Boletim eletrônico do Projeto Cursinho Popular
na Periferia- 3/2014
23/07/2014
OBJETIVOS DO MILÊNIO
VOCÊ, SEM UNIVERSIDADE, SE LIGA NESSA!
O texto-base dos Objetivos do Milênio em reunião na sede da ONU no sábado
passado: são 17 metas, que vão desde a erradicação da pobreza e a adoção de
padrões sustentáveis
O documento foi preparado por um grupo de trabalho da Rio+20. Participaram da
discussão negociadores de 70 países, mas todos poderiam dar sua visão das
prioridades do desenvolvimento.
O texto-base será votado na assembléia da ONU em setembro. É hora de ler, estudar
e opinar! O PLANETA É O QUE IMPORTA!
Confiram as metas no texto abaixo:
ONU PREPARA 17 METAS PARA DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
ATÉ 2030
(Valor Econômico)
O texto-base dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que devem
substituir os Objetivos do Milênio em 2015, ficou pronto no sábado, em reunião na
sede da ONU, em Nova York.
São 17 metas que vão desde a erradicação da pobreza e a adoção de padrões
sustentáveis de produção e consumo até reduzir significativamente a Poluição dos
oceanos em 2025. A ideia é que sirvam de referência para a cooperação
internacional nas próximas décadas.
A meta 1, por exemplo, fala na erradicação da pobreza em todos os lugares evidentemente, ninguém se opôs a uma formulação tão vaga e abrangente. A
novidade é o detalhamento que se segue - implementar, até 2030, sistemas nacionais
de proteção social - e o tom ambiental e social - reduzir a vulnerabilidade dos mais
pobres aos eventos climáticos extremos.
A meta 8 fala da promoção do crescimento sustentável - o detalhamento diz que é
preciso garantir que os 48 países mais pobres do mundo cresçam ao menos 7% ao
ano e que em 2030 todos tenham "trabalho decente".
O documento foi produzido por um grupo de trabalho criado na Rio+20, a
conferência de desenvolvimento da ONU de 2012. Do grupo participaram
negociadores de 70 países, mas todos poderiam dar sua visão das prioridades do
desenvolvimento até 2030.
Há diferenças com os Objetivos do Milênio, as metas de desenvolvimento feitas
para durar da virada do milênio a 2015. Os ODM são oito, foram criados pelo
secretariado da ONU e eram voltados aos países em desenvolvimento. Falam, por
exemplo, em reduzir em dois terços, até 2015, a mortalidade de crianças menores de
5 anos ou reduzir pela metade a proporção da população com renda inferior a US$
1,00 por dia e a proporção da população que passa fome.
"Os Objetivos do Milênio foram uma referência
para várias políticas bem sucedidas na área social.
A partir deles começou a se pensar
desenvolvimento e redução da pobreza", diz um
negociador brasileiro. "Os ODS pressupõem um
novo salto no desenvolvimento, agregam as
dimensões econômica, social e ambiental.
Incorporam a sustentabilidade", prossegue. "São
metas para o mundo todo, e não apenas um dever de casa para os países pobres."
No texto fechado agora, as metas de 1 a 5 já existiam nos Objetivos do Milênio. O
bloco vem sendo chamado como "tarefa incompleta". Engloba erradicação da
pobreza; acabar com a fome, garantir a segurança alimentar e promover a agricultura
sustentável; garantir saúde, educação e igualdade de gêneros. A meta 6 é a da água e diz, por exemplo, que por volta de 2030 é preciso ter conseguido implementar
sistemas de gestão integrada dos Recursos Hídricos, "incluindo a cooperação
transfronteiriça, quando apropriado."
O item 7, da energia, fala em dobrar a taxa de melhora da eficiência energética.
Menciona, vagamente, ter mais cooperação para "tecnologias mais modernas e
limpas de combustíveis fósseis". Há metas para combater a mudança do Clima,
proteger a Biodiversidade marinha e terrestre. O objetivo 16 fala em promover
sociedades inclusivas e pacíficas, reduzindo o tráfico ilegal de armas.
Os pontos de maior conflito e que ficaram mais genéricos são os de sempre financiamento para os países mais pobres e transferência de tecnologia. O texto será
entregue à Assembleia Geral da ONU em setembro. A expectativa é que abra-se
então um processo de negociação e que os novos objetivos sejam definidos até 2015.
Os ODS são o coração de um processo maior de negociação, a chamada Agenda
Pós-2015, e que inclui o debate de como financiar o desenvolvimento mundial no
futuro. Há a percepção, entre os países ricos, que o dinheiro público não é suficiente
para o tamanho dessa agenda. Querem incluir outros parceiros, como as economias
emergentes e o setor privado.
http://www.onu.org.br
ONU Brasil
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA)
lança um apelo emergencial de 60 milhões de dólares para responder às necessidades
humanitárias urgentes.
ONU.ORG.BR
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