16 de Outubro de 2007
CAUSA OPERÁRIA NOTÍCIAS ONLINE
Editorial1
A contradição do PT: Como privatizar e manter
a campanha contra a privatização?
Quinta-feira, 9 de agosto de 2007
Notícias Online
Notícias
Online
Quarta-feira - 16 de Outubro de 2007
Iniciado em 2 de dezembro de 2003
n°1345
Nesta edição:
matérias
Edição32n°1345
www.pco.org.br - Um jornal diário dos trabalhadores em defesa do socialismo na Internet
n° 1414
Privatização feita por Lula não é privatização
Lula, PT e PCdoB, além de
privatizar, querem também
desmoralizar a luta contra a
privatização
A campanha de Lula, apoiada pela imprensa burguesa e os empresários internacionais, de que a doação de 2,5 mil quilômetros de rodovias federais não é
uma privatização é uma das mais audaciosas tentativas da burguesia feitas até hoje
pág. 3
Internacional
Movimento Operário
90 anos depois...
Correios
Por que os EUA querem
reconhecer o genocídio armênio
Enquanto os trabalhadores receberam
miseráveis 3,74% de aumento...bloco PTPCdoB-PSOL-PSTU/Conlutas ganhou ainda
mais privilégios para dirigentes sindicais
Por que os EUA querem reconhecer o genocídio armênio
Perto das eleições presidenciais, os candidatos se
preparam para receber o voto de mais de um milhão de
armênios que vivem nos EUA – a segunda maior comunidade
armênia do mundo. Além disso, a ONU, a União Européia e
mais de 20 países reconhecem o genocídio, mas os EUA
pág. 5
não Um país estratégico
Terrorismo estatal israelense
A burocracia se especializou em conseguir enormes
vantagens em primeiro lugar para direção da ECT, em
segundo lugar (uma vez que é quase um capaga da burguesia)
pág. 7
para si mesma.
Movimento Estudantil
CAELL ou propriedade privada do PSTU?
“Cão de guarda” do imperialismo
Chamamos a boicotar as
no Oriente Médio bombardeou
pág. 8
reator nuclear na Síria
pág. 7 eleições de mentirinha
Nacional
Internacional
Cultura
Esportes
Além da corrupção geral...
Teatro em São Paulo
Maracanã
Mianmar (ex-Birmânia)
Pai de ministro
do Tribunal de
Contas da União
é acusado de
trabalho escravo
Em cartaz
adaptação
musical da peça O
Inspetor Geral
CBF prepara a
privatização do
maior estádio
público do
mundo
Enviado da ONU
apela aos países
vizinhos para
conter a repressão
violenta da Junta
Militar
A Confederação Brasileira de Futebol prepara a licitação do estádio do Maracanã, onde esta concorrerá
com clubes como o Flamengo e Fluminense
pág. 8
Durante o último final
de semana, diversas lideranças estudantis foram
presas pelo regime militar que controla a ex-Birmânia
pág. 6
Nesta segunda-feira, foi
publicada matéria no site
Congresso em Foco, que
mostra a ligação do pai do
ministro do Tribunal de
Contas da União (TCU),
Aroldo Cedraz (PFL), com o
trabalho escravo.
pág.4
Apesar de fazerem cerca
de 170 anos que foi escrita a
peça, o tema ainda é absolutamente atual. Não simplesmente por sua linguagem, mas também e principalmente pelo seu conteúdo de crítica social e denúncia da corrupção
pág. 7
16 de Outubro de 2007
CAUSA OPERÁRIA NOTÍCIAS ONLINE
Editorial
A contradição do PT: Como privatizar e
manter a campanha contra a privatização?
As privatizações realizadas
por Lula, que vendeu sete trechos
das mais importantes rodovias
federais para empresas em sua
maioria estrangeiras, colocou às
claras uma vez mais, apenas que
com maior relevo para a maioria da
população, a natureza não apenas
de defesa do grande capital e dos
bancos, mas dos interesses imperialistas da política de Lula e do
seu governo, desmascarando a
demagogia da Frente Popular que
usou seu suposto combate às
privatizações como principal tema
na campanha de Lula à presidência.
O mito consistiria em que o
PSDB realiza privatizações, mas o
PT, não. Para uma parcela da população, a política do PT, por não
ser supostamente privatista seria
antiimperialista ou até socialista.
Agora, está absolutamente claro
que não se trata disso.
O mito, no entanto, tem um
fundo de verdade. O ex-presidente tucano Fernando Henrique
Cardoso, que ficou no cargo por
oito anos, vendeu 128 estatais.
Entre estas, está a Companhia
Vale do Rio Doce, a segunda maior
mineradora do mundo, que foi
vendida a preço de banana. Na
realidade, ela foi praticamente
doada, como é de praxe nas
“privatizações”, pois o lucro da
empresa em um semestre foi suficiente para cobrir o valor pago por
ela.
A privatização da Vale, que
completou dois anos em 2007, foi
altamente explorada pelo PT,
PCdoB, e a frente popular de um
modo geral, através da realização
de um plebiscito, que recebeu o
apoio inclusive dos supostamente anti-governistas PSol e PSTU.
A campanha em torno da Vale tinha como principal objetivo justamente mobilizar a base eleitoral,
mais vale dizer, a clientela, do
governo Lula, em uma preparação
para as eleições de 2008 e 2010,
onde estará em jogo a sucessão
presidencial.
Essa campanha, que contou
ainda com o apoio e participação
da Igreja Católica, do MST, da
CMP, da burocracia da UNE e da
CUT, era uma campanha contra o
PSDB voltada para as eleições,
travestida de luta contra a
privatização. Bem mal travestida,
pois o plebiscito sequer pedia a
anulação do leilão, quanto mais a
2
reestatização.
O próprio Lula chegou a admitir publicamente que o plebiscito
da Vale era para o PT “fazer média
com os movimentos sociais e com
a Igreja”. Agora, todos nós sabemos porque.
A campanha fraudulenta já se
erguia como uma barreira para uma
verdadeira luta contra as
privatizações, que deveria mobilizar o conjunto da classe operária e da população com ações que
de fato levassem a impor uma
derrota á política de privatizações.
No entanto, o efeito da campanha pode ser visto no fato de que
menos de um mês após a campanha, nem Serra nem Lula se acanharam em anunciar e realizar
novas privatizações.
A concessão das rodovias realizada por Lula, é não apenas uma
operação criminosa, que vai impor
mais uma taxa sobre tudo que é
produzido na região mais rica do
país e que é transportado por essas rodovias, e pior, para enviar
A Palavra do Leitor
Crise nos sindicatos
dos brasileiros que se revelam aqui e para se organizar. O PCO que sem- por sua ditadura. Isto é a típica posão comprados por times milionári- pre prega passar por cima das leis co- lítica burguesa de promessas nas
A burocracia nos sindicatos os.
nhecido como os ultra-radicais do eleições, quando agora seria o moperdura por décadas no Brasil e no
movimento agora de maneira oportu- mento de reorganizar os estudantes,
mundo. Eleições sindicais de nada
Narcísio Soares
nista reivindicam o estatuto para com base em um balanço da ocupaadiantarão mudar esse quadro. As
Rio de Janeiro/RJ
prorrogar as eleições, com a desculpa ção da USP, o maior movimento dos
burocracias têm a máquina para
de ter mais debate. O PSTU tem for- últimos 30 anos. a política do PSTU
alterar o resultado de qualquer elei- Privatizações
ça, é por isso que o PCO quer adiar é o oposto da ocupação, que colocou em cheque as entidades e as bução. Qual é então a importância de
as eleições.
rocracias.
participar de um sindicato ou até
O que falta mais privatizar neste
Ao contrário, o PSTU quer immesmo de ser sindicalizado? São os País? Por que não privatizam as praiSílvia, São Paulo, SP
por seu domínio sobre um feudo,
próprios trabalhadores que devem as de uma vez? As montanhas, o céu,
reduzir a discussão ao nível mais
se organizar, independente do sin- o ar. A Amazônia está neste momen- Ditadura do PSTU
rebaixado possível.
dicato. Estes já estão há muito tem- to sendo devastada por alguma empo obsoletos. Se não tem sindica- presa estrangeira, muitas riquezas
Temos que nos juntar todos conRoberto, USP, São Paulo, SP
lizado, não tem sindicato. Sou a naturais que temos também já são de tra a ditadura do PSTU na USP e no
favor de boicotar todos os sindica- propriedade particular, como as prai- movimento estudantil. Eles tomam os
tos.
as e vários pontos turísticos. A ini- centros acadêmicos e não querem mais Privatizações
ciativa provada engole tudo o que vê que tenha eleições. Isso é medo de
Não consigo acreditar que a
Eder Saraiva
pela frente e só o governo nacional enfrentar a impopularidade, estão
Vila Velha/ES
poderia conter essa destruição dos com os rabos entre as pernas depois Dilma Roussef teve a cara de pau de
bens do povo. A propriedade é do de quebrar a ocupação e aparecerem soltar uma dessas, que os gringos
Crise no futebol
povo e infelizmente o governo está como os traidores de forma descara- trazem vantagens pra nós. É uma
roubando da população para dar aos da. A política deles mostra, no entan- avacalhação. Merece o título de
Como disse numa entrevista ricos. Quem perde com isso é a po- to, que estão se diluindo. Na Letras “secretariazinha carreirista” de
Wanderley Luxemburgo, o futebol pulação que votou no PSDB e no PT. fazem uma chapa chamada Lula, muito bem posto na matéria,
arte no Brasil acabou. Um jogador
“Entretantos” que deveria ser chama- mais uma ex-guerrilheira que luta
mal completa 18 anos e já querem
Fátima Weber
da de “Entretontos”, porque iludem agora pra ganhar o seu.
M
levá-lo para a Europa ou para o
São Paulo/SP
uns gatos pingados que nem conheAdolpho Santos, Piracicaba, São
Japão. O futebol brasileiro perde
cem a política do PSTU, fazem amimuito com isso, pois assim não há PCO legalista
guinhos e usam as pessoas para im- Paulo
interesses em investimentos. Se
dependesse dos cartolas do futebol,
O PCO defende que o PSTU no
nem haveria mais Copa na América Caell defenda o estatuto para as eleiEscreva para a redação do
Latina. A Europa só pode ser con- ções. Afinal o movimento estudantil
siderada “boa de bola” por causa não é legalista, não sei apóia em leis
Causa Operária Notícias Online: [email protected],br
16 de Outubro de 2007
para empresas espanholas, ou seja,
uma transferência enorme de dinheiro da população brasileira para
um país imperialista. Lula serve não
apenas aos exploradores nacionais
da classe operária e do povo brasileiro, mas também aos seus exploradores internacionais.
Mas é também, alem disso, uma
desmoralização da própria luta
contra as privatizações, que grande parte dessa base eleitoral do PT,
iludida, acreditava travar.
Há casos inclusive como o de
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diversos militantes do MST julgados e condenados por destruir
postos de pedágio na Castello
Branco, ou seja, em luta contra
privatizações, idênticas a que Lula
realizou este mês.
Esse fato coloca ,para os
apoiadores da frente popular, uma
enorme contradição, em sustentar
uma luta, mesmo que de fachada,
contra as privatizações, quando
seu presidente acabou de realizar
uma de grandes proporções, como
foi a concessão das rodovias.
A própria insistência do presidente em dizer que a privatização
não é privatização, numa tentativa
descarada e, no entanto, difícil de
ser realizada, de passar a perna em
toda a população do país, só acentua essa contradição.
Todo o segredo da política de
Lula diante das privatizações fica
claro agora para quem não queria
vê-lo no passado. Não apenas
FHC havia feito as mais importantes privatizações, como que o
mercado financeiro internacional
3
também não era favorável após a
crise do final dos anos 80 para
grandes privatizações. Agora,
abriu-se uma etapa transitória de
alta liquidez e de favorecimento
deste tipo de especulação. Nem o
“trabalhador” Lula, nem o
“desenvolvimentista” Serra, a
serviço da burguesia internacional, querem perder a oportunidade e, portanto, privatizam. Cai a
máscara e até os cegos, não de
nascença, mas por causa política,
são obrigados a ver.
Nacional
Uma privatização feita por Lula não é privatização
Lula, PT e PCdoB, além de privatizar, querem também
desmoralizar a luta contra a privatização
A campanha de Lula, apoiada pela imprensa burguesa e os empresários
internacionais, de que a doação de 2,5 mil quilômetros de rodovias
federais não é uma privatização é, além de demagogia para encobrir
uma entrega criminosa das riquezas do País, uma das mais audaciosas
tentativas da burguesia feitas até hoje para desmoralizar a luta contra
as privatizações
Na tentativa de encobrir a entrega do País, o governo se vale da
imprensa de aluguel da burguesia
nacional e internacional, mas também da corja de profissionais nos
sindicatos e entidades tomadas pela
frente popular, que já realizam há
muito tempo campanha para frear a
luta contra as privatizações desde
o governo FHC.
O governo tucano foi o que mais
privatizou sob a cobertura da “oposição” do PT e Lula, que pessoalmente intervinham para que se
garantisse a paralisia do movimento operário, como no caso do aborto da greve da Petrobrás durante o
mandato tucano.
O governo Lula, como verdadeiro governo dos empresários e banqueiros, cuja maior aliança é com o
ex-Partido Liberal, sempre foi um
defensor não apenas prático, mas
também
ideológico
das
privatizações..
A campanha de
desmoralização da
luta operária e
popular
O PT alega que as concessões
de rodovias federais a empresas
imperialistas
não
são
privatizações, isso porque seriam,
como diz o nome, “concessões”.
Segundo os sábios do governo
petista, a partir de agora,
privatização é só quando se vende uma empresa, quando é doada
para usufruto por 25 anos não é
privatização.
Com esta lenga-lenga jogam
lama sobre aqueles que, muitas
vezes convencidos pela demagogia dos políticos da Frente Popular, lançaram-se contra as
privatizações.
Um exemplo claro disto é um
fato ocorrido durante o governo
FHC. Em 1999 realizou-se uma
mobilização de sem-terras, que
dirigida pelo MST na rodovia Castelo Branco.
Orientados a fazer uma paralisação na rodovia Castello Branco contra a privatização, os semterra se exaltaram e quebraram os
pedágios (o que fizeram muito
bem contra o crime de FHC). Isto
foi suficiente para que trabalhadores sofressem até hoje uma
monstruosa repressão do Estado,
durante os governos de Alckmin
em S. Paulo e de FHC.
Seis militantes na época foram
presos, julgados e condenados,
ficando descobertos da ajuda da
direção do MST, do PT.
Um militante permaneceu por
um ano e um mês encarcerado em
diversos presídios do estado de
SP, junto a mais cinco trabalhadores que saíram da prisão com a possibilidade de responder ao processo em liberdade. Em 2005 foram
condenados a 5 anos e oito meses
de prisão em regime semi-aberto.
Um ano depois um deles, conhecido como Magrão, foi preso e levado para a Cadeia Pública de Pinheiros, sendo transferido em fevereiro último para o Centro Penitenciário São Miguel Paulista.
Foi solto somente em março
deste ano e cumpre pena em regime semi-aberto.
Nunca houve sequer uma única campanha contra a repressão
a estes militantes. Hoje, a direção
do PT no MST sequer noticia a situação dos outros trabalhadores,
transformados pelo Estado em
marginais por protestarem contra
a privatização das estradas.
Agora, ficamos sabendo que
toda esta luta foi em vão. Na realidade, temos que explicar aos
companheiros do MST, que amargaram as diversas prisões do
PSDB por acreditar na conversa
mole de Lula e do PT que a
privatização era um bem para o
povo e para o País
Ao contrário, os trabalhadores
foram colocados como bode
expiatório pela polícia e pelo PT
para servir como exemplo de que
os trabalhadores têm que ficar
calados diante das privatizações.
É esta campanha que Lula, o PT
e o PCdoB nos sindicatos e no
governo preparam contra a população, já visto no esforço da campanha da Vale do Rio Doce e em
atos fajutos em São Paulo, a censura contra o os trabalhadores e
o povo.
Estes insinuam que os trabalhadores têm que aceitar calados
a tomada do País pelos interesses
estrangeiros em troca da retirada
do direito de ir e vir e sob o tacão
da derrama das taxas.
O melhor argumento para a direita, está claro, é o governo dos
“esquerdistas” do PT: mostraram
que é certo entregar todas as economias do País aos bancos internacionais e nacionais, ao invés de
usá-las na saúde e na educação
popular, mostraram que a reforma
da Previdência era boa para o
povo, mostraram que a corrupção
não existe no Brasil, é tudo uma invenção maliciosa e, agora, estão
mostrando o grande benefício das
privatizações.
O governo Lula está ensinando a população que o único caminho para mudar o País e conquistar o que desejam e necessitam é
um governo próprio dos trabalhadores da cidade e do campo e que,
para ser um governo dos explorados, deve ser completamente independente e inimigo dos patrões
e dos políticos e partidos patronais.
16 de Outubro de 2007
CAUSA OPERÁRIA NOTÍCIAS ONLINE
Além da corrupção geral...
Pai de ministro do Tribunal de Contas da
União é acusado de trabalho escravo
Um dos órgãos do governo
Lula responsáveis por investigar
crimes de corrupção, o Tribunal de
Contas da União, também está
envolto, como já denunciado contra inúmeros parlamentares no
Congresso, em casos de crimes de
exploração de trabalho escravo.
Nesta segunda-feira, foi
publicada matéria no site Congresso em Foco, que mostra a ligação do pai do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU),
Aroldo Cedraz (PFL), com o trabalho escravo.
João José de Oliveira é um dos
185 fazendeiros da lista dos que
são acusados de manter trabalho
escravo, lista publicada semestralmente pelo Ministério do Trabalho (MTE).
Não bastasse a ligação deste
com o trabalho escravo, este é
também é um dos financiadores da
campanha eleitoral de Aroldo
Cedraz para deputado federal pelo
PFL da Bahia.
As denúncias à época da fiscalização são escandalosas.
“Os empregadores da Fazenda
São José foram encontrados pela
fiscalização alojados no curral do
gado, local onde o gado permanecia juntamente com os trabalhado-
res durante a noite. A água utilizada para beber, que não recebia
qualquer tratamento, era retirada
de um córrego, onde também eram
lavados os utensílios de cozinha
e roupas dos trabalhadores”, diz
o relatório do Ministério do Trabalho (Congresso em Foco, 15/10/
2007).
“Constatei que o empregador
mantém os seus empregados das
frentes de serviço e do roço de
juquira amontoados no curral e no
local de pesagem de animais (balança), o piso entrava-se coberto
de esterco, não há proteção lateral, o ambiente é totalmente toma-
Privatização não é privatização, dizem Lula e o PT
Frente Popular limpa a ficha de FHC
O governo Lula, que realiza as
privatizações que FHC não conseguiu, completando a sua obra
contra o povo brasileiro, agora
realiza todos os esforços para
encobrir seus crimes, com um discurso demagógico que serve para
defender sua política e também
para defender FHC.
A campanha de Lula de que a
concessão das rodovias não é
propriamente uma privatização,
serve para limpar a ficha de FHC
e ainda jogar uma cortina de fumaça entre a população e as
privatizações que estão por vir.
O próprio ex-presidente disse à
imprensa burguesa “Ele [Lula] se
opôs todas as vezes [às
privatizações nos governos FHC],
dizendo que era ruim para o País.
E agora celebra que está fazendo
melhor que eu. Isso é maravilhoso”
(O Estado de S. Paulo, 13/10/2007).
Maravilhoso mesmo, para a burguesia e a direita. Aqui vemos o
serviço que o governo do PT presta à direita detrás de toda a conversa sobre “combater o PSDB”.
Assim como Lula celebrou as
privatizações entre quatro paredes em um encontro de empresários do transporte na segundafeira, FHC o disse fora do País em
uma palestra na Universidade de
Colúmbia nos EUA, longe dos
olhos da população, tal o nível de
impopularidade do assunto, que
evitam cuidadosamente expor.
De fato, como admite o homem
que mais privatizou no País, 68 empresas estatais em dois mandatos,
sua ficha está sendo limpa pela sórdida campanha do governo Lula, que
desde o início de seu mandato vem
fazendo
privatizações
escamoteadas e defendo-as como
“um bem para o País”.
Enquanto o governo FHC utilizou o Conselho Nacional de
Desestatização, pela Lei nº 9.491,
para realizar uma privatização sem
precedentes, Lula a aperfeiçoou,
criando mecanismos para esconder o monopólio dos setores mais
estratégicos de economia e serviços, criando as agências reguladoras que, como pudemos ver no
caso da crise aérea, só serve como
balcão de negócios das empresas
4
do por moscas e outros tipo de
insetos e sem nenhuma condição
sanitária”, informa um dos fiscais
do Ministério Público Federal
(MPF) no Maranhão (Idem).
A fazenda de Oliveira foi fiscalizada em 2001 e pelo menos 34
trabalhadores estavam ali em situação de escravidão.
A denúncia feita pelos próprios órgãos federais mostra o porquê da amplitude de um acordo
para manter o trabalho escravo no
País, que hoje leva até a ameaças
de morte dos fiscais sob a cobertura do governo Federal: os próprios envolvido estão nos órgãos
reguladores do governo para que
o governo mantenha uma aliança
com a direita intacta dentro do
Congresso Nacional para a votação de seus projetos, em troca da
impunidade total destes crimes.
que dominam estes setores.
Enfim, FHC fez as privatizações
e Lula as defende, e também fecha
o cerco, privatizando aquilo que
faltava.
A ofensiva de Lula pelas
privatizações serve, além disso,
como defesa para as privatizações
no estado de São Paulo, de 18 empresas, que já estão sendo preparadas pelo governo de José Serra
e pelas privatizações em todo o
País.
Como não poderia deixar de
ser, Lula é o ponta-de-lança das
privatizações para a burguesia em
todo o País.
A política criminosa de Serra
de privatizar o que resta de
patrimônio público em S. Paulo fica
apoiada pelas privatizações de
Lula que encobrem a direita e
desmoralizam a luta dos trabalhadores contra o ataque patronal.
Nacional
Correios
Enquanto os trabalhadores receberam miseráveis 3,74% de
aumento...bloco PT-PCdoB-PSOL-PSTU/Conlutas ganhou
ainda mais privilégios para dirigentes sindicais
Terminada a campanha salarial veio a público o acordo coletivo assinado... na íntegra. O bloco
PT-PCdoB-PSTU-PSOL se especializou na enganação dos trabalhadores durante a campanha
salarial, chegando ao extremo de
assinar o acordo sem que a cate-
goria sequer tenha condições de
ler o que será assinado pela máfia
dos sete, que compõe o comando
de negociação.
Eles escondem a íntegra do
acordo e anunciam mentiras absurdas nos carros-de-som para
forçar a votação do que eles que-
rem, nas últimas assembléias preparadas na medida pela burocracia do PT-PCdoB-PSOL-PSTU/
Conlutas. Nas assembléias finais
de campanha salarial sempre aparecem pessoas que já vieram organizadas para votar no que a
empresa quer.
No acordo atual, como resultado, os trabalhadores não ganharam nada, no entanto, quem é dirigente sindical saiu ganhando...e
muito.
A partir de agora ficará liberado integralmente do trabalho
nove diretores de cada uma das 34
16 de Outubro de 2007
diretorias de sindicatos em nível
nacional. Atualmente são somente seis. Além das liberações permanentes, também serão liberados representantes sindicais para
participarem em comissões (PLR,
PCCS, Negros, Mulheres etc.), os
quais terão computados, como
tempo de serviço efetivamente
trabalhado todo o período em que
estiverem à disposição destas
comissões, o que não acontecia
até o ano passado.
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O bloco PT-PCdoB-PSOLPSTU/Conlutas de comum acordo deflagrou a greve, de propósito, sem organização nenhuma,
parando uma minoria de trabalhadores em nível nacional:
como resultado a direção da ECT
– Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ganhou a assinatura do pior acordo coletivo
dos últimos 10 anos e os sindicalistas conseguiram que praticamente toda a diretoria do sin-
dicato possa ficar afastada do
trabalho, sem nenhum gasto
para o sindicato, seja de forma
permanente, seja através da
participação nas comissões de
negociação por tema.
A burocracia se especializou
em conseguir enormes vantagens
em primeiro lugar para direção da
ECT, em segundo lugar (uma vez
que é quase um capaga da burguesia) para si mesma.
A “esquerda” pequeno-bur-
Trabalhadores nas Indústrias de Carne e do Frio
Cesta básica de péssima qualidade
Arroz de quinta, feijão velho, duro de cozinhar, cheio de caruncho...
não se salva nada na cesta básica oferecida pelo Frigorífico Bom
Charque
O patrão do Frigorífico Bom
Charque, em São Paulo começou a
entregar aos trabalhadores uma
cesta básica com produtos velhos
e de péssima qualidade, totalmente
imprópria para o consumo humano.
Os animais que o frigorífico
abate têm melhor tratamento que
os funcionários.
Os trabalhadores, por conta
dos baixos salários, dependem da
cesta como complemento para que
ele e sua família se alimentem, o
que é impossível na atual situação. Mesmo assim o patrão continua descontando o valor da
cesta-básica nos salários dos trabalhadores. O Frigorífico, também
5
guesa que vive como satélite da
Frente Popular, atraída pelo
PSTU, ainda conseguiu a façanha
de fazer propaganda pública (de
graça) de que a “greve” realizada
no Correio teria sido uma “luta”
importantíssima contra a burocracia que está a serviço da direção
da ECT. Só precisaria explicar
como é possível que numa “luta”
importantíssima somente ganhou
a direção da ECT e a burocracia.
Com “lutas” assim...
está demitindo funcionários com
problemas de saúde.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Frios estará realizando
reunião dos operários para
montar a pauta de reivindicações e um plano de lutas, além
das medidas judiciais, para mobilizar os trabalhadores da fábrica e conseguir reintegrar os doentes, conseguir a cesta-básica de qualidade e a devolução
do dinheiro descontado dos salários.
Internacional
90 anos depois...
Por que os EUA querem reconhecer o genocídio armênio
Perto das eleições presidenciais, os candidatos se preparam para
receber o voto de mais de um milhão de armênios que vivem nos EUA –
a segunda maior comunidade armênia do mundo. Além disso, a ONU, a
União Européia e mais de 20 países reconhecem o genocídio, mas os
EUA não
O primeiro-ministro turco,
Recep Tayyip Erdogan, em discurso realizado na terça-feira (16),
ameaçou revidar com medidas de
represália caso o Congresso norte-americano aprove um documento que qualifica como
genocídio a morte de 1,5 milhão de
armênios (71% da população na
época) pelo império turcootomano entre 1915 e 1917.
O Comitê de Ralações Exteriores da Câmara dos Deputados
aprovou o documento na semana
passada por 27 votos a favor e 21
contra, e agora será encaminhado
ao plenário, que provavelmente
também aprovará o texto, pois 226
dos 435 deputados já demonstraram seu apoio. Um projeto de lei
semelhante está sendo tramitado
no Senado. Ambas as medidas não
são vinculantes, portanto têm
apenas caráter simbólico e não
necessitam da assinatura de Bush.
Horas antes da votação, Bush
se opôs à aprovação do texto pela
comissão: “Lamentamos o trágico
sofrimento do povo armênio iniciado em 1915. Mas esta resolução
não é a resposta correta para estas
mortes em massa históricas, e sua
aprovação provocaria grande
dano às relações com um aliadochave na OTAN e na guerra contra o terrorismo” (Globo, 10/10/
2007).
O que Bush lamenta mesmo é o
abalo das relações entre os dois
países. Em matéria de genocídio, os
EUA são os mais competentes. Sua
última contribuição está sendo
feita no Iraque, onde mais de 650
mil pessoas foram mortas desde o
início da ocupação, em março de
2003. Isso só para não citar as duas
bombas atômicas (250 mil mortos
na época) e as bombas incendiári-
as no Japão (140 mil mortos) durante a Segunda Guerra Mundial, além
dos ataques contra a cidade alemã
de Dresden (300 mil mortos), no
mesmo período. Têm também as
mortes causadas pela dominação
imperialista, que todos os anos
matam mais de 10 milhões de pessoas na África. Não esquecer também da América Latina e da Ásia.
A questão central é saber qual
o interesse do Congresso norteamericano em querer aprovar este
texto. Estão levantando um episódio ocorrido há 90 anos atrás e que
foi totalmente apagado da história
pelos próprios países imperialistas. Sabendo das graves conseqüências que poderão surtir com a
aprovação deste texto, por que
afinal os EUA querem correr este
risco? O que se esconde por trás
da comissão parlamentar?
Interesses
eleitoreiros?
O fantasma do genocídio contra os armênios volta a assustar os
EUA. Durante o governo de
Ronald Reagan (1981-1989), o próprio presidente qualificou o episódio como genocídio. Reagan esteve envolvido no caso Irã-Contras,
um escândalo que acusou o governo de vender armas ilegalmente
para o Irã – em guerra contra o
Iraque – para financiar a guerrilha
dos Contras na Nicarágua.
A resolução foi logo abafada e
só voltou a ser discutida em 2000,
quando o presidente Bill Clinton
desconheceu o genocídio.
O presidente da Armênia,
Robert Kocharian, se disse “confiante” de que o Congresso dos
EUA reconheça o genocídio
armênio.
“Espero que isso leve a uma
aprovação pelo plenário da Câmara e a um reconhecimento do
genocídio armênio por parte dos
EUA”, disse Kocharian num pronunciamento conjunto com
Javier Solana, alto representan-
CAUSA OPERÁRIA NOTÍCIAS ONLINE
16 de Outubro de 2007
te de Política Externa e Segurança Comum da UE (EFE, 11/12/
2007). A Armênia não tem relações diplomáticas com a Turquia
e a fronteira entre os países está
fechada.
Apesar do caráter simbólico,
um dos interesses da comissão
que aprovou o documento tem
objetivos eleitoreiros.
A princípio os interesses visam às urnas para as próximas
eleições presidenciais. Existe
nos EUA cerca de 1,2 milhão de
armênios e descendentes, o segundo País que mais concentra armênios em todo o mundo,
perdendo apenas para a
EUA, Iraque e Turquia
Um país estratégico
A Turquia é um território vital
para a manutenção das tropas
norte-americanas no Iraque. Cerca de 70% da logística passa pelo
País. O premiê turco, no entanto,
não disse em seu discurso quais
medidas seriam tomadas em retaliação aos EUA, mas pronunciamentos anteriores alertaram sobre
a limitação do uso de suas bases
militares no País.
“Constatamos que o senso
comum está progressivamente
cedendo terreno diante de cálculos políticos mesquinhos. Vamos
adotar a partir de agora uma postura conseqüente. Quaisquer que
sejam os danos que a Turquia
venha a sofrer, seus oponentes
terão que sofrer dez vezes mais”,
declarou Erdogan durante uma
reunião do grupo parlamentar de
seu Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) (AFP, 16/10/
2007).
O governo turco espera também a autorização do Parlamento
para que tropas iniciem uma operação de pelo menos um ano no
Norte do Iraque para combater a
guerrilha curda encabeçada pelo
PKK (Partido dos Trabalhadores
do Cusdistão). O PKK, considerado tanto pelos EUA como pela
Turquia uma organização terrorista, iniciou nos anos 80 uma
guerrilha pela independência do
Curdistão. Suas bases se concentram principalmente no Norte
iraquiano e estima-se que ao menos 3.500 rebeldes curdos estejam na região.
Esta questão se choca frontalmente com os interesses imperialistas no Iraque, pois uma intervenção militar no Norte poderá
aprofundar ainda mais a
desestabilização do País.
A questão da Armênia teve
seu ressurgimento desde o assassinato do jornalista turco de origem armênia, Hrant Dink, morto a
tiros em janeiro deste ano, em
Istambul.
Como redator-chefe do jornal
bilíngüe Agos, Dink ficou muito
conhecido por seus artigos sobre
o
genocídio
armênio.
Freqüentemente recebia ameaças
de morte por parte da direita
Rússia, com 2,2 milhões de
armênios.
O governo armênio, a ONU e
a União Européia e mais de 20 países reconhecem o genocídio, o
que não deixa de ser uma pressão
contra os EUA. A Turquia tenta
aderir à União Européia e o não
reconhecimento dificulta este
6
processo. Os EUA são favoráveis à integração da Turquia na
UE.
Estes números foram crescendo desde a diáspora que aconteceu após o genocídio. Comunidades armênias em todo o mundo reivindicam que os países reconheçam o genocídio.
pseudo nacionalista turca, que
O imperialismo norte-americafinalmente o assassinou.
no pede agora “moderação” e
considera um erro as “medidas
O imperialismo na
militares unilaterais” levadas pelo
defensiva
governo turco. Nunca é demais
lembrar que os EUA invadiram o
Os EUA pediram “contenção” Iraque sem a autorização da ONU,
à Turquia sobre suas medidas que por sua vez apóia a ocupação.
contra a guerrilha curda e também Os EUA são os generais do munsobre sua reação ao documento do e há décadas assumem as rédeaprovado pela comissão parla- as da ditadura imperialista contra
mentar.
a humanidade, liderando um regi“Todos temos interesse na me de escravidão e torturas contra
estabilidade do Iraque e desejos de as nações.
ver o Partido dos Trabalhadores do
Em Bagdá, o primeiro-ministro,
Curdistão ante a Justiça. Mas pe- Nouri al-Maliki, reuniu-se na terdimos aos turcos para continuar as ça-feira (16) com o Gabinete de
discussões conosco, com os crise em caráter emergencial para
iraquianos e a mostrar contenção discutir a crise na fronteira por
ante qualquer ação potencialmen- causa dos ataques turcos. Além
te desestabilizadora”, afirmou o disso, o vice-primeiro-ministro
porta-voz da Casa Branca, Gordon iraquiano, Tareq al-Hashemi, foi
Johndroe (Clarín, 16/10/2007).
à Ancara reunir-se com dirigentes
No sábado (13), o Exército tur- turcos para tentar firmar um acorco usou artilharia pesada contra do diplomático e recuar o grande
supostos alvos do PKK em terri- número de militares que estão na
tório iraquiano, na fronteira com a fronteira.
Turquia.
Os EUA se vêem diante de um
O porta-voz do Departamento novo pesadelo a cada dia. Já não
de Estado norte-americano, Tom bastasse a incapacidade de conter
Casey, também pediu “modera- a insurgência em Bagdá e outras
ção” por parte da Turquia quanto províncias, agora o Norte também
ao documento e a guerra contra o poderá ser desestabilizado pelo
PKK.
seu maior aliado.
Mianmar (ex-Birmânia)
Enviado da ONU apela aos países vizinhos para
conter a repressão violenta da Junta Militar
Durante o último final de semana, diversas lideranças estudantis foram
presas pelo regime militar que controla a ex-Birmânia
O enviado da ONU à Mianmar,
Ibrahim Gambari, condenou nesta segunda-feira as prisões realizadas pela junta militar birmanesa
durante o final de semana.
Segundo ele, a prisão dos líderes estudantis e diversos
ativistas pró-democracia vão
“contra o espírito da cooperação
mútua” que a ONU procura estabelecer com o regime birmanês
(BBC).
A ação impulsionada pelo im-
perialismo norte-americano e levada a cabo pela ONU e os ministros
de assuntos exteriores dos países
vizinhos a Mianmar consiste, em
aparência, em endurecer o embargo ao país, procurando enfraquecer a junta militar através da suspensão da compra de seus principais produtos de exportação, madeira, metais e pedras preciosas.
O embargo levantado pelos
países europeus praticamente
não surtiu efeito, uma vez que
quase 90% do comércio exterior
do país é feito com seus vizinhos
asiáticos. Empresas norte-americanas de petróleo, como a
Chevron, que atuam em Mianmar,
limitaram-se a publicar uma nota
incolor condenando os “excessos” e... business as usual.
Defendendo o endurecimento
das sanções. o premiê britânico
afirmou que “não podemos esquecer as imagens nos nossos televisores de monges e pessoas
comuns protestando em
Mianmar, nem a morte e os abusos contra os direitos humanos
que sabemos que ainda estão
acontecendo” (BBC).
Com um discurso “democrático” e conciliador, os governantes
dos países imperialistas que estão
conduzindo neste momento uma
das mais sangrentas e desastrosas operações militares no Oriente Médio, deixando para trás um
número enorme de civis mortos
em uma carnificina sem igual,
apelam para que a junta militar
birmanesa seja “moderada” enquanto promovem uma “transição” à sua maneira, isto é, mantendo o mesmo regime férreo contra
a população, com uma aparência
democrática.
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16 de Outubro de 2007
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Mais uma manifestação do terrorismo estatal israelense
“Cão de guarda” do imperialismo no Oriente Médio
bombardeou reator nuclear na Síria
Os ataques até então sem explicação de Israel contra a Síria no
início de setembro, foram revelados como sendo uma incursão da
força aérea israelense contra instalações de uma usina nuclear,
destruindo, como já fizeram no
passado, a possibilidade de um
país árabe desenvolver livremente seu programa nuclear.
O ataque, sem declaração de
guerra e sem provocação, invadindo e bombardeando um país soberano é um ato claro de terrorismo de Estado. Mas, como todos
sabemos, para a “democracia”
imperialista dos dias de hoje, só é
“crime” internacional o terrorismo
não estatal.
As informações colhidas pelos serviços secretos norte-americano e israelense, a CIA e o
Mosad, e divulgadas pelo The
New York Times revelam que o
objetivo do ataque conduzido por
Israel era destruir as instalações
nucleares sírias antes mesmo que
estas fossem identificadas como
fá :brica de cargas de urânio para
armas nucleares, ou um simples
reator elétrico. O objetivo de destruir qualquer tentativa, ou mesmo êxitos parciais, dos países vizinhos já foi conduzido por Israel
Economia
Diário da crise
Queda geral nas bolsas
As notícias de crise não param.
Nesta terça-feira, importantes sinais de crise fizeram com que as
bolsas fechassem em queda.
O banco Wells Fargo, segundo maior banco de créditos imobiliários dos EUA, registrou prejuízo líquido 35% maior que no ano
passado e 24% menor que no trimestre passado.
“Dada a severa crise no mercado de crédito, esse certamente foi
um trimestre difícil”, disse John
Stumpf, executivo-chefe do ban-
co (Valor Online, 16/10/2007).
O presidente do Federal Reserve (Banco Central Norte-americano), Ben Bernanke, deu novas
declarações sobre a crise, desta
vez dizendo que a crise imobiliária, que afetou o sistema financeiro, “ainda não se dissipou por
completo”. Afirmou ser prematuro avaliar qual o real impacto dessa crise sobre a economia real e
ponderou que “uma nova contração imobiliária seria um peso significativo ao crescimento no tri-
em 1981, quando o reator iraquiano
de Osirak foi bombardeado e
destruído pouco depois de começar a funcionar.
Na realidade, a questão nuclear é apenas um pretexto para impor um regime de terror do regime
sustentado pelo imperialismo
norte-americano sobre os seus
vizinhos árabes.
O estado sionista cumpre o
papel de posto militar avançado
do imperialismo norte-americano
no Oriente Médio e sua antecipação, ao destruir as instalações na
Síria, foram recebidas como um
grande êxito pelo presidente
mestre corrente e durante o começo do próximo ano” (Idem). Apesar da tentativa de animar os
mercados, a partir daí houve uma
queda nas bolsas.
A Ericsson, empresa sueca,
divulgou hoje um alerta revisando para baixo suas expectativas de
lucro e suas ações na Nasdaq
chegaram a perder 23,8%.
Os números de hoje mostram
que toda a crise gira em torno da
crise imobiliária, e que esta, muito
além do que Bernanke colocou, na
tentativa de animar os mercados,
permanecerá por muito tempo.
Ontem também foi o dia em que,
por unanimidade, caíram todas as
bolsas no mundo inteiro.
George W. Bush, ainda que sua
equipe tenha relutado em encarar
publicamente a iniciativa como
positiva.
A “demonstração de força”
israelense tem por objetivo intimidar o governo sírio e até mesmo o
Irã sobre seus programas nucleares, mas acima de tudo é uma
tentativa de, através da demonstração de força terrorista e da
capitulação vergonhosa dos governos pró-imperialistas árabes
de intimidar a luta revolucionária
do povo árabe como a que se
desenvolve no Líbano, na Palestina e no Iraque neste momento.
Queda nas bolsas de
todo o mundo
A bolsa Dow Jones fechou em
queda de 0.21%, Nasdaq em menos 0.32% e a Bovespa em queda
de 1.60%.
Na Europa, Londres, fechou
com queda de 0,45%, Paris baixou
0,57%, Frankfurt 0,09%.
Na Ásia, também houve queda. No Japão, o índice Topix recuou 1,93% e o Nikkei caiu 1,28%.
Na Coréia do Sul, a bolsa de Seul
caiu 1,46%, Hong Kong, recuou
1,98%, Xangai encerrou em alta de
1,03%, a 6.092 pontos, Cingapura
caiu 1,33% e Sydney caiu 0,7%.
Teatro em São Paulo
Em cartaz adaptação musical da peça O Inspetor Geral
Apesar de fazerem cerca de 170 anos que foi escrita a peça, o tema
ainda é absolutamente atual. Não simplesmente por sua linguagem, mas
também e principalmente pelo seu conteúdo de crítica social e denúncia
da corrupção em que estão envolvidas as classes dominantes e sua total
falta de compromisso com a população.
Estará em cartaz em São Paulo,
até o dia 4 de novembro, uma
adaptação musical do espetáculo “O Inspetor Geral”, um clássico da literatura russa, escrito por
Nicolai Gogol.
A peça se passa num pequeno
vilarejo dentro da Rússia czarista,
dominada por um governador
corrupto e toda uma série de colaboradores e pequenos burocra-
tas de estado da mesma índole.
São chefes de correios, diretores
de escolas, juízes, administradores
do
hospital
e
comerciantes.Todos eles mantendo as instituições públicas
num estado de completo
sucateamento, sem as mínimas
condições de saúde, organização
ou eficiência. Mantendo a população acorrentada aos seus inte-
resses mesquinhos que nada tem
a ver com ela. Suas preocupações
passam unicamente por seus
faturamentos pessoais. As coisas
transcorrem normalmente dessa
forma, até que recebem a notícia
de que o czar havia enviado
secretamente um inspetor para
averiguar as condições de funcionamento dos órgãos públicos
locais e realizar sindicâncias, e que
este inspetor estaria viajando incógnito. Apavorados com a perspectiva de perderem seus cargos,
eles resolvem fazer uma “faxina”
na cidade. Assim, os médicos se
livram de alguns dos doentes nos
hospitais e colocam roupas de
camas limpas em todos os leitos,
o juiz da cidade manda retirarem a
criação de gansos de dentro da
sala do tribunal, a diretoria das
escolas locais pedem para os professores não baterem mais nos
alunos, e assim é montado todo um
circo para receber o tal inspetor.
Nesse meio tempo, um jovem
sem destino, Ivan Khlestakov, de
passagem pela cidade, está hospedado em um quarto de hotel já há
16 de Outubro de 2007
duas semanas. O jovem, um simples funcionário de governo, depois de perder tudo o que tinha num
jogo de cartas, não tem dinheiro
sequer para comprar comida. Preocupado, a única coisa em que
pensa é em como vai conseguir sobreviver até concluir sua viagem.
Acontece que, por seus estranhos
hábitos, levanta-se a suspeita de
que o tal inspetor de estado seria
na verdade Khlestakov disfarçado.
O jovem malandro percebe o equívoco e resolve se aproveitar da situação, aceitando de bom grado o
papel que lhe conferem. Com isso,
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é exposto todo o quadro do nível
de corrupção, ganância, impunidade e abuso de poder, que dominam
a burocracia estatal. Não sendo o
bastante, Klestakov, após encher
os bolsos de dinheiro, ainda faz se
apaixonar por ele a filha do governador local, marca um casamento
com ela, mas foge depois na calada da noite. Todos então ficam
estarrecidos quando o real inspetor do czar aparece em cena.
Criação de um autor que colecionou muitos inimigos na Rússia
czarista por seu talento para um
humor mordaz, essa peça foi
lançada em 1836, passando pela
censura graças à ajuda de seu grande amigo, o poeta Puchkin. Logo,
a peça “O Inspetor Geral” ficou
consagrada pela muito criativa e
bem-humorada representação dos
temores de uma classe dominante
que longe de ser fenômeno isolado, representa perfeitamente a
própria decadência da burguesia
moderna.
Gogol, além de “Inspetor Geral”,
é autor de grandes clássicos, como
“Almas Mortas”, “Taras Bulba”,
“Uma terrível vingança” e “Diário
de um Louco”.
Maracanã
CBF prepara a privatização do maior
estádio público do mundo
A Confederação Brasileira de Futebol prepara a licitação do estádio do
Maracanã, onde esta concorrerá com clubes como o Flamengo e
Fluminense
Em meio às privatizações do
governo Lula, outra privatização
foi anunciada, desta vez a do
maior estádio do mundo. A maior
interessada, a própria CBF, é a
favorita a concorrer à licitação pelo
estádio.
Na semana passada foi noticiada a presença de uma empresa
britânica, a IMG, no estádio, em
nome da confederação. A empresa é especializada em reformas de
estádios.
O Maracanã que é um estádio
público que sempre recebeu grandes públicos, poderá agora, sob
gestão privada, enfrentar os interesses dos torcedores, aumentando os preços.
Com isso, o estádio que já é
considerado de mando do
Flamengo e Fluminense, é
privatizado aos poucos, e o pior,
sob os interesses dos cartolas da
CBF, uma verdadeira máfia ligada
aos grandes empresários mundiais, como a Nike e outras empresas que dominam a seleção e o
futebol brasileiro.
A CBF ainda cogita transfor-
8
Serviço
“O Inspetor Geral”
Texto: Nicolai Gogol.Direção:
AlbanoSargaço.Com:RobertMichel
Kairalla, Felipe Moraes e outros.
Teatro Cultura Inglesa - Pinheiros
Rua.Dep.LacerdaFranco,333,Pinheiros, região oeste, tel. 3814-0100
194 lugares. Qui. a sáb.: 21h. Dom.:
19h30. Até 4/11.
90 min. 18 anos. Estacionamento c/
manobrista
R$ 5,00 (estudantes pagam meia entrada)
mar o Maracanã em estádio oficial da seleção brasileira, pressionando para que a maioria dos jogos internacionais sejam neste
estádio, pois lucrariam milhões.
Esta, como a entrega de qualquer
riqueza nacional é um prejuízo histórico da população e contraria a
imensa maioria que quer ver os jogos da seleção em seu estado.
Veja abaixo os
números do
Maracanã
Capacidade: 88.992
Público recorde: 183.341
pagantes (31 de agosto de 1969)
Brasil 1 x 0 Paraguai, em jogo
válido pelas Eliminatórias da
Copa do Mundo de 1970
Movimento Estudantil
CAELL ou propriedade privada do PSTU?
Chamamos a boicotar as eleições de mentirinha
As eleições para o centro acadêmico de Letras da USP
(CAELL) ocorrerão nesta quarta
e quinta-feira, dias 17 e 18 de
outubro.
O processo eleitoral, conduzido pelo CAELL, atualmente nas
mãos do PSTU, foi feito fora de
todas as regras minimamente democráticas que deveriam constar
em uma eleição.
O absurdo começa pelos prazos: dois dias para inscrever a
chapa e a partir de então apenas
mais três dias para fazer campanha, para os debates entre as
chapas, seguidos de dois dias de
votação.
É importante lembrar que nestes únicos três dias de campanha,
sendo que um deles era uma véspera de feriado, as chapas teriam
que realizar reuniões, campanhas
financeiras, passar em salas, tirar
materiais de campanha, participar
dos debates e procurar expor seu
programa. Isso levando em consideração ainda que a letras tem
quase cinco mil estudantes, o que
torna impossível atingir todos ou
mesmo uma parte considerável
destes em apenas três dias.
Este
procedimento
descaracteriza completamente as
eleições e na prática impede que
os estudantes possam sequer
conhecer todas as chapas participantes do processo, discutir e
confrontar os programas, escolhendo aquela com a que mais
concorda.
Dessa maneira, a eleição é reduzida a uma formalidade para
manter o mesmo grupo, nesse
caso o PSTU, na direção da entidade, onde os votantes são apenas os “amigos” das chapas e não
o resultado de um amplo debate
realizado com o conjunto dos
estudantes. A eleição torna-se
assim despolitizada e este é um
dos fatores do crescimento do
desinteresse dos estudantes pela
entidade.
A entidade, eleita dessa maneira, também não reflete os anseios
dos estudantes, o que ficou comprovado na ocupação da reitoria
da USP este ano, que teve participação expressiva de estudantes
da Letras, mas que encontrou no
CAELL seu maior opositor.
O pior é que não apenas a eleição foi montada para não haver
campanha, debates, informação e
discussão política, como isso
tudo foi feito passando por cima
do próprio estatuto do centro
acadêmico.
O estatuto estabelece que a
eleição deve ser convocada com
um mês de antecedência, que
deve ser realizada na primeira
quinzena de novembro e que a
diretoria deve ser proporcional.
Quando questionados sobre o
fato de estarem passando por cima
do estatuto, responderam simplesmente que este “está ultrapassado”. Isso significa que os
estudantes devem esquecer todas as formalidades, todas as regras e ficar à mercê dos desmandos
do PSTU, que elabora ele mesmo
suas próprias regras, de acordo
com a sua conveniência no momento.
Na realidade, o PSTU transfor-
16 de Outubro de 2007
mou o CAELL em propriedade
privada, onde fazem o que bem
entendem, como, quando e onde
acha mais conveniente: isso é “atual” para os aprendizes de ditadores do CAELL. O mais curioso é
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eles se considerarem de esquerda,
quando na realidade até mesmo as
ditaduras impõem algum tipo de
regulamento que as autorize a
cometer as maiores barbaridades.
Tendo em vista o fato de que
são eleições de mentirinha, de
acordo com os caprichos dos diretores do CAELL, que transformaram seus caprichos em regimento
eleitoral, chamamos os estudantes
a boicotar essas eleições.
Letras-USP
Eleição farsa no CAELL continua
Os estudantes protestam contra à farsa promovida pela diretoria do
CAELL, pela imediata anulação das eleições e a realização de eleições
democráticas
A diretoria do CAELL, do
PSTU, está promovendo uma
eleição em que não há uma comissão eleitoral e não é sequer
seguido o estatuto da entidade,
que prevê que as eleições deveriam ser realizadas na primeira
quinzena de novembro com uma
diretoria proporcional.
O cronograma eleitoral foi feito na evidente tentativa de realizar uma eleição esvaziada e sem
discussão. Não houve divulgação dos prazos e critérios para
participação de eleição para a
nova diretoria, impedindo a participação dos estudantes. A
campanha das chapas para di-
vulgação do programa e da realização de debates seria de três
dias.
Este é o fato que deixa claro
a total falta de democracia do
processo, pois é uma eleição
que pretendem que se faça sem
campanha, sem debate, sem discussão de idéias e, por conseqüência, sem eleitores. A política deste grupo, que não tem
programa para o conjunto dos
cinco mil estudantes da Letras,
é justamente evitar a discussão
e garantir sua permanência através de troca de favores e do
“amiguismo”.
Neste espírito de fazer uma
De hora em hora - notícias do dia 16 de outubro
8h - Bolsas asiáticas
fecham em queda
Apesar de todas as tentativas de evitar a crise financeira e
a recessão mundial, as principais
bolsas asiáticas terminaram o
dia de ontem com queda expressiva, em grande medida pelo
recuo de ontem em Wall Street e
por ações do setor financeiro.
A crise no mercado imobiliário americano não terminou e
está abalando o sistema financeiro mundial.
O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, fez uma declaração que a crise ainda não se
dissipou por completo e que o
mercado imobiliário pode ainda
a preocupação do próximo período.
O Citigroup que teve o lucro
trimestral diminuído em 57% por
conta da crise, alertou que a
inadimplência nas hipotecas de
maior risco (subprime) continua
alta e esse quadro deve continu-
troca de gestão apenas formal e
entre os conhecidos, o calendário eleitoral foi arbitrariamente
pelo PSTU, sem nenhuma norma
pré-estabelecida, tudo decidido
de acordo com a conveniência
exclusiva deles. Foram marcados, entre os únicos três dias de
campanha, dois debates, mesmo
sem uma comissão eleitoral.
Os debates no dia 15 de outubro não aconteceram e se transformaram, na hora, em assembléia
para definir as eleições, que estão ocorrendo de forma ilegal.
Para ignorar completamente o
estatuto, o PSTU alegou que
este estaá”ultrapassado”. O que
do desemprego, diminuição da
produção econômica.
ar a assombrar os mercados fiEssa iminente recessão agrananceiros.
vará a situação financeira de todos os países e levaria a um
9h - Pesquisa afirma que
enfrentamento direto entre os
economia alemã entrará
governos e a população trabaem recessão
lhadora a quem os capitalistas
tentarão transferir a crise.
O instituto de estudos econômicos DIW divulgou hoje 10h - Kassab anuncia 309
uma pesquisa que afirma que a escolas que terão câmeras
economia alemã entrará em para vigiar os alunos
recessão em 2008.
O instituto fez uma previsão
O prefeito de São Paulo, Gilde um aumento do PIB (Produto berto Kassab (DEM), anunciou
Interno Bruto) de 2,4% em 2007 309 escolas municipais que ese de 2,1% em 2008.
tão incluídas no ditador PrograO DIW para tentar amenizar a ma de Proteção Escolar que irá
crise que se aproxima, afirmam colocar câmeras para vigiar os
que o crescimento econômico estudantes.
continuará forte e que a crise no
O programa pretende atingir
sistema financeiro nos Estados mais de 1.300 escolas. Nessa priUnidos não se refletirão na con- meira fase os alvos do programa
juntura.
serão os Emefs (Escolas MuniPara 2009, o DIW prevê um cipais de Ensino Fundamental)
crescimento econômico de 1,7%. e Emefms (incluem o ensino méA crise financeira está atin- dio).
gindo todos os países e resultaO principal objetivo do prorá na redução das taxas de cres- grama é reprimir os alunos, princimento da economia, aumento cipalmente os de baixa renda que
9
Em oposição a essas eleições
fraudulentas, pedimos a convocação de novas eleições, com uma
comissão eleitoral composta por
todas as chapas e seguindo o que
diz o estatuto.
mostra que é um grupo
“camaleão”... muda de acordo
com os interesses do momento,
e os estudantes teriam que se
sujeitar não ao estatuto, mas à
vontade deles.
Com o estatuto em mãos, as
seis chapas inscritas, exceto a
do PSTU, passaram em sala de
aula pegando o apoio dos estudantes contra este processo eleitoral-farsa e reivindicando um
processo eleitoral amplo e democrático.
Leia e assine o jonal
CAUSA
OPERÁRIA
ENTRE EM CONTATO:
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Saúde, São Paulo, Capital, CEP
04301-010, fone (11) 55896023, email:
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moram nas periferias que receberam “prioridade” da prefeitura
na implantação das câmeras. A
prefeitura alega que o projeto
tem como meta combater os
“roubos, furtos e atos de vandalismo contra os equipamentos
públicos” (Folha de S. Paulo, 16/
10/2007), mas na verdade é uma
forma de controlar a população
assim como a implantação de
chips nos carros e como as invasões policiais nas favelas
onde o governo realiza verdadeiras chacinas contra a população
com a desculpa de combate ao
tráfico.
11h - Renan Calheiros dá
sinal de renúncia
O jornal O Estado de S. Paulo, publicou que o atual presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), irá se
retirar de sua casa oficial da presidência do Senado, assim como
já havia deixado de usar o carro
oficial de presidente do Senado
depois de ter anunciado a licença de 45 dias.
16 de Outubro de 2007
Estas são práticas de troca de
cargo, e parece que a crise não
conseguirá ser contida para que
Calheiros permaneça no cargo,
mesmo porque ontem surgiu
uma nova denúncia e talvez a
mais grave, de desvios de verbas
para uma empresa fantasma criada pela família Calheiros.
12h - Hillary Clinton critica
Bush por ter “desprezado”
América Latina
Em um artigo publicado pela
revista Foreign Affairs, a précandidata à presidência dos
EUA pelo Partido Democrata, a
senadora Hillary Clinton, afirmou que George W. Bush “desprezou os vizinhos do Sul”, referindo-se à América Latina.
No texto “Segurança e Oportunidade para o Século 21”, a exprimeira-dama diz que é tarefa
dos EUA “voltar a construir uma
política de compromisso vigoroso com a região”.
“Para nosso risco, a administração Bush desprezou os nossos vizinhos do sul. Nós testemunhamos um retorno do desenvolvimento da democracia e
de abertura econômica em partes da América Latina e agora
devemos voltar a construir uma
política de compromisso vigoroso”.
“Nós devemos apoiar as maiores democracias em desenvolvimento, Brasil e México, e
aprofundar a cooperação econômica e estratégica com a Argentina e Chile” (BBC Brasil, 16/
10/2007).
As eleições ocorrerão em
2008 e um dos pontos centrais de
seu programa é a retirada das
tropas norte-americanas do
Iraque. Fora isso, Clinton pretende seguir a política de rapina
na
América
Latina,
aprofundando acordos pró-imperialistas com a Colômbia,
México e países da América
Central, além, é claro, com o Brasil na questão do etanol.
13h - Junta militar de
Mianmar afirma que
manterá repressão
O regime militar birmanês declarou nesta terça-feira continuará a dura repressão aos manifestantes.
O jornal oficial Nova Luz de
CAUSA OPERÁRIA NOTÍCIAS ONLINE
Mianmar, controlado pelos militares, insiste na afirmação “Na
verdade, não há ninguém na prisão por motivos políticos. Estão
na prisão apenas aqueles acusados de violar as leis existentes”.
A imprensa oficial do país
destaca que o regime “continuará”. “Não há razão para mudar
de direção”.
“Eliminaremos todos os obstáculos que se apresentarem diante de nós”.
A manifestações contra o governo se mantém e a repressão
está intensificando na tentativa
de controlar o país, como mostram as declarações da junta militar.
O imperialismo, depois de já
ter desestabilizado o Oriente
Médio com a invasão do Iraque,
tem medo do verdadeiro barril de
pólvoras que é a região, das mais
conflituosas do mundo, marcada
por ditaduras militares e a extrema pobreza. O Sul da Ásia pode
ser a próxima etapa da crise de
dominação mundial do imperialismo, por isso querem que o governo entre logo em um acordo
com a oposição.
15 - Pesquisa mostra que 1/
5 das mulheres grávidas
sofrem agressões
domésticas
10
Cássio Cunha Lima (PSDB), encaminhou três pedidos para o
TRE-PB (Tribunal Regional Eleitoral) da Paraíba pedindo a
suspeição do juiz-corregedor,
Carlos Eduardo Leite Lisboa, que
está atuando em três processos
que tramitam na Corte contra o
tucano.
Em seus pedidos, Cunha Lima
questiona a forma de atuação do
juiz-corregedor nos processos
alegando que o juiz está atuando
“com rigor e celeridade processual” (Folha de S. Paulo, 16/10/
2007). O argumento do governador é no mínimo esquisito, uma
vez que essas deveriam ser qualidades, não defeitos.
Cássio Cunha Lima teve seu
mandado cassado pelo TRE no
dia 30 de julho, sob as acusações
de lavagem de dinheiro e compra
de votos em sua última campanha
eleitoral. As denúncias mostram
que o governador teria distribuído cerca de 35 mil cheques por
meio da FAC (Fundação de Ação
Comunitária), vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Humano. Ele ainda se
mantém no cargo devido à decisão do corrupto TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) que ainda não
votou o recurso feito pelo tucano e ordenou que o governador
fosse reempossado.
Uma pesquisa realizada pela
Unicamp, faculdade de Campinas, interior de São Paulo, mostrou que uma em cada cinco
mulheres grávidas é vítima de
agressão física, sexual ou psicológica.
O estudo foi feito no período
entre 2004 e 2006 com de 1.379
mulheres em período de gestação. De acordo com a pesquisa,
19,6% das entrevistadas relataram que já foram vítimas de algum tipo de violência doméstica. As agressões mais freqüentes são: espancamento, insulto,
intimidação, humilhação, coação, pressão psicológica até
abuso sexual, as agressões são
na grande maioria causadas
pelos próprios parceiros das
vítimas.
Houve relatos de gestantes
afirmando que chegaram a levar
chutes na barriga. As entrevistadas contaram que os principais “motivos” das agressões
14h - Fome crônica no
são por: ciúme falta de dinheiro
mundo aumenta em quatro e uso de álcool e drogas e que
milhões ao ano
apenas 24,5% delas procuram
ajuda externa, mostrando as
A Organização das Nações péssimas condições e a opresUnidas (ONU) declarou nesta são das mulheres pelos homens. 18h - Goleiro do São Paulo
terça-feira que o número de pesentra para o Livro dos
soas que são atingidas pela fome 16 - Britânicos escolhem
Recordes como maior
crônica no mundo se eleva em queda do World Trade
goleiro-artilheiro
uma média de quatro milhões ao Center como momento mais
ano.
memorável da TV dos
A edição de 2008 do Livro dos
Ao mesmo tempo, o alto va- últimos 50 anos
Recordes Guiness incluiu o golor do preço dos combustíveis
leiro do São Paulo, Rogédio Ceni,
tornou maior o gasto com o
Segundo uma pesquisa, para 34 anos, como o maior goleiro-artransporte de comida por terra e o serviço de TV digital Freeview, tilheiro de toda a história do fupor mar e em conseqüência o realizada
entre
2.000 tebol.
preço do alimento.
telespectadores e divulgada na
Ceni superou a marca do
Neste sentido, o Programa Grã Bretanha nesta terça-feira, a paraguaio José Luis Chilavert,
Mundial de Alimentação (WFP maioria das pessoas no País que entre 1992 e 2001 chegou a
na sigla em inglês), da ONU, diz considera que o momento mais fazer 62 gols.
que o gasto com os cereais su- memorável das transmissões
Segundo o livro, o goleiro
biu 50 por cento nos últimos televisivas dos últimos cin- brasileiro marcou um total de 66
cinco anos.
qüenta anos foi a queda do gols pelo São Paulo entre 1997 e
Em mais um crime do imperi- World Trade Center, em Nova 2006, a maioria deles de falta.
alismo, as guerras e massacres Iorque, em 2001 depois que dois Como ele não pretende se apopromovidas nas regiões mais avios bateram contra as torres sentar por enquanto, os gols
pobres do mundo, como no gêmeas.
deverão continuar acontecendo,
Iraque, resultou no aumento do
portanto poderá superar a sua
número de refugiados e da fome. 17h - TRE-PB não aceita
própria marca.
A África também é uma das pedidos do governo que
O atacante Ronaldo, do
maiores vítimas deste regime, quer declarar suspeição de
Milan, também está no livro
onde dos 36 países que tem mais juiz.
como o maior artilheiro em jogos
gente passando fome, concenda Copa do Mundo, com quinze
tram 21.
O governador da Paraíba, gols.
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