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Um novo modelo de desenvolvimento rural vem sendo implementado
na Amazônia. Reivindicado pelos produtores familiares da região e suas
organizações representativas, o Programa de Desenvolvimento Socioambiental
da Produção Familiar Rural - Proambiente surge como uma política
pública que permite às populações locais a continuidade dos modos de vida
diretamente relacionados à manutenção dos ecossistemas nativos, buscando
conciliar produção rural e conservação ambiental.
Ao longo de 5 anos, primeiro como projeto da sociedade civil e
posteriormente como programa de governo integrante no Plano Plurianual
– PPA, a trajetória do Proambiente vem quebrando o paradigma vigente de
ocupação e produção familiar na Amazônia, ao auxiliar mais de 4.000 famílias a
realizarem a transição agroecológica para sistemas de produção sustentáveis.
O programa trabalha na perspectiva do planejamento integrado da
unidade de produção. A principal ferramenta desse planejamento são os Planos
de Utilização das Unidades de Produção – PUs, construídos pelas famílias em
conjunto com os técnicos e agentes comunitários. Estes planos representam
um planejamento de 15 anos das unidades de produção familiar, identificando
os pontos de conversão e os serviços ambientais a serem prestados.
A compensação pelos serviços ambientais prestados pelas famílias do
Proambiente é uma forma de viabilizar essa transição e garantir a retribuição
da sociedade por esses serviços.
São exemplos de Serviços Ambientais...
a redução do desmatamento
a recuperação de áreas desmatadas (seqüestro de carbono)
a conservação do solo, da água e da biodiversidade
a redução progressiva do uso de agroquímicos
a redução do risco do fogo
a troca para uma matriz energética renovável (aproveitamento de fontes de
energia mais sustentáveis, como a energia solar)
e a transição para a agroecologia
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Mapa Atual da Unidade de Produção
Mapa Futuro da Unidade de Produção
A implantação dos Pólos Pioneiros
do Proambiente
Atualmente são 11 pólos em todos os estados da Amazônia Legal,
envolvendo cerca de 4.000 famílias de colonos, extrativistas, ribeirinhos,
pescadores artesanais, quilombolas e comunidades tradicionais em geral. A
metodologia de implantação dos pólos conta com os seguintes passos:
Realização de um Diagnóstico Rápido Participativo – DRP com os diversos parceiros locais.
Formação de uma rede de articulação durante o DRP, dando origem ao
Conselho Gestor do Pólo – CONGEP.
Elaboração do Plano de Desenvolvimento Local Sustentável – PDLS a
partir do DRP, definindo diretrizes e metas para o desenvolvimento sustentável do pólo e a formação dos grupos comunitários.
Prestação de assistência técnica às famílias do pólo, com a elaboração dos
Planos de Utilização das Unidades de Produção – PUs, definindo metas
para que sejam realizadas as mudanças necessárias para uma produção
mais sustentável, e os passos dessa transição.
Elaboração dos Acordos Comunitários pelos grupos comunitários, com
compromissos coletivos quanto ao cumprimento dos Planos de Utilização
das Unidades de Produção – PU e dos Padrões de Certificação de Serviços
Ambientais, sendo esta a primeira etapa da Certificação de Serviços
Ambientais do Proambiente.
Conforme concluem seus acordos comunitários, os agricultores do pólo
tornam-se aptos a receberem uma compensação pelos serviços ambientais
prestados.
Em Dezembro de 2005, as famílias de 7 pólos pioneiros já haviam
finalizado os Planos de Utilização das Unidades de Produção – PUs, enquanto
os grupos comunitários de 6 desses 7 pólos também finalizaram seus Acordos
Comunitários. A elaboração dos Planos de Utilização das Unidades de Produção
– PUs e a formalização dos Acordos Comunitários foi viabilizada por meio de
convênios com o Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA, com recursos da
Embaixada dos Países Baixos.
A parceria com a Embaixada dos Países Baixos e com o FNMA garantirá
ainda a realização de estudos de mercado para identificar os potenciais canais de
comercialização nos 11 pólos pioneiros do Proambiente. O fortalecimento destes
canais é fundamental para a sustentabilidade econômica dos pólos pioneiros.
Construindo as bases de uma nova
Assistência Técnica
A Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER do Proambiente busca
a construção participativa do conhecimento, sendo o técnico um facilitador
que constrói em conjunto com as famílias as alternativas sustentáveis de
produção, num diálogo entre os conhecimentos técnico-científicos e os saberes
locais. Para essa troca de saberes são utilizadas ferramentas participativas,
baseadas na pesquisa-ação, com os produtores e produtoras como os grandes
protagonistas na geração e sistematização de conhecimentos. As figuras
centrais das equipes de ATER são os agentes comunitários, agricultores e
agricultoras, selecionados pelas próprias famílias em função de sua liderança
junto ao grupo comunitário.
A formação de redes solidárias de cooperação, por meio dos grupos
comunitários, é um aspecto central no fortalecimento dos pólos. Os
intercâmbios e as trocas de experiências entre as famílias são atividades que
contribuem não só para a busca de soluções técnicas, mas também para o
fortalecimento dos grupos.
O Proambiente tem contribuído para qualificar as políticas de assistência
técnica e extensão rural, com as equipes técnicas de todos os pólos pioneiros
garantidas no âmbito da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão
Rural – PNATER do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA a partir
de 2006. Além disso, algumas equipes técnicas vêm trabalhando de maneira
integrada com prestadoras de assistência técnica presentes na região.
Os
Acordos Comunitários
de verificação participativa de
serviços ambientais
Nos Acordos Comunitários, o grupo comunitário firma compromissos
quanto ao cumprimento dos Planos de Utilização das Unidades de Produção
– PUs e dos Padrões de Certificação de Serviços Ambientais do Proambiente, e
também compromissos coletivos quanto ao uso da terra e dos recursos naturais.
Além de garantir que as famílias estejam prestando os serviços ambientais, os
Acordos Comunitários fortalecem a autonomia dos grupos comunitários e
são o primeiro passo no processo de certificação do Proambiente, que conta
também com uma etapa posterior de auditoria externa.
Dentre os compromissos assumidos pelos agricultores nos acordos
comunitário, podemos destacar:
Reflorestar as Áreas de Preservação Permanente – APPs.
Não jogar lixo nas nascentes e igarapés.
Reduzir o uso de agrotóxicos.
Não represar as nascentes e igarapés.
Utilizar áreas de capoeira para implantar novas roças (evitar abertura de
novas áreas).
Sensibilizar vizinhos que não participam do programa quanto à diminuição
do uso do fogo
A
gestão social
do Proambiente
O controle social do Proambiente é garantido pelos Conselhos Gestores
dos Pólos – CONGEPs e pelo Conselho Gestor Nacional – CONGEN, ambos
com caráter deliberativo e formados por instituições públicas e privadas.
Os Conselhos Gestores dos Pólos – CONGEPs têm o papel de
acompanhar o desenvolvimento das atividades junto à entidade executora,
buscando a formação de parcerias e a mobilização social. Já o Conselho
Gestor Nacional – CONGEN acompanha o desenvolvimento do Proambiente
enquanto política pública, propondo diretrizes e estratégias para a
implementação do programa.
Entidades componentes do
Conselho Gestor Nacional – CONGEN
Federação dos Órgãos para Assistência Social e Educacional – FASE
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM
Movimento Nacional dos Pescadores – MONAPE
Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira – COIAB
Conselho Nacional dos Seringueiros – CNS
Grupo de Trabalho Amazônico – GTA
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG
Feterações de Trabalhadores na Agricultura dos Estados da Amazônia Legal – FETAGs
Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente – SBF/MMA
Agência de Desenvolvimento da Amazônia do Ministério da Integração Nacional – ADA/
MIN
Serviço de Proteção da Amazônia – SIPAM
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA
Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário – SAF/MDA
Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário –
SDT/MDA
Ministério do Desenvolvimento Social – MDS
Fundação Nacional do Indio – FUNAI
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis – IBAMA
Subprograma de pesquisa
O Proambiente conta também com um subprograma de pesquisa que
visa gerar as bases tecno-científicas do programa e estabelecer indicadores de
Serviços Ambientais. Este subprograma é desenvolvido sob a coordenação da
Embrapa, por meio de seu Macroprograma 1 – “Avaliação, Reconhecimento
e Validação Científica de Iniciativas Inovadoras de Produção e de Indicadores
de Serviços Ambientais nos Pólos do Proambiente”.
COMPONENTES DO SUBPROGRAMA DE PESQUISA
1. AVALIAÇÃO DE INICIATIVAS INOVADORAS DE PRODUÇÃO FAMILIAR
RURAL
Ricardo Mello / Marcos Rocha - Instituto de Pesquisa Ambiental da
Amazônia (IPAM)
2. DIAGNÓSTICO SOCIAL DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL
Lucimar Santiago de Abreu - Embrapa Meio Ambiente
3. INDICADORES DIRETOS DE SERVIÇOS AMBIENTAIS
Geraldo Stachetti - Embrapa Meio Ambiente
4. PESQUISA E IMPLEMENTAÇÃO DE TECNOLOGIA EM REDUÇÃO FOGO
Maristela Xaud - Embrapa Roraima
5. PESQUISA E IMPLEMENTAÇÃO DE TECNOLOGIA EM DIVERSIFICAÇÃO
Pedro Celestino - Embrapa Amazônia Oriental
6. PESQUISA E IMPLEMENTAÇÃO DE TECNOLOGIA EM INTEGRAÇÃO
Michelliny Gama - Embrapa Rondônia
7. PROJETO PILOTO DE MONITORAMENTO AMBIENTAL
Matheus Batistela - Embrapa Monitoramento por Satélite
8. MERCADOS POTENCIAIS DE CARBONO E PIN
Paulo Moutinho - Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM)
Líder do subprograma de pesquisa: Silvio Brienza Jr. - Embrapa Amazônia
Oriental
Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável
Programa de Desenvolvimento Socioambiental da Produção Familiar Rural - PROAMBIENTE
Esplanada dos Ministérios Bloco B 9o andar sala 919
CEP 70068-900 Brasília - DF
Telefone: (61) 4009 1516 • Fax: (61) 4009 1939
www.mma.gov.br/proambiente
[email protected]
AMAZONAS
PÓLO MANAUS/RIO PRETO DA EVA
MUNICÍPIOS: Manaus e Rio Preto da Eva
ENTIDADE EXECUTORA: Conselho de
Desenvolvimentodas Assoc. Comunitárias
Rurais do PA Tarumã Mirim - CDRPATM.
• (92) 3236 9170
[email protected]
AMAPÁ
PÓLO SUL DO AMAPÁ
MUNICÍPIOS: Laranjal do Jari, Vitória do Jari e
Mazagão
ENTIDADE EXECUTORA: IESA - Instituto de Estudo
Sócio-Ambiental • (96) 3222 3659
[email protected]
PARÁ
PÓLO TRANSAMAZÔNICA
MUNICÍPIOS: Senador José Porfírio, Anapu e
Pacajá
ENTIDADE EXECUTORA: FVPP - Fundação Viver,
Produzir e Preservar • (93) 3515 2406
[email protected]
PÓLO RIO CAPIM
MUNICÍPIOS: Concórdia, Irituia, Mãe do Rio e
São Domingos do Capim
ENTIDADE EXECUTORA: FANEP – Fundação SócioAmbiental do Nordeste Paraense
• (91) 3462 1123
[email protected]
COOSPAT – Assessoria, Consultoria e Capacitação em Desenvolvimento Sustentável
•(98) 3351 1615
[email protected]
TOCANTINS
PÓLO BICO DO PAPAGAIO
MUNICÍPIOS: Esperantina, Buriti do Tocantins,
Axixá e São Miguel do Tocantins
ENTIDADE EXECUTORA: APATO – Alternativas para
a Pequena Agricultura no Tocantins
• (63) 3456 1407
[email protected]
MATO GROSSO
PÓLO NOROESTE DO MATO GROSSO
MUNICÍPIO: Juína
ENTIDADE EXECUTORA: AJOPAM - Assossiação
Rural Juinense Organizada para Ajuda Mútua
• (66) 3566 1568
[email protected]
RONDÔNIA
PÓLO OURO PRETO D´OESTE
MUNICÍPIOS: Ouro Preto D´Oeste, Mirante da
Serra, Teixeirópolis, Nova União, Vale do
Paraíso e Urupá.
ENTIDADE EXECUTORA: APA - Associação de
Produtores Alternativos de Ouro Preto do
Oeste • (69) 3461 1844
[email protected]
ACRE
PÓLO Ilha de Marajó
MUNICÍPIOS: Soure, Salvaterra e Cachoeira do
Arari
ENTIDADE EXECUTORA: Federação dos Órgãos para
Assistência Social e Educacional - FASE Pará
• (91) 4005-3773
[email protected]
PÓLO ALTO ACRE
MUNICÍPIOS: Xapuri, Brasiléia, Epitaciolândia e
Assis Brasil
ENTIDADE EXECUTORA: PESACRE - Grupo de
Pesquisa em Sistemas Agroflorestais do Acre
• (68) 3226 5288
[email protected]
www.pesacre.org.br
MARANHÃO
RORAIMA
PÓLO DA BAIXADA MARANHENSE
MUNICÍPIO: Viana, Penalva, Matinha, São João
Batista e Vitória do Mearin
PÓLO VALE DO APIAÚ
MUNICÍPIOS: Mucajaí, Caracaraí, Cantá e Iracema
ENTIDADE EXECUTORA: FETAG - Federação dos
Trabalhadores na Agricultura • (95) 3624 2715
ENTIDADES EXECUTORAS:
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