A Prática da Educação
Ambiental – dos
princípios às atitudes
Prof. Dr. Valdo Barcelos – UFSM-PPGE-MOVER: Educação
Intercultural e Movimentos Sociais-UFSC.
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“A situação de conhecer como se
conhece é tradicionalmente elusiva
em
nossa
cultura
ocidental
...Geralmente nossa vida pessoal é
cega a si mesma. É como se um tabu
nos dissesse: é proibido conhecer o
conhecer. Não saber como se
constitui
nosso
mundo
de
experiências, próximo de nós, é uma
vergonha. Há muitas vergonhas no
mundo, essa ignorância está entre as
piores” (Maturana, 1995:67)
“Não nascemos amando nem odiando
ninguém em particular. Como então
aprendemos isso? Como o ser
humano é capaz de odiar com tanta
virulência, a ponto de destruir os
outros, mesmo à custa de sua própria
destruição na tentativa? Ele começa
a aprender isso já na sua própria
família?” (MATURANA, 1995:15)
“A aceitação do outro é aceitação do
outro no presente – não é aceitação
num sentido genérico, universal...Se
estou com meu filho nos braços e
estou pensando no que tenho que
fazer para ganhar a vida, não estou
com meu filho nos braços. A criança
sabe disso, segura meu rosto e diz:
“Mas papai, estou aqui com você!”
(MATURANA, 2001: 97).
“Uma criança que cresce no respeito
por si mesma pode aprender
qualquer coisa e adquirir qualquer
habilidade se o desejar” (MATURANA, 2002:12).
“A tarefa da educação escolar é
permitir e facilitar o crescimento das
crianças como seres humanos que
respeitam a si próprios e os outros
com consciência social e ecológica,
de modo que possam atuar com
responsabilidade e liberdade na
comunidade a que pertencem” (MATURANA,
2002:13)
A competição exige que se queira
derrotar o outro.
Ela só ocorre quando isto for desejável.
Somos levados a planejar essa
competição.
Tal fenômeno não se dá no âmbito
biológico não-humano
Algumas Atitudes para mudar as
Práticas de Educação Ambiental
Andar mais
Andar mais devagar
Andar mais distraído
Despreocupar-se
Predispor-se
Ter mais cuidado
Escutar mais
Escutar a si próprio
Escutar o outro
Escutar o presente
Conversar mais
Conversar mais devagar
Conviver mais
Praticar a lentidão
Cultivar o olhar
Olhar devagar
Olhar o presente
Olhar como olhamos
Recolher-se
Praticar o acolhimento
Cultivar a sensibilidade
Buscar a delicadeza
Buscar o singelo
Buscar o detalhe
Deixar-se cativar
Praticar a responsabilidade
consigo
com o outro
Praticar o esquecimento
Esquecer-se
Aprender a experiência
Viver a experiência
Cultivar a experiência
Cultivar a espontaneidade
Julgar menos
Desabituar-se
Ter atitudes
Buscar a felicidade!
Não precisamos de filósofos gregos
mortos, de psicanalistas ou de cientistas
para ajudar a entender o prazer.
Sabemos quando o sentimos...no toque,
no sorriso, na delícia de um banho
quente, na beleza de um por-do-sol...(Dalai
Lama).
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Valdo Barcelos