Minhas irmãs e meus irmãos em Jesus Cristo: Muito me honra e me alegra o convite que fizeram para que eu estivesse aqui hoje. Em se tratando da celebração de 25 anos da presença do MCC aqui em Batalha, no âmbito da Diocese de Palmeira dos Índios, não poderia deixar de estar presente. Recebi este convite das mãos da coordenadora do GED daqui, Maria Liete, por ocasião de nossa AR que ocorreu em Recife no último mês de abril. Esta é a terceira vez que frequento esta casa. Na primeira, em 2005, ocorreu a 22º AR do NE 2, oportunidade que houve uma grande festa pelo aniversário de 25 anos de ordenação sacerdotal de nosso querido Pe. Josevel, hoje Mons. Josevel e, também, houve a eleição do novo GER, saindo nosso irmão Dario, da diocese de Maceió, e assumindo nosso outro irmão José Ataíde, da diocese de Campina GrandePB. Naquela oportunidade contamos com a presença dos coordenadores do OMMC, Francisco Coutinho, e do GEN, Antônio Carlos Salomão. Na segunda vez, em 2010, vimos aqui falar da celebração do Jubileu do MCC, pelos 50 anos de presença do Movimento no Brasil. Antes da palestra houve uma concorrida celebração eucarística conduzida pelo jovem padre Elivaldo, pois Pe. Josevel encontrava-se em Maceió, tratando de sua de saúde. 25 anos não são 25 meses e nem 25 dias. Chega a ser uma geração. A caminhada embora longa, não pode parar. Mas celebrar é preciso. E estamos aqui irmanados para comemorar uma caminhada vitoriosa. Neste período muitas pessoas fizeram o cursilho, teve seu encontro pessoal com Jesus Cristo, e responderam: sim Senhor, conto com sua Graça. Alguns se integraram ao dia a dia do Movimento se organizando e promovendo escolas, ultreias, retiros, eventos litúrgicos, assembleias, enfim fazendo o Movimento se movimentar. Outras voltaram aos seus ambientes, participam dos eventos do Movimento e, esperamos, cumprem sua missão de cristão leigo em suas realidades temporais, fazendo-se Igreja no mundo. Somos um Movimento eclesiológico, portanto formado por cristãos leigos e ordenados, todos responsáveis pelo anuncio da Boa Nova do Reino de Deus, trazido a nós por Jesus Cristo a partir do maior gesto de amor que a humanidade já viu. O Pai tem um Plano e envia seu filho entre nós para anunciá-lo. Um Plano de amor, fraternidade e justiça para todas as criaturas. Jesus retorna ao Pai e deixa o Espírito Santo para soprar nossos ouvidos, inspirar nossas mentes e tocar nossos corações. O cursilho tem sido marca de mudança de vida de muitas pessoas. Ouço relatos que evidenciam o diferencial entre “o antes e o depois” da experiência de participar de um cursilho. Muitos se sentem resgatados e revalorizados pela Igreja. Muitos entenderam o cursilho como a partida para sua conversão pessoal e divina, rumo a uma vida cheia de sentido. A graça de Deus, o seu Reino e seguimento de Jesus passaram então a ser as referências para se alcançar a felicidade. Entendida a vocação do cristão leigo em suas realidades temporais, o cursilhista assume o carisma e a metodologia de ação do MCC, adotando-os na sua missão de evangelização dos ambientes que vivem, a todo tempo. O cursilhista, pela vivência de sua fé, por palavras e testemunhos de vida provocam mudanças em seus ambientes, tornando presentes os valores do Reino e as práticas de vida de Jesus, expressas nos evangelhos. Eis o compromisso assumido pelos cursilhistas de Batalha e Santana de Ipanema. E, a celebração desse encontro de 25 anos, dá bem a dimensão e testemunho dos quantos que, após participarem de um cursilho, se tornaram discípulos missionários de Cristo. O MCC de Batalha muito deve ao Pe. Josevel, que participou do cursilho ainda como seminarista em Recife, e aqui chegando não descansou enquanto não implantou o Movimento nesta cidade: em 1989 (há 25 anos) realizaram-se o primeiro cursilho masculino e primeiro cursilho feminino de três dias em Batalha. Também não devemos esquecer do Mons. Luiz Ferreira Neto, que já está junto ao Pai, na época assessor eclesiástico do GED de Palmeira dos Índios, assim como, também, agradecer a diversos irmãos cursilhistas de diocese de Palmeira, que muito contribuíram para a implantação do cursilho nesta cidade. Passados 10 anos elegeuse o primeiro grupo coordenador do Movimento tendo à frente Manoel Dantas (nosso Manoelzinho) e sua esposa Maria da Graças, e como assessor eclesiástico, nomeado pelo Bispo da Diocese, nosso querido Pe. Josevel, que nunca deixou de amparar, estar presente, orientar e animar a caminhada dos cursilhistas. Hoje os Setores Pastorais II, Batalha, e III, Santana de Ipanema, da diocese de Palmeira dos Índios, conta com cerca de 2 mil cursilhistas espalhados por, além de Batalha e Santana de Ipanema, por Jacaré dos Homens, Manteirópolis, Major Isidoro, Belo Monte, Cacimbinhas, Jaramataia, Minador do Negrão, entre outras cidades e comunidades da região. Finalmente, queremos louvar a Deus pela graça que nos proporcionou a todos, tornando presente o MCC nestas terras do sertão alagoano, pedindo a Êle que nos proteja e nos garanta a luz do Espírito Santo, para continuarmos a caminhada de cristãos ardorosos e alegres, como discípulos e missionários de Cristo, na busca eterna da implantação do seu Reino entre todas as criaturas. (Luiz Alberto Teixeira – coordenador do GER NE2, em 11 de outubro de 2014)