ENTREVISTA Juiz do Trabalho e integrante do Conselho da Escola Judicial do TRT-RS Ricardo Carvalho fraga 1. Qual a importância de debater o papel do CNJ para os servidores do Judiciário nesta Plenária Estadual? É oportuno e relevante todo debate sobre o CNJ e demais Instituições do País. O conhecimento permite a melhor harmonia e desempenho institucional de todos. 2. Como o Sr. avalia a atuação do CNJ em relação aos servidores, nos mais diversos temas que são levados ou chegam ao Conselho, relacionado aos servidores? O CNJ, nos temas mais ligados aos juizes, que é mais proximo de minha experiência funcional, tem atuado mais no exame dos atos administrativos dos tribunais e menos nos casos isolados, o que é salutar e preserva a independência da função jurisdicional, propriamente dita. 3. Há inúmeras críticas de diversos setores da sociedade quanto a necessidade de maior transparência no Judiciário. Em que medida o CNJ tem se omitido ou avançado em relação a esta questão? É necessária uma distinção entre as críticas da grande imprensa sobre uma suposta "falta de transparência" e algo bem distinto, que é o desejo da sociedade organizada em conhecer e interagir com o Poder Judiciário. 4. O CNJ tem cumprido seu papel de promover maior abertura e democratização do Judiciário? Para uma maior democratização do Poder Judiciário é urgente, inicialmente, a abertura de suas formas de escolhas dos seus dirigentes, hoje restrita aos integrantes dos tribunais, sem a participação nem mesmo dos juizes de primeiro grau, que são a maioria. 5. Em que aspectos ou questões o CNJ poderia ser um instrumento de atingimento ou de negociação no que diz respeito às demandas dos servidores do Judiciário brasileiro? Além das contribuições do CNJ para o aperfeiçoamento institucional, é possível o exame da construção de outros espaços mais ágeis e propositivos, talvez, o que se tem denominado de "Observatório do Judiciário", com a participação das associações de todos os operadores do Direito e inclusive do meio acadêmico.