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Rio de Janeiro, 24 de junho de 2012 - Ano XXXI - No. 1.578
Vila Isabel celebrou seus 110
anos com alegria e gratidão
Nossa igreja comemorou, com boa presença, espiritualidade e alegria,
seus 110 anos de vida na Graça do Senhor. Na noite de sexta-feira, 15,
um ótimo culto, seguindo-se na quadra um jantar com direito a bolo de
aniversário. No sábado, a mocidade a todos brindou com excelente
apresentação, tornando o culto bem variado e atraente. No domingo
pela manhã e à noite os cultos foram de louvor e agradecimento a
Deus. E no horário da Escola Dominical foi contada a história de nossa
igreja, com projeção de fotos. No Espaço Memória foi inaugurada uma
exposição contendo apenas fotos das décadas de 1920 e 1930, de modo
a homenagear os nossos pioneiros. Estão em exibição as fotos originais,
a maioria em excelente estado de conservação.
Homenageados os 10 mais
antigos membros da igreja
Foto: Roberto Pimenta
Rápidas
 A visitação ao Espaço Memória
bateu recorde no domingo passado pela manhã. Foram mais de
120 os que lá compareceram ao
final da classe única da Escola
Dominical. Além da nova exposição apenas com fotos históricas,
mostrando os primórdios de nossa igreja, a galeria de fotos dos
pastores foi atualizada e agora
está completa.
 Nossa igreja tem 30 Hinários
Evangélicos à venda. Bom para
você ter em casa, cantar os hinos,
orar as Antífonas e acompanhar o
Ritual na Igreja. Apenas R$ 20,00.
Procure um dos pastores.
 A ONU lançou na Rio+20 uma
nova forma de avaliar o desempenho econômico dos países,
chamada de Índice de Riqueza
Inclusiva (IRI). O objetivo é medir
o desempenho da economia dos
países, levando em conta os efeitos no meio ambiente. Foram 20
países analisados e o Brasil ficou
em quinto lugar, empatado com
Japão, Reino Unido e Índia. A
China ficou em primeiro.
Leia nesta edição
Os homenageados, da esquerda para a direita: Diva Pimenta Godinho, Pérside Duarte Albuquerque, Jael Muniz Figueiredo, Jorge Pereira Marques,
Junia Leitão Moreira, Eny Lourenço de Oliveira, Zulite Deslandes de Oliveira, Dalva Gonçalves dos Santos e Carmela Stanziola Leal.
No culto matutino do domingo passado vivemos momentos de grande
emoção, quando foram homenageados os 10 membros mais antigos de
nossa igreja. Destaque especial foi dado para nossa irmã Dalva Gonçalves dos Santos, recebida em 1935. Também foi homenageada Diva Godinho, que foi recebida em 1938 e seria a segunda mais antiga. Porém,
por ter sido esposa de pastor, deixou de ser membro de Vila Isabel por
vários períodos. Dos 11 convidados, apenas 2 não puderam comparecer, por motivos de saúde. A cada um foi ofertada uma placa comemorativa.
 Continuidade com Deus– artigo de Raquel Gonçalves – pág. 2.
 Deputado Áureo esclarece página 2.
 Nossos pais adoravam neste
monte – artigo do bispo Nelson
Campos Leite – página 3.
 No Cenáculo quer ter 100 mil
assinantes - esta e outras notícias
de interesse de nossa comunidade estão em O que há pela Vila –
página 4.
Continuidade com
Deus
Raquel Rodrigues Correia Nery Gonçalves
É muito bom fazermos parte de um
projeto novo, inovador. Pois nos traz empolgação,
expectativas...
Mas, dentro destes projetos novos,
também é muito abençoador vivenciarmos algo
que já acontece há anos, pois isto mostra uma
continuidade, um cuidado com o trabalho que já
foi iniciado por pessoas que, às vezes, nem
tivemos a oportunidade de conhecer, mas que
compartilharam da mesma experiência: Viver
com Deus. Acreditamos no trabalho que precisa
ser feito.
Assim, acontece quando congregamos em
uma igreja centenária. Não conhecemos aqueles
que iniciaram o trabalho, mas nos alegramos,
assim como eles, em trabalhar e fazer a obra que
foi imposta com amor por Deus à Sua igreja.
Devemos cuidar, zelar, e ter carinho pela
igreja. Isto inclui cuidar, zelar, e orar pelas
pessoas que nela congregam, mesmo que não a
conheçamos intimamente. Inclui abençoar os
trabalhos que são ministrados na igreja. Tornarmo-nos presentes em oração; sermos obreiros e
não apenas espectadores das maravilhas de Deus.
E nos preocuparmos uns com os outros, sermos
verdadeiramente irmãos em Cristo.
Como Seus filhos proclamarmos e
exalarmos do Seu amor para alcançarmos aqueles
que ainda não conhecem a Deus. Sermos
testemunhas vivas do amor e gratidão deste Deus
tão maravilhoso e fiel.
Paralelamente a isto devemos cuidar de
nós mesmos. Uma vez que cada um de nós é
templo do Espírito Santo; todos somos a Igreja do
Senhor. Devemos cuidar de nossa vida, dar
continuidade ao trabalho de Deus em nossas
vidas. Mantermos a chama acesa. Cuidar, orar
continuamente, nos alimentarmos profundamente da palavra de Deus, vivendo a cada dia
uma experiência nova de amor com Deus.
Trabalhar e alimentar o nosso coração com as
coisas de Deus para que o nosso coração
permaneça aquecido e renovado a cada manhã.
Muita coisa já foi feita, mas ainda há
muito o que fazer. Deus nos chama hoje para
darmos continuidade à Sua obra.
Deputado Áureo
Esclarece
Recebemos do gabinete do deputado Áureo,
metodista, a seguinte nota, em resposta ao que
foi veiculado no artigo “A Igreja e a política”,
de autoria de Airton Campos, publicado em
20.05.2012:
Em virtude de denúncias sobre desvio de
verbas nos Hospitais Públicos Federais no Estado
do Rio, foi instalada na Câmara uma Subcomissão
para realizar investigações, fiscalização e
propostas de mudanças em toda Rede Federal no
País. Assim, fui designado pelo Presidente da
Casa para ser o Relator da Subcomissão.
Como primeiro ato, ao lado do Presidente,
pedi o acompanhamento do TCU, CGU e Polícia
Federal para acompanhar-nos nas visitas. Solicitei
também, por Requerimento, a presença de um
Consultor de Orçamento da Câmara dos
Deputados para subsidiar-me quanto à aplicação
das verbas federais.
Novamente a transparência e a lisura na
conduta dos trabalhos foram por mim observadas
e desejadas.
Na véspera da primeira visita à Direção
dos Hospitais Federais fui surpreendido por uma
entrevista publicada em revista semanal feita
por um ex-assessor do Ministério da Saúde, onde
o mesmo acusava, sem nenhuma prova,
deputados membros da Subcomissão.
Em pronunciamento feito em 03.04.2012,
da Tribuna da Câmara, esclareci o momento do
encontro que tive com o entrevistado enquanto
ele ainda era assessor parlamentar do Ministério
(até dezembro de 2011). Ou seja, a pessoa
designada para tratar de assuntos parlamentares
com os deputados federais.
Afirmo, pois, que nem as ameaças contra
minha vida ou a tentativa de manchar minha
honra como homem público irá fazer abrir mão
da relatoria cujo maior objetivo é propor novas
fórmulas de gestão e controle tanto por parte dos
Hospitais como do Ministério, mas principalmente da sociedade.
Claro que se houver provas de desvios ou
má utilização do dinheiro público os culpados
serão identificados e as autoridades competentes
tomarão as medidas cabíveis.
Nossos pais adoravam nesse monte...
Nelson Luiz Campos Leite - bispo honorário da Igreja Metodista
Adorar no monte, subir ao monte para orar ,
tornou-se um ato cativante e quase obrigatório para
muitos cristãos.
Ao dialogar com a Samaritana, Jesus ouve
dela a expressão: "Nossos pais adoravam nesse
monte”. (Jo.4.19-23) Jesus replica-a afirmando que
“dias virão em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade”.
Um dos atos fundamentais da fé cristã é
adorar ao Senhor. Adorar é mais uma atitude interior do que exterior. Todavia, muitos hoje, vinculam o
ato de adorar a “lugares quase sagrados”.
Gosto de ter intimidade com Deus, de adorá-lo continuadamente. Um lugar distante, silencioso, para mim, pode ser de grande valia. Durante
décadas, por ocasião das férias na praia, levantava
às seis horas e ia caminhar visando depois subir
numas pedras em Itanhaém (SP), onde ficava longo
tempo em adoração e meditação. Muitas vezes fazia
isso duas vezes por dia – no início e no final do dia.
Lembro-me quando pastor em Cunha, também em São Paulo, que está situada entre duas Serras, numa altitude elevada e com maravilhosa vista,
que muitas vezes subia ao monte para adorar e orar.
O silêncio, a vista contemplativa e o isolamento me
cativavam.
Algumas vezes íamos em caminhada com
um bom grupo da igreja local até um “pico” de
onde se tinha maravilhosa visão e um cruzeiro; lá
celebrávamos...
Na época da Semana Santa, na madrugada
do domingo de Páscoa, saíamos com o pessoal cantando músicas de ressurreição nas casas e bairros e
no final, subíamos para a parte mais alta da cidade
de onde celebrávamos com canto , alegria e vibração
a Ressurreição de Jesus. Isto acontecia geralmente
com o nascer do sol. Era algo radiante!
Tenho muita saudade daquela época e
guardo na “retina de minha vida” esta cena e emoção, o gozo de uma eterna sensação. Sempre gostei
da intimidade na comunhão com o Senhor e muitas
vezes em locais onde a natureza é convidativa.
Jesus se retirava para os montes, algumas
vezes vale, visando adorar, orar, por-se em comunhão com o Pai e descansar. Muitas vezes foi com os
seus discípulos ao monte, retirando-se da multidão,
ensinando-os e orando com eles.
Um dos textos mais significativos do Evangelho é o
conhecido “Sermão da Montanha”, onde temos a
essência dos ensinamentos de Cristo.
Estive duas vezes na Coréia, onde se dá grande importância à adoração e oração. Existem muitos
acampamentos próximos de montanha, onde os
fieis vão para orar. Há alguns lugares bem preparados, com orientação, salas especiais, em montanhas maravilhosas. É uma significativa experiência!
Hoje se fala muito em “orar no monte”. Um
dia, estando na Escola de Missões, no município de
Teresópolis (RJ), na Primeira Região Eclesiástica,
subi ao monte, onde hoje há um lugar especial de
meditação, adoração e oração. Estando só, deitei-me
no ponto mais alto de uma torre e fiquei a adorar,
meditar e orar intimamente ao Senhor. Foi uma rica
experiência!
Com a ênfase dada em ir-se ao “monte para
orar”, algumas vezes chega-se a perder o sentido da
ida. O ir ao monte está ligado a uma autêntica atitude de adoração, meditação e oração íntima e comunitária. Todavia, muitos têm dado ao “monte”
um destaque como um “lugar sagrado”. Se a pessoa
não está no monte parece que falta algo, que não
houve adoração e nem oração.
Corremos, se não tomarmos cuidado, de fazer do monte um “ídolo”, dando-lhe um valor demasiado sagrado, que o próprio Jesus denunciou,
pois devemos adorar em “espírito e em verdade”,
intimamente. Ao falar sobre a oração, Cristo nos
disse: “Entra no teu quarto, fecha a tua porta, e no
íntimo ora a Teu Pai...” (Mt.6.6)
Nas diversas religiões existem lugares sagrados, espaços sagrados, formas sagradas para
orarem. Podemos, como cristão, de forma reverente
ter as formas e atitudes as mais diferenciadas, sem
contudo sacramentar umas e minimizar outras.
Lembro-me quando fui servir ao Exército e,
ficando enfermo estive três meses e meio internado
no Hospital Militar em São Paulo. Não me levantava e nem andava, passando todo o tempo deitado.
Deitado eu lia, meditava, orava, adorava e tinha a
minha intimidade com Deus. Fiquei até acostumado
a essa posição para conseguir maior concentração.
As pessoas enfermas e muito idosas adoram , oram
e meditam, em geral, na cama.
Os cristãos carecem de vivenciar a “vida de
piedade” através da leitura da Bíblia, da meditação,
da oração, adoração e do colocar-se transparentemente diante do Senhor. Assim devemos fazer diariamente e nos lugares mais tranquilos e inspiradores. Contudo, nem sempre conseguimos estes espaços, podendo entrar em comunhão com o Pai dirigindo, no trabalho de casa, e em diversas formas de
atuar. O que não podemos é resumir a nossa relação pessoal com Cristo a uma ida dominical à Igreja.
Um dia vi um grupo subir um monte para orar.
(conclui na página 4)
Nossos pais... (conclusão da página 3)
De longe se ouvia o grito dos que lá estavam,
transmitindo mais uma atitude de desespero do que
de segurança no Senhor.
Israel no seu espaço geográfico possuía significativos montes. Muitos deles tiveram importância na vida do povo. Porém, nenhum deles, diante
da visão de Cristo, tornou-se um lugar sagrado,
onde de forma mais significativa Deus se revelava.
Houve, sim, no período inicial do povo de Israel,
momentos em que Deus entregou a Moisés, no
Monte, a Lei. Quando Moisés decidia falar com
Deus, ia ao monte. Para ele ali era um lugar sagrado. Houve também o questionamento dos “altos
montes” onde estavam os “balaains”, e se oferecia
nas árvores frondosas culto aos “deuses” através
das sacerdotisas prostitutas. Os profetas condenam
veementemente a ida aos montes.
Creio que devemos continuar indo ao monte, em especial os que gostam dessa atitude, mas
tomando o cuidado de não fazer dele um “lugar
sagrado”, onde temos “maior segurança” do que
outros lugares. Se isto acontecer estaremos edificando um “novo ídolo”, o que contraria ao Pai.
Jeremias combateu a “falsa segurança” e a
“idolatria do templo”, pois o povo andava de forma
irregular, não obedecia e nem seguia as leis divinas
e nem o adorava de coração. Mas, quando chegava
ao templo diziam: ”Templo do Senhor... Templo do
Senhor... Templo do Senhor é esse!” Aqui estamos
seguros e salvos. Isso não era verdade... (Jr. 7.1-15).
É bom estar no templo. Louvar, adorar, confessar,
edificar-se com a Palavra, viver na Unidade do povo, estar juntos e tendo tudo em comum, sendo solidários. Mas isoladamente o templo nada representa, por maior, mais lindo e inspirador que seja, pois
“Jesus é maior do que o Templo”. Israel está até
hoje sem o templo e não é por isso que perdeu a sua
vivência de comunhão com Deus, segundo a sua
maneira de ver e ser.
Sim, “Jesus é maior do que o Templo”, do
que “o monte”, do que “as pedras do mar” e os lugares mais lindos, pois isoladamente nada disso
tem significado, nem Jerusalém, nem em Samaria,
nem a Palestina, ou os lugares sagrados de Israel,
por mais históricos e inspiradores que sejam.
Tudo deve existir em função de Cristo e de
adorar ao Pai em “espírito e em verdade”, sob a
inspiração e unção do Espírito Santo.
JORNAL DA VILA - ANO XXXI – Nº 1578
Publicado semanalmente pelo Ministério de Comunicação da Igreja Metodista de Vila Isabel – Rio
Fundador: Carlos Valle Rego
Diretor: Roberto Pimenta
Redator: Luiz Pimenta
Xerox e distribuição: Walkírio Mattos.
O que há pela Vila
E
sta é a última semana para a renovação das assinaturas do No Cenáculo que vencem neste
primeiro semestre. O preço é de $ 22,00. Procure a
Elonede Maia ou a Maria Lúcia Polard.
E
foi inaugurada na Igreja da Luz, São Paulo,
capital, no dia 14 passado, a sede do No Cenáculo. Na ocasião o atual redator, Bispo Adriel de
Souza Maia, informou que este devocionário conta
com 65.000 assinaturas no Brasil, mas que a meta é
conseguir mais 35.000 até o ano que vem.
N
o próximo dia 7 de julho, sábado, será realizado no IMAS-ICP o Encontro Regional de Capacitação para Reforço Escolar. Durará das 8h30min
até às 17h, terá sete temas para estudo e a inscrição
custa R$ 35,00, incluindo refeições. Informações na
Sede Regional pelo telefone 2557-3542.
D
e 7 a 9 deste mês foi realizado um grande encontro nacional de jovens na Escola de Missões,
em Teresópolis. Estiveram presentes cerca de 600
jovens.
N
a próxima quarta-feira, dia 27, teremos a reunião da CLAM – Coordenadoria Local de Ação
Missionária. Às 20 horas.
A
inda há camisetas comemorativas dos 110 anos
de nossa igreja. Cada uma custa apenas R$
10,00. Compre logo a sua.
N
o princípio deste ano um fato estarreceu a população do Rio: uma adolescente de 12 anos foi
violentada dentro de um ônibus que percorria a Rua
do Jardim Botânico, em pleno dia. Agora vem a boa
notícia. O culpado já foi julgado e condenado a 16
anos de prisão. Que em outros casos haja também
rapidez e severidade.
O
s assinantes da Voz Missionária já estão recebendo, em suas casas, o número de julho/agosto. Ela é uma excelente revista, dirigida ao
público feminino, mas de boa leitura para todos. A
agente aqui na Vila é nossa irmã Anita Campos.
R
ecebemos o seguinte e-mail do Jorge Marques:
“Parabéns! O culto dos 110 anos da Igreja de
Vila Isabel foi espetacular, mas a cerimônia de entrega das placas aos 10 Mais foi maravilhosa. E
emocionante ver dona Dalva, que há mais de 50
anos eu não via, ali firme, recebendo a mais justa
homenagem; ver dona Junia e a esposa do rev. Godinho, dona Diva, cansada, mas firme na fé. Foi
tudo tão lindo, que até os meus filhos, que não são
evangélicos, saíram impressionados. Parabéns também pelo Espaço Memória, muito bem organizado e
com um acervo de primeira.”
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Vila Isabel celebrou seus 110 anos com alegria e gratidão