores. 1- lote: K = = ( 2,81. 10^** - 4,78 . 10*^ ) n O/cm eq. (4.6.1) p, = ( 305 - 15 ) O cm 2- eq. (4.6.2) lote: k = ( 2,92 . lO*** - 5,38 . l o " ) p. = ( 217 - 11 ) n O/cm eq. (4.6.3) O.cm eq. (4.6.4) 3^ lote: k = ( 2,83 .10*** - 4,2 . 10*' ) n Q/cm = ( 515 - 21 ) eq.(4.6.5) fi.cm eq.(4.6.6) O valor médio experimental de k, portanto, de ( 2,85 . 10*** - 8,3 É é . l O " ) n O/cm. relevante salientar neste momento a conveniência da determinação experimental do valor de K, que por sua vez poderla ter sido calculado teoricamente a partir dos parâmetros N^, <7 , , e q , onde as constantes e são bem conhecidas e os parâmetros como secção de choque e mobilidade do elétron diversas literaturas. A (j^ encontram-se dificuldade existe incerteza nos valores da secção de choque a c q o-^ tabelados em por causa da encontrados na literatura , onde se relata que este valor depende do espectro de nêutrons que é diferente em cada tipo de reator. Da mesma forma os valores de iJ devem ser medidos para cristal e depende dos tipos e quantidades de cada impurezas presente no cristal original. Por outro lado o conhecimento preciso de K de importância fundamental para o processo de dopagem, porque determina a precisão com que a dopagem resultará valor pré-estabelecido ( "target value" necessidade de medidas durante precisas de ). Isto fluencia num afirma de a nêutrons a irradiação de silicio. O valor da secção de choque cr^ determinado a partir do valor experimentai de K foi de ( 0,103 - 0,002 barns e esta em bom acordo com o valor das referências 1^ é C 8 ] , C153 e [ 1 8 ] . Os valores das constantes e do ) C6], parâmetro I I (u I © l" usadas para o cálculo da secção de choque a foram: ¡j C 1396 cm^/V.s, q = 1,6 . lO"*** coulomb e N = © = 1,54 . lO^* 3 álXem . IV.7 Análise da Homogeneidade na Resistividade das Lâminas no capitulo de Si Dopadas pela Técnica NTD. Como já descrito anteriormente, II, para fazer uma dopagem tipo N em monocristais de Si usando o elemento fósforo sem utilizar a técnica NTD, tem—se o problema do seu coeficiente adequado para nenhum de método distribuição prático de que crescimento monocristais, gerando uma dopagem não uniforme ao volume do problema monocristal. ao conseguir A técnica uma dopagem monocristais de Si, independentemente para o seu crescimento, transpondo o problema do se NTD Czochralski coeficiente de longo solucionou mais do método ou nuclear, não dependendo da é de do este uniforme nos escolhido Float Zone, distribuição fósforo, uma vez que a dopagem é feita através de um puramente não natureza do método deste coeficiente. Uma resistividade comparação das de lâminas homogeneidade entre os dois métodos, convencional e NTD, é ilustrado nas figuras 4.7.1 Foi feito um mapeamento milimétrico resistividades na superficie de duas ' de de a no medidor de onde reator orientados resistividade na resistividade 45°, 90° e 135° respectivamente, na superficie das com um aparelho de Si; NTD medindo-se milimétricamente ao longo de 4 diâmetros 4.7.2. convencional empresa Heliodinâmica e noutra pela técnica lEA—Rl. O mapeamento foi feito e medidas lâminas numa delas a dopagem foi feita pelo método na a O^, lâminas, pelo método 4 pontas. Pode-se notar uma variação de resistividade ao longo da superficie da lâmina fig.4.7.1 ) , de apenas onde 3%, usou-se enquanto o método que na variação resistividade ao longo da superficie da lâmina onde o método convencional, ( fig. 4.7.2 ), temos valores de resistividades que possuem uma pontos de ( de usou—se variação 10% . Tem—se portanto, uma melhor qualidade NTD, com de até dopagem no método NTD. No presente trabalho tinha-se à disposição, somente aparelhos para medir as resistividades de lâminas de Si pelo método comparação implicaria 4 pontas. entre em Uma estes medir utilizando o método do a análise dois gráficos resistividade potencial mais rigorosa apresentados, micrometricamente, transversal capitulo II, uma vez que este método é mais descrito preciso método 4 pontas. O método 4 pontas fornece apenas médio da resistividade ao longo do na diâmetro que um da no o valor lâmina. Contudo, esta comparação do perfil de resistividade entre os dois métodos, é muito exaustivamente conhecida analisado, referências [ 6 ] , [19] e [ 3 7 ] . como na literatura pode—se e já observar foi nas 40.0 -n 30.0 - E ó d o 20.0 <D O "D 10.0 0.0 - I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I 20 40 60 80 Posicao (mm) Fig.4.7.1. M e d i d a s de r e s i s t i v i d a d e s a o longo do diannetro E s t a l a m i n a ( tipo F z ) foi i r r a d i a d a no r e a t o r de u m a l a m i n a de 3 pol I E A - R 1 , (Técnica NTD) 30.0 ^ * 20.0 ** ** * ' **** * * *' "* * * * ' - E o £ d) x> o "O 10.0 0.0 "r~i O Fig.4.7.2. rn rn rn i i pn m i i, i i m pi—i—i—m—r~r T H 80 40 60 Posicao ( m m ) M e d i d a s de r e s i s t i v i d a d e s a o l o n g o do d i â m e t r o de u m a l a m i n a de 3 E s t a l a m i n a foi d o p a d a p e l o m e t o d o c o n v e n c i o n a l n a empresa l i o d i n â m i c a d u r a n t e o c r e s c i m e n t o do m o n o c r i s t a l pelo m e t o d o C z . I I I I I ~jn 20 pol he- CAPITULO V DISCUSSÃO DOS RESULTADOS E CONCLUSXO. Como jâ foi mencionado anteriomente, a dopagem do silicio monocristalino com fósforo realizada pelo método convencional ( quimico semicondutor com variaçSes ), de resulta em um resistividade material relativamente grande, devido a segregação do fósforo, concentrando-o mais no centro durante o crescimento do monocristal. Estas prejudiciais para potência de variaçSes o bom grande de resistividade desempenho volume dos quando dispositivos construidos material como substrato. Para solucionar estas e produzir silicio monocristalino semicondutor tipo -N ) com dopado carateristicas são com de este dificuldades com fósforo bem ( superiores, foi desenvolvida uma metodologia no presente trabalho onde a dopagem do silicio com fósforo é processo nuclear chamado "Neutron (NTD). A desta grande vantagem convencional de dopagem esta na feita através de Transmutation técnica obtenção sobre de Doping" o método distribuição muito uniforme do dopante ( fósforo ) em todo o cristal, uniforme que resulta em um perfil bem um volume do de resitividades axiais e radiais . Além disso, a precisão na dopagem final ( técnica valor de NTD permite resistividade muito perto do valor desejado ) devido ao controle da dose de nêutrons recebido pelo cristal alta final rigoroso durante a irradiação do mesmo no reator nuclear. Como parte projetado, construido e lEA-Rl, um dispositivo do instalado presente no especial trabalho, reator para de foi pesquisa irradiação de monocristais de silicio. Foram realizados medidas extensivas e cuidadosas para determinação de perfil do fluxo de nêutrons na posição de irradiação. Foi utilizada a de ativação coro para monitores de fio medida. A medida de atividade dos de cobalto monitores foi técnica esta realizada pelo método de espectrometria garoa. Os resultados mostram um perfil do fluxo de neutrons bastante simétrico em posição central do dispositivo onde 13 2 ordem 10 o' fluxo torno máximo de é da n / cm .s, ( fig .4.3.2 ) . Pode ser visto também que é possível irradiar um tarugo de silicio com comprimento máximo de 25 cm coro variação axial de dose de neutrons menor que 10% . Contudo, na prática é possível diminuir ainda roais este gradiente axial, e o método que esta sendo utilizado em nosso laboratório consiste em irradiar dois tarugos de 20cm, um de cada lado do máximo do perfil do fluxo e inverter posiçSes, como mostra a fig. 4.3.3, quando receberaro da dose necessária. O controle de dose de neutrons através de dispositivo dois de detectores irradiação. SPND instalados Estes detectores as roetade é feito junto SPND ao foram calibrados com monitores de cobalto. Os resultados obtidos com láminas de silicio (Si - Cz ) resistividade alcançados final, coro da mostram ordem irradiação de a irradiação que 32 os valores Ocro, durante um das de podem ser periodo de aproximadaroente 24 horas ( dose .média de neutrons; 9.0 x 17 2 n / cm ) . Os resultados ainda mostram radial de resistividade para lâminas de que 3" o de 10 gradiente diâmetro é menor de 3% Como foi mencionado anteriormente, uma reação nuclear secundária ocorre quando o núcleo P^* produzido silicio continua sendo irradiado : p'* + n S . A meia vida do P é secundária produz um rádio surgem implicações silicio, embora internacionais em este de de 14.¿ isótopo relação nivel proteção residual radioatividade. dos cristais de P^^ esta reação com meia vida maior, nivel de seja muito pequeno. radiológica, as silicio + Como ao Para — d. liroite do nivel de radiação roenor que 2 x isento de • no 10~* ^Ci/g de do Normas estabelecem medidas após radiação uro coroo atividade irradiação, foi construido um sistema com detector 6eiger, foi determinada similar ao com do uma cristal. solução Este de cuja P^^ sistema eficiência com geometria possui suficiente sensibilidade para detectar um nivel de radioatividade menor que o limite máximo permissivel pelas normas de proteção radiológica. O projeto "Dopagem do Silicio com Fósforo pela Transmutação com Monocristalino Nêutrons" utilizando reator de pesquisa lEA -Rl do IPEN - CNEN / SP iniciou no final do ano de 1987 através de uma colaboração politécnica ( LME ) da USP . O laboratório LME primeiras lâminas de silicio - Cz que foram -se entre grupo do IPEN e o laboratório de micro eletrônica da o o escola forneceu as irradiadas num "beam - hole" tangencial do reator. Após a irradiau^ão por um periodo de aproximadamente 150 horas nesta observado uma redução na resitividade posição, final sendo seu valor inicial igual 162 Ciem. para Entretanto, concluido de imediato que a densidade de fluxo - hole " era muito pequeno Qcm, jâ de de aproximadamente 6 . l o " n/cm^.s na posição de neste "beam 58 foi foi nêutrons irradiação para qualquer aplicação prática. No primeiro semestre de 1989 um vertical foi construido e instalado ocupando refletor de grafite na placa matriz do irradiação de tarugos de silicio de lugar reator, 2.5" de um permitindo de Durante este tempo jâ tinha sido estabelecido uroa empresa local ( Heliodinâmica S/A dispositivo diâmetro contacto coro } produtora de silicio monocristalino — CZ. O IPEN firmou um convênio de cooperação técnica com esta empresa, onde ela concordou em fornecer tarugos de silicio para deste momento ensaios iniciaram - se de irradiação. medidas A partir extensivas determinação do perfil de fluxo de nêutrons na irradiação. realizados Uma série de ensaios foram os posição para de com tarugos e lâminas de silicio - CZ para estabelecer a relação precisa entre a dose de nêutrons recebida final do silicio. O tratamento térmico após e resitividade irradiação do silicio e medidas de resitividade final foram realizados no início deste trabalho, no LME ou S/A. Entretanto, durante na este empresa periodo conseguiu através de um projeto de Heliodinâmica nosso laboratório assistência técnica da Agência Internacional de Energia Atômica "Silicon Doping by neutron transmutation " ( Projeto - BRA/41038 ) , um medidor de resitividade tipo 4 - medidas pontas. Desde então as passaram a ser realizadas no IPEN . Com os resultados do presente trabalho, foi demonstrado claramente a viabilidade do método de dopagem do silicio monocristalino pela irradiação coro nêutrons no reator lEA - R l . Logo foi iniciado um projeto para construção de um dispositivo para irradiação de tarugos de silicio com diâmetro de até 4". Este dispositivo foi instalado no reator ero meados de 1990 ( fig 3.3.3 ) Mais uroa vez uro trabalho extensivo para medidas de perfil de fluxo de nêutrons, foi realizado condições de para determinar as melhores irradiação neste dispositivo . ^ Os resultados mostraram novamente coroo Jâ foi mencionado, que poderoos irradiar dois cristais de 20 cm de comprimento invertendo as posições na metade da irradiação. Desta forma conseguiremos uroa variação axial de dose menor de 107. para arobos os cristais ( 40 cm no total ) . Foi alocado um espaço separado para um câmara de digital de laboratório para medidas de radioatividade . Uma ionização ( gás pressurizado ) e um medidor corrente, são utilizados para medidas de radioatividade monitores de cobalto ( este método é mais simples para trabalho de rotina em lugar de coveniente determinado pelo detector possui espaço separado para silicio antes e depois da G.M no tarugos calibrado. manuseio irradiação, dos e espectroscopia gama com detector de Nal(TI) que foi utilizado trabalho ) . A atividade residual dos dos presente irradiados O laboratório monocristais coroo é por encapsulamento em canecas de aluminio, limpeza da de exemplo: superfice do tarugo após irradiação, preparação de monitores de cobalto etc. No inicio de 1991 o laboratório proposta de uma empresa japonesa produtora de silicio - FZ, mostrando interesse serviço de irradiação de silicio. Esta de em monocristais utilizar ensaios. Os nosso empresa nos ofereceu remessa de alguns lotes de tarugos de silicio < 4" 2.5" de diâmetro para recebeu ensaios de , 3" e irradiação comerciais se iniciaram em maio daquele ano. Após irradiação os tarugos são térmico e devolvidos realiza à medidas empresa de que faz resistividade tarugos. Isto tem nos dado uroa excelente estabelecer com precisão nossos tratamento final dos oportunidade para parâmetros de irradiação, como por exemplo, relação dose x resistividade, uniformidade na dopagem, precisão na dopagem etc . Jâ foram irradiadas mais cristais até o momento, e podemos dizer de uma que dezena os de resultados foram inteiramente satisfatórios. Considerando irradiação silicio com apenas 4" de diâmetro em de nosso cristais de dispositivo, e considerando que um par de cristais coro 20 cro de coroprimento cada uro, leva no máximo 32 horas de irradiação ( 04 dias de operação do reator ) , poderoos chegar a conclusão que dentro do presente esqueroa de operação do reator ( 08 h por dia 05 dias por semana ) nossa capacidade de irradiação silicio será da ordem de 30O - 400 kg/ano ( este valor menor se considerarmos irradiação de tarugos coro de diâmetro ) . Esta capacidade é muito pequena seriamente Internacional a atenção de de silicio qualquer FZ. É grande uro esta empresa japonesa nos solicita um serviço de produtor devamos exemplo, irradiação praticamente 10 a 15 vezes maior que nossa capacidade ) . Em tese, teriam duas formas capacidade produtiva: a) possíveis instalar no para será atrair que aumentar nossa capacidade de irradiação ( coroo do 3" ou 2.5" para imperativo / anual aumentar reator mais dispositivos ( "rigs " ) de irradiação, b) aumentar o tempo a de operação do reator. Acreditamos que as duas possibilidades merecem uma análise mais séria. Entretanto dificuldades na obtenção de novos elementos as combustíveis para o reator, também devem ser levadas em consideração. Em conclusão, podemos afirmar que o presente trabalho realizado como parte desta dissertação, mostra viabilidade da do silicio monocristalino com fósforo Hoje nós temos silicio NTD da ordem de 300 - 400 kg / ano com qualidade do compatível instalada com internacional. As possibilidades serviço devem exploradas o exigido de comercialização no no âmbito mercado deste nacional, sensibilizando, por exemplo, a empresa Heliodinâmica S/A iniciar uma âmbito modesta internacional. a ser de NTD de final capacidade metrodo produção produto uma pelo dopagem produção de Si FZ, ou, no a Referências Bibliográficas «o CI] BAUMANN, N.P. & Stroud, M.B. Self-Shielding of Detector Foils in Reactor Fluxes. Nucleonics. 23(8);98-100. Aug.1965. C2] BENSCH, F. flux Depression and the the Thermal Neutron Flux Absolute Density. Measurement of Atomkernepgrqie^ 25s257-64, 1975. [3] BRADSHAW S.E.; Mlavsky A . I . Jj. Electronics. 2, 134 (1956) [4] CARRARD, 6.. AAEC Processes Silicon for Electrical Industry. AAEC Nucl. News. (24)s 1-2. 1986. C5] CASHWELL, E.D. & EVERETT, C.J. Monte Carlo Method for A Randon Practical Walk OQ, thg Manual Problems. New York, Pergamon Press, 1959. [6] CRICK N. W. Silicon Irradiation in Harwel. Atom. 336s2-5. 1987. 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