METODOLOGIA PARA ENSINO DE MEMBRANAS SELETIVAS: PVC E CELULOSE COMO EXEMPLOS Mayara Marques Botteon1, Rafael Oliveira Martins1, Rafael Perseghini1, Leonardo Frois Hernandez2, Rodrigo Amorim Motta Carvalho3, Maria Lúcia Pereira da Silva4 1 Alunos do curso MPCE da FATEC-SP 2 Instrutor da FATEC-SP 3 Escola Politécnica da USP 4 Profa. Dra. do curso MPCE da FATEC-SP [email protected], [email protected] Resumo A evolução tecnológica atual exige o ensino de vários fenômenos normalmente pouco explorados. Este é o caso dos fenômenos de superfície, tais como adsorção e permeação, que são responsáveis por várias transformações comuns em membranas e filmes finos. Como o uso de membranas é pouco comum no ensino o objetivo deste trabalho foi desenvolver experimentos didáticos, simples e de baixo custo, das propriedades de membrana seletiva. Os testes desenvolvidos utilizaram equipamentos comuns em laboratório de química e tiveram como função demonstrar a mudança das propriedades de superfície pela ação de radiação ultravioleta, ácidos, bases e compostos orgânicos além de avaliar a possibilidade de permeação de íons e oxigênio em duas películas distintas: celulose e Cloreto de Polivinila. A celulose teve também sua superfície modificada pela deposição por plasma de um filme fino à base de Tetraetilortossilicato. De modo geral é possível observar que apenas a celulose permite a permeação de íons e oxigênio, mas a velocidade desta permeação é bastante influenciada pela deposição de filme fino, tais como degradação de produto. De modo geral a proposta de ensino desenvolvida mostrou-se eficiente, pois o uso destes dois substratos permite ensinar não apenas o conceito de membrana seletiva como também uma série de fenômenos ambientais importantes. 1. Introdução Para garantir a compreensão das novas tecnologias de produção, o ensino de fenômenos de superfície tornou-se criticamente necessário, principalmente pelas reduzidas dimensões que normalmente existem nesses processos [1]. Atualmente é comum a existência de películas muito finas em quase todos os produtos do dia-a-dia. Contudo, tais produtos, tanto durante sua produção quanto seu uso, apresentam fenômenos secundários que não eram comuns até pouco tempo atrás [2, 3]. Por outro lado, o ensino de tais fenômenos não é comum e, quando ocorre, depende de equipamentos caros e/ou complexos e que, de modo geral, não facilitam a visualização dos processos que estão ocorrendo. Películas finas, ou seja, membranas são um bom exemplo de produtos cujo ensino é pouco explorado. Membranas são filmes espessos (da ordem de mm ou µm) ou finos (da ordem de nm), podem ser naturais ou sintéticas, e permitem o ensino de uma série importante de fenômenos de superfície. Dentre os fenômenos mais importantes, utilizando membranas pode se ensinar sobre modificação superficial, considerando-se que tal modificação pode variar de proteção de superfície – para impedir novas reações - até sua alteração para facilitar a catálise, ou seja, acelerar reações. Ademais vários outros fenômenos são perceptíveis em membranas, tais como adsorção, difusão, permeação e, obviamente, reação em superfície [4]. Neste texto utiliza-se a definição de SCOTT e HUGHES [5] para membranas: “uma barreira que separa duas fases e que restringe, total ou parcialmente, o transporte de uma ou várias espécies químicas presentes nas fases”. A composição das membranas pode ser de: 1- poliméricos sintéticos; 2- produtos naturais modificados, à base de celulose; 3- diversos, incluindo inorgânicos, cerâmicos, metais e membranas líquidas. Assim, foi objetivo deste trabalho desenvolver testes simples e não custosos para ensinar as principais propriedades de membranas. As propriedades abordadas neste trabalho foram: modificação das propriedades de superfície por exposição a solventes orgânicos, radiação ultravioleta, ácidos e bases. Ademais, mostra-se como a deposição de um filme fino sobre uma membrana modifica sua superfície, permitindo a criação de uma nova membrana. 2. Metodologia e Materiais 2. 1. Condições de contorno Foram assumidas como condições de contorno: 1) o uso de ensino por resolução de problemas (PBL – problem based learning) [6]; 2) o respeito aos “12 Princípios da Engenharia química verde” [7, 8]; 3) o uso de instrumentos comuns em laboratório de ensino de química e/ou saneamento ambiental. 2.2. Substratos flexíveis como membrana Para uso como membranas, foram propostos e utilizados os seguintes materiais com espessura inferior a 50 µm: Papel celofane (Comercial Baitaca de Papéis e Embalagens LTDA), que foi utilizado para Boletim Técnico da FATEC-SP - BT/ 22 – pág.48 a 52 – Julho / 2007 48 simular/verificar comportamento de membranas naturais e Filme de Policloreto de Vinila - PVC Transparente (A. Leste Comércio de Embalagens LTDA), utilizado para simular e verificar o comportamento de membranas artificiais. Algumas amostras de celulose foram recobertas por filme fino a base de Tetraetilortossilicato (TEOS – Merck, E.U.A) obtidos por plasma, com espessura de 130 nm [9]. Foram feitos dois tipos de recobrimento, deposição em uma das faces ou em ambas as faces da celulose. velocidade de permeação de íons é verificada monitorando-se a condutividade em função do tempo. Para esta medida, foram utilizadas soluções aquosas de KCl (0,01 M), FeSO4 (1 M) e KMnO4 (1 M). 2.3. Tratamento dos substratos Amostras de celulose e filme de PVC foram cortadas em pedaços, com aproximadamente 5 cm x 5 cm, para verificar o comportamento e as propriedades das membranas em diversas condições de utilização, e algumas amostras foram tratadas anteriormente aos testes, como segue. Amostras de PVC foram expostas a solventes orgânicos em larga faixa de polaridade: etanol, 2propanol, acetona e n-hexano (Casa Americana, Brasil), todos grau P.A. As membranas de PVC foram mantidas em contato com os solventes por um período de 6 dias, ou até a total evaporação do solvente, sendo testadas posteriormente. De modo semelhante às amostras foram expostas a soluções aquosas concentradas de HCl (1 M) ou NaOH (1 M). Amostras de PVC sem exposição a solventes e celulose, com filme em uma face ou nas duas faces, foram expostas a dois tipos de radiação ultravioleta. O equipamento de exposição à radiação consiste em um compartimento com 30 cm x 18 cm x 12 cm, onde se encontra a lâmpada de ultravioleta. As radiações utilizadas foram UVA (comprimento de onda de 315 a 400 nm) e UVC (comprimento de onda de 100 a 280 nm). Ambas as lâmpadas possuem potência nominal de 8 W e ficam a 10 cm das amostras a serem irradiadas. A intensidade luminosa é de 10 W/m2 para lâmpada de UVA e 1,8 W/m2 para lâmpada de UVC, obtidas utilizando fotômetro modelo IL440 Photoresist Radiometer (International Light, USA). Para todas as amostras o tempo total de exposição foi de 15 horas. 2.4. Métodos de análise Para avaliação de alterações nas características físico-químicas das membranas, diversos métodos de avaliação foram utilizados e são descritos a seguir. Para realização das medidas, foi montado arranjo experimental, mostrado na Figura 1, composto de suporte universal, tubos de vidro linear e em “U”, garras e mangueiras de borracha ou silicone, aparatos que são facilmente encontrados em laboratórios de química. Medidas de permeação iônica dos filmes foram feitas por condutimetria em soluções aquosas, utilizando-se condutivímetro (Condutivímetro 680 – Analyser, Brasil). No tubo em “U” foram colocadas soluções iônicas, no tubo reto, água destilada e a membrana encontra-se entre as soluções. A cela de medição do condutivímetro é mergulhada na água destilada e a Figura 1 – Arranjo experimental para testes de membranas orgânicas. Para verificação da capacidade de condução de íons H+ e OH-, foram feitas medidas utilizando-se pHmetro (pH300 – Analyser, Brasil) cujo arranjo experimental é idêntico ao utilizado para as medidas de condutimetria. O tubo em “U” é preenchido com uma solução de HCl ou NaOH, ambas 0,1 M. A permeação por reagentes orgânicos foi verificada utilizando-se solução aquosa 10% em massa de Azul de Metileno. No tubo reto é colocado o corante e no linear, água. A visualização pode ser seguida utilizando-se câmera digital para comparação. Para medidas de permeabilidade de oxigênio utilizase medidor de oxigênio dissolvido (Orion 810, USA). De um dos lados da membrana é colocada água e borbulhador, para promover saturação por O2, e do lado oposto faz-se a medição. 3. Resultados e discussão As membranas escolhidas para teste e suas respectivas propriedades são como segue: • PVC (Policloreto de vinila) – trata-se de membrana sintética, com superfície hidrofóbica, que não é facilmente dissolvida por solventes comuns; • Celulose - trata-se de membrana natural, com superfície hidrofílica, que não é facilmente dissolvida por solventes comuns; • Celulose modificada - trata-se de membrana natural, mas modificada pela deposição por plasma de filme fino polimérico a base de Tetraetilortossilicato (TEOS) [9], o que a torna hidrofóbica. Após esta modificação a superfície pode se tornar novamente hidrofílica, mas para tanto se exige exposição por longo tempo à água. A metodologia desenvolvida para o ensino das propriedades das membranas é descrita a seguir. As membranas foram expostas a várias condições que favorecem a degradação das suas propriedades Boletim Técnico da FATEC-SP - BT/ 22 – pág.48 a 52 – Julho / 2007 49 1. 2. 3. 4. O procedimento de teste consiste simplesmente em: adição da membrana ao sistema em “U”; preenchimento dos dois tubos com água e a solução teste; medida de uma determinada propriedade em função do tempo; análise dos dados, normalmente pela obtenção de um gráfico da mudança da propriedade em função do tempo, exceção ao teste com corantes, cuja resposta é qualitativa. Muitas das exposições efetuadas, especialmente à radiação ultravioleta, permitem a avaliação visual da mudança nas membranas. Apesar de facilmente observada visualmente, não se recomenda a utilização de máquina digital, mesmo que de boa resolução, devido à pequena variação na coloração das amostras. A Figura 2 mostra resultados típicos para as três películas testadas. Para PVC a permeação de íons não ocorre, como mostra a Figura 2a. Por outro lado, celulose sem qualquer tratamento permite a permeação de todos os íons de modo bastante semelhante, como se observa na Figura 2b. É possível observar que a membrana de celulose modificada, quando exposta à radiação ultravioleta, torna-se menos permeável à passagem de H+, principalmente porque a radiação pode favorecer a formação de ligações cruzadas que tornam a superfície menos permeável. A Figura 3 mostra a variação de cor pela passagem da solução de azul de metileno por celulose, modificada ou não com filme fino a base de TEOS, e PVC, exposto ou não à UV. Para um tempo de observação de cerca de uma hora não há permeação por PVC, exposto ou não ao UV, contudo, para celulose é possível verificar a n-Hexano 11 Condutividade (µS) 10 a 9 8 7 6 5 Acetona 4 2-Propanol 3 Etanol 2 -2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Tempo (min) 160 KCl FeSO4 KMnO4 140 Condutividade (µS) Tabela I – Condições que favorecem a degradação das propriedades mecânicas e químicas a que as membranas foram expostas. Condição Possível degradação Formação de ligações Exposição à radiação cruzadas, com modificação ultravioleta das propriedades mecânicas e químicas Dissolução e modificação Exposição a solventes das propriedades orgânicos mecânicas Possível reação com Exposição a ácidos e modificação das bases propriedades químicas e mecânicas permeação do corante quase instantaneamente. Quando a celulose tem um filme fino depositado o início da permeação é mais lento, ocorrendo em cerca de cinco minutos, e a quantidade de corante que ultrapassa a membrana em uma hora também é menor. b 120 100 80 60 40 20 0 0 5 10 15 20 25 Tempo (min) 4,75 4,50 Celulose+TEOS para HCl (0,1 M) 4,25 4,00 Sem Exposição UVA-15h UVC-15h 3,75 pH mecânicas e químicas. Um texto foi criado para indicar aos alunos os prováveis mecanismos de degradação e a Tabela I sumaria tais condições e mecanismos. Após cada exposição as membranas devem ser observadas visualmente e em microscópio óptico, para avaliar a ocorrência de degradação. Todas as membranas, expostas ou não, são então testadas quanto à permeação, usando o sistema em “U”. Por fim, os dois comportamentos são comparados, permitindo a correlação entre propriedades macroscópicas e microscópicas. 3,50 3,25 c 3,00 2,75 2,50 2,25 2,00 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 Tempo (min) Figura 2 - Resultados típicos para as membranas testadas de acordo com o procedimento de teste: (a) PVC após exposição a solvente e testado para permeação de íon; (b) celulose e permeação de íons; (c) celulose modificada, exposta ou não à radiação ultravioleta e medida de pH. Boletim Técnico da FATEC-SP - BT/ 22 – pág.48 a 52 – Julho / 2007 50 Tabela II – Sumário qualitativo das principais propriedades obtidas para as membranas antes da exposição aos vários fatores responsáveis pela degradação. Reagente Celulose PVC Celulose utilizado TEOS H+ NP PR PL OHNP PR PL KCl NP PR PL FeSO4 PR PL KMnO4 PR PL O2 NP corante NP PR PL a NP – Não passa, PL – Passa lentamente, PR – Passa rapidamente. Tabela III – Sumário qualitativo das principais propriedades obtidas para PVC. Membrana PVC Condição de exposição Compostos Reagente Ácidos (HCl Radiação orgânicos: etanol, 2utilizado 0,1 M) e bases UVA/UVC propanol, acetona, n(NaOH 0,1 M) hexano + H NP NP NP OHNP NP NP KCl NP NP NP O2 NP NP NP Corante NP NP NP NP – Não passa, PL – Passa lentamente, PR – Passa rapidamente. b Figura 3 – Variação de cor pela passagem da solução de azul de metileno para PVC (a) e celulose não modificada (b). Os testes de permeação de oxigênio, utilizando oxímetro, demonstram que a passagem de oxigênio não é possível na película de PVC, mas ocorre para celulose. Assim, para PVC, devido à sua baixa permeação para a maioria dos produtos, indica seu uso para proteção de alimentos em estocagem. Note-se que as condições testadas correspondem a condições ambientais que favorecem a degradação de produtos expostos ao ambiente. O objetivo geral dos experimentos aqui descritos foi permitir ao aluno produzir uma tabela de cunho qualitativo, mas que descrevesse o comportamento geral de uma película e que a classificasse como membrana ou não, de acordo com a definição anterior. As Tabelas II a IV sumariam, apenas qualitativamente, as principais conclusões a serem obtidas em um conjunto de experimentos. Assim, pode-se verificar que a película de PVC é uma barreira a todos os reagentes testados enquanto a celulose não apresenta qualquer seletividade para tais reagentes, mas a celulose modificada o faz, sendo uma membrana seletiva interessante. Tabela IV – Sumário qualitativo das principais propriedades obtidas para Celulose modificada e Celulose pela deposição de filme fino a base de tetraetilortossilicato. Membrana Celulose modificada Celulose Reagente Condição de exposição UVA UVC Nenhuma UVA UVC Nenhuma utilizado PR PL PR PR PR H+ PR PL PR PR PR OHPR PL PR PR PR PR KCl PL PR PR Corante NP – Não passa, PL – Passa lentamente, PR – Passa rapidamente. Apesar da maioria das observações serem de cunho qualitativo, espera-se que o aluno, de posse destas informações, possa fazer extrapolações do conhecimento adquirido. Deste modo, a este aluno são fornecidas perguntas diretivas para relacionar as propriedades de um produto e seu uso, de modo sistêmico, ou seja, considerando até mesmo o descarte e seu respectivo impacto ambiental. Portanto, o estudo de um conjunto de medidas, como as aqui sugeridas, permite avaliar muitas das atitudes corriqueiras da sociedade moderna. Assim, o uso de um produto aparentemente inofensivo e bastante comum, o PVC, cria, a médio e longo prazo, devido à dificuldade de degradação, um alto impacto ambiental. Membranas naturais podem ser ambientalmente mais corretas e de fato, muitos produtos estão sendo produzidos com essa concepção. A proteção de superfície é outro tema importante que pode ser tratado com a celulose modificada. Uma vez que a deposição por plasma é considerada como tecnologia limpa, a produção desta modificação é de baixo impacto e pode apresentar muitas vantagens. Boletim Técnico da FATEC-SP - BT/ 22 – pág.48 a 52 – Julho / 2007 51 Pela definição de membrana exposta no inicio deste trabalho, apenas celulose pode ser assim classificada. Portanto, outra discussão relevante para o ensino é o uso destes dois produtos, que são comercializados para o mesmo objetivo – proteção de produtos alimentícios – é qual o mais ambientalmente correto, já que, por exemplo, um é obtido de matéria-prima renovável. A compreensão dos mecanismos que produzem estes resultados qualitativos exige do professor o ensino de vários conceitos envolvendo não só propriedades de membranas como também de ciência dos materiais. Deste modo, explicando – nesse caso específico – que a celulose é produzida de modo distinto do PVC, o que lhe confere maior porosidade, facilita compreender muitas das propriedades obtidas. O uso do filme fino de TEOS objetiva mostrar a importância da modificação superficial de películas. Assim, tal filme pode ser trocado por vários produtos comerciais. Estes produtos são normalmente denominados em seus rótulos como “para impermeabilizar superfícies” ou “fabricado a partir de silicone”. Utilizando-se produtos caseiros pode-se não só enriquecer o conhecimento adquirido anteriormente como também substituir o filme a base de TEOS, caso sua fabricação seja difícil. & Professional, Univesity of Newcastte e University of Salford, 1996. [6] R.M. Felder, R. 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Conclusões Este trabalho demonstrou que um dispositivo simples, utilizando vidraria básica e equipamentos comuns de um laboratório de química ou de saneamento ambiental, pode ser muito útil não só para o ensino como também para a pesquisa. Para professores de nível médio e/ou superior pode ser um modo simples de fazer pesquisas sobre velocidade de difusão/permeação e modos de degradação de compostos naturais e sintéticos. Assim, em última análise essa proposta de ensino é um modo útil para aumentar a conscientização ambiental dos futuros profissionais. Referências Bibliográficas [1] D. Kellner, New Technologies/New Literacies: reconstructing education for the new millennium, Teaching Education, Vol. 111 No. 3, p.245-265, Dez. 2000. [2] K.N. Tu, R. Rosenberg, Preparation and properties of thin films, Academic Press, New York, p.337, 1982. [3] K. Seshan, Handbook of thin-film deposition processes and techniques: principles, methods, equipment and applications, 2nd Edition. Norwich, N.Y. 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