Tendências de Negócios e Perfil dos Consumidores para 2014 Volume 1 SEBRAE SP Conselho Deliberativo Presidente Alencar Burti (ACSP) ACSP – Associação Comercial de São Paulo ANPEI – Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras Nossa Caixa - Agência de Fomento do Estado de São Paulo FAESP – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo FECOMERCIO – Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo ParqTec – Fundação Parque Tecnológico de São Carlos IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas Secretaria do Estado de Desenvolvimento SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SINDIBANCOS – Sindicato dos Bancos do Estado de São Paulo CEF – Superintendência Estadual da Caixa Econômica Federal BB – Diretoria de Distribuição São Paulo - DISAP Diretor-Superintendente Bruno Caetano Diretor Técnico Ricardo Tortorella Diretor de Administração e Finanças Ivan Hussni Organização do conteúdo técnico José Bento Desie Cássio dos Santos e Oliveira Marcia Avelar Vieira Sarah Albrecht Apoio técnico, projeto gráfico e diagramação Marcelo Costa Barros Marcelo Audickas Patrícia de Mattos Marcelino ÍNDICE Apresentação.......................................................................05 Tendências de Negócios.......................................................07 Agronegócios.......................................................................08 Comércio Varejista................................................................09 Construção Civil...................................................................11 Economia Criativa.................................................................12 Madeira e Móveis.................................................................14 Produção associada ao Turismo...........................................15 Serviços...............................................................................17 Tecnologia da Informação.....................................................18 Turismo................................................................................20 Vestuário..............................................................................21 Perfil dos Consumidores.......................................................23 Alemanha.............................................................................24 Argentina..............................................................................27 Espanha...............................................................................30 Japão...................................................................................33 México.................................................................................36 APRESENTAÇÃO Ainda faltam dois anos para a Copa de 2014 no Brasil, período em que a paixão do brasileiro pelo futebol ficará ainda mais forte e milhares de torcedores irão parar tudo o que estiverem fazendo para acompanhar dezenas de partidas disputadas pelos melhores jogadores do mundo. Mas para o empreendedor, a Copa do Mundo já começou e quem já estiver se preparando terá mais chances de aproveitar as oportunidades. Para auxiliar os empresários de micro e pequenas empresas paulistas o Sebrae realizou um mapeamento das oportunidades de negócios nas 12 cidades-sede da Copa, uma das ações previstas no Programa Sebrae na Copa de 2014, que receberá, até 2013, investimentos de R$ 79,3 milhões. Os recursos serão aplicados em programas de consultoria, inovação e acesso a mercados. Em todo o país, são quase 1.000 oportunidades de negócios concentradas principalmente nos setores de construção civil, turismo, TI e produção associada ao turismo, comércio varejista, agronegócios, madeira e móveis e economia criativa. Para preparar os empresários para aproveitar estas oportunidades de negócios que o mundial de futebol deve gerar no Brasil, o Sebrae organizou uma série de ações e eventos de capacitação técnica nos principais setores da economia. Este guia é uma destas ações que visam orientar os empresários de pequenos negócios para este momento. Nela você encontrará indicação de tendências de negócios nos dez setores mapeados e dicas de como aproveitar este movimento favorável aos pequenos negócios. A publicação traz ainda o perfil de consumo de turistas de cinco países que vão nos visitar na Copa, com dicas sobre seus costumes, comportamento de consumo, sua relação com o futebol, curiosidades do país e até as principais palavras do idioma para ajudar na comunicação com eles. Os países contemplados são Alemanha, por ter sido sede da Copa e pelo grande número de turistas que nos visitam; a Espanha, por ter sido o último campeão mundial de futebol; a Argentina, pela proximidade entre os países e o costume de virem nos visitar com frequência; o México, pela identificação entre os dois países no assunto futebol, e o Japão, como representante do Oriente. É muito importante conhecer o perfil deste turista e adequar os produtos e serviços às expectativas deles. Esperamos que aproveite bem as dicas, as capacitações que o Sebrae está oferecendo em todo o país e deixe a sua empresa pronta para marcar este gol. Boa leitura! Bons Negócios! Bruno Caetano Diretor-Superintendente do SEBRAE-SP 5 Tendências de Negócios Agronegócios O setor do agronegócio é um dos principais motores da economia brasileira. A produção de alimentos movimenta uma grande rede de empresas, formada por bares, restaurantes, supermercados e demais estabelecimentos comerciais similares. Dentro deste segmento os produtos orgânicos vêm se apresentando como a grande tendência atual. São alimentos cuja produção respeita o meio ambiente e preserva ao máximo a qualidade. Não contêm agrotóxicos ou qualquer outra substância que possa causar danos à saúde do consumidor. O público está cada vez mais exigente no que diz respeito à alimentação. Quer saber o que está consumindo, a procedência e a forma de cultivo. Sente-se atraído por melhores sabores, mais aroma e maior concentração de nutrientes. Além disso, quer evitar a ingestão de pesticidas e busca sustentabilidade. Os produtos orgânicos vêm se apresentando como uma boa resposta a essas preocupações e a sua procura cresce diariamente. O panorama é global. Este mercado, que está se firmando cada vez mais aqui no Brasil, já é uma tendência consolidada no exterior e há muito mais tempo. Alemanha, França e Reino Unido lideram o ranking de países com alta demanda deste tipo de produto. Inclusive o Brasil destina boa parte da sua produção de itens orgânicos ao exterior. E se engana quem pensa que esta tendência se limita aos alimentos frescos. Também integram a lista carnes, cosméticos, produtos processados e da indústria têxtil. A forma de cultivo da matéria-prima usada em todos esses itens interessa o consumidor deste mercado. Um exemplo seria uma roupa feita com tintas naturais ou até uma cerveja fabricada de forma sustentável. Isso mesmo, nem a cerveja escapou. Na Alemanha já existe a chamada Biobier, a cerveja orgânica. Como a tendência por produtos orgânicos está consolidada no consumidor estrangeiro de vários países, a Copa poderá representar uma excelente oportunidade para comercializar esta classe de produtos 8 aqui no Brasil. Haverá a presença de um vasto público internacional circulando por São Paulo que pode se interessar por este tipo de oferta. Além disso, poderia ser a chance para o produtor paulista mostrar a qualidade dos seus artigos. Outra estratégia interessante para a Copa do Mundo seria conjugar a crescente procura por alimentos orgânicos com o turismo de experiência. Por exemplo, se um produtor alimentos orgânicos estiver próximo a uma pousada, ele poderá não somente oferecer os seus produtos ao estabelecimento, mas também elaborar uma espécie de “agropasseio” aos hóspedes. Desta maneira, o visitante teria a possibilidade de permanecer mais tempo na localidade e empresários do ramo do turismo e do agronegócio sairiam ganhando. Muitos turistas estrangeiros desconhecem a ruralidade do Brasil. A Copa também poderia ser o momento oportuno de unir o interesse desse público por produtos orgânicos com o agroturismo. O produto final não é a única coisa que chama a atenção do turista, mas também a forma de cultivo, o modo de se relacionar e de trabalhar e a paisagem rural. E se os orgânicos já são uma tendência mundial, levar esses produtos para as redes sociais pode representar mais oportunidades de negócio, segundo os especialistas. Eles afirmam que o agronegócio ainda não utiliza as mídias sociais de maneira a aumentar o faturamento. O torcedor da Copa 2014 será um consumidor altamente conectado na Internet. As redes sociais poderiam servir de canal para a divulgação. Comércio Varejista O comércio varejista é um setor amplo, engloba produtos e serviços dos mais variados segmentos e se caracteriza por negociar diretamente com o consumidor final. Este contato com o cliente requer permanente inovação. Se antes o empresário tinha como grande preocupação elaborar 9 um produto de qualidade e promovê-lo, as exigências do mercado hoje sugerem intensificar o foco no consumidor. Concentrar-se no cliente significa, entre outras coisas, aumentar os pontos de contato com ele, o que é conhecido como comércio multicanal, a grande tendência deste mercado. É a utilização de diferentes plataformas para se comunicar com o consumidor. O objetivo é interagir com o cliente para não somente oferecer o produto, mas também conhecer as suas necessidades e propor soluções. O novo consumidor é um usuário conectado, que estuda detalhes do produto, compara preços, troca opiniões e deseja se relacionar com a marca. Cientes disso, e aproveitando as ferramentas e tecnologias atuais, os varejistas estão utilizando canais múltiplos para chegar ao cliente, independente de onde ele esteja: na loja, no computador ou no celular. O importante é empregar todos os meios possíveis para conquistá-lo e fidelizá-lo. O consumidor multicanal quer tratamento personalizado e facilidades. A possibilidade de comprar qualquer coisa, a qualquer hora e em qualquer lugar seduz o cliente de hoje, que deseja se deslocar o menos possível. Além dos métodos tradicionais como telemarketing ou catálogos, as tecnologias estão sendo cada vez mais aplicadas e são grandes aliadas nesta estratégia multicanal. Mensagens de texto, aplicativos para celulares e tablets, promoções por email e lojas virtuais são alguns exemplos disso. Outra ferramenta multicanal a ser destacada é o social commerce, que une comércio eletrônico e mídias sociais. São empresários que utilizam o poder influenciador dos sites de relacionamento para tentar vender os seus produtos e aumentar o faturamento. Vale lembrar que é preciso aplicar essas ferramentas de forma racional e equilibrada para não sufocar o consumidor com excesso de informação e para evitar que ele se desconecte. A Copa do Mundo também poderá apresentar boas oportunidades aos varejistas que queiram aproveitar os canais múltiplos para ser mais competitivos. Afinal, a tendência ao comércio multicanal é global. Consumidores do mundo inteiro estão habituados com todos os meios de venda, como e-commerce, loja física, telefone, catálogo e até tevê interativa. É importante também sublinhar o poder de compra online do consumidor nacional. O brasileiro está altamente conectado na Internet, busca informações sobre o produto, visita inúmeros sites, consulta opiniões nas redes sociais e compara os preços antes de decidir onde comprar. Além disso, a disposição para o consumo da classe C está aumentando. Isso pode representar mais oportunidades para os comerciantes, que precisariam enriquecer os seus conteúdos e fornecer o máximo de detalhes possível aos seus clientes. 10 Construção Civil A construção civil já está aquecida no Brasil e com a aproximação dos grandes eventos o ritmo continuará acelerado. O setor passa por grandes transformações. Meio ambiente e inovação são palavras de ordem. E se a sustentabilidade é uma dos direcionamentos da Copa, as construções verdes lideram as tendências do setor, tanto no Brasil como no exterior. Paredes, telhados, ventilação, iluminação, economia de água e energia, paisagismo e decoração. Tudo pode contar com métodos menos agressivos ao meio ambiente, que além de atrair e agradar os torcedores que estarão circulando no Brasil, reforçam o conceito mais importante neste tipo de edificação: redução. É o termo mais repetido no âmbito das construções verdes e deve ser aplicado ao máximo: redução de resíduos, do custo operacional e do uso de recursos naturais. Cada vez mais aumenta o diálogo sobre a ligação entre a construção civil e o meio ambiente, já que muitos dos recursos extraídos da natureza são utilizados nesse setor. Por isso, respostas e soluções para tornar as construções mais eficientes e econômicas são sempre bem-vindas. Um bom exemplo de redução é o reaproveitamento dos resíduos de couro na fabricação de blocos para a construção. O processo foi desenvolvido por uma empresa paulista. Ela transformou a enorme quantidade de couro descartada no processo de fabricação de calçado em blocos de alta durabilidade para a construção de paredes. A boa notícia é que, se antes as construções verdes se limitavam aos grandes empreendimentos, hoje a tendência está chegando a edificações de todos os tipos e tamanhos, como casas residenciais, escolas públicas, pousadas, etc. Um importante fator que atrapalhou por muito tempo esse avanço, e ainda atrapalha, é o mito de que os procedimentos para construções com menor impacto ambiental são caros. Segundo especialistas, basta fazer o cálculo para constatar que em poucos anos a economia em 11 água e energia, por exemplo, justifica o investimento do empreendedor nessas tecnologias. Algumas medidas dominam o mercado da construção civil sustentável: telhados verdes ou ecotelhados feitos com revestimentos de vegetação para um ambiente mais agradável e temperaturas mais amenas; paredes sustentáveis compostas por blocos de entulho; janelas amplas para um melhor aproveitamento da iluminação natural e luzes de led de baixo consumo; placas solares para o aquecimento da água; ventilação natural ao invés de ar-condicionado. Caso o empresário não consiga fazer um investimento para a transformação de toda a edificação, incluir alguns itens sustentáveis pode ser uma alternativa interessante e válida, como por exemplo, instalar descargas de dois volumes ou um sistema simples de reaproveitamento da água de chuveiros e torneiras. Essas medidas de economia de água já são bastante comuns na Europa e serão valorizadas por esses visitantes aqui no Brasil. E a seleção e reciclagem de lixo são práticas indispensáveis neste tipo de edificação. É importante ressaltar que todas essas iniciativas devem estar acompanhadas de muita divulgação para que esta informação chegue ao conhecimento do turista, que valorizará ainda mais a edificação, hospedagem ou estabelecimento. Economia Criativa Até pouco tempo o que importava para o consumidor era somente que o produto ou serviço fosse de qualidade. Hoje isso passou a ser insuficiente, ele quer mais. Gosta de exclusividade, quer algo original, criativo, diferente, ou seja, um produto ou serviço elaborado dentro dos moldes da economia criativa. Essa expressão significa incluir na criação, produção ou distribuição de produtos ou serviços uma dose de originalidade. É criar 12 ou reinventar com inovação, autenticidade, tecnologia, enfim, com aquilo que consiga transformar a oferta em algo especial, diferente. A principal matéria-prima é a criatividade. Não há setor onde a economia criativa não possa ser aplicada. O público exigente espera encontrar essas características em tudo o que consume, sem exceções, seja na hora de fazer um lanche num bar, seja ao comprar um moderno aparelho celular. Independente se o ramo for madeira e móveis, agronegócio, turismo, TIC, vestuário, construção civil ou varejo, é interessante que os empresários tentem antecipar os desejos dos consumidores para produzir e oferecer seus produtos de maneira criativa. E criatividade é o que não falta no brasileiro. No contexto da Copa, aplicar essa originalidade em tudo o que produzirmos poderá contribuir a vender melhor São Paulo. Ajudaria a mostrar que somos um estado que vale a pena visitar, que nossos produtos são criativos e que os nossos serviços têm um diferencial. E dentro da economia criativa, qual é a tendência atualmente? Quem vem ao Brasil quer sentir o Brasil. Por tanto, a tendência dentro deste setor é a identidade brasileira. Trata-se de estimular a brasilidade em todas as nossas ideias para que o torcedor sinta, experimente ou prove a identidade brasileira e paulista em tudo o que fizer ou adquirir. Esta é uma característica que pode ser levada a vários segmentos. Por exemplo: somos um povo altamente criativo. De fato, nossas propagandas recebem reconhecimento internacional por sua originalidade. Se aplicarmos a criatividade brasileira na área da tecnologia da informação e comunicação estaríamos cumprindo com a “exigência” da economia criativa. Outro segmento que ilustra a transversalidade da economia criativa é o ramo das produtoras. É possível que haja um aumento da demanda por breves vídeos promocionais, principalmente para sites, com a aproximação do megaevento. O resultado seria um material utilizado para divulgar aos visitantes de São Paulo os mais variados produtos e serviços. Nada melhor que preencher esse material audiovisual com nossa característica brasileira para tentar alcançar o objetivo. A criatividade é só um exemplo. Temos vários outros fatores que nos caracterizam e que podemos levar ao nosso empreendimento: vivemos em um país tropical, exuberante, somos hospitaleiros, musicais e tolerantes com a nossa mistura de raças e culturas. O brasileiro se destaca pelos sentimentos efervescentes, pelas cores e pela abundância do país. Trata-se de aplicar essas características a tudo o que fizermos. 13 Madeira e Móveis O setor de madeira e móveis está entre os mais importantes da indústria de transformação do Brasil. A cadeia produtiva é ampla e engloba uma vasta lista de negócios que vai desde madeira serrada e produtos derivados até palha, cortiça, vime, papel ou papel-cartão. É um segmento bastante estudado e debatido devido às crescentes preocupações com a sustentabilidade. Mas se engana quem pensa que evitar produtos derivados da madeira é a melhor medida. Pode ser uma alternativa muito mais sustentável do que outras opções como plástico e aço. Claro que é preciso saber a origem da madeira e exigir a certificação correspondente. Dentro dessa onda ecológica do setor moveleiro a grande tendência é o design. Porém aqui o termo sustentável vai além, ganha dois grandes aliados: a classe C e a brasilidade. O objetivo é levar o design para todos os lares e abandonar a ideia de que este segmento é para um cliente exclusivo, de alto poder aquisitivo. O design está deixando de ser algo pensado para o bolso de poucos para atingir todas as classes. Designers consagrados estão criando para todos os públicos. Ao mesmo tempo em que expõem suas peças em grandes feiras internacionais também levam seus desenhos arrojados a casas populares. Esta tendência é tão marcante que até programas de televisão estão apostando na decoração de lares comuns com design sofisticado para garantir a audiência. Pensando justamente nessa combinação entre design e classe C, grandes redes de lojas populares estão contratando este tipo de profissionais para criar móveis com design moderno e assim tentar conquistar o público. Design sustentável e acessível: este poderia ser o primeiro passo para seduzir os visitantes que estarão circulando pelo país. O segundo tem a ver com a carga regionalista e brasileira que é possível aplicar nessas peças. A ideia seria unir a abordagem sustentável com o toque regional. 14 Muitos profissionais afirmam que atravessamos uma fase em que tudo é igual e que essa uniformidade também está presente no mobiliário. Ao mesmo tempo, as pessoas querem ver algo diferente, os costumes locais. Quem vem ao Brasil deseja ter a oportunidade de conhecer nossa diversidade regional, também através do design. Um bom exemplo é o reaproveitamento de restos de madeira para a criação de peças exclusivas, com design arrojado e de alta durabilidade. O processo tem como base o resgate de resíduos florestais como troncos, raízes e galhos. Posteriormente, eles passam por um processo de transformação, são esculpidos e recebem boa dose de criatividade e sofisticação. Para aumentar as possibilidades de transformar as oportunidades em negócios reais seria interessante concluir qualquer trabalho com ações de divulgação. Só assim o visitante e cliente potencial terá conhecimento da riqueza de detalhes que há por trás de cada peça. E se o foco for visitante estrangeiro, é primordial pensar em idiomas nesta etapa de promoção. Caso contrário, ele nunca saberá que o produto foi elaborado com preocupações sustentáveis. Produção associada ao Turismo Como o próprio nome diz, a produção associada ao turismo abrange o leque de produtos e serviços que contribuem a dar valor ao turismo. É todo o negócio que ajuda a enriquecer a oferta turística de uma região. Artesanato, moda, manifestações culturais, atividades esportivas e muitos outros integram este setor. Através desses produtos é possível mostrar as riquezas, os valores e os sabores paulistas e brasileiros. O destino passa a ser valorizado e todos sairiam ganhando: produtores, empreendedores e gestores. Mediante o turismo, artistas, agricultores e artesãos poderiam comercializar os seus produtos. 15 O artesanato e a gastronomia são os segmentos onde mais se concentra a grande tendência deste setor: o estímulo aos regionalismos. Ambos estão fortemente ligados à economia criativa. Na gastronomia há diversas formas de estimular a cultura e ícones brasileiros. Oferecer pratos temáticos ou típicos de uma região, dar a oportunidade ao turista de conhecer as receitas ou temperar os cardápios com história são algumas das iniciativas que podem ser válidas para tentar conquistar o visitante. E para os casos de restaurantes que tenham dificuldades em explorar pratos regionais, outra medida interesse seria a de regionalizar o cardápio ao máximo. Se o ponto forte de um restaurante for fondue, busque alternativas, talvez uma fondue de pinhão dê certo. A identidade brasileira e regional pode se manifestar em pequenas coisas que muitas vezes passam despercebidas. A banana é um bom exemplo disso. Esta fruta é muito apreciada pelos europeus. Lá é comercializado praticamente um só tipo de banana: a conhecida como nanica. Já no Brasil temos uma grande variedade dessa fruta, com vários tamanhos e sabores. Embora muitos estrangeiros que vêm ao Brasil fiquem maravilhados com a riqueza de opções, seu potencial como atrativo turístico dentro da gastronomia ainda é pouco explorado no país. O importante é saber informar sobre a brasilidade presente na nossa comida. Igualmente pode ser interessante também avisar ao turista quando o prato for elaborado com produtos orgânicos. Muitos gostam de saber disso. O artesanato sempre foi um grande aliado do turismo. Ajuda a enriquecer os atrativos e a satisfazer os visitantes. E agora na Copa ele tem a chance de ser ainda mais valorizado e poderá gerar um maior volume de negócios. Assim como na gastronomia, no artesanato a forte tendência atual também é a exaltação de ícones brasileiros e regionais. Muitos trabalhos de artesãos são feitos com material brasileiro, com técnicas específicas de uma região de São Paulo, mas o turista não sabe. O visitante gosta de comprar uma peça que diga de certa maneira que ela é brasileira. É conveniente revestir o artesanato com ícones nacionais e regionais de tal maneira que se identifique imediatamente que é de São Paulo ou do Brasil. Um caminho possível para promover este tipo de artesanato durante a Copa do Mundo seria oferecer produtos funcionais, ou seja, elaborar trabalhos que possam, além de servir como decoração, ser úteis a outros segmentos. Pode ser uma boa forma de divulgar o produto e a sua brasilidade. 16 Serviços Serviços é um setor extenso que compreende desde academias de ginástica, centros da beleza, lavanderias até toda a classe de profissionais liberais. A lista é gigante e, assim como o setor de comércio varejista, proporciona um contato direto com o consumidor final. Por isso, falar em tendências no setor de serviços não é difícil: anúncios em espaços publicitários na Internet. A alta competitividade do mercado está obrigando os empresários a procurarem alternativas possíveis e rentáveis para levar a informação do seu negócio ao cliente. Com um consumidor cada vez mais conectado, a estratégia de anunciar em páginas web de interesse do público-alvo cresce a cada dia. O acesso à informação está mais facilitado. Celulares, tablets, laptops contribuem para manter o internauta online por mais tempo. A publicidade na rede pode significar um meio eficaz para que o empresário chegue espontaneamente a esse cliente. Trata-se de aproveitar redes sociais, sites, blogs e portais que são ou serão frequentados pelo público-alvo e publicar um anúncio para que o seu serviço apareça na mesma tela do internauta. A estratégia de divulgação poderia ser feita tanto em sites de segmentos comuns (anúncio de tele-entrega de comida dentro do portal turístico de uma cidade) como também em páginas de segmentos diferentes, mas complementares (anúncio do serviço de manicure dentro do site de indicações de restaurantes). Numa tentativa de aumentar as oportunidades de negócio, a estratégia de oferecer promoções através de vouchers na Internet pode ser também uma boa pedida. Ou seja, a meta é incentivar o cliente a acessar o link do anúncio que aparece na tela, conhecer o serviço e imprimir o voucher de desconto. Assim, ele poderá sentir que está sendo beneficiado e ter um motivo a mais para ir até o seu negócio. 17 Outro exemplo: um blogueiro de viagens, especialista em atrativos turísticos de São Paulo e que conta com um bom número de acessos poderia ser o espaço ideal para o anúncio de uma empresa de transfer. Essa espontaneidade transmitiria facilidade e confiança, o que ajudaria a dar segurança ao público e aumentar as chances de persuadi-lo. A ideia é aproveitar o momento da Copa para tentar aumentar o faturamento e a qualidade do serviço. Muitas academias de ginástica já fazem isso durante o carnaval. Elas aproveitam a vinda de turistas de todas as partes e oferecem pacotes promocionais para os cinco dias do evento. Como muito foliões não querem abandonar os treinos durante esse período, eles procuram na Internet estabelecimentos e encontram os anúncios das academias em sites de hotéis, hostels e casas noturnas. O alto número de turistas estrangeiros que estarão no Brasil já nos indica que o idioma poderá representar uma grande barreira. Ao não conseguir obter informações específicas nas ruas, muitos torcedores poderão recorrer à Internet para buscar o que precisam. O empresário que tiver a preocupação de anunciar online quando o torcedor mais necessitar, poderá aumentar as chances de negócio. As redes sociais também estão disponibilizando os seus espaços para a captação de publicidade. E quem pensa que é um investimento alto pode estar enganado. Vale a pena consultar os preços e conferir que muitas vezes é possível anunciar nas mídias sociais mais barato do que se imagina. Tecnologia da Informação Hoje em dia é difícil encontrar um setor ou uma área onde a tecnologia da informação e comunicação (TIC) ainda não chegou. A TIC inova a cada instante e está presente na vida de todos nós. 18 Ela proporciona aquilo que as pessoas procuram: comodidade, facilidade e, até, redução de preços. Como o próprio nome diz, promove informação. E essa facilidade de acesso à informação é uma demanda crescente em todos os segmentos. Ou seja, assim como a economia criativa, a TIC é um setor transversal. O desenvolvimento de softwares é mais que uma tendência dentro do mercado de TIC, é um dos seus principais produtos. Afinal, eles têm como objetivo proporcionar soluções simplificadas. Direcionando os olhares para as oportunidades durante a Copa 2014, muitos negócios podem ser prejudicados devido a problemas com idiomas. Neste sentido, uma tendência marcante dentro do setor de TIC para o megaevento está no desenvolvimento de sistemas que rompam esse obstáculo e promovam uma comunicação entre empresários e consumidores. São programas elaborados para facilitar o entendimento e, consequentemente, a comercialização de produtos e serviços. Esta tendência de desenvolvimento de softwares para combater barreiras idiomáticas teria duas necessidades a suprir. A primeira tem a ver com sistemas de venda. Seja na Internet ou em qualquer outro método tecnológico de comercialização de um produto, o software a ser desenvolvido poderia possibilitar a compra de um consumidor de qualquer nacionalidade. Além de transformar os sistemas de comercialização em multi-idiomáticos, outra alternativa poderia ser o desenvolvimento de softwares que universalizem ao máximo símbolos e mensagens, de tal modo, que o consumidor, independente do seu idioma de origem, compreenda e consiga realizar a compra. Já a segunda necessidade está relacionada com a obtenção de informações. Muitos torcedores terão necessidades específicas ou dúvidas a serem tiradas e buscarão na Internet as respostas. Os programas devem servir de intermediadores ou tradutores para que o visitante consiga se comunicar e ser compreendido. Ou seja, ferramentas capazes de prestar qualquer tipo de informação em vários idiomas. Por exemplo: um software ou aplicativo que facilite um sistema de perguntas e respostas entre dois interlocutores de forma instantânea. Algumas cidades do mundo contam com órgãos ou receptivo turístico que têm um sistema de conversa com o público em tempo real. Muitos desses portais de informação se mantêm com a comercialização de anúncios publicitários. Poderia ser interessante e gerar oportunidades de negócios introduzir idiomas nesse sistema de mensagens para que o visitante possa encontrar rapidamente respostas para as suas dúvidas. 19 Turismo Exuberância, riqueza natural e diversidade cultural do Brasil fazem do turismo um setor com grande potencial. Embora já seja bastante explorado, ainda há muita capacidade de expansão e a Copa do Mundo de 2014 pode ser o grande trampolim do segmento turístico. Andar de balão, saltar de paraquedas, pescar, fazer um passeio a cavalo ou de helicóptero. Tudo faz parte do turismo de experiência, a grande tendência neste setor. Sentir, provar, participar, vivenciar são sensações que transformam o turismo em algo tão especial. Os turistas de hoje têm um perfil diferente em comparação com épocas anteriores. Mais do que belas paisagens e descanso, o visitante quer ter experiências únicas, fazer coisas típicas, participar do dia-a-dia local. Atualmente o acesso à informação nos permite fazer verdadeiras viagens sem sair de casa. Por isso, cada passeio ou oferta tem que proporcionar algo mais do que simplesmente visitar pontos turísticos. O turista quer ir além, quer ser ativo, partícipe. Quer substituir os roteiros previsíveis pela possibilidade de experimentar novas sensações. Quer ter uma troca maior com a cultura que ele se dispôs a conhecer. E é por isso que o turismo de experiência está em alta. No contexto da Copa do Mundo podemos ir além, aproveitar esse desejo do turista por vivências e agregar experiências tipicamente brasileiras. Trata-se de dar a sensação ao torcedor de que aquilo que ele fará, só poderá vivenciar no nosso país. Pescar um peixe típico, terminar um passeio a cavalo com um churrasco ou uma queima do alho, cozinhar uma receita local, participar da colheita de uma penca de bananas ou aprender uma dança regional. Seria interessante transformar o tempo de estadia do turista no Brasil em algo único, deixar claro que essa experiência ele só voltará sentir se nos visitar novamente. Por exemplo: um passeio que conte a história do café e dos escravos em São Paulo pode estar recheado de experiências novas. O turista po- 20 deria visitar as antigas fazendas de café, conhecer a rotina dos escravos, colher e participar da secagem dos grãos, assistir uma apresentação cultural e terminar aprendendo a receita da feijoada ou de um bolo de milho. As possibilidades não param por aí. As opções são muitas e podem estar em coisas simples: levar o turista para passear pelas feiras de São Paulo e comer um autêntico pastel, andar de patins no Parque Ibirapuera, conhecer uma roda de samba raiz. No mês da Copa, São Paulo poderá proporcionar uma experiência única para o turista que estiver circulado pelo estado: o modo de viver os jogos na rua. O Brasil se caracteriza por fazer uma verdadeira festa durante a Copa do Mundo. Enfeitamos as ruas, pintamos os rostos, nos revestimos de muita alegria e nos reunimos para simplesmente assistir um jogo juntos. Tudo regado a muita música e descontração. Quem pensa em investir em turismo de experiência em 2014 pode tentar explorar essa festa única que só brasileiro sabe fazer! Vestuário O setor do vestuário hoje satisfaz duas necessidades: a de se vestir e a da proporcionar boa aparência. Apresenta boas chances de negócio porque está presente nos sonhos das pessoas, que querem se sentir bem e buscam em roupas e acessórios confiança, segurança e satisfação pessoal. Mas essa satisfação hoje está ganhando caras novas. É crescente o número de consumidores que prezam outros fatores no vestuário para se sentir bem, como por exemplo, a sustentabilidade. O aumento nas vendas de peças ecológicas anuncia uma crescente preocupação: a nossa roupa agride o meio ambiente? Embora no setor do vestuário o termo “tendência” seja usado para definir uma moda passageira ou vigente somente em uma estação do ano, a preferência por tecidos orgânicos é muito mais do que temporária, não para de crescer. 21 A “ecomoda” está baseada na confecção de roupa orgânica, ou seja, roupas elaboradas com materiais cuja produção dispensa o uso de fertilizantes, inseticidas ou demais produtos químicos. A filosofia da moda ecológica prega que a indústria têxtil pode participar da luta mundial por respeito ao meio ambiente. No início era associada à moda hippie, mas hoje marca uma tendência em todo o mundo. Em vários países a preferência por produtos orgânicos também está chegando às roupas e acessórios, e muitos desses consumidores estão evitando produtos não sustentáveis, como por exemplo, peças de algodão cultivado com pesticidas. Até empresas conceituadas, grandes grifes e estilistas internacionais, que determinam os padrões de consumo da moda, assumiram esse compromisso com o meio ambiente e criaram artigos confeccionados com algodão orgânico. Atualmente é comum aparecer nas passarelas xales feitos de fibra de soja ou calças manufaturadas a partir de algas. Na Copa essa tendência da moda poderá persistir e gerar mais oportunidades de negócios. Neste caso, seria igualmente preciso e oportuno incluir na indústria têxtil uma bela porção de identidade nacional. Em outras palavras, os empresários deste setor poderão apostar em conjugar sustentabilidade com traços nacionais. Nada melhor do que buscar na natureza essa resposta. Fibras naturais provenientes de caules, frutas e folhas nacionais ajudariam nessa tarefa. O bambu é um bom exemplo: é abundante no Brasil, cresce rapidamente, dispensa o uso de pesticidas e não necessita de muita água para crescer. A sua fibra consegue substituir muito bem o algodão e já foi utilizada inclusive na confecção das ecocuecas. Também é possível realizar o processo de coloração de roupas utilizando pigmentos naturais e extratos vegetais contidos na flora brasileira e livres de produtos químicos. 22 Perfil dos Consumidores Alemanha Organização, seriedade e disciplina caracterizam a Alemanha e o seu povo. O país é uma das principais potências europeias, tanto em tamanho como em força econômica e industrial. História, natureza e cultura são os fatores mais procurados pelo público alemão em suas viagens. É um turista que se interessa por novos costumes e tradicionalmente viaja bastante, o que o tornou experiente e exigente quando o assunto é consumir no exterior. COSTUMES Muitas vezes os alemães são considerados frios em sua forma de se relacionar, mas na verdade é uma questão de interpretação. Demoram mais para fazer amigos, mas quando se constrói essa confiança a amizade é profunda, jamais superficial. A falta de compromisso ou plano B não são tolerados pelos alemães. Gostam de seguir uma programação em suas viagens, prezam a organização e a pontualidade. O aperto de mão é o cumprimento mais comum, mesmo em família. Contato físico como beijos ou abraços não é tão habitual entre os alemães como é para os latinos. O café da manhã é muito mais que simplesmente a primeira refeição do dia. Tornou-se um momento social, um motivo para o encontro entre os amigos. Cafés e restaurantes lotam nos finais de semana e oferecem menus de café da manhã variados e bem elaborados. O almoço na Alemanha é servido normalmente às 12 horas e o jantar às 19. Em algumas regiões do país há o famoso “Abendbrot” (pão da noite), uma espécie de lanche da tarde do brasileiro. É composto pela variada oferta de pães, salames, queijos e é acompanhado de café ou até mesmo de cerveja. 24 IDIOMA Existe uma longa tradição do aprendizado de línguas estrangeiras na Alemanha e a população normalmente fala mais de um idioma. Mas para conquistar esse público e transmitir um pouco mais de confiança algumas palavras básicas do alemão podem ajudar: • • • • • • • • • • • • • • Willkommen: Bem-vindo Brasilien: Brasil Guten Morgen: Bom dia Guten Tag: Boa tarde Guten Abend: Boa noite Danke: Obrigado Bitte: De nada Entschuldigung: Desculpa, com licença Info Point: Posto de informação turística Herr: Senhor Frau: Senhora Frühstück: Café da manhã Mittagessen: Almoço Abendessen: Jantar FUTEBOL Campeões do Mundo em 1954, 1974 e 1990. A Alemanha tem uma expressiva história em mundiais. Foi campeã do mundo três vezes. Em várias outras oportunidades chegou às etapas finais, em 2006 e 2010 terminou em 3º lugar. A primeira conquista foi em 1954 pelos famosos “Elf” (onze), com uma vitória de 3x2 na inesquecível final contra a Hungria. O título representou um divisor de águas para o futebol alemão. Tanto a Bundesliga (campeonato nacional) como a própria seleção ganharam mais força. Esta nova etapa tornou os jogos contra os seus históricos rivais, Holanda e Inglaterra, ainda mais emocionantes. 25 PAÍS • • • • • • • • • Continente: Europa Capital: Berlim População: 82,5 milhões (91% alemães, 8,9% estrangeiros) Visitantes por ano: aprox. 16 milhões de turistas DDI: + 49 Moeda: Euro Jornais: Welt, FAZ, Süddeutsche Zeitung, Bild Idioma oficial: Alemão Religião: 31% católica, 31% protestante, 4% muçulmana, minorias ortodoxa, judaica e outras orientações cristãs. À MESA A paixão do alemão pela cerveja está longe de ser um clichê. É a bebida mais consumida no país e não é servida tão gelada como os brasileiros estão acostumados. O teor alcoólico também não é o mesmo, as cervejas alemãs são mais fortes. Além disso, apreciam vinhos, runs e licores. A batata é a base da culinária alemã. Está presente em vários pratos e pode ser elaborada de diversas maneiras. Existe até cerveja de batata. Padarias e confeitarias são outra marca registrada do alemão, porém pouco conhecida no exterior. Os deliciosos pães são preparados de diferentes formas e os integrais estão entre os favoritos. O café brasileiro é muito apreciado na Alemanha. As confeitarias elaboram tortas e bolos com muita fruta e pouco açúcar, já que os alemães preferem sentir o sabor doce de forma moderada. CURIOSIDADES Os alemães não abandonam a leitura nem nas viagens e gostam de trocar livros. Por isso, uma boa pedida para os meios de hospedagem, de alimentação e outros estabelecimentos comerciais seria disponibilizar estantes para que os visitantes intercambiem os livros já lidos. Assim haverá uma oferta interessante de exemplares em vários idiomas. 26 E impossível pensar em montar um roteiro turístico para um visitante alemão sem falar de história e cultura. Ele é um turista interessado em saber detalhes do destino. Todo o tipo de peculiaridade pode ser interessante: a origem do nome de um lugar, personagens marcantes ou pitorescos, anedotas simples, a economia local ou os desafios da cidade. Até o comportamento das plantas de acordo com a estação do ano chama a atenção do turista alemão. Argentina O nome Argentina vem do latim argentum, que significa prata. É o segundo maior país da América do Sul e concentra 40% da sua população na província de Buenos Aires. É bicontinental, já que ocupa também parte da Antártida. A carne é praticamente patrimônio cultural da Argentina e representa um dos principais produtos de exportação, assim como o vinho, milho e soja. A criação de cavalos também é uma importante atividade econômica. Para o Brasil, nossos vizinhos têm uma importância especial: são os nossos principais visitantes. A proximidade entre ambos países não é somente territorial. A música, a cultura e as novelas brasileiras são altamente consumidas pelos argentinos, o que aumenta ainda mais o interesse pelo nosso país. Outro produto brasileiro bem aproveitado pelos nossos hermanos são as praias. Eles se sentem atraídos pela cor e temperatura das nossas águas, já que o mar da Argentina possui uma tonalidade mais escura e é mais frio. 27 COSTUMES A herança da colonização espanhola e a forte influência italiana são muito marcantes no argentino. Ele é muito comunicativo e gesticula bastante ao falar. São preocupados com a aparência, vestem roupas arrojadas e clássicas. Homens e mulheres ousam bastante nos penteados. Cumprimentam-se da mesma forma que os brasileiros, com uma diferença: os homens se beijam no rosto. Mas isso só ocorre entre pessoas conhecidas. Num primeiro contato, é utilizado o tradicional aperto de mão. Valorizam uma vida social ativa. Pessoas de todas as idades lotam cafés, bares e discotecas. Adoram estar em grupo e o mate (chimarrão) é a desculpa para se reunirem. Os argentinos têm o hábito de viajar. Normalmente contam com 15 dias de férias por ano, mas mesmo assim não abre mão das viagens, mesmo em período de crise financeira. IDIOMA O espanhol se diferencia de um país para o outro por algumas expressões, mas principalmente pelo sotaque. A forma de falar dos argentinos é muito especial e típica da região. Nenhum outro país tem um acento tão marcado e similar ao da Argentina, com exceção do Uruguai. Na Argentina é comum iniciar uma frase com “che”, expressão inventada por causa de Che Guevara. • • • • • • Buenos días: Bom dia Buenas tardes: Boa tarde Buenas noches: Boa noite Bienvenido a nuestro país: Bem-vindo ao nosso país Habitación: Quarto de hotel No olvide sus pertenencias: Não esqueça os seus pertences Ao contrário do português falado no Brasil, em espanhol marca-se uma diferença entre um vocabulário formal e informal. Quando não existe intimidade, somente deve ser usado o termo formal “usted”. Usted viajará mañana por la tarde (formal). 28 FUTEBOL Campeões do Mundo em 1978 e 1986. Vice-campeões em 1990. Assim como os brasileiros, os argentinos vivem o futebol com fervor e paixão. Para eles, Maradona e Messi têm a mesma importância de Pelé e Neymar no Brasil. São heróis nacionais. Além de ter sido duas vezes campeão mundial e possuir um campeonato nacional muito disputado, outra grande característica do futebol argentino é, sem dúvida, a torcida. Ela compõe músicas a cada ano, grita, canta e dança com a camisa nas mãos durante todo o jogo, independente se o time está ganhando ou perdendo. PAÍS • Continente: América (subcontinente: América do Sul) • Capital: Buenos Aires • População: 38,7 milhões (83% descendência europeia, 14% mestiços, 2% judeus, 1% indígenas) • Visitantes por ano: Aproximadamente 5,7 milhões de turistas • DDI: + 54 • Moeda: Pesos Argentinos • Jornais: Clarín, La Nación • Idioma: Espanhol • Religião: 90% católica, 2% protestante À MESA Se a carne argentina é famosa e vendida no mundo inteiro, obviamente o churrasco é uma marca registrada. Além de a qualidade do produto ser especial, a forma de preparo também é diferente: ao invés de espetos são usadas grelhas. E partes do bovino como testículos, tripas e rins são incluídas no churrasco. Para acompanhar a carne nada melhor que vinho, bastante produzido e consumido no país. Outra bebida muito apreciada é o Fernet, um digestivo servido com refrigerante. E faça chuva ou faça sol, o mate está no sangue do povo argentino. No trabalho, entre amigos no inverno ou na praia no verão o mate é sempre bebido quente e por pessoas de todas as idades, inclusive crianças e bebês. 29 CURIOSIDADES Devido ao alto consumo de mate, não estranhe se encontrar um turista com a sua garrafa térmica por todas as partes. E se quiser agradá-lo, ofereça sempre água quente. Evite temas turbulentos, como o conflito das Malvinas. O argentino tem o orgulho nacional bastante aflorado e esses assuntos podem incomodar. Poucos brasileiros sabem, mas a Argentina também tem samba. É escrito com Z, zamba, mas se pronuncia como em português, samba. A coincidência está somente no nome, o ritmo é completamente diferente e é acompanhado de uma dança entre um homem e uma mulher. É um ritual de cortejo entre o casal e a mulher faz o jogo da sedução com um lenço característico. E por que a Patagônia se chama assim? Diz a lenda que quando o navegador Fernão de Magalhães passou pela região ele apelidou os nativos de “patagones”, que significa pés grandes. Espanha É um dos lugares mais visitados do mundo e o motivo por tanto interesse não é difícil perceber: a riqueza cultural e de paisagens espalhadas pelo país. Nas ruas, respira-se história. No modo de viver do espanhol está marcada a influência da presença árabe, o legado deixado pela conquista dos mares e a multiculturalidade do país. A descontração e a alegria do povo também chamam a atenção. Adoram festas, curtem dançar e vivem a música com a mesma intensidade. Deve ser por isso que os espanhóis têm grande admiração pelo povo brasileiro. 30 COSTUMES A “siesta” (dormir após o almoço) é comum em muitas cidades espanholas. Estabelecimentos, colégios e até repartições públicas mantêm suas portas fechadas entre 14 e 17 horas. Em comparação com o Brasil, tudo é feito bem mais tarde na Espanha. O almoço é servido por volta das 14 horas. Os jovens costumam se reunir às 22 horas para jantar e só depois vão para as danceterias, por volta das 2 horas da manhã. Comum entre os jovens também é o “botellón”: encontros nas praças. Cada um leva a sua bebida e a diversão dura a noite inteira. As mulheres espanholas são conhecidas por serem altamente emancipadas e pelo seu temperamento forte. Outra preocupação entre homens e mulheres é o culto ao corpo. As touradas, marca registrada da Espanha por muito tempo, estão perdendo força. Cada vez mais cidades estão proibindo a prática por causa das crescentes manifestações em repúdio ao maltrato a animais. IDIOMA Dominar um idioma estrangeiro não é o ponto forte dos espanhóis. Por isso, será sempre muito bem-vindo qualquer esforço por aprender alguma palavra que facilite a comunicação. • • • • • • Buenos días: Bom dia Buenas tardes: Boa tarde Buenas noches: Boa noite Bienvenido a nuestro país: Bem-vindo ao nosso país Habitación: Quarto de hotel No olvide sus pertenencias: Não esqueça os seus pertences Ao contrário do português falado no Brasil, em espanhol marca-se uma diferença constantemente entre um vocabulário formal e informal. Quando não existe intimidade somente deve ser usado o termo formal “usted” Usted viajará mañana por la tarde (formal). 31 FUTEBOL Campeões do Mundo em 2010. Antes de 2010, o ponto forte do futebol espanhol era o campeonato nacional. As atuações da seleção eram bastante inexpressivas. Mas com a conquista da Copa da África do Sul, o espanhol passou a avivar ainda mais a sua paixão pela seleção. Afinal de contas, foi a primeira vez em que a Espanha venceu um mundial. Se a seleção demorou a brilhar, o “Manolo, del bombo” sempre atraiu os holofotes. É o torcedor espanhol mais famoso e viaja pelo mundo inteiro para acompanhar a seleção. Com o seu chapéu e tambor característicos ele se destaca e agita a torcida espanhola. PAÍS • Continente: Europa • Capital: Madri • População: 43 milhões (72% espanhóis, 17% catalães, 6% galegos, 2% bascos) • Visitantes por ano: Aproximadamente 56,7 milhões de visitantes • DDI: + 34 • Moeda: Euro • Jornais: El País, El Mundo • Idioma: Espanhol • Religião: 96% católica, 4% outras À MESA Na culinária espanhola não pode faltar o azeite de oliva. Ao contrário do que muitos pensam, a tradicional paella espanhola não é feita de frutos do mar, mas sim de arroz, legumes, carnes de frango e coelho. Tem a mesma origem da feijoada: a situação de pobreza levava os moradores a misturar os restos ao arroz. As tapas também são muito comuns na Espanha. São pequenas porções de várias iguarias: peixes, azeitonas, batatas com pimenta e maionese, etc. As mulheres adoram, pois são servidas em pouca quantidade e ajudam a evitar os excessos. 32 Os espanhóis bebem muita cerveja, vinho e destilados. Em muitas regiões do país há uma forte produção de laranja e algumas bebidas são feitas com a fruta, como a “Água de Valência” que contém laranja, espumante, vodka e gim. CURIOSIDADES Assim como o dia do aniversário, o Dia do Santo é muito importante para os espanhóis. Por exemplo, se for dia de São Jorge e alguém se chamar Jorge, dê os parabéns. Diga “Feliz Santo!” Não tente puxar conversa com assuntos como ETA, a Monarquia ou as Touradas. Pode causar certo desconforto. A regionalidade é um ponto forte da Espanha. Uma demonstração disso são as diversas línguas existentes dentro do país. Não são dialetos, são idiomas oficiais juntamente com o espanhol e são falados entre os nativos. Na Catalunha fala-se o catalão, muito parecido ao valenciano, da região de Valência. No País Basco, o euskera chama a atenção por não ter nenhuma semelhança ao espanhol. E na Galícia, o galego faz qualquer brasileiro se sentir bem, já que é uma língua muito parecida ao português devido à proximidade com Portugal. Japão O Japão é um país insular composto por centenas de ilhas. Diz a lenda que um belo dia deuses atiraram a sua poderosa lança no mar e com o impacto foram espirradas vários gotas. Cada gota teria dado origem a uma ilha do arquipélago. Ao mesmo tempo em que é moderna e globalizada, a sociedade japonesa também se destaca por seus valores anti-materialistas e pela forte tradição. 33 Na Copa de 2002, o Japão mostrou ao mundo um pouco da sua cultura milenar. Apesar das fortes influências trazidas com a globalização, o país da terra do sol nascente se esforça por cultivar rituais, costumes e símbolos que mantenham vivas as suas raízes e preservem as tradições. COSTUMES Embora os japoneses cumprimentem curvando-se com as mãos sobre as coxas, com os estrangeiros eles já adotaram um aperto de mão discreto. O contato visual longo e direto é incômodo para os japoneses. Ao contrário dos latinos, os japoneses não gesticulam ao falar. É preciso ouvi-los com muita atenção, demonstrando assim preocupação em bem atendê-los e recebê-los. Costumam viajar em grupos e preferem contar com os serviços de uma empresa especializada em turismo. Prezam a gentileza, a simpatia e a higiene. São supersticiosos, o número 4 tem a mesma pronúncia da palavra morte “shi”. Por isso, é possível encontrar edifícios que não possuem o 4º andar ou hospitais que evitem leitos com esse número. IDIOMA Existem três formas diferentes de escrita no Japão, uma somente para as letras ocidentais. Isso ajuda no aprendizado de outro idioma como o inglês, a língua estrangeira mais falada no país. Para os que quiserem arriscar, seguem algumas expressões em japonês: • • • • • • • • • 34 O-kaeri nasai!: Bem-vindo Ohayo (gozaimasu)!: Bom dia Konnichi wa!: Boa tarde Konban wa!: Boa noite Hoi: Olá Itadaki-masu: Bom apetite Sayonara!: Adeus Mata ne!: Até mais Yoi gotaizai o!: Desejamos uma boa estadia FUTEBOL Oitavas-de-final na Copa do Mundo de 2002 e 2010. O Japão não é o país do futebol, e sim do beisebol. Mas isso não quer dizer que o torcedor seja apático à modalidade, ao contrário. Embora seja mais reservado, o japonês acredita e torce muito pela sua seleção. Isso ficou evidente em 2002, quando Japão e Coreia sediaram a Copa do Mundo. Essa mesma Coreia do Sul representa uma verdadeira dor de cabeça para os japoneses em campo. É a sua grande rival no futebol e tem mais conquistas que o Japão. O futebol brasileiro é referência para os japoneses, principalmente o ex-jogador Zico, considerado um ídolo no país. PAÍS • • • • • • • • • Continente: Ásia Capital: Tóquio População: 128 milhões (99% japoneses, 1% coreanos) Visitantes por ano: Aproximadamente 6,24 milhões de turistas DDI: + 81 Moeda: Yen Jornais: Shimbun, Yomiuri Shimbun, Asahi, Mainichi Idioma: Japonês Religião: 76% xintoísta e budista, 16% outras congregações religiosas À MESA Ao redor da refeição há todo um ritual. Além dos alimentos frescos e da riqueza de aromas, outro importante ingrediente da culinária japonesa é a criatividade, muito marcante na apresentação dos pratos. O principal alimento do japonês é o arroz, presente em todas as refeições. O Ramen, um macarrão de origem chinesa, é bastante consumido e está diariamente na mesa de milhões de japoneses. 35 Por ser um arquipélago, peixes e frutos do mar têm um papel importante na cozinha japonesa. O sushi, que ficou popular aqui no Brasil, é altamente apreciado. As bebidas mais consumidas no Japão são o saquê e o chá, servidos com frequência e de forma cerimoniosa. CURIOSIDADES Sempre converse com um japonês com as mãos fora do bolso, é um sinal de respeito. Dar gorjetas não faz parte da cultura do Japão. O sumô é uma modalidade tipicamente japonesa e consegue despertar o interesse do público internacional de tal maneira, que televisões europeias transmitem as competições. O quimono ou kimono (“ki” significa levar e “mono” coisa) é outro símbolo marcante do Japão. Embora muitos japoneses prefiram hoje em dia roupas ocidentais, é uma vestimenta tradicional ainda usada em ocasiões especiais como casamentos, cerimônias e festivais. México Que o México é a terra onde se inventou a rede para se deitar poucos sabiam, mas que é o berço dos maias e dos astecas todo o mundo sabe. Afinal de contas, a rica história desses povos atrai turistas de todas as partes. É o país mais visitado da América Latina. Essa riqueza fez também com que a UNESCO declarasse vários lugares do México patrimônio da humanidade. Além disso, o órgão também declarou a culinária mexicana patrimônio da humanidade. Foi a primeira vez em que a gastronomia de algum país recebeu esse título. A capital, Cidade do México, afunda alguns centímetros a cada ano por ter sido construída em uma região de pântano. 36 A criatividade do mexicano pode ser percebida de diversas formas. O típico sombreiro foi uma forma que a população encontrou para se proteger do sol, mas também para cochilar sem ser percebido. Segundo um mito popular, usar o sombreiro é importante para não deixar as ideias escaparem e conservar a inteligência. Os marachis são os músicos tradicionais mexicanos que caminham e cantam espontaneamente. Sem instrução musical, costumavam viajar a pé, de mula ou a cavalo pelo país. A cada parada, uma canção. Por isso, cantam em pé e surgem de repente. COSTUMES Os mexicanos são alegres e calorosos. As mulheres se cumprimentam com um beijo no rosto. Os homens se abraçam, mas só quando há confiança. Caso contrário, o aperto de mão é a forma mais usada. Bares e restaurantes são os pontos de encontro mais comuns nas grandes cidades. No interior, os jovens preferem se reunir em casa. Uma curiosidade é a paixão do mexicano pela luta livre. As disputas são acompanhas ao vivo pela televisão e pessoas de todas as idades vestem as máscaras de seus ídolos. Os mexicanos da capital, Cidade do México, se sentirão em casa em São Paulo. Isso acontecerá não somente por terem desafios ou problemas parecidos como a poluição, a superpopulação ou o trânsito, mas principalmente por estarem acostumados a uma grande oferta cultural. São consumidores de cultura, frequentam e gostam de bons restaurantes, investem em entretenimento. IDIOMA Muitos mexicanos dominam o inglês por estarem muito próximos aos Estados Unidos. Mesmo assim, eles tentarão se aproximar do idioma português usando o espanhol quando estiverem no Brasil. Buenos días: Bom dia Buenas tardes: Boa tarde Buenas noches: Boa noite Bienvenido a nuestro país: Bem-vindo ao nosso país Habitación: Quarto de hotel No olvide sus pertenencias: Não esqueça os seus pertences 37 Ao contrário do português falado no Brasil, em espanhol marca-se uma diferença constantemente entre um vocabulário formal e informal. Quando não existe intimidade somente deve ser usado o termo formal “usted”. Usted viajará mañana por la tarde (formal). FUTEBOL Quartas-de-final em 1970 e 1986. Oitavas-de final nas últimas 5 Copas do Mundo. “Arriba y Adelante”, esse é o lema da seleção mexicana. A seleção, conhecida como “El Tri”, sempre teve expressão na América Latina. Ganhou a Concacaf em quatro oportunidades. Participou de 12 Copas do Mundo, mas nunca foi campeã. Em 1990, a seleção adulta não pôde participar da Copa do Mundo da Itália. Foi penalizada por ter escalado jogadores acima da idade permitida para a fase de classificação da Copa Sub-20, em 1989. Essa proibição causou uma profunda decepção entre os mexicanos. Em 2005, o México ganhou do Brasil na Copa das Confederações, fato que enche o mexicano de orgulho. PAÍS • Continente: América (subcontinente: América do Norte) • Capital: Cidade do México • População: 107 milhões (60% mestiços, 30% indígenas, 9% descendência europeia) • Visitantes por ano: Aproximadamente 22,4 milhões de turistas • DDI: + 52 • Moeda: Pesos Mexicanos • Jornais: Excélsior • Idioma: Espanhol • Religião: 88% católica, 5% protestante 38 À MESA As comidas mexicanas mais conhecidas no mundo é o chili, a tortilla e os frijoles (feijões). Entre as curiosidades dos hábitos culinários está o costume de colocar calda de limão e chili sobre o sorvete de coco. O famoso “mole poblano” é outro prato bastante peculiar. É feito de frango com chocolate e outros ingredientes picantes. Tepache, Pulque ou Mezcal são algumas das bebidas destiladas consumidas no México, mas a tequila ainda é a mais popular. CURIOSIDADES Muitas teorias dizem que o chocolate nasceu no México. México e Estados Unidos contam com alguns problemas históricos e políticos. Evite conversar sobre essa rivalidade. Quem viveu a Copa de 1970 do México seguramente lembrará o carinho da população anfitriã com o Brasil. Após a eliminação nas quartas de final, os mexicanos passaram a apoiar a seleção brasileira. Foi um gesto que comoveu muito o povo brasileiro na conquista do tricampeonato. 39