ESCOLA ESTADUAL “DR JOSÉ MARQUES DE OLIVEIRA”
TRABALHO
ESTUDOS INDEPENDENTES DE RECUPERAÇÃO
RESOLUÇÃO SEE Nº 2.197, DE 26 DE OUTUBRO DE 2012
Aluno: ______________________________________________ SALA 7º _____
Data: _________
Matéria:______________________Turno:__________________Valor: 70pontos Nota: __________
Supervisora: DANIELLA Orientadora: ROZILI
Texto I
1.Em “(...) e a solidão desses lugares (...)”, a expressão em destaque” refere-se :
(A) às montanhas.
(B) aos vales.
(C) aos bosques.
(D) às matas.
Pã, uma divindade rural
De acordo com a mitologia greco-romana, Pã ou Pan é o deus dos bosques e dos campos, dos
rebanhos e dos pastores. Morava em grutas, vagava pelas montanhas e pelos vales e divertia-se
caçando ou dirigindo as danças das ninfas (divindades dos rios, dos bosques, das florestas e dos
campos). Amante da música, inventou a avena, uma flauta, que tocava exemplarmente. Pã era
temido por todos aqueles que tinham que atravessar as matas durante a noite, pois as trevas e a
solidão desses lugares predispunham as pessoas a medos e superstições. Por isso, os pavores
desprovidos de causas aparentes eram atribuídos a Pã e chamados de pânico.
Fonte: Thomas Bulfinch. O livro de ouro da mitologia.Rio de Janeiro: Ouro, 1967
Texto II
Todo acontecimento da cidade, da casa do vizinho, meu avô escrevia nas paredes. Quem casou,
morreu, fugiu, caiu, matou, traiu, comprou, juntou, chegou, partiu. Coisas simples como a gulha
perdida no buraco do assoalho, ele escrevia. A história do açúcar sumido durante a guerra estava
anotada. Eu não sabia por que os soldados tinham tanta coisa a adoçar.[...]. E a casa de corredor
comprido, ia ficando bordada, estampada de cima a baixo. As paredes eram o caderno do meu
avô.
Cada quarto, cada sala, cada cômodo, uma página (...). Conversa mais indecente ele escrevia
bem no alto. Era preciso ser grande para ler, ou aproveitar quando não tinha ninguém em
casa.(...).
Enquanto ele escrevia, eu inventava histórias sobre cada pedaço da parede. A casa do meu avô
foi o meu primeiro livro. (...) Apreciava meu avô e sua maneira de não deixar as palavras se
perderem. Trecho extraído de Bartolomeu Campos Queirós. Por parte de pai. Belo Horizonte:
RHJ, 1995.
2.O trecho em que o autor deixa clara a admiração que tinha pelo avô é :
(A) “Todo acontecimento da cidade, da casa do vizinho, meu avô escrevia nas
paredes”.
(B) “A história do açúcar sumido durante a guerra estava anotada.”
(C) “A casa do meu avô foi meu primeiro livro”.
(D) “Apreciava meu avô e sua maneira de não deixar as palavras se perderem”.
3.O uso da palavra “Enquanto”, no 2° parágrafo, estabelece a seguinte relação com o
1° parágrafo:
(A) Simultaneidade entre as ações do avô e os pensamentos do menino.
(B) Comparação entre os pensamentos do avô e os do menino.
(C) Atemporalidade nas ações e pensamentos dos personagens.
(D) Contradição nos aspectos específicos entre avô e neto. Texto III
LIBERDADE
É não depender de droga nenhuma pra viver.
Você sabia que os remédios sem indicação médica, a cola de sapateiro, o álcool e o cigarro são
as drogas mais consumidas no Brasil? São as mais comuns e, por isso mesmo, muito traiçoeiras.
Porque o pior de toda droga nem é o risco de morte, é a certeza de uma vida de dependência.
Quem ainda acredita que as drogas libertam, é candidato a escravo. Porque a outra palavra para
liberdade é independência.
Campanha publicitária do Ministério da Saúde – Brasil: Governo Federal
A GENTE AJUDA VOCÊ A SAIR DESSA. LIGUE: TELESUS – DDG (061) 800.0778
4.A finalidade do texto é
(A) alertar as pessoas para o uso indevido de remédios.
(B) chamar a atenção para os malefícios da dependência química.
(C) informar sobre todos os tipos de drogas existentes.
(D) buscar soluções para os usuários das drogas mais consumidas.
Texto IV
Neologismo
Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo
Teadoro, Teodora.
http://www.casadobruxo.com.br/poesia/m/neo.htm
5.O sentido da palavra do título - Neologismo - está ratificado no seguinte verso:
(A) “Beijo pouco, falo menos ainda”.
(B) “Mas invento palavras”.
(C) “É mais cotidiana”.
(D) “Intransitivo”.
Texto V
Sai o primeiro condomínio com energia eólica O primeiro empreendimento imobiliário com
produção de energia eólica no Brasil é residencial e será lançado este mês, em Florianópolis. O
projeto, batizado de Neo, prevê a instalação de duas turbinas de vento, uma em cada torre. Elas
farão o aquecimento de toda a água que será consumida pelos 24 apartamentos do condomínio,
cuja entrega está prevista para março de 2012.
[...]
“A tecnologia será capaz de produzir 100% da energia que será usada no condomínio, que não
utilizará nenhum tipo de combustível fóssil. Hoje, apenas o aquecimento da água representa
50% do gasto com energia nas regiões Sul e Sudeste”, diz Suchodolski. [...]
Ainda segundo Suchodolski, o empreendimento terá outros dispositivos sustentáveis, como uma
estação de tratamento de esgoto, com direito a uma cisterna específica para água a ser
reutilizada, destinada, por exemplo, à irrigação das áreas verdes. Dessa forma, completa ele, o
consumo será reduzido em 50%: “Além disso, o condomínio usará madeira de reflorestamento
certificada, tintas e vernizes à base de água.”
http://www.zap.com.br/revista/imo
6.O condomínio a ser construído tem a finalidade de :
(A) divulgar uma nova tecnologia.
(B) conter a expansão imobiliária na região.
(C) preservar o meio ambiente.
(D) diminuir o alto consumo de energia.
Texto VI
Ao namorado fanático
Você sabe que sou tão
apaixonada por você quanto você
é apaixonado pelo seu time. Mas
acho uma lástima gastar tanto
amor por um timinho como esse
seu. Ele já há muito tempo não te
dá nenhuma alegria.
http://1001cartasdeamor.terra.com.br/
Texto VII
Além de linda, é do meu time
Naquela tarde, quando a vi pela
primeira vez vestindo o uniforme do
meu time, integrada à nossa torcida
uniformizada, senti meu coração
bater descompassado.
http://1001cartasdeamor.terra.com.br/
7.A comparação entre os textos VI e VII nos permite afirmar que:
(A) em VI, há a valorização do amor dos enamorados e do amor ao time preferido;
em VII, é exaltado o amor à torcida organizada.
(B) em VI, há a expressão sobre a facilidade dos enamorados torcerem pelo mesmo time; em
VII, é indicada a dificuldade de um relacionamento de namorados de torcidas diferentes.
(C) em VI, há a abordagem da alegria daqueles que amam e torcem para mesmo time; em VII,
são apresentadas as frustrações oriundas da mesma torcida.
(D) em VI, há a revelação do sentimento negativo em relação ao time do amado; em VII, é
exaltada a coincidência entre amor e futebol.
Texto VIII
Bernardinho diz que derrota acontece, mas lembra que é preciso aprender Técnico do Rio
comenta irregularidade da equipe e parabeniza o Osasco Nos cinco últimos anos, o técnico
Bernardinho esteve no alto do pódio da Superliga com a equipe do Rio de Janeiro. No entanto,
neste domingo, em mais um duelo com o Osasco, o treinador se viu um degrau abaixo.
– A derrota acontece, mas é preciso aprender com ela. Buscar saber o que erramos para, da
próxima vez, não pecarmos de novo - explicou o treinador. Bernardinho comentou que o Rio de
Janeiro foi muito irregular na partida. Segundo ele, a equipe teve a chance do heptacampeonato,
mas não soube aproveitar. Antes de deixar o ginásio do Ibirapuera, o técnico fez questão de
ressaltar o esforço adversário.
– O Osasco está de parabéns. Sabíamos que não ia ser fácil, pois é sempre um grande rival.
Estão brigando por este título há anos.
http://globoesporte.globo.com/Esportes/Volei -19/04/2010
8.O trecho que apresenta um comentário do produtor do texto é :
(A) “Nos cinco últimos anos, o técnico Bernardinho esteve no alto do pódio da Superliga com a
equipe do Rio de Janeiro”.
(B) “No entanto, neste domingo, em mais um duelo com o Osasco, o treinador se viu um degrau
abaixo.”
(C) “– A derrota acontece, mas é preciso aprender com ela.”
(D) “Antes de deixar o ginásio do Ibirapuera, o técnico fez questão de ressaltar o esforço
adversário”.
9.O trecho que revela a causa da derrota do Rio de Janeiro na Superliga Feminina é :
(A) “ (...) Buscar saber o que erramos, (...) não pecarmos de novo.”
(B) “A derrota acontece, mas é preciso aprender com ela”.
(C) “ a equipe teve a chance (...), mas não soube aproveitar”.
(D) “(...) o técnico fez questão de ressaltar o esforço adversário”.
Texto IX
Qual É?
Marcelo D2
Eu tenho algo a dizer
Explicar prá você
Mas não garanto, porém
Que engraçado
Eu serei dessa vez
Para os parceiros daqui
Para os parceiros de lá
Se você se porta
Como um homem, um homem...
Será?
Que você mantém a conduta
Será?
Que segue firme e forte na luta
Onde os caminhos da vida
Vão te levar
Se você aguenta ou não
O que será, será
Mas sem esse caô
De que tá ruim, não dá
Isso eu já ouvi, vi, venci
Deixa prá lá...
[...]
Então diz!
Essa onda que tu tira
Qual é?
Essa marra que tu tem
Qual é?
Tira onda com ninguém
Qual é?
Qual é neguinho?
Qual é?...
[...]
http://letras.terra.com.br/marcelo-d2/72679/http://letras.terra.com.br/marcelo-d2/72679/
10.O trecho da letra da música que exemplifica o uso da linguagem informal é :
(A) “[...] Eu serei dessa vez”
(B) “[...]você mantém a conduta”
(C) “[...]Isso eu já ouvi, vi, venci”
(D) “[...]Tira onda com ninguém”
Texto X
Epitáfio
Sérgio Britto
Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...
Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração...
[...]
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...
[...]
http://letras.terra.com.br/titas/48968/
QUESTÃO 11
O tema central da letra da música é
(A) a eternização do amor como solução
para os problemas da vida.
(B) o arrependimento por não ter podido
aproveitar mais as coisas da vida.
(C) a preocupação por não saber o que fazer
nas diversas situações de vida.
(D) o sentimento de morte que perpassa
todas as simples situações da vida.
Texto XI
Conversa fiada
Era uma vez um homem muito velho que,
por não ter muito o que fazer, ficava
pescando num lago.
Era uma vez um menino muito novo que
também não tinha muito o que fazer e
ficava pescando no mesmo lago.
Um dia, os dois se encontraram, lado a
lado, na pescaria, e no mesmo
momento, exatamente no mesmo instante,
sentiram aquela puxadinha que indica
que o peixe mordeu a isca. [...] Quando
apareceram os respectivos peixes, porém,
decepção: o peixe do menino era muito
velho e o peixe do velho era muito novo!
O velho disse para o menino:
– Você não pode pescar esse peixe tão
velho! Deixe que ele viva o pouco da
vida que lhe resta.
O menino respondeu:
– E o que você vai fazer com este peixe tão
novo? Ele é tão pequeno... deixe
que ele viva mais um pouco!
O velho e o menino olharam um para o
outro e, sem perder tempo, jogaram os
peixes no lago.
Ficaram amigos e agora, quando não têm
muito o que fazer, vão até o lago,
cumprimentam os peixes e matam o tempo
jogando conversa fora.
FRATE, Diléa. Histórias para Acordar. São
Paulo: Companhia das Letrinhas, 1996
12.O fato responsável pelo desenrolar da história é :
(A) o encontro e a pescaria do menino com o velho no lago.
(B) o peixe do velho ser muito velho.
(C) o peixe do menino ser novo e pequeno.
(D) o retorno dos peixes ao lago.
Texto XIII
Orion
A primeira namorada, tão alta
que o beijo não alcançava,
o pescoço não alcançava,
nem mesmo a voz a alcançava.
Eram quilômetros de silêncio.
Luzia na janela do sobrado.
(Carlos Drummond de Andrade. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro:Aguilar, 1973.p392)
Glossário:
Orion – Constelação do equador celeste, reconhecida em todo o mundo, por incluir
estrelas brilhantes e visíveis de ambos os hemisférios da Terra.
13.Para enfatizar a ideia expressa no poema, reforçada no verso “Eram quilômetros de silêncio”,
o recurso utilizado foi:
(A) a presença da vírgula no 2° verso, ratificando a negação.
(B) o isolamento do sexto verso, formando uma estrofe.
(C) a repetição da vírgula no 3° verso, separando as ações.
(D) a presença de uma estrofe, formada por cinco versos.
14.O uso da expressão “tão alta” no primeiro verso e o título do poema reforçam a idéia de:
(A) dedicação completa do eu poético à mulher amada.
(B) distanciamento total do eu poético da mulher amada.
(C) sofrimento do eu poético e da mulher amada.
(D) sensação forte de imaturidade da mulher amada.
15. A alternativa que melhor completa a frase abaixo é:
- __________não posso ir sozinho?
- __________ é muito longe.
a) Porquê – Porquê
b) Porquê – Por quê
c) Por que – Por que
d) Por que – Porque
e) Porque – Porque
TEXTO
História estranha
Luis Fernando Verissimo
Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade.
Está com quarenta, quarenta e poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola perto
de um banco onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida que é ele mesmo.
Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela
cena. Um dia ele estava jogando bola no parque quando de repente aproximou-se um homem
e...
O homem aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus
olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente uma coisa no peito. Que coisa é a vida. Que
coisa pior ainda é o tempo. Como eu era inocente. Como os meus olhos eram limpos. O homem
tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente.
Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para trás. O garoto fica olhando para a sua figura
que se afasta. Também se reconheceu. E fica pensando, aborrecido: quando eu tiver quarenta,
quarenta e poucos, como eu vou ser sentimental!
Comédias para se ler na escola.
Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p.43
16.. Observe o seguinte trecho: “Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros [...]”. O
pronome “seus” destacado neste trecho se refere:
a) À babá
b) Ao homem
c) Ao menino
d) Ao tempo
e) Ao banco
17. O texto de Luis Fernando Veríssimo pode ser classificado como:
a) Uma narração
b) Uma dissertação
c) Uma descrição
d) Uma bula de remédio
e) Uma Informação
18. No texto, observamos que o próprio personagem é o narrador da história. Qual das
opções abaixo pode confirmar essa afirmativa:
a) “Como eu era inocente.”
b) “Sente uma coisa no peito”
c) “Que coisa pior ainda é o tempo.”
d) “O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer.
e) “Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus olhos.”
19. O garoto se aborrece com o fato de que:
a) Será pobre aos quarenta anos.
b) Será solteiro aos quarenta anos.
c) Será solitário aos quarenta anos.
d) Será sentimental aos quarenta anos.
e) Será desempregado aos quarenta anos.
TEXTO
Antigamente
(Carlos Drummond de Andrade)
Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas.
Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo
rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do
balaio. E se levavam tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia.
As pessoas, quando corriam, antigamente, era para tirar o pai da forca e não caíam de cavalo
magro. Algumas jogavam verde para colher maduro, e sabiam com quantos paus se faz uma
canoa. O que não impedia que, nesse entrementes, esse ou aquele embarcasse em canoa furada.
Encontravam alguém que lhes passasse a manta e azulava, dando às de vila-diogo. Os mais
idosos, depois da janta, faziam o quilo, saindo para tomar fresca; e também tomavam cautela de
não apanhar sereno. Os mais jovens, esses iam ao animatógrafo, e mais tarde ao cinematógrafo,
chupando balas de altéia. Ou sonhavam em andar de aeroplano; os quais, de pouco siso, se
metiam em camisa de onze varas, e até em calças pardas; não admira que dessem com os burros
n’água.
20. Sobre o título do texto é correto afirmar que:
a) “Antigamente” se refere ao tempo em que o autor estudava.
b) “Antigamente” se refere às expressões linguísticas utilizadas na crônica e que
eram utilizadas em outra época.
c) “Antigamente” se refere às lembranças da infância do autor.
d) “Antigamente” é usado para criar uma contradição, já que o texto trata de
situações bem atuais.
e) “Antigamente” foi usado para confundir o leitor, já que o autor trata de temas
atuais.
21. A expressão “arrastando a asa” presente na 3ª linha do texto pode ser substituída,
sem que haja prejuízo de seu sentido, por:
a) Defendendo
b) Ofendendo
c) Questionando
d) Procurando
e) Paquerando
22. Assinale a única alternativa que apresenta erro na divisão silábica:
a) En-xá-guam
b) Ab-di-car
c) Di-g-no
d) Pás-sa-ros
e) Cir-cui-to
23. No trecho “...não admira que dessem com os burros n’água” que aparece na última
linha da crônica, pode ser reescrita, sem que haja prejuízo de seu sentido, de várias
formas. A única alternativa que compromete seu sentido é:
a) Não admira que sempre fossem prejudicados.
b) Não admira que sempre levassem a pior.
c) Não admira que sempre se dessem mal
d) Não admira que sempre obtivessem sucesso.
e) Não admira que nunca obtivessem êxito.
24“Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito.” A palavra em
destaque, no texto, está substituindo:
a) Não
b) Faziam
c) Anos
d) Idade
e) Moças
25. A partir das frases abaixo, podemos dizer que a única alternativa correta é:
I. Ela é uma menina discreta.
II. Os ladrões foram presos em fragrante.
III. O xeque foi devolvido por falta de fundos.
a) I e III estão corretas
b) Apenas a I está correta.
c) II e III estão corretas.
d) Apenas a III está errada.
e) Apenas a II está errada.
Observe:
_ Alô!
_ Alô?
_ Quem fala?
_ Sou eu!
26. Este diálogo é exemplo de:
a) Discurso Indireto
b) Discurso Indireto Livre
c) Discurso Direto
d) Discurso Direto Livre
e) Discurso Direto e Indireto
26. Marque a alternativa em que há erro de acentuação na sequência de palavras:
a) Pés-maracujá-glória.
b) Tórax-hífen-átomo.
c) Heroína-juíz-faróis.
d) Autógrafos-matrimônio-chapéus.
e) Parabéns-dólar-júri.
28. Após analisar a pontuação das frases abaixo, marque a alternativa correta:
I. O problema todavia, não é de capacidade, é de bom senso.
II. Deus, que é pai, não nos abandona.
III. Com as graças de Deus, vou indo compadre.
a) As frases I e III estão erradas já que na I o vocábulo “todavia” deveria vir entre vírgulas
e na III “compadre” deveria vir depois da vírgula por ser um vocativo.
b) A frase II está errada, pois não havia necessidade de vírgulas entre “que é pai”.
c) A frase I está correta, já que não há erros no emprego da vírgula.
d) A frase III está correta, já que não há erros no emprego da vírgula.
e) As frases I e II estão corretas, pois não há emprego das vírgulas.
29.Leia o texto abaixo.
Lista de compras:
• Macarrão
• Leite
• Manteiga
• Arroz
• Feijão
• Batata
Este texto é:
a) um poema
b) um aviso
c) uma lista
d) uma receita
30.Leia o texto abaixo:
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
-garrafa, prato, facão
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário
Um operário em construção.
Vinícius de Moraes
Compreendemos pelo sentido do texto que:
a)O trabalhador admirou-se da beleza dos objetos.
b)O operário emocionou-se ao constatar que tudo era feito por operários como ele.
c)O trabalhador gostaria de fabricar objetos como aqueles.
d)O trabalhador assustou-se com a simplicidade dos objetos que tinha em casa.
31.Leia o texto abaixo:
A boneca Guilhermina
Esta é a minha boneca, a Guilhermina. Ela é uma boneca muito bonita, que faz xixi e
cocô. Ela é muito boazinha também. Faz tudo o que eu mando. Na hora de dormir,
reclama um pouco. Mas depois que pega no sono, dorme a noite inteira! Às vezes ela
acorda no meio da noite e diz que está com sede. Daí eu dou água para ela. Daí ela
faz xixi e eu troco a fralda dela. Então eu ponho a Guilhermina dentro do armário, de
castigo. Mas quando ela chora, eu não aguento. Eu vou até lá e pego a minha boneca
no colo. A Guilhermina é a boneca mais bonita da rua.
MUILAERT, A. A Boneca Guilhermina. In: As Reportagens de Penélope. São Paulo
Companhia das
Letrinhas, 1997, p. 17.
No trecho "Mas quando ela chora, eu não aguento", a expressão significa, em relação
à dona da boneca, sentimento de :
a) paciência.
b) raiva.
c) pena.
d) solidão.
Leia o texto para responder a questão.
Por que a coruja grita à noite?
Seu grito agudo não tem outro intuito, a não ser assustar ratos e outros roedores dos
quais se alimenta. Imagine se um rato não correr para se esconder nos matos, ficar
quietinho, a coruja não o verá. Então ela solta se um grito e a presa apavorada, corre em
busca de proteção.
Do alto de uma árvore a coruja vê qualquer coisa se mexer. Ela tem o tempo exato de cair
em cima de sua presa.
32.O pronome “o”, empregado na terceira linha do texto, refere-se:
a) à coruja
b) aos roedores
c) à árvore
d) ao rato
Leia o texto abaixo.
O uso do dicionário
É importante saber a ordem das letras do alfabeto, porque geralmente as informações
estão guardadas em ordem alfabética. È assim que ocorre nos dicionários, enciclopédias e
nas bibliotecas, por exemplo. No dicionário encontra-se: o significado das palavras
conhecidas, palavras sinônimas e o modo correto de escrever as palavras. Nele, as
explicações e os exemplos que aparecem, para cada palavra, são chamadas verbetes.
33.No texto acima, a palavra NELE refere-se:
a) ao livro
b) ao caderno
c) ao aluno
d) ao dicionário
Leia o texto, escrito por João, em seu primeiro diário.
Quinta-feira, 14/08/11.
Pai,
Há muito queria escrever, mas sentia medo. Agora que pintou essa tarefa na escola tomei
coragem. Sabe, não queria que você ficasse magoado com o que aconteceu na semana
passada lá. É meu jeito. Você também já teve 12 anos, né? Pois é. Eu falei aquilo daquele jeito
porque fiquei nervoso; às vezes sai as palavras sem a gente sentir.
Você é um bom pai, pode ter certeza. A mamãe vive dizendo, que não há melhor no mundo.
Ela tem razão. E com certeza, eu também sempre achei, mesmo sem coragem de dizer.
Um abraço forte.
Seu filho
Texto escrito por um aluno do 6º ano em uma aula de Língua Portuguesa
34.No texto de João, endereçado a seu pai, é possível perceber :
a) um pedido de desculpa
b) um xingamento
c) uma tristeza
d) uma raiva.
Leia o conto abaixo e responda.
APELO
Dalton Trevisan
Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a
verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi
ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de
relance no espelho.
Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos
poucos: a pilha de jornais ali no chão, estado de grande desalento, de profunda tristeza
ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, até o canário
ficou mudo. Não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite
eles se iam. Ficava só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a todas as
aflições do dia.
Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de querer bem. Acaso é
saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não
tenho botão na camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum de nós
sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa,
Senhora, por favor.
35.No conto “Apelo”, de Dalton Trevisan, a quem o texto se dirige?
a) a uma senhora idosa.
b) à mulher do narrador.
c) à mãe do narrador.
d) à irmã do narrador.
Segue abaixo um texto da Adélia Prado, poetisa nascida na cidade de
Divinópolis – MG, no dia 13/12/1935.Leia-o e observe-o com atenção.
Exausto
Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies
a graça de um estado.
Somente.
Muito mais que raízes.
Adélia Prado – in “Bagagem”. São
Paulo: Ed. Siciliano, 1993.
Fonte: http://usuarios.cultura.com.br/migliari/br_ap1.htm - 15/10/2009 - adaptado.
36.Após leitura e interpretação do poema de Adélia Prado, o sentido do título – Exausto –,
a respeito da vida, pode ser identificado como um momento :
a) comum, trivial.
b) exagerado, imenso.
c) esgotado, fatigado.
d) sossegado, tranquilo.
O poema abaixo “Verbo ser” é do Poeta, cronista e contista Carlos Drummond
de Andrade, nascido na cidade de Itabira – MG em 1902 e faleceu no Rio de
Janeiro – RJ no dia 17 de agosto de 1987.
VERBO SER
Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser Esquecer.
Fonte: http://www.fabiorocha.com.br/drummond.htm - 8/5/2010 – adaptado.
37.A respeito do sentido apresentado pelo poema Verbo Ser, é CORRETO afirmar que :
a) já sabemos o que realmente seremos no futuro, fácil conhecimento.
b) não saber o que ser impede naturalmente o nosso crescimento.
c) nunca sabemos o que já somos de acordo às nossas práticas.
d) o verbo SER é uma palavra curta, mas com vários significados.
38.Leia o texto abaixo e responda.
A disciplina do amor
Foi na França, durante a segunda grande guerra. Um jovem tinha um
cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. [...]
Assim que via o dono, ia correndo ao seu encontro e, na maior alegria,
acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta a casa. [...]
Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o
cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o
olhar ansioso naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que
pudesse indicar a presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava
para casa e levava a sua vida normal de cachorro até chegar o dia seguinte.
Então, disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao seu
posto de espera.
O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro
não morreu a esperança. [...] Quando ia chegando aquela hora, ele disparava para
o compromisso assumido, todos os dias. Todos os dias.
Com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se
esquecendo do jovem soldado que não voltou.[...]. Só o cachorro já velhíssimo (era
jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-lo na sua esquina.[...]
TELLES, Lygia Fagundes. A disciplina do amor. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.
O trecho do texto que explicita o fato que desencadeia a história é:
a) “Foi na França, durante a segunda grande guerra”.
b) “[...] as pessoas foram se esquecendo do jovem [...]”
c) “Um jovem tinha um cachorro [...]”
d) “[...] Continuou a ir diariamente até a esquina[...]”
TEXTO
CONSELHOS DE UMA LAGARTA
Por alguns momentos, Alice e a lagarta olharam-se em silêncio.
Depois, a lagarta tirou o cachimbo da boca, e falou, numa voz sonolenta:
- Quem é você?
Essa não era uma maneira delicada de começar uma conversa.
Muito séria, Alice respondeu:
- Eu poderia dizer com mais certeza quem eu era, quando acordei essa manhã. Mas, de lá para
cá, mudei tantas
vezes que já não tenho certeza.
- O que você quer dizer com isso?- perguntou a lagarta- Explique-se!
- Acho que não posso, senhora. Eu mesma não sei mais!
- Não estou entendendo – falou a lagarta.
- Receio não poder explicar melhor – disse Alice muito educada. – Mas eu mesma já não posso
entender. Cresci
e encolhi tantas vezes, que agora estou confusa!
- Mas que absurdo! – exclamou a lagarta.
- Bem, você logo vai entender – disse Alice. – Você sabe que em breve vai se transformar
numa borboleta, não?
Não acha que isso a deixará confusa?
- Nem um pouco – disse a lagarta.
- Então, talvez os seus sentimentos sejam diferentes dos meus – replicou a menina. – Para mim
isso foi horrível.
- Você!- disse a lagarta em tom de desprezo - Afinal, quem é você?
Essa era outra pergunta complicada. Como a lagarta parecia estar com sono, e Alice não
soubesse o que
responder, achou melhor ir embora. Virou as costas e foi saindo.
- Volte! – gritou a lagarta – Tenho algo importante para dizer-lhe!
Alice achou que talvez fosse mesmo importante, portanto voltou.
- Não fique zangada – disse-lhe a lagarta.
- Isso é tudo? – perguntou Alice.
- Não – falou a lagarta.
Como não tinha mesmo nada para fazer, Alice achou que bem poderia ficar por ali. Talvez a
lagarta finalmente
resolvesse falar alguma coisa interessante.
A bichinha, porém, continuou a tirar baforadas de seu cachimbo. Depois de algum tempo,
virou-se para Alice e
falou:
- Então você pensa que mudou, não é?
- Temo que assim seja, minha senhora. Eu já nem consigo lembrar-me de coisas que tenho
certeza de que sabia!
- Não se lembra de quê? – perguntou a lagarta.
Alice, então, contou que não se lembrava mais nem da Aritmética nem de Geografia.
- E , o que é pior, não sei mais os versos que sabia! Além disso, não consigo ficar nem dez
minutos do mesmo
tamanho!
A lagarta foi a primeira a falar:
- É muito estranho! E de que tamanho você gostaria de ficar?
- Qualquer tamanho serviria, desde que eu parasse de mudar a toda hora! Isso é horrível, não
acha?
- Sei lá – disse a lagarta, muito grosseira.
Alice não respondeu. Ela nunca fora muito paciente, e essa estranha lagarta estava fazendo que
ela perdesse a
calma. De repente a lagarta perguntou:
- Você está satisfeita com o tamanho que tem agora?
- Bem, eu preferia estar um pouco maior. Um palmo e meio é uma altura ridícula!
- Ora, francamente! – disse a lagarta, ficando de pé – Eu acho que essa é uma altura ótima!
Alice, então, viu horrorizada que a lagarta tinha exatamente um palmo e meio de altura!
- Mas para mim não serve – desculpou-se a menina, desapontada. E pensou: Que bom se as
pessoas não se
ofendessem com tanta facilidade!
- Mas, parece que agora bem que está servindo! (...)
Alice esperou, pacientemente, que ela resolvesse falar outra vez.
Depois de alguns minutos, a lagarta (...) espreguiçou-se e deu um bocejo. Depois, desceu do
cogumelo,
caminhando com as suas muitas perninhas para o capinzal, enquanto cantarolava:
- Um lado fará você crescer, o outro fará você encolher!
Um lado do quê? Outro lado do quê?, pensou Alice.
- Do cogumelo – gritou a lagarta, como se Alice tivesse falado alto. E desapareceu no meio do
mato.
(...)
CARROLL, Lewis. Alice no País das Maravilhas. Tradução e adaptação de Regina Stela
Moreira Gomes. 4.ed. São Paulo: Companhia
Editora Nacional, 1983. p.39 – 41.
39. Durante a história, Alice e a lagarta conseguem manter um diálogo cordial?
a) Sim, pois Alice precisava de alguém para ouvi-la.
b) Não, pois a lagarta era muito agressiva.
c) Não, pois ambas estavam muito impacientes.
d) Sim, pois ambas estavam com muita necessidade de falar e ouvir.
40. Por que Alice compara sua situação à da lagarta?
▪ Qual das alternativas não responde a essa pergunta corretamente?
a) As duas vivem uma metamorfose, uma fase de transformação.
b) Alice sofre transformações como a lagarta.
c) A lagarta está se preparando para virar borboleta.
d) Ambas estão incomodadas com as mudanças físicas.
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Língua Portuguesa 7º Ano