Furtado, J.S. 2003. Gestão como responsabilidade socioambiental. Temas e ações de RSA. Texto de livre acesso e uso, desde que citada a fonte. Sujeito a revisões e modificações, sem pág. 1 de 10 aviso prévio. Versão mar 2003. ____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ João S. Furtado [email protected] site em parceria com Teclim www.teclim.ufba.br/jsfurtado Gestão como responsabilidade socioambiental • Temas e ações com Responsabilidade Socioambiental São Paulo - Março 2003 Furtado, J.S. 2003. Gestão como responsabilidade socioambiental. Temas e ações de RSA. Texto de livre acesso e uso, desde que citada a fonte. Sujeito a revisões e modificações, sem pág. 2 de 10 aviso prévio. Versão mar 2003. ____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Gestão como responsabilidade socioambiental reúne textos de livre acesso e uso, para organizações e pessoas interessadas em Responsabilidade Socioambiental (RSA), do ponto de vista da produção e consumo de bens e serviços sustentáveis. Por simplicidade, os temas poderão ser referidos como capítulos, mas são blocos independentes e não numerados, que poderão receber revisões, inclusões ou reordenações. Temas abordados Visão e motivações & Gestão e planejamento estratégico socioambiental Desenvolvimento Sustentável & comunidade Indicadores de sustentabilidade & de ecoeficiência A empresa e a sociedade Princípios de RSA, Códigos de conduta & Capacitação para RSA Ferramentas e tecnologias socioambientais Temas e ações com RSA Furtado, J.S. 2003. Gestão como responsabilidade socioambiental. Temas e ações de RSA. Texto de livre acesso e uso, desde que citada a fonte. Sujeito a revisões e modificações, sem pág. 3 de 10 aviso prévio. Versão mar 2003. ____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ TEMAS E AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS As estratégias e iniciativas de RSA de sucesso são conduzidas por pessoas que - por diferentes motivações procuram expandir as relações entre as atividades de suas organizações e os diferentes agentes interessados - os stakeholders . Neste caso, o propósito é ampliar o poder de influência e consolidar a presença da organização no setor em que atua. Apesar de inúmeros casos de sucesso, não há respostas inequívocas porque poucas corporações destinam poucos recursos ao engajamento social1. A Internet permite identificar e examinar o conteúdo de várias organizações envolvidas no assunto, em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil. Revela que o tema é motivo de estudos acadêmicos sob inúmeros aspectos. As candidaturas ao Prêmio Ethos Valor de responsabilidade social, no Brasil, permite identificar as diferentes origens dos concorrentes2. Revisões conceituais, de caráter bibliográfico3 constituem ferramentas importantes, pois, permitem identificar a origem de idéias e as correlações entre hipóteses acadêmicas e conduta nas organizações praticantes. As informações sobre as Organizações Sociais e a RSA das organizações têm sido focos de interesse crescente no Brasil4 . A coletânea de textos sobre as contribuições das instituições de ensino e pesquisa no Brasil5 oferece grande número de abordagens e conceitos, sob a proposta de estabelecer as relações entre discurso e prática em responsabilidade social das empresas. Vários núcleos acadêmicos brasileiros tratam do tema. O CEATS Centro de Estudos em Administração do Terceiro Setor serve de exemplo, devendo ser mencionada a existência de outros semelhantes, em unidades pedagógicas do país. A criação do CEATS em 1998 na FEA/USP, com suporte da FIA Fundação Instituto de Administração6, coincide com a infância desse tipo de abordagem, no Brasil. Cursos e projetos acadêmicos são também oferecidos por outros núcleos universitários brasileiros7, como o CETS - Centro de Estudos do Terceiro Setor, da FGV - EAESP8 . 1 Weiser, J. & Zadek, S. 2000. Conversations with disbelievers, 128 pp. www.conversations-withdisbelievers.net 2 http://www.valoreconomico.com.br/parceiros/ethos/index.html - Concurso Nacional para Estudantes Universitários sobre Responsabilidade Social das Empresas 3 . http://www.rits.org.br/rets/re_opiniao.cfm Patricia Almeida Ashley (IAG/PUC-Rio), Renata Buarque Goulart Coutinho (IAG/PUC-Rio) e Patricia Amélia Tomei(IAG/PUC-Rio). 2000. http://planeta.terra.com.br/negocios/empresaresponsavel O Responsabilidade Social Corporativa e Cidadania Empresarial: uma análise conceitual comparativa. "Ética e Responsabilidade Social nos Negócios", São Paulo, Brasil: Editora SARAIVA, 2002 4 http://www.rits.org.br Rede de Informações para o terceiro setor. http://www.uol.com.br/aprendiz/guiadeempregos/terceiro/index.htm - http://www.terceirosetor.org.br http://www.filantropia.org/calendario - http://www.academiasocial.org.br http://www.interlegis.gov.br/cidadania - http://www.ibase.org.br http://www.socinfo.org.br/grupos/acoes_concretas/universalizacao/bots 5 Patrícia A. Ashley (Coordenação). 2002. Responsabilidade social das empresas. Vários autores. Ed. Peirópolis, S.Paulo, 406 pp. http://www.editorapeiropolis.org.br 6 http://143.107.92.81/Fia/admpauta/dezembro/ceats.htm 7 http://cepa.adm.ufrgs.br/gest.htm 8 http://integracao.fgvsp.br - http://www.sp.senac.br/cct/home.htm - Furtado, J.S. 2003. Gestão como responsabilidade socioambiental. Temas e ações de RSA. Texto de livre acesso e uso, desde que citada a fonte. Sujeito a revisões e modificações, sem pág. 4 de 10 aviso prévio. Versão mar 2003. ____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ É preciso levar em conta que as ações e estudos acadêmicos refletem, em grande parte, a cultura sócio-política e econômica prevalente. Nos EUA, por exemplo, as questões acadêmicas são conduzidas em grande intimidade com os interesses das empresas com fins lucrativos, de onde vem grande parte dos recursos para sustentação de projetos. Lá, como em outros países desenvolvidos, há o contrapeso, pois, os resultados dos estudos acadêmicos e de entidades representativas do setor privado estão sob a permanente avaliação e comentários de ONGs de interesse social. O aumento do número de ONGs com status consultivo junto às agências multilaterais da ONU, envolvidas em RSA é revelador. Em 1949, eram 41. Passaram para 928 em 1991 e 2.100 em 20029. No Brasil, a interação da universidade com empresas é pequena, para não dizer rara. Nas universidades públicas os financiamentos são praticamente de origem governamental. As relações das universidades com as ONGs sociais são limitadas. Mas, não há dúvida de que a RSA é tema de grande interesse para ONGs - representativas de interesses econômicos, sociais ou ambos - da mesma forma como para Agências e Organismos Multilaterais, defensores do desenvolvimento sustentável. Todos oferecem definições para o entendimento RSA O CEATS, por exemplo, promoveu reunião, em 2001, para definir terminologias e concluiu que a "Responsabilidade Social Corporativa refere-se à postura e à prática de respeitar e promover os aspectos sociais internos e externos da empresa, harmonizando-os com suas finalidades. A RSC compreende diversas facetas, tais como: ser considerada como um compromisso contínuo, um comportamento responsável, voltar-se para a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável, observar o papel empresarial de produção de riqueza, propiciar a agregação de valor, ter harmonia ou identidade com a missão (finalidade) da empresa, levar a empresa a conscientizar-se de suas ações e seus impactos e prestar contas sobre eles". A Cidadania Corporativa foi traduzida como " a observação e respeito aos valores legais e éticos existentes na região na qual a empresa atua" . Outras definições propõem que a responsabilidade social corporativa seja entendida como " a decisão de negócios relacionada a valores éticos, conformidade com exigências legais, respeito às pessoas, comunidades e ao ambiente" , ou como " a operação de negócio de maneira a atender ou exceder as expectativas éticas, legais, comerciais e públicas, que a sociedade tem dos negócios" 10. " a abertura e transparência das práticas de negócios, baseadas em valores éticos e respeito aos empregados, comunidades e o ambiente.... com a responsabilidade de fornecer valores sustentáveis para a sociedade em geral e às partes interessadas, em particular"11 " o compromisso permanente dos negócios para comportar-se eticamente e contribuir para o desenvolvimento econômico, enquanto aprimora a qualidade de vida da força de trabalho e suas famílias, da mesma forma como a comunidade local e a sociedade em geral" 12 . 9 Tomorrow's markets. Global trends and their implications for business. UNEP, WBCSD e WRI, 33 pp. http://www.wbcsd.ch/newscenter/releases/3march02.htm 10 http://www.bsr.org/BSRLibrary/TOdetail.cfm?DocumentID=138 11 http://www.csrforum.com/csr/csrwebassist.nsf/content/a1.html 12 http://www.wbcsd.org/projects/pr_csr.htm Furtado, J.S. 2003. Gestão como responsabilidade socioambiental. Temas e ações de RSA. Texto de livre acesso e uso, desde que citada a fonte. Sujeito a revisões e modificações, sem pág. 5 de 10 aviso prévio. Versão mar 2003. ____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Fontes para idéias De modo geral, a indústria, no Brasil, privilegia ações em saúde e educação, enquanto o comércio prefere, além daquelas, arte, cultura, esportes e defesa de direitos. A existência de graves problemas em segurança, fome, miséria, má distribuição de renda e analfabetismo é interpretada como motivo para expansão da RSA das organizações13. Entretanto, o mercado brasileiro não é caracterizado pelo consumidor disposto a privilegiar produtos e empresas com RSA. A edições anuais da Revista EXAME, dedicadas à premiação de empresas com responsabilidade social, constituem fontes de ações concretamente realizadas no Brasil As organizações interessadas em implementar iniciativas de RSA poderão se inspirar em grandes temas, como os sugeridos a seguir e outros, detalhados mais à frente, os quais não esgotam as possibilidades de idéias e sugestões. • Direitos humanos, trabalho e segurança • Desenvolvimento econômico e de atividades econômicas • Padrões de negócios e governança corporativa • Promoção da saúde • Reparação de desastres para o homem • Legislação ambiental internacional: Convenção Internacional para Prevenção da Poluição por Navios Convenção sobre a Poluição Transfronteiriça do Ar Convenção de Basiléia - Movimento Transfronteiriço de Resíduos Perigosos Protocolo de Montreal - Proteção da Camada de Ozônio Protocolo de Kioto - Aquecimento do Planeta Convenção para a Biodiversidade • Códigos, padrões e princípios de conduta (detalhados em outro tópico) • Rotulagem ambiental e esquemas de certificação (abordados em outros tópicos) • Iniciativas inspiradas em ações internacionais ou setoriais http://www.unep.ch UN Environmental Programme http://www.uneptie.org/pc/apell/publications/translations.html Awareness and preparedness for Emergencies at the Local Level (APELL) Programme http://www.globalcompact.org United Nations Global Compact http://www.unrisd.org/engindex/research/busrep.htm Programa das Nações Unidas para pesquisa em RSA http://www.ilo.org/public/english/employment/multi/index.htm ILO Tripartite Declaration of Principles concerning Multinacional Enterprises and Social Policy http://www.oecd.org/daf/investment/guidelines OECD Guidelines for Multinational Enterprises http://www.oecd.org/daf/governance/principles.htm OECD Principles for Corporate Responsibility http://europa.eu.int/comm/employment_social/soc-dial/csr/csr_index.htm http://www.europa.eu.int/comm/environment/eussd/index.htm Responsabilidade social das empresas na União Européia http://www.globalreporting.org/GRIGuidelines GRI Global Reporting Iniciative http://www.wbcsd.org/newscenter/media.htm#2000 WBCSD-EEI Eco-efficiency indicators and na intiative on measuring and reporting eco-efficiency 13 Orchis, Marcelo A. &t col. 2002. Impactos da responsabilidade social nos objetivos e estratégias empresariais, p. 37-70. Em Patrícia A. Ashley (Coordenação). 2002. Responsabilidade social das empresas. Vários autores. Ed. Peirópolis, S.Paulo, 406 pp. http://www.editorapeiropolis.org.br Furtado, J.S. 2003. Gestão como responsabilidade socioambiental. Temas e ações de RSA. Texto de livre acesso e uso, desde que citada a fonte. Sujeito a revisões e modificações, sem pág. 6 de 10 aviso prévio. Versão mar 2003. ____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ • • http://www.cefic.org/activities/hse/rc/rc.htm#4 Responsible Care http://www.copenhagencentre.org Compenhagen Center http://www.bpdweb.org Business Partners for Development www.iisd.ca International Institute for sustainable Development www.tomorrow-web.com Tomorrow Sustainable Business Toolkit www.sustainablebusiness.com Sustainable Business www.cfsd.org.uk Centre for Sustainable Design www.greeningofindustry.org Greening of industry Sistemas de classificação baseados em finanças http://www.serm.co.uk/home.html SERM Safety Environmental Risk Management http://www.business-in-environment.org.uk Business in the Environment (BiE) - Index of corporate environmental engagement performance http://www.un.org/documents/sg/report00/ch3.htm UNEP/Partnership http://www.uneptie.org/outreach/reporting/sustainability-rpt.htm UNEP/SustainAbility Reporting Guidelines http://www.csrforum.com/csr/csrwebassist.nsf/content/a1a2g3d4.html Innovest Ecovalue 21 http://www.undp.org/hdr2001/abouthdr.html United Nations Human Development Index (HDI) http://www.flynnresearch.com/calvert.htm The Calvert-Henderson Quality of Life Indicators (CHQLI) http://www.uksif.org UK Social Investment Forum http://www.sustainability-index.com Dow Jones Sustainability Group Index http://www.ftse4good.co.uk/frm_home.asp FTSE-EIRIS-UNICEF http://www.wri.org/geo-same.html World Resource Institute http://www.ethicalfunds.com/content Ethical Funds Canada http://www.ethicalinvestment.org.uk Ethical Investment Association http://www.paxfund.com Pax World Funds http://www.the-ethical-partnership.co.uk The Ethical Partenrship http://www.rrsp.org/sri.htm Socially Responsible Investing http://www.oneworld.org/ethical-investors Ethical Investor Group http://www.domini.com/domini-funds/index.htm Domini Social Investment Organizações empresariais www.cfsd.org.uk WorldCSR www.csreurope.org CSREurope http://www.svn.org Social Venture Network www.business-impact.org Business Impact Taskforce www.conference-board.org Conference Board www.csrforum.com International Business Leaders Forum (IBLF) http://www.combinet.net/Governance/FinalVer/finlvndx.htm Commonwealth Association for Corporate Governance www.acca.co.uk Association of Chartered Certified Accountants (ACCA) www.societyandbusiness.gov.uk Society and Business www.iccsbo.org/home/menu_environment.asp International Chamber of Commerce Furtado, J.S. 2003. Gestão como responsabilidade socioambiental. Temas e ações de RSA. Texto de livre acesso e uso, desde que citada a fonte. Sujeito a revisões e modificações, sem pág. 7 de 10 aviso prévio. Versão mar 2003. ____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ • Organizações Não-Governamentais sociais 14 www.hrw.org Human Rights Watch http://www.transparency.org/about_ti/index.html Transparency International www.international-alert.org International Alert (IA) www.icgn.org International Corporate Governance Network www.greenpeace.org Greenpeace International www.foe.org Friends of Earth Sugestões de temas Os tópicos a seguir mostram exemplos, formas ou maneiras como a organização poderá estabelecer suas iniciativas de RSA. A edição especial da Revista Exame já mencionada, contém substancial elenco de idéias e temas. É importante destacar que os dirigentes têm conhecimento sobre a natureza das atividades ou negócios centrais da organização, especialmente das atividades produtivas. Assim, poderão conceber ampla gama de iniciativas de RSA que atendam a padrões internacionais e com foco em princípios e critérios para o desenvolvimento sustentável. Bem como para a produção e consumo sustentáveis de bens e serviços. Financiamento de projetos com responsabilidade social corporativa, no Brasil, é obtido nas agências públicas BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social15 e FINEP Financiadora de Estudos e Projetos, mas começa a ser visto, diferenciadamente, por fontes privadas, como o Fundo Ethical16. Os prêmios ambientais e em responsabilidade social constituem importante instrumento de reconhecimento público para as organizações. 1. PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS ORIENTADOS PARA O NEGÓCIO OU ATIVIDADES PRIMÁRIAS 1.1. Construção de unidades fabris Implantação de unidades produtivas, dentro da missão e escopo de negócios da organização, nas quais poderão ser incorporados conceitos de gestão industrial e ecoeficiência. Além disso, a direção da empresa poderá ampliar o escopo primário, incorporando – nas obras físicas - os compromissos socioambientais responsáveis, através de • utilização de elementos ambientais selecionados e adequados ao projeto de construção civil (ecoedificação), para dar caráter ambientalmente correto ao projeto, em coerência à Política de Negócios Ambiental e Socialmente Responsáveis • orientação às empresas contratadas para o desenvolvimento do projeto e da construção, a fim de garantir a inserção dos elementos ambientais nas obras destinadas às operações fabris 14 O número de ONGs, com envolvimento em RSA, tem aumentado, nos diversos países. Informação parcial sobre as ONGs sociais e ações de interesse social, no Brasil, está disponível na Revista Exame de 2001, edição nr. 754 e em http://www.abong.org.br - http://www.ongsdobrasil.org.br http://www.vitaecivilis.org.br/vcinfo.htm#redes. Outras fontes estão listadas no início deste texto. 15 http://www.bndes.gov.br/empresa/responsabilidade - Política ambiental do BNDES http://www.bndes.gov.br/empresa/download/ambiente.pdf 16 http://www.bancoreal.com.br/realcartoes Banco Real ABN-AMRO Furtado, J.S. 2003. Gestão como responsabilidade socioambiental. Temas e ações de RSA. Texto de livre acesso e uso, desde que citada a fonte. Sujeito a revisões e modificações, sem pág. 8 de 10 aviso prévio. Versão mar 2003. ____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ • elaboração de critérios e orientação de todas as partes envolvidas na ocupação, uso e manutenção de instalações físicas, a fim de garantir a incorporação dos critérios de prevenção de geração de resíduos, poupança de recursos, especialmente de água e de energia 1.2. Utilização dos critérios de Produção Limpa Precaução, prevenção de resíduos na fonte, visão global (holística; avaliação do ciclo-de-vida de processo e produto), política de gestão democrática da informação sobre segurança e uso de processo e produto, concepção e desenvolvimento de processos e produtos eco-eficientes (ecodesign), praticas comerciais sem maquiagem " verde" , gestão ambiental responsável de embalagens e resíduos, comunicação ambiental ética às partes interessadas (stakeholders). 2. DESENVOLVIMENTO DA VISÃO DE RSA – ATRAVÉS DE INICIATIVAS APROPRIADAS 2.1. Concepção, execução e gestão de atividades e projetos de RSA 17 • • • • • • • • • • • • • gestão de RSA integrada à missão, objetivos, metas e atividades centrais da organização códigos e normas de conduta, auditoria e relatórios de desempenho de RSA, em conformidade com o direito público de acesso à informação sobre qualidade social e segurança e uso de processos e de bens e serviços ofertados rotulagem socioambiental prontidão da empresa (aptidão pró-ativa) para identificar demandas e pressões socioambientais integração organização-comunidade externa (local, nacional e planetária) e organizaçãoambiente (extração e uso de materiais, poluição - ruído, emissões, transporte, destinação, remediação) e organização-parceiros comerciais, fornecedores-consumidores educação ambiental para diferentes segmentos e níveis de escolaridade, com o objetivo de transmitir conceitos de desenvolvimento sustentável, cidadania, qualidade de vida, preservação e recuperação ambiental de logradouros e patrimônio histórico-cultural, etc. educação de diferentes partes interessadas, com destaque especial para funcionários, prestadores de serviços e suas famílias, distribuidores, consumidores, cidadãos em geral, com enfoque para capacitação para mudanças, gestão de impactos ambientais e sobre os recursos naturais, ecoeficiência, educação global, comunidade saudável; relações homemambiente; sistema produtivo-sociedade; inovações e empreendedores; lideranças; capacitação e valorização profissional; governança; hábitat humano; saúde e nutrição; limites da responsabilidade socioambiental nos diversos agentes interessados (stakeholders), entre outros transmissão de conceitos sobre indústria ecológica e socialmente responsável, para diferentes segmentos sociais, locais e de outras regiões treinamento de agentes de desenvolvimento socioambiental, a partir da capacitação acumulada, para formação de parcerias estratégicas, suficiência na captação e gestão de recursos transferência de conceitos socioambientais e de produção " verde" para agentes e atores selecionados, na cadeia produtiva dos negócios da organização/empresa comunicação socioambiental para diferentes segmentos da sociedade educação alimentar para grupos selecionados melhoria da qualidade de vida: educação global, com particular atenção para crianças; capacitação profissional para superar problemas causados pela automação e globalização; capacitação para uso responsável de novas formas de energia limpa e 17 Listagem geral, porém incompleta, para identificação da gama de oportunidades Furtado, J.S. 2003. Gestão como responsabilidade socioambiental. Temas e ações de RSA. Texto de livre acesso e uso, desde que citada a fonte. Sujeito a revisões e modificações, sem pág. 9 de 10 aviso prévio. Versão mar 2003. ____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ • • • • padrões de consumo energia-eficientes; capacitação para programas de prevenção de doenças e outros danos à saúde, apoio a pessoas ou grupos vulneráveis; segurança em acidentes e impactos químicos, alimentar e dependência a drogas; direito fundamental da pessoa, direito de organização participação, habilitação (empowerment), soberania, lazer e recreação; redução das disparidades em renda, redução do impacto das novas tecnologias na distribuição de bens e rendas; habilidades profissionais em infra-estrutura (vias e transportes, edificações, comunicações, suprimento de água e outras utilidades, terras agriculturáveis, espaços urbanos, proteção ambiental, poluição, habitação, saúde pública, segurança); segurança nacional (competitividade global, ecoeficiência, políticas públicas e cidadania, serviços de inteligência, diplomacia e vigilância); segurança pública (interdependências, riscos ambientais, violência, criminalidade, desorganização social e cultural); habitação e abrigo ambiental e socialmente adequados gestão responsável de recursos naturais: suprimento de água potável, gestão de recursos hídricos, planejamento eficiente de uso de água; programas responsáveis de manejo de oceanos, mares e áreas costeiras, para preservação, desenvolvimento pesqueiro, recursos marinhos, aperfeiçoamento do conhecimento científicos dos recursos naturais; proteção e desenvolvimento da biodiversidade capacitação gerencial de ONGs e outros grupos sociais organização de eventos comemorativos, beneficentes, arrecadação de fundos e bens para redistribuição estímulo a atividades de voluntariado e serviços à comunidade, na área física da organização/empresa - ou fora dela, porém, de acordo com diretrizes preestabelecidas para garantir as relações entre tais ações com o modelo de planejamento estratégico dos negócios 2.2. Iniciativas de construção de ambientes adequados à natureza e características das atividades Recomposição ou criação de ambientes • • • • • • florestamento com essências nativas regionais plantação de espécies com valor econômico, segundo critérios de certificação florestal mata ciliar ecossistemas de brejo, marinho, lagunar, etc. nichos selecionados para povoamento com espécies vegetais e animais locais trilhas educacionais 2.3. Ações convencionais • • • • • • • • filantropia coleta seletiva oficina de reciclagem campanhas culturais, sociais e esportivas contribuições (serviços, materiais, recursos) prêmios, bolsas e auxílios educacionais financiamentos incentivados formação de cooperativas 2.4. Estratégia de promoção das atividades da empresa, local, nacional e internacionalmente 3. LICENCIAMENTO AMBIENTAL, PARA CONTEMPLAR AS AÇÕES SELECIONADAS Furtado, J.S. 2003. Gestão como responsabilidade socioambiental. Temas e ações de RSA. Texto de livre acesso e uso, desde que citada a fonte. Sujeito a revisões e modificações, sem pág. 10 de 10 aviso prévio. Versão mar 2003. ____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ 4. DESENHO E DETALHAMENTO DAS ATIVIDADES SOCIOAMBIENTAIS COM POTENCIAL PARA SEREM DESENVOLVIDAS 5. ELABORAÇÃO DO MODELO DE GESTÃO ESTRATÉGICA SOCIOAMBIENTAL, ARTICULADO AO PROCESSO DE DECISÃO DE NEGÓCIOS DA EMPRESA • desenho de opções organizacionais, elaboração de projeto de criação de organismo gestor para captação de recursos, estabelecimento de parcerias e colocação em marcha e pleno funcionamento das ações na área física • estabelecimento de parcerias e captação de recursos (materiais, humanos e financeiros) junto a outras fontes locais, nacionais e internacionais.