PORTO ALEGRE, SÁBADO, 22 DE JULHO DE 2000
Maria Eduarda e
Capitu revivem
no São Pedro
Uma brasileira,
Eva Wilma, e uma
portuguesa,
Eunice Muñoz,
no divã
A brasileira Eva Wilma e a portuguesa Eunice Muñoz são as atrizes
que interpretam personagens de Eça
de Queiroz e Machado de Assis em
“Madame”, espetáculo teatral que fica em cena somente neste final de semana, no Theatro São Pedro (Praça
da Matriz, s/nO), em Porto Alegre. A
encenação é de Ricardo Pais e o texto
é da escritora Maria Velho da Costa.
Sessões hoje, às 21h, e amanhã, às
16h e às 21h.
Vinda d’além mar, Eunice Muñoz
vive Maria Eduarda de Maia, personagem extraída de “Os Maias”, do escritor português Eça de Queiroz. Eva
Wilma é Capitu, personagem emblemática do escritor brasileiro Machado de Assis, extraída do célebre romance “Dom Casmurro”. No final
dos dois livros, as protagonistas têm
um destino comum – o exílio na Eu-
O velho Indiana Jones, o Exterminador
número 3 e a loura do picador de gelo
Mel Gibson na
saga épica
“O Patriota” e a
nova aventura dos
heróis de
“Pokémon” são
as grandes
novidades nas
telas dos
cinemas de Porto
Alegre neste fim de
semana.
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Tiaraju Brockstedt
Astros e estrelas que desejem voltar
aos seus velhos sucessos vão ter que
curtir um regime especial a fim de enfrentar os perigos de uma nova aventura. Não é exatamente a falta de um bom
roteiro que tem adiado a volta do herói
Indiana Jones às telas, mas a forma física do ator Harrison Ford que, do alto
dos seus 59 anos anos de idade, um
pouco mais gordo e menos ágil, terá dificuldades para enfrentar as filmagens,
marcadas para meados de 2001.
A forma física de mister Ford, um dos
atores mais populares de Hollywood,
não é um problema comum. Para dar
continuidade à saga dos romances de
Tom Clancy na tela, o produtor Mace
Neufeld contratou Ben Affleck para o
papel de Jack Ryan, o agente da CIA que
já apareceu nos filmes “Caçada ao Outubro Vermelho” (interpretado por Alec
Baldwin) e “Jogos Patrióticos” e “Perigo
Real e Imediato” (na interpretação de
Harrison Ford). O mais jovem Affleck retoma o mesmo personagem no filme que
adaptará para a tela o thriller de espio-
nagem, “The Sum of All Fears”.
Em janeiro do ano que vem, assim que se livrar de seus novos projetos, o diretor de “O Sexto Sentido”,
M. Night Shyamalan, começa a escrever para a Paramount o roteiro
de uma nova aventura de Indiana
Jones, baseado num rascunho do
próprio Steven Spielberg.
Arnold Schwarzenegger, que não
emplaca um sucesso de bilheteria
há tempos, aposta em duas continuações. Com o diretor James Cameron está desenvolvendo uma seqüência de “True Lies”. Mas Cameron, ao que parece, ficará de fora de
“O Exterminador do Futuro 3”, que
será produzido pela companhia de
Andy Vajna e Mario Kassar, a C-2
Pictures. A produção de “Terminator 3” começaria em maio de 2001
para lançamento em julho de 2002.
O primeiro filme da série foi lançado
há quase dez anos, em 1984. Até há
pouco tempo, Schwarzenegger garantia que não faria o filme sem Cameron, que tem um contrato com a
Fox e também brigou
com Vajna. Por isso,
os nomes de outros
diretores já começaram a ser ligados ao
projeto. Entre outros, Ridley Scott,
David Fincher e Roland Emerich.
Por fim, depois
de cirandas e contradanças, mamãe Sharon
Stone está disposta a
deixar seu recém-adotado bebê com a babá para
enfrentar o picador de
gelo de Catherine Trammel na continuação de
“Instinto Selvagem”. Foi
o salário que adiou, até
agora, a volta de Sharon
Stone ao papel que lhe deu fama e dinheiro e a transformou num dos nomes
femininos mais quentes de Hollywood.
Além do “sim”, dado recentemente pela
atriz aos produtores, pouco se sabe do
novo projeto, que não será assinado por
Joe Ezterhas, o roteirista da fita original, que brigou com a atriz e, inclusive,
lançou, recentemente, uma biografia falando cobras e lagartos da estrela.
ropa. É neste exílio, em um encontro
imaginado por Maria Velho da Costa,
que decorre a ação da peça.
Em um ambiente quase “divino”,
criado no palco, Maria Eduarda e Capitu descrevem a riqueza, a mentira e
os desgostos, suavizados pela champanhe que bebem. Desdobram-se, a
seguir, em duas criadas que passam
a analisar suas patroas.
A idéia de fazer a peça surgiu em
1994, quando o diretor português Ricardo Pais decidiu fazer alguma coisa
sobre mulheres de Eça de Queiroz e
Machado de Assis. O texto foi originalmente encomendado pelo Teatro
Nacional D. Maria II à autora, reconhecida escritora contemporânea.
Fundamentalmente uma comédia, a
criação foi vista pelos portugueses e,
agora, passa a percorrer algumas capitais brasileiras.
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Maria Eduarda e Capitu revivem no São Pedro