01. Determine o volume de cloro obtido, a 27,0°C e 738 mmHg, pela ação de excesso de ácido clorídrico concentrado sobre 30,7 g de pirolusita com 85,0% em peso de MnO2. Considere o cloro com comportamento ideal. Solução: +4 −2 1M nO 2 + 4HC −1 → ( excesso ) +2 0 1M nC 2 + 2H2O −2 + 1C 2 ∆ = 2x1 = 2 ÷ 2 = 1 ∆ = 1x 2 ÷ 2 = 1 Mas, PCl2 = X Cl2 ⋅ Ptotal PCO = XCO ⋅ Ptotal PCOCl2 = X COCl2 ⋅ Ptotal Como Ptotal = 1 atm PCl2 = n0 α α = n0 (1 + α ) 1 + α PCO = n0 α α = n0 (1 + α ) 1 + α Reação de oxi-redução: PCOCl2 = mMnO2 = 0,85 x 30,7 mMnO2 = 26,095 g Dado que MMolar(MnO2) = 87g/mol e n = nMnO 2 = m , tem − se que : MMolar 26,095 = 0,3 mol 87 Pela estequimetria, vem que: 2 α = 1 atm – 760 mmHg x – 738 mmHg 02. Dois experimentos foram realizados a volume constante e à temperatura T. No primeiro, destinado a estudar a formação do gás fosgênio, as pressões parciais encontradas no equilíbrio foram 0,130 atm para o cloro, 0,120 atm para o monóxido de carbono e 0,312 atm para o fosgênio. No segundo, estudou-se a dissociação de n moles de fosgênio de acordo com a reação: COCl2(g) CO(g) + Cl2(g) Sendo a pressão total P, no equilíbrio, igual a 1 atm. Calcule o grau de dissociação α do fosgênio após o equilíbrio ser alcançado. Solução: CO(g) + C2(g) PCl2 ⋅ PCO PCOCl2 2 1− α 2 1 ⇒ α= 21 ⇒ 0,05 = 1,05 α 2 1 21 ∴kp = e massa atômica M (em u.m.a.), é colocada no interior de um balão feito de material flexível de volume inicial V, e preenchido apenas por gás hélio. O elemento X emite partículas α, gerando um elemento Y estável. O balão é suficientemente flexível para garantir que a pressão em seu interior seja sempre igual à pressão no exterior. Considere que, no local do experimento, a pressão seja P (em atm), que o ar seja um gás de peso molecular Mar e que o sistema possa ser mantido a uma temperatura constante T (em K). Determine quanto tempo transcorrerá, desde o início do experimento, até que o balão comece a perder o contato com o chão. Solução: Para que o balão perca contato com o solo o peso do balão deverá equilibrar o empuxo E = P, dar ⋅ VB ⋅ g = dB ⋅ VB ⋅ g dar = dB Par Var = nar RT → dar = * 1º experimento Definição de Kp kp = α 03. Uma massa m (em g) de um radionuclídeo X de vida média τ (em s) x = 0,97 atm COC 2 n0 (1 − α ) 1 − α = n0 (1 + α ) 1 + α α 2 1+ α α ∴kp = ⇒ 0,05 = (1 + α )(1 − α ) 1− α 1+ α ∴ 0,05 = nCl2 = nMnO2 = 0,3 mol IME 2007 Química P ⋅ Mar RT mB PMar mHei + m PMar = = = (I) RT RT VB VB 0,13 x 0,12 0,312 ∴ kp = 0,05 Como x tem tem volume praticamente desprezível, temos que: ** 2º experimento COCl2(g) n0 α n0 Início: Reage/ formação: Final : n0 (1 – α) CO(g) + Cl2(g) 0 0 n 0α n 0α n 0α n 0α P ⋅ V = nHei ⋅ RT → nHei = então mHei = 4 ⋅ nHei = PV RT 4PV (II) RT 1 substituindo II em I 4PV +m PMar RT = VB RT VB = 4V RT + ⋅m Mar PMar IME 2007 Conforme o elemento x emite partículas α, mais Hélio é formado quando as partículas são estabilizadas, dessa forma o volume do balão aumenta, o que acaba ocorrendo é o seguinte: x → He + y VB = V + ∆VHe → n x = n xO ⋅ e 4V RT + ⋅ m − V = ∆VHe (III) Mar PMar “Essai d’une systeme des éléments d’aprés leurs poinds atomiques et functions chimiques, par D. Mendeleeff’’ t − τ Tabela enviada em 18 de fevereiro de 1869 ao impressor por Mendeleiev, que posteriormente foi corrigida pelo autor. ∆nHC = − ∆n x = n xO − n xO e − t τ t − τ = n xO 1 − e (IV) ∆nHe ⋅ RT (V) P Substituindo IV em V temos: ∆VHe = ∆VHe t − τ n x O 1 − e = P ⋅ RT VI Substituindo VI em III Considerando a região destacada da Tabela Periódica de Mendeleiev, pede-se: a) esboçar um gráfico da variação do raio atômico em função da massa atômica e verificar se o raio atômico é uma propriedade periódica ou não. b) indicar se os elementos que apresentam similaridade em suas propriedades físicas e químicas estão dispostos em linhas ou colunas. c) determinar, justificando, se é polar ou apolar uma molécula hipotética do tipo AB3, onde A é o elemento de massa atômica 68 e B, o elemento de massa atômica 19. Solução: a) O raio atômico é uma função periódica, pois decresce em intervalos periódicos em função da massa atômica de acordo com o gráfico abaixo: onde n x O B N − e t τ t − τ t − ⋅ M = 1− e τ 4PV + RT − PVMar = 1 − Mar RT ⋅ M 4PV + mRT − PVMar t = ln1 − Mar RT ⋅ m ⋅M ⋅ M −τ O F 04. Na tentativa de relacionar os elementos conhecidos com suas 2 S Cl 27,4 28 31 32 35,5 Se Br 68 70 75 79,4 80 b) Na tabela temos que os elementos que apresentam propriedades físicas e químicas semelhantes estão dispostos em linhas, tanto que as linhas identificam elementos de um mesmo grupo, na parte destacada temos: linha 1 grupo: 3A → B, Al linha 2 grupo: 4A → C, Si, Sn linha 3 grupo: 5A → N, P, As, Sb, Bi linha 4 grupo: 6A → O, S, Se, Te linha 5 grupo: 7A → F, Cl, Br, I c) Repare que o elemento hipotético A está situado na linha dos elementos do grupo 3A, logo terá propriedades semelhantes aos elementos desse grupo, o elemento B conforme a tabela é o flúor. Teremos então uma molécula trigonal plana: B propriedades químicas, Dmitri Ivanovich Mendeleiev percebeu que, ao listá-los na ordem das massas atômicas, as suas propriedades se repetiam numa série de intervalos periódicos de acordo com a tabela a seguir. As P 11 12 14 16 19 4PV + RT ⋅ m − PVMar Mar RT ⋅ m ? Si C m = M 4PV RT ⋅ m PV m + − = 1− e Mar RT Mar RT RT M ? Al t − τ n x O 1 − e RT 4V RT + ⋅m − V = Mar PMar P µ A µ B µ B 05. Um frasco exibe o seguinte rótulo: “Solução 1,0 M de A”. Se a informação do rótulo estivesse correta, então 0,10 L da solução, quando misturados a um mesmo volume de uma solução 0,50 M de B, produziria 3,0 g de um único precipitado A2B. No entanto, ao se executar experimentalmente este procedimento, foram encontrados 4,0 g do precipitado. Calcule a molaridade correta da solução de A. Dado: massa molar de A2B = 100 g/mol Solução: Vamos descobrir a constante de equilíbrio da reação + 2− 2 ⋅ A ( aq ) + B( aq ) A 2B( s ) utilizando-se primeiramente a informação do rótulo: em 0,1L de A a 1,0M temos: 0,1 ⋅ 1 = 0,1 mols de A e no mesmo volume de B a 0,5 M temos: 0,5 ⋅ 0,1 = 0,05 mols de B m A 2B n A 2B = = MA 2B 3 = 0,03 mols 100 Temos então que: + 2− 2 ⋅ A ( aq ) + B( aq ) A 2B( s ) n Começo Reage Final A n + B n A 2B 2− 0,1 mol 0,05 mols 0 -0,06 mols 0,04 mols - 0,03 mols 0,02 mols +0,03 mols 0,03 mols Desta forma o KPS da reação será: K PS 2 n + + 2− = A B = A v 2 n 2− B v 2 n = 4( 2 + 2) ⋅ 10 + [ A ]0 = −2 −2 n 4 ⋅ 10 ( 2 + 2) = v0 0,1 + [ A ]0 = 0,4( 2 + 2) 06. O elemento constituinte da substância simples A possui um nome que em grego significa verde. Livre, como molécula, é um gás venenoso. Na crosta terrestre, encontra-se combinado a outros elementos, como minerais em depósitos subterrâneos e em oceanos. É solúvel em água e também em éter. Quando A reage com hidróxido de sódio em solução aquosa, produz a substância composta B, usada como agente alvejante e bactericida. Quando A reage com sódio fundido, produz a substância composta C, que é essencial ao ser humano. A eletrólise de C, em solução aquosa, produz no catodo de ferro a substância simples D. A substância simples E é o produto gasoso da reação, sob aquecimento, entre sódio metálico nitrato de sódio. Ao reagir E com D, produz-se a substância composta F, utilizada na fabricação de ácido nítrico, corantes, explosivos, medicamentos, detergentes e, ainda, na forma de seus sais, como fertilizante. Determine: a) as fórmulas moleculares de B, C, E e F; b) as equações químicas das reações de produção de B, E e F; c) o nome e a fórmula do composto produzido pela reação de F com ácido nítrico em solução aquosa. Solução: a) pelo que nos foi dito da substância sabemos que A se trata do cloro. Sendo assim, a reação com hidróxido de sódio é a seguinte: A B Cl2( g) + 2 NaOH(aq)→ NaClO( aq ) + NaCl(aq) + H2O(l) Reagindo A com sódio fundido: Como adicionamos 0,1 L de uma solução a 0,1 L de outra V = 0,2 0,04 K PS = 0,2 n = 4 2 ⋅ 10 −2 + 8 ⋅ 10 −2 −2 0,02 2 = (0,2) ⋅ (0,1)= 4 ⋅ 10 0,2 C Cl2(s) + 2 Na(s) → 2 NaCl(s) Eletrólise de C em solução aquosa: D 2 NaCl(aq) + 2 H2O(l) → 2 NaOH(aq) + H2( g) + Cl2(g) Reação de produção de E: Mas na realidade a massa de precipitado formada é 4g, n A 2B = + 4 = 0,04 mols , dessa forma reconstruindo a reação temos: 100 2− 2 ⋅ A ( aq ) + B( aq ) A 2B( s ) n Início Reage Final A 2 n + + 2− K PS = A B = A v 2 K PS F n B 2− 0,05 - 0,04 0,01 n 2− B v n − 0,08 0,01 −3 = = 4 ⋅ 10 0,2 0,2 (n – 0,08)2 = 32 . 10-4 E ∆ N2( g) + 6 Na O → 2 (s) N2(g) + 3 H2(g) + 2 NH3(g) + n -0,08 n – 0,08 10 Na(s) + 2 NaNO3(s) Reação de E com D: n A 2B 0 +0,04 0,04 A: Cl2 B: NaClO C: NaCl D: H2 E: N2 F: NH3 b) já apresentadas na solução do item anterior c) a reação é: NH3(g) + HNO3(aq) → NH4NO3(aq) O composto produzido é NH4NO3 (nitrato de amônio) 07. Para a reação hipotética A + B → Produtos, tem-se os seguintes dados: A (MOL L-1) 10,00 B (MOL L-1) 10,00 v (MOL L-1H-1) 100,00 3 IME 2007 Como a molécula é simétrica a resultante vetorial dos µ será igual a zero logo a molécula será apolar. Considerando a mesma reação, verificou-se também a seguinte correlação: A (MOL L-1) 10 B (MOL L-1) β v (MOL L-1H-1) αβαα IME 2007 Onde α e β são, respectivamente, as ordens da reação em relação a A e a B. Sabendo que α/β = 10,0, determine: a) a constante de velocidade k; b) os valores numéricos das ordens parciais e global da reação. Solução: A equação da velocidade da reação é dada por: v = K[A]α ⋅ [B]β substituindo a 1ª linha, vem: 100 = k ⋅ 10α⋅ 10β 100 = k ⋅ 10(α+β) α = 10β ⇒ 102 = k ⋅ 1011β* Substituindo a 2ª linha, vem: αα ⋅ αβ = k ⋅ (10α)α⋅ ββ αα+β = k ⋅ 10α ⋅ αα ββ como α = 10β, β11β ⋅ 1011β = k ⋅ 1010β ⋅ (10β)10βββ β11β ⋅ 1011β = k ⋅ 1020β ⋅ β11β ∴ β11β (1 – k 109β) = 0 ⇒ k = 10-9β** Substituindo ** em *: 102 = 10-9β ⋅ 1011β ⇒ 102 = 102β β=1 α = 10β ∴ α = 10 A ordem global da reação é α + β = 11 Daí a composição percentual em volume do sistema é: XCO = 2 3 ⋅ 100 = 40 % e X Gás Inerte = = 60% 5 5 09. A anfotericina B é um agente antifúngico usado contra a micose conhecida como “Pé de atleta”. Seu mecanismo de ação envolve interações com as membranas das células dos fungos causadores da doença, criando buracos através dos quais o conteúdo citoplasmático extravasa para o meio exterior matando as células e, conseqüentemente, os fungos. Dada a estrutura de um dos estereoisômeros da anfotericina B abaixo, determine: a) o número de estereoisômeros da anfotericina B que podem existir; b) as funções orgânicas presentes na estrutura da anfotericina B, excluindo a função hidrocarboneto; c) a fórmula molecular da anfotericina B. Solução: a) Para determinação de k, vem: 10 100 1 mol 10mol 10mol = k ⋅ ⋅ ⋅H -9 ∴ k = 1 ⋅ 10 ⋅ 10 L 10 mol ⋅ H 08. Um sistema, que se mantém isobárico e isotérmico, contém 5 L de uma mistura gasosa composta por monóxido de carbono e um gás inerte. Sabendo que a injeção de certa quantidade de oxigênio altera o volume do sistema em 3 L e que, após a combustão desta nova mistura gasosa, o sistema contém 7 L, determine a composição centesimal da mistura inicial de monóxido de carbono e gás inerte. Solução: CO( g ) + v 1 O 2( g ) → CO 2( g ) 2 v 2 10. Partindo do ciclopentanol, mostre as equações químicas com as v Note que houve contração de v litros na reação. 2 De acordo com o enunciado, houve contração de 1 litro. Daí, v = 1 ⇒v = 2 litros 2 Logo havia 2 litros de CO e 3 litros de gás inerte, pois CO é o reagente limitante. 4 Posto que há 19 carbonos assimétricos distintos e 7 duplas ligações que apresentam isomeria geométrica, tem-se que: Número de isômeros opticamente ativos: 219 Número de estereoisômeros geométricos (Z - E): 27 Logo, pelo princípio da contagem, há 27 · 219 = 226 estereoisômeros b) Ácido Carboxílico; Álcool; Amina; Cetal; Hemicetal; Lactona (Éster em cadeia fechada). c) C47H73O17N fórmulas estruturais planas e as condições necessárias para preparar: a) ciclopenteno; b) ciclopentano; c) trans-1,2-dibromociclopentano. Constante dos gases: R = 0,082 L.atm/(mol.K) 1 atm = 760 mm Hg Elemento He Cl Mn O C Massa Atômica (u.m.a.) 4,00 35,5 55,0 16,0 12,0 CH2 CH2 CH2 CH2 CH ∆ H2SO4 Desidratação Intramolecular CH2 CH2 CH CH2 H2/Pt Redução CH Ciclopenteno OH Ciclopentanol CH2 CH2 CH2 CH2 IME 2007 Solução: CH2 Ciclopentano Br2 Br CH2 CH2 CH CH2 CH Br Trans-1,2-dibromociclopentano Pela estereoespecificidade da reação C5H10 + Br2, o trans-1,2-dibromociclopentano pode ser visto como a seguir; Br H H Br 5