UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS
DIRETORIA DE PROCESSOS SELETIVOS
PROCESSO SELETIVO
FILOSOFIA, LETRAS-INGLÊS,
LETRAS-PORTUGUÊS E PEDAGOGIA
MODALIDADE A DISTÂNCIA
- UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL CIDADES-POLO:
CAMBUÍ
CONFINS
GOVERNADOR VALADARES
ILICÍNEA
ITAMONTE
JABOTICATUBAS
LAVRAS
SETE LAGOAS
- QUESTÕES OBJETIVAS LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA
- REDAÇÃO INSTRUÇÕES:
Após a autorização do aplicador, abra o caderno e confira-o, conforme as instruções abaixo.
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Este caderno contém 20 questões de múltipla escolha de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira (1 a 20)
e um tema de redação.
Cada questão contém 4 (quatro) alternativas de resposta. Apenas 1 (uma) alternativa responde à questão.
O formulário-resposta deverá ser preenchido conforme as instruções contidas no próprio formulário,
devendo ser assinado apenas no espaço reservado para esse fim.
 A redação deverá ser redigida no formulário próprio, conforme instruções contidas na página 8 deste caderno.
 Não será permitido emprestar ou pegar emprestado qualquer tipo de material durante a realização da
prova.
ATENÇÃO!
 O tempo de duração da prova é de 3 (três) horas e INCLUI o preenchimento do formulário-resposta e do
formulário de redação.
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A interpretação das questões faz parte da prova.
Este caderno será obrigatoriamente devolvido ao aplicador ao final da prova. O(a) candidato(a) deverá apenas
destacar a contracapa, na qual se encontra o rascunho do gabarito, que não poderá ter nenhuma anotação extra.
A devolução dos formulários e do caderno de prova ao aplicador é de inteira responsabilidade do candidato.
Qualquer irregularidade deverá ser comunicada ao aplicador.
PROCESSO SELETIVO CURSOS A DISTÂNCIA – UFLA
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA (QUESTÕES 1-20)
INSTRUÇÃO: Leia o texto I para responder às questões 1 a 6
TEXTO I
HÁ LIMITE PARA O HUMOR?
[...] na ânsia de fazer sucesso, muitos humoristas perdem o respeito à dignidade humana.
[...] Para mim, levanta uma questão maior: programas de humor têm o direito de invadir a intimidade ou de
mexer com a dignidade de uma pessoa?
Eu já fui entrevistado diversas vezes pelo Pânico na TV. E me diverti em todas elas. Entro na brincadeira. Faço
farra. [...]
Nem todo mundo é assim. A atriz Carolina Dieckmann sentiu necessidade de proteção judicial para preservar
sua intimidade. O jornalista Zeca Camargo tem sido alvo constante de investidas e de brincadeiras que atingem até
mesmo sua vida profissional. Um programa de humor deve usar táticas de guerrilha e agressão? Encostar a famosa ou
famoso contra as cordas, para extrair algumas gargalhadas de uma situação ridícula?
E se tem gente achando isso tudo engraçado, o problema é mais profundo. É uma crise de cidadania.
Não sou, nunca serei a favor da Censura. Luto contra a Classificação Indicativa que mutila as novelas. [...] São eles,
os próprios humoristas, diretores de programas, roteiristas que devem refletir, na minha opinião. Do ponto de vista
ético, é correto o que estão fazendo? Na Revolução Francesa, surgiu a máxima de que “a liberdade de um acaba quando
começa a do próximo”. Isso foi no século XVIII. Estamos no XXI. Não está na hora de saber o que a frase significa?
CARRASCO, Walcyr. Há limite para o humor? Disponível em: http://colunas.revistaepoca.globo.com/walcyrcarrasco/
Acesso em 13/02/2012. (Fragmento)
QUESTÃO 1
No texto I, o autor:
(A) defende um ponto de vista sobre a relação entre humor e respeito.
(B) critica personalidades que não se envolvem em atividades humorísticas.
(C) narra um episódio engraçado em que o autor esteve envolvido.
(D) critica as pessoas que impõem um limite para o humor.
QUESTÃO 2
No trecho “Nem todo mundo é assim.” (linha 6), o termo sublinhado refere-se à capacidade de se:
(A)
(B)
(C)
(D)
indignar ao ser criticado na vida profissional.
divertir ao ser entrevistado por humoristas.
expor ao ser submetido a situações corriqueiras.
revoltar ao buscar proteção judicial.
QUESTÃO 3
No trecho, “...brincadeiras que atingem até mesmo sua vida profissional.” (linhas 7 e 8), o termo sublinhado tem o
sentido de
(A) exclusão.
(D) inclusão.
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(B) comparação.
(C) consequência.
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QUESTÃO 4
“E se tem gente achando isso tudo engraçado, o problema é mais profundo.” (linha 10). No texto, a expressão isso tudo refere-se à
(A)
(B)
(C)
(D)
crise de cidadania e de identidade.
atitude favorável à censura.
dignidade humana na mídia.
atitude de agressão e de ridicularização.
QUESTÃO 5
A expressão “encostar a famosa ou famoso contra as cordas” (linhas 8 e 9) significa colocar a celebridade em situação
(A) constrangedora.
(B) divertida.
(C) inovadora.
(D) esperada.
QUESTÃO 6
O articulista, ao afirmar “Não está na hora de saber o que a frase significa?” (linha 14), ele
(A)
(B)
(C)
(D)
enfatiza a importância de se colocar em prática a máxima da Revolução Francesa.
aponta que, por ser na Europa, a Revolução Francesa não teve influências no Brasil.
expressa ponto de vista contrário a qualquer liberdade, concordando com a máxima da Revolução Francesa.
expressa ponto de vista contrário a qualquer liberdade, discordando da máxima da Revolução Francesa.
INSTRUÇÃO: Leia o texto II para responder às questões 7 a 9
TEXTO II
POLITICAMENTE CORRETO CHEGA A SER IMORAL, DIZ PONDÉ
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COMO NASCE O POLITICAMENTE CORRETO?
O politicamente correto nasce quase como uma necessidade de educação doméstica. Nasce do fato de que, num
determinado momento nos EUA, você começa a ter pessoas, por exemplo, como os negros circulando em restaurantes aonde
brancos iam. E aí você [branco] precisa saber se comportar e parar de falar besteiras no sentido de ser inadequado. [...]
O politicamente correto acabou se transformando numa espécie de censura. Na vida acadêmica acabou se
transformando numa espécie de lobby para eliminar pessoas que não concordam com aquelas que têm poder institucional. No
fundo se transformou numa espécie de patrulha. E, nesse sentido, me [parece] bastante imoral.
POLITICAMENTE CORRETO EDUCOU OS COSTUMES?
Quando você me pergunta se não acho interessante educação para a diversidade, eu acho. Minha dúvida é se isso só
é conseguido pelo politicamente correto. Conheço pessoas que estão longe disso, que convivem razoavelmente com diferentes
e não foi o politicamente correto que causou isso.
Eu vejo o politicamente correto como uma máquina de controle do pensamento em determinadas instâncias públicas.
É assim que se move dentro da universidade.
Não tenho certeza se você precisa alterar livros de literatura para conseguir uma reflexão razoável para o racismo.
A conclusão de que os ganhos que tivemos com o politicamente correto não me parece que seja uma conclusão
evidente. Minha impressão também é que os atores que praticam o politicamente incorreto normalmente se aproximam
muito de práticas que chamamos de fascistas, no sentido de controle de pensamento.
PONDÉ, Luiz Felipe. Politicamente correto chega a ser imoral, diz Pondé.
Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/996622-politicamente-correto-chega-a-ser-imoral-diz-ponde.shtml.
Acesso em 13/02/2012. (Fragmento)
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O filósofo Luiz Felipe Pondé, colunista da Folha desde 2008, tornou-se uma espécie de porta-voz do “politicamente
incorreto”. “Há espaço para falar dos limites do politicamente correto. Há uma onda, e reconheço que, de certa forma, faço
parte dela.”
Pondé participou de sabatina Folha/UOL. Leia alguns trechos dessa sabatina.
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QUESTÃO 7
“E, nesse sentido, me [parece] bastante imoral.” (linha 11). Pelo uso do termo sublinhado infere-se que o
entrevistado
(A)
(B)
(C)
(D)
concorda com o politicamente correto.
censura as universidades que têm poder institucional.
equipara o politicamente correto a uma vigilância.
alerta as pessoas que são politicamente corretas.
QUESTÃO 8
“Quando você me pergunta se não acho interessante educação para a diversidade, eu acho.” (linha 13). O verbo
achar possui o sentido de
(A) encontrar.
(B) descobrir.
(C) julgar.
(D) identificar.
QUESTÃO 9
“Minha dúvida é se isso só é conseguido pelo politicamente correto.” (linhas 13 e 14). Com relação a essa
argumentação, a palavra só expressa
(A) uma restrição total ao argumento que o politicamente correto é causa da educação para a diversidade.
(B) uma restrição parcial ao argumento que o politicamente correto é consequência da educação para a diversidade.
(C) uma restrição total ao argumento que o politicamente correto é consequência da educação para a diversidade.
(D) uma restrição parcial ao argumento que o politicamente correto é causa da educação para a diversidade.
INSTRUÇÃO: Leia o texto III para responder às questões 10 e 11.
TEXTO III
Não é fácil ser engraçado. Mais difícil ainda é não sair do trilho ao caminhar por algumas fronteiras tênues
desse universo. Para fazer rir, é preciso ir além do que prega o senso comum. Em vários momentos, desafiar a patrulha
politicamente correta. [...]
Dentro da nova geração do humor brasileiro, boa parte dela formada por talentos surgidos nos palcos
paulistanos ou nos programas de TV produzidos por aqui, muitos parecem não ter aprendido ainda a lição mais básica
do seu ofício. Para essa turma, é engraçado fazer troça de autistas, de vítimas do holocausto ou das minorias, para citar
apenas alguns exemplos recentes. [...]
Entre os humoristas daqui, impera o velho discurso da liberdade de expressão. E o raciocínio de que a própria
graça da piada (ou ausência dela) dá a medida do que deve ser dito ou não. “Acho absurdo usarem o argumento da
liberdade de expressão como justificativa para esse tipo de piada. Não foi para isso que pessoas morreram pela
democracia”, diz o escritor, dramaturgo e jornalista Marcelo Rubens Paiva. “Grosseria não é um elemento de humor, é
uma questão equivocada de ignorância histórica, de não saber os limites do que é engraçado.”
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PAIXÃO, Osmar. Disponível em http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2237/rafinha-bastos-comediante-acha-engracado.
Acesso em 13/02/2012 (Fragmento)
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QUESTÃO 10
No trecho “Entre os humoristas daqui, impera o velho discurso da liberdade de expressão.” (linha 8). Nesse
trecho, o adjetivo velho, ligado à palavra discurso expressa:
(A)
(B)
(C)
(D)
concordância com o argumento utilizado pelo discurso dos humoristas brasileiros.
desacordo com o argumento utilizado pelo discurso de alguns humoristas brasileiros.
inovação do argumento dos humoristas brasileiros em relação a seu ofício.
pouca representatividade desse argumento entre os humoristas brasileiros.
QUESTÃO 11
A crítica do jornalista Marcelo Rubens Paiva, citada no texto do articulista Osmar Paixão (linhas 11 e 12), enfoca
(A)
(B)
(C)
(D)
o respeito à noção de limites jurídicos contida em piadas grosseiras.
a falta de noção de limites éticos contida em piadas inteligentes.
a falta de noção de limites éticos contida em piadas grosseiras.
o respeito à noção de limites jurídicos contida em piadas inteligentes.
INSTRUÇÃO: Considere o texto IV para responder às questões 12 a 14.
TEXTO IV
ENTREVISTA: JÔ SOARES: “CHEGA DE CONTROLE POLITICAMENTE CORRETO”
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O comediante mais bem-sucedido do Brasil defende o humor escrachado, diz que o stand-up é velho e se afirma
“escritor anarquista”
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Jô Soares tornou-se nos últimos 22 anos o maior entrevistador da televisão brasileira.
Na semana passada, ele inverteu os papéis e recebeu ÉPOCA em seu apartamento em São Paulo para uma
entrevista.
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ÉPOCA – O senhor escreveu um livro sobre um assassino que persegue e mata gordas no Rio de Janeiro da década de
1930. O que o senhor conta a seus leitores além de uma instigante trama policial?
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JÔ SOARES – É o registro do Rio de Janeiro em 1938, Capital da República, dentro de uma ditadura, com as garras do
poder sempre presentes e com um delegado absolutamente contra isso, um verdadeiro anarquista. É fundamentalmente
um livro de humor, apesar de o assunto ser o mais gótico possível. O humor permite isso. É um livro politicamente
incorreto. Chega desse controle politicamente correto. Meu livro é uma posição anarquista diante de qualquer poder.
Com muita graça e com muito sangue.
Rafael Pereira
14 ÉPOCA – Muito se fala sobre os limites do humor. Recentemente, o comediante Rafinha Bastos foi tirado do ar no
15 programa CQC por ter feito piada com uma cantora grávida. Se fizer rir, todo assunto pode virar piada?
16 JÔ SOARES – Acho que o humor não tem limite, mas grosseria tem. Se for engraçado, o humor está perdoado. Ninguém pode
17 se censurar. Não pode existir um critério sobre o que é permitido e o que não é permitido no humor. Quem vai identificar o que
18 é ou não humor? Só não é permitido quando não tem graça, porque deixa de ser humor. Da grosseria não se ri.
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PEREIRA, Rafael. Chega de controle politicamente correto.
Disponível em http://revistaepoca.globo.com/ideias/noticia/2011/10/jo-soares-chega-de-controle-politicamente-correto.html.
Acesso em 13/02/2012. (Fragmento)
PROCESSO SELETIVO CURSOS A DISTÂNCIA – UFLA
QUESTÃO 12
A análise das estratégias linguísticas empregadas na entrevista permite concluir que o texto apresenta
(A)
(B)
(C)
(D)
uso de gírias.
repetições desnecessárias.
marcas de oralidade.
padrão formal culto.
QUESTÃO 13
A finalidade da entrevista apresentada é
(A)
(B)
(C)
(D)
denunciar os exageros do humor politicamente incorreto.
analisar os fatos divulgados na mídia sobre o politicamente correto.
expor um ponto de vista sobre o humor politicamente incorreto.
descrever um cenário midiático que apregoa o humor politicamente correto.
QUESTÃO 14
Compare os seguintes trechos do texto III e do texto IV.
TRECHO I
“Acho absurdo usarem o argumento da liberdade de expressão como justificativa para esse tipo de piada. Não foi para isso
que pessoas morreram pela democracia”, diz o escritor, dramaturgo e jornalista Marcelo Rubens Paiva. “Grosseria não é um
elemento de humor, é uma questão equivocada de ignorância histórica, de não saber os limites do que é engraçado.”
(Texto III)
TRECHO II
ÉPOCA – Muito se fala sobre os limites do humor. Recentemente, o comediante Rafinha Bastos foi tirado do ar no
programa CQC por ter feito piada com uma cantora grávida. Se fizer rir, todo assunto pode virar piada?
JÔ SOARES – Acho que o humor não tem limite, mas grosseria tem. Se for engraçado, o humor está perdoado. Ninguém pode se
censurar. Não pode existir um critério sobre o que é permitido e o que não é permitido no humor. Quem vai identificar o que é ou
não humor? Só não é permitido quando não tem graça, porque deixa de ser humor. Da grosseria não se ri.
(Texto IV)
É CORRETO afirmar que ambos exprimem
(A)
(B)
(C)
(D)
pontos de vista semelhantes, mas o trecho II inclui um elemento político do Brasil.
pontos de vista diferentes, já que o trecho I não menciona aspectos históricos do Brasil.
pontos de vista semelhantes, mas o trecho I inclui elementos políticos e históricos do Brasil.
pontos de vista diferentes, já que o trecho II não menciona um elemento histórico do Brasil.
QUESTÃO 15
o indivíduo precisa se ajustar às normas sociais, sob risco de exclusão.
o sujeito não precisa se adaptar às normas vigentes na sociedade.
as normas sociais não devem ser observadas porque são inúteis.
as pessoas devem aceitar com passividade as normas da sociedade.
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(A)
(B)
(C)
(D)
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“Teoria do Medalhão” está contido no livro Papéis Avulsos, de Machado de Assis. O tom engraçado do enredo,
pressupõe-se a seguinte crítica:
PROCESSO SELETIVO CURSOS A DISTÂNCIA – UFLA
INSTRUÇÃO: Considere o seguinte Poema de Álvares de Azevedo para responder às questões 16 e 17.
É ELA! É ELA! É ELA! É ELA!
É ela! é ela! – murmurei tremendo,
E o eco ao longe murmurou – é ela!...
Eu a vi... minha fada aérea e pura,
A minha lavadeira na janela!
Dessas águas-furtadas onde eu moro
Eu a vejo estendendo no telhado
Os vestidos de chita, as saias brancas...
Eu a vejo e suspiro enamorado!
Esta noite eu ousei mais atrevido
Nas telhas que estalavam nos meus passos
Ir espiar seu venturoso sono,
Vê-la mais bela de Morfeu nos braços!
Como dormia! que profundo sono!...
Tinha na mão o ferro do engomado...
Como roncava maviosa e pura!
Quase caí na rua desmaiado!
[...]
AZEVEDO, Álvares de. É ela! É ela! É ela! Disponível em http://www.bibvirt.futuro.usp.br.
Acesso em 13/02/2012. (Fragmento)
QUESTÃO 16
Álvares de Azevedo pertence à Segunda Geração dos poetas do romantismo, também chamada de ultrarromântica.
Entretanto, sua poética tende a se distanciar dos ideais da escola romântica brasileira. Isso pode ser visto no poema
por meio da
(A)
(B)
(C)
(D)
incapacidade de falar sobre o amor.
subversão da ideia de musa inspiradora.
demonstração de uma conquista amorosa fácil.
relação entre a amada e outras musas da literatura.
QUESTÃO 17
O “eu lírico” do poema é antirromântico porque:
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apaixona-se por uma moça idealizada.
sobe no telhado para espiar o sono da amada.
admira sua amada da janela dele.
compara sua amada a uma fada pura.
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(A)
(B)
(C)
(D)
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QUESTÃO 18
O conto “Vestida de Preto”, de Mário de Andrade, aborda o amor entre Juca e Maria, subitamente interrompido por
Tia Velha que descobre e condena o erotismo nascente na relação juvenil. Sobre o conto, é CORRETO afirmar que
(A)
(B)
(C)
(D)
Juca e Maria percebem que o beijo pode ser “feio”.
Juca e Maria sabem, de antemão, que o beijo é “feio”.
Tia Velha demonstra apenas querer o bem do casal.
Tia Velha age respaldada em valores progressistas.
QUESTÃO 19
Em relação ao conto de Mário de Andrade, é CORRETO afirmar que o grande conflito
(A) está no antagonismo entre Tia Velha e o jovem casal.
(B) reside no papel erótico desempenhado por Maria.
(C) situa-se na passagem da infância para a adolescência.
(D) localiza-se no espaço interior do narrador.
QUESTÃO 20
“Noite do Almirante” é considerado pela crítica machadiana como um dos grandes contos de Machado de Assis.
Nele, é narrada a história do amor entre Genoveva, moça simples, e Deolindo, um marinheiro.
Durante uma longa viagem de Deolindo, Genoveva encontra um novo amor e entrega-se a ele. Sobre essa
escolha de Genoveva é CORRETO afirmar que é
(A) interesseira, pois o amor só acontece uma vez na vida.
(B) antirromântica, já que não confirma a imortalidade de um amor.
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(C) imoral, visto que não é compatível com a moralidade oitocentista.
(D) subversiva, porque pretende desestabilizar o papel masculino.
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REDAÇÃO
INSTRUÇÕES
 A redação deverá ser feita OBRIGATORIAMENTE a caneta de tinta azul ou preta e ser desenvolvida no
formulário próprio. O espaço neste caderno poderá ser usado SOMENTE como rascunho.
 Receberá nota 0 (zero) a redação feita a lápis ou com caneta que não de tinta azul ou preta ou que
contiver qualquer forma de identificação (assinatura fora do espaço reservado para esse fim, rubrica,
pseudônimos, desenhos, mensagens, números de inscrição ou de documentos ou quaisquer sinais que
possam identificá-lo, etc.). O formulário de redação deverá ser assinado APENAS no espaço reservado
para esse fim.
 Atenção para o TEMA e o GÊNERO TEXTUAL solicitado.
 Dê um título ao seu texto.
Leia atentamente os fragmentos abaixo: o primeiro e o segundo, retirados dos textos constantes nesta prova e o
terceiro, um artigo da Constituição Federal.
O politicamente correto acabou se transformando numa espécie de censura. Na vida acadêmica acabou se
transformando numa espécie de lobby para eliminar pessoas que não concordam com aquelas que têm poder
institucional. No fundo se transformou numa espécie de patrulha. E, nesse sentido, me [parece] bastante imoral.
Pondé
Entre os humoristas daqui impera o velho discurso da liberdade de expressão. E o raciocínio de que a própria
graça da piada (ou ausência dela) dá a medida do que deve ser dito ou não. “Acho absurdo usarem o argumento
da liberdade de expressão como justificativa para esse tipo de piada. Não foi para isso que pessoas morreram
pela democracia”, diz o escritor, dramaturgo e jornalista Marcelo Rubens Paiva. “Grosseria não é um elemento
de humor, é uma questão equivocada de ignorância histórica, de não saber os limites do que é engraçado.”
Osmar Paixão
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
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Tendo como referência os textos da prova de Língua Portuguesa, a leitura dos fragmentos acima e, tomando
como público-alvo leitores escolarizados, redija um ARTIGO DE OPINIÃO que discuta os limites do humor
entre a liberdade de expressão e o respeito aos direitos individuais.
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
[...]
III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material,
moral ou à imagem;
[...]
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação independentemente de
censura ou licença;
[...]
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Prova - UFLA