painel
2 0 0 8
a n o s
Ano XI nº 158 Maio/2008 Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto
60 anos
Vitalidade e Sabedoria
Festa em comemoração ao aniversário reuniu
associados, empresários e autoridades no novo salão
de festas, que inaugura nova fase da Associação
A Secretaria do Meio Ambiente e a
proposta da AEAARP
A primeira fase do projeto anti-enchentes
da Jerônimo Gonçalves
Editorial
60
Eng. Civil
Roberto Maestrello
Dia 11 de abril, comemoramos com uma cerimônia, no salão nobre, seguida de uma
festa, no novo espaço de eventos, inaugurado na oportunidade, o aniversário de 60 anos
da AEAARP. Contamos com a presença dos diretores, conselheiros, inúmeros associados,
presidentes de associações, autoridades, representantes do CREA e até do nosso prefeito.
A alegria proporcionada pela confraternização está estampada nas páginas desta edição da
Revista Painel. A reunião e a solenidade que marcaram a data de fundação da AEAARP foi
além: demonstrou a nossa força na sociedade.
As autoridades presentes no evento ressaltaram a influência positiva da entidade, em
toda a sua existência, presente nas discussões e nas decisões que orientam os caminhos
da organização urbana de Ribeirão Preto. Nós que construímos cotidianamente a AEAARP
sabemos que a contribuição dos profissionais que aqui militam é essencial para o rumo que
nossa cidade está tomando. Todos os dias, escrevemos com nosso esforço, trabalho e talento,
a história de nossa terra.
Entretanto, ainda há muito trabalho a ser feito. Nesta edição, a Revista Painel expõe a posição
da AEAARP a respeito da recém criada Secretaria Municipal do Meio Ambiente. A iniciativa
do Executivo é louvável, entretanto incipiente, diante dos grandes desafios que enfrentamos.
A AEAARP apresentou sua proposta e seguirá lutando para que seja implementada.
Esta e outras discussões estão em andamento no Fórum de Debates Ribeirão Preto do
Futuro, que está executando um excelente trabalho também em outras áreas.
O crescimento da cidade exige ações arrojadas, como o já anunciado estudo para a
implantação do metrô, conforme reportagem da edição 157 desta revista. Porém, discussões
como a internacionalização do Aeroporto Leite Lopes não podem ficar perdidas na agenda
de nossas autoridades. Nós da AEAARP assumimos nossa responsabilidade neste debate
e cobramos ações para que o projeto seja retomado, fazendo jus à grandeza de nossa terra.
Não podemos nos calar, sob pena do arrependimento responsabilizado, quando se fala em
aproveitamento dos leitos férreos que cortam a cidade para implantação de metrô de superfície
ou veículo leve sobre trilho, quando anteriormente foi aplaudida por muitos a retirada daqueles
mesmos trilhos em nome da reorganização urbana, para simplesmente deixarem que estes
leitos fossem ocupados irregularmente por favelas, desta forma criando-se mais um problema
urbano e social a ser resolvido.
Temos que ter consciência e responsabilidade sobre as bandeiras que levantaremos, pois
a voz da AEAARP soa hoje sólida e ecoa por todos os setores da sociedade.
Finalmente, Ribeirão Preto é tão grande quanto as pessoas que a constróem. Na AEAARP
fazemos uma verdadeira corrida de revezamento. Todos dão a sua contribuição conforme a
necessidade e a visão da época. Tenho a convicção que para o próximo período a AEAARP
deve estar comprometida, além destes assuntos, com o estudo do crescimento sustentável
da nossa cidade. Esta tarefa, já estamos cumprindo, com compromisso e responsabilidade.
Conclamo todos os associados a interagirem nestas discussões. É com a nossa união através
do debate honesto e responsável que estaremos contribuindo para a valorização profissional
e para uma cidade mais justa.
Eng. Civil Roberto Maestrello
Presidente da AEAARP
EXPEDIENTE
Associação
de Engenharia
Arquitetura e
Agronomia de
Ribeirão Preto
Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700
Fax: (16) 2102.1700 - www.aeaarp.org.br / [email protected]
Roberto Maestrello
Presidente
José Roberto Hortêncio Romero
Vice-presidente
DIRETORIA OPERACIONAL
Diretor-administrativo: Pedro Ailton Ghideli
Diretor-financeiro: Cecílio Fráguas
Diretor-financeiro Adjunto: Ronaldo Trigo
Diretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: José Aníbal Laguna
DIRETORIA FUNCIONAL
Diretor de Esportes e Lazer: Francisco Carlos Fagionato
Diretora Comunicação e Cultura: Maria Inês Cavalcanti
Diretora Social: Luci Aparecida Silva
Índice
60 ANOS 05
Presidentes 09
60 ANOS 10
No aniversário, reconhecimento, festa e surpresas
Conheça os homens que dirigiram a AEAARP As novas cores da AEAARP
60 ANOS 12
OPINIÃO 13
TRANSPORTES
13
PATRIMÔNIO 14
BIBLIOTECA 17
A história preservada
Rio Madeira: uma solução precária
Romero é o primeiro diretor regional do Condeports no interior paulista
Casarão da Caramuru
Paulo Egydio conta
DIRETORIA TÉCNICA
Engenharia, Agrimensura e Afins: Argemiro Gonçalves
Agronomia, Alimentos e Afins: José Roberto Scarpellini
Arquitetura, Urbanismo e Afins: Marcia de Paula Santos Santiago
Engenharia Civil, Saneamento e Afins: Luiz Umberto Menegucci
Engenharia Elétrica, Eletrônica e Afins: Edson Luís Darcie
Geologia e Minas: Caetano Dallora Neto
Engenharia Mecânica, Mecatrônica, Ind. de Produção e Afins: Júlio Tadashi Tanaka
Engenharia Química e Afins: Denisse Reynals Berdala
Engenharia de Segurança e Afins: Edson Bim
Computação, Sistemas de Tecnologia da Informação e Afins: Giulio Roberto
Azevedo Prado
Engenharia de Meio Ambiente, Gestão Ambiental e Afins: Evandra Bussolo Barbin
DIRETORIA ESPECIAL
Universitária: Onésimo Carvalho Lima
Da Mulher: Maria Teresa Pereira Lima
De Ouvidoria: Geraldo Geraldi Junior
CONSELHO DELIBERATIVO
Presidente: Marcos Vilela Lemos
Alexandre Sundfeld Barbin
Carlos Alberto Palladini Filho
Edes Junqueira
Edgard Cury
Ericson Dias Mello
Hideo Kumasaka
Hugo Sérgio Barros Riccioppo
Inamar Ferraciolli de Carvalho
João Paulo de S. C. Figueiredo
José Fernando Ferreira Vieira
Luiz Antonio Bagatin
Luiz Fernando Cozac
Luiz Gustavo Leonel de Castro
Manoel Garcia Filho
Marcos A. Spínola de Castro
Maria Cristina Salomão
Ricardo Aparecido DeBiagi
Sylvio Xavier Teixeira Júnior
ENGENHARIA 18
CONSELHEIRO TITULAR DO CREA-SP
REPRESENTANTE DA AEAARP
Câmara Especializada em Engenharia Civil: Ericson Dias Mello
ÁGUA 19
REVISTA PAINEL
Conselho Editorial: Maria Inês Cavalcanti, José Aníbal Laguna,
Ericson Dias Mello e Hugo Sérgio Barros Riccioppo
FÓRUM DA CIDADE 20
Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Paschoal Bardaro, 269,
cj 03, Ribeirão Preto-SP, Fone (16) 3916.2840, [email protected]
ENERGIA 22
TECNOLOGIA 23
CREA 24
NOTAS E CURSOS 26
Chuva não será mais sinônimo de enchente
Petrobras inaugura primeira estação de reuso de água da América Latina
A Secretaria do Meio Ambiente, segundo a AEAARP
Etanol brasileiro intensifica intercâmbio com América Central
Feira traz novidades em tecnologia integrada e segurança eletrônica
Sistema CONFEA/CREA realiza segundo maior processo eleitoral do País
Editores: Blanche Amâncio – MTb 20907 e Daniela Antunes – MTb 25679
Publicidade: Promix Representações - (16) 3931.1555 - [email protected]
Adelino Pajolla Júnior / Jóice Alves
Tiragem: 5.000 exemplares
Locação e Eventos: Solange Fecuri - (16) 2102.1718
Editoração eletrônica: Mariana Mendonça Nader - [email protected]
Impressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.
Fotos: Ezequiel Pereira e Texto & Cia.
Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também não
expressam, necessariamente, a opinião da revista.
60 anos
No aniversário,
reconhecimento, festa e surpresas
As vozes do coral Som Geométrico,
comandado pela engenheira Regina
Foresti, tomaram de surpresa as cerca
de 200 pessoas que lotaram o auditório
da AEAARP. Para celebrar os 60 anos
da Associação, eles entoaram uma
paródia à música “Ode à Alegria”, de
Beethoven, que serviu de introdução
ao “Parabéns a você”. Regina fez
a letra – e a surpresa – como uma
homenagem ao ex-presidente Décio
Carlos Setti, que pediu a música em
uma conversa informal na sede da
AEAARP, há alguns meses.
A iniciativa de Regina ilustra o clima
que toma conta da Associação, de
respeito ao passado, reverenciando
suas conquistas e, ao mesmo tempo,
propondo novas ações que dêem à
AEAARP o reforço de seus alicerces
para seguir crescendo.
A solenidade aconteceu no dia
11 de abril e reuniu autoridades e
empresários de Ribeirão Preto. Os
discursos foram unânimes ao ressaltar
a contribuição, direta e indireta, da
Associação e seus filiados na solução
de problemas urbanos.
O prefeito Welson Gasparini
falou da contribuição da entidade
na construção do Plano Diretor e
reafirmou no discurso a declaração
publicada na última edição da revista
Painel: quer seguir tendo a AEAARP
como parceira, uma vez que a cidade
cresce e a união das forças é eficiente
na busca de soluções. O vereador
Nicanor Lopes, que representou a
Câmara Municipal na solenidade,
seguiu a mesma linha de raciocínio e
ressaltou a influência dos associados
na administração pública, uma vez
que vários membros da AEAARP são
secretários municipais.
Francisco Kurimori, presidente
interino do FAEASP, discursou sobre
o papel histórico da AEAARP, na
busca pela valorização profissional
e fortalecimento das profissões, e
deu um testemunho das atividades
desenvolvidas na entidade. Ele
ressaltou também o papel da
Associação na criação da FAEASP.
Roberto Maestrello, presidente
da AEAARP, homenageou os expresidentes presentes na festa e disse
que, assim como seus antecessores,
dedica seu mandato à construção de
uma entidade sólida e longeva.
Depois da solenidade, os convidados
foram direcionados ao salão de
festas da AEAARP, que foi totalmente
reformando, seguindo o projeto do
arquiteto Carlos Gabarra. Novas
formas e cores tomaram conta do
espaço, que teve música selecionada
pelo DJ Hugo Riccioppo e serviço de
buffet de André Ferreira.
Marcos Vilela
60 Anos de AEAARP
(paródia da música “Ode à Alegria”
– Beethoven)
Letra: Regina Foresti
São 60 anos de trabalho
E dedicação
Nós associados só queremos
Comemoração
Engenheiros e arquitetos
Os agrônomos também
Vamos nos lembrar da nossa
AEAARP
Com satisfação
Presidente e diretores
Os conselheiros e funcionários
Todos juntos com o côro
A cantar o parabéns
Conselho
Deliberativo
tem novo presidente
O engenheiro Marcos Vilela
Lemos é o novo presidente
do Conselho Deliberativo da
AEAARP. Ele tomou posse no
dia 11 de abril, assim como
os novos conselheiros eleitos.
Vilela assume o cargo no lugar
de Wilson Luiz Laguna, que
vai dedicar-se a um projeto
político-eleitoral. Ele cumpriu
a exigência estatutária de
deixar o cargo antes do
período eleitoral.
Novos Conselheiros
Alexandre Sundseld Barbin
José Fernando Ferreira Vieira
Luiz Antonio Bagatim
Ricardo Aparecido De Biagi
Revista Painel
5
Alexandre Barbin, Nilson Baroni, Giulio Prado, Roberto Maestrello, Geraldo Porto,
Francisco Kurimori, Wilson Laguna, Pedro Ghideli e José Aníbal Laguna.
Nilson Baroni, Nicanor Lopes, Marcos Vilela Lemos, Roberto Maestrello, Welson Gasparini
e Francisco Kurimori.
Marcos Vilela Lemos, Roberto Maestrello e Welson Gasparini.
2 0 0 8
a n o s
Coral Som Geométrico
Welson Gasparini
Regina Foresti e Luci Ap Silva
Revista Painel
5
Luci Ap. Silva e Roberto Maestrello
60 anos
Marcos Vilela Lemos, Carlos Gabarra, Roberto Maestrello
e Luiz Eduardo Siena Medeiros..
Hugo Riccioppo e Roberto Maestrello
Roberto Maestrello e Welson Gasparini
2 0 0 8
a n o s
Durval Soave, Carlos Gabarra, Ericson Dias Mello, José Aníbal Laguna, José Fernando Ferreira Vieira, Hugo Riccioppo,
Wilson Laguna, Luiz Eduardo Siena Medeiros, Marcos Vilela Lemos, Alexandre Barbin, Roberto Maestrello, Hideo
Kumasaka e Ricardo Aparecido De Biagi.
Roberto Maestrello e Welson Gasparini
Roberto Maestrello, Marcos Vilela Lemos e
Welson Gasparini.
8 AEAARP
Roberto Maestrello, Nicanor Lopes e Welson Gasparini.
Durval Soave, Carlos Gabarra, Luiz Eduardo Siena Medeiros,
Marcos Vilela Lemos, José Tadeu da Silva e Roberto Maestrello.
Revista Painel
5
José Tadeu da Silva ao lado de amigos
60 anos
José Tadeu da Silva, Roberto Maestrello, Wilson Laguna e
Martcos Vilela Lemos.
José Luiz Sega e Sílvia, Gislaine Brugnolli, Geraldo Porto e
Cristina, Helio Secco e Cleide.
Roberto Maestrello e os filhos
2 0 0 8
Afonso Reis Duarte cumprimentado por amigos
8 AEAARP
Ericson Dias Mello e sua filha
a n o s
O casal Gabarra: Mara e Carlos
Revista Painel
5
Rubens Gomes Biscaro e Maria Inês Cavalcanti, José Tadeu
da Silva, Wilson Laguna e Genésio Abadio de Paula e Silva.
presidentes
Conheça os homens que
dirigiram a AEAARP
A Revista Painel, durante todo o ano, fará uma homenagem
a todos os ex-presidentes da AEAARP. A edição de abril/2008
iniciou uma série de matérias que apresentam cada um dos
dirigentes que fizeram com que a Associação chegasse aos
seus 60 anos como representante legítima dos engenheiros,
arquitetos e urbanistas e agrônomos e figurasse como
uma das entidades de classe mais atuantes no cenário
local, debatendo problemas da cidade, apresentando suas
opiniões e contribuindo com muitas sugestões para os
governantes ribeirão-pretanos.
A edição de abril da Painel apresentou o primeiro e o
segundo presidentes: respectivamente Guilherme de Felippe
(1948-50) e Francisco Cláudio Innecchi (1950-52). “A escassez
de informações impede que apresentemos mais detalhes
do trabalho desenvolvido por cada um desses homens, de
suas preocupações naquele momento, das perspectivas que
tinham para a Associação, os problemas que enfrentaram,
mas, ainda assim, continuaremos nos esforçando para
conseguir informações dos primeiros anos da AEAARP”, diz
Maria Inês Cavalcanti, do Conselho Editorial da Painel.
A AEAARP está fazendo um esforço para levantar
informações referentes ao trabalho dos primeiros
presidentes e solicita que as pessoas que tenham qualquer
informação – fotos, cópias de jornais ou documentos
antigos – que contatem a entidade, ou forneçam cópias
para o acervo que está sendo constituído.
Paulo Araújo Alvim
Antônio Nogueira de Oliveira
O terceiro presidente foi o engenheiro civil
Paulo Araújo Alvim. Eram os primeiros
anos da entidade, também eram poucos os
associados. As reuniões eram realizadas
em casas de conhecidos, bares ou mesmo
em espaços em obras ainda em construção.
Há informações de que ele trabalhou para
“congregar” os colegas junto à Associação.
Este foi o quarto presidente da entidade.
Nasceu em 1914, no município vizinho de
Batatais. Engenheiro agrônomo, foi político,
filiado ao PDC, e elegeu-se vereador para
a legislatura que seria de 1º de janeiro de
1956 a 31 de dezembro de 1959. Porém,
faleceu em um acidente automobilístico,
em 8 de junho de 1956. Também batalhou
para reunir a classe na Associação.
Gestão 1952 - 1954
Cassio Pinheiro Gonçalves
Gestão 1956 - 1958
Arquiteto, trabalhou para reativar a
Associação, que ainda não tinha sede.
“As reuniões eram em um bar na rua São
Sebastião, com quatro ou cinco associados
ativos”, diz o ex-presidente, contando que
nesses encontros discutiam sobre as obras
em Ribeirão Preto e incentivavam os colegas
a participarem da entidade “que estava
desaparecendo”, lembra. “Alugamos uma sala na rua Tibiriçá e nosso
argumento para congregar os colegas era a defesa da classe e a luta
para que a Associação participasse mais dos problemas da cidade”.
Manoel Carlos de Soutello
Gestão 1960 - 1962
Foi professor do Mackenzie, destinou esforços
para ampliar o quadro de associados e tornar
a Associação mais influente na cidade,
abrindo canais para que ela tivesse voz junto
à Prefeitura Municipal.
Gestão 1954 - 1956
Walter José Ragazzi
Gestão 1958 - 1960
Engenheiro civil, continuou o trabalho de seu
antecessor, lutando para reunir associados
e ampliar o quadro de profissionais
participantes da entidade. Nessa época,
a Associação começou a “tomar corpo”,
lembra Cássio Pinheiro Gonçalves.
Jean Chartier
Gestão 1962 - 1964
Continuou o trabalho dos antecessores e,
segundo Cássio Pinheiro Gonçalves, depois
dele, a entidade “ganhou corpo e já contava
com 50 ou 60 associados mais ou menos”.
Revista Painel
9
60 anos
As novas cores
a obra
Os 60 anos da AEAARP, tidos
como a idade da sabedoria,
também são para a direção da
Associação um bom momento
para mudanças, para a definição de
novos rumos e projetos. A reforma
no salão de festas materializa este
objetivo: cores quentes tomaram
conta do ambiente, que recebeu
projeto paisagístico na área
externa integrando-a ao espaço
interno. O projeto arquitetônico,
comandado por Carlos Gabarra,
valorizou e deixou o salão de festas
mais arejado, aconchegante e
moderno. Maria Inês Cavalcanti é
uma das diretoras que acompanha
de perto este processo. Ela avalia
que as cores – vermelho e amarelo
– tornaram o espaço mais vibrante.
O diretor Hugo Riccioppo acredita
que as mudanças serão positivas
para a Associação, que ganha
novas cores e novos rumos a partir
de uma data tão significativa.
A próxima etapa das reformas, já
em andamento, prevê a construção
de uma outra caixa d’água. O
presidente Roberto Maestrello disse
que a atual direção da AEAARP
está iniciando a ampliação da
sede com o objetivo de deixar um
sólido patrimônio para as próximas
gerações que a casa receberá. “As
boas mudanças são sempre bem
vindas”, afirma Maestrello.
10 AEAARP
da AEAARP
o salão de cara nova
Parceiros da AEAARP que colaboraram
com a reforma da sede:
Balau Madeiras - Depósito Irajá - Gail Arquitetura em Cerâmica
Leão Engenharia - Portobello Shop - Revprol - Said Construtora
Unimed - Construcentro - Concrenasa - Texav - Brant Carvalho.
Revista Painel 11
60 anos
A história
preservada
A AEAARP localizou o primeiro
livro de atas da entidade. Amarelado
e com a página de abertura assinada
por Guilherme de Felippe, o livro
esteve guardado na Associação por
várias décadas, mas foi localizado
nos últimos meses graças ao trabalho
de organização dos documentos da
entidade, iniciado em fevereiro deste
ano. “Encontrar o livro foi como reviver
uma parte importantíssima da nossa
história, que são os primeiros anos
de existência da entidade”, afirma o
presidente Roberto Maestrello.
Na visão de historiadores, como
Tânia Cristina Registro, este é um
dos objetivos da organização de
arquivos públicos e privados. Ela é
responsável técnica pelo acervo do
Arquivo Público de Ribeirão Preto,
fundado em 1992 e com cerca de 200
mil documentos.
Tânia afirma que a visão de
preservação, tanto de documentações
quanto de edificações, foi alterada no
decorrer dos anos. Àquilo que antes
atribuía-se a qualificação de papel
velho, cujo destino era o lixo, hoje
pode ser considerado documento de
valor histórico.
“O documento nasce com uma
função, como a correspondência que
tem o objetivo de trocar informações.
Depois vem a questão: guardar ou
não guardar? Existem documentos
que devem ser guardados por um
longo período, como escrituras,
porque têm valor legal, outros devem
ser preservados pelo seu testemunho
histórico e social”, explica a
historiadora.
Ela conta que documentos de
escolas que atendiam imigrantes no
início do século passado preservam as
origens daquelas pessoas e a história
da colonização de nossa região.
A tendência de organizar os
arquivos surgiu há cerca de 20
anos. Tânia conta que até empresas
privadas passaram a se preocupar
12 AEAARP
em organizar sua própria
história
como
uma
forma de demonstrar
credibilidade
aos
clientes.
Na AEAARP
A
recuperação
de
documentos
históricos
e
o
investimento em
sua preservação
por entidades de
classe, como a
AEAARP, são
importantes
porque a sua
história reflete na organização social
da cidade. Tânia afirma que, além
das lutas de valorização profissional,
a Associação contribuiu, de forma
organizada, para o crescimento
urbano e rural da cidade, sem contar,
também, com o trabalho individual
de cada um dos seus membros. Aí
reside a importância da organização
dos documentos.
Para ela, os documentos históricos
têm funções que se complementam:
“compreender a si mesmo e ser
insumo de novas reflexões no campo
científico”.
A AEAARP está reunindo e
organizando sua documentação
histórica, um trabalho pioneiro
entre as entidades classistas
de Ribeirão Preto, segundo a
historiadora Tânia Registro.
Aqueles que quiserem doar
documentos
relativos
à
Associação devem procurar
por Aline Cardoso de Brito,
profissional de Ciências da
Informação, recém-contratada
pela entidade para organizar o
arquivo.
OPINIÃO
TRANSPORTES
Rio Madeira:
Romero é o
primeiro diretor
regional do
uma solução precária
Condeports
no interior
A
recente
prioritárias, ecossistemas aquáticos e terlicitação para
restres, base econômica, etc.
paulista
privatização da
Usina Hidroelétrica de Santo Antonio no
Rio Madeira
coloca em evidência o processo bastante
danoso,
de
Edemar de Souza Amorim
mediocrização
que assola o país, cuja tendência é se
agravar no futuro.
Por pressão dos movimentos sociais e organizações ambientais fundamentalistas, o
potencial energético do Rio Madeira e de outros rios da Amazônia tem sido desperdiçado
por critérios supostamente preservacionistas,
cujos benefícios, se avaliados de forma realista, não se sustentam.
Toda a vez que se constrói um aproveitamento hidroelétrico cria-se um reservatório cujas dimensões definirão o
benefício energético que se quer retirar
do local.
Assim, tanto a barragem quanto o reservatório têm algumas funções que são variáveis de projeto: a altura de queda que afeta
diretamente a potência do aproveitamento,
o volume útil do reservatório, cuja função
é regularizar a vazão efluente que promove
o aumento da energia firme do local e dos
demais aproveitamentos à jusante, além de
armazenar água para distribuí-la pelos diversos fins em períodos desfavoráveis.
Em geral, os grandes reservatórios são
projetados nos trechos iniciais dos rios,
pois estes nascem em regiões montanhosas
e não causam inundações muito extensas.
Desta forma, o benefício da regularização
se estenderá por todo o desenvolvimento
do rio, havendo um ganho de energia em
seu aproveitamento total.
Este parâmetro tem que ser confrontado
com os demais critérios e usos que se possa
fazer no local, como navegação, controle
de cheias, irrigação, aspectos ambientais,
ocupação e organização da área, terras indígenas, Unidades de Conservação, áreas
No caso do Rio Madeira, o fanatismo
conservacionista utópico provocou o abandono da solução mais conveniente. E o
projeto que previa a construção de reservatório com área inundada de 1550 km2, foi
abandonado pela construção de duas usinas de baixa queda, UHE Santo Antonio
e UHE Jirau, com 243 km2, praticamente
a fio d’água.
Na fantasiosa mente dos ambientalistas
brasileiros, as funções de reservatório e
regularização foram substituídas por um
maior número de turbinas, que ficarão paradas nas épocas de baixa vazão, turbinando-se apenas o volume de água da vazão
natural.
Em termos práticos, graças à estupidez
reinante nos gabinetes de Brasília, a energia correspondente a uma usina do porte
de Ilha Solteira, fundamental para um país
que tem vivido os últimos anos à beira de
racionamentos por falta de planejamento e
gestão adequada de seus recursos naturais,
será desperdiçada em nome da floresta.
Ao que parece, para esta pequena parcela de iluminados, o fato de esta energia
perdida ter de ser produzida por fontes
bem mais caras e poluentes, como nucleares ou térmicas a carvão ou gás importado
é irrelevante. Também é irrelevante o impacto na economia brasileira, ao distorcer
nossa matriz e encarecer bens, serviços e
produtos exportáveis.
Quanto aos risíveis argumentos ambientalistas, de que a redução de área inundada será compensada com preservação de
floresta, manutenção de reserva indígena,
ou atividades exploratórias reguladas, já se
sabe o fim; serão perdidos na realidade do
desmatamento e ocupação descontrolada
da floresta, que tem levado à destruição
pura e simples de grandes áreas da Amazônia, complementado pela perda definitiva de boa parte do potencial hidroelétrico
brasileiro.
Edemar de Souza Amorim
Presidente do Instituto de Engenharia
José Roberto Hortêncio Romero é o
novo diretor regional
do Condeports-Conselho Público-privado
de Desenvolvimento
Econômico e Social
dos Portos do Estado
do Rio de Janeiro. É
a primeira vez que o
conselho, de caráter
consultivo, tem uma
diretoria regional lotada no interior do estado de São Paulo. Romero é vice-presidente
da AEAARP e ocupa a direção regional em
companhia de outro ribeirão-pretano, Edgar
Cury, conselheiro da AEAARP e vice-presidente do Condeports.
A organização do trânsito urbano e o
Aeroporto Leite Lopes são pautas prioritárias na visão de Romero. Ele encaminhará
ao Conselho um resumo das discussões
em andamento no Fórum Ribeirão Preto
do Futuro, que realiza palestras e discussões para apresentar estudos de soluções
sobre o tema. Romero afirma que pretende estudar e acompanhar o andamento das
discussões e das obras já definidas para o
Leite Lopes.
O Condeports é um organismo de intercâmbio de idéias, uma vez que a entidade tem caráter nacional e reúne entidades
de classe, universidades, órgãos públicos
e entidades privadas que têm como preocupação central as questões relativas a
logística, em todas as modalidades, de
transporte – rodoviário, ferroviário, aeroviário e hidroviário. Em Ribeirão, além da
AEAARP, também a ACIRP-Associação
Comercial e Industrial de Ribeirão Preto
integra o conselho.
Romero espera, com a nova função,
muito trabalho e também “bastante resultado para Ribeirão Preto”. A sua posse
aconteceu na sede da AEAARP e contou
com a presença do presidente nacional da
entidade, Ednei de Oliveira.
Revista Painel 13
PATRIMÔNIO
Casarão da
Fotos Henrique Altman
A Revista Painel continua nesta edição a série de matérias
sobre o patrimônio arquitetônico de Ribeirão Preto.
Profissionais da cidade assinam propostas para imóveis
de valor histórico cujos projetos se transformarão em uma
exposição itinerante, em painéis que serão confeccionados
pela AEAARP, no final deste ano. O objetivo da Associação é
valorizar o trabalho do engenheiro e do arquiteto e urbanista
no planejamento, construção e preservação das cidades
e, também, provocar o debate acerca da importância da
preservação.
Para a segunda reportagem, foi escolhido o Solar Villa
Lobos, ou Casarão da Caramuru, como é conhecido o imóvel
localizado na avenida Caramuru, 232. A casa está desde
1986 na lista de bens tombados pelo Condephaat-Conselho
de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico
e Turístico de Estado de São Paulo, mas encontra-se em
ruínas e na pauta de lutas dos profissionais e organismos
de defesa do patrimônio.
A construção foi erguida no século XIX, em 1870, e recebeu
pinturas decorativas feitas por artistas italianos. As famílias
italianas que aqui chegaram para prover de trabalhadores as
lavouras de café trouxeram muitos homens especializados
em profissões urbanas, como artesãos, marceneiros,
sapateiros, artistas plásticos e outros. Foram esses artistas
que fizeram a fachada e pinturas internas deste e de muitos
outros imóveis da cidade.
Afrescos
O Casarão da Caramuru é uma casa de fazenda que
apresenta uma fachada urbana e uma rural, conforme
explica o arquiteto Claudio Henrique Bauso, membro do
Conpacc-Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural
de Ribeirão Preto. Segundo ele, além da fachada urbana –
que é o lado hoje visto de frente para a avenida Caramuru –,
há a fachada rural, caracterizada pela varanda onde o coronel
14 AEAARP
se colocava para avistar e tomar conta de sua produção, de
toda a movimentação de trabalhadores e o ponto de onde
ele tinha o controle da propriedade. “Se não podia avistar
tudo, ao ocupar seu lugar na varanda, ao menos investiase de uma autoridade que supostamente controlava todo
o espaço físico e as relações sociais da fazenda”, comenta
o professor de História, Carlo Monti, coordenador do curso
de pós-graduação História, Cultura e Sociedade, do Centro
Universitário Barão de Mauá.
“O casarão lembra uma arquitetura colonial e, como
ele, há somente outros dois casarões no estado de São
Paulo: um em Piracicaba e outro na região de Sorocaba,
tombados e devidamente preservados, abrigando museus”,
diz Bauso.
O hall de entrada, a sala de jantar e um dos quartos
têm pinturas decorativas, segundo a pesquisadora Maria
Elizia Borges no livro “A pintura na ´Capital do Café´”, e
as pinturas seriam anteriores a 27 de setembro de 1894,
dia do nascimento da primeira filha da família Villa Lobos,
segundo a obra.
A autora relata que o hall de entrada tem conchas
estilizadas, flores e folhagens, principalmente sobre as
portas, além de paisagens campestres. Na sala de jantar
há flores, trepadeiras, arranjos sustentados por arcos
e animais, evocando cenas italianas, provavelmente
de Veneza pelos desenhos de construções bizantinas e
gôndolas.
No dormitório, diz a pesquisadora, há “um certo gosto
oriental”, pois a pintura nas paredes é avermelhada “como
se fossem panos acolchoados, levemente decorados com
arabescos dourados e contornados por molduras, cuja
ornamentação se baseia em conchas, com ritmos lineares,
refinados e elegantes, do feitio do rococó”. Segundo Maria
Elizia, as pinturas podem ter sido feitas em épocas distintas
e por vários profissionais.
Caramuru
Café e espaço cultural
Os arquitetos e urbanistas Henrique Vichnewski e Ana Paula
Farah e os estudantes de Arquitetura e Urbanismo Jadiel Tiago
e Bráulio Campana assinam este pré-estudo de intervenção
para o Casarão da Avenida Caramuru.
Bráulio Campana e Jadiel Tiago – alunos
do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro
Universitário Barão de Mauá.
Ana Paula Farah - arquiteta e urbanista e
professora do curso de Arquitetura e Urbanismo do
Centro Universitário Barão de Mauá.
Henrique Vichnewski - arquiteto e urbanista,
professor do curso de Arquitetura e Urbanismo
do Centro Universitário Barão de Mauá e
Presidente da Ong Vivacidade.
“Evocando a figura de John Ruskin, na sua sexta lâmpada,
quando diz ´podemos viver sem ela e professar um culto sem ela,
mas não podemos recordar sem ela´, pretendemos consolidar a
atenção que devemos ter em relação à preservação, restauração
e conservação do nosso patrimônio cultural, sendo que a não
´recordação´ da memória acarreta um dano irreversível à nossa
cultura, resultando na destruição dos documentos da nossa
história, afetando assim a transmissão desse legado para
as gerações futuras. Entendemos a memória como um ente
construtor da nossa identidade, no qual o indivíduo (re)vivencia
experiências, dialogando com a sociedade à qual pertence.
Nesse sentido, partimos do princípio de teorias do restauro já
consagradas no tempo, como o restauro conservativo (John
Ruskin), a preservação do Valor de Antiguidade (Alois Riegl) –
propõe o respeito à idade do monumento – e do restabelecimento
da unidade potencial do monumento (Cesari Brandi).
Para tanto, propomos uma ação conservativa que não toque
e não desfigure o edifício, preservando a pátina e as “marcas
do tempo”, consolidando toda a sua estrutura e eliminando
suas patologias, sempre respeitando os três princípios
básicos do restauro: mínima intervenção, reversibilidade e
distinguibilidade.”
Revista Painel 15
Maquete eletrônica
A proposta
Cobertura externa totalmente reversível e nos fundos do
casarão – com altura, tipologia e cores que respeitam a
edificação a ser preservada – um novo edifício com a função
de café e espaço para artes. Nesse espaço, haverá fotografias
de todas as pinturas parietais do casarão (na fase onde
estavam bem conservadas), com objetivo de fazer com que o
cidadão compreenda a sua integralidade.
16 AEAARP
Biblioteca
Paulo Egydio conta
Ele integrou a diretoria da UNE, em
1950, graduou-se
pela Escola de
Engenharia do
Brasil, no Rio,
participou
da
conspiração que
destituiu Jango
e levou ao movimento
de 64. Foi ministro de Castello Branco
(1966-67) e nomeado governador paulista
por Geisel (1975-79). Criou a UNESP, o
SEADE, o Instituto do Coração, e o início
de seu governo ficou marcado pelas mortes
de Vladimir Herzog e Manuel Fiel Filho.
Também viu, em seu governo, o início do
movimento sindicalista dos metalúrgicos
do ABC, sob o comando de Luiz Inácio. À
beira de seus 80 anos, atualmente, ocupa
cargo no Itaucorp.
Paulo Egydio Martins esteve em Ribeirão Preto, acompanhado do presidente do
Instituto de Engenharia Edemar de Souza
Amorim, para uma palestra aberta promovida pela FAAP. Uma platéia onde não faltaram empresários, cujas famílias fizeram a
história do agronegócio da região, ao lado
de médicos, engenheiros, estudantes e jornalistas, ouviu Paulo Egydio falar de sua
indignação pelo que chama de mediocridade nojenta por parte de muitos governantes
e pela impunidade que vê hoje.
O evento aconteceu em abril, dias após o
lançamento, no Rio, do livro “Paulo Egydio
conta” – obra de 584 páginas, fruto de depoimentos ao CPDOC-Centro de Pesquisa
e Documentação de História Contemporânea do Brasil da FGV. Foram 13 encontros
que renderam 45 horas de gravação – material que, agora, faz parte do acervo do Programa de História Oral do Centro.
Sobre o livro, ressaltou: “Comprei todas as autobiografias dos brasileiros que
conheci e me negava a fazer a minha porque não sei se minha fraqueza ia me fazer
repetir os mesmos equívocos, pois somos
feitos de matéria fraca, que é a carne, e, às
vezes, o espírito é mais fraco que a carne,
lamentavelmente”.
Foram dois anos de pesquisas, feitas por
Verena Alberti, Ignez Cordeiro de Farias
e Dora Rocha e mais 15 pesquisadores
colaboradores. “Eu ia para a FGV e tinha
vários microfones na minha frente e eu
não sabia o que iam me perguntar”, disse
Paulo Egydio.
O autor contou que estranha que muitos
pontos da obra até agora não receberam
questionamento, como uma visita que fez
ao Nordeste: “Passando por Fernando de
Noronha, numa volta de jipe, me deparei
com um campo de concentração igual aos
que via nos filmes nazistas. Foi um susto”.
Leia alguns trechos da palestra:
Ribeirão Preto
“Ribeirão sempre foi especial. Não houve nenhum lugar do Brasil que teve a qualidade do empresário rural brasileiro como
esta região. Durante meu governo, esta foi
a única cidade que se desenvolveu sem sofrer a influência da cidade de São Paulo.”
A crise
“O livro tem um momento importantíssimo. Hoje vivemos uma crise mundial.
Pela posição que tenho no Banco Itaú, sou
obrigado a saber como está a economia no
mundo todo. A atual crise é muito mais
grave do que possa parecer. Não é uma crise de bolsa de valores. Não é uma crise financeira. Mas, sob o ponto de vista macro,
o Brasil nunca esteve em condições tão favoráveis. Pela primeira vez temos uma moeda e pela primeira vez o Brasil é credor.
Depois da descoberta do campo de Tupi,
fala-se em outro campo de petróleo e isso
coloca o Brasil num patamar que ninguém
jamais tinha sonhado. Ninguém chegou
perto de antever o que o Brasil é hoje.”
O etanol
“É uma brincadeira dizer que os EUA
pretendem concorrer conosco com o etanol
de milho.”
O voto
“Eu participei da destituição do Jango.
Era uma boa pessoa, porém, um político
ingênuo.Para a crise mundial atual, qual
a solução hoje? Vamos dar um golpe? Um
contra-golpe? Hoje não! Porque foram
Maestrello, presidente AEAARP, Paulo Egydio e Edemar
Amorim, presidente Instituto de Engenhariua.
muitas as conseqüências, como o campo de
concentração que vi em Fernando de Noronha. Só há um jeito: ensinar nosso povo
a votar, dizer a ele o que significa a complexidade de administrar um país como o
Brasil. Não é indicar um partido político.”
O governante
“É inesgotável a relação dos problemas
aguardando solução, enquanto governantes,
em sua grande maioria ineptos e medíocres,
a tudo assistem como se nada estivesse requerendo emergência”, fala no prólogo de
seu livro. E na palestra: “Há uma mediocridade nojenta. É preciso adquirir o ato de ter
nojo daquilo que é medíocre”.
A ética
“O mais importante para fugir da mediocridade é ter uma visão ética. Mas não é
a ética como o exercício da moral. É algo
superior a isso. É a maneira de respeitar o
convívio com o outro. Não implica não ter
a divergência. Divergência é fundamental
para a democracia. A democracia permite
que aqueles que divergem possam por em
exercício suas idéias. Democracia é o exercício pleno da liberdade com a discordância e alternância de poder. É o que eu penso
da democracia. A ética começa no respeito
que você tem que ter por você mesmo; não
é só respeitar o outro não. Esse é o caminho
para sair da mediocridade.”
A impunidade
“Nós não vamos eliminar o ladrão, a
corrupção, o bandido, o narcotráfico. Isso
existe há centenas de anos. Mas gravíssima é a impunidade. Não devemos ter a
pretensão de mudar o mundo, porém, hoje
estamos vivendo com a corrupção e a impunidade. Dinheiro público tem que ser
mostrado onde foi gasto. Não interessa de
que governo seja. E nós não temos um problema de segurança nacional que impeça
que se apresente as contas.”
Se fosse presidente
Perguntado sobre o que faria se fosse o comandante da nação brasileira, Paulo Egydio
respondeu: “Minha primeira preocupação
seria acabar com a impunidade e isso teria
uma prioridade altíssima. O problema da
educação vem em segundo lugar”.
Os inimigos
“No livro eu digo: é preciso termos inimigos. Quem rouba o governo é meu inimigo. Quem não tem inimigo não sabe
honrar seus amigos”.
Revista Painel 17
Engenharia
Chuva não será mais
Enchente na região do Mercado Municipal
acervo Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto
Rua Gal. Osório - acervo Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto
Dias de chuva remetem a imagens nada agradáveis: carros
boiando, edificações danificadas, pessoas desabrigadas.
Fotografias antigas de Ribeirão Preto mostram a região
da avenida Jerônimo Gonçalves alagada, no encontro das
águas do Ribeirão Preto e do Córrego Retiro Saudoso.
Estas cenas podem estar com os dias contados. A
Prefeitura Municipal apresentou o projeto encomendado
à Hisdroestúdio Engenharia que prevê o alargamento dos
córregos em quase três quilômetros, da rotatória Amim
Calil até a rua Primo Tronco, na Vila Virgínia.
A primeira fase das obras já tem recursos aprovados para
a execução - um valor que soma R$ 14 milhões. Isso equivale
a um terço do projeto global.
A intervenção que consta nessa etapa de obras consiste
no alargamento de trecho do Retiro Saudoso e do Ribeirão
Preto com o objetivo de aumentar a vazão das águas
de 45m3 por segundo para 90m3 por segundo, evitando
o “estrangulamento” no encontro dos dois córregos e o
conseqüente transbordamento das águas nesse ponto.
Em alguns trechos o alargamento será de quatro metros,
passando de 16 para 20 metros; em outros, de 14 para 20
metros, e outros de 8 para 14 metros. O projeto, no entanto,
não resultará no estreitamento das vias públicas, pois haverá
aprofundamentos localizados para aumentar a vazão.
Palmeiras imperiais
Para executar a obra será necessário
derrubar as palmeiras imperiais que
adornam a avenida Jerônimo Gonçalvez.
Todas voltarão aos seus lugares,
garante o prefeito Welson Gasparini. O
secretário Marcos Spínola de Castro,
do Planejamento, vai além: diz que as
espécies serão padronizadas. Quando
forem replantadas, forma e altura serão
as mesmas. A execução da obra na
avenida integra o projeto de revitalização
do centro da cidade, que terá o terminal
rodoviário reformado, a nova sede da
Fundet, na esquina das ruas Saldanha
Marinho e Lafaiete, e a nova sede da
Coderp, na mesma região.
As palmeiras imperiais serão replantadas Foto - Tiago Morgan
18 AEAARP
sinônimo de enchente
Há trechos, inclusive, numa próxima
etapa de obras, onde a vazão passará de 45
m3 por segundo para 160 m3 por segundo,
como é o caso do Córrego Laureano, junto
ao Retiro Saudoso.
Além do alargamento dos córregos, o
projeto global inclui a construção de 11
pontes com vigas pré-moldadas ao longo
do trecho sob intervenção.
Segundo Aluísio Canholi, diretor da
Hidrostúdio, o projeto tem um período
de recorrência de 100 anos, ou seja,
foi elaborado levando-se em conta o
crescimento e desenvolvimento da cidade
durante esse período.
Aluísio Canholi apresentaou o projeto, que tem recorrência de 100 anos Foto - Carlos Natal
água
PETROBRAS INAUGURA PRIMEIRA ESTAÇÃO
DE REUSO DE ÁGUA DA AMÉRICA LATINA
A Refinaria de Capuava é a primeira unidade
da empresa com descarte zero de efluente
Começou a funcionar em abril, na Refinaria de Capuava, unidade da Petrobras na
região do ABC, São Paulo, a primeira unidade de reuso de água da companhia com
descarte zero de efluentes para o corpo hídrico. A unidade é também a primeira da
América Latina e vai tratar um bilhão de
litros de água por ano do Rio Tamanduateí
e atingir o marco de reuso de 700 milhões
de litros anuais do efluente da Refinaria.
O projeto foi o vencedor do Prêmio Petrobras de Segurança, Meio Ambiente e
Saúde, iniciativa que incentiva o desenvolvimento de novas idéias entre os funcionários, e foi realizado em parceria com o
Centro de Pesquisa da Petrobras.
Refinaria de Capuava
Revista Painel 19
Fórum da cidade
AEAARP apresenta proposta de reativação
bosque - foto CarlosNatal
Bosque-Passarela
a inserção do COMDEMA-Conselho
Municipal de Defesa do Meio Ambiente e do COMDER-Conselho de Desenvolvimento Rural no organograma da
Secretaria e a implementação de dois
departamentos, de Gestão Ambiental e de Parques e Jardins, aos quais
estariam subordinadas divisões de
Planejamento e Educação Ambiental,
Licenciamento e Controle Ambiental,
Manutenção e Produção e de Parques.
O trabalho realizado pela AEAARP
foi apresentado inicialmente ao COMDEMA, onde foi debatido, resultando
em uma proposta de emendas ao Projeto de Lei, apresentado conjuntamente pelo COMDEMA e AEAARP.
A proposta apresentada para a estrutura organizacional da Secretaria,
na opinião dos técnicos da entidade
que participaram dos estudos e pesA Secretaria Municipal do Meio
quisas, contribuiria para se equacioAmbiente, reativada em Ribeirão Prenar melhor os trabalhos e responsato, teria, segundo estudo elaborado
bilidades próprias do poder público
por membros da Comissão Especial
municipal na área ambiental, com
de Áreas Verdes, Praças Públicas e
uma distribuição das atividades nos
APP´s, do Fórum Permanente de Dediversos setores, departamentos e
bates da AEAARP “Ribeirão Preto do
divisões, de forma a se evitar a soFuturo”, uma estrutura organizacional
brecarga de ações em um
diferente da que foi proposSecretaria do Meio Ambiente Proposta AEAARP e COMDEMA
só departamento. Outro
ta pelo Executivo e aprovaGabinete do Secretário
ponto importante apontado
do pela Câmara Municipal.
é a concentração das ativiO engenheiro Ericson
COMDEMA
dades em uma só pasta, o
Dias Mello, coordenador
que facilita os processos
do Fórum, afirma que os
COMDER
de decisão, e melhora a
técnicos da entidade têm
gestão dos serviços. É opidebatido alternativas para
Departamento de Gestão
Departamento de Parques e
Ambiental
Jardins
nião entre os técnicos que
melhoria da qualidade amDivisão de Planejamento e
Divisão de Licenciamento e
Divisão de Manutenção e
Divisão de Parques
a proposta do Executivo
biental e que a implantaEducação Ambiental
Controle Ambiental
Produção
municipal não foi debatida
ção de um órgão para gerir
Seção de Planejamentos e
Seção de Licenciamentos
Seção de Manutenção
suficientemente na Câmaas políticas públicas nesta
Projetos
Ambientais
ra, em virtude do prazo exíárea é essencial.
Seção de Informações e
Seção de Controle de Poluição
Seção de Mudas (HORTO)
Georeferenciais
e Resíduos
guo para a deliberação em
O engenheiro agrônomo
decorrência da proximidaMarcos Villela Lemos coorSeção de Educação
Seção de Recursos Naturais
Seção de Implantação de
Jardins e Arborização
de com o período eleitoral.
dena a Comissão de Áreas
A proposta da AEAARP vai
Verdes do Fórum. A estruSeção de Agricultura e
Abastecimento
integrar o relatório que será
turação proposta contempla
Gerenciamento Administrativo
ou Administração e
Custo Operacional
Gerenciamento Pessoal
Fiscalização
20 AEAARP
da Secretaria do Meio Ambiente
divulgado ao final dos trabalhos da Comissão.
O engenheiro Roberto Maestrello, presidente da
AEAARP, afirma que, historicamente a entidade defende a implantação e preservação de áreas verdes e
praças públicas, para atividades voltadas ao lazer da
população. “Nós temos obrigação de cuidar do nosso
quintal e garantir que as áreas verdes cumpram sua
função ambiental, propiciando o bem estar da população”, afirma.
Segundo a Assessoria de Imprensa da Prefeitura
Municipal, não há previsão para a posse do secretário e nem implantação da Secretaria.
Outros trabalhos
Ericson Dias Mello afirma que, além deste trabalho,
outras discussões estão em andamento no Fórum.
Os técnicos seguem encaminhando debates sobre a
gestão de resíduos sólidos oriundos da construção
civil, enchentes e drenagem urbana e transporte urbano e trânsito.
AGENDA
A AEAARP vai promover, entre 9 e 11 de junho, a
Semana do Meio Ambiente, que reunirá especialistas debatendo soluções para a cidade e a região.
O “jardim” da AEAARP
Praça Salvador Mosca, o jardim da AEAARP
Há alguns anos a Associação faz a sua parte. Ela assumiu a limpeza
e conservação da Praça Salvador Mosca, que fica a meia quadra da
sede da entidade. No relatório que está sendo elaborado pelo Fórum,
os técnicos farão propostas para melhorar a iluminação do local,
acessibilidade, mobiliário, calçamento e vegetação.
Energia
ETANOL BRASILEIRO INTENSIFICA INTERCÂMBIO
COM AMÉRICA CENTRAL
Luiz Carlos Carvalho, Antônio Carlos Zem,
Roberto Gianetti e Roberto Rodrigues
A América Central, região
dependente da importação de
petróleo, está rumando para
a diversificação de seu leque
energético. O fato se tornou
claro após o terceiro painel
da Bioenergy Alliance, “A
Comunidade Andina e o Caribe - Perspectivas, Oportunidades e Investimentos”.
O painel, na Guatemala, foi mais uma contribuição da FMC Agricultural Products
para a dinamização do setor sucroalcooleiro. “O ponto de maior destaque sentido
na rodada foi a clara disposição da região em aumentar produção e consumo do
etanol. Isso caracteriza uma situação de ganho tanto para o Brasil quanto para
a América Central”, afirmou Alexandre Strapasson, diretor do departamento de
Agroenergia do Ministério da Agricultura do Brasil.
Ele ainda afirma que a cooperação do Brasil nas áreas tecnológica e comercial
pode ocorrer de modo substancial, dado o know-how que possui. Segundo Roberto
Rodrigues, ex-ministro da Agricultura, a cooperação entre Brasil e América
Central tem ocorrido no último ano em conjunto com os EUA, em virtude dos
acordos na área de bioenergia entre Luís Inácio Lula da Silva e George W. Bush.
No entanto, falta mais iniciativa por parte dos governos em apoiar o boom de
produção e consumo do etanol na América Central. A afirmação é de Salvador
Bigura, gerente de novos negócios do Grupo Pantaleón, da Guatemala: “O
Brasil tem colaborado de forma sólida, sobretudo na área tecnológica. Mas é
necessário que ocorra um investimento maior nas áreas logísticas, de distribuição
e comercialização do produto”, afirma Bigura.
O grupo Pantaleón é um dos mais destacados da América Central na produção
de etanol. Produz anualmente 7 milhões de toneladas de cana, em duas usinas na
Guatemala e uma na Nicarágua. O grupo está iniciando seus investimentos no Brasil de
modo substancial, por meio da compra de uma usina na cidade paulista de Suzanópolis,
que fica na divisa entre São Paulo e Mato Grosso do Sul, com investimentos de US$
100 milhões.
A
unidade
de
Suzanópolis produzirá cerca
de 2,5 milhões de toneladas
inicialmente e a meta é que
em cinco anos a produção
chegue a 20 milhões de
toneladas. “Vemos o Brasil
como um grande exemplo
para o desenvolvimento
mais intenso no setor
sucroalcooleiro. O Brasil
teve um êxito muito grande
no programa Pró-álcool, e
isso é um exemplo para
os países que estão
começando a sua
produção de etanol
neste
momento”,
finaliza Bigura.
TECNOLOGIA
Feira traz novidades em tecnologia
integrada e segurança eletrônica
Reunindo
diversas
novidades em
tecnologia
integrada de
segurança
eletrônica
empresarial, a
XI ExposecInternational
Security Fair,
será realizada
no Centro de
Exposições Imigrantes, de 27 a 29 de maio,
em São Paulo, com expositores do Brasil,
Israel, China, Coréia, Japão, Itália, África
do Sul, Taiwan, EUA, México, Argentina,
Inglaterra, entre outros países. “Estamos
batendo recordes de público a cada ano,
nossa meta nessa edição é reunir mais de
28 mil pessoas”, comenta José Roberto
Sevieri, presidente do Grupo Cipa, uma das
empresas organizadoras do evento.
A feira, que é realizada pela ABESE
-Associação Brasileira das Empresas de
No Brasil existem mais de oito mil
empresas no segmento de sistemas
eletrônicos de segurança, gerando
cerca de 100 mil empregos diretos e
mais de 1 milhão de indiretos.
blindadas, transporte de valores, viaturas,
cofres, radiocomunicadores a escolta
pessoal, entre outros produtos e serviços.
“Esse ano superamos as expectativas
de expansão da feira, em relação a 2007
tivemos um crescimento de 50% em área
vendida”, comemora Sevieri.
No Brasil existem
mais de oito
mil empresas atuantes no segmento
de sistemas eletrônicos de segurança,
gerando cerca de 100 mil empregos diretos
e mais de 1 milhão de indiretos, segundo
a ABESE. Atualmente existem cerca de
450 mil imóveis monitorados por sistemas
eletrônicos de alarmes no país. Em 2007,
o setor movimentou a ordem de US$ 1,2
bilhão, com um crescimento de 15%, em
comparação ao ano anterior.
A organização espera para 2008 cerca
de 600 expositores que irão apresentar
inovações tecnológicas, relacionadas aos
circuitos fechados de televisão, alarmes,
detectores de presença, equipamentos para
monitoramento, softwares, portas e janelas
Exposec 2008 – International Security Fair
Entrada franca e transporte gratuito: vans do metrô
Jabaquara a cada 5 minutos (saída R. Nelson Fernandes).
Local: Centro de Exposições Imigrantes - Rod. dos
Imigrantes Km 1,5 - São Paulo
Data: 27 a 29 de maio – das 13h às 20h
www.exposec.tmp.br (11) 5585-4355
Sistemas Eletrônicos de Segurança – única
entidade de classe que representa o setor
em alcance nacional – tem como objetivo
apresentar as últimas novidades do
mercado nacional e estrangeiro. “Um dos
principais objetivos da Exposec é propiciar
a geração de negócios. Em 2007 os
negócios realizados durante os três dias do
evento somaram R$ 100 milhões e outros
R$ 700 milhões foram movimentados ao
longo do ano”, informa Selma Migliori,
presidente da Associação.
Quase 6.000 obras
de fundações em
27 anos de atividades.
- Estacas moldadas “in loco”:
• tipo raiz em solo e rocha.
• tipo Strauss.
• escavadas com perfuratriz
hidráulica.
• escavadas de grande diâmetro
(estacões).
• hélice contínua monitoradas.
- Estacas pré-moldadas de concreto.
- Estacas metálicas (perfis e trilhos).
- Tubulões escavados à céu aberto.
- Sondagens à percussão SPT-T.
- Poços de monitoramento ambiental.
- Ensaios geotécnicos.
16 3911.1649
[email protected]
CREA
Sistema Confea/Crea realiza segundo
maior processo eleitoral do País
O segundo maior processo eleitoral do País, depois das eleições gerais, acontecerá no dia 4 de junho. Com a utilização de infra-estrutura
disponibilizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os mais de 900
mil profissionais da área tecnológica escolherão um novo presidente
para o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de
seu estado. No processo, também será eleito o presidente do Conselho
Federal, sete dos 18 conselheiros federais e o diretor geral da Caixa de
Assistência dos Profissionais.
Embora o voto não seja obrigatório, a Comissão Eleitoral Federal
(CEF) e as Comissões Regionais, responsáveis pela organização das
eleições, estão trabalhando para garantir um processo o mais democrático possível. Para tanto, serão disponibilizadas urnas eletrônicas em
diversos locais, como as sedes dos Crea´s e do Confea, além de inspetorias, sindicatos, entidades e até mesmo grandes empresas.
Todos os profissionais registrados e quites com o Crea estão aptos a
votar. São engenheiros das mais diversas modalidades, arquitetos, agrônomos, geógrafos, geólogos, meteorologistas, além de técnicos e tecnólogos das diversas especialidades abrangidas pelo Sistema Confea/Crea
e Mútua. Os eleitos exercerão mandato no triênio 2009-2011.
Toda a legislação relativa ao processo eleitoral, além dos editais e do calendário das eleições, está disponível na página da CEF, no site do Confea
(www.confea.org.br). Na página de cada Crea (no caso de São Paulo, www.
creasp.org.br) há informações específicas sobre a eleição em cada estado.
Conforme o calendário eleitoral, o último prazo para impugnação do
registro de candidaturas foi 19 de março. A CEF publicará edital com
o resultado do julgamento das candidaturas registradas e indeferidas no
dia 25 de abril.
Audiência Pública
No dia 10 de abril, a CEF realizou, no auditório do Confea, em Brasília, uma audiência pública para esclarecer dúvidas acerca do processo
eleitoral e informar sobre a questão ética nas eleições. O presidente da
Associação Brasileira de Magistrados, Procuradores e Promotores Eleitorais – Abramppe e membro do Movimento de Combate à Corrupção
Eleitoral – MCCE (do qual o Confea também é parceiro), juiz Márlon
Jacinto Reis, mediou os debates. O objetivo do Movimento é garantir a
aplicação da Lei n° 9.864, que combate práticas de corrupção eleitoral.
Mesmo quem não esteve presente no auditório pode participar do debate, enviando perguntas para o e-mail [email protected]. As
questões começaram a ser enviadas no dia 26 de março e as dúvidas foram esclarecidas pela própria Comissão Eleitoral Federal. A audiência
foi transmitida ao vivo pelo site do Confea.
Obtenha mais informações sobre o processo eleitoral do Sistema
Confea/Crea e Mútua na página da Comissão Eleitoral Federal, no site
do Confea: www.confea.org.br
Fonte: Confea
ANÚNCIO
GRÁFICA
PAINEL DE NEGÓCIOS
LIGUE E ANUNCIE 16 3931.1555
Painel de Negócios
Anuncie aqui por
R$ 140,00*
* Valor para veiculação mínima de 04 edições!
Anuncie aqui por
R$ 140,00*
* Valor para veiculação mínima de 04 edições!
NOTAS e cursos
NOTAS
cursos
Maria Teresa assume Diretoria da Mulher
A arquiteta e urbanista Maria Teresa Pereira Lima acaba de
assumir a Diretoria da Mulher da AEAARP. Formada pela PUCCampinas, desde 1985, tem atuado nas áreas de projetos de
paisagismo para loteamentos, condomínios e residências e,
paralelamente, colabora com o CREA-SP participando da CAF
como inspetora na área de arquitetura e urbanismo. Foi eleita
coordenadora dos inspetores da 3ª Região do CREA-SP. Participa
também como secretária geral da Associação dos Criadores de Caracu do Vale do
Rio Pardo. Já participou da AEAARP como diretora administrativa e, posteriormente,
diretora de Arquitetura e Urbanismo. “Agora me sinto muito honrada com o convite
para participar da Diretoria da Mulher. Estou assumindo esta função com o objetivo
de colaborar com a AEAARP e acredito ser de grande importância a participação dos
tecnólogos junto às suas entidades de classe”, disse à Painel.
José Anibal na Secretaria de Obras
José Anibal Laguna assumiu a Secretaria de Obras da Prefeitura
substituindo Wilson Laguna, que deixou também o poder público
municipal para dedicar-se ao seu projeto político-eleitoral. José Aníbal
já atuava como assistente de Wilson na pasta.
Edemar Amorim visita a AEAARP
O presidente do Instituto de Engenharia, Edemar de Souza Amorim,
visitou Ribeirão Preto e conheceu a AEAARP. Amorim disse que
está fazendo um trabalho intenso de aproximação do Instituto com
as associações e que pretende firmar convênios com a AEAARP.
Prêmio
Armando Costa Ferreira, diretor do DER e ex-conselheiro da
AEAARP, recebeu, em março, uma medalha comemorativa do
cinquentenário da Polícia Rodoviária, pelas mãos do comandante
Daniel Barbosa Rodrigueiro.
Casa Brasil e AEAARP
Celso Fernandes, atual diretor geral da Casa
Brasil, visitou a AEAARP e foi recebido
pelo presidente da entidade. Casa Brasil e
AEAARP discutiram possibilidades de atuação
conjunta na cidade. A Casa Brasil, com sede
no Rio de Janeiro, é o braço cultural do Grupo
CBM-Companhia Brasileira de Multimídia,
responsável pela exposição “Por dentro da
mente de Leonardo Da Vinci”, que circulou por
várias capitais brasileiras no ano passado. No final do mês de abril, a Casa Brasil levará
para a sede da ONU, em Manhatan-EUA, a exposição “50 anos da Bossa Nova”.
Energia elétrica mais barata
A CPFL Paulista e a Prefeitura Municipal assinaram termo de compromisso para
a melhoria da iluminaçao pública, que prevê a substituição de 4.850 conjuntos de
iluminação pública de 80W de mercúrio por 100W de sódio, a substituição de 1.117
conjuntos de 250W de vapor de sódio por 400W metálica na área central da cidade,
iluminação do parque Maurílio Biagi e a iluminação de todos os pontos escuros da
cidade em seus diversos bairros, um total aproximado de 800 conjuntos. As obras
serão custeadas pelo município. Na cerimônia, a CPFL entregou a obra de eficiência
energética que executou no DAERP, cujo investimento foi de R$ 1,3 milhoes. A
expectativa é a de que o órgão tenha uma economia média de 5% a 20% na conta.
26 AEAARP
Urbanismo e Psicanálise
O arquiteto Guilherme Wisnik
participa da mesa redonda “O suporte
é a linha do horizonte”, que vai discutir
urbanismo e psicanálise, no I Encontro
Bienal de Psicanálise e Cultura, dia 6
de junho. O Encontro acontecerá de 5
a 8 de junho, no Centro de Convenções
(rua Bernardino de Campos 999).
Agenda:
• MESA I
9h às 10h30 - Urbanismo - Psicanálise
O suporte é a linha do horizonte
9h - Guilherme Wisnik: arquiteto,
ensaísta, professor da Universidade
Anhembi Morumbi e da Escola da
Cidade
9h30 - Claudio Rossi: psicanalista,
membro efetivo da SBPSP e
presidente da Federação Brasileira
de Psicanálise (FEBRAPSI)
10h - Discussão
Informações e inscrições: www.sbprp.org.br/bienal.
Curso de Gestão Ambiental –
IBEAS - 6ª turma
Matrículas: AEAARP
Prazo: até 15/05
Duração: 18 meses
Aulas: quinzenais às sextas-feiras e
sábados
www.aeaarp.org.br ou www.ibeas.org.br
O IBEAS-Instituto Brasileiro de Estudos
Ambientais e de Saneamento atua em
nível nacional com cursos ministrados
em Brasília, Bauru, São José dos
Campos, Campinas, Ribeirão Preto,
Londrina e Cuiabá.
NOVOS ASSOCIADOS
ARQUITETO E URBANISTA
DENISE ELAINE SIMOES
LUCIANA MAYUMI SHIRAISHI GARIBALDI RENATA GONZALES
CARLOS JOSE TARGA
ENGENHEIRO AGRONOMO
WILIBALDO HERMES CUSINATO JUNIOR
ENGENHEIRO CIVIL
LEONARDO FRANÇA MATTARAIA
LUIS CARLOS MORO
ESTUDANTE - ARQUITETURA
E URBANISMO
GLENDA IRIS FERRACINI
SORAYA MOHAMAD HUSSEIN
TECNICO EM ELETROTECNICA
AMAURI AUGUSTO SOARES
Download

clicando aqui