FOTOGRAFIA DO
MERCADO DE
TRABALHO FORMAL
RIO GRANDE DO SUL
2012
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................3
1 ECONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ....................................................................4
2 ALIMENTOS...........................................................................................................................................19
3 BEBIDAS ................................................................................................................................................24
4 TABACO .................................................................................................................................................29
5 TÊXTEIS .................................................................................................................................................34
6 VESTUÁRIO E ACESSÓRIOS ...........................................................................................................39
7 COURO E CALÇADOS ........................................................................................................................44
8 PRODUTOS DE MADEIRA .................................................................................................................49
9 CELULOSE E PAPEL...........................................................................................................................54
10 IMPRESSÃO E REPRODUÇÃO ......................................................................................................59
11 REFINO DE PETRÓLEO ...................................................................................................................64
12 QUÍMICOS ...........................................................................................................................................69
13 FARMACÊUTICOS .............................................................................................................................75
14 BORRACHA E PLÁSTICO ................................................................................................................80
15 MINERAIS NÃO METÁLICOS ..........................................................................................................85
16 METALURGIA......................................................................................................................................90
17 PRODUTOS DE METAL (EXCETO MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS) ....................................95
18 EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA E ELETRÔNICOS .........................................................100
19 MATERIAL ELÉTRICO ....................................................................................................................105
20 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ...................................................................................................110
21 VEÍCULOS AUTOMOTORES .........................................................................................................115
22 OUTROS EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE (EXCETO VEÍCULOS) ...............................120
23 MÓVEIS ..............................................................................................................................................125
24 PRODUTOS DIVERSOS .................................................................................................................130
25 MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS .............................135
26 CONSTRUÇÃO CIVIL ........................................................................................................140
27 CUSTO UNITÁRIO DO TRABALHO ..............................................................................................146
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................156
INTRODUÇÃO
O presente estudo analisa o comportamento do mercado de trabalho formal na
indústria de transformação do Estado do Rio Grande do Sul no ano de 2012 (última
informação disponível), tendo como base os dados disponibilizados pelo Ministério do
Trabalho e do Emprego. Também, são mostradas características particulares do
mercado de trabalho de cada segmento industrial, bem como da construção civil.
Desta forma, o estudo apresenta em seu primeiro capítulo um breve histórico
sobre as principais características estruturais e institucionais da indústria de
transformação. Ainda, é abordado, nesse contexto, a distribuição territorial das
indústrias – ou seja, como estão distribuídos os empregos e os estabelecimentos
industriais ao longo das sete mesorregiões do Estado.
Após uma breve análise das peculiaridades das empresas e da mão-de-obra
empregada, são feitas estimativas da distribuição dos empregos e das empresas a partir
do uso de modelos econométricos. Vale ressaltar que esse tema tem como intuito
identificar o processo de dispersão dos empregos nas diferentes indústrias e como isso
pode nos remeter a uma previsão sobre um comportamento futuro do mercado de
trabalho no setor.
Nos capítulos subsequentes, são abordados de forma particular os trabalhadores
e as empresas que constituem cada segmento da indústria de transformação, dividindo
a análise nos 24 subsetores existentes. Ainda, é traçado o perfil dos trabalhadores e
das empresas que compõe a construção civil, considerando não apenas questões de
distribuição espacial relacionadas às empresas, mas também aos empregos.
Por fim, é feita uma análise da evolução do Custo Unitário do Trabalho (ULC –
Unit Labor Cost) no Estado, numa perspectiva de comparação com os resultados do
Brasil e de outros 19 países. O objetivo desta seção é inferir o grau de competitividade
da indústria gaúcha no cenário nacional e mundial.
Com esse estudo, espera-se contribuir para um melhor entendimento das
relações do mercado na indústria gaúcha, o que pode ser útil na determinação e
escolha de investimentos futuros e na elaboração de estudos derivados.
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1 ECONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
A indústria de transformação tem forte presença na economia gaúcha, com
participação significativa no Produto Interno Bruto (PIB), nas exportações e no emprego
do Estado. Há a harmoniosa convivência neste ambiente econômico de uma grande
quantidade de empresas de diferentes dimensões – micro, pequenas, médias e
grandes - assim como multinacionais com empresas locais, de capital gaúcho, externo
ou misto. Além da matriz industrial bastante desenvolvida, é importante ressaltar que os
produtos industriais gaúchos estão presentes em mais de 190 países, evidenciando não
apenas seu dinamismo e capacidade de competição, mas também sua importância
para o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul.
Tabela 1.1: VTI e Exportações da Indústria de Transformação do RS
Alimentos
Bebidas
Tabaco
Têxteis
Vestuário e Acessórios
Couro e Calçados
Produtos de Madeira
Celulose e Papel
Impressão e Reprodução
Refino de Petróleo
Químicos
Farmacêuticos
Borracha e Plástico
Minerais não Metálicos
Metalurgia
Produtos de Metal
Equipamentos de Informática e Eletron.
Material Elétrico
Máquinas e Equipamentos
Veículos Automotores
Outros Equiptos de Transporte
Exportações - 2013
VTI - 2011
US$ m ilhões Part. (%) R$ m ilhões Part. (%)
4.159
21,1
10.045
16,3
9
0,0
1.993
3,2
2.341
11,9
2.557
4,2
52
0,3
617
1,0
45
0,2
833
1,4
1.027
5,2
4.809
7,8
129
0,7
685
1,1
182
0,9
1.169
1,9
1
0,0
381
0,6
358
1,8
419
0,7
2.274
11,5
5.911
9,6
23
0,1
177
0,3
361
1,8
2.537
4,1
92
0,5
1.895
3,1
169
0,9
1.593
2,6
480
2,4
4.250
6,9
152
0,8
896
1,5
140
0,7
1.361
2,2
1.188
6,0
6.288
10,2
1.353
6,9
8.002
13,0
4.824
24,5
712
1,2
Móveis
212
1,1
2.387
3,9
Produtos Diversos
137
0,7
1.142
1,9
Manut e Rep de Maq e Equiptos
Total da Indústria de Transform ação
-
-
19.707
100
914
1,5
61.572
100
Fonte: MDIC/SECEX e IBGE/PIA. Elaboração FIERGS/UEE
De acordo com os dados do Ministério do Trabalho (2012) existem no Rio Grande
do Sul 36.665 estabelecimentos vinculados à indústria de transformação e 18.445
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ligados à construção civil. A distribuição espacial das empresas vinculadas à indústria
de transformação1 através das sete mesorregiões do estado não é feita de forma
homogênea, visto que grande parte desses estabelecimentos está localizada na região
Metropolitana de Porto Alegre, que concentra 45,3% do total. Os setores2 que mais se
destacam são: couro e calçados, produtos de metal e alimentos, com 23,8%, 13,1% e
7,6% do total de estabelecimentos dessa mesorregião, respectivamente.
Noroeste
16,3
1,9
21,9
Centro
Nordeste
Ocidental Centro
2,8 Oriental 45,3
Sudoeste
8,5
Metropolitana
3,4
Sudeste
Figura 1.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de
Transformação do RS
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A segunda região em número de estabelecimentos é a Nordeste, com 8.026,
representando aproximadamente 22% do total. O setor que detém a maior parte dos
estabelecimentos desta região é o de produtos de metal, com 1.379, ou seja, 17,2% do
total, seguido pelos setores de móveis (12,6%) e vestuário e acessórios (10,4%).
Em seguida, tem-se a região Noroeste, que conta com 5.975 estabelecimentos, o
equivalente a 16,3%. Os destaques são os setores de alimentos, produtos de metal e
vestuário e acessórios. As regiões Centro Oriental, Centro Ocidental, Sudeste e
Sudoeste têm atividade industrial menos intensiva e detém os 16,6% restantes dos
1
A distribuição espacial das empresas da construção civil é apresentada no tópico destinado à análise
específica deste setor.
2
A classificação dos setores é feita de acordo com a divisão da CNAE 2.0, definida pelo Conselho
Nacional de Classificações (CONCLA).
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 5
estabelecimentos da indústria de transformação do estado. Esta distribuição3 pode ser
observada na figura 1.1.
Tabela 1.2: Distribuição dos Estabelecimentos da Indústria de Transformação do
RS por Porte
Micro
Alimentos
Bebidas
Tabaco
Têxteis
Vestuário e Acessórios
Couro e Calçados
Produtos de Madeira
Celulose e Papel
Impressão e Reprodução
Refino de Petróleo
Químicos
Farmacêuticos
Borracha e Plástico
Minerais não Metálicos
Metalurgia
Produtos de Metal
Equipamentos de Informática e Eletron.
Material Elétrico
Máquinas e Equipamentos
Veículos Automotores
Outros Equiptos de Transporte
Móveis
Produtos Diversos
Manut e Rep de Maq e Equiptos
Total da Indústria de Transform ação
Construção de Edifícios
Obras de Infra Estrutura
Serviços Especializados para Constr
Total da Construção Civil
3.090
238
32
516
2.578
2.985
1.991
270
981
10
496
32
939
1.633
313
4.084
212
315
1.391
403
67
2.117
1.015
1.067
26.775
7.928
1.705
5.761
15.394
Pequena
798
64
9
112
503
1.301
388
142
163
5
203
19
472
488
111
870
85
151
597
196
18
544
225
148
7.612
1.566
348
730
2.644
Média
287
22
12
35
67
374
23
34
20
2
51
9
132
58
34
172
32
28
174
70
9
127
33
20
1.825
185
107
76
368
Grande
92
12
9
3
2
93
4
7
1
2
11
2
29
4
10
33
9
13
44
36
4
19
6
8
453
10
22
7
39
Total
4.267
336
62
666
3.150
4.753
2.406
453
1.165
19
761
62
1.572
2.183
468
5.159
338
507
2.206
705
98
2.807
1.279
1.243
36.665
9.689
2.182
6.574
18.445
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A distribuição por porte4 das empresas que compõem a indústria de
transformação do Estado do Rio Grande do Sul mostra que esta é majoritariamente
composta por microempresas, que correspondem a 73% do total. As pequenas
empresas possuem 7.612 estabelecimentos, o que representa 20,8% do total; as de
3
A coloração do mapa é feita por densidade. Assim, a mesorregião com a cor mais escura é a que possui
o maior número de estabelecimentos industriais.
4
Foi utilizado o critério da EUROSTAT para a classificação dos estabelecimentos industriais de acordo
com o porte, a saber: (i) micro: até 9 funcionários; (ii) pequeno: de 10 a 49 funcionários; (iii) médio: de 50
a 249 funcionários; (iv) grande: 250 ou mais funcionários.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 6
médio porte, com 1.825 estabelecimentos, representam 5% total. Por fim, existem
apenas 453 empresas de grande porte, o que equivale a 1,2%. Estes dados podem ser
observados na tabela 1.2.
Em dezembro de 2012, foram registrados, no Estado do Rio Grande do Sul,
2.993.031 trabalhadores formais, dos quais 23,7% (708.846) estão empregados na
indústria de transformação. Destes, mais de 83% estão concentrados em três
mesorregiões – o que era esperado dada a concentração de estabelecimentos.
13,4
23,8
1,5
1,6
9,7
46,1
3,9
Figura 1.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Transformação
do RS
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Desta forma, 46,1% dos empregados na indústria de transformação do Estado
encontram-se na mesorregião Metropolitana de Porto Alegre, sendo o setor que mais
emprega o de couro e calçados, com um total de 101.548 trabalhadores – equivalente a
quase 31,1% dos empregados da indústria dessa mesorregião. Cabe destacar que este
número ser bastante elevado se deve a dois fatores. Primeiramente, o setor de couro e
calçados, além de ser intensivo em trabalhadores, é o que concentra a maior
quantidade de trabalhadores na indústria de transformação do estado: possui 128.899
empregados, o que corresponde a 18,2% do total. Além disso, quase 79% dos
trabalhadores deste setor estão situados nesta mesorregião.
A segunda mesorregião em concentração de trabalhadores é a Nordeste, com
168.365 (23,8%). Os setores que mais se destacam nesta são os de fabricação de
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veículos automotores, reboques e carrocerias, produtos de metal e móveis, com 18%,
13,8% e 12%, respectivamente. Em seguida, tem-se a região Noroeste, com 95.008
empregados formais.
Tabela 1.3: Distribuição dos Empregados da Indústria de Transformação do RS
por Porte das Empresas Industriais
Micro
Alimentos
Bebidas
Tabaco
Têxteis
Vestuário e Acessórios
Couro e Calçados
Produtos de Madeira
Celulose e Papel
Impressão e Reprodução
Refino de Petróleo
Químicos
Farmacêuticos
Borracha e Plástico
Minerais não Metálicos
Metalurgia
Produtos de Metal
Equipamentos de Informática e Eletron.
Material Elétrico
Máquinas e Equipamentos
Veículos Automotores
Outros Equiptos de Transporte
Móveis
Produtos Diversos
Manut e Rep de Maq e Equiptos
Total da Indústria de Transform ação
Construção de Edifícios
Obras de Infra Estrutura
Serviços Especializados para Constr
Total da Construção Civil
9.045
632
88
1.487
6.942
8.579
6.244
857
2.685
23
1.604
92
3.224
5.480
1.032
11.661
661
968
4.592
1.355
174
6.286
2.778
2.587
79.076
18.393
4.034
12.497
34.924
Pequena
16.503
1.366
230
2.220
9.638
29.776
7.108
2.783
2.886
120
4.372
414
10.378
8.834
2.182
16.606
1.680
3.002
12.049
4.025
361
11.470
4.574
2.896
155.473
30.297
7.523
14.026
51.846
Média
29.518
2.048
1.147
3.655
6.121
37.480
1.792
3.716
2.009
400
5.343
852
13.105
6.073
4.011
17.399
3.998
2.586
18.252
8.198
939
12.809
2.763
2.097
186.311
17.147
10.487
6.835
34.469
Grande
62.277
6.060
4.986
2.254
648
53.064
2.258
2.655
522
604
4.866
1.063
13.874
1.569
6.027
20.451
6.163
7.308
27.146
38.525
6.315
10.872
3.378
5.101
287.986
4.819
17.122
3.958
25.899
Total
117.343
10.106
6.451
9.616
23.349
128.899
17.402
10.011
8.102
1.147
16.185
2.421
40.581
21.956
13.252
66.117
12.502
13.864
62.039
52.103
7.789
41.437
13.493
12.681
708.846
70.656
39.166
37.316
147.138
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Em relação aos empregos por porte de empresa, nota-se que há uma distribuição
bastante uniforme, embora haja um grande número de microempresas. Estas,
empregam 79.076 trabalhadores, o que representa 11,2% do total. As pequenas
empresas, com 155.473 empregados, representam 21,9% do total; as empresas de
porte médio, que contam com 287.986 funcionários, correspondem a 26,3%; por fim, as
empresas de porte grande (que tem apenas 1,2% do total de estabelecimentos)
empregam 40,6% da mão-de-obra.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 8
A partir destes dados, é possível calcular a média de empregados por porte do
estabelecimento industrial. Enquanto que, para a indústria como um todo, essa média é
de 19 trabalhadores por empresa. Para as indústrias de grande porte a média é de 636,
já para as microempresas, de porte pequeno e de porte médio, as médias são de 3; 20
e 102, respectivamente.
Tabela 1.4: Média de Trabalhadores da Indústria de Transformação do RS por
Porte de Empresas
Micro
Alimentos
Bebidas
Tabaco
Têxteis
Vestuário e Acessórios
Couro e Calçados
Produtos de Madeira
Celulose e Papel
Impressão e Reprodução
Refino de Petróleo
Químicos
Farmacêuticos
Borracha e Plástico
Minerais não Metálicos
Metalurgia
Produtos de Metal
Equipamentos de Informática e Eletron.
Material Elétrico
Máquinas e Equipamentos
Veículos Automotores
Outros Equiptos de Transporte
Móveis
Produtos Diversos
Manut e Rep de Maq e Equiptos
Total da Indústria de Transform ação
Construção de Edifícios
Obras de Infra Estrutura
Serviços Especializados para Constr
Total da Construção Civil
Pequena
3
3
3
3
3
3
3
3
3
2
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
2
3
2
2
2
2
21
21
26
20
19
23
18
20
18
24
22
22
22
18
20
19
20
20
20
21
20
21
20
20
20
19
22
19
20
Média
103
93
96
104
91
100
78
109
100
200
105
95
99
105
118
101
125
92
105
117
104
101
84
105
102
93
98
90
94
Grande
677
505
554
751
324
571
565
379
522
302
442
532
478
392
603
620
685
562
617
1.070
1.579
572
563
638
636
482
778
565
664
Total
28
30
104
14
7
27
7
22
7
60
21
39
26
10
28
13
37
27
28
74
79
15
11
10
19
7
18
6
8
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A partir da base de dados do Ministério do Trabalho, é possível calcular a
quantidade de salários mínimos recebidos por trabalhador em cada setor da indústria de
transformação. Estes resultados estão apresentados na tabela 1.5 e pode-se observar
que os trabalhadores recebem, em média em 2012, cerca de 2,6 salários mínimos. O
segmento que melhor remunera é o do Tabaco, que paga em média aos seus
funcionários 5,2 salários mínimos, seguido dos segmentos de Outros equipamentos de
transporte, que oferece remuneração média de 4,8.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 9
A mão-de-obra da indústria no RS é predominantemente formada por
trabalhadores do sexo masculino, que correspondem a 64,4% do total dos empregados
formais. Os setores industriais onde essa proporção é maior são os de manutenção,
reparação e instalação de máquinas e equipamentos, onde 87,6% dos funcionários são
homens; o de minerais não metálicos (87%) e o de outros equipamentos de transporte –
exceto veículos automotores (85,9%). Por outro lado, apenas três segmentos têm seu
quadro de funcionários composto majoritariamente por trabalhadores do sexo feminino,
a saber: vestuário e acessórios (83,8%); couro e calçados (58,4%); e farmacêutica
(56,6%).
Tabela 1.5: Características Gerais da Indústria de Transformação Gaúcha
Estabelecim entos Em pregados
Alimentos
Bebidas
Tabaco
Têxteis
Vestuário e Acessórios
Couro e Calçados
Produtos de Madeira
Celulose e Papel
Impressão e Reprodução
Refino de Petróleo
Químicos
Farmacêuticos
Borracha e Plástico
Minerais não Metálicos
Metalurgia
Produtos de Metal
Equipamentos de Informática e Eletron.
Material Elétrico
Máquinas e Equipamentos
Veículos Automotores
Outros Equiptos de Transporte
Móveis
Produtos Diversos
Manut e Rep de Maq e Equiptos
Total da Indústria de Transform ação
Construção de Edifícios
Obras de Infra Estrutura
Serviços Especializados para Constr
Total da Construção Civil
4.267
336
62
666
3.150
4.753
2.406
453
1.165
19
761
62
1.572
2.183
468
5.159
338
507
2.206
705
98
2.807
1.279
1.243
36.665
9.689
2.182
6.574
18.445
117.343
10.106
6.451
9.616
23.349
128.899
17.402
10.011
8.102
1.147
16.185
2.421
40.581
21.956
13.252
66.117
12.502
13.864
62.039
52.103
7.789
41.437
13.493
12.681
708.846
70.656
39.166
37.316
147.138
Média Salarial/ m ês
em S.M.
em R$¹
2,1
1.321,0
2,8
1.771,1
5,2
3.233,3
2,2
1.372,9
1,5
929,9
1,7
1.078,7
1,9
1.178,3
2,9
1.802,6
2,3
1.424,8
4,7
2.935,3
4,7
2.950,3
3,3
2.046,8
2,6
1.630,1
2,1
1.312,9
3,8
2.349,3
2,9
1.777,0
3,5
2.157,8
3,1
1.899,2
3,5
2.169,8
4,0
2.475,6
4,8
2.995,5
2,3
1.458,8
2,3
1.418,2
3,6
2.214,8
2,6
1.644,1
2,1
1.288,9
3,0
1.893,0
2,0
1.232,1
2,3
1.435,3
¹ Cálculo realizado assumindo o salário mínimo nacional vigente em dezembro de 2012 (R$ 622)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
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A idade média do empregado na indústria do Rio Grande do Sul é de 34 anos.
Ressalta-se que as indústrias na qual, em média, os trabalhadores são mais jovens (31
anos) é a de equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos. Em contrapartida, os
segmentos no qual os empregados têm idade média mais elevada (37 anos) são os de
refino de petróleo e de tabaco.
Tabela 1.6: Características dos Trabalhadores da Indústria de Transformação
Gaúcha
Hom em
Alimentos
Bebidas
Tabaco
Têxteis
Vestuário e Acessórios
Couro e Calçados
Produtos de Madeira
Celulose e Papel
Impressão e Reprodução
Refino de Petróleo
Químicos
Farmacêuticos
Borracha e Plástico
Minerais não Metálicos
Metalurgia
Produtos de Metal
Equipamentos de Informática e Eletron.
Material Elétrico
Máquinas e Equipamentos
Veículos Automotores
Outros Equiptos de Transporte
Móveis
Produtos Diversos
Manut e Rep de Maq e Equiptos
Total da Indústria de Transform ação
Construção de Edifícios
Obras de Infra Estrutura
Serviços Especializados para Constr
Total da Construção Civil
69.001
8.105
5.067
4.744
3.785
53.588
14.799
6.788
4.983
927
11.301
1.050
25.766
19.092
11.138
51.236
6.981
9.020
52.649
43.831
6.690
27.887
7.193
11.109
456.730
65.083
36.479
33.435
134.997
Mulher
48.342
2.001
1.384
4.872
19.564
75.311
2.603
3.223
3.119
220
4.884
1.371
14.815
2.864
2.114
14.881
5.521
4.844
9.390
8.272
1.099
13.550
6.300
1.572
252.116
5.573
2.687
3.881
12.141
Idade
Média
34
33
37
35
35
34
36
34
32
37
35
32
33
35
35
34
31
33
34
33
34
33
32
35
34
38
37
36
37
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
O grau de instrução5 dos empregados formais da indústria do estado pode ser
observado no gráfico 1.1. Apenas 5,2% destes possuem educação em nível superior
5
A divisão de anos de estudo tem a seguinte correspondência: (i) Entre 1 e 8 anos: ensino fundamental
incompleto; (ii) 9 anos: ensino fundamental completo; (iii) Entre 10 e 11 anos: ensino médio incompleto;
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 11
completo e 5,9% incompleto, o que aponta para uma baixa participação da mão-de-obra
nesse nível de qualificação. A maior parte dos empregados (36,8%) possui ensino
médio completo (12 anos de estudo). Contudo, é possível observar que uma quantidade
expressiva de trabalhadores (23,4%) não concluiu o ensino fundamental (entre 1 e 8
anos de estudo). Ainda, cabe destacar que, existe somente 845 trabalhadores com grau
de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado).
Gráfico 1.1: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de
Transformação do RS segundo Grau de Instrução
36,8
23,4
16,8
11,5
5,9
5,2
0,2
Analfabeto Entre 1 e 8
anos
0,1
9 anos
Entre 10 e
11 anos
12 anos
Entre 13 e
16 anos
17 anos
Mais de 17
anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A grande diversificação das indústrias por segmento de atividade e produto
permite que existam vários tipos de ocupações para o trabalhador. Conforme pode ser
observado na tabela 1.7, algumas se destacam pela sua grande oferta de vagas. Por
exemplo, 9,6% dos postos de emprego são ocupados por alimentadores das linhas de
produção, que somam 67.897 em todo o Estado. A segunda ocupação em concentração
de números de trabalhadores é a de trabalhadores da confecção de calçados (5,4%).
Neste caso, destaca-se o elevado número de empregos femininos nessa ocupação
(24.036).
(iv) 12 anos: ensino médio completo; (v) Entre 13 e 16 anos: ensino superior incompleto; (vi) 17 anos:
ensino superior completo; e (vii) Mais de 17 anos: pós-graduação.
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Tabela 1.7: Principais Ocupações na Indústria de Transformação do RS por
Número de Empregos
Homens Mulheres
Alimentadores de linhas de produção
Trabalhadores polivalentes da confecção de calçados
Escriturarios em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Magarefes e afins
Trabalhadores da preparação da confecção de calçados
Preparadores e operadores de máquinas-ferramenta convencionais
Trabalhadores de soldagem e corte de metais e de compositos
Almoxarifes e armazenistas
Operadores de máquinas de costurar e montar calçados
Operadores de instalações e maq. de prod. plásticos, de borracha e parafinas
Operadores de máquinas a vapor e utilidades
Operadores de máquinas para costura de peças do vestuário
Vendedores e demonstradores em lojas ou mercados
Mecanicos de manutencao de máquinas industriais
Trabalhadores de embalagem e de etiquetagem
Tecnicos de controle da producao
Marceneiros e afins
Trabalhadores de acabamento de calcados
Operadores de máquinas e centros de usinagem cnc
Trabalhadores de caldeiraria e serralheria
Outras ocupações
Total
38.658
14.108
13.236
13.016
9.332
15.624
16.028
13.383
3.422
8.603
9.341
632
6.184
10.821
4.608
5.824
8.839
2.578
7.754
7.622
247.117
456.730
29.239
24.036
20.905
14.600
16.231
1.803
977
3.554
10.869
4.337
2.993
11.592
5.748
602
6.184
3.928
862
6.568
423
175
86.490
252.116
Total
67.897
38.144
34.141
27.616
25.563
17.427
17.005
16.937
14.291
12.940
12.334
12.224
11.932
11.423
10.792
9.752
9.701
9.146
8.177
7.797
333.607
708.846
Fonte: MTE (RAIS 20012). Elaboração FIERGS/UEE
No que tange a remuneração, observa-se que os maiores salários são destinados
aos diretores de recursos humanos e relações de trabalho, que recebem em média 32,9
salários mínimos; seguidos pelos diretores de pesquisa e desenvolvimento (30,2) e
pelos diretores gerais (28,3).
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Tabela 1.8: Principais Ocupações na Indústria de Transformação do RS por
Rendimento Médio
Diretores de RH e Relacoes de Trabalho
Diretores de Pesquisa e Desenvolvimento
Diretores Gerais
Diretores de Marketing, Comercializacao e Vendas
Diretores de Producao e Operacoes em Empresa da Ind. Extrativa, Transf. e de SIUP
Diretores de Producao e Operacoes de Servicos de Interm. Finan, Imob e às Empresa
Diretores de Espetaculos e Afins
Profissionais da Pilotagem Aeronautica
Diretores Administrativos e Financeiros
Diretores de Manutencao
Diretores de Servicos de Informatica
Dirigentes do Servico Publico
Diretores de Producao e Operacoes de Servicos de Turismo,Alojamento e Alimentacao
Diretores de Prod e Operacoes em Empresa Agropecuaria, Pesqueira , Aquicola e Florestal
Diretores de Suprimentos e Afins
Pesquisadores das Ciencias Sociais e Humanas
Gerentes de Tecnologia da Informacao
Diretores de Producao e Operacoes de Construcao Civil e Obras Publicas
Gerentes de Producao e Operacoes da Construcao Civil e Obras Publicas
Gerentes de Pesquisa e Desenvolvimento
Outras Ocupações
Total
Empregados
Média dos salários
mínimos
11
46
371
155
109
8
20
13
471
24
23
4
20
9
15
3
226
6
115
486
706.711
708.846
32,9
30,2
28,3
26,3
24,9
24,4
24,3
24,0
23,7
21,2
21,0
20,5
20,1
17,7
17,6
15,1
14,5
13,8
13,7
13,6
2,6
2,6
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Como se sabe da literatura aplicada de economia, há uma estreita relação entre
grau de instrução e remuneração recebida. Sendo assim, é esperado que quanto mais
alto o grau de instrução do trabalhador, maior seja seu salário. Isto se deve ao aumento
de produtividade e a possibilidade de ocupar cargos que implicam em maior
responsabilidade e, portanto, maior remuneração. Na tentativa de captar se há alguma
relação entre estas duas variáveis, a média de salários mínimos recebida foi estimada
em função dos anos de estudo, com o intuito de responder ao seguinte questionamento:
quanto mais de remuneração (em termos de salários mínimos) é possível obter a partir
do aumento do grau de instrução, medido em anos de estudo?
Ressalta-se que, apesar dos possíveis erros de especificação que podem ocorrer
com o uso de uma equação linear, em especial quando se tem um quociente de
explicação baixo, ainda assim é possível extrair informações adicionais interessantes
para a interpretação dos dados6.
6
Os dados foram transformados a partir da aplicação do operador log-linear. A equação utilizada é da
forma yt    xt   t , onde y representa o número de salários mínimos recebido, x representa os anos
de estudo, α é uma constante β é o coeficiente angular, que mede a sensibilidade dos salários em relação
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Gráfico 1.2: Relação entre o nº. de Anos de Estudo e a Média de Salários Mínimos
Recebidos (Indústria de Transformação – RS)
3,5
ln(salários mínimos) = 1,8696*ln(anos de estudo) - 3,3731
R² = 0,4169
3,0
ln (salários)
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
1,9
2,1
2,3
2,5
2,7
2,9
ln (anos de estudo)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A equação de regressão resultante mostra que, na indústria de transformação
gaúcha, para cada 10% de variação nos anos de estudo, pode-se esperar que ocorra
um aumento médio de 18,69% na quantidade de salários mínimos recebidos pelo
trabalhador, mantendo tudo o mais constante.
Conforme visto anteriormente, há uma grande concentração tanto do número de
estabelecimentos industriais quanto de empregados nas regiões Metropolitana de Porto
Alegre e Nordeste. Um aspecto interessante relacionado ao estudo da distribuição
geográfica de empresas, empregos ou de uma população, é a lei de Zipf. Essa lei é
utilizada para caracterizar a existência de uma certa regularidade na distribuição
espacial, de determinadas variáveis, obedecendo regras específicas. Ou seja, segundo
a lei, o tamanho de uma cidade (empresa), vezes o percentual das maiores cidades
(empresas), é igual a uma constante7.
a modificações na variável x. Por fim, ε representa o resíduo. Além do problema de especificação, alguma
variável omitida pode estar contribuindo para a baixa explicação do modelo.
7
Em termos econométricos esta relação pode ser medida a partir da regressão linear:
ln(i)  ln(a)   ln(tamanho) , onde i é a colocação, ou ranking, de cada empresa, com i=1,2,...n e
espera-se que
  1 , neste caso, o coeficiente ln(a)
representa o tamanho da maior empresa.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 15
Além do uso desta metodologia para verificar a distribuição das cidades, a lei de
Zipf também pode ser utilizada para identificar como ocorre a distribuição do tamanho
das empresas. Porém, há poucos trabalhos nesta linha, em especial os estudos de
Axtell (2001) e Okuyama et al(1999)8.
O gráfico 1.3 mostra a relação entre o número de empresas da indústria de
transformação do Rio Grande do Sul relativamente à sua posição relativa. A expectativa
era que essa relação produzisse uma reta linear, o que seria representativo de uma
distribuição, em termos de porte, igualitária da indústria gaúcha.
Gráfico 1.3: Lei de ZIPF para o número de empresas industriais
7,00
6,00
ln(rank)
5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
-
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
ln (número de empresas)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A estimativa da lei de Zipf, pelo método de mínimos quadrados, com base no
número de empresas permite identificar a presença de uma relação negativa, tal como
esperado. Porém, o coeficiente que mede a relação entre o número de empresas por
município e seu tamanho, é maior que -1. Sendo assim, pode-se afirmar que, a
distribuição espacial das empresas industriais do Rio Grande do Sul não ocorre de
forma linear, há indícios de uma aglomeração de empresas em determinados
municípios, como Caxias do Sul, por exemplo, que possui muito mais empresas do que
8
Brakman et al(1999) e Soo (2004), usam essa regra para o estudo de comparações internacionais,
Dobkins et al(2000) para dados de cross-section dos municípios americanos e Black et al(2003) e Dobkins
et al(2000, 2001) com dados de painel.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 16
as demais cidades. Dessa forma, os municípios gaúchos não experimentam a mesma
oportunidade de crescimento industrial, seja no que diz respeito ao mercado de trabalho
ou então de produção.
O mesmo exercício foi feito considerando o número de empregos no setor
industrial, por município. Tal como o resultado encontrado para o número de empresas,
os valores estimados revelam a existência de uma assimetria na distribuição espacial
dos empregos, na medida em que o coeficiente encontrado é maior que -1. Isso, de
certa forma, pode ser interpretado como a existência de oportunidades diferentes de
crescimento do emprego industrial entre os municípios. Esse resultado está em linha
com o encontrado anteriormente, mas, cabe destacar que, o coeficiente que retrata
essa relação é maior para a estimativa que considera os empregos do que aquela que
usa como variável as empresas, ou seja, o grau de aglomeração é maior no que tange o
número de trabalhadores por município.
Gráfico 1.4: Lei de ZIPF para o número de empregos industriais
7,00
6,00
ln(rank)
5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
-
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
ln (número de empregados)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Essa seção teve como objetivo realizar um diagnóstico geral da indústria de
transformação a partir da observação de diversas características. Além disso, a partir da
aplicação de algumas ferramentas estatísticas, foi possível identificar resultados
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 17
importantes do ponto de vista da relação salário versus nível educacional, e da
distribuição espacial das empresas e do emprego industrial no Rio Grande do Sul.
Nas seções a seguir são feitas análises dos perfis para cada um dos segmentos
da indústria de transformação e da construção civil do Estado, destacando também as
qualificações do trabalhador e as principais ocupações existentes nesta indústria.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 18
2 ALIMENTOS
Esta indústria possui 31 subsetores9 e um total de 4.267 estabelecimentos. O
destaque é a fabricação de produtos de panificação, que compreende os produtos de
panificação industrial e congelados, bem como a fabricação de farinha de rosca. Este
subsetor conta com 1.047 estabelecimentos, o que representa aproximadamente 24,5%
do total da indústria de alimentos. A segunda atividade no estado nesse segmento é a
fabricação de massas alimentícias com um total de 321 estabelecimentos, seguido do
beneficiamento de arroz e fabricação de produtos do arroz, com 316 estabelecimentos.
Os fabricantes de alimentos não estão distribuídos uniformemente entre as sete
mesorregiões do estado. A figura 2.1 traz a distribuição espacial dos estabelecimentos.
Pode-se observar que a região Metropolitana de Porto Alegre concentra a maior parte
desses, com 29,5%, seguida das regiões Noroeste e Nordeste, que detém 24,1% e
15,2%, respectivamente. As demais regiões somam os 31,2% restantes.
24,1
15,2
6,1
4,7
11,8
29,5
8,6
Figura 2.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Alimentos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
No tocante ao porte, esta indústria é caracterizada em sua maioria por
microempresas, que correspondem a 72,4% do total. Isto se deve ao fato de que o
segmento de produtos de panificação é classificado como indústria e estas atividades
possuem uma estrutura bastante enxuta.
9
Divididos por Classe de Atividade Econômica, de acordo com a CNAE 2.0.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 19
Tabela 2.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de
Alimentos por Subsetor
Estabelecimentos
nº
Abate de reses, exceto suínos
Abate de suínos, aves e outros pequenos animais
Fab. de produtos de carne
Preserv. do pescado e fab. de produtos do pescado
Fab. de conservas de frutas
Fab. de conservas de legumes e outros vegetais
Fab. de sucos de frutas, hortaliças e legumes
Fab. de óleos vegetais em bruto, exceto óleo de milho
Fab. de óleos vegetais refinados, exceto óleo de milho
Fab. de marg. e outras gord. veg. e de óleos não comest. de animais
Preparação do leite
Fabricação de laticínios
Fabricação de sorvetes e outros gelados comestíveis
Beneficiamento de arroz e fabricação de produtos do arroz
Moagem de trigo e fabricação de derivados
Fabricação de farinha de mandioca e derivados
Fabricação de farinha de milho e derivados, exceto óleos de milho
Fabricação de amidos e féculas de vegetais e de óleos de milho
Fabricação de alimentos para animais
Moagem e fab. de produtos de origme veg. não especif. anteriormente
Fabricação de açúcar em bruto
Fabricação de açúcar refinado
Torrefação e moagem de café
Fabricação de produtos à base de café
Fabricação de produtos de panificação
Fabricação de biscoitos e bolachas
Fab. de produtos derivados do cacau, de chocolates e confeitos
Fabricação de massas alimentícias
Fabricação de especiarias, molhos, temperos e condimentos
Fabricação de alimentos e pratos prontos
Fab de produtos alimentícios não especificados anteriormente
Total do segmento
274
149
162
25
71
55
56
60
8
1
72
133
248
316
87
3
27
5
146
113
12
2
21
1
1.047
224
127
321
42
89
370
4.267
(%)
6,4
3,5
3,8
0,6
1,7
1,3
1,3
1,4
0,2
0,0
1,7
3,1
5,8
7,4
2,0
0,1
0,6
0,1
3,4
2,6
0,3
0,0
0,5
0,0
24,5
5,2
3,0
7,5
1,0
2,1
8,7
100
Empregados
nº
7.984
39.048
5.499
1.413
2.757
1.336
997
3.686
564
2
1.447
6.156
1.588
9.847
3.243
2
100
11
3.240
1.253
41
3
188
18
9.480
3.182
4.221
3.158
294
581
6.004
117.343
(%)
6,8
33,3
4,7
1,2
2,3
1,1
0,8
3,1
0,5
0,0
1,2
5,2
1,4
8,4
2,8
0,0
0,1
0,0
2,8
1,1
0,0
0,0
0,2
0,0
8,1
2,7
3,6
2,7
0,3
0,5
5,1
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A indústria de alimentos emprega 117.343 pessoas no estado do Rio Grande do
Sul. Cabe destacar que, embora em números de estabelecimentos as microempresas
sejam as mais representativas, elas empregam apenas 7,7% da mão-de-obra utilizada
no setor. Por outro lado, 53,1% dos trabalhadores formais desta indústria estão
empregados nas empresas de grande porte.
A remuneração média por trabalhador nessa indústria é de 2,1 salários mínimos.
As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 1,5 salários
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 20
mínimos por trabalhador e as empresas de porte médio são as que melhor remuneram,
pagando em média para os seus funcionários 2,3 salários mínimos.
26,1
15,4
7,2
3,2
17,1
21,4
9,5
Figura 2.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Alimentos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Do total de empregados nesta indústria, 33,3% encontram-se nas empresas de
abate de suínos, aves e outros pequenos animais. Destaca-se que esse é um dos
segmentos mais importantes na indústria de alimentos do RS, com forte representação
na produção e exportação. A segunda atividade em números de funcionários é o
beneficiamento de arroz e fabricação de produtos do arroz, com 9.847 funcionários, que
representa 8,4% do total.
No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de alimentos
através do estado, é possível observar que quatro regiões concentram mais de 80%
dos trabalhadores formais empregados, sendo que 26,1% destes estão concentrados
na região Noroeste, 21,4% na região Metropolitana de Porto Alegre, 15,4% na região
Nordeste e 17,1% na região Centro Oriental. Esta distribuição pode ser observada na
figura 2.2.
Características do Trabalhador
O tempo que o trabalhador permanece empregado nesta indústria é, em média,
de 46,2 meses, com maior estabilidade nas empresas de grande porte (49,4 meses) e
menor nas microempresas (34 meses).
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 21
Tabela 2.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Alimentos
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
Pequena
3.090
9.045
4.781
4.264
35,3
34,0
1,5
42,5
798
16.503
10.178
6.325
34,8
39,1
1,9
43,1
2 em salários mínimos
Média
287
29.518
19.976
9.542
35,1
47,2
2,3
43,0
Grande
92
62.277
34.066
28.211
34,7
49,4
2,2
43,5
Total
4.267
117.343
69.001
48.342
34,9
46,2
2,1
43,2
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE
Aproximadamente 60% dos trabalhadores desta indústria são do sexo masculino.
Este percentual é maior nas médias empresas (67,7%) e menor nas microempresas
(52,9%). A idade média do trabalhador é de 34,9 anos, sendo que 87,8% têm menos de
49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está
caracterizada no gráfico 2.1. Uma vez que existem apenas 539 trabalhadores nesta
indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,46%, os mesmos foram excluídos do
gráfico.
Gráfico 2.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Alimentos de Acordo
com a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE
Na indústria de alimentos do RS apenas 3,9% dos trabalhadores possuem
educação superior completa. Do total de empregados, 29,8% têm o ensino médio
completo, 11,6% incompleto. O grau de instrução desses trabalhadores pode ser
observado no gráfico 2.2. Cabe destacar que existem apenas 78 trabalhadores nesta
indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado).
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 22
Gráfico 2.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Alimentos
de Acordo com o Grau de Instrução
33,1
29,8
16,8
11,6
4,4
3,8
Entre 13 e 16
anos
17 anos
0,4
Analfabeto
0,1
Entre 1 e 8 anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
Mais de 17 anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE
A indústria de alimentos oferece diversas alternativas de trabalho no RS. As
principais ocupações são os trabalhos artesanais na agroindústria, que engloba
aproximadamente 28,8% dos trabalhadores empregados nesta indústria e os
embaladores e alimentadores da produção, com 18% do total de trabalhadores.
Tabela 2.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Alimentos
Empregados
Trab artesanais na agroindústria, na indústria de alimentos e do fumo
Embaladores e alimentadores de produção
Operadores de equipamentos na preparação de alimentos e bebidas
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Operadores de utilidades
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas
Vendedores e demonstradores
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Trabalhadores de manobras sobre trilhos e movimentação e cargas
Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros
Técnicos de nivel médio em operações industriais
Mecânicos de manutenção de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais
Trabalhadores dos serviços de hotelaria e alimentação
Supervisores da fabricação de alimentos, bebidas e fumo
Técnicos de nivel médio em operações comerciais
Gerentes de áreas de apoio
Trabalhadores agrícolas
Gerentes de produção e operações
Supervisores de serviços administrativos (exceto de atendimento ao público)
Trabalhadores nos serviços de proteção e segurança
Outras ocupações
Total
33.774
21.133
10.649
5.780
4.339
4.073
3.979
3.773
2.586
2.521
2.394
2.168
2.103
1.219
1.062
941
872
795
737
726
11.719
117.343
Nº médio de
Salários Recebidos
1,7
1,6
1,7
2,1
2,5
2,3
2,0
2,2
1,7
1,5
2,8
2,9
1,4
4,3
3,0
7,8
1,5
6,2
4,6
2,1
3,6
2,1
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 23
3 BEBIDAS
Esta indústria possui 336 estabelecimentos e está dividida em 5 subsetores. O
subsetor com maior número de empresas é o de fabricação de vinhos, que representa
62,8% do total da indústria de bebidas. Na sequência, tem-se a produção de aguardente
e destilados e a fabricação de maltes, cervejas e chopes (ambas com 10,1%). No que
diz respeito ao porte, esta indústria é formada principalmente por micro e pequenas
empresas, que juntas somam mais de 70% dos estabelecimentos existentes.
Os estabelecimentos desta indústria não estão distribuídos uniformemente entre as
sete mesorregiões do estado. Como pode ser observado na figura 3.1, a maior parte
dos estabelecimentos está situada na região Nordeste, que concentra 58% do total,
seguida pelas regiões Metropolitana (18,8%) e Noroeste (10,4%). Cabe destacar que as
regiões Centro Oriental e Sudeste possuem cada uma 11 estabelecimentos, sendo que
representam, individualmente, 3,3% do total desta indústria.
10,4
58,0
3,9
2,4
3,3 18,8
3,3
Figura 3.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Bebidas
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A indústria de bebidas emprega 10.106 pessoas no estado do Rio Grande do Sul,
sendo que a maior parte dos empregados formais está concentrada nas empresas de
grande porte, que concentram 60% dos trabalhadores desse segmento. Embora
70,8% dos estabelecimentos dessa indústria sejam de porte micro e pequeno, estes
empregam uma porcentagem bem menos representativa de trabalhadores, somando
6,3% do total.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 24
A remuneração média dos trabalhadores desta indústria é de 2,8 salários mínimos.
As microempresas oferecem, em média, os menores pagamentos – 1,9 salários
mínimos por trabalhador. Por outro lado, as empresas que melhor remuneram nesta
indústria são as de porte médio e grande que oferecem, em média, 3,0 salários
mínimos por trabalhador.
Neste segmento são trabalhadas, em média, 43,3 horas por semana (em horas
contratuais). Os estabelecimentos de pequeno e médio porte possuem a jornada mais
longa, de 43,4 horas/semana e as microempresas a mais curta, sendo de 42,0
horas/semana, em média.
Tabela 3.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de
Bebidas por Subsetor
Estabelecimentos
nº
34
211
34
26
31
336
Fab. de aguardentes e outras beb. destiladas
Fabricação de vinhos
Fabricação de maltes, cervejas e chopes
Fabricação de águas envasadas
Fab. de refrig. e de outras beb. não alcoólicas
Total do segmento
(%)
10,1
62,8
10,1
7,7
9,2
100
Empregados
nº
375
2.849
1.851
557
4.474
10.106
(%)
3,7
28,2
18,3
5,5
44,3
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Do total de trabalhadores formais desta indústria, 44,3% encontram-se
empregados na fabricação de refrigerantes e outras bebidas não alcoólicas. A
segunda atividade em números de funcionários é a fabricação de vinho com 2.849
funcionários, o que representa 28,2% do total, seguida da fabricação de malte, cerveja
e chopes, com 18,3%.
10,3
27,1
2,2
6,1
5,7 46,7
1,9
Figura 3.2: Distribuição Espacial dos Trabalhadores da Indústria de Bebidas
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 25
No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de bebidas
ao longo do estado, é possível observar na figura 3.2 que as duas regiões que
possuem a maior concentração são a Metropolitana de Porto Alegre, com 46,7%, e a
Nordeste, com 27,1%. As demais regiões detêm os 26,2% restantes.
Características do Trabalhador
Em média, um contrato de trabalho neste segmento dura cerca de 51 meses.
Embora não seja um período longo, está acima da média da indústria de
transformação do Estado, onde a duração do contrato é de aproximadamente 46,8
meses. Os trabalhadores têm maior estabilidade nas micro e pequenas empresas
(57,2 meses e 60 meses, respectivamente).
Tabela 3.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Bebidas
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
238
632
450
182
36,4
57,2
1,9
42,0
2 em salários mínimos
Pequena
64
1.366
954
412
36,4
60,0
2,5
43,4
Média
22
2.048
1.447
601
34,8
51,0
3,0
43,4
Grande
12
6.060
5.254
806
32,1
48,2
3,0
43,3
Total
336
10.106
8.105
2.001
33,5
50,9
2,8
43,3
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE
Esta indústria é formada por mão-de-obra predominantemente masculina –
mais de 80% dos trabalhadores são homens. Este percentual é menor nas empresas
de porte pequeno (69,8%) e médio (70,7%) e maior nas grandes (86,7%). Outra
característica deste setor é que seus funcionários são jovens: a idade média do
trabalhador é de 33,5 anos e mais de 90% tem menos de 49 anos. A distribuição
percentual dos empregados de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 3.1.
Uma vez que existem apenas 66 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais,
o que representa 0,65%, os mesmos foram excluídos do gráfico.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 26
Gráfico 3.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Bebidas de Acordo
com a Idade
(em %)
1,6
8,6
16,2
19,1
Até 17 anos
18 a 24 anos
21,1
25 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
32,9
50 a 64 anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE
A maior parte dos empregados deste setor tem o nível de escolaridade
equivalente ao ensino médio completo (45,8%). O grau de instrução desses
trabalhadores pode ser observado no gráfico 3.2. Cabe destacar que apenas 20
trabalhadores possuem educação em nível de pós-graduação (mestrado e/ou
doutorado).
Gráfico 3.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Bebidas de
Acordo com o Grau de Instrução
45,8
13,3
14,1
9,1
8,9
8,4
0,2
Analfabeto
0,2
Entre 1 e 8
anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
Entre 13 e 16
anos
17 anos
Mais de 17
anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE
Destaca-se que a principal ocupação em termos de número de trabalhadores é a
venda e demonstração, que emprega 11,3% dos funcionários deste segmento, seguida
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 27
pela embalagem e alimentação de produção e pela operação de equipamentos na
preparação de alimentos e bebidas (ambos com 9,4%).
Tabela 3.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Bebidas
Empregados
Vendedores e demonstradores
Embaladores e alimentadores de produção
Operadores de equipamentos na preparação de alimentos e bebidas
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de mov. de cargas
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Operadores de outras instalações químicas, petroquímicas e afins
Técnicos de nivel médio em operações comerciais
Trabalhadores de manobras sobre trilhos e movimentação e cargas
Operadores de utilidades
Mecânicos de manut. de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Trabalhadores agrícolas
Supervisores da fabricação de alimentos, bebidas e fumo
Supervisores de vendas e de prestação de serviços
Técnicos em eletroeletrônica e fotônica
Gerentes de áreas de apoio
Técnicos de nivel médio em operações industriais
Técnico em ciências físicas e químicas
Profissionais de relações públicas, publicidade, marketing e comercialização
Trab nos serviços de administração, conservação e manut. de edifícios e logradouros
Outras ocupações
Total
1.146
947
947
809
762
754
543
541
329
305
278
217
212
194
193
187
125
113
110
110
1.284
10.106
Nº médio de
Salários
Recebidos
1,7
1,9
2,1
2,4
2,1
2,5
3,2
1,7
2,7
3,0
2,3
1,5
6,0
5,9
3,9
9,3
3,1
3,1
5,3
1,7
4,4
2,8
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 28
4 TABACO
Na indústria de transformação do Estado, o segmento do tabaco, junto com o
de farmacêuticos, é o segundo menos representativo quanto ao número de
estabelecimentos, com apenas 62 no total. É possível observar que o grau de
concentração destes – por mesorregião – é bastante elevado, mais de 77% das
empresas estão localizadas na região Centro Oriental, com destaque para o município
de Santa Cruz do Sul. Ainda, as regiões Metropolitana, Sudeste e Noroeste detêm
12,9%, 8,1% e 1,6% dos estabelecimentos, respectivamente, e não há empresas
situadas nas regiões Centro Ocidental, Sudoeste e Nordeste. Esta indústria se divide
em 2 subsetores, sendo que 62,9% dos estabelecimentos são de fabricação de
produtos do tabaco e 37,1% são de processamento industrial do tabaco.
1,6
0,0
0,0
0,0 77,4
12,9
8,1
Figura 4.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria do Tabaco
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
O segmento do tabaco é o que proporcionalmente apresenta menor número de
microempresas (51,6% do total) e maior número de empresas de grande porte
(14,5%). As empresas de pequeno e médio porte possuem, 9 e 12 estabelecimentos,
respectivamente.
Existem 6.451 pessoas empregadas nesta indústria no estado do Rio Grande
do Sul. Cabe destacar que embora em números de estabelecimentos as
microempresas sejam mais representativas, elas empregam apenas 1,4% da mão-deobra utilizada no setor. Por outro lado, 17,8% dos trabalhadores formais desta
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 29
indústria estão empregados nas empresas de médio porte e 77,3% nas de grande
porte. Essa disparidade faz com que a média de trabalhadores por estabelecimento
seja bastante elevada (104).
Tabela 4.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria do
Tabaco por Subsetor
Estabelecimentos
nº
23
39
62
Processamento Ind. do Fumo
Fabricação de Produtos do Fumo
Total do segmento
(%)
37,1
62,9
100
Empregados
nº
2.415
4.036
6.451
(%)
37,4
62,6
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A remuneração média por trabalhador nessa indústria é de 5,2 salários
mínimos. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 2,2
salários mínimos por trabalhador e as empresas de médio porte são as que melhor
remuneram, pagando em média para os seus funcionários 5,6 salários mínimos.
Do total de empregados nesta indústria, 62,6% encontram-se nas empresas de
fabricação de produtos do tabaco. Os 37,4% restantes estão vinculados ao
processamento industrial do tabaco.
0,1
0,0
0,0
0,0
75,7 23,9
0,3
Figura 4.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria do Tabaco
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria do tabaco
no estado, é possível observar que duas regiões concentram 99,6% dos trabalhadores
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 30
formais, sendo que 75,7% destes estão concentrados na região Centro Oriental e
23,9% na região Metropolitana de Porto Alegre. Esta distribuição pode ser observada
na figura 4.2.
Características do Trabalhador
A indústria do tabaco é uma das que oferece maior estabilidade para seus
funcionários em termos de duração do contrato de trabalho10. Em média, o tempo de
permanência no emprego é de 86,9 meses, com maior estabilidade nas empresas de
grande porte (97,9 meses) e menor nas microempresas (35,3 meses). Na tabela 4.2
também é possível observar que, em média, a jornada de trabalho é de 42,6 horas
(contratuais) por semana.
Tabela 4.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria do Tabaco
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
Pequena
32
88
56
32
35,6
35,3
2,2
43,5
2 em salários mínimos
Média
9
230
146
84
39,2
75,0
4,4
41,8
12
1.147
852
295
38,1
45,5
5,6
42,9
Grande
9
4.986
4.013
973
36,4
97,9
5,2
42,6
Total
62
6.451
5.067
1.384
36,8
86,9
5,2
42,6
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE
Seguindo a característica da indústria de transformação do Estado, a mão-deobra deste segmento é composta majoritariamente por trabalhadores do sexo
masculino, que representam 78,5% do total. Este percentual é maior nas empresas de
grande porte (80,5%), e menor nas pequenas empresas (63,5%). Comparativamente
aos demais segmentos, a idade média do trabalhador é elevada, 36,8 anos, sendo que
84,9% têm menos de 49 anos.
10
Cabe destacar que o setor emprega bastante mão-de-obra temporária, tendendo a empregar maior
quantidade entre os meses de abril e setembro.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 31
Gráfico 4.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria do Tabaco de Acordo
com a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está
caracterizada no gráfico 4.1. Uma vez que existem apenas 24 trabalhadores nesta
indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,37%, os mesmos foram excluídos do
gráfico.
Gráfico 4.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria do Tabaco de
Acordo com o Grau de Instrução
43,2
16,5
13,5
10,1
8,8
6,8
1,0
0,2
Analfabeto Entre 1 e 8
anos
9 anos
Entre 10 e
11 anos
12 anos
Entre 13 e
16 anos
17 anos
Mais de 17
anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
O nível de escolaridade observado nesta indústria é elevado. Nota-se que
16,5% dos trabalhadores concluíram o ensino superior e 13,5% possuem superior
incompleto. Ainda, 43,2% completaram o ensino médio. Apenas 10,1% não
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 32
terminaram o ensino fundamental e somente 0,2% são analfabetos. Destaca-se que
existem 62 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pósgraduação (mestrado e/ou doutorado).
Tabela 4.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria do Tabaco
Empregados
Operadores na preparação de fumo e na fabricação de charutos e ciga
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Mecânicos de manutenção de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais
Técnicos da produção agropecuária
Técnicos de nivel médio em operações comerciais
Gerentes de áreas de apoio
Supervisores na exploração agropecuária
Técnicos de nivel médio em operações industriais
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de mov. de cargas
Trabalhadores agrícolas
Pesquisadores
Supervisores de serviços administrativos (exceto de atendimento ao público)
Gerentes de produção e operações
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Profissionais de organização e administração de empresas e afins
Supervisores da fabricação de alimentos, bebidas e fumo
Técnicos em metalmecânica
Secretários de expediente e operadores de máquinas de escritórios
Trab artesanais na agroindústria, na indústria de alimentos e do fumo
Técnicos em eletroeletrônica e fotônica
Outras ocupações
Total
1.758
467
441
383
262
224
202
189
187
162
129
127
126
125
119
115
104
87
85
78
1.081
6.451
Nº médio de
Salários
Recebidos
2,5
3,6
3,8
4,8
5,5
19,4
4,6
5,6
2,4
1,5
13,1
8,9
19,3
3,4
7,9
8,5
6,2
5,2
2,4
5,6
6,7
5,2
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A ocupação com o maior número de funcionários é a operação na preparação
do fumo e na fabricação de charutos e cigarros, com 1.758 trabalhadores, o que
representa 27,3% do total. A segunda ocupação em número de funcionários são os
escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos, com 467
trabalhadores, 7,2% do total de empregados.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 33
5 TÊXTEIS
Esta indústria possui 14 subsetores e 666 estabelecimentos. A maior parte está
voltada para a fabricação de artefatos têxteis para uso doméstico, que conta com 205
estabelecimentos, o que representa 30,8% do total da indústria têxtil. A segunda
atividade no estado nesse segmento é o acabamento em fios, tecidos e artefatos
têxteis, com um total de 111 estabelecimentos, seguido da fabricação de tecidos de
malha, com 78.
A figura 5.1 traz a distribuição espacial dos estabelecimentos. Pode-se observar
que a região Metropolitana de Porto Alegre concentra a maior parte desses, com
48,8%, seguida das regiões Nordeste e Noroeste, que detém 21,5% e 18,2% dos
estabelecimentos dessa indústria, respectivamente. As demais regiões somam os
11,6% restantes.
18,2
21,5
1,7
2,0
6,5
48,8
1,5
Figura 5.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria Têxtil
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
No tocante ao porte, esta indústria é caracterizada em sua maioria por
microempresas, que correspondem a 77,5% do total. As empresas de pequeno porte
possuem 112 estabelecimentos, o que representa 16,8% do total; as de médio porte,
com 35 estabelecimentos, representam 5,3% do total. Por fim, existem apenas 3
empresas de grande porte, sendo 0,5% do total dessa indústria.
A indústria têxtil emprega 9.616 pessoas no estado do Rio Grande do Sul.
Embora em números de estabelecimentos as microempresas são as mais
representativas, elas empregam apenas 15,5% da mão-de-obra utilizada no setor. Por
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 34
outro lado, mais de 60% dos trabalhadores formais desta indústria estão empregados
nas empresas de médio e grande porte.
Tabela 5.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria Têxtil
por Subsetor
Estabelecimentos
nº
Preparação e fiação de fibras de algodão
Prep. e fiação de fibras têxteis naturais, exceto algodão
Fiação de fibras artificiais e sintéticas
Fabricação de linhas para costurar e bordar
Tecelagem de fios de algodão
Tecel. de fios de fibras têxteis naturais, exceto algodão
Tecel. de fios de fibras artificiais e sintéticas
Fabricação de tecidos de malha
Acabamento em fios, tecidos e artefatos têxteis
Fab. de artefatos têxteis para uso doméstico
Fabricação de artefatos de tapeçaria
Fabricação de artefatos de cordoaria
Fab. de tecidos especiais, inclusive artefatos
Fab. de outros prod têxteis não especif. anteriormente
Total do segmento
3
19
10
3
3
5
12
78
111
205
28
17
34
138
666
(%)
0,5
2,9
1,5
0,5
0,5
0,8
1,8
11,7
16,7
30,8
4,2
2,6
5,1
20,7
100
Empregados
nº
40
201
1.386
5
104
77
298
1.916
979
1.115
166
430
1.301
1.598
9.616
(%)
0,4
2,1
14,4
0,1
1,1
0,8
3,1
19,9
10,2
11,6
1,7
4,5
13,5
16,6
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A remuneração média por trabalhador nessa indústria é de 2,2 salários mínimos.
As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 1,5 salários
mínimos e as empresas de grande porte são as que melhor remuneram, pagando em
média para os seus funcionários 2,7 salários mínimos.
Do total de trabalhadores desta indústria, quase 20% encontram-se empregados
nas empresas de fabricação de tecidos de malha. A segunda atividade em números de
funcionários é a fiação de fibras artificiais e sintéticas, com 1.386 funcionários, que
representa 14,4% do total.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 35
5,8
24,6
1,4
0,8
2,9
64,6
0,2
Figura 5.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria Têxtil
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores, é possível observar que
duas regiões concentram quase 90% dos trabalhadores formais empregados: região
Metropolitana de Porto Alegre (64,6%) e região Nordeste (24,6%). Esta distribuição
pode ser observada na figura 5.2.
Características do Trabalhador
O tempo que o trabalhador permanece empregado nesta indústria, em média,
são 53,2 meses, com maior estabilidade nas empresas de grande porte (86,2 meses) e
menor nas de pequeno porte (37,1 meses).
Tabela 5.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria Têxtil
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
Pequena
516
1.487
468
1.019
36,6
39,5
1,5
42,4
2 em salários mínimos
112
2.220
1.022
1.198
34,3
37,1
1,9
43,3
Média
35
3.655
2.205
1.450
35,0
48,2
2,4
43,2
Grande
3
2.254
1.049
1.205
37,7
86,2
2,7
43,7
Total
666
9.616
4.744
4.872
35,7
53,2
2,2
43,2
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 36
Há um forte equilíbrio na proporção de trabalhadores do sexo masculino (49,3%)
e feminino (50,7%). Nas empresas de porte médio, a mão-de-obra é marcada mais
fortemente por homens (60,3%), enquanto que nas microempresas os trabalhadores
são predominantemente do sexo feminino (68,5%). A idade média do trabalhador é de
35,7 anos, sendo que 84,7% têm menos de 49 anos.
Gráfico 5.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria Têxtil de Acordo com a
Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está
caracterizada no gráfico 5.1. Uma vez que existem apenas 74 trabalhadores nesta
indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,77%, os mesmos foram excluídos do
gráfico.
Gráfico 5.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria Têxtil de
Acordo com o Grau de Instrução
37,9
24,2
20,3
10,5
3,8
3,2
0,1
Analfabeto
0,1
Entre 1 e 8
anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
Entre 13 e 16
anos
17 anos
Mais de 17
anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 37
Como pode ser observado no gráfico 5.2, o grau de instrução dos trabalhadores é
relativamente baixo. Apenas 3,2% dos trabalhadores possuem educação em nível
superior completo e 3,8% em nível superior incompleto. A maior parte dos empregados
ou possui ensino médio completo (37,9%) ou fundamental incompleto (24,2%). Cabe
destacar que existem 5 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de
pós-graduação (mestrado e/ou doutorado).
A maior parte das vagas nesta indústria é ocupada por trabalhadores das
indústrias têxteis – que ocupam aproximadamente 19,8% das vagas – por trabalhadores
da confecção de roupas, com 15,6% do total de trabalhadores e por embaladores e
alimentadores de produção, com 11,9%.
Tabela 5.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria Têxtil
Empregados
Trabalhadores das industrias têxteis
Trabalhadores da confecção de roupas
Embaladores e alimentadores de produção
Operadores de utilidades
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Supervisores nas indústrias têxtil, do curtimento, do vestuário e das artes gráficas
Mecânicos de manutenção de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais
Técnicos de nivel médio em operações industriais
Vendedores e demonstradores
Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros
Técnico em ciências físicas e químicas
Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros
Técnicos de nivel médio em operações comerciais
Gerentes de áreas de apoio
Trabalhadores da confecção de calçados
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas
Gerentes de produção e operações
Trabalhadores da produção gráfica
Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos
Outras ocupações
Total
1.907
1.496
1.146
876
459
347
321
236
234
183
160
138
136
127
123
123
111
110
98
88
1.197
9.616
Nº médio de
Salários
Recebidos
1,9
1,4
1,8
1,3
2,0
2,0
3,3
2,9
2,9
1,7
1,7
3,3
1,3
3,7
6,7
1,5
2,4
6,5
1,8
2,2
4,0
2,2
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 38
6 VESTUÁRIO E ACESSÓRIOS
Esta indústria possui 6 subsetores e um total de 3.150 estabelecimentos. O
destaque é a confecção de peças do vestuário – exceto roupas íntimas, subsetor que
conta com 2.107 estabelecimentos e representa 66,9% do total da indústria de
vestuário e acessórios. Em segundo, a fabricação de artigos do vestuário, produtos
em malharia e tricotagem, exceto meias e confecção de roupas íntimas, ambas com
um total de 373 estabelecimentos.
Os estabelecimentos não estão distribuídos uniformemente entre as sete
mesorregiões do estado. A figura 6.1 traz esta distribuição espacial. Pode-se observar
que a região Metropolitana de Porto Alegre concentra a maior parte dos
estabelecimentos, com 36,9%, seguida das regiões Nordeste e Noroeste, que detém
26,6% e 19,3%, respectivamente. As demais regiões somam os 17,2% restantes.
19,3
26,6
2,0
2,5
9,3
36,9
3,5
Figura 6.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Vestuário e
Acessórios
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
No tocante ao porte, esta indústria é caracterizada em sua maioria por
microempresas, que correspondem a 81,8% do total. As empresas de pequeno porte
possuem 503 estabelecimentos, o que representa 16% do total desta indústria; as de
médio porte, com 67 estabelecimentos, representam 2,1% do total. Por fim, existe
apenas 2 empresa de grande porte.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 39
A indústria de vestuário e acessórios emprega 23.349 pessoas no estado do Rio
Grande do Sul. As pequenas empresas concentram 41,3% deste total.
A remuneração média por trabalhador nessa indústria (1,5 salários mínimos) está
abaixo da observada para a indústria de transformação do Estado. As microempresas
possuem menor remuneração, com uma média de 1,4 salários mínimos por trabalhador
e as empresas de médio porte são as que melhor remuneram neste setor, pagando em
média para os seus funcionários 1,7 salários mínimos.
Tabela 6.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de
Vestuário e Acessórios por Subsetor
Estabelecimentos
nº
Confecção de roupas íntimas
373
Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas
2.107
Confecção de roupas profissionais
215
Fabricação de acessórios do vestuário, exceto para seguro e proteção
81
Fabricação de meias
1
Fab. de artigos do vest., produtos em malharias e tricotagens, exceto meias
373
Total do segmento
3.150
(%)
11,8
66,9
6,8
2,6
0,0
11,8
100
Empregados
nº
3.057
14.783
1.444
911
5
3.149
23.349
(%)
13,1
63,3
6,2
3,9
0,0
13,5
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Do total de trabalhadores desta indústria, 63,3% encontram-se empregados nas
empresas de confecção de peças do vestuários, exceto roupas íntimas. A segunda
atividade em números de funcionários é a fabricação de artigos do vestuário, produzidos
em malharia e tricotagem, exceto meias, com 3.149 funcionários, que representa 13,5%
do total.
No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de vestuário e
acessórios no estado, é possível observar estes estão concentrados principalmente em
três regiões: 34,2% estão na região Metropolitana de Porto Alegre, 26% na região
Nordeste e 21,6% na região Noroeste. Esta distribuição pode ser observada na figura
6.2.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 40
21,6
26,0
1,6
1,4
12,7
34,2
2,5
Figura 6.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Vestuário e
Acessórios
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Características do Trabalhador
O contrato de trabalho desta indústria dura, em média, 39,8 meses. Os
trabalhadores encontram maior estabilidade nas empresas de médio porte (48,2 meses)
e menor nas microempresas (35,5 meses).
Tabela 6.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Vestuário e Acessórios
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
Pequena
2.578
6.942
1.169
5.773
37,4
35,5
1,4
42,3
2 em salários mínimos
503
9.638
1.368
8.270
35,7
37,6
1,5
43,2
Média
67
6.121
1.174
4.947
34,6
48,2
1,7
43,3
Grande
2
648
74
574
35,4
38,3
1,5
43,5
Total
3.150
23.349
3.785
19.564
35,9
39,8
1,5
43,0
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE
Ao contrário do que acontece na maior parte dos segmentos da indústria de
transformação, a maior parte dos trabalhadores da indústria do vestuário e acessório é
do sexo feminino (83,8%). Este percentual é maior nas empresas de grande porte
(88,6%) e menor nas de porte médio (80,8%). A idade média do trabalhador é de 35,9
anos, sendo que 83,3% têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 41
trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 6.1. Uma vez que
existem apenas 191 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que
representa 0,82%, os mesmos foram excluídos do gráfico.
Gráfico 6.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Vestuário e
Acessórios de Acordo com a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
O grau de instrução deste segmento é muito baixo e pode ser observado no
gráfico 6.2. Apenas 2,3% dos trabalhadores possuem educação em nível superior
completo e 3,6% em nível superior incompleto. A maior parte dos empregados (45,5%)
possui ensino médio completo. Cabe destacar que existem somente 30 trabalhadores
nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou
doutorado).
Gráfico 6.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Vestuário e
Acessórios de Acordo com o Grau de Instrução
45,5
19,8
16,1
12,5
0,1
Analfabeto
Entre 1 e 8
anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
3,6
2,3
Entre 13 e 16
anos
17 anos
0,1
Mais de 17
anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 42
Por fim, cabe ressaltar que, a maior parte dos trabalhadores desta indústria está
ocupada na confecção de roupas (58,9%), nas vendas e demonstrações (5,7%) e nas
indústrias têxteis (5,5%).
Tabela 6.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Vestuário e
Acessórios
Empregados
Trabalhadores da confecção de roupas
Vendedores e demonstradores
Trabalhadores das industrias têxteis
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Supervisores nas indústrias têxtil, do curtimento, do vestuário e das artes gráficas
Embaladores e alimentadores de produção
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Trabalhadores nos serviços de embelezamento e cuidados pessoais
Trabalhadores da confecção de calçados
Gerentes de áreas de apoio
Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros
Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros
Gerentes de produção e operações
Desenhistas técnicos e modelistas
Técnicos de nivel médio em operações industriais
Trabalhadores da produção gráfica
Técnicos de nivel médio em operações comerciais
Supervisores de serviços administrativos (exceto de atendimento ao público)
Trab artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas
Outras ocupações
Total
13.764
1.340
1.288
1.045
659
652
510
406
305
300
300
258
246
200
196
186
130
130
123
101
1.210
23.349
Nº médio de
Salários
Recebidos
1,3
1,5
1,5
1,7
2,2
1,3
1,5
1,5
1,3
3,5
1,0
1,4
3,0
2,4
2,0
1,6
2,0
2,6
1,5
2,0
2,0
1,5
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 43
7 COURO E CALÇADOS
Esta indústria é a segunda mais representativa no Estado em termos de
número de empresas: são 4.753 estabelecimentos divididos em 8 subsetores. O
destaque é a fabricação de calçados de couro, que conta com 3,1 mil
estabelecimentos, representando 65,3% do total. A segunda atividade no estado
nesse segmento é a fabricação de partes para calçados, de qualquer material, com
um total de 586 estabelecimentos.
A indústria coureiro-calçadista não está distribuída uniformemente entre as sete
mesorregiões do estado. A distribuição espacial pode ser observada na figura 7.1.
Uma característica muito marcante dessa indústria é sua concentração na região
Metropolitana de Porto Alegre, que engloba 83,1% do total, seguida das regiões
Centro Oriental e Nordeste, que detém 6% e 5,3% dos estabelecimentos dessa
indústria, respectivamente. As demais regiões somam os 5,5% restantes.
3,5
5,3
0,4
1,1
6,0
83,1
0,4
Figura 7.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Couro e
Calçados
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Quase 63% dos estabelecimentos desta indústria são classificados como
microempresas. As empresas de pequeno porte possuem 1.301 estabelecimentos, o
que representa 27,4% do total; as de médio porte, com 374 estabelecimentos,
representam 7,9% do total. Por fim, existem apenas 93 empresas de grande porte,
sendo 2% do total dessa indústria.
A indústria de couro e calçados é a que mais emprega no estado de Rio
Grande do Sul (128,9 mil pessoas). Embora as microempresas possuam o maior
número de estabelecimentos, elas empregam somente 6,7% da mão-de-obra utilizada
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 44
no setor. Por outro lado, mais de 41% dos trabalhadores formais desta indústria estão
empregados nas empresas de grande porte.
Tabela 7.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de
Couro e Calçados por Subsetor
Estabelecimentos
nº
Curtimento e outras preparações de couro
Fab. de art. para viagem, bolsas e semelhantes de qualquer mat.
fabricação de artefatos de couro não especificados anteriormente
Fabricação de calçados de couro
Fabricação de tênis de qualquer material
Fabricação de calçados de material sintético
Fabricação de calçados de materiais não especif. anteriormente
Fabricação de partes para calçados, de qualquer material
Total do segmento
215
309
303
3.103
46
85
106
586
4.753
(%)
4,5
6,5
6,4
65,3
1,0
1,8
2,2
12,3
100
Empregados
nº
10.858
3.175
2.991
77.378
3.978
16.696
2.830
10.993
128.899
(%)
8,4
2,5
2,3
60,0
3,1
13,0
2,2
8,5
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A remuneração por trabalhador oferecida por este segmento é a segunda mais
baixa entre todos os setores da indústria de transformação do Estado, sendo que, em
média, um trabalhador recebe apenas 1,7 salários mínimos. Nas microempresas, esta
remuneração média é ainda mais baixa – de 1,4 salários mínimos por trabalhador. Por
outro lado, é nas empresas de grande porte que os trabalhadores encontram melhor
remuneração – 1,9 salários mínimos.
A maior parte dos empregos existentes neste setor é oferecida pelas indústrias
de fabricação de calçados de couro, que concentra cerca de 77,4 mil funcionários, o
que representa 60% do total. A segunda atividade em números de trabalhadores é a
fabricação de calçado de material sintético, com 16.696 funcionários.
2,8
4,4
0,1
1,2
12,4
78,8
0,1
Figura 7.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Couro e
Calçados
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 45
No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de couro e
calçados através do estado, é possível observar que duas regiões concentram mais de
90% dos trabalhadores formais, sendo que 78,8% destes estão concentrados na região
Metropolitana e 12,4% na região Centro Oriental. Esta distribuição pode ser observada
na figura 7.2.
Características do Trabalhador
Pode-se observar que o tempo que o trabalhador permanece empregado nesta
indústria é bastante reduzido quando comparado aos demais segmentos da indústria de
transformação do Estado. O contrato de trabalho aqui tem duração média de 32,9
meses, com maior estabilidade nas empresas de grande porte (37,9 meses) e menor
nas pequenas empresas (24,6 meses).
Tabela 7.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Couro e Calçados
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
Pequena
2.985
8.579
3.513
5.066
36,9
26,0
1,4
43,5
2 em salários mínimos
1.301
29.776
11.227
18.549
34,7
24,6
1,5
43,7
Média
374
37.480
16.833
20.647
35,0
34,2
1,8
43,5
Grande
93
53.064
22.015
31.049
33,8
37,9
1,9
43,3
Total
4.753
128.899
53.588
75.311
34,6
32,9
1,7
43,5
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE
Diferente do que acontece nos demais segmentos da indústria de transformação,
há um certo equilíbrio quanto ao gênero dos trabalhadores que compõem a mão-deobra empregada, sendo que a maior parte destes (58,4%) é o sexo feminino. Este
percentual é maior nas pequenas empresas (62,3%) e menor nas médias (55,1%). A
idade média do trabalhador é de 34,6 anos, sendo que 88,6% tem menos de 49 anos. A
distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no
gráfico 7.1. Uma vez que existem apenas 419 trabalhadores nesta indústria com 65
anos ou mais, o que representa 0,33%, os mesmos foram excluídos do gráfico.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 46
Gráfico 7.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Couro e Calçados de
Acordo com a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A maior parte dos trabalhadores da indústria de couro e calçados tem o ensino
fundamental incompleto (40,8%) o que denota o baixo nível de exigência deste segmento.
Apenas 1,4% dos possui educação superior completa, 22,1% o ensino médio completo e
13,6% ensino médio incompleto. O grau de instrução desses trabalhadores pode ser
observado no gráfico 7.2. Cabe destacar que existem apenas 17 trabalhadores nesta indústria
com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado).
Gráfico 7.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Couro e
Calçados de Acordo com o Grau de Instrução
40,8
22,1
19,1
13,6
2,8
0,2
Analfabeto
Entre 1 e 8 anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
Entre 13 e 16
anos
1,4
17 anos
0,0
Mais de 17 anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A indústria de couro e calçados oferece diversas alternativas de trabalho no RS.
A maior parte das vagas é oferecida para trabalhadores da confecção de calçados –
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 47
que engloba aproximadamente 66,2% dos empregos – e para trabalhadores do
tratamento de couros e peles – com 6,5% do total de trabalhadores.
Tabela 7.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Couro e
Calçado
Empregados
Trabalhadores da confecção de calçados
Trabalhadores do tratamento de couros e peles
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Supervisores nas indústrias têxtil, do curtimento, do vestuário e das artes gráficas
Embaladores e alimentadores de produção
Trabalhadores da confecção de roupas
Operadores de instalações em indústrias químicas, petroquímicas e afins
Trab artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros
Desenhistas técnicos e modelistas
Técnicos de nivel médio em operações industriais
Mecânicos de manutenção de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas
Gerentes de áreas de apoio
Gerentes de produção e operações
Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros
Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos
Vendedores e demonstradores
Técnicos de nivel médio em operações comerciais
Outras ocupações
Total
85.386
8.419
3.805
3.288
2.890
2.427
2.375
2.272
1.836
1.792
1.377
1.259
913
750
637
629
628
597
547
471
6.601
128.899
Nº médio de
Salários
Recebidos
1,4
1,9
2,3
3,3
1,4
1,4
1,6
1,4
1,9
1,5
4,8
3,1
3,3
2,2
7,5
5,4
1,4
2,9
1,7
4,3
3,2
1,7
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 48
8 PRODUTOS DE MADEIRA
Este segmento é o 6º em número de estabelecimentos, com um total de 2.406,
divididos em 5 subsetores. O subsetor com maior número de empresas (1.122) é o
desdobramento de madeira, seguido da fabricação de estruturas de madeira e de
artigos de carpintaria para construção (788).. Estes estabelecimentos não estão
distribuídos uniformemente entre as sete mesorregiões do estado. A figura 8.1 traz esta
distribuição espacial. Pode-se observar que três regiões concentram quase 80% dos
estabelecimentos, visto que 35,7% destes estão na região Metropolitana de Porto
Alegre, 22,9% estão na região Noroeste e 19,5% na região Nordeste. As demais regiões
somam os 21,9% restantes.
22,9
19,5
1,4
4,2
12,3
35,7
4,1
Figura 8.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Produtos
de Madeira
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
O segmento de madeira possui a maior quantidade de seus estabelecimentos na
forma de microempresas, representando 82,8% do total. As empresas de pequeno porte
representam 16,1%, as de médio porte correspondem a 1,0% e as de grande 0,2% do
total dessa indústria.
A indústria de produtos de madeira emprega 17.402 pessoas no Estado. 35,9%
dos empregados formais desta indústria estão concentrados nas microempresas, 40,8%
estão nas empresas de pequeno porte, 10,3% nas de médio, e 13% nas grandes
empresas.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 49
Tabela 8.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de
Produtos de Madeira por Subsetor
Estabelecimentos
Desdobramento de madeira
Fab. de madeira laminada e de chapas de madeira compen., prensada e aglomerada
Fabricação de estruturas de madeira e de artigos de carpintaria para construção
Fabricação de artefatos de tanoaria e de embalagens de madeira
Fab. de artef. de madeira, palha, cortiça, vime e trançados não especif. anteriormente
Total do segmento
nº
1.122
59
788
154
283
2.406
(%)
46,6
2,5
32,8
6,4
11,8
100
Empregados
nº
7.322
2.557
4.642
1.311
1.570
17.402
(%)
42,1
14,7
26,7
7,5
9,0
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A remuneração média por trabalhador (1,9 salários mínimos) é a terceira mais
baixa da indústria de transformação do RS. As microempresas possuem menor
remuneração, com uma média de 1,6 salários mínimos por trabalhador e as empresas
de grande porte são as que melhor remuneram neste setor, pagando em média para os
seus funcionários 2,9 salários mínimos.
15,1
20,8
0,9
2,7
12,3
40,9
7,4
Figura 8.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Produtos de
Madeira
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
As empresas de desdobramento de madeira concentram a maior parte dos
empregados (42,1%). A segunda atividade em números de funcionários (4.642) é a
fabricação de estruturas de madeira e de artigos de carpintaria para construção,
representando 26,7% do total.
Pode-se observar que três regiões concentram mais de 75% dos trabalhadores.
Aproximadamente 41% dos empregados se encontram na região Metropolitana de Porto
Alegre, 20,8% na região Nordeste, 15,1% na região Noroeste. Esta distribuição pode ser
observada na figura 8.2.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 50
Características do Trabalhador
A estabilidade do emprego neste segmento é próxima da média observada para
a indústria de transformação. Na indústria de produtos de madeira, a duração média do
contrato de trabalho é de 46,7 meses, sendo maior nas empresas de porte médio (60,6
meses) e menor nas microempresas (42,7 meses).
Tabela 8.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Produtos de Madeira
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
Pequena
1.991
6.244
5.458
786
36,8
42,7
1,6
43,4
2 em salários mínimos
388
7.108
5.943
1.165
36,9
43,9
1,8
43,7
Média
23
1.792
1.397
395
35,5
60,6
1,9
43,4
Grande
4
2.258
2.001
257
33,8
55,4
2,9
43,5
Total
2.406
17.402
14.799
2.603
36,3
46,7
1,9
43,5
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE
Assim como na maior parte dos segmentos da indústria de transformação, a
mão-de-obra é majoritariamente formada por trabalhadores do sexo masculino (85%).
Este percentual é maior nas grandes empresas (88,6%) e menor nas médias (78%). A
idade média do trabalhador está entre as mais elevadas (36,3 anos). Contudo, 83,3%
dos empregados têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de
acordo com a idade está caracterizada no gráfico 8.1. Uma vez que existem apenas 169
trabalhadores com 65 anos ou mais, o que representa 0,97%, os mesmos foram
excluídos do gráfico.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 51
Gráfico 8.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Produtos de Madeira
de Acordo com a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
O grau de instrução observado nesta indústria é baixo, como pode ser observado
no gráfico 8.2. Apenas 1,8% dos trabalhadores possuem educação em nível superior
completa e outros 2,3% em nível superior incompleta. Do total de empregados, 31,7%
têm o ensino médio completo, 10,6% incompleto e a maioria (mais de 50%) tem apenas
o ensino básico completo ou incompleto. Ainda, cabe destacar que existem apenas 5
trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação
(mestrado e/ou doutorado).
Gráfico 8.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Produtos
de Madeira de Acordo com o Grau de Instrução
32,1
31,7
20,3
10,6
2,3
1,2
Analfabeto
Entre 1 e 8 anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
Entre 13 e 16
anos
1,8
17 anos
0,0
Mais de 17 anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
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A maior parte das vagas é ocupada por trabalhadores da transformação da
madeira e da fabricação do mobiliário – que engloba 23,4% dos trabalhadores – e por
marceneiros e afins – que representam 16,4% do total.
Tabela 8.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Produtos de
Madeira
Empregados
Trab da transformação da madeira e da fabricação do mobiliário
Marceneiros e afins
Embaladores e alimentadores de produção
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas
Trabalhadores da preparação da madeira
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Extrativistas florestais
Trabalhadores de montagem de móveis e artefatos de madeira
Trabalhadores da construção civil e obras públicas
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros
Operadores de outras instalações químicas, petroquímicas e afins
Vendedores e demonstradores
Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos
Gerentes de produção e operações
Supervisores em indústria de madeira, mobiliário e da carpintaria veicular
Mecânicos de manutenção de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais
Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos
Gerentes de áreas de apoio
Trab de tratamento térmico e de superfícies de metais e de compósitos
Outras ocupações
Total
4.078
2.860
1.692
1.147
910
838
611
502
435
298
284
232
221
173
167
167
166
149
148
127
2.197
17.402
Nº médio de
Salários
Recebidos
1,6
1,8
1,4
2,1
1,4
1,7
1,4
1,6
1,8
1,9
1,3
2,5
1,7
2,0
3,7
3,4
3,0
2,1
4,0
1,9
3,7
1,9
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 53
9 CELULOSE E PAPEL
Esta indústria possui 453 estabelecimentos divididos em 9 subsetores. Os que
mais se destacam em número de empresas são: fabricação de produtos de papel,
cartolina, papel cartão e papelão ondulado para uso comercial e de escritório, que
engloba 28,5% do total de estabelecimentos; fabricação de embalagens de papel
(22,7%); e fabricação de chapas e de embalagens de papelão ondulado (17,7%).
As empresas não estão distribuídas uniformemente entre as sete mesorregiões
do estado. Pode-se observar uma grande concentração na região Metropolitana de
Porto Alegre, que engloba aproximadamente 52% dos estabelecimentos desta indústria,
seguida das regiões Nordeste e Noroeste, que detém 24,7% e 14,3%, respectivamente.
As demais regiões somam os 9,1% restantes. A figura 9.1 traz esta distribuição
espacial.
14,3
24,7
0,2
0,7
7,1
51,9
1,1
Figura 9.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Celulose e
Papel
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A indústria de celulose e papel é formada principalmente por microempresas
(59,6%). Existem 142 estabelecimentos de pequeno porte (31,3%); 34 de médio porte
(7,5%) e 7 empresa de grande porte (1,5%). Cerca de 10 mil pessoas no estado do Rio
Grande do Sul estão empregadas neste segmento industrial. Cabe destacar que,
embora em números de estabelecimentos as microempresas sejam mais
representativas, elas não empregam nem 9% da mão-de-obra utilizada no setor, sendo
que a maior parte dos empregados (37,1%) estão nas empresas de médio porte.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 54
Tabela 9.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de
Celulose e Papel por Subsetor
Estabelecimentos
nº
Fabricação de celulose e outras pastas para a fabricação de papel
Fabricação de papel
Fabricação de cartolina e papel cartão
Fabricação de embalagens de papel
Fabricação de embalagens de cartolina e papel cartão
Fabricação de chapas e de embalagens de papelão ondulado
Fab. de produtos de papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado p/ comercial e de escritório
Fabricação de produtos de papel para usos doméstico e higiênico sanitário
Fab. de prod. de pastas celulósicas, papel, cart., papel-cartão e papelão ondul. não especif. anter.
Total do segmento
3
23
3
103
25
80
129
42
45
453
(%)
0,7
5,1
0,7
22,7
5,5
17,7
28,5
9,3
9,9
100
Empregados
nº
595
1.158
49
1.707
1.115
2.508
1.574
759
546
10.011
(%)
5,9
11,6
0,5
17,1
11,1
25,1
15,7
7,6
5,5
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Do total de empregados nesta indústria, 25,1% encontram-se nas empresas de
fabricação de chapas e embalagens de papelão ondulado. A segunda atividade em
números de funcionários é a fabricação de embalagens de papel, com 1.707
funcionários, o que representa 17,1% do total.
9,5
24,9
0,0
0,4
3,3
61,9
0,1
Figura 9.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Celulose e Papel
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A remuneração média por trabalhador nessa indústria é de 2,9 salários mínimos.
As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 1,8 salários
mínimos por trabalhador e as empresas de grande porte são as que melhor remuneram
neste setor, pagando em média para os seus funcionários 4,6 salários mínimos.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 55
A distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de celulose e papel através
do estado, como esperado, segue a tendência da distribuição dos estabelecimentos,
com um grau de concentração um pouco mais elevado. Aproximadamente 61,9% dos
trabalhadores estão concentrados na região Metropolitana; 24,9% na região Nordeste e
9,5% na região Noroeste. Esta distribuição pode ser observada na figura 9.2.
Características do Trabalhador
Em média, o tempo que o trabalhador permanece empregado nesta indústria são
52,5 meses. Os estabelecimentos de grande porte oferecem maior estabilidade para os
funcionários, dado que estes permanecem, em média, 82,1 meses nestas empresas. E
a menor estabilidade é oferecida pelos de pequeno porte, 34,2 meses.
Tabela 9.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Celulose e Papel
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
Pequena
270
857
543
314
33,6
35,1
1,8
43,1
2 em salários mínimos
142
2.783
1.717
1.066
32,8
34,2
2,0
43,4
Média
34
3.716
2.459
1.257
34,2
49,1
2,6
42,9
Grande
7
2.655
2.069
586
35,7
82,1
4,6
42,7
Total
453
10.011
6.788
3.223
34,2
52,5
2,9
43,0
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE
Outra característica deste segmento é a mão-de-obra majoritariamente masculina
(67,8%). Este percentual é maior nas empresas de grande porte (77,9%) e menor nas
de pequeno porte (61,7%). Aqui, a idade média do trabalhador (34,2 anos) é quase igual
a da encontrada para a indústria de transformação do Estado (34,3 anos). Cabe
destacar que 88% dos trabalhadores deste setor têm menos de 49 anos. A distribuição
percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 9.1.
Uma vez que existem apenas 48 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o
que representa 0,48%, os mesmos foram excluídos do gráfico.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 56
Gráfico 9.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Celulose e Papel de
Acordo com a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Apenas 5,9% dos trabalhadores possuem educação em nível superior completo.
Ainda, do total de empregados, 39,2% têm o ensino médio completo e 12,1%
incompleto. O grau de instrução desses trabalhadores pode ser observado no gráfico
9.2. Cabe destacar que existem 7 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução
em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado).
Gráfico 9.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Celulose e
Papel de Acordo com o Grau de Instrução
39,2
17,6
19,4
12,1
5,6
5,9
0,1
Analfabeto
0,1
Entre 1 e 8 anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
Entre 13 e 16
anos
17 anos
Mais de 17 anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A maior parte das vagas da indústria de celulose e papel é oferecida para:
embaladores e alimentadores da produção, que englobam aproximadamente 18,8% dos
trabalhadores empregados nesta indústria; confeccionadores de produtos de papel e
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 57
papelão, com 14,7% do total; e trabalhadores
aproximadamente 13,8% do total trabalhadores.
da
produção
gráfica,
com
Tabela 9.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Celulose e
Papel
Empregados
Embaladores e alimentadores de produção
Confeccionadores de produtos de papel e papelão
Trabalhadores da produção gráfica
Trabalhadores da fabricação de papel
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas
Técnico em ciências físicas e químicas
Operadores de utilidades
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Técnicos de nivel médio em operações industriais
Supervisores da fabricação de celulose e papel
Mecânicos de manutenção de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais
Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros
Trabalhadores da confecção de calçados
Gerentes de áreas de apoio
Técnicos de nivel médio em operações comerciais
Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos
Gerentes de produção e operações
Vendedores e demonstradores
Técnicos em eletroeletrônica e fotônica
Outras ocupações
Total
Nº médio de
Salários
Recebidos
1.886
1.472
1.384
721
580
284
282
270
249
176
160
155
144
129
123
120
118
98
95
92
1.473
10.011
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 58
1,6
1,9
2,1
2,1
2,4
2,4
7,7
2,6
2,3
3,7
5,8
3,3
1,4
1,4
9,4
4,7
3,3
9,5
2,9
6,9
5,9
2,9
10 IMPRESSÃO E REPRODUÇÃO
Esta indústria possui 6 subsetores e um total de 1.165 estabelecimentos. O
destaque é a impressão de materiais para outros usos11. Este subsetor conta com 766
estabelecimentos e representa 65,8% do total da indústria de impressão e reprodução.
A segunda atividade no estado nesse segmento são os serviços de pré-impressão, com
um total de 211 estabelecimentos, seguido dos serviços de acabamentos gráficos, com
98 estabelecimentos.
A figura 10.1 traz a distribuição espacial dos estabelecimentos. Mais da metade
das empresas (50,8%) estão localizadas na região Metropolitana de Porto Alegre. Por
sua vez, as regiões Nordeste e Noroeste detêm 17,6% e 14,4% e as demais regiões
somam os 17,2% restantes.
14,4
17,6
3,3
3,2
6,3
50,8
4,5
Figura 10.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de
Impressão e Reprodução
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Esta indústria é a segunda em proporção de microempresas, que correspondem
a 84,2% do total. As empresas de pequeno porte possuem 163 estabelecimentos e
existem 20 empresas de porte médio, representando 14% e 1,7%, respectivamente.
Cabe destacar que existe apenas 1 empresa de grande porte.
Existem 8.102 pessoas no estado do Rio Grande do Sul empregadas neste
segmento e as pequenas empresas detém a maior parte dos trabalhadores (35,6%),
seguidas das microempresas (33,1%), médias (24,8%) e grandes (6,4%).
A remuneração média por trabalhador (2,3 salários mínimos) está um pouco
abaixo da média observada para a indústria de transformação do Estado (2,6 salários
11
Compreende a impressão de material para uso publicitário e a impressão de material para outros usos.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 59
mínimos). Neste segmento as microempresas oferecem menor remuneração, com uma
média de 1,8 salários mínimos por trabalhador e as empresas de médio porte são as
que melhor remuneram, pagando em média para os seus funcionários 3 salários
mínimos.
Tabela 10.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de
Impressão e Reprodução por Subsetor
Estabelecimentos
nº
Imp. de jornais, livros, revistas e outras publicações periódicas
Impressão de materiais de segurança
Impressão de materiais para outros usos
Serviços de pré impressão
Serviços de acabamentos gráficos
Reprodução de materiais gravados em qualquer suporte
Total do segmento
79
6
766
211
98
5
1.165
(%)
6,8
0,5
65,8
18,1
8,4
0,4
100
Empregados
nº
778
25
5.339
1.130
737
93
8.102
(%)
9,6
0,3
65,9
13,9
9,1
1,1
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Do total de empregados nesta indústria, 65,9% encontram-se nas
empresas de impressão de materiais para outros usos. A segunda atividade em
números de funcionários são os serviços de pré-impressão, com 1.130 funcionários, que
representa 13,9%, seguida da Impressão de jornais, livros, revistas e outras publicações
periódicas, com 9,6% do total de trabalhadores.
12,2
26,4
3,4
3,4
4,3
48,4
2,0
Figura 10.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Impressão e
Reprodução
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 60
No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de impressão e
reprodução através do estado, é possível observar que duas regiões concentram quase
75% dos trabalhadores formais empregados, uma vez que 48,4% destes estão
concentrados na região Metropolitana de Porto Alegre e 26,4% na região Nordeste. Esta
distribuição pode ser observada na figura 10.2.
Características do Trabalhador
O tempo que o trabalhador permanece empregado nesta indústria, em média,
são 53,6 meses, com maior estabilidade nas empresas de médio porte (82,7 meses) e
menor nas micro e médias empresas (40,7 meses).
Tabela 10.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Impressão e Reprodução
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
Pequena
981
2.685
1.747
938
32,8
40,7
1,8
42,8
2 em salários mínimos
163
2.886
1.759
1.127
32,4
42,0
2,2
43,1
Média
20
2.009
1.237
772
35,2
82,7
3,0
42,3
Grande
1
522
240
282
32,7
73,3
2,2
43,5
Total
1.165
8.102
4.983
3.119
33,2
53,6
2,3
42,8
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE
Em relação à divisão da mão-de-obra entre homens e mulheres
aproximadamente 61,5% dos trabalhadores desta indústria são do sexo masculino,
sendo que este percentual é maior nas micro empresas (65,1%) e menor nas grandes
(46%). A idade média do trabalhador é de 33,2 anos e 89,0% têm menos de 49 anos. A
distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no
gráfico 10.1. Uma vez que existem apenas 43 trabalhadores nesta indústria com 65
anos ou mais, o que representa 0,53%, os mesmos foram excluídos do gráfico.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 61
Gráfico 10.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Impressão e
Reprodução de Acordo com a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
O grau de instrução dos trabalhadores desta indústria é baixo, como pode ser
observado no gráfico 10.2. Apenas 6,0% dos trabalhadores possuem educação superior
completa e 7,5% incompleta. A maior parte dos empregados (50,2%) tem o ensino
médio completo. Cabe destacar que existem 26 trabalhadores nesta indústria com grau
de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado).
Gráfico 10.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de
Impressão e Reprodução de Acordo com o Grau de Instrução
50,2
10,8
12,4
12,9
7,5
6,0
0,3
0,0
Analfabeto
Entre 1 e 8
anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
Entre 13 e 16
anos
17 anos
Mais de 17
anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Na indústria de impressão e reprodução a maior parte dos empregos existentes é
voltada para os trabalhadores da produção gráfica, que ocupam aproximadamente
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 62
43,6% das vagas. A segunda principal ocupação em termos do número de
trabalhadores são os escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares
administrativos, que representam aproximadamente 9,1% do total de trabalhadores.
Tabela 10.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Impressão e
Reprodução
Empregados
Trabalhadores da produção gráfica
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Embaladores e alimentadores de produção
Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros
Confeccionadores de produtos de papel e papelão
Vendedores e demonstradores
Gerentes de áreas de apoio
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Trab artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas
Trabalhadores de informações ao público
Desenhistas técnicos e modelistas
Supervisores nas indústrias têxtil, do curtimento, do vestuário e das artes gráficas
Técnicos de nivel médio em operações industriais
Profissionais de espetáculos e das artes
Técnicos de nivel médio em operações comerciais
Vendedores a domicílio, ambulantes e em bancas
Profissionais de organização e administração de empresas e afins
Gerentes de produção e operações
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas
Supervisores de serviços administrativos (exceto de atendimento ao público)
Outras ocupações
Total
3.532
734
624
207
198
188
158
158
138
137
129
122
101
99
98
93
92
85
84
68
1.057
8.102
Nº médio de
Salários
Recebidos
2,3
2,0
1,6
1,5
1,7
1,8
4,3
2,3
1,8
1,5
2,0
4,3
2,6
2,3
2,8
2,0
2,8
5,4
2,6
3,5
2,9
2,3
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 63
11 REFINO DE PETRÓLEO
Compreende a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de
biocombustíveis. Do total de segmentos da indústria de transformação do Estado, este
possui a menor quantidade de estabelecimentos – apenas 19, divididos em 5
subsetores. O destaque é a fabricação de produtos do refino de petróleo. Este
subsetor conta com 7 estabelecimentos, o que representa 36,8% do total. Em
segundo lugar na questão atividade no estado, está a fabricação de biocombustíveis,
exceto álcool, com 5 estabelecimentos, e, em terceiro, a fabricação de álcool, com 4.
As empresas não estão distribuídas uniformemente entre as sete mesorregiões
do estado. A figura 11.1 traz esta distribuição espacial. Pode-se observar que as
empresas estão mais concentradas na região Metropolitana de Porto Alegre (31,6%),
seguida da região Nordeste que detém 26,3% e da Noroeste, com 21,1%. A região
Sudoeste possui 10,5% dos estabelecimentos e as regiões Centro Oriental e Sudeste
detêm ambas 5,3%.
21,1
26,3
10,5
0,0
5,3
31,6
5,3
Figura 11.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Refino de
Petróleo
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Cabe destacar que, entre todos os segmentos da indústria de transformação do
Estado, a indústria de refino de petróleo é a terceira com menor proporção de
microempresas – embora estas ainda sejam predominantes e representem 52,6% da
composição dos estabelecimentos. As empresas de porte pequeno representam
26,3% e as de médio e grande porte representam ambas 10,5% do total.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 64
Tabela 11.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de
Refino de Petróleo por Subsetor
Estabelecimentos
nº
Coquerias
Fabricação de produtos do refino de petróleo
Fab. de produtos derivados do petróleo, exceto produtos do refino
Fabricação de álcool
Fabricação de biocombustíveis, exceto álcool
Total do segmento
0
7
3
4
5
19
(%)
0,0
36,8
15,8
21,1
26,3
100
Empregados
nº
0
560
245
18
324
1.147
(%)
0,0
48,8
21,4
1,6
28,2
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Em dezembro de 2012 existiam 1.147 pessoas empregadas nesta indústria no
estado do Rio Grande do Sul. Um aspecto interessante é que, embora em números de
estabelecimentos as microempresas sejam mais representativas, elas empregam
apenas 2% da mão-de-obra utilizada no setor. Por outro lado, as duas empresas
existentes de grande porte concentra 52,7% dos trabalhadores formais.
Aproximadamente 35% dos trabalhadores estão empregados nas empresas de médio
porte.
30,7
2,5
1,6
0,0
0,1
36,1
29,0
Figura 11.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Refino de
Petróleo
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A remuneração média por trabalhador neste segmento, de 4,7 salários
mínimos. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 2,5
salários mínimos por trabalhador enquanto que as empresas de grande porte são as
que melhor remuneram neste setor, pagando em média para os seus funcionários 5,5
salários mínimos.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 65
Do total de empregados nesta indústria, 48,8% encontram-se nas empresas de
fabricação de produtos do refino de petróleo. A segunda atividade em números de
funcionários é a fabricação de biocombustíveis, exceto álcool, com 324 funcionários,
que representa 28,2% do total.
No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de refino de
petróleo através do estado, é possível observar um elevado grau de concentração, visto
que duas regiões detêm quase 67% dos trabalhadores formais empregados – sendo
que 36,1% destes estão concentrados na região Metropolitana de Porto Alegre e 30,7%
na região Noroeste. Esta distribuição pode ser observada na figura 11.2.
Características do Trabalhador
Em relação ao tempo médio de duração do emprego, a indústria de refino de
petróleo é a que oferece maior estabilidade para o trabalhador. Cabe destacar que, em
média, o tempo que o trabalhador permanece empregado nesta indústria é 62,2 meses,
com maior estabilidade nas empresas de grande porte (84,2 meses) e menor nas
pequenas empresas (15,2 meses).
Tabela 11.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Refino de Petróleo
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
Pequena
10
23
21
2
38,6
30,2
2,5
41,5
2 em salários mínimos
5
120
91
29
32,1
15,2
4,4
41,6
Média
2
400
345
55
34,8
44,8
3,8
43,3
Grande
2
604
470
134
34,4
84,2
5,5
39,0
Total
19
1.147
927
220
34,4
62,2
4,7
40,8
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE
A maior parte dos trabalhadores desta indústria é do sexo masculino (80,8%).
Este percentual é maior nas microempresas (91,3%) e menor nas pequenas empresas
(75,8%). Neste segmento os trabalhadores possuem a idade média de 34,4 anos, sendo
que 88,9% tem menos de 49 anos.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 66
Gráfico 11.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Refino de Petróleo de
Acordo com a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está
caracterizada no gráfico 11.1. Uma vez que existem apenas 5 trabalhadores nesta
indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,44%, os mesmos foram excluídos do
gráfico.
Gráfico 11.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Refino de
Petróleo de Acordo com o Grau de Instrução
43,2
18,0
12,9
12,1
6,9
5,9
1,0
0,0
Analfabeto
Entre 1 e 8 anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
Entre 13 e 16
anos
17 anos
Mais de 17 anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Uma característica interessante deste gênero da indústria é a alta qualificação de
seus empregados. Nota-se que 18% dos trabalhadores possuem ensino superior
completo, e outros 12,9% incompleto. Ainda, 43,2% dos empregados têm o ensino
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 67
médio completo e 12,1 têm apenas o ensino fundamental completo. Cabe destacar que
não há trabalhado não alfabetizado nesse setor.
Tabela 11.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Refino de
Petróleo
Empregados
Operadores de instalações em indústrias químicas, petroquímicas e afins
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Operadores de outras instalações químicas, petroquímicas e afins
Embaladores e alimentadores de produção
Operadores de equipamentos na preparação de alimentos e bebidas
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros
Eletricistas eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial
Técnicos em laboratório
Técnicos das ciências administrativas
Escriturários contábeis e de finanças
Técnicos de nivel médio em operações industriais
Trabalhadores de manobras sobre trilhos e movimentação e cargas
Técnicos de nivel médio em operações comerciais
Mecânicos de manutenção de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais
Profissionais de organização e administração de empresas e afins
Operadores de utilidades
Gerentes de áreas de apoio
Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos
Outras ocupações
Total
118
88
66
63
60
57
51
39
37
31
31
28
25
25
24
24
23
23
22
20
292
1.147
Nº médio de
Salários
Recebidos
5,6
3,3
3,7
1,9
3,7
3,1
3,0
1,7
2,1
3,6
4,8
3,2
4,5
2,1
5,0
4,3
8,2
3,0
22,2
2,9
6,0
4,7
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A indústria de refino de petróleo oferece diversas alternativas de trabalho no RS.
A maior parte dos empregos disponibilizados é para operadores de instalações em
indústrias químicas, petroquímicas e afins, que engloba 10,3% dos trabalhadores
empregados nesta indústria, e para escriturários em geral, agentes, assistentes e
auxiliares administrativos com 7,7% do total de trabalhadores.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 68
12 QUÍMICOS
Esta indústria, que conta com 761 estabelecimentos divididos em 25
subsetores, é bastante diversificada. O subsetor de fabricação de cosméticos,
produtos de perfumaria e de higiene pessoal e o de fabricação de produtos de limpeza
e polimento são os que concentram a maior parte das empresas, representando
12,6% do total cada. A segunda atividade no estado nesse segmento é a fabricação
de tintas, vernizes, esmaltes e lacas, com 84 estabelecimentos.
Conforme mostra a figura 12.1, os estabelecimentos não estão distribuídos
uniformemente entre as sete mesorregiões do estado. A região Metropolitana de Porto
Alegre possui 57,3% dos estabelecimentos, seguida das regiões Nordeste e Noroeste,
que detém 15,9% e 10,5%, respectivamente. As demais regiões somam os 16,3%
restantes.
10,5
15,9
0,5
1,8
10,0 57,3
3,9
Figura 12.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria Química
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A indústria química é composta em sua maioria por microempresas (65,2%). As
empresas de pequeno porte possuem 203 estabelecimentos, o que representa 26,7%
do total desta indústria; as de médio porte, com 51 estabelecimentos, representam
6,7% do total e, as de grande porte, com 11 estabelecimentos, detém 1,4% do total do
setor.
Ao todo, 16.185 pessoas estão empregadas neste segmento no estado do Rio
Grande do Sul. Cabe destacar que embora em números de estabelecimentos as
microempresas são as mais representativas, elas empregam apenas 9,9% da mão-de-
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 69
obra utilizada no setor. Por outro lado, 33% dos trabalhadores formais desta indústria
estão empregados nas empresas de porte médio.
A remuneração média por trabalhador nessa indústria está bem acima da
observada para a indústria de transformação do RS. Aqui, os trabalhadores recebem
em média 4,7 salários mínimos. As microempresas são as que possuem menor
remuneração, com uma média de 2,3 salários mínimos por trabalhador e as empresas
de grande porte são as que melhor remuneram neste setor, pagando em média para
os seus funcionários 7,4 salários mínimos.
Tabela 12.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria Química
Reprodução por Subsetor
Estabelecimentos
nº
Fabricação de cloro e álcalis
Fabricação de intermediários para fertilizantes
Fabricação de adubos e fertilizantes
Fabricação de gases industriais
Fab. de produtos químicos inorgânicos não especif. anter.
Fabricação de produtos petroquímicos básicos
Fabricação de intermediários para plastificantes, resinas e fibras
Fabricação de produtos químicos orgânicos não especif. anter.
Fabricação de resinas termoplásticas
Fabricação de resinas termofixas
Fabricação de elastômeros
Fabricação de fibras artificiais e sintéticas
Fabricação de defensivos agrícolas
Fabricação de desinfestantes domissanitários
Fabricação de sabões e detergentes sintéticos
Fabricação de produtos de limpeza e polimento
Fab. de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal
Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes e lacas
Fabricação de tintas de impressão
Fabricação de impermeabilizantes, solventes e produtos afins
Fabricação de adesivos e selantes
Fabricação de explosivos
Fabricação de aditivos de uso industrial
Fabricação de catalisadores
Fabricação de produtos químicos não especif. anteriormente
Total do segmento
3
6
59
12
13
3
8
41
14
4
6
8
6
16
63
96
96
84
7
11
34
3
31
0
137
761
(%)
0,4
0,8
7,8
1,6
1,7
0,4
1,1
5,4
1,8
0,5
0,8
1,1
0,8
2,1
8,3
12,6
12,6
11,0
0,9
1,4
4,5
0,4
4,1
0,0
18,0
100
Empregados
nº
118
42
2.627
299
174
898
66
1.150
1.176
76
123
39
129
200
883
1.510
1.413
1.641
49
131
1.171
142
317
0
1.811
16.185
(%)
0,7
0,3
16,2
1,8
1,1
5,5
0,4
7,1
7,3
0,5
0,8
0,2
0,8
1,2
5,5
9,3
8,7
10,1
0,3
0,8
7,2
0,9
2,0
0,0
11,2
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Do total de trabalhadores desta indústria, 16,2% encontram-se empregados nas
empresas de fabricação de adubos e fertilizantes. A segunda atividade em números de
funcionários é a fabricação de tintas, vernizes, esmaltes e lacas, com 1.641
funcionários, representando 10,1% do total.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 70
No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de produtos
químicos através do estado, é possível observar que três regiões concentram 85,6%
dos trabalhadores formais empregados, sendo que 65,5% estão concentrados na região
Metropolitana de Porto Alegre, 10,4% na região Sudeste e 9,7% na região Nordeste.
Esta distribuição pode ser observada na figura 12.2.
4,6
9,7
0,1
1,1
8,6
65,5
10,4
Figura 12.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria Química
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Características do Trabalhador
A indústria química é uma das que oferecem maior estabilidade para o
trabalhador, no que se refere à duração média do contrato de trabalho. O tempo que o
trabalhador permanece empregado nesta indústria, em média, são 68,1 meses, com
maior estabilidade nas empresas de grande porte (98,9 meses) e menor nas
microempresas (41,4 meses).
Tabela 12.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria Química
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
Pequena
496
1.604
1.051
553
35,1
41,4
2,3
43,0
2 em salários mínimos
203
4.372
2.886
1.486
34,7
45,6
3,4
43,1
Média
51
5.343
3.734
1.609
35,1
66,5
4,2
43,0
Grande
11
4.866
3.630
1.236
37,4
98,9
7,4
40,2
Total
761
16.185
11.301
4.884
35,7
68,1
4,7
42,2
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 71
A mão-de-obra é principalmente composta por homens (69,8 %). Este percentual
é ainda maior nas empresas de grande porte (74,6%) e menor nas pequenas (65,5%). A
idade média do trabalhador é de 35,7 anos, sendo que 86,2% têm menos de 49 anos. A
distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no
gráfico 12.1. Uma vez que existem apenas 108 trabalhadores nesta indústria com 65
anos ou mais, o que representa 0,67%, os mesmos foram excluídos do gráfico.
Gráfico 12.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria Química de Acordo com
a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
O grau de instrução desse segmento é bastante elevado. Dos trabalhadores,
13,7% possuem educação em nível superior completo e 10,3% em nível superior
incompleto. A maior parte dos empregados (41,6%) possui ensino médio completo. O
grau de instrução desses trabalhadores pode ser observado no gráfico 12.2. Cabe
destacar que existem 80 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível
de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado).
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 72
Gráfico 12.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria Química de
Acordo com o Grau de Instrução
41,6
11,7
13,7
13,7
10,3
8,4
0,5
0,1
Analfabeto
Entre 1 e 8
anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
Entre 13 e 16
anos
17 anos
Mais de 17
anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A maior parte das vagas nesta indústria é ocupada por embaladores e
alimentadores de produção – que ocupam aproximadamente 13,8% das vagas – por
operadores de instalações em indústrias químicas, petroquímicas e afins, com 12,1% do
total de trabalhadores e por escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares
administrativos, com 7,6%.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 73
Tabela 12.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria Química
Empregados
Embaladores e alimentadores de produção
Operadores de instalações em indústrias químicas, petroquímicas e afins
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Operadores de outras instalações químicas, petroquímicas e afins
Técnicos de nivel médio em operações comerciais
Técnico em ciências físicas e químicas
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de mov. de cargas
Gerentes de áreas de apoio
Operadores de utilidades
Técnicos em eletroeletrônica e fotônica
Vendedores e demonstradores
Mecânicos de manutenção de maq. e equip. industriais, comerciais e residenciais
Profissionais de organização e administração de empresas e afins
Técnicos em laboratório
Engenheiros, arquitetos e afins
Técnicos de nivel médio em operações industriais
Trab. nos serviços de adm., conservação e manut. de edifícios e logradouros
Trabalhadores de manobras sobre trilhos e movimentação e cargas
Supervisores de produção, em indústrias químicas, petroquímicas e afins
Outras ocupações
Total
2.233
1.959
1.237
646
603
485
467
451
438
417
370
354
349
325
309
303
291
280
265
264
4.139
16.185
Nº médio de
Salários
Recebidos
1,8
6,2
2,6
2,3
3,4
5,4
6,7
2,8
14,4
2,9
9,1
2,6
3,5
7,5
6,1
16,2
4,0
1,4
2,2
8,6
4,9
4,7
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 74
13 FARMACÊUTICOS
Compreende a fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos e é a
segunda menor indústria quanto ao número de estabelecimentos. No total, são 62
divididos em 4 subsetores. A maior parte das empresas tem sua atividade voltada
para fabricação de medicamentos para uso humano. Este subsetor conta com 33
estabelecimentos, o que representa aproximadamente 53,2% do total. A segunda
atividade no estado nesse segmento é a fabricação de medicamentos para uso
veterinário, com um total de 15 estabelecimentos.
Este segmento é o terceiro em concentração de estabelecimentos, sendo que a
maior parte destes (62,9%) está localizada na região Metropolitana de Porto Alegre.
As regiões Noroeste e Nordeste detêm respectivamente 16,1% e 11,3% dos
estabelecimentos dessa indústria. Cabe destacar que as regiões Centro Oriental não
possui estabelecimentos. A figura 13.1 traz esta distribuição espacial.
16,1
11,3
4,8
1,6
0,0
62,9
3,2
Figura 13.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria
Farmacêutica
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Embora essa indústria seja caracterizada em sua maioria por microempresas
(51,6%), elas representam uma proporção consideravelmente menor quando
comparada a indústria de transformação do Estado. As empresas de porte pequeno e
médio representam 30,6% e 14,5% do total, respectivamente. Existem apenas 2
empresa de grande porte. A indústria de farmacêuticos emprega 2.421 pessoas no
estado do Rio Grande do Sul.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 75
Destaca-se que, a maior parte dos empregados formais desta indústria está
concentrada nas grandes empresas (43,9%), embora existam apenas dois
estabelecimentos de grande porte.
A remuneração média por trabalhador nessa indústria é de 3,3 salários mínimos.
As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 2 salários
mínimos por trabalhador e as pequenas empresas são as que melhor remuneram neste
setor, pagando em média para os seus funcionários 3,6 salários mínimos.
Tabela 13.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria
Farmacêutica por Subsetor
Estabelecimentos
nº
Fabricação de produtos farmoquímicos
Fabricação de medicamentos para uso humano
Fab. de medicamentos para uso veterinário
Faricação de preparações farmacêuticas
Total do segmento
11
33
15
3
62
(%)
17,7
53,2
24,2
4,8
100
Empregados
nº
280
1.849
243
49
2.421
(%)
11,6
76,4
10,0
2,0
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Do total de empregados nesta indústria, mais de 76% encontram-se nas empresas
de fabricação de medicamentos para uso humano. A segunda atividade em números de
funcionários é fabricação de produto farmoquímicos, com 280 funcionários, que
representa 11,6% do total.
3,5
11,9
0,4
0,2
0,0
82,1
1,9
Figura 13.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria Farmacêutica
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 76
No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores através do estado, é
possível observar uma grande concentração na região Metropolitana de Porto Alegre,
que detém 82,1% dos empregados formais desta indústria. Em segundo lugar, tem-se a
região Nordeste, que emprega 11,9% da mão-de-obra. As regiões menos expressivas
quanto ao número de empregados são a Centro Ocidental e a Sudeste, com apenas 1 e
2 trabalhadores, respectivamente.
Características do Trabalhador
O tempo que o trabalhador permanece empregado, em média, são 44,1 meses,
com maior estabilidade nas microempresas (75,9 meses) e menor nas grandes (40,2
meses).
Tabela 13.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria Farmacêutica
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
Pequena
32
92
27
65
36,9
75,9
2,0
41,3
2 em salários mínimos
19
414
167
247
34,6
48,9
3,6
43,0
Média
9
852
383
469
34,0
43,1
3,5
43,6
Grande
2
1.063
473
590
29,8
40,2
3,1
42,8
Total
62
2.421
1.050
1.371
32,3
44,1
3,3
43,1
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE
A despeito do que ocorre na maioria dos segmentos da indústria de
transformação, há mais mulheres (56%) do que homens (43,4%) trabalhando nesse
setor. O percentual de mulheres é maior nas micro empresas (70,7%) e menor nas
médias empresas (55%). Ainda, cabe destacar que a idade média dos trabalhadores é
baixa, de 32,3 anos, sendo que 94,1% tem menos de 49 anos. A distribuição percentual
dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 13.1. Uma vez
que existem apenas 14 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que
representa 0,58%, os mesmos foram excluídos do gráfico.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 77
Gráfico 13.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria Farmacêutica de Acordo
com a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
O grau de instrução dos trabalhadores desta indústria é relativamente elevado,
como pode ser observado no gráfico 13.2. Nota-se que 18% destes possuem educação
superior completa e 8,5% incompleta. Ainda, 54,2% têm o ensino médio completo. Cabe
destacar que existe apena 1 trabalhador analfabeto e apenas 6 tem grau de instrução
em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado).
Gráfico 13.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria
Farmacêutica de Acordo com o Grau de Instrução
54,2
18,0
4,7
7,8
8,5
6,5
0,2
0,0
Analfabeto
Entre 1 e 8
anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
Entre 13 e 16
anos
17 anos
Mais de 17
anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A indústria de farmacêuticos oferece diversas alternativas de trabalho. As
ocupações que mais empregam nesta indústria são as voltadas para os trabalhos dos
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 78
serviços da saúde – que englobam aproximadamente 26,6% dos trabalhadores
empregados nesta indústria – e aos técnicos de nível médio em operações comerciais –
com 5,9% do total de trabalhadores.
Tabela 13.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria Farmacêutica
Empregados
Trabalhadores dos serviços de saúde
Técnicos de nivel médio em operações comerciais
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Operadores de utilidades
Embaladores e alimentadores de produção
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Técnicos de nivel médio em operações industriais
Profissionais da medicina, saúde e afins
Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros
Gerentes de áreas de apoio
Técnicos de bioquímica e da biotecnologia
Operadores de instalações em indústrias químicas, petroquímicas e afins
Operadores de outras instalações químicas, petroquímicas e afins
Técnico em ciências físicas e químicas
Trabalhadores nos serviços de embelezamento e cuidados pessoais
Vendedores e demonstradores
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas
Operadores de operação unitária de laboratório (transversal para toda ind. de processos)
Profissionais de organização e administração de empresas e afins
Supervisores de produção, em indústrias químicas, petroquímicas e afins
Outras ocupações
Total
643
144
142
115
103
102
96
91
86
78
58
57
53
45
43
43
40
36
35
34
377
2.421
Nº médio de
Salários
Recebidos
1,7
7,0
2,9
2,2
1,8
2,1
3,3
6,9
1,6
11,6
2,0
2,3
1,6
3,2
1,3
2,5
2,1
2,0
5,3
5,0
4,4
3,3
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 79
14 BORRACHA E PLÁSTICO
Este segmento está dividido em 7 subsetores e possui 1.572 estabelecimentos.
O subsetor com a maior quantidade de empresas é o de fabricação de embalagens de
material plástico, que conta com 270 estabelecimentos, representando
aproximadamente 17,2% do total. A segunda atividade em termos de número de
empresas é a reforma de pneumáticos usados, com um total de 91 estabelecimentos
(5,8%).
Os estabelecimentos não estão distribuídos uniformemente entre as sete
mesorregiões do estado, estando bastante concentrados na região Metropolitana de
Porto Alegre, que possui 54,1% do total, seguida das regiões Nordeste e Noroeste,
com 29,8% e 8,8% dos estabelecimentos dessa indústria, respectivamente. As demais
regiões somam os 7,3% restantes. A figura 14.1 traz esta distribuição espacial.
8,8
29,8
0,8
1,5
3,9
54,1
1,0
Figura 14.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Borracha e
Plástico
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Em relação ao porte, percebe-se uma grande quantidade de microempresas, que
representam quase 60% do total. Na sequência tem-se as empresas de pequeno porte,
com 472 estabelecimentos, representando 30% do total e as de médio porte, que
possuem 132 estabelecimentos, 8,4% do total. Por fim, existem 29 empresas de grande
porte, sendo 1,8% do total dessa indústria.
A indústria de borracha e plástico emprega 40.581 pessoas no estado do Rio
Grande do Sul. Embora em números de estabelecimentos as microempresas sejam
mais representativas, elas empregam apenas 7,9% da mão-de-obra utilizada no setor.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 80
Por outro lado, 66,5% dos trabalhadores formais desta indústria estão empregados nas
empresas de médio e grande porte.
Tabela 14.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de
Borracha e Plástico por Subsetor
Estabelecimentos
nº
Fabricação de pneumáticos e de câmaras de ar
Reforma de pneumáticos usados
Fab. de artefatos de borracha não especif. anteriormente
Fab. de laminados planos e tubulares de material plástico
Fabricação de embalagens de material plástico
Fab. de tubos e acessórios de material plástico p/ uso na const.
Fab. de artefatos de material plástico não especif. anteriormente
Total do segmento
11
91
174
56
270
9
961
1.572
(%)
0,7
5,8
11,1
3,6
17,2
0,6
61,1
100
Empregados
nº
3.345
1.149
6.038
1.989
6.570
64
21.426
40.581
(%)
8,2
2,8
14,9
4,9
16,2
0,2
52,8
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A remuneração por trabalhador nessa indústria é, em média, de 2,6 salários
mínimos. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 1,9
salários mínimos por trabalhador e as empresas de grande porte são as que melhor
remuneram, pagando em média para os seus funcionários 3,2 salários mínimos. Nesta
indústria, o tempo de trabalho médio é de 42,9 horas semanais, não tendo grande
variação conforme o porte da indústria.
5,7
36,1
0,2
0,4
5,5
51,8
0,3
Figura 14.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Borracha e
Plástico
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Entre os subsetores desta indústria, o que emprega maior quantidade de
funcionários (6.570) é o de fabricação de embalagens de material plástico. A segunda
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 81
atividade em números de funcionários é a fabricação de pneumáticos e de câmaras de
ar, com 3,3 mil funcionários, que representa 8,2% do total.
No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de borracha e
plástico através do estado, é possível observar uma grande concentração – duas
regiões detêm quase 90% dos trabalhadores formais empregados. Quase 52% dos
trabalhadores estão empregados na região Metropolitana de Porto Alegre e 36,1% na
região Nordeste. Esta distribuição pode ser observada na figura 14.2.
Características do Trabalhador
Cabe destacar que, em média, o tempo que o trabalhador permanece empregado
nesta indústria é 48,5 meses (período maior do que a média encontrada para a indústria
de transformação do Estado), tendo maior estabilidade nas empresas de grande porte
(66,2 meses) e menor nas microempresas (37,1 meses).
Tabela 14.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Borracha e Plástico
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
939
3.224
2.171
1.053
35,1
37,1
1,9
43,4
2 em salários mínimos
Pequena
472
10.378
6.402
3.976
34,4
37,4
2,2
43,4
Média
132
13.105
7.716
5.389
33,0
41,4
2,5
43,0
Grande
29
13.874
9.477
4.397
33,4
66,2
3,2
42,4
Total
1.572
40.581
25.766
14.815
33,7
48,5
2,6
42,9
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE
Seguindo a tendência da indústria de transformação no Estado, os trabalhadores
deste segmento são predominantemente do sexo masculino (63,5%). Este percentual é
maior nas grandes empresas (68,3%) e menor nas médias (58,9%). Ainda, o segmento
é caracterizado, no geral, por trabalhadores jovens. A idade média é de 33,7 anos,
sendo que 90,3% têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores
de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 14.1. Uma vez que existem apenas
171 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,42%, os
mesmos foram excluídos do gráfico.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 82
Gráfico 14.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Borracha e Plástico
de Acordo com a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
O grau de escolaridade dos trabalhadores da indústria de borracha e plástico é
relativamente baixo. Apenas 4,1% possuem educação em nível superior completa e
5,7% em nível superior incompleto. A maior parte dos trabalhadores desta indústria
(41,4%) possui ensino médio completo. O grau de instrução desses trabalhadores pode
ser observado no gráfico 14.2. Cabe destacar que existem apenas 17 trabalhadores
nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou
doutorado).
Gráfico 14.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Borracha
e Plástico de Acordo com o Grau de Instrução
41,4
18,9
18,3
11,5
5,7
4,1
0,1
Analfabeto
0,0
Entre 1 e 8
anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
Entre 13 e 16
anos
17 anos
Mais de 17
anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A indústria de borracha e plástico oferece diversas alternativas de trabalho no
RS. As principais ocupações são as operações de instalação em indústrias químicas e
petroquímicas, que engloba aproximadamente 22,4% dos trabalhadores empregados
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 83
nesta indústria, e os embaladores e alimentadores da produção, com 20,3% do total de
trabalhadores.
Tabela 14.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Borracha e
Plástico
Empregados
Operadores de instalações em indústrias químicas, petroquímicas e afins
Embaladores e alimentadores de produção
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Operadores de outras instalações químicas, petroquímicas e afins
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Técnicos de nivel médio em operações industriais
Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos
Operadores de utilidades
Trabalhadores da produção gráfica
Mecânicos de manutenção de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais
Supervisores de produção, em indústrias químicas, petroquímicas e afins
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas
Trab de tratamento térmico e de superfícies de metais e de compósitos
Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos
Técnico em ciências físicas e químicas
Gerentes de áreas de apoio
Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros
Técnicos de nivel médio em operações comerciais
Trabalhadores elementares da manutenção
Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos
Outras ocupações
Total
9.076
8.221
1.975
1.821
1.338
1.302
1.053
1.000
925
782
755
666
657
621
590
536
512
483
469
444
7.355
40.581
Nº médio de
Salários
Recebidos
2,3
1,7
2,2
2,4
2,3
3,3
3,2
2,2
2,3
3,3
4,7
2,8
2,9
2,2
2,6
8,1
1,5
3,9
1,9
2,2
3,9
2,6
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 84
15 MINERAIS NÃO METÁLICOS
Esta indústria possui 11 subsetores e um total de 2.183 estabelecimentos. O
destaque é a fabricação de artigos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e
materiais semelhantes. Este subsetor conta com 957 estabelecimentos, o que
representa aproximadamente 43,8% do total da indústria de minerais não metálicos. A
segunda atividade no estado nesse segmento é a fabricação de produtos cerâmicos
não refratários para uso estrutural na construção, com um total de 519
estabelecimentos, seguido do aparelhamento e outros trabalhos em pedras, com 394
estabelecimentos.
76% dos estabelecimentos desta indústria estão concentrados em três
mesorregiões, sendo que 34,0% estão localizados na região Metropolitana de Porto
Alegre, 24,6% na região Noroeste e 17,4% na região Nordeste. As demais regiões
somam os 24,0% restantes.
24,6
17,4
1,6
4,5
12,0 34,0
5,8
Figura 15.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Minerais
não Metálicos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
As microempresas representam quase 75% do total. As empresas de pequeno e
médio porte representam 22,4% e 2,7% dos estabelecimentos, respectivamente. Há
apenas 4 estabelecimentos de grande porte nesta indústria.
A indústria de minerais não metálicos emprega quase 22 mil pessoas no estado
do Rio Grande do Sul. Aproximadamente 40,2% dos trabalhadores estão empregados
nas pequenas empresas, 27,7% nas de médio porte, 25,0% nas microempresas e 7,1
nas de grande porte.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 85
Tabela 15.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de
Minerais não Metálicos por Subsetor
Estabelecimentos
nº
Fabricação de vidro plano e de segurança
Fabricação de embalagens de vidro
Fabricação de artigos de vidro
Fabricação de cimento
Fab. de artigos de concreto, cimento, fibrocim., gesso e mat. semelhantes
Fabricação de produtos cerâmicos refratários
Fabricação de produtos cerâmica não-refratários p/ uso estrutural na const.
Fabricação de produtos cerâmica não-refratário não especif. anteriormente
Aparelhamento e outros trabalhos em pedras
Fabricação de cal e gesso
Fabricação de produtos de minerais não metálicos não especif. anteriormente
Total do segmento
14
1
78
7
957
31
519
45
394
19
118
2.183
(%)
0,6
0,0
3,6
0,3
43,8
1,4
23,8
2,1
18,0
0,9
5,4
100
Empregados
nº
778
185
1.381
470
9.168
199
5.496
726
2.245
495
813
21.956
(%)
3,5
0,8
6,3
2,1
41,8
0,9
25,0
3,3
10,2
2,3
3,7
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A remuneração média por trabalhador nessa indústria (2,1 salários mínimos) está
abaixo da média observada para a indústria de transformação do Estado. As
microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 1,6 salários mínimos
por trabalhador e as empresas de médio porte são as que melhor remuneram neste
setor, pagando em média para os seus funcionários 2,7 salários mínimos.
17,9
19,2
1,2
4,9
10,4
40,1
6,3
Figura 15.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Minerais não
Metálicos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Do total de trabalhadores desta indústria, aproximadamente 41,8% encontram-se
empregados nas empresas de fabricação de artigos de concreto, cimento, fibrocimento,
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 86
gesso e materiais semelhantes. A segunda atividade em números de funcionários é a
fabricação de produtos cerâmicos não refratários para uso estrutural na construção,
com 5.496 funcionários, que representa 25,0% do total.
No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de minerais não
metálicos através do estado, é possível observar que quatro regiões concentram mais
de 87% dos trabalhadores formais empregados, sendo que 40,1% estão concentrados
na região Metropolitana de Porto Alegre, 19,2% na região Nordeste, 17,9% na região
Noroeste e 10,4% na região Centro Oriental. Esta distribuição pode ser observada na
figura 15.2.
Características do Trabalhador
Na indústria de minerais não metálicos a duração média dos contratos de
trabalho é menor do que a observada para a indústria de transformação do Estado.
Aqui, o trabalhador permanece empregado, em média, por 38,6 meses, com maior
estabilidade nas empresas de porte médio (40,4 meses) e menor nas microempresas
(34,6 meses).
Tabela 15.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Minerais não Metálicos
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
Pequena
1.633
5.480
4.856
624
35,2
34,6
1,6
43,4
2 em salários mínimos
488
8.834
7.873
961
35,6
39,5
1,9
43,4
Média
58
6.073
4.978
1.095
34,7
40,4
2,7
43,2
Grande
4
1.569
1.385
184
33,1
39,9
2,6
43,0
Total
2.183
21.956
19.092
2.864
35,1
38,6
2,1
43,3
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE
Assim como na maior parte dos setores que compões a indústria de
transformação do RS, a mão-de-obra empregada neste segmento é predominantemente
masculina (87%). Este percentual é maior nas pequenas empresas (89,1%) e menor
nas de porte médio (82%). A idade média do trabalhador é de 35,1 anos, sendo que
86,2% têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo
com a idade está caracterizada no gráfico 15.1. Uma vez que existem apenas 144
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 87
trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,66%, os
mesmos foram excluídos do gráfico.
Gráfico 15.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Minerais não
Metálicos de Acordo com a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Como pode ser observado no gráfico 15.2, o grau de instrução dos trabalhadores
é baixo. Apenas 2,8% dos trabalhadores possuem educação em nível superior completo
e 3,5% em nível incompleto. A maior parte dos empregados (31,2%) possui ensino
fundamental incompleto. Cabe destacar que existem somente 8 trabalhadores nesta
indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado).
Gráfico 15.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Minerais
não Metálicos de Acordo com o Grau de Instrução
31,2
31,1
19,6
11,1
3,5
2,8
Entre 13 e 16
anos
17 anos
0,7
Analfabeto
0,0
Entre 1 e 8 anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
Mais de 17 anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Quanto à ocupação dos trabalhadores, a tabela 15.3 mostra que a maior parte
das vagas nesta indústria é ocupada por trabalhadores artesanais da siderurgia e de
materiais de construção (12,7%); por condutores de veículos e operadores de
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 88
equipamentos de elevação e de movimentação de cargas (8,9%); e por trabalhadores
de instalações e equipamentos de material de construção (8,9%).
Tabela 15.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Minerais
não Metálicos
Empregados
Trabalhadores artesanais da siderurgia e de materiais de construção
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas
Trab de instalações e equipamentos de material de construção, cerâmica e vidro
Trabalhadores da construção civil e obras públicas
Embaladores e alimentadores de produção
Ajudantes de obras
Vidreiros, ceramistas e afins
Trabalhadores de beneficiamento de minérios e pedras ornamentais
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Trabalhadores de acabamento de obras
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Vendedores e demonstradores
Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros
Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos
Mecânicos de manutenção de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais
Supervisores da extração mineral e da construção civil
Gerentes de áreas de apoio
Trabalhadores de manobras sobre trilhos e movimentação e cargas
Gerentes de produção e operações
Supervisores de produção em indústrias siderúrgicas
Outras ocupações
Total
2.786
1.960
1.952
1.704
1.405
1.356
1.283
1.236
1.166
1.114
440
405
390
317
310
280
269
203
168
164
3.048
21.956
Nº médio de
Salários
Recebidos
1,5
2,5
1,8
2,1
1,8
1,4
1,9
2,0
1,7
1,9
2,0
2,2
1,4
2,2
2,7
4,0
5,0
1,8
4,7
3,8
3,0
2,1
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 89
16 METALURGIA
Nesta indústria existem 468 estabelecimentos, divididos em 14 subsetores. O
destaque é a fundição de ferro e aço, que conta com 141 estabelecimentos,
representando 30,1% do total. A segunda atividade no estado nesse segmento é
fundição de metais não ferrosos e suas ligas, com um total de 83 estabelecimentos,
seguido da metalurgia do alumínio e suas ligas, com 48 estabelecimentos.
Como pode ser observado na figura 16.1, mais da metade das empresas da
indústria de metalurgia estão situadas na região Metropolitana de Porto Alegre
(52,6%). Ainda, as regiões Nordeste e Noroeste detêm 28,2% e 9,4% dos
estabelecimentos – respectivamente – e as demais regiões somam os 9,8% restantes.
9,4
28,2
0,0
0,4
5,6
52,6
3,8
Figura 16.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de
Metalurgia
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Grande parte dos estabelecimentos desta indústria é classificada como
microempresas (66,9%). As empresas de pequeno porte possuem 111
estabelecimentos, o que representa 23,7% do total de estabelecimentos; as de médio
porte, com 34 estabelecimentos, representam 7,3% do total. Por fim, existem apenas
10 empresas de grande porte, sendo 2,1% do total dessa indústria.
Há 13.252 pessoas no estado do Rio Grande do Sul empregadas neste
segmento. Cabe destacar que, embora em números de estabelecimentos as
microempresas sejam mais representativas, elas empregam apenas 7,8% da mão-deobra utilizada no setor. Por outro lado, mais de 45,5% dos trabalhadores formais desta
indústria estão empregados nas empresas de grande porte.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 90
Tabela 16.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de
Metalurgia por Subsetor
Estabelecimentos
nº
Produção de ferro gusa
Produção de ferroligas
Produção de semi acabados de aço
Produção de laminados planos de aço
Produção de laminados longos de aço
Prod de relaminados, trefilados e perfilados de aço
Produção de tubos de aço com costura
Produção de outros tubos de ferro e aço
Metalurgia do alumínio e suas ligas
Metalurgia dos metais preciosos
Metalurgia do cobre
Metalurgia dos metais não ferrosos e suas ligas não especif. anter.
Fundição de ferro e aço
Fundição de metais não ferrosos e suas ligas
Total do segmento
4
5
3
8
11
19
2
28
48
14
5
97
141
83
468
(%)
0,9
1,1
0,6
1,7
2,4
4,1
0,4
6,0
10,3
3,0
1,1
20,7
30,1
17,7
100
Empregados
nº
16
8
6
36
2.815
409
621
585
515
92
386
820
5.961
982
13.252
(%)
0,1
0,1
0,0
0,3
21,2
3,1
4,7
4,4
3,9
0,7
2,9
6,2
45,0
7,4
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A remuneração média por trabalhador (3,8 salários mínimos) está
consideravelmente acima da média observada para a indústria de transformação do
Estado (2,6 salários mínimos). Os trabalhadores encontram melhores salários nas
empresas de grande porte, onde a remuneração média é de 4,7 salários mínimos.
12,7
32,2
0,0
0,8
3,8
49,9
0,6
Figura 16.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Metalurgia
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Como pode ser observado na tabela 16.1, 45% dos trabalhadores encontramse empregados nas empresas de fundição de ferro e aço. A segunda atividade em
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 91
números de funcionários é a produção de laminados longos de aço, com 2.815
funcionários, que representa 21,2% do total.
No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores, é possível observar que
três regiões concentram quase 95% da mão-de-obra formal, sendo que 49,9% estão
localizados na região Metropolitana de Porto Alegre, 32,2% na região Nordeste e
12,7% na região Noroeste. Esta distribuição pode ser observada na figura 16.2.
Características do Trabalhador
Este segmento é o segundo em termos de duração média do contrato de
trabalho. O trabalhador permanece empregado, em média, por 69,6 meses. Os
estabelecimentos de grande porte oferecem maior estabilidade (88,9 meses) e são nas
microempresas que os contratos duram menos (44,5 meses).
Tabela 16.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Metalurgia
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
Pequena
313
1.032
847
185
36,2
44,5
2,2
43,6
2 em salários mínimos
111
2.182
1.828
354
36,5
45,6
2,6
43,6
Média
34
4.011
3.279
732
36,0
60,3
3,5
43,2
Grande
10
6.027
5.184
843
34,9
88,9
4,7
43,4
Total
468
13.252
11.138
2.114
35,6
69,6
3,8
43,4
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
84% dos trabalhadores desta indústria são do sexo masculino. Este percentual é
maior nas empresas de grande porte (86%) e menor nas de porte médio (81,8%). A
idade média do trabalhador é de 35,6 anos, sendo que 86,8% têm menos de 49 anos. A
distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no
gráfico 16.1. Uma vez que existem apenas 67 trabalhadores nesta indústria com 65
anos ou mais, o que representa 0,51%, os mesmos foram excluídos do gráfico.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 92
Gráfico 16.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Metalurgia de Acordo
com a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Como mostra o gráfico 16.2, apenas 8,3% dos trabalhadores possuem educação
em nível superior completo e 6,8% em nível superior incompleto. A maior parte dos
empregados (39,6%) possui ensino médio completo e é possível observar que grande
parte dos funcionários não concluiu o ensino fundamental (18,4%). Cabe destacar que
existem 59 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pósgraduação (mestrado e/ou doutorado).
Gráfico 16.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de
Metalurgia de Acordo com o Grau de Instrução
39,6
18,4
15,9
10,4
6,8
8,3
0,4
0,2
Analfabeto
Entre 1 e 8
anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
Entre 13 e 16
anos
17 anos
Mais de 17
anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A tabela 16.3 traz as principais ocupações, em termos de número de
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 93
trabalhadores. A maior parte das vagas nesta indústria é ocupada por trabalhadores de
conformação de metais e de compósitos (16,7%), por trabalhadores de usinagem de
metais e de compósitos (9,9%) e Operadores de instalações e equipamentos de
produção de metais e ligas (primeira fusão) (7,7%).
Tabela 16.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Metalurgia
Empregados
Trabalhadores de conformação de metais e de compósitos
Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos
Operadores de instalações e equip. de prod. de metais e ligas (primeira fusão)
Embaladores e alimentadores de produção
Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos
Técnicos em metalmecânica
Técnicos de nivel médio em operações industriais
Mecânicos de manut. de maq. e equip. industriais, comerciais e residenciais
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Operadores de utilidades
Profissionais de organização e administração de empresas e afins
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de mov. de cargas
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Trab de tratamento térmico e de superfícies de metais e de compósitos
Operadores de instalações e equip. de prod. de metais e ligas (segunda fusão)
Supervisores da transformação de metais e de compósitos
Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos
Gerentes de áreas de apoio
Técnicos de nivel médio em operações comerciais
Técnicos em eletroeletrônica e fotônica
Outras ocupações
Total
2.215
1.318
1.015
1.002
683
646
625
509
498
442
401
365
362
254
227
179
137
129
127
123
1.995
13.252
Nº médio de
Salários
Recebidos
2,4
2,9
3,3
1,9
2,6
5,4
4,0
3,0
3,8
3,6
10,5
3,3
3,3
2,7
3,0
5,6
2,2
12,4
5,6
6,9
4,5
3,8
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 94
17 PRODUTOS DE METAL (EXCETO MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS)
Este setor é o primeiro com maior número de estabelecimentos. No total, são
5.159, divididos em 16 subsetores. O destaque é a fabricação de esquadrias de metal,
que concentra 24,8% do total da indústria de produtos de metal (exceto máquinas e
equipamentos). A segunda atividade no estado nesse segmento é a fabricação de
artigos de serralheria (exceto esquadrias), com um total de 548 estabelecimentos,
seguido dos serviços de usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais, com
465 estabelecimentos.
Na figura 17.1 é possível observar que a maior parte das empresas está
localizada nas regiões Metropolitana de Porto Alegre (42%), Nordeste (26,7%) e
Noroeste (17,1%) do Rio Grande do Sul. As demais regiões somam os 14,2%
restantes.
17,1
26,7
1,4
2,7
7,3
42,0
2,7
Figura 17.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Produtos
de Metal
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Dos estabelecimentos deste setor, 79,2% são classificados como
microempresas. As empresas de pequeno e médio porte representam 16,9% e 3,3% do
total, respectivamente. Ainda, existem apenas 33 empresas de grande porte, sendo
0,6% do total dessa indústria.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 95
Tabela 17.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de
Produtos de Metal por Subsetor
Estabelecimentos
Fabricação de estruturas metálicas
Fabricação de esquadrias de metal
Fabricação de obras de caldeiraria pesada
Fabricação de tanques, reservatórios metálicos e caldeiras p/ aquecimento central
Fab. de caldeiras geradoras de vapor, exceto para aquecimento central e para veic.
Produção de forjados de aço e de metais não-ferrosos e suas ligas
Produção de artefatos estampados de metal; metalurgia do pó
Serviços de usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais
Fabricação de artigos de cutelaria
Fabricação de artigos de serralheria, exceto esquadrias
Fabricação de ferramentas
Fabricação de equipamento bélico pesado, armas de fogo e munições
Fabricação de embalagens metálicas
Fabricação de produtos de trefilados de metal
Fabricação de artigos de metal para uso doméstico e pessoal
Fabricação de produtos de metal não especificados anteriormente
Total do segmento
nº
440
1.277
14
65
12
62
353
465
99
548
320
6
15
214
369
900
5.159
(%)
8,5
24,8
0,3
1,3
0,2
1,2
6,8
9,0
1,9
10,6
6,2
0,1
0,3
4,1
7,2
17,4
100
Empregados
nº
7.221
6.211
308
974
96
2.279
4.335
4.505
5.029
2.452
6.579
3.103
1.017
2.235
5.023
14.750
66.117
(%)
10,9
9,4
0,5
1,5
0,1
3,4
6,6
6,8
7,6
3,7
10,0
4,7
1,5
3,4
7,6
22,3
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A mão-de-obra é composta por 66.117 trabalhadores. Destes, 17,6% estão
empregados nas microempresas; 25,1% nas de pequeno porte; 26,3% nas de médio
porte; e 30,9% nas de grande porte. A remuneração média por trabalhador 2,9 salários
mínimos. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 2
salários mínimos por trabalhador e as empresas de grande porte são as que melhor
remuneram neste setor, pagando em média para os seus funcionários 3,4 salários
mínimos.
9,7
35,2
0,5
1,2
6,7
45,8
1,0
Figura 17.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Produtos de
Metal
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 96
Do total de trabalhadores desta indústria, 10,9% encontram-se empregados nas
empresas de fabricação de estruturas metálicas e 10% nas de fabricação de
ferramentas. A terceira atividade em números de funcionários é a fabricação de
esquadrias de metal, com 6.211 funcionários, que representa 9,4% do total.
Grande parte dos trabalhadores desta indústria (90,7%) está concentrada nas três
regiões que possuem o maior número de estabelecimentos – 45,8% estão localizados
na região Metropolitana de Porto Alegre, 35,2% na região Nordeste e 9,7% na região
Noroeste. Esta distribuição pode ser observada na figura 17.2.
Características do Trabalhador
Em média, o trabalhador permanece empregado nesta indústria por um período
de 50,1 meses. As empresas de grande porte oferecem maior estabilidade, visto que
seus contratos de trabalho têm duração média de 76,2 meses. Por outro lado, nas
microempresas – onde a estabilidade é menor – os contratos duram em média 33,5
meses.
Tabela 17.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Produtos de Metal
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
Pequena
4.084
11.661
9.808
1.853
34,4
33,5
2,0
43,4
2 em salários mínimos
870
16.606
13.401
3.205
34,2
35,5
2,5
43,5
Média
172
17.399
13.176
4.223
33,8
44,6
3,1
43,4
Grande
33
20.451
14.851
5.600
33,6
76,2
3,4
43,3
Total
5.159
66.117
51.236
14.881
33,9
50,1
2,9
43,4
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Os trabalhadores são majoritariamente do sexo masculino (77,5%). Este
percentual é maior nas microempresas (84,1%) e menor nas de grande porte (72,6%).
A idade média do trabalhador é de 33,9 anos, sendo que 89% têm menos de 49 anos.
A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada
no gráfico 17.1. Uma vez que existem apenas 288 trabalhadores nesta indústria com 65
anos ou mais, o que representa 0,44%, os mesmos foram excluídos do gráfico.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 97
Gráfico 17.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Produtos de Metal de
Acordo com a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
O grau de instrução dos trabalhadores, como pode ser visto no gráfico 17.2, não
é elevado. Apenas 4,8% possuem educação em nível superior completo e 7% em nível
superior incompleto. A maior parte dos empregados (42,8%) possui ensino médio
completo. Cabe destacar que existem 45 trabalhadores nesta indústria com grau de
instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado).
Gráfico 17.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de
Produtos de Metal de Acordo com o Grau de Instrução
42,8
16,8
17,6
11,2
7,0
4,3
0,2
Analfabeto
0,1
Entre 1 e 8 anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
Entre 13 e 16
anos
17 anos
Mais de 17 anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 98
A indústria de produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos) oferece
diversas alternativas de trabalho no RS. A maior parte das vagas nesta indústria é
ocupada por trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de
compósitos – que ocupam aproximadamente 17,9% das vagas – por trabalhadores de
usinagem de metais e de compósito, com 15,5% do total de trabalhadores e por
embaladores e alimentadores de produção, com 14,8%.
Tabela 17.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Produtos de
Metal
Empregados
Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos
Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos
Embaladores e alimentadores de produção
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Trab de tratamento térmico e de superfícies de metais e de compósitos
Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Técnicos de nivel médio em operações industriais
Trabalhadores de conformação de metais e de compósitos
Mecânicos de manut. de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais
Operadores de utilidades
Operadores de instalações e equip. de produção de metais e ligas (primeira fusão)
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de mov. de cargas
Desenhistas técnicos e modelistas
Supervisores da transformação de metais e de compósitos
Gerentes de áreas de apoio
Técnicos de nivel médio em operações comerciais
Vendedores e demonstradores
Operadores de instalações em indústrias químicas, petroquímicas e afins
Trab nos serviços de adm., conservação e manut. de edifícios e logradouros
Outras ocupações
Total
11.811
10.220
9.773
3.341
2.700
2.244
2.144
2.061
1.496
1.364
1.334
1.265
1.114
938
833
782
719
680
671
666
9.961
66.117
Nº médio de
Salários
Recebidos
2,2
2,9
1,9
2,2
2,5
2,4
2,4
3,9
2,4
2,9
2,3
2,8
2,6
4,3
5,2
7,8
4,3
2,7
2,4
1,5
4,3
2,9
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 99
18 EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA E ELETRÔNICOS
Esta indústria é composta por 11 subsetores e possui 338 estabelecimentos. Os
subsetores que têm maior número de empresas são os de fabricação de aparelhos e
equipamentos de medida, teste e controle (106), e de fabricação de componentes
eletrônicos (103) que juntos representam aproximadamente 62% do total. A terceira
atividade no estado nesse segmento é a fabricação de periféricos para equipamentos
de informática, com um total de 34 estabelecimentos. A região Metropolitana de Porto
Alegre concentra a maior parte das empresas existentes neste setor (61,5%), seguida
da região Nordeste (19,8%). As demais regiões juntas somam os 18,6% restantes. A
figura 18.1 traz a distribuição espacial dos estabelecimentos.
8,6
19,8
0,3
1,2
5,9
61,5
2,7
Figura 18.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de
Equipamentos de Informática e Eletrônicos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Seguindo a tendência da indústria de transformação do Estado, este segmento é
composto em sua maioria por microempresas, que correspondem a 62,7% do total. As
empresas de pequeno porte possuem 85 estabelecimentos, o que representa 25,1% do
total de estabelecimentos desta indústria; as de médio porte, com 32 estabelecimentos,
representam 9,5% do total. Por fim, existem apenas 9 empresas de grande porte, sendo
2,7% do total dessa indústria.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 100
O setor de equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos emprega 12.502
pessoas no estado do Rio Grande do Sul, o que corresponde a 2% do total de
empregados na indústria de transformação. Mesmo que as microempresas representem
grande parte dos estabelecimentos, elas empregam somente 5,3% da mão-de-obra
utilizada no setor, enquanto que as 9 empresas de grande porte englobam 49,3% dos
trabalhadores formais.
A remuneração por trabalhador nessa indústria é relativamente elevada, uma vez
que os trabalhadores recebem, em média, 3,5 salários mínimos. As microempresas
possuem menor remuneração, com uma média de 2,7 salários mínimos por trabalhador
e as empresas de médio porte são as que melhor remuneram neste setor, pagando em
média para os seus funcionários 4,2 salários mínimos. Outro dado importante é que
nesta indústria os empregados trabalham, em média, 43,3 horas semanais, com
variação mínima entre os diferentes portes (em horas contratuais).
Tabela 18.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de
Equipamentos de Informática e Eletrônicos por Subsetor
Estabelecimentos
Fabricação de componentes eletrônicos
Fabricação de equipamentos de informática
Fab. de periféricos para equipamentos de informática
Fab. de equiptos transmissão de comunicação
Fab. de aparelhos telefônicos e de outros equiptos de comunic.
Fab. de aparel. de recepção, reprod., gravação e amplif. de áudio/vídeo
Fabricação de aparelhos e equipamentos de medida, teste e controle
Fabricação de cronômetros e relógios
Fab. de aparelhos eletromédicos e eletroterapêuticos e equip. de irradiação
Fab. de equiptos e instrumentos ópticos, fotográficos e cinematográficos
Fab de mídias virgens, magnéticas e ópticas
Total do segmento
nº
103
21
34
11
10
30
106
2
7
13
1
338
(%)
30,5
6,2
10,1
3,3
3,0
8,9
31,4
0,6
2,1
3,8
0,3
100
Empregados
nº
4.129
135
1.593
468
764
1.242
3.662
3
111
362
33
12.502
(%)
33,0
1,1
12,7
3,7
6,1
9,9
29,3
0,0
0,9
2,9
0,3
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Do total de empregados nesta indústria, 33% encontram-se nas empresas de
fabricação de componentes eletrônicos. A segunda atividade em números de
funcionários é a fabricação de aparelhos e equipamentos de medida, teste e controle,
com 3.662 funcionários, que representa 29,3% do total, seguida da fabricação de
equipamentos de informática, com 12,7%.
No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de
equipamentos de informática e eletrônicos, eletrônicos e ópticos através do estado, é
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 101
possível observar uma grande concentração. Duas regiões detêm mais de 92% dos
trabalhadores formais empregados (76,1% destes estão concentrados na região
Metropolitana de Porto Alegre e 16,3% na região Nordeste). Esta distribuição pode ser
observada na figura 18.2.
1,9
16,3
0,0
0,0
4,6
76,1
1,0
Figura 18.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Equipamentos
de Informática e Eletrônicos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Características do Trabalhador
Em média, o trabalhador permanece empregado neste segmento por 46,2
meses, com maior estabilidade nas empresas de grande porte (50,4 meses) e menor
nas de médio porte (31,8 meses).
Tabela 18.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Equipamentos de Informática
e Eletrônicos
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
Pequena
212
661
427
234
32,5
38,0
2,7
42,6
2 em salários mínimos
85
1.680
947
733
31,1
31,8
2,8
43,5
Média
32
3.998
2.465
1.533
32,4
47,3
4,2
43,4
Grande
9
6.163
3.142
3.021
31,9
50,4
3,3
43,3
Total
338
12.502
6.981
5.521
32,0
46,2
3,5
43,3
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 102
A composição da mão-de-obra é relativamente bem distribuída entre
trabalhadores do sexo masculino (55,8%) e feminino (44,2%). O percentual de homens
é maior nas microempresas (64,6%) e menor nas grandes (51%). Outra característica
forte deste setor é os trabalhadores são jovens. A idade média é de 32 anos, e 92,7%
têm menos de 49 anos.
Gráfico 18.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Equipamentos de
Informática e Eletrônicos de Acordo com a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está
caracterizada no gráfico 18.1. Uma vez que existem apenas 31 trabalhadores nesta
indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,25%, os mesmos foram excluídos do
gráfico.
Gráfico 18.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de
Equipamentos de Informática e Eletrônicos de Acordo com o Grau de Instrução
53,0
5,0
11,2
9,4
7,6
13,1
0,6
0,0
Analfabeto
Entre 1 e 8 anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
Entre 13 e 16
anos
17 anos
Mais de 17 anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 103
O grau de instrução dos trabalhadores deste setor é alto e pode ser observado no
gráfico 18.2. Aproximadamente 13,1% possuem educação superior completa e 11,2%
têm educação em nível superior incompleto. Ainda, 53% têm o ensino médio completo e
9,4% incompleto. Cabe destacar que existem apenas 1 trabalhadores nesta indústria
são analfabetos.
Tabela 18.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de
Equipamentos de Informática e Eletrônicos
Empregados
Embaladores e alimentadores de produção
Montadores e instaladores de equipamentos eletroeletrônicos em geral
Técnicos em eletroeletrônica e fotônica
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Técnicos de nivel médio em operações industriais
Gerentes de áreas de apoio
Engenheiros, arquitetos e afins
Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos
Desenhistas técnicos e modelistas
Técnicos de nivel médio em operações comerciais
Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos
Trabalhadores da construção civil e obras públicas
Pesquisadores
Profissionais de organização e administração de empresas e afins
Vendedores e demonstradores
Profissionais da informática
Supervisores de montagens e instalações eletroeletrônicas
Escriturários contábeis e de finanças
Outras ocupações
Total
2.510
1.994
1.101
664
641
468
439
310
297
246
245
238
223
213
207
177
171
163
157
143
1.895
12.502
Nº médio de
Salários
Recebidos
1,6
1,8
3,5
2,4
3,4
2,4
3,5
12,3
10,2
1,8
6,2
5,2
2,5
2,7
6,8
6,8
4,4
6,0
5,0
3,2
4,8
3,5
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A indústria de equipamentos de informática e eletrônicos, e ópticos oferece
diversas alternativas de trabalho no RS. A maior parte das vagas destina-se aos
embaladores e alimentadores de produção, que somam 20,1% dos trabalhadores desta
indústria, e aos montadores e instaladores de equipamentos eletrônicos em geral, que
somam aproximadamente, com 15,9% do total de empregados.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 104
19 MATERIAL ELÉTRICO
Compreende a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com
507 estabelecimentos divididos em 10 subsetores. O subsetor que conta com maior
número de empresas é o de fabricação de aparelhos e equipamentos para distribuição
e controle de energia elétrica (98), seguido da fabricação de geradores,
transformadores e motores elétricos (61) e da fabricação de lâmpadas e outros
equipamentos de iluminação (51).
As empresas estão concentradas principalmente nas regiões Metropolitana
(42,8%) e Nordeste (31,6%). A região Noroeste conta com 12,2% dos
estabelecimentos dessa indústria e as demais regiões somam os 13,4% restantes. A
figura 19.1 traz esta distribuição espacial.
12,2
31,6
0,8
2,8
7,5
42,8
2,4
Figura 19.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Material
Elétrico
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
No tocante ao porte, esta indústria é caracterizada em sua maioria por
microempresas, que correspondem a 62,1% do total. As empresas de pequeno e médio
porte representam 29,8% e 5,5% dos estabelecimentos, respectivamente. Existem
apenas 13 empresas de grande porte, sendo 2,6% do total dessa indústria.
A indústria de materiais elétricos emprega 13.864 pessoas no estado do Rio
Grande do Sul. Cabe destacar que embora em números de estabelecimentos as
microempresas sejam as mais representativas, elas empregam apenas 7% da mão-deobra utilizada no setor. Por outro lado, mais de 52,7% dos trabalhadores formais desta
indústria estão empregados nas empresas de grande porte.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 105
A remuneração média por trabalhador nessa indústria (3,1 salários mínimos) esta
acima da média da indústria de transformação do Estado. As microempresas possuem
menor remuneração, com uma média de 2,2 salários mínimos por trabalhador e as
empresas de grande porte são as que melhor remuneram neste setor, pagando em
média para os seus funcionários 3,3 salários mínimos.
Tabela 19.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de
Material Elétrico por Subsetor
Estabelecimentos
nº
Fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos
Fab. de pilhas, baterias e acum. elétricos, exc. p/ veic. automotores
Fabricação de baterias e acumuladores para veículos automotores
Fab. de aparelhos e equip. para distribuição e controle de energia elétrica
Fabricação de material elétrico para instalações em circuito de consumo
Fabricação de fios, cabos e condutores elétricos isolados
Fabricação de lâmpadas e outros equipamentos de iluminação
Fab. de fogões, refrigeradores e maq. de lavar e secar para uso doméstico
Fabricação de aparelhos eletrodomésticos não especificados anteriormente
Fab. de equiptos e aparelhos elétricos não especificados anteriormente
Total do segmento
61
4
18
98
36
23
51
21
31
164
507
(%)
12,0
0,8
3,6
19,3
7,1
4,5
10,1
4,1
6,1
32,3
100
Empregados
nº
3.372
32
212
3.402
1.467
683
614
1.289
345
2.448
13.864
(%)
24,3
0,2
1,5
24,5
10,6
4,9
4,4
9,3
2,5
17,7
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Do total de trabalhadores desta indústria, 24,5% encontram-se empregados nas
empresas de fabricação de aparelhos e equipamentos para distribuição e controle de
energia. A segunda atividade em números de funcionários é a fabricação de geradores,
transformadores e motores elétricos, com 3.372 funcionários, que representa 24,3% do
total.
8,5
37,6
0,0
1,2 10,2
41,5
0,8
Figura 19.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Material
Elétrico
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 106
Há um alto grau de concentração dos trabalhadores, duas regiões concentram
quase 80% dos empregados formais, sendo que 41,5% estão situados na região
Metropolitana de Porto Alegre e 37,6% na região Nordeste. Esta distribuição pode ser
observada na figura 19.2.
Características do Trabalhador
Em média, o trabalhador permanece empregado nesta indústria por 49,5 meses.
As empresas de médio porte oferecem menor estabilidade, com duração média dos
contratos de trabalho de 33,7 meses. É nas empresas de grande porte os trabalhadores
encontram maior estabilidade, visto que os contratos de trabalho duram, em média, 55,2
meses.
Tabela 19.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Material Elétrico
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
Pequena
315
968
713
255
33,8
41,5
2,2
43,2
2 em salários mínimos
151
3.002
1.951
1.051
32,3
33,7
2,5
43,3
Média
28
2.586
1.615
971
33,4
54,6
3,2
43,3
Grande
13
7.308
4.741
2.567
33,2
55,2
3,3
43,6
Total
507
13.864
9.020
4.844
33,1
49,5
3,1
43,4
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Aproximadamente 65,1% dos trabalhadores desta indústria são do sexo
masculino. Este percentual é maior nas microempresas (73,7%) e menor nas médias
(62,5%). Os trabalhadores são jovens, com idade média 33,1 anos. Cabe destacar que
91% têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com
a idade está caracterizada no gráfico 19.1. Uma vez que existem apenas 43
trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,31%, os
mesmos foram excluídos do gráfico.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 107
Gráfico 19.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Material Elétrico de
Acordo com a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Do total de trabalhadores, 7,2% possuem educação em nível superior completo e
11,8% em nível incompleto. A maior parte dos empregados (44,2%) possui ensino
médio completo. O grau de instrução pode ser observado no gráfico 19.2. Cabe
destacar que existem somente 7 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução
em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado).
Gráfico 19.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Material
Elétrico de Acordo com o Grau de Instrução
44,2
12,1
13,3
11,8
11,2
7,2
0,2
Analfabeto
0,1
Entre 1 e 8
anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
Entre 13 e 16
anos
17 anos
Mais de 17
anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 108
Ainda, destaca-se que a maior parte das vagas nesta indústria é ocupada por
embaladores e alimentadores da produção (13,6%) e por montadores e instaladores de
equipamentos eletroeletrônicos em geral (12,9%).
Tabela 19.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Material
Elétrico
Empregados
Embaladores e alimentadores de produção
Montadores e instaladores de equipamentos eletroeletrônicos em geral
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos
Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos
Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos
Técnicos em eletroeletrônica e fotônica
Operadores de utilidades
Técnicos de nivel médio em operações industriais
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Técnicos de nivel médio em operações comerciais
Mecânicos de manutenção de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais
Eletricistas eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial
Gerentes de áreas de apoio
Trab de tratamento térmico e de superfícies de metais e de compósitos
Trabalhadores da construção civil e obras públicas
Desenhistas técnicos e modelistas
Vendedores e demonstradores
Operadores de instalações e equip. de produção de metais e ligas (primeira fusão)
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de mov. de cargas
Outras ocupações
Total
1.880
1.786
1.072
1.001
664
657
515
497
452
417
356
282
281
232
221
204
186
186
181
172
2.622
13.864
Nº médio de
Salários
Recebidos
1,8
1,8
2,5
2,4
3,1
2,1
3,4
2,8
3,8
2,5
4,7
3,4
3,0
10,8
2,4
2,2
4,7
3,2
2,3
3,1
4,4
3,1
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 109
20 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Esta indústria conta com 2,2 mil estabelecimentos e é bastante diversificada,
possuindo 26 subsetores. Os três subsetores mais representativos em termos de
número de empresas são os de fabricação de máquinas e equipamentos para a
agricultura e pecuária, exceto para irrigação, com 19,9% do total; fabricação de
máquinas e aparelhos de refrigeração e ventilação para uso industrial e comercial,
com 6,8%; e de fabricação de máquinas ferramenta, com 6,6%.
A figura 20.1 traz a distribuição espacial dos estabelecimentos. Pode-se
observar uma alta concentração na região Metropolitana de Porto Alegre, onde estão
localizadas 43,7% das empresas do setor, seguida das regiões Nordeste e Noroeste,
que detém 27,6% e 17,4%, respectivamente. As demais regiões somam os 11,3%
restantes.
17,4
27,6
0,6
1,7
7,6
43,7
1,4
Figura 20.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Máquinas
e Equipamentos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Esta indústria é caracterizada em sua maioria por microempresas, que
correspondem a 63,1% do total. As empresas de pequeno porte representam 27,1% dos
estabelecimentos, as porte médio 7,9% e as de grande porte apenas 2%.
Mais de 62 mil trabalhadores formais do Estado estão empregados na indústria
de máquinas e equipamentos. Cabe destacar que as microempresas empregam apenas
7,4% da mão-de-obra utilizada no setor. Por outro lado, as empresas de pequeno,
médio e grande porte empregam, respectivamente, 19,4%, 29,4% e 43,8% dos
trabalhadores desta indústria.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 110
A remuneração média por trabalhador nessa indústria é de 3,5 salários mínimos.
As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 2,5 salários
mínimos por trabalhador e as empresas de grande porte são as que melhor remuneram
neste setor, pagando em média para os seus funcionários 4 salários mínimos.
Tabela 20.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de
Máquinas e Equipamentos por Subsetor
Estabelecimentos
nº
Fabricação de motores e turbinas, exceto para aviões e veículos rodoviários
Fabricação de equipamentos hidráulicos e pneumáticos, exceto válvulas
Fabricação de válvulas, registros e dispositivos semelhantes
Fabricação de compressores
Fabricação de equipamentos de transmissão para fins industriais
Fabricação de aparelhos e equipamentos para instalações térmicas
Fab. de maq., equiptos e aparelhos p/ transporte e elevação de cargas e pessoas
Fab. de maq. e aparelhos de refrigeração e ventilação p/ uso industrial e comercial
Fabricação de aparelhos e equipamentos de ar condicionado
Fabricação de máquinas e equipamentos para saneamento básico e ambiental
Fab. de máquinas e equipamentos de uso geral não especificados anteriormente
Fabricação de tratores agrícolas
Fabricação de equipamentos para irrigação agrícola
Fab. de máquinas e equipamentos para a agricultura e pecuária, exceto para irrigação
Fabricação de máquinas ferramenta
Fabricação de máquinas e equipamentos para a prospecção e extração de petróleo
Fab. de outras maq. e equiptos p/ uso na extração mineral, exc. na extração de petróleo
Fabricação de tratores, exceto agrícolas
Fab. de maq. e equiptos p/ terraplenagem, pavimentação e construção, exc. tratores
Fabricação de máquinas para a indústria metalúrgica, exceto máquinas ferramenta
Fab. de máquinas e equipamentos para as indústrias de alimentos, bebidas e fumo
Fabricação de máquinas e equipamentos para a indústria têxtil
Fab. de maq. e equiptos para as indústrias do vestuário, do couro e de calçados
Fab. de maq. e equiptos p/ as indústrias de celulose, papel e papelão e artefatos
Fabricação de máquinas e equipamentos para a indústria do plástico
Fab. de maq. e equiptos p/ uso industrial específico não especificados anteriormente
Total do segmento
11
59
33
3
31
29
98
149
19
35
360
21
10
439
164
3
6
2
17
146
100
12
142
5
18
294
2.206
(%)
0,5
2,7
1,5
0,1
1,4
1,3
4,4
6,8
0,9
1,6
16,3
1,0
0,5
19,9
7,4
0,1
0,3
0,1
0,8
6,6
4,5
0,5
6,4
0,2
0,8
13,3
100
Empregados
nº
430
857
1.411
4
1.177
460
5.179
3.532
880
226
5.954
2.294
62
24.069
3.481
244
78
12
728
1.195
3.311
53
1.860
368
261
3.913
62.039
(%)
0,7
1,4
2,3
0,0
1,9
0,7
8,3
5,7
1,4
0,4
9,6
3,7
0,1
38,8
5,6
0,4
0,1
0,0
1,2
1,9
5,3
0,1
3,0
0,6
0,4
6,3
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Do total de empregados nesta indústria, 38,8% encontram-se nas empresas de
fabricação de máquinas e equipamentos para a agricultura e pecuária, exceto para
irrigação. A segunda atividade em números de funcionários é a fabricação de máquinas,
equipamentos e aparelhos para transporte e elevação de cargas, com 5.179
funcionários, que representa 8,3% do total.
Os trabalhadores estão concentrados principalmente em três regiões – 35,4% estão
situados na região Metropolitana de Porto Alegre; 35,2% na região Noroeste; e 21,6%
na região Nordeste.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 111
35,2
21,6
1,4
0,2
5,1
35,4
1,0
Figura 20.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Máquinas e
Equipamentos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Características do Trabalhador
O trabalhador permanece empregado nesta indústria, em média, 54,9 meses,
com maior estabilidade nas empresas de grande porte (66,4 meses) e menor nas
microempresas (38,7 meses).
Tabela 20.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Máquinas e Equipamentos
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
Pequena
1.391
4.592
3.814
778
34,8
38,7
2,5
43,3
2 em salários mínimos
597
12.049
10.217
1.832
34,7
40,1
3,0
43,3
Média
174
18.252
15.243
3.009
34,4
51,5
3,3
43,3
Grande
44
27.146
23.375
3.771
33,1
66,4
4,0
43,5
Total
2.206
62.039
52.649
9.390
33,9
54,9
3,5
43,4
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Seguindo a tendência da indústria de transformação do Estado, a maior parte da
mão-de-obra deste segmento é do sexo masculino (84,9%). Este percentual é maior nas
empresas de grande porte (86,1%) e menor nas microempresas (83,1%). A idade média
do trabalhador é de 33,9 anos, sendo que mais de 89% tem menos de 49 anos. A
distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 112
gráfico 20.1. Uma vez que existem apenas 338 trabalhadores nesta indústria com 65
anos ou mais, o que representa 0,54%, os mesmos foram excluídos do gráfico.
Gráfico 20.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Máquinas e
Equipamentos de Acordo com a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Dos trabalhadores desta indústria, 8% possuem educação em nível superior
completo, 9,1% em nível superior incompleto, e a maior parte tem o ensino médio
completo (44,2%). O grau de instrução desses trabalhadores pode ser observado no
gráfico 20.2. Cabe destacar que existem 120 trabalhadores nesta indústria com grau de
instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado).
Gráfico 20.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Máquinas
e Equipamentos de Acordo com o Grau de Instrução
44,2
13,0
13,7
11,8
9,1
8,0
0,2
0,1
Analfabeto
Entre 1 e 8 anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
Entre 13 e 16
anos
17 anos
Mais de 17 anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 113
A indústria de máquinas e equipamentos oferece diversas alternativas de
trabalho no RS. A maior parte das vagas está ocupada por trabalhadores de montagem
de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos trabalhadores de usinagem de
metais e de compósitos (15,6%) e por trabalhadores de usinagem de metais e de
compósitos (13,8%).
Tabela 20.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Máquinas
e Equipamentos
Empregados
Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos
Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos
Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos
Embaladores e alimentadores de produção
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Técnicos de nivel médio em operações industriais
Trab de tratamento térmico e de superfícies de metais e de compósitos
Desenhistas técnicos e modelistas
Mecânicos de manut. de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais
Técnicos de nivel médio em operações comerciais
Operadores de instalações e equip. de prod. de metais e ligas (primeira fusão)
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de mov. de cargas
Supervisores da transformação de metais e de compósitos
Técnicos em metalmecânica
Gerentes de áreas de apoio
Engenheiros, arquitetos e afins
Profissionais de organização e administração de empresas e afins
Trabalhadores de conformação de metais e de compósitos
Operadores de utilidades
Outras ocupações
Total
Nº médio de
Salários
Recebidos
9.675
8.554
6.379
4.380
3.167
2.888
2.591
1.631
1.589
1.459
1.338
1.247
1.100
1.097
999
980
743
698
696
687
10.141
62.039
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 114
2,6
3,0
2,6
1,9
2,5
2,5
3,9
2,5
4,7
2,7
6,1
2,3
2,6
6,1
4,3
11,6
10,5
6,8
2,5
2,4
4,5
3,5
21 VEÍCULOS AUTOMOTORES
Esta indústria conta com 705 estabelecimentos divididos em 10 categorias. O
destaque é fabricação de cabines, carrocerias e reboques para veículos automotores,
que possui 220 estabelecimentos e representa 31,2% do total. A segunda atividade no
estado nesse segmento é o recondicionamento e recuperação de motores para veículos
automotores, com um total de 86 estabelecimentos, seguido da fabricação de peças e
acessórios para o sistema motor de veículos automotores, com 33 estabelecimentos. As
empresas estão concentradas principalmente nas regiões Nordeste (39%) e
Metropolitana (37,3%). Ainda, 11,8% dos estabelecimentos estão localizados na região
Noroeste e as demais regiões somam os 11,9% restantes.
11,8
39,0
1,1
1,8
6,5
37,3
2,4
Figura 21.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Veículos
Automotores
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A maior parte dos estabelecimentos é classificada como microempresa,
correspondendo a 57,2% do total. As empresas de pequeno porte possuem 196
estabelecimentos, o que representa 27,8% do total desta indústria; as de médio porte,
com 70 estabelecimentos, representam 9,9% do total. Por fim, existem 36 empresas de
grande porte, sendo 5,1% do total dessa indústria.
A indústria de veículos automotores emprega 52,1 mil pessoas no Estado e cabe
destacar que as microempresas, embora sejam mais representativas em números de
estabelecimentos, empregam apenas 2,6% da mão-de-obra utilizada no setor. Por outro
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 115
lado, cerca de 74% dos trabalhadores formais desta indústria estão empregados nas
empresas de grande porte.
A remuneração média por trabalhador nessa indústria é de 4 salários mínimos,
acima da observada para a indústria de transformação do RS. As microempresas
possuem menor remuneração, com uma média de 2,2 salários mínimos por trabalhador
e as empresas de grande porte são as que melhor remuneram neste setor, pagando em
média para os seus funcionários 4,3 salários mínimos.
Tabela 21.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de
Veículos Automotores por Subsetor
Estabelecimentos
nº
Fabricação de automóveis, camionetas e utilitários
Fabricação de caminhões e ônibus
Fabricação de cabines, carrocerias e reboques para veículos automotores
Fabricação de peças e acessórios para o sistema motor de veículos automotores
Fab. de peças e acessor. p/ os sistemas de marcha e transmissão de veic. automotores
Fabricação de peças e acessórios para o sistema de freios de veículos automotores
Fab. de peças e acessórios para o sist. de direção e suspensão de veic. automotores
Fabricação de material elétrico e eletrônico para veículos automotores, exceto baterias
Fab. de peças e acessórios para veículos automotores não especificados anteriormente
Recondicionamento e recuperação de motores para veículos automotores
Total do segmento
10
16
220
33
16
12
19
26
267
86
705
(%)
1,4
2,3
31,2
4,7
2,3
1,7
2,7
3,7
37,9
12,2
100
Empregados
nº
4.339
2.726
19.826
1.042
4.178
3.893
1.248
536
13.780
535
52.103
(%)
8,3
5,2
38,1
2,0
8,0
7,5
2,4
1,0
26,4
1,0
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Do total de trabalhadores desta indústria, mais de 38% encontram-se empregados
nas empresas de fabricação de cabines, carrocerias e reboques para veículos
automotores. A segunda atividade em números de funcionários é a fabricação de
automóveis, camionetas e utilitários, com 4.339 funcionários, que representa 8,3% do
total.
No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de veículos
automotores através do estado, é possível observar que duas regiões concentram mais
de 90% dos trabalhadores formais empregados, sendo que 58,2% estão concentrados
na região Nordeste e 32,2% na região Metropolitana de Porto Alegre. Esta distribuição
pode ser observada na figura 21.2.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 116
7,2
58,2
0,3
0,0
1,7
32,2
0,2
Figura 21.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Veículos
Automotores
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Características do Trabalhador
O tempo que o trabalhador permanece empregado nesta indústria, em média,
são 62,6 meses, com maior estabilidade nas empresas de grande porte (69,3 meses) e
menor nas microempresas (39 meses).
Tabela 21.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Veículos Automotores
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
Pequena
403
1.355
1.096
259
35,3
39,0
2,2
43,5
2 em salários mínimos
196
4.025
3.170
855
33,9
41,9
3,0
43,4
Média
70
8.198
6.608
1.590
33,7
44,9
3,5
43,1
Grande
36
38.525
32.957
5.568
33,4
69,3
4,3
43,3
Total
705
52.103
43.831
8.272
33,5
62,6
4,0
43,3
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Aproximadamente 84% dos trabalhadores desta indústria são do sexo masculino.
Este percentual é maior nas empresas de grande porte (85,5%) e menor nas de
pequeno porte (78,8%). A idade média do trabalhador é de 33,5 anos, sendo que 91,4%
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 117
têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a
idade está caracterizada no gráfico 21.1. Uma vez que existem apenas 137
trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,26%, os
mesmos foram excluídos do gráfico.
Gráfico 21.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Veículos
Automotores de Acordo com a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Dos trabalhadores, 11,7% possuem educação em nível superior completo e 8,6%
em nível superior incompleto. A maior parte dos empregados (46,4%) possui ensino
médio completo. O grau de instrução desses trabalhadores pode ser observado no
gráfico 21.2. Cabe destacar que existem 133 trabalhadores nesta indústria com grau de
instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado).
Gráfico 21.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Veículos
Automotores de Acordo com o Grau de Instrução
46,4
15,8
11,7
8,7
8,6
8,5
0,3
0,1
Analfabeto
Entre 1 e 8 anos
9 anos
Entre 10 e 11 anos
12 anos
Entre 13 e 16 anos
17 anos
Mais de 17 anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 118
A maior parte das vagas nesta indústria é ocupada por trabalhadores de
montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos, com 15,3% do total de
trabalhadores, por montadores de máquinas e aparelhos mecânicos, que ocupam
aproximadamente 14,1%, e por trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos,
com 13,5% e das vagas.
Tabela 21.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Veículos
Automotores
Empregados
Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos
Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos
Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos
Embaladores e alimentadores de produção
Técnicos de nivel médio em operações industriais
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Trab de tratamento térmico e de superfícies de metais e de compósitos
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Operadores de utilidades
Supervisores da transformação de metais e de compósitos
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de mov. de cargas
Mecânicos de manut. de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais
Trabalhadores de conformação de metais e de compósitos
Engenheiros, arquitetos e afins
Operadores de instalações e equip. de prod. de metais e ligas (primeira fusão)
Profissionais de organização e administração de empresas e afins
Técnicos de nivel médio em operações comerciais
Desenhistas técnicos e modelistas
Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros
Operadores de instalações em indústrias químicas, petroquímicas e afins
Outras ocupações
Total
7.946
7.329
7.051
4.097
2.989
2.656
1.810
1.575
1.095
961
785
731
688
650
619
617
581
548
545
487
8.343
52.103
Nº médio de
Salários
Recebidos
3,3
3,1
3,3
1,9
5,1
2,9
3,5
2,8
3,0
8,3
3,1
4,2
2,2
10,5
2,7
7,0
6,6
5,3
2,5
2,5
6,1
4,0
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 119
22 OUTROS EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE (EXCETO VEÍCULOS)
Esta indústria possui 10 subsetores e 98 estabelecimentos. O destaque é a
construção de embarcações e estruturas flutuantes. Este subsetor conta com 23
estabelecimentos, o que representa aproximadamente 23,5% do total da indústria de
outros equipamentos de transporte (exceto veículos). A segunda atividade no estado
nesse segmento é a construção de embarcações para esporte e lazer, com um total de
18 estabelecimentos, seguido da fabricação de bicicletas e triciclos não motorizados,
com 14 estabelecimentos.
A figura 22.1 traz a distribuição espacial dos estabelecimentos. Pode-se observar
que a região Metropolitana de Porto Alegre possui a maior concentração (36,7%),
seguida das regiões Nordeste (25,5%) e Sudeste (18,4%) As demais regiões somam os
19,4% restantes.
9,2
25,5
2,0
1,0
7,1
36,7
18,4
Figura 22.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Outros
Equipamentos de Transporte
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Esta indústria é caracterizada em sua maioria por microempresas, que
correspondem a 68,4% do total. As empresas de pequeno porte possuem 18
estabelecimentos, o que representa 18,4% do total de desta indústria; as de médio
porte, com 9 estabelecimentos, representam 9,2% do total. E as de grande porte, com
apena 4 empresas, correspondem a 4,1% do total nesta indústria.
Estão empregados neste segmento 7.789 trabalhadores. Embora em números de
estabelecimentos as microempresas sejam mais representativas, elas empregam
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 120
apenas 2,2% da mão-de-obra utilizada no setor, a maior parte dos trabalhadores
(81,1%) está concentrada nas empresas de grande porte.
Tabela 22.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de
Outros Equipamentos de Transporte por Subsetor
Estabelecimentos
nº
Construção de embarcações e estruturas flutuantes
Construção de embarcações para esporte e lazer
Fabricação de locomotivas, vagões e outros materiais rodantes
Fabricação de peças e acessórios para veículos ferroviários
Fabricação de aeronaves
Fab. de turbinas, motores e outros component. e peças p/ aeronaves
Fabricação de veículos militares de combate
Fabricação de motocicletas
Fabricação de bicicletas e triciclos não motorizados
Fab. de equipamentos de transporte não especificados anteriormente
Total do segmento
23
18
1
1
5
0
0
8
14
28
98
(%)
23,5
18,4
1,0
1,0
5,1
0,0
0,0
8,2
14,3
28,6
100
Empregados
nº
6.582
217
0
120
21
0
0
46
519
284
7.789
(%)
84,5
2,8
0,0
1,5
0,3
0,0
0,0
0,6
6,7
3,6
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A remuneração média por trabalhador nessa indústria é de 4,8 salários mínimos.
As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 2,3 salários
mínimos por trabalhador e as empresas de grande porte são as que melhor remuneram
neste setor, pagando em média para os seus funcionários 5,2 salários mínimos.
2,2
3,7
0,0
0,0
2,5
6,1
85,5
Figura 22.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Outros
Equipamentos de Transporte
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 121
Do total de trabalhadores desta indústria, 84,5% encontram-se empregados nas
empresas de construção de embarcações e estruturas flutuantes. A segunda atividade
em números de funcionários é a fabricação de bicicletas e triciclos não motorizados,
com 519 funcionários, que representa 6,7% do total.
No que tange à distribuição espacial dos empregados, é possível observar que a
região sudeste concentra sozinha 85,5% dos trabalhadores formais empregados nessa
indústria. As demais regiões somam os 14,5% restantes. Esta distribuição pode ser
observada na figura 22.2.
Características do Trabalhador
Este setor, dentre todos da indústria de transformação do Estado, é o que
oferece o menor tempo médio de contrato de trabalho. O trabalhador permanece
empregado, em média, por 12,4 meses, com maior estabilidade nas microempresas (38
meses) e menor nas empresas de grande porte (8,9 meses).
Tabela 22.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Outros Equipamentos de
Transporte
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
Pequena
67
174
136
38
35,3
38,0
2,3
43,3
2 em salários mínimos
18
361
289
72
34,1
33,0
2,4
43,4
Média
9
939
762
177
33,0
23,3
3,6
43,5
Grande
4
6.315
5.503
812
32,2
8,9
5,2
43,6
Total
98
7.789
6.690
1.099
32,4
12,4
4,8
43,6
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Seguindo a tendência da indústria de transformação do RS, a mão-de-obra
empregada neste segmento é predominantemente masculina (85,9%). Este percentual
é maior nas empresas de grande porte (87,1%) e menor nas microempresas (78,2%). A
idade média do trabalhador é de 32,4 anos, sendo que 92,4% têm menos de 49 anos. A
distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no
gráfico 22.1. Uma vez que existem apenas 19 trabalhadores nesta indústria com 65
anos ou mais, o que representa 0,24%, os mesmos foram excluídos do gráfico.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 122
Gráfico 22.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Outros
Equipamentos de Transporte de Acordo com a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Apenas 8% dos trabalhadores possuem educação em nível superior completo e
6,4% em nível superior incompleto. A maior parte dos empregados (48,7%) possui
ensino médio completo. O grau de instrução desses trabalhadores pode ser observado
no gráfico 22.2. Cabe destacar que existe apenas 4 trabalhador nesta indústria com
grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado).
Gráfico 22.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Outros
Equipamentos de Transporte de Acordo com o Grau de Instrução
48,7
14,3
13,7
9,7
5,4
8,0
0,1
Analfabeto
0,1
Entre 1 e 8 anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
Entre 13 e 16
anos
17 anos
Mais de 17 anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 123
A indústria de outros equipamentos de transporte (exceto veículos) oferece
diversas alternativas de trabalho no RS. A maior parte das vagas nesta indústria é
ocupada por trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de
compósitos (30,3%) e operadores de instalações e equipamentos de produção de
metais e ligas (8,2%).
Tabela 22.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Outros
Equipamentos de Transporte
Empregados
Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos
Operadores de instalações e equip. de prod. de metais e ligas (primeira fusão)
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Embaladores e alimentadores de produção
Trabalhadores da construção civil e obras públicas
Trab de tratamento térmico e de superfícies de metais e de compósitos
Eletricistas eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial
Técnicos de nivel médio em operações industriais
Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de mov. de cargas
Outros trabalhadores na reparação e manutenção de equipamentos
Engenheiros, arquitetos e afins
Técnicos em metalmecânica
Montadores e instaladores de equipamentos eletroeletrônicos em geral
Supervisores de serviços administrativos (exceto de atendimento ao público)
Supervisores da transformação de metais e de compósitos
Técnicos das ciências administrativas
Mecânicos de manut. de maq. e equip. industriais, comerciais e residenciais
Técnicos em eletroeletrônica e fotônica
Outras ocupações
Total
2.362
640
490
308
279
264
250
235
223
208
194
182
172
160
147
122
111
83
83
80
1.196
7.789
Nº médio de
Salários
Recebidos
3,0
3,6
4,4
1,7
3,1
2,8
3,5
10,3
3,0
3,6
4,1
1,6
16,8
13,6
3,3
10,4
7,9
7,4
2,5
7,8
5,8
4,8
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 124
23 MÓVEIS
Este é o quinto segmento da indústria de transformação do Estado em número de
estabelecimentos, sendo 2,8 mil divididos em 4 subsetores. O destaque é a fabricação
de móveis com predominância de madeira. Este subsetor conta com 2.417
estabelecimentos (86,1% do total), seguido da fabricação de móveis com predominância
de metal, com 228 estabelecimentos.
As empresas não estão distribuídas uniformemente entre as sete mesorregiões
do estado. A figura 23.1 traz esta distribuição espacial. Pode-se observar que a região
Nordeste concentra a maior parte dos estabelecimentos, com 36,1%, seguida das
regiões Metropolitana de Porto Alegre e Noroeste, que detém 31,7% e 17,8% dos
estabelecimentos dessa indústria, respectivamente. As demais regiões somam os
14,5% restantes.
17,8
36,1
1,0
3,6
8,7
31,7
1,1
Figura 23.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Móveis
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
No tocante ao porte, esta indústria é caracterizada em sua maioria por
microempresas, que correspondem a 75,4% do total. As empresas de pequeno porte
possuem 544 estabelecimentos, o que representa 19,4% do total desta indústria; as de
médio porte, com 127 estabelecimentos, representam 4,5% do total. Por fim, existem
apenas 19 empresas de grande porte.
Há 41.437 pessoas no estado do Rio Grande do Sul empregadas neste
segmento. Cabe destacar que embora em números de estabelecimentos as
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 125
microempresas sejam as mais representativas, elas empregam apenas 15,2% da mãode-obra utilizada no setor.
A remuneração média por trabalhador nessa indústria é de 2,3 salários mínimos,
estando abaixo da média observada para a indústria de transformação do Estado. As
microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 1,8 salários mínimos
por trabalhador e as empresas de grande porte são as que melhor remuneram neste
setor, pagando em média para os seus funcionários 3,1 salários mínimos.
Tabela 23.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de
Móveis por Subsetor
Estabelecimentos
Fabricação de móveis com predominância de madeira
Fabricação de móveis com predominância de metal
Fab. de móveis de outros mat., exceto madeira e metal
Fabricação de colchões
Total do segmento
nº
2.417
228
130
32
2.807
(%)
86,1
8,1
4,6
1,1
100
Empregados
nº
32.490
5.721
1.655
1.571
41.437
(%)
78,4
13,8
4,0
3,8
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Como é esperado, os dois subsetores que detêm a maior parcela dos
estabelecimentos, também concentram o maior número de empregados. Conforme
explicitado na tabela 23.1, quase 80% dos empregados formais trabalham nas
empresas de fabricação de móveis com predominância de madeira e 13,8% na
fabricação de móveis com predominância de metal.
10,3
48,9
0,2
1,5
6,7
32,0
0,3
Figura 23.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Móveis
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 126
Quanto à distribuição espacial dos trabalhadores, é possível observar que duas
regiões concentram mais de 80% dos trabalhadores formais empregados, sendo que
48,9% estão concentrados na região Nordeste e 32% na região Metropolitana de Porto
Alegre. Esta distribuição pode ser observada na figura 23.2.
Características do Trabalhador
O contrato de trabalho nesta indústria dura, em média, 40,6 meses. Os
trabalhadores encontram maior estabilidade nas empresas de médio porte (43,3 meses)
e menor nas microempresas (34,7 meses).
Tabela 23.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Móveis
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
Pequena
2.117
6.286
4.990
1.296
34,2
34,7
1,8
43,2
2 em salários mínimos
544
11.470
7.808
3.662
34,2
39,2
2,0
43,5
Média
127
12.809
8.027
4.782
33,2
43,3
2,3
43,4
Grande
19
10.872
7.062
3.810
31,4
42,2
3,1
43,4
Total
2.807
41.437
27.887
13.550
33,2
40,6
2,3
43,4
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE
67,3% dos trabalhadores desta indústria são do sexo masculino, sendo que este
percentual é maior nas microempresas (79,4%) e menor nas médias (62,7%). A idade
média do trabalhador é de 33,2 anos, sendo que 90% têm menos de 49 anos. A
distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no
gráfico 23.1. Uma vez que existem apenas 167 trabalhadores nesta indústria com 65
anos ou mais, o que representa 0,40%, os mesmos foram excluídos do gráfico.
Apenas 4,1% dos trabalhadores possuem educação em nível superior completo e
6,4% em nível incompleto. A maior parte dos empregados possui ensino médio
completo (36,8%) ou fundamental incompleto (21,9%). O grau de instrução desses
trabalhadores pode ser observado no gráfico 23.2. Cabe destacar que existem somente
19 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação
(mestrado e/ou doutorado).
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 127
Gráfico 23.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Móveis de Acordo
com a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A indústria de móveis oferece diversas alternativas de trabalho no RS. A maior
parte das vagas nesta indústria são ocupadas por embaladores e alimentadores de
produção – que engloba aproximadamente 22,2% dos trabalhadores desta indústria – e
pelos marceneiros e afins, com 13,7% do total de trabalhadores.
Gráfico 23.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Móveis de
Acordo com o Grau de Instrução
36,8
21,9
17,1
13,6
6,4
4,1
0,2
Analfabeto
0,0
Entre 1 e 8 anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
Entre 13 e 16
anos
17 anos
Mais de 17 anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 128
Tabela 23.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Móveis
Empregados
Embaladores e alimentadores de produção
Marceneiros e afins
Trab da transformação da madeira e da fabricação do mobiliário
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Trabalhadores de montagem de móveis e artefatos de madeira
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Trab de tratamento térmico e de superfícies de metais e de compósitos
Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros
Trabalhadores da confecção de roupas
Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos
Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de mov. de cargas
Supervisores em indústria de madeira, mobiliário e da carpintaria veicular
Operadores de utilidades
Gerentes de áreas de apoio
Trabalhadores em acabamento de madeira e de mobiliário
Técnicos de nivel médio em operações industriais
Trabalhadores de conformação de metais e de compósitos
Desenhistas técnicos e modelistas
Técnicos de nivel médio em operações comerciais
Outras ocupações
Total
9.203
5.694
3.804
2.536
2.378
1.532
1.518
1.431
1.152
980
864
813
632
631
563
561
498
450
393
368
5.436
41.437
Nº médio de
Salários
Recebidos
1,9
1,9
2,1
2,4
1,9
2,3
2,1
1,9
1,9
2,6
2,5
2,7
4,3
2,4
6,9
1,6
3,4
2,1
2,7
4,0
3,9
2,3
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 129
24 PRODUTOS DIVERSOS
Esta indústria possui 9 subsetores e um total de 1279 estabelecimentos. O
subsetor com maior quantidade de empresas (282) é o de lapidação de gemas e
fabricação de artefatos de ourivesaria e joalheria, representando 22% do total. A
segunda atividade no estado nesse segmento é a fabricação de instrumentos e
materiais para uso médico e odontológico e de artigos ópticos, com um total de 255
estabelecimentos, seguido da fabricação de equipamentos e acessórios para seguro e
proteção pessoal e profissional, com 101 estabelecimentos.
Através da figura 24.1 pode-se observar que a região Metropolitana de Porto
Alegre concentra a maior parte desses estabelecimentos, com 36,7%, seguida das
regiões Nordeste e Noroeste, que detém 26,2% e 22% dos estabelecimentos dessa
indústria, respectivamente. As demais regiões somam os 15% restantes.
22,0
26,2
1,8
2,9
7,2
36,7
3,1
Figura 24.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de Produtos
Diversos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Esta indústria é caracterizada em sua maioria por microempresas, que
correspondem a 79,4% do total. As empresas de pequeno porte possuem 225
estabelecimentos, o que representa 17,6% do total de estabelecimentos desta indústria;
as de médio porte, com 33 estabelecimentos, representam 2,6% do total. Por fim,
existem apenas 6 empresas de grande porte, sendo 0,5% do total dessa indústria.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 130
A indústria de produtos diversos emprega 13.493 pessoas no estado do Rio
Grande do Sul. Cabe destacar que, embora em números de estabelecimentos as
microempresas sejam mais representativas, elas empregam apenas 20,6% dos
trabalhadores empregados neste segmento.
Tabela 24.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de
Produtos Diversos por Subsetor
Estabelecimentos
Lapidação de gemas e fab. de artefatos de ourivesaria e joalheria
Fabricação de bijuterias e artefatos semelhantes
Fabricação de instrumentos musicais
Fabricação de artefatos para pesca e esporte
Fabricação de brinquedos e jogos recreativos
Fab. de instrum. e mat. p/ uso médico e odontológico e de artigos ópticos
Fabricação de escovas, pincéis e vassouras
Fab. de equiptos e acessor. p/ segurança e proteção pessoal e profissional
Fabricação de produtos diversos não especificados anteriormente
Total do segmento
nº
282
53
12
36
45
255
45
101
450
1.279
(%)
22,0
4,1
0,9
2,8
3,5
19,9
3,5
7,9
35,2
100
Empregados
nº
3.374
281
62
190
244
2.692
2.241
1.002
3.407
13.493
(%)
25,0
2,1
0,5
1,4
1,8
20,0
16,6
7,4
25,3
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A remuneração média por trabalhador nessa indústria, de 2,3 salários mínimos,
está ligeiramente abaixo da observada para a indústria de transformação do RS. As
microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 1,6 salários mínimos
por trabalhador e as empresas de grande porte são as que melhor remuneram neste
setor, pagando em média para os seus funcionários 3,5 salários mínimos.
12,4
33,3
0,3
1,3
3,2
44,2
5,3
Figura 24.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Produtos
Diversos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 131
Do total de trabalhadores desta indústria, 25% encontram-se empregados nas
empresas de lapidação de gemas e fabricação de artefatos de ourivesaria e joalheria. A
segunda atividade em números de funcionários é a fabricação de instrumentos e
materiais para uso médico e odontológico e de artigos ópticos, com 2.692 funcionários,
que representa 20% do total.
No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores da indústria de produtos
diversos através do estado, é possível observar que três regiões concentram
aproximadamente 90% do total de trabalhadores. 44,2% estão situados na região
Metropolitana de Porto Alegre, 33,3% na região Nordeste e 12,4% na região Noroeste.
Esta distribuição pode ser observada na figura 24.2.
Características do Trabalhador
A duração média do contrato de trabalho é de 47,4 meses, sendo que o
trabalhador tem maior estabilidade nas empresas de grande porte – onde os contratos
duram, em média, 71,8 meses – e menor nas microempresas – que apresentam
duração média de 32,3 meses.
Tabela 24.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Produtos Diversos
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
Pequena
1.015
2.778
1.628
1.150
32,6
32,3
1,6
42,7
2 em salários mínimos
225
4.574
2.321
2.253
32,7
37,7
1,9
43,4
Média
33
2.763
1.244
1.519
33,3
48,7
2,1
43,1
Grande
6
3.378
2.000
1.378
32,8
71,8
3,5
43,2
Total
1.279
13.493
7.193
6.300
32,8
47,4
2,3
43,1
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE
A distribuição da mão-de-obra entre trabalhadores do sexo masculino (53,3%) e
feminino (46,7%) é relativamente equilibrada. O percentual de homens é maior nas
empresas de grande porte (59,2%) e menor nas de médio porte (45%). A idade média
do trabalhador é baixa (32,8) e 90,1% destes têm menos de 49 anos. A distribuição
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 132
percentual dos trabalhadores de acordo com a idade está caracterizada no gráfico
24.1. Uma vez que existem apenas 67 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou
mais, o que representa 0,50%, os mesmos foram excluídos do gráfico.
Gráfico 24.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Produtos Diversos
de Acordo com a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
O grau de instrução desses trabalhadores é baixo, conforme mostra o gráfico
24.2. Apenas 4,9% possuem educação em nível superior completo e 6% em nível
superior incompleto. A maior parte dos empregados (46,9%) possui ensino médio
completo. Cabe destacar que existem apenas 8 trabalhadores nesta indústria com
grau de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado).
Gráfico 24.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de Produtos
Diversos de Acordo com o Grau de Instrução
46,9
16,1
12,4
13,5
6,0
4,9
0,1
Analfabeto
0,1
Entre 1 e 8
anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
Entre 13 e 16
anos
17 anos
Mais de 17
anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 133
A indústria de produtos diversos oferece diversas alternativas de trabalho no
RS. A maior parte das vagas nesta indústria é ocupada por embaladores e
alimentadores de produção – que ocupam aproximadamente 16,5% das vagas – e por
joalheiros e ourives, com 12,7%.
Tabela 24.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Produtos
Diversos
Empregados
Embaladores e alimentadores de produção
Joalheiros e ourives
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos
Vendedores e demonstradores
Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos
Técnicos da ciência da saúde humana
Trabalhadores da confecção de roupas
Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos
Trab de tratamento térmico e de superfícies de metais e de compósitos
Trabalhadores de beneficiamento de minérios e pedras ornamentais
Técnicos de nivel médio em operações industriais
Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros
Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros
Gerentes de áreas de apoio
Operadores de utilidades
Operadores de instalações em indústrias químicas, petroquímicas e afins
Operadores de outras instalações químicas, petroquímicas e afins
Mecânicos de manut. de máquinas e equipamentos industriais, comerciais e residenciais
Outras ocupações
Total
2.220
1.720
889
488
465
396
346
334
334
332
302
280
254
250
250
249
221
209
165
153
3.636
13.493
Nº médio de
Salários
Recebidos
1,6
1,5
1,9
2,0
3,4
2,1
2,2
1,6
1,4
2,4
2,1
1,7
3,1
1,3
1,3
8,1
2,8
2,6
1,8
2,8
4,0
2,3
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 134
25 MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Esta indústria possui 10 subsetores e um total de 1243 estabelecimentos. O
destaque é para o subsetor de manutenção e reparação de máquinas e equipamentos
da indústria mecânica, que conta com 630 estabelecimentos, representando 50,7% do
total. A segunda atividade no estado nesse segmento é a instalação de máquinas e
equipamentos industriais, com um total de 146 estabelecimentos, seguido da
manutenção e reparação de máquinas e equipamentos elétricos, com 112
estabelecimentos.
Pode-se observar que quase a metade dos estabelecimentos está concentrada
na região Metropolitana de Porto Alegre (48,5%). As regiões Nordeste e Noroeste
detêm 15% e 14,9% dos estabelecimentos dessa indústria, respectivamente, e as
demais regiões somam os 21,6% restantes. A figura 25.1 traz esta distribuição
espacial.
14,9
15,0
2,8
3,1
8,4
48,5
7,3
Figura 25.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Indústria de
Manutenção e Reparação
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Esta
indústria
é
composta
majoritariamente
por
microempresas,
que
correspondem a 85,8% do total. As empresas de pequeno porte possuem 148
estabelecimentos, o que representa 11,9% do total de estabelecimentos desta
indústria; as de médio porte, com 20 estabelecimentos, representam 1,6% do total. Por
fim, cabe destacar que existem apenas 8 empresas de grande porte.
A indústria de manutenção e reparação de máquinas e equipamentos emprega
12.681 pessoas no estado do Rio Grande do Sul. Embora as microempresas
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 135
representem quase a totalidade dos estabelecimentos, elas empregam apenas 20,4%
da mão-de-obra utilizada no setor. Por outro lado, mais de 40% dos trabalhadores
formais desta indústria estão empregados nas empresas de grande porte, que, como
visto anteriormente, possui apenas 8 estabelecimentos.
Tabela 25.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Indústria de
Manutenção e Reparação por Subsetor
Estabelecimentos
nº
Manut. e rep. de tanques, reservatórios metálicos e caldeiras, exc. para veic.
Manutenção e reparação de equipamentos eletrônicos e ópticos
Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos elétricos
Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica
Manutenção e reparação de veículos ferroviários
Manutenção e reparação de aeronaves
Manutenção e reparação de embarcações
Manutenção e reparação de equiptos e produtos não especif. anteriormente
Instalação de máquinas e equipamentos industriais
Instalação de equipamentos não especificados anteriormente
Total do segmento
22
53
112
630
3
11
21
50
146
195
1.243
(%)
1,8
4,3
9,0
50,7
0,2
0,9
1,7
4,0
11,7
15,7
100
Empregados
nº
278
1.128
547
6.450
7
1.345
42
215
1.686
983
12.681
(%)
2,2
8,9
4,3
50,9
0,1
10,6
0,3
1,7
13,3
7,8
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A remuneração média por trabalhador nessa indústria é de 3,6 salários
mínimos. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 2
salários mínimos por trabalhador e as empresas de grande porte são as que melhor
remuneram neste setor, pagando em média para os seus funcionários 4,8 salários
mínimos.
6,4
5,7
1,5
1,7
4,1
71,2
9,5
Figura 25.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Indústria de Manutenção e
Reparação
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 136
Do total de trabalhadores desta indústria, quase 51% encontram-se empregados
nas empresas de manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria
mecânica. A segunda atividade em números de funcionários é a instalação de
máquinas e equipamentos industriais com 1.686 funcionários, que representa 13,3%
do total.
No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores através do estado, é
possível observar um alto grau de concentração. Aproximadamente 90% dos
trabalhadores formais empregados, sendo que 71,2% estão localizados na região
Metropolitana de Porto Alegre, 9,5% na região Sudeste e 6,4% na região Noroeste.
Esta distribuição pode ser observada na figura 25.2.
Características do Trabalhador – Rio Grande do Sul
Neste segmento o contrato de trabalho dura, em média, 40,5 meses. Os
trabalhadores encontram maior estabilidade nas empresas de grande porte (60,1
meses) e menor nas microempresas (24,1 meses).
Tabela 25.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Indústria de Manutenção e Reparação
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
Pequena
1.067
2.587
2.116
471
33,6
24,1
2,0
43,0
2 em salários mínimos
148
2.896
2.470
426
34,4
29,0
2,7
43,4
Média
20
2.097
1.853
244
34,2
28,9
3,7
43,6
Grande
8
5.101
4.670
431
37,3
60,1
4,8
43,1
Total
1.243
12.681
11.109
1.572
35,3
40,5
3,6
43,2
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Esse é o segmento que possui maior proporção de trabalhadores do sexo
masculino (87,6%). Este percentual é maior nas empresas de grande porte (91,6%) e
menor nas microempresas (81,8%). A idade média do trabalhador é de 35,3 anos,
sendo que 85,4% têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores
de acordo com a idade está caracterizada no gráfico 25.1. Uma vez que existem
apenas 51 trabalhadores nesta indústria com 65 anos ou mais, o que representa 0,4%,
os mesmos foram excluídos do gráfico.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 137
Gráfico 25.1: Distribuição dos Trabalhadores da Indústria de Manutenção e
Reparação de Acordo com a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Apenas 6,3% dos trabalhadores possuem educação em nível superior completo
e 4,6% em nível superior incompleto. A maior parte dos empregados (52,2%) possui
ensino médio completo. O grau de instrução desses trabalhadores pode ser observado
no gráfico 25.2. Cabe destacar que existem 4 trabalhadores nesta indústria com grau
de instrução em nível de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado).
Gráfico 25.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Indústria de
Manutenção e Reparação de Acordo com o Grau de Instrução
52,2
15,9
12,0
8,9
4,6
6,3
0,1
Analfabeto
0,0
Entre 1 e 8
anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
Entre 13 e 16
anos
17 anos
Mais de 17
anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A indústria de manutenção e reparação de máquinas e equipamentos oferece
diversas alternativas de trabalho. A maior parte das vagas desta indústria é ocupada
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 138
por trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos
(13,6%), por mecânicos de manutenção de máquinas e equipamentos industriais
(7,6%), e por trabalhadores da construção civil e obras públicas (7%).
Tabela 25.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Indústria de Manutenção
e Reparação
Empregados
Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos
Mecânicos de manutenção de maq. e equip. industriais, comerciais e residenciais
Trabalhadores da construção civil e obras públicas
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Técnicos em eletroeletrônica e fotônica
Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos
Mecânicos de manutenção veicular
Técnicos em metalmecânica
Ajudantes de obras
Embaladores e alimentadores de produção
Eletricistas eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial
Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos
Montadores e instaladores de equipamentos eletroeletrônicos em geral
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de mov. de cargas
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Trab nos serviços de administração, conservação e manut. de edifícios e logradouros
Trab de tratamento térmico e de superfícies de metais e de compósitos
Gerentes de áreas de apoio
Engenheiros, arquitetos e afins
Técnicos de nivel médio em operações industriais
Outras ocupações
Total
1.727
959
889
831
673
582
547
519
388
299
295
288
266
258
255
211
208
199
190
184
2.913
12.681
Nº médio de
Salários
Recebidos
3,2
2,6
2,5
2,7
4,8
2,4
4,2
5,0
1,7
2,0
3,1
3,1
3,7
3,4
2,9
1,6
2,6
10,0
11,3
6,6
3,9
3,6
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 139
26 CONSTRUÇÃO CIVIL
A indústria de Construção Civil do Rio Grande do Sul conta com um total de
18.445 estabelecimentos, divididos em três grandes setores: construção de edifícios;
obras de infraestrutura; e serviços especializados para construção. A construção de
edifícios concentra 52,5% dos estabelecimentos desta indústria, e se subdivide em
incorporação de empreendimentos imobiliários, com 1.386 estabelecimentos, e
construção de edifícios, com 8.303. O setor de obras de infraestrutura conta com 2.182
estabelecimentos, o que representa 11,8% do total, e se divide em 9 subsetores. Por
fim, o setor de serviços especializados para construção representa 35,6% dos
estabelecimentos desta indústria e se divide em 10 subsetores.
No que tange a distribuição espacial dos estabelecimentos, é possível observar
que a maioria das empresas desta indústria está concentrada na região Metropolitana
de Porto Alegre, que concentra mais de 40% do total, seguida das regiões Noroeste e
Nordeste, com 18,7% e 15,3%, respectivamente. As demais regiões somam os 25,2%
restantes. Esta distribuição pode ser observada na figura 26.1.
18,7
15,3
4,0
6,3
9,7
40,8
5,2
Figura 26.1: Distribuição Espacial dos Estabelecimentos da Construção Civil
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A construção civil no estado do Rio Grande do Sul é composta majoritariamente
por microempresas, que concentram 83,5% dos estabelecimentos. As empresas de
porte pequeno, com 2.644 estabelecimentos representam 14,3% do total, seguida
pelas médias e grandes empresas, que representam 2% e 0,2% respectivamente.
Esta indústria emprega 147.138 trabalhadores no estado do Rio Grande do Sul.
Cabe destacar que embora em números de estabelecimentos as microempresas
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 140
representem quase a totalidade, elas empregam apenas 23,7% da mão-de-obra
utilizada no setor. Ainda, mais de 35% dos trabalhadores formais desta indústria estão
empregados nas empresas de pequeno porte e 17,6% estão nas empresas de grande
porte.
No que tange à distribuição espacial dos trabalhadores através do estado, é
possível observar que três regiões concentram mais de 80% dos trabalhadores formais
empregados, sendo que 55,8% destes estão concentrados na região Metropolitana de
Porto Alegre, 14,7% na região Noroeste, 11,2% na região Nordeste. Esta distribuição
pode ser observada na figura 26.2.
14,7
11,2
2,5
3,7
6,2
55,8
5,8
Figura 26.2: Distribuição Espacial dos Empregados da Construção Civil
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A atividade que mais emprega neste setor é a construção de edifícios, com
41,9% dos trabalhadores, seguida da montagem de instalações industriais e de
estruturas metálicas (obras de infraestrutura), com 6,2%.
A remuneração média por trabalhador nessa indústria é de 2,3 salários
mínimos. As microempresas possuem menor remuneração, com uma média de 1,8
salários mínimos por trabalhador e as empresas de grande porte são as que melhor
remuneram neste setor, pagando em média para os seus funcionários 3,3 salários
mínimos.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 141
Tabela 26.1: Distribuição dos Estabelecimentos e do Emprego na Construção Civil
por Subsetor
Estabelecimentos
Construção de edifícios
Incorporação de empreendimentos imobiliários
Construção de edifícios
Obras de infra-estrutura
Construção de rodovias e ferrovias
Construção de obras de arte especiais
Obras de urbanização ruas, praças e calçadas
Obras p/ geração distribuição de energia elétrica e p/ telecomunicações
Const. de redes de abast. de água, coleta de esgoto e const. correlatas
Constr. de redes de transportes por dutos, exceto para água e esgoto
Obras portuárias, marítimas e fluviais
Montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas
Obras de engenharia civil não especificadas anteriormente
Serviços especializados para construção
Demolição e preparação de canteiros de obras
Perfurações e sondagens
Obras de terraplenagem
Serviços de preparação do terreno não especificados anteriormente
Instalações elétricas
Instalações hidráulicas, de sistemas de ventilação e refrigeração
Obras de instalações em construções não especificadas anteriormente
Obras de acabamento
Obras de fundações
Serviços especializados para construção não especif. anteriormente
Total
nº
9.689
1.386
8.303
2.182
428
52
345
218
86
3
9
286
755
6.574
57
26
679
34
979
459
236
1.678
112
2.314
18.445
(%)
52,5
7,5
45,0
11,8
2,3
0,3
1,9
1,2
0,5
0,0
0,0
1,6
4,1
35,6
0,3
0,1
3,7
0,2
5,3
2,5
1,3
9,1
0,6
12,5
100
Empregados
nº
70.656
9.021
61.635
39.166
7.564
3.645
1.651
8.096
923
34
83
9.088
8.082
37.316
311
117
3.868
613
5.979
3.407
3.229
7.994
980
10.818
147.138
(%)
48,0
6,1
41,9
26,6
5,1
2,5
1,1
5,5
0,6
0,0
0,1
6,2
5,5
25,4
0,2
0,1
2,6
0,4
4,1
2,3
2,2
5,4
0,7
7,4
100
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
Características do Trabalhador
O tempo que o trabalhador permanece empregado nesta indústria é
relativamente baixo, em média, 21,5 meses, com maior estabilidade nas empresas que
realizam obras de infraestrutura (23,3 meses) e menor nas empresas de construção de
edifícios (20,4 meses).
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 142
Tabela 26.2: Distribuição do Emprego, Estabelecimentos e Características do
Trabalhador por Porte das Empresas da Construção Civil
Micro
Nº de Estabelecimentos
Nº de Trabalhadores
Homem
Mulher
Média de Idade
Tempo no Emprego¹
Remuneração Média²
Horas Trabalhadas ³
1 em meses
15.394
34.924
31.676
3.248
37,3
20,6
1,8
43,4
Pequena
2.644
51.846
48.306
3.540
37,2
21,0
2,1
43,6
2 em salários mínimos
Média
368
34.469
31.572
2.897
37,1
23,2
2,4
43,5
Grande
Total
39
25.899
23.443
2.456
35,4
13,3
3,3
30,7
18.445
147.138
134.997
12.141
36,9
21,5
2,3
43,4
3 por semana em horas contratuais
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração: FIERGS/UEE
Os trabalhadores desta indústria são predominantemente do sexo masculino
(91,7%). Este percentual é maior nas pequenas empresas (93,2%) e menor nas de
grande porte (90,5%). A idade média do trabalhador é de 36,9 anos e mais de 81%
têm menos de 49 anos. A distribuição percentual dos trabalhadores de acordo com a
idade está caracterizada no gráfico 26.1. Uma vez que existem apenas 1.234
trabalhadores nesta indústria com até 17 anos, o que representa 0,8%, os mesmos
foram excluídos do gráfico.
Gráfico 26.1: Distribuição dos Trabalhadores da Construção Civil de Acordo com
a Idade
(em %)
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
O grau de instrução dos trabalhadores desta indústria é relativamente baixo e
pode ser observado no gráfico 26.2. Apenas 3,1% possuem educação em nível
superior completo e 2,3% em nível incompleto. A maior parte dos empregados (32,6%)
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 143
possui apenas ensino fundamental incompleto. Cabe destacar que existem somente
58 trabalhadores nesta indústria com grau de instrução em nível de pós-graduação
(mestrado e/ou doutorado).
Gráfico 26.2: Distribuição Percentual dos Trabalhadores da Construção Civil de
Acordo com o Grau de Instrução
32,6
31,9
20,7
8,8
2,3
0,6
Analfabeto
3,1
0,0
Entre 1 e 8 anos
9 anos
Entre 10 e 11
anos
12 anos
Entre 13 e 16
anos
17 anos
Mais de 17 anos
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
A indústria da construção civil é bastante diversificada no Rio Grande do Sul,
tanto em termos de classificação das atividades empresariais como em relação ao
emprego. A maior parte das vagas de trabalho neste setor são destinadas aos
trabalhadores na construção civil e obras públicas, com 32,7% do total, e aos
ajudantes de obras, com aproximadamente 19,9%.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 144
Tabela 26.3: Principais Ocupações dos Trabalhadores da Construção Civil
Empregados
Trabalhadores da construção civil e obras públicas
Ajudantes de obras
Trab de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos
Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos
Condutores de veículos e operadores de equip. de elevação e de movimentação de cargas
Supervisores da extração mineral e da construção civil
Trabalhadores de acabamento de obras
Trab nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros
Montadores e instaladores de equipamentos eletroeletrônicos em geral
Instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos e de comunicações
Escriturários de controle de materiais e de apoio à produção
Engenheiros, arquitetos e afins
Técnicos em eletroeletrônica e fotônica
Eletricistas eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial
Técnicos das ciências administrativas
Técnicos em construção civil, de edificações e obras de infraestrutura
Trabalhadores de conformação de metais e de compósitos
Gerentes de áreas de apoio
Mecânicos de manutenção de máquinas e equip. industriais, comerciais e residenciais
Supervisores de serviços administrativos (exceto de atendimento ao público)
Outras ocupações
Total
48.062
29.269
7.974
6.496
6.348
6.292
5.570
3.200
2.742
2.189
1.871
1.759
1.531
1.482
1.377
1.283
966
925
910
894
15.998
147.138
Nº médio de
Salários
Recebidos
2,0
1,4
2,7
2,1
2,5
3,8
1,8
1,4
2,1
2,5
2,3
9,0
3,2
2,4
3,5
3,9
1,9
6,4
1,9
4,6
3,2
2,3
Fonte: MTE (RAIS 2012). Elaboração FIERGS/UEE
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27 CUSTO UNITÁRIO DO TRABALHO
Medidas de competitividade têm se tornado cada vez mais importantes no
contexto econômico atual, em que são observados níveis crescentes de integração
comercial entre os países. Quando um país é competitivo, ele consegue assegurar
espaço no mercado internacional e alcançar maiores níveis de desenvolvimento
econômico, criando, desta forma, ferramentas que possibilitam melhorar o bem-estar da
população.
Para analisar a evolução da competitividade de diversos países, institutos de
pesquisa como o Bureau of Labor Statistics (BLS) e a Organização Internacional do
Trabalho (OIT), utilizam um indicador de competitividade-custo, conhecido como custo
unitário da mão-de-obra (ULC – Unit Labor Cost). Esse é usualmente mensurado em
dólares e mede o custo da mão-de-obra para produzir uma unidade do produto. Um
aumento do ULC indica redução da competitividade dos produtos nacionais
comparativamente com os competidores.
Metodologia de cálculo
O custo unitário do trabalho pode ser definido, algebricamente, pela relação entre
custo nominal do trabalho (C) e nível de produção (y).
C
ULC 
y
(27.1)
Cabe destacar que os custos nominais do trabalho incluem não apenas os custos
salariais, mas também todos os gastos efetivamente realizados pelo empregador em
benefício do trabalhador.
Ainda, é possível expressar o ULC como a razão do custo médio por hora
trabalhada sobre a razão do produto por hora trabalhada – ou seja, produtividade/hora
do trabalho. Para tal, é necessário que tanto o numerador quanto o denominador da
equação (27.1) sejam divididos pela quantidade de horas trabalhadas (H). Desta forma,
o ULC mostra quanto custa, em termos do insumo trabalho, produzir uma unidade de
produto.
(C H )
ULC 
(y H)
(27.2)
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 146
O custo médio do trabalho por hora, (C H ) , pode ser representado por (h) e a
produtividade hora do trabalho, ( y H ) , por (A).
h
ULC 
A
(27.3)
Assim, de acordo com a equação (27.3), o custo unitário do trabalho (ULC)
aumentará se o custo médio do trabalho (h) crescer mais do que a produtividade (A). Em
outras palavras, o custo unitário do trabalho aumentará se a magnitude do crescimento
dos salários for maior que os ganhos de produtividade e se manterá constante se ambas
variáveis crescerem (ou caírem) na mesma intensidade.
Há uma discussão metodológica a respeito de qual informação usar para medir o
custo unitário, se as horas trabalhadas na produção (H) ou o nível de emprego (L).
Destaca-se que, para análises de curto prazo, recomenda-se que sejam usadas as
horas trabalhadas, uma vez que a rigidez existente no mercado de trabalho faz com que
este se ajuste mais rapidamente via esta variável. Ainda, é necessário que o ULC seja
medido em horas trabalhadas caso se deseje realizar comparações internacionais.
Por fim, dada à necessidade de proceder-se a comparações com outros países, é
usual calcular o custo unitário do trabalho em dólares. Isto é, os custos salariais,
deflacionados pela variação do dólar norte-americano, por unidade de produção. Assim,
é necessário converter os salários por hora em dólares:
h/e
(27.4)
A
onde e representa a taxa de câmbio (R$/US$).
Os resultados aqui apresentados, para a indústria de transformação, foram
ULC 
obtidos através da equação (27.4). O indicador
foi alcançado a partir da ponderação
da folha de pagamentos nominal (IBGE/PIMES) pelas horas trabalhadas (IBGE/PIMES).
Por sua vez, o indicador
foi calculado com base nos dados de produção industrial
(IBGE/PIM-PF) ponderados pelas horas trabalhadas (IBGE/PIMES).
Comparação internacional
De acordo com os dados do BLS, que calcula o custo unitário do trabalho na
produção de manufaturados para 19 países, é possível observar que, entre 2003 e
2011, países como Austrália, Canadá, Noruega e Itália enfrentaram aumentos anuais
médios do ULC superiores ou iguais a 4%. Nestes países, nota-se que, embora a
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 147
produtividade tenha aumentado, não foi suficiente para compensar a valorização da taxa
de câmbio e o aumento nos salários nominais, tendo impactos negativos sobre o ULC.
Naturalmente, dentro da região do Euro, os diferentes resultados refletem
diferenças de salário nominal, dos índices de preços e da evolução da produtividade
entre os países, sendo, entre si, livres da influência cambial. Por exemplo, embora a
França tenha apresentado maiores ganhos de produtividade no período analisado, os
aumentos salariais concedidos no país fizeram com o que seu ULC deste país
aumentasse (média de 3,2% a.a.). Este aumentou foi superior ao registrado para a
Alemanha (média de 2,6%), que, inclusive, apresentou ganhos de produtividade
menores, sendo favorecido, portanto, por uma política de reajustes salariais mais
condizentes com sua realidade econômica.
Gráfico 27.1: Comparação Internacional do Custo Unitário do Trabalho
(var % anual média – 2003-2011)
Brasil
Rio Grande do Sul
Austrália
Canadá
Noruega
Itália
Bélgica
Espanha
Dinamarca
França
Finlândia
Alemanha
Holanda
Suécia
Coreia
Japão
Cingapura
República Tcheca
Reino Unido
Taiwan
USA
14,6
13,8
9,3
5,6
5,5
4,5
3,8
3,7
3,6
3,2
3,1
2,6
2,1
1,5
1,3
1,1
1,0
0,5
0,4
-1,7
-1,9
Fonte: BLS e FIERGS.
Taiwan, que apresentou o terceiro maior aumento da produtividade entre os
países analisados – média 6,6% a.a., estando atrás dos avanços observados na
República Tcheca (média de 10,1% a.a.) e Coreia (média de 7,0% a.a.) –, teve seu ULC
diminuído ao longo do período analisado (média de -1,7% a.a.). A República Tcheca e a
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Coreia, por sua vez, tiveram, como resultado dos reajustes salariais concedidos, seus
desempenhos prejudicados, com aumentos médios anuais do ULC de 0,5% a.a. e 1,3%
a.a., respectivamente.
Para o mesmo período de análise, o Brasil e o Rio Grande do Sul apresentaram
grandes aumentos do ULC, quando comparadas internacionalmente, ficando em
situação menos favorável do que os países analisados pelo BLS. A próxima seção
aborda mais detalhadamente esta questão.
Indústria de transformação – Brasil e Rio Grande do Sul
Os dados para o Brasil e o Rio Grande do Sul apontam uma aceleração média
anual bastante elevada do Custo Unitário do Trabalho no período de 2003 a 2011. No
acumulado destes anos, o ULC mais que dobrou, em ambos os casos.
Gráfico 27.2: Custo Unitário do Trabalho
(var % anual média 2003-2011)
17,4
14,6
18,1
13,8
Brasil
Rio Grande do Sul
2,4
ULC
Salários Médios em US$
3,8
Produtividade
Fonte: FIERGS.
Este acentuado aumento dos custos do trabalho se deve ao crescimento dos
salários muito acima dos ganhos de produtividade. Cabe destacar que, como o indicador
está mensurado em dólares, a expansão dos salários contempla também a valorização
que o real sofreu nestes anos. Entretanto, mesmo que se considerassem os salários em
moeda nacional, o ULC ainda teria aumentado, dado que, enquanto que a produtividade
cresceu, em média, 2,4% a.a. no Brasil e 3,8% a.a. no Rio Grande do Sul, os salários
medidos em reais aumentaram, em média, 3,3% a.a. e 3,9% a.a., respectivamente.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 149
Por fim, destaca-se que o ULC se acelerou mais no Brasil do que no Rio Grande
do Sul no período analisado. Embora os salários tenham crescido a uma taxa maior no
Estado, os maiores ganhos de produtividade observados aqui contribuíram para
amenizar, ainda que marginalmente, a expansão dos custos do trabalho.
Resultados setoriais – indústria de transformação – Brasil e RS
A análise comparativa dos setores para os quais há dados disponíveis, entre os
anos de 2003 e 2011, indica um cenário bastante diversificado. Os resultados mostrados
em vermelho representam os segmentos nos quais o ULC no Rio Grande do Sul
apresentou crescimento superior à média nacional. De um total de 10 possíveis
comparações de segmentos, cinco apresentaram aumento dos custos relativamente
maior no Estado. Nesse caso, destaca-se a indústria de produtos de metal, em que o
diferencial foi de 9,7%.
No Brasil, o setor que apresentou pior desempenho do ULC foi o de refino (média
de +22,2% a.a.) – o que se deve tanto ao aumento dos salários médios em dólar (média
de +15,8% a.a.) quanto à queda da produtividade (média de -5,3% a.a.). O ULC no
Estado do Rio Grande do Sul neste setor também apresentou expressivo crescimento
(média de +18,8% a.a.). Contudo, o resultado foi suavizado. Embora o aumento dos
salários médios em dólar para este segmento tenha sido maior no Estado (média de
+17,0% a.a.), foi parcialmente compensado pela menor queda da produtividade (média
de -1,4% a.a.).
As diferenças existentes na comparação dos resultados do Brasil e do RS se
devem a motivos variados. No setor de Borracha e Plástico, a diferença se dá
majoritariamente pelas discrepâncias dos aumentos de salários. Já nos segmentos de
Químicos, Máquinas e Equipamentos e Veículos, houve expansão semelhante nos
salários, mas a produtividade apresentou pior desempenho no Rio Grande do Sul
comparativamente ao Brasil. Por fim, no setor de Produtos de Metal, enquanto que no
Brasil a produtividade aumentou (média de +1,5% a.a.), no Rio Grande do Sul esta
diminuiu (média de -6,4% a.a.). Entretanto, a expansão dos salários aqui foram maiores
do que no Brasil (médias de +17,2% a.a. e +15,8% a.a., respectivamente).
Quando uma economia cresce com base no aumento de produtividade, garante
crescimento sustentável, não gera grandes pressões sobre os índices de preços e
determina ganhos de competitividade, permitindo, desta forma que haja, de fato,
expansão da renda tanto para os produtores quanto para os trabalhadores.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 150
Por outro lado, a combinação perversa de valorização do câmbio, reajustes
constantes de salário real e variação da produtividade que não compensa esses
resultados, tem como consequência a perda de competitividade. Isso gera perdas para
toda a sociedade.
Tabela 27.1: Custo Unitário do Trabalho Setorial
(var % anual média 2003-2011)
Brasil
Alimentos e Bebidas
17,0
Texteis
16,8
Vestuario e Acessorios
14,4
Couro e Calçado
13,2
Produtos de Madeira
11,3
Celulose e Papel
10,0
Refino
22,2
Químicos
16,2
Borracha e Plástico
12,9
Minerais não metálicos
14,6
Metalurgia
17,1
Produtos de Metal
14,2
Máquinas e Equipamentos
13,2
Materiais Elétricos
17,8
Veículos
12,3
Móveis
13,5
Indústria de Transformação
14,6
RS
14,5
10,7
18,8
18,7
15,0
11,2
25,2
13,5
14,1
10,4
13,8
Fonte: FIERGS.
Abaixo, segue a evolução do ULC nos diversos setores, para o Brasil e o Rio
Grande do Sul, entre os anos de 2003 e 2011. É possível observar que a tendência do
ULC para os setores é semelhante no Brasil e no RS, destoando mais acentuadamente
quanto aos valores absolutos nos setores de Produtos de Metal, Celulose e Papel e
Produtos de Madeira.
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 151
Gráfico 27.3: Evolução do Custo Unitário do Trabalho Setorial
(número índice – base 2003=100)
Alimentos e bebidas
Brasil
Rio Grande do Sul
351,1
294,5
296,8
248,8
263,7
202,2
229,8
204,0
253,5
163,8
140,9
193,9
116,7
100
100
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
203,2
165,4
107,4
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Couro e calçados
Brasil
Rio Grande do Sul
270,3
225,3
194,1
223,6
191,3
143,3
168,2
189,8
138,1
167,9
121,6
144,6
100
154,0
100
114,0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
108,1
119,9
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Produtos químicos
Brasil
Rio Grande do Sul
394,1
354,3
364,7
333,4
291,5
292,8
258,5
242,0
267,4
147,6
315,4
188,2
181,5
194,3
126,2
100
114,7
100
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
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Refino
Brasil
Rio Grande do Sul
397,3
496,0
319,8
426,3
354,2
257,1
232,6
278,2
166,2
100
352,1
179,5
218,7
211,6
207,4
145,5
100
117,2
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Borracha e plástico
Brasil
Rio Grande do Sul
264,9
306,8
225,6
202,4
249,8
175,1
178,1
197,2
145,7
159,3
100
178,3
146,4
185,7
141,6
113,9
100
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
106,0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Metalurgia
Brasil
Rio Grande do Sul
353,1
276,4
227,8
170,3
297,2
173,1
154,4
285,8
166,8
193,6
100
100
233,3
217,3
191,1
181,5
113,3
121,5
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 153
Produtos de metal
Brasil
Rio Grande do Sul
604,2
289,0
235,0
388,4
497,4
156,1
178,3
100
533,7
485,4
247,3
189,5
133,5
258,1
98,7
100
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
221,4
131,4
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Máquinas e equipamentos
Brasil
Rio Grande do Sul
269,3
263,0
275,5
240,8
227,1
199,6
167,3
184,7
222,3
170,1
143,7
172,0
198,3
175,3
123,2
100
100
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
94,9
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Veículos
Brasil
Rio Grande do Sul
252,3
214,8
171,7
132,3
100
286,4
242,5
211,0
245,1
202,7
205,5
164,9
154,1
104,0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
100
223,3
185,4
117,9
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Estudos Técnicos | Fotografia do Mercado de Trabalho 2012 | Unidade de Estudos Econômicos - UEE | Sistema FIERGS | 154
Mobiliário
Brasil
Rio Grande do Sul
276,1
219,9
197,2
234,2
169,6
183,6
164,6
138,2
198,7
140,2
164,5
166,3
137,9
143,1
100
100
108,3
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
102,4
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Indústria de Transformação
Brasil
Rio Grande do Sul
281,1
298,4
248,9
257,4
212,6
224,3
186,5
193,7
226,3
146,3
100
205,6
145,9
158,2
167,5
113,2
100
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
111,1
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Fonte: FIERGS
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REFERÊNCIAS
BIVAR, W. Estimativas de duração média de emprego no Brasil. Pesquisa e
Planejamento Econômico, v.23, n.2, 1991.
BRASIL. Ministério do Trabalho e do Emprego. RAIS, Brasília, 2012. Disponível
em: <www.mte.gov.br>. Acesso em: set/2011.
CHAHAD J.P.Z.; LUQUE C. A. Absorção da mão-de-obra industrial: análise do caso
brasileiro. In: CHAHAD J. P. O Mercado de Trabalho no Brasil: aspectos teóricos e
evidências empíricas. São Paulo: USP/IPE, 1986. (Série Relatórios de Pesquisa, 29).
GREENE, W.H. Econometric analysis. New York: Macmillan, 1993.
KEIFER, N. Economic duration data and hazard functions. Journal of Economic
Literature, v.26, p.646-679, 1988.
TORRES, I. et al. Regressão e emprego no setor industrial brasileiro: 1980-1984. In:
CHAHAD J. P. O Mercado de Trabalho no Brasil: aspectos teóricos e evidências
empíricas. São Paulo: USP/IPE, 1986. (Série Relatórios de Pesquisa, 29).
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