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É velho, mas está novo: retrofit e requalificação urbana
Programa Falando em dinheiro, coluna
“Minha cidade, meu jeito de morar e investir”
Rádio Estadão ESPN
Qual é a mudança mais rápida e barata que alguém pode fazer
para atualizar uma casa ou apartamento mais antigo? Uma demão de
tinta é ótima para resolver o problema de um cômodo datado, mas essa
máscara estética é pouco eficaz quando se tratam de imóveis que já
viram tempos melhores. A beleza, nesse caso, precisa vir de dentro.
Um imóvel antigo tem diversas vantagens, principalmente
quando localizado nas regiõs centrais das cidades. Geralmente é mais
espaçoso e em áreas privilegiadas, já que a região se desenvolve ao
redor dele em direção às periferias. No Centro de São Paulo, por
exemplo, há vários: edifícios abandonados ao lado de novos prédios
de escritórios e apartamentos, “ocupando espaço” e desvalorizando a
vizinhança. A solução para trazer esses imóveis para o século XXI sem
perder sua importância histórica e seu charme original é o retrofit.
Na construção civil, reabilitação ou requalificação por
retrofit é a reforma estrutural de imóveis deteriorados; a revitalização e a
atualização das construções para estender sua vida útil. É diferente
da restauração - que recupera o imóvel à sua condição original – e
da reforma, que geralmente descaracteriza a construção. As obras
atualizam a estrutura com troca das instalações hidráulicas e elétricas e
o acréscimo de equipamentos que deixam o prédio mais atrativo para o
mercado, como elevadores, ar condicionado central e redes de telefonia
e internet. Apenas o esqueleto permanece intacto, já que a fachada
passa por uma restauração para recuperar sua condição original.
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É VELHO, MAS ESTÁ NOVO: RETROFIT E REQUALIFICAÇÃO URBANA
É velho, mas está novo: retrofit e
requalificação urbana
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O retrofit é uma modalidade construtiva bastante rotineira nos
países desenvolvidos. Na Europa, 50% das obras já são constituídas
hoje por reformas e reabilitações. Na França e na Itália, este índice sobe
para 60%. Mas por que é mais negócio que derrubar o imóvel velho e
construir um novo no lugar?
Primeiro, porque acabar com as construções antigas
descaracteriza a cidade. Já ouviu alguém falar em como Buenos Aires
ou Montevidéu são tão charmosas? O apelo dessas capitais hermanas é
principalmente arquitetônico: os edifícios antigos criam uma atmosfera
diferente da que estamos acostumados por aqui.
Outra grande razão para adotar o retrofit alegra também o
investidor. O custo de uma obra com retrofit é no mínimo 40% mais
baixo que o de uma construção convencional, e o retorno para o
construtor chega a 30%. Além disso, o resultado pode ser conferido
mais rapidamente, já que a transformação leva em média apenas um
ano, contra os dois, três ou mais anos usuais para se terminar uma obra
começada do zero.
As vendas também tendem a acontecer mais depressa: como o
Centro tem seu potencial construtivo praticamente esgotado – afinal,
o desenvolvimento que deu a São Paulo o título de capital econômica
do Brasil começou ali –, incorporadoras, construtoras e imobiliárias
não têm terrenos disponíveis para construir. E, de acordo com dados
do Censo de 2010, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), a região é cada vez mais requisitada. São Paulo
tem 353 mil imóveis vazios, sendo que apenas 33.272 localizam-se no
Centro. Uma diferença considerável em relação aos 104.946 imóveis
que estão vagos na zona Sul da cidade.
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É VELHO, MAS ESTÁ NOVO: RETROFIT E REQUALIFICAÇÃO URBANA
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EDIFÍCIO MARAMBAIA GANHOU VARANDAS
O prédio residencial erguido há quase 40 anos na Alameda Tietê,
nos Jardins, em São Paulo, passou por uma renovação há cinco anos.
O projeto de retrofit desenvolvido pelo arquiteto Roberto Camdusso
recuperou a fachada e acrescentou m sistema informatizado de
controle predial. Além disso, cada apartamento de 400m² ganhou
uma varanda de estrutura, o que aumentou em 40m² a área total de
cada unidade.
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É velho, mas está novo: retrofit e
requalificação urbana
Fonte: G1
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HOTEL MARIAN VIROU EDIFÍCIO DE APARTAMENTOS
O hotel Marian era um edifício em estilo art déco da década de
1940 tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional. Em 2002, as
antigas suítes foram transformadas em 82 estúdios com um
banheiro. O metro quadrado sairá por cerca de R$ 4 mil.
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Fonte: Venere
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