AVALIAÇÃO FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE AVEIA PRETA TRATADAS COM BIOSTIMULANTE BASTILHOS¹ ,Leônidas O.; COSTA ¹, Arilson A.; DAL PRÁ¹, Douglas L., MACHADO¹, Roberta.; MACHADO², Rodrigo F. 1Alunos . do Curso Superior de Tecnologia em Produção de Grãos do Instituto Federal Farroupilha Campus Alegrete .; ² Orientador: Professor do Instituto Federal Farroupilha Campus Alegrete. e-mail: [email protected] INTRODUÇÃO A aveia preta (Avena strigosa) é uma espécie rústica, pouco exigente em fertilidade, porém altamente responsiva às adubações nitrogenada, fosfatada e potássica, sendo a espécie mais utilizada no sul do Brasil para cobertura de solo (FLOSS, 2001). No entanto, é a principal forrageira utilizada na formação de pastagens de inverno. Isso ocorre devido a sua alta produção de matéria seca, qualidade nutritiva da forragem, resistência ao pisoteio, e ao baixo custo de produção (FLOSS et al., 1999). O Stimulate® está entre os produtos considerados promotores do crescimento das plantas, contendo em sua composição cinetina (citocinina), ácido giberélico (giberelina) e ácido indolbutírico (auxina). As citocininas possuem grande capacidade de promover divisão celular, participando assim do processo de alongamento e diferenciação da célula, principalmente quando interagem com as auxinas. O ácido giberélico (GA3) possui efeito marcante no processo de germinação de sementes, ativando enzimas hidrolíticas que atuam no desdobramento das substâncias de reserva da semente. As giberelinas também estimulam o alongamento e divisão celular. As auxinas possuem ação característica no crescimento celular, agindo diretamente no aumento da plasticidade da parede celular, conferindo a esta alongamento irreversível (VIEIRA & MONTEIRO, 2002). Com base nessas conspirações, o presente trabalho objetivou avaliar o efeito do regulador de crescimento (Stimulate®) sobre a qualidade fisiológica das sementes de Avena strigosa. RESULTADOS E DISCUÇÕES GRAFICO 1- Avaliação do poder germinativo (PG) e teste de envelhecimento acelerado (EA), em sementes de aveia preta tratadas com diferentes doses de STIMULATE® (T0 - testemunha, T25 -0,25 ml, T50 - 0,50 ml E T75 - 0,75 ml). *Medias seguidas da mesma letra nos respectivos testes não diferiram estatisticamente pelo teste de Duncan 5% Gráfico 2: Comprimento da parte aérea (pa/cm), comprimento da parte radicular (pr/cm) e peso da biomassa seca por planta (bp/mg), com diferentes doses de STIMULATE®, aplicado via tratamento de sementes, sendo: T0 (testemunha), T25 (0,25 ml), T50 (0,50 ml) e T75 (0,75 ml) OBJETIVOS Avaliar a qualidade fisiológica de sementes de aveia preta (Avena strigosa) Na presença do bioestimulante Stimulate® via tratamento de sementes *Medias seguidas da mesma letra nos respectivos testes não diferiram estatisticamente pelo teste de Duncan 5% Teste de Germinação, Envelhecimento Acelerado, Índice de Velocidade de Emergência, Velocidade de Emergência, Comprimento de Raiz, Comprimento de Parte Aérea e Biomassa Seca das Plantulas Gráfico - 3: Teste de Índice de Velocidade de emergência (IVE/nº de plantas por dia) e Velocidade de emergência (VE/ nº de dias para emergir), com diferentes doses de Stimulate®, aplicado via tratamento de sementes, sendo: T0 (testemunha), T25 (0,25 ml), T50 (0,50 ml) e T75 (0,75 ml). T0 – testemunha 2 ml (H2O), T25 0,25 ml (Stimulate®) e 1,75 ml (H2O), T50 0,5 ml (Stimulate®) e 1,5 ml (H2O) e T75 0,75 ml (Stimulate®) e 1,25 ml (H2O). METODOLOGIA O presente trabalho foi realizado no Laboratório de Fitotecnia situado no Instituto Federal Farroupilha – Campus Alegrete. Foi utilizado sementes de Avena strigosa. O experimento foi composto por quatro tratamentos com quatro repetições. Os tratamentos foram: T0 – testemunha 2 ml (H2O), a utilização dessa medida de H2O foi para ter uma padronização entre os tratamentos para ambos possuírem o mesmo volume de aplicação via sementes, conforme o aumento das doses do produto biorregulador, diminuía o volume de água, mas mantendo o mesmos 2 ml de volume de aplicação, sendo assim, T25 0,25 ml (Stimulate®) e 1,75 ml (H2O), T50 0,5 ml (Stimulate®), sendo essa a dosagem recomenadas para a família Poaceae, e 1,5 ml (H2O) e T75 0,75 ml (Stimulate®) e 1,25 ml (H2O). Após o Teste de Trio, de superação de dormência, 10°C durante cinco dias, a qualidade fisiológica das sementes foi realizada pelos seguintes testes: Teste Germinação – foi realizado com quatro sub-amostras de 50 sementes por repetição em cada tratamento, em papel toalha e acondicionado a 20°C. Segundo RAS (2009). As avaliações foram realizadas no quinto e décimo dias após a semeadura, os resultados expressos em percentagem média de plântulas normais para cada tratamento; Envelhecimento acelerado – foram utilizadas quatro sub-amostras de 50 sementes por repetição em cada tratamento, distribuídas sobre bandejas de tela de alumínio fixada no interior de caixa plástica tipo gerbox (mini-câmara) contendo 40 ml de água e mantida a 42ºC, por 72 horas de acordo com a metodologia proposta por Delouche & Baskim (1973). Comprimento da raiz e da parte aérea – foi realizado com quatro sub-amostras de 20 sementes por repetição em cada tratamento, foram instaladas eqüidistantes sobre o papel substrato. No final do período de quatorze dias, feitas as avaliações dos comprimentos da raiz e parte aérea das plântulas, foi calculado a média entre o somatório dos comprimentos verificados (cm); Peso da biomassa seca da planta – após a medição do comprimento da parte aérea e da raiz, as plântulas foram cortadas e separadas a raiz da parte aérea, sendo necessário esse processo para eliminar o eixo embrionário que liga a parte aérea na parte radicular, logo após foram acondicionadas em sacos de papel e colocadas para secar em estufa termoelétrica a 80°C, durante 24 horas. Após este período, as amostras foram retiradas da estufa, e determinado o peso da matéria seca total das plântulas normais da repetição; Velocidade de emergência de plântulas- a semeadura foi realizada em bandejas contendo substrato. Foram utilizadas 4 repetições de 40 sementes. A contagem e computação do número de plântulas emergidas foram realizadas diariamente até a estabilização do estande. Ao final de 16 dias, após a semeadura, avaliou-se o estande final e o Índice de Velocidade de Emergência e foi calculado pela fórmula apresentada por (MAGUIRE, 1962). *Medias seguidas da mesma letra nos respectivos testes não diferiram estatisticamente pelo teste de Duncan 5% CONSIDERAÇÕES FINAIS O Stimulate® aplicado via embebição de sementes promove efeito significativo na germinação de sementes e na redução no número de plântulas anormais, e um melhor desenvolvimento sob condições de estresses (EA) em Avena strigosa. Proporciona um aumento significativo de peso da Biomassa seca da plântula na presença do Bioestimulante.3 Após a conclusão da pesquisa, sugere-se a realização de uma novo experimento com o produto Stimulate® a nível de campo e com maiores dosagens do fito hormônio. REFERÊNCIAS CASTRO, P. R. C.: VEIRA, E.L. Aplicações de reguladores vegetais na agricultura tropical. Guaíba: Livraria e Editora Agropecuária, 2001. 132p. FERREIRA, G.; COSTA, P. N.; FERRARI, T. B.; RODRIGUES, J. D.; BRAGA, J. F.; JESUS, F. A. Emergência e desenvolvimento de plântulas de maracujazeiro azedo oriundas de sementes tratadas com bioestimulante. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 29, n. 3, 2007. FLOSS, E. L; AUGUSTIN, L; CALVETE, E. de O. et al. Melhoramento genético de aveia na Universidade de Passo Fundo, 1977/97. Informativo de Difusão de Tecnologia FAMV, UPF, 1. 1999. VIEIRA, E.L.; MONTEIRO, C.A. Hormônios vegetais. In: CASTRO, P.R.C.; SENA, 2002.