RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO
DO PROCESSO DE BOLONHA NA
UCP DESIGN E ARTES GRÁFICAS
2008/2009
(Artigo 66-A.º do Decreto-Lei n.º 107/2008 de 25 de Junho)
Preparado por: Direcção da Unidade Científico-Pedagógica de Design e Artes Gráficas
Relatório de Concretização do Processo de Bolonha 2008/2009
ÍNDICE
3
1. INTRODUÇÃO
1.1 Enquadramento legal
3
1.2 Relatório de concretização do processo de Bolonha
4
1.3 Concretização dos objectivos de Bolonha em 2006-2008
4
4
2. ADEQUAÇÃO DOS CURSOS EXISTENTES EM 2005-2006 e Criação de Novos Cursos Pós Bolonha
2.1 Cursos que foram objecto de adequação
4
2.2 Definição curricular dos cursos
5
2.3 Atribuição de créditos e carga de trabalho dos alunos
5
6
3. CRIAÇÃO DE NOVOS CURSOS DE 2º CICLO DE ESTUDOS
3.1 Novos cursos de 2º ciclo
6
7
4. MUDANÇAS OPERADAS EM MATÉRIA PEDAGÓGICA
4.1 Modelo de ficha de unidade curricular
7
4.2 Normas de frequência e de avaliação
7
4.3 Atribuição de créditos ECTS
7
4.4 Evolução dos métodos de ensino/aprendizagem
8
4.5 Aquisição de competências transversais
8
4.6 Criação de laboratórios e da Biblioteca e Criação de oficinas na UCP de Design e Artes Gráficas.
9
4.7 Mudanças em termos organizacionais
9
4.8 Implementação de um sistema de auto-avaliação
9
9
5. APOIO À PROMOÇÃO DO SUCESSO ESCOLAR
5.1 Mecanismos de creditação de competências
11
5.2 Implementação de uma plataforma de E-learning
11
5.3 Envolvimento de alunos, ex-alunos, e empregadores
12
6. APOIO AO DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS EXTRACURRICULARES
12
7. ESTÍMULO À INSERÇÃO NA VIDA ACTIVA
12
7.1 Oferta de estágios e projectos empresariais
13
7.2 Acreditação de cursos
13
7.3 Qualificação de Activos
13
8. ESTÍMULO À MOBILIDADE
13
9. CONCLUSÃO
14
9.1 Aspectos positivos e negativos
14
9.2 Recomendações
15
10. ANEXOS
16
Inquérito sobre o volume de trabalho dos alunos
16
Modelo de ficha de unidade curricular
17
2
Relatório de Concretização do Processo de Bolonha 2008/2009
1. INTRODUÇÃO
1.1 Enquadramento legal
Como é amplamente reconhecido, a implementação nacional do processo de Bolonha pressupõe profundas alterações nas actuais ofertas formativas do ensino superior quer ao nível da organização dos planos curriculares
quer ao nível da definição de novas estratégias e abordagens metodológicas que visem o desenvolvimento de
competências, enquadradas pelos objectivos específicos de cada ciclo de estudos.
Assim, no decurso da preparação da implementação do processo de Bolonha, o Instituto Superior de Educação e
Ciências (ISEC) desenvolveu desde 2005 uma profunda reflexão e análise da sua prática de ensino e formação,
envolvendo alunos, docentes, coordenações de cursos, órgãos científicos e pedagógicos, com vista a uma real
mudança do seu paradigma educativo.
Das alterações legislativas relativas ao ensino superior universitário e politécnico no quadro europeu de implementação do processo de Bolonha destacam-se:
Decreto-Lei n.º 42/2005 de 22 de Fevereiro, que estabelece os princípios reguladores dos instrumentos
para a criação do Espaço Europeu de Ensino Superior;
2ª alteração à Lei n.º 49/2005 (Lei de Bases do Sistema Educativo), que determina a organização de um
sistema de ensino baseado na ideia de desenvolvimento de competências, na adopção de um modelo de
ensino superior assente em três ciclos, e na adopção de um sistema europeu de créditos curriculares
(ECTS) baseado no trabalho dos alunos;
Decreto-Lei n.º 74/2006 de 24 de Março e o Despacho n.º 7287-A (2ª série) do MCTES, que aprovam
respectivamente o regime jurídico dos graus e diplomas do ensino superior e as normas de organização
de processos referentes ao registo de adequação de ciclos de estudos e alterações dos ciclos de estudo;
Decreto-Lei n.º 64/2006 de 21 de Março que regulamenta as provas especialmente adequadas destinadas a avaliar a capacidade para a frequência do ensino superior dos maiores de 23 anos;
Lei n.º 38/2007 de 16 de Agosto, que estabelece o regime jurídico de avaliação da qualidade do ensino
superior;
Lei n.º 62/2007 de 10 de Setembro, que estabelece o regime jurídico das instituições de ensino superior;
Decreto-Lei n.º 369/2007 de 5 de Novembro, que cria a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino
Superior;
Portaria n.º 30/2008 de 10 de Janeiro do MCTES, que regula o modelo de suplemento ao diploma;
Decreto-Lei n.º 107/2008 de 25 de Junho, que altera o Decreto-Lei n.º 74/2006 de 24 de Março.
Despacho publicado em Diário da República, 2.ª série — N.º 205 — 22 de Outubro de 2009 Regulamento dos Processos de Acreditação;
Decreto-Lei nº 206 / 2009 de 31 Agosto, que regulamenta a atribuição do titulo de especialista;
Refira-se ainda que ao longo do ano de 2008 / 2009 toda a Instituição desenvolveu os preparativos visando a adequação da nossa Organização ao preconizado pelo novo Regime Jurídico das Instituições de
Ensino Superior, destacando-se neste ponto a preparação dos Novos Estatutos do ISEC, os quais prevêem profundas alterações organizativas a serem implementadas a partir de 2009 / 2010.
3
Relatório de Concretização do Processo de Bolonha 2008/2009
1.2 Relatório de concretização do processo de Bolonha
O Decreto-Lei n.º 107/2008 de 25 de Junho prevê, no art.º 66-A, a elaboração de um relatório anual público de
concretização do processo de Bolonha por cada instituição de Ensino Superior. O relatório, que deve integrar o
contributo dos estudantes e docentes, visa analisar o progresso das mudanças realizadas na instituição e em cada
curso, e deve incluir informação sobre as mudanças operadas, designadamente em matéria pedagógica, no sentido de uma formação orientada para o desenvolvimento das competências dos estudantes, organizada com base
no sistema europeu de transferência e acumulação de créditos (ECTS) e onde as componentes de trabalho experimental ou de projecto, entre outras, e a aquisição de competências transversais devem desempenhar um papel
decisivo.
O relatório deve incluir indicadores objectivos que considerem, designadamente, a evolução do peso das várias
componentes do trabalho do estudante no número de horas de trabalho total, nomeadamente total de horas de
contacto, componente experimental, componente de projecto.
Por último, o relatório deve ainda incluir informação e indicadores que evidenciem o progresso das mudanças
realizadas na instituição e em cada curso e que o permita comparar com a evolução realizada em outras instituições que se constituam como referência.
1.3 Concretização dos objectivos de Bolonha em 2008-2009
Reporta-se neste documento a concretização do processo de Bolonha no ISEC, focando todos os aspectos previstos na legislação, como também outros elementos que se consideram enquadrados na estratégia levada a cabo
pelo ISEC, designadamente o desenvolvimento de um sistema de garantia interno da qualidade e a promoção da
internacionalização da instituição.
Os dados constantes deste documento revelam que o processo de Bolonha foi concretizado nos seus aspectos
formais e funcionais essenciais.
2. ADEQUAÇÃO DOS CURSOS EXISTENTES EM 2005-2006 (Pré-Bolonha) e Criação de Novos Cursos
Pós Bolonha
2.1 Cursos da UCP de Design e Artes Gráficas que foram objecto de adequação e de Criação
Licenciatura em Design e Produção Gráfica, criada pela Portaria n.º 1297/2001 de 20 de Novembro;
Com vista ao funcionamento pleno segundo Bolonha, foram objecto de adequação as licenciaturas da Unidades
Científico-Pedagógicas (UCP’s) de Design e Artes Gráficas em 2006-2007. Da legislação posteriormente publicada resultou a necessidade de criação de novos cursos, designadamente de 2º ciclo, pelo que em bom rigor
nestes casos não será correcto falarmos de adequação.
Tabela 1: Ano de adequação ou criação de novos cursos do DAG segundo o modelo de Bolonha.
Curso
2006/2007
Licenciatura em Design e Produção Gráfica
Adequado
Mestrado em Tecnologias Gráficas
2007/2008
2008/2009
Fomato Pós Bolonha
Criado
Lançamento da 1ª
edição
Mestrado em Ilustração
Criado
Mestrado em Design Informacional
Criado
4
Relatório de Concretização do Processo de Bolonha 2008/2009
2.2 Definição curricular dos cursos
O processo de Bolonha introduz a inovação de se considerar explicitamente o desenvolvimento de competências
do aluno. A mudança que se pretende, para um ensino baseado no desenvolvimento de competências, supõe que
se explicitem as competências que se visam desenvolver e o conhecimento necessário ao seu exercício, bem
como a forma como contribuem para assegurar os chamados descritores de Dublin definidos para os vários ciclos de estudos.
Com base nesta mudança de abordagem, do ensino para a aprendizagem, dos programas para os objectivos de
aprendizagem, foram criados os novos cursos de mestrado tendo sido definidos previamente os objectivos de
cada curso no que se refere à aquisição e ao desenvolvimento das competências, capacidades e atitudes reconhecidas como necessárias, relevantes e actuais, para o nível da formação e para as áreas de conhecimento em que se
inserem, à luz das saídas profissionais que se anteviam. Para estes cursos foi explicitada a relação entre as diversas unidades curriculares e as competências que se pretende desenvolver, bem como a relação entre essas competências e as actividades formativas e componentes de avaliação previstas. Para este efeito, foi adoptado um modelo próprio de Ficha de Unidade Curricular que obriga à explicitação dos objectivos e resultados esperados
(visando competências gerais e específicas), das metodologias de ensino-aprendizagem (tipificando as horas de
contacto), e dos métodos de avaliação.
2.3 Atribuição de créditos e carga de trabalho dos alunos
A implementação do processo de Bolonha pressupõe um novo paradigma educativo, centrado no desenvolvimento de competências do aluno, reforçando a auto aprendizagem e o desenvolvimento autónomo do discente e
promovendo a mobilidade ao nível do espaço europeu. O sistema europeu de transferência de Créditos (ECTS) é
um dos principais instrumentos para a operacionalização destes objectivos. A legislação que regula a organização dos currículos resultantes da implementação do processo de Bolonha impõe que esta organização tenha como base o número de horas de trabalho do estudante medidas através de créditos ECTS. Neste contexto, o número de horas de trabalho do estudante a considerar inclui todas as formas de trabalho previstas, designadamente as
horas de contacto em sala de aula, as horas dedicadas a estágios, projectos, trabalhos no terreno, estudo autónomo e avaliação.
Assim, no decurso da preparação da implementação do processo de Bolonha, o ISEC desenvolveu uma profunda
reflexão interna e análise da sua prática de ensino e formação, envolvendo alunos, docentes, coordenações de
cursos, órgãos científicos e pedagógicos, com vista à implementação do sistema de créditos ECTS. Simultaneamente, e concorrendo em paralelo com o trabalho desenvolvido nesta área foi criada uma estrutura no ISEC com
a finalidade de coordenar os contactos com Instituições estrangeiras – no âmbito da adesão aos programas Erasmus e Sócrates.
Com base nos parâmetros internamente definidos (ver Relatório Bolonha 2006-2008), o trabalho de um ano
curricular corresponde a 1590 horas, distribuídas por 38 semanas. O ISEC adoptou um regime semestral para o
funcionamento dos cursos, na sequência daquela que tem sido a prática recente no Instituto. No regime semestral, os semestres têm a duração de 19 semanas, das quais quinze são lectivas e quatro são utilizadas para avaliações. Este regime corresponde ao que se encontrava em vigor no Instituto no ano lectivo 2005-2006, no que
respeita ao número de semanas lectivas, e acrescenta uma semana ao período de avaliações.
Também em resultado do conjunto de procedimentos descritos, foi elaborado um documento interno visando a
uniformização de critérios para atribuição de ECTS às diferentes licenciaturas e restantes ofertas formativas nos
vários departamentos do ISEC. A Tabela 4 – parte integrante do mencionado documento – pretende resumir os
critérios gerais deste Instituto para a atribuição de créditos. Assim, por exemplo, uma unidade curricular definida
para 60 horas de contacto, com 4 horas semanais das quais 2 são teóricas e 2 são teórico-práticas, e às quais se
adicionam 3 horas de orientação tutorial, deverá ter 5,5 ECTS. Contudo, e como se pode constatar, há um diferencial entre os créditos assentes em critérios gerais expressos na tabela e o total de créditos previstos designadamente pelo art. nº 5 do Decreto-Lei nº 42/2005 de 22 de Fevereiro. Tal diferencial é reservado à atribuição de
ECTS para o volume de trabalho acrescido pela especificidade que uma determinada Unidade Curricular ou área
científica detenha. As Unidades Curriculares poderão ser constituídas por diferentes tipos de hora de contacto
consoante as competências que se pretendam desenvolver, sendo que foi decidido atribuir um valor mínimo
obrigatório de 5% das horas de contacto a tutorias, para todas as unidades curriculares.
5
Relatório de Concretização do Processo de Bolonha 2008/2009
Tabela2: Critérios Gerais para a atribuição de valores mínimos de ECTS no ISEC.
1 Hora/Tipo Semanal
Créditos
Horas de trabalho
Teórica (T)
1
1+0,5(a)
Teórico-Prática (TP)
Prática e Laboratorial (PL)
1
1+0,5(a)
1
1
Trabalho de Campo (TC)
0,5
1
Seminário (S)
0,5
1
1
1+1(a)
Estágio (E)
Orientação Tutorial (OT)
Trabalho de Projecto
0,5
1
1
1+1(a)
Outro (Estudo, avaliação, pesquisa, apresentações)
0,5
As UCs que contemplem horas desta natureza conduzirão a uma atribuição de ECTS tal que
integram as horas de contacto acrescidas de volume de trabalho autónomo por parte do discente.
1
(a)
É de salientar que o valor de 5% das horas de contacto que é imposto pelo regulamento de atribuição de ECTS
em vigor no ISEC é somente um valor mínimo que deve ser complementado com horas de tutoria devidamente
programadas pelas coordenações de curso juntamente com os docentes das unidades curriculares.
3. CRIAÇÃO DE NOVOS CURSOS DE 2º CICLO de ESTUDOS
3.1 Novos cursos
Em 2008 / 2009 foram criados dois novos cursos de mestrado: Mestrado em Ilustração com duas variantes, Artística e Cientifica, e o Mestrado em Design Informacional. Ambos os Mestrados deverão entrar em funcionamento no próximo ano lectivo de 2009 / 2010.
Também em 2008 / 2009 teve início a primeira edição do mestrado em Tecnologias Gráficas (com 21 alunos).
Os cursos de mestrado do Departamento de Design e Artes Gráficas têm um desenho constituído por uma componente curricular (formada por diversas Unidades curriculares) e uma dissertação ou trabalho de projecto ou
estágio.
A componente curricular de cada curso de 2º ciclo confere aos alunos que creditem todos os ECTS nela previstos
um certificado de Curso de Especialização.
Tabela3: Organização de Cursos Pós Bolonha da UCP_ DAG.
ECTS Totais
Horas Totais
Horas Contacto
Regime de Funcionamento
Mestrado em Ilustração
120 (4 semestres)
3120
555
Pós Laboral
Mestrado em Design Informacional
120 (4 semestres)
3070
661
Pós Laboral
Mestrado em Tecnologias Gráficas
90 (3 Semestres)
2435
462
Pós Laboral
Lic. em Design e Produção Gráfica
180 (6 semestres)
4055
2033
Diurno e Pós Laboral
Cursos
A análise do quadro anterior permite perceber que a relação entre as Horas de Contacto e as Horas Totais (correspondentes ao Volume total de trabalho do estudante) variam em 18 a 22% no caso dos cursos de mestrado e é
de 50% no caso da Licenciatura, o que se mostra consistente com o maior grau de autonomia esperado para os
alunos à medida que avançam na sua formação.
6
Relatório de Concretização do Processo de Bolonha 2008/2009
O peso relativo das diferentes tipologias das horas de contacto nos cursos Pós-Bolonha são sistematizadas na
tabela seguinte:
Tabela4: Tipologia das Horas de Contacto de Cursos Pós Bolonha da UCP_ DAG.
Cursos
T
TP
TC
PL
OT
OT_TF
27.0%
32.4%
---
---
29.7%
10.8%
Mestrado em Design Informacional
---
59.8%
---
24.2%
2.4%
13.6%
Mestrado em Tecnologias Gráficas
---
61.7%
---
19.5%
2.6%
16.2%
Lic. em Design e Produção Gráfica
---
86.3%
0.7%
5.9%
4.8%
2.2%
Mestrado em Ilustração
(T-Teórica; TP – Teórico Pratica; TC – Trabalho de Campo; PL – Práticas Laboratoriais; OT
– Orientação Tutorial; OT_TF – Orientação Tutorial de Trabalho Final de Curso)
4. MUDANÇAS OPERADAS EM MATÉRIA PEDAGÓGICA
No período a que se refere este relatório, são de registar um conjunto de mudanças operadas no ISEC com a
transição decorrente da implementação do processo de Bolonha, que descrevemos de seguida.
4.1 Modelo de ficha de unidade curricular
Para que se assegure que os diplomados detêm efectivamente as competências e conhecimentos pretendidos, é
necessário que os métodos de ensino-aprendizagem e de avaliação estejam permanentemente de acordo com
esses objectivos de aprendizagem. O modelo único de ficha de unidade curricular adoptado no ISEC é um elemento central neste processo, na medida em que deve servir para explicitar, ao nível de cada unidade curricular,
os objectivos e resultados esperados para os estudantes, no final de cada período de formação, bem como os
métodos e actividades formativas consideradas necessárias para obtenção ou desenvolvimento das competências
previstas. Deve igualmente permitir aos docentes a clarificação dos métodos pedagógicos e fornecer aos estudantes o guião necessário para a sua actividade formativa. Este procedimento tem vindo a ser seguido desde 2007.
4.2 Normas de frequência e de avaliação
Na convicção de que a criação de condições de trabalho continuado, ao longo de cada período formativo, favorece a aprendizagem, as normas de frequência e avaliação em vigor no ISEC foram revistas, de modo a reforçar a
avaliação (contínua) distribuída. Pretendeu-se com as alterações introduzidas aumentar o número de momentos
de avaliação no decorrer do semestre, mas também diversificar as suas modalidades e instrumentos, como forma
de atribuir maior importância ao trabalho realizado fora da sala de aula.
As alterações introduzidas consolidaram o método de avaliação contínua adoptado no ISEC, que é anterior à
transição decorrente de Bolonha.
4.3 Atribuição de créditos ECTS
Como exposto na secção 2.3 acima, a atribuição de créditos ECTS às unidades curriculares foi feita inicialmente
a partir da experiência docente e verificada com base em informação recolhida junto dos estudantes, relativa ao
volume de trabalho realmente exigido. A partir das respostas obtidas aos inquéritos pedagógicos (semestrais), é
7
Relatório de Concretização do Processo de Bolonha 2008/2009
possível aferir regularmente os ECTS efectivamente associados a cada unidade curricular, permitindo uma decisão fundamentada em caso de eventuais ajustes do seu valor.
4.4 Evolução dos métodos de ensino/aprendizagem
As principais mudanças introduzidas com a transição para o modelo de Bolonha e que têm vindo a ser consolidadas, designadamente ao longo de 2008/2009, são as seguintes:
Introdução de orientações tutoriais individuais e colectivas como instrumentos pedagógicos obrigatórios
em todas as unidades curriculares;
Reforço de metodologias de ensino que promovem os métodos de participação activa na sala de aula,
através da exposição de ideias e opiniões, de modo a estimular a capacidade de raciocínio e expressão
oral;
Recurso à figura de Seminários desenvolvidos por convidados especialistas para a apresentação/desenvolvimento de temas constantes do Programa curricular de diversas UC;
Exploração mais intensa de exemplos em sala de aula para desenvolvimento da capacidade de aplicação
dos conhecimentos adquiridos a contextos profissionais, designadamente à resolução de problemas em
situações reais;
Utilização e aprofundamento de estudos de caso reais;
Maior recurso a trabalhos de pesquisa individuais ou de grupo; Este aspecto foi particularmente acentuado nas Unidades Curriculares do mestrado.
Utilização de instrumentos metodológicos e tecnológicos de pesquisa, análise e integração de conhecimentos;
Introdução de unidades curriculares optativas em todos dos cursos do Departamento de Design e Artes
Gráficas;
Introdução do trabalho experimental/laboratorial em diversas unidades curriculares;
Introdução de disciplinas de projecto, com apresentação e discussão final em sala de aula;
Desdobramento de turmas de modo a assegurar uma dimensão adequada, em termos do número de alunos;
Introdução e uso de plataformas de E-learning como forma de contacto privilegiado com os alunos.
Nos pontos seguintes, descrevemos outras mudanças que foram operadas, quer ao nível pedagógico quer ao nível
organizacional, que são consequência directa da implementação do processo de Bolonha no ISEC.
4.5 Aquisição de competências transversais
O ISEC entendeu ser um instrumento fundamental do seu projecto educativo, ao nível dos cursos de 1º ciclo,
expor os seus estudantes à problemática da ética e deontologia profissional, num contexto de uma certa crise de
valores que se verifica na nossa sociedade. Assim, foi decisão do ISEC criar em todos os cursos de 1º ciclo uma
disciplina de Ética e Deontologia, com o objectivo de dar a conhecer os princípios da Ética e as normas deontológicas que presidem às diversas actividades em causa, e levar os estudantes a compreender as razões da importância dos valores subjacentes às regras deontológicas que são a identidade e a legitimidade das diversas profissões, mas também a desenvolver a capacidade de análise e crítica das situações que se prefiguram no horizonte
das suas actividades.
Ao nível dos cursos de 2º ciclo foi introduzida uma área disciplinar de Métodos e Técnicas de Investigação, que
é leccionada em todos os cursos de Mestrado, e que visa desenvolver competências e habilitar os alunos no domínio de ferramentas próprias para o desenvolvimento de trabalho de pesquisa e de investigação, bem como para
a comunicação/apresentação de resultados.
8
Relatório de Concretização do Processo de Bolonha 2008/2009
Por outro lado, ao nível do curso de mestrado onde se espera uma maior maturidade técnico-cientifica dos formandos, foi introduzida uma metodologia em quase todas as UC de promover a realização de trabalhos semestrais os quais envolvem o domínio de competências transversais. Em resultado desta nova abordagem foi alcançada uma maior visibilidade pública dos trabalhos realizados pelos alunos nomeadamente, com a atribuição de
prémios por parte de parceiros/empresas e da publicação desses trabalhos em revistas nacionais e internacionais
da especialidade.
4.6 Apetrechamento de Laboratórios e da Biblioteca e criação de Oficinas na UCP Design e Artes Gráficas
Os laboratórios de Química e de Materiais, de Fotografia, de Informática e de Pré-Impressão, foram apetrechados com mais equipamentos e materiais, tendo em vista designadamente a entrada em funcionamento do Mestrado em Tecnologias Gráficas, cuja componente prática é muito acentuada.
Também a aquisição de obras de áreas específicas da Licenciatura e dos Mestrados, contribuiu para o aumento
do acervo da Biblioteca do ISEC e permitiu aos alunos o contacto e a manipulação de obras de referência.
Em 2008 / 2009 deu-se início às obras que visam a criação de uma Oficina Gráfica própria do Instituto e cuja
entrada em funcionamento está prevista para o próximo ano lectivo.
4.7 Mudanças em termos organizacionais
A principal mudança em termos organizacionais consiste numa maior actividade dos conselhos científicos e
pedagógicos, que passaram a reunir e debater matérias decorrentes da implementação do processo de Bolonha
com muito maior regularidade e intensidade. Deste ponto de vista, resulta do processo uma maior proactividade
destes órgãos, uma vez que deles se exigem discussões estratégicas, a promoção de debates frequentes com partilha de preocupações e dúvidas, e ainda a promoção da coesão das equipas de docência e objectivação de procedimentos.
Contudo, ao nível dos conselhos pedagógicos é ainda necessário promover uma atitude mais participativa e responsável dos estudantes, de forma a combater a noção errada de que estes órgãos são sobretudo um espaço para
exposição de queixas.
4.8 Implementação de um sistema de auto-avaliação
Foi criado no ISEC o Gabinete de Avaliação e Garantia da Qualidade, tendo como principal objectivo a consolidação de uma cultura interna de auto-avaliação, e cujos instrumentos (modelos de inquérito) foram testados no
ano lectivo 2007/2008, para aplicação plena em 2008/2009. No final de cada semestre, são propostos inquéritos
pedagógicos que permitem, de uma forma sistemática, monitorizar o processo pedagógico e, por essa via, garantir que estão a ser cumpridos os métodos previstos nas diversas unidades curriculares. Estes inquéritos contêm
igualmente módulos destinados a obter a opinião dos estudantes sobre o desempenho pedagógico dos docentes,
bem como a avaliação pedagógica do funcionamento das unidades curriculares.
Em 2008 / 2009 foram realizados os inquéritos a todas as UC dos Cursos em funcionamento na UCP de Design e
Artes Gráficas e a partir do seu tratamento e análise de resultados foi elaborado um relatório no qual constam
algumas acções de correcção e de melhoria a implementar no próximo ano lectivo.
Destaca-se, no entanto, a ainda baixa adesão dos estudantes que respondem aos inquéritos. Este é um dos aspectos que necessita de ser corrigido a partir do próximo ano.
5. APOIO À PROMOÇÃO DO SUCESSO ESCOLAR
O ISEC implementou algumas medidas de apoio à promoção do sucesso escolar dos estudantes, especialmente
nos cursos de 1º ciclo, que se consolidaram em 2008 / 2009 que descrevemos de seguida:
Incentivar os alunos a optar pelo regime de avaliação contínua;
9
Relatório de Concretização do Processo de Bolonha 2008/2009
Aumento do número de trabalhos práticos no processo de avaliação;
Implementação de inquéritos aos alunos e docentes de avaliação do funcionamento das unidades curriculares;
Organização de sessões de esclarecimento sobre o processo de Bolonha;
Aconselhamento na escolha de métodos de estudo;
Incentivo à autonomia;
Organização de visitas de estudo;
Valorização, prevista nas normas de frequência e avaliação, da componente de assiduidade/participação;
Progressiva implementação de prémios de mérito académico aos estudantes que obtenham melhor
aproveitamento escolar, prevista nos novos estatutos do ISEC que aguardam homologação;
Aumento do número de protocolos com instituições profissionais da área dos cursos, e outras, para efeitos de estágios, quando é o caso;
Envolver os alunos em iniciativas abertas à comunidade promovidas pelos coordenadores/docentes no
âmbito dos cursos em que se inserem; Em 2008 / 2009 foi iniciado o Ciclo de Conferências DAG, mensal, que acolheu neste ano lectivo conferencistas de renome nacional e internacional para a realização
de conferências/seminário no âmbito de temas da maior pertinência para o Design e Artes Gráficas. Dado o sucesso da iniciativa o Ciclo de Conferências prolongar-se-á para o ano lectivo de 2009 / 2010.
Introdução de horas de acompanhamento/aconselhamento por docentes e pelas coordenações, para fomentar o estudo regular das matérias e esclarecimentos de dúvidas;
Correcção dos testes escritos como momentos de aprendizagem;
Organização de conferências e encontros no ISEC, e em instituições ou entidades parceiras, entre alunos, docentes, e profissionais da área;
Estabelecimento de novas parcerias com empresas e Associações nacionais com vista à divulgação/difusão de trabalhos dos Alunos; Destaca-se o protocolo estabelecido com a TAP-Portugália Airlines ao abrigo do qual foram premiados três trabalhos de alunos visando propostas de renovação da
identidade gráfica da Portugália Airlines.
Disponibilização de rede internet sem fios em toda a extensão do campus do ISEC;
Implementação de base de dados que permite cruzar as referências bibliográficas indicadas na ficha de
unidade curricular com os livros existentes na Biblioteca do ISEC.
Criação e consulta em linha das fichas de unidade curricular de todos os cursos no ISEC.
Como resultado destas medidas estamos em crer que se incrementa o sucesso escolar dos alunos ao mesmo tempo que se contribui para a maior visibilidade da oferta formativa deste Departamento. A tabela seguinte sistematiza alguns indicadores relevantes para estes aspectos:
Tabela4: Indicadores de visibilidade dos Cursos e de Sucesso Escolar
Nº alunos Inscritos
(Nota média de entrada)
2007 / 2008
Licenciatura em Design e Produção Gráfica
2008 / 2009
Nº de Diplomados
(Nota média à saída)
2007 / 2008
2008 / 2009
93
96
14
24
(12,5 valores)
(13,1 valores)
(14,2 valores)
(14,0 valores)
---
20
---
18(1)
Mestrado em Tecnologias Gráficas
( 14 valores)
(1)
(14,2 valores)
Diploma do Curso de Especialização – corresponde à parte curricular do mestrado
10
Relatório de Concretização do Processo de Bolonha 2008/2009
5.1 Mecanismos de creditação de competências
As novas competências atribuídas às instituições de ensino superior à luz do pacote legislativo português inerente à implementação do processo de Bolonha, coloca-lhes um desafio que é efectivamente novo, uma vez que toda
a prática anterior, em matéria de equivalências, se orientou por uma estreita comparação linear de conteúdos
programáticos, não havendo uma prática consolidada de creditação de competências designadamente as adquiridas pela via de experiência profissional.
Por um lado o reconhecimento, creditação e validação de competências adquiridas por via formal pretende substituir o anterior sistema de equivalências no ensino superior. Por outro lado, o reconhecimento, creditação e
validação de competências adquiridas por vias não formais de aprendizagem passa a ser uma realidade com a
implementação da Declaração de Bolonha.
Relativamente à validação e creditação da formação e experiência prévia do indivíduo a Declaração de Bolonha
parte de dois princípios de referência:
Significado de um grau ou diploma - Um grau ou diploma de ensino superior exprime um conjunto de conhecimentos, competências e capacidades tendo como função essencial dar a conhecer à sociedade que o seu detentor
possui, no mínimo, todos eles;
Diversidade de processos de aquisição - Os conhecimentos, competências e capacidades valem por si, independentemente da forma como são adquiridos.
Assim, no ensino superior, o processo da validação e creditação da formação e experiência anterior do indivíduo
é uma obrigação traduzida na ideia de que a educação e a formação têm um carácter permanente, estendendo-se
por todo o percurso de vida de cada um.
Por via do pacote legislativo inerente à implementação do Processo de Bolonha, as instituições de ensino superior passaram a ter, para além da capacidade de conferir graus e diplomas, a capacidade para reconhecer conhecimentos e competências adquiridas na vida pessoal e profissional dos cidadãos, validando-os e creditando-as para
efeitos de prosseguimento de estudos, visando a obtenção de novos graus e diplomas.
Assim, o Conselho Científico Geral do ISEC despoletou um debate aprofundado sobre a uniformização nas diferentes UCP’s dos mecanismos a adoptar para creditação de competências, de modo a reunir num único regulamento um conjunto de normas regulamentares aplicáveis aos procedimentos inerentes à creditação de competências.
Com base nos pressupostos explanados no Regulamento de Creditação de Competências Académicas e Profissionais, publicado no ISEC em 2008 / 2009, foram analisados no seio do Conselho Científico do Departamento,
21 processos de alunos que solicitaram a creditação de competências.
5.2 Implementação de uma plataforma de E-learning
O ISEC implementou em 2007/2008 uma plataforma de E-learning (Moodle), de uso fácil e intuitivo. Esta plataforma oferece um conjunto de recursos pedagógicos muito importantes e facilitadores do contacto, que se pretende permanente, entre docentes e alunos. Para este efeito, e desde então, são realizadas todos os anos acções de
formação para docentes e alunos no sentido de os tornar utilizadores autónomos e eficazes do Moodle. A título
de exemplo, no primeiro mês após a implementação, foram registados 1494 acessos à plataforma Moodle.
Em 2008 /2009 registou-se um forte aumento do uso deste recurso educacional. Em praticamente todas as UC da
Licenciatura e Mestrado em funcionamento, a documentação suporte das aulas, a bibliografia, as propostas de
trabalhos, etc., foram colocados antecipadamente na plataforma.
Este recurso foi também usado pelos alunos como via de acesso aos docentes, quer em tempo real (em horário
pré definido) quer em regime de acesso remoto, possibilitando, troca de informações, esclarecimento de duvidas,
acompanhamento tutorial, etc.
Assim, por exemplo entre Janeiro e Junho de 2009, registou-se na Plataforma Moodle em média o desenvolvimento de 1103 actividades por docentes por mês, 8244 por estudantes e 254 por Coordenadores de Cursos.
11
Relatório de Concretização do Processo de Bolonha 2008/2009
5.3 Envolvimento de alunos, ex-alunos, e empregadores
O ISEC conta com a disponibilidade e entusiasmo de alunos e ex-alunos na promoção e divulgação da sua oferta
formativa, designadamente em feiras de emprego. O ISEC conta igualmente com a opinião de ex-alunos, mas
também dos empregadores quanto à adequação dos seus cursos às necessidades de inserção no mercado de trabalho. O ISEC conta igualmente com pareceres de entidades ligadas a diversas áreas profissionais, como sejam a
Associação Portuguesa das Industrias Gráficas (APIGRAF). Em 2008 / 2009 foi iniciado um enorme esforço de
estabelecimento e parcerias estratégicas com empresas e Associações do sector das Artes Gráficas cuja consecução se prevê possa ocorrer a partir de 2009 / 2010.
Em 2008 / 2009 o ISEC esteve presente em treze Feiras e Eventos nacionais onde foram divulgadas as suas ofertas formativas, nomeadamente na ProDigital 2009, um dos eventos de maior relevo na área da Produção Gráfica.
Estivemos ainda presentes em nove feiras de formação e emprego realizadas ao nível das autarquias e de escolas
do ensino secundário.
Estas actividades de difusão/divulgação dos cursos do ISEC contam. Anualmente, com a participação de alunos
(e de ex-alunos) que procuram contribuir com o seu testemunho na promoção da nossa oferta formativa.
6. APOIO AO DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS EXTRACURRICULARES
Com o objectivo de permitir o desenvolvimento de competências extracurriculares, foram criadas e apoiadas
diversas iniciativas, das quais se destacam:
Incentivo e apoio logístico à organização de actividades de iniciativa dos alunos;
Realização de jornadas no âmbito de cada curso, designadamente durante a semana académica (semana
da festa do ISEC);
Estímulo à frequência de programas de internacionalização do ensino (programa Erasmus);
Incentivo à participação dos alunos e de docentes em conferências, encontros e palestras;
Participação de alunos do ISEC nas maiores feiras de emprego do país;
Promoção de visitas de estudo.
Participação e organização de concursos e exposições no âmbito do Design; A título de exemplo referimos a Exposição trabalhos alunos 2º ano (em 2008 / 2009) da Licenciatura em DPG no Parque da
Quinta das Conchas em Lisboa.
Publicação de artigos com trabalhos de alunos em revistas e jornais da especialidade.
Estas iniciativas permitem o desenvolvimento de várias competências (trabalho em equipa, projecto, liderança,
etc.), e devem actuar como factores de motivação adicional dos alunos.
7. ESTÍMULO À INSERÇÃO NA VIDA ACTIVA
Para estimular a inserção na vida activa dos seus diplomados e alunos, o ISEC dispõe de um Gabinete de Inserção Profissional para atendimento e aconselhamento dos interessados. Para além da actividade regular do gabinete, são de realçar as seguintes medidas:
Incentivo à prossecução de estudos de pós-graduação de natureza profissionalizante;
Aconselhamento dos estudantes na preparação dos respectivos curricula vitae;
Contacto com empresas do sector de actividade da área dos cursos do ISEC, para efeitos de estágios,
projectos, e teses.
Reencaminhamento para os alunos finalistas de ofertas de emprego e de estágios que chegam ao Gabi-
12
Relatório de Concretização do Processo de Bolonha 2008/2009
nete por parte de empresas e associações do sector das Artes Gráficas.
Propor a implementação de inquéritos de empregabilidade, para cada curso do ISEC, a realizar pelo
Gabinete de Inserção Profissional ou pela direcção da Unidade Cientifico-Pedagógica;
7.1 Oferta de estágios e projectos empresariais
Os estágios/projectos de fim de curso realizam-se tipicamente em ambiente académico e empresarial. Isto permite desenvolver trabalho de interesse para empresas e permitir o contacto directo destas com os estudantes finalistas. Referimos a título de exemplo em 2008 / 2009 a participação activa da multinacional ECOVER no desenvolvimento dos trabalhos finais da UC de Design de Publicidade da Licenciatura em Design e Produção Gráfica,
bem como o envolvimento das empresas Editora Chaves Ferreira e Revista da INATEL na realização dos trabalhos de Projecto (UC final da Licenciatura DPG).
7.2 Acreditação de cursos
A acreditação da formação, em determinadas áreas profissionais, é um factor determinante no sucesso de um
curso, no que toca a garantir ou reforçar as saídas profissionais. Neste sentido, o ISEC garantiu já a acreditação
de diversos dos seus cursos junto de Associações Profissionais.
Em 2008 / 2009 deu-se início à preparação dos Processos de Acreditação que terão lugar em 2009/2010 de todos
os cursos do ISEC e que serão desenvolvidos sob as orientações da recém criada Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior.
7.3 Qualificação de Activos
Os cursos de 1º ciclo oferecidos no ISEC têm tido um enorme sucesso, quer nos trabalhadores-estudantes, quer
nos estudantes maiores de 23 anos que beneficiam do novo regime de acesso ao abrigo do Decreto-Lei n.º
64/2006 de 21 de Março. Isto significa que este novo público-alvo vê nos cursos do ISEC uma boa solução para
garantir a progressão nas carreiras, através de uma forte valorização pessoal.
Em 2007 / 2008 dos novos alunos inscritos no 1º ano da Licenciatura de DPG 47,4% ingressaram ao abrigo do
regime “Maiores de 23 anos” e em 2008 / 2009 essa percentagem foi de 33,3%.
É ainda de salientar a oferta de Pós Graduações e de cursos de curta duração, ambos de forte cariz profissionalizante, oferecidos pelo Departamento de Design e Artes Gráficas.
8. ESTÍMULO À MOBILIDADE
Na adequação a Bolonha dos cursos de licenciatura, houve a preocupação de criação de condições para acesso ao
nível do 2º ciclo, de possuidores de formações de 1º ciclo diversificadas. Também, nos processos de mudança de
curso e transferência, foram criadas condições para adequar os planos de estudo individuais de acordo com a
formação anterior dos candidatos, incluindo a formação obtida por experiência profissional.
O ISEC criou um Mestrado em Ilustração, curso pioneiro promovido pela UCP de Design e Artes Gráficas e pelo
Departamento de Artes Visuais da Universidade de Évora, um dos primeiros processos concretizados em Portugal de associação entre instituições do ensino superior, encorajada pelo Decreto-Lei n.º 74/2006, que instituiu em
Portugal o processo de Bolonha. O início de funcionamento da sua 1ª edição está previsto para 2009 / 2010.
Foi igualmente criado um novo Mestrado em Design Informacional cujo início de funcionamento se prevê em
2009 / 2010.
Os planos curriculares e as respectivas organizações destes dois 2º ciclos de estudo, tal como já acontece com o
Mestrado em Tecnologias Gráficas, foram concebidos procurando a captação de alunos com formações iniciais
diversificadas, oriundos de outras Instituições de ensino, o que contribuirá para incrementar a mobilidade.
13
Relatório de Concretização do Processo de Bolonha 2008/2009
Em 2008 / 2009 foi também desencadeado o processo de candidatura à Carta Universitária Erasmus-Extended,
cujo resultado se prevê venha a ocorrer no próximo ano.
9. CONCLUSÃO
O presente relatório tem por objectivo a divulgação, nos termos do Decreto-Lei n.º 107/2008 de 25 de Junho, das
alterações efectuadas no ISEC no período 2008-2009 resultantes da implementação do processo de Bolonha. A
informação aqui contida sintetiza um conjunto de informações e indicadores que permitem aferir do estado de
concretização, ao nível do Departamento de Design e Artes Gráficas do ISEC, das reformas preconizadas pelos
vários documentos estruturantes do futuro Espaço Europeu de Ensino Superior.
Os indicadores apresentados, bem como a evolução global verificada no ISEC, permitem verificar que, no que se
refere à adequação formal às normas e princípios preconizados na Declaração de Bolonha, o ano lectivo de
2007/2008 pode já ser classificado como um ano de funcionamento pleno da declaração de Bolonha em todas as
Unidades Científico-Pedagógicas. Em 2006/2008 ficou concluído o processo de submissão à DGES de todos os
processos de adequação de cursos de licenciatura anteriormente existentes na instituição, tendo ainda sido criados um conjunto significativo de novos cursos de Licenciatura (1º ciclo) e Mestrado (2º ciclo). Em 2008/ 2009
continuámos o nosso desenvolvimento com a criação de novas ofertas formativas todas adaptadas ao Processo de
Bolonha e consolidaram-se novas práticas metodológicas de ensino-aprendizagem. Estes aspectos em muito
contribuíram para fortificar o projecto educativo da instituição e a adequação plena das suas áreas de formação
ao modelo de formação sequencial preconizada pela Declaração de Bolonha.
9.1 Aspectos positivos e negativos
Resumidamente, podemos dizer que a transição para o modelo de Bolonha no período 2006-2009 permitiu introduzir um conjunto de alterações significativas e positivas, mas tem colocado algumas dificuldades.
Alguns pontos fortes:
Adequação de toda a oferta de cursos à organização de Bolonha;
Total adopção do sistema europeu de créditos curriculares ECTS;
Objectivos dos cursos definidos em função das competências a adquirir pelos alunos;
Implementação do suplemento ao diploma;
Maior interacção entre o ISEC e as organizações do seu meio envolvente;
Possibilidade do reconhecimento de competências académicas e profissionais;
Maior mobilidade de estudantes
Alguns pontos fracos:
Dificuldade de adaptação do novo modelo de organização aos estudantes-trabalhadores;
Dificuldade de interiorização, por parte de muitos alunos, da necessidade de maior autonomia no trabalho;
Formação de docentes na plataforma Moodle, docentes avessos à mudança.
Fraca adesão dos alunos na participação activa da vida escolar e no processo de alterações decorrentes
do Processo de Bolonha.
Há ainda um longo caminho a percorrer para obter um correcto reconhecimento da formação académica e da
experiência profissional anteriores. Nomeadamente quando as instituições de origem são desconhecidas, como é
o caso na maior parte dos candidatos vindos do ensino superior estrangeiro. Está em causa uma dificuldade associada ao reconhecimento dos conteúdos das unidades curriculares, os respectivos créditos e a sua classificação
(sobretudo pensando que as classificações são posteriormente utilizadas no cálculo da média final de curso, podendo introduzir factores de injustiça relativa por serem utilizados sistemas de classificação muito diferentes
para os vários estudantes).
14
Relatório de Concretização do Processo de Bolonha 2008/2009
9.2 Recomendações
A definição dos objectivos de cada curso e de cada unidade curricular, na perspectiva das competências a adquirir, bem como a adequação dos processos de ensino/aprendizagem à aquisição dessas competências e a transição
de um sistema de ensino baseado na transmissão de conhecimentos para um sistema baseado no desenvolvimento de competências, são tarefas muito complexas. Exigem reflexão, experiência e formação específica dos docentes, bem como a cooperação dos estudantes em frequentes alterações pedagógicas.
Falta, na generalidade dos docentes, a experiência de formatação de um sistema de avaliação compatível com
este novo modelo pedagógico. A experiência revela que existe uma forte inércia. Docentes e discentes são, em
geral, avessos a grandes e frequentes mudanças, as quais são indispensáveis à adequação que se deseja entre a
lista de competências prevista e a das competências realmente adquiridas. Assim, são necessárias diversas acções
de formação para docentes, que visem a mudança de atitudes na sala de aula.
Por outro lado, é necessário um maior acompanhamento/esclarecimento dos alunos face à alteração do paradigma (do ensino para a aprendizagem), no sentido de garantir que os estudantes se tornam mais responsáveis e
que adquirem maior autonomia no estudo.
15
Relatório de Concretização do Processo de Bolonha 2008/2009
10. ANEXOS
FICHA DE VOLUME DE TRABALHO EFECTUADO
PELO ALUNO
Licenciatura em ________________________________
Unidade Curricular (UC): _______________________
Ano Curricular: __ Semestre do __ Ano
Natureza da UC (Semestral/Anual):
Nº de horas lectivas/semana:_____________________
Parâmetros constituintes do volume de
trabalho desenvolvido pelo aluno para
a realização da unidade curricular
Nº total realizado na
unidade curricular
Estimativa do número médio de horas previsto para a
realização de cada um dos
parâmetros
Trabalhos escritos individuais
Trabalhos escritos em grupo
Trabalhos práticos/de campo individuais
Trabalhos práticos/de campo em grupo
Exposição oral
Trabalhos em contexto de sala de aula
individuais
Trabalhos em contexto de sala de aula em
grupo
Outros
Testes escritos
Frequências
Exame final escrito
Exame final oral
Apresente, se possível, uma estimativa do nº de horas médio, por semana, que despendeu no
seu estudo para a realização com sucesso da disciplina (para além das já contabilizadas na
tabela): _______________________.
16
Relatório de Concretização do Processo de Bolonha 2008/2009
FICHA DE UNIDADE CURRICULAR
Ano lectivo:
Unidade Curricular:
Docente:
Ano
A. Cientifica Opcional
Tipo Total
T
TP
PL
TC
S
E
OT
O
ECTS
(T)Teórico (PL) Pratica Laboratorial (TP) Teórico-prático (S) Seminário (E) Estágio (OT) Orientação Tutorial (O) Outra
1. Competências a adquirir pelos alunos
Entendendo-se por competência os saberes, saberes-fazer e saberes-ser mobilizados para
resolução de uma situação / problema. Assim, as competências deverão ser definidas em
função do que se espera que o aluno demonstre.
Ex.
- Questionar, pesquisar, seleccionar e organizar informação relevante
- Comunicar com clareza, correcção, de forma audível e adequada ao nível etário dos alunos
- Criar situações de aprendizagem centradas nas experiências, interesses e necessidades
- Avaliar os diferentes domínios de desenvolvimento
2. Conteúdos Programáticos
Conjunto estruturado de matérias a desenvolver em cada unidade temática.
Ex.
1. Currículo e Sistema Educativo
1.1. Natureza e funções do sistema educativo
1.1. Funções dos curricula: reprodução vs inovação
1.3. Contextos Macro, Meso e Micro – Níveis de decisão e gestão curricular
2. Desenvolvimento curricular
2.1. Modelos de organização curricular
2.2. Da acção educativa ao fenómeno pedagógico
2.3. A análise de necessidades e a gestão curricular
2.4. Instrumentos de Gestão curricular
2.5. O tempo e o espaço na programação
2.6. As finalidades e objectivos (definição, operacionalização e sequencialização)
2.7. Os conteúdos (natureza, selecção, organização e sequencialização)
2.8. Estratégias e Actividades (experiências de ensino-aprendizagem)
2.9. A avaliação (as funções da avaliação, modelos e abordagens avaliativas)
17
Relatório de Concretização do Processo de Bolonha 2008/2009
3. Metodologias de ensino/aprendizagem
Processos e técnicas que têm como finalidade facilitar a transmissão de conhecimentos, a
aprendizagem de saberes, o desenvolvimento pessoal e a evolução de comportamentos.
Ex. As aulas serão organizadas em aulas teóricas e teórico-práticas, com recurso ao método
expositivo, dinamização de debates e momentos de reflexão, trabalhos individuais e trabalhos
de grupo.
4. Avaliação
Tendo como quadro orientador as normas de avaliação em vigor no ISEC, nesta secção deverão ser referidos os critérios, instrumentos, momentos, e respectivos coeficientes de ponderação
dos vários momentos considerados.
Ex. De acordo com os princípios de avaliação contínua ter-se-á em conta:
- a assistência/participação nas aulas e realização de exercícios ao longo da cadeira (20%)
- a elaboração de um trabalho teórico-prático em grupo (30%)
- duas provas escritas presenciais (50%)
Nota: Todos os elementos de avaliação têm carácter obrigatório.
5. Bibliografia essencial para os formandos (referências mais importantes)
O suporte documental considerado mais relevante como orientador do processo de ensino/aprendizagem.
6. Breve Resumo da Unidade Curricular
Pretende-se com esta secção fazer um breve retrato da unidade curricular, justificando a sua
relevância no curso em apreço e referindo de forma sintética os principais objectivos visados, os
principais temas que aborda e as metodologias de ensino/aprendizagem privilegiadas.
O docente ou equipa docente
18
Download

Relatório sobre concretização do Processo de Bolonha da