UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM CULTURA ORGANIZACIONAL X CLIMA ORGANIZACIONAL Por: Edja de Melo Silva Orientador Prof. Fernando Alves Rio de Janeiro 2010 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” 2 FACULDADE INTEGRADA AVM CULTURA ORGANIZACIONAL X CLIMA ORGANIZACIONAL Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Comunicação Empresarial. Por: Edja de Melo Silva 3 AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus por ter me concedido mais uma vitória em minha vida e ao meu orientador que foi muito gentil e paciente comigo. 4 DEDICATÓRIA Ao meu tio Garcia que custeou esse meu sonho e a minha tia Vitória que sempre está presente em minha caminhada me dando apoio moral, financeiro e deposita total confiança em mim. 5 RESUMO Este trabalho tem como tema principal a cultura empresarial x clima organizacional, pois os mesmos estão ligados e desta forma ajudam a entender o comportamento das pessoas dentro de uma organização, como elas lidam com sua cultura e como uma pesquisa de clima poderá ajudar a detectar problemas não tão visíveis dentro da empresa. Há também, outros três fatores fundamentais dentro de uma empresa a serem estudados que são a comunicação, a qualidade de vida e a motivação dos funcionários. 6 METODOLOGIA Não só as pessoas, como também as organizações têm que estarem sempre atentas com as coisas ao seu redor; tem que saber o que lhe faz bem, o que lhe traz sucesso, o que lhe faz mal e o que está ultrapassado. Devemos eliminar tudo que não traz retorno, tudo o que causa prejuízo e, sem sombra de dúvidas dialogar – o diálogo faz parte do sucesso e da compreensão, através dele podemos chegar a acordos, vantagens e crescimento profissional. Diante desses fatos, foi realizado um levantamento bibliográfico, visitas em sites a respeito do assunto abordado e anotações em sala de aula. Através dessas leituras foram explorados assuntos de extrema importância dentro de uma empresa como cultura e clima organizacional, motivação, qualidade de vida no trabalho e comunicação. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I - Cultura Empresarial x Clima Organizacional 11 CAPÍTULO II - Cultura x Liderança 27 CAPÍTULO III – Motivação x Competência 38 CAPÍTULO IV – Mudanças Empresariais 48 CONCLUSÃO 57 BIBLIOGRAFIA 59 ÍNDICE 61 FOLHA DE AVALIAÇÃO 8 INTRODUÇÃO Através da cultura empresarial, presenciamos cada vez mais a busca pela excelência contínua e as práticas gerenciais herdadas no passado que hoje parecem se perder no mundo de exigências pelos padrões globais da eficiência. É muito importante uma pesquisa de clima organizacional numa empresa, por meio dela avaliamos a satisfação dos funcionários, sua motivação e o que poderá ser melhorado para que essa empresa sempre tenha excelência nos negócios. A cultura empresarial identifica as características de gestão organizacional aplicadas nas organizações; verifica o reflexo da atuação da liderança e sua influência no amadurecimento organizacional; também verifica como se dá o processo de comunicação e identifica o conjunto de práticas e valores organizacionais dominantes nas empresas. Ela compreende a estrutura organizacional, a necessidade de transformações e gerenciamento de possíveis mudanças. Quando a cultura empresarial é conhecida por todos nas organizações, podem-se resolver alguns problemas que possivelmente ficaram pendentes por falta de uma pesquisa de clima ou até mesmo por falta de conhecimento de algumas técnicas por parte dos profissionais que não estavam capacitados naquele momento para resolver tais problemas. O papel do líder também é muito importante numa empresa para que ela possa ter sucesso, excelência nos negócios e um bom relacionamento interpessoal entre seus funcionários. O líder acima de tudo tem que ser motivado para poder motivar sua equipe, saber lidar com os obstáculos e assim resolvê-los. A motivação também é um fator importantíssimo numa organização, ou seja, se as pessoas estão motivadas, elas produzem mais, criam mais e todos ficam satisfeitos, não só a empresa, como também seus clientes externos. 9 A satisfação no trabalho torna as pessoas realizadas e felizes, enquanto que o contrário torna-as doentes, mal humoradas e sem ânimo para realizar determinada tarefa. Maslow desenvolveu dentro de sua Teoria da Motivação, uma hierarquia das necessidades que os homens buscam satisfazer. Estas necessidades se representam em forma da Pirâmide de Maslow que são: autorealização, auto-estima, necessidades sociais, necessidades de segurança e necessidades fisiológicas básicas. A qualidade de vida dentro de uma organização também é muito importante, pois ela gera bem-estar nos funcionários e eficácia nas organizações. A origem do movimento de qualidade de vida no trabalho começou em 1950. A partir de 1960 é que as iniciativas foram tomadas nas empresas por parte dos líderes sindicais e empresários; porém a expressão qualidade de vida no trabalho só foi introduzida publicamente no início da década de 70, daí então surgiu outra tentativa de tentar motivar os empregados. Descobriu-se também que a falha na comunicação poderia causar muitos estragos numa organização, como por exemplo, insatisfação dos funcionários e com isso acarretar baixa qualidade dos produtos, inexistindo excelência nos negócios. De maneira prática, a comunicação organizacional é uma expressão e leitura de uma cultura empresarial referente a elementos externos (sociedade e mercado) e internos (ambiente laboral e organizacional). A Falha na comunicação é realmente um fator preponderante nas empresas porque não é a mensagem que você envia para as pessoas, mas o que os outros entendem. A comunicação tem extrema importância dentro das transformações da empresa e pode facilitar a compreensão nos processos de transmissão e assimilação de novos conceitos e na socialização do conhecimento, isto é, compartilhar com todos os trabalhadores as metas da empresa. 10 Portanto, no processo de comunicação é importante que o emissor passe a mensagem de forma correta para que o receptor possa entendê-la, caso contrário, haverá muitos ruídos que perturbarão este processo. Sendo assim, descodificando a mensagem recebida, a compreensão será imediata evitando tais ruídos. 11 CAPÍTULO I CULTURA EMPRESARIAL X CLIMA ORGANIZACIONAL Dentre diversos conceitos podemos dizer que cultura empresarial é o conjunto de crenças e valores, está ligada ao grau de motivação e comprometimento, envolve aspectos subjetivos que lembram as pessoas do “por que fazem as coisas assim” portanto ela é a personalidade da organização; é causa. Segundo Edgard Schein, as representações e comportamentos emanados de valores, crenças e mitos valorizados na cultura de uma empresa são reforçados e formados dialeticamente com suas estruturas formais, suas inter-relações vividas em seu dia-a-dia e tudo aquilo de concreto que compõe o mundo material da organização. A cultura empresarial é muito importante em uma organização porque está ligada ao clima organizacional, pois o clima é a percepção individual que os empregados têm da empresa. O mesmo é o estado de espírito da organização, está ligado ao grau de satisfação, lealdade e compromissos de seus membros. 1. Os três níveis da cultura empresarial • dos artefatos visíveis (que são mais superficiais); • dos valores que governam o comportamento das pessoas (são valores mais difíceis); • dos pressupostos básicos e inconscientes. De acordo com Schein (2009), embora no primeiro nível estes artefatos sejam fáceis de serem encontrados, nem sempre são decifráveis ou de fácil interpretação; já no segundo nível são necessários processos de análise e entrevistas para identificar os valores manifestados da cultura e no terceiro nível 12 esses pressupostos são internalizados no inconsciente dos membros da organização, portanto a dificuldade de gerenciamento da cultura organizacional é mais elevada neste último nível citado. Sendo assim, podemos ver que a dificuldade de gerenciamento da cultura organizacional é diferente nos três níveis. As organizações sabem exatamente o tipo de gente que querem ter nos seus quadros, pois as melhores pessoas chegam ao sucesso através de sua dedicação e comunicação. Uma das funções que a cultura organizacional procura exercer é conseguir a adesão, o consentimento, ou seja, a co-participação de indivíduos e grupos. A comunicação é uma das principais ferramentas para que uma organização obtenha sucesso e o sucesso desta organização atrai as melhores pessoas. A cultura empresarial deve ser ensinada aos novos membros do grupo para que eles aprendam a se comunicar, a pensar e a sentir ao lidar com problemas de adaptação e integração. A transmissão da cultura empresarial faz parte das atividades de todo executivo ou gerente, mas é a administração de recursos humanos que cuida de todos os instrumentos capazes de agenciar a promoção cultural. É ela que define perfis, cerimônias, colhe e divulga depoimentos importantes, compatibiliza valores e recompensas ou punições. 1.1 Fenômenos da cultura empresarial 1. Regularidades comportamentais observadas quanto às pessoas se comunicam e interagem. Ex.: linguagem, costumes, tradições, ritos. 13 2. Normas grupais: padrões e valores implícitos que se desenvolvem no grupo. Ex.: norma de promoção, norma de admissão. 3. Valores esposados: princípios publicamente anunciados pelos grupos. Ex.: planejamento estratégico nas empresas e sua missão. 4. Clima: sentimento que permeia o grupo em razão do modo como os membros da organização percebem e reagem às práticas gerenciais. Ex.: membros e clientes. As práticas são visíveis para um observador, embora seu significado cultural esteja associado ao modo pelo qual elas são percebidas pelos insiders (informantes). Os valores exercem importante papel em comunicar ao mundo exterior o que ele pode esperar de uma companhia. Os slogans geralmente são portadores de mensagens dessa natureza. (Freitas, 2007). Os valores compartilhados são importantes porque se relacionam com sentimentos de sucesso pessoal, elevam o comprometimento com a organização, aumentam a autoconfiança no entendimento pessoal e nos valores organizacionais, favorecem um comportamento ético, constroem compatibilidade com os objetivos da organização e os seus stakeholders. As empresas ditam valores bastante comuns, como: a importância do consumidor, a qualidade de seus produtos e serviços, a inovação, o respeito e a motivação de seus 14 funcionários. Os valores, assim como os tabus são aspectos que irrigam a vida grupal. Os valores dizem respeito aos comportamentos, forma de pensar e agir considerados corretos e sancionados pelo grupo. Valores e tabus têm a finalidade de orientar os comportamentos, mas em sentido inverso, enquanto o primeiro termo deve ser o mais explícito possível, o segundo é o mais escondido e silenciado possível. Exemplos de tabus: discriminação e/ou preconceito racial ou sexual, corrupção, fraudes, práticas demissionárias desumanas e humilhantes, tragédias organizacionais. Fonte: www.rh.com 1.2 Manifestações da cultura empresarial • Símbolos: São palavras, gestos, pinturas, fotografias ou objetos que possuem um significado particular dentro da cultura. Ex.: Logomarca, linguagem. • Heróis: São pessoas, vivas ou mortas, reais ou imaginárias, que possuem características de elevado prestígio na cultura. Os heróis são criados para repassar seu comportamento dentro de uma organização. Ex.: Fundadores ou presidentes que conduziram profundas transformações. • Rituais: Atividades coletivas que são tecnicamente supérfluas, mas que são socialmente essenciais para a cultura e acontecem assim por esse motivo. Há necessidade de afirmar que existem hierarquia e distinção dentro da organização. 15 Ex.: Comemoração de 30 anos de serviços. • Valores: Representam o núcleo da cultura, constituídos por sentimentos amplos e inespecíficos que quase sempre são inconscientes e raramente discutíveis que não podem ser observados como tais, mas se manifestam em comportamentos alternativos. Ex.: Bem ou mal, bonito ou feio, normal ou anormal. 1.3 Pressupostos São as crenças de uma cultura. Essa crença foi criada por um líder para que as pessoas aprendam a sobreviver em um ambiente hostil. Um exemplo disso é que temos que trabalhar com a concorrência, pois ela tem o mesmo objetivo, que é ter sucesso. Desta forma, todos entendem que este é o modo de agir, embora a cultura seja mudada em cada organização, por isso ela é diferenciada. A cultura não pode ser mudada pelo gerente, ele é um mantenedor da mesma. Ela só pode ser mudada quando a empresa está em crise; também não pode ser copiada porque as pessoas são diferentes e as organizações também são diferentes. Através da cultura empresarial, presenciamos cada vez mais a busca pela excelência contínua e as práticas gerenciais herdadas no passado que hoje parecem se perder no mundo de exigências pelos padrões globais da eficiência. A excelência torna-se a palavra-chave e a condição imprescindível de sobrevivência de pessoas e empresas. A excelência, a perfeição, a potência, o dinamismo, tudo está implícito nas promessas que a empresa faz ao indivíduo, fazendo com que ele tenha orgulho de pertencer à mesma. 16 1.4 Influência da cultura empresarial A cultura de uma organização pode levá-la ao sucesso ou ao fracasso, pois muitas decisões de uma empresa são tomadas com base nas normas, valores e comportamentos que definem a identidade de uma organização, ou seja, a sua cultura. Cultura empresarial não é algo que se possa descrever detalhadamente, mas é percebida por um profissional que entra na empresa, por um cliente que vem visitá-la, por exemplo. Os que já fazem parte, muitas vezes não percebem o diferencial no dia-a-dia, somente quando conhecem outra empresa ou trocam experiências com pessoas que vivenciam outra realidade. Cultura empresarial e comunicação empresarial também estão ligadas. Não dá para pensar nas duas separadamente. A comunicação empresarial engloba público interno, clientes, comunidade, mídia e fornecedores. O plano de comunicação tem que se preocupar com todos esses segmentos, senão o seu desenvolvimento poderá falhar ou dificultar no meio do caminho. Neste novo cenário global assistimos cada vez mais as organizações em busca de uma excelência contínua. A busca pela eficiência e modernização tem mostrado que há necessidade de mudanças. Podem-se encontrar algumas definições de cultura organizacional no site: www.terravista.pt/enseada/5831/trabalho/t20001310.html ... cultura organizacional é o conjunto de valores, crenças e tecnologias que mantém unidos os mais diferentes membros, de todos os escalões hierárquicos, perante as dificuldades, operações do cotidiano, metas e objetivos. Pode-se afirmar ainda que é a cultura organizacional que produz junto aos mais diferentes públicos, diante da sociedade e mercados o conjunto de percepções, ícones, índices e símbolos que chamamos de imagem corporativa. (Nassar, 2000). 17 2. Influências da cultura no clima organizacional • Organização e gestão hierárquicas rigorosas; • Separação clara entre direção e empregados; • A comunicação entre níveis diferentes é desencorajada; • Contradição flagrante entre discurso e prática; • Piadas e histórias entre os empregados referem-se a empregados a exploração; • Praticamente nenhuma cerimônia coloca juntos dirigentes e dirigidos; • As diferenças de posição funcional são sempre muito visíveis, como por exemplo, a mobília, banheiros e alguns privilégios. 2.1 Identidades em formação e mudança • Ênfase na descrição/padronização de regulamentos e • Indefinição do estilo gerencial; • Predominância da comunicação informação (boato); • Busca de novos discursos; • Mudanças de lay-out e estruturas freqüentes; • Ausência de celebração; • Processo decisório centralizado; • Culto a heróis ocasionais. práticas; 2.2 Características da cultura em uma empresa grande Numa empresa grande a cultura é baseada em visão comum e a identidade é compartilhada; os ritos de iniciação são cuidadosamente observados e aplicados a todos os entrantes; há uma lenda relativa à criação da empresa e ao herói-criador, propagada e profundamente enraizada; os valores são instalados e amadurecidos pelo tempo e amplamente difundidos; há pouca 18 diferenciação hierárquica e transparência nas informações; a empresa procura atender as reinvidicações legítimas dos empregados e o direito de falar, o hábito de escutar e o contato direto são estimulados. Em uma empresa o clima organizacional reflete o estado de espírito. Uma pesquisa de clima é aconselhável quando existe uma crise, uma negociação. Luz (2003, p.08) comenta sobre as mudanças estruturais nas empresas, afirmando que: Muitas empresas têm realizado mudanças em suas estruturas como o downsizing, ou seja, a redução de seus níveis hierárquicos com o intuito de torná-las mais ágeis e menos onerosas. Isso pode provocar satisfação ou insatisfação nos colaboradores, portanto é necessário fazer uma adequação de uma cultura para outra. Algumas empresas estão passando por um momento de fusão, misturando culturas que muitas vezes apresentam valores e crenças conflitantes. Diante desse cenário, muitos empregados ficaram insatisfeitos e inseguros com seu ambiente de trabalho. Pode-se observar que a lealdade que existia foi substituída por sentimentos de indiferença, desconfiança e insatisfação, pois alguns empresários para enfrentar esse desafio usaram a estratégia de cortar custos para se tornarem competitivos. Segundo Chiavenato (1993, p. 50) afirma que cultura organizacional: Constitui o meio interno de uma organização, a atmosfera psicológica e características que existem em cada empresa; (...) é o ambiente humano dentro do qual as pessoas de uma empresa fazem seu trabalho; (...) constitui a qualidade do ambiente que é percebida ou experimentada pelos participantes da empresa e que influencia o seu comportamento. Palavras-chave que estão sempre presentes no clima organizacional: • Satisfação dos funcionários • Percepção dos funcionários 19 • Cultura organizacional Trabalhar em um ambiente agradável é muito bom para ambas as partes, tanto para o funcionário quanto para o patrão. Funcionário satisfeito produz mais, desta forma aumentando o lucro da organização. Quando eles têm a percepção de um clima ruim, isso influi negativamente porque a cultura de uma organização influencia o clima. Embora a cultura seja intangível, ela se expressa, se tangibiliza e se materializa através de fatores relacionados como o Código de Ética, Carta de Princípios, Filosofia, Declaração da Missão, Declaração da Visão e dos Valores da empresa através de seus slogans, de suas figuras folclóricas, através do comportamento da organização e das pessoas que nelas trabalham. A cultura também pode ser percebida através dos trajes dos funcionários, o corte de seus cabelos, a forma como elas são tratadas e assuntos preferencialmente discutidos. Cada empresa tem seu perfil e esse perfil sofre influências do ramo de sua atuação. Algumas têm produtos mais sofisticados, mais exigentes do que outros, impactando na tecnologia, sua estrutura, grau de sofisticação dos processos de trabalho e também na qualidade de seus recursos humanos. A localização de uma empresa também pode exercer forte influência sobre a sua cultura. Uma empresa localizada no exterior pode ser muito diferente de uma empresa instalada em uma cidade, enquanto que esta pode ser muito diferente de uma instalada em uma capital. Por sua vez, esta última também pode ser diferente de outra instalada em uma grande capital. A escolaridade, o padrão cultural e o nível socioeconômico de uma determinada população vão imprimir valores, crenças e outros ingredientes aos seus membros. Logo, isso se refletirá na cultura das empresas. 2.3 Etapas para implementação de uma pesquisa de clima 20 • Fixação de objetivos; • Definição dos fatores a pesquisar; • População abrangida e nível de segmentação; • Definição de relatórios; • Definição da estratégia de execução; • Estratégia e logística de aplicação; • Custo; • Análise dos resultados; • A comunicação dos resultados. 3. Definição dos objetivos da pesquisa Dar tangibilidade aos fenômenos subjetivos; Orientar ações institucionais de suporte a programas de mudanças; Avaliar a qualidade da gestão; Otimizar relações com empregados; Estabelecer novo canal de comunicação. 3.1 Ritos do processo Falta de comprometimento do executivo principal; Criação de falsas expectativas dos funcionários; Deturpação dos resultados da pesquisa; Falta de comunicação; Perda da confidencialidade; A pesquisa pela pesquisa. 21 3.2 Definições dos fatores a pesquisar • Clareza de objetivo; • Adequação da estrutura; • Comunicação; • Integração; • Estilo gerencial; • Imagem da empresa; • Remuneração; • Desenvolvimento de recursos humanos; • Orientação para desempenho profissional; • Condições de trabalho; • Qualidade; • Empregabilidade; • Segurança no trabalho; • Equidade de treinamento. 3.3 Definição da população a ser abrangida e tipo de segmentação Abrangência: pode ser corporativa x setorial e censitária x amostragem. Observação: Todos os empregados podem participar de uma pesquisa censitária x amostragem, já a corporativa x setorial é diferente, apenas parte dos funcionários participam. 3.4 Tipos de segmentação - Gerentes/não gerentes: É importante que o gerente esteja satisfeito, caso contrário irá influenciar sua equipe. - Estrutural: Só pode fazer cortes com mais de oito pessoas. 22 - Funcional: Pode-se fazer corte por nível de escolaridade. O corte também pode ser feito por idade e sexo. Grupos ocupacionais/cargos: Uma pessoa insatisfeita pode causar estragos irreparáveis numa organização e quando ela tem tempo de casa tendem a ser menos satisfeitas. 3.5 Estratégia e logística de aplicação Avaliar as características da empresa, a quantidade de empregados, nível de dispersão, atividades externas, horários diferenciados, nível de adesão pretendido, nível de interferência sindical, estilo de supervisão, nível de mobilização do momento e recursos orçamentários disponíveis. Usar alternativa como mala direta, locais, datas e horários prédeterminados, aplicação e coleta, terminais (rede interna) e supervisores. 3.6 Definição de relatórios Na segmentação interna o diagnóstico do relatório é identificado no conselho de administração, diretorias, níveis gerenciais, equipes familiares e em algumas áreas funcionais. Há uma comparação entre a diretoria, as áreas estudadas e as questões apresentadas. 3.7 Implementação da pesquisa de clima Para implementar é necessário contratar uma assessoria técnica, elaborar questionário, fazer divulgação da pesquisa, aplicar a mesma, desenvolver o sistema para aplicá-la, digitar os dados, tabular os resultados, emitir relatórios e analisar os resultados. Para tornar a pesquisa real podemos optar por contratar consultorias, empresas de serviços especializados, universidades e profissionais autônomos. 23 3.8 Elaboração dos instrumentos Definir a formatação do questionário: assertivas ou perguntas. • Evitar formular questões com perguntas socialmente desejáveis. • Não iniciar o questionário com questões polêmicas. • Evitar questões diretas personalizadas diretas, pois elas provocam respostas de fuga. Ex.: O que você pensa de... Na sua opinião..., Você pode dizer... • Não usar palavras carregadas afetivamente ou socialmente não desejáveis, como por exemplo, punição. • Distribuir as questões de forma a evitar contaminação (efeito de halo): irradiação por sentimento e por organização lógica do pensamento. • Evitar questão longa e complicada porque a tendência será a desistência. Obs.: Na pesquisa de clima a alternativa (N.A) não será tabulada e nela meço apenas a satisfação. 4. Avaliação do clima organizacional pelo RH Avaliar o clima organizacional faz parte das funções do RH. As empresas devem ouvir seus funcionários através da área de recursos humanos porque faz parte de sua missão proporcionar-lhes um bom clima organizacional. Para Resende (1986), em termos amplos poderíamos dizer que as grandes e principais áreas de eficácia de um departamento de recursos humanos são: capacitação do pessoal, melhoria das condições de trabalho, melhoria das relações trabalhistas, obtenção de clima organizacional saudável e contribuição ao desenvolvimento organizacional da empresa. Há duas formas de avaliação do clima: 24 • Avaliação setorial (pelos gestores) • Avaliação corporativa ou institucional (RH). Os gestores têm a responsabilidade de ouvir individualmente os membros de sua equipe de trabalho e tem a responsabilidade de manter seus subordinados satisfeitos e motivados. É necessário que o gestor conheça o ambiente de trabalho de seus subordinados, o grau de confiança, a harmonia e a cooperação existentes entre os membros de sua equipe. A avaliação institucional é responsabilidade do RH, pois compete a ele ouvir os funcionários já que sua missão é assegurar que a empresa tenha um bom ambiente de trabalho e que os funcionários se sintam satisfeitos e realizados. Essa avaliação pode ser auxiliada por uma consultoria externa. Há uma grande vantagem quando essa avaliação é feita por uma consultoria, pois ela tem conhecimento especializado no assunto e possui informações sobre o resultado de pesquisas aplicadas em outras empresas (benchmarking). Nem sempre o RH tem experiência na condução desse tipo de pesquisa. De acordo com Luz, a parceria entre o RH e uma consultoria especializada pode tornar a pesquisa de clima mais bem realizada e conduzida. Também pode torná-la mais abrangente e com maior credibilidade, porém, a decisão quanto ao uso de uma consultoria externa deve ficar por conta de cada empresa que deve avaliar suas necessidades e peculiaridades, como por exemplo, seu porte, complexidade do ambiente e do negócio, estrutura da área de recursos humanos, rapidez na apresentação do resultado, disponibilidade financeira, entre outros. O RH deve intervir nas causas que impactam negativamente o ambiente de trabalho. A área de RH deve diagnosticar periodicamente o clima organizacional com o objetivo de saber se está cumprindo sua missão. 4.1 Objetivos da Administração de Recursos Humanos 25 Os objetivos são: criar, manter, desenvolver um contingente de recursos humanos com habilidade e motivação para realizar os objetivos da organização. Esses objetivos referem-se a própria razão de ser das políticas e programas de Recursos Humanos, resumida como ação orientada para garantir a empresa recursos humanos disponíveis, adequados e motivados para suas operações presentes e futuras. Quando o funcionário está satisfeito, realiza suas tarefas com o melhor nível de realização, tornando-se cada vez mais eficiente e produtivo, dessa forma dando lucro à empresa e continuidade nos seus negócios. Os clientes internos são a razão de ser de cada pessoa ou de cada setor de uma empresa, logo a empresa deve mantê-los satisfeitos. As pessoas têm que ter competência para fazer algo e também ter motivação. O desempenho de cada funcionário depende de sua capacitação e motivação para o trabalho. O RH também é considerado o segundo grupo de influência interna na cultura organizacional. Nenhum setor isolado recebeu tanto destaque nos estudos culturais e teve a sua importância tão reconhecida na produção cultural que o responsável pela gestão de pessoas. “... ele foi considerado o guardião da cultura, pois era visto como exercendo funções estratégicas, que promoviam a aceitação, a consolidação, a manutenção e a mudança culturais”. (Freitas, 2007). 4.2 Tipos de clima organizacional O clima pode ser bom, prejudicado e ruim. Ele é bom quando predominam as atitudes positivas que dão ao ambiente de trabalho uma tônica favorável; o clima é bom quando há alegria, confiança entusiasmo, engajamento, 26 participação, dedicação, satisfação, motivação e comprometimento na maior parte dos funcionários. O clima de uma empresa também é bom quando os funcionários indicam seus conhecidos e parentes para trabalharem nelas, também quando sentem orgulho em participar dela. O baixo turnover e o alto tempo de permanência são bons indicadores desse tipo de clima. O clima é prejudicado ou ruim quando algumas variáveis organizacionais afetam de forma negativa e duradoura o ânimo da maioria dos funcionários, gerando evidências de tensões, discórdias, desuniões, rivalidades, conflitos, desinteresses pelo cumprimento das tarefas, resistência manifesta ou passiva às ordens, ruído nas comunicações e competições exacerbadas. Para Luz, a intensidade com que essas situações se manifestam é que caracteriza o clima como prejudicado ou ruim. Porém, ambos são desfavoráveis aos objetivos das organizações e das pessoas que nelas trabalham. Nas empresas onde o clima é predominantemente ruim, o turnover costuma ser alto e alguns funcionários chegam a omitir sua passagem profissional por elas, não as citando em seus currículos. 4.3 Expressões realizadas para denominar o clima Clima realizador, clima de harmonia, clima construtivo, clima sadio, clima tenso, clima de confiança etc. 27 CAPÍTULO II CULTURA X LIDERANÇA Especialistas em Recursos Humanos indicam que um motivo relevante para o desligamento de profissionais nas empresas é a relação que possuem com seus líderes. Cada vez mais, as relações interpessoais são valorizadas no dia-a-dia das organizações e a falha ou falta de comunicação com seus superiores denota desmotivação por parte destes subordinados. A real insatisfação raramente é relacionada com a organização em si, mas, na verdade, é revelada pela má condução do líder perante sua equipe. A liderança é um fenômeno tipicamente social que ocorre exclusivamente em grupos sociais; é um tipo de influência exercida sobre pessoas. A influência é uma transação interpessoal, na qual uma pessoa age no sentido de modificar ou provocar o comportamento de outra, de maneira intencional; a influência é um conceito ligado a idéia. Liderança é o gerenciamento de pessoas na realização de uma atividade agregando valores e competências aos recursos humanos e capital intelectual de um grupo transformando-o numa equipe. Para Chiavenato (1999, p. 565) a cultura organizacional define o estilo de liderança e o modelo de avaliação que pode ser autocrático, liberal ou democrático. Liderança autocrática é aquela em que o líder toma as decisões de forma autônoma, determina as tarefas, à medida que se tornam necessárias e de maneira imprevisível para o grupo; determina a tarefa de cada um e qual seu 28 companheiro de trabalho. O líder autocrático é dominador nos elogios e críticas ao trabalho de cada um. Liderança liberal é aquela em que o grupo ou o indivíduo toma suas próprias decisões com pouca ou nenhuma participação do líder. Nela o líder apresenta apenas alternativas variadas ao grupo e fornece informações, desde que solicitadas. As tarefas e escolhas dos colegas são determinadas pelo grupo, sem a participação do líder, pois ele não avalia ou regula o curso das coisas e só as comenta quando é perguntado. Liderança democrática é aquela em que as diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo que é estimulado e assistido pelo líder. O grupo determina as técnicas para atingir o alvo. A divisão de tarefas fica a critério do grupo e cada membro escolhe seu colega de tarefa. O líder atua como conselheiro; se posiciona como um membro do grupo, sem muitas atividades; é objetivo e se baseia em fatos para elogios e críticas. Existem alguns perfis que influenciam negativamente na relação líder x subordinado. Muitas pessoas em cargos de liderança não sabem ouvir os membros de sua equipe e têm a necessidade de querer sempre ter a razão dos fatos. Um colaborador não se importa com o líder que cobra resultados, mas o que não é aceito é uma condução injusta deste superior perante seus subordinados: criar estreitamento de relações baseado nos interesses pessoais, deixar que seu ego fale mais alto em relação aos objetivos da equipe e a ausência de feedback são os principais motivos de conflito. “O feedback é a forma mais primitiva de respeito com o colaborador”. O profissional está todos os dias executando suas atividades e o líder sem a capacidade de trazer uma resposta, seja positiva ou de melhoria, perde muitos pontos com os subordinados. 29 Tudo que os líderes sistematicamente observam, recompensam, medem e controlam ou se preocupam, constitui comunicação de mensagem para o grupo. É mais importante a consciência do que a intensidade da atenção. As reações emocionais do líder sinalizam para o grupo quando um pressuposto importante foi violado. A não reação do líder também traduz pressupostos. Existe uma variedade de padrões de comportamento de liderança que um líder pode adotar. Cada tipo de comportamento está relacionado com o grau de autoridade utilizado pelo líder e o grau de liberdade disponível para os subordinados na tomada de decisões. Essa variação pode variar entre os extremos onde o líder permite que o grupo decida livremente sobre um assunto. As três forças de uma empresa 1. Forças no gerente: valores e convicções pessoais, confiança no subordinado, suas inclinações pessoais de como liderar e seus sentimentos de segurança em situações de incerteza. 2. Forças nos subordinados: sua necessidade de liberdade ou orientação superior, sua disposição em assumir responsabilidades, sua segurança em situações de incerteza, seu interesse pelo problema, seus conhecimentos e experiência para resolver o problema e sua expectativa de participação nas decisões. 3. Forças na situação: Tipo de empresa, valores, tradições, políticas e diretrizes, a eficiência do grupo de subordinados, o problema a ser resolvido ou a complexidade do trabalho, a premência de tempo. Fonte: Havard Business Review 30 Para Fiedler existem basicamente duas orientações de liderança que não fogem às teorias convencionais: Liderança orientanda para as relações humanas – é o estilo voltado para as pessoas e para o relacionamento humano. Envolve uma abordagem participativa e não-diretiva centrada nos membros do grupo. A tarefa é secundária, pois a ênfase é colocada nas pessoas. Liderança orientada para as tarefas – é o estilo voltado para o trabalho e para a tarefa. Envolve uma abordagem controladora e diretiva centrada no gerente. As pessoas são secundárias, pois a ênfase é colocada na tarefa. Existem também outros tipos de liderança: Liderança situacional: acontece no momento, conhecimento. Alguém resolve algo num determinado momento em que algo está acontecendo. Ex.: um médico ajuda alguém que se machucou naquele momento. Liderança imposta: é aquela sem escolha. Liderança natural: é aquela em que uma pessoa tem personalidade de líder por ser motivador e tomar a frente de tudo. Liderança constante: é aquela que tem reconhecimento das pessoas. Ex.: tenho um chefe e por algum motivo essa chefia é mudada, mas mesmo assim, continuo considerando-o como meu chefe. Liderança formal: é aquela organizacional. Liderança informal: é aquela baseada no conhecimento. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. 31 A atenção é um fator externo muito importante que influencia a percepção, pois a nossa atenção é particularmente despertada por estímulos. Então quando o padrão do líder é disperso, o grupo usa suas próprias experiências para decidir o que é importante. Cada pessoa tem um tipo de percepção e elas influenciam seu comportamento organizacional. Percepção é a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais. Através da percepção um indivíduo organiza e interpreta as suas impressões sensoriais para atribuir significado ao seu meio, consistem na aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas pelos sentidos. Do ponto de vista psicológico ou cognitivo, a percepção envolve também os processos mentais, a memória e outros aspectos que podem influenciar na interpretação dos dados percebidos. Tudo isso influencia a dinâmica comportamental do homem. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. A psicologia colabora com o estudo da subjetividade. A subjetividade é a síntese singular e individual que cada um de nós vai constituindo conforme vamos nos desenvolvendo e vivendo as experiências da vida social e cultural. O indivíduo não nasce com a subjetividade. Ele a constrói aos poucos, apropriando-se do material do mundo social e cultural. Criando e transformando o mundo externo, o homem constrói e transforma a si próprio. Cada pessoa é um mundo a parte que possui um mundo próprio, integrado de pensar, sentir e agir, que se desenvolve através do efeito do estímulo sobre as potencialidades humanas, como a inteligência, aptidões, sentimentos e necessidades básicas. Mas é justamente esta diferença que dá um colorido todo especial ao mundo [...] (MARIANI. 2002). Fonte: w.revista.inf.br/adm02/pages/.../artigo05.htm 32 Segundo Regato, cada pessoa tem uma personalidade diferente. Umas acreditam que tudo pode dar certo, que o amanhã sempre será melhor, enquanto outras reclamam demais da vida. Algumas pessoas lutam por seus objetivos, outras esperam acontecer sem fazer nada, como se fosse cair do céu. A observação e o estudo das relações ou dos conjuntos estruturados de relações é o papel fundamental da psicologia, pois cada pessoa tem um tipo de comportamento e o mesmo é definido como o conjunto de reações de um sistema dinâmico em face às interações e realimentações propiciadas pelo meio onde está inserido. Exemplos de comportamento: Comportamento social, comportamento humano, comportamento animal e comportamento atmosférico. Um líder tem que ser determinado, fazer acontecer, não cruzar os braços, pois o estereótipo faz parte da indução do pensamento das pessoas, induz o ser humano a acreditar a fazer sempre o melhor. Um contato direto de um líder com sua equipe, ajuda muito na otimização da comunicação, da qualidade de vida e do trabalho dos subordinados. Um líder motiva as pessoas a fazer algo e alcançar suas metas. Muitas vezes, o líder não sabe detectar qual é a ferramenta necessária para motivar sua equipe. Dirigentes atuais podem gerar forte influência sobre a cultura de uma empresa. Líderes têm que ser inovadores e para ser inovador tem que se dedicar a detalhes porque milhões de pessoas podem ter a mesma idéia. Perder o medo de errar é fundamental para se trabalhar em equipe, por isso os lideres tem que ter confiança, respeito, conhecimento, criatividade e inovação. Líderes têm que ter humildade para vencer todos os obstáculos, e dessa forma os objetivos serão alcançados dentro da organização. Eles devem usar estratégias, fazer previsão das coisas, planejar para depois agir, e assim todos ficam satisfeitos, não só a organização, mas também os consumidores por 33 causa da excelência do negócio. Também podem errar diversas vezes até conseguir atingir seu objetivo. “Um líder não usa o poder para proveito próprio, não ostenta o cargo que tem, até porque todos os cargos são passageiros”. (Rossi, 2010, p. 81). É muito importante fazer a diferença em tudo o que se faz porque a concorrência é grande; procurar fazer sempre melhor que os outros, não se abatendo com os obstáculos e realizar um trabalho espetacular. Em algumas empresas o ingresso de apenas um influente executivo pode modificar radicalmente a cultura. Tudo depende do grau de poder e da personalidade desse novo executivo. Crises são significativas na criação e transmissão de cultura pelo maior envolvimento emocional que aumenta a intensidade da aprendizagem. Um bom momento para se observar uma organização é quando ocorrem atos de insubordinação (líderes desejados demonstram seus pressupostos). O Homem precisa comunicar-se bem, tecer a palavra e o gesto; buscar a harmonia dos sons; lapidar a forma e a beleza das imagens; colocar-se no lugar do outro; pulverizar idéias antigas; reavaliar crenças e valores; transmutar-se e escolher os caminhos mais viáveis para alcançar a mente e o coração dos ouvintes. As sete competências de um líder 1. Aprender a aprender 2. Comunicação e colaboração 3. Raciocínio criativo e resolução de problemas 4. Conhecimento tecnológico 5. Conhecimento de negócios globais 6. Desenvolvimento de liderança 7. Autogerenciamento de carreira 34 Um líder passa por dois estágios que são: transformação pessoal e competência emocional. Na transformação pessoal ele torna-se líder facilitador encarando seus medos e sendo autêntico; aprende a questionar verdades estabelecidas e práticas que limitam a evolução da empresa; liberta-se do pressuposto que para crescer e estar bem na foto é preciso ser viciado em trabalho; já na competência emocional torna-se líder colaborador e aprende a se conectar com os seus colegas para fortalecer o espírito de equipe e de coesão interna. O sucesso é decorrente de um trabalho em equipe, por isso é muito importante a valorização das pessoas, sejam elas líderes ou simples subordinados. Hoje o que se demanda é o líder sustentável, cujo perfil tem como base quatro componentes: 1. Ter foco no resultado economicamente viável, justo e que promova a perenidade do negócio; 2. Promover ações socialmente responsáveis com foco no crescimento das pessoas; 3. Promover ações culturalmente aceitas, praticando e zelando pelos valores da empresa; 4. Atuar em todo ambiente de forma ecologicamente adequada. Fonte: Revista VOCÊ S/A, 2009 Isso não quer dizer que ele seja bonzinho. Ele é correto, justo e tem profundo interesse pelo gênero humano e por isso está focado no crescimento das pessoas. Sua inteligência e competência permitem que ele entenda culturas diversas e possa navegar por elas sem violá-las ou ofendê-las; sua visão globalizada é fruto do desenvolvimento de um modelo mental de respeito à diferenciação e ao pluralismo; seu foco no resultado é constante, mas ele não prejudica o que está a sua volta, por isso é justo. 35 A eficácia de um líder Consiste em constituir sua equipe através de uma adequada seleção; Treinar e desenvolver continuamente as pessoas, no que tange a habilidades e atitudes; Desenvolver as competências necessárias ao bom desempenho das tarefas; Analisar e planejar o trabalho de modo a assegurar que as responsabilidades estejam adequadas às capacidades individuais dos membros de sua equipe e gerenciar as mudanças necessárias para manter constante essa sintonia entre o desenvolvimento individual e grupal e as consequências da modernização das atividades e serviços; Ajudar os subordinados a promoverem a melhoria contínua de suas atividades e a manutenção de elevados graus de satisfação profissional; Liderar pessoas e grupos de trabalho, traçando e revendo constantemente os objetivos a serem alcançados e conduzindo os esforços de modo a obter ações eficientes e altamente produtivas; Motivar pessoas e grupos de trabalho através da própria tarefa, do clima organizacional adequado, proporcionando condições ótimas para o alcance dos objetivos organizacionais e dos objetivos individuais dos membros da equipe; Motivar as pessoas elevando a sua auto-estima e o seu sentimento de realização; Monitorar e avaliar o desempenho das pessoas e grupos para verificar o seu progresso e desenvolvimento a fim de assegurar elevados níveis de desempenho através de retroação imediata, segura e corretiva; Recompensar e assegurar reforço positivo do desempenho eficiente e eficaz dos subordinados e da equipe e garantir justiça distributiva com relação aos ganhos de produtividade obtidos com seu pessoal. 36 Conclusões sobre liderança e sobre o que um líder deve fazer • Ser focado em objetivos: concentrar suas energias de forma estratégica para alcançar os objetivos, conciliando objetivos pessoais com os objetivos organizacionais; • Ser orientado para ação: pôr a mão na massa, ser intensivo no seu desempenho e trabalhar duro para fazer as coisas acontecerem; • Ter autoconfiança: confiar na sua capacidade e na capacidade de sua equipe; • Possuir habilidade no relacionamento humano: saber lidar com a diversidade e aproveitar as diferenças conjugando distintas competências no sentido de obter a sinergia, saber ouvir e falar; ter empatia e simpatia, saber transmitir e receber idéias, saber entrevistar e comunicar, saber usar sua autoridade de maneira firme e discreta, saber o que e a quem delegar responsabilidades sem perder o controle da ação no sentido dos objetivos a serem alcançados, suportar pressão e amortecer seu impacto sobre os subordinados, resistir as frustrações e manter sua motivação e de sua equipe pelos desafios e recompensas; • Ser criativo e usar a inovação: buscar a melhoria contínua através de novos produtos, serviços e processos, incentivar e recompensar as sugestões da sua equipe; • Ser flexível: aceitar as mudanças, mudar de opinião e/ou atitude em função de argumentos convincentes, estar predisposto a negociar e a ceder posições pessoais em prol de um bem maior; • Assumir a responsabilidade de tomar decisões: decidir com base na análise dos dados e informações disponíveis e considerando os objetivos organizacionais, fazer escolhas e estabelecer prioridades; • Buscar resultados: alcançar altos padrões de desempenho, direcionar suas ações no sentido da eficácia, qualidade, eficiência e produtividade, compartilhar com a sua equipe a responsabilidade e recompensa pelos resultados obtidos; 37 • Ter visão do futuro: transmitir e compartilhar com sua equipe a visão de futuro, ou seja, um estado futuro desejado e as ações necessárias para chegar lá. 38 CAPÍTULO III COMPETÊNCIA X MOTIVAÇÃO A motivação é uma força interior que se modifica a cada momento durante toda a vida, onde direciona e intensifica os objetivos de um indivíduo. Dessa forma, quando dizemos que a motivação é algo interior, ou seja, que está dentro de cada pessoa de forma particular erramos em dizer que alguém nos motiva ou desmotiva, pois ninguém é capaz de fazê-lo. A motivação é uma coisa intrínseca. Temos que acreditar no nosso potencial para vencer na vida, pois ela nos move a alguma coisa. Ninguém pode motivar ninguém, sendo que a motivação específica para o trabalho depende do sentido que se dá a ele. Motivação deriva originalmente da palavra latina movere, que significa mover. Essa origem da palavra encerra a noção de dinâmica ou de ação que é a principal tônica dessa função particular da vida psiquíca. O caráter motivacional do psiquismo humano abrange portanto, os diferentes aspectos que são inerentes ao processo por meio do qual o comportamento das pessoas pode ser ativado. Ciclo motivacional Equilíbrio → Estimulo → Necessidade → Tensão → Ação → Satisfação Acompanhar as mudanças do nosso tempo é um desafio constante, principalmente nas organizações. É preciso estar atento às novas tecnologias e às suas necessidades; porém, podemos concordar que o interior é diariamente influenciado pelo meio externo. isso inclui pessoas e coisas. Podemos nos sentir 39 influenciados pelo entusiasmo de alguém que nos motiva a fazer algo. Já em determinadas situações e dependendo do temperamento da pessoa, ou mesmo da sua personalidade geral, pode oferecer certa independência ao meio externo. Ou seja, sua força interior de motivação é alta e "não precisa" de ajuda ou baixa e "precisa de apoio". Para que um indivíduo seja capaz de atingir suas próprias potencialidades e o equilíbrio emocional almejado, precisa não apenas está de acordo com isso, mas sobretudo deve estar disponível para investir as suas próprias energias nesse sentido, pois as atitudes do ser humano estão relacionadas ao seu comportamento. O nível de motivação é evidenciado por diversos fatores, como a personalidade da pessoa, suas percepções do meio ambiente, interações humanas, qualidade de vida no trabalho e emoções. Muitos empresários estão percebendo que melhorar a qualidade de vida de seus funcionários e de suas famílias torna a empresa mais saudável, competitiva e produtiva. Essa é a principal função da QVT, ela está baseada em dois aspectos importantes que é o bem-estar do trabalhador e com a eficácia organizacional. A origem do movimento de qualidade de vida no trabalho começou em 1950, com o surgimento da abordagem sócio-técnica. Somente na década de 60, tomaram impulsos, iniciativas de cientistas sociais, líderes sindicais, empresários e governantes, na busca de melhores formas de organizar o trabalho a fim de minimizar só efeitos negativos do emprego na saúde e bem estar geral dos trabalhadores. Entretanto, a expressão qualidade de vida no trabalho só foi introduzida, publicamente, no início da década de 70, então com isso surge um movimento pela qualidade de vida no trabalho, principalmente nos EUA, devido à preocupação com a competitividade internacional e o grande sucesso dos estilos e técnicas gerenciais dos programas de produtividade japonesa, centrado nos empregados. Existia uma tentativa de integrar os 40 interesses dos empregados e empregadores através de práticas gerenciais capazes de reduzir os conflitos. Outra tentativa era a de tentar maior motivação nos empregados, embasando suas filosofias nos trabalhos dos autores da escola de Relações Humanas, como Maslow, Herzberg e outros. Fonte: www.qualidadedevida.com Quanto mais se aprofunda o estudo do comportamento motivacional humano, mais claramente se percebe que a motivação de cada um está ligada a um aspecto que lhe é muito caro, aquele que diz respeito a sua própria necessidade pessoal. A motivação no contexto organizacional envolve também o relacionamento entre líderes e seguidores. O líder enquanto tal só é autorizado a exercer o seu poder à medida que o seguidor reconheça nele grande sensibilidade interpessoal. O seguidor só terá percepçaõ positiva do líder à medida que ele não só conheça as aus expectativas, mas também seja quem o ajude a atingir aquilo que por ele é desejado. O que entendemos como qualidade de vida no trabalho, não é senão o resultado positivo ou negativo da conjunção de diversos fatores objetivos e subjetivos existentes no ambiente de trabalho, sejam derivados a processos e procedimentos administrativos e organizacionais ou derivados de definições, de valores e de entendimento compartilhados sobre o que é desejável naquele ambiente. Os compromissos empresariais atualmente limitado aos acionistas contribuem para a construção de uma filosofia em que o durável e o renovável sejam conteúdos integrantes; nesse sentido, torna-se importante enfatizar o que é qualidade de vida, empresa , trabalho e ambiente. O desempenho de cada trabalhador é conseqüência de sua competência, capacitação para o trabalho que realiza, assim como da motivação para realizar um trabalho. 41 Fonte: Jornal Carreira e Sucesso Fatores extrínsecos ao trabalhador como salário, segurança, políticas organizacionais, relacionamento interpessoal, condições do ambiente de trabalho poderão ter resultados positivos na empresa desde que ela incentive o trabalhador a realizar seu trabalho de forma prazerosa, lançando idéia de premiação como viagens, pagar um “algo mais” pelo trabalho realizado, etc. É muito importante que os funcionários estejam motivados, assim a empresa terá muito mais lucro, maior produtividade e poderá contar com seus funcionários sempre que precisar. Assim sendo, a empresa terá profissionais felizes, eficazes e motivados para o trabalho; embora intrinsecamente motivadas, as pessoas são mais autênticas, desenvolvem maior capacidade de autonomia em administrar a si mesma e são capazes de se relacionar com os demais de maneira mais profunda. O ambiente organizacional que não oferece fatores de satisfação motivacional é o principal responsável pelo desajustamento psicológico para as pessoas que são obrigadas a conviver nele. Também há fatores extrínsecos que desmotivam, como por exemplo, políticas administrativas injustas, falta de competência da supervisão e relacionamento interpessoal precário. As pessoas motivadas no trabalho estão sempre disponíveis para prestar ajuda, são idealistas e assumem a responsabilidade por estarem sempre envolvidas em causas importantes; adotam atitudes de clara lealdade, mesmo que isso venha em prejuízo próprio; são prestativas, sendo sempre possível contar com sua ajuda; procura dar o melhor de si para corresponder às expectativas que pairam sobre os seus ombros. Também são qualificadas pelos seus amigos como alguém flexível, jovial, alegre e otimista. Sendo assim, elas facilitam o relaxamento das situações de atrito social. 42 Infelizmente em muitas organizações é mais comum encontrar um grande contingente de pessoas que não nutrem a menor motivação por aquilo que fazem. Esses trabalhadores não experimentam, portanto, nenhuma satisfação ou realização pessoal gerada por aquilo que fazem no trabalho. O emprego, neste caso, passa a ser entendido como uma forma de angariar recursos para que possam sentir-se felizes fora deles. É nesse momento que o trabalho deixa de exercer seu papel como referencial de auto-estima e valorização pessoal, passando a ser fonte de sofrimento, tensão e não oportunidade de realização sadia dos desejos interiores que cada um tem. A motivação para o trabalho aparece como um fenômeno complexo, que não se pode analisar sem levar em consideração o conjunto da situação, quer dizer, o indivíduo (suas características e experiências), o trabalho (sua natureza e restrições) e a organização com as suas regras, os seus objetivos e o clima que lhe é próprio. A recessão, o intenso uso da automação, o aumento da concorrência, assim como as novas estratégias de gestão, como a terceirização, a reengenharia, o downsizing, a privatização, a fusão, a aquisição e as alianças estratégicas vêm ceifando milhares de empregos, modificando a atitude dos trabalhadores em relação as suas empresas. Em termos amplos poderíamos dizer que as grandes e principais áreas de eficácia de um departamento de recursos humanos são: capacitação do pessoal, melhoria das condições de trabalho, melhoria das relações trabalhistas, obtenção de clima organizacional saudável e contribuição ao desenvolvimento organizacional da empresa. Sendo assim, há uma oportunidade de realizar melhorias contínuas no ambiente de trabalho e nos resultados dos negócios. A motivação nas organizações 43 Bergamini et. al. (1997, p. 14), diz que “motivação é definida como uma inclinação para a ação que tem origem em um motivo. Complementa argumentando que “a motivação, portanto, nasce somente das necessidades humanas e não daquelas coisas que satisfazem essas necessidades”. (1997, p.15) Vale salientar que a motivação é resultante de pulsões internas, de desejos, necessidades individuais que cada pessoa como ser único busca concretizar. O meio externo, as organizações não são origem da motivação. “A organização, enquanto meio social, poderá facilitar ou barrar a realização dos desejos e a satisfação das necessidades”. (AGUIAR. 1997, p. 270). Percebe-se, então, que este conceito de motivação é totalmente válido, uma vez que esta é intrínseca ao indivíduo, ou seja, o ser humano somente se sentirá motivado a partir do momento em que houver uma razão, um objetivo, um fim a ser atingido. A motivação perpassa, também, pelas relações intra e interpessoais que são desenvolvidas dentro da organização. Dificuldades fazem parte da vida do ser humano e essas relações constituem-se num grande desafio para a humanidade. Contudo, vivemos um momento em que urge indagar sobre as finalidades do agir humano dentro das organizações e o que isso influencia nos resultados. A satisfação no trabalho torna as pessoas realizadas e felizes, enquanto que o contrário torna-as doentes, mal humoradas e sem ânimo para realizar determinada tarefa. “A empresa que investe em qualidade de vida no ambiente de trabalho tem ganhos financeiros significativos”. (Nobre, 2010). A relação entre os indivíduos, em uma situação de desigualdade de 44 poder, pode levar a um grau de alienação, baixa motivação e conseqüentes passividades e pouca iniciativa. A vida desenvolve uma contínua construção, sempre inacabada, que exige repensar valores, vivenciar novos sentimentos, aprender novas lições, conquistar novos espaços e vislumbrar novos horizontes. O sucesso é consequência do encontro entre competência e oportunidade. Nossas competências precisam ser continuamente desenvolvidas e aprimoradas e as oportunidades buscadas, criadas e aproveitadas. É sempre melhor estarmos preparados para uma oportunidade e não tê-la, do que ela aparecer e não estarmos preparados. Diante do exposto, surge uma nova demanda: o homem tem que aprender a ser cooperativo e, por conseguinte, aprender a trabalhar em equipe. Reconhecendo a necessária transição da sociedade da informação para a sociedade do conhecimento, as empresas estão investindo na formação continuada de seus funcionários com o objetivo de desenvolver as competências compatíveis com as novas configurações do processo produtivo, contribuindo na aquisição de novos conhecimentos e na valorização do capital humano. Piramide de Maslow – O psicólogo Abraham Maslow desenvolveu dentro de sua Teoria da Motivação, uma hierarquia das necessidades que os homens buscam satisfazer. Estas necessidades se representam em forma da Pirâmide de Maslow : 45 A interpretação da pirâmide nos proporciona o código de sua teoria: Um ser humano tende a satisfazer suas necessidades primárias (mais baixas na pirâmide de Maslow), antes de buscar as do mais alto nível. Uma pessoa não procura ter satisfeitas suas necessidades de segurança (por exemplo, evitar os perigos do ambiente) se não tem cobertas suas necessidades fisiológicas, como comida, bebida, ar, etc. Os degraus da pirâmide de Maslow são: Necessidades fisiológicas As necessidades fisiológicas são satisfeitas mediante comida, bebidas, sonho, refúgio, ar fresco, uma temperatura apropriada, etc] Se todas as necessidades humanas deixam de ser satisfeitas, então as necessidades fisiológicas se transformam na prioridade mais alta. Se oferecerem a um humano soluções para duas necessidades como a necessidade de amor e a fome, é mais provável que o humano escolha primeiro a segunda necessidade, 46 (a de fome). Como resultado, todos os outros desejos e capacidades passam a um plano secundário. Necessidades de segurança Quando as necessidades fisiológicas são satisfeitas, então o ser humano se volta para as necessidades de segurança. A segurança se transforma no objetivo de principal prioridade sobre outros. Uma sociedade tende a proporcionar esta segurança a seus membros. Exemplos recentes dessa perda de segurança incluem a Somália e o Afeganistão. Às vezes, a necessidade de segurança ultrapassa a necessidade de satisfação fácil das necessidades fisiológicas, como passou, por exemplo, os residentes de Kosovo, que escolheram deixar uma área insegura para buscar uma área segura, contando com o risco de ter maiores dificuldades para obter comida. Em caso de perigo agudo a segurança passa a frente das necessidades fisiológicas. Necessidades de amor, Necessidades sociais Devemos ressaltar que não é possível fazer equivaler o sexo com o amor. Mesmo que o amor pode se expressar como parte sexualmente, a sexualidade pode em momentos ser considerada só na sua base fisiológica. Necessidades de estima, Necessidade de Ego Isto se refere à valorização de um mesmo outorgado por outras pessoas. Necessidades do ser, Necessidades de Auto-estima. É a necessidade instintiva de um ser humano de fazer o máximo que pode dar de si, suas habilidades únicas. Maslow o descreve desta forma: “Um músico deve fazer música, um pintor, pintar, um poeta, escrever, se quer estar em paz consigo mesmo. Um homem (ou mulher) deve ser o que pode chegar a 47 ser. Enquanto as anteriores necessidades podem ser completamente satisfeitas, esta necessidade é uma força impelente contínua. Motivação Maslow nos oferece vários códigos no âmbito da motivação. Se quisermos motivar às pessoas que temos ao nosso redor devemos buscar que necessidades têm satisfeitas e tentar facilitar a consecução do degrau superior imediatamente. Tradução – www.suamente.com.br Fonte: http://www.gueb.org/motivacion/La-Piramide-de-Maslow 48 CAPÍTULO IV MUDANÇAS EMPRESARIAIS Mudar algo gera resistência porque as pessoas tendem a resistir àquilo que percebem como ameaça à maneira estabelecida de fazer as coisas. As empresas precisam de novidades, mudanças, de sangue novo, idéias novas. “Mudança é o ato de variar ou de alterar modos convencionais de pensamento ou comportamento”. (Wagner, 1999, p.376). Geralmente através dessas mudanças é criado um espaço para relações mais dignas entre a empresa e as pessoas, à medida que a empresa sabe o que quer de seus funcionários, que estes sabem o que esperar da empresa e que seus gestores têm condições de estabelecer um relacionamento com suas equipes baseado em parâmetros seguros, transparentes e compartilhados. As pessoas precisam adaptar-se às mudanças e neste período, tentam integrar-se à nova situação, tornando-se menos eficazes enquanto desaprendem velhos hábitos e aprendem os novos, portanto é de fundamental importância que as organizações valorizem essas pessoas, não as deixando perder terreno, pelo contrário, tornando-as cada vez mais criativas, competitivas, eficazes, positivas e compensadoras. Desta forma, elas se sentirão satisfeitas e seguras. As pessoas que têm senso de auto-eficácia se refazem de fracassos, abordam as coisas mais em termos de “como lidar com elas” do que se preocupando com o que pode dar errado. A pressão constante para o aperfeicoamento pode ocasionar grandes perdas para o ego humano, uma vez 49 que as pessoas preferem estabalidade em lugar da mudança, por isso há uma certa resistência em mudar. As organizações passam por transformações crescentes ligadas ao avanço na área científica e tecnológica. Essas transformações levam a modificações não apenas de equipamentos, mas também nos processos de trabalho e gestão de pessoas. Novas tecnologias necessitam de novos conhecimentos tanto para execução de operações como na gestão de pessoas, isso significa a necessidade de um redesenho organizacional que leva em conta as pessoas envolvidas no processo. Para inovar, é preciso ter cuidado por menor que seja a transformação na organização. Além da transformação, as empresas têm que se preocupar com a qualidade de vida de seus funcionários porque desta forma eles se sentirão mais motivados. A empresa deve dá treinamentos necessários para os funcionários que irão ser afetados pela mudança, dá apoio emocional, fazer reuniões de instrução e sessões de aconselhamento. A velocidade e a intensidade das mudanças A tecnologia tem sido uma das variáveis que mais tem contribuído para a evolução da ciência da administração. Em toda parte vêem-se mudanças no universo do trabalho. Surgem novas profissões, exigindo novos conhecimentos e habilidades, porém elas não substituem numericamente as profissões e os postos de trabalho extintos por serem considerados obsoletos. 50 A velocidade das mudanças exige uma grande capacidade das organizações em se adaptar às novas condições e exigências de mercado. A tecnologia digital substituiu a analógica e estas mudanças tornaram obsoletos produtos, processos e competências. A diferença das mudanças do século passado para este século está na velocidade com que as transformações ocorrem. E tal velocidade é difícil até mesmo de ser imaginada, para se ter uma dimensão mais aproximada do que realmente significa. Segundo o Massachussetts Institute of Technology – MIT, 70% da tecnologia que usaremos daqui a dez anos ainda não foi inventada. Isto significa dizer que a cada dez anos o nosso conhecimento (ou nova vantagem competitiva) fica obsoleto, ou seja, as organizações e consequentemente as pessoas, não podem parar de se atualizar sob pena de perder competitividade. Hoje, em qualquer canto do mundo, profissionais convivem obrigatoriamente com uma parafernália de equipamentos inimagináveis até pouco tempo atrás. E são obrigados a reconhecer que esses recursos apareceram para facilitar o dia-a-dia, agilizar as comunicações e tornar mais agradável a vida de todo mundo. Numa sociedade baseada em informação, estar sempre aprendendo torna-se um imperativo, sob pena de vermos o indivíduo se transformar num morto-vivo, caso não saiba apertar botões, ler as instruções das máquinas ou usar cartões magnéticos para tudo. (Freitas, 2006). Comunicação e mudança empresarial Quando uma empresa resolve implantar um novo processo, esse novo processo estará sujeito aos padrões internos já estabelecidos como corretos, ou seja, a cultura organizacional. 51 As mudanças geram conflitos, a cooperação declina, pois o espírito de colaboração das pessoas fica mais restrito e as comunicações sofrem alterações. Assim, para que as novas formas de trabalho consigam resultados esperados é importante a análise das formas existentes de comunicação. A Falha na comunicação é realmente um fator preponderante nas empresas, pois não é a mensagem que você envia para as pessoas, mas o que os outros entendem. Muitas vezes gestores não usam a linguagem adequada para se comunicar com seus colaboradores, usam uma linguagem que, muitas vezes, está em sintonia diferente, o que torna difícil a compreensão. É daí que surgem muitos ruídos de comunicação. A falta de gerenciamento de comunicação pode gerar resultados inadequados nos outros planos estratégicos da organização. O gerenciamento da comunicação é fundamental para a obtenção de resultados adequados na aquisição de novas tecnologias e paralelamente podese relacionar com a redução de custos nesse processo de mudança, pois à medida que o planejamento estratégico analisa a comunicação inserindo-a nas estratégias, a probabilidade de sucesso da implantação de novas tecnologias aumentará. Processos de comunicação Comunicar significa tornar uma idéia comum a um ou vários atores distintos. Um emissor (ou remetente) envia uma mensagem a um receptor (ou destinatário). A mensagem do emissor visa estimular a produção de uma determinada resposta do receptor. 52 Emissor → Mensagem → Receptor - Emissor: é a pessoa que pretende comunicar uma mensagem, pode ser chamada de fonte ou de origem. a) Significado: corresponde à ideia, ao conceito que o emissor deseja comunicar. b) Codificador: é constituído pelo mecanismo pelo qual a mensagem é elaborada para que possa ser transmitida. - Mensagem: é a ideia em que o emissor deseja comunicar. a) Canal: também chamado de veículo, é o espaço situado entre o emissor e o receptor. b) Ruído: é a perturbação dentro do processo de comunicação. - Receptor: é a etapa que recebe a mensagem, a quem é destinada. a) Descodificador: é estabelecido pelo mecanismo auditivo para decifrar a mensagem, para que o receptor a compreenda. b) Compreensão: é o entendimento da mensagem pelo receptor. c) Regulamentação: o receptor confirma a mensagem recebida do emissor, representa a volta da mensagem enviada pelo emissor (feedback). Origem: Wikipédia.org Quando um emissor não consegue transmitir sua mensagem para o receptor, quer seja de forma completa ou não, diz-se que esta mensagem está impregnada de ruídos, pois eles são responsáveis pelo surgimento de barreiras na comunicação. Teoróricos de comunicação afirmam que as barreiras de comunicação estão associadas a diferenças de repertório, ou seja, da rede de referências, valores, conhecimentos históricos, afetivos, científicos e profissionais presentes em cada indivíduo entre o emissor e o receptor. É no seu ambiente cultural que o indivíduo vai colher o material necessário para formar o seu repertório que assim, passa a ser o seu mapa de referência cultural. 53 As empresas veiculam as mensagens que consideram importantes e fundamentais para o sucesso dos seus negócios, pois elas buscam a excelência, estabilização de relações e de criação de aprendizagem para lidar com problemas externos e a coesão interna. A comunicação pode ser uma ferramenta importante para alavancar uma carreira e também pode ajudar a trazer resultados para as empresas. Além disso, uma comunicação bem desenvolvida melhora a qualidade de vida e aperfeiçoa processos de produção nas organizações, entre vida pessoal e profissional. A forma de como a comunicação é utilizada pela empresa que está se automatizando pode influenciar no processo de entrada de novas tecnologias, alterar padrões de produção e identificar diferentes estratégias para a direção. A comunicação para ser utilizada de forma adequada pelas empresas necessita de amplo entendimento da cultura organizacional e embora exista a comunicação independentemente da importância que a empresa manifeste para ela, não será um veículo facilitador nas diferentes questões empresariais, se não for utilizada corretamente e como uma forma de amenização dos diferentes impactos gerados pelas mudanças na empresa. A comunicação tem um aspecto importante dentro destas transformações e pode facilitar a compreensão nos processos de transmissão e assimilação de novos conceitos e na socialização do conhecimento, isto é, compartilhar com todos os trabalhadores as metas da empresa. Quando um trabalhador conhece os planos da empresa em que trabalha, poderá colaborar com as mudanças que forem propostas. A comunicação exerce um papel importante, principalmente nos períodos de mudanças nas empresas, ela precisa ir além da flexibilização ou 54 breve amenização dos impactos. Ela tem o papel de ir além do procedimento apenas informativo de mudanças e decisões sobre quaisquer assuntos. À medida que os funcionários da empresa participarem do processo de mudança estarão fazendo parte de um contexto e também terão a possibilidade de participar ativamente, como por exemplo, através de sugestões. A comunicação pode dar suporte às empresas e auxiliar no processo de implantação de novas tecnologias, desta forma evitando maiores impactos nos trabalhadores. A forma como se processa e gerencia-se a comunicação pode gerar influências no clima da organização e essas influências podem ser reforçadas ou refutadas pelo padrão de cultura empresarial. Diante disso, podemos considerar que uma comunicação é estratégica quando leva em conta o estado atual do clima organizacional e o tipo da cultura empresarial. Os resultados tanto do clima quanto da cultura estabelecem as estratégias a serem utilizadas. Uma das estratégias comunicacionais está baseada no sistema de ouvidoria interna. Isso tem levado a empresa a ouvir seus clientes internos, esses aspectos são reflexos das mudanças empresariais. Os gestores tem que incentivar a participação, divulgando esse sistema, mostrar os benefícios potenciais da participação e constantemente fornecer o feedback aos envolvidos. Qualquer que seja a reclamação ou sugestão, o feedback é indispensável para a existência de um sistema de ouvidoria interna. A ouvidoria pode ter o papel comunicacional de integração. Para tanto, necessita de uma adequada organização das informações coletadas, a fim de viabilizar o desenvolvimento de estratégias. 55 Cabe a lideranças empresariais decodificar as formas de comunicação existentes e inserir os resultados dessa codificação nas estratégias do processo de transição, pois em certo sentido, o conceito de organização é semelhante ao de comunicação. O processo comunicacional interno deve estar em sintonia com um sistema social mais amplo. Amplo na concepção de empresa sem um gerenciamento que realize as conexões necessárias. A comunicação realmente é a força de uma empresa. Não apenas essa que faz anúncios, aquela que faz promoções, mas é principalmente aquela que conversa nos corredores da empresa, a que fala a respeito dos novos afazeres sobre metas e indicadores, a que se torna uma política de entendimento da visão estratégica. A diferença não está no estabelecimento de metas mais fáceis: as empresas de visão costumam ter ambições extremamente audaciosas. A diferença também não repousa em liderança carismática, visionária: as empresas de visão muitas vezes concretizam suas metas sem líderes geniais no leme. E ainda a diferença não está em estratégias melhores, pois muitas vezes concretizam suas metas mais por meio do processo natural de "vamos tentar um monte de coisas e ficar com o que funcionar" do que por meio de planos estratégicos bem-articulados. A comunicação organizacional e as possibilidades econômicas se autocompletam em objetivos, pesquisas, análises e implementação de processos produtivos. Nos tempos atuais, as mudanças econômicas e a informação correm em alta velocidade, com a capacidade de modificar rumos e metas. Para haver o sucesso organizacional é necessária uma constante revisão das metas de comunicação organizacional. De maneira prática, a comunicação organizacional é uma expressão e leitura de uma cultura 56 organizacional referente a elementos externos (sociedade e mercado) e internos (ambiente laboral e organizacional). Sobretudo, pretende sempre atualizar e reforçar a imagem corporativa perante público, concorrentes e mercado. Mas o grande objetivo da comunicação empresarial é também com o seu público interno, aquele que participa da produção, que compartilha do ambiente organizacional e que comenta sobre a empresa em que trabalha com seus familiares e amigos. Empresas que investem em comunicação organizacional possuem a capacidade de gerar vantagem competitiva e gestão em fase de crises, motivando por meio de informações relevantes, a capacidade de superação de todos os profissionais de uma empresa. Todavia, a comunicação focada no público interno possui um estilo de informação de sentido mais administrativo e gerencial, desempenhando funções ligadas ao planejamento estratégico e pesquisas de opinião. 57 CONCLUSÃO As pessoas que compõem a força de trabalho devem estar capacitadas e satisfeitas, atuando em um ambiente propício à consolidação da cultura da excelência. O sucesso de uma organização está diretamente relacionado à sua capacidade de atender às necessidades e expectativas de seus clientes. Elas devem ser identificadas, entendidas e utilizadas para que se crie o valor necessário para conquistar e reter esses clientes. Para que haja continuidade em suas operações, a empresa também deve identificar, entender e satisfazer as necessidades e expectativas da sociedade e das comunidades com as quais interage sempre de forma ética, cumprindo as leis e preservando o ambiente. Alguns fundamentos podem levar a empresa ao sucesso, como por exemplo, aprendizado organizacional, cultura de inovação, liderança, orientação por processos e informações, visão de futuro, valorização de pessoas e conhecimento sobre o cliente e o mercado. De posse de todas essas informações, a liderança estabelece os princípios da organização, pratica e vivencia os fundamentos da excelência, impulsionando, com seu exemplo, a cultura da excelência na organização. Os líderes analisam o desempenho e executam, sempre que necessário, as ações requeridas, consolidando o aprendizado organizacional. As estratégias são formuladas pelos líderes para direcionar a organização e o seu desempenho, determinando sua posição competitiva. Elas são desdobradas em todos os níveis da organização, com planos de ação de curto e longo prazos. Recursos adequados são alocados para assegurar sua implementação. A organização avalia permanentemente a implementação das 58 estratégias e monitora os respectivos planos e responde rapidamente às mudanças nos ambientes interno e externo. Para ser estratégica e eficaz, a comunicação deve orientar a diretoria sobre como comunicar seus propósitos de modo eficiente, criando um ambiente participativo que favoreça a gestão dos processos de mudança e quantifique o impacto das iniciativas comunicacionais de modo a personificar uma identidade de empresa colaborativa, orientada para seus principais clientes: funcionários, consumidores e sociedade. Neste sentido, a comunicação interna deve contribuir efetivamente para orientar os gestores e demais colaboradores para as necessidades dos clientes, buscando o envolvimento dos funcionários nos processos de negócio, conscientizando todos sobre os fatores críticos que devem ser perseguidos para que a estratégia da empresa seja bem sucedida. É preciso que gestores e profissionais envolvidos parem para repensar a comunicação e o relacionamento entre empresa e funcionários. É necessário refletir se, na prática, essa comunicação está contribuindo para promover o alinhamento estratégico e facilitar o alcance dos objetivos organizacionais e a estratégia corporativa. Os valores compartilhados são importantes porque se relacionam com sentimentos de sucesso pessoal, elevam o comprometimento com a organização, aumentam a autoconfiança no entendimento pessoal e nos valores organizacionais, favorecem um comportamento ético, constroem compatibilidade com os objetivos da organização e os seus stakeholders. As empresas ditam valores bastante comuns, como: a importância do consumidor, a qualidade de seus produtos e serviços, a inovação, o respeito e a motivação de seus funcionários. Desta forma podemos ver que esses valores, assim como os tabus são aspectos que irrigam a vida grupal e representam a cultura da empresa. 59 BIBLIOGRAFIA LUZ, Ricardo. Gestão do Clima Organizacional. 1ª edição. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003. Revista Você SA – O que aprendi com meu erro. São Paulo, Junho: 2009. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro: Campus, 1993. BERGAMINI, Whitake Cecília. Motivação nas organizações. 4ª edição. São Paulo: Atlas, 1997. 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Os três níveis da cultura empresarial 12 1.1 Fenômenos da cultura empresarial 12 1.2 Manifestações da cultura empresarial 14 1.3 pressupostos 15 1.4 Influências da cultura empresarial 16 2 Influência da cultura no clima organizacional 17 2.1 Identidades em formação e mudança 17 2.2 Características da cultura em uma empresa grande 17 2.3 Etapas para implementação de uma pesquisa de clima 19 3 Definição dos objetivos da pesquisa 20 3.1 Ritos do processo 20 3.2 Definições dos fatores a pesquisar 21 3.3 Definição da população a ser abrangida e tipos de segmentação 21 3.4 Tipos se segmentação 21 3.5 Estratégia e logística de aplicação 22 3.6 Definição de relatórios 22 3.7 Implementação da pesquisa de clima 22 3.8 Elaboração dos instrumentos 23 62 4. Avaliação do clima organizacional pelo RH 23 4.1 Objetivos da Administração de Recursos Humanos 24 4.2 Tipos de clima organizacional 25 4.3 Expressões realizadas para denominar o clima 26 CAPÍTULO II Cultura x Liderança 27 As três forças de uma empresa 29 As sete competências de um líder 33 A eficácia de um líder 35 Conclusões sobre liderança e sobre o que um líder deve fazer 36 CAPÍTULO III Motivação x Competência 38 Ciclo motivacional 38 A motivação nas organizações 42 Motivação 47 CAPÍTULO IV Mudanças Empresariais 48 A velocidade e a intensidade das mudanças 49 Comunicação e mudança empresarial 50 Processos de comunicação 51 CONCLUSÃO 57 BIBLIOGRAFIA 59 ÍNDICE 61