Evento SMTr – SMH – IAB em 31 de março de 2011 9:00h –Sistema Hierarquizado de Transportes do Município do Rio de Janeiro – BRTs e Ônibus Luiz Paulo Gerbassi - Gerente de Planejamento SMTR Com as presenças: João Luiz Reis - Subsecretário de Projetos e Obras da SMH Rômulo Orrico - Subsecretário de Transportes Antonio Augusto Veríssimo - Coordenador de Planejamento e Projetos da SMH Pedro da Luz – Coordenador do Convênio Morar Carioca (IAB) 11:00h –Segurança Viária em Projetos Novos e de Reabilitação Urbana Carsten Wass - Consultor da CTS Brasil Mesa inicial: Pedro da Luz (IAB); João Luiz Reis (SMH), Rômulo Orrico (SMH), Luiz Paulo Gerbassi (SMH), Antonio Augusto Veríssimo (SMH) O evento foi aberto pelo coordenador do Convênio Morar Carioca, arquiteto Pedro da Luz Moreira, que após dar as boas vindas ao público, aos convidados oficiais e palestrantes passou a palavra ao Subsecretário de Transportes Rômulo Orrico que iniciou sua fala com a afirmação de que o transporte não tem um fim em si mesmo, e sim, viabiliza a vida na cidade. Bens e Serviços produzidos na cidade têm em sua composição de custo o transporte. Quando o sistema de transporte é eficiente e tem menor custo produz um impacto positivo diretamente sobre o que é produzido. Rômulo Orrico também citou a experiência positiva do México que integrou o projeto de habitação com o de transporte público. Orrico concluiu sua fala sugerindo uma reflexão sobre o fato da maior invenção do homem não ser roda, e sim a cidade, já que a cidade é o espaço onde a vida acontece, onde o homem se desenvolveu, onde temos a habitação, o lazer, o transporte, etc. O Subsecretário de Projetos e Obras da SMH João Luiz Reis iniciou sua fala comentando que o transporte e a mobilidade estão na vida de todos, no dia-a-dia, e lembrou que a mobilidade dentro da favela requer especial atenção, visto que muitas vezes o morador necessita de muito tempo até chegar a um lugar onde tenha acesso ao transporte público. Em continuação comentou as diversas ações do governo para a criação de importantes vias que melhorarão os deslocamentos dentro da cidade, mas que não resolverão os problemas internos de cada projeto. O Coordenador de Planejamento e Projetos da SMH Antônio Augusto Veríssimo ressaltou que o tema “transporte” é crucial para toda a cidade e principalmente para as comunidades de baixa renda. A solução de transporte nas favelas, encontrada pela própria comunidade, foi o moto-taxi, que em relação à segurança viária não pode ser considerada eficiente. Ainda é um desafio para todos os projetistas a busca de uma solução eficiente e segura. Veríssimo terminou sublinhando a importância da parceria com a Secretaria Municipal de Transportes. Rômulo Orrico comentou a situação crítica do transporte nas cidades latino-americanas que normalmente têm seu sistema de transportes classificado entre ruim e péssimo, acrescentando que um bom sistema de transporte público tem reflexos diretos e positivos sobre a segurança viária. Pedro da Luz ilustrou a afirmação acima comentando sobre a situação de Medelín que possui índices altíssimos de acidentes. Também comentou que o transporte coletivo na mesma cidade é muito eficiente e apresenta uma tarifa de menos de US$1,00. O Gerente de Planejamento SMTR Luiz Paulo Gerbassi iniciou definindo mobilidade como a forma que o homem tem acesso às partes da cidade, e o transporte, como instrumento meio. A mobilidade é uma atividade que depende de outras, que geram o fluxo e a demanda. Orrico ressaltou que, na área de transportes, as soluções devem ser encontradas/construídas nas parcerias, assim como em outras áreas do conhecimento e/ou nichos de mercado. Em relação ao efeito estufa, questão levantada por um membro da plateia, ele lembrou a importância do Instituto Rio Sustentável que é o organismo da prefeitura que lidera as discussões de sustentabilidade, as quais têm participação da SMTR. A SMTR define os padrões de emissão a serem seguidos pelas empresas de transporte. Gerbassi lembrou que a cidade é produzida para o futuro e não para o presente. O importante é entender que o transporte deve se estruturar numa grande cidade como uma rede, e não como uma linha apenas. Esta rede de transportes também deve ser vista como coestruturadora do espaço, como um instrumento efetivo para a ampliação da qualidade de vida em determinadas partes. Palestra: Sistema Hierarquizado de Transportes do Município do Rio de Janeiro – BRTs e Ônibus Luiz Paulo Gerbassi - Gerente de Planejamento SMTR Gerbassi iniciou apresentando o sistema de transporte que está em funcionamento atualmente na cidade. O transporte do município está organizado em um sistema hierarquizado que considera as ligações locais, regionais e internacionais e as funções da cidade. As Redes de Transporte Regionais (RTRs) estão organizadas seguindo a organização espacial das Áreas de Planejamento (APs). Os BTRs (Bus Rapid Transit) cruzam as áreas de planejamento. Ver também conjunto de slides utilizado pelo palestrante, especialmente na parte relativa ao que os projetos devem conter. Palestra: Segurança Viária em Projetos Novos e de Reabilitação Urbana Carsten Wass - Consultor da CTS Brasil Carsten Wass iniciou sua palestra com informações sobre o número de acidentes nas estradas e as causas mais comuns. Lembrando que segundo a projeção da Organização Mundial de Saúde, no ano de 2020 os acidentes viários serão a 3ª maior causa de morte no mundo. Nos projetos viários devem ser considerados o zoneamento urbano, a hierarquia das vias, a vulnerabilidade dos usuários, gestão da velocidade, etc. Wass apresentou a proposta do “espaço compartilhado” onde não há calçada e os diferentes usuários compartilham o mesmo espaço, neste caso é necessária a utilização de elementos de redução de velocidade, como estreitamento de via, lombada, etc. A segurança viária é um processo e não um projeto. Um processo que é implementado a cada dia e cuja qualidade é medida pela redução de vítimas de acidentes. Ver também conjunto de slides utilizado pelo palestrante. Link interessante: http://www.ctsbrasil.org/node/122 acesso em 31 de março de 2011