ISBN 978-85-8015-053-7
Cadernos PDE
VOLUME I I
Versão Online
2009
O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS
DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
Produção Didático-Pedagógica
Ficha catalográfica Produção Didático-Pedagógica
Professor PDE/2010
Título
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO –
DIMENSÃO PEDAGÓGICA E ADMINISTRATIVA
Autor
ROELI ANTUNES DE SOUZA
Escola de Atuação
COLÉGIO ESTADUAL DR. JOÃO FERREIRA EVES
Município da escola
PALMITAL
Núcleo Regional de Educação
PITANGA
Orientador
CLARICE SCHNEIDER LINHARES
Instituição de Ensino Superior
UNICENTRO
Área do Conhecimento
PEDAGOGIA
Produção Didático-Pedagógica
CADERNO PEDAGÓGICO
Relação Interdisciplinar
Público Alvo
COMUNIDADE ESCOLAR
Localização
COLÉGIO ESTADUAL DR. JOÃO
FERREIRANEVES – EFMNP
RUA MAXIMILIANO VICENTIN, Nº 937
Apresentação:
(descrever
a
justificativa, objetivos e metodologia
utilizada).
JUSTIFICATIVA:
A organização do trabalho pedagógico no que se
refere a dimensão pedagógica e administrativa é uma
“atividade que envolve direta ou indiretamente toda a
comunidade escolar. Por isso, se faz necessário uma
discussão coletiva, visando um repensar de ações com o
objetivo de levantar dados e buscar estratégias para o
enfrentamento de questões que envolvam as questões
pedagógicas e administrativas.
OBJETIVO:
Identificar
as
ações
pedagógicas
e
administrativas no espaço escolar com a finalidade de
propor ações efetivas e organizacionais para o
fortalecimento
das
práticas
pedagógicas
e
administrativas na escola de forma reflexiva,
fundamentados na prática educacional e do cotidiano da
escola.
METODOLOGIA:
O Projeto será implementado no Colégio
Estadual Dr. João Ferreira Neves – EFMNP, em forma
de reuniões periódicas (grupos de apoio). Esse grupo
será formado por representantes da equipe pedagógica e
administrativa, professores, pais e alunos, e terá como
compromisso estudar, analisar e discutir teorias e
algumas questões legais relacionadas à Educação que
constem na Constituição Federal, LDB, Projeto Político
Pedagógico do Colégio e Regimento Escolar.
Além do material citado serão usados os dados
coletados em entrevista preliminar referente ao papel do
pedagogo na escola em diferentes momentos, que serão
respondidos por membros da comunidade escolar.
Palavras-chave
Organização – trabalho pedagógico – ambiente escolar comunidade – dimensão administrativa.
CONTRATO DE CESSÃO GRATUITA DE DIREITOS AUTORAIS
Pelo presente instrumento particular, de um lado ROELI ANTUNES DE
SOUZA, BRASILEIRA, CASADA, PROFESSORA PEDAGOGA, CPF nº 386
35917987F), Cédula de Identidade RG nº 6708961-8 residente e domiciliado à Rua
VICENTE MACHADO, 105, na cidade de PALMITAL, Estado - PARANÁ,
denominado CEDENTE, de outro lado a Secretaria de Estado da Educação do
Paraná, com sede na Avenida Água Verde, nº 2140, Vila Izabel, na cidade de
Curitiba, Estado do Paraná, inscrita no CNPJ sob nº 76.416.965/0001-21, neste ato
representada por seu titular Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde, Secretária de
Estado da Educação, brasileiro, portadora do CPF nº 392820159-04, ou, no seu
impedimento, pelo seu representante legal, doravante denominada simplesmente
SEED, denominada CESSIONÁRIA, têm entre si, como justo e contratado, na
melhor forma de direito, o seguinte:
Cláusula 1ª – O CEDENTE, titular dos direitos autorais da obra caderno pedagógico
- Organização do Trabalho pedagógico – dimensão pedagógica e administrativa no
ambiente escolar cede, a título gratuito e universal, à CESSIONÁRIA todos os
direitos patrimoniais da obra objeto desse contrato, como exemplificativamente os
direitos de edição, reprodução, impressão, publicação e distribuição para fins
específicos, educativos, técnicos e culturais, nos termos da Lei 9.610 de 19 de
fevereiro de 1998 e da Constituição Federal de 1988 – sem que isso implique em
qualquer ônus à CESSIONÁRIA.
Cláusula 2ª – A CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar a obra
autoral ao qual se refere a cláusula 1.ª deste contrato em qualquer tipo de mídia,
como exemplificativamente impressa, digital, audiovisual e web, que se fizer
necessária para sua divulgação, bem como utilizá-la para fins específicos,
educativos, técnicos e culturais.
Cláusula 3ª – Com relação a mídias impressas, a CESSIONÁRIA fica autorizada
pelo CEDENTE a publicar a obra em tantas edições quantas se fizerem necessárias
em qualquer número de exemplares, bem como a distribuir gratuitamente essas
edições.
Cláusula 4ª – Com relação à publicação em meio digital, a CESSIONÁRIA fica
autorizada pelo CEDENTE a publicar a obra, objeto deste contrato, em tantas cópias
quantas se fizerem necessárias, bem como a reproduzir e distribuir gratuitamente
essas cópias.
Cláusula 5ª - Com relação à publicação em meio audiovisual, a CESSIONÁRIA fica
autorizada pelo CEDENTE a publicar e utilizar a obra, objeto deste contrato, tantas
vezes quantas se fizerem necessárias, seja em canais de rádio, televisão ou web.
Cláusula 6ª - Com relação à publicação na web, a CESSIONÁRIA fica autorizada
pelo CEDENTE a publicar a obra, objeto deste contrato, tantas vezes quantas se
fizerem necessárias, em arquivo para impressão, por escrito, em página web e em
audiovisual.
Cláusula 7ª – O presente instrumento vigorará pelo prazo de 05 (cinco) anos
contados da data de sua assinatura, ficando automaticamente renovado por igual
período, salvo denúncia de quaisquer das partes, até 12 (doze) meses antes do seu
vencimento.
Cláusula 8ª – A CESSIONÁRIA garante a indicação de autoria em todas as
publicações em que a obra em pauta for veiculada, bem como se compromete a
respeitar todos os direitos morais do autor, nos termos da Lei 9.610 de 19 de
fevereiro de 1998 e da Constituição Federal de 1988.
Cláusula 9ª – O CEDENTE poderá publicar a obra, objeto deste contrato, em
outra(s) obra(s) e meio(s), após a publicação ou publicidade dada à obra pela
CESSIONÁRIA, desde que indique ou referencie expressamente que a obra foi,
anteriormente, exteriorizada (e utilizada) no âmbito do Programa de
Desenvolvimento Educacional da Secretaria de Estado da Educação do Paraná –
SEED-PR.
Cláusula 10ª – O CEDENTE declara que a obra, objeto desta cessão, é de sua
exclusiva autoria e é uma obra inédita, com o que se responsabiliza por eventuais
questionamentos judiciais ou extrajudiciais em decorrência de sua divulgação.
Parágrafo único – por inédita entende-se a obra autoral que não foi cedida,
anteriormente, a qualquer título para outro titular, e que não foi publicada ou utilizada
(na forma como ora é apresentada) por outra pessoa que não o seu próprio autor.
Cláusula 11ª – As partes poderão renunciar ao presente contrato apenas nos casos
em que as suas cláusulas não forem cumpridas, ensejando o direito de indenização
pela parte prejudicada.
Cláusula 12ª – Fica eleito o foro de Curitiba, Paraná, para dirimir quaisquer dúvidas
relativas ao cumprimento do presente contrato.
E por estarem em pleno acordo com o disposto neste instrumento
particular a CESSIONÁRIA e o CEDENTE assinam o presente contrato.
Curitiba, 30 de julho de 2010
ROELI ANTUNES DE SOUZA
CEDENTE
______________________________________
CESSIONÁRIA
______________________________________
TESTEMUNHA 1
______________________________________
TESTEMUNHA 2
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
IES – UNICENTRO - GUARAPUAVA
PROPOSTA DE MATERIAL DIDÁTICO
CADERNO PEDAGÓGICO
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO: DIMENSÃO PEDAGÓGICA E
ADMINISTRATIVA
ROELI ANTUNES DE SOUZA
GUARAPAUAVA – PR
2010
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
IES – UNICENTRO - GUARAPUAVA
PROPOSTA DE MATERIAL DIDÁTICO
CADERNO PEDAGÓGICO
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO: DIMENSÃO PEDAGÓGICA E
ADMINISTRATIVA
ROELI ANTUNES DE SOUZA
Proposta de Material didático – Caderno Pedagógico
apresentado ao Programa de Desenvolvimento
Educacional – PDE da SEED – Paraná e UNICENTRO.
Orientadora: Professora Ms Clarice Scheneider Linhares
GUARAPAUAVA – PR
2010
SUMÁRIO
1 PROPOSTA DE MATERIAL DIDÁTICO – CADERNO PEDAGÓGICO........04
1.1 IDENTIFICAÇÃO............................................................................................05
1.2 TITULO............................................................................................................05
1.3 APRESENTAÇÃO...........................................................................................05
1.4 OBJETIVO........................................................................................................05
1.5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................05
1.6 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO...................................................11
1.6.1. Unidade 1- O Papel do Pedagogo na Escola Pública..............................14
1.6.2 Unidade 2 - Atribuições da Equipe Pedagógica definida no
Regimento Escolar 2007 propostas pelas escolas da SEED – Paraná...............15
1.6.3 Unidade 3 - O Projeto Político Pedagógico, um instrumento de
análise e reflexão do cotidiano escolar..............................................................15
1.6.4 Unidade 4 - A práxis pedagógica como instrumento
democrático e participativo de ação e reflexão no interior da escola................16
1.6.5 Unidade 5 - As Diretrizes Curriculares, um instrumento de
mediação das políticas públicas da educação do Paraná...................................17
1.6.6 Unidade 6 - Análise e significação do professor pedagogo na
execução da atividade de supervisão escolar....................................................18
1.6.7 Unidade 7 - O professor pedagogo e sua inserção na organização
do trabalho pedagógico na dimensão pedagógica e administrativa...................19
1.6.8 Unidade 8 - Organização do Trabalho pedagógico, uma
nova postura pedagógica e administrativa........................................................19
2 AVALIAÇÃO.....................................................................................................20
3 CRONOGRAMA...............................................................................................20
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................21
5 ANEXOS.............................................................................................................22
4
1 PROPOSTA DE MATERIAL DIDÁTICO – CADERNO PEDAGÓGICO.....04
1.1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professora PDE: ROELI ANTUNES DE SOUZA
Área PDE: Pedagogia
NRE: Pitanga
Professora Orientadora: Clarice Schneider Linhares
IES vinculada: UNICENTRO
Escola de Implementação: Colégio Estadual Dr. João Ferreira Neves - EFMNP
Público objeto da intervenção: Comunidade Escolar
1.2 TÍTULO:
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA ESCOLA: DIMENSÃO
PEDAGOGICA E ADMINISTRATIVA: UMA REFLEXÃO COLETIVA SOBRE O
PAPEL DO PROFESOR PEDAGOGO NO AMBIENTE ESCOLAR
1.3 APRESENTAÇÃO
O tema de estudo do material didático tem o objetivo de discutir no ambiente escolar a
dimensão pedagógica e administrativa, com a participação efetiva do professor pedagogo,
visualizando a organização do trabalho pedagógico na escola.
Este material didático tem a finalidade de implementar ações pedagógicas no âmbito
escolar, propondo procedimentos pedagógicos para a organização do trabalho pedagógico na
escola, com a finalidade de discutir a principal a função do professor pedagogo e para que esta
seja realmente efetivada no ambiente escolar.
As ações previstas relacionam-se a dimensão pedagógica e administrativa, questão
esta fundamental para que seja discutida e vivenciada por todos os segmentos da comunidade
escolar.
Diante das mudanças que vem ocorrendo no mundo do trabalho, e principalmente no
âmbito escolar, as estratégias de ações devem se voltar para as intensas transformações nas
relações interpessoais, econômicas, políticas e sociais vivenciadas no ambiente escolar. O
presente terá a finalidade de analisar as mudanças no mundo do trabalho e os impactos na
organização da ação pedagógica na unidade escolar que objetiva à modernização da gestão
5
escolar e ao fortalecimento da autonomia da escola, através da adoção de princípios do
planejamento estratégico.
1.4 OBJETIVO
A construção do material didático tem a finalidade de identificar as ações pedagógicas
e administrativas no espaço escolar com a finalidade de propor ações efetivas e
organizacionais para o fortalecimento da prática pedagógica e administrativa no ambiente de
trabalho de forma reflexiva, fundamentados na prática educacional e do cotidiano da escola.
1.5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Sem dúvida, o principal desafio diz respeito ao gerenciamento da escola tanto quanto
administrativamente quanto pedagogicamente. É preciso acabar com a duplicidade pela qual,
ao mesmo tempo em que se proclamam aos quatro ventos as virtudes da educação, exaltando
sua importância decisiva num tipo de sociedade como esta em que vivemos, a mesma é
classificada como "sociedade do conhecimento". Trata-se, pois, de eleger a educação como
máxima prioridade, definindo-a como o eixo de um projeto de capacitação permanente.
Este material didático tem o propósito de considerar que a dimensão pedagógica e
administrativa tem um caráter essencialmente pedagógico, e a comunidade escolar deve
participar efetivamente deste trabalho pedagógico. Embora se possa considerar que se
encontram relações conflituosas no ambiente escolar para serem superadas e como é possível
enfrentar isso, nos seus diferentes momentos, ora pedagógico, ora administrativo. Desta
forma, pretende-se estabelecer uma relação harmoniosa entre professor pedagogo e gestor
escolar, transformando o ambiente de trabalho, numa instituição construtora e promotora do
conhecimento socialmente elaborado, de forma democrática e participativa.
A fundamentação teórica foi desenvolvida com o objetivo de aprofundar a proposta de
análise e pesquisa da organização do trabalho pedagógico referente às questões pedagógicas e
administrativas do Colégio Estadual Dr. João Ferreira Neves – Palmital – PR, tendo como
finalidade discorrer sobre os princípios de gestão democrática, partindo da autonomia escolar,
da participação dos diversos segmentos da comunidade escolar e da gestão da escola,
redefinindo a importância da formação do gestor, que será um dos grandes objetivos do
projeto de intervenção na escola.
6
No decorrer do desenvolvimento do projeto na escola, será aplicada uma pesquisa, que
visa discutir a fundamentação teórica na formação do professor pedagogo e da formação do
gestor educacional; na pesquisa de campo, serão destacadas a função do professor pedagogo e
a organização do trabalho pedagógico no Colégio Estadual Dr. João Ferreira Neves – EFNMP
de Palmital, localizado na região de Pitanga - PR. Serão sujeitos da entrevista representantes
dos diversos segmentos da comunidade escolar: direção, equipe pedagógica, professores,
funcionários, pais e alunos. Para a coleta de dados, utilizar-se-á a observação sistemática e
não participante do ambiente escolar, após a realização das entrevistas, que tem como
finalidade pesquisar qual o papel do professor pedagogo no ambiente escolar.
De acordo com Demerval Saviani (2005), nessa perspectiva, sendo a gestão vista
como uma nova forma de administrar, em que a comunicação e o diálogo estão envolvidos,
cabe ao gestor assumir a liderança deste processo, tendo principalmente a função pedagógica
e social, competência técnica e política. Ao assumir esse papel, o gestor deve,
necessariamente, buscar a articulação dos diferentes atores em torno do projeto políticopedagógico da Escola, o que implica uma liderança democrática, capaz de interagir com todos
os segmentos da comunidade escolar. A liderança é uma gestão escolar democrática, nesse
sentido, requer do gestor uma significativa habilidade e também sensibilidade para que possa
obter o máximo de contribuição e participação dos membros da comunidade escolar. Esta
configuração exige que se compreenda que, a partir do momento em que se busca uma nova
organização do trabalho na escola, também as relações de trabalho em seu interior deverão ser
repensadas e reestruturadas.
Acredita-se que uma nova postura é necessária para se pensar a escola hoje, pois se
trabalha com um pluralismo de ideias e posicionamentos desvelados pela própria atuação dos
integrantes da comunidade escolar na luta pela garantia de seus direitos que convoca para uma
reflexão profunda sobre o modo como esta escola está organizada. O grande desafio é avaliar
quais valores, quais saberes, quais crenças, quais concepções de mundo, estão na base das
relações estabelecidas com a natureza do professor pedagogo e com os demais agentes
educacionais e responsáveis pela gestão escolar.
São educadores que constroem e reconstroem de maneiras distintas suas próprias
culturas, suas formas de viver e de educar as novas gerações. Essas múltiplas maneiras de
pensar, de fazer ciência, de relacionar-se com a escola, de construir o conhecimento são
inspiradoras para a superação de alguns dos grandes desafios da prática educativa.
No intuito de contribuir para dar visibilidade da função específica do professor
pedagogo no ambiente escolar à realidade do cotidiano escolar, vivenciada na prática atual e
7
desafiadora pretende-se resgatar a história, sobre o cotidiano, sobre as formas de organização
da vida e da educação no Colégio Estadual Dr. João Ferreira Neves – EFMNP – Palmital –
PR.
O propósito desta investigação é de analisar a função pedagógica e administrativa e os
significados da escola regular do sistema educacional brasileiro.
A escola, instituição educativa traz para o cotidiano as contradições e desafios
próprios do sistema educacional, de onde ela se origina. Este material didático tem como
princípio algumas destas contradições e as formas de enfrentamento experimentadas pela
comunidade escolar.
Destacam-se ainda alguns elementos da organização do trabalho pedagógico do
Colégio Estadual Dr. João Ferreira Neves – EFMNP tendo por base a pedagogia e as
concepções de educação, inspiradoras para a transformação do sistema educativo
hegemônico.
Na análise da educação, um pressuposto é a afirmação da existência de distintas
formas de educar, construídas historicamente pelos educadores. A educação compreende os
processos pelos quais os profissionais da educação garantem sua continuidade, reproduzindo e
reconstruindo a identidade, a tradição, os saberes, os valores, os padrões de comportamento e
de relacionamento, na dinâmica própria de suas culturas.
A educação é um processo que ocorre de modos distintos e por meio de pedagogias e
mecanismos próprios em cada cultura. Os profissionais da educação possuem espaços e
tempos educativos dos quais participam a pessoa, a família, a comunidade escolar e todos os
envolvidos no ambiente escolar. Deste modo à educação é assumida como responsabilidade
coletiva.
Na organização social, como em outras realidades, a educação é processual: ao longo
de sua vida uma pessoa está sempre aprendendo. Ela é viva e exemplar, aprende-se pela
participação na vida, observando e fazendo junto. No Colégio o ato pedagógico primordial
deve ser a participação. Para aprender todos os envolvidos na educação devem ser
estimuladas a participar, para que aos poucos a organização do trabalho pedagógico possa ter
assumidas todas as responsabilidades de forma cooperativa e solidária.
Na organização do trabalho pedagógico, em que as relações com a comunidade escolar
envolvente são constantes é vivenciada no cotidiano, ocorrem mudanças profundas nos modos
de pensar ato educativo. Com isto a educação também se altera para responder às exigências
da nova situação sem perder sua validade e atualidade. A formalização de parte do processo
educativo, na educação escolar, é uma das significativas alterações na educação.
8
A escola surge na vida de todos os povos como necessidade gerada nas relações com a
sociedade hegemônica. Ela é vislumbrada como instrumento que permite o acesso aos
conhecimentos necessários no enfrentamento da sociedade opressora e como espaço que deve
contribuir para a afirmação da identidade.
Na prática, porém, ela traduz e legitima certos valores, conhecimentos e lógicas de
base capitalista. Veiculam sentidos e vivências fundadas em um modo de organização social
individualizante, competitivo e desigual, radicalmente distinto do sentido coletivo,
participativo e solidário da comunidade escolar.
Assim como na grande parte da ação a práxis escolar em muitas situações pode ainda
imprimir na cultura a sua marca histórica, quando nega a diversidade e põe sob suspeita as
tradições seculares dos povos, cumpre a função homogeneizadora.
Para ser, então, um instrumento que colabora para a garantia dos direitos e para a
valorização do saber, da ciência, da tradição, a escola precisa ser apropriada e controlada pela
comunidade escolar. A organização do trabalho pedagógico deve ser orientada pela
pedagogia. A aplicação do material didático que será realizado no Colégio Estadual Dr. João
Ferreira Neves – EFMNP pretende revelar algumas das maneiras pelas quais os pedagogos e o
gestor escolar modifica a escola e, em parte, controla os seus efeitos.
No início, será um trabalho de várias mãos. No primeiro ano de atuação do professor
PDE, a comunidade escolar deverá participar assumindo todo o processo, ajudando-o a
encontrar caminhos e viabilizando, inclusive, sua participação em círculos de estudos,
oficinas, encontros e reuniões de formação pedagógica.
O trabalho pedagógico será assumido como parte da vida escolar, embora, em muitos
aspectos, represente o "espaço do Estado" no cotidiano do estabelecimento de ensino. Muitas
são as formas de participação da comunidade na escola, o que lhe imprime um sentido
coletivo.
A pedagogia penetra e modifica o espaço escolar pela presença viva das pessoas que
dele fazem parte. Em certos momentos o professor pedagogo deverá convidar a comunidade
escolar para participar da discussão de tema específico. No cotidiano da escola a mesma está
presente: passam pela sala de aula, entram, conversam com o professor, fazem comentários
sobre o comportamento dos alunos. Isso traz certa leveza ao trabalho pedagógico. Além disso,
quando algo interessante acontece na escola o professor pedagogo e os demais, comentam o
fato. Desta maneira escola não está fechada em si mesma.
Na organização do trabalho pedagógico frente às mudanças ocorridas no mundo do
trabalho se abordam as intensas transformações nas relações econômicas, políticas e sociais
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vivenciadas mundialmente, principalmente a partir de meados da década de setenta, com o
esgotamento do padrão de acumulação capitalista vigente e as novas estratégias do capital
para recompor sua taxa de lucro. Enfocam-se a reestruturação produtiva, as novas formas de
organização e gestão do trabalho, a globalização e o ideário neoliberal.
Apreende-se a educação no contexto contemporâneo descrevendo as tendências que se
configuram na realidade brasileira, em face do processo de ressignificação do capital.
Analisam-se as mudanças no mundo do trabalho e os impactos na organização do trabalho
pedagógico na unidade escolar com a implantação do Plano de Desenvolvimento da Escola
(PDE) que objetiva à modernização da gestão escolar e ao fortalecimento da autonomia da
escola, através da adoção de princípios do planejamento estratégico. Contextualiza-se o PDE
como estratégia de organização e gestão escolar, tendo como referências empíricas as escolas
da rede estadual de ensino.
Os muitos problemas da educação básica no Brasil podem ser resumidos em uma
palavra: precariedade. As condições de funcionamento das escolas sob o aspecto material e
pedagógico, a formação dos professores, suas condições de trabalho e de salário, a situação de
vida da grande maioria dos alunos são extremamente precárias. Em consequência, apesar do
grande avanço quantitativo ocorrido no século XX, quando o número de matrículas aumentou
vinte vezes enquanto a população apenas quadruplicou, mesmo sob o aspecto quantitativo o
déficit ainda é grande em razão do imenso atraso histórico existente o que, obviamente, torna
o desempenho qualitativo simplesmente sofrível.
Diante da análise das concepções pedagógicas ao longo da história da educação
brasileira pode-se observar que há a noção de preeminência ou hegemonia. A cada período
corresponde a predominância de determinada concepção pedagógica, sendo o que diferencia
os períodos entre si. Essa forma de periodizar não deve excluir as ideias não predominantes,
mesmo aquelas que jamais puderam sequer aspirar a alguma hegemonia.
A História das concepções pedagógicas precisa incorporá-las em algum momento
específico. É o caso, das concepções libertárias que tiveram um papel importante na
pedagogia do movimento operário especialmente nas duas primeiras décadas do século XX.
Do mesmo modo, o fato de que as pedagogias críticas tenham alcançado certa
hegemonia na mobilização dos educadores ao longo dos anos 80 não constitui motivo
suficiente para dar origem a um período diferenciado. Isso porque o que se verificou, aí, foi
uma hegemonia conjuntural e circunscrita ao processo de mobilização não chegando, em
nenhum momento, a se impor, isto é, a se encarnar na prática educativa.
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Na verdade, as concepções pedagógicas críticas operaram como contraponto às ideias
sistematizadas na teoria do capital humano que, formuladas nos anos 50 e 60 se impuseram a
partir dos 70 mantendo sua hegemonia mesmo nos anos 80 quando um grande número de
ideias críticas suscitou a expectativa de sua superação. Tal análise fica evidente à luz dos
acontecimentos da década de 90 quando se manifesta com toda força a concepção da
educação como o instrumento necessário de crescimento econômico e, por decorrência, de
regeneração pessoal e de justiça social.
No que se refere ao movimento operário, cabe observar o seu desenvolvimento no
transcursar da primeira república sob a luz dos conceitos socialistas, na década de 1890,
libertários nas duas primeiras décadas do século XX, e comunistas, na década de 1920. As
opiniões socialistas já vinham circulando no país desde a segunda metade do século XIX,
portanto, ainda sob o regime monárquico e escravocrata. Com o regime republicano, abolido
o trabalho escravo começa a se configurar em uma classe proletária, esboçando-se um clima
mais favorável para o surgimento de organizações operárias de diferentes tipos. A abertura
para a participação popular na Assembleia Constituinte de 1891 enseja a criação de partidos
operários em 1890, desembocando na fundação do Partido Socialista Brasileiro em 1902. Os
vários partidos operários, partidos socialistas, centros socialistas assumiram a defesa do
ensino popular gratuito, laico e técnico-profissional. Reivindicando o ensino público,
criticavam a inoperância governamental no que se refere à instrução popular e incentivaram o
surgimento de escolas operárias e de bibliotecas populares. Mas não chegaram a explicitar
mais claramente a concepção pedagógica que deveria orientar os procedimentos de ensino.
Dado o seu caráter processual e de atividade permanente de reflexão e ação, o trabalho
pedagógico diante da concepção pedagógica e administrativa, deve ser flexível, devendo
permitir ajustes nos procedimentos e atividades específicas de cada área de atuação que é
específica para cada função dentro do ambiente escolar. As ações definidas nos planos de
Ação devem estar sujeitas a um processo de avaliação constante, para as retificações
necessárias nos percursos definidos e na garantia de que cada integrante da comunidade
escolar tenha clareza quanto a sua práxis.
O importante aqui é considerar que, se queremos uma sociedade democrática temos de
estimular o desenvolvimento de práticas democráticas. Uma sociedade marcada pela
desigualdade e pela injustiça, como o caso da sociedade brasileira, não irá se transformar
numa sociedade justa, igualitária e democrática com uma “varinha de condão”. Se desejarmos
e quisermos essa sociedade, nossas ações devem estar em sintonia com as nossas utopias. As
dificuldades para instituir uma cultura de participação na escola são muitas. Entretanto o
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processo da organização do trabalho pedagógico na escola deve ser visto também como um
mecanismo que pode contribuir para a superação do imobilismo da comunidade escolar para o
desenvolvimento de uma ação coletiva.
Para Libâneo (2004) uma vez que se define o planejamento, e este é visto como é um
processo de construção pedagógica, este deverá ser desenvolvido numa perspectiva
democráticas e participativas, que contribuirá para a organização e gestão escolares, restando
ainda definir quais serão as suas funções específicas de cada integrante da comunidade
escolar.
Através de um diagnóstico e da análise da realidade do ambiente escolar, deve-se
buscar informações atualizadas que permitam identificar quais são as dificuldades existentes e
as principais causas que há em relação aos resultados que se pretende alcançar,
compatibilizando a política e as diretrizes do sistema escolar com as intenções, expectativas e
decisões da comunidade escolar.
1.6 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O Material didático é um caderno pedagógico, elaborado com uma coletânea de textos
científicos que serão relevantes para a discussão do tema proposto e atividades diversificadas
de reflexão com sugestões de filmes e textos. Pretende-se formar um grupo de apoio que será
formado por representantes da equipe pedagógica e administrativa, professores, pais e alunos,
tendo como compromisso estudar, analisar e discutir teorias e algumas questões legais
relacionadas à Educação que constem na Constituição Federal, LDB, Projeto Político
Pedagógico do Colégio e Regimento Escolar.
O material didático a ser utilizado para o estudo além daqueles já existentes no
Colégio, será os mesmos utilizados na elaboração de estudos do Professor PDE 2009, na área
de PEGAGOGIA. Além do material citado serão usados os dados coletados em entrevista
preliminar referente ao papel do pedagogo na escola em diferentes momentos, que serão
respondidos por membros da comunidade escolar.
Será utilizado a cada encontro textos ou trechos de filmes, bem como exemplos com
casos concretos, que levem a reflexão sobre o tema tratado.
A conclusão se dará com a elaboração conjunta de estratégias para o levantamento de
questões relacionadas à função do papel do pedagogo no ambiente escolar, no que se refere
aos procedimentos pedagógicos e administrativos da prática educativa.
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O grupo de apoio sobre o tema “A organização do trabalho pedagógico: dimensão
pedagógica e administrativa no ambiente escolar”, terá a carga horária de 32 horas, assim
divididas:
 Encontros presenciais – grupo de apoio: 32 horas;
 Estudos e síntese de textos: 25% horas – não presenciais;
 Aplicação de entrevista, e levantamento de dados: 24 horas.
O primeiro contato será a apresentação da proposta em reunião pedagógica que ocorre
no Colégio a cada bimestre para apreciação dos membros da comunidade escolar.
Em seguida, será aplicada a entrevista, através de questões abertas. A entrevista com
questões abertas será respondida pela equipe administrativa e pedagógica, dez professores, um
aluno de cada turma e seus respectivos pais, três representantes dos serviços de apoio. Esta
entrevista será composta de questões relacionadas ao papel e função do professor pedagogo
no ambiente escolar.
A entrevista com questões abertas se comporá de perguntas cujas respostas apontem
sugestões de possíveis “soluções” ou estratégias de trabalho a serem desenvolvidas pelos
sujeitos envolvidos, visando uma mudança de postura profissional, a fim de melhorar o
relacionamento na escola e consequentemente a melhoria na qualidade do ensino
aprendizagem.
Após a aplicação da entrevista, os dados serão tabulados e baseado nos resultados
obtidos ocorrerão oito encontros presenciais com três horas de duração cada:
1º encontro: Apresentação dos dados obtidos e as estratégias apontadas. Será
proporcionado um momento de discussão sobre o trabalho desenvolvido, sintetizando e
registrando o resultado das discussões. Entrega de textos e questões para estudar em momento
não presencial a ser debatido no próximo encontro;
2º encontro: discussão da síntese e questões entregues no encontro anterior, registro
das discussões;
3º, 4º, 5º, 6º e 7º encontros: Textos Legais que se referem à Educação, constantes na
Constituição Federal e LDB, Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar. Uma
abordagem sobre os direitos e deveres baseados nos princípios da dignidade humana,
liberdade, solidariedade e justiça no âmbito educacional;
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8º encontro: Apresentação sintetizada de todo o trabalho desenvolvido e resultados
obtidos, bem como a estratégia apresentada a cada encontra e se aprovado pelo grupo, na
sequência, haja a disseminação, visando alcançar todos os sujeitos, em vista do que se
trabalhou somente com representantes da comunidade escolar.
Pretende-se desenvolver a Pesquisa exploratória de natureza aplicada, onde a forma de
abordagem do problema será qualitativa e do ponto de vista será concebida e realizada com
estreita relação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo, tendo sua
especificidade na pesquisa – ação. Conforme (GIL,1991), de acordo com seus procedimentos
técnicos apresentará caráter de pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo.
Através da delimitação da pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo proposta de
trabalho coletivo com a comunidade escolar do Colégio Estadual Dr. João Ferreira Neves do
Município de Palmital – PR. Esta atividade tem como objetivo o levantamento de dados da
realidade do ambiente escolar e aprofundar teorias pesquisadas sobre os problemas no que se
refere à definição do papel do pedagogo e do gestor escolar.
Esta atividade será organizada após o levantamento de dados da entrevista
semiestruturada com o intuito de investigar como é visto a função do professor pedagogo pela
comunidade escolar.
A unidade do material didático constará de atividades que compreenderá ações
planejadas para a superação das dificuldades levantada e apontadas na problematização,
identificadas pelo diagnóstico e respaldadas pela pesquisa - ação tendo como finalidade a
melhoria da relação interpessoal, frente à função específica do professor pedagogo no
ambiente escolar.
Para atingir o sucesso deste trabalho será necessária uma articulação entre a professora
pesquisadora do Programa de Desenvolvimento Educacional e a comunidade escolar do
Colégio Estadual Dr. João Ferreira Neves – Palmital – PR, a fim de que as atividades e ações
planejadas aconteçam e se efetivem como compromisso de todos os profissionais da
educação, obedecendo a critérios propostos pela SEED.
As implantações deste material didático compreenderão primeiramente uma etapa de
sensibilização da comunidade escolar no que se refere ao papel específico do professor
pedagogo.
Realizar-se-á um grupo de apoio coordenado pela professora pesquisadora Roeli
Antunes de Souza onde será disponibilizado aos participantes material teórico sobre o tema.
14
A proposta é de trabalhar as unidades em conjunto com a comunidade escolar no
espaço/tempo da hora atividade dos professores, reuniões pedagógicas previstas no calendário
e através do grupo de apoio.
As unidades de trabalho estão apresentadas a seguir.
1.6.1 Unidade 1- O Papel do Pedagogo na Escola Pública.
 Público alvo
Comunidade escolar, principalmente o professor pedagogo.
 Objetivo
Refletir coletivamente sobre o papel do professor pedagogo da escola pública do
Paraná.
 Textos
O papel do pedagogo na escola Pública – CADEP (anexo 1)
Esta unidade tem a finalidade de afirmar que a função do pedagogo é fundamental
para que seja exercido por todos os professores pedagogos, fator este que pode ser essencial
para que o processo de ensino aprendizagem seja o comprometimento deste profissional da
educação com o processo de aprendizagem.
O professor pedagogo deve ser o profissional habilitado a preparar, administrar e
avaliar currículos, programas escolares, além de estabelecer vínculos entre instituições de
ensino, comunidade, familiares dos alunos e autoridades do setor educativo.
Constata-se que a presença do professor pedagogo é uma exigência do sistema de
ensino e da realidade escolar, tendo em vista a melhoria da qualidade de ensino para os
alunos.
A proposta do material didático é de colocar o professor pedagogo na posição que é
sua de direito, a qual vai contribuir com os demais profissionais da educação, pois todos têm
uma função específica no processo ensino-aprendizagem, e o sucesso e permanência dos
alunos na escola depende da ação conjunta de todos1.
1
Disponível em:
http;//www.diaadiaeducacaopr.gov.br/portais/portal/cadep/pedagogotrabalho_escola_pública.pdf. Acessado em
10/07/2010.
15
1.6.2 Unidade 2 - Atribuições da Equipe Pedagógica definida no Regimento Escolar 2007
propostas pelas escolas da SEED – Paraná
 Público alvo
Comunidade Escolar
 Objetivo
Contextualizar criticamente as definições da atribuição da equipe pedagógica
expressas no regimento escolar
 Texto
Atribuições da Equipe Pedagógica definida no regimento Escolar 2007 propostas pelas
escolas da SEED - Paraná. (anexo 2)
O professor pedagogo tem a competência de organizar o trabalho pedagógico,
gerenciando e supervisionando o sistema de ensino cabendo a ele elaborar as políticas
educacionais dentro de um contexto sócio-político-cultural, visando condições adequadas de
ensino aprendizagem para a formação dos alunos.
É necessário que o professor pedagogo além de dominar as técnicas da ciência
pedagógica, seja também capaz de relacionar e conhecer o contexto sócio-político-cultural da
sociedade na qual está inserido, só assim, ele poderá organizar o trabalho pedagógico de
forma eficaz, propondo soluções adequadas às mais variadas situações que forem surgindo.
São muitos os papéis a serem desempenhados pelo professor pedagogo dentro da
escola, na área da gestão, animação e avaliação, exigindo deste a competência técnicopedagógica para garantir o sucesso do processo ensino-aprendizagem.
O professor pedagogo não é o único responsável pela gestão escolar, embora o corpo
docente tenha funções diferentes, todos estão envolvidos direta ou indiretamente com a
questão pedagógica e administrativa escolar, inclusive o educando e a sociedade2.
1.6.3 Unidade 3 - O Projeto Político Pedagógico, um instrumento de análise e reflexão do
cotidiano escolar.
 Público alvo
2
Disponível em:
http://diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/arquivos/File/destaques/regimento%20escolar_texto.pdf. Acessado em
10/07/2010.
16
Comunidade Escolar
 Objetivo
Resgatar os verdadeiros princípios de análise da construção coletiva do Projeto
Político e Pedagógico na dimensão participativa e democrática no interior da escola.
 Texto
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Dr. João Ferreira Neves (anexo 3).
O projeto pedagógico é um fator muito importante para análise e discussão no interior
da escola sobre o papel do gestor da escola como principal mediador da educação no ambiente
escolar e deve entusiasmar determinantemente nos resultados pedagógicos positivos da
escola, para que possamos consideramos que o trabalho do professor pedagogo e o controle
do gestor da escola seja fator essencial no desenvolvimento das atividades pedagógicas.
Também devemos analisar o papel do gestor na condução e no desenvolvimento do trabalho
pedagógico no processo ensino aprendizagem visando melhorar as questões pedagógicas e
consequentemente obter resultados satisfatórios.
1.6.4 Unidade 4 - A práxis pedagógica como instrumento democrático e participativo de ação
e reflexão no interior da escola
 Público alvo
Comunidade escolar
 Objetivo
Analisar a importância da ação reflexão no contexto escolar, ampliando a dimensão da
contextualização e do conhecimento socialmente elaborada através da prática vivenciada no
cotidiano escolar.
 Texto
A ação comunicativa na práxis pedagógica: um estudo a partir de Habermas - Maria
José Ferreira Ruiz (anexo 4)
O gestor escolar deve agir de forma democrática e como líder, pensando no progresso
de todos que fazem parte de sua equipe. Ele deve ter consciência de que sua equipe não se
17
limita a alunos, professores e demais funcionários da escola. A equipe escolar é composta
também pelos pais dos alunos e por toda a comunidade de forma geral, que deve ser
mobilizada para que juntos possam promover o principal objetivo de toda equipe escolar: a
aprendizagem dos alunos. Um gestor que organiza seu trabalho de maneira democrática e
participativa é um líder capaz de desenvolver o potencial de trabalho de toda sua equipe,
fazendo com que esta se sinta capaz de transformar e realizar com sucesso todos os projetos
desenvolvidos pela instituição de ensino3.
1.6.5 Unidade 5 - As Diretrizes Curriculares, um instrumento de mediação das políticas
públicas da educação do Paraná.
 Público alvo
Comunidade escolar
 Objetivo
Discutir as diretrizes curriculares da SEED, resgatando os verdadeiros princípios que
norteiam a educação pública do paraná.
 Texto
(Re)estruturação curricular no Paraná: as diretrizes curriculares como processo de
mediação das políticas públicas - Márcia Batistão. (anexo 5)
A proposta da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), é que cada escola, como um todo,
dentro de seus contextos, construa seu projeto político pedagógico. O objeto de estudo sobre a
gestão escolar está relativizada ao processo docente educativo e o papel do professor
pedagogo articulador máximo da escola e seus impactos no processo docente educativo.
Identificar sobre o modo como as escolas estão organizadas é fundamental, pois esta reflete
determinadas concepções teóricas, ao mesmo tempo, que mantém relação direta com a
transformação da escola e do trabalho docente. Conclui-se que o fenômeno multifacetado e
interligado do sistema educacional brasileiro tem interferido na construção da autonomia da
escola. O gestor deve visar o sucesso de sua instituição, além de exercer sua liderança
3
Disponível em: http:// www.bibliotecadigital.uel.br/document/results.php?words = pedagogia&page =
3.Acessado em 10/06/2010.
18
administrativa e pedagógica, deve primar pela valorização e desenvolvimento de todos na
escola.
1.6.6 Unidade 6 - Análise e significação do professor pedagogo na execução da atividade de
supervisão escolar.
 Público alvo
Comunidade Escolar
 Objetivo
Analisar a função do professor pedagogo que passa pela definição clara dos diferentes
papéis exercidos no ambiente escolar, resgatando o desempenho deste na utilização dos
recursos didáticos, proporcionando resultados significativos ao desenvolvimento dos alunos.
 Texto
O supervisor que virou pedagogo: uma análise de significação do supervisor de ensino
no estado do Paraná - Silvana Barbosa Oliveira. ( anexo 6)
Podemos considerar que o verdadeiro papel do professor pedagogo, no que se refere a
supervisão na escola pública é auxiliar o corpo docente, aperfeiçoando o desempenho deste na
utilização dos recursos didáticos, na metodologia de transmissão do conteúdo, e por fim,
propor qual o tipo de avaliação que proporcione resultados mais significativos ao
desenvolvimento dos educandos.
O professor pedagogo deve identificar os problemas, necessidades e recursos
existentes na escola, só assim ele poderá propor alternativas eficazes, que atendam as
necessidades da escola onde atua. Também é necessário que este organize o trabalho
pedagógico, de formas objetivas, visualizando as principais funções do professor pedagogo na
escola pública, como também refletir sobre a importância deste profissional para a educação.
Entende-se, até porque o professor pedagogo é especialista em educação, é aquele que
detêm os métodos e técnicas a ser utilizado no processo ensino-aprendizagem.
19
Portanto é evidente que a atuação do professor pedagogo na escola contribui com o
processo ensino-aprendizagem, resultando em mudança de atitude do corpo docente e dos
educandos, cujo resultado final é a melhoria no desempenho destes4.
1.7.7 Unidade 7 - O professor pedagogo e sua inserção na organização do trabalho
pedagógico na dimensão pedagógica e administrativa
 Público alvo
Comunidade Escolar
 Objetivo
Contextualizar e identificar a função do papel do professor pedagogo na dimensão
pedagógica e administrativa na execução de atividades específicas do professor pedagogo
 Texto
Função do Pedagogo, publicado na coordenação de gestão escolar. (anexo 7)
A função do professor pedagogo já identificadas na resolução CNE/CP Nº1, de 15 de
maio de 2006, que institui as diretrizes curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia,
licenciatura é de orientar e de assistir o aluno e toda a equipe pedagógica que está envolvida
no processo ensino-aprendizagem (professores, familiares e a sociedade), propondo
alternativas que visem à redução da evasão escolar e o acesso de todos à escola, tornando-a
igualitária e democrática. Para que o professor pedagogo desempenhe sua função é necessário
que ele estabeleça um projeto de atuação que venha proporcionar melhoras no processo
ensino-aprendizagem, fator este primordial para que não seja comprometida a qualidade de
ensino.
Diante disso é que se sente necessidade de fazer esta reflexão sobre o papel do
pedagogo na escola pública5.
1.8.8 Unidade 8 - Organização do Trabalho pedagógico, uma nova postura pedagógica e
administrativa.
 Público alvo
4
Disponível em: http:/www.bibliotecadigital.uel.br/document/?cade = vts 122867. Acessado em 10/06/2010.
Disponível em: http: www.diaadia.pr.gov.br/cge/modules/conteudo.php?conteudo=12 .Acessado em
06/10/2010.
5
20
Comunidade Escolar
 Objetivo
Discutir amplamente uma nova postura educativa no ambiente escolar, visando uma
oportunidade de envolvimento de toda a comunidade pertencente a mesma, de forma
participativa e autônoma.
 Texto
Organização de Trabalho Pedagógico: Elementos iniciais. (anexo 8)
Definir o principal papel da escola é a tarefa primordial, identificar e definir os
conteúdos culturais universais que se constituíram em domínios de conhecimento
relativamente autônomos, não basta que eles sejam apenas ensinados, é preciso a ligação de
forma indissociável, para garantir a participação. O que deve ficar claro para o gestor escolar
é que administrativo deve estar a serviço do pedagógico, isto é, deve servir de suporte para a
consecução dos objetivos educacionais da unidade escolar. Entretanto, na gestão de uma
escola, é necessário que os aspectos pedagógicos sobre os aspectos administrativos sejam
prioritários e são para muitos gestores grandes desafios a serem vencidos. Diante do
verdadeiro papel a ser exercido pelo Gestor Escolar observa-se com frequencia nas escolas
públicas o distanciamento do gestor no processo do planejamento pedagógico, atendo o
mesmo, simplesmente a questões administrativas6.
2 AVALIAÇÃO
Os sujeitos envolvidos, ao final do 8º encontro farão a avaliação da proposta após a
apresentação dos resultados obtidos. Se houver a aprovação de que a reflexão sobre a o papel
do professor pedagogo ainda é necessária no ambiente escolar e que pode trazer bons
resultados, poderá nos anos subsequentes ser trabalhada em todas as salas de aula com todos
os professores e na medida do possível com os pais.
6
FREITAS, Luis Carlos de. Crítica da organização do trabalho pedagógico e da didática, Campinas, SP. Papirus,
1995. Acessado em 11/06/2010.
21
3 CRONOGRAMA
MESES/2010
ATIVIDADES
TEMPO
Julho
Elaboração do material didático
24 horas
Agosto
Apresentação do projeto
04 horas
Agosto
1º encontro 1ª quinzena
04 horas
Agosto
2º encontro 2º quinzena
04horas
Setembro
3º encontro 1ª quinzena
04 horas
Outubro
4º encontro 1ª quinzena
04 horas
Outubro
5º encontro 2º quinzena
04 horas
Novembro
6º encontro 1º quinzena
04 horas
Novembro
7º encontro 2º quinzena
04 horas
Dezembro
8º encontro 1º quinzena
04 horas
Total
60 HORAS
OBS. A carga horária total é de 60 horas. 24 horas serão distribuídas entre os encontros
para as atividades não presenciais como leituras, síntese e registros das atividades. 32 horas
para grupo de apoio e 04 horas para apresentação do projeto de implantação do projeto de
intervenção na escola.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Constituição Federal 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. Vade
Mecum. 6. ed. Atual. E ampl. – São Paulo: Saraiva, 2008.
BRASIL. Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional. LDB nº 9394 de 20 de dezembro
de 1996.
DEWEY, John, Democracia e Educação. Introdução à filosofia da educação. 4ª. Ed. São
Paulo: Nacional. 1979.
DUARTE, Newton. Sociedade do conhecimento ou sociedade das ilusões? Campinas,
Autores Associados, 2003.
FREIRE, Paulo, Educação como prática da liberdade. Rio, Paz e Terra,1971.
______. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra,1976.
22
GALLO, S. e MORAES, J.D. (2005), “Anarquismo e educação – A educação libertária na Primeira
República”. In: STEPHANOU, M. e BASTOS, M.H.C. (Orgs.), Histórias e memórias da educação no
Brasil, v. III – Séc. XX. Petrópolis, Vozes, pp.87-99.
GENTILI, Pablo, Três teses sobre a relação trabalho e educação em tempos neoliberais. In:
LOMBARDI, J.C., SAVIANI, D. e SANFELICE, J.L. (Orgs.), Capitalismo,trabalho e
educação. Campinas, Autores Associados, 2002.
GHIRALDELLI JR., Paulo, Pedagogia e luta de classes no Brasil (1930=1937). Ibitinga,
Humanidades, 1991.
KUENZER, Acácia e MACHADO, Lucília, “A pedagogia tecnicista”. In: MELLO, G.N.
(Org.), Escola nova, tecnicismo e educação compensatória. São Paulo, Loyola, 1984.
KUHLMANN Júnior, Moysés, As grandes festas didáticas: a educação brasileira e as
exposições internacionais (1862-1922). Bragança Paulista: Editora da Universidade São
Francisco. 2001.
LIMA, Alceu Amoroso [Tristão de Athayde], Debates pedagógicos. Rio de Janeiro, Schmidt.
1931.
LIMA, Danilo (1978), Educação, Igreja e ideologia. Rio de Janeiro, Francisco Alves. 1978.
LOURENÇO FILHO, Manoel Bergström , Introdução ao estudo da escola nova, 9ª ed. São
Paulo, Melhoramentos, 1967.
PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática da Escola Pública. São Paulo: Ática, 2005.
Primeira República”. In: STEPHANOU, M. e BASTOS, M.H.C. (Orgs.), Histórias e
memórias da educação no Brasil, v. III – Séc. XX. Petrópolis, Vozes. 2005.
SAVIANI, Dermeval, Escola e democracia, 37ª ed. Campinas: Autores Associados, 2005.
______, Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 8ª ed. revista e ampliada.
Campinas: Autores Associados, 2003.
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