CENTRO DE FARMACOVIGILÂNCIA DO CEARÁ (CEFACE) INFORME Nº 89 EM FARMACOVIGILÂNCIA SETEMBRO - 2009 Novas interações medicamentosas com a glimepirida A glimepirida é usada como suplemento à dieta e associada a exercícios para melhorar controle glicêmico em adultos com Diabetes Melitus tipo 2, nos quais a dieta e os exercícios não são suficientes no controle da hiperglicemia. A glimepirida faz parte das sulfoniluréias de terceira geração e apresenta meia vida de 8 a 16 horas. Possui como efeito farmacológico preponderante a estimulação da produção e secreção da insulina pelas células pancreáticas tipo beta, sendo por isso chamada de medicamento secretagogo. O seu mecanismo de ação principal consiste na estimulação da secreção pancreática da insulina através da estimulação dos receptores (SUR)-1, parte de um complexo transmembrana com canais de K+/ATP sensíveis, causando a liberação da insulina pré-formada nos grânulos adjacentes à membrana plasmática (primeira fase de liberação de insulina) e aumentando também a translocação dos grânulos de dentro da célula para a periferia (segunda fase da liberação de insulina). Esse aumento mantém-se (durante o tempo de ação do fármaco) desde que as células estejam funcionando. A ação dos hipoglicemiantes sulfoniluréias, incluindo glimepirida, podem ser potencializadas por certos fármacos. Listagens anteriores do Food and Drug Administration (FDA) incluem fármacos antiinflamatórios; claritromicina e outros fármacos que são altamente vinculados a proteínas, tais como salicilatos, sulfonamidas, cloranfenicol, cumarinas, probenecida, inibidores da monoaminoxidase e agentes bloqueadores ßjadrenérgicos. A agência americana adverte que disopiramida, fluoxetina, e quinolonas também potencializam os efeitos das sulfoniluréias. Entre as quinolonas, há relatos da interação de glimepirida e ciprofloxacina, embora a causa dessa interação seja desconhecida. Existem também informações de casos de hipoglicemia com relação à gatifloxacina. O FDA aprovou a revisão da monografia da glimepirida (Amaryl®, Sanofi-Aventis), incluindo alertas sobre essas interações medicamentosas. De um modo geral, os pacientes que recebem os fármacos citados, em conjunto com glimepirida, devem ser cuidadosamente observados para detecção de sinais de hipoglicemia e para a perda do controle glicêmico, quando os medicamentos são suspensos. A partir dessas considerações o CEFACE solicita que, qualquer reação adversa observada, seja notificada, se possível, através da Ficha Amarela de Notificação de Reações Adversas ou pelos telefones 3366-8276 ou 3366-8293. Se você ainda não tem ficha de notificação, solicite-nos. E-mail: [email protected] As notificações também poderão ser feitas através do formulário de notificação de reações adversas e/ou queixas técnicas, disponível no endereço eletrônico: >>http://www.anvisa.gov.br/form/fármaco/index_ prof.htm Referências Bibliográficas: 1. http://www.medscape.com/viewarticle/706646 2. ARAUJO, L. M. B.; BRITTO, M. M. dos S. e P.C., Thomaz R. Tratamento do diabetes mellitus do tipo 2: novasopções.3.http://www.flumignano.com/medicos/Download/METFORMINA_E_GLIMEPIRIDA_NA_PRATICA_CLINICA.doc 4.http://www.thomsonhc.com/hcs/librarian/ND_T/HCS/ND_PR/Main/CS/48A155/DUPLICATIONSHIELDSYNC/4E4389/ND_PG/PRIH/ND_B/ HCS/SBK/2/ND_P/Main/PFActionId/hcs.common.RetrieveDocumentCommon/DocId/17475-g/ContentSetId/30#secN102E8; 5. www.drugdigest.com. Responsáveis: Mayka Aguiar Brilhante (acadêmica de farmácia); Eudiana Vale Francelino (Farmacêutica do CEFACE). Revisão: Profª Mírian Parente. Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer