ÍNDICE AGRADECIMENTOS vii PREFÁCIO ix PALAVRAS INICIAIS xiii CAPÍTULO I • MATRIZES I.1 – Conceito de vector. Operações com vectores e algumas propriedades: adição de vectores e multiplicação de um vector por um escalar. Combinação linear de um conjunto de vectores. 1 I.2 - Produtos com vectores e normas: vectores ortogonais; conjunto ortogonal de vectores; conjunto ortonormal de vectores. 15 I.3 - Conceito de matriz. Matrizes especiais: matriz linha, matriz coluna, matriz triangular, matriz diagonal, matriz escalar, matriz identidade; matriz transposta, matriz ortogonal. 27 I.4 - Operações com matrizes e algumas propriedades: adição de matrizes, multiplicação de uma matriz por um escalar e multiplicação de matrizes. 35 I.5 - Matrizes fraccionadas: conceito de submatriz, adição e multiplicação de matrizes fraccionadas. Espaço coluna de uma matriz. Matrizes Elementares e Matriz de Permutação. 53 I.6 – Inversão de matrizes. 65 CAPÍTULO II • SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES II.1 – Sistemas de equações algébricas lineares – breve revisão dos métodos gráfico, de substituição e de adição ordenada. 73 II.2 – Resolução e discussão de sistemas de equações algébricas lineares. Condensação de matrizes. Característica de uma matriz. Algoritmo de Gauss. 83 II.3 – Sistemas homogéneos. Conjunto solução de um sistema homogéneo. Espaço nulo ou núcleo de uma matriz. Dependência e independência linear de filas paralelas de uma matriz. 115 II.4 – Aplicação do estudo de sistemas de equações lineares na inversão de matrizes. 129 CAPÍTULO III • DETERMINANTES III.1 – Introdução da noção de determinante. Determinante de primeira ordem e determinante de segunda ordem: definição e propriedades. 137 III. 2 – Determinante de ordem n: definição e propriedades. Cálculo do determinante de uma matriz à custa do determinante de uma matriz triangular obtida por eliminação de Gauss. 143 III.3 - Aplicações dos determinantes no cálculo da matriz inversa e na resolução de sistemas de equações lineares (regra de Cramer). 173 CAPÍTULO IV • VALORES PRÓPRIOS E VECTORES PRÓPRIOS IV.1 – Conceito de valor próprio e vector próprio de uma matriz quadrada. 185 IV.2 – Polinómio característico de uma matriz quadrada. 189 IV.3 – Espaço próprio, multiplicidade algébrica e multiplicidade geométrica de um valor próprio. 195 IV.4 – Diagonalização de matrizes. 203 IV.5 – Matrizes simétricas e matrizes anti-simétricas. Diagonalização de matrizes simétricas. Espectro e decomposição espectral de uma matriz simétrica. 213 PALAVRAS FINAIS 229 BIBLIOGRAFIA 231 PREFÁCIO Ensinar e estudar álgebra linear – nos primeiros anos do Ensino Superior – continua, parece, a ser uma tarefa árdua. A precedente afirmação fundamenta-se em factos de dois tipos: as queixas dos ensinantes/ autores e dos estudantes/ leitores; e os vários estudos que têm vindo a lume sobre o “problema da álgebra linear”, com relevância, ao que conhecemos, para autores franceses e americanos. O queixume tem: um nó – o carácter abstracto dos temas abordados; e um horizonte – a (aparente) falta de aplicação dos conceitos. Pois bem! Quanto à abstracção: continua a haver dois trilhos essenciais – uns autores partem do conceito de espaço vectorial; outros amaciam o caminho, apoiandose na teoria das matrizes. A abstracção estará sempre lá, e ainda bem! Quanto às aplicações: muito se tem escrito, em textos didácticos, sobre a vasta gama de aplicações da álgebra linear – sobretudo devido à larga difusão dos computadores amigáveis – razão por que não é difícil convencer o estudante/leitor da utilidade prática deste assunto. E o texto que temos em mãos? Dirige-se, essencialmente, a estudantes do 1º ciclo de estudos em Economia e Gestão. É, porém, texto adaptável para estudantes de qualquer ramo do conhecimento que seja cliente da álgebra linear: ciências duras ou ciências moles; ciências exactas ou naturais; ciências humanas ou sociais. A autora – com prática longa, diversificada, diferenciada, reflectida – resistiu a duas tentações: a do egoísmo disciplinar (não pondo todo o peso na sua disciplina em detrimento de outras); e a da inovação a todo o custo. De facto, o texto em apreço: é modesto na sua ambição – texto de apoio a estudantes que (passe a redundância...) vão às aulas; está escrito em linguagem simples, rigorosa, densa e, mesmo, tensa; é pouco retórico e as notações são adequadas e não suscitam confusão. ix Para quê mais um livro de álgebra linear e, ainda por cima, em língua portuguesa? Esta pergunta ocorrerá a muita gente: ensinantes, avaliadores de diversos painéis... e, mesmo, estudantes. Aberto este livro, encontramos um texto: breve, bem elaborado, bem estruturado e escrito em bom Português. Pensando nos principais destinatários e olhando pormenorizadamente para o conteúdo, concluímos que estas Lições de Álgebra Linear têm futuro. Destinando-se a alunos do primeiro ciclo de Economia e Gestão, está entendido por que se trata de texto curto, rigoroso mas não presunçoso. Alunos que vão às aulas! Se vão às aulas, que necessidade há para este texto? A aula dá ao estudante o ambiente: para a motivação, para participar na construção dos conceitos, para pressentir a aplicação, para medir a tensão entre o rigor e a intuição. Ter um texto destes à disposição permite ao estudante várias coisas: estar disponível para usufruir das aulas em toda a plenitude, sem a preocupação de registar informação; antecipar a ida à aula ou tentar suprir a lacuna, se lá não foi; ter tempo, noutro espaço, para meditar sobre a matéria que lhe é proposta; e medir forças com um texto que, apesar da escrita densa e tensa – como já dissemos – encaminha, pacientemente, o leitor em passos seguros e sem atalhos enganadores. Escolhidos os principais destinatários, o conteúdo, adequadamente, centra-se nas ferramentas que são as matrizes e os determinantes – com a finalidade de tratar dos sistemas de equações algébricas lineares e, de caminho, estudar o problema dos valores próprios. No delicado tema dos valores próprios e vectores próprios vai-se longe, a ponto de se incidir sobre os espaços próprios e fazer uma incursão pela decomposição espectral duma matriz. Ao longo do texto, há numerosos exemplos e exercícios, alguns dos quais, pelo simples facto da sua formulação, indiciam a larga experiência docente da autora. x Este é um texto para os alunos se iniciarem na Álgebra Linear. Ficam estes estudantes matematicamente maduros, mesmo que, com aturado esforço, consigam dominar os conceitos aqui apresentados? É claro que não! Nem com este texto, nem com nenhum outro. O que é um estudante maduro? É alguém que, no fim dum ciclo, mais ou menos demorado, de estudos, seja capaz de: manejar a verruma da intuição, empunhar a enxó do rigor, afilar a ponta analítica, tecer a rede sintética, amolar o gume crítico, abrir o dique da iniciativa, exercitar o músculo organizativo, rodar a dobadoira da perseverança. Para que um aluno devenha um estudante sazonado, não há livro de texto que baste! Há que dar vida a um texto, isto é, há que acrescentar: o professor – profissionalmente lúcido e civicamente empenhado; a escola – aberta e culta; e o próprio estudante – que tem que trabalhar. Trabalhar no sentido seguinte: no dever que tem de aproveitar o direito ao acesso ao abstracto, de não desperdiçar a concedida oportunidade da prática da abstracção. Vale a pena fazer tal esforço. Coimbra, Abril de 2010 José Vitória Professor Catedrático de Matemática Aposentado Universidade de Coimbra xi