UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU LUIZ CARLOS CECHINEL VIANA ANÁLISE DA INFLUÊNCIA NOS RESULTADOS FINANCEIROS PROMOVIDOS PELA COMPETIÇÃO ACIRRADA ENTRE AS REVENDAS DE AUTOMÓVEIS MULTIMARCAS DE CRICIÚMA CRICIÚMA, JUNHO DE 2010 LUIZ CARLOS CECHINEL VIANA ANÁLISE DA INFLUÊNCIA NOS RESULTADOS FINANCEIROS PROMOVIDOS PELA COMPETIÇÃO ACIRRADA ENTRE AS REVENDAS DE AUTOMÓVEIS MULTIMARCAS DE CRICIÚMA Monografia apresentada para obtenção do grau de Especialista em MBA Gerência Financeira, do curso de Pós-Graduação, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientador: Prof. Esp. Ricardo Deibler Zambrano CRICIÚMA, JUNHO DE 2010 AGRADECIMENTO Agradeço primeiramente a Deus que é muito importante em nossas vidas e a todos que de alguma maneira me apoiaram na conclusão de mais essa etapa. DEDICATÓRIA Dedico o presente trabalho aos meus pais Luiz e Sandra por todo o apoio e dedicação dispensados a mim. RESUMO VIANA, Luiz Carlos Cechinel. Análise da influência nos resultados financeiros promovidos pela competição acirrada entre as revendas de automóveis multimarcas de Criciúma. 2010. 59 páginas. Monografia do Curso de Administração, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, Criciúma. O presente trabalho tem como objetivo analisar a influência nos resultados financeiros promovidos pela competição acirrada entre as revendas de automóveis multimarcas de Criciúma. A fundamentação teórica foi realizada tomando como base assuntos como; administração financeira, administração de caixa, fluxo de caixa, 4pês do marketing, capital de giro, crédito, 5C’S do crédito e administração mercadológica, todos esses assuntos foram retirados da pesquisa bibliográfica, realizada com base em livros de diversos e renomados autores. Os dados da pesquisa foram coletados através de um questionário aplicado a 53 revendas entrevistadas. Com os dados coletados foi possível descobrir qual o porte dessas revendas, o seu faturamento mensal, localização e como mantém e giram seus estoques. Descobrindo como agem e como realizam seus empreendimentos é possível verificar como a disputa acirrada entre essas revendas pode refletir de maneira positiva ou negativamente em seus resultados financeiros. Entendendo e aperfeiçoando seus negócios, essas revendas podem se sobressair em relação as suas concorrentes. Palavras-chave: Resultados financeiros. Competição. Revendas de automóveis. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................8 1.1 TEMA ..................................................................................................................10 1.2 PROBLEMA........................................................................................................10 1.3 OBJETIVOS........................................................................................................10 1.3.1 Objetivo Geral.................................................................................................10 1.3.2 Objetivos Específicos ....................................................................................10 1.4 JUSTIFICATIVA..................................................................................................11 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................12 2.1 ADMINISTRAÇÃO ..............................................................................................12 2.1.1 Administração Financeira..............................................................................14 2.2 PLANEJAMENTO FINANCEIRO .......................................................................16 2.2.2 Administração de caixa .................................................................................17 2.3 FLUXO DE CAIXA ..............................................................................................18 2.4 CAPITAL DE GIRO.............................................................................................20 2.5 NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO ............................................................21 2.6 5 C´S DO CRÉDITO............................................................................................22 2.7 CRÉDITO ............................................................................................................23 2.7.1 Política de Crédito ..........................................................................................24 2.8 ADMINISTRAÇÃO MERCADOLÓGICA.............................................................25 2.8.1 Evolução .........................................................................................................26 2.9 4 PÊS ..................................................................................................................27 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...............................................................30 3.1 TIPOS DE PESQUISA ........................................................................................30 3.1.1 Pesquisa Bibliográfica ...................................................................................31 3.1.2 Pesquisa Descritiva ou de Campo................................................................31 3.2 ABORDAGEM DA PESQUISA...........................................................................31 3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA ...............................................................................32 3.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS.........................................................32 4 EXPERIÊNCIA DE PESQUISA..............................................................................34 4.1 ANÁLISE GERAL DA PESQUISA .....................................................................50 5 CONCLUSÃO ........................................................................................................52 REFERÊNCIAS.........................................................................................................54 APÊNDICE................................................................................................................56 8 1 INTRODUÇÃO Nos dias de hoje, onde a disputa entre empresas que atuam no mesmo ramo está cada vez maior, é necessário que se esteja sempre analisando os números do departamento financeiro da organização, para que se possam saber as quantas andam o rendimento da empresa. O ramo de revenda de automóveis multimarcas é um dos que mais cresceu em nossa região, com esse crescimento aumentou, também, a acirrada disputa entre essas revendas, que na sede de vencerem as rivais acabam, muitas vezes, levando prejuízos enormes em seus negócios. Tendo em vista este problema que cada vez cresce mais, juntamente com a expansão do mercado, é necessário que essas organizações se capacitem mais, a fim de perceber quando estarão perdendo ou ganhando em seus negócios. Contudo a organização não pode deixar de ser dinâmica e arrojada em seus empreendimentos para que se destaque no mercado onde atua, visando sempre reduzir seus prejuízos e aumentar seus lucros, analisando seus dados financeiros e também os dados financeiros que o mercado mostra todos os dias. Analisando os resultados financeiros, as organizações sejam elas de qualquer ramo, poderão descobrir possíveis reveses em seu caixa, tomando assim providencias para contornar a situação à tempo. Em um mercado cada vez mais competitivo, analisar, entender e executar são ferramentas cada vez mais necessárias para uma empresa atingir o sucesso em seus empreendimentos, juntamente com uma atitude rápida de seus gestores ao perceberem os sinais demonstrados pelo mercado onde atua. O presente trabalho monográfico visa analisar como e onde a competição acirrada entre as revendas de automóveis multimarcas, fazendo com que a empresa obtenha sucesso ou insucesso, utilizando-se de formas novas na gestão de seus negócios, a fim de se destacar em relação aos seus concorrentes. Na estrutura desse trabalho encontra-se em seu primeiro capítulo a introdução. O capítulo 2 apresenta a fundamentação teórica, no qual consta todas as ferramentas necessárias para a análise dos resultados financeiros da empresa, onde é demonstrado como a organização precisa agir para que não tenha um insucesso financeiro nos seus negócios, gerando assim um fluxo de caixa positivo para 9 empresa. Ainda na fundamentação teórica encontram-se citações das visões dos grandes autores sobre o assunto abordado no presente trabalho, dando dicas e esclarecendo duvidas no que diz respeito a analise financeira da empresa. No capítulo 3 segue a metodologia da pesquisa, contendo, tipo, tabulação, e amostra, questionário (instrumento) e local de estudo. No capítulo 4 estão expostos a tabulação da pesquisa, análise e conclusão, bibliografia. 10 1.1 TEMA Análise da influência nos resultados financeiros promovidos pela competição acirrada entre as revendas de automóveis multimarcas de Criciúma. 1.2 PROBLEMA Como a competição acirrada entre revendas de automóveis multimarcas acaba prejudicando financeiramente a organização? 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo Geral Analisar os resultados financeiros gerados pela competição acirrada entre as uma revenda de automóveis multimarcas de Criciúma. 1.3.2 Objetivos Específicos • Verificar o perfil das empresas concorrentes do ramo de revenda de automóveis multimarcas da região de Criciúma. • Identificar os motivos que levam as revendas a terem resultados negativos ou positivos; • Analisar os aspectos financeiros das revendas no período da pesquisa; • Entender o que acontece no fluxo de caixa dessas revendas; • Verificar o grau de importância dos atributos mais valorizados pelos clientes das revendas sob a ótica dos empresários e de clientes ao final da pesquisa. 11 1.4 JUSTIFICATIVA Com o aumento do poder de compra da população e com a facilidade e aumento na concessão do crédito para financiamento de veículos, o número de revendas de automóveis multimarcas cresceu significativamente em nossa região e, com isso, cresceu, também, a acirrada disputa entre essas revendas, fazendo com que muitas vezes essas empresas amarguem grandes prejuízos em virtude de efetuarem negócios a qualquer custo, sem analisar se são viáveis ou não. Em função disso, muitas dessas revendas abaladas com inúmeros prejuízos acabam fechando suas portas, e por conseqüência, diminuindo vagas de emprego. Para evitar que isso aconteça, é necessário um comportamento bastante disciplinado por parte da organização que precisa estar sempre analisando seus números e se policiando em relação aos negócios realizados. Em virtude do grande número de revendas de automóveis multimarcas, encerrarem suas atividades por uma administração errada, surge à importância de analisar os resultados financeiros das mesmas, sendo que a maioria delas acaba nem observando esses números dos seus resultados financeiros. Essa análise se torna viável por causa do grande número dessas empresas em nossa cidade. Quando uma organização cresce e da certo no mercado em que atua, crescem as vagas de empregos, a arrecadação de impostos, para o governo aplicar na sociedade e, também, as chances dos colaboradores da empresa crescerem nos seus cargos ou até de subirem de cargo e aumentarem suas rendas. Para o autor e para a empresa objeto da pesquisa o trabalho serve como fonte de informações sobre a situação financeira e comercial da revenda permitindo assim à tomada de decisões necessárias a correção dos possíveis rumos errados que empresa possa tomar. Para o departamento de pós-graduação o trabalho permite seu uso como fonte de pesquisa para novos trabalhos na mesma área. 12 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O objetivo deste capítulo é fundamentar os vários temas abordados com a posição de conceituados autores para que e tenha uma idéia adequada da solução do presente problema deste projeto. 2.1 ADMINISTRAÇÃO O conceito básico da administração é ter organização acima de tudo, e também aliar agilidade e sabedoria na tomada das decisões, para que no final do processo a organização obtenha um resultado satisfatório e positivo. Objetivos e recursos são conceitos centrais na definição de organização e também de administração, segundo Maximiano (2004, p.26) a administração é um processo dinâmico, que consiste em tomar decisões sobre o uso de recursos, para realizar objetivos. O processo de administrar compreende cinco processos principais interligados: planejamento, organização, liderança (e outros processos da gestão de pessoas), execução e controle. Os processos administrativos são também chamados funções administrativas ou funções gerenciais; para entender a administração como processo que se compõe de outros processos é necessário conhecer o enfoque funcional da administração. Dentro da administração existem teorias que foram fundamentais para sua evolução, a teoria clássica e a teoria científica. Na teoria clássica começou a ser colocada em prática a divisão do trabalho e a especialização da mão de obra dentro da organização, onde se observava que o trabalhador especializado em produzir apenas uma peça do conjunto que estava sendo produzido, rendia muito mais em peças produzidas do que um trabalhador que era responsável por produzir o conjunto todo. Maximiano (2000, p.55) diz: A partir do inicio do século XX, a organização eficiente do trabalho nas empresas tornou-se a base do desenvolvimento da teoria e da pratica da administração. Muitas pessoas e grupos participaram desse processo. Eram pesquisadores, como Frederick Taylor, industriais, como Henry Ford; executivos, como Henry Faiol; cientistas, como Max Weber. Essas pessoas formam a chamada Escola Clássica da Administração. 13 Ao longo dos anos a administração foi se remodelando e vem se propagando em função da demanda de necessidade dessa ferramenta, o grande pulo da administração deu-se após a revolução industrial, segundo Chiavenato (1985), com a revolução observou-se que as empresas tinham estruturas administrativas inadequadas para sua realidade, foi ai então que as organizações começaram a se adaptar a sua nova realidade, que trouxe junto, o uso de máquinas, crescimento de empregados e produção em larga escala. No final do século XIX e começo do século XX a indústria cresceu e expandiu-se muito rapidamente, essa expansão estimulou o estudo sobre as formas de aumentar a eficiência dos processos de produção, a preocupação com a fabricação eficiente de produtos já era muito antiga, e durante a revolução industrial se acentuou. Essa preocupação deu origem ao movimento da administração científica e da burocracia. Na administração científica o foco era o trabalhador, onde se realizam estudos e se implantavam técnicas para uma melhor otimização do trabalho na produção, Taylor um dos grandes autores da administração foi o idealizador do estudo sobre a administração científica, onde defendia a idéia que; todas as ferramentas deveriam ser padronizadas e os movimentos também para assim minimizar o tempo de produção de determinado produto. Maximiano (2000, p.57) diz que: Taylor entendia as técnicas da eficiência como formas de colocar em prática os princípios da administração cientifica, a qual era para ele uma revolução mental, uma revolução na maneira de encarar o trabalho e as responsabilidades em relação a empresa e aos colegas. Após este período surgiram movimentos de pesquisas dentro das áreas industriais sobre a influência dos aspectos psicológicos e comportamentais, através das escolas de Recursos Humanos, influenciada por vários autores e pesquisadores, exemplo de Elton Mayo. Em seqüência do desenvolvimento histórico da administração, nasceu a escola Sistêmica, cuja síntese pode ser creditada a forma de considerar a empresa como um todo, apesar de que cada departamento pode ser entendido como tendo interdependência. No caso do problema deste trabalho, onde a dificuldade de enfrentar a grande concorrência, força a utilização de aspectos mercadológicos, principalmente com o uso dos 4 P’s. 14 A administração hoje em dia esta basicamente sustentada sobre cinco variáveis. Chiavenato (1985, p.19) diz: ”[...] que estas variáveis são: tarefa, estrutura, pessoas, tecnologia e o ambiente, constituindo os principais componentes no estudo da administração". Estas variáveis citadas influenciam umas as outras e juntas formam a principal dificuldade da administração na empresa, ficando o administrador responsável por organizar, planejar, gerir essas variáveis, garantindo a realização financeira da empresa, dos sócios e, também, a satisfação dos clientes, para que se tenha um bom andamento da empresa. Observando a administração nos dias de hoje pode ser notada que a maneira de trabalhar é totalmente diferente dos modelos usados em tempos passados, onde toda a agilidade do processo produtivo estava em padronizar tudo, desde as ferramentas utilizadas para o trabalho, até os próprios produtos, citando como exemplo Henry Ford que produzia apenas carros de cor preta no inicio de seu empreendimento. Contudo a administração pode ser definida como um processo que deve estar sempre se reciclando e acompanhando a mudança das tendências mundiais, para que consiga sempre obter sucesso na sua atividade. 2.1.1 Administração financeira A administração financeira é quem gerência os recursos financeiros da empresa, é ela que tem a responsabilidade de obter o melhor retorno possível para o investimento, alcançando seus objetivos e não deixando de honrar seus compromissos. Hoji (2001, p. 21) diz que: Para a administração financeira, o objetivo econômico das empresas é a maximização de seu valor de mercado a longo prazo, pois dessa forma estará aumentando a riqueza da empresa e de seus proprietários (acionistas de sociedades por ações ou sócios de outros tipos de sociedade). Toda empresa tem porte, dependendo do seu tamanho, a empresa terá uma pessoa ou um departamento responsável pela administração financeira. 15 Gitman (2001) ressalta que em empresas pequenas, o funcionamento das finanças é geralmente cumprido pelo departamento de contabilidade, conforme a empresa vai crescendo e o volume de transações aumentando, o funcionamento evolui para um departamento separado, estando diretamente ligado com o diretorpresidente da organização. Quando a empresa já possui um elevado número de operações financeiras é necessária a pessoa do administrador financeiro para gerir seus recursos e também toda sua movimentação financeira. O administrador financeiro precisa estar envolvido com todas as mudanças que ocorrem constantemente na área financeira, adotando métodos que façam a empresa crescer em um ambiente de competição acirrada. (GROPPELLI E EHSAN, 2002). Groppelli e Ehsan (2002) determinam que os administradores financeiros precisam lidar de forma eficiente com as mudanças que ocorrem dentro e fora da empresa, em resumo, eles são os responsáveis pelo reconhecimento e pela resposta aos fatores de mudanças nos ambientes privados, públicos e financeiros. A administração do capital da empresa que tem como missão alcançar as metas propostas pela organização atingido ganhos de recursos para o desenvolvimento e crescimento da mesa. Segundo Lima (1975) a administração financeira: a) Prevê: visualizando o futuro e planejando uma ação para obtenção de resultados e recursos, através de fluxos financeiros, custos, receitas e resultados; b) Planeja: planejando as operações de caixa em diferentes períodos, considerando previsões de entradas, compromissos prováveis, financiamentos; c) Organiza: coloca em ordem os recursos financeiros adotando sistemas e métodos adequados com as características e necessidades da empresa; d) Coordena: executando as operações financeiras com harmonia em todos os atos e esforços; e) Controla: verificando que tudo ocorra de acordo com as regras e ordens estabelecidas, controlando as operações e serviços, documentos e valores, custos financeiros entre outros. Entendendo todas as variáveis da administração financeira, o administrador poderá tomar decisões corretas e precisas para que a empresa se 16 torne cada vez mais competitiva no mercado em que atua, gerando satisfação aos seus diretores e também aos seus colaboradores. 2.2 PLANEJAMENTO FINANCEIRO O planejamento financeiro é a forma como serão atingido as metas financeira da organização, que serão realizadas pelo administrador financeiro através de estimativas, controles e projeções que buscam uma posição econômica financeira adequada. Planejando é possível informar as oportunidades e dificuldades de capital para cumprir as obrigações, com antecedência, dentro da empresa, evitando imprevistos e traçando planos para se desenvolver alternativas de superá-las. Gitman (2001, p. 434) diz: “O administrador financeiro é um aspecto importante das operações da empresa, porque ele mapeia os caminhos para guiar, coordenar e controlar as ações da empresa para atingir seus objetivos”. Os planos financeiros de longo prazo são conhecidos como planos estratégicos, e são elaborados em períodos que variam de 2 a 10 anos sendo atualizados em intervalos regulares. Esses planos são criados e aplicados pelo nível hierárquico superior da organização direcionado a atingir seus objetivos estratégicos, tendo em vista que um plano financeiro bem elaborado trás inúmeras vantagens para a empresa e seu caixa. O plano financeiro em longo prazo faz com que a empresa reflita sobre o seu futuro, sendo ele otimista ou pessimista, para assim poder construir um modelo econômico financeiro de sucesso para a empresa. Os planos financeiros de curto prazo são também conhecidos como planos operacionais, tendo a duração de 1 á 2 anos com decisões envolvendo o nível operacional. Através dele são avaliadas as necessidades de matérias-primas, mão de obra direta, despesas indiretas de fabricação e despesas operacionais. 17 Gitman (2001, p.434) diz: O planejamento a curo prazo começa com a previsão de vendas. A partir dele são desenvolvidos planos de produção que levam em consideração prazos de preparação para a produção e incluem estimativas dos tipos requeridos e quantidades de matérias primas. Usando os planos de produção, a empresa pode estimar as necessidades de mão de obra direta, despesas indiretas de fabricação e despesas operacionais. Observa-se que os planos financeiros de curto prazo têm por finalidade buscar um equilíbrio entre os custos que foram planejados, para ter recursos para o seu desenvolvimento, fazendo com que a empresa atinja o que foi estimado. Após a decisão financeira ter sido tomada, deve haver constante vigilância e monitoramento dos desdobramentos, se o plano original estiver aquém das expectativas, isso precisa ser logo reconhecido e sanado. Os administradores que demoram a adotar a ação adequada pagam o preço pela má administração. Esse preço é determinado pelo mercado e pelos investidores, que no conjunto agem com grande sabedoria para avaliar o desempenho dos administradores e do plano adotado por eles. Groppelli e Ehsan (2002, P.21) diz: Administradores ineficientes ou inflexíveis são responsabilizados pelas forças competitivas e pelo mercado, cujas avaliações se tornam os determinantes finais do sucesso ou insucesso da administração financeira. As finanças formam uma disciplina importante que requer atualização constante dos antigos conceitos e aperfeiçoamento dos novos. O surgimento dos novos instrumentos financeiros, como futuros financeiros, e outros direitos contingentes sobre passivos, fornece aos administradores os métodos mais sofisticados e eficazes para avaliar, e quando necessário, alterar as decisões financeiras. 2.2.2 Administração de caixa Para uma empresa obter sucesso em seu empreendimento é necessário que ela tenha uma boa administração de caixa, muitas empresas acabam quebrando pela falta de uma boa gestão na administração de seu caixa. Santos (2001, p. 57) diz que: A administração de caixa começa com o planejamento de caixa, atividade que consiste em estimar a evolução dos saldos de caixa da empresa. Essas informações são fundamentais para a tomada de decisões. 18 O administrador financeiro necessita conhecer suas condições diárias de caixa e operar seus resultados em períodos curtos, para garantir a disponibilidade dos recursos financeiros em uma eventual necessidade. Segundo Mathur (1984), existem três importantes motivos para se manter dinheiro em caixa: as transações, precaução e especulação. A transação esta relacionada a efetuar os pagamentos das atividades do ciclo operacional, a precaução relacionada com os valores destinados a pagamento de compromissos inesperados e a especulação utilizada pelas empresas para realizar novos negócios, obterem ganhos em situações favoráveis a empresa com disponibilidade de recursos financeiros. A administração de caixa precisa estar interligada com o empenho dos demais departamentos da empresa, permitindo melhores controles e previsões, criando assim um cenário favorável para uma administração de qualidade agregando sucesso em seus empreendimentos. Conforme Santos (2001) a administração de caixa é uma atividade que permite controlar as entradas e as saídas de dinheiro da empresa sendo uma atividade que possui um grande valor dentro das movimentações da empresa, pois se obtém um controle, uma certificação das disponibilidades financeiras. Se uma organização souber administrar bem o seu caixa, dificilmente encontrará dificuldade em honrar seus compromissos, seja com seus fornecedores ou com seus colaboradores, criando assim um ambiente muito tranqüilo para executar seus projetos e produzir seus produtos. 2.3 FLUXO DE CAIXA O fluxo de caixa é um conjunto de entradas e saídas de dinheiro, que ocorre no caixa de uma empresa para vários destinos ao longo de um período. Para Santos (2001, p. 57) “O fluxo de caixa é um instrumento de planejamento financeiro que tem por objetivo fornecer estimativas da situação do caixa da empresa em determinado período de tempo à frente”. Fluxo de caixa é de fundamental importância para as empresas, constituindo-se numa indispensável sinalização dos rumos financeiros dos negócios. Para se manterem em operação, as empresas devem liquidar corretamente seus 19 vários compromissos, devendo como condição básica apresentar o respectivo saldo em seu caixa nos momentos dos vencimentos. É importante que se avalie também que limitações do caixa não se constituem em característica exclusiva de empresas que convivem com prejuízo. Empresas lucrativas podem também apresentar problemas de caixa como conseqüência do comportamento de seu ciclo operacional. Por outro lado, problemas de caixa costumam ocorrer, ainda, em lançamentos de novos produtos, fases de expansão da atividade, modernização de produtos e afins. Zdanowicz (1991), afirma que para a implantação de um fluxo de caixa deve-se considerar alguns requisitos, como o apoio da alta cúpula da empresa para realizar um trabalho de qualidade, o comprometimento das diversas áreas da empresa para alcançar-se as metas propostas pelo fluxo de caixa, ter controles financeiros adequados, para não ocorrer falhas e sempre utilizar o fluxo de caixa para avaliar com antecedência as decisões financeiras da empresa. As organizações precisam ter sobre se domínio todas as informações diárias sobre seus fluxos de caixa, pois é através dele que são descobertos possíveis resultados positivos ou negativos. Com esses resultados em mãos, a empresa, pode se planejar para o futuro, sendo esse futuro positivo ou negativo. Segundo Assaf Neto e Silva (2002, p. 39) “O fluxo de caixa é de fundamental importância para as empresas, constituindo-se numa indispensável sinalização dos recursos financeiras dos negócios”. Organizações que acompanham freqüentemente o seu fluxo de caixa podem tomar decisões precisas e corretas sem prejudicar seu andamento, mantendo um equilíbrio financeiro, já que as empresas sofrem constantemente alterações nos caixas devido a fatores tento externos quanto internos. Segundo Santos (2001) o fluxo de caixa tem as seguintes finalidades: • Planejar contratação de empréstimos e financiamentos • Maximizar o rendimento das aplicações das sobras de caixa • Avaliar o impacto financeiro de variações de custos • Avaliar o impacto financeiro de aumento das vendas. O administrador financeiro deve estar atento ao fluxo de caixa da empresa, pois se houver escassez de recursos, ele saberá quais são os mais 20 atrativos investimentos para investir e também quais são as melhores opção para adquirir capital financeiro. Assaf Neto (2002, p. 42) diz: De maneira ampla, o fluxo de caixa é um processo pelo qual uma empresa gera e aplica seus recursos de caixa determinados pelas várias atividades desenvolvidas. Neste enfoque, ainda, o fluxo de caixa focaliza a empresa como um todo, tratando das mais diversas entradas e saídas (movimentações financeiras) de caixa refletidas por seus negócios. A análise do fluxo de caixa gerado pelas operações é uma das etapas mais relevantes para o estudo do fluxo de caixa da empresa, pois se a organização não obtiver êxito em seus empreendimentos e operações não conseguirá honrar com seus compromissos, e necessitará captar recursos junto aos acionistas ou bancos, criando assim uma bola de neve que talvez nunca consiga ser desmanchada. 2.4 CAPITAL DE GIRO O capital de giro de uma organização é a diferença entre o ativo circulante (caixa, aplicações financeiras e estoque) e o passivo circulante (impostos, contribuições, dívidas), por isso o administrador ou gestor financeiro precisa estar sempre atento a essas variáveis para obter uma maior rentabilidade no caixa da empresa, utilizando os recursos financeiros de maneira mais otimizada, para alcançar mais sucesso em seus empreendimentos. Para Silva (2001, p.15): O capital de giro ou capital circulante é representado pelo ativo circulante, isto é, pelas aplicações correntes, identificados geralmente pelas disponibilidades, valores a receber e estoques.Num sentido mais amplo o capital de giro representa os recursos demandador por uma empresa para financiar suas necessidades operacionais identificadas desde a aquisição de matérias-primas (ou mercadorias) até o recebimento pela venda do produto acabado. Toda empresa, por menor que seja, necessita de capital de giro para poder satisfazer suas necessidades e muitas vezes dar continuidade nas suas atividades, porém, se ocorrer uma administração inadequada no seu capital de giro, a empresa poderá pagar um preço muito caro ou até encerrar suas atividades. Assaf Neto (1997, p. 13) afirma que “O capital de giro tem participação relevante no desempenho operacional das empresas, cobrindo geralmente mais da 21 metade de seus ativos totais investidos”. O capital de giro é uma ferramenta que precisa ser muito bem administrada, pois é través dela que a empresa poderá tomar suas decisões na área financeira, assim como dar seqüência a projetos em andamento. A administração de capital de giro envolve as decisões tomadas pela empresa na área de finanças, de como as empresas aplicam, geram e gerenciam seus recursos preservando o bom estado da empresa. Para se obter uma otimização do capital de giro é necessário a empresa conhecer duas variáveis: a) Ciclo operacional: é o intervalo entre a compra da matéria prima, por parte da empresa, até o recebimento por suas vendas. Para Santos (2001, p.16): O intervalo de tempo gasto na execução de todas essas atividades é denominado ciclo operacional. Ele representa o número de dias transcorridos entre a compra das matérias-primas ou produtos e o recebimento da venda dos produtos fabricados ou centralizados. Quanto maior for este período, maior será a necessidades de recursos para financiar o giro da empresa. b) Ciclo financeiro: Santos (2001, p.17) afirma que “o ciclo financeiro é o intervalo de tempo entre os eventos financeiros ocorridos ao longo do ciclo operacional, representados pelo pagamento a fornecedores e pelo recebimento das vendas”. Conhecendo bem seu ciclo operacional-financeiro, e administrando-o de forma correta, a organização provavelmente obterá resultados positivos ao final de seu processo como um todo. 2.5 NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO (NCG) A necessidade de capital de giro é algo que deve ser muito bem estudado pela organização, pois é através dessa ferramenta que se descobre o quanto a empresa precisa de recursos para realizar seus projetos e suas atividades. 22 Santos (2001, p.26) afirma: “[...] necessidade de capital de giro é um dos maiores desafios do gestor financeiro. Essa tarefa requer visão abrangente do processo de operação da empresa, de suas práticas comerciais e financeiras, além de dados sobre prazos de cobrança e recebimento”. Toda organização precisa saber qual é a sua necessidade de capital de giro, para poder elaborar o seu plano vendas, definir os prazos concedidos a clientes e também como reagirá em virtude de algum problema que venha ocorrer no mercado. Dependendo do tamanho do ciclo operacional, a necessidade de capital de giro pode variar de tamanho, sendo assim a empresa pode diversificar os seus prazos de pagamentos aos fornecedores, criando uma folga entre seus recebíveis e suas contas a pagar. Os administradores financeiros estão sujeitos a variáveis nem sempre a seu controle, como a política de crédito do país que dependendo da polícia governamental pode aumentar ou diminuir o ritmo das vendas; a política de crédito da empresa que deve ter também uma atenção especial na inadimplência, pois ela pode fazer com que a empresa tenha que buscar recursos para se manter; o ciclo operacional que quanto maior for o período entre o pagamento de aquisição de matéria prima até o momento em que a empresa recebe suas vendas, maior necessidade de capital de giro. Se ocorrerem sobras no capital de giro, a organização poderá investi-lo em outras prioridades que por virtude aparecem no decorrer do período. Existem ainda empresas que apresentam um saldo de tesouraria (ST), um saldo positivo apresentado demonstra que empresa esta com uma boa situação financeira. 2.6 OS 5 C´S DO CRÉDITO A concessão do crédito geralmente utiliza como referência um conjunto de fatores a serem avaliados, denominado 5 C’s do crédito, sendo um dos fatores que muitas empresas utilizam e analisam na hora de conceder crédito. Segundo Silva, (2004) os 5 C’s do crédito representam os fatores básicos a serem considerados: 23 a) Caráter: Caráter é um elemento muito importante para a decisão de concessão de crédito. Nele avalia-se o comportamento, honestidade, postura do cliente em relação a honrar seus compromissos. Em muitos casos são recolhidas informações através do histórico de pagamento do cliente no comércio. Quando o histórico de pagamento é favorável, trata-se de um cliente que reflete um caráter respeitador por honrar suas obrigações, porém, quando ocorre o descumprimento deste pagamento o cliente passou ou pode estar passando por dificuldades financeiras um fator que influência muito na decisão da concessão do crédito. b) Capacidade: A capacidade analisa o grau de risco da operação de crédito, avaliando a necessidade do mesmo, e informando se as receitas e despesas permitem o pagamento das obrigações assumidas. c) Capital: O capital refere-se toda a estrutura econômica financeira do solicitante. Os gestores de crédito utilizam muito o estudo do balanço da empresa para analisar os pontos fracos e fortes da gestão financeira, utilizando as informações de suas demonstrações contábeis, para assim melhor conhecer a situação financeira e decidir a concessão do crédito. d) Colateral (Garantias): Colateral é o fator que complementa a operação de crédito gerando um maior comprometimento com a mesma, caso o cliente não possa honrar com o combinado. Sua finalidade principal é garantir o pagamento de uma dívida, na falta da fonte primária de pagamento. Sendo assim, garantia é sempre fonte secundária de pagamento; e) Condições: Condição é a analise dos ambientes internos e externos do negócio, procurando verificar os dados que demonstram se tem capacidade para absorver o crédito. 2.7 CRÉDITO O crédito é um facilitador das vendas e da realização de negócios, porém, ao mesmo tempo ele pode ser tratado como um fator de risco para as empresas, no caso de um aumento de inadimplência. De acordo com Silva (2004, p.21): “o crédito significa confiança do credor ao devedor, tendo em vista a promessa de um planejamento futuro, em relação a 24 negócios realizados no presente. O termo deriva do latim credere, que significa crê, acreditar e confiar.” A confiança é um fator muito importante para determinação da análise e concessão do crédito, pois se transfere a posse de acordos realizados por meio de um compromisso de efetuar a quitação. Assaf Netto (1999, p.99) conceitua afirmando que: Crédito diz respeito à troca de bens presentes por bens futuros. De um lado, a empresa que concede crédito troca de produtos por uma promessa de pagamento futuro. Já a empresa que obtém crédito recebe produtos por uma promessa de pagamentos futuros. Já a empresa que obtém crédito recebe produtos e assume o compromisso de efetuar pagamento futuro. O crédito dado ao consumidor estabelece uma relação de confiança entre vendedor e comprador, e isso pode ser muito positivo para o mercado nos dias de hoje, pois aumentando o crédito aumentam as vendas, e com isso o dinheiro gira, fazendo com que a empresa compre novamente para dar seqüência ao seu negócio. Porém se o crédito concedido pela empresa não for honrado por parte do vendedor, a organização poderá passar por maus lençóis, em virtude de ter que pagar seus fornecedores e, não ter recebido por suas vendas. Quando isto acontece geralmente a empresa necessita pegar recursos financeiros, para cobrir este buraco do não recebimento pelas vendas realizadas, e o pagamento a fornecedores, pagando juros a instituições financeiras. 2.7.1 Política de crédito A política de crédito é a forma como a organização realiza suas vendas a prazo, evitando riscos com inadimplência dos clientes. As empresas elaboram suas políticas de crédito visando sempre aumentar as vendas e diminuir as perdas ocasionadas pela inadimplência. Dentro da política de crédito são definidas como serão realizados as cobranças, as normas de cobrança em caso de um possível atraso e, também, os prazos de recebimento juntamente com o limite de crédito. Segundo Assaf Neto (2002, p.98) “A política de crédito fixa os parâmetros da empresa em termos de venda a prazo. Nela, estão os elementos fundamentais para a concessão, a monitoria e a cobrança do crédito.” 25 Quando esses elementos estão trabalhando em conjunto com os objetivos da empresa; a política de crédito da organização atingira um resultado muito satisfatório. Na maioria das vezes a política de crédito é elaborada pelo gestor financeiro da organização, que precisa conhecer muito bem o mercado onde atua, para não ser pego de surpresa por algum revés que possa ocorrer. Para decidir como vai ser a política de crédito junto ao cliente, o gestor precisa conhecer a capacidade de pagamento desse cliente, para que não deixa de receber pelo que vendeu, o gestor que conseguir aumentar suas vendas utilizando uma política de crédito eficiente, e com isso colherá ótimos resultados. A responsabilidade de definir a política de credito fica para a alta cúpula da empresa. A definição da política é bastante complexa, pois analisam-se itens muito importantes sendo que freqüentemente ela deve ser analisada observando sua eficiência, para que esteja sempre de acordo evitando comprometer a análise dos clientes. 2.8 ADMINISTRAÇÃO MERCADOLÓGICA Conhecer bem a administração mercadológica é uma grande vantagem, que torna a empresa muito mais competitiva em relação aos seus concorrentes. A administração mercadológica envolve análise, planejamento, implementação e controle; que envolve bens e serviços e idéias que buscam descobrir as necessidades do cliente. Conforme Kotler (1996, p. 30) “administração mercadológica é o processo de planejamento e execução da concepção de preço, promoção e distribuição de bens, serviços e idéias para criar trocas com grupos-alvo que satisfaçam os consumidores e os objetivos organizacionais”. Para uma organização obter sucesso em seus empreendimentos ela precisa ter uma boa administração mercadológica, pois é através dela que a empresa conseguirá atender e entender os que os seus clientes necessitam para ficarem satisfeitos e não procurarem suprir suas necessidades com os concorrentes. Entendendo o que o cliente quer, a empresa pode otimizar seus produtos ou atendimentos afim de satisfazer ainda mais os seus clientes, e com isso poderá 26 ganhar mais mercado e manterá o que já tem, sem perder para os seus concorrentes. Uma boa administração mercadológica é muito importante em virtude de a organização saber como e onde poderá ganhar de seus concorrentes, a assim obter resultados positivos financeiramente, contudo se a empresa não souber administrar o seu mercado, estará fadada ao fracasso e ao insucesso. 2.8.1 Evolução A evolução da administração mercadológica passou por um grande processo que está, dividido da seguinte maneira, de acordo com Kotler (1996): a) Era da produção: o conceito de produção parte do principio de que os clientes darão preferência àqueles produtos que estão amplamente disponíveis e de baixo custo. Os administradores de organizações orientadas para a produção concentram-se em atingir alta eficiência produtiva e ampla cobertura de distribuição. b) Era produto: o conceito de produto assume que os consumidores favorecerão aqueles produtos que oferecerem mais qualidade, desempenho ou características inovadoras. Os administradores dessas organizações orientadas para o produto focam sua energia em fazer produtos superiores e melhorá-los ao longo do tempo. Esses administradores acreditam que os compradores admiram produtos bem feitos e podem avaliar a qualidade e o desempenho do mesmo. c) Era de venda: o conceito de venda assume que os consumidores, se deixados sozinhos, não comprarão suficientemente os produtos da organização. Assim a organização deve colocar todos os esforços em uma venda agressiva em cima do consumidor que muitas vezes esta indeciso em fazer a escolha e a compra de determinado produto. d) Era do marketing: o conceito de marketing assume que a chave para atingir as metas organizacionais consiste em determinar as necessidades e desejos dos mercados-alvo e oferecer as satisfações desejadas de forma mais eficaz e eficiente do que os concorrentes. e) Era do valor: o conceito de valor assume que entender os clientes, concorrentes, ambiente e criar valor para eles é a ferramenta mais dinâmica e 27 correta para se obter sucesso com os clientes, pois criando valor, se cria a necessidade de compra de determinado produto. Com essa evolução foi possível determinar as características dos clientes já existentes e, também, dos possíveis e futuros, a fim de aumentar ao máximo o volume de vendas. 2.9 4 PÊS Quando se lê em livros e artigos sobre marketing, sempre se ouve falar no composto de marketing, que são os 4 PÊS : produto, preço, praça, promoção. Estas variáveis são chamadas de controláveis, porque a empresa pode utilizar cada uma delas para influenciar as respostas dos consumidores. De acordo com Cobra (1992, p.44) “A compreensão das ferramentas de marketing pode ajudar a neutralizar as forças ambientais, canalizando recursos e obtendo resultados financeiros e de posicionamento de mercados compensadores”. Sendo assim, o composto de marketing (4 pês) dá uma orientação e ajuda a integrar as decisões e ações da empresa criando valor para seus clientes, utilizando ao mesmo tempo as condições mais competitivas do mercado, fazendo com que as empresas aumentem a sua participação no mercado em que cada vez se torna mais difícil prosperar, e ainda tendo um ganho no mercado de novos clientes, com o aumento de sua criatividade. Conforme Cobra (1992) aqui está uma breve abordagem sobre cada uma dessas variáveis: a) Produto: As empresas devem oferecer produtos de boa qualidade, utilizando uma: - Marca atraente e que expresse confiança solidificando o nome da empresa no mercado; - Embalagem de vários modelos, que atendam as necessidades dos clientes, com um logotipo atraente, de vários tamanhos e formas; e ainda criando um produto que tenha uma fácil utilização ou que venha acompanhado de um bom manual de instruções fazendo com que os clientes sintam facilidade em usar determinado produto; para que enfim esses produtos proporcionem a satisfação dos mesmos junto ao retorno financeiro para empresa. 28 b) Preço: A organização deve proporcionar os preços como maneira de estimular os clientes e consumidores a comprar os produtos oferecendo: - Prazos de pagamento atrativos, que sejam compatíveis com as necessidades do cliente no momento; - Descontos que possam diferenciar o preço de determinado produto em relação ao da concorrência, fazendo com que o cliente opte em comprar o seu; - Crédito de forma que o cliente sinta que a organização confia nele e, assim passe a comprar mais e apenas os produtos oferecidos por essa organização. Utilizando assim o preço como um composto de marketing é de grande valia para a empresa, pois faz com seus clientes se sintam satisfeitos com a forma interessante com que podem adquirir os produtos desejados. c) Promoção: Para se vender os produtos oferecidos é necessário que haja uma promoção. Fazem parte da promoção: - Propaganda, que deve ser feita visando o público certo, de maneira que este público sinta o desejo de comprar o determinado produto oferecido; - Força de vendas que precisa estar capacitada a corresponder a tudo o que esperam os clientes, sem deixar nada a desejar; - Promoção de vendas que precisa ser bem elaborada de maneira a surpreender os clientes; - Relações públicas formadas de ferramentas que às tornem mais competitivas e inovadoras no mercado praticado; - Merchandising que deve estar trabalhando com o objetivo de criar formas criativas que chamem atenção dos clientes potenciais e também dos futuros clientes. d) Praça ou distribuição: A empresa deve ter um modo de distribuição adequado, para que não faltem produtos em clientes e regiões importantes, aliados a um bom estoque para suprir as necessidades de consumo dos clientes e um conivente recurso de transporte, visando sempre estar suprindo as necessidades dos clientes ou até os surpreendendo com novidades inesperadas, que os deixe encantados, e por seqüência comprando sempre da empresa. A empresa que entender e souber como usar essa ferramenta que são os 4 pês, conseguirá se sobressair em relação aos seus concorrentes, criando assim 29 um diferencial na forma de vender e atender seus clientes. 30 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Para elaborar um bom trabalho é necessário trabalhar com coleta de dados, de acordo com os métodos científicos, para que consiga dados confiáveis para a sua construção. Conforme Oliveira (1999, p. 56) “a metodologia estuda os meios ou métodos de investigação do pensamento correto e verdadeiro que visa determinar um determinado problema”. Oliveira (1999, p.57) diz: “método se trata de um conjunto de processos pelos quais se torna possível conhecerem uma determinada realidade, produzir determinados objetos ou desenvolver certos procedimentos ou comportamentos. Dessa forma pela qual alcançamos determinado fim ou objetivo”. Para conseguir o resultado esperado, é necessário conhecer bem os métodos e suas características na escolha do caminho adequado para a construção de um pensamento científico. 3.1 TIPOS DE PESQUISA A escolha do tipo de pesquisa faz parte de um projeto de monografia; para se escolher o tipo de pesquisa não se deve levar em conta somente o desejo e a vontade do pesquisador, mais sim o que foi abordado nos objetivos principais da pesquisa, expressos no presente projeto. Tudo começa com uma dúvida e desconhecimento na cabeça do pesquisador, a coisas que ele não sabe, mas gostaria de saber ou, em outras palavras, há informações que ele gostaria de saber. A pesquisa nada mais é que uma parte da dúvida ou problema, e com a utilização do método cientifico encontra uma resposta ou uma solução. Na realização deste trabalho, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, descritiva e quantitativa. 31 3.1.1 Pesquisa Bibliográfica Neste projeto foi realizada uma pesquisa bibliográfica para poder se ter uma idéia mais aprofundada do tema abordado. Foram utilizados livros, artigos de periódicos de diversos autores sobre o desenvolvimento e aplicação do tema. Segundo Oliveira (1999) a pesquisa bibliográfica tem por finalidade conhecer as contribuições de muitos autores referente ao tema abordado, possibilitando uma série de informações para o bom desenvolvimento do assunto trabalhado, pois sintetizam o que grande parte do cientistas aprenderam pela experiência. 3.1.2 Pesquisa Descritiva ou de Campo No presente trabalho foi utilizada a pesquisa descritiva, que conforme Gil (1996, p.46) “[...] têm como objetivo levantar as opiniões, atitudes e crenças de uma população”. Cervo e Bervian (2002) a pesquisa descritiva busca conhecer as diversas situações que ocorrem na vida social, política e econômica, tanto do individuo isoladamente quanto dos grupos sendo que o pesquisador observa, registra analisa e correlaciona os dados, sem interferir nos seus resultados. Na maioria das vezes esta modalidade de estudo visa identificar estruturas, formas, funções e conteúdos. O estudo descritivo permite-se entender e identificar o perfil do grupo ou indivíduos pesquisados. 3.2 ABORDAGEM DA PESQUISA A pesquisa realizada foi de caráter quantitativo, que permite ao pesquisador obter resultados e medir o grau de suas expectativas. A abordagem quantitativa pretende medir e classificar, ela serve na análise para medir o nível de do resultado financeiro da empresa. 32 Sampieri, Collado e Lúcio (2006, p. 5), citam com relação à abordagem quantitativa: O enfoque quantitativo utiliza a coleta e a análise de dados para responder às questões de pesquisa e testar as hipóteses estabelecidas previamente, e confia na medição numérica, na contagem e freqüentemente no uso da estatística para estabelecer com exatidão os padrões de comportamento de uma população. Os dados da pesquisa quantitativa devem ser expostos em números, para que possa ter uma idéia mais exata do resultado apresentado. 3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA A população da presente pesquisa foram 81 revendas de automóveis multimarcas registradas nos órgãos municipais e governamentais da cidade de Criciúma, sendo usado um erro amostral de 8%, onde se entrevistou um total de 53 revendas, para poder identificar os seus resultados financeiros sendo eles positivos ou negativos. Marconi e Lakatos (1996, p. 37) conceituam população e amostra da seguinte forma: Quando se deseja colher informações sobre um ou mais aspectos de um grupo grande ou numeroso, verifica-se, muitas vezes, ser praticamente impossível fazer um levantamento do todo. Daí a necessidade de investigar apenas uma parte dessa população ou universo. O problema da amostragem é, portanto, escolher uma parte (ou amostra), de tal forma que ela seja a mais representativa possível do todo e, a partir dos resultados obtidos, relativos a essa parte, poder interferir, o mais legitimamente possível, os resultados da população total, se esta fosse verificada. 3.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS A coleta dados foi realizada com perguntas de fácil entendimento e de forma objetiva, facilitando assim a aplicação e a análise dos dados apurados, por parte do pesquisador. Para Gil (1996) as pesquisas deste tipo identificam dois momentos na coleta de dados, no primeiro momento, o pesquisador tem por objetivo identificar as variações da variável independente nos grupos, bem como o controle das variáveis intervenientes, já no segundo momento ele procura mensurar as variáveis dependentes. 33 O instrumento utilizado para a coleta de dados foi um questionário com 15 perguntas fechadas, sendo 14 perguntas dirigidas as revendas e 1 pergunta voltada a 10 clientes escolhidos aleatoriamente em uma das revendas entrevistadas. A coleta de dados foi realizada com as revendas de automóveis multimarcas no mês de maio de 2010 entre os dias 02/05 a 14/05, em horário de funcionamento das mesmas. 34 4 EXPERIÊNCIA DA PESQUISA Tabela 1 – Tamanho da Empresa Tamanho Nº Revendas (%) Micro 30 57 Pequena 14 26 Média 7 13 Grande 2 4 Total 53 100 Fonte: Dados da Pesquisa 13% 26% 4% 57% Micro Pequena Média Grande Figura 1: Tamanho da empresa. Fonte: Dados da pesquisa Quanto ao tamanho das empresas, os entrevistados responderam que; 57% é micro, 26% pequena, 13% média e apenas 4% que são grandes. 35 Tabela 2 – Localização da Empresa Localização Nº Revendas (%) Centro 25 47 Próspera 12 23 Pinheirinho 5 9 Rio Maina 4 8 Santa Luzia 2 4 São Defende 5 9 Total 53 100 Fonte: Dados da Pesquisa 9% 4% 8% 47% 9% Centro Próspera Pinheirinho Rio Maina Santa Luzia São Defende 23% Figura 2: Localização da empresa. Fonte: Dados da pesquisa Referente à localização das empresas entrevistadas, 4% está localizada no bairro Santa Luzia, 8% no Rio Maina, 9% no pinheirinho e na 9% no São Defende, 23% na Próspera, e a maioria delas, 47% está localizada no Centro. 36 Tabela 3 – Tempo de existência Tempo existência Nº Revendas (%) Até 3 anos 15 28 De 4 á 7 anos 21 40 De 7 á 10 anos 12 23 Mais de 10 anos 5 9 Total 53 100 Fonte: Dados da Pesquisa 9% 28% 23% Até 3 anos De 4 á 7 anos De 7 á 10 anos Mais de 10 anos 40% Figura 3: Tempo de existência. Fonte: Dados da pesquisa No quesito tempo de existência 40% das empresas entrevistadas responderam que estão funcionando entre 4 e 7 anos, já 28% respondeu em até 3 anos, 23% entre 7 e 10 anos, e a minoria delas, à mais de 10 anos. 37 Tabela 4– Faturamento mensal Faturamento Mensal Nº Revendas (%) Até R$ 20.000,00 1 2 De R$ 20.001,0 a 40.000,00 2 4 De R$ 40.001,0 a 60.000,00 9 17 Mais de R$ 60.000,00 41 77 Total 53 100 Fonte: Dados da Pesquisa 2% 4% 17% Até R$ 20.000,00 De R$ 20.001,0 a 40.000,00 De R$ 40.001,0 a 60.000,00 77% Mais de R$ 60.000,00 Figura 4: Faturamento mensal. Fonte: Dados da pesquisa Em relação ao faturamento mensal, 77% respondeu que tem seu faturamento em mais de R$ 60.000,00, 17% de R$ 40.001,00 à 60.000,00, 4% de R$ 20.001,00 a 40.000,00 e apenas 2% respondeu que seu faturamento é de até R$ 20.000,00. 38 Tabela 5 – Obtenção de produtos Obtenção de produtos para comercialização Compra para estoque Nº Respostas (%) 53 25 Venda em consignação 53 25 Revenda a pedido do proprietário, sem a presença física no pátio Compra direta para entrega imediata 53 25 53 25 Total 212 100 Fonte: Dados da pesquisa Compra para estoque 25% 25% Venda em consignação Revenda a pedido do proprietário, sem a presença física no pátio 25% 25% Compra direta para entrega imediata Figura 5: Obtenção de produtos. Fonte: Dados da pesquisa De acordo com o gráfico acima, pode-se observar que foram assinaladas mais de uma resposta por entrevistado, conforme foi permitido pelo pesquisador, então se chegou a um total de 212 respostas, sendo que 25% delas foram para compra para estoque, 25% venda em consignação, 25% revenda a pedido do proprietário, sem a presença física n o pátio e 25% para compra direta para entrega imediata. 39 Tabela 6 – Origem veículos Origem veículos Nº Revendas (%) Criciúma e região 20 38 Grande Florianópolis 15 28 Paraná 3 6 São Paulo 15 28 Total 53 100 Fonte: Dados da pesquisa 28% 38% Criciúma e região Grande Florianópolis Paraná São Paulo 6% 28% Figura 6: Origem veículos. Fonte: Dados da pesquisa Sobre origem dos veículos, 38% das revendas responderam que adquirem em Criciúma e região, 28% na grande Florianópolis, 28% em São Paulo e 6% no estado do Paraná. 40 Tabela 7 – Forma de venda. Forma de venda Nº Respostas (%) Á vista 53 33 Á prazo direta 53 33 Á prazo via financiamento bancário 53 33 Total 159 100 Fonte: Dados da pesquisa 33% 34% Á vista Á prazo direta Á prazo via financimento bancário 33% Figura 7: Forma de venda. Fonte: Dados da pesquisa A tabela acima demonstra que, foram assinaladas mais de uma opção por cada uma das 53 revendas entrevistadas, chegando a um total de 159 respostas, do qual 33% das respostas foi para venda a vista, 33% a prazo e 33% á prazo via financiamento bancário. 41 Tabela 8 – Custo médio do estoque mensal Custo médio do estoque mensal Nº Revendas (%) Até R$ 10.000,00 0 0 De R$ 10.001,00 á 20.000,00 1 2 De R$ 20.001,00 á 30.000,00 3 6 Mais de R$ 30.000,00 49 92 Total 53 100 Fonte: Dados da Pesquisa 0% 2% 6% Até R$ 10.000,00 De R$ 10.001,00 á 20.000,00 De R$ 20.001,00 á 30.000,00 Mais de R$ 30.000,00 92% Figura 8: Custo médio do estoque mensal. Fonte: Dados da pesquisa Sobre o custo médio do estoque mensal, a maioria 92% respondeu que é de mais de R$ 30.000,00 , 6% de R$ 20.001,00 a 30.000,00 , e apenas 2% de R$ 10.001,00 até R$ 20.000,00. 42 Tabela 9 – Tempo médio de entrada e saída de veículos Tempo médio de entrada e saída de veículos Nº Revendas (%) Até 15 dias 5 9 De 16 á 30 dias 12 23 De 31 á 60 dias 30 57 Mais de 60 dias 6 11 Total 53 100 Fonte: Dados da Pesquisa 11% 9% 23% Até 15 dias De 16 á 30 dias De 31 á 60 dias Mais de 60 dias 57% Figura 9: Tempo médio de entrada e saída de veículos Fonte: Dados da pesquisa Referente ao tempo médio de entrada e saída de veículos do estoque, 9% respondeu que é em até 15 dias, 11% mais de 60 dias, 23% de 16 a 30 dias e maioria, 57% de 31 a 60 dias. 43 Tabela 10 – Comunicação com mercado Comunicação com mercado Nº Revendas Sim Não Total (%) 45 85 8 15 53 100 Fonte: Dados da Pesquisa 15% Sim Não 85% Figura 10: Comunicação com mercado Fonte: Dados da pesquisa No quesito comunicação com o mercado, 85% respondeu que sim, que se comunica com o mercado, e 15% que não se comunica com o mercado. 44 Tabela 11 – Forma de comunicação Forma de comunicação com o mercado Nº Respostas (%) Panfletos 3 3 Rádio 5 4 Jornal 45 38 TV 4 3 Carro de som 2 2 Revistas especializadas 0 0 Outdoor 8 7 Internet 51 43 Total 118 100 Fonte: Dados da Pesquisa 3% 4% 43% 38% 7% 3% Panfletos Rádio Jornal TV Carro de som Revistas especializadas Outdoor Internet 2% 0% Figura 11: Forma de comunicação. Fonte: Dados da pesquisa No gráfico acima se permitiu que os entrevistados assinalassem mais de uma opção em relação à pergunta, com isso chegou-se a um total de 118 respostas, sendo que 2% das respostas foram para o quesito carro de som, 3% TV, 3% panfletos, 4% rádio, 7% outdoor, 38% jornal e 43% internet. 45 Tabela 12 – Definições de valores para investimentos com comunicação Definições de valores para Nº Revendas (%) investimentos com comunicação Percentual sobre faturamento 2 4 Verba fixa 10 19 Valores aleatórios sem definição prévia 41 77 Total 53 100 Fonte: Dados da Pesquisa 4% 19% Percentual sobre faturamento Verba fixa 77% Valores aleatórios sem definição prévia Figura 12: Definições de valores para investimentos com comunicação Fonte: Dados da pesquisa Perguntados sobre valores que são investidos em comunicação com o mercado, 4% respondeu que o valor utilizado é um percentual sobre o faturamento, 19% que é uma verba fixa e 77% que são valores aleatórios sem definição prévia. 46 Tabela 13– Identificação de retorno com investimento em comunicação Identificação de retorno com Nº Revendas investimento em comunicação Sim 35 (%) 66 Não 7 13 Não observou 11 21 Total 53 100 Fonte: Dados da Pesquisa 21% Sim Não Não observou 13% 66% Figura 13: Identificação de retorno com investimento em comunicação Fonte: Dados da pesquisa Com relação à identificação de retorno com investimento em comunicação, 66% respondeu que sim, observou retorno, já 13% assinalou que não e 21% afirmou que não observou se houve retorno do mercado em virtude de investimento em comunicação. 47 Tabela 14 – Atributos mais valorizados Atributos mais valorizados Nº Revendas (%) Localização 3 1 Estacionamento 0 0 Atendimento 5 2 Qualidade dos veículos 53 18 Limpeza dos veículos 48 16 Preço 53 18 Forma de pagamento 32 11 Ética da revenda 50 17 Tradição da revenda 26 9 Comunicação com mercado 21 7 Total 291 100 Fonte: Dados da Pesquisa 1% 0% 2% 9% 7% 19% 17% 16% 11% 18% Localização Estacionamento Atendimento Qualidade dos veículos Limpeza dos veículos Preço Forma de pagamento Ética da revenda Tradição da revenda Comunicação com mercado Figura 14: Atributos mais valorizados Fonte: Dados da pesquisa Na tabela acima, observa-se que as revendas entrevistadas assinalaram mais de uma opção como resposta, onde 19% das respostas foi para qualidade no atendimento, 18% preço, 17% ética da revenda, 16% limpeza dos veículos, 11% forma de pagamento, 9% tradição da revenda, 7% estacionamento, 2% atendimento e 1% para localização. 48 Tabela 15 – Atributos mais valorizados pelo cliente Atributos mais valorizados pelo cliente Nº Respostas (%) Localização 2 3 Estacionamento 1 2 Atendimento 6 9 Qualidade dos veículos 10 15 Limpeza dos veículos 10 15 Preço 10 15 Forma de pagamento 8 12 Ética da revenda 9 14 Tradição da revenda 6 9 Comunicação com mercado 3 5 Total 65 100 Fonte: Dados da Pesquisa Localização 9% 5% 3% 2% Estacionamento 9% Atendimento 14% 16% Qualidade dos veículos Limpeza dos veículos Preço Forma de pagamento 12% 15% 15% Ética da revenda Tradição da revenda Comunicação com mercado Figura 15: Atributos mais valorizados pelos clientes Fonte: Dados da pesquisa Esta tabela refere-se à resposta de 10 clientes escolhidos aleatoriamente, entrevistados em uma das 53 revendas para comparar o que as revendas responderam quando perguntadas sobre esse mesmo assunto. Foi permitido que esses clientes assinalassem mais de uma resposta, no total chegou-se a 65 respostas, do qual 2% delas foram para o quesito estacionamento, 3% forma de 49 pagamento, 5% comunicação com mercado, 9% tradição da revenda, 9% atendimento, 12% forma de pagamento, 14% ética da revenda, 15% preço, 15% limpeza dos veículos e 16% qualidade dos veículos. 50 4.1 ANÁLISE GERAL DA PESQUISA A acirrada competição entre as revendas de automóveis pode acabar gerando insucessos financeiros as mesmas, ma região de Criciúma existem muitas destas revendas, gerando assim uma eterna competição entre elas. Contudo pesquisando onde e como podem estar errando ou acertando, essas organizações esclarecem dúvidas sobre como podem melhorar o que já fazem de correto, e também como podem corrigir possíveis falhas em seu processo. Quanto ao tamanho da empresa e 57% responderam que são micro empresas, 26% pequena, 13% tem tamanho médio e apenas 45 se classificam como uma empresa de grande porte. Analisando a localização observa-se que 47% das revendas entrevistadas estão localizadas no centro, 23% na próspera, 9% no pinheirinho, 8% no Rio Maina, 4% na Santa Luzia e 9% no bairro São Defende. No quesito tempo de existência 28% respondeu que existe à até 3 anos, 40% de 4 à 7 anos, 23% de 7à 10 anos e a minoria apenas 9% respondeu que existe à mais de 10 anos. Com relação ao faturamento mensal, 77% afirmaram que é mais de R$ 60.000,00 , 17% de R$ 40.001,00 à R$ 60.000,00 , já para 4% o faturamento mensal é de R$ 20.001,00 à R$ 40.000,00 e para apenas 2% é de até R$ 20.000,00. Sobre como a revenda obtém seus produtos para comercialização, 100% deles responderam que utilizam a todas as 3 opções; compra para estoque, venda em consignação, revenda a pedido do proprietário, sem a presença física no pátio e compra direta para integra imediata. Em relação à origem dos veículos, 38% responderam que adquire em Criciúma e região, 28% na região da grande Florianópolis, 6% no estado do Paraná e 28% em São Paulo. No quesito forma de venda, todos 100% foram unânimes em responder que utilizam as 3 formas descritas no questionário, que são: venda á vista, á prazo direta e à prazo via financiamento bancário. Quanto ao tempo médio entre a entrada e a saída dos veículos do estoque da revenda, 9% respondeu que se dá em até 15 dias, 23% de 16 à 30 dias, 57% de 31 à 60 dias e 11% em mais de 60 dias. 51 Em relação ao custo médio mensal do estoque, 2% responderam que é de R$ 10.001,00 à R$ 20.000,00, 6% de R$ 20.001,00 à R$ 30.000,00 e a maioria 92% respondeu que é mais de R$ 30.000,00. Quando perguntados se a revenda se comunica com o mercado, 85% responderam que sim e 15% respondeu que não. Na forma de como a revenda se comunica com o mercado os entrevistados respondeu que 3% é através de panfletos, 4% pelo rádio, 38% pelo jornal, 3% TV, 2% carro de som, 7% por outdoor e 43% pela internet. Sobre qual a forma de definição dos valores a serem gastos com comunicação; a grande maioria 77% respondeu que são valores aleatórios, 19% verba fixa e apenas 4% respondeu que são valores sobre um percentual do faturamento. Perguntados se revenda obteve retorno com os investimentos em comunicação, 66% afirmou que sim, 13% que não e 21% não observou. Levando em consideração os atributos mais valorizados pelos clientes as revendas responderam que; 1% avalia a localização da revenda, 2% o atendimento, 18% qualidade dos veículos, 16% limpeza dos veículos, 18% preço, 11% forma de pagamento, 17% ética da revenda, 9% tradição da revenda e 7% a comunicação com o mercado. Já os 10 clientes escolhidos aleatoriamente e entrevistados em uma das revendas, responderam para que mesma pergunta, sobre os atributos mais valorizados, da seguinte forma; 3% afirmou que valoriza a localização, 2% o estacionamento, 9% atendimento, 15% qualidade dos veículos, 15% limpeza dos veículos, 15% preço, 12% forma de pagamento, 14% ética da revenda, 9% tradição da revenda e 5% comunicação com o mercado. 52 5 CONCLUSÃO Com o mercado extremamente competitivo e disputado entre as revendas de automóveis multimarcas em Criciúma, observa-se que muitas dessas empresas se destacando nesse ramo, porém existem algumas que acabam não obtendo sucesso nos seus empreendimentos. Contudo se a organização descobrir onde se encontram os seus diferenciais perante suas concorrentes, conseguirá um resultado financeiro positivo, caso contrario amargará possíveis perdas. Com o encerramento da pesquisa, pode verificar como acontece essa disputa entre as revendas de automóveis multimarcas de Criciúma, sendo que esta disputa já começa no quesito localização, pois muitas delas acabam se instalando umas perto das outras, como se pode observar por toda a cidade, com isso a disputa por clientes acaba sendo muito acirrada na hora que o cliente vem à procura de um automóvel. As revendas que apresentaram resultados positivos na pesquisa são aquelas que conseguiram girar mais rápido o seu estoque, pois com esse giro rápido, sobram mais lucros para empresas, observou também que a comunicação com o mercado se fez um grande atrativo na hora de exibir os produtos aos possíveis compradores. Já nas revendas que apresentaram um resultado que não se diria um resultado negativo, mais um sim um resultado financeiro menor do que suas concorrente observou-se que o giro do estoque é um pouco menor e que também elas são investem em comunicação com o mercado, criando assim um cenário negativo para as finanças da organização. Sobre o fluxo de caixa das empresas pesquisadas pode-se entender que à na maioria delas a um grande investimento na matéria prima que é o automóvel, ou seja, carros são mercadorias de um alto valor agregado, por isso é grande o investimento para fazer o negocio girar, e quando se - demora muito para esses carros serem vendidos, o fluxo de caixa dessas empresas passa por um grande aperto, pois a mesmas possuem despesas, como impostos, funcionários, mídia e com a manutenção desses automóveis. Com a pesquisa terminada notou-se que a maioria das empresas obteve resultados financeiros satisfatórios, sempre observando o tamanho e capacidade do caixa dessas empresas, já que em grandes empresas o faturamento é maior porem 53 as despesas também são maiores. Empresas que apresentaram um resultado positivo são aquelas que de uma maneira ou de outra investem na comunicação com o mercado, não importando onde estão localizadas, pois se a comunicação for bem feita, o mercado acabará procurando pela empresa onde ela estiver localizada. Por fim a conclusão geral do presente trabalho nos revela que além de se preocupar com inúmeros quesitos como; comunicação com mercado, atendimento, localização, preço dos veículos, prazo para pagamento, qualidade dos veículos; a revenda de automóveis deve se preocupar também em manter a idoneidade e executar os seus negócios às claras, já que muitas acabam não durando muito tempo no mercado em virtude de não conseguirem manter a confiança que os clientes depositam nelas, com esse tempo de existência precoce acabam nem conseguindo viver a eterna disputa deste imenso e intenso mercado. 54 REFERÊNCIAS ASSAF NETO, Alexandre; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Administração de capital de giro. São Paulo: Atlas. 1997. ______. Administração de capital de giro. São Paulo: Atlas. 2002. ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro: comércio e serviços, indústrias, bancos comerciais e múltiplos: livro de exercícios. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1999. 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Lazzato Editores Ltda, 1991. 56 APÊNDICE 57 Questionário 1) Como sua empresa esta classificada em relação: a) Tamanho: ( ) Micro ( ) Pequena ( ) Médio ( ) Grande b) Localização: ( ) Centro ( ) Próspera ( ) Pinheirinho ( ) Rio Maina ( ) Santa Luzia ( ) São Defende c) Tempo de existência: ( ) Até 3 anos ( ) De 4 à 7 anos ( ) De 7 à 10 anos ( ) Mais de 10 anos d) Faturamento mensal: ( ) Até R$ 20.000,00 ( ) De R$ 20.001,00 a 40.000,00 ( ) De R$ 40.001,00 á 60.000,00 ( ) Mais de R$ 60.000,00 e) Custo médio do estoque mensal: ( ) Até R$ 10.000,00 ( ) De R$ 10.0001,00 á 20.000,00 ( ) De 20.001,00 á 30.000,00 ( ) Mais de R$ 30.000,00 2) Sistema Operacional da Revenda: a) Como a revenda obtém os produtos para comercialização: ( ) Compra para estoque ( ) Venda em consignação ( ) Revenda a pedido o proprietário, sem a presença física no pátio ( ) Compra direta para entrega imediata b) Origem dos veículos: 58 ( ) Criciúma e região ( ) Grande Florianópolis ( ) Paraná ( ) São Paulo c) Forma de venda: ( ) Á vista ( ) Á prazo direta ( ) Á prazo via financiamento bancário d) Tempo médio entre a entrega e a saída dos veículos: ( ) Até 15 dias ( ) De 16 à 30 dias ( ) De 31 á 60 dias ( ) Mais de 60 dias 3) Qual a forma de comunicação da revenda com o mercado: a) Existem comunicação com o mercado? ( ) Sim ( ) Não b) Se respondeu sim, qual a forma: ( ) Panfletos ( ) Rádio ( ) Jornal ( ) TV ( )Carro de som ( ) Revistas especializadas ( ) Outdoor ( ) Internet c) Qual a forma de definição dos valores a serem gastos com a comunicação: ( ) Percentual sobre o faturamento ( ) Verba fixa ( ) Valores aleatórios sem definição prévia d) Se a revenda identificou retorno com os investimentos em comunicação: ( ) Sim ( ) Não ( ) Não observou 4) Atributos mais valorizados: ( ) Localização ( ) Estacionamento ( ) Atendimento 59 ( ) Qualidade dos veículos ( ) Limpeza dos veículos ( ) Preço ( ) Forma de pagamento ( ) Ética da revenda ( ) Tradição da revenda ( ) Comunicação com mercado 5) Atributos mais valorizados pelos clientes: ( ) Localização ( ) Estacionamento ( ) Atendimento ( ) Qualidade dos veículos ( ) Limpeza dos veículos ( ) Preço ( ) Forma de pagamento ( ) Ética da revenda ( ) Tradição da revenda ( ) Comunicação com mercado