34816 Sexta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS com uma série de medidas, mas nunca legalizando um crime, que é o aborto. Hoje, na Comissão de Seguridade Social e Família, numa sessão polêmica de quase 4 horas, mais uma vez, voltou a tramitar nesta Casa o Projeto 1.135, de 1991, que legaliza o aborto no Brasil e que há 16 anos estamos resistindo para não ver aprovado, pois é um retrocesso medieval no País. E de novo está tramitando. Essa foi a primeira audiência deste ano. Em 2005, foi inaugurada a Frente Parlamentar em Defesa da Vida – Contra o Aborto, que hoje tem 209 Parlamentares e que tenho a honra de coordenar e presidir. Nós conseguimos reverter uma tendência naquela Comissão. Em 2005, por um voto de diferença, o projeto voltou ao arquivo, que é onde deve ficar. Majoritariamente, o povo brasileiro é contra o aborto. Aborto não é solução de nada. Aborto é agravamento de problema. Então, é uma pena que o Presidente Lula tenha adotado a pior postura para um governante quanto a esse assunto: lavar as mãos. Lula tinha de assumir. S.Exa. diz que é contra o aborto, mas... mas... mas... Não tem que ter “mas”. Essa é uma questão séria, grave e não se podem ter posturas tímidas, duvidosas. Portanto, Sr. Presidente, sinto-me honrado ao fazer esse projeto tramitar. Deveria ser papel do Ministério não pensar na pílula do dia seguinte como solução, como também não deveria ser do Ministério ação que desobriga as mulheres vítimas de estupro a apresentarem queixa, pois essa é uma maneira indireta de facilitar o aborto. São todas medidas negativas do nosso Ministério da Saúde, que têm de ser criticadas amplamente. Sou do PT. Sofro, em meu Estado, a Bahia, processo na Comissão de Ética para me expulsarem do partido. Não estou preocupado com isso, pois essa questão está acima da política. É em defesa da vida. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado Luiz Bassuma, sempre defendendo a vida, assim como nós. PARECERES PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO N° 272-C, DE 2000 Redação Para o Segundo Turno de Discussão da Proposta de Emenda a Constituição n° 272-B, DE 2000, que dá nova redação à alínea c do inciso I do art. 12 da Constituição e acrescenta artigo ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, assegurando o registro nos consulados de brasileiros nascidos no estrangeiro. As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Cons- Julho de 2007 tituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto Constitucional: Art. 1º A alínea c do inciso I do art. 12 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação: ”Art.12. ................................................. .............................................................. “I – ....................................................... ” “c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente, ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;” (NR) “............................................................ ” Art. 2º É incluído o art. 95 no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias com a seguinte redação: “Art. 95. Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data da promulgação desta Emenda Constitucional, filhos de pai brasileiro ou mãe brasileira, poderão ser registrados em repartição diplomática ou consular brasileira competente, ou em ofício de registro, se vierem a residir na República Federativa do Brasil.” (NR) Sala da Comissão, 4 de julho de 2007. – Deputado Carlito Merss, Presidente – Deputada Rita Camata, Relatora. PARECER DA COMISSÃO A Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 272-A de 2000, do Senado Federal, que “dá nova redação à alínea c do inciso I do art. 12 da Constituição e acrescenta artigo ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, assegurando o registro nos consulados de brasileiros nascidos no estrangeiro”, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou a redação para o segundo turno de discussão, na conformidade com a redação do vencido, proposta pela Relatora, Deputada Rita Camata. Participaram da votação os Deputados Carlito Merss – Presidente, Rita Camata – Relatora, Bruno Araújo, Claudio Diaz, Nilson Mourão, Pedro Wilson, Ronaldo Cunha Lima e Takayama – titulares; Eduardo Lopes, Jair Bolsonaro e Maria do Rosário – suplentes. Sala da Comissão, 4 de julho de 2007. – Deputado Carlito Merss, Presidente – Deputada Rita Camata, Relatora.