GESTÃO DA INOVAÇÃO
Curitiba / Outubro / 2009
1
Paulo Alberto Bastos Junior
• Mestre em Tecnologia – UTFPR
• DEA em Informações Científicas e Tecnológicas - Universidade
de Marseille
• Especialista em Gestão do Conhecimento e Inteligência
empresarial – PUCPR
• Participante do Programa Internacional de Estudos Avançados
em Gestão de Inovação - Simon Fraser University (Canadá)
• Engenheiro de Alimentos – PUCPR
• Pesquisador do Programa de Empreendedorismo / Projeto GEM
Brasil (Global Entrepreneurship Monitor) do IBQP
• Professor Universitário
• Consultor em Gestão Organizacional
2
Conceitos Introdutórios

A inovação no meio empresarial é a
exploração de novas idéias para
melhorar os negócios, criando
vantagens competitivas e gerando
sucesso no mercado.
3
Conceitos Introdutórios

O Manual de Oslo (OCDE, 3ª ed.),
define a inovação como a implementação
de um produto (bem ou serviço) novo ou
significativamente melhorado, ou um
processo, ou um novo método de
marketing, ou um novo método
organizacional ...
Todas as empresas podem inovar!!
4
Conceitos Introdutórios
Tipos de
Inovação

5
Inovação em Produtos
(bens ou serviços)
Exemplos:
• o telefone celular em comparação ao telefone fixo,
• a venda por internet em comparação à venda direta na loja.
6
Inovação em Processos
Aprimoramento ou desenvolvimento de novas formas de produção
ou de distribuição de bens ou de novos meios de prestação de
serviços.
Exemplos:
• mudanças nos equipamentos ou na organização da produção ou
uma combinação de ambos
• Logística Reversa
7
Inovação em Produtos
e Processos
8
Inovação Tecnológica
... quando a inovação é resultado da aplicação de
conhecimentos obtidos através da pesquisa científica
aplicada a produtos ou processos de produção, com novas
funcionalidades e efetivos ganhos de qualidade ou
produtividade, resultando em maior competitividade.
9
Inovação Organizacional
Local de trabalho, relações da empresa com o mercado,
fornecedores ou distribuidores.
Exemplo:
os métodos e técnicas chamadas de
“produção enxuta”.
10
Inovatividade de Produtos
GRAU DE INOVATIVIDADE DE PRODUTOS –
INDICADORES PARA A AVALIAÇÃO SOB A ÓTICA DA
EMPRESA
Dissertação Paulo Bastos Jr
Mestrado em Tecnologia / UTFPR
11
Inovatividade de Produtos
Objetivo Geral
Desenvolver um conjunto de indicadores de
avaliação do grau de inovatividade de produtos com
o qual seja possível estabelecer análises
comparativas.
12
Inovatividade de Produtos
Funil de Desenvolvimento
Alternativas
Decisões
Soluções
Tempo
13
Inovatividade de Produtos
• Tema recente
• Pode ser observada por dois ângulos distintos:
o do consumidor (mercado) e o da empresa
(Dannels e Kleinschmidt,2001);
• Tipologia de Booz, Allen e Hamilton – Novo
para a firma e Novo para o mercado
14
Inovatividade de Produtos
Tipologia de novos produtos de Booz, Allen e Hamilton
Novidade para o Mercado
Alta
Baixa
Novidade para a Firma
Alta
Produtos novos para
Nova linha de produtos
mundo
Baixa
Incrementos/revisões
Ampliação na linha de produtos
nos produtos existentes
existentes
Redução de custo
Reposicionamentos
Fonte: Bozz, Allen, Hamilton (1982) apud Dannels e Kleinschmidt (2001)
15
Inovatividade de Produtos
• Neste estudo: PERSPECTIVA DA EMPRESA
• Ênfase em questões relacionadas ao ambiente
mercadológico e tecnológico da empresa.
• Quanto inovador é o produto para a empresa que o
desenvolve.
• Avaliação bi-dimensional: familiaridade e adequação
16
Inovatividade de Produtos
• Familiaridade
– Quanto a organização conhece:
• do mercado: consumidores e suas necessidades,
concorrentes;
• e da estrutura tecnológica: desenvolvimento,
produção e tecnologia do produto;
17
Inovatividade de Produtos
• Adequação
– São adequados os recursos que a empresa dispõe e
organiza?
• Recursos tecnológicos (permite elaboração do novo produto)
• Recursos relativos ao mercado e ao cliente (permite servir
determinado cliente)
18
Inovatividade de Produtos
DIMENSÕES
Familiaridade
Adequação
Ambiente
Ambiente
Recursos
Tecnológico Mercadológico Tecnológicos
Recursos de
Marketing
19
Inovatividade de Produtos
FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO
20
Inovatividade de Produtos
21
Inovatividade de Produtos
22
Ambientes Inovativos –
Gestor de Inovação
KANTER, R. M.; KAO, J.; WIERSEMA, F. Inovação:
Pensamento inovador na 3M, DuPont, GE, Pfizer e
Rubbermaid. São Paulo: Negócio Editora, 1998.
23
24
Características de um Gestor da Inovação
Reúne aliados
A importância de formar
uma coligação de
apoiadores é óbvia. Este
é um dos aspectos mais
negligenciados.
25
Características de um Gestor da Inovação
Olha para além
de suas fronteiras
para descobrir o
que de diferente
pode ser feito.
Move-se além dos
limites definidos
26
Características de um Gestor da Inovação
Partilha os méritos
Mesmo que a idéia
inicial seja sua o Gestor
de Inovação reparte os
créditos.
As pessoas
precisam saber que são
reconhecidas.
27
Características de um Gestor da Inovação
Sabe delegar
Atribuições
Responsabilidades
Autoridade
28
Características de um Gestor da Inovação
Automotivado
Sabe delegare
motiva os outros:
Não só é motivado,
Atribuições
como também motiva
Responsabilidades
e inspira quem o
Autoridade
rodeia.
29
Características de um Gestor da Inovação
Preocupa-se com o
tratamento das
pessoas:
É justo e sensível
ajudando os outros a
alcançar o sucesso,
não sendo
manipulador.
30
Características de um Gestor da Inovação
É persistente.
Sabe
delegar
Quando
o projeto
“complicou” e tudo
parece difícil não é hora
Atribuições
de desistir. Insiste,
procura
soluções,
Responsabilidades
alternativas,
Autoridademais
apoiadores, que o sucesso
virá.
31
Características de um Gestor da Inovação
Tem caráter.
Sabe delegar
Caráter é uma
poderosa fonte de
Atribuições
credibilidade.
Responsabilidades
A primeira pedra
Autoridade
da liderança é a
clareza dos valores
pessoais.
32
Características de um Gestor da Inovação
Toma as decisões
e assume a
responsabilidade.
Se a indecisão
perdurar no grupo,
toma-a para si.
33
Características de um Gestor da Inovação
Tem compromisso
com a mudança:
Acredita que o futuro da
organização depende de
uma mudança bem
sucedida.
Encara a mudança como
algo excitante e que vale
a pena.
34
Características de um Gestor da Inovação
Corre riscos
calculados.
Um Gerente de
Projetos de Inovação
aceita maiores riscos
quando tem a
possibilidade de
sucesso.
35
Características de um Gestor da Inovação
Tem habilidade de
Negociação.
36
Características de um Gestor da Inovação
O anonimato e o
bom humor:
• Não quer “aparecer”
demais pois julga que
isto enfraquece a sua
credibilidade.
• Tem sentido de humor,
o que lhe permite
levantar o moral dos
outros. Mantém o astral
da equipe elevado.
37
... Ou seja...
38
Frases destrutivas
“Isso parece arriscado”
“Não faz parte de nossas competências”
“Vamos voltar para as coisas básicas”
“Dava certo antes”
“Não há nenhuma ameaça”
“É uma estrada perigosa. Se entrarmos nela
não haverá como voltar.”
39
Exercício
Idealize como seria uma organização
inovadora. Ambientes, relacionamentos,
políticas....
Google
40
Os mitos da Inovação
41
MITO 1
Mito dos ovos de rã: são necessárias muitas idéias
inovadoras para que haja inovação bem sucedida.
A realidade é que as organizações necessitam
especialmente de criar condições para que as idéias
emergentes se traduzam em inovações valiosas. As idéias
são como os ovos de rã: milhares são produzidos, mas
apenas alguns incubam. Muitas organizações produzem
novas sementes, mas carecem de terreno fértil onde
essas sementes germinem e cresçam.
42
MITO 2
Mito do departamento inovador: a inovação depende
sobretudo do departamento específico.
Na realidade, é necessário que toda a organização atue
em prol da inovação. Os departamentos de inovação
são realmente importantes. Mas a inovação deve ser
um "modo de vida" impregnado em toda a empresa.
43
MITO 3
Mito da espontaneidade: para haver inovação, basta
deixar as pessoas em "roda livre".
A realidade sugere que é necessário proporcionar-lhes
estrutura, sob pena de as idéias espontaneamente
surgidas não se desenvolverem. É necessário que as
organizações concedam aos colaboradores a liberdade
para pensar, mas é igualmente fundamental
proporcionar-lhes a estrutura que lhes permita agir.
44
MITO 4
Mito da alteração radical: o sucesso depende das
inovações radicais que rompem com o passado.
Na realidade, a inovação raramente ocorre num vácuo.
Muitas inovações combinam elementos do passado. Esse
foi o caso do iPod. A Apple não criou nada radicalmente
novo em termos tecnológicos, mas criou valor importante
para os consumidores.
45
MITO 5
Mito dos erros caros: o cancelamento de um projeto é
um fracasso. A consequência deste mito é que os
gestores não interrompem o projeto mesmo que os
indicadores sejam fracos.
A realidade é que a inovação, o risco e os erros andam de
"mão dada". Mais importante do que gerir o risco do
fracasso é gerir os seus custos, detectando-os quanto
antes e reduzindo a sua dimensão.
46
MITO 6
Mito dos desvios à via principal: as empresas devem
focalizar-se nas competências nucleares e evitar
"desvios".
A realidade sugere que um desvio pode tornar-se a via
principal. Os lasers foram criados como instrumentos
de medida confiáveis, mas acabaram por revolucionar a
cirurgia e a eletrônica. As microondas começaram nas
comunicações militares, mas acabaram na confecção de
comida.
47
MITO 7
Mito da novidade: a inovação diz respeito à criação de novas
coisas, estando frequentemente associada a novas tecnologias
ou a novos produtos provindos de laboratórios de P&D.
Na realidade, a inovação toma múltiplas formas. A Toyota
constrói bons carros, mas não é esse o real segredo do sucesso antes o é o seu sistema de produção. Importa pois que os
gestores, em vez de se focalizarem apenas na faceta "o quê"
(produtos, tecnologias e serviços), se focalizem também nas
facetas "quem" (segmentos dos consumidores e necessidades
servidas), "como" (processos operativos e capacidades
utilizadas), e "onde" (canais de distribuição).
48
MITO 8
Meio mito: a inovação requer sobretudo potencial
tecnológico.
Na realidade, essa é apenas uma das fontes da
inovação. E, mesmo essa, para ser bem sucedida,
necessita dos elementos soft: pessoas, equipes,
intuição, confiança, criatividade, capital social, capital
psicológico, liderança.
49
Inovar quando tudo corre bem na
empresa!!!
Mudar, imediatamente e sempre!!!
Tornar a inovação a regra e não
a exceção!!!
50
PARA OBTER A INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Visão empresarial
Competência gerencial
P&D
Relações de cooperação
+
Gestão tecnológica
Gestão mercadológica
Captação de recursos
51
ATORES DO PROCESSO DE INOVAÇÃO
UNIVERSIDADES
EMPRESAS
GOVERNO
INSTITUTOS DE P&D
ÓRGÃOS DE GESTÃO
Fonte: TEIXEIRA (1983, p.69)
52
CONDIÇÕES PARA EMPREENDER E INOVAR
•Apoio Financeiro
•Políticas Governamentais / Corporativas
•Programas Governamentais / Corporativas
•Educação e Treinamento
•Pesquisa e Desenvolvimento (Transferência de Tecnologia)
•Infra-estrutura de Apoio
•Abertura de Mercado/ Barreiras à Entrada
•Acesso à Infra-estrutura Física
•Normas Culturais e Sociais
•Características da população / força de trabalho
53
Problemas e obstáculos apontados
pelas empresas que implementaram
inovações – Brasil
79,7
82,8
Elevados custos da inovação
74,5
Riscos econômicos excessivos
76,4
56,6
Escassez de fontes de financiamento
62,1
47,5
45,6
Falta de pessoal qualificado
35,8
36,6
Falta de informação sobre tecnologia
Dificuldade para se adequar a padrões
30,5
33,9
Falta de informação sobre mercado
29,6
32,2
Escassas possibilidades de cooperação
25,5
28,2
Escassez de serviços técnicos
24,0
25,6
Fraca respostas dos consumidores
17,9
Rigidez organizacional
0,0
1998-2000
32,9
25,1
10,0
20,0
21,2
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
2001-2003
54
Avaliação do grau de Inovação na
Empresa
55
O grau de Inovação da Empresa
Metodologia UTFPR_IEL-PR
(Versão Beta)
O Cálculo do Índice de Inovação da Empresa - IIE
O IIE, cujo valor máximo é 1 (um), é calculado por:
IIE = (0,5 X IEI) + (0,5 X IRI)
56
RESULTADOS
Média
Prêmios obtidos
por inovações
Número de
Patentes
PRE
IRH
1
Recursos
Humanos
Investimento
em P&D&I
IPD
0.8
PAT
TIR
0.6
Tipo do
Investimento
Realizado
0.4
Venda de
Tecnologia para
terceiros
VTT
0
EIP
Economia
devida a
Faturamento
inovação
emde novos
advindo
processos
produtos e/ou
serviços
PFI
CUL
NPI
Número de
Projetos para
Inovação
Configuração
Organizacional
voltada para a
EFI
InovaçãoFísica
Estrutura
Cultura
para a
para
a
Inovação
Inovação
COI
0.2
Grau de
PGT Práticas de Gestão
Maturidade em
de Tecnologia Processos de
Inovação
GMI
59
PLANEJAMENTO DE INOVAÇÃO
E TECNOLOGIA
60
CAPACIDADE TECNOLÓGICA
Grau de domínio e experiência no processo
de inovação tecnológica.
1° nível – Tem capacidade apenas de identificar,
selecionar e comprar tecnologia
2° nível – Tem capacidade para modificar e adaptar
tecnologia
3° nível – Tem capacidade para criar nova tecnologia
61
O QUE É TECNOLOGIA?
62
Conjunto organizado de conhecimentos
científicos aliados a técnica (know-how)
e a meios, com o objetivo de produzir e
comercializar bens e serviços.
63
O CONCEITO DE
TECNOLOGIA
64
Estratégias de Inovação
•
•
•
Dependem do:
– Mercado e da concorrência
– Ambiente nacional e políticas públicas entre outras
O mercado é determinado por seis variáveis críticas:
produtividade, qualidade, preço, flexibilidade, tempo
apropriado e marketing
A tecnologia é a principal impulsionadora das primeiras
quatro e importante para as duas últimas.
65
6 tipos
Relevantes para o sucesso
• Revelam escolhas a partir de objetivos
arrojados
• Sistematização das estratégias: Christopher
Freemann, em Economics of Industrial Innovation
66
OFENSIVA
DEFENSIVA
IMITADORA
DEPENDENTE
TRADICIONAL
OPORTUNISTA
67
OFENSIVA
•
•
•
•
•
•
Usada por poucas empresas
Busca da liderança de mercado;
Normalmente marca forte;
Setor de P&D muito forte;
Valorização da proteção de patentes;
RH altamente qualificado.
68
Inovação em Produto
união da perfumaria com a criação artesanal
de vinhos
Inovação em Processo
fermentação em tonéis de vinho
Pela primeira vez no mundo um perfume é
fabricado tendo como base o álcool vínico (obtido
pela destilação de vinho) macerado em barris de
carvalho francês*, conferindo personalidade única
e diferenciada à fragrância. *Patente requerida
Líder de venda do mercado
Maior rentabilidade do portfólio
Maior share de categoria
69
70
DEFENSIVA
–
–
–
–
–
P&D muito desenvolvido;
RH altamente qualificados;
Sem preocupação com a liderança;
Aproveita-se dos erros de pioneiros;
Lança seus produtos logo após seus
concorrentes.
71
72
IMITADORA
•
•
•
•
•
•
•
Não disputa posição de liderança
Aspira posição defensiva
Mercado pode provocar mudança no seu produto
Adquirem patentes secundárias
Capacidade de engenharia e desenho de produção
Custo baixo de produção
Vantagens organizacionais
73
IMITADORA

Brinquedo 1
Empresa Inovadora: Lego

Brinquedo 2
Empresa Imitadora
brinquedo semelhante ao Lego
74

Sandália Plástico
Empresa Inovadora: sandália de
plástico Melissa - Grendene (1979
– 1º modelo)

Sandália Plástico
Empresa Imitadora: sandália de
plástico semelhante à Melissa
75
DUPÉ
76
DEPENDENTE
• Normalmente sub-contratadas,
respondem flutuações que afetam as
empresas de maior porte.
77
Empresas com estratégia tecnológica
mutuamente DEPENDENTE
78
TRADICIONAL
•
•
Produto original imutável;
Mantém o produto original e inova na diversificação;
•
Nem o mercado ou a concorrência empurram
mudanças no produto;
79
80
81
É tradicional mas diversifica em torno do
produto principal
82
Estratégia tradicional significa manter o produto
original e inovar na diversificação
83
84
OPORTUNISTA
– Sobreviventes em espaços de mercado
específicos e particulares;
– Descobrem nichos não atendidos.
85
Desenvolvida
especialmente para limpar,
hidratar, modelar ou
relaxar os cabelos crespos
e muito crespos
Mouse p/ Canhoto
86
Batavo - BioSoja
• Não contém
Lactose.(Pessoas
deficientes da enzima
Lactase)
• Não contém Glúten.
(Portadores da doença
Celíaca - intestino)
87
funções e estratégias
Ofensiva
Defensiva
Imitadora
Dependente
Tradicional
Oportunista
Investimento Fundamental
4
2
1
1
1
1
Investimento Aplicada
5
3
2
1
1
1
Desenvolvimento Experimental
5
5
3
2
1
1
Engenharia de Desenho
5
5
4
3
1
1
Patentes
5
4
2
1
1
1
Serviços Técnicos
5
3
2
1
1
1
Produção/Controle/Qualidade
4
4
5
5
5
1
Informação Científica/Tecnológica
4
5
5
3
1
5
Educação e Formação
5
4
3
3
1
1
Planejamento longo prazo
5
4
3
2
1
5
(1) significa função débil ou inexistente; (5) significa função muito forte
88
FORMAS DE ACESSO À TECNOLOGIA
89
GRAU DE DOMÍNIO
- nível de APROPRIAÇÃO
+
- nível de EXCLUSIVIDADE
90
Nível de
Apropriação
Grau de Domínio
Nível de
Exclusividade
91
FORMAS DE ACESSO À TECNOLOGIA
Compra
Alianças estratégicas
Importação
P&D interna
Especialistas
Vigilância
Pesquisa por contrato
Cópia
Licenciamento
Formação
Subcontratada
Compra de empresa
Pesquisa cooperativa
92
Critérios de Seleção
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Nível de Apropriação
Nível de Exclusividade
Custo financeiro
Tempo para transformar em inovação
Características típicas do setor de atuação
Possibilidade de explorar em outros produtos
Estrutura da empresa adquirente (RH, Física)
Ação da concorrência
Potenciais parceiros (fornecedores, instituições de ensino e
pesquisa)
• Risco de insucesso
93
Compra
• Britânia Sound
Nome da Empresa
Setor de Atuação
Fundação
Principais Produtos
Controle Acionário
Nº de funcionários
Faturamento
Britânia Eletrodomésticos S.A.
Eletrodomésticos
1956
Cozinha/ Cuidados Pessoais / Lar / Som e
Imagem
Brasileiro
1000
94
• DESAFIO
Ampliar a linha de produtos.
• SOLUÇÃO
Importar produtos da linha de som e áudio para ampliar seu
faturamento e linha de produtos. Usar seus canais de distribuição
para comercialização dos produtos
• RESULTADO
Oferece ao mercado cerca de 37 produtos na linha de som e áudio.
Tais como: Home Theater, Discman, DVD Player, Micro System com
CD, Micro System Digital, Mini TV, MP3 Player, Rádio AM/FM, Rádio
Gravador com CD, Rádio Relógio, Som automotivo com CD.
95
Compra de Empresa
• Qualcomm
Nome da Empresa
Localização
Fundação
Setor de Atuação
Principais Produtos
Destaques
Qualcomm
Miami
1985
Telecomunicações
Sistemas de Comunicação Móvel - Chips CDMA
Participante das 500 maiores empresas da revista Fortune
Detentora de aprox. 3000 patentes concedidas e
requeridas nas tecnologias CDMA e WCDMA
96
Desafio: Dominar a tecnologia 4G de telefonia móvel
Solução: A Qualcomm comprou a Flarion Technologies.
• A transação será paga em ações e dinheiro - 600 milhões de dólares.
• Mais 205 milhões de dólares - desempenho nos oito primeiros anos
de integração.
• A Flarion detém as patentes e produz com a tecnologia OFDMA
(Acesso Múltiplo por Divisão Octogonal de Freqüência), considerada
a 4G da telefonia móvel. Processamento 10 vezes maior do que os
telefones de terceira geração.
Resultado: Com esta transação a Qualcomm passa a deter mais de 300
patentes relativas a tecnologia OFDMA
97
Importação de Tecnologia
 Pulverizadores
Nome da Empresa
Localização
Fundação
Setor de Atuação
Principais Produtos
Controle Acionário
Nº de funcionários
Faturamento
Montana
São José dos Pinhais
1996
Equipamentos Agrícolas
Pulverizadores
Brasileiro
150 milhões
98

DESAFIO
Adaptar-se as diferenças regionais e aumentar a participação em um mercado
agrícola em expansão e, atualmente, orientado para a redução de defensivos e
entrada de novos concorrentes.

SOLUÇÃO
A Montana procurou uma parceria através de Joint Venture com a italiana
Landini para a produção de tratores, a qual inclui um pacote tecnológico
adequado à realidade brasileira.

RESULTADO
Expectativa de produção de 300 unidades para o primeiro ano através do
investimento de 20 milhões de euros na nova empresa Landini Montana Ltda.
99
Vigilância Tecnológica
•
Nome da Empresa
Localização
Fundação
Setor de Atuação
Principais
Produtos/Marcas
L'Oreal
Paris
1907
Controle Acionário
Faturamento
Destaque
Francês
15 bilhões de Euros
507 milhões de Euros para P&D
Aprox. 600 patentes depositadas em 2004
Atividades Cosméticas, Dermatológicas e Farmaceuticas
Garnier, Colorama Maybelline, Lancôme, Helena
Rubinstein, Ralph Lauren, Giorgio Armani,
Cacharel, Paloma Picasso e Guy Laroche.
100
Desafio: A necessidade de inovar sem cessar, um valor cultural da
empresa.
Solução: Direção de Vigilância Tecnológica responde à Vice-Presidência
Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa.
-Estrutura descentralizada e internacional (“antenas”);
-Especialistas da própria empresa;
-Cada “vigilante” forma uma rede, totalizando mais de 100 pessoas que
gravitam em torno do grupo de Vigilância.
Resultado: Nos últimos três anos, a L'Oréal registrou mais de 1.400
patentes, mais de 120 novas moléculas foram patenteadas e utilizadas
pela L'Oréal nos últimos 40 anos.
101
Cópia
Nome da Empresa
Vigor
Localização
Fundação
1918
Setor de Atuação
Alimentício
Principais Produtos
Laticínios e
Controle Acionário
Brasileiro
Nº de funcionários
Faturamento
R$ 547 milhões
102
• DESAFIO
Acompanhar a evolução tecnológica na área de alimentos
com diversificação de produtos.
• SOLUÇÃO
Investir em linhas de produtos com tecnologia conhecida,
já lançados e aceitos pelo mercado
• RESULTADO
Aumentar rapidamente a linha de produtos ofertados
103
Empresa Subcontratada
• Pára-choques plásticos
Nome da Empresa
Localização
Fundação
Setor de Atuação
Principais Produtos
Controle Acionário
Nº de funcionários
Faturamento
Peguform
São José dos Pinhais
1959
Automotivo
Pára-choques plásticos
Alemão
350 Brasil – 12.000 Mundo
U$ 2 bilhões
104
• DESAFIO
Ser uma subcontratada de montadoras de automóveis.
• SOLUÇÃO
“Com o foco no desenvolvimento e na produção de partes plásticas de
alta qualidade e módulos para o interior e exterior de veículos
automotivos. Nosso objetivo principal é sermos o fornecedor
preferencial e nos desenvolver como parceiros junto aos nossos
clientes.”
• RESULTADO
Tem como clientes as empresas: Audi, BMW, Citroen, DaimlerChrysler, Fiat – Lancia, Ford, GM-Opel, Nedcar, Nissan, Peugeot,
Porsche, Renault, Seat, Skoda, Volvo.
105
Pesquisa Cooperativa
Desafio: Desenvolvimento e aplicação de energias
renováveis, “Ecologicamente Corretas”
Solução: Projeto Biodiesel - No Encontro Econômico
Brasil-Alemanha 2005 Na área de biocombustível, foi
anunciado um acordo entre Brasil e Alemanha que prevê
testes com biodiesel (mistura de diesel com óleos
naturais, como a mamona, palma e a soja) em dez ônibus
de Fortaleza e 120 veículos da Administração Pública na
cidade alemã de Dortmund. Estes veículos de órgãos da
administração pública municipal usarão o sistema de
combustível flex-fuel.
106
• Resultados: Possibilidade de exploração
em nível internacional do biodiesel
brasileiro e atendimento a demandas
ambientais, muito fortes na Europa.
107
Formação de Pessoal
Próprio

Embraer
Nome da Empresa
Localização
Fundação
Setor de Atuação
Principais Produtos
Controle Acionário
Nº de funcionários
Faturamento
EMBRAER - Empresa Brasileira de Aeronáutica
S.A José dos Campos - SP (sede)
São
1969
Aeroespacial
Projeto, produção, vendas e serviços
associados de aeronaves e componentes.
Cia. Bozano e os fundos de pensão PREVI e
SISTEL
16.500 empregados, 85,5% situados no Brasil.
R$ 9.253.800 bilhões em 2004
108

DESAFIO
Ações de formação, treinamento e desenvolvimento de pessoas.

SOLUÇÃO
“Programas Acessórios” como Bolsas de Estudo (para nível técnico e Superior)
e Línguas, sempre alinhados aos requisitos e objetivos negociais. Programa de
Especialização em Engenharia – PEE, (2001) o qual objetiva a formação de
engenheiros aeronáuticos para atendimento a demanda de áreas técnicas da
Embraer. O Programa viabiliza a titulação de mestre em Engenharia
Aeronáutica pelo ITA, reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).

RESULTADO
Preocupação constante com a sucessão e desenvolvimento, dando atenção às
atitudes e comportamentos de cada liderado, trabalhando o seu crescimento e
desenvolvimento.
109
Licenciamento
• Nortel
Nome da Empresa
Localização
Fundação
Setor de Atuação
Principais Produtos
Controle Acionário
Faturamento
Nortel Corporation
Estados Unidos
1895
Telecomunicações
Comunicação Multimídia
Americano
U$ 17 bilhões
110
Desafio: Ampliar a geração de receita a partir de tecnologias e
patentes desenvolvidas.
Solução: Implantar o Programa de Licenciamento de Tecnologias e
Patentes
“Você tem interesse na possibilidade de poder ter acesso a, e/ou
obter direitos de certa tecnologia líder e de ponta, patentes e/ou
outros direitos de propriedade intelectual ("IPR") de um líder em
inovação em tecnologia? Então prossiga com a leitura.”
(site: www.nortel.com/corporate/technology/tlp/index_pt.html)
Resultado: Disseminação da tecnologia desenvolvida pela
empresa e receitas financeiras.
111
Pesquisa por Encomenda

Importação de álcool
Fundação
1980
Setor de Atuação
Energia
Principais Produtos Pesquisa e desenvolvimento de energia
industrial ( álcool, carvão e outras formas de
Controle Acionário Japonês
Nº de funcionários 700 (mais 300 especialistas para operações de
P&D)
Capital Aproximado 149.9 bilhões de ienes
112



DESAFIO
O Japão é um dos maiores importadores de álcool. Em 2004, importou
cerca de 500 milhões de litros, dos quais 350 milhões foram
comprados do Brasil.
SOLUÇÃO
Financiamento, através do JBIC (Japan Bank Cooperation for
International Cooperation) da pesquisa para a produção de biodiesel
Brasileiro
RESULTADO
O financiamento poderá ser dado mediante a disponibilização de
recursos para o governo brasileiro financiar a pesquisa e o plantio de
cana ou de mamona e girassol para a produção de biodiesel.
113
Contratação de
Especialistas
• Adesivo Antimicrobiano
Nome da Empresa
Localização
Fundação
Setor de Atuação
Principais Produtos
Controle Acionário
Nº de funcionários
Faturamento
3M
E.U.A.
1902
Multi setorial
Produtos de limpeza, Química, saúde, gráficos, entre
outros.
Americano
2514
U$ 20 bilhões
114
• DESAFIO
A divisão médica da 3M precisava desenvolver novas soluções para
ganhar espaço no mercado de equipamentos de controle de infecção
hospitalar
• SOLUÇÃO
A 3M buscou cirurgiões exigentes e maquiadores por conhecerem as
características de diferentes tipos de pele e dariam pistas para o
desenvolvimento de curativos.
• RESULTADO
Os especialistas ajudaram a criar produtos como o adesivo
antimicrobiano que se adapta a diferentes tipos de pele e previne
infecções
115
Associações e
Alianças Estratégicas
Nome da Empresa
HP
Localização
Estados Unidos/ CA
Fundação
1939 (1967 no Brasil)
Setor de Atuação
Infraestrutura de TI, computação pessoal
Principais Produtos
Impressoras e multifuncionais, fotografia, …
Controle Acionário
Americano
Nº de funcionários
150.000 (1,4 mil no Brasil)
Faturamento
US$ 83,3 bilhões
116



DESAFIO
Manter-se líder de mercado.
SOLUÇÃO
Parceria Empresa/universidade (TECNOPUC) em Porto Alegre , com 80
profissionais de P&D atuando no desenvolvimento de novas
tecnologias para Clustering e Supercomputação. Alianças para uso de
plataformas de software tipo Windows, Linux, Unix, Blade, entre outras
RESULTADO
Investimentos US$4 bilhões em P&D (US$139 milhões no Brasil).
Registro de 11 patentes por dia no mundo. Proprietária de 21.000
patentes.
117
Pesquisa e Desenvolvimento

Braskem
Nome da Empresa
Localização
Fundação
Setor de Atuação
Principais Produtos
Controle Acionário
Nº de funcionários
Faturamento
BRASKEM S.A.
Pólo Petroquímico do Nordeste, em Camaçari (BA).
2002
Química e Petroquímica
Fabricação, comércio, importação e exportação de
produtos químicos e petroquímicos.
Brasileiro
2900
U$ 5.500 milhões
118

DESAFIO
Está entre as cinco maiores companhias nacionais depositadoras de patentes, com cerca de
70 pedidos, no Brasil e no exterior. Somam 130 patentes depositadas.

SOLUÇÃO
Inaugurou Centro de Tecnologia e Inovação (Triunfo), com 3 mil metros quadrados e 11
laboratórios nos quais investiu R$ 8 milhões pretendendo colocar no mercado 30 novos
produtos ao ano. São 130 profissionais entre pesquisadores, técnicos e pessoal de apoio,
comandados por 30 cientistas com doutorado, mestrado ou pós-graduação.

RESULTADO
Além do conhecimento produzido no Centro, a empresa ainda mantém parcerias com
diversas universidades brasileiras e estrangeiras e com institutos de pesquisa espalhados pelo
mundo. Recebe cerca de 300 solicitações por mês para o desenvolvimento de novos
produtos, de processos e de melhoria de competitividade.
119
Domínio Tecnológico e Avaliação das Formas de
Acesso à Tecnologia: um Estudo de Caso. 
Paulo Alberto Bastos Jr
Hélio Gomes de Carvalho
(PPGTE – UTFPR)
Dálcio Roberto dos Reis
(PPGTE – UTFPR)
120
Objetivo do Estudo
Avaliar diferentes modalidades de acesso
à tecnologia.
Critérios:
 Tempo;




Recurso investido;
Retorno;
Aprendizado;
Formação de redes.
121
Metodologia
Objeto de Estudo:
Empresa metalúrgica de médio porte; Região
Metropolitana de Curitiba; aproximadamente 700
funcionários; 5% com ensino superior.
Fornecedora de grandes empresas do setor eletroeletrônico e telecomunicações (cadeia produtiva
competitiva, exigente e globalizada);
Investimento em P&D – 0,5% do faturamento.
122
Metodologia
Instrumentos de Coleta de Dados:
Entrevista semi-estruturada e aplicação de
questionário fechado com gerente da área
técnica de empresa.
O questionário:
Avaliação das formas de acesso à tecnologia
mediante uma escala de satisfação
(cinco pontos – 1 Muito Insatisfatório / 5 Muito
Satisfatório)
123
Metodologia
Dimensões Avaliadas:
Tempo consumido até a geração da inovação ou introdução
de melhorias tecnológicas nos produtos;
Recurso investido no acesso à determinada tecnologia;
Retorno financeiro do recurso investido e prazo para
obtenção deste retorno;
Aprendizado resultante, em relação a obtenção de
informações de processos e produtos e em termos de
qualificação de pessoal;
Formação de redes de relacionamento institucional.
124
Resultados
125
Resultados
Segundo o entrevistado:
“ser uma empresa subcontratada é o meio mais rápido e de menor
custo para se ter acesso a novas tecnologias e processos, pois as
empresas multinacionais necessitam nacionalizar seus produtos e
processos de forma muito dinâmica por isso prestam total apoio
técnico e operacional, no desenvolvimento de produtos nacionais.”
Engenharia Reversa/Cópia - A empresa possui um parque fabril
moderno e por vezes sub-utilizado, as pessoas são incentivadas a
proporem novos produtos, existem profissionais que estão
constantemente em visitas à feiras e exposições.
126
Resultados
Segundo o entrevistado:
Iniciativas de caráter cooperativo não entusiasmam a empresa
“há muito medo de levar um cano”. A confiança que é o
elemento central no estabelecimento de pesquisas cooperativas,
não tem sido cultivada na trajetória histórica da empresa.
As interações com Universidades de uma forma geral não foram
consideradas satisfatórias, no entanto estes acordos
permanecem por força da lei da informática, e consistem
basicamente na utilização de laboratórios para ensaios e testes.
127
Considerações Finais
Os resultados evidenciaram que é perfeitamente
possível a utilização combinada e simultânea de
diferentes formas de acesso à tecnologia.
“Modalidades de acesso à tecnologia” é um tema
escasso na literatura científica.
Limitação do estudo - apenas uma organização
estudada.
Novos estudos correlacionados devem ser
estimulados a fim de verificar padrões de para
diferentes tipologias organizacionais.
128
OBRIGADO!!!
Contato:
[email protected]
41 9196 3433
41 3264 246
129
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Apresentação FESP Inovação e Qualidade