FOTOGRAFIA DO MERCADO DE TRABALHO FORMAL RIO GRANDE DO SUL 2012 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................3 1 ECONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ....................................................................4 2 ALIMENTOS...........................................................................................................................................19 3 BEBIDAS ................................................................................................................................................24 4 TABACO .................................................................................................................................................29 5 TÊXTEIS .................................................................................................................................................34 6 VESTUÁRIO E ACESSÓRIOS ...........................................................................................................39 7 COURO E CALÇADOS ........................................................................................................................44 8 PRODUTOS DE MADEIRA .................................................................................................................49 9 CELULOSE E PAPEL...........................................................................................................................54 10 IMPRESSÃO E REPRODUÇÃO ......................................................................................................59 11 REFINO DE PETRÓLEO ...................................................................................................................64 12 QUÍMICOS ...........................................................................................................................................69 13 FARMACÊUTICOS .............................................................................................................................75 14 BORRACHA E PLÁSTICO ................................................................................................................80 15 MINERAIS NÃO METÁLICOS ..........................................................................................................85 16 METALURGIA......................................................................................................................................90 17 PRODUTOS DE METAL (EXCETO MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS) ....................................95 18 EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA E ELETRÔNICOS .........................................................100 19 MATERIAL ELÉTRICO ....................................................................................................................105 20 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ...................................................................................................110 21 VEÍCULOS AUTOMOTORES .........................................................................................................115 22 OUTROS EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE (EXCETO VEÍCULOS) ...............................120 23 MÓVEIS ..............................................................................................................................................125 24 PRODUTOS DIVERSOS .................................................................................................................130 25 MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS .............................135 26 CONSTRUÇÃO CIVIL ........................................................................................................140 27 CUSTO UNITÁRIO DO TRABALHO ..............................................................................................146 REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................156 INTRODUÇÃO O presente estudo analisa o comportamento do mercado de trabalho formal na indústria de transformação do Estado do Rio Grande do Sul no ano de 2012 (última informação disponível), tendo como base os dados disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e do Emprego. Também, são mostradas características particulares do mercado de trabalho de cada segmento industrial, bem como da construção civil. Desta forma, o estudo apresenta em seu primeiro capítulo um breve histórico sobre as principais características estruturais e institucionais da indústria de transformação. Ainda, é abordado, nesse contexto, a distribuição territorial das indústrias – ou seja, como estão distribuídos os empregos e os estabelecimentos industriais ao longo das sete mesorregiões do Estado. Após uma breve análise das peculiaridades das empresas e da mão-de-obra empregada, são feitas estimativas da distribuição dos empregos e das empresas a partir do uso de modelos econométricos. Vale ressaltar que esse tema tem como intuito identificar o processo de dispersão dos empregos nas diferentes indústrias e como isso pode nos remeter a uma previsão sobre um comportamento futuro do mercado de trabalho no setor. Nos capítulos subsequentes, são abordados de forma particular os trabalhadores e as empresas que constituem cada segmento da indústria de transformação, dividindo a análise nos 24 subsetores existentes. Ainda, é traçado o perfil dos trabalhadores e das empresas que compõe a construção civil, considerando não apenas questões de distribuição espacial relacionadas às empresas, mas também aos empregos. Por fim, é feita uma análise da evolução do Custo Unitário do Trabalho (ULC – Unit Labor Cost) no Estado, numa perspectiva de comparação com os resultados do Brasil e de outros 19 países. O objetivo desta seção é inferir o grau de competitividade da indústria gaúcha no cenário nacional e mundial. Com esse estudo, espera-se contribuir para um melhor entendimento das relações do mercado na indústria gaúcha, o que pode ser útil na determinação e escolha de investimentos futuros e na elaboração de estudos derivados. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 3 1 ECONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL A indústria de transformação tem forte presença na economia gaúcha, com participação significativa no Produto Interno Bruto (PIB), nas exportações e no emprego do Estado. Há a harmoniosa convivência neste ambiente econômico de uma grande quantidade de empresas de diferentes dimensões – micro, pequenas, médias e grandes - assim como multinacionais com empresas locais, de capital gaúcho, externo ou misto. Além da matriz industrial bastante desenvolvida, é importante ressaltar que os produtos industriais gaúchos estão presentes em mais de 190 países, evidenciando não apenas seu dinamismo e capacidade de competição, mas também sua importância para o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul. Tabela 1.1: VTI e Exportações da Indústria de Transformação do RS Alimentos Bebidas Tabaco Têxteis Vestuário e Acessórios Couro e Calçados Produtos de Madeira Celulose e Papel Impressão e Reprodução Refino de Petróleo Químicos Farmacêuticos Borracha e Plástico Minerais não Metálicos Metalurgia Produtos de Metal Equipamentos de Informática e Eletron. Material Elétrico Máquinas e Equipamentos Veículos Automotores Outros Equiptos de Transporte Exportações - 2013 VTI - 2011 US$ m ilhões Part. (%) R$ m ilhões Part. (%) 4.159 21,1 10.045 16,3 9 0,0 1.993 3,2 2.341 11,9 2.557 4,2 52 0,3 617 1,0 45 0,2 833 1,4 1.027 5,2 4.809 7,8 129 0,7 685 1,1 182 0,9 1.169 1,9 1 0,0 381 0,6 358 1,8 419 0,7 2.274 11,5 5.911 9,6 23 0,1 177 0,3 361 1,8 2.537 4,1 92 0,5 1.895 3,1 169 0,9 1.593 2,6 480 2,4 4.250 6,9 152 0,8 896 1,5 140 0,7 1.361 2,2 1.188 6,0 6.288 10,2 1.353 6,9 8.002 13,0 4.824 24,5 712 1,2 Móveis 212 1,1 2.387 3,9 Produtos Diversos 137 0,7 1.142 1,9 Manut e Rep de Maq e Equiptos Total da Indústria de Transform ação - - 19.707 100 914 1,5 61.572 100 Fonte: MDIC/SECEX e IBGE/PIA. Elaboração FIERGS/UEE De acordo com os dados do Ministério do Trabalho (2012) existem no Rio Grande do Sul 36.665 estabelecimentos vinculados à indústria de transformação e 18.445 Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 4 ligados à construção civil. A distribuição espacial das empresas vinculadas à indústria de transformação1 através das sete mesorregiões do estado não é feita de forma homogênea, visto que grande parte desses estabelecimentos está localizada na região Metropolitana de Porto Alegre, que concentra 45,3% do total. Os setores2 que mais se destacam são: couro e calçados, produtos de metal e alimentos, com 23,8%, 13,1% e 7,6% do total de estabelecimentos dessa mesorregião, respectivamente. Noroeste 16,3 1,9 21,9 Centro Nordeste Ocidental Centro 2,8 Oriental 45,3 Sudoeste 8,5 Metropolitana 3,4 Sudeste Figura 1.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Transformação do RS Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A segunda região em número de estabelecimentos é a Nordeste, com 8.026, representando aproximadamente 22% do total. O setor que detém a maior parte dos estabelecimentos desta região é o de produtos de metal, com 1.379, ou seja, 17,2% do total, seguido pelos setores de móveis (12,6%) e vestuário e acessórios (10,4%). Em seguida, tem-se a região Noroeste, que conta com 5.975 estabelecimentos, o equivalente a 16,3%. Os destaques são os setores de alimentos, produtos de metal e vestuário e acessórios. As regiões Centro Oriental, Centro Ocidental, Sudeste e Sudoeste têm atividade industrial menos intensiva e detém os 16,6% restantes dos 1 A distribuição espacial das empresas da construção civil é apresentada no tópico destinado à análise específica deste setor. 2 A classificação dos setores é feita de acordo com a divisão da CNAE 2.0, definida pelo Conselho Nacional de Classificações (CONCLA). Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 5 estabelecimentos da indústria de transformação do estado. Esta distribuição3 pode ser observada na figura 1.1. Tabela 1.2: Distribuição dos Estabelecimentos da Indústria de Transformação do RS por Porte Micro Alimentos Bebidas Tabaco Têxteis Vestuário e Acessórios Couro e Calçados Produtos de Madeira Celulose e Papel Impressão e Reprodução Refino de Petróleo Químicos Farmacêuticos Borracha e Plástico Minerais não Metálicos Metalurgia Produtos de Metal Equipamentos de Informática e Eletron. Material Elétrico Máquinas e Equipamentos Veículos Automotores Outros Equiptos de Transporte Móveis Produtos Diversos Manut e Rep de Maq e Equiptos Total da Indústria de Transform ação Construção de Edifícios Obras de Infra Estrutura Serviços Especializados para Constr Total da Construção Civil 3.090 238 32 516 2.578 2.985 1.991 270 981 10 496 32 939 1.633 313 4.084 212 315 1.391 403 67 2.117 1.015 1.067 26.775 7.928 1.705 5.761 15.394 Pequena 798 64 9 112 503 1.301 388 142 163 5 203 19 472 488 111 870 85 151 597 196 18 544 225 148 7.612 1.566 348 730 2.644 Média 287 22 12 35 67 374 23 34 20 2 51 9 132 58 34 172 32 28 174 70 9 127 33 20 1.825 185 107 76 368 Grande 92 12 9 3 2 93 4 7 1 2 11 2 29 4 10 33 9 13 44 36 4 19 6 8 453 10 22 7 39 Total 4.267 336 62 666 3.150 4.753 2.406 453 1.165 19 761 62 1.572 2.183 468 5.159 338 507 2.206 705 98 2.807 1.279 1.243 36.665 9.689 2.182 6.574 18.445 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A distribuição por porte4 das empresas que compõem a indústria de transformação do Estado do Rio Grande do Sul mostra que esta é majoritariamente composta por microempresas, que correspondem a 73% do total. As pequenas empresas possuem 7.612 estabelecimentos, o que representa 20,8% do total; as de 3 A coloração do mapa é feita por densidade. Assim, a mesorregião com a cor mais escura é a que possui o maior número de estabelecimentos industriais. 4 Foi utilizado o critério da EUROSTAT para a classificação dos estabelecimentos industriais de acordo com o porte, a saber: (i) micro: até 9 funcionários; (ii) pequeno: de 10 a 49 funcionários; (iii) médio: de 50 a 249 funcionários; (iv) grande: 250 ou mais funcionários. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 6 médio porte, com 1.825 estabelecimentos, representam 5% total. Por fim, existem apenas 453 empresas de grande porte, o que equivale a 1,2%. Estes dados podem ser observados na tabela 1.2. Em dezembro de 2012, foram registrados, no Estado do Rio Grande do Sul, 2.993.031 trabalhadores formais, dos quais 23,7% (708.846) estão empregados na indústria de transformação. Destes, mais de 83% estão concentrados em três mesorregiões – o que era esperado dada a concentração de estabelecimentos. 13,4 23,8 1,5 1,6 9,7 46,1 3,9 Figura 1.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Transformação do RS Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Desta forma, 46,1% dos empregados na indústria de transformação do Estado encontram-se na mesorregião Metropolitana de Porto Alegre, sendo o setor que mais emprega o de couro e calçados, com um total de 101.548 trabalhadores – equivalente a quase 31,1% dos empregados da indústria dessa mesorregião. Cabe destacar que este número ser bastante elevado se deve a dois fatores. Primeiramente, o setor de couro e calçados, além de ser intensivo em trabalhadores, é o que concentra a maior quantidade de trabalhadores na indústria de transformação do estado: possui 128.899 empregados, o que corresponde a 18,2% do total. Além disso, quase 79% dos trabalhadores deste setor estão situados nesta mesorregião. A segunda mesorregião em concentração de trabalhadores é a Nordeste, com 168.365 (23,8%). Os setores que mais se destacam nesta são os de fabricação de Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 7 veículos automotores, reboques e carrocerias, produtos de metal e móveis, com 18%, 13,8% e 12%, respectivamente. Em seguida, tem-se a região Noroeste, com 95.008 empregados formais. Tabela 1.3: Distribuição dos Empregados da Indústria de Transformação do RS por Porte das Empresas Industriais Micro Alimentos Bebidas Tabaco Têxteis Vestuário e Acessórios Couro e Calçados Produtos de Madeira Celulose e Papel Impressão e Reprodução Refino de Petróleo Químicos Farmacêuticos Borracha e Plástico Minerais não Metálicos Metalurgia Produtos de Metal Equipamentos de Informática e Eletron. Material Elétrico Máquinas e Equipamentos Veículos Automotores Outros Equiptos de Transporte Móveis Produtos Diversos Manut e Rep de Maq e Equiptos Total da Indústria de Transform ação Construção de Edifícios Obras de Infra Estrutura Serviços Especializados para Constr Total da Construção Civil 9.045 632 88 1.487 6.942 8.579 6.244 857 2.685 23 1.604 92 3.224 5.480 1.032 11.661 661 968 4.592 1.355 174 6.286 2.778 2.587 79.076 18.393 4.034 12.497 34.924 Pequena 16.503 1.366 230 2.220 9.638 29.776 7.108 2.783 2.886 120 4.372 414 10.378 8.834 2.182 16.606 1.680 3.002 12.049 4.025 361 11.470 4.574 2.896 155.473 30.297 7.523 14.026 51.846 Média 29.518 2.048 1.147 3.655 6.121 37.480 1.792 3.716 2.009 400 5.343 852 13.105 6.073 4.011 17.399 3.998 2.586 18.252 8.198 939 12.809 2.763 2.097 186.311 17.147 10.487 6.835 34.469 Grande 62.277 6.060 4.986 2.254 648 53.064 2.258 2.655 522 604 4.866 1.063 13.874 1.569 6.027 20.451 6.163 7.308 27.146 38.525 6.315 10.872 3.378 5.101 287.986 4.819 17.122 3.958 25.899 Total 117.343 10.106 6.451 9.616 23.349 128.899 17.402 10.011 8.102 1.147 16.185 2.421 40.581 21.956 13.252 66.117 12.502 13.864 62.039 52.103 7.789 41.437 13.493 12.681 708.846 70.656 39.166 37.316 147.138 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Em relação aos empregos por porte de empresa, nota-se que há uma distribuição bastante uniforme, embora haja um grande número de microempresas. Estas, empregam 79.076 trabalhadores, o que representa 11,2% do total. As pequenas empresas, com 155.473 empregados, representam 21,9% do total; as empresas de porte médio, que contam com 287.986 funcionários, correspondem a 26,3%; por fim, as empresas de porte grande (que tem apenas 1,2% do total de estabelecimentos) empregam 40,6% da mão-de-obra. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 8 A partir destes dados, é possível calcular a média de empregados por porte do estabelecimento industrial. Enquanto que, para a indústria como um todo, essa média é de 19 trabalhadores por empresa. Para as indústrias de grande porte a média é de 636, já para as microempresas, de porte pequeno e de porte médio, as médias são de 3; 20 e 102, respectivamente. Tabela 1.4: Média de Trabalhadores da Indústria de Transformação do RS por Porte de Empresas Micro Alimentos Bebidas Tabaco Têxteis Vestuário e Acessórios Couro e Calçados Produtos de Madeira Celulose e Papel Impressão e Reprodução Refino de Petróleo Químicos Farmacêuticos Borracha e Plástico Minerais não Metálicos Metalurgia Produtos de Metal Equipamentos de Informática e Eletron. Material Elétrico Máquinas e Equipamentos Veículos Automotores Outros Equiptos de Transporte Móveis Produtos Diversos Manut e Rep de Maq e Equiptos Total da Indústria de Transform ação Construção de Edifícios Obras de Infra Estrutura Serviços Especializados para Constr Total da Construção Civil Pequena 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 3 2 2 2 2 21 21 26 20 19 23 18 20 18 24 22 22 22 18 20 19 20 20 20 21 20 21 20 20 20 19 22 19 20 Média 103 93 96 104 91 100 78 109 100 200 105 95 99 105 118 101 125 92 105 117 104 101 84 105 102 93 98 90 94 Grande 677 505 554 751 324 571 565 379 522 302 442 532 478 392 603 620 685 562 617 1.070 1.579 572 563 638 636 482 778 565 664 Total 28 30 104 14 7 27 7 22 7 60 21 39 26 10 28 13 37 27 28 74 79 15 11 10 19 7 18 6 8 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A partir da base de dados do Ministério do Trabalho, é possível calcular a quantidade de salários mínimos recebidos por trabalhador em cada setor da indústria de transformação. Estes resultados estão apresentados na tabela 1.5 e pode-se observar que os trabalhadores recebem, em média em 2012, cerca de 2,6 salários mínimos. O segmento que melhor remunera é o do Tabaco, que paga em média aos seus funcionários 5,2 salários mínimos, seguido dos segmentos de Outros equipamentos de transporte, que oferece remuneração média de 4,8. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 9 A mão-de-obra da indústria no RS é predominantemente formada por trabalhadores do sexo masculino, que correspondem a 64,4% do total dos empregados formais. Os setores industriais onde essa proporção é maior são os de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos, onde 87,6% dos funcionários são homens; o de minerais não metálicos (87%) e o de outros equipamentos de transporte – exceto veículos automotores (85,9%). Por outro lado, apenas três segmentos têm seu quadro de funcionários composto majoritariamente por trabalhadores do sexo feminino, a saber: vestuário e acessórios (83,8%); couro e calçados (58,4%); e farmacêutica (56,6%). Tabela 1.5: Características Gerais da Indústria de Transformação Gaúcha Estabelecim entos Em pregados Alimentos Bebidas Tabaco Têxteis Vestuário e Acessórios Couro e Calçados Produtos de Madeira Celulose e Papel Impressão e Reprodução Refino de Petróleo Químicos Farmacêuticos Borracha e Plástico Minerais não Metálicos Metalurgia Produtos de Metal Equipamentos de Informática e Eletron. Material Elétrico Máquinas e Equipamentos Veículos Automotores Outros Equiptos de Transporte Móveis Produtos Diversos Manut e Rep de Maq e Equiptos Total da Indústria de Transform ação Construção de Edifícios Obras de Infra Estrutura Serviços Especializados para Constr Total da Construção Civil 4.267 336 62 666 3.150 4.753 2.406 453 1.165 19 761 62 1.572 2.183 468 5.159 338 507 2.206 705 98 2.807 1.279 1.243 36.665 9.689 2.182 6.574 18.445 117.343 10.106 6.451 9.616 23.349 128.899 17.402 10.011 8.102 1.147 16.185 2.421 40.581 21.956 13.252 66.117 12.502 13.864 62.039 52.103 7.789 41.437 13.493 12.681 708.846 70.656 39.166 37.316 147.138 Média Salarial/ m ês em S.M. em R$¹ 2,1 1.321,0 2,8 1.771,1 5,2 3.233,3 2,2 1.372,9 1,5 929,9 1,7 1.078,7 1,9 1.178,3 2,9 1.802,6 2,3 1.424,8 4,7 2.935,3 4,7 2.950,3 3,3 2.046,8 2,6 1.630,1 2,1 1.312,9 3,8 2.349,3 2,9 1.777,0 3,5 2.157,8 3,1 1.899,2 3,5 2.169,8 4,0 2.475,6 4,8 2.995,5 2,3 1.458,8 2,3 1.418,2 3,6 2.214,8 2,6 1.644,1 2,1 1.288,9 3,0 1.893,0 2,0 1.232,1 2,3 1.435,3 ¹ Cálculo realizado assumindo o salário mínimo nacional vigente em dezembro de 2012 (R$ 622) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 10 A idade média do empregado na indústria do Rio Grande do Sul é de 34 anos. Ressalta-se que as indústrias na qual, em média, os trabalhadores são mais jovens (31 anos) é a de equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos. Em contrapartida, os segmentos no qual os empregados têm idade média mais elevada (37 anos) são os de refino de petróleo e de tabaco. Tabela 1.6: Características dos Trabalhadores da Indústria de Transformação Gaúcha Hom em Alimentos Bebidas Tabaco Têxteis Vestuário e Acessórios Couro e Calçados Produtos de Madeira Celulose e Papel Impressão e Reprodução Refino de Petróleo Químicos Farmacêuticos Borracha e Plástico Minerais não Metálicos Metalurgia Produtos de Metal Equipamentos de Informática e Eletron. Material Elétrico Máquinas e Equipamentos Veículos Automotores Outros Equiptos de Transporte Móveis Produtos Diversos Manut e Rep de Maq e Equiptos Total da Indústria de Transform ação Construção de Edifícios Obras de Infra Estrutura Serviços Especializados para Constr Total da Construção Civil 69.001 8.105 5.067 4.744 3.785 53.588 14.799 6.788 4.983 927 11.301 1.050 25.766 19.092 11.138 51.236 6.981 9.020 52.649 43.831 6.690 27.887 7.193 11.109 456.730 65.083 36.479 33.435 134.997 Mulher 48.342 2.001 1.384 4.872 19.564 75.311 2.603 3.223 3.119 220 4.884 1.371 14.815 2.864 2.114 14.881 5.521 4.844 9.390 8.272 1.099 13.550 6.300 1.572 252.116 5.573 2.687 3.881 12.141 Idade Média 34 33 37 35 35 34 36 34 32 37 35 32 33 35 35 34 31 33 34 33 34 33 32 35 34 38 37 36 37 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE O grau de instrução5 dos empregados formais da indústria do estado pode ser observado no gráfico 1.1. Apenas 5,2% destes possuem educação em nível superior 5 A divisão de anos de estudo tem a seguinte correspondência: (i) Entre 1 e 8 anos: ensino fundamental incompleto; (ii) 9 anos: ensino fundamental completo; (iii) Entre 10 e 11 anos: ensino médio incompleto; Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 11 completo e 5,9% incompleto, o que aponta para uma baixa participação da mão-de-obra nesse nível de qualificação. A maior parte dos empregados (36,8%) possui ensino médio completo (12 anos de estudo). Contudo, é possível observar que uma quantidade expressiva de trabalhadores (23,4%) não concluiu o ensino fundamental (entre 1 e 8 anos de estudo). Ainda, cabe destacar que, existe somente 845 trabalhadores com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado). Gráfico 1.1: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Transformação do RS segundo Grau de Instrução 36,8 23,4 16,8 11,5 5,9 5,2 0,2 Analfabeto Entre 1 e 8 anos 0,1 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 17 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A grande diversificação das indústrias por segmento de atividade e produto permite que existam vários tipos de ocupações para o trabalhador. Conforme pode ser observado na tabela 1.7, algumas se destacam pela sua grande oferta de vagas. Por exemplo, 9,6% dos postos de emprego são ocupados por alimentadores das linhas de produção, que somam 67.897 em todo o Estado. A segunda ocupação em concentração de números de trabalhadores é a de trabalhadores da confecção de calçados (5,4%). Neste caso, destaca-se o elevado número de empregos femininos nessa ocupação (24.036). (iv) 12 anos: ensino médio completo; (v) Entre 13 e 16 anos: ensino superior incompleto; (vi) 17 anos: ensino superior completo; e (vii) Mais de 17 anos: pós-graduação. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 12 Tabela 1.7: Principais Ocupações na Indústria de Transformação do RS por Número de Empregos Homens Mulheres Alimentadores de linhas de produção Trabalhadores polivalentes da confecção de calçados Escriturarios em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Magarefes e afins Trabalhadores da preparação da confecção de calçados Preparadores e operadores de máquinas-ferramenta convencionais Trabalhadores de soldagem e corte de metais e de compositos Almoxarifes e armazenistas Operadores de máquinas de costurar e montar calçados Operadores de instalações e maq. de prod. plásticos, de borracha e parafinas Operadores de máquinas a vapor e utilidades Operadores de máquinas para costura de peças do vestuário Vendedores e demonstradores em lojas ou mercados Mecanicos de manutencao de máquinas industriais Trabalhadores de embalagem e de etiquetagem Tecnicos de controle da producao Marceneiros e afins Trabalhadores de acabamento de calcados Operadores de máquinas e centros de usinagem cnc Trabalhadores de caldeiraria e serralheria Outras ocupações Total 38.658 14.108 13.236 13.016 9.332 15.624 16.028 13.383 3.422 8.603 9.341 632 6.184 10.821 4.608 5.824 8.839 2.578 7.754 7.622 247.117 456.730 29.239 24.036 20.905 14.600 16.231 1.803 977 3.554 10.869 4.337 2.993 11.592 5.748 602 6.184 3.928 862 6.568 423 175 86.490 252.116 Total 67.897 38.144 34.141 27.616 25.563 17.427 17.005 16.937 14.291 12.940 12.334 12.224 11.932 11.423 10.792 9.752 9.701 9.146 8.177 7.797 333.607 708.846 Fonte: MTE (RAIS 20012). Elaboração FIERGS/UEE No que tange a remuneração, observa-se que os maiores salários são destinados aos diretores de recursos humanos e relações de trabalho, que recebem em média 32,9 salários mínimos; seguidos pelos diretores de pesquisa e desenvolvimento (30,2) e pelos diretores gerais (28,3). Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 13 Tabela 1.8: Principais Ocupações na Indústria de Transformação do RS por Rendimento Médio Diretores de RH e Relacoes de Trabalho Diretores de Pesquisa e Desenvolvimento Diretores Gerais Diretores de Marketing, Comercializacao e Vendas Diretores de Producao e Operacoes em Empresa da Ind. Extrativa, Transf. e de SIUP Diretores de Producao e Operacoes de Servicos de Interm. Finan, Imob e às Empresa Diretores de Espetaculos e Afins Profissionais da Pilotagem Aeronautica Diretores Administrativos e Financeiros Diretores de Manutencao Diretores de Servicos de Informatica Dirigentes do Servico Publico Diretores de Producao e Operacoes de Servicos de Turismo,Alojamento e Alimentacao Diretores de Prod e Operacoes em Empresa Agropecuaria, Pesqueira , Aquicola e Florestal Diretores de Suprimentos e Afins Pesquisadores das Ciencias Sociais e Humanas Gerentes de Tecnologia da Informacao Diretores de Producao e Operacoes de Construcao Civil e Obras Publicas Gerentes de Producao e Operacoes da Construcao Civil e Obras Publicas Gerentes de Pesquisa e Desenvolvimento Outras Ocupações Total Empregados Média dos salários mínimos 11 46 371 155 109 8 20 13 471 24 23 4 20 9 15 3 226 6 115 486 706.711 708.846 32,9 30,2 28,3 26,3 24,9 24,4 24,3 24,0 23,7 21,2 21,0 20,5 20,1 17,7 17,6 15,1 14,5 13,8 13,7 13,6 2,6 2,6 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Como se sabe da literatura aplicada de economia, há uma estreita relação entre grau de instrução e remuneração recebida. Sendo assim, é esperado que quanto mais alto o grau de instrução do trabalhador, maior seja seu salário. Isto se deve ao aumento de produtividade e a possibilidade de ocupar cargos que implicam em maior responsabilidade e, portanto, maior remuneração. Na tentativa de captar se há alguma relação entre estas duas variáveis, a média de salários mínimos recebida foi estimada em função dos anos de estudo, com o intuito de responder ao seguinte questionamento: quanto mais de remuneração (em termos de salários mínimos) é possível obter a partir do aumento do grau de instrução, medido em anos de estudo? Ressalta-se que, apesar dos possíveis erros de especificação que podem ocorrer com o uso de uma equação linear, em especial quando se tem um quociente de explicação baixo, ainda assim é possível extrair informações adicionais interessantes para a interpretação dos dados6. 6 Os dados foram transformados a partir da aplicação do operador log-linear. A equação utilizada é da forma yt xt t , onde y representa o número de salários mínimos recebido, x representa os anos de estudo, α é uma constante β é o coeficiente angular, que mede a sensibilidade dos salários em relação Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 14 Gráfico 1.2: Relação entre o nº. de Anos de Estudo e a Média de Salários Mínimos Recebidos (Indústria de Transformação – RS) 3,5 ln(salários mínimos) = 1,8696*ln(anos de estudo) - 3,3731 R² = 0,4169 3,0 ln (salários) 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 1,9 2,1 2,3 2,5 2,7 2,9 ln (anos de estudo) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A equação de regressão resultante mostra que, na indústria de transformação gaúcha, para cada 10% de variação nos anos de estudo, pode-se esperar que ocorra um aumento médio de 18,69% na quantidade de salários mínimos recebidos pelo trabalhador, mantendo tudo o mais constante. Conforme visto anteriormente, há uma grande concentração tanto do número de estabelecimentos industriais quanto de empregados nas regiões Metropolitana de Porto Alegre e Nordeste. Um aspecto interessante relacionado ao estudo da distribuição geográfica de empresas, empregos ou de uma população, é a lei de Zipf. Essa lei é utilizada para caracterizar a existência de uma certa regularidade na distribuição espacial, de determinadas variáveis, obedecendo regras específicas. Ou seja, segundo a lei, o tamanho de uma cidade (empresa), vezes o percentual das maiores cidades (empresas), é igual a uma constante7. a modificações na variável x. Por fim, ε representa o resíduo. Além do problema de especificação, alguma variável omitida pode estar contribuindo para a baixa explicação do modelo. 7 Em termos econométricos esta relação pode ser medida a partir da regressão linear: ln(i) ln(a) ln(tamanho) , onde i é a colocação, ou ranking, de cada empresa, com i=1,2,...n e espera-se que 1 , neste caso, o coeficiente ln(a) representa o tamanho da maior empresa. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 15 Além do uso desta metodologia para verificar a distribuição das cidades, a lei de Zipf também pode ser utilizada para identificar como ocorre a distribuição do tamanho das empresas. Porém, há poucos trabalhos nesta linha, em especial os estudos de Axtell (2001) e Okuyama et al(1999)8. O gráfico 1.3 mostra a relação entre o número de empresas da indústria de transformação do Rio Grande do Sul relativamente à sua posição relativa. A expectativa era que essa relação produzisse uma reta linear, o que seria representativo de uma distribuição, em termos de porte, igualitária da indústria gaúcha. Gráfico 1.3: Lei de ZIPF para o número de empresas industriais 7,00 6,00 ln(rank) 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 - 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 ln (número de empresas) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A estimativa da lei de Zipf, pelo método de mínimos quadrados, com base no número de empresas permite identificar a presença de uma relação negativa, tal como esperado. Porém, o coeficiente que mede a relação entre o número de empresas por município e seu tamanho, é maior que -1. Sendo assim, pode-se afirmar que, a distribuição espacial das empresas industriais do Rio Grande do Sul não ocorre de forma linear, há indícios de uma aglomeração de empresas em determinados municípios, como Caxias do Sul, por exemplo, que possui muito mais empresas do que 8 Brakman et al(1999) e Soo (2004), usam essa regra para o estudo de comparações internacionais, Dobkins et al(2000) para dados de cross-section dos municípios americanos e Black et al(2003) e Dobkins et al(2000, 2001) com dados de painel. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 16 as demais cidades. Dessa forma, os municípios gaúchos não experimentam a mesma oportunidade de crescimento industrial, seja no que diz respeito ao mercado de trabalho ou então de produção. O mesmo exercício foi feito considerando o número de empregos no setor industrial, por município. Tal como o resultado encontrado para o número de empresas, os valores estimados revelam a existência de uma assimetria na distribuição espacial dos empregos, na medida em que o coeficiente encontrado é maior que -1. Isso, de certa forma, pode ser interpretado como a existência de oportunidades diferentes de crescimento do emprego industrial entre os municípios. Esse resultado está em linha com o encontrado anteriormente, mas, cabe destacar que, o coeficiente que retrata essa relação é maior para a estimativa que considera os empregos do que aquela que usa como variável as empresas, ou seja, o grau de aglomeração é maior no que tange o número de trabalhadores por município. Gráfico 1.4: Lei de ZIPF para o número de empregos industriais 7,00 6,00 ln(rank) 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 - 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 ln (número de empregados) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Essa seção teve como objetivo realizar um diagnóstico geral da indústria de transformação a partir da observação de diversas características. Além disso, a partir da aplicação de algumas ferramentas estatísticas, foi possível identificar resultados Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 17 importantes do ponto de vista da relação salário versus nível educacional, e da distribuição espacial das empresas e do emprego industrial no Rio Grande do Sul. Nas seções a seguir são feitas análises dos perfis para cada um dos segmentos da indústria de transformação e da construção civil do Estado, destacando também as qualificações do trabalhador e as principais ocupações existentes nesta indústria. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 18 2 ALIMENTOS Esta indústria possui 31 subsetores9 e um total de 4.267 estabelecimentos. O destaque é a fabricação de produtos de panificação, que compreende os produtos de panificação industrial e congelados, bem como a fabricação de farinha de rosca. Este subsetor conta com 1.047 estabelecimentos, o que representa aproximadamente 24,5% do total da indústria de alimentos. A segunda atividade no estado nesse segmento é a fabricação de massas alimentícias com um total de 321 estabelecimentos, seguido do beneficiamento de arroz e fabricação de produtos do arroz, com 316 estabelecimentos. Os fabricantes de alimentos não estão distribuídos uniformemente entre as sete mesorregiões do estado. A figura 2.1 traz a distribuição espacial dos estabelecimentos. Pode-se observar que a região Metropolitana de Porto Alegre concentra a maior parte desses, com 29,5%, seguida das regiões Noroeste e Nordeste, que detém 24,1% e 15,2%, respectivamente. As demais regiões somam os 31,2% restantes. 24,1 15,2 6,1 4,7 11,8 29,5 8,6 Figura 2.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Alimentos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE No tocante ao porte, esta indústria é caracterizada em sua maioria por microempresas, que correspondem a 72,4% do total. Isto se deve ao fato de que o segmento de produtos de panificação é classificado como indústria e estas atividades possuem uma estrutura bastante enxuta. 9 Divididos por Classe de Atividade Econômica, de acordo com a CNAE 2.0. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 19 Tabela 2.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de Alimentos por Subsetor Estabelecimentos nº Abate de reses, exceto suínos Abate de suínos, aves e outros pequenos animais Fab. de produtos de carne Preserv. do pescado e fab. de produtos do pescado Fab. de conservas de frutas Fab. de conservas de legumes e outros vegetais Fab. de sucos de frutas, hortaliças e legumes Fab. de óleos vegetais em bruto, exceto óleo de milho Fab. de óleos vegetais refinados, exceto óleo de milho Fab. de marg. e outras gord. veg. e de óleos não comest. de animais Preparação do leite Fabricação de laticínios Fabricação de sorvetes e outros gelados comestíveis Beneficiamento de arroz e fabricação de produtos do arroz Moagem de trigo e fabricação de derivados Fabricação de farinha de mandioca e derivados Fabricação de farinha de milho e derivados, exceto óleos de milho Fabricação de amidos e féculas de vegetais e de óleos de milho Fabricação de alimentos para animais Moagem e fab. de produtos de origme veg. não especif. anteriormente Fabricação de açúcar em bruto Fabricação de açúcar refinado Torrefação e moagem de café Fabricação de produtos à base de café Fabricação de produtos de panificação Fabricação de biscoitos e bolachas Fab. de produtos derivados do cacau, de chocolates e confeitos Fabricação de massas alimentícias Fabricação de especiarias, molhos, temperos e condimentos Fabricação de alimentos e pratos prontos Fab de produtos alimentícios não especificados anteriormente Total do segmento 274 149 162 25 71 55 56 60 8 1 72 133 248 316 87 3 27 5 146 113 12 2 21 1 1.047 224 127 321 42 89 370 4.267 (%) 6,4 3,5 3,8 0,6 1,7 1,3 1,3 1,4 0,2 0,0 1,7 3,1 5,8 7,4 2,0 0,1 0,6 0,1 3,4 2,6 0,3 0,0 0,5 0,0 24,5 5,2 3,0 7,5 1,0 2,1 8,7 100 Empregados nº 7.984 39.048 5.499 1.413 2.757 1.336 997 3.686 564 2 1.447 6.156 1.588 9.847 3.243 2 100 11 3.240 1.253 41 3 188 18 9.480 3.182 4.221 3.158 294 581 6.004 117.343 (%) 6,8 33,3 4,7 1,2 2,3 1,1 0,8 3,1 0,5 0,0 1,2 5,2 1,4 8,4 2,8 0,0 0,1 0,0 2,8 1,1 0,0 0,0 0,2 0,0 8,1 2,7 3,6 2,7 0,3 0,5 5,1 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A indústria de alimentos emprega 117.343 pessoas no estado do Rio Grande do Sul. Cabe destacar que, embora em números de estabelecimentos as microempresas sejam as mais representativas, elas empregam apenas 7,7% da mão-de-obra utilizada no setor. Por outro lado, 53,1% dos trabalhadores formais desta indústria estão empregados nas empresas de grande porte. A remuneração média por trabalhador nessa indústria é de 2,1 salários mínimos. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 1,5 salários Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 20 mínimos por trabalhador e as empresas de porte médio são as que melhor remuneram, pagando em média para os seus funcionários 2,3 salários mínimos. 26,1 15,4 7,2 3,2 17,1 21,4 9,5 Figura 2.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Alimentos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Do total de empregados nesta indústria, 33,3% encontram-se nas empresas de abate de suínos, aves e outros pequenos animais. Destaca-se que esse é um dos segmentos mais importantes na indústria de alimentos do RS, com forte representação na produção e exportação. A segunda atividade em números de funcionários é o beneficiamento de arroz e fabricação de produtos do arroz, com 9.847 funcionários, que representa 8,4% do total. No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de alimentos através do estado, é possível observar que quatro regiões concentram mais de 80% dos trabalhadores formais empregados, sendo que 26,1% destes estão concentrados na região Noroeste, 21,4% na região Metropolitana de Porto Alegre, 15,4% na região Nordeste e 17,1% na região Centro Oriental. Esta distribuição pode ser observada na figura 2.2. Características do Trabalhador O tempo que o trabalhador permanece empregado nesta indústria é, em média, de 46,2 meses, com maior estabilidade nas empresas de grande porte (49,4 meses) e menor nas microempresas (34 meses). Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 21 Tabela 2.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Alimentos Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses Pequena 3.090 9.045 4.781 4.264 35,3 34,0 1,5 42,5 798 16.503 10.178 6.325 34,8 39,1 1,9 43,1 2 em salários mínimos Média 287 29.518 19.976 9.542 35,1 47,2 2,3 43,0 Grande 92 62.277 34.066 28.211 34,7 49,4 2,2 43,5 Total 4.267 117.343 69.001 48.342 34,9 46,2 2,1 43,2 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE Aproximadamente 60% dos trabalhadores desta indústria são do sexo masculino. Este percentual é maior nas médias empresas (67,7%) e menor nas microempresas (52,9%). A idade média do trabalhador é de 34,9 anos, sendo que 87,8% têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 2.1. Uma vez que existem apenas 539 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,46%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Gráfico 2.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Alimentos de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE Na indústria de alimentos do RS apenas 3,9% dos trabalhadores possuem educação superior completa. Do total de empregados, 29,8% têm o ensino médio completo, 11,6% incompleto. O grau de instrução desses trabalhadores pode ser observado no gráfico 2.2. Cabe destacar que existem apenas 78 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado). Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 22 Gráfico 2.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Alimentos de Acordo com o Grau de Instrução 33,1 29,8 16,8 11,6 4,4 3,8 Entre 13 e 16 anos 17 anos 0,4 Analfabeto 0,1 Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE A indústria de alimentos oferece diversas alternativas de trabalho no RS. As principais ocupações são os trabalhos artesanais na agroindústria, que engloba aproximadamente 28,8% dos trabalhadores empregados nesta indústria e os embaladores e alimentadores da produção, com 18% do total de trabalhadores. Tabela 2.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Alimentos Empregados Trab artesanais na agroindústria, na indústria de alimentos e do fumo Embaladores e alimentadores de produção Operadores de equipamentos na preparação de alimentos e bebidas Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Operadores de utilidades Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas Vendedores e demonstradores Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Trabalhadores de manobras sobre trilhos e movimentação e cargas Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros Técnicos de nivel médio em operações industriais Mecânicos de manutenção de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais Trabalhadores dos serviços de hotelaria e alimentação Supervisores da fabricação de alimentos, bebidas e fumo Técnicos de nivel médio em operações comerciais Gerentes de áreas de apoio Trabalhadores agrícolas Gerentes de produção e operações Supervisores de serviços administrativos (exceto de atendimento ao público) Trabalhadores nos serviços de proteção e segurança Outras ocupações Total 33.774 21.133 10.649 5.780 4.339 4.073 3.979 3.773 2.586 2.521 2.394 2.168 2.103 1.219 1.062 941 872 795 737 726 11.719 117.343 Nº médio de Salários Recebidos 1,7 1,6 1,7 2,1 2,5 2,3 2,0 2,2 1,7 1,5 2,8 2,9 1,4 4,3 3,0 7,8 1,5 6,2 4,6 2,1 3,6 2,1 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 23 3 BEBIDAS Esta indústria possui 336 estabelecimentos e está dividida em 5 subsetores. O subsetor com maior número de empresas é o de fabricação de vinhos, que representa 62,8% do total da indústria de bebidas. Na sequência, tem-se a produção de aguardente e destilados e a fabricação de maltes, cervejas e chopes (ambas com 10,1%). No que diz respeito ao porte, esta indústria é formada principalmente por micro e pequenas empresas, que juntas somam mais de 70% dos estabelecimentos existentes. Os estabelecimentos desta indústria não estão distribuídos uniformemente entre as sete mesorregiões do estado. Como pode ser observado na figura 3.1, a maior parte dos estabelecimentos está situada na região Nordeste, que concentra 58% do total, seguida pelas regiões Metropolitana (18,8%) e Noroeste (10,4%). Cabe destacar que as regiões Centro Oriental e Sudeste possuem cada uma 11 estabelecimentos, sendo que representam, individualmente, 3,3% do total desta indústria. 10,4 58,0 3,9 2,4 3,3 18,8 3,3 Figura 3.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Bebidas Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A indústria de bebidas emprega 10.106 pessoas no estado do Rio Grande do Sul, sendo que a maior parte dos empregados formais está concentrada nas empresas de grande porte, que concentram 60% dos trabalhadores desse segmento. Embora 70,8% dos estabelecimentos dessa indústria sejam de porte micro e pequeno, estes empregam uma porcentagem bem menos representativa de trabalhadores, somando 6,3% do total. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 24 A remuneração média dos trabalhadores desta indústria é de 2,8 salários mínimos. As microempresas oferecem, em média, os menores pagamentos – 1,9 salários mínimos por trabalhador. Por outro lado, as empresas que melhor remuneram nesta indústria são as de porte médio e grande que oferecem, em média, 3,0 salários mínimos por trabalhador. Neste segmento são trabalhadas, em média, 43,3 horas por semana (em horas contratuais). Os estabelecimentos de pequeno e médio porte possuem a jornada mais longa, de 43,4 horas/semana e as microempresas a mais curta, sendo de 42,0 horas/semana, em média. Tabela 3.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de Bebidas por Subsetor Estabelecimentos nº 34 211 34 26 31 336 Fab. de aguardentes e outras beb. destiladas Fabricação de vinhos Fabricação de maltes, cervejas e chopes Fabricação de águas envasadas Fab. de refrig. e de outras beb. não alcoólicas Total do segmento (%) 10,1 62,8 10,1 7,7 9,2 100 Empregados nº 375 2.849 1.851 557 4.474 10.106 (%) 3,7 28,2 18,3 5,5 44,3 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Do total de trabalhadores formais desta indústria, 44,3% encontram-se empregados na fabricação de refrigerantes e outras bebidas não alcoólicas. A segunda atividade em números de funcionários é a fabricação de vinho com 2.849 funcionários, o que representa 28,2% do total, seguida da fabricação de malte, cerveja e chopes, com 18,3%. 10,3 27,1 2,2 6,1 5,7 46,7 1,9 Figura 3.2: Distribuição Espacial dos Trabalhadores da Indústria de Bebidas Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 25 No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de bebidas ao longo do estado, é possível observar na figura 3.2 que as duas regiões que possuem a maior concentração são a Metropolitana de Porto Alegre, com 46,7%, e a Nordeste, com 27,1%. As demais regiões detêm os 26,2% restantes. Características do Trabalhador Em média, um contrato de trabalho neste segmento dura cerca de 51 meses. Embora não seja um período longo, está acima da média da indústria de transformação do Estado, onde a duração do contrato é de aproximadamente 46,8 meses. Os trabalhadores têm maior estabilidade nas micro e pequenas empresas (57,2 meses e 60 meses, respectivamente). Tabela 3.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Bebidas Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses 238 632 450 182 36,4 57,2 1,9 42,0 2 em salários mínimos Pequena 64 1.366 954 412 36,4 60,0 2,5 43,4 Média 22 2.048 1.447 601 34,8 51,0 3,0 43,4 Grande 12 6.060 5.254 806 32,1 48,2 3,0 43,3 Total 336 10.106 8.105 2.001 33,5 50,9 2,8 43,3 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE Esta indústria é formada por mão-de-obra predominantemente masculina – mais de 80% dos trabalhadores são homens. Este percentual é menor nas empresas de porte pequeno (69,8%) e médio (70,7%) e maior nas grandes (86,7%). Outra característica deste setor é que seus funcionários são jovens: a idade média do trabalhador é de 33,5 anos e mais de 90% tem menos de 49 anos. A distribuição percentual dos empregados de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 3.1. Uma vez que existem apenas 66 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,65%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 26 Gráfico 3.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Bebidas de Acordo com a Idade (em %) 1,6 8,6 16,2 19,1 Até 17 anos 18 a 24 anos 21,1 25 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 32,9 50 a 64 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE A maior parte dos empregados deste setor tem o nível de escolaridade equivalente ao ensino médio completo (45,8%). O grau de instrução desses trabalhadores pode ser observado no gráfico 3.2. Cabe destacar que apenas 20 trabalhadores possuem educação em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado). Gráfico 3.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Bebidas de Acordo com o Grau de Instrução 45,8 13,3 14,1 9,1 8,9 8,4 0,2 Analfabeto 0,2 Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 17 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE Destaca-se que a principal ocupação em termos de número de trabalhadores é a venda e demonstração, que emprega 11,3% dos funcionários deste segmento, seguida Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 27 pela embalagem e alimentação de produção e pela operação de equipamentos na preparação de alimentos e bebidas (ambos com 9,4%). Tabela 3.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Bebidas Empregados Vendedores e demonstradores Embaladores e alimentadores de produção Operadores de equipamentos na preparação de alimentos e bebidas Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de mov. de cargas Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Operadores de outras instalações químicas, petroquímicas e afins Técnicos de nivel médio em operações comerciais Trabalhadores de manobras sobre trilhos e movimentação e cargas Operadores de utilidades Mecânicos de manut. de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Trabalhadores agrícolas Supervisores da fabricação de alimentos, bebidas e fumo Supervisores de vendas e de prestação de serviços Técnicos em eletroeletrônica e fotônica Gerentes de áreas de apoio Técnicos de nivel médio em operações industriais Técnico em ciências físicas e químicas Profissionais de relações públicas, publicidade, marketing e comercialização Trab nos serviços de administração, conservação e manut. de edifícios e logradouros Outras ocupações Total 1.146 947 947 809 762 754 543 541 329 305 278 217 212 194 193 187 125 113 110 110 1.284 10.106 Nº médio de Salários Recebidos 1,7 1,9 2,1 2,4 2,1 2,5 3,2 1,7 2,7 3,0 2,3 1,5 6,0 5,9 3,9 9,3 3,1 3,1 5,3 1,7 4,4 2,8 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 28 4 TABACO Na indústria de transformação do Estado, o segmento do tabaco, junto com o de farmacêuticos, é o segundo menos representativo quanto ao número de estabelecimentos, com apenas 62 no total. É possível observar que o grau de concentração destes – por mesorregião – é bastante elevado, mais de 77% das empresas estão localizadas na região Centro Oriental, com destaque para o município de Santa Cruz do Sul. Ainda, as regiões Metropolitana, Sudeste e Noroeste detêm 12,9%, 8,1% e 1,6% dos estabelecimentos, respectivamente, e não há empresas situadas nas regiões Centro Ocidental, Sudoeste e Nordeste. Esta indústria se divide em 2 subsetores, sendo que 62,9% dos estabelecimentos são de fabricação de produtos do tabaco e 37,1% são de processamento industrial do tabaco. 1,6 0,0 0,0 0,0 77,4 12,9 8,1 Figura 4.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria do Tabaco Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE O segmento do tabaco é o que proporcionalmente apresenta menor número de microempresas (51,6% do total) e maior número de empresas de grande porte (14,5%). As empresas de pequeno e médio porte possuem, 9 e 12 estabelecimentos, respectivamente. Existem 6.451 pessoas empregadas nesta indústria no estado do Rio Grande do Sul. Cabe destacar que embora em números de estabelecimentos as microempresas sejam mais representativas, elas empregam apenas 1,4% da mão-deobra utilizada no setor. Por outro lado, 17,8% dos trabalhadores formais desta Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 29 indústria estão empregados nas empresas de médio porte e 77,3% nas de grande porte. Essa disparidade faz com que a média de trabalhadores por estabelecimento seja bastante elevada (104). Tabela 4.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria do Tabaco por Subsetor Estabelecimentos nº 23 39 62 Processamento Ind. do Fumo Fabricação de Produtos do Fumo Total do segmento (%) 37,1 62,9 100 Empregados nº 2.415 4.036 6.451 (%) 37,4 62,6 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A remuneração média por trabalhador nessa indústria é de 5,2 salários mínimos. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 2,2 salários mínimos por trabalhador e as empresas de médio porte são as que melhor remuneram, pagando em média para os seus funcionários 5,6 salários mínimos. Do total de empregados nesta indústria, 62,6% encontram-se nas empresas de fabricação de produtos do tabaco. Os 37,4% restantes estão vinculados ao processamento industrial do tabaco. 0,1 0,0 0,0 0,0 75,7 23,9 0,3 Figura 4.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria do Tabaco Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria do tabaco no estado, é possível observar que duas regiões concentram 99,6% dos trabalhadores Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 30 formais, sendo que 75,7% destes estão concentrados na região Centro Oriental e 23,9% na região Metropolitana de Porto Alegre. Esta distribuição pode ser observada na figura 4.2. Características do Trabalhador A indústria do tabaco é uma das que oferece maior estabilidade para seus funcionários em termos de duração do contrato de trabalho10. Em média, o tempo de permanência no emprego é de 86,9 meses, com maior estabilidade nas empresas de grande porte (97,9 meses) e menor nas microempresas (35,3 meses). Na tabela 4.2 também é possível observar que, em média, a jornada de trabalho é de 42,6 horas (contratuais) por semana. Tabela 4.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria do Tabaco Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses Pequena 32 88 56 32 35,6 35,3 2,2 43,5 2 em salários mínimos Média 9 230 146 84 39,2 75,0 4,4 41,8 12 1.147 852 295 38,1 45,5 5,6 42,9 Grande 9 4.986 4.013 973 36,4 97,9 5,2 42,6 Total 62 6.451 5.067 1.384 36,8 86,9 5,2 42,6 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE Seguindo a característica da indústria de transformação do Estado, a mão-deobra deste segmento é composta majoritariamente por trabalhadores do sexo masculino, que representam 78,5% do total. Este percentual é maior nas empresas de grande porte (80,5%), e menor nas pequenas empresas (63,5%). Comparativamente aos demais segmentos, a idade média do trabalhador é elevada, 36,8 anos, sendo que 84,9% têm menos de 49 anos. 10 Cabe destacar que o setor emprega bastante mão-de-obra temporária, tendendo a empregar maior quantidade entre os meses de abril e setembro. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 31 Gráfico 4.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria do Tabaco de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 4.1. Uma vez que existem apenas 24 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,37%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Gráfico 4.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria do Tabaco de Acordo com o Grau de Instrução 43,2 16,5 13,5 10,1 8,8 6,8 1,0 0,2 Analfabeto Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 17 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE O nível de escolaridade observado nesta indústria é elevado. Nota-se que 16,5% dos trabalhadores concluíram o ensino superior e 13,5% possuem superior incompleto. Ainda, 43,2% completaram o ensino médio. Apenas 10,1% não Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 32 terminaram o ensino fundamental e somente 0,2% são analfabetos. Destaca-se que existem 62 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pósgraduação (mestrado e/ou doutorado). Tabela 4.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria do Tabaco Empregados Operadores na preparação de fumo e na fabricação de charutos e ciga Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Mecânicos de manutenção de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais Técnicos da produção agropecuária Técnicos de nivel médio em operações comerciais Gerentes de áreas de apoio Supervisores na exploração agropecuária Técnicos de nivel médio em operações industriais Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de mov. de cargas Trabalhadores agrícolas Pesquisadores Supervisores de serviços administrativos (exceto de atendimento ao público) Gerentes de produção e operações Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Profissionais de organização e administração de empresas e afins Supervisores da fabricação de alimentos, bebidas e fumo Técnicos em metalmecânica Secretários de expediente e operadores de máquinas de escritórios Trab artesanais na agroindústria, na indústria de alimentos e do fumo Técnicos em eletroeletrônica e fotônica Outras ocupações Total 1.758 467 441 383 262 224 202 189 187 162 129 127 126 125 119 115 104 87 85 78 1.081 6.451 Nº médio de Salários Recebidos 2,5 3,6 3,8 4,8 5,5 19,4 4,6 5,6 2,4 1,5 13,1 8,9 19,3 3,4 7,9 8,5 6,2 5,2 2,4 5,6 6,7 5,2 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A ocupação com o maior número de funcionários é a operação na preparação do fumo e na fabricação de charutos e cigarros, com 1.758 trabalhadores, o que representa 27,3% do total. A segunda ocupação em número de funcionários são os escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos, com 467 trabalhadores, 7,2% do total de empregados. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 33 5 TÊXTEIS Esta indústria possui 14 subsetores e 666 estabelecimentos. A maior parte está voltada para a fabricação de artefatos têxteis para uso doméstico, que conta com 205 estabelecimentos, o que representa 30,8% do total da indústria têxtil. A segunda atividade no estado nesse segmento é o acabamento em fios, tecidos e artefatos têxteis, com um total de 111 estabelecimentos, seguido da fabricação de tecidos de malha, com 78. A figura 5.1 traz a distribuição espacial dos estabelecimentos. Pode-se observar que a região Metropolitana de Porto Alegre concentra a maior parte desses, com 48,8%, seguida das regiões Nordeste e Noroeste, que detém 21,5% e 18,2% dos estabelecimentos dessa indústria, respectivamente. As demais regiões somam os 11,6% restantes. 18,2 21,5 1,7 2,0 6,5 48,8 1,5 Figura 5.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria Têxtil Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE No tocante ao porte, esta indústria é caracterizada em sua maioria por microempresas, que correspondem a 77,5% do total. As empresas de pequeno porte possuem 112 estabelecimentos, o que representa 16,8% do total; as de médio porte, com 35 estabelecimentos, representam 5,3% do total. Por fim, existem apenas 3 empresas de grande porte, sendo 0,5% do total dessa indústria. A indústria têxtil emprega 9.616 pessoas no estado do Rio Grande do Sul. Embora em números de estabelecimentos as microempresas são as mais representativas, elas empregam apenas 15,5% da mão-de-obra utilizada no setor. Por Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 34 outro lado, mais de 60% dos trabalhadores formais desta indústria estão empregados nas empresas de médio e grande porte. Tabela 5.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria Têxtil por Subsetor Estabelecimentos nº Preparação e fiação de fibras de algodão Prep. e fiação de fibras têxteis naturais, exceto algodão Fiação de fibras artificiais e sintéticas Fabricação de linhas para costurar e bordar Tecelagem de fios de algodão Tecel. de fios de fibras têxteis naturais, exceto algodão Tecel. de fios de fibras artificiais e sintéticas Fabricação de tecidos de malha Acabamento em fios, tecidos e artefatos têxteis Fab. de artefatos têxteis para uso doméstico Fabricação de artefatos de tapeçaria Fabricação de artefatos de cordoaria Fab. de tecidos especiais, inclusive artefatos Fab. de outros prod têxteis não especif. anteriormente Total do segmento 3 19 10 3 3 5 12 78 111 205 28 17 34 138 666 (%) 0,5 2,9 1,5 0,5 0,5 0,8 1,8 11,7 16,7 30,8 4,2 2,6 5,1 20,7 100 Empregados nº 40 201 1.386 5 104 77 298 1.916 979 1.115 166 430 1.301 1.598 9.616 (%) 0,4 2,1 14,4 0,1 1,1 0,8 3,1 19,9 10,2 11,6 1,7 4,5 13,5 16,6 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A remuneração média por trabalhador nessa indústria é de 2,2 salários mínimos. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 1,5 salários mínimos e as empresas de grande porte são as que melhor remuneram, pagando em média para os seus funcionários 2,7 salários mínimos. Do total de trabalhadores desta indústria, quase 20% encontram-se empregados nas empresas de fabricação de tecidos de malha. A segunda atividade em números de funcionários é a fiação de fibras artificiais e sintéticas, com 1.386 funcionários, que representa 14,4% do total. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 35 5,8 24,6 1,4 0,8 2,9 64,6 0,2 Figura 5.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria Têxtil Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores, é possível observar que duas regiões concentram quase 90% dos trabalhadores formais empregados: região Metropolitana de Porto Alegre (64,6%) e região Nordeste (24,6%). Esta distribuição pode ser observada na figura 5.2. Características do Trabalhador O tempo que o trabalhador permanece empregado nesta indústria, em média, são 53,2 meses, com maior estabilidade nas empresas de grande porte (86,2 meses) e menor nas de pequeno porte (37,1 meses). Tabela 5.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria Têxtil Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses Pequena 516 1.487 468 1.019 36,6 39,5 1,5 42,4 2 em salários mínimos 112 2.220 1.022 1.198 34,3 37,1 1,9 43,3 Média 35 3.655 2.205 1.450 35,0 48,2 2,4 43,2 Grande 3 2.254 1.049 1.205 37,7 86,2 2,7 43,7 Total 666 9.616 4.744 4.872 35,7 53,2 2,2 43,2 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 36 Há um forte equilíbrio na proporção de trabalhadores do sexo masculino (49,3%) e feminino (50,7%). Nas empresas de porte médio, a mão-de-obra é marcada mais fortemente por homens (60,3%), enquanto que nas microempresas os trabalhadores são predominantemente do sexo feminino (68,5%). A idade média do trabalhador é de 35,7 anos, sendo que 84,7% têm menos de 49 anos. Gráfico 5.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria Têxtil de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 5.1. Uma vez que existem apenas 74 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,77%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Gráfico 5.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria Têxtil de Acordo com o Grau de Instrução 37,9 24,2 20,3 10,5 3,8 3,2 0,1 Analfabeto 0,1 Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 17 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 37 Como pode ser observado no gráfico 5.2, o grau de instrução dos trabalhadores é relativamente baixo. Apenas 3,2% dos trabalhadores possuem educação em nível superior completo e 3,8% em nível superior incompleto. A maior parte dos empregados ou possui ensino médio completo (37,9%) ou fundamental incompleto (24,2%). Cabe destacar que existem 5 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado). A maior parte das vagas nesta indústria é ocupada por trabalhadores das indústrias têxteis – que ocupam aproximadamente 19,8% das vagas – por trabalhadores da confecção de roupas, com 15,6% do total de trabalhadores e por embaladores e alimentadores de produção, com 11,9%. Tabela 5.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria Têxtil Empregados Trabalhadores das industrias têxteis Trabalhadores da confecção de roupas Embaladores e alimentadores de produção Operadores de utilidades Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Supervisores nas indústrias têxtil, do curtimento, do vestuário e das artes gráficas Mecânicos de manutenção de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais Técnicos de nivel médio em operações industriais Vendedores e demonstradores Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros Técnico em ciências físicas e químicas Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros Técnicos de nivel médio em operações comerciais Gerentes de áreas de apoio Trabalhadores da confecção de calçados Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas Gerentes de produção e operações Trabalhadores da produção gráfica Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos Outras ocupações Total 1.907 1.496 1.146 876 459 347 321 236 234 183 160 138 136 127 123 123 111 110 98 88 1.197 9.616 Nº médio de Salários Recebidos 1,9 1,4 1,8 1,3 2,0 2,0 3,3 2,9 2,9 1,7 1,7 3,3 1,3 3,7 6,7 1,5 2,4 6,5 1,8 2,2 4,0 2,2 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 38 6 VESTUÁRIO E ACESSÓRIOS Esta indústria possui 6 subsetores e um total de 3.150 estabelecimentos. O destaque é a confecção de peças do vestuário – exceto roupas íntimas, subsetor que conta com 2.107 estabelecimentos e representa 66,9% do total da indústria de vestuário e acessórios. Em segundo, a fabricação de artigos do vestuário, produtos em malharia e tricotagem, exceto meias e confecção de roupas íntimas, ambas com um total de 373 estabelecimentos. Os estabelecimentos não estão distribuídos uniformemente entre as sete mesorregiões do estado. A figura 6.1 traz esta distribuição espacial. Pode-se observar que a região Metropolitana de Porto Alegre concentra a maior parte dos estabelecimentos, com 36,9%, seguida das regiões Nordeste e Noroeste, que detém 26,6% e 19,3%, respectivamente. As demais regiões somam os 17,2% restantes. 19,3 26,6 2,0 2,5 9,3 36,9 3,5 Figura 6.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Vestuário e Acessórios Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE No tocante ao porte, esta indústria é caracterizada em sua maioria por microempresas, que correspondem a 81,8% do total. As empresas de pequeno porte possuem 503 estabelecimentos, o que representa 16% do total desta indústria; as de médio porte, com 67 estabelecimentos, representam 2,1% do total. Por fim, existe apenas 2 empresa de grande porte. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 39 A indústria de vestuário e acessórios emprega 23.349 pessoas no estado do Rio Grande do Sul. As pequenas empresas concentram 41,3% deste total. A remuneração média por trabalhador nessa indústria (1,5 salários mínimos) está abaixo da observada para a indústria de transformação do Estado. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 1,4 salários mínimos por trabalhador e as empresas de médio porte são as que melhor remuneram neste setor, pagando em média para os seus funcionários 1,7 salários mínimos. Tabela 6.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de Vestuário e Acessórios por Subsetor Estabelecimentos nº Confecção de roupas íntimas 373 Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 2.107 Confecção de roupas profissionais 215 Fabricação de acessórios do vestuário, exceto para seguro e proteção 81 Fabricação de meias 1 Fab. de artigos do vest., produtos em malharias e tricotagens, exceto meias 373 Total do segmento 3.150 (%) 11,8 66,9 6,8 2,6 0,0 11,8 100 Empregados nº 3.057 14.783 1.444 911 5 3.149 23.349 (%) 13,1 63,3 6,2 3,9 0,0 13,5 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Do total de trabalhadores desta indústria, 63,3% encontram-se empregados nas empresas de confecção de peças do vestuários, exceto roupas íntimas. A segunda atividade em números de funcionários é a fabricação de artigos do vestuário, produzidos em malharia e tricotagem, exceto meias, com 3.149 funcionários, que representa 13,5% do total. No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de vestuário e acessórios no estado, é possível observar estes estão concentrados principalmente em três regiões: 34,2% estão na região Metropolitana de Porto Alegre, 26% na região Nordeste e 21,6% na região Noroeste. Esta distribuição pode ser observada na figura 6.2. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 40 21,6 26,0 1,6 1,4 12,7 34,2 2,5 Figura 6.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Vestuário e Acessórios Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Características do Trabalhador O contrato de trabalho desta indústria dura, em média, 39,8 meses. Os trabalhadores encontram maior estabilidade nas empresas de médio porte (48,2 meses) e menor nas microempresas (35,5 meses). Tabela 6.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Vestuário e Acessórios Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses Pequena 2.578 6.942 1.169 5.773 37,4 35,5 1,4 42,3 2 em salários mínimos 503 9.638 1.368 8.270 35,7 37,6 1,5 43,2 Média 67 6.121 1.174 4.947 34,6 48,2 1,7 43,3 Grande 2 648 74 574 35,4 38,3 1,5 43,5 Total 3.150 23.349 3.785 19.564 35,9 39,8 1,5 43,0 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE Ao contrário do que acontece na maior parte dos segmentos da indústria de transformação, a maior parte dos trabalhadores da indústria do vestuário e acessório é do sexo feminino (83,8%). Este percentual é maior nas empresas de grande porte (88,6%) e menor nas de porte médio (80,8%). A idade média do trabalhador é de 35,9 anos, sendo que 83,3% têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 41 trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 6.1. Uma vez que existem apenas 191 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,82%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Gráfico 6.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Vestuário e Acessórios de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE O grau de instrução deste segmento é muito baixo e pode ser observado no gráfico 6.2. Apenas 2,3% dos trabalhadores possuem educação em nível superior completo e 3,6% em nível superior incompleto. A maior parte dos empregados (45,5%) possui ensino médio completo. Cabe destacar que existem somente 30 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado). Gráfico 6.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Vestuário e Acessórios de Acordo com o Grau de Instrução 45,5 19,8 16,1 12,5 0,1 Analfabeto Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos 3,6 2,3 Entre 13 e 16 anos 17 anos 0,1 Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 42 Por fim, cabe ressaltar que, a maior parte dos trabalhadores desta indústria está ocupada na confecção de roupas (58,9%), nas vendas e demonstrações (5,7%) e nas indústrias têxteis (5,5%). Tabela 6.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Vestuário e Acessórios Empregados Trabalhadores da confecção de roupas Vendedores e demonstradores Trabalhadores das industrias têxteis Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Supervisores nas indústrias têxtil, do curtimento, do vestuário e das artes gráficas Embaladores e alimentadores de produção Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Trabalhadores nos serviços de embelezamento e cuidados pessoais Trabalhadores da confecção de calçados Gerentes de áreas de apoio Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros Gerentes de produção e operações Desenhistas técnicos e modelistas Técnicos de nivel médio em operações industriais Trabalhadores da produção gráfica Técnicos de nivel médio em operações comerciais Supervisores de serviços administrativos (exceto de atendimento ao público) Trab artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas Outras ocupações Total 13.764 1.340 1.288 1.045 659 652 510 406 305 300 300 258 246 200 196 186 130 130 123 101 1.210 23.349 Nº médio de Salários Recebidos 1,3 1,5 1,5 1,7 2,2 1,3 1,5 1,5 1,3 3,5 1,0 1,4 3,0 2,4 2,0 1,6 2,0 2,6 1,5 2,0 2,0 1,5 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 43 7 COURO E CALÇADOS Esta indústria é a segunda mais representativa no Estado em termos de número de empresas: são 4.753 estabelecimentos divididos em 8 subsetores. O destaque é a fabricação de calçados de couro, que conta com 3,1 mil estabelecimentos, representando 65,3% do total. A segunda atividade no estado nesse segmento é a fabricação de partes para calçados, de qualquer material, com um total de 586 estabelecimentos. A indústria coureiro-calçadista não está distribuída uniformemente entre as sete mesorregiões do estado. A distribuição espacial pode ser observada na figura 7.1. Uma característica muito marcante dessa indústria é sua concentração na região Metropolitana de Porto Alegre, que engloba 83,1% do total, seguida das regiões Centro Oriental e Nordeste, que detém 6% e 5,3% dos estabelecimentos dessa indústria, respectivamente. As demais regiões somam os 5,5% restantes. 3,5 5,3 0,4 1,1 6,0 83,1 0,4 Figura 7.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Couro e Calçados Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Quase 63% dos estabelecimentos desta indústria são classificados como microempresas. As empresas de pequeno porte possuem 1.301 estabelecimentos, o que representa 27,4% do total; as de médio porte, com 374 estabelecimentos, representam 7,9% do total. Por fim, existem apenas 93 empresas de grande porte, sendo 2% do total dessa indústria. A indústria de couro e calçados é a que mais emprega no estado de Rio Grande do Sul (128,9 mil pessoas). Embora as microempresas possuam o maior número de estabelecimentos, elas empregam somente 6,7% da mão-de-obra utilizada Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 44 no setor. Por outro lado, mais de 41% dos trabalhadores formais desta indústria estão empregados nas empresas de grande porte. Tabela 7.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de Couro e Calçados por Subsetor Estabelecimentos nº Curtimento e outras preparações de couro Fab. de art. para viagem, bolsas e semelhantes de qualquer mat. fabricação de artefatos de couro não especificados anteriormente Fabricação de calçados de couro Fabricação de tênis de qualquer material Fabricação de calçados de material sintético Fabricação de calçados de materiais não especif. anteriormente Fabricação de partes para calçados, de qualquer material Total do segmento 215 309 303 3.103 46 85 106 586 4.753 (%) 4,5 6,5 6,4 65,3 1,0 1,8 2,2 12,3 100 Empregados nº 10.858 3.175 2.991 77.378 3.978 16.696 2.830 10.993 128.899 (%) 8,4 2,5 2,3 60,0 3,1 13,0 2,2 8,5 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A remuneração por trabalhador oferecida por este segmento é a segunda mais baixa entre todos os setores da indústria de transformação do Estado, sendo que, em média, um trabalhador recebe apenas 1,7 salários mínimos. Nas microempresas, esta remuneração média é ainda mais baixa – de 1,4 salários mínimos por trabalhador. Por outro lado, é nas empresas de grande porte que os trabalhadores encontram melhor remuneração – 1,9 salários mínimos. A maior parte dos empregos existentes neste setor é oferecida pelas indústrias de fabricação de calçados de couro, que concentra cerca de 77,4 mil funcionários, o que representa 60% do total. A segunda atividade em números de trabalhadores é a fabricação de calçado de material sintético, com 16.696 funcionários. 2,8 4,4 0,1 1,2 12,4 78,8 0,1 Figura 7.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Couro e Calçados Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 45 No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de couro e calçados através do estado, é possível observar que duas regiões concentram mais de 90% dos trabalhadores formais, sendo que 78,8% destes estão concentrados na região Metropolitana e 12,4% na região Centro Oriental. Esta distribuição pode ser observada na figura 7.2. Características do Trabalhador Pode-se observar que o tempo que o trabalhador permanece empregado nesta indústria é bastante reduzido quando comparado aos demais segmentos da indústria de transformação do Estado. O contrato de trabalho aqui tem duração média de 32,9 meses, com maior estabilidade nas empresas de grande porte (37,9 meses) e menor nas pequenas empresas (24,6 meses). Tabela 7.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Couro e Calçados Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses Pequena 2.985 8.579 3.513 5.066 36,9 26,0 1,4 43,5 2 em salários mínimos 1.301 29.776 11.227 18.549 34,7 24,6 1,5 43,7 Média 374 37.480 16.833 20.647 35,0 34,2 1,8 43,5 Grande 93 53.064 22.015 31.049 33,8 37,9 1,9 43,3 Total 4.753 128.899 53.588 75.311 34,6 32,9 1,7 43,5 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE Diferente do que acontece nos demais segmentos da indústria de transformação, há um certo equilíbrio quanto ao gênero dos trabalhadores que compõem a mão-deobra empregada, sendo que a maior parte destes (58,4%) é o sexo feminino. Este percentual é maior nas pequenas empresas (62,3%) e menor nas médias (55,1%). A idade média do trabalhador é de 34,6 anos, sendo que 88,6% tem menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 7.1. Uma vez que existem apenas 419 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,33%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 46 Gráfico 7.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Couro e Calçados de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A maior parte dos trabalhadores da indústria de couro e calçados tem o ensino fundamental incompleto (40,8%) o que denota o baixo nível de exigência deste segmento. Apenas 1,4% dos possui educação superior completa, 22,1% o ensino médio completo e 13,6% ensino médio incompleto. O grau de instrução desses trabalhadores pode ser observado no gráfico 7.2. Cabe destacar que existem apenas 17 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado). Gráfico 7.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Couro e Calçados de Acordo com o Grau de Instrução 40,8 22,1 19,1 13,6 2,8 0,2 Analfabeto Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 1,4 17 anos 0,0 Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A indústria de couro e calçados oferece diversas alternativas de trabalho no RS. A maior parte das vagas é oferecida para trabalhadores da confecção de calçados – Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 47 que engloba aproximadamente 66,2% dos empregos – e para trabalhadores do tratamento de couros e peles – com 6,5% do total de trabalhadores. Tabela 7.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Couro e Calçado Empregados Trabalhadores da confecção de calçados Trabalhadores do tratamento de couros e peles Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Supervisores nas indústrias têxtil, do curtimento, do vestuário e das artes gráficas Embaladores e alimentadores de produção Trabalhadores da confecção de roupas Operadores de instalações em indústrias químicas, petroquímicas e afins Trab artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros Desenhistas técnicos e modelistas Técnicos de nivel médio em operações industriais Mecânicos de manutenção de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas Gerentes de áreas de apoio Gerentes de produção e operações Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos Vendedores e demonstradores Técnicos de nivel médio em operações comerciais Outras ocupações Total 85.386 8.419 3.805 3.288 2.890 2.427 2.375 2.272 1.836 1.792 1.377 1.259 913 750 637 629 628 597 547 471 6.601 128.899 Nº médio de Salários Recebidos 1,4 1,9 2,3 3,3 1,4 1,4 1,6 1,4 1,9 1,5 4,8 3,1 3,3 2,2 7,5 5,4 1,4 2,9 1,7 4,3 3,2 1,7 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 48 8 PRODUTOS DE MADEIRA Este segmento é o 6º em número de estabelecimentos, com um total de 2.406, divididos em 5 subsetores. O subsetor com maior número de empresas (1.122) é o desdobramento de madeira, seguido da fabricação de estruturas de madeira e de artigos de carpintaria para construção (788).. Estes estabelecimentos não estão distribuídos uniformemente entre as sete mesorregiões do estado. A figura 8.1 traz esta distribuição espacial. Pode-se observar que três regiões concentram quase 80% dos estabelecimentos, visto que 35,7% destes estão na região Metropolitana de Porto Alegre, 22,9% estão na região Noroeste e 19,5% na região Nordeste. As demais regiões somam os 21,9% restantes. 22,9 19,5 1,4 4,2 12,3 35,7 4,1 Figura 8.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Produtos de Madeira Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE O segmento de madeira possui a maior quantidade de seus estabelecimentos na forma de microempresas, representando 82,8% do total. As empresas de pequeno porte representam 16,1%, as de médio porte correspondem a 1,0% e as de grande 0,2% do total dessa indústria. A indústria de produtos de madeira emprega 17.402 pessoas no Estado. 35,9% dos empregados formais desta indústria estão concentrados nas microempresas, 40,8% estão nas empresas de pequeno porte, 10,3% nas de médio, e 13% nas grandes empresas. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 49 Tabela 8.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de Produtos de Madeira por Subsetor Estabelecimentos Desdobramento de madeira Fab. de madeira laminada e de chapas de madeira compen., prensada e aglomerada Fabricação de estruturas de madeira e de artigos de carpintaria para construção Fabricação de artefatos de tanoaria e de embalagens de madeira Fab. de artef. de madeira, palha, cortiça, vime e trançados não especif. anteriormente Total do segmento nº 1.122 59 788 154 283 2.406 (%) 46,6 2,5 32,8 6,4 11,8 100 Empregados nº 7.322 2.557 4.642 1.311 1.570 17.402 (%) 42,1 14,7 26,7 7,5 9,0 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A remuneração média por trabalhador (1,9 salários mínimos) é a terceira mais baixa da indústria de transformação do RS. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 1,6 salários mínimos por trabalhador e as empresas de grande porte são as que melhor remuneram neste setor, pagando em média para os seus funcionários 2,9 salários mínimos. 15,1 20,8 0,9 2,7 12,3 40,9 7,4 Figura 8.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Produtos de Madeira Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE As empresas de desdobramento de madeira concentram a maior parte dos empregados (42,1%). A segunda atividade em números de funcionários (4.642) é a fabricação de estruturas de madeira e de artigos de carpintaria para construção, representando 26,7% do total. Pode-se observar que três regiões concentram mais de 75% dos trabalhadores. Aproximadamente 41% dos empregados se encontram na região Metropolitana de Porto Alegre, 20,8% na região Nordeste, 15,1% na região Noroeste. Esta distribuição pode ser observada na figura 8.2. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 50 Características do Trabalhador A estabilidade do emprego neste segmento é próxima da média observada para a indústria de transformação. Na indústria de produtos de madeira, a duração média do contrato de trabalho é de 46,7 meses, sendo maior nas empresas de porte médio (60,6 meses) e menor nas microempresas (42,7 meses). Tabela 8.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Produtos de Madeira Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses Pequena 1.991 6.244 5.458 786 36,8 42,7 1,6 43,4 2 em salários mínimos 388 7.108 5.943 1.165 36,9 43,9 1,8 43,7 Média 23 1.792 1.397 395 35,5 60,6 1,9 43,4 Grande 4 2.258 2.001 257 33,8 55,4 2,9 43,5 Total 2.406 17.402 14.799 2.603 36,3 46,7 1,9 43,5 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE Assim como na maior parte dos segmentos da indústria de transformação, a mão-de-obra é majoritariamente formada por trabalhadores do sexo masculino (85%). Este percentual é maior nas grandes empresas (88,6%) e menor nas médias (78%). A idade média do trabalhador está entre as mais elevadas (36,3 anos). Contudo, 83,3% dos empregados têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 8.1. Uma vez que existem apenas 169 trabalhadores com 65 anos ou mais, o que representa 0,97%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 51 Gráfico 8.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Produtos de Madeira de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE O grau de instrução observado nesta indústria é baixo, como pode ser observado no gráfico 8.2. Apenas 1,8% dos trabalhadores possuem educação em nível superior completa e outros 2,3% em nível superior incompleta. Do total de empregados, 31,7% têm o ensino médio completo, 10,6% incompleto e a maioria (mais de 50%) tem apenas o ensino básico completo ou incompleto. Ainda, cabe destacar que existem apenas 5 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado). Gráfico 8.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Produtos de Madeira de Acordo com o Grau de Instrução 32,1 31,7 20,3 10,6 2,3 1,2 Analfabeto Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 1,8 17 anos 0,0 Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 52 A maior parte das vagas é ocupada por trabalhadores da transformação da madeira e da fabricação do mobiliário – que engloba 23,4% dos trabalhadores – e por marceneiros e afins – que representam 16,4% do total. Tabela 8.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Produtos de Madeira Empregados Trab da transformação da madeira e da fabricação do mobiliário Marceneiros e afins Embaladores e alimentadores de produção Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas Trabalhadores da preparação da madeira Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Extrativistas florestais Trabalhadores de montagem de móveis e artefatos de madeira Trabalhadores da construção civil e obras públicas Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros Operadores de outras instalações químicas, petroquímicas e afins Vendedores e demonstradores Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos Gerentes de produção e operações Supervisores em indústria de madeira, mobiliário e da carpintaria veicular Mecânicos de manutenção de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos Gerentes de áreas de apoio Trab de tratamento térmico e de superfícies de metais e de compósitos Outras ocupações Total 4.078 2.860 1.692 1.147 910 838 611 502 435 298 284 232 221 173 167 167 166 149 148 127 2.197 17.402 Nº médio de Salários Recebidos 1,6 1,8 1,4 2,1 1,4 1,7 1,4 1,6 1,8 1,9 1,3 2,5 1,7 2,0 3,7 3,4 3,0 2,1 4,0 1,9 3,7 1,9 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 53 9 CELULOSE E PAPEL Esta indústria possui 453 estabelecimentos divididos em 9 subsetores. Os que mais se destacam em número de empresas são: fabricação de produtos de papel, cartolina, papel cartão e papelão ondulado para uso comercial e de escritório, que engloba 28,5% do total de estabelecimentos; fabricação de embalagens de papel (22,7%); e fabricação de chapas e de embalagens de papelão ondulado (17,7%). As empresas não estão distribuídas uniformemente entre as sete mesorregiões do estado. Pode-se observar uma grande concentração na região Metropolitana de Porto Alegre, que engloba aproximadamente 52% dos estabelecimentos desta indústria, seguida das regiões Nordeste e Noroeste, que detém 24,7% e 14,3%, respectivamente. As demais regiões somam os 9,1% restantes. A figura 9.1 traz esta distribuição espacial. 14,3 24,7 0,2 0,7 7,1 51,9 1,1 Figura 9.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Celulose e Papel Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A indústria de celulose e papel é formada principalmente por microempresas (59,6%). Existem 142 estabelecimentos de pequeno porte (31,3%); 34 de médio porte (7,5%) e 7 empresa de grande porte (1,5%). Cerca de 10 mil pessoas no estado do Rio Grande do Sul estão empregadas neste segmento industrial. Cabe destacar que, embora em números de estabelecimentos as microempresas sejam mais representativas, elas não empregam nem 9% da mão-de-obra utilizada no setor, sendo que a maior parte dos empregados (37,1%) estão nas empresas de médio porte. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 54 Tabela 9.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de Celulose e Papel por Subsetor Estabelecimentos nº Fabricação de celulose e outras pastas para a fabricação de papel Fabricação de papel Fabricação de cartolina e papel cartão Fabricação de embalagens de papel Fabricação de embalagens de cartolina e papel cartão Fabricação de chapas e de embalagens de papelão ondulado Fab. de produtos de papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado p/ comercial e de escritório Fabricação de produtos de papel para usos doméstico e higiênico sanitário Fab. de prod. de pastas celulósicas, papel, cart., papel-cartão e papelão ondul. não especif. anter. Total do segmento 3 23 3 103 25 80 129 42 45 453 (%) 0,7 5,1 0,7 22,7 5,5 17,7 28,5 9,3 9,9 100 Empregados nº 595 1.158 49 1.707 1.115 2.508 1.574 759 546 10.011 (%) 5,9 11,6 0,5 17,1 11,1 25,1 15,7 7,6 5,5 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Do total de empregados nesta indústria, 25,1% encontram-se nas empresas de fabricação de chapas e embalagens de papelão ondulado. A segunda atividade em números de funcionários é a fabricação de embalagens de papel, com 1.707 funcionários, o que representa 17,1% do total. 9,5 24,9 0,0 0,4 3,3 61,9 0,1 Figura 9.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Celulose e Papel Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A remuneração média por trabalhador nessa indústria é de 2,9 salários mínimos. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 1,8 salários mínimos por trabalhador e as empresas de grande porte são as que melhor remuneram neste setor, pagando em média para os seus funcionários 4,6 salários mínimos. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 55 A distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de celulose e papel através do estado, como esperado, segue a tendência da distribuição dos estabelecimentos, com um grau de concentração um pouco mais elevado. Aproximadamente 61,9% dos trabalhadores estão concentrados na região Metropolitana; 24,9% na região Nordeste e 9,5% na região Noroeste. Esta distribuição pode ser observada na figura 9.2. Características do Trabalhador Em média, o tempo que o trabalhador permanece empregado nesta indústria são 52,5 meses. Os estabelecimentos de grande porte oferecem maior estabilidade para os funcionários, dado que estes permanecem, em média, 82,1 meses nestas empresas. E a menor estabilidade é oferecida pelos de pequeno porte, 34,2 meses. Tabela 9.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Celulose e Papel Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses Pequena 270 857 543 314 33,6 35,1 1,8 43,1 2 em salários mínimos 142 2.783 1.717 1.066 32,8 34,2 2,0 43,4 Média 34 3.716 2.459 1.257 34,2 49,1 2,6 42,9 Grande 7 2.655 2.069 586 35,7 82,1 4,6 42,7 Total 453 10.011 6.788 3.223 34,2 52,5 2,9 43,0 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE Outra característica deste segmento é a mão-de-obra majoritariamente masculina (67,8%). Este percentual é maior nas empresas de grande porte (77,9%) e menor nas de pequeno porte (61,7%). Aqui, a idade média do trabalhador (34,2 anos) é quase igual a da encontrada para a indústria de transformação do Estado (34,3 anos). Cabe destacar que 88% dos trabalhadores deste setor têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 9.1. Uma vez que existem apenas 48 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,48%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 56 Gráfico 9.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Celulose e Papel de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Apenas 5,9% dos trabalhadores possuem educação em nível superior completo. Ainda, do total de empregados, 39,2% têm o ensino médio completo e 12,1% incompleto. O grau de instrução desses trabalhadores pode ser observado no gráfico 9.2. Cabe destacar que existem 7 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado). Gráfico 9.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Celulose e Papel de Acordo com o Grau de Instrução 39,2 17,6 19,4 12,1 5,6 5,9 0,1 Analfabeto 0,1 Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 17 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A maior parte das vagas da indústria de celulose e papel é oferecida para: embaladores e alimentadores da produção, que englobam aproximadamente 18,8% dos trabalhadores empregados nesta indústria; confeccionadores de produtos de papel e Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 57 papelão, com 14,7% do total; e trabalhadores aproximadamente 13,8% do total trabalhadores. da produção gráfica, com Tabela 9.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Celulose e Papel Empregados Embaladores e alimentadores de produção Confeccionadores de produtos de papel e papelão Trabalhadores da produção gráfica Trabalhadores da fabricação de papel Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas Técnico em ciências físicas e químicas Operadores de utilidades Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Técnicos de nivel médio em operações industriais Supervisores da fabricação de celulose e papel Mecânicos de manutenção de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros Trabalhadores da confecção de calçados Gerentes de áreas de apoio Técnicos de nivel médio em operações comerciais Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos Gerentes de produção e operações Vendedores e demonstradores Técnicos em eletroeletrônica e fotônica Outras ocupações Total Nº médio de Salários Recebidos 1.886 1.472 1.384 721 580 284 282 270 249 176 160 155 144 129 123 120 118 98 95 92 1.473 10.011 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 58 1,6 1,9 2,1 2,1 2,4 2,4 7,7 2,6 2,3 3,7 5,8 3,3 1,4 1,4 9,4 4,7 3,3 9,5 2,9 6,9 5,9 2,9 10 IMPRESSÃO E REPRODUÇÃO Esta indústria possui 6 subsetores e um total de 1.165 estabelecimentos. O destaque é a impressão de materiais para outros usos11. Este subsetor conta com 766 estabelecimentos e representa 65,8% do total da indústria de impressão e reprodução. A segunda atividade no estado nesse segmento são os serviços de pré-impressão, com um total de 211 estabelecimentos, seguido dos serviços de acabamentos gráficos, com 98 estabelecimentos. A figura 10.1 traz a distribuição espacial dos estabelecimentos. Mais da metade das empresas (50,8%) estão localizadas na região Metropolitana de Porto Alegre. Por sua vez, as regiões Nordeste e Noroeste detêm 17,6% e 14,4% e as demais regiões somam os 17,2% restantes. 14,4 17,6 3,3 3,2 6,3 50,8 4,5 Figura 10.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Impressão e Reprodução Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Esta indústria é a segunda em proporção de microempresas, que correspondem a 84,2% do total. As empresas de pequeno porte possuem 163 estabelecimentos e existem 20 empresas de porte médio, representando 14% e 1,7%, respectivamente. Cabe destacar que existe apenas 1 empresa de grande porte. Existem 8.102 pessoas no estado do Rio Grande do Sul empregadas neste segmento e as pequenas empresas detém a maior parte dos trabalhadores (35,6%), seguidas das microempresas (33,1%), médias (24,8%) e grandes (6,4%). A remuneração média por trabalhador (2,3 salários mínimos) está um pouco abaixo da média observada para a indústria de transformação do Estado (2,6 salários 11 Compreende a impressão de material para uso publicitário e a impressão de material para outros usos. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 59 mínimos). Neste segmento as microempresas oferecem menor remuneração, com uma média de 1,8 salários mínimos por trabalhador e as empresas de médio porte são as que melhor remuneram, pagando em média para os seus funcionários 3 salários mínimos. Tabela 10.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de Impressão e Reprodução por Subsetor Estabelecimentos nº Imp. de jornais, livros, revistas e outras publicações periódicas Impressão de materiais de segurança Impressão de materiais para outros usos Serviços de pré impressão Serviços de acabamentos gráficos Reprodução de materiais gravados em qualquer suporte Total do segmento 79 6 766 211 98 5 1.165 (%) 6,8 0,5 65,8 18,1 8,4 0,4 100 Empregados nº 778 25 5.339 1.130 737 93 8.102 (%) 9,6 0,3 65,9 13,9 9,1 1,1 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Do total de empregados nesta indústria, 65,9% encontram-se nas empresas de impressão de materiais para outros usos. A segunda atividade em números de funcionários são os serviços de pré-impressão, com 1.130 funcionários, que representa 13,9%, seguida da Impressão de jornais, livros, revistas e outras publicações periódicas, com 9,6% do total de trabalhadores. 12,2 26,4 3,4 3,4 4,3 48,4 2,0 Figura 10.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Impressão e Reprodução Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 60 No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de impressão e reprodução através do estado, é possível observar que duas regiões concentram quase 75% dos trabalhadores formais empregados, uma vez que 48,4% destes estão concentrados na região Metropolitana de Porto Alegre e 26,4% na região Nordeste. Esta distribuição pode ser observada na figura 10.2. Características do Trabalhador O tempo que o trabalhador permanece empregado nesta indústria, em média, são 53,6 meses, com maior estabilidade nas empresas de médio porte (82,7 meses) e menor nas micro e médias empresas (40,7 meses). Tabela 10.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Impressão e Reprodução Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses Pequena 981 2.685 1.747 938 32,8 40,7 1,8 42,8 2 em salários mínimos 163 2.886 1.759 1.127 32,4 42,0 2,2 43,1 Média 20 2.009 1.237 772 35,2 82,7 3,0 42,3 Grande 1 522 240 282 32,7 73,3 2,2 43,5 Total 1.165 8.102 4.983 3.119 33,2 53,6 2,3 42,8 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE Em relação à divisão da mão-de-obra entre homens e mulheres aproximadamente 61,5% dos trabalhadores desta indústria são do sexo masculino, sendo que este percentual é maior nas micro empresas (65,1%) e menor nas grandes (46%). A idade média do trabalhador é de 33,2 anos e 89,0% têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 10.1. Uma vez que existem apenas 43 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,53%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 61 Gráfico 10.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Impressão e Reprodução de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE O grau de instrução dos trabalhadores desta indústria é baixo, como pode ser observado no gráfico 10.2. Apenas 6,0% dos trabalhadores possuem educação superior completa e 7,5% incompleta. A maior parte dos empregados (50,2%) tem o ensino médio completo. Cabe destacar que existem 26 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado). Gráfico 10.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Impressão e Reprodução de Acordo com o Grau de Instrução 50,2 10,8 12,4 12,9 7,5 6,0 0,3 0,0 Analfabeto Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 17 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Na indústria de impressão e reprodução a maior parte dos empregos existentes é voltada para os trabalhadores da produção gráfica, que ocupam aproximadamente Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 62 43,6% das vagas. A segunda principal ocupação em termos do número de trabalhadores são os escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos, que representam aproximadamente 9,1% do total de trabalhadores. Tabela 10.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Impressão e Reprodução Empregados Trabalhadores da produção gráfica Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Embaladores e alimentadores de produção Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros Confeccionadores de produtos de papel e papelão Vendedores e demonstradores Gerentes de áreas de apoio Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Trab artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas Trabalhadores de informações ao público Desenhistas técnicos e modelistas Supervisores nas indústrias têxtil, do curtimento, do vestuário e das artes gráficas Técnicos de nivel médio em operações industriais Profissionais de espetáculos e das artes Técnicos de nivel médio em operações comerciais Vendedores a domicílio, ambulantes e em bancas Profissionais de organização e administração de empresas e afins Gerentes de produção e operações Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas Supervisores de serviços administrativos (exceto de atendimento ao público) Outras ocupações Total 3.532 734 624 207 198 188 158 158 138 137 129 122 101 99 98 93 92 85 84 68 1.057 8.102 Nº médio de Salários Recebidos 2,3 2,0 1,6 1,5 1,7 1,8 4,3 2,3 1,8 1,5 2,0 4,3 2,6 2,3 2,8 2,0 2,8 5,4 2,6 3,5 2,9 2,3 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 63 11 REFINO DE PETRÓLEO Compreende a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis. Do total de segmentos da indústria de transformação do Estado, este possui a menor quantidade de estabelecimentos – apenas 19, divididos em 5 subsetores. O destaque é a fabricação de produtos do refino de petróleo. Este subsetor conta com 7 estabelecimentos, o que representa 36,8% do total. Em segundo lugar na questão atividade no estado, está a fabricação de biocombustíveis, exceto álcool, com 5 estabelecimentos, e, em terceiro, a fabricação de álcool, com 4. As empresas não estão distribuídas uniformemente entre as sete mesorregiões do estado. A figura 11.1 traz esta distribuição espacial. Pode-se observar que as empresas estão mais concentradas na região Metropolitana de Porto Alegre (31,6%), seguida da região Nordeste que detém 26,3% e da Noroeste, com 21,1%. A região Sudoeste possui 10,5% dos estabelecimentos e as regiões Centro Oriental e Sudeste detêm ambas 5,3%. 21,1 26,3 10,5 0,0 5,3 31,6 5,3 Figura 11.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Refino de Petróleo Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Cabe destacar que, entre todos os segmentos da indústria de transformação do Estado, a indústria de refino de petróleo é a terceira com menor proporção de microempresas – embora estas ainda sejam predominantes e representem 52,6% da composição dos estabelecimentos. As empresas de porte pequeno representam 26,3% e as de médio e grande porte representam ambas 10,5% do total. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 64 Tabela 11.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de Refino de Petróleo por Subsetor Estabelecimentos nº Coquerias Fabricação de produtos do refino de petróleo Fab. de produtos derivados do petróleo, exceto produtos do refino Fabricação de álcool Fabricação de biocombustíveis, exceto álcool Total do segmento 0 7 3 4 5 19 (%) 0,0 36,8 15,8 21,1 26,3 100 Empregados nº 0 560 245 18 324 1.147 (%) 0,0 48,8 21,4 1,6 28,2 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Em dezembro de 2012 existiam 1.147 pessoas empregadas nesta indústria no estado do Rio Grande do Sul. Um aspecto interessante é que, embora em números de estabelecimentos as microempresas sejam mais representativas, elas empregam apenas 2% da mão-de-obra utilizada no setor. Por outro lado, as duas empresas existentes de grande porte concentra 52,7% dos trabalhadores formais. Aproximadamente 35% dos trabalhadores estão empregados nas empresas de médio porte. 30,7 2,5 1,6 0,0 0,1 36,1 29,0 Figura 11.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Refino de Petróleo Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A remuneração média por trabalhador neste segmento, de 4,7 salários mínimos. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 2,5 salários mínimos por trabalhador enquanto que as empresas de grande porte são as que melhor remuneram neste setor, pagando em média para os seus funcionários 5,5 salários mínimos. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 65 Do total de empregados nesta indústria, 48,8% encontram-se nas empresas de fabricação de produtos do refino de petróleo. A segunda atividade em números de funcionários é a fabricação de biocombustíveis, exceto álcool, com 324 funcionários, que representa 28,2% do total. No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de refino de petróleo através do estado, é possível observar um elevado grau de concentração, visto que duas regiões detêm quase 67% dos trabalhadores formais empregados – sendo que 36,1% destes estão concentrados na região Metropolitana de Porto Alegre e 30,7% na região Noroeste. Esta distribuição pode ser observada na figura 11.2. Características do Trabalhador Em relação ao tempo médio de duração do emprego, a indústria de refino de petróleo é a que oferece maior estabilidade para o trabalhador. Cabe destacar que, em média, o tempo que o trabalhador permanece empregado nesta indústria é 62,2 meses, com maior estabilidade nas empresas de grande porte (84,2 meses) e menor nas pequenas empresas (15,2 meses). Tabela 11.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Refino de Petróleo Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses Pequena 10 23 21 2 38,6 30,2 2,5 41,5 2 em salários mínimos 5 120 91 29 32,1 15,2 4,4 41,6 Média 2 400 345 55 34,8 44,8 3,8 43,3 Grande 2 604 470 134 34,4 84,2 5,5 39,0 Total 19 1.147 927 220 34,4 62,2 4,7 40,8 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE A maior parte dos trabalhadores desta indústria é do sexo masculino (80,8%). Este percentual é maior nas microempresas (91,3%) e menor nas pequenas empresas (75,8%). Neste segmento os trabalhadores possuem a idade média de 34,4 anos, sendo que 88,9% tem menos de 49 anos. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 66 Gráfico 11.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Refino de Petróleo de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 11.1. Uma vez que existem apenas 5 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,44%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Gráfico 11.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Refino de Petróleo de Acordo com o Grau de Instrução 43,2 18,0 12,9 12,1 6,9 5,9 1,0 0,0 Analfabeto Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 17 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Uma característica interessante deste gênero da indústria é a alta qualificação de seus empregados. Nota-se que 18% dos trabalhadores possuem ensino superior completo, e outros 12,9% incompleto. Ainda, 43,2% dos empregados têm o ensino Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 67 médio completo e 12,1 têm apenas o ensino fundamental completo. Cabe destacar que não há trabalhado não alfabetizado nesse setor. Tabela 11.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Refino de Petróleo Empregados Operadores de instalações em indústrias químicas, petroquímicas e afins Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Operadores de outras instalações químicas, petroquímicas e afins Embaladores e alimentadores de produção Operadores de equipamentos na preparação de alimentos e bebidas Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros Eletricistas eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial Técnicos em laboratório Técnicos das ciências administrativas Escriturários contábeis e de finanças Técnicos de nivel médio em operações industriais Trabalhadores de manobras sobre trilhos e movimentação e cargas Técnicos de nivel médio em operações comerciais Mecânicos de manutenção de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais Profissionais de organização e administração de empresas e afins Operadores de utilidades Gerentes de áreas de apoio Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos Outras ocupações Total 118 88 66 63 60 57 51 39 37 31 31 28 25 25 24 24 23 23 22 20 292 1.147 Nº médio de Salários Recebidos 5,6 3,3 3,7 1,9 3,7 3,1 3,0 1,7 2,1 3,6 4,8 3,2 4,5 2,1 5,0 4,3 8,2 3,0 22,2 2,9 6,0 4,7 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A indústria de refino de petróleo oferece diversas alternativas de trabalho no RS. A maior parte dos empregos disponibilizados é para operadores de instalações em indústrias químicas, petroquímicas e afins, que engloba 10,3% dos trabalhadores empregados nesta indústria, e para escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos com 7,7% do total de trabalhadores. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 68 12 QUÍMICOS Esta indústria, que conta com 761 estabelecimentos divididos em 25 subsetores, é bastante diversificada. O subsetor de fabricação de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal e o de fabricação de produtos de limpeza e polimento são os que concentram a maior parte das empresas, representando 12,6% do total cada. A segunda atividade no estado nesse segmento é a fabricação de tintas, vernizes, esmaltes e lacas, com 84 estabelecimentos. Conforme mostra a figura 12.1, os estabelecimentos não estão distribuídos uniformemente entre as sete mesorregiões do estado. A região Metropolitana de Porto Alegre possui 57,3% dos estabelecimentos, seguida das regiões Nordeste e Noroeste, que detém 15,9% e 10,5%, respectivamente. As demais regiões somam os 16,3% restantes. 10,5 15,9 0,5 1,8 10,0 57,3 3,9 Figura 12.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria Química Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A indústria química é composta em sua maioria por microempresas (65,2%). As empresas de pequeno porte possuem 203 estabelecimentos, o que representa 26,7% do total desta indústria; as de médio porte, com 51 estabelecimentos, representam 6,7% do total e, as de grande porte, com 11 estabelecimentos, detém 1,4% do total do setor. Ao todo, 16.185 pessoas estão empregadas neste segmento no estado do Rio Grande do Sul. Cabe destacar que embora em números de estabelecimentos as microempresas são as mais representativas, elas empregam apenas 9,9% da mão-de- Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 69 obra utilizada no setor. Por outro lado, 33% dos trabalhadores formais desta indústria estão empregados nas empresas de porte médio. A remuneração média por trabalhador nessa indústria está bem acima da observada para a indústria de transformação do RS. Aqui, os trabalhadores recebem em média 4,7 salários mínimos. As microempresas são as que possuem menor remuneração, com uma média de 2,3 salários mínimos por trabalhador e as empresas de grande porte são as que melhor remuneram neste setor, pagando em média para os seus funcionários 7,4 salários mínimos. Tabela 12.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria Química Reprodução por Subsetor Estabelecimentos nº Fabricação de cloro e álcalis Fabricação de intermediários para fertilizantes Fabricação de adubos e fertilizantes Fabricação de gases industriais Fab. de produtos químicos inorgânicos não especif. anter. Fabricação de produtos petroquímicos básicos Fabricação de intermediários para plastificantes, resinas e fibras Fabricação de produtos químicos orgânicos não especif. anter. Fabricação de resinas termoplásticas Fabricação de resinas termofixas Fabricação de elastômeros Fabricação de fibras artificiais e sintéticas Fabricação de defensivos agrícolas Fabricação de desinfestantes domissanitários Fabricação de sabões e detergentes sintéticos Fabricação de produtos de limpeza e polimento Fab. de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes e lacas Fabricação de tintas de impressão Fabricação de impermeabilizantes, solventes e produtos afins Fabricação de adesivos e selantes Fabricação de explosivos Fabricação de aditivos de uso industrial Fabricação de catalisadores Fabricação de produtos químicos não especif. anteriormente Total do segmento 3 6 59 12 13 3 8 41 14 4 6 8 6 16 63 96 96 84 7 11 34 3 31 0 137 761 (%) 0,4 0,8 7,8 1,6 1,7 0,4 1,1 5,4 1,8 0,5 0,8 1,1 0,8 2,1 8,3 12,6 12,6 11,0 0,9 1,4 4,5 0,4 4,1 0,0 18,0 100 Empregados nº 118 42 2.627 299 174 898 66 1.150 1.176 76 123 39 129 200 883 1.510 1.413 1.641 49 131 1.171 142 317 0 1.811 16.185 (%) 0,7 0,3 16,2 1,8 1,1 5,5 0,4 7,1 7,3 0,5 0,8 0,2 0,8 1,2 5,5 9,3 8,7 10,1 0,3 0,8 7,2 0,9 2,0 0,0 11,2 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Do total de trabalhadores desta indústria, 16,2% encontram-se empregados nas empresas de fabricação de adubos e fertilizantes. A segunda atividade em números de funcionários é a fabricação de tintas, vernizes, esmaltes e lacas, com 1.641 funcionários, representando 10,1% do total. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 70 No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de produtos químicos através do estado, é possível observar que três regiões concentram 85,6% dos trabalhadores formais empregados, sendo que 65,5% estão concentrados na região Metropolitana de Porto Alegre, 10,4% na região Sudeste e 9,7% na região Nordeste. Esta distribuição pode ser observada na figura 12.2. 4,6 9,7 0,1 1,1 8,6 65,5 10,4 Figura 12.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria Química Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Características do Trabalhador A indústria química é uma das que oferecem maior estabilidade para o trabalhador, no que se refere à duração média do contrato de trabalho. O tempo que o trabalhador permanece empregado nesta indústria, em média, são 68,1 meses, com maior estabilidade nas empresas de grande porte (98,9 meses) e menor nas microempresas (41,4 meses). Tabela 12.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria Química Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses Pequena 496 1.604 1.051 553 35,1 41,4 2,3 43,0 2 em salários mínimos 203 4.372 2.886 1.486 34,7 45,6 3,4 43,1 Média 51 5.343 3.734 1.609 35,1 66,5 4,2 43,0 Grande 11 4.866 3.630 1.236 37,4 98,9 7,4 40,2 Total 761 16.185 11.301 4.884 35,7 68,1 4,7 42,2 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 71 A mão-de-obra é principalmente composta por homens (69,8 %). Este percentual é ainda maior nas empresas de grande porte (74,6%) e menor nas pequenas (65,5%). A idade média do trabalhador é de 35,7 anos, sendo que 86,2% têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 12.1. Uma vez que existem apenas 108 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,67%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Gráfico 12.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria Química de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE O grau de instrução desse segmento é bastante elevado. Dos trabalhadores, 13,7% possuem educação em nível superior completo e 10,3% em nível superior incompleto. A maior parte dos empregados (41,6%) possui ensino médio completo. O grau de instrução desses trabalhadores pode ser observado no gráfico 12.2. Cabe destacar que existem 80 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado). Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 72 Gráfico 12.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria Química de Acordo com o Grau de Instrução 41,6 11,7 13,7 13,7 10,3 8,4 0,5 0,1 Analfabeto Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 17 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A maior parte das vagas nesta indústria é ocupada por embaladores e alimentadores de produção – que ocupam aproximadamente 13,8% das vagas – por operadores de instalações em indústrias químicas, petroquímicas e afins, com 12,1% do total de trabalhadores e por escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos, com 7,6%. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 73 Tabela 12.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria Química Empregados Embaladores e alimentadores de produção Operadores de instalações em indústrias químicas, petroquímicas e afins Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Operadores de outras instalações químicas, petroquímicas e afins Técnicos de nivel médio em operações comerciais Técnico em ciências físicas e químicas Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de mov. de cargas Gerentes de áreas de apoio Operadores de utilidades Técnicos em eletroeletrônica e fotônica Vendedores e demonstradores Mecânicos de manutenção de maq. e equip. industriais, comerciais e residenciais Profissionais de organização e administração de empresas e afins Técnicos em laboratório Engenheiros, arquitetos e afins Técnicos de nivel médio em operações industriais Trab. nos serviços de adm., conservação e manut. de edifícios e logradouros Trabalhadores de manobras sobre trilhos e movimentação e cargas Supervisores de produção, em indústrias químicas, petroquímicas e afins Outras ocupações Total 2.233 1.959 1.237 646 603 485 467 451 438 417 370 354 349 325 309 303 291 280 265 264 4.139 16.185 Nº médio de Salários Recebidos 1,8 6,2 2,6 2,3 3,4 5,4 6,7 2,8 14,4 2,9 9,1 2,6 3,5 7,5 6,1 16,2 4,0 1,4 2,2 8,6 4,9 4,7 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 74 13 FARMACÊUTICOS Compreende a fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos e é a segunda menor indústria quanto ao número de estabelecimentos. No total, são 62 divididos em 4 subsetores. A maior parte das empresas tem sua atividade voltada para fabricação de medicamentos para uso humano. Este subsetor conta com 33 estabelecimentos, o que representa aproximadamente 53,2% do total. A segunda atividade no estado nesse segmento é a fabricação de medicamentos para uso veterinário, com um total de 15 estabelecimentos. Este segmento é o terceiro em concentração de estabelecimentos, sendo que a maior parte destes (62,9%) está localizada na região Metropolitana de Porto Alegre. As regiões Noroeste e Nordeste detêm respectivamente 16,1% e 11,3% dos estabelecimentos dessa indústria. Cabe destacar que as regiões Centro Oriental não possui estabelecimentos. A figura 13.1 traz esta distribuição espacial. 16,1 11,3 4,8 1,6 0,0 62,9 3,2 Figura 13.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria Farmacêutica Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Embora essa indústria seja caracterizada em sua maioria por microempresas (51,6%), elas representam uma proporção consideravelmente menor quando comparada a indústria de transformação do Estado. As empresas de porte pequeno e médio representam 30,6% e 14,5% do total, respectivamente. Existem apenas 2 empresa de grande porte. A indústria de farmacêuticos emprega 2.421 pessoas no estado do Rio Grande do Sul. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 75 Destaca-se que, a maior parte dos empregados formais desta indústria está concentrada nas grandes empresas (43,9%), embora existam apenas dois estabelecimentos de grande porte. A remuneração média por trabalhador nessa indústria é de 3,3 salários mínimos. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 2 salários mínimos por trabalhador e as pequenas empresas são as que melhor remuneram neste setor, pagando em média para os seus funcionários 3,6 salários mínimos. Tabela 13.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria Farmacêutica por Subsetor Estabelecimentos nº Fabricação de produtos farmoquímicos Fabricação de medicamentos para uso humano Fab. de medicamentos para uso veterinário Faricação de preparações farmacêuticas Total do segmento 11 33 15 3 62 (%) 17,7 53,2 24,2 4,8 100 Empregados nº 280 1.849 243 49 2.421 (%) 11,6 76,4 10,0 2,0 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Do total de empregados nesta indústria, mais de 76% encontram-se nas empresas de fabricação de medicamentos para uso humano. A segunda atividade em números de funcionários é fabricação de produto farmoquímicos, com 280 funcionários, que representa 11,6% do total. 3,5 11,9 0,4 0,2 0,0 82,1 1,9 Figura 13.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria Farmacêutica Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 76 No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores através do estado, é possível observar uma grande concentração na região Metropolitana de Porto Alegre, que detém 82,1% dos empregados formais desta indústria. Em segundo lugar, tem-se a região Nordeste, que emprega 11,9% da mão-de-obra. As regiões menos expressivas quanto ao número de empregados são a Centro Ocidental e a Sudeste, com apenas 1 e 2 trabalhadores, respectivamente. Características do Trabalhador O tempo que o trabalhador permanece empregado, em média, são 44,1 meses, com maior estabilidade nas microempresas (75,9 meses) e menor nas grandes (40,2 meses). Tabela 13.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria Farmacêutica Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses Pequena 32 92 27 65 36,9 75,9 2,0 41,3 2 em salários mínimos 19 414 167 247 34,6 48,9 3,6 43,0 Média 9 852 383 469 34,0 43,1 3,5 43,6 Grande 2 1.063 473 590 29,8 40,2 3,1 42,8 Total 62 2.421 1.050 1.371 32,3 44,1 3,3 43,1 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE A despeito do que ocorre na maioria dos segmentos da indústria de transformação, há mais mulheres (56%) do que homens (43,4%) trabalhando nesse setor. O percentual de mulheres é maior nas micro empresas (70,7%) e menor nas médias empresas (55%). Ainda, cabe destacar que a idade média dos trabalhadores é baixa, de 32,3 anos, sendo que 94,1% tem menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 13.1. Uma vez que existem apenas 14 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,58%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 77 Gráfico 13.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria Farmacêutica de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE O grau de instrução dos trabalhadores desta indústria é relativamente elevado, como pode ser observado no gráfico 13.2. Nota-se que 18% destes possuem educação superior completa e 8,5% incompleta. Ainda, 54,2% têm o ensino médio completo. Cabe destacar que existe apena 1 trabalhador analfabeto e apenas 6 tem grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado). Gráfico 13.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria Farmacêutica de Acordo com o Grau de Instrução 54,2 18,0 4,7 7,8 8,5 6,5 0,2 0,0 Analfabeto Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 17 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A indústria de farmacêuticos oferece diversas alternativas de trabalho. As ocupações que mais empregam nesta indústria são as voltadas para os trabalhos dos Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 78 serviços da saúde – que englobam aproximadamente 26,6% dos trabalhadores empregados nesta indústria – e aos técnicos de nível médio em operações comerciais – com 5,9% do total de trabalhadores. Tabela 13.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria Farmacêutica Empregados Trabalhadores dos serviços de saúde Técnicos de nivel médio em operações comerciais Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Operadores de utilidades Embaladores e alimentadores de produção Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Técnicos de nivel médio em operações industriais Profissionais da medicina, saúde e afins Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros Gerentes de áreas de apoio Técnicos de bioquímica e da biotecnologia Operadores de instalações em indústrias químicas, petroquímicas e afins Operadores de outras instalações químicas, petroquímicas e afins Técnico em ciências físicas e químicas Trabalhadores nos serviços de embelezamento e cuidados pessoais Vendedores e demonstradores Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas Operadores de operação unitária de laboratório (transversal para toda ind. de processos) Profissionais de organização e administração de empresas e afins Supervisores de produção, em indústrias químicas, petroquímicas e afins Outras ocupações Total 643 144 142 115 103 102 96 91 86 78 58 57 53 45 43 43 40 36 35 34 377 2.421 Nº médio de Salários Recebidos 1,7 7,0 2,9 2,2 1,8 2,1 3,3 6,9 1,6 11,6 2,0 2,3 1,6 3,2 1,3 2,5 2,1 2,0 5,3 5,0 4,4 3,3 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 79 14 BORRACHA E PLÁSTICO Este segmento está dividido em 7 subsetores e possui 1.572 estabelecimentos. O subsetor com a maior quantidade de empresas é o de fabricação de embalagens de material plástico, que conta com 270 estabelecimentos, representando aproximadamente 17,2% do total. A segunda atividade em termos de número de empresas é a reforma de pneumáticos usados, com um total de 91 estabelecimentos (5,8%). Os estabelecimentos não estão distribuídos uniformemente entre as sete mesorregiões do estado, estando bastante concentrados na região Metropolitana de Porto Alegre, que possui 54,1% do total, seguida das regiões Nordeste e Noroeste, com 29,8% e 8,8% dos estabelecimentos dessa indústria, respectivamente. As demais regiões somam os 7,3% restantes. A figura 14.1 traz esta distribuição espacial. 8,8 29,8 0,8 1,5 3,9 54,1 1,0 Figura 14.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Borracha e Plástico Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Em relação ao porte, percebe-se uma grande quantidade de microempresas, que representam quase 60% do total. Na sequência tem-se as empresas de pequeno porte, com 472 estabelecimentos, representando 30% do total e as de médio porte, que possuem 132 estabelecimentos, 8,4% do total. Por fim, existem 29 empresas de grande porte, sendo 1,8% do total dessa indústria. A indústria de borracha e plástico emprega 40.581 pessoas no estado do Rio Grande do Sul. Embora em números de estabelecimentos as microempresas sejam mais representativas, elas empregam apenas 7,9% da mão-de-obra utilizada no setor. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 80 Por outro lado, 66,5% dos trabalhadores formais desta indústria estão empregados nas empresas de médio e grande porte. Tabela 14.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de Borracha e Plástico por Subsetor Estabelecimentos nº Fabricação de pneumáticos e de câmaras de ar Reforma de pneumáticos usados Fab. de artefatos de borracha não especif. anteriormente Fab. de laminados planos e tubulares de material plástico Fabricação de embalagens de material plástico Fab. de tubos e acessórios de material plástico p/ uso na const. Fab. de artefatos de material plástico não especif. anteriormente Total do segmento 11 91 174 56 270 9 961 1.572 (%) 0,7 5,8 11,1 3,6 17,2 0,6 61,1 100 Empregados nº 3.345 1.149 6.038 1.989 6.570 64 21.426 40.581 (%) 8,2 2,8 14,9 4,9 16,2 0,2 52,8 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A remuneração por trabalhador nessa indústria é, em média, de 2,6 salários mínimos. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 1,9 salários mínimos por trabalhador e as empresas de grande porte são as que melhor remuneram, pagando em média para os seus funcionários 3,2 salários mínimos. Nesta indústria, o tempo de trabalho médio é de 42,9 horas semanais, não tendo grande variação conforme o porte da indústria. 5,7 36,1 0,2 0,4 5,5 51,8 0,3 Figura 14.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Borracha e Plástico Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Entre os subsetores desta indústria, o que emprega maior quantidade de funcionários (6.570) é o de fabricação de embalagens de material plástico. A segunda Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 81 atividade em números de funcionários é a fabricação de pneumáticos e de câmaras de ar, com 3,3 mil funcionários, que representa 8,2% do total. No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de borracha e plástico através do estado, é possível observar uma grande concentração – duas regiões detêm quase 90% dos trabalhadores formais empregados. Quase 52% dos trabalhadores estão empregados na região Metropolitana de Porto Alegre e 36,1% na região Nordeste. Esta distribuição pode ser observada na figura 14.2. Características do Trabalhador Cabe destacar que, em média, o tempo que o trabalhador permanece empregado nesta indústria é 48,5 meses (período maior do que a média encontrada para a indústria de transformação do Estado), tendo maior estabilidade nas empresas de grande porte (66,2 meses) e menor nas microempresas (37,1 meses). Tabela 14.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Borracha e Plástico Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses 939 3.224 2.171 1.053 35,1 37,1 1,9 43,4 2 em salários mínimos Pequena 472 10.378 6.402 3.976 34,4 37,4 2,2 43,4 Média 132 13.105 7.716 5.389 33,0 41,4 2,5 43,0 Grande 29 13.874 9.477 4.397 33,4 66,2 3,2 42,4 Total 1.572 40.581 25.766 14.815 33,7 48,5 2,6 42,9 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE Seguindo a tendência da indústria de transformação no Estado, os trabalhadores deste segmento são predominantemente do sexo masculino (63,5%). Este percentual é maior nas grandes empresas (68,3%) e menor nas médias (58,9%). Ainda, o segmento é caracterizado, no geral, por trabalhadores jovens. A idade média é de 33,7 anos, sendo que 90,3% têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 14.1. Uma vez que existem apenas 171 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,42%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 82 Gráfico 14.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Borracha e Plástico de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE O grau de escolaridade dos trabalhadores da indústria de borracha e plástico é relativamente baixo. Apenas 4,1% possuem educação em nível superior completa e 5,7% em nível superior incompleto. A maior parte dos trabalhadores desta indústria (41,4%) possui ensino médio completo. O grau de instrução desses trabalhadores pode ser observado no gráfico 14.2. Cabe destacar que existem apenas 17 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado). Gráfico 14.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Borracha e Plástico de Acordo com o Grau de Instrução 41,4 18,9 18,3 11,5 5,7 4,1 0,1 Analfabeto 0,0 Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 17 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A indústria de borracha e plástico oferece diversas alternativas de trabalho no RS. As principais ocupações são as operações de instalação em indústrias químicas e petroquímicas, que engloba aproximadamente 22,4% dos trabalhadores empregados Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 83 nesta indústria, e os embaladores e alimentadores da produção, com 20,3% do total de trabalhadores. Tabela 14.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Borracha e Plástico Empregados Operadores de instalações em indústrias químicas, petroquímicas e afins Embaladores e alimentadores de produção Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Operadores de outras instalações químicas, petroquímicas e afins Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Técnicos de nivel médio em operações industriais Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos Operadores de utilidades Trabalhadores da produção gráfica Mecânicos de manutenção de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais Supervisores de produção, em indústrias químicas, petroquímicas e afins Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas Trab de tratamento térmico e de superfícies de metais e de compósitos Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos Técnico em ciências físicas e químicas Gerentes de áreas de apoio Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros Técnicos de nivel médio em operações comerciais Trabalhadores elementares da manutenção Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos Outras ocupações Total 9.076 8.221 1.975 1.821 1.338 1.302 1.053 1.000 925 782 755 666 657 621 590 536 512 483 469 444 7.355 40.581 Nº médio de Salários Recebidos 2,3 1,7 2,2 2,4 2,3 3,3 3,2 2,2 2,3 3,3 4,7 2,8 2,9 2,2 2,6 8,1 1,5 3,9 1,9 2,2 3,9 2,6 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 84 15 MINERAIS NÃO METÁLICOS Esta indústria possui 11 subsetores e um total de 2.183 estabelecimentos. O destaque é a fabricação de artigos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e materiais semelhantes. Este subsetor conta com 957 estabelecimentos, o que representa aproximadamente 43,8% do total da indústria de minerais não metálicos. A segunda atividade no estado nesse segmento é a fabricação de produtos cerâmicos não refratários para uso estrutural na construção, com um total de 519 estabelecimentos, seguido do aparelhamento e outros trabalhos em pedras, com 394 estabelecimentos. 76% dos estabelecimentos desta indústria estão concentrados em três mesorregiões, sendo que 34,0% estão localizados na região Metropolitana de Porto Alegre, 24,6% na região Noroeste e 17,4% na região Nordeste. As demais regiões somam os 24,0% restantes. 24,6 17,4 1,6 4,5 12,0 34,0 5,8 Figura 15.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Minerais não Metálicos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE As microempresas representam quase 75% do total. As empresas de pequeno e médio porte representam 22,4% e 2,7% dos estabelecimentos, respectivamente. Há apenas 4 estabelecimentos de grande porte nesta indústria. A indústria de minerais não metálicos emprega quase 22 mil pessoas no estado do Rio Grande do Sul. Aproximadamente 40,2% dos trabalhadores estão empregados nas pequenas empresas, 27,7% nas de médio porte, 25,0% nas microempresas e 7,1 nas de grande porte. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 85 Tabela 15.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de Minerais não Metálicos por Subsetor Estabelecimentos nº Fabricação de vidro plano e de segurança Fabricação de embalagens de vidro Fabricação de artigos de vidro Fabricação de cimento Fab. de artigos de concreto, cimento, fibrocim., gesso e mat. semelhantes Fabricação de produtos cerâmicos refratários Fabricação de produtos cerâmica não-refratários p/ uso estrutural na const. Fabricação de produtos cerâmica não-refratário não especif. anteriormente Aparelhamento e outros trabalhos em pedras Fabricação de cal e gesso Fabricação de produtos de minerais não metálicos não especif. anteriormente Total do segmento 14 1 78 7 957 31 519 45 394 19 118 2.183 (%) 0,6 0,0 3,6 0,3 43,8 1,4 23,8 2,1 18,0 0,9 5,4 100 Empregados nº 778 185 1.381 470 9.168 199 5.496 726 2.245 495 813 21.956 (%) 3,5 0,8 6,3 2,1 41,8 0,9 25,0 3,3 10,2 2,3 3,7 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A remuneração média por trabalhador nessa indústria (2,1 salários mínimos) está abaixo da média observada para a indústria de transformação do Estado. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 1,6 salários mínimos por trabalhador e as empresas de médio porte são as que melhor remuneram neste setor, pagando em média para os seus funcionários 2,7 salários mínimos. 17,9 19,2 1,2 4,9 10,4 40,1 6,3 Figura 15.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Minerais não Metálicos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Do total de trabalhadores desta indústria, aproximadamente 41,8% encontram-se empregados nas empresas de fabricação de artigos de concreto, cimento, fibrocimento, Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 86 gesso e materiais semelhantes. A segunda atividade em números de funcionários é a fabricação de produtos cerâmicos não refratários para uso estrutural na construção, com 5.496 funcionários, que representa 25,0% do total. No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de minerais não metálicos através do estado, é possível observar que quatro regiões concentram mais de 87% dos trabalhadores formais empregados, sendo que 40,1% estão concentrados na região Metropolitana de Porto Alegre, 19,2% na região Nordeste, 17,9% na região Noroeste e 10,4% na região Centro Oriental. Esta distribuição pode ser observada na figura 15.2. Características do Trabalhador Na indústria de minerais não metálicos a duração média dos contratos de trabalho é menor do que a observada para a indústria de transformação do Estado. Aqui, o trabalhador permanece empregado, em média, por 38,6 meses, com maior estabilidade nas empresas de porte médio (40,4 meses) e menor nas microempresas (34,6 meses). Tabela 15.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Minerais não Metálicos Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses Pequena 1.633 5.480 4.856 624 35,2 34,6 1,6 43,4 2 em salários mínimos 488 8.834 7.873 961 35,6 39,5 1,9 43,4 Média 58 6.073 4.978 1.095 34,7 40,4 2,7 43,2 Grande 4 1.569 1.385 184 33,1 39,9 2,6 43,0 Total 2.183 21.956 19.092 2.864 35,1 38,6 2,1 43,3 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE Assim como na maior parte dos setores que compões a indústria de transformação do RS, a mão-de-obra empregada neste segmento é predominantemente masculina (87%). Este percentual é maior nas pequenas empresas (89,1%) e menor nas de porte médio (82%). A idade média do trabalhador é de 35,1 anos, sendo que 86,2% têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 15.1. Uma vez que existem apenas 144 Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 87 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,66%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Gráfico 15.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Minerais não Metálicos de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Como pode ser observado no gráfico 15.2, o grau de instrução dos trabalhadores é baixo. Apenas 2,8% dos trabalhadores possuem educação em nível superior completo e 3,5% em nível incompleto. A maior parte dos empregados (31,2%) possui ensino fundamental incompleto. Cabe destacar que existem somente 8 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado). Gráfico 15.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Minerais não Metálicos de Acordo com o Grau de Instrução 31,2 31,1 19,6 11,1 3,5 2,8 Entre 13 e 16 anos 17 anos 0,7 Analfabeto 0,0 Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Quanto à ocupação dos trabalhadores, a tabela 15.3 mostra que a maior parte das vagas nesta indústria é ocupada por trabalhadores artesanais da siderurgia e de materiais de construção (12,7%); por condutores de veículos e operadores de Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 88 equipamentos de elevação e de movimentação de cargas (8,9%); e por trabalhadores de instalações e equipamentos de material de construção (8,9%). Tabela 15.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Minerais não Metálicos Empregados Trabalhadores artesanais da siderurgia e de materiais de construção Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas Trab de instalações e equipamentos de material de construção, cerâmica e vidro Trabalhadores da construção civil e obras públicas Embaladores e alimentadores de produção Ajudantes de obras Vidreiros, ceramistas e afins Trabalhadores de beneficiamento de minérios e pedras ornamentais Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Trabalhadores de acabamento de obras Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Vendedores e demonstradores Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos Mecânicos de manutenção de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais Supervisores da extração mineral e da construção civil Gerentes de áreas de apoio Trabalhadores de manobras sobre trilhos e movimentação e cargas Gerentes de produção e operações Supervisores de produção em indústrias siderúrgicas Outras ocupações Total 2.786 1.960 1.952 1.704 1.405 1.356 1.283 1.236 1.166 1.114 440 405 390 317 310 280 269 203 168 164 3.048 21.956 Nº médio de Salários Recebidos 1,5 2,5 1,8 2,1 1,8 1,4 1,9 2,0 1,7 1,9 2,0 2,2 1,4 2,2 2,7 4,0 5,0 1,8 4,7 3,8 3,0 2,1 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 89 16 METALURGIA Nesta indústria existem 468 estabelecimentos, divididos em 14 subsetores. O destaque é a fundição de ferro e aço, que conta com 141 estabelecimentos, representando 30,1% do total. A segunda atividade no estado nesse segmento é fundição de metais não ferrosos e suas ligas, com um total de 83 estabelecimentos, seguido da metalurgia do alumínio e suas ligas, com 48 estabelecimentos. Como pode ser observado na figura 16.1, mais da metade das empresas da indústria de metalurgia estão situadas na região Metropolitana de Porto Alegre (52,6%). Ainda, as regiões Nordeste e Noroeste detêm 28,2% e 9,4% dos estabelecimentos – respectivamente – e as demais regiões somam os 9,8% restantes. 9,4 28,2 0,0 0,4 5,6 52,6 3,8 Figura 16.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Metalurgia Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Grande parte dos estabelecimentos desta indústria é classificada como microempresas (66,9%). As empresas de pequeno porte possuem 111 estabelecimentos, o que representa 23,7% do total de estabelecimentos; as de médio porte, com 34 estabelecimentos, representam 7,3% do total. Por fim, existem apenas 10 empresas de grande porte, sendo 2,1% do total dessa indústria. Há 13.252 pessoas no estado do Rio Grande do Sul empregadas neste segmento. Cabe destacar que, embora em números de estabelecimentos as microempresas sejam mais representativas, elas empregam apenas 7,8% da mão-deobra utilizada no setor. Por outro lado, mais de 45,5% dos trabalhadores formais desta indústria estão empregados nas empresas de grande porte. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 90 Tabela 16.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de Metalurgia por Subsetor Estabelecimentos nº Produção de ferro gusa Produção de ferroligas Produção de semi acabados de aço Produção de laminados planos de aço Produção de laminados longos de aço Prod de relaminados, trefilados e perfilados de aço Produção de tubos de aço com costura Produção de outros tubos de ferro e aço Metalurgia do alumínio e suas ligas Metalurgia dos metais preciosos Metalurgia do cobre Metalurgia dos metais não ferrosos e suas ligas não especif. anter. Fundição de ferro e aço Fundição de metais não ferrosos e suas ligas Total do segmento 4 5 3 8 11 19 2 28 48 14 5 97 141 83 468 (%) 0,9 1,1 0,6 1,7 2,4 4,1 0,4 6,0 10,3 3,0 1,1 20,7 30,1 17,7 100 Empregados nº 16 8 6 36 2.815 409 621 585 515 92 386 820 5.961 982 13.252 (%) 0,1 0,1 0,0 0,3 21,2 3,1 4,7 4,4 3,9 0,7 2,9 6,2 45,0 7,4 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A remuneração média por trabalhador (3,8 salários mínimos) está consideravelmente acima da média observada para a indústria de transformação do Estado (2,6 salários mínimos). Os trabalhadores encontram melhores salários nas empresas de grande porte, onde a remuneração média é de 4,7 salários mínimos. 12,7 32,2 0,0 0,8 3,8 49,9 0,6 Figura 16.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Metalurgia Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Como pode ser observado na tabela 16.1, 45% dos trabalhadores encontramse empregados nas empresas de fundição de ferro e aço. A segunda atividade em Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 91 números de funcionários é a produção de laminados longos de aço, com 2.815 funcionários, que representa 21,2% do total. No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores, é possível observar que três regiões concentram quase 95% da mão-de-obra formal, sendo que 49,9% estão localizados na região Metropolitana de Porto Alegre, 32,2% na região Nordeste e 12,7% na região Noroeste. Esta distribuição pode ser observada na figura 16.2. Características do Trabalhador Este segmento é o segundo em termos de duração média do contrato de trabalho. O trabalhador permanece empregado, em média, por 69,6 meses. Os estabelecimentos de grande porte oferecem maior estabilidade (88,9 meses) e são nas microempresas que os contratos duram menos (44,5 meses). Tabela 16.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Metalurgia Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses Pequena 313 1.032 847 185 36,2 44,5 2,2 43,6 2 em salários mínimos 111 2.182 1.828 354 36,5 45,6 2,6 43,6 Média 34 4.011 3.279 732 36,0 60,3 3,5 43,2 Grande 10 6.027 5.184 843 34,9 88,9 4,7 43,4 Total 468 13.252 11.138 2.114 35,6 69,6 3,8 43,4 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE 84% dos trabalhadores desta indústria são do sexo masculino. Este percentual é maior nas empresas de grande porte (86%) e menor nas de porte médio (81,8%). A idade média do trabalhador é de 35,6 anos, sendo que 86,8% têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 16.1. Uma vez que existem apenas 67 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,51%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 92 Gráfico 16.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Metalurgia de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Como mostra o gráfico 16.2, apenas 8,3% dos trabalhadores possuem educação em nível superior completo e 6,8% em nível superior incompleto. A maior parte dos empregados (39,6%) possui ensino médio completo e é possível observar que grande parte dos funcionários não concluiu o ensino fundamental (18,4%). Cabe destacar que existem 59 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pósgraduação (mestrado e/ou doutorado). Gráfico 16.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Metalurgia de Acordo com o Grau de Instrução 39,6 18,4 15,9 10,4 6,8 8,3 0,4 0,2 Analfabeto Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 17 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A tabela 16.3 traz as principais ocupações, em termos de número de Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 93 trabalhadores. A maior parte das vagas nesta indústria é ocupada por trabalhadores de conformação de metais e de compósitos (16,7%), por trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos (9,9%) e Operadores de instalações e equipamentos de produção de metais e ligas (primeira fusão) (7,7%). Tabela 16.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Metalurgia Empregados Trabalhadores de conformação de metais e de compósitos Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos Operadores de instalações e equip. de prod. de metais e ligas (primeira fusão) Embaladores e alimentadores de produção Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos Técnicos em metalmecânica Técnicos de nivel médio em operações industriais Mecânicos de manut. de maq. e equip. industriais, comerciais e residenciais Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Operadores de utilidades Profissionais de organização e administração de empresas e afins Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de mov. de cargas Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Trab de tratamento térmico e de superfícies de metais e de compósitos Operadores de instalações e equip. de prod. de metais e ligas (segunda fusão) Supervisores da transformação de metais e de compósitos Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos Gerentes de áreas de apoio Técnicos de nivel médio em operações comerciais Técnicos em eletroeletrônica e fotônica Outras ocupações Total 2.215 1.318 1.015 1.002 683 646 625 509 498 442 401 365 362 254 227 179 137 129 127 123 1.995 13.252 Nº médio de Salários Recebidos 2,4 2,9 3,3 1,9 2,6 5,4 4,0 3,0 3,8 3,6 10,5 3,3 3,3 2,7 3,0 5,6 2,2 12,4 5,6 6,9 4,5 3,8 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 94 17 PRODUTOS DE METAL (EXCETO MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS) Este setor é o primeiro com maior número de estabelecimentos. No total, são 5.159, divididos em 16 subsetores. O destaque é a fabricação de esquadrias de metal, que concentra 24,8% do total da indústria de produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos). A segunda atividade no estado nesse segmento é a fabricação de artigos de serralheria (exceto esquadrias), com um total de 548 estabelecimentos, seguido dos serviços de usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais, com 465 estabelecimentos. Na figura 17.1 é possível observar que a maior parte das empresas está localizada nas regiões Metropolitana de Porto Alegre (42%), Nordeste (26,7%) e Noroeste (17,1%) do Rio Grande do Sul. As demais regiões somam os 14,2% restantes. 17,1 26,7 1,4 2,7 7,3 42,0 2,7 Figura 17.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Produtos de Metal Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Dos estabelecimentos deste setor, 79,2% são classificados como microempresas. As empresas de pequeno e médio porte representam 16,9% e 3,3% do total, respectivamente. Ainda, existem apenas 33 empresas de grande porte, sendo 0,6% do total dessa indústria. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 95 Tabela 17.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de Produtos de Metal por Subsetor Estabelecimentos Fabricação de estruturas metálicas Fabricação de esquadrias de metal Fabricação de obras de caldeiraria pesada Fabricação de tanques, reservatórios metálicos e caldeiras p/ aquecimento central Fab. de caldeiras geradoras de vapor, exceto para aquecimento central e para veic. Produção de forjados de aço e de metais não-ferrosos e suas ligas Produção de artefatos estampados de metal; metalurgia do pó Serviços de usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais Fabricação de artigos de cutelaria Fabricação de artigos de serralheria, exceto esquadrias Fabricação de ferramentas Fabricação de equipamento bélico pesado, armas de fogo e munições Fabricação de embalagens metálicas Fabricação de produtos de trefilados de metal Fabricação de artigos de metal para uso doméstico e pessoal Fabricação de produtos de metal não especificados anteriormente Total do segmento nº 440 1.277 14 65 12 62 353 465 99 548 320 6 15 214 369 900 5.159 (%) 8,5 24,8 0,3 1,3 0,2 1,2 6,8 9,0 1,9 10,6 6,2 0,1 0,3 4,1 7,2 17,4 100 Empregados nº 7.221 6.211 308 974 96 2.279 4.335 4.505 5.029 2.452 6.579 3.103 1.017 2.235 5.023 14.750 66.117 (%) 10,9 9,4 0,5 1,5 0,1 3,4 6,6 6,8 7,6 3,7 10,0 4,7 1,5 3,4 7,6 22,3 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A mão-de-obra é composta por 66.117 trabalhadores. Destes, 17,6% estão empregados nas microempresas; 25,1% nas de pequeno porte; 26,3% nas de médio porte; e 30,9% nas de grande porte. A remuneração média por trabalhador 2,9 salários mínimos. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 2 salários mínimos por trabalhador e as empresas de grande porte são as que melhor remuneram neste setor, pagando em média para os seus funcionários 3,4 salários mínimos. 9,7 35,2 0,5 1,2 6,7 45,8 1,0 Figura 17.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Produtos de Metal Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 96 Do total de trabalhadores desta indústria, 10,9% encontram-se empregados nas empresas de fabricação de estruturas metálicas e 10% nas de fabricação de ferramentas. A terceira atividade em números de funcionários é a fabricação de esquadrias de metal, com 6.211 funcionários, que representa 9,4% do total. Grande parte dos trabalhadores desta indústria (90,7%) está concentrada nas três regiões que possuem o maior número de estabelecimentos – 45,8% estão localizados na região Metropolitana de Porto Alegre, 35,2% na região Nordeste e 9,7% na região Noroeste. Esta distribuição pode ser observada na figura 17.2. Características do Trabalhador Em média, o trabalhador permanece empregado nesta indústria por um período de 50,1 meses. As empresas de grande porte oferecem maior estabilidade, visto que seus contratos de trabalho têm duração média de 76,2 meses. Por outro lado, nas microempresas – onde a estabilidade é menor – os contratos duram em média 33,5 meses. Tabela 17.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Produtos de Metal Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses Pequena 4.084 11.661 9.808 1.853 34,4 33,5 2,0 43,4 2 em salários mínimos 870 16.606 13.401 3.205 34,2 35,5 2,5 43,5 Média 172 17.399 13.176 4.223 33,8 44,6 3,1 43,4 Grande 33 20.451 14.851 5.600 33,6 76,2 3,4 43,3 Total 5.159 66.117 51.236 14.881 33,9 50,1 2,9 43,4 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Os trabalhadores são majoritariamente do sexo masculino (77,5%). Este percentual é maior nas microempresas (84,1%) e menor nas de grande porte (72,6%). A idade média do trabalhador é de 33,9 anos, sendo que 89% têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 17.1. Uma vez que existem apenas 288 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,44%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 97 Gráfico 17.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Produtos de Metal de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE O grau de instrução dos trabalhadores, como pode ser visto no gráfico 17.2, não é elevado. Apenas 4,8% possuem educação em nível superior completo e 7% em nível superior incompleto. A maior parte dos empregados (42,8%) possui ensino médio completo. Cabe destacar que existem 45 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado). Gráfico 17.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Produtos de Metal de Acordo com o Grau de Instrução 42,8 16,8 17,6 11,2 7,0 4,3 0,2 Analfabeto 0,1 Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 17 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 98 A indústria de produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos) oferece diversas alternativas de trabalho no RS. A maior parte das vagas nesta indústria é ocupada por trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos – que ocupam aproximadamente 17,9% das vagas – por trabalhadores de usinagem de metais e de compósito, com 15,5% do total de trabalhadores e por embaladores e alimentadores de produção, com 14,8%. Tabela 17.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Produtos de Metal Empregados Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos Embaladores e alimentadores de produção Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Trab de tratamento térmico e de superfícies de metais e de compósitos Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Técnicos de nivel médio em operações industriais Trabalhadores de conformação de metais e de compósitos Mecânicos de manut. de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais Operadores de utilidades Operadores de instalações e equip. de produção de metais e ligas (primeira fusão) Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de mov. de cargas Desenhistas técnicos e modelistas Supervisores da transformação de metais e de compósitos Gerentes de áreas de apoio Técnicos de nivel médio em operações comerciais Vendedores e demonstradores Operadores de instalações em indústrias químicas, petroquímicas e afins Trab nos serviços de adm., conservação e manut. de edifícios e logradouros Outras ocupações Total 11.811 10.220 9.773 3.341 2.700 2.244 2.144 2.061 1.496 1.364 1.334 1.265 1.114 938 833 782 719 680 671 666 9.961 66.117 Nº médio de Salários Recebidos 2,2 2,9 1,9 2,2 2,5 2,4 2,4 3,9 2,4 2,9 2,3 2,8 2,6 4,3 5,2 7,8 4,3 2,7 2,4 1,5 4,3 2,9 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 99 18 EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA E ELETRÔNICOS Esta indústria é composta por 11 subsetores e possui 338 estabelecimentos. Os subsetores que têm maior número de empresas são os de fabricação de aparelhos e equipamentos de medida, teste e controle (106), e de fabricação de componentes eletrônicos (103) que juntos representam aproximadamente 62% do total. A terceira atividade no estado nesse segmento é a fabricação de periféricos para equipamentos de informática, com um total de 34 estabelecimentos. A região Metropolitana de Porto Alegre concentra a maior parte das empresas existentes neste setor (61,5%), seguida da região Nordeste (19,8%). As demais regiões juntas somam os 18,6% restantes. A figura 18.1 traz a distribuição espacial dos estabelecimentos. 8,6 19,8 0,3 1,2 5,9 61,5 2,7 Figura 18.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Equipamentos de Informática e Eletrônicos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Seguindo a tendência da indústria de transformação do Estado, este segmento é composto em sua maioria por microempresas, que correspondem a 62,7% do total. As empresas de pequeno porte possuem 85 estabelecimentos, o que representa 25,1% do total de estabelecimentos desta indústria; as de médio porte, com 32 estabelecimentos, representam 9,5% do total. Por fim, existem apenas 9 empresas de grande porte, sendo 2,7% do total dessa indústria. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 100 O setor de equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos emprega 12.502 pessoas no estado do Rio Grande do Sul, o que corresponde a 2% do total de empregados na indústria de transformação. Mesmo que as microempresas representem grande parte dos estabelecimentos, elas empregam somente 5,3% da mão-de-obra utilizada no setor, enquanto que as 9 empresas de grande porte englobam 49,3% dos trabalhadores formais. A remuneração por trabalhador nessa indústria é relativamente elevada, uma vez que os trabalhadores recebem, em média, 3,5 salários mínimos. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 2,7 salários mínimos por trabalhador e as empresas de médio porte são as que melhor remuneram neste setor, pagando em média para os seus funcionários 4,2 salários mínimos. Outro dado importante é que nesta indústria os empregados trabalham, em média, 43,3 horas semanais, com variação mínima entre os diferentes portes (em horas contratuais). Tabela 18.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de Equipamentos de Informática e Eletrônicos por Subsetor Estabelecimentos Fabricação de componentes eletrônicos Fabricação de equipamentos de informática Fab. de periféricos para equipamentos de informática Fab. de equiptos transmissão de comunicação Fab. de aparelhos telefônicos e de outros equiptos de comunic. Fab. de aparel. de recepção, reprod., gravação e amplif. de áudio/vídeo Fabricação de aparelhos e equipamentos de medida, teste e controle Fabricação de cronômetros e relógios Fab. de aparelhos eletromédicos e eletroterapêuticos e equip. de irradiação Fab. de equiptos e instrumentos ópticos, fotográficos e cinematográficos Fab de mídias virgens, magnéticas e ópticas Total do segmento nº 103 21 34 11 10 30 106 2 7 13 1 338 (%) 30,5 6,2 10,1 3,3 3,0 8,9 31,4 0,6 2,1 3,8 0,3 100 Empregados nº 4.129 135 1.593 468 764 1.242 3.662 3 111 362 33 12.502 (%) 33,0 1,1 12,7 3,7 6,1 9,9 29,3 0,0 0,9 2,9 0,3 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Do total de empregados nesta indústria, 33% encontram-se nas empresas de fabricação de componentes eletrônicos. A segunda atividade em números de funcionários é a fabricação de aparelhos e equipamentos de medida, teste e controle, com 3.662 funcionários, que representa 29,3% do total, seguida da fabricação de equipamentos de informática, com 12,7%. No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de equipamentos de informática e eletrônicos, eletrônicos e ópticos através do estado, é Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 101 possível observar uma grande concentração. Duas regiões detêm mais de 92% dos trabalhadores formais empregados (76,1% destes estão concentrados na região Metropolitana de Porto Alegre e 16,3% na região Nordeste). Esta distribuição pode ser observada na figura 18.2. 1,9 16,3 0,0 0,0 4,6 76,1 1,0 Figura 18.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Equipamentos de Informática e Eletrônicos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Características do Trabalhador Em média, o trabalhador permanece empregado neste segmento por 46,2 meses, com maior estabilidade nas empresas de grande porte (50,4 meses) e menor nas de médio porte (31,8 meses). Tabela 18.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Equipamentos de Informática e Eletrônicos Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses Pequena 212 661 427 234 32,5 38,0 2,7 42,6 2 em salários mínimos 85 1.680 947 733 31,1 31,8 2,8 43,5 Média 32 3.998 2.465 1.533 32,4 47,3 4,2 43,4 Grande 9 6.163 3.142 3.021 31,9 50,4 3,3 43,3 Total 338 12.502 6.981 5.521 32,0 46,2 3,5 43,3 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 102 A composição da mão-de-obra é relativamente bem distribuída entre trabalhadores do sexo masculino (55,8%) e feminino (44,2%). O percentual de homens é maior nas microempresas (64,6%) e menor nas grandes (51%). Outra característica forte deste setor é os trabalhadores são jovens. A idade média é de 32 anos, e 92,7% têm menos de 49 anos. Gráfico 18.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Equipamentos de Informática e Eletrônicos de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 18.1. Uma vez que existem apenas 31 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,25%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Gráfico 18.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Equipamentos de Informática e Eletrônicos de Acordo com o Grau de Instrução 53,0 5,0 11,2 9,4 7,6 13,1 0,6 0,0 Analfabeto Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 17 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 103 O grau de instrução dos trabalhadores deste setor é alto e pode ser observado no gráfico 18.2. Aproximadamente 13,1% possuem educação superior completa e 11,2% têm educação em nível superior incompleto. Ainda, 53% têm o ensino médio completo e 9,4% incompleto. Cabe destacar que existem apenas 1 trabalhadores nesta indústria são analfabetos. Tabela 18.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Equipamentos de Informática e Eletrônicos Empregados Embaladores e alimentadores de produção Montadores e instaladores de equipamentos eletroeletrônicos em geral Técnicos em eletroeletrônica e fotônica Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Técnicos de nivel médio em operações industriais Gerentes de áreas de apoio Engenheiros, arquitetos e afins Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos Desenhistas técnicos e modelistas Técnicos de nivel médio em operações comerciais Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos Trabalhadores da construção civil e obras públicas Pesquisadores Profissionais de organização e administração de empresas e afins Vendedores e demonstradores Profissionais da informática Supervisores de montagens e instalações eletroeletrônicas Escriturários contábeis e de finanças Outras ocupações Total 2.510 1.994 1.101 664 641 468 439 310 297 246 245 238 223 213 207 177 171 163 157 143 1.895 12.502 Nº médio de Salários Recebidos 1,6 1,8 3,5 2,4 3,4 2,4 3,5 12,3 10,2 1,8 6,2 5,2 2,5 2,7 6,8 6,8 4,4 6,0 5,0 3,2 4,8 3,5 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A indústria de equipamentos de informática e eletrônicos, e ópticos oferece diversas alternativas de trabalho no RS. A maior parte das vagas destina-se aos embaladores e alimentadores de produção, que somam 20,1% dos trabalhadores desta indústria, e aos montadores e instaladores de equipamentos eletrônicos em geral, que somam aproximadamente, com 15,9% do total de empregados. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 104 19 MATERIAL ELÉTRICO Compreende a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com 507 estabelecimentos divididos em 10 subsetores. O subsetor que conta com maior número de empresas é o de fabricação de aparelhos e equipamentos para distribuição e controle de energia elétrica (98), seguido da fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos (61) e da fabricação de lâmpadas e outros equipamentos de iluminação (51). As empresas estão concentradas principalmente nas regiões Metropolitana (42,8%) e Nordeste (31,6%). A região Noroeste conta com 12,2% dos estabelecimentos dessa indústria e as demais regiões somam os 13,4% restantes. A figura 19.1 traz esta distribuição espacial. 12,2 31,6 0,8 2,8 7,5 42,8 2,4 Figura 19.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Material Elétrico Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE No tocante ao porte, esta indústria é caracterizada em sua maioria por microempresas, que correspondem a 62,1% do total. As empresas de pequeno e médio porte representam 29,8% e 5,5% dos estabelecimentos, respectivamente. Existem apenas 13 empresas de grande porte, sendo 2,6% do total dessa indústria. A indústria de materiais elétricos emprega 13.864 pessoas no estado do Rio Grande do Sul. Cabe destacar que embora em números de estabelecimentos as microempresas sejam as mais representativas, elas empregam apenas 7% da mão-deobra utilizada no setor. Por outro lado, mais de 52,7% dos trabalhadores formais desta indústria estão empregados nas empresas de grande porte. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 105 A remuneração média por trabalhador nessa indústria (3,1 salários mínimos) esta acima da média da indústria de transformação do Estado. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 2,2 salários mínimos por trabalhador e as empresas de grande porte são as que melhor remuneram neste setor, pagando em média para os seus funcionários 3,3 salários mínimos. Tabela 19.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de Material Elétrico por Subsetor Estabelecimentos nº Fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos Fab. de pilhas, baterias e acum. elétricos, exc. p/ veic. automotores Fabricação de baterias e acumuladores para veículos automotores Fab. de aparelhos e equip. para distribuição e controle de energia elétrica Fabricação de material elétrico para instalações em circuito de consumo Fabricação de fios, cabos e condutores elétricos isolados Fabricação de lâmpadas e outros equipamentos de iluminação Fab. de fogões, refrigeradores e maq. de lavar e secar para uso doméstico Fabricação de aparelhos eletrodomésticos não especificados anteriormente Fab. de equiptos e aparelhos elétricos não especificados anteriormente Total do segmento 61 4 18 98 36 23 51 21 31 164 507 (%) 12,0 0,8 3,6 19,3 7,1 4,5 10,1 4,1 6,1 32,3 100 Empregados nº 3.372 32 212 3.402 1.467 683 614 1.289 345 2.448 13.864 (%) 24,3 0,2 1,5 24,5 10,6 4,9 4,4 9,3 2,5 17,7 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Do total de trabalhadores desta indústria, 24,5% encontram-se empregados nas empresas de fabricação de aparelhos e equipamentos para distribuição e controle de energia. A segunda atividade em números de funcionários é a fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos, com 3.372 funcionários, que representa 24,3% do total. 8,5 37,6 0,0 1,2 10,2 41,5 0,8 Figura 19.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Material Elétrico Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 106 Há um alto grau de concentração dos trabalhadores, duas regiões concentram quase 80% dos empregados formais, sendo que 41,5% estão situados na região Metropolitana de Porto Alegre e 37,6% na região Nordeste. Esta distribuição pode ser observada na figura 19.2. Características do Trabalhador Em média, o trabalhador permanece empregado nesta indústria por 49,5 meses. As empresas de médio porte oferecem menor estabilidade, com duração média dos contratos de trabalho de 33,7 meses. É nas empresas de grande porte os trabalhadores encontram maior estabilidade, visto que os contratos de trabalho duram, em média, 55,2 meses. Tabela 19.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Material Elétrico Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses Pequena 315 968 713 255 33,8 41,5 2,2 43,2 2 em salários mínimos 151 3.002 1.951 1.051 32,3 33,7 2,5 43,3 Média 28 2.586 1.615 971 33,4 54,6 3,2 43,3 Grande 13 7.308 4.741 2.567 33,2 55,2 3,3 43,6 Total 507 13.864 9.020 4.844 33,1 49,5 3,1 43,4 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Aproximadamente 65,1% dos trabalhadores desta indústria são do sexo masculino. Este percentual é maior nas microempresas (73,7%) e menor nas médias (62,5%). Os trabalhadores são jovens, com idade média 33,1 anos. Cabe destacar que 91% têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 19.1. Uma vez que existem apenas 43 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,31%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 107 Gráfico 19.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Material Elétrico de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Do total de trabalhadores, 7,2% possuem educação em nível superior completo e 11,8% em nível incompleto. A maior parte dos empregados (44,2%) possui ensino médio completo. O grau de instrução pode ser observado no gráfico 19.2. Cabe destacar que existem somente 7 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado). Gráfico 19.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Material Elétrico de Acordo com o Grau de Instrução 44,2 12,1 13,3 11,8 11,2 7,2 0,2 Analfabeto 0,1 Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 17 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 108 Ainda, destaca-se que a maior parte das vagas nesta indústria é ocupada por embaladores e alimentadores da produção (13,6%) e por montadores e instaladores de equipamentos eletroeletrônicos em geral (12,9%). Tabela 19.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Material Elétrico Empregados Embaladores e alimentadores de produção Montadores e instaladores de equipamentos eletroeletrônicos em geral Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos Técnicos em eletroeletrônica e fotônica Operadores de utilidades Técnicos de nivel médio em operações industriais Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Técnicos de nivel médio em operações comerciais Mecânicos de manutenção de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais Eletricistas eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial Gerentes de áreas de apoio Trab de tratamento térmico e de superfícies de metais e de compósitos Trabalhadores da construção civil e obras públicas Desenhistas técnicos e modelistas Vendedores e demonstradores Operadores de instalações e equip. de produção de metais e ligas (primeira fusão) Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de mov. de cargas Outras ocupações Total 1.880 1.786 1.072 1.001 664 657 515 497 452 417 356 282 281 232 221 204 186 186 181 172 2.622 13.864 Nº médio de Salários Recebidos 1,8 1,8 2,5 2,4 3,1 2,1 3,4 2,8 3,8 2,5 4,7 3,4 3,0 10,8 2,4 2,2 4,7 3,2 2,3 3,1 4,4 3,1 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 109 20 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS Esta indústria conta com 2,2 mil estabelecimentos e é bastante diversificada, possuindo 26 subsetores. Os três subsetores mais representativos em termos de número de empresas são os de fabricação de máquinas e equipamentos para a agricultura e pecuária, exceto para irrigação, com 19,9% do total; fabricação de máquinas e aparelhos de refrigeração e ventilação para uso industrial e comercial, com 6,8%; e de fabricação de máquinas ferramenta, com 6,6%. A figura 20.1 traz a distribuição espacial dos estabelecimentos. Pode-se observar uma alta concentração na região Metropolitana de Porto Alegre, onde estão localizadas 43,7% das empresas do setor, seguida das regiões Nordeste e Noroeste, que detém 27,6% e 17,4%, respectivamente. As demais regiões somam os 11,3% restantes. 17,4 27,6 0,6 1,7 7,6 43,7 1,4 Figura 20.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Máquinas e Equipamentos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Esta indústria é caracterizada em sua maioria por microempresas, que correspondem a 63,1% do total. As empresas de pequeno porte representam 27,1% dos estabelecimentos, as porte médio 7,9% e as de grande porte apenas 2%. Mais de 62 mil trabalhadores formais do Estado estão empregados na indústria de máquinas e equipamentos. Cabe destacar que as microempresas empregam apenas 7,4% da mão-de-obra utilizada no setor. Por outro lado, as empresas de pequeno, médio e grande porte empregam, respectivamente, 19,4%, 29,4% e 43,8% dos trabalhadores desta indústria. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 110 A remuneração média por trabalhador nessa indústria é de 3,5 salários mínimos. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 2,5 salários mínimos por trabalhador e as empresas de grande porte são as que melhor remuneram neste setor, pagando em média para os seus funcionários 4 salários mínimos. Tabela 20.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de Máquinas e Equipamentos por Subsetor Estabelecimentos nº Fabricação de motores e turbinas, exceto para aviões e veículos rodoviários Fabricação de equipamentos hidráulicos e pneumáticos, exceto válvulas Fabricação de válvulas, registros e dispositivos semelhantes Fabricação de compressores Fabricação de equipamentos de transmissão para fins industriais Fabricação de aparelhos e equipamentos para instalações térmicas Fab. de maq., equiptos e aparelhos p/ transporte e elevação de cargas e pessoas Fab. de maq. e aparelhos de refrigeração e ventilação p/ uso industrial e comercial Fabricação de aparelhos e equipamentos de ar condicionado Fabricação de máquinas e equipamentos para saneamento básico e ambiental Fab. de máquinas e equipamentos de uso geral não especificados anteriormente Fabricação de tratores agrícolas Fabricação de equipamentos para irrigação agrícola Fab. de máquinas e equipamentos para a agricultura e pecuária, exceto para irrigação Fabricação de máquinas ferramenta Fabricação de máquinas e equipamentos para a prospecção e extração de petróleo Fab. de outras maq. e equiptos p/ uso na extração mineral, exc. na extração de petróleo Fabricação de tratores, exceto agrícolas Fab. de maq. e equiptos p/ terraplenagem, pavimentação e construção, exc. tratores Fabricação de máquinas para a indústria metalúrgica, exceto máquinas ferramenta Fab. de máquinas e equipamentos para as indústrias de alimentos, bebidas e fumo Fabricação de máquinas e equipamentos para a indústria têxtil Fab. de maq. e equiptos para as indústrias do vestuário, do couro e de calçados Fab. de maq. e equiptos p/ as indústrias de celulose, papel e papelão e artefatos Fabricação de máquinas e equipamentos para a indústria do plástico Fab. de maq. e equiptos p/ uso industrial específico não especificados anteriormente Total do segmento 11 59 33 3 31 29 98 149 19 35 360 21 10 439 164 3 6 2 17 146 100 12 142 5 18 294 2.206 (%) 0,5 2,7 1,5 0,1 1,4 1,3 4,4 6,8 0,9 1,6 16,3 1,0 0,5 19,9 7,4 0,1 0,3 0,1 0,8 6,6 4,5 0,5 6,4 0,2 0,8 13,3 100 Empregados nº 430 857 1.411 4 1.177 460 5.179 3.532 880 226 5.954 2.294 62 24.069 3.481 244 78 12 728 1.195 3.311 53 1.860 368 261 3.913 62.039 (%) 0,7 1,4 2,3 0,0 1,9 0,7 8,3 5,7 1,4 0,4 9,6 3,7 0,1 38,8 5,6 0,4 0,1 0,0 1,2 1,9 5,3 0,1 3,0 0,6 0,4 6,3 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Do total de empregados nesta indústria, 38,8% encontram-se nas empresas de fabricação de máquinas e equipamentos para a agricultura e pecuária, exceto para irrigação. A segunda atividade em números de funcionários é a fabricação de máquinas, equipamentos e aparelhos para transporte e elevação de cargas, com 5.179 funcionários, que representa 8,3% do total. Os trabalhadores estão concentrados principalmente em três regiões – 35,4% estão situados na região Metropolitana de Porto Alegre; 35,2% na região Noroeste; e 21,6% na região Nordeste. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 111 35,2 21,6 1,4 0,2 5,1 35,4 1,0 Figura 20.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Máquinas e Equipamentos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Características do Trabalhador O trabalhador permanece empregado nesta indústria, em média, 54,9 meses, com maior estabilidade nas empresas de grande porte (66,4 meses) e menor nas microempresas (38,7 meses). Tabela 20.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Máquinas e Equipamentos Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses Pequena 1.391 4.592 3.814 778 34,8 38,7 2,5 43,3 2 em salários mínimos 597 12.049 10.217 1.832 34,7 40,1 3,0 43,3 Média 174 18.252 15.243 3.009 34,4 51,5 3,3 43,3 Grande 44 27.146 23.375 3.771 33,1 66,4 4,0 43,5 Total 2.206 62.039 52.649 9.390 33,9 54,9 3,5 43,4 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Seguindo a tendência da indústria de transformação do Estado, a maior parte da mão-de-obra deste segmento é do sexo masculino (84,9%). Este percentual é maior nas empresas de grande porte (86,1%) e menor nas microempresas (83,1%). A idade média do trabalhador é de 33,9 anos, sendo que mais de 89% tem menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 112 gráfico 20.1. Uma vez que existem apenas 338 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,54%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Gráfico 20.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Máquinas e Equipamentos de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Dos trabalhadores desta indústria, 8% possuem educação em nível superior completo, 9,1% em nível superior incompleto, e a maior parte tem o ensino médio completo (44,2%). O grau de instrução desses trabalhadores pode ser observado no gráfico 20.2. Cabe destacar que existem 120 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado). Gráfico 20.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Máquinas e Equipamentos de Acordo com o Grau de Instrução 44,2 13,0 13,7 11,8 9,1 8,0 0,2 0,1 Analfabeto Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 17 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 113 A indústria de máquinas e equipamentos oferece diversas alternativas de trabalho no RS. A maior parte das vagas está ocupada por trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos (15,6%) e por trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos (13,8%). Tabela 20.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Máquinas e Equipamentos Empregados Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos Embaladores e alimentadores de produção Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Técnicos de nivel médio em operações industriais Trab de tratamento térmico e de superfícies de metais e de compósitos Desenhistas técnicos e modelistas Mecânicos de manut. de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais Técnicos de nivel médio em operações comerciais Operadores de instalações e equip. de prod. de metais e ligas (primeira fusão) Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de mov. de cargas Supervisores da transformação de metais e de compósitos Técnicos em metalmecânica Gerentes de áreas de apoio Engenheiros, arquitetos e afins Profissionais de organização e administração de empresas e afins Trabalhadores de conformação de metais e de compósitos Operadores de utilidades Outras ocupações Total Nº médio de Salários Recebidos 9.675 8.554 6.379 4.380 3.167 2.888 2.591 1.631 1.589 1.459 1.338 1.247 1.100 1.097 999 980 743 698 696 687 10.141 62.039 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 114 2,6 3,0 2,6 1,9 2,5 2,5 3,9 2,5 4,7 2,7 6,1 2,3 2,6 6,1 4,3 11,6 10,5 6,8 2,5 2,4 4,5 3,5 21 VEÍCULOS AUTOMOTORES Esta indústria conta com 705 estabelecimentos divididos em 10 categorias. O destaque é fabricação de cabines, carrocerias e reboques para veículos automotores, que possui 220 estabelecimentos e representa 31,2% do total. A segunda atividade no estado nesse segmento é o recondicionamento e recuperação de motores para veículos automotores, com um total de 86 estabelecimentos, seguido da fabricação de peças e acessórios para o sistema motor de veículos automotores, com 33 estabelecimentos. As empresas estão concentradas principalmente nas regiões Nordeste (39%) e Metropolitana (37,3%). Ainda, 11,8% dos estabelecimentos estão localizados na região Noroeste e as demais regiões somam os 11,9% restantes. 11,8 39,0 1,1 1,8 6,5 37,3 2,4 Figura 21.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Veículos Automotores Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A maior parte dos estabelecimentos é classificada como microempresa, correspondendo a 57,2% do total. As empresas de pequeno porte possuem 196 estabelecimentos, o que representa 27,8% do total desta indústria; as de médio porte, com 70 estabelecimentos, representam 9,9% do total. Por fim, existem 36 empresas de grande porte, sendo 5,1% do total dessa indústria. A indústria de veículos automotores emprega 52,1 mil pessoas no Estado e cabe destacar que as microempresas, embora sejam mais representativas em números de estabelecimentos, empregam apenas 2,6% da mão-de-obra utilizada no setor. Por outro Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 115 lado, cerca de 74% dos trabalhadores formais desta indústria estão empregados nas empresas de grande porte. A remuneração média por trabalhador nessa indústria é de 4 salários mínimos, acima da observada para a indústria de transformação do RS. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 2,2 salários mínimos por trabalhador e as empresas de grande porte são as que melhor remuneram neste setor, pagando em média para os seus funcionários 4,3 salários mínimos. Tabela 21.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de Veículos Automotores por Subsetor Estabelecimentos nº Fabricação de automóveis, camionetas e utilitários Fabricação de caminhões e ônibus Fabricação de cabines, carrocerias e reboques para veículos automotores Fabricação de peças e acessórios para o sistema motor de veículos automotores Fab. de peças e acessor. p/ os sistemas de marcha e transmissão de veic. automotores Fabricação de peças e acessórios para o sistema de freios de veículos automotores Fab. de peças e acessórios para o sist. de direção e suspensão de veic. automotores Fabricação de material elétrico e eletrônico para veículos automotores, exceto baterias Fab. de peças e acessórios para veículos automotores não especificados anteriormente Recondicionamento e recuperação de motores para veículos automotores Total do segmento 10 16 220 33 16 12 19 26 267 86 705 (%) 1,4 2,3 31,2 4,7 2,3 1,7 2,7 3,7 37,9 12,2 100 Empregados nº 4.339 2.726 19.826 1.042 4.178 3.893 1.248 536 13.780 535 52.103 (%) 8,3 5,2 38,1 2,0 8,0 7,5 2,4 1,0 26,4 1,0 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Do total de trabalhadores desta indústria, mais de 38% encontram-se empregados nas empresas de fabricação de cabines, carrocerias e reboques para veículos automotores. A segunda atividade em números de funcionários é a fabricação de automóveis, camionetas e utilitários, com 4.339 funcionários, que representa 8,3% do total. No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de veículos automotores através do estado, é possível observar que duas regiões concentram mais de 90% dos trabalhadores formais empregados, sendo que 58,2% estão concentrados na região Nordeste e 32,2% na região Metropolitana de Porto Alegre. Esta distribuição pode ser observada na figura 21.2. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 116 7,2 58,2 0,3 0,0 1,7 32,2 0,2 Figura 21.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Veículos Automotores Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Características do Trabalhador O tempo que o trabalhador permanece empregado nesta indústria, em média, são 62,6 meses, com maior estabilidade nas empresas de grande porte (69,3 meses) e menor nas microempresas (39 meses). Tabela 21.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Veículos Automotores Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses Pequena 403 1.355 1.096 259 35,3 39,0 2,2 43,5 2 em salários mínimos 196 4.025 3.170 855 33,9 41,9 3,0 43,4 Média 70 8.198 6.608 1.590 33,7 44,9 3,5 43,1 Grande 36 38.525 32.957 5.568 33,4 69,3 4,3 43,3 Total 705 52.103 43.831 8.272 33,5 62,6 4,0 43,3 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Aproximadamente 84% dos trabalhadores desta indústria são do sexo masculino. Este percentual é maior nas empresas de grande porte (85,5%) e menor nas de pequeno porte (78,8%). A idade média do trabalhador é de 33,5 anos, sendo que 91,4% Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 117 têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 21.1. Uma vez que existem apenas 137 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,26%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Gráfico 21.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Veículos Automotores de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Dos trabalhadores, 11,7% possuem educação em nível superior completo e 8,6% em nível superior incompleto. A maior parte dos empregados (46,4%) possui ensino médio completo. O grau de instrução desses trabalhadores pode ser observado no gráfico 21.2. Cabe destacar que existem 133 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado). Gráfico 21.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Veículos Automotores de Acordo com o Grau de Instrução 46,4 15,8 11,7 8,7 8,6 8,5 0,3 0,1 Analfabeto Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 17 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 118 A maior parte das vagas nesta indústria é ocupada por trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos, com 15,3% do total de trabalhadores, por montadores de máquinas e aparelhos mecânicos, que ocupam aproximadamente 14,1%, e por trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos, com 13,5% e das vagas. Tabela 21.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Veículos Automotores Empregados Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos Embaladores e alimentadores de produção Técnicos de nivel médio em operações industriais Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Trab de tratamento térmico e de superfícies de metais e de compósitos Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Operadores de utilidades Supervisores da transformação de metais e de compósitos Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de mov. de cargas Mecânicos de manut. de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais Trabalhadores de conformação de metais e de compósitos Engenheiros, arquitetos e afins Operadores de instalações e equip. de prod. de metais e ligas (primeira fusão) Profissionais de organização e administração de empresas e afins Técnicos de nivel médio em operações comerciais Desenhistas técnicos e modelistas Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros Operadores de instalações em indústrias químicas, petroquímicas e afins Outras ocupações Total 7.946 7.329 7.051 4.097 2.989 2.656 1.810 1.575 1.095 961 785 731 688 650 619 617 581 548 545 487 8.343 52.103 Nº médio de Salários Recebidos 3,3 3,1 3,3 1,9 5,1 2,9 3,5 2,8 3,0 8,3 3,1 4,2 2,2 10,5 2,7 7,0 6,6 5,3 2,5 2,5 6,1 4,0 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 119 22 OUTROS EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE (EXCETO VEÍCULOS) Esta indústria possui 10 subsetores e 98 estabelecimentos. O destaque é a construção de embarcações e estruturas flutuantes. Este subsetor conta com 23 estabelecimentos, o que representa aproximadamente 23,5% do total da indústria de outros equipamentos de transporte (exceto veículos). A segunda atividade no estado nesse segmento é a construção de embarcações para esporte e lazer, com um total de 18 estabelecimentos, seguido da fabricação de bicicletas e triciclos não motorizados, com 14 estabelecimentos. A figura 22.1 traz a distribuição espacial dos estabelecimentos. Pode-se observar que a região Metropolitana de Porto Alegre possui a maior concentração (36,7%), seguida das regiões Nordeste (25,5%) e Sudeste (18,4%) As demais regiões somam os 19,4% restantes. 9,2 25,5 2,0 1,0 7,1 36,7 18,4 Figura 22.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Outros Equipamentos de Transporte Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Esta indústria é caracterizada em sua maioria por microempresas, que correspondem a 68,4% do total. As empresas de pequeno porte possuem 18 estabelecimentos, o que representa 18,4% do total de desta indústria; as de médio porte, com 9 estabelecimentos, representam 9,2% do total. E as de grande porte, com apena 4 empresas, correspondem a 4,1% do total nesta indústria. Estão empregados neste segmento 7.789 trabalhadores. Embora em números de estabelecimentos as microempresas sejam mais representativas, elas empregam Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 120 apenas 2,2% da mão-de-obra utilizada no setor, a maior parte dos trabalhadores (81,1%) está concentrada nas empresas de grande porte. Tabela 22.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de Outros Equipamentos de Transporte por Subsetor Estabelecimentos nº Construção de embarcações e estruturas flutuantes Construção de embarcações para esporte e lazer Fabricação de locomotivas, vagões e outros materiais rodantes Fabricação de peças e acessórios para veículos ferroviários Fabricação de aeronaves Fab. de turbinas, motores e outros component. e peças p/ aeronaves Fabricação de veículos militares de combate Fabricação de motocicletas Fabricação de bicicletas e triciclos não motorizados Fab. de equipamentos de transporte não especificados anteriormente Total do segmento 23 18 1 1 5 0 0 8 14 28 98 (%) 23,5 18,4 1,0 1,0 5,1 0,0 0,0 8,2 14,3 28,6 100 Empregados nº 6.582 217 0 120 21 0 0 46 519 284 7.789 (%) 84,5 2,8 0,0 1,5 0,3 0,0 0,0 0,6 6,7 3,6 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A remuneração média por trabalhador nessa indústria é de 4,8 salários mínimos. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 2,3 salários mínimos por trabalhador e as empresas de grande porte são as que melhor remuneram neste setor, pagando em média para os seus funcionários 5,2 salários mínimos. 2,2 3,7 0,0 0,0 2,5 6,1 85,5 Figura 22.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Outros Equipamentos de Transporte Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 121 Do total de trabalhadores desta indústria, 84,5% encontram-se empregados nas empresas de construção de embarcações e estruturas flutuantes. A segunda atividade em números de funcionários é a fabricação de bicicletas e triciclos não motorizados, com 519 funcionários, que representa 6,7% do total. No que tange à distribuição espacial dos empregados, é possível observar que a região sudeste concentra sozinha 85,5% dos trabalhadores formais empregados nessa indústria. As demais regiões somam os 14,5% restantes. Esta distribuição pode ser observada na figura 22.2. Características do Trabalhador Este setor, dentre todos da indústria de transformação do Estado, é o que oferece o menor tempo médio de contrato de trabalho. O trabalhador permanece empregado, em média, por 12,4 meses, com maior estabilidade nas microempresas (38 meses) e menor nas empresas de grande porte (8,9 meses). Tabela 22.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Outros Equipamentos de Transporte Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses Pequena 67 174 136 38 35,3 38,0 2,3 43,3 2 em salários mínimos 18 361 289 72 34,1 33,0 2,4 43,4 Média 9 939 762 177 33,0 23,3 3,6 43,5 Grande 4 6.315 5.503 812 32,2 8,9 5,2 43,6 Total 98 7.789 6.690 1.099 32,4 12,4 4,8 43,6 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Seguindo a tendência da indústria de transformação do RS, a mão-de-obra empregada neste segmento é predominantemente masculina (85,9%). Este percentual é maior nas empresas de grande porte (87,1%) e menor nas microempresas (78,2%). A idade média do trabalhador é de 32,4 anos, sendo que 92,4% têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 22.1. Uma vez que existem apenas 19 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,24%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 122 Gráfico 22.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Outros Equipamentos de Transporte de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Apenas 8% dos trabalhadores possuem educação em nível superior completo e 6,4% em nível superior incompleto. A maior parte dos empregados (48,7%) possui ensino médio completo. O grau de instrução desses trabalhadores pode ser observado no gráfico 22.2. Cabe destacar que existe apenas 4 trabalhador nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado). Gráfico 22.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Outros Equipamentos de Transporte de Acordo com o Grau de Instrução 48,7 14,3 13,7 9,7 5,4 8,0 0,1 Analfabeto 0,1 Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 17 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 123 A indústria de outros equipamentos de transporte (exceto veículos) oferece diversas alternativas de trabalho no RS. A maior parte das vagas nesta indústria é ocupada por trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos (30,3%) e operadores de instalações e equipamentos de produção de metais e ligas (8,2%). Tabela 22.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Outros Equipamentos de Transporte Empregados Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos Operadores de instalações e equip. de prod. de metais e ligas (primeira fusão) Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Embaladores e alimentadores de produção Trabalhadores da construção civil e obras públicas Trab de tratamento térmico e de superfícies de metais e de compósitos Eletricistas eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial Técnicos de nivel médio em operações industriais Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de mov. de cargas Outros trabalhadores na reparação e manutenção de equipamentos Engenheiros, arquitetos e afins Técnicos em metalmecânica Montadores e instaladores de equipamentos eletroeletrônicos em geral Supervisores de serviços administrativos (exceto de atendimento ao público) Supervisores da transformação de metais e de compósitos Técnicos das ciências administrativas Mecânicos de manut. de maq. e equip. industriais, comerciais e residenciais Técnicos em eletroeletrônica e fotônica Outras ocupações Total 2.362 640 490 308 279 264 250 235 223 208 194 182 172 160 147 122 111 83 83 80 1.196 7.789 Nº médio de Salários Recebidos 3,0 3,6 4,4 1,7 3,1 2,8 3,5 10,3 3,0 3,6 4,1 1,6 16,8 13,6 3,3 10,4 7,9 7,4 2,5 7,8 5,8 4,8 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 124 23 MÓVEIS Este é o quinto segmento da indústria de transformação do Estado em número de estabelecimentos, sendo 2,8 mil divididos em 4 subsetores. O destaque é a fabricação de móveis com predominância de madeira. Este subsetor conta com 2.417 estabelecimentos (86,1% do total), seguido da fabricação de móveis com predominância de metal, com 228 estabelecimentos. As empresas não estão distribuídas uniformemente entre as sete mesorregiões do estado. A figura 23.1 traz esta distribuição espacial. Pode-se observar que a região Nordeste concentra a maior parte dos estabelecimentos, com 36,1%, seguida das regiões Metropolitana de Porto Alegre e Noroeste, que detém 31,7% e 17,8% dos estabelecimentos dessa indústria, respectivamente. As demais regiões somam os 14,5% restantes. 17,8 36,1 1,0 3,6 8,7 31,7 1,1 Figura 23.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Móveis Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE No tocante ao porte, esta indústria é caracterizada em sua maioria por microempresas, que correspondem a 75,4% do total. As empresas de pequeno porte possuem 544 estabelecimentos, o que representa 19,4% do total desta indústria; as de médio porte, com 127 estabelecimentos, representam 4,5% do total. Por fim, existem apenas 19 empresas de grande porte. Há 41.437 pessoas no estado do Rio Grande do Sul empregadas neste segmento. Cabe destacar que embora em números de estabelecimentos as Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 125 microempresas sejam as mais representativas, elas empregam apenas 15,2% da mãode-obra utilizada no setor. A remuneração média por trabalhador nessa indústria é de 2,3 salários mínimos, estando abaixo da média observada para a indústria de transformação do Estado. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 1,8 salários mínimos por trabalhador e as empresas de grande porte são as que melhor remuneram neste setor, pagando em média para os seus funcionários 3,1 salários mínimos. Tabela 23.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de Móveis por Subsetor Estabelecimentos Fabricação de móveis com predominância de madeira Fabricação de móveis com predominância de metal Fab. de móveis de outros mat., exceto madeira e metal Fabricação de colchões Total do segmento nº 2.417 228 130 32 2.807 (%) 86,1 8,1 4,6 1,1 100 Empregados nº 32.490 5.721 1.655 1.571 41.437 (%) 78,4 13,8 4,0 3,8 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Como é esperado, os dois subsetores que detêm a maior parcela dos estabelecimentos, também concentram o maior número de empregados. Conforme explicitado na tabela 23.1, quase 80% dos empregados formais trabalham nas empresas de fabricação de móveis com predominância de madeira e 13,8% na fabricação de móveis com predominância de metal. 10,3 48,9 0,2 1,5 6,7 32,0 0,3 Figura 23.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Móveis Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 126 Quanto à distribuição espacial dos trabalhadores, é possível observar que duas regiões concentram mais de 80% dos trabalhadores formais empregados, sendo que 48,9% estão concentrados na região Nordeste e 32% na região Metropolitana de Porto Alegre. Esta distribuição pode ser observada na figura 23.2. Características do Trabalhador O contrato de trabalho nesta indústria dura, em média, 40,6 meses. Os trabalhadores encontram maior estabilidade nas empresas de médio porte (43,3 meses) e menor nas microempresas (34,7 meses). Tabela 23.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Móveis Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses Pequena 2.117 6.286 4.990 1.296 34,2 34,7 1,8 43,2 2 em salários mínimos 544 11.470 7.808 3.662 34,2 39,2 2,0 43,5 Média 127 12.809 8.027 4.782 33,2 43,3 2,3 43,4 Grande 19 10.872 7.062 3.810 31,4 42,2 3,1 43,4 Total 2.807 41.437 27.887 13.550 33,2 40,6 2,3 43,4 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE 67,3% dos trabalhadores desta indústria são do sexo masculino, sendo que este percentual é maior nas microempresas (79,4%) e menor nas médias (62,7%). A idade média do trabalhador é de 33,2 anos, sendo que 90% têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 23.1. Uma vez que existem apenas 167 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,40%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Apenas 4,1% dos trabalhadores possuem educação em nível superior completo e 6,4% em nível incompleto. A maior parte dos empregados possui ensino médio completo (36,8%) ou fundamental incompleto (21,9%). O grau de instrução desses trabalhadores pode ser observado no gráfico 23.2. Cabe destacar que existem somente 19 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado). Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 127 Gráfico 23.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Móveis de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A indústria de móveis oferece diversas alternativas de trabalho no RS. A maior parte das vagas nesta indústria são ocupadas por embaladores e alimentadores de produção – que engloba aproximadamente 22,2% dos trabalhadores desta indústria – e pelos marceneiros e afins, com 13,7% do total de trabalhadores. Gráfico 23.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Móveis de Acordo com o Grau de Instrução 36,8 21,9 17,1 13,6 6,4 4,1 0,2 Analfabeto 0,0 Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 17 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 128 Tabela 23.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Móveis Empregados Embaladores e alimentadores de produção Marceneiros e afins Trab da transformação da madeira e da fabricação do mobiliário Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Trabalhadores de montagem de móveis e artefatos de madeira Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Trab de tratamento térmico e de superfícies de metais e de compósitos Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros Trabalhadores da confecção de roupas Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de mov. de cargas Supervisores em indústria de madeira, mobiliário e da carpintaria veicular Operadores de utilidades Gerentes de áreas de apoio Trabalhadores em acabamento de madeira e de mobiliário Técnicos de nivel médio em operações industriais Trabalhadores de conformação de metais e de compósitos Desenhistas técnicos e modelistas Técnicos de nivel médio em operações comerciais Outras ocupações Total 9.203 5.694 3.804 2.536 2.378 1.532 1.518 1.431 1.152 980 864 813 632 631 563 561 498 450 393 368 5.436 41.437 Nº médio de Salários Recebidos 1,9 1,9 2,1 2,4 1,9 2,3 2,1 1,9 1,9 2,6 2,5 2,7 4,3 2,4 6,9 1,6 3,4 2,1 2,7 4,0 3,9 2,3 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 129 24 PRODUTOS DIVERSOS Esta indústria possui 9 subsetores e um total de 1279 estabelecimentos. O subsetor com maior quantidade de empresas (282) é o de lapidação de gemas e fabricação de artefatos de ourivesaria e joalheria, representando 22% do total. A segunda atividade no estado nesse segmento é a fabricação de instrumentos e materiais para uso médico e odontológico e de artigos ópticos, com um total de 255 estabelecimentos, seguido da fabricação de equipamentos e acessórios para seguro e proteção pessoal e profissional, com 101 estabelecimentos. Através da figura 24.1 pode-se observar que a região Metropolitana de Porto Alegre concentra a maior parte desses estabelecimentos, com 36,7%, seguida das regiões Nordeste e Noroeste, que detém 26,2% e 22% dos estabelecimentos dessa indústria, respectivamente. As demais regiões somam os 15% restantes. 22,0 26,2 1,8 2,9 7,2 36,7 3,1 Figura 24.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Produtos Diversos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Esta indústria é caracterizada em sua maioria por microempresas, que correspondem a 79,4% do total. As empresas de pequeno porte possuem 225 estabelecimentos, o que representa 17,6% do total de estabelecimentos desta indústria; as de médio porte, com 33 estabelecimentos, representam 2,6% do total. Por fim, existem apenas 6 empresas de grande porte, sendo 0,5% do total dessa indústria. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 130 A indústria de produtos diversos emprega 13.493 pessoas no estado do Rio Grande do Sul. Cabe destacar que, embora em números de estabelecimentos as microempresas sejam mais representativas, elas empregam apenas 20,6% dos trabalhadores empregados neste segmento. Tabela 24.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de Produtos Diversos por Subsetor Estabelecimentos Lapidação de gemas e fab. de artefatos de ourivesaria e joalheria Fabricação de bijuterias e artefatos semelhantes Fabricação de instrumentos musicais Fabricação de artefatos para pesca e esporte Fabricação de brinquedos e jogos recreativos Fab. de instrum. e mat. p/ uso médico e odontológico e de artigos ópticos Fabricação de escovas, pincéis e vassouras Fab. de equiptos e acessor. p/ segurança e proteção pessoal e profissional Fabricação de produtos diversos não especificados anteriormente Total do segmento nº 282 53 12 36 45 255 45 101 450 1.279 (%) 22,0 4,1 0,9 2,8 3,5 19,9 3,5 7,9 35,2 100 Empregados nº 3.374 281 62 190 244 2.692 2.241 1.002 3.407 13.493 (%) 25,0 2,1 0,5 1,4 1,8 20,0 16,6 7,4 25,3 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A remuneração média por trabalhador nessa indústria, de 2,3 salários mínimos, está ligeiramente abaixo da observada para a indústria de transformação do RS. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 1,6 salários mínimos por trabalhador e as empresas de grande porte são as que melhor remuneram neste setor, pagando em média para os seus funcionários 3,5 salários mínimos. 12,4 33,3 0,3 1,3 3,2 44,2 5,3 Figura 24.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Produtos Diversos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 131 Do total de trabalhadores desta indústria, 25% encontram-se empregados nas empresas de lapidação de gemas e fabricação de artefatos de ourivesaria e joalheria. A segunda atividade em números de funcionários é a fabricação de instrumentos e materiais para uso médico e odontológico e de artigos ópticos, com 2.692 funcionários, que representa 20% do total. No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de produtos diversos através do estado, é possível observar que três regiões concentram aproximadamente 90% do total de trabalhadores. 44,2% estão situados na região Metropolitana de Porto Alegre, 33,3% na região Nordeste e 12,4% na região Noroeste. Esta distribuição pode ser observada na figura 24.2. Características do Trabalhador A duração média do contrato de trabalho é de 47,4 meses, sendo que o trabalhador tem maior estabilidade nas empresas de grande porte – onde os contratos duram, em média, 71,8 meses – e menor nas microempresas – que apresentam duração média de 32,3 meses. Tabela 24.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Produtos Diversos Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses Pequena 1.015 2.778 1.628 1.150 32,6 32,3 1,6 42,7 2 em salários mínimos 225 4.574 2.321 2.253 32,7 37,7 1,9 43,4 Média 33 2.763 1.244 1.519 33,3 48,7 2,1 43,1 Grande 6 3.378 2.000 1.378 32,8 71,8 3,5 43,2 Total 1.279 13.493 7.193 6.300 32,8 47,4 2,3 43,1 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE A distribuição da mão-de-obra entre trabalhadores do sexo masculino (53,3%) e feminino (46,7%) é relativamente equilibrada. O percentual de homens é maior nas empresas de grande porte (59,2%) e menor nas de médio porte (45%). A idade média do trabalhador é baixa (32,8) e 90,1% destes têm menos de 49 anos. A distribuição Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 132 percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 24.1. Uma vez que existem apenas 67 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,50%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Gráfico 24.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Produtos Diversos de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE O grau de instrução desses trabalhadores é baixo, conforme mostra o gráfico 24.2. Apenas 4,9% possuem educação em nível superior completo e 6% em nível superior incompleto. A maior parte dos empregados (46,9%) possui ensino médio completo. Cabe destacar que existem apenas 8 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado). Gráfico 24.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Produtos Diversos de Acordo com o Grau de Instrução 46,9 16,1 12,4 13,5 6,0 4,9 0,1 Analfabeto 0,1 Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 17 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 133 A indústria de produtos diversos oferece diversas alternativas de trabalho no RS. A maior parte das vagas nesta indústria é ocupada por embaladores e alimentadores de produção – que ocupam aproximadamente 16,5% das vagas – e por joalheiros e ourives, com 12,7%. Tabela 24.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Produtos Diversos Empregados Embaladores e alimentadores de produção Joalheiros e ourives Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos Vendedores e demonstradores Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos Técnicos da ciência da saúde humana Trabalhadores da confecção de roupas Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos Trab de tratamento térmico e de superfícies de metais e de compósitos Trabalhadores de beneficiamento de minérios e pedras ornamentais Técnicos de nivel médio em operações industriais Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros Gerentes de áreas de apoio Operadores de utilidades Operadores de instalações em indústrias químicas, petroquímicas e afins Operadores de outras instalações químicas, petroquímicas e afins Mecânicos de manut. de máquinas e equipamentos industriais, comerciais e residenciais Outras ocupações Total 2.220 1.720 889 488 465 396 346 334 334 332 302 280 254 250 250 249 221 209 165 153 3.636 13.493 Nº médio de Salários Recebidos 1,6 1,5 1,9 2,0 3,4 2,1 2,2 1,6 1,4 2,4 2,1 1,7 3,1 1,3 1,3 8,1 2,8 2,6 1,8 2,8 4,0 2,3 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 134 25 MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS Esta indústria possui 10 subsetores e um total de 1243 estabelecimentos. O destaque é para o subsetor de manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica, que conta com 630 estabelecimentos, representando 50,7% do total. A segunda atividade no estado nesse segmento é a instalação de máquinas e equipamentos industriais, com um total de 146 estabelecimentos, seguido da manutenção e reparação de máquinas e equipamentos elétricos, com 112 estabelecimentos. Pode-se observar que quase a metade dos estabelecimentos está concentrada na região Metropolitana de Porto Alegre (48,5%). As regiões Nordeste e Noroeste detêm 15% e 14,9% dos estabelecimentos dessa indústria, respectivamente, e as demais regiões somam os 21,6% restantes. A figura 25.1 traz esta distribuição espacial. 14,9 15,0 2,8 3,1 8,4 48,5 7,3 Figura 25.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Manutenção e Reparação Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Esta indústria é composta majoritariamente por microempresas, que correspondem a 85,8% do total. As empresas de pequeno porte possuem 148 estabelecimentos, o que representa 11,9% do total de estabelecimentos desta indústria; as de médio porte, com 20 estabelecimentos, representam 1,6% do total. Por fim, cabe destacar que existem apenas 8 empresas de grande porte. A indústria de manutenção e reparação de máquinas e equipamentos emprega 12.681 pessoas no estado do Rio Grande do Sul. Embora as microempresas Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 135 representem quase a totalidade dos estabelecimentos, elas empregam apenas 20,4% da mão-de-obra utilizada no setor. Por outro lado, mais de 40% dos trabalhadores formais desta indústria estão empregados nas empresas de grande porte, que, como visto anteriormente, possui apenas 8 estabelecimentos. Tabela 25.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de Manutenção e Reparação por Subsetor Estabelecimentos nº Manut. e rep. de tanques, reservatórios metálicos e caldeiras, exc. para veic. Manutenção e reparação de equipamentos eletrônicos e ópticos Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos elétricos Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica Manutenção e reparação de veículos ferroviários Manutenção e reparação de aeronaves Manutenção e reparação de embarcações Manutenção e reparação de equiptos e produtos não especif. anteriormente Instalação de máquinas e equipamentos industriais Instalação de equipamentos não especificados anteriormente Total do segmento 22 53 112 630 3 11 21 50 146 195 1.243 (%) 1,8 4,3 9,0 50,7 0,2 0,9 1,7 4,0 11,7 15,7 100 Empregados nº 278 1.128 547 6.450 7 1.345 42 215 1.686 983 12.681 (%) 2,2 8,9 4,3 50,9 0,1 10,6 0,3 1,7 13,3 7,8 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A remuneração média por trabalhador nessa indústria é de 3,6 salários mínimos. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 2 salários mínimos por trabalhador e as empresas de grande porte são as que melhor remuneram neste setor, pagando em média para os seus funcionários 4,8 salários mínimos. 6,4 5,7 1,5 1,7 4,1 71,2 9,5 Figura 25.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Manutenção e Reparação Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 136 Do total de trabalhadores desta indústria, quase 51% encontram-se empregados nas empresas de manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica. A segunda atividade em números de funcionários é a instalação de máquinas e equipamentos industriais com 1.686 funcionários, que representa 13,3% do total. No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores através do estado, é possível observar um alto grau de concentração. Aproximadamente 90% dos trabalhadores formais empregados, sendo que 71,2% estão localizados na região Metropolitana de Porto Alegre, 9,5% na região Sudeste e 6,4% na região Noroeste. Esta distribuição pode ser observada na figura 25.2. Características do Trabalhador – Rio Grande do Sul Neste segmento o contrato de trabalho dura, em média, 40,5 meses. Os trabalhadores encontram maior estabilidade nas empresas de grande porte (60,1 meses) e menor nas microempresas (24,1 meses). Tabela 25.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Manutenção e Reparação Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses Pequena 1.067 2.587 2.116 471 33,6 24,1 2,0 43,0 2 em salários mínimos 148 2.896 2.470 426 34,4 29,0 2,7 43,4 Média 20 2.097 1.853 244 34,2 28,9 3,7 43,6 Grande 8 5.101 4.670 431 37,3 60,1 4,8 43,1 Total 1.243 12.681 11.109 1.572 35,3 40,5 3,6 43,2 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Esse é o segmento que possui maior proporção de trabalhadores do sexo masculino (87,6%). Este percentual é maior nas empresas de grande porte (91,6%) e menor nas microempresas (81,8%). A idade média do trabalhador é de 35,3 anos, sendo que 85,4% têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 25.1. Uma vez que existem apenas 51 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,4%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 137 Gráfico 25.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Manutenção e Reparação de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Apenas 6,3% dos trabalhadores possuem educação em nível superior completo e 4,6% em nível superior incompleto. A maior parte dos empregados (52,2%) possui ensino médio completo. O grau de instrução desses trabalhadores pode ser observado no gráfico 25.2. Cabe destacar que existem 4 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado). Gráfico 25.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Manutenção e Reparação de Acordo com o Grau de Instrução 52,2 15,9 12,0 8,9 4,6 6,3 0,1 Analfabeto 0,0 Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 17 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A indústria de manutenção e reparação de máquinas e equipamentos oferece diversas alternativas de trabalho. A maior parte das vagas desta indústria é ocupada Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 138 por trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos (13,6%), por mecânicos de manutenção de máquinas e equipamentos industriais (7,6%), e por trabalhadores da construção civil e obras públicas (7%). Tabela 25.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Manutenção e Reparação Empregados Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos Mecânicos de manutenção de maq. e equip. industriais, comerciais e residenciais Trabalhadores da construção civil e obras públicas Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Técnicos em eletroeletrônica e fotônica Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos Mecânicos de manutenção veicular Técnicos em metalmecânica Ajudantes de obras Embaladores e alimentadores de produção Eletricistas eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos Montadores e instaladores de equipamentos eletroeletrônicos em geral Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de mov. de cargas Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Trab nos serviços de administração, conservação e manut. de edifícios e logradouros Trab de tratamento térmico e de superfícies de metais e de compósitos Gerentes de áreas de apoio Engenheiros, arquitetos e afins Técnicos de nivel médio em operações industriais Outras ocupações Total 1.727 959 889 831 673 582 547 519 388 299 295 288 266 258 255 211 208 199 190 184 2.913 12.681 Nº médio de Salários Recebidos 3,2 2,6 2,5 2,7 4,8 2,4 4,2 5,0 1,7 2,0 3,1 3,1 3,7 3,4 2,9 1,6 2,6 10,0 11,3 6,6 3,9 3,6 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 139 26 CONSTRUÇÃO CIVIL A indústria de Construção Civil do Rio Grande do Sul conta com um total de 18.445 estabelecimentos, divididos em três grandes setores: construção de edifícios; obras de infraestrutura; e serviços especializados para construção. A construção de edifícios concentra 52,5% dos estabelecimentos desta indústria, e se subdivide em incorporação de empreendimentos imobiliários, com 1.386 estabelecimentos, e construção de edifícios, com 8.303. O setor de obras de infraestrutura conta com 2.182 estabelecimentos, o que representa 11,8% do total, e se divide em 9 subsetores. Por fim, o setor de serviços especializados para construção representa 35,6% dos estabelecimentos desta indústria e se divide em 10 subsetores. No que tange a distribuição espacial dos estabelecimentos, é possível observar que a maioria das empresas desta indústria está concentrada na região Metropolitana de Porto Alegre, que concentra mais de 40% do total, seguida das regiões Noroeste e Nordeste, com 18,7% e 15,3%, respectivamente. As demais regiões somam os 25,2% restantes. Esta distribuição pode ser observada na figura 26.1. 18,7 15,3 4,0 6,3 9,7 40,8 5,2 Figura 26.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Construção Civil Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A construção civil no estado do Rio Grande do Sul é composta majoritariamente por microempresas, que concentram 83,5% dos estabelecimentos. As empresas de porte pequeno, com 2.644 estabelecimentos representam 14,3% do total, seguida pelas médias e grandes empresas, que representam 2% e 0,2% respectivamente. Esta indústria emprega 147.138 trabalhadores no estado do Rio Grande do Sul. Cabe destacar que embora em números de estabelecimentos as microempresas Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 140 representem quase a totalidade, elas empregam apenas 23,7% da mão-de-obra utilizada no setor. Ainda, mais de 35% dos trabalhadores formais desta indústria estão empregados nas empresas de pequeno porte e 17,6% estão nas empresas de grande porte. No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores através do estado, é possível observar que três regiões concentram mais de 80% dos trabalhadores formais empregados, sendo que 55,8% destes estão concentrados na região Metropolitana de Porto Alegre, 14,7% na região Noroeste, 11,2% na região Nordeste. Esta distribuição pode ser observada na figura 26.2. 14,7 11,2 2,5 3,7 6,2 55,8 5,8 Figura 26.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Construção Civil Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A atividade que mais emprega neste setor é a construção de edifícios, com 41,9% dos trabalhadores, seguida da montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas (obras de infraestrutura), com 6,2%. A remuneração média por trabalhador nessa indústria é de 2,3 salários mínimos. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 1,8 salários mínimos por trabalhador e as empresas de grande porte são as que melhor remuneram neste setor, pagando em média para os seus funcionários 3,3 salários mínimos. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 141 Tabela 26.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Construção Civil por Subsetor Estabelecimentos Construção de edifícios Incorporação de empreendimentos imobiliários Construção de edifícios Obras de infra-estrutura Construção de rodovias e ferrovias Construção de obras de arte especiais Obras de urbanização ruas, praças e calçadas Obras p/ geração distribuição de energia elétrica e p/ telecomunicações Const. de redes de abast. de água, coleta de esgoto e const. correlatas Constr. de redes de transportes por dutos, exceto para água e esgoto Obras portuárias, marítimas e fluviais Montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas Obras de engenharia civil não especificadas anteriormente Serviços especializados para construção Demolição e preparação de canteiros de obras Perfurações e sondagens Obras de terraplenagem Serviços de preparação do terreno não especificados anteriormente Instalações elétricas Instalações hidráulicas, de sistemas de ventilação e refrigeração Obras de instalações em construções não especificadas anteriormente Obras de acabamento Obras de fundações Serviços especializados para construção não especif. anteriormente Total nº 9.689 1.386 8.303 2.182 428 52 345 218 86 3 9 286 755 6.574 57 26 679 34 979 459 236 1.678 112 2.314 18.445 (%) 52,5 7,5 45,0 11,8 2,3 0,3 1,9 1,2 0,5 0,0 0,0 1,6 4,1 35,6 0,3 0,1 3,7 0,2 5,3 2,5 1,3 9,1 0,6 12,5 100 Empregados nº 70.656 9.021 61.635 39.166 7.564 3.645 1.651 8.096 923 34 83 9.088 8.082 37.316 311 117 3.868 613 5.979 3.407 3.229 7.994 980 10.818 147.138 (%) 48,0 6,1 41,9 26,6 5,1 2,5 1,1 5,5 0,6 0,0 0,1 6,2 5,5 25,4 0,2 0,1 2,6 0,4 4,1 2,3 2,2 5,4 0,7 7,4 100 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Características do Trabalhador O tempo que o trabalhador permanece empregado nesta indústria é relativamente baixo, em média, 21,5 meses, com maior estabilidade nas empresas que realizam obras de infraestrutura (23,3 meses) e menor nas empresas de construção de edifícios (20,4 meses). Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 142 Tabela 26.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do Trabalhador por Porte das Empresas da Construção Civil Micro Nº de Estabelecimentos Nº de Trabalhadores Homem Mulher Média de Idade Tempo no Emprego¹ Remuneração Média² Horas Trabalhadas ³ 1 em meses 15.394 34.924 31.676 3.248 37,3 20,6 1,8 43,4 Pequena 2.644 51.846 48.306 3.540 37,2 21,0 2,1 43,6 2 em salários mínimos Média 368 34.469 31.572 2.897 37,1 23,2 2,4 43,5 Grande Total 39 25.899 23.443 2.456 35,4 13,3 3,3 30,7 18.445 147.138 134.997 12.141 36,9 21,5 2,3 43,4 3 por semana em horas contratuais Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE Os trabalhadores desta indústria são predominantemente do sexo masculino (91,7%). Este percentual é maior nas pequenas empresas (93,2%) e menor nas de grande porte (90,5%). A idade média do trabalhador é de 36,9 anos e mais de 81% têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 26.1. Uma vez que existem apenas 1.234 trabalhadores nesta indústria com até 17 anos, o que representa 0,8%, os mesmos foram excluídos do gráfico. Gráfico 26.1: Distribuição dos Trabalhadores da Construção Civil de Acordo com a Idade (em %) Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE O grau de instrução dos trabalhadores desta indústria é relativamente baixo e pode ser observado no gráfico 26.2. Apenas 3,1% possuem educação em nível superior completo e 2,3% em nível incompleto. A maior parte dos empregados (32,6%) Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 143 possui apenas ensino fundamental incompleto. Cabe destacar que existem somente 58 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado). Gráfico 26.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Construção Civil de Acordo com o Grau de Instrução 32,6 31,9 20,7 8,8 2,3 0,6 Analfabeto 3,1 0,0 Entre 1 e 8 anos 9 anos Entre 10 e 11 anos 12 anos Entre 13 e 16 anos 17 anos Mais de 17 anos Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE A indústria da construção civil é bastante diversificada no Rio Grande do Sul, tanto em termos de classificação das atividades empresariais como em relação ao emprego. A maior parte das vagas de trabalho neste setor são destinadas aos trabalhadores na construção civil e obras públicas, com 32,7% do total, e aos ajudantes de obras, com aproximadamente 19,9%. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 144 Tabela 26.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Construção Civil Empregados Trabalhadores da construção civil e obras públicas Ajudantes de obras Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas Supervisores da extração mineral e da construção civil Trabalhadores de acabamento de obras Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros Montadores e instaladores de equipamentos eletroeletrônicos em geral Instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos e de comunicações Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção Engenheiros, arquitetos e afins Técnicos em eletroeletrônica e fotônica Eletricistas eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial Técnicos das ciências administrativas Técnicos em construção civil, de edificações e obras de infraestrutura Trabalhadores de conformação de metais e de compósitos Gerentes de áreas de apoio Mecânicos de manutenção de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais Supervisores de serviços administrativos (exceto de atendimento ao público) Outras ocupações Total 48.062 29.269 7.974 6.496 6.348 6.292 5.570 3.200 2.742 2.189 1.871 1.759 1.531 1.482 1.377 1.283 966 925 910 894 15.998 147.138 Nº médio de Salários Recebidos 2,0 1,4 2,7 2,1 2,5 3,8 1,8 1,4 2,1 2,5 2,3 9,0 3,2 2,4 3,5 3,9 1,9 6,4 1,9 4,6 3,2 2,3 Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 145 27 CUSTO UNITÁRIO DO TRABALHO Medidas de competitividade têm se tornado cada vez mais importantes no contexto econômico atual, em que são observados níveis crescentes de integração comercial entre os países. Quando um país é competitivo, ele consegue assegurar espaço no mercado internacional e alcançar maiores níveis de desenvolvimento econômico, criando, desta forma, ferramentas que possibilitam melhorar o bem-estar da população. Para analisar a evolução da competitividade de diversos países, institutos de pesquisa como o Bureau of Labor Statistics (BLS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), utilizam um indicador de competitividade-custo, conhecido como custo unitário da mão-de-obra (ULC – Unit Labor Cost). Esse é usualmente mensurado em dólares e mede o custo da mão-de-obra para produzir uma unidade do produto. Um aumento do ULC indica redução da competitividade dos produtos nacionais comparativamente com os competidores. Metodologia de cálculo O custo unitário do trabalho pode ser definido, algebricamente, pela relação entre custo nominal do trabalho (C) e nível de produção (y). C ULC y (27.1) Cabe destacar que os custos nominais do trabalho incluem não apenas os custos salariais, mas também todos os gastos efetivamente realizados pelo empregador em benefício do trabalhador. Ainda, é possível expressar o ULC como a razão do custo médio por hora trabalhada sobre a razão do produto por hora trabalhada – ou seja, produtividade/hora do trabalho. Para tal, é necessário que tanto o numerador quanto o denominador da equação (27.1) sejam divididos pela quantidade de horas trabalhadas (H). Desta forma, o ULC mostra quanto custa, em termos do insumo trabalho, produzir uma unidade de produto. (C H ) ULC (y H) (27.2) Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 146 O custo médio do trabalho por hora, (C H ) , pode ser representado por (h) e a produtividade hora do trabalho, ( y H ) , por (A). h ULC A (27.3) Assim, de acordo com a equação (27.3), o custo unitário do trabalho (ULC) aumentará se o custo médio do trabalho (h) crescer mais do que a produtividade (A). Em outras palavras, o custo unitário do trabalho aumentará se a magnitude do crescimento dos salários for maior que os ganhos de produtividade e se manterá constante se ambas variáveis crescerem (ou caírem) na mesma intensidade. Há uma discussão metodológica a respeito de qual informação usar para medir o custo unitário, se as horas trabalhadas na produção (H) ou o nível de emprego (L). Destaca-se que, para análises de curto prazo, recomenda-se que sejam usadas as horas trabalhadas, uma vez que a rigidez existente no mercado de trabalho faz com que este se ajuste mais rapidamente via esta variável. Ainda, é necessário que o ULC seja medido em horas trabalhadas caso se deseje realizar comparações internacionais. Por fim, dada à necessidade de proceder-se a comparações com outros países, é usual calcular o custo unitário do trabalho em dólares. Isto é, os custos salariais, deflacionados pela variação do dólar norte-americano, por unidade de produção. Assim, é necessário converter os salários por hora em dólares: h/e (27.4) A onde e representa a taxa de câmbio (R$/US$). Os resultados aqui apresentados, para a indústria de transformação, foram ULC obtidos através da equação (27.4). O indicador foi alcançado a partir da ponderação da folha de pagamentos nominal (IBGE/PIMES) pelas horas trabalhadas (IBGE/PIMES). Por sua vez, o indicador foi calculado com base nos dados de produção industrial (IBGE/PIM-PF) ponderados pelas horas trabalhadas (IBGE/PIMES). Comparação internacional De acordo com os dados do BLS, que calcula o custo unitário do trabalho na produção de manufaturados para 19 países, é possível observar que, entre 2003 e 2011, países como Austrália, Canadá, Noruega e Itália enfrentaram aumentos anuais médios do ULC superiores ou iguais a 4%. Nestes países, nota-se que, embora a Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 147 produtividade tenha aumentado, não foi suficiente para compensar a valorização da taxa de câmbio e o aumento nos salários nominais, tendo impactos negativos sobre o ULC. Naturalmente, dentro da região do Euro, os diferentes resultados refletem diferenças de salário nominal, dos índices de preços e da evolução da produtividade entre os países, sendo, entre si, livres da influência cambial. Por exemplo, embora a França tenha apresentado maiores ganhos de produtividade no período analisado, os aumentos salariais concedidos no país fizeram com o que seu ULC deste país aumentasse (média de 3,2% a.a.). Este aumentou foi superior ao registrado para a Alemanha (média de 2,6%), que, inclusive, apresentou ganhos de produtividade menores, sendo favorecido, portanto, por uma política de reajustes salariais mais condizentes com sua realidade econômica. Gráfico 27.1: Comparação Internacional do Custo Unitário do Trabalho (var % anual média – 2003-2011) Brasil Rio Grande do Sul Austrália Canadá Noruega Itália Bélgica Espanha Dinamarca França Finlândia Alemanha Holanda Suécia Coreia Japão Cingapura República Tcheca Reino Unido Taiwan USA 14,6 13,8 9,3 5,6 5,5 4,5 3,8 3,7 3,6 3,2 3,1 2,6 2,1 1,5 1,3 1,1 1,0 0,5 0,4 -1,7 -1,9 Fonte: BLS e FIERGS. Taiwan, que apresentou o terceiro maior aumento da produtividade entre os países analisados – média 6,6% a.a., estando atrás dos avanços observados na República Tcheca (média de 10,1% a.a.) e Coreia (média de 7,0% a.a.) –, teve seu ULC diminuído ao longo do período analisado (média de -1,7% a.a.). A República Tcheca e a Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 148 Coreia, por sua vez, tiveram, como resultado dos reajustes salariais concedidos, seus desempenhos prejudicados, com aumentos médios anuais do ULC de 0,5% a.a. e 1,3% a.a., respectivamente. Para o mesmo período de análise, o Brasil e o Rio Grande do Sul apresentaram grandes aumentos do ULC, quando comparadas internacionalmente, ficando em situação menos favorável do que os países analisados pelo BLS. A próxima seção aborda mais detalhadamente esta questão. Indústria de transformação – Brasil e Rio Grande do Sul Os dados para o Brasil e o Rio Grande do Sul apontam uma aceleração média anual bastante elevada do Custo Unitário do Trabalho no período de 2003 a 2011. No acumulado destes anos, o ULC mais que dobrou, em ambos os casos. Gráfico 27.2: Custo Unitário do Trabalho (var % anual média 2003-2011) 17,4 14,6 18,1 13,8 Brasil Rio Grande do Sul 2,4 ULC Salários Médios em US$ 3,8 Produtividade Fonte: FIERGS. Este acentuado aumento dos custos do trabalho se deve ao crescimento dos salários muito acima dos ganhos de produtividade. Cabe destacar que, como o indicador está mensurado em dólares, a expansão dos salários contempla também a valorização que o real sofreu nestes anos. Entretanto, mesmo que se considerassem os salários em moeda nacional, o ULC ainda teria aumentado, dado que, enquanto que a produtividade cresceu, em média, 2,4% a.a. no Brasil e 3,8% a.a. no Rio Grande do Sul, os salários medidos em reais aumentaram, em média, 3,3% a.a. e 3,9% a.a., respectivamente. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 149 Por fim, destaca-se que o ULC se acelerou mais no Brasil do que no Rio Grande do Sul no período analisado. Embora os salários tenham crescido a uma taxa maior no Estado, os maiores ganhos de produtividade observados aqui contribuíram para amenizar, ainda que marginalmente, a expansão dos custos do trabalho. Resultados setoriais – indústria de transformação – Brasil e RS A análise comparativa dos setores para os quais há dados disponíveis, entre os anos de 2003 e 2011, indica um cenário bastante diversificado. Os resultados mostrados em vermelho representam os segmentos nos quais o ULC no Rio Grande do Sul apresentou crescimento superior à média nacional. De um total de 10 possíveis comparações de segmentos, cinco apresentaram aumento dos custos relativamente maior no Estado. Nesse caso, destaca-se a indústria de produtos de metal, em que o diferencial foi de 9,7%. No Brasil, o setor que apresentou pior desempenho do ULC foi o de refino (média de +22,2% a.a.) – o que se deve tanto ao aumento dos salários médios em dólar (média de +15,8% a.a.) quanto à queda da produtividade (média de -5,3% a.a.). O ULC no Estado do Rio Grande do Sul neste setor também apresentou expressivo crescimento (média de +18,8% a.a.). Contudo, o resultado foi suavizado. Embora o aumento dos salários médios em dólar para este segmento tenha sido maior no Estado (média de +17,0% a.a.), foi parcialmente compensado pela menor queda da produtividade (média de -1,4% a.a.). As diferenças existentes na comparação dos resultados do Brasil e do RS se devem a motivos variados. No setor de Borracha e Plástico, a diferença se dá majoritariamente pelas discrepâncias dos aumentos de salários. Já nos segmentos de Químicos, Máquinas e Equipamentos e Veículos, houve expansão semelhante nos salários, mas a produtividade apresentou pior desempenho no Rio Grande do Sul comparativamente ao Brasil. Por fim, no setor de Produtos de Metal, enquanto que no Brasil a produtividade aumentou (média de +1,5% a.a.), no Rio Grande do Sul esta diminuiu (média de -6,4% a.a.). Entretanto, a expansão dos salários aqui foram maiores do que no Brasil (médias de +17,2% a.a. e +15,8% a.a., respectivamente). Quando uma economia cresce com base no aumento de produtividade, garante crescimento sustentável, não gera grandes pressões sobre os índices de preços e determina ganhos de competitividade, permitindo, desta forma que haja, de fato, expansão da renda tanto para os produtores quanto para os trabalhadores. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 150 Por outro lado, a combinação perversa de valorização do câmbio, reajustes constantes de salário real e variação da produtividade que não compensa esses resultados, tem como consequência a perda de competitividade. Isso gera perdas para toda a sociedade. Tabela 27.1: Custo Unitário do Trabalho Setorial (var % anual média 2003-2011) Brasil Alimentos e Bebidas 17,0 Texteis 16,8 Vestuario e Acessorios 14,4 Couro e Calçado 13,2 Produtos de Madeira 11,3 Celulose e Papel 10,0 Refino 22,2 Químicos 16,2 Borracha e Plástico 12,9 Minerais não metálicos 14,6 Metalurgia 17,1 Produtos de Metal 14,2 Máquinas e Equipamentos 13,2 Materiais Elétricos 17,8 Veículos 12,3 Móveis 13,5 Indústria de Transformação 14,6 RS 14,5 10,7 18,8 18,7 15,0 11,2 25,2 13,5 14,1 10,4 13,8 Fonte: FIERGS. Abaixo, segue a evolução do ULC nos diversos setores, para o Brasil e o Rio Grande do Sul, entre os anos de 2003 e 2011. É possível observar que a tendência do ULC para os setores é semelhante no Brasil e no RS, destoando mais acentuadamente quanto aos valores absolutos nos setores de Produtos de Metal, Celulose e Papel e Produtos de Madeira. Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 151 Gráfico 27.3: Evolução do Custo Unitário do Trabalho Setorial (número índice – base 2003=100) Alimentos e bebidas Brasil Rio Grande do Sul 351,1 294,5 296,8 248,8 263,7 202,2 229,8 204,0 253,5 163,8 140,9 193,9 116,7 100 100 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 203,2 165,4 107,4 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Couro e calçados Brasil Rio Grande do Sul 270,3 225,3 194,1 223,6 191,3 143,3 168,2 189,8 138,1 167,9 121,6 144,6 100 154,0 100 114,0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 108,1 119,9 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Produtos químicos Brasil Rio Grande do Sul 394,1 354,3 364,7 333,4 291,5 292,8 258,5 242,0 267,4 147,6 315,4 188,2 181,5 194,3 126,2 100 114,7 100 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 152 Refino Brasil Rio Grande do Sul 397,3 496,0 319,8 426,3 354,2 257,1 232,6 278,2 166,2 100 352,1 179,5 218,7 211,6 207,4 145,5 100 117,2 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Borracha e plástico Brasil Rio Grande do Sul 264,9 306,8 225,6 202,4 249,8 175,1 178,1 197,2 145,7 159,3 100 178,3 146,4 185,7 141,6 113,9 100 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 106,0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Metalurgia Brasil Rio Grande do Sul 353,1 276,4 227,8 170,3 297,2 173,1 154,4 285,8 166,8 193,6 100 100 233,3 217,3 191,1 181,5 113,3 121,5 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 153 Produtos de metal Brasil Rio Grande do Sul 604,2 289,0 235,0 388,4 497,4 156,1 178,3 100 533,7 485,4 247,3 189,5 133,5 258,1 98,7 100 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 221,4 131,4 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Máquinas e equipamentos Brasil Rio Grande do Sul 269,3 263,0 275,5 240,8 227,1 199,6 167,3 184,7 222,3 170,1 143,7 172,0 198,3 175,3 123,2 100 100 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 94,9 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Veículos Brasil Rio Grande do Sul 252,3 214,8 171,7 132,3 100 286,4 242,5 211,0 245,1 202,7 205,5 164,9 154,1 104,0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 100 223,3 185,4 117,9 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 154 Mobiliário Brasil Rio Grande do Sul 276,1 219,9 197,2 234,2 169,6 183,6 164,6 138,2 198,7 140,2 164,5 166,3 137,9 143,1 100 100 108,3 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 102,4 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Indústria de Transformação Brasil Rio Grande do Sul 281,1 298,4 248,9 257,4 212,6 224,3 186,5 193,7 226,3 146,3 100 205,6 145,9 158,2 167,5 113,2 100 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 111,1 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Fonte: FIERGS Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 155 REFERÊNCIAS BIVAR, W. 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