99 qúIlqqg 0!intd-reÍat4 dcJuthode2oo5 Gestão&Gestores res , privdrìdo-osdc "apìicaremas suas capacìdadese aprenrÌcrcrr (ìoÌl os erros" c derÌicanclo-sea " t r a b a l h or o t i n c i l o q u c o s a f a s t a , física c nìcntalÌneÌ]tc, (las Lüefas estraÌégicils que uais inílucncìarrrr0 tlesempenho da unidade oÌganizacioÌìala longo prazo". Tanrbrim o facto da cìelegaçào dc rcsponsabilidadesexigiÌ, enì algulls casos,a foÌnìaçaìodo colaborador e a perclacleconfidcnciaÌidadc dc algrunas iníormações faz corl tlue os gestoresignorem, muitas vezcs,csta possibilidade Parâ contoLnar (ìs1eproblcÌÌìa, lìicardo Vargas sugere que se a.ltere a Íorma dc ettcarar o recrutamento dc chefìas eÌÌì PorttÌgal, que considera cstar 'lDLlito baseado na Proxirnidade social" e cnì "onos de'caslirlg"', o que impede as empresas cle "descnvolvercnì as suas r:apacidadcsreais nrÌrìa econoÌÌìiacoÌnpetitiva" Entrevista r "O líder,paraserbom, deveserpreguiçoso" No livro'A arte de tomar-seinútil'] RicardoVargasexploraa importânciada preguiçana liderança. Raqml Corel8 rcoroa(Ìecononncâsglìs com A preguiça, um dos conceitos mais embÌemáticos do liuo 'A arte de tornu-se ürútll'l de fucudoVargas, ÌefÌecte unìa abordagem irovadora do lenómeno da Ìiderança O modelo proposto pelo consultor da TMI Portugal c da Plm B Inter' niÌtional assenta no princÍpio que o líder se corìstrói em função da reÌação que desenvoÌvecom os seus colaboÌadoÌes, apontudo a delegação de responsabilidades como m dos processos que potencia a qua.lirÌadedesserelacionmento Em que medida o seu modelo de liderança rompe com as abordagenstradicionais? Podemos diüdir as abordagens tadicionais à liderança, ou seja, aquelas criadas ao longo de todo sécüo )C(, em dois grmdes grupos: as que defendem que a lidermça nasce e é uma característica inata da personalidade do líder e as que entendem que o lÍder se fz de aconlo com os seus estilos de compofimento. As duas abordagens partilhm um conjunto de pressupostospois mbas estabelecem que o líder explica o fenómeno da liderança Mas eu defendo quc a explicação do fenómeno da ArménioRegoentendeque "o modo liderança nào se pode centrar só na figura do üder O lÍder é apenas como as funçõessão delegadasé t ã o i m p o r t d n tq e u a n t oo s e uc o n - um dos factores a considera, porteúdoe ê competência do colôbora- que os colaboradorestambém dedor no seuexercício", deÍinindoal- sempênhm um papel primoÌdial gunsdosdeveresdoslídeÍesna de- na liderança Portanto, acredito que a lidermça é o resultado da legaçãode responsabilidades : qualidade da relação estabelecida '.1 assegurar-se de queo colaboradoÍ entre o líder e os outros que o roé capazde executareficazmente as deianì e não das características f unções. certificando-se dâ eventual inatas ou comportamentais da necessidade de formaçõo .explicitarcom claÍezaas responsa- pessoaque gere a equrpa. bilidades a delegôr, os objecIivos de E como é que o líderpode melhos nì d e s e m p e n h oô,s p r i o r l d ê d e e ru a quaìidadedessu relações? prazos e 0s a cumprtr J090 Todos os problerìas de ma constatarque o colaborador aceita empresa são problemas de lidea s r e s p o n s a b i l i d ô dpeesr,m i t i n d o - rança porque, para aüngir objecül h e a p a r t i c i p a ç ãnoa d ê f i n i ç ã o e vos, devem-se consideru dois asâmbitodastarefôsa atribuir pectos ftuÌdameÌrtais: a meta propÍeocupar-se maiscom os obJectr- posta e a capíìcidadereaÌ das eqüvos do que com os procedimentos, pas para arconcretDil Fuer conÌ p e r m i t i n d oa o s c o l a b o r a d o r ea sl - que a capacidadereaì da equipa se c a n ç a rô s m e t a sa t r ê v é sd o ss e u s aproxime do objectivo delineado é um problerna de lidermça Então, pr0pfl0smeros , proporcionar a auloridade, recursos defendo que o lÍder deve reconer a h u m a n oe s Í i n a n c e ì r ossu f i c i e n t e s processosestrutuados de relaciopaÍôque o colaborôdor possaexe- namento para desenvolver quaÌidade na reÌação e aproximu as cutaÍ a [areÍacom eficácia infoÍmaras pessoasque irão ser conlpetôncias das pessoas com que trabalha daquilo que é preciso alectadaspela delegaçãoe cuja para cunìprir os seus objectivos, c00peÍôçao e ap0t0sô0necessôÍtos pôra que o colaboradorpossadeO título do reu primeiro livro é s e m p e n h ôerf i c a z m e n tâes t a r e f a s sugestivo.Cnmo é que o lÍder se que lhe sãodelegadas pode tornar ilútil e o que ganha íornecer'Íeedback ao colôborôdor a empresacom essainutilidade? " evitôr retomar responsdbilÌdades O tÍtulo é de aÌgma forma una queoereg0u provocâçãoA ideia que queÌo pasdelegaÍtarefaspertinentespaÍaô sar é que, ao contrário do que as câÍreiÍado colaborador e de dificul- abordagens tradicionais defendadeapropriadâ a cadôcolaborador diaur, liderança é uma forma de Comodelegar responsabllldades Perfil Rlcardo VaÍg19 Licenciado em Psicologiae mestre em TerapiaFamilaÍSist é m i c a p e l a U n i v e r s ì d a d ed e Sevilha,Ricârdo Vargas trabal h a c o m oc o n s u l t o rn a T M I P o r t u g â l e n a P l a nB I n t e r n a t i o n â 1 , combinandoos conhecimentos na área da psìcoÍogiacom a exp e r i ê r 1 c lnao m u n d o e m p r e s a rial. Em 2004, publicou o livro (A ôrte de se toÍnar inútil)) e, e m O u t u b r o ,l a n ç a r áa s u a s e gunda obra, (0s Meios justificam os Fins)), que aborda a gestão da ética nas empresas. "Flabitualmente, o gestorportuguês trabaÌhacom basena coerção,na chantagem, no medo,na figura patemâldo pai que cÌá o açoite,mastambémdá o rebuçadol' prestil unÌ seÌïiço à empresa e, portmto, deve estil focada nos colaboradores enquanto actores principais da estratégiada enìpÌesa Neste sentido, é que se deve desenvoÌver um conjmto de processos de trabaìho ligados à responsabilüação, ao diagnósüco das capacidades reais da equipa, à compüação entre estase as necessidades da empresa, ao desenvolümento de competências técnicas e ao alinhamento das atitudes dos coÌaboradorescom a ctütura desejada dentro da ernpresa Só com a conjugação destes vários processos é que se consegue levar as equipas a atiÌìgir objectivos de forma sistenÌática O lÍder não pode desenpenha. um papcl operacionaÌ, devendo ÌesponsabilizaÌ as outÌas pessoaspara ganhu espaço mentaì qrre o tornc capaz de responder a novos desafios Outra ideiapolémicâpresenteno seu livro é a de que "o líder deve softer de um tipo de preguiE fundamental'ÌO que significa estaafumaÉo? É que habituaìmente em Portugal promove-se o melhor electricista a chefe dos electricista,o nÌeIhor economista a diÌector finilrceto e esquece-seque, quando se promove uma pessoaà posição de chefi.ade unÌa equipa, não chega ter em conta as coÌnpetências técnicas,É verdadeque essasqualidades são necessáfias, mas dcvem ser combinadas com competências de gestãode pessoas Então, as pessoassão promoüdas a um nível hierárquico superior e têm responsabiÌidadesde coordenaçã0 de equrpas,mas contlnuiln iì ser opcracionais, continuam a exercer a fução que tinhm artes, cnvolvendo-se múto na realização das tilefas. A ideia da preguiça é uma iÌonia eln rcÌação à incompreerìsão do papeÌ do lídcr, que cleveser o de levu as pessoasa realizar a estratégia, garantindo que elas tôm as competências necessiiÌiasc iìlinìardo o seu trabalìro com a estratégia da empresa, parâ que se sintam comprometidas coÌn ela A ideia da preguiça contesta ideias de pensil, mútas vezesestabelecidas de forma superficial Acha as empresas portuguesas estãoatrasadaem termosde liderança ou já há práticasempresariais que revelem algma evoluçâo na forma @mo se encara o papel dos líderes? Apesil de não podernos resumir Portugal a urna realidade única, eu penso que, no geral,a gestão de pessoasnão é encaada cìeuma íorma profissional. FlabituaÌmente, o gestoÌ português trabalha com base na coeÌção, na chantagem, no medo, na nguÌa patemal do pai que dá o açoite, rnas tiln' bém dá o rebuçado. E a Ìidermça no contexto empresiliaÌ é múto mais do que isto. É levar as pessoas a realiza ma deterÌninada estratégia, sem que precisenìosde estar lá o tempo todo a conüolálas Porque se estamoslá o tempo todo a controláìas, não há liderança, Esm lacua poderá estr ligada à formação em lidermça a que os gestoresportuguesestêm aceso? .ds empresas começam a despertar para a necessidade de teÌ ma fomação sólida em lidermça e enÌ gestãode pessoasem equipa No entanto, nâ maioÌia das situações, não são capues de fazer a ponte entre o que é trabalhado em sala e a forma como isso ajuda a concretiãìr a estratégiada empresa Enì tennos das fornìaçÕesdisponíveis, o que acontece muitas vezes é que sc forma por meio do desenvolvinìerìto de competências genéricâsde comunìcação, de lìcgociaçiìo, dc apresentação e de Bestão de returiôes 0u se utilizun modclos de liderança que estão absolutamenteultrapassados, Assim, apesaÍ dc já haver cnpresas despertas,a prática na mainja das situaçoes ailìda es1á inadequada às necessidadesdo sécuÌo)Ofi Que mluções defendeem temos da formação de líderes? Subordiniu todo o desenvolvimerìto de lÍdeÌes à estratégia da enìpÌesar preparando-os para identificar as acções necessáriase o rnodo como devem motivar as equipâs paÌâ a sua concretização, Só com estetipo de desenhosepodem desenvolvcr as nretodologias ceÌtas,