COLONIZAÇÃO DE COMUNIDADES INCRUSTANTES EM PLACAS
ARTIFICIAIS INSTALADAS NO CANAL DE SÃO SEBASTIÃO, SÃO PAULO
Maria Clara Stacco Oliva; Marcela Marrelli Fehlow; Maria Emília Capiberibe Rijo(IC) e
Máurea Nicoletti Flynn(PQ)
Engenharia Ambiental – Faculdades Oswaldo Cruz(SP)
As placas de substrato artificial, usadas como ensaio de toxicidade in situ, servem
para verificar se existem variações na taxa e no padrão temporal de recrutamento larval e
no subseqüente desenvolvimento das associações instaladas, em decorrência do efluente do
emissário de hidrocarboneto instalado no Duto Terminal Centro Sul – DTCS, em São
Sebastião. Após, portanto, dezessete meses de imersão (de outubro de 2000 a março de
2002), placas fundeadas a três níveis de profundidade diferentes (sub superfície, meia-água
e fundo), foram içadas a cada dois meses, e colocada em caixas plásticas com água do mar.
Tiveram então seus dois lados fotografados; e, em seguida uma sub amostra de 150 cm2 foi
retirada de um dos lados da placa, sendo as placas fundeadas novamente; todo o material
era colocado em recipientes com solução de formol a 4 % para transporte ao laboratório,
sendo então transferido para álcool 70% neutralizados.Os organismos incrustantes foram
descritos em categorias de grandes grupos taxonômicos. Na superfície dos substratos
artificiais primeiramente se fixou uma película inicial constituída por microorganismos que
tornam esta superfície mais adequada para a fixação do segundo estrato de recobrimento.
Nas placas de fundo a fixação dos organismos leva mais tempo para ocorrer, visto que a
película inicial, ao contrário do que ocorre nas placas mais superficiais, é visível por mais
tempo. Os valores de cobertura biótica foram elevados devido ao intenso povoamento das
placas. As maiores taxas de cobertura ocorreram nos níveis mais superficiais,
provavelmente há uma maior quantidade de larvas e propágulos nas camadas de água mais
superficial, que se fixam logo que encontram uma superfície disponível para colonização. A
rápida colonização refletiu o recrutamento e exploração do espaço disponível típico de
espécies oportunistas.
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