08.02.12 Luis Fernando Melo Mendes Economista da CBIC CRISE INTERNACIONAL DEFINITIVAMENTE NESTE MOMENTO OS MAIORES DESAFIOS SE ENCONTRAM NA EUROPA, EXISTEM ENORMES DIFICULDADES DE ENCAMINHAR SOLUÇÕES PARA AJUSTAR SEUS DESEQUILÍBRIOS FISCAIS E EVITAR OS RISCOS DE CONTÁGIO. A piora das condições financeiras decorrentes da crise fiscal e bancária de diversos países da região da Zona do Euro e um crescimento menor da economia global agravam os efeitos sobre o crescimento europeu (crise). Nitidamente as medidas contra a crise tomadas até agora ainda são insuficientes para prever que ela terá um fim próximo. Está no foco de analistas o papel desempenhado pelo BCE em garantir a liquidez dos bancos e reduzir a percepção de risco dos agentes econômicos (desconto da dívida grega pode não ser suficiente). SE MANTÊM A ESTRATÉGIA DE COMBATE… NO BRASIL “A estabilidade da economia e das instituições democráticas do país com diálogo franco entre governo e sociedade civil foi determinante para o sucesso no enfrentamento da crise” Adotou-se como estratégia o desenvolvimento a partir do investimento e do consumo de massa (mercado doméstico); e ... Na Política monetária Compulsório Redução de juros Comércio exterior (reservas) Na Política fiscal Desonerações da produção Investimentos em construção (PAC,PMCMV) AMBIENTE ECONÔMICO Início de 2011 Aumento da pressão inflacionária; Juros estáveis e adoção de medidas macroprudenciais (política de crédito); Agravamento do cenário externo e consequente perda de dinamismo da economia brasileira (incerteza). Início de 2012 Menor pressão inflacionária; Espaço para afrouxamento da política monetária sem prejudicar o cumprimento da meta; Arrecadação recorde (conforto fiscal); Analistas do mercado financeiro estimam crescimento de 3,27% e o Governo (de 4 a 5% este ano). EVOLUÇÃO DO SALDO DE EMPREGOS MERCADO DE TRABALHO Foram geradas 222.897 vagas formais no setor em todo o País no período de janeiro a dezembro de 2011, o que significou expansão de 8,78% no estoque de trabalhadores formais da Construção Civil neste período. O estoque de trabalhadores formais na Construção Civil, também de acordo com o CAGED/MTE passou de 2.539.259 em dezembro/10 para 2.688.219 em dezembro/11. Em todo o país, foram criados 1.944.560 postos de trabalho celetistas, o que representou um crescimento de 5,41% em relação ao estoque de empregos de dezembro de 2010. O mercado de trabalho já mostra sinais de recuperação fato que deverá ganhar maior evidência a partir do segundo trimestre de 2012. EVOLUÇÃO DO CRÉDITO IMOBILIÁRIO 2002 – 2010 (volume financiado) 28 EVOLUÇÃO DO CRÉDITO IMOBILIÁRIO 2002 – 2010 (unidades financiadas) 28 SBPE – NOVOS E USADOS (2002 – 2010) FGTS – NOVOS E USADOS (2002 – 2010) LTV AQUISIÇÃO - 2005 – 2010 28 Fonte: ABECIP O CRÉDITO IMOBILIÁRIO DE QUALIDADE SBPE - Contratos com mais de 3 prestações em atraso assinados após 1998 Fonte: Banco Central e ABECIP MERCADO IMOBILIÁRIO BRASILEIRO Os números de financiamento imobiliário evidenciam a nova dimensão do mercado imobiliário e apontam para perspectivas ainda promissoras; No final de 2011 se observou desaceleração das vendas (SP, Porto Alegre e BH são bons exemplos), sinalizando uma “acomodação” (??); Não há sinais de um período recessivo, o País continua crescendo (em menor ritmo), o déficit habitacional ainda é elevado e a oferta de crédito, emprego formal e renda continuam em expansão; O mercado se mostra saudável, com potencial de expansão e na crise de 2008, foi determinante para garantir a regularidade nos mercados de crédito e o nível de atividade da economia pelo seu caráter anticíclico (ciclo mais longo de produção ajuda a reduzir impactos de curto prazo na economia). 13 www.cbic.org.br Tel.: (61) 3327-1013 Fax: (61) 3327-1393