UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ – REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO: “ A VEZ DO MESTRE “ CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO ESTRATÉGICA E QUALIDADE MARKETING DE VAREJO UMA VISÃO GERAL ELIANE MARIA RODRIGUES SIMONI RIO DE JANEIRO, ABRIL DE 2002 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ – REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO: “ A VEZ DO MESTRE “ CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO ESTRATÉGICA E QUALIDADE MARKETING DE VAREJO UMA VISÃO GERAL ELIANE MARIA RODRIGUES SIMONI Monografia apresentada à Universidade Cândido Mendes como requisito da realização do Curso de Especialização “ lato sensu ” em Gestão Estratégica e Qualidade, sob a orientação da Profª Maria Esther de Araújo Oliveira. RIO DE JANEIRO, ABRIL DE 2002 “Fazer propaganda criativa é tão estimulante que nem deveria ser chamado de trabalho.” Francisco Petit Dedico esta a meu filho, Ottho Rafael, pois nos momentos mais difíceis, quando eu achava que não iria suportar e pensava em desistir, logo me lembrava da responsabilidade e do exemplo que precisava dar à você, e ai, à partir deste instante, surgia uma força maior que me fazia lutar e ter esperanças de chegar até ao fim dessa longa e difícil caminhada. Agora juntos podemos festejar com muito orgulho esta vitória! Te amo. AGRADECIMENTOS Agradeço a Geraldo, meu marido, pois de nada valeria esta conquista, se não fosse a certeza de encontrar, sempre do outro lado, o teu sorriso a me encorajar. SUMÁRIO: RESUMO INTRODUÇÃO Página CAPÍTULO I UM BREVE HISTÓRIA DA ECONOMIA Página CAPÍTULO II O VAREJO 2.1. O VAREJO NO BRASIL Página 2.2. O VAREJO NO BRASIL ANTES DO PLANO REAL Página 2.3. O VAREJO NO BRASIL APÓS DO PLANO REAL Página CAPÍTULO III CONSTRUÇÃO DE MARCAS CAPÍTULO IV FATORES INFLUENCIÁVEIS NA HORA DA COMPRA Página CAPÍTULO V MUDANÇAS DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Página CAPÍTULO VI OS MAIS NOVOS CONSUMIDORES: CLASSE C E D Página CAPÍTULO VII SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR - SAC – CÓDIGO DEFESA Página DO CONSUMIDOR CAPÍTULO VIII MARKETING X PUBLICIDADE NA CONSTRUÇÃO DE MARCAS Página CAPÍTULO IX A IMPORTÂNCIA DAS PESQUISAS Página CAPÍTULO X VARIÁVEIS CONTROLÁVEIS X INCONTROLÁVEIS Página CAPÍTULO XI CASES DE SUCESSO CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA Página Página RESUMO A economia brasileira ainda hoje, sofre dificuldades trazidas da época em que foi subordinada a Corte Portuguesa, que não deixava o Brasil se expandir economicamente. Com a Revolução Industrial, em meados do século XVIII, toda a economia passou por uma grande transformação, com o surgimento de duas novas classes, que são: os empresários ( capitalistas ) e os operários ( trabalhadores assalariados ). Esta última, no governo de Getulio Vargas, conquistou o direito de férias e a aquisição de carteira de trabalho. Já no governo de Juscelino Kubischek o país teve um grande impulso industrial. Noa anos 80 / 90, o país enfrentava dois grandes problemas: a inflação e a instabilidade econômica. O atual presidente Fernando Henrique Cardoso implantou então, o plano real que acelerou o processo de abertura dos produtos importados, estimulando assim, a concorrência interna, principalmente no setor varejista. Os estabelecimentos varejistas se classificam em: lojas de departamento; lojas independentes; lojas em cadeia; cooperativas; lojas especializadas; supermercados e varejo não lojista. No varejo é muito importante a construção de marcas, a localização das lojas e a distribuição dos produtos. Antes do plano real havia uma ilusão do poder de compra. Com a inflação alta, após o plano a moeda ficou mais forte trazendo tranqüilidade para os consumidores. Os fatores que mais influenciam na hora da compra: qualidade; bom atendimento; garantia; facilidades no pagamento; pronta entrega; compra pela internet e a credibilidade. Com a estabilidade da moeda, o comportamento do consumidor mudou e facilitou o acesso das classes C,D e E, ao consumo, gerando mais lucros para o setor varejista. O consumidor também ficou mais consciente dos seus direitos, sendo necessário a criação do SAC ( Serviço de Atendimento ao Cliente ). O PROCON e a Defesa do Consumidor também foram criados para defender os direitos dos consumidores. Com a concorrência ainda maior, a construção de marcas também se torna cada vez mais importante para as empresas e com isso, o marketing e a publicidade são os aliados fundamentais para que as empresas possam satisfazer as necessidades dos seus clientes e também criar novas, de acordo com a demanda atual. A pesquisa mercadológica é fundamental para que as empresas conheçam melhor os gostos, os desejos, as necessidades de seus clientes e depois é só colocá-los em prática. É necessário também, o conhecimento das variáveis controláveis e das incontroláveis para dominar totalmente o seu mercado. Afinal, o centro de todo o processo de comercialização é o consumidor. INTRODUÇÃO As empresas de varejo vão precisar de fato de construção e posteriormente “ manutenção” de suas marcas, adaptando-se as mudanças de comportamento dos seus consumidores e ambiente para que continuem existindo num futuro próximo, pois cada dia que passa mais empresas surgem, fazendo com que o mercado fique mais competitivo, mais agressivo, consequentemente, isso implica em que as empresas invistam mais em seus negócios, seja através de ininterruptos investimentos desde a concepção da construção de imagem até diariamente administradas pelos seus responsáveis, seja em pesquisas ou tecnologia, em que posicionem da melhor forma possível sua marca, em que apresentem diferenciais como: qualidade, bom atendimento, fácil e eficiente distribuição, assistência técnica, garantia, facilidades nas formas de pagamento (financiamento), pronta entrega, compras pela Internet (on-line), bom preço, excelente layout de loja, credibilidade, Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) para possíveis sugestões ou reclamações dos consumidores, entre outros, que são capazes de influir na hora da compra, devido ao fato do consumidor tender a comprar uma marca conhecida, sentindo-se assim, mais confortável ao adquiri-la. Podemos afirmar que as empresas que se sustentarão no mercado, serão aquelas que apresentarem os melhores produtos e serviços. Diante disso, este trabalho deverá mapear os caminhos que as empresas de varejo no segmento de eletroeletrônicos deverão percorrer para atingirem os objetivos almejados, uma vez que o clima recessivo gera natural acirramento da concorrência e, com o lançamento de novos produtos ou com a apresentação de novos diferenciais, as empresas podem deixar obsoletos outros produtos e até mesmo determinar a retirada de algum produto do mercado. Este trabalho, tem como objetivo, além de provar a necessidade de construção de marcas, fazer um breve histórico da economia do nosso País incluindo o Plano Real antes de entrar em vigor e sua continuidade, explicar o que é e como o varejo é trabalhado no Brasil, avaliar o quanto é importante a pesquisa no segmento do varejo, relacionar as variáveis controláveis x incontroláveis, mostrar a importância da publicidade no que se refere a construção de marcas, citar alguns “cases”, mostrar as principais atividades de marketing ligadas a este setor, falar da localização e da distribuição, fazer uma associação da estabilização da moeda x ascenção das novas classes sociais C e D, mostrar de uma forma geral a mudança de perfil do consumidor brasileiro, citar o Código de Defesa do Consumidor, entre outros. Em contrapartida, será levantada neste mesmo trabalho uma outra hipótese, de que não necessariamente se precisa construir marca de uma forma tão “ intensa ‘ para se obter lucros. Para isso será feita uma comparação entre duas empresas de varejo, no setor de eletroeletrônicos, cuja lucratividade de ambas é boa, porém uma empresa é mais reconhecida e lembrada do que a outra na mente dos consumidores. Dentro deste contexto, este trabalho será referente as lojas de varejo, no setor de eletroeletrônicos no Rio de Janeiro, no período que se refere aos últimos 05 anos, mais precisamente no período que compreende o Pós-Real, que acabou por acarretar uma série de mudanças no comportamento do consumidor, em até alguns casos favorecendo-o, com a estabilização dos preços e a aquisição de produtos que até então eram “difíceis” de serem adquiridos. Para comprovar a tese de que há necessidade de construção de marcas para as empresas de varejo no setor de eletroeletrônicos, serão lidos livros relacionados a este tema, feitas pesquisas com profissionais da área, além da avaliação de alguns “cases”. CAPÍTULO I UM BREVE HISTÓRICO DA ECONOMIA Muitos dos problemas da economia brasileira são decorrentes do Brasil Colônia, onde tudo estava subordinado a Corte Portuguesa, que não deixava o Brasil crescer e se transformar numa nação independente. Problemas como a inexistência de uma infra-estrutura, transporte para comercialização, e difícil comunicação eram os mais agravantes. O cultivo do pau-brasil, da cana de açúcar, do cacau, e principalmente do café, este último responsável pela maior parte da mudança do país , e ainda a criação de gado contribuiram para o início do nosso crescimento, pois até então muitas famílias baseavam-se na autosuficiência, ou seja, produziam e fabricavam aquilo que era necessário para sua sobrevivência. Como se tornavam especialistas daquilo que produziam, passaram a fazer trocas com outras unidades familiares dando início ao processo de comercialização, a formação de mercados, ao surgimento da moeda e dos intermediários que seriam os facilitadores destas trocas. Mais tarde, propriamente em meados do século XVIII, a economia brasileira passou por um processo de transformação com a Revolução Industrial que teve início na Inglaterra, caracterizando-se pela passagem de série e surgiu a indústria pesada. O novo sistema industrial transformou as relações sociais e criou duas novas classes fundamentais para a operação do sistema. Os empresários (capitalistas) que eram os proprietários dos capitais, prédios, máquinas, matérias-primas e bens produzidos pelo trabalho. Os operários, proletários ou trabalhadores assalariados, que possuiam apenas sua força de trabalho e a vendiam aos empresários para produzir mercadorias em troca de salários, salários esses sem garantia e compensações futuras. Em 1930, durante o governo de Getúlio Vargas (19561960), foram criados alguns direitos para os trabalhadores, como carteira de trabalho, férias, aposentadoria por tempo de serviço e outros, dando assim mais estímulo a classe operária. Posteriormente, já no governo de Jucelino Kubtschek, o País teve um impulso industrial muito grande com a implantação da indústria automobilística e a transferência da nova capital para o Planalto Central – Brasília. Em sequência, nos anos de 60, deu-se início a um governo autoritário, que durou cerca de vinte anos, durante o qual um pretenso “ Milagre Econômico “ foi torpedeado pela crise do petróleo no mundo, vivendo o País um dos mais drásticos períodos da história econômica brasileira. Com o restabelecimento do sistema democrático por volta dos anos 80 e início de 90, o País enfrentou dois problemas: inflação alta e instabilidade econômica, o que acabou gerando a criação de estudos no plano econômico para tentar controlar tal situação, pois nesta fase banqueiros e especuladores dominavam aquele momento de desvalorização da moeda e valorização do dólar. Nesse item o país foi sacudido pela eleição democrática de um presidente e seu posterior impechement, agravando a sua situação econômica e consequentemente o seu mercado. Para tentar acabar com tal situação de inflação galopante pelo qual o País passava, durante o governo de Itamar Franco, o Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, atual Presidente da República, implantou o Plano Real, que entrou em vigor a partir de julho de 1994 e que perdura até os dias atuais, pois conta com significativo apoio da população, garantindo assim a estabilidade monetária e o aumento do poder de consumo da população de baixa renda que até então não tinha acesso a produtos bancários, limitando-se assim a produtos básicos de subsistência. O Plano Real acelerou o processo de abertura dos produtos importados, aumentando, assim, a concorrência interna, principalmente no setor varejista, possibilitando, assim, uma redução dos preços e proporcionando uma maior variedade de produtos para o consumo. Com estas primeiras medidas o país começou a atingir uma estabilidade financeira. CAPÍTULO II O VAREJO 2.1. O VAREJO NO BRASIL Segundo Henry Richter, autor do livro “ Princípios e práticas “, varejo é “o processo de compra de produtos em quantidade relativamente grande dos produtores atacadistas e outros fornecedores e posterior venda em quantidades menores ao consumidor final”. Geralmente o setor de varejo dispõe de um profissional que é o administrador varejista, ou gerente de marketing, que trabalha com sua equipe para fazer o planejamento, organização, direção, e controle dos negócios da sua empresa, e, tem objetivo comprar o produto, formar preços acessíveis ao consumidor, fazer propagandas ( promoções, displays), controlar o estoque e despesas e entre outras atividades escolher o ponto comercial e fazer projetos visando o crescimento da marca e consequentemente gerando lucros para a empresa. Existem diversas classificações de estabelecimentos varejistas entre elas estão as lojas de departamento, lojas independentes, lojas em cadeia, cooperativas, lojas especializadas, supermercados, varejo não-lojista. Diante dos elevados custos fixos e os do aperto nas margens de lucros, em função da concorrência ou conjuntura econômica, os varejistas, darão prioridade em suas prateleiras a produtos que tenham uma boa cobertura de marketing, esquemas eficientes de distribuição, giro rápido de vendas, que sejam amparados por amplas campanhas de mídia, juntamente com maior frequência possível de lançamentos, pois querem ser os primeiros a vender para atrair e reter público, ou menos provável, que não tenham essas características, mas que sejam campeões de venda através de fortes mecanismos promocionais, ou facilidades financeiras no atacado. Quanto maior a facilidade proporcionada, maior a chance de venda. Um dos aspectos impreteríveis para criar credibilidade na venda de diversos produtos é a garantia, que em alguns setores já tornou-se um produtos esperado, onde os consumidores já estão preparados para recebê-los na compra de determinados bens. Em certos casos os consumidores podem ficar relutantes no momento de decisão da compra por desconhecerem a marca, mas obtendo a garantia, os fabricantes responsabilizam-se por seus produtos por determinado tempo. Cada loja varejista trabalha com um prazo de garantia, por exemplo, o Ponto Frio oferece um ano de garantia, e há um certo tempo oferecia um ano a mais além da garantia, o que acabou por aumentar suas vendas, a Master Price oferece 06 meses de garantia, enquanto que a Tonifioto oferece 03 meses. Pode-se constatar que os produtos importados invocam qualidade, tecnologia, diversificação, bom preço e design, o que atrai maior procura e credibilidade por partes dos consumidores. No Varejo o processo de construção de marcas é importante, porém não se deve esquecer que devido a acirrada concorrência, as empresas varejistas que apresentarem mais diferenciais e serviços, serão a que mais lucrarão, pois em nível de preços todas estão equiparadas, o que deixa de ser o mais importante fator decisório. a. Localização Uma das ferramentas de sucesso do setor varejista está ligada a localização, pois a concorrência está atenta a isto e percorre os mesmos objetivos. No que diz respeito as lojas de rua o ponto de referência deve ser de fácil acesso, bem localizado onde muitas pessoas passem, ter disponibilidade para estacionamento. A estratégica da localização proporciona utilidade de tempo e lugar aos consumidores, por isso a necessidade do varejo de se localizar convenientemente, além do fato do lojista ver seu estabelecimento de forma rentável e lucrativa. Muitos consumidores procuram comprar em áreas próximas a sua moradia ou trabalho. O fator conveniência pesa na hora de escolher um lugar para fazer uma compra, exceto quando o cliente independente do lugar vai adquirir um produto naquela determinada loja pelo atendimento. b. Distribuição É necessário haver uma fácil e eficiente distribuição dos produtos, para quando for anunciado seu lançamento, ou sua promoção ele seja rapidamente encontrado, caso contrário criará frustração nos consumidores, que ansiosos para adquirirem os produtos, não os encontrarão. É necessário que o varejista tenha um esquema de distribuição nada falho e que possua um estoque bem preparado para receber seus consumidores. A política de preços no setor varejista não poderia estar mais agressiva, e para compensar a retração na economia, as redes de varejo na parte de eletroeletrônico estão apelando para as ofertas que chamem atenção dos consumidores, divulgadas em grandes campanhas publicitárias. Para esta guerra de preços é valiosa qualquer operação para colocar em prática o melhor preço. Um dos artifícios utilizados são os “olheiros” munidos de celular e pranchetas para vigiar os preços dos concorrentes, espionagem em encartes e marcação cerrada dos diretores comerciais em cima dos fornecedores. Quando se trata de pagamento à vista, geralmente os consumidores podem descontos ou em alguns casos a própria loja oferece um desconto especial para que o consumidor leve de imediato o produto. Algumas lojas se predispõem de cobrir as ofertas dos concorrentes. Quando se trata de vendas a guerra pelo menos preço é válida. Podendo dizer que o varejo no Brasil durante esses últimos cinco anos apresentou características diferentes durante dois períodos que veremos a seguir: Antes do Real e depois do Real. 2.1. O VAREJO NO BRASIL ANTES DO PLANO REAL Durante todo período anterior ao Plano Real, que entrou em vigor em julho de 1994, a inflação manteve-se alta, criando assim uma ilusão do poder aquisitivo do consumidor que, paralelamente as facilidades no financiamento, faziam com que se adquirisse o produto com os valores super elevados em razão das altas taxas de juros. Nessa época as classes beneficiadas eram apenas as classes média e alta capazes de suportar essa situação em razão dos ilusórios reajustes salariais conquistados em decorrência da escalada inflacionária . As mercadorias não obedeciam um “padrão” de preços. Produtos da mesma marca , apresentavam preços bem diferentes em cada loja , o que demonstrava uma instabilidade do mercado varejista , impondo a necessidade de se fazer muitas pesquisas antes de adquirir determinado produto . Muitas vezes , o consumidor chegava numa loja para procurar um produto e, se por algum motivo acabava não levando , quando retornasse , dias depois , já o encontrava remarcado com outro preço .Não havia um controle e, assim , não poderia haver uma fidelização por parte deles ao ponto de venda , pois o preço era o único fator decisório na escolha e na compra de um produto. Diante dessa situação as classes com renda mais baixa é que saiam prejudicadas por não terem condições de participar do mercado, uma vez que esse era restrito, não lhes permitindo a compra à vista, nem o uso de cartões de crédito para vendas parceladas, nem as facilidades do crédito bancário, restando assim alguma perspectiva durante a época de promoções, ou quando acontecia algum tipo de oferta extra que acabava por atrair milhares de consumidor. Um exemplo de sucesso das promoções feitas fora das épocas tradicionais foi realizada pelo Ponto Frio, com a “ Semana do Som “, onde a empresa não revelou os números do faturamento, só dizendo que foi um dos melhores desempenhos durante os 52 anos de existência. Mais do que nunca o País precisava adotar um plano onde a moeda fosse estável, a inflação abaixasse a ponto de se manter controlada resultando ,assim , num melhor padrão de vida , onde todos , independente do classe social pudessem usufruir do direito de consumo. 2.1. O VAREJO NO BRASIL APÓS O PLANO REAL Ainda no governo de Collor, foi acelerado processo de abertura econômica para produtos importados , aumentando assim a concorrência interna, pois os produtos nacionais não queriam ser desfavorecidos. Com o Plano Real entrando em vigor, esperava-se que fosse criada uma moeda forte , capaz de proporcionar um poder de compra constante ao consumidor independente de sua classe social , acabando , assim , com a inflação elevada. Com este plano, novas formas de financiamento foram colocadas em vigor , onde as prestações passaram a ser fixas, o juros abaixaram de uma forma brusca, foi aberto um leque de opções para pagamentos como o uso dos cheques pré-datados , dos cartões de créditos parcelados sem juros ( neste caso é feito um acordo entre as lojas e a administradora do cartão, onde os juros são repassados para o varejista ao invés do consumidor ) e o leasing ( no qual a indústria altomobilística lucrou muito ). Com os financiamentos a longo prazo e os preços estabilizados, já não havia mais a necessidade de sair correndo, pesquisando e comprando com urgência, o que trazia uma tranquilidade para os consumidores. A população de certa forma aceitou bem o plano, que para as classes menos favorecidas trouxe muitos benefícios e realizou sonhos até então ilusórios como por exemplo, a possibilidade de possuir eletroeletrônico, eletrodomésticos que antes seriam praticamente impossíveis de serem adquiridos devido a alta dos juros nas prestações e a falta de facilidades para pagamento. Nesta fase, o preço deixa de ser o único fator diferencial na hora da escolha e compra do produto, pois em relação a concorrência não são tão diferentes, o que fez com que os varejistas apresentassem novos diferenciais para “ganharem” o consumidor, entre eles: qualidade, bom atendimento, layout de loja e outros que veremos em capítulos adiante. Sendo assim fica mais fácil criar o processo de fidelização do cliente ao ponto de venda, pois passa-se a conhecer mais os hábitos de consumo, seu comportamento frente as compras e o que realmente o leva a preferir um produto naquela determinada loja. CAPÍTULO III CONSTRUÇÃO DE MARCAS Uma marca é um nome diferenciado e ou símbolo destinado a identificar os bens ou serviços de um ou grupo de vendedores e a diferenciar esses bens e serviços daquele concorrente. Assim, uma marca sinaliza ao consumidor a origem do produto, além de proteger tanto o consumidor quanto o fabricante dos concorrentes que oferecem produtos ou serviços que pareçam idênticos. Podemos dizer que ela serve para uma identificação dos produtos ou da linha de produtos . O valor da marca é o valor da informação que ela carrega ou dispara, e representa muitas vezes status, mas que ao longo dos tempos precisa de trato e “manutenção” para não perder a credibilidade. Além disso, podemos dizer que seu valor depende da identificação de um padrão. E quem consegue criar novos padrões, ou seja, novas marcas, pode criar novos mercados ou conquistar os já existentes. Com elas é possível criar lealdade se a qualidade associada a marca for aceitável e por fim podem construir um grande patrimônio que as empresas tanto almejam. Como sua formação é demorada acabam por serem consideradas o maior patrimônio das empresas, como custo altíssimo. As pessoas tendem a comprar uma marca conhecida pois sentem-se confortáveis com o que lhes é familiar, confiável, que traz um apelo de sucesso, glamour e status que é difícil de resistir, além da boa qualidade que compreende durabilidade e credibilidade. Uma marca reconhecida será assim, frequentemente selecionada diante de uma outra desconhecida. A escolha por uma marca pode ser racional, emocional ou em alguns casos de ambas as formas. A escolha racional é aquela baseada em conjunto de variáveis lógicas. Em quase toda parte a marca pode ser a prova da existência e importância de um determinado produto, fazendo ou não parte dos hábitos pessoais de consumo. A escolha emocional está ligada a preferência e experiência pessoal com o produto. A pessoa o consome habitualmente - sempre é a sua primeira escolha. Embora não utilizando critérios técnicos, ela está segura de as opção e da preferência por aquela marca. Existe também a “ marca de família “ que é utilizada para uma linha de produtos, cuja vantagem é quando algum produto apresenta boa qualidade e obtém boa imagem no mercado, fica mais fácil vender outros utilizando a mesma marca. Exemplo de sucesso ao se referir de “ marca de família é a Sadia, com a criação da linha “07 Mares”. Eis aqui algumas características pertencentes a boas marcas: - Catalisam simpatia e confiança, sabendo lidar com seus consumidores e funcionários; - São detentoras de alguma tecnologia ou sistema; - Dominam e otimizam mecanismo de mídia; - Investem adequadamente em pesquisa e desenvolvimento; - Globalizam-se com facilidade; - São administradas por profissionais, geralmente acionistas; - Conhecem perfeitamente seu ambiente estratégico; - Utilizam seus ativos com maior sabedoria; - Distribuem seus produtos com eficiência da logística; - Possuem eficiente estrutura de pós-venda; - Não possuem problemas familiares de gestão; As marcas conhecidas trazem consigo slogans forte, que são capazes de associar melhor a marca como as dos exemplos abaixo: - Ponto Frio: “ PONTO FRIO FAZ MELHOR E PONTO.” - Casas Bahia: “ DEDICAÇÃO TOTAL A VOCÊ.” - Master Price: “ A DIFERENÇA ESTÁ NO PREÇO.” Como exemplo dessas marcas conhecidas no setor varejista, podemos citar alguns exemplos como é o caso do Ponto Frio que possui preços acessíveis ao mercado, facilidades de compra, juros razoáveis para pagamentos a prazo, e procura investir de forma constante em propagandas na televisão, páginas e encartes coloridos nos principais jornais, comerciais nos rádios, venda on-line, além de abastecer suas lojas com materiais promocionais, acabando por fim tendo um retorno excelente e consequentemente reforçando sua marca. Já as Casas Bahia, apresentam novas estratégia para atrair seus consumidores. Neste caso, oferece a eles o primeiro pagamento com até quase dois meses após a compra, porém os juros para os pagamentos da prestações são mais altos. Por fim, temos a Master Price com outra estratégia de vendas que oferece as seus consumidores o parcelamento nas compras em até 06 ou 12 vezes, sem juros, ou seja, os juros já estão embutidos no preço à vista, porém o parcelamento não sofre nenhum acréscimo. A jogada de preço é diferente para esses três varejistas, onde o primeiro(Ponto Frio) oferece um preço bom de imediato, mas coloca os juros razoáveis para o parcelamento, o segundo (Casas Bahia) investe no preço à vista, este ainda com muitos dias para o primeiro pagamento, mas com juros altos para as demais prestações, e o terceiro (Master Price) trabalha com um bom preço à vista e excelente parcelamentos pois os juros já incluídos no preço de à vista são relativamente baixos. Para construir marcas duradouras, é indispensável que a publicidade funcione. O Mais importante para uma marca é ter boa relação custo/benefício. Marcas relevantes e valiosas, em contrapartida, são essencialmente aquelas que mereceram, investimentos ininterruptos de construção de imagem desde a sua concepção, sendo diariamente administradas pelo seus responsáveis. A imagem é desenvolvida pela propaganda, que é indispensável, ou em todas as outras comunicações associadas com o produto incluindo a sua embalagem. As marcas que não se comunicam, que possuem um custo de manutenção de imagem elevado, tendem a desaparecer, perder força ou cair no esquecimento do público. O motivo de muito fracasso com seus lançamentos ou extensões é porque não mostraram diferenciais de valor. Por mais bem sucedido que seja um trabalho de marca, as empresas, também devem compreender que tão somente construí-la, possuí-la e vendê-la com os produtos não é uma vantagem estática com o qual devam conformar-se. As marcas, devem evoluir e modernizar-se, adaptando-se as mudanças de comportamento dos seus consumidores e ambiente, mantendo a linha de valores que as fez surgir. Na realidade, elas são uma filosofia de vendas, o resultado de um trabalho contínuo de produção, distribuição e investimentos, são as porta vozes das qualidades intrínsecas dos fabricantes. Elas nada representam, se não conseguirem alimentar a demanda e as expectativas dos seus consumidores e admiradores, desenvolvendo-se com seu mercado. A construção de marcas para as empresas é um grande desafio, desde a concepção dela até a manutenção, pois atualmente as redes de varejo vendem basicamente os mesmos produtos, ou as mesmas marcas, com preços parecidos, apresentando diferenciais para se destacar mais do que a outra. Como estratégia, é necessário ter uma marca forte, ser mais criativo e se posicionar frente a concorrência, investir em diferenciais que possam fidelizar clientes, investir em publicidade, estar presente em todos os lugares criando assim uma fácil associação do consumidor com a marca, investir em design de loja, das embalagens, entre outros para obter sucesso. É necessário fazer com o consumidor, ao pensar no ramo de varejo, lembre primeiro da marca, pois uma propaganda bem feita é aquela que é lembrada facilmente pelos consumidores, ou seja ao se pensar em refrigerante, pensamos em Coca-Cola, ao se pensar em sabão em pó, pensamos em Omo, ao se pensar em em sorvete, pensamos em Kibon, e assim por diante. Um dos fatores que ajudam no crescimento das marcas é o SAC – Serviço de Atendimento ao Consumidor, que tem por finalidade atender a chamadas gratuitas no 0800 e tirar dúvidas, anotar possíveis reclamações e ouvir sugestões apontadas pelos consumidores, buscando sempre a satisfação dos mesmos e consequentemente a fidelização ao ponto de venda . Uma empresa que dispõe deste serviço, tem grandes chances de crescer, pois está investindo para obter resposta num curto espaço de tempo, não deixando nunca cair na acomodação. CAPÍTULO IV FATORES INFLUENCIÁVEIS NA HORA DA COMPRA Atualmente o preço não é mais fator decisório na hora da compra devido a todas as mudanças que vem acontecendo principalmente no campo da economia com a entrada do Plano Real, que facilitou o setor varejista. Hoje em dia uma empresa que tenha planos de crescer e se posicionar no mercado frente as demais devem buscar diferenciais capazes de atrair consumidores e assim fidelizá-los. Alguns dos fatores influenciáveis na hora da compra serão abordados neste capítulo. a. Qualidade A qualidade continua sendo um fator importante na escolha de um determinado produto. A marca agrega qualidade, por isso, muitos, consumidores ao pensar em adquirir um produto ou um serviço optam por levar marcas conhecidas, pois assim estão “ adquirindo “ também uma qualidade boa, ficando assim despreocupados. A compra orientada pelo valor da marca/qualidade traz status, poder e satisfação pessoal, para os consumidores. b. Bom atendimento Muitas lojas varejistas investem no atendimento. Para isso oferecem aos seus funcionários cursos de atendimento ao consumidor, onde ensinam como atender, como se posicionarem frente a consumidores indecisos entre outras coisas. Um bom atendimento conhece bem os produtos da loja, além de saber dos gostos, das marcas e modelos preferidos, o que ele precisa de fato para se sentir satisfeito e é capaz de criar fidelização dos clientes, que por se sentirem bem atendidos, voltam a comprar naquela loja. Alguns até mesmo não morando perto de onde adquiriu o produto, acabam por voltar pois se sentiu “ a vontade “ com o vendedor. O que o cliente precisa de verdade para ser fiel aquela loja é se sentir como se fosse o único e mais importante elemento no momento da compra, as atenções precisam estar voltadas para ele e suas possíveis dúvidas. Uma empresa bem preparada estruturalmente, com profissionais selecionados, preparados e prestativos, que conhecem aquilo que vendem, crescerá no mercado. c. Garantia / Assistência Técnica Hoje em dia a garantia e assistência técnica já são esperadas por muitos consumidores quando se trata de eletroeletrônicos, uma vez que esta pode variar de tempo para cada loja. O consumidor procura comprar produtos de marca e que possuem uma boa assistência técnica. Conhecer assistência técnica das marcas é imprescindível, e influencia muito na hora da compra. Nada adianta levar um produto já sabendo que em caso de problema a assistência será mais um problema. Os produtos importados possuem um posicionamento frente aos nacionais melhores, pois invocam qualidade, tecnologia, variedade que os nacionais ainda não tem tanto quanto eles. d. Facilidades para pagamento a prazo O fator mais influente na decisão para uma compra é a facilidade para pagamento. O valor da marca e o da prestação dividem importância na escala de valores preponderantes na hora de se efetuar e concretizar compras. Como os preços estão quase equiparados, um dos fatores que levam o consumidor a escolher determinada rede de varejo são as facilidades para financiamento. Ao decidir pela loja X, ele leva em consideração, o valor dos juros que serão colocados nas prestações, o tempo de garantia, como pode ser pago o produto em questão, quais os benefícios que terão na compra. Segundo as pesquisas, o uso dos cartões de crédito parcelados e cheques pré - datados são os campeões nos parcelamentos. e. Pronta entrega As lojas que possuem este serviço podem ser consideradas privilegiadas, uma vez que o consumidor procura ter o menor trabalho possível para adquirir o seu produto. Conforto, comodidade, conveniência são fatores que fazem parte da personalidade do consumidor. Este serviço deve ser eficiente cumprindo o prazo de entrega prometido ao consumidor, para que ele não perca a credibilidade na loja. f. Compras pela internet O serviço de compras pela Internet já movimentou milhões de reais em compras. As empresas que dispuserem deste serviço além de facilitar a vida dos consumidores, podem ser mais reconhecidas no mercado, por disporem de mais uma mídia para vendas de seus produtos. Os consumidores estão ficando cada vez mais familiarizados com este novo instrumento de compras: a Internet. Mas é preciso tomar alguns cuidados antes de comprar. Em uma pesquisa feita pelo serviço de busca na Internet “ Cadê “ mostra que 19% dos internautas brasileiros já compraram pela Internet. g. Layout de loja As lojas devem ser bem estruturadas internamente, possuirem um espaço relativamente grande para atender seus consumidores. Outra característica importante para os layouts das lojas é que estas não devem ser lotadas de produtos de modo que fique “ poluído “ e o consumidor se sinta confuso lá dentro. Os produtos precisam estar bem organizados, de modo que o consumidor possa achá-lo facilmente. Uma loja muito aperta ou com ar condicionado deficiente só tem a afastar os consumidores. Existe artifícios para “ vender “ os outros produtos que é o fato da disposição deles e da preparação do vendedor. É bom que o consumidor ao procurar um procurar um produto possa olhar o que tem a mais na loja e quem sabe, assim, acabar adquirindo mais produtos, e consequentemente aumentar os lucros da loja. h. Credibilidade O fator credibilidade é muito importante na decisão de uma compra. Uma marca forte possui credibilidade, o que atrai a procura dos consumidores aquela loja para adquirir o produto desejado. É muito fácil levar para casa um produto com marca conhecida, as possibilidades de dar certo são maiores do que as de uma marca sem credibilidade no mercado. CAPÍTULO V MUDANÇA DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Diante da estabilidade da nossa moeda, o consumidor passou a adotar um novo comportamento frente ao consumo. É necessário assumir definitivamente, que eles estão cada vez mais exigentes, que compram de forma mais inteligente do que no passado, pois a tecnologia está criando um consumidor diferenciado. Hoje em dia eles podem contar com o Código de Defesa do Consumidor que passou a vigorar para que os consumidores possam “lutar” pelo que lhes é direito, não deixando que antigos argumentos infundados da parte dos lojistas os prejudicassem após uma compra. Todos têm que obedecer a lei. Com acesso a computadores para compras, há uma tendência à racionalidade, preservando assim o seu tempo e seu dinheiro. Se optam pela qualidade, preço ou entrega, querem-no incondicionalmente sem falhas, pois para cada decepção, existe uma nova promessa em outras marcas. Nenhum potencial comprador em sã consciência e com dinheiro para optar, irá aventurar-se na escolha de uma marca qualquer em detrimento de uma outra que ele conheça, com a qual mais se afine e pela qual, possa pagar. Com a nova política econômica adotada em nosso País, o consumidor mudou seus hábitos de consumo e o que fez com que muitos varejistas adotassem novas formas de atrair os consumidores às suas lojas e comprassem seus produtos. CAPÍTULO VI OS MAIS NOVOS CONSUMIDORES: CLASSE C e D O mercado mudou, ou melhor, ganhou novos e promissores consumidores que foram as classes C e D, que aos poucos passaram a consumir com maior frequência e constância, se atirando cada vez mais no mundo do consumo, acabando por adquirir produtos que até então faziam parte de seus sonhos. Isto não seu deu pelo fato do governo adotar uma política “ boazinha “ que desse um melhores padrão e fizesse com que estas classes tivessem acesso ao consumo, deixando para trás todo fantasma e o estigma de classe social sem direito, marginalizada, esquecida, fora da sociedade de consumo, sem direito a nada, vivendo apenas para seu consumo de subsistência ou na linha da miséria. A inclusão destas novas duas classes na sociedade de consumo se deu a um fator primordial: a adoção do Plano Real como que acabou por estabilizar a economia e acabar com a inflação alta. Estas classes nunca tiveram direito a fazer parte da sociedade de consumo devido aos elevados preços dos produtos de uma forma geral e seus juros nas prestações. Com a entrada do Plano Real, isso mudou, pois os preços ficaram estáveis, as facilidades de compra e as prestações bem mais acessíveis, o que provocou um aumento nas vendas mesmo que a longo prazo. Esses novos consumidores passaram a se sentir privilegiados com a nova situação, exigindo um melhor atendimento, afinal passaram a fazer parte da carteira de clientes, e não abrindo mão de possuirem produtos de marca. Para eles, a marca e a prestação passaram a dividir a mesma importância na escola de valores na hora de efetuar uma compra, que em alguns casos dependendo da situação financeira, mais valia pagar um pouco mais nas prestações e ter um produto de marca melhor do que ter um produto de marca desconhecida que iria lhe trazer tamanha credibilidade. Segundo pesquisas nas redes de varejo, os melhores pagadores são os consumidores destas classes, que se vêem preocupados com o valor das prestações a fim de pagá-las e terem o produto como direito, além do fato de terem medo de serem processados por falta de pagamento, não tendo assim como se defenderem. O número de cheques pré-datados que voltam para as lojas são pertencentes as classes mais alta, que mesmo diante de algum problema, tem como se defender. Enfim, podemos dizer que as mudanças advindas do Plano Real e que atingiram, felizmente os consumidores destas classes, C e D, foram bem vindas e acalentaram mudanças no País e na vida dessas pessoas que passaram a ganhar maior participação na sociedade e a fazer parte ativamente do consumo, trazendo assim, lucros para o setor do varejo. Entretando, hoje esta realidade pode ser desfigurada na medida em que essas classes começam a retornar ao status anterior ao Real. CAPÍTULO VII SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR – SAC CÓDIGO DEFESA DO CONSUMIDOR Pelo fato do consumidor estar cada vez mais consciente dos seus direitos, acaba consequentemente tornando-se mais exigente. Sendo assim, a maioria não está hesitando em reclamar quando enfrenta problemas após um mau atendimento, compra algum produto ou utiliza algum serviço. O Serviço de Atendimento ao Consumidor – SAC - é um fator de extrema importância para as empresas que já o possuem, pois através dele o consumidor pode tirar dúvidas, reclamar ou sugerir idéias que possam melhorar a estrutura do varejista. As críticas sejam elas construtivas ou não, são válidas, pois todas são avaliadas e posteriormente algumas colocadas em prática a fim de obter um crescimento. Este serviço deve dispor de pessoas eficientes, preparados e treinados para enfrentarem todo o tipo de situação, principalmente quando o assunto se trata de reclamação. É preciso de toda uma psicologia para saber lidar com o consumidor que teve um problema ao adquirir um produto ou utilizou algum serviço que não o agradou. O SAC só traz benefícios as empresas, pois através dele pode-se saber como continuar satisfazendo o consumidor e atendendo as suas expectativas e necessidades, descobrir onde a empresa está falhando ou o que está a levando a atingir uma posição melhor no ranking. Código de defesa do consumidor: Os primeiros movimentos do Código de Defesa do Consumidor surgiram no brasil a partir de 1970, através de projetos de lei. O PROCON (Grupo Executivo de Proteção ao Consumidor), surgiu em 1976, no Estado de São Paulo. No entanto a aprovação do Código ocorreu em 1990 e ele entrou em vigor em 11 de março de 1991, permitindo a adaptação das empresas a nova situação. Várias empresas passaram então a se adaptar à nova realidade. Apesar das críticas, o Código de Defesa ao Consumidor tem o aspecto positivo de dar maior poder ao consumidor brasileiro. Muitos comerciantes agora devem responsabilizar-se por certos prejuízos causados aos consumidores, que antes eram objeto de desculpas infundadas e causavam desgaste emocional para os clientes. Algumas medidas foram tomadas por parte de algumas empresas para se adequarem ao Código de Defesa do Consumidor: • ARAPUÃ – Formou um comitê para discutir o Código e está reexaminado toda a sua propaganda, inclusive o slogan da loja. • SHARP – Esta refando os manuais de dezenas de seus produtos eletroeletrônicos, para explicar melhor como utilizá-los e dar mais destaque às advertências. • CARREFOUR – Organizou uma lista de maus fornecedores que serão evitados por todas as lojas. Prepara um manual sobre o Código para os 11.000 funcionários. Diante disso, as empresas que pretendem atender as expectativas do consumidor e atingirem um posicionamento no mercado frente as demais precisam contar com o serviço do SAC. CAPÍTULO VIII MARKETING X PUBLICIDADE NA CONSTRUÇÃO DE MARCAS O marketing e a publicidade “ caminham “ juntos de forma atingir o mesmo objetivo que é a satisfação das necessidades do consumidor. O primeiro analisar desde as tendências de mercado, o produto ou serviço desde que ele é uma simples idéias até o seu consumo, enquanto que o segundo visa a venda deste produto ou serviço, favorecendo a imagem da empresa ou marca. O marketing deve não só satisfazer as necessidades do consumidor, assim como criar novas, de acordo com a demanda atual. E isso se dá através de estudos minuciosos e incessantes do consumidor e do mercado, no qual se faz um levantamento das prioridades, chegando assim a definição do produto ou serviço desejado. Uma vez definido, os profissionais desta área estudam a sua origem, sua fabricação, distribuição e por fim produzem o “ briefing “ que nada mais é que um histórico daquilo que se quer vender, e o entregam a uma agência de publicidade, escolhida por eles e por alguns outros membros da empresa, que analisará e estudará a melhor forma lucrativa de trabalhar. A publicidade é uma das ferramentas do marketing, pois atua no sentido de fazer com que o produto ou serviço se torne conhecido através de divulgações de anúncios por meios de comunicação pagos e com responsabilidade por parte do parte do anunciante. Uma empresa quando precisa elaborar uma campanha publicitária e divulgá-la, “ contrata “ uma agência de publicidade para fazer esse tipo de trabalho. Esses profissionais são os responsáveis pelo projeto da empresa, pela análise e interpretação do “ briefing “, definição do target, classe social, faixa etária que irão ser atingidos, assim como todo o levantamento de custos daquilo que será divulgado. Uma boa campanha publicitária é aquela que foi muito bem planejada, e que ao chegar ao consumidor chegue de forma clara, simples, objetiva e impactante. Portanto, esses dois conceitos “ marketing “ e “ publicidade ‘, estão interligados. Na medida em que um engloba todas as atividades desde a pesquisa de mercado, planejamento, determinação de preço, fabricação e distribuição, o outro cria necessidade, induz o consumidor a consumir aquele determinado produto ou serviço sem que ele esteja de fato precisando. O valor que a publicidade carrega é muito importante no processo de construção e “ reafirmação “ das marcas. A propaganda tem por finalidade trazer o conhecimento das marcas, influenciar, persuadir o consumidor através de suas mensagens apelativas, visando sempre o lucro para as empresas. Podemos dizer que é uma tática mercadológica, um verdadeiro instrumento de vendas eficaz, capaz de seduzir as pessoas, as conduzirem a adquirir determinado produto ou utilizar determinado serviço e em alguns casos a experimentar certas marcas. Para isto ela dispõe de diversos meios de comunicação, etre eles : tv, rádio, jornal, revista, outdoor , etc. O meio de comunicação mais forte, mais abrangente é a televisão pois é capaz de atingir milhares de pessoas, 80% dos 31 milhões de lares brasileiros ( vide fonte do livro “ Propaganda de A a Z “ ) , das mais diferentes classes sociais. Todos os dias os consumidores são bombardeados incessantemente pelas mensagem publicitárias. Através da força de uma propaganda uma marca pode disparar ou perder credibilidade. Em muitos casos, as empresas utilizam artifícios para criarem credibilidade e assim fazerem com que os consumidores sejam levados a adquirir determinado produto ou utilizar determinado serviço. Uma das ferramentas que muitas empresas utilizam para que a publicidade consiga convencer seus consumidores são os depoimentos testemunhais de pessoas famosas que acabam por induzir o consumidor a experimentar tal marca, produto ou serviço anunciados. As empresas precisam saber distribuir sua verba a fim de não terem prejuízos. A televisão pode ser o melhor canal de comunicação , mas para o setor varejista o uso de propagandas nas outras mídias como jornal e rádio é imprescindível, uma vez que o varejo precisa estar na mídia para que os consumidores saibam e possam adquirir seus produtos, reforçando assim sua marca. Quanto maior o número de mídia que o varejo estiver anunciando, mais reforçada estará a sua marca. Mas para que este reforço de marca seja válido é preciso que a empresa apresente diferenciais em relação a concorrência, uma vez que as empresas que se sustentarão serão aquelas que apresentarem os melhores serviços como foi dito em capítulos anteriores. No que se refere a construção de marcas, as empresas que investirem em publicidade e tiverem um excelente plano de marketing facilmente se posicionarão no mercado. CAPÍTULO IX A IMPORTÂNCIA DAS PEQUISAS Pesquisa mercadológica é a “coleta , o registro e análise de todos os fatos referentes aos problemas relacionados à transferência e venda de mercadorias e serviços do produto e consumidor.” Para uma eficiente administração varejista é necessário que se acompanhe as alterações ambientais e adapte-se ao plano de marketing . A procura de informações para análise dos fatos e suas conseqüências exige que as empresas se preocupem e montem um eficiente sistema de informações. Através das pesquisas , descobre-se quais são as necessidades , os desejos do consumidor , e assim, procura-se colocá-las em prática para que ele se sinta satisfeito . Além disso, ela pode resolver alguns dos freqüentes problemas dos varejistas como por exemplo : declínio de vendas , falta de clientes , descontentamento dos vendedores , concorrência bem mais sucedida , mercadoria com baixo giro , vitrines e interiores pouco atraentes atritos departamentais , promoções mal sucedidas , alta rotatividade dos funcionários, alto percentual de pessoas que deixam a loja sem comprar, declínio nas vendas médias, carência de funcionários qualificados, inadimplência na coleta de débitos. A pesquisa de mídia é um instrumento absolutamente indispensável para a seleção das melhores alternativas de mídia para aplicar a verba dos anunciantes. Ela apresenta dados quantitativos de audiência (e circulação real) dos veículos, combinados com as informações qualitativas que mostram o comportamento de consumo por classe, faixa etária, sexo, período de tempo e outros detalhes que permitem selecionar com segurança o melhor composto de mídia para atingir os atingir os objetivos traçados no planejamento e dentro da verba disponível. Alguns estudos regulares disponíveis : a . IBOPE Televisão Data IBOPE - é um sistema implantado recentemente em São Paulo e no Rio de Janeiro, em que através de um aparelho chamado “people meter”, colocado em um painel de lares, levanta-se o tamanho e hábitos de audiência de televisão pelas pessoas residentes nessas duas importantes regiões metropolitanas. Existem outros como Tevetron, Serviços Especiais etc. b . IBOPE de jornal O Ibope também pesquisa as audiências do rádio e jornal. No caso do rádio, trata-se de um sistema inclui painéis contínuos em São Paulo e Rio e recall ( levantamento feito sobre a audiência declarada do dia anterior) nessas duas praças e mais sete grandes regiões metropolitanas. c . Estudos Marplan O Marplan realiza nos nove maiores mercados brasileiros um levantamento anual sobre hábitos de audiência (penetração em cada perfil) de televisão, rádio, cinema, revista, jornal e teatro. d . IVC (Instituto Verificador de Circulação) Faz a audiência de circulação dos principais jornais e revistas do País, fornecendo os números reais de assinantes e vendas em banca de cada edição. Os dados são fornecidos pelo editor de cada publicação seguindo os critérios do IVC e conferidos posteriormente por esse órgão. Para os jornais diários, os relatórios são mensais, os relatórios são trimestrais, e para as revistas bimestrais, trimestrais ou de menor periodicidade, os relatórios são feitos para cada edição. e . Nielsen Investimentos em Mídia Avalia a atuação publicitária dos anunciantes em termos de volume investido, estratégia e táticas de mídia. O instituto fornece dados sobre presença na mídia (Tv, jornal, revista e outdoor) de todos os principais anunciantes. Diante desses estudos, pode-se ficar sabendo melhor do consumidor, dos seus hábitos, do seu comportamento frente as propagandas feitas através da mídia eletrônica ou impressa. Uma pesquisa bem feita é capaz de apontar as reais necessidades do consumidor e as possíveis falhas das empresas no que diz respeito a seu crescimento ou até mesmo, saturação da marca, uma vez que esta tem seu tempo de vida, e se não for trabalhada para ser mantida, acabará tentando assim fazer com que elas busquem uma solução. O centro de todo processo de comercialização é o consumidor. Todo esforço deve ser dirigido a ele e o círculo que envolve os consumidores “informação de mercado”, representa a necessidade de informações que devem ser obtidas do consumidor para se chegar mais próximo aos seus desejos e necessidades. Geralmente, os instrumentos utilizados para este propósito são as informações adquiridas em um banco de dados e a pesquisa mercadológica. CAPÍTULO X VARIÁVEIS CONTROLÁVEIS X INCONTROLÁVEIS As principais variáveis controláveis do composto varejista são: subcompostos de produtos e serviços, comunicação e distribuição. Os subcompostos de produtos e serviços incluem planos de créditos, determinação de linha de preços, além da compra e decisão sobre o nível de serviços a serem oferecidos aos clientes. O subcomposto de comunicação inclui todos os esforços de comunicação da empresa com seu mercado, incluindo propaganda, merchandising, promoção de vendas etc. Por fim temos a distribuição, onde são incluídos todos os esforços de distribuição de produtos, como escolha da loja, localização de depósitos, nível de estoque, enfim tanto a escolha de canais de distribuição como também a determinação de produtos, como escolha da loja, localização de depósitos, nível de estoques, enfim tanto a escolha de canais de distribuição como também a determinação de sua distribuição física. Existem as variáveis incontroláveis que são as que estão fora do domínio da empresa, acabando por afetá-las como por exemplo: ambiente político e legal, ambiente social, cultural e demográfico, econômico, concorrência, e tecnologia. a. Ambiente político/Legal Este é um ambiente de fundamental importância, uma vez que nossas vidas são diariamente afetadas por mudanças governamentais e leis novas que são aprovadas ou modificadas. b. Ambiente Social/Cultural/Demográfico As modificações sociais são também determinantes para a adaptação de programas de sucessos das empresa. A sociedade apresenta diferentes tendências em diferente épocas e é necessário que as empresas estejam voltadas para essas mudanças para que possam adaptar suas estratégias de forma adequada desde a construção de uma marca até o ato de comprar um produto. Os fatores culturais são de estrema importância, uma vez que eles determinam os hábitos de compra de muitos grupos de consumidores. As variáveis demográficas determinam mudanças no índice de natalidade, hábitos de compra, envelhecimento da população, entre outros são fatores que influenciam as estratégias a longo prazo das empresas. c. Concorrência A cada dia que passa a concorrência aumenta, novas empresas surgem no mercado, o que faz com que os varejistas preocupem-se em fortalecer suas marcas, oferecerem os melhores serviços e lançarem novos produtos que acabam de tornar obsoletos os de seus concorrentes. Com a abertura do mercado brasileiro, muitas empresas encontram, subitamente, diversos concorrentes de diferentes regiões, vendendo produtos com qualidade superior e preços reduzidos. Isto exigiu uma reação imediata. Muitas empresas aperfeiçoaram seus métodos de produção, outras reduziram preços e ainda houve quem preferisse importar a produzir. Para “manter” uma marca bem posicionada no mercado é necessário investir sempre em tecnologia, propagandas bem elaboradas e apresentarem qualidade no produto ou serviço, além dos diferenciais que influenciam na escolha da marca. Pois, diante da concorrência de hoje em dia, o consumidor se ver com um leque de opções, onde quem tiver o melhor serviço é quem ganhará. d. Tecnologia À medida que os fabricantes lutam por melhor posicionamento no mercado, desenvolvem em seus laboratórios produtos e técnicas mais aperfeiçoamento. Vamos apresentar 03 cases de sucesso que aconteceram. CAPÍTULO XI CASES DE SUCESSO PONTO FRIO – HABILITAÇÃO DE TELEFONES CELULARES = FORTALECIMENTO DA MARCA O Ponto Frio é considerado a maior, ou senão, uma das maiores redes de varejo desta época. Vende produtos de áudio, telefonia, eletrodomésticos, vídeos, brinquedos, materiais de esporte e lazer, eletroeletrônicos entre outros. Além disso, oferece serviços de assistência técnica , Super Garantia Bonzão, serviço on-line para pesquisa e compra e a garantia de 01 ano a mais do que a garantia habitual . O Ponto Frio apesar de já ter construído sua marca há um certo tempo , e esta ser “forte”, a empresa continua investindo nela através de incessantes comerciais e anúncios nas diversas mídias. Os anúncios e comerciais são feitos regularmente toda semana a fim de vender seus produtos, conseqüentemente aumentar as vendas e fortalecer a marca na mente dos consumidores. Quando chega uma época como Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia dos Pais , Natal, o investimento é maior, sendo assim sua marca só tende a crescer, uma vez que a empresa vende produtos qualificados, dispõe de excelentes serviços, possui preços competitivos e boas condições de pagamento. Com o crescimento do uso de aparelhos celulares, o Ponto Frio em parceria com a Telefônica, realizou um trabalho de sucesso para com os seus clientes. Para isso, fez muitas campanhas publicitárias, tanto em mídia eletrônica com a criação de comerciais divulgando este novo trabalho, como em mídia impressa com a veiculação de “monstruosos” e icessantes anúncios de páginas duplas, ¼ de página nos principais jornais informando aos consumidores ,de uma forma geral, das facilidades para adquirir o telefone celular através da empresa. Entre as facilidades para adquirir o telefone celular estavam as compras pelo sistema de telemarketing (0800), compras pela Internet. Ao comprar pelo Ponto Frio, o cliente recebia em dias o seu aparelho já habilitado sem custo adicional de entrega , o que gerava maior conforto para o cliente que através do telefone ou da Internet passava os dados solicitados pelo Ponto Frio para habilitação do mesmo e uma maior lucratividade para a empresa. Os clientes que não tinham outra escolha devido a falta da Internet e telefone em casa , recorriam às lojas, e, lá encontravam stands, com pessoas da Telefônica uniformizadas , treinadas para atender e habilitar os aparelhos. Com isto, a marca Ponto Frio que já tinha um bom posicionamento no mercado acabou por ser fortalecida e se tornar a maior empresa varejista no setor de telefonia celular. Os investimentos em mídia foram altos, mas o retorno foi gratificante, pois o Ponto Frio conseguiu através deste novo trabalho uma posição de destaque frente a seus concorrentes. CONCLUSÃO Esta monografia nasceu da necessidade de demonstrar que as empresas do varejo têm para investir na hora de construir e manter suas marcas com posicionamento perante ao mercado. As empresas que não investirem em qualidade e não apresentarem diferenciais vão acabar perdendo para seus concorrentes. Por isso é imprescindível investir nos serviços de atendimento, no pós venda, para venda, para assim conseguirem a fidelização por parte dos consumidores que a cada dia que passa percebe o nível de igualdade entre produtos e serviços é cada vez maior, tornando – se assim mais exigentes na hora da escolha de uma marca ou compra de um produto. Uma empresa ao longo do tempo pode acabar, mas o valor de sua marca permanece na mente das pessoas, porém este só é reconhecido quando a empresa pretende vendê-la precisando assim, avaliar seu valor no mercado. Nestes últimos cinco anos , o País passou por inúmeras transformações, entre elas a “estrada” do Plano Real, que acabou por estabilizar a nossa moeda, e entre outros fatores, abaixou os juros, trazendo assim facilidades de pagamento para compras à prazo, e os novos consumidores que foram as classes C e D, responsáveis pelo o aumento no número das vendas. Vale ressaltar que as redes de varejo para crescerem precisam contar com uma localização, um excelente trabalho de distribuição, possuírem os fatores determinantes no hora da compra como foi visto em capítulos anteriores, investir em pesquisa para saber as reais necessidades do consumidor para assim satisfazê-lo e mostrar como a publicidade é um fator de extrema importância para que as marcas se posicionem frente a concorrência. Enfim, este ensaio , diante de sua proposta inicial procurou contribuir para elucidar os fatores necessários para a construção e “manutenção” das marcas nas redes de varejo no setor de eletroeletrônicos , mostrando e revelando a importância de cada um deles de maneira clara , objetiva e direta. BIBLIOGRAFIA AAKER, David A. Marcas Gerenciando o Valor da Marca. São Paulo, Negócio Editora, 1998. KOSHIBA, Luis e Frayse, Denise Manzi. História do Brasil. São Paulo, Ed. Atual, 1993. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing Conceitos, Exercícios e Casos. São Paulo. Ed. Atlas, 1997. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing de Varejo. São Paulo, Ed. Atlas, 1994 MARTINS J.R. e BLECHER, Nelson. O Império das Marcas. 2ª ed., São Paulo, Negócios Editora, 1997. SAMPAIO, Rafael. Propaganda de A a Z. Rio de Janeiro, Ed. Campus, 1997. PETIT, Francisc. Propaganda Ilimitada. São Paulo, Ed. Siciliano, 1992.