“O dinheiro cresce na árvore da paciência.” -Provérbio Se aos 25 anos de idade, começar a investir 2000 euros por ano a uma taxa média de 8%, 40 anos depois terá 606 000 euros no banco. Contudo, se atrasar as poupanças até atingir os 35 anos e começar a investir anualmente 2000 euros à mesma taxa de juro de 8%, quando tiver 65 anos, terá apenas 266 000 euros. 3. Seja constante Decida hoje que, de agora em diante, o hábito regular de colocar de lado um determinado montante cada mês ou periodicidade de pagamento fará parte do seu estilo de vida económico. O melhor método que conheço é tirar automaticamente um determinado montante da sua conta quando recebe o seu ordenado e colocar numa conta poupança ou a prazo. Lembre-se de que não vai sentir falta daquilo que não vê e, provavelmente, não o gastará até que chegue a ocasião adequada em que será necessário. “Um tostão poupado é um tostão ganho.” -Benjamin Franklin Referências: 1 Mary Hunt, The Smart Woman’s Guide to Planning for Retirement, Revell, 2013, pp. 132, 133. Distribuído por: União Portuguesa dos Adventistas do Sétimo Dia Diretor: Daniel Vicente Produzido por: Departamento de Mordomia da Associação União Pacífico Diretor: Gordon Botting Ilustração/Editor Assistente: Maricel Felarca Tradução: Ausenda Martins/Daniel Vicente Uma miscelânea de ideias práticas para o ajudar a ser um melhor mordomo. Abril 2014 Volume 19, Número 4 A OITAVA MARAVILHA Por Gordon Botting, DrPH, CHES, CFC Os gregos acreditavam que havia sete maravilhas no mundo antigo. Infelizmente, existe apenas uma dessas maravilhas originais, a Grande Pirâmide de Gizé. No início deste século, foi levada a cabo uma iniciativa através de uma votação para escolher as novas Sete Maravilhas do Mundo Moderno. No final da competição, as vencedoras foram: a estátua do Cristo Redentor, no Brasil; Machu Picchu, no Peru; Chichén Itza, no México; a Grande Muralha da China; a cidade de Petra, na Jordânia; o Coliseu de Roma, em Itália; e o Taj Mahal, na Índia. pode torná-lo milionário se poupar A oitava maravilha do mundo foi 700 euros por mês a uma taxa de 6% concebida por Albert Einstein, durante 35 anos ou, pela mesma cientista do século XX, quando regra, pode levar uma família de descobriu a tão referida “regra do rendimento médio a demorar dez 72”, a simplificação da fórmula dos anos a pagar uma dívida de 12 000 juros compostos. Esta regra permite euros no cartão de crédito, fazendo simplesmente calcular o número de apenas o pagamento mínimo anos que demorará a duplicar o seu mensal, mesmo sem efetuar dinheiro, dividindo o número 72 qualquer compra adicional com o pela taxa de juro. Este princípio cartão. Não admira que Einstein matemático não toma em linha de tenha afirmado: “Juros compostos conta algumas realidades como são a oitava maravilha do mundo. sejam o risco de investimento, a Aquele que percebe o princípio, inflação e os impostos, mas é uma demonstração impressionante do ganha com ele… o que não poder dos juros compostos. compreende… paga.” Contudo, funciona nos dois sentidos: Um exemplo clássico deste A mordomia é um estilo de vida pleno que envolve a nossa saúde, tempo, talentos, ambiente, relacionamentos, espiritualidade e finanças. princípio básico foi a compra da Ilha de Manhattan por Peter Minuit aos índios nativos em troca de um carregamento de roupa, camas, machados e outras bugigangas por 24 dólares ou 60 florins holandeses. Há quem diga que os 60 florins custavam cerca de 72 dólares, mas qualquer que fosse o seu valor, um matemático descobriu que, se aqueles índios tivessem investido aquele montante no banco local com juros compostos durante os mais de 370 anos que passaram desde então, teriam atualmente pelo menos 60 mil milhões de dólares. Para garantir a compreensão deste principio económico, indico outro exemplo da autora e conferencista cristã Mary Hunt, retirado do seu recente livro The Smart Woman’s Guide to Planning for Retirement (na minha opinião, um livro obrigatório para homens e mulheres): “Em 1492, Cristóvão Colombo tomou a decisão de poupar para a reforma. Possuía um cêntimo (0,01€) e tinha conhecimento de que podia ganhar 6% sobre aquele valor. Colocou o cêntimo no seu bolso O Menu do Mordomo esquerdo e o juro (0,01€ x 6% = 0,0006€) no seu bolso direito por precaução. Nunca adicionou nada ao seu cêntimo original que colocara no bolso esquerdo. No entanto, o juro acumulou-se, ano após ano, no seu bolso direito.” Imaginemos que Colombo era uma pessoa muito saudável. Que vivia até hoje, 521 anos depois, e decidia reformar-se. Retirava o seu cêntimo do bolso esquerdo e juntava-o ao juro simples que tinha no bolso direito. Adivinhe com quanto ficava. Bem, o juro no seu bolso direito perfazia um total de apenas 0,31€ (521 anos x 0,0006€ = 0,3132€). Ao juntar o seu cêntimo original, ficava com cerca de 0,32€ com os quais se reformava. Não era um planeamento muito bom! O que é que Colombo podia ter feito de forma diferente? Vamos partir do princípio que era muito mais astuto relativamente aos investimentos porque estava informado sobre os juros compostos. Em vez de colocar o juro no seu bolso direito, colocava-o no bolso esquerdo, juntamente com o cêntimo original - o capital inicial. Ao longo dos anos, ganhava os mesmos 6% de juros sobre o cêntimo original, bem como sobre os juros acumulados, no bolso esquerdo. Há medida que a história se desenrolava, no final do primeiro ano, acumulava 0,0106€ no seu bolso esquerdo (o cêntimo original mais os 6% de juros). No final do segundo ano, possuía 0,011236€ (0,0106 mais os 6% de juros). No final do terceiro ano, tinha 0,01191€ (0,011236 mais os 6% de juros). A isto chama-se capitalização, e prolongava-se para Colombo até hoje, 521 anos depois. Quanto é que o bom velho Colombo acumulava para a reforma? A resposta era um pouco mais do agrado de Colombo. No final dos 521 anos de capitalização do cêntimo original à taxa de juro de 6%, Colombo acumulava 348.512.293.164,41€, isto é, 348 mil 512 milhões, 293 mil, 164 euros e 41 cêntimos! Então sim, eram muitos trocos nos bolsos! “Embora absurda, esta história ensina uma poderosa lição. Não precisa de começar por ser rico para beneficiar da capitalização com juros compostos. Necessita de ser disciplinado e inteligente para começar cedo.” A partir destas duas ilustrações, destacam-se três princípios muito importantes: 1. Comece com pouco e deixe crescer Possivelmente, quando pondera sobre aquilo que vai precisar para a universidade dos seus filhos ou para a sua reforma, perde as esperanças porque a montanha das poupanças parece tão gigante e imensa. Em vez de ficar consternado e pensar que é inatingível e impossível, lembre-se do velho ditado: “Grão a grão enche a galinha o papo.” Assim também é com as poupanças, um euro de cada vez. 2. Comece cedo Os conselheiros financeiros estão sempre a aconselhar os seus clientes para começarem a economizar cedo. A razão é óbvia, partindo deste exemplo: “É tardia a poupança que só começa quando batemos o fundo.” -Seneca Abril 2014