TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO | Professor Romulo Bolivar
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INSTRUÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema
“TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO 1
Uso de tecnologia no ensino melhora em 32% rendimento em matemática e física, aponta estudo
Um projeto realizado pelo núcleo de ensino da Unesp (Universidade Estadual Paulista) mostrou que o uso de
ferramentas tecnológicas educativas melhoram em 32% o rendimento dos alunos em matemática e física em
comparação aos conteúdos trabalhados de forma expositiva em sala de aula.
O estudo Objetos de Aprendizagem em Sala de Aula: Recursos, Metodologias e Estratégias para a Melhora da Qualidade
de Ensino foi desenvolvido durante dois anos e avaliou o desempenho de 400 estudantes de oito turmas de 2º e 3° anos
do ensino médio da escola estadual Bento de Abreu, em Araraquara, no interior de São Paulo.
Para tanto, as aulas foram divididas entre expositivas e atividades que contavam com o que a pesquisa chama de
objetos de aprendizagem, ou seja, recursos tecnológicos que permitem a interação com o conteúdo, como animações,
simulações e jogos. Um desses games, por exemplo, ensinava análise combinatória. Nele, os alunos precisavam analisar
quantas possibilidades de roupa Susana, a bonequinha animada, poderia usar para ir à balada. Já em outro, usavam o
jogo para organizar diferentes times de futebol para aprender sobre arranjo.
Diante da experiência, a pesquisa mostrou que os estudantes com menor desempenho em sala de aula obtiveram maior
rendimento com o uso das ferramentas tecnológicas. Aqueles com média cinco, ou abaixo desse valor, melhoraram em
51% seu desempenho em física e matemática. Já aqueles com média acima de cinco, obtiveram um ganho médio de
13%.
"Isso mostra que os alunos que têm maior dificuldade de aprendizagem são os mais beneficiados pelo uso dessa
tecnologia. Esses índices evidenciam a importância de olhar com mais atenção para a criação e difusão de recursos que
ajudem a inovar as metodologias didáticas" diz Silvio Fiscarelli, coordenador do projeto e responsável pelo
departamento de didática da Unesp.
No quadro-negro da sala de aula da professora Elieth Portilho estão fotos de pássaros e frutas do Cerrado. As cartilhas
falam de temas rurais e práticas do campo e foram elaboradas pela professora e os alunos. É com esse material que ela
alfabetiza as crianças no Centro de Ensino Fundamental Pipiripau 2, localizada em um núcleo rural em Brasília Leia mais
Elza Fiuza/Agência Brasil
Ao todo, foram trabalhadas cerca de 20 ferramentas tecnológicas nas aulas. Algumas delas, foram criadas pelo núcleo
de ensino da Unesp. Porém, a maioria, foi aproveitada de repositórios educativos locais, como o BIOE (Banco
Internacional de Objetos Educacionais) e Rived, programa da SEED (Secretaria de Educação a Distância) ou traduzidas de
repositórios internacionais.
Segundo Fiscarelli, foram os próprios professores quem ajudaram a selecionar os conteúdos que seriam trabalhados
com ferramentas tecnológicas.
Nova fase
Por conta dos bons resultados, neste ano terá início uma versão mais ampla do projeto, que agora passa a ser apoiado
com recursos financeiros da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). O número de alunos
atingidos subirá para 600 e a pesquisa contemplará os três anos do ensino médio. Também será expandida a
quantidade de disciplinas: além de matemática e física, os professores usarão as ferramentas em português, química e
filosofia.
Além disso, diferentemente da versão anterior, os alunos não vão mais precisar se deslocar ao laboratório de
informática. Serão fornecidos 35 notebooks para que as atividades sejam realizadas dentro da sala de aula. "Essa será
também uma possibilidade de comparar os alunos que usavam o laboratório com os que irão usar os computadores em
sala de aula. Assim poderemos também verificar se há algum impacto com a mudança", diz Fiscarelli.
Outro diferencial desta nova fase será a capacitação dos professores e a entrega de bolsas-auxílio aos seis professores
participantes do projeto – diferentemente, da primeira etapa, em que não contavam com nenhuma espécie de
formação ou pagamento.
Ao longo do ano, serão oferecidas seis capacitações sobre o uso de notebooks na sala de aula, o que são os objetos de
aprendizagem e como utilizá-los em cada uma das áreas. Para dar sustentabilidade à iniciativa, Fiscarelli afirma que
também serão criados roteiros (do professor e do aluno) para orientar os professores interessados em replicar a
metodologia.
De acordo com ele, a iniciativa surge como um know-how antecipado à expansão da tecnologia em sala de aula, que
normalmente foca na entrega de equipamentos sem pensar antes no conteúdo. "Antes de fornecer quais equipamentos
é preciso pensar primeiro não no hardware, mas no software. Não adianta levar uma lousa digital para a sala de aula se
não tiver por trás um bom software", diz.
Acedido em: 05/02/2015
Vagner Alencar. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/02/04/
uso-de-tecnologia-no-ensino-melhora-em-32-rendimento-em-matematica-e-fisica-aponta-estudo.htm
TEXTO 2
Acedido em: 06/02/2015
Disponível em: http://www.professortic.com/2013/03/modelo-tpack-ensino
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