Ano V • nº 105 • 11 de setembro de 2006 • R$ 5,90
empoucaspalavras
Momento glorioso para o mercado
gastronômico brasiliense. Vejam só quantas
boas novidades quase ao mesmo tempo:
• Balaio Café, simpático espaço
“multimídia” na 201 Norte que faz jus
ao nome e rapidamente conquistou jovem
e fiel clientela;
• Nix Dining Club, no Lago Sul,
engenhosa combinação de boate e
restaurante com a grife do chef Dudu
Camargo;
• Sabatash, também no Lago Sul e
com conceito semelhante ao do Nix;
• L’Altra Toscana, do “maestro”
Vincenzo Menicucci, que se dedica a
aprimorar a farta comida regional italiana
com a moderna técnica dos franceses;
• Mercado Municipal, oitavo
empreendimento – e o mais ousado de
todos – do empresário Jorge Ferreira,
inaugurado com pompa e circunstância no
último dia 4 e aberto ao público no dia 7;
• Empório Quitinete, terceira casa de
Mara Alcamim, com inauguração prevista
para esta terça-feira, dia 12.
Tudo isso apenas na área central da
cidade – Plano Piloto e Lago Sul. No
Distrito Federal inteiro, o número de
estabelecimentos triplicou, nos últimos
três anos, para atender ao crescente fluxo
de clientes. Já são mais de 10 mil bares e
restaurantes.
Portanto, novidade é o que não falta.
E não apenas na gastronomia.
Leia e confira.
Maria Teresa Fernandes e
Adriano Lopes de Oliveira
Editores
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boavida
Não é preciso comprar uma lancha para navegar
no Lago Paranoá. São muitas as opções de
passeios, com preços para todos os bolsos.
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picadinho
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ROTEIRO é uma publicação da Editora Roteiro Ltda | Setor Hoteleiro Sul, Brasil XXI, Business Center Park 1, Sala 1307 – Tel: 3217.0217 Fax: 3217.0200 |
Redação [email protected] | Editores Adriano Lopes de Oliveira e Maria Teresa Fernandes | Produção Célia Regina | Capa Eduardo Branquinho |
Diagramação Carlos Ferreira e Eduardo Krüger | Reportagem Adriana Romeo, Ana Cristina Vilela, Albert Steinberger, Alexandre Marino, Angélica Torres,
Beth Almeida, Bianca Chiavicatti, Eduardo Oliveira, Greicy Pessoa, Heitor Menezes, Lúcia Leão, Luiz Recena, Marcos Magalhães, Reynaldo Domingos Ferreira,
Ricardo Pedreira, Rodrigo Oliveira, Sérgio Amaral, Sérgio Moriconi, Solange Nunes, Susan Faria, Teresa Mello e Vicente Sá | Fotografia Débora Amorim,
Eduardo Krüger e Sérgio Amaral | Diretor Comercial Jaime Recena (8449.9736) | Contatos Comerciais André Gil (9988.6676) e Giselma Nascimento
(9985.5881) | Marketing Promocional Gisele Gontijo (8171.5957) | Administrativo/Financeiro Daniel Viana e Rafael Oliveira | Impressão Gráfica Coronário
CORREÇÕES – Na edição nº 104: Pg. 30 - A foto de Peter Pan é de Paki; a foto de Arte e Tecnologia é de Carlos Praude e a foto de O Beijo de Alice é de Alda
Marques. Pg. 48 - A foto é da Downtown Filmes.
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Aromas e sabo
Direto de Perdizes para a
309 Sul, a nova viagem
gastronômica do “maestro”
Vincenzo Venitucci
POR LUIZ RECENA | FOTOS EDUARDO KRÜGER
Vincenzo Venitucci é um bruxo alquimista e um
sedutor incorrigível. Diz que tem “quase 70 anos”, 21
deles no Brasil, em São Paulo, bairro de Perdizes. Bruxo
não tem idade. Ele pode mostrar paixão, alegria e energia
de garoto quando conta porque aceitou o desafio de
montar o restaurante L’Altra Toscana em Brasília, uma
nova e diferenciada proposta. “Venho a Brasília faz 20
anos, fiquei amigo do Robson (Carvalho, o proprietário,
junto com José Goulart) e topei participar dessa viagem
maravilhosa no mundo da gastronomia italiana”, explica.
E pode ter mais de cem, duzentos anos, quando
dá uma pista das fórmulas mágicas que trouxe para a
cozinha da 309 Sul. “É a lembrança de aromas e sabores
de família, da Toscana, da cozinha regional, camponesa,
recuperados em novas técnicas; é a minha cozinha
regional, de ontem, revisada com técnica francesa; a
velha e farta cozinha regional italiana com a moderna
técnica dos franceses”, diz ele, para quem a gastronomia
é, antes de tudo, uma viagem de prazer, “para deixar as
pessoas felizes e para eu ficar feliz também”.
Este é o ponto: uma convergência de felicidade entre
quem cozinha e quem come. As mãos voam no gesto e
batem como asas, fazendo quase flutuar o corpo forte
e bem nutrido do “Maestro”, como é chamado pelos
discípulos e comensais que cativou em dois mundos.
Maestro não é um chef, ou um cozinheiro. É a mistura
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dos dois, um formulador. Um alquimista. “Sou meio
ditador”, admite, após abrir a primeira garrafa de
Chianti, suspender um farto couvert e comandar três
entradas “dos deuses”: uma polentinha crocante com
bacalhau, uma língua de boi só identificada depois de
apresentada em detalhes (fotos na página ao lado);
e umas torradinhas com verduras da estação, que
dão água na boca antes mesmo de chegarem à mesa.
“Há 700 anos Veneza trabalha o bacalhau, trazido
pelos grandes navegadores”, ensina Vincenzo para
quem se espanta com a delicadeza e a perfeição da
cobertura sobre a polenta. Ao sentir que não apenas
sentava-se à cabeceira, mas comandava a mesa, deitou
e rolou na ciranda do “primo piato”: nhoqui, farfale,
talharim e spaguetti. O primeiro com um pesto espesso
e verdadeiro, com pinoli; o segundo com um pepperone
suave; o terceiro com manteiga trufada e funghi; o quarto
com um molho de tomate clássico.
Ora, direis: até aqui nenhuma novidade. Para
res da Toscana
que não percais o senso, descrevo: cada um desses
ingredientes tem sua história de exclusividade. Cerca
de 40 por cento vieram de São Paulo, pois ainda não
foram aqui encontrados. Como o funghi, que deve ser
produzido em carvalho e não em eucalipto, que tem três
vezes mais óleo. Ou o tomate Débora, especialíssimo.
“Quero o melhor, ainda que seja mais caro; sou
exigente”, diz o Mestre. “Não, ele é intransigente”,
reforça o sócio e amigo Robson. Os dois riem e lembram
das batalhas que entre si travaram durante a construção
do restaurante (um prédio dos primórdios de Brasília,
tombado pelo governo e defendido com unhas e dentes
pelo IPHAN); a escolha dos móveis, a decoração. E na
feitura do cardápio, claro.
O resultado é uma novidade: amplo espaço,
decoração lembrando a Itália antiga, máscaras
venezianas, um espelho de dois séculos, móveis de
madeira feitos por artesão mineiro. E ainda cortinas e
quadros, e a cozinha grande e moderna, o território de
Cida, que depois de 18 anos em São Paulo acompanha
o Mestre nessa aventura brasiliense. Vincenzo faz a
partitura e os arranjos. Cida comanda a orquestra. Os
resultados, depois da comissão de frente de entrada e do
primo piato, ressurgem no segundo prato. Dois risotos
escolhidos a dedo, um clássico e uma novidade, com
laranja. “O risoto é um monumento do Piemonte, é
comida simples, de estudante, pode ser feito com tudo”.
A falsa modéstia prepara o espírito para entender
o requinte. Comemos genuflexos, acompanhados de
um novo Chianti. “É o vinho que mais se adapta a
uma refeição longa, de vários pratos”, ensina Vincenzo.
E uma vez mais divagamos pelas cozinhas do mundo,
pelos vinhos, aromas e sabores. Comer é viajar no túnel
do tempo. Com muita conversa, risos, olhares e gestos.
Fechar os olhos para arquivar sabores na memória da
vida. E vem a carne. Um escalope. “A senhora falava
dos argentinos? Vamos a um Malbec Estepa Mística”.
Ao fim do jantar o sedutor ainda lembrava da conversa
introdutória, com a dama convidada, sobre vinhos da
América do Sul. O Malbec sugeria que a Argentina
abandonasse de vez o futebol e se dedicasse doravante
apenas aos vinhos.
A sobremesa foi o golpe final. Só provinhas: um
folheado, uma bavareuse de laranja, uma tortinha
de maçã, um docinho de Turim, um souflezinho de
chocolate meio amargo. Dio Santo! Arremata-se com café
e chá, licores ou grappa. Cinco tipos de café. Uma caixa
de chá com dezenas de opções. Eis a nova proposta de
cozinha italiana em Brasília. Um ritual gastronômico. Há
variações, como a supressão de uma das etapas. Ou as
meias porções. Não é barato. Também não é carésimo. E,
no final, a relação qualidade-preço é altamente favorável
ao comensal. “Brasília estimulou minha criatividade
e minha renovação; estou gostando do desafio”, diz
Vincenzo Venitucci. Nós apoiamos.
L’Altra Toscana Ristorante
309 Sul, Bloco D (3443.7109)
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Novo café na Asa Norte mistura
cinema, boa comida e descontração
POR CARLA ANDRADE
FOTOS DÉBORA AMORIM
Um balaio onde cabe tudo:
comida contemporânea, exposição de
fotos, cineclube, internet e a arte de
um bom café. Tudo isso com muita
personalidade. Essa é a proposta
do recém-inaugurado Balaio Café,
na 201 Norte. À noite, a principal
atração é um espaço confortável criado
para a exibição de vídeos e filmes
independentes de artistas de Brasília.
E o melhor: a entrada é gratuita. Em
agosto, muitos dos curtas-metragens
em cartaz mostraram a realidade de
comunidades pobres do Distrito Federal
e do Brasil, como o cotidiano dos
travestis do Setor Comercial Sul e a
“feira do rolo” de Ceilândia.
No segundo andar do café, os
mais antenados não precisam perder
tempo e, entre um papo e outro, com
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de
seus notebooks, podem se conectar
à internet por meio da rede wirelless.
A casa ainda coloca à disposição dos
clientes dois computadores para acesso
à web. No mesmo local tem ainda uma
galeria para manifestações culturais
diversas como exposições de fotos e de
artes plásticas.
Para acompanhar toda a
descontração, o cafezinho e delícias
caseiras são os protagonistas.
“Investimos no café para mostrar que
ele também é uma arte. Brasília merece
um lugar onde baristas possam divulgar
isso e as pessoas possam falar sobre o
café”, comenta uma das proprietárias,
a jornalista Juliana Andrade Lima,
que, junto com a irmã Soraia Andrade
Lima e o pai Mário Alves, teve a idéia
de abrir o espaço. “Queremos oferecer
bons serviços em culinária, tecnologia
e cultura. Será incentivada a prática do
sorriso, do amor, da solidariedade, do
div
companheirismo, da criatividade, da
liberdade e do bom-humor”, promete.
No cardápio, ainda provisório, a
carta de cafés é exclusiva e foi elaborada
pela barista Sulayne Shiratori. Uma das
pedidas certas é o café Cora Coralina,
um espresso com doce de leite e paçoca
de amendoim (R$ 5,80). Tem ainda o
Damião Coffee, um espresso servido
com conhaque, açúcar, noz moscada e
chantilly (R$ 8,20) e o Latte Macchiato,
leite vaporizado “manchado” (R$ 3,80).
OUTRA DICA É O CAPPUCCINO INDIANO,
na verdade um chá feito com especiarias
como gengibre, cardamomo e canela
(R$ 4,60). Para os vegetarianos, uma
opção inovadora: cappuccino com leite
de soja. Já os amantes do cacau podem
se deliciar com o Frodo (o nome é
uma homenagem à trilogia O Senhor
dos Anéis), um chocolate quente tipo
europeu servido na xícara de café, tão
cheio
ve
o
ã
rs
encorpado que pode ser comido até
com colher (R$ 2,80).
Para acompanhar a degustação
dos cafés, Juliana sugere o pão francês
na chapa com queijo minas derretido
(R$ 2) e delícias caseiras com gosto
de comida da avó e da fazenda: broa,
bolacha de aveia, rosquinha de nata,
peta, bolo de mandioca e casadinho,
todos de fabricação própria.
À noite, o tradicional café mineiro
cede espaço à cozinha contemporânea.
Sanduíches, petiscos, saladas e risotos
(como o de cogumelos shimeji e shitake,
a R$ 23) são boas opções. Vale a pena
conferir o sanduíche com pão ciabata
recheado com alface americana, cebolas
caramelizadas, shitakes marinados no
molho shoyu e cobertos com pasta toya
(castanha de caju e alho), a R$ 11,50. A
proprietária também convida o público
a experimentar uma receita de sua
avó: bolinho de arroz ou de mandioca
recheado com carne ou queijo (R$ 4,80
a porção). Em se tratando de sobremesa,
Juliana garante: “Meu petit gateau, o
petit balaio, é o melhor da cidade”.
Outro atrativo da casa são os
vinhos chilenos, argentinos e nacionais
a preços convidativos. “Todas essas
delícias podem ser acompanhas
por um som ambiente com blues,
música eletrônica e samba. Queremos
proporcionar experiências completas
às pessoas”, diz Juliana.
O BALAIO OFERECE AINDA, no almoço,
serviço de buffet a R$ 19,90 o quilo,
com opções de carne, frango e peixe.
Depois da refeição, o cineclube pode
virar uma sala de repouso para a famosa
sesta. O descanso merecido pode ser
embalado por um jazz, bossa nova,
blues, bem estilo chill out, entre o
meio-dia e as 15h30.
O ambiente, assinado pelo designer
Rogério Tavares, reforça a idéia dos
proprietários de transformar o café
numa miscelânea cultural, com
espaço também para o artesanato
da cidade. Objetos artesanais, como
bonecas produzidas por comunidades
quilombolas do Maranhão e pássaros
de cerâmica de artistas brasilienses,
foram escolhidos para criar um clima
aconchegante e rústico.
Para encher ainda mais o balaio
com atrações bem cosmopolitas, o café
quer incluir na programação, em breve,
literatura e uma festa mensal, a Balaiada,
com participação de DJs. Juliana conta
que na festa de inauguração, que teve
a presença de umas três mil pessoas,
escutou muita gente dizendo: “Era disso
que a cidade precisava”.
Balaio Café
201 Norte, Bloco B (3327.0732). Segundas, das
9 às 19h; terça a sábado, das 9 à 1h;
e domingo, das 16 à 1h.
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FOTOS EDUARDO KRÜGER
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Babel às
avessas
POR LUIZ RECENA
J
orge Ferreira agora é bíblico:
decidiu construir uma Torre de
Babel gastronômica em Brasília.
Diferente em tudo, Jorjão está fazendo
uma Babel ao contrário, pois lá todos
falam o mesmo idioma: o do prazer.
De comer, beber, apurar e curtir os
sentidos. Em 1.300 metros quadrados
irão conviver, no Mercado Municipal,
bar, padaria, loja de panelas, butique
de carnes e massas, balcão de produtos
variados, peixaria, loja de temperos,
café, quitandinha, açougue, tabacaria
e floricultura. Investimento de mais
de três milhões de reais e cinco sócios,
o Mercado Municipal tem um andar
térreo e dois mezaninos, na 509 Sul,
com entradas pela W2 e W3 e amplo
estacionamento a uns 50 metros, no
começo da 510.
Tudo é bom gosto e harmonia
nessa conversa entre velho e novo,
moderno e clássico. São toneladas
de ferros, portas, janelas, vitrais,
madeiras, móveis, mármores, que
eles trouxeram dos interiores daqui
e d’além mar. E que Alvinho Abreu,
com sensibilidade aguçada, consolidou
na proposta de unir arquitetura
e culinária. “Jorge do mundo e
do melhor de Minas”, escreveu o
poeta Carlos Henrique. “Jorge é
instintivamente revolucionário”,
definiu Reynaldo Jardim, ao escrever
sobre a simbiose desse espaço
art nouveau na moderníssima e
futurista Brasília.
Pois não é que o Ferreira, que
adora falar bastante, foi sintético e
arrasador ao apresentar o conceito
básico de seu novo empreendimento?
É um “retrocesso modernizante”.
Duas palavras bastam. O resto é viver
o momento novo desse pequeno
templo de consumo, que abriu suas
portas neste começo de setembro e
funcionará das sete da manhã às dez
da noite.
Um momento: o Bar do Mercado
não entra nessa escala. Vai abrir
com o mercado, mas só fechará na
madruga. Com um cardápio cheio
de novidades, escorado nas muitas
invenções consagradas pelas outras
casas de Jorjão. Companheiro do
bar, o Espaço Gourmet vai oferecer a
oportunidade para que o consumidor
comemore, lá dentro mesmo, as
delícias
cias do mercado. Com um detalhe:
os móveis do Espaço Gourmet, como
de resto todos os móveis do Mercado
Municipal, poderão ser adquiridos
pelos interessados. A novidade é fruto
de um acordo com a Casa Antigua,
tradicional operadora paulista do
ramo de antigüidades.
Jorge e seus parceiros Luís
Veiga, Gilberto Bruzinga,
Paulo Pereira e Sidnei
Miguel, todos com
experiência no
ramo e
alguns
com experiência no mercadão de
São Paulo, principal inspiração do
espaço brasiliense, querem conquistar
todos os públicos. E dar início a uma
verdadeira revitalização da W3. “Do
cafezinho ao bacalhau especial, o novo
espaço será inclusivo e democrático,
tendo até um ponto de venda de flores
para aqueles que esqueceram de uma
data importante em casa”, informa
Jorge Ferreira, que lembrou, ainda,
de juntar artistas locais e temas daqui
e de outros lugares, para abrir-lhes
espaço no Mercado Municipal. Athos
Bulcão, Nemm Soares, Gougon e Paulo
Andrade misturam-se entre os vitrais
e motivos centenários, a lembrar que
Brasília é aqui, a
casa de todos
os brasileiros,
fonte maior da
inspiração e do
investimento.
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Mais de mil na boca livre
A primeira dama Marisa Letícia, a governadora Maria de Lourdes Abadia,
o ex-craque Sócrates e os cartunistas Jaguar e Ziraldo eram algumas das
personalidades misturadas às mais de mil pessoas que compareceram à festa de
inauguração do Mercado Municipal na noite de segunda-feira, 4.
Para cada presença ilustre, uma explicação. Ziraldo desenhou a marca do novo
empreendimento. Jaguar e o Dr. Sócrates são notórios apreciadores de goles,
mais do que de garfadas. A governadora foi prestigiar o primeiro grande projeto
de revitalização da avenida W-3 Sul. Finalmente, dona Marisa Letícia representava
o governo federal e, mais que isso, seu marido, velho amigo do empresário
Jorge Ferreira (como, de resto, as demais pessoas presentes).
FOTOS EDUARDO KRÜGER
Ao som do Liga Tripa, o mais performático grupo musical da cidade,
a gigantesca boca livre começou por volta das 8 da noite e entrou pela
madrugada, com muito chope, vinho tinto e espumante, cachaça de
Minas, queijos e tira-gostos variados. Os comensais só sentiram falta do
pastel de bacalhau e do supersanduíche de mortadela que atraem
multidões ao Mercado Municipal de São Paulo.
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As maravilhas do
Bar do Mercado
Uma seleta variedade de petiscos
feitos com produtos do próprio
mercado. Não é luxuoso, mas
confortável. Tem pastel, sanduíche
de mortadela e um bacalhau
lagareiro de tirar o fôlego só na
descrição: posta mergulhada
por horas em azeite, assada,
acompanhada de batatas ao murro.
Padaria do Gille
Com 109 anos de existência,
a Padaria 14 de Julho, de São
Paulo, traz para Brasília a arte
paulista (e italiana) de fazer pão.
Espaço Gourmet
Adega em pinho de riga,
fogão industrial, lustres,
móveis antigos e mesa
com 20 lugares. Pode ser
alugado para eventos
ou curtido a partir das
compras feitas no próprio
mercado.
Peixaria da Galiléia
Peixes e mariscos em fartas
opções. Um dos locais mais
bonitos do mercado.
Tempero do Giba
Uma simpática lojinha de
temperos, a lembrar que
quase tudo a ser comprado no
mercado merece um gostinho
especial. Chefes de cozinha
recomendam.
Café Cristina
Parada obrigatória para um café
espresso da cidade de Cristina,
produzido nas encostas da Serra
da Mantiqueira, sul de Minas
Gerais. Ganhou prêmio aqui
e no exterior.
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Tabacaria Dona Flor
Cigarrilhas, charutos e cigarros
para os que ainda persistem
no vício. À noite, quando o
vitral aparece com todo o
seu esplendor, é motivo de
admiração.
Loja Dona Rita
74 anos de tradição vendendo
utensílios domésticos. Panelas,
facas, tudo. Móveis antigos
também à venda.
FOTOS EDUARDO KRÜGER E DÉBORA AMORIM
Mercado Municipal
Butique de carnes
e massas
Javali, pato, faisão, codornas,
as melhores caças e carnes
bovinas nacionais e importadas.
Grande variedade de massas
acompanha a oferta de carnes.
Dispensa apresentações. Quer
apenas receber visitas, mostrar
seus produtos de primeira.
E vender, é claro.
Quitandinha
Bem na entrada do
mercado, vende produtos
hortifrutigranjeiros, muitos
orgânicos. Entre a peixaria
e o açougue, vai lembrar
o quanto outros produtos
precisam de companhia.
Banca Manoel Xicote
No coração do mercado e sua
maior atração. É a alma do
lugar. Todo tipo de produtos e
“o melhor bacalhau já visto em
Brasília”. Jorjão não deixa por
menos.
Quem entra pela W2 encontra logo essa charmosa charrete do século XIX. Cheia
de flores. É aquela, pronta para despachar qualquer “habeas corpus preventivo”.
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Tradição com cara nova
Sushi Brasil investe em novas instalações e se orgulha
de ser o japonês com o maior cardápio da cidade
POR ADRIANA ROMEO
FOTOS EDUARDO KRÜGER
Sedutora, ornamentada, leve,
saudável, requintada. Assim
é a culinária japonesa. E se
o ambiente for agradável,
convidativo, com um atendimento
diferenciado e ainda envolto num
clima voltado à simbologia da milenar
cultura nipônica, torna-se irresistível. Foi
apostando nisso que Ricardo Cavalcante
comprou o Sushi Brasil em março do
ano passado e em fevereiro deste ano
resolveu fazer uma grande reforma, para
reabrir dois meses depois com uma cara
totalmente nova.
Ambiente clean, muito bem
decorado, com uma combinação
equilibrada entre as cores vermelha,
branca e preta e uma distribuição
suave de nichos nas paredes, objetos
orientais e bambus. Tudo muito sutil
e agradável. Foi um investimento em
torno de R$ 250 mil, mas que valeu a
pena, garante Ricardo. “Duplicamos
a capacidade do restaurante para 130
lugares e também o espaço e o conforto
para os clientes”. Ele afirma com orgulho
ter o cardápio mais extenso da cidade
no ramo da culinária japonesa, com
aproximadamente 300 itens.
“Às quintas-feiras, muitas vezes
chega a ter gente no futton aguardando
mesa, pois é dia de rodízio”, acrescenta
o gerente da casa, Gilson Lucas
Mendes, ou simplesmente
Gil, como é mais
conhecido, há 16 anos
trabalhando com a
culinária japonesa.
O restaurante serve
pratos à la carte tanto
no almoço quanto no
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jantar. Buffet, só no almoço.
A prata da casa é o Combinado
de Salmão Super, para duas pessoas,
com 48 peças, a R$ 83,50. Esse prato,
inclusive, está na promoção do Prêmio
Roteiro de Gastronomia pela metade do
preço (R$ 41,25). Os combinados para
duas pessoas, que são os pratos mais
procurados, custam entre R$ 60 e R$ 80.
Ricardo confessa que quando
comprou o restaurante não comia
peixe cru de jeito nenhum. “Tinha
um bloqueio psicológico
psicol
de
comer o sashimi, mas
pensei que isso não
n ía
ficar bem para o dono
de um restaurante
japonês. Resolvi
japon
vencer o bloqueio,
experimentei e hoje
em dia eu adoro”.
Para quem ainda não está preparado
para encarar um sashimi, ele garante que
o Sushi Brasil tem opções deliciosas de
pratos quentes. Tem também o cardápio
kids, com vários pratos adaptados para a
garotada, inclusive com passatempo para
a meninada se divertir.
Cerca de 20% dos pedidos no
Sushi Brasil são para entrega em casa.
O restaurante leva tudo fresquinho, em
até 40 minutos, a qualquer residência
nas Asas e Lagos Sul e Norte, e também
no Sudoeste. A taxa de entrega varia
de R$ 3 a R$ 8,50, de acordo com a
distância. O restaurante ainda abastece
festas em qualquer ponto da cidade para
um mínimo de 20 pessoas. É só ligar
e marcar com pelo menos 48 horas de
antecedência.
Sushi Brasil QI 11 do Lago Sul (3364.3939)
picadinho
Vamos branchar?
Para começar, uma ótima notícia: o Sunday
Brunch do Blue Tree acaba de entrar na
promoção “50% de desconto” do Prêmio
Roteiro. Das 11h30 às 17h dos domingos,
por apenas R$ 30 você pode degustar
calmamente tudo isso: taça de espumante
de boas vindas, seis ilhas gastronômicas com
queijos, pães e frios, saladas, pratos quentes,
frutos do mar, sushi e sashimi, camarões e
ostras, carnes e grelhados, sobremesas com
tortas, mousses e chocolates.
Saladas & grelhados
Às vésperas de completar 20 anos, o
restaurante Salsa,
da 402 Sul, está
fechando parceria
com um grande
produtor de
carnes nobres.
A casa passa
adotar o conceito
“a melhor salada,
agora com a melhor carne”. Vai até mudar
seu letreiro para Salsa Saladas & Grelhados.
Chá & espumante
A Praliné (205 Sul) passa
a oferecer em seu famoso
e disputado chá da tarde
– a partir das 16 horas – os
espumantes e proseccos da
Casa Valduga. Os clientes
estão satisfeitos com a
nova oferta e já sinalizaram
que querem mais. Vinho
do Porto, vinho tinto e
vinho branco também já
estão no cardápio e acompanham bem o
buffet de tortas, bolos, petit fours e outros
petiscos.
Maracujá & chocolate
Os irmãos
Rappel, Mauro
e Bruno, que
participam
pela primeira
vez da
promoção
do Prêmio
Roteiro,
criaram a torta brownie
acompanhada de sorvete de maracujá
(às quartas). A torta e o sorvete são de
fabricação própria e exibem o requinte da
culinária italiana. A loja da 306 Sul oferece
mais 10 sabores de sorvetes. Com esse calor,
vale a pena experimentar um por um.
Meio prato
Agora sob o comando de dois chefs (Adriano
Barreto e Eduardo Carvalho), o restaurante
O Gatto, da
215 Sul, acaba
de lançar uma
novidade: o meio
prato ou a meia
porção. No almoço
executivo (foto),
continuam os
grellhados, saladas
e massas. À noite,
o disputado lounge do piso superior está a
todo vapor.
Up-grade
O Azulejaria (408 Sul) está de cara nova.
Depois de rápida reforma, a casa dobrou
sua capacidade – de 66 para 132 lugares
– e renovou o cardápio. O bar ficou mais
amplo e arejado. No cardápio, as novidades
são os petiscos quentes, filés, massas, os
novos sabores de pastel, bolinhos de arroz
e bacalhau, carne assada na cerveja preta,
robatas de filé, lingüiça de pernil, iscas de
peixe, tapas e o sanduíche de filé mignon.
Buffet empresarial
Empresários que necessitem de serviço de
buffet em eventos, almoços executivos
ou reuniões de trabalho têm uma ótima
opção no Lake’s, da 402 Sul. Comodidade
é a palavra-chave. Há opções de cardápios
para todos os gostos. O Lake’s tanto pode
levar toda sua estrutura até o cliente como
alugar o espaço e colocar à disposição
uma equipe especializada em serviços de
recepções sociais e empresariais, coquetéis,
almoços e jantares, queijos e vinhos ou
coffee break.
Quitinete
Vem aí o terceiro
empreendimento da
chef Mara Alcamim.
Bem em frente ao Zuu
e ao Universal Diner,
na 209 Sul, abre as
portas nesta terça-feira, 12, o Quitinete,
misto de empório, café e restaurante, aberto
24 horas por dia. Especiarias, temperos, frios,
carnes, pães e utensílios domésticos, tudo
de muito boa qualidade, para alegria dos
gourmets da cidade.
Duetto
Duas novas opções de vinhos
foram apresentadas ao mercado
pela Casa Valduga: o Duetto
Pinot Noir/Shiraz 2006 e o Arte
Tinto 2005, elaborado com uvas
Cabernet Sauvignon, Merlot e
Cabernet Franc, combinação
considerada pelos franceses como
o melhor corte entre três varietais.
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Vinho, moda e negócio
LUIZ RECENA
garfadas&goles
garfadasegoles
@alo.com.br
18
“O negócio, agora, é vinho”. A sentença,
a, de um amigo baiano,
veio com a força do calor da Bahia, logo após uma
tarde em que Salvador se transformara quase numa
sucursal do inferno. Até o ar condicionado ficou
morno. E o asfalto derretia. Constatações banais. “O
vinho está na moda, é preciso investir nisso”. Nosso
baiano entende de negócios. Prestemos, portanto,
atenção. Moda e negócio andam juntos. Sinalizam o
poder, identificam quem está “in”, para cima. Sorry,
periferia, no dizer de antigo cronista. Não basta gostar
e beber vinho. Aliás, beber é o de menos. E gostar
pode ser apenas um momentâneo estado de espírito.
Um cálice para cada um. Nova garrafa. Três dígitos
de preço. Ou dois, mas bem altos. Adega climatizada,
fornecedor exclusivo de alguns rótulos “plotados” pela
crítica. Adereços fundamentais. Então, combinados:
vinho está na moda e é um bom negócio. Entremos na
onda. Sem perder o paladar jamais!
E por falar...
Em moda, negócios
e vinhos, o lobby
comercial deflagra
o ataque a uma
trincheira histórica.
A rolha de cortiça
está com os dias
contados. Vem
aí a tampa de rosca! Meus sais! Inúmeros são os
argumentos a favor. E são científicos, dizem. Os mais
modernos que entrem na internet. A boa informação
facilitará a adesão. Os mais clássicos, iniciemos o festival
de despedidas da rolha de cortiça... Saúde!
Mister Pent
É um inglês. Na cidade desde os primórdios. Dedica-se
a detectar detalhes e deslizes de atores da nossa vida
gastronômica. Acha que o cliente sempre tem razão,
“mesmo quando não a tem”. Mas foi obrigado, outro
dia, a rever posições. A tia chegou no restaurante,
tarde avançada, pediu o prato do dia. Não tinha. Ficou
brava, levantou-se e saiu batendo o salto, com ruído
na cerâmica. Detalhe: era uma sexta-feira e ela queria o
prato do dia... de terça-feira! Aí fica difícil.
Chateau Sibéria
Tem gente boa guardando, no freezer da cerveja, o
vinho a ser vendido em taça. O resultado é uma bebida
gelada demais, sem paladar. Perde o consumidor.
Bom astral
Fernando Cabral, simpático proprietário do Antiquário
do Pontão Sul, assume a presidência da Abrasel local.
Até o mais jovem eucaliptus argentum, na saída da
ponte, gostou da notícia. Boa sorte!
Adesão e história
O tradicional Lake’s aderiu ao bom hábito da
happy hour. Com o novo estilo “doublé”, onde
você toma duas e paga uma. E o local tem o que
poucos têm: um “chorinho” de história em cada
dose. Afinal, pelo velho balcão passaram políticos
importantes da República, como o ex José Sarney,
ou jornalistas que fizeram história e deixaram
saudade, como Carlos “Castelinho” Castelo
Branco. Dizem que paredes têm ouvidos. Ainda
bem que não falam...
Eu prometo
Candidatos do DF odeiam o Plano Piloto. Certo.
A periferia tem mais votos e o Plano tem mania
de fazer críticas como esta: impossível caminhar
do Piantella à rua das farmácias, ou do Bonn até
o Carpe Diem, tal o estado de abandono e sujeira
das passagens subterrâneas.
O pedestre, então, morre
atropelado ao atravessar o
Eixão por cima. Promessas,
por favor.
Ele chegou
O chope Stella Artois, depois
de tantos bolos, aportou
finalmente. Foi servido pela
primeira vez, no começo
deste mês, no Azulejaria.
Outros pontos de venda:
Brauhaus, Toca do Chopp,
Armazém do Ferreira e Café
Antiquário. Mas a incógnita
permanece: conseguirão eles
manter a oferta estável?
FOTOS: DÉBORA AMORIM
Escalopes de file a pizzaiolo
INGREDIENTES:
1kg de filé cortado em escalopes (12 porções), sal, alho, pimenta do reino.
MOLHO: 2 colheres de sopa de azeite, 2 colheres de sopa de cebola batida, 2 colheres de sopa
de açucar mascavo, 2 colheres de sopa de páprica doce, 2 colheres de sopa de molho inglês,
2 colheres de sopa de conhaque, 1 colher de sopa de manteiga, 1 colher de sopa de farinha
de trigo, 600 ml de molho de carne.
PARA ACOMPANHAMENTO: 12 tomates secos, 120 grs de muzzarela de búfala, 400 grs de
spaghetti, azeite e alho.
MODO DE PREPARAR O MOLHO: refogar no azeite alho e cebola. Acrescentar, nessa ordem, e
sempre refogando, açúcar mascavo, páprica doce, molho de carne e o molho inglês. Deixar ferver
por uns dois minutos. Depois, flambar em conhaque. Em separado, misturar a farinha de trigo e
manteiga, adicionando depois ao molho. Deixar engrossar, provar o sal. Coar.
MODO DE PREPARAR A CARNE: temperar com sal, pimenta do reino e alho batido. Molhar a
carne temperada em mistura de azeite, açúcar mascavo, páprica doce e molho inglês. Grelhar ao
ponto (rosado por dentro).
SPAGHETTI: fazer o spaghetti normalmente, salteando-o em alho e óleo e salpicando queijo
parmesão ralado durante o salteado.
MONTAGEM: na lateral de cada prato, colocar três escalopes, cobrir com os tomates secos e
fatias muito finas de muzzarela. Cobrir tudo com o molho bem quente. Ao lado vai o spaghetti,
enfeitado com folhinhas de manjericão.
Serve 4 comensais. Custo máximo: R$ 60
QUEM É: Autodidata, Luciana Aguiar tem 28 anos e há nove mexe com as panelas, desde que a
mãe, Ângela Matias, abriu o primeiro endereço, a Casa da Merenda, no Setor de Oficinas. Depois
vieram os Don’ Durica, Asas Sul e Norte, e o Trulli, na 201 Sul. Elas cuidam dos cardápios de
todas as casas. Mesmo com a azáfama toda, Luciana ainda encontrou um tempinho para fazer um
curso de gastronomia na UnB. Um pouco de teoria na prática de quem já estava na estrada. (LR)
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verso&prosa
“Meu reino por
Em Ricardo III,
Shakespeare dá
oportuna aula
sobre política nessa
época de eleições
POR RICARDO PEDREIRA
Eleições, barganhas, candidatos na
televisão, criancinhas carregadas no
colo, promessas. O palco da política
começa a esquentar e vai ferver até
outubro, novembro. Muita gente anda
desiludida com a política, mas sempre
foi assim: há momentos de maior e
menor entusiasmo. Política é a arte
do possível, explicam os políticos. Há
quem ache que política é a arte de
enfiar a mão na sujeira.
Nada como recorrer aos clássicos
para aqueles grandes temas que há
séculos estão por aí, como amor,
morte, sexo, felicidade e – por que não?
– política. Neste caso, como em tantos
outros, o bom e velho Shakespeare é
imbatível. Aproveitem esse período
eleitoral para ler Ricardo III, uma
das grandes peças do genial bardo,
verdadeiro tratado sobre a política.
Ler Shakespeare é uma aventura
mais fácil do que muitos imaginam.
Sua obra é quase todas de textos para
teatro – portanto, textos curtos. As
peças são movimentadas, repletas de
reviravoltas, almas que falam com os
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vivos, feitiçarias e cenas de impacto,
com o evidente propósito de prender
a atenção da audiência. Afinal, foram
feitas para serem assistidas pelo povão
inculto e bêbado da Londres do século
XVI.
É claro que têm vários níveis de
leitura e a linguagem rebuscada do
teatro da época. Mas quem lê com
um pouquinho de paciência não larga
mais e entende logo porque o cara
é consagrado como um dos maiores
gênios de todos os tempos.
Ricardo III se passa na corte inglesa
do século XV. Conta a história do
Duque de Gloucester, o Ricardo do
título, homem astuto, deformado
fisicamente, que faz de tudo e mais um
pouco para chegar ao poder e depois
mantê-lo. A política, no sentido da luta
permanente pelo poder, está toda no
texto: audácia, intriga, conspiração,
manipulação do povo e tanto mais.
Além da política, o texto fala do caráter
do ser humano.
“Um cavalo! Um cavalo! Meu reino
por um cavalo!”, grita desesperado
Ricardo em meio à batalha de
um cavalo!”
Bosworth, que selará seu destino.
É Shakespeare mostrando que o
poder pode ser muito frágil e um dia,
inevitavelmente, troca de mãos. É
irônico ver quem fez de tudo para ter
um reino suplicar por um cavalo em
troca desse reino. Às vezes, salvar a
própria pele é o mais importante.
Ricardo III integra o ciclo de dramas
históricos do autor. É uma de suas
peças mais encenadas e populares,
apesar do tema. Quem for a São
Paulo pode assisti-la com tradução e
adaptação do polivalente Jô Soares
(como é que esse gordo não emagrece?)
com Marco Ricca no papel principal.
No cinema, há um consistente
trabalho de Al Pacino, Ricardo III
– Um Ensaio, documentário sobre um
renomado grupo de atores estudando
e filmando a peça. Apaixonado por
Shakespeare, Pacino fez também um belo
Mercador de Veneza, sucesso de público e
recentemente exibido em Brasília. Nas
locadoras, uma boa dica é Shakespeare
apaixonado, comédia romântica
premiada com Oscars e que imagina o
inspiradíssimo autor em crise criativa.
Como se vê, William Shakespeare
pode ser pop, o que é muito bom. Isso
derruba preconceitos e ajuda as pessoas
a se aproximar de seus textos.
Ler Shakespeare é uma viagem
e Ricardo III, uma das melhores. É
a política nua e crua. Ela fascina e
desperta paixões, pois é – ou deveria
ser – o caminho para a concretização
dos ideais. Mas quem está na platéia
não pode nunca esquecer como a coisa
é feita nos bastidores. A verdade é que
é difícil engolir certa forma de fazer
política, que hoje tantos tendem a
considerar normal. “É assim mesmo,
faz parte do jogo”, dizem os cínicos.
Shakespeare neles!
“Tradutor, traidor”, diz famoso aforismo italiano, diante da
impossibilidade de se verter verdadeiramente para um idioma
o que está dito no original. Paciência. Nós, os comuns dos
mortais que não lemos Shakespeare no original, temos que nos
contentar com as traduções.
Os textos de Shakespeare – teatro e poesia – têm inúmeras
traduções para o português. Quem quiser absolutamente tudo
tem A Obra Completa da Editora Nova Aguilar. É um conjunto
de traduções “voltadas para a página”, para a leitura em livro, e
que buscam ser fiéis ao inglês rebuscado do velho Shakespeare.
Trabalho sólido, competente e clássico, com notas explicativas e
farta introdução.
Existem também as traduções mais livres, menos literais,
que pretendem realçar a contemporaneidade do autor e são,
geralmente, produzidas para uso em teatro. É o caso de alguns
trabalhos de Millôr Fernandes e de Bárbara Heliodora, uma
grande shakespeareana brasileira. E da tradução de Ricardo
III feita por Jô Soares, que já está em livro e tem sido muito
elogiada. É da Editora Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
(IMESP), custa R$ 18 e tem 216 páginas.
21
umdiapararir...
violoncelosnoCCBB
ROBERTO CIFARELLI
Jaques Morelenbaum e o holandês Ernst Reijseger, duas feras do violoncelo,
fazem apresentação única, dia 13, no CCBB, às 21h. Eles são os convidados
da terceira edição do projeto Plataforma Brasil Holanda ? Jazz 2006. O Cell
Samba Trio abre a noite. Liderado por Morelenbaum e formado pelo
violonista Lula Galvão e pelo percussionista Carlos Balla, o grupo brasileiro
apresenta repertório de bossa nova, com músicas de Antônio Carlos
Jobim e João Gilberto, Caetano Veloso, Gilberto Gil e do próprio Jaques
Morelenbaum. O time holandês vem com o Sylla /Reijseger/Gueye Trio,
liderado pelo violoncelista Ernst Reijseger, que apresenta um mix de música
européia e africana, com composições próprias. O trio traz para o palco vários
instrumentos de percussão africanos. Ingressos a R$ 15 e R$ 7,50.
éticadovoluntário
Quando as pessoas pensam em ajudar crianças em abrigos ou creches, o
mais comum é doarem alimentos e roupas. Mas essas crianças precisam
muito mais do que isso. Precisam de exemplo, formação e carinho que só
pessoas preparadas podem oferecer. Pensando nisso, a Ong Nova Acrópole
criou um curso gratuito de um ano para formar voluntários interessados em
trabalhar com crianças em situação de risco. Além do módulo de ética, o
curso trata também de psicologia, administração, saúde, primeiros socorros
e captação de recursos. Com início previsto para o dia 15 às 19 horas, as
vagas são limitadas. Informações: 3468.5006 e www.novacropole.org.br.
DIVULGAÇÃO
voltaporcima
Brasileiros e suecos unidos na prática da capoeira. Assim será o III Intercâmbio
Cultural Brasil Suécia, que acontece entre 13 e 16 no Clube dos Servidores do
Senado. Desenvolvido pelo Instituto Volta Por Cima em
parceria com a Academia Cordão de Ouro, o encontro
reunirá alunos estrangeiros e brasileiros praticantes de
capoeira. As oficinas e palestras serão abertas também aos
não praticantes. Atualmente a capoeira vem sendo utilizada
como instrumento de inclusão social. É o caso do projeto
Aprendendo com a Cultura Brasileira, que atende 60 jovens e
crianças em situação de risco no DF. Informações: 3443.8450
e www.cordaodeouro.org
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Os atores Ribamar
Araújo, Similião
Aurélio e Andréa
Alfaia acabam de
estrear o projeto
Teatro de Quinta,
com a volta de
personagens que
foram sucesso
em temporadas
passadas em novas
aventuras. A cada quinta-feira
Ribamar e Similião receberão um
convidado para atuar em esquetes
que têm um nobre objetivo: encher
de humor as noites de quinta-feira do
brasiliense. O primeiro convidado da
série foi Bernardo Felinto, do grupo
De 4 é melhor. Durante o Teatro de
Quinta, Similião vai mostrar ‘Seu
Nunga’ e ‘Dona Mimi’, e Ribamar
virá de ‘Vitória Virgínia’ e ‘Dona Ju’.
Todas as quintas-feiras de setembro
e outubro, às 20h30, no Teatro da
Escola Parque (308 Sul). Ingressos a
R$ 10 a meia. Classificação: 14 anos.
...eparacurtirtechno
Quinta-feira também é dia de música
eletrônica na Floripa Crepes, da 312
Sul. Idealizado pelo Dj Ahmed, o
projeto Floripa Beats entra no segundo
mês com o melhor da
house music, do techno
e do electro. Com
entrada franca, as
quintas dos djs
locais acontece
sempre das 19
às 23h30. Dia 14
a festa será embalada
por Tati e Ahmed,
dia 21 fica a cargo de
Ricco e Royal e no
dia 28 Ahmed e Rennó
comandam as batidas eletrônicas.
DIVULGAÇÃO
diaenoite
ARQUIVO MUSEU DO INCONSCIENTE
vivanise
DIVULGAÇÃO
Uma comemoração mais do que justa. Para marcar o centenário de nascimento
da psiquiatra Nise da Silveira, a exposição 7 Artistas de Engenho de Dentro chega a
Brasília trazendo obras do acervo do Museu de Imagens do Inconsciente, fundado pela
homenageada. As telas, pinturas, aquarelas, bem como os desenhos e tapetes são de
autoria de Fernando Diniz, Adelina Gomes, Carlos Pertuis (foto), Raphael Domingues,
Abelardo Corrêa, Geraldo Lúcio e Arthur Amora. Completam a exposição biografias,
textos e poemas de autores como Mário Pedrosa, Ferreira Gullar e José Lins do Rego. Pra
quem não sabe, Nise da Silveira nasceu em 1905, em Maceió, formou-se em Medicina,
pela Faculdade de Medicina da Bahia, e dedicou-se à psiquiatria sem nunca aceitar as
formas agressivas de tratamento da época, como eletrochoques e lobotomia. A exposição
fica na Caixa Cultural até 1º de outubro. De terça a domingo, das 9 às 21h.
nochecaribeña
Fica em cartaz até dia 17 a peça Como
a Chuva, livre adaptação do texto de
Tenessee Willians Fale Comigo Como a
Chuva e me Deixe Ouvir. Dirigida por
Jonathan Andrade e Catarina Melo,
tem no elenco Giselle Nirenberg,
Osmar Bertazzoni e Sônia Saraiva.
A peça mostra, "por meio de uma
chuva de silêncios e lembranças", a
incomunicabilidade de duas pessoas
que se amam, mas que não conseguem
mais viver juntas. Sextas e sábados, às
21h, e domingos, às 20h. Ingressos a
R$ 10 e R$ 5. Classificação: livre.
caranova
Ele nasceu em Petrópolis, mas com 14 anos veio com a família
morar em Brasília. Foi amor à primeira vista pela cidade “onde
céu e terra se tocam”. Do contato com a efervescência cultural
dos anos 80, Deni se inspirou para criar sua banda e seguir pelo
caminho da música. E do encontro com o produtor Torcuato
Mariano nasceu o CD Veloz, que o jovem cantor e compositor
da nova MPB vai apresentar dia 14, às 21h, no Teatro dos
Bancários da 314/315 Sul. Ingressos a R$ 20, com apresentação
de 1 kilo de alimento não perecível. Informações: 3346.9090.
CARLOS TERRANA
silênciosadois
Merengue, salsa, bolero e cha-cha-cha são os ritmos que comandam a
Noite Caribenha no dia 16, a partir das 22h. O Iate Clube será palco da
festa, que tem comando da banda Tropicante. O baixista e vocalista
colombiano Carlos Betancourt diz que a proposta do grupo é “levar
ao público o melhor da música caribenha, numa mistura caliente e
explosiva, com arranjos que dão roupa nova ao tradicional”. Ingressos
a R$ 30 (sócio) e R$ 40 (não-sócio). Informações: 3329.8700
LUIZ OTÁVIO
gritodamata
O artista plástico Luiz Otávio se diz, ele próprio, camelô de sua arte. Uma arte toda
feita de troncos, pedras e instalações tiradas da natureza justamente para alertar o
homem sobre a ameaça que paira sobre o meio ambiente. A exposição itinerante O
Grito Silencioso da Mata estará no saguão do Palácio do Buriti de 25 a 29 de setembro
com esculturas, fotografias, poesias, sons da natureza e fotos, acervo que tem sido
utilizado como ferramenta didática em escolas pública do Distrito Federal. De acordo com
o artista, sua exposição bem poderia se chamar O Grito Silencioso De Luiz Otávio, por ter
enfrentado dificuldades financeiras e preconceitos contra sua origem, a periferia da cidade.
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Participantes da promoção 50% de desconto
SEGUNDA-FEIRA
BELINI PÃES E GASTRONOMIA (113 Sul – 3345.0777 / somente no jantar)
• Crepe doce ou salgado – de R$ 16,00 por R$ 8,00
CAMARÃO 206 (206 Sul – 3443.4841/ somente no jantar)
• Camarão a Valenciana (serve 2 pessoas) – de R$ 57,90 por R$ 28,95
Forma de pagamento: dinheiro ou cartão de débito
CHEZ LE PETIT PRINCE (212 Sul – 3245.6525)
• Prato Quente – Ficelle Picarde; 1 Tarte aux fraises; 1 bebida (água, suco ou
refrigerante); 1 cafezinho – de R$ 23,80 por R$ 11,90
• Prato Frio – Salada Niçoise; 1 Tarte aux fraises; 1 bebida (água, suco ou refrigerante);
1 cafezinho – de R$ 29,90 por R$ 14,95
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
CHOPIZZA (213 Norte - 3272.1005 / somente no jantar)
•Salada (Bouquet de folhas nobres ao pesto de manjericão, tomate,cenoura,mussarella
de búfala, tomate seco, ervilhas e palmito) – de R$ 24,00 por R$ 12,00
•Talharim pomodoro c/ manjericão fresco – de R$ 27,00 por R$ 13,50
•Pollo Grelhado ao molho de laranja – de R$ 29,00 por R$ 14,50
•Strogonoff de filé mingnon – de R$ 29,00 por R$ 14,50
•Picadinho ao molho roty – de R$ 29,00 por R$ 14,50
•Picanha suína grelhada ao molho agridoce – de R$ 29,00 por R$ 14,50
CONCENTRAÇÃO (209 Sul – 3242.3436 / somente no almoço)
• Steak ao Poivre Vert – de R$ 19,00 por R$ 9,50
• Steak à Diana – de R$ 20,50 por R$ 10,25
DON GIULIANO (300 Sudoeste - 3032.3332 / Flamingo Shopping - 3302.3332 / somente
delivery)
•50% de desconto em qualquer pizza grande para delivery (taxa de entrega e
refrigerante não-inclusos)
DON ROMANO (QI 11 Lago Sul – 3248.0078 / 102 Norte – 3327.7776)
• Polpettone alla Parmigiana – de R$ 42,80 por R$ 21,40
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
DONA CILOCA (303 Sudoeste – 3344-1155)
•Torta Mousse de Limão: fatia – de R$ 5,00 por R$ 2,50 / inteira – de R$ 50,00 por R$
25,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
FORNALHA SIMPSON’S (307 Sul - 3443.4251 / somente no jantar)
•Chopp 200 ml - de R$ 2,40 por R$ 1,20
•Pizza Individual - de R$ 17,90 por R$ 8,95
FORTUNATA (QI 9 Lago Sul – 3364.6111/ somente no jantar)
• Risoto do Castelinho – de R$ 22,90 por R$ 11,45
Forma de pagamento: dinheiro, cheque ou cartão de débito
GORDEIXOS RESTAURANTE E PIZZARIA (404 Sul – 3323.8989, Sudoeste, Águas Claras e
Taguatinga)
• Filé à Gordeixos (serve 2 pessoas) – de R$ 33,90 por R$ 16,95
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
LAKE’S RESTAURANTE (402 Sul – 3323.1029)
• Linguini ao frutos del mare – de R$ 39,50 por R$ 19,75
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
MANGIARE (208 Sul – 3244.9044)
• Na compra de uma pizza grande ganhe outra do mesmo sabor grátis.
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
MONUMENTAL (201 Sul – 3224.9313/ somente no jantar)
• Salsichão com salada de batatas – de R$ 15,50 por R$ 7,75
O GATTO (215 Sul – 3345.7853)
• Picadinho do Gatto – de R$ 29,80 por R$ 14,90
OUTBACK (ParkShopping – 3234.7958)
• Bloomin’onion (cebola gigante frita) – de R$ 19,50 por R$ 9,75
PIZZA HUT (Pier 21 – 4002.4003 / almoço, jantar e delivery)
• 50% desconto em todas as pastas do cardápio
• 50% desconto em todas as saladas do cardápio
PIZZAIOLO (215 Sul – 3345.7878)
• Prato Especial – de R$ 39,90 por R$ 19,95
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
PIZZARIA FORNO BENEDETTO (310 Norte – 3349.0169)
• Prato Especial – de R$ 19,90 por R$ 9,95
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
PRALINÉ (205 Sul – 3443.7490)
• Torta Média de Morango, bandeja de brigadeiros e bandeja de petit-fours salgados
– de R$ 100,00 por R$ 50,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
SECONDO VERCELLI (403 Sul – 3321.6546)
• Peito de frango grelhado – de R$ 26,09 por R$ 13,05
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
SEVERINA FEIJÃO VERDE (201 Sul – 3224.6362)
• Baião de 2x2 – de R$ 27,00 por R$ 13,50
SUBMORE (211 Sul e 115 Norte - 3345.2929)
•Penne Paillard - de R$ 15,90 por R$ 7,95
•Frango Poivre- de R$ 15,90 por R$ 7,95
TAIYO (Hotel Manhattan Plaza – 3327.9042/ somente no almoço)
• Combinado especial Taiyo (serve duas pessoas) - De R$ 60,00 por R$ 30,00 Forma de
pagamento: dinheiro ou cheque
TRATTORIA 101 (101 Sudoeste – 3344.8866 / somente no jantar)
• Bucattini a matriciana – de R$ 25,00 por R$ 12,50
• Fusilli mantecati – de R$ 27,00 por R$ 13,50
UNANIMITÀ (408 Sul – 3244.0666)
• Braciola com molho rústico, arroz, purê de batata, feijão da vovó e saladinha caseira
– de R$ 27,00 por R$ 13,50 (somente no almoço)
• Picadinho de ponta de faca, arroz, ovo pochê, farofa e banana milanesa (serve 2
pessoas) – de R$ 54,00 por R$ 27,00 (somente no jantar)
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
VELOCE (QI 11 Deck Brasil – 3364.2477)
• Frango Sabor Brasília – de R$ 16,90 por R$ 8,45
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
VIÇOSA CANTINA E PIZZARIA (404 Sul – 3223.2824)
• Filé a parmegiana – De R$ 15,90 por R$ 7,95
• Picanha – De R$ 16,90 por R$ 8,45
VILLA BORGHESE (201 Sul – 3226.5650)
• Filetto Roteiro 2006 – de R$ 44,00 por R$ 22,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
ZUU A.Z D.Z (210 Sul – 3244.1039 / somente no almoço)
• Risoto de Cordeiro – de R$ 54,00 por R$ 27,00
TERÇA-FEIRA
2º CLICHÊ (107 Norte – 3274.3032 / somente no jantar)
• 50% em todas as cachaças e todos os petiscos
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
ARMAZÉM DO FERREIRA (202 Norte – 3327.8342 / somente no jantar)
• Frigideirada do Ferreira – de R$ 39,00 por R$ 19,50
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
AZULEJARIA BAR (408 Sul – 3443.0698)
• Espaguete mediterrâneo – de R$ 18,90 por R$ 9,45
BELINI PÃES E GASTRONOMIA (113 Sul – 3345.0777)
•Risoto veneziano com filé mignon – de R$ 38,00 por R$ 19,00
BSB GRILL (304 Norte – 3326.0976 / 413 Sul – 3346.0036)
• Entrecôte completo – de R$ 64,00 por R$ 32,00
CABANA DA ÁRVORE (Setor de clubes Sul, ao lado do Pier 21 – 3322.1448 / somente
no almoço)
• Buffet Regional – de R$ 23,00 por R$ 11,50 ( p/ pessoa)
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
CAFÉ ELDORADO (SDS - Conic - 3323.7085)
•Quiche com salada + Cappuccino São João - De R$ 12,00 por R$ 6,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
CAFÉ SAVANA (116 Norte - 3347.9403 / somente no jantar)
• Steak au Poivre – de R$ 22,00 por R$ 11,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
CAMARÃO 206 (206 Sul – 3443.4841 / somente no jantar)
• Camarão a Valenciana – de R$ 57,90 por R$ 28,95
Forma de pagamento: dinheiro ou cartão de débito
CHOPIZZA (213 Norte - 3272.1005 / somente no almoço)
•Salada (Bouquet de folhas nobres ao pesto de manjericão, tomate,cenoura,mussarella
de búfala, tomate seco, ervilhas e palmito) – de R$ 24,00 por R$ 12,00
•Talharim pomodoro c/ manjericão fresco – de R$ 27,00 por R$ 13,50
•Pollo Grelhado ao molho de laranja – de R$ 29,00 por R$ 14,50
•Strogonoff de filé mingnon – de R$ 29,00 por R$ 14,50
•Picadinho ao molho roty – de R$ 29,00 por R$ 14,50
•Picanha suína grelhada ao molho agridoce – de R$ 29,00 por R$ 14,50
CONCENTRAÇÃO (209 Sul – 3242.3436 / somente no almoço)
• Filé Chateaubriand – de R$ 21,60 por R$ 10,80
• Filé ao molho de mostarda – de R$ 21,60 por R$ 10,80
• Filé ao molho de gorgonzola – de R$ 19,60 por R$ 9,8
DON DURICA (201 Norte – 3326.1045 / Somente no jantar)
• Filé de frango ao molho de vinho e limão com purê de mandioquinha – de R$ 28,90
por R$ 14,45
• Filé a cavalo com arroz branco e fritas – de R$ 29,90 por R$ 14,95
DON GIULIANO (300 Sudoeste - 3032.3332 / Flamingo Shopping - 3302.3332 / somente
delivery)
•50% de desconto em qualquer pizza grande para delivery (taxa de entrega e
refrigerante não-inclusos)
DON ROMANO (QI 11 Lago Sul - 3248.0078 / 102 Norte - 3327.7776)
•Todas as pizzas do cardápio com 50% de desconto
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
FEITIÇO MINEIRO (306 Norte – 3272.3032 / somente no jantar)
• Capivara Ecológica – de R$ 13,90 por R$ 6,95
FELICITÁ (306 Norte – 3274.5086)
• Filé au Poivre com Tagliatelli All’ Alfredo (individual) – de R$ 32,00 por R$ 16,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
FORMIDABLE (Terraço Shopping – 3233.6027)
• Crepe de Trigo Sarraceno de filé mignon com mostarda dijon – de R$ 19,90 por R$ 9,95
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FORNALHA SIMPSON’S (307 Sul - 3443.4251 / somente jantar)
Chopp 200 ml - de R$ 2,40 por R$ 1,20
•Pizza Individual - de R$ 17,90 por R$ 8,95
LA CHAUMIÈRE (408 Sul - 3242.7599)
• Filet de Frango Gabriela com talharim – de R$ 49,00 por R$ 24,50
• Filet Severin * lançamento exclusivo para a Revista Roteiro – de R$ 65,00 por R$ 32,50
LAKE’S RESTAURANTE (402 Sul – 3323.1029)
• Baby Especial com salada de folhas verdes e batata dourada com ervas – de R$ 32,00
por R$ 16,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
LE FRANÇAIS (405 Sul – 3225.4583)
• Salade Paysanne – de R$ 19,50 por R$ 9,80
• Poisson à Belle Meunière – de R$ 41,80 por R$ 20,90
• Perdrix aux Choux – de R$ 32,60 por R$ 16,30
• Steak au Poivre – de R$ 39,60 por R$19,80
• Filet à la Provençale – de R$ 39,60 por R$19,80
• Crêpe Tropicale – de R$ 13,50 por R$ 6,80
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
MORMAII SURF BAR ( Pontão do Lago Sul – 3364.6023 )
• Anglet – de R$ 17,80 por R$ 8,90 (Somente na loja do Pontão)
MANGIARE (207 Sul - 3244.9044)
• Na compra de uma pizza grande ganhe outra do mesmo sabor grátis.
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
O GATTO (215 Sul – 3345.7853)
• Filé de linguado – de R$ 33,60 por R$ 16,80
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
OLIVER (Clube de Golfe – 3323.5961/ somente no jantar)
• Risoto de Morango – de R$ 44,00 por R$ 22,00
PAPPAGALLO RESTAURANTE (314 Sul – 3346.0303/ somente no jantar)
• Lasagna de Zuchini e Queijo Gorgonzola com Molho Matriciana – de R$ 27,00 por R$13,50
Forma de Pagamento: dinheiro ou cheque
PATUÁ (Deck Brasil QI 11 Lago Sul – 3248.7231/ somente no jantar)
• Filé Negro – de R$ 19,90 por R$ 9,95
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
PEDACINHO PIZZAS (108 Norte – 3349.0010 e 105 Sul – 3443.0010)
• Pague um rodízio de Pizza (R$ 15,90) e ganhe o outro grátis
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
READY BEEF (303 Sudoeste – 3039.4040)
• Miolo de Alcatra – de R$ 25,00 por R$ 12,50
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
ROADHOUSE GRILL (Setor de Clubes Sul – 3321.8535 / Terraço Shopping – 3034.8535)
• Baby Back Ribs – de R$ 29,50 por R$ 14,75
Forma de Pagamento: dinheiro ou cheque
SALSA (402 Sul – 3224.8852 / somente no almoço)
• T_bone (com dois acompanhamentos) – de R$ 31,90 por R$ 15,95
SEVERINA FEIJÃO VERDE (201 Sul – 3224.6362)
• Baião de 2x2 (tradicional da cozinha nordestina, o prato de arroz e feijão de corda
com queijo de coalho e carne de sol) – de R$ 27,00 por R$ 13,50
SHIRÔ (309 Norte – 3963.9966)
• Combinado Shirô Especial sem ovas (18 peças) – de R$ 31,00 por R$ 15,50
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
SUBMORE (211 Sul – 3345.2929 e 115 Norte – 3349.4848)
•Penne Paillard - de R$ 15,90 por R$ 7,95
•Frango Poivre- de R$ 15,90 por R$ 7,95
SUSHI BRASIL (QI 11 Lago Sul – 3364.3939)
• Combinado Salmão Super (48 peças) – de R$ 83,50 por 41,25
SUSHI SAN (211 Sul – 3345.1804)
• Combinado p/ 1 pessoa (20 peças) – de R$ 29,60 por R$ 14,80
TOCA DO CHOPP (104 Norte - 3328.2262 / somente no jantar)
• Pastel de Carne ou de Queijo – de R$ 8,00 por R$ 4,00
• Pastel de Tomate Seco ou Gorgonzola - de R$ 9,00 por R$ 4,50
• Trouxinha de Carangueijo - de R$ 14,00 por R$ 7,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
TOCA RESTAURANTE (104 Norte - 3328.2262)
50% descontos em todas as massas
•Bolognese - de R$ 16,00 por R$ 8,00
•Pomodoro pelati c/ manjericão - de R$ 15,00 por R$ 7,50
•Filé com gorgonzola - de R$16,00 por R$ 8,00
•Polpette ao sugo - de R$ 15,00 por R$ 7,50
•Pesto genovese - de R$ 11,80 por R$ 5,90
•Shitake - de R$ 19,00 por R$ 9,50
•Funghi secchi ao molho de ossobuco - de R$ 19,00 por R$ 9,50
•Bechamel c/ salmão - de R$ 21,00 por R$ 10,50
•Lasagna - de R$ 22,00 por R$ 11,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
TRULLI (201 Sul – 3322.4688 / 3225.4050)
• Ragu de carne e espaguete na manteiga de ervas frescas – de R$ 29,90 por R$ 14,95
(cortesia uma taça de vinho tinto nacional e uma cesta de pães)
VERCELLI (41O Sul – 3443.0100)
• Frango a Kiev – de R$ 23,94 por R$ 11,97
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
VIÇOSA CANTINA E PIZZARIA (404 Sul – 3223.2824)
• Filé a parmegiana – De R$ 15,90 por R$ 7,95
• Picanha – De R$ 16,90 por R$ 8,45
VILLA BORGHESE (201 Sul – 3226.5650)
• Filetto Roteiro 2006 – de R$ 44,00 por R$ 22,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
YOUR’S (QI 11 Lago Sul – 3248.0184)
• Surpresa da Semana – de R$ 33,80 por R$ 16,90
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
26
QUARTA-FEIRA
BAR BRASÍLIA (506 Sul – 3443.4323)
• Filé a palito – de R$ 18,30 por R$ 9,15
BELINI PÃES E GASTRONOMIA (113 Sul – 3345.0777)
• Torta frutas da estação – de R$ 32 por R$ 16,00
BIER FASS (Pontão do Lago Sul – 3364.4041)
• Filet de peixe ao molho de Champagne – de R$ 29,60 por R$ 14,80
CAFÉ SAVANA (116 Norte – 3347.9403/ somente no jantar)
• Steak au Poivre – de R$ 22,00 por R$ 11,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
CAMARÃO 206 (206 Sul – 3443.4841/ somente no jantar)
• Camarão a Valenciana – de R$ 57,90 por R$ 28,95
Forma de pagamento: dinheiro ou cartão de débito
CHEZ LE PETIT PRINCE (212 Sul – 3245.6625)
• Prato Quente – Ficelle Picarde; 1 Tarte aux fraises; 1 bebida (água, suco ou
refrigerante); 1 cafezinho – de R$ 23,80 por R$ 11,90
• Prato Frio – Salada Niçoise; 1 Tarte aux fraises; 1 bebida (água, suco ou refrigerante);
1 cafezinho – de R$ 29,90 por R$ 14,95
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
C’EST SI BON (408 Sul – 3244.6353)
• Risoto Caravaggio – de R$ 24,00 por R$ 12,00
CHOPIZZA (213 Norte - 3272.1005/ somente no almoço)
•Salada (Bouquet de folhas nobres ao pesto de manjericão, tomate,cenoura,mussarella
de búfala, tomate seco, ervilhas e palmito) – de R$ 24,00 por R$ 12,00
•Talharim pomodoro c/ manjericão fresco – de R$ 27,00 por R$ 13,50
•Pollo Grelhado ao molho de laranja – de R$ 29,00 por R$ 14,50
•Strogonoff de filé mingnon – de R$ 29,00 por R$ 14,50
•Picadinho ao molho roty – de R$ 29,00 por R$ 14,50
•Picanha suína grelhada ao molho agridoce – de R$ 29,00 por R$ 14,50
CONCENTRAÇÃO (209 Sul – 3242.3436 / somente no almoço)
• Beef na tira – de R$ 22,20 por R$ 11,10
• Beef de Choriço – de R$ 22,60 por R$ 11,30
• Picanha maturada – de R$ 22,60 por R$ 11,30
CREPE AU CHOCOLAT (210 Sul – 3443.2050 e 109 Norte – 3340.7002)
• Toda quinzena um crepe diferente com 50% desconto.
CREPERIA FLORIPA (312 Sul – 3445.2961)
• Crepe de Strogonof de Frango – de R$ 10,90 por R$ 5,45
• Crepe de Strogonof de Filet – de R$ 12,90 por R$ 6,45
• 50% em todos os sucos naturais e de polpa
DON GIULIANO (300 Sudoeste - 3032.3332 / Flamingo Shopping - 3302.3332 / somente
delivery)
•50% de desconto em qualquer pizza grande para delivery (taxa de entrega e
refrigerante não-inclusos)
DON PAPPE (307 Sul – 3244.4754)
• Tornedor à moda de Roma com molho viriatto, guarnecido com um fino arroz
italiano – de R$ 26,90 por R$ 13,45
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
DON ROMANO (QI 11 Lago Sul - 3248.0078 / 102 Norte - 3327.7776)
•Todas as pizzas do cardápio com 50% de desconto
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
DONA CILOCA TORTAS ARTESANAIS (303 Sudoeste – 3344-1155)
• 50% de desconto em qualquer produto da linha de cafés acompanhado de uma mini
quiche
• Torta de Chocolate com Crocante (Tutuca): fatia – De R$ 5,00 por R$ 2,50 / inteira – de
R$ 50,00 por R$ 25,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
DUDU CAMARGO RESTAURANTE (303 Sul – 3323.8082)
• Surpresa da Semana(um prato elaborado pelo Chef Dudu Camargo – carne, peixe,
massas e risotos) – de R$ 38,60 por R$ 19,30
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
FORNALHA SIMPSON’S (307 Sul - 3443.4251 / somente jantar)
•Chopp 200 ml – de R$ 2,40 por R$ 1,20
•Pizza Individual – de R$ 17,90 por R$ 8,95
FORMIDABLE (Terraço Shopping – 3233.6027)
• Crepe de Trigo Sarraceno de filé mignon com mostarda dijon – de R$ 19,90 por R$
9,95
FRED RESTAURANTE (405 Sul – 3443.1450)
• Língua Boêmia – de R$ 28,00 por R$ 14,00
GORDEIXO (306 Norte – 3273.8525)
• Pizza Francesa – de R$ 30,70 por R$ 15,35
KOSUI (Academia de Tênis – 3316.6900)
• Mini Combinado – de R$ 49,00 por R$ 24,50
LA CHAUMIÈRE (408 Sul - 3242.7599)
• Filet de Frango Gabriela com talharim – de R$ 49,00 por R$ 24,50
• Filet Severin * lançamento exclusivo para a Revista Roteiro – de R$ 65,00 por R$ 32,50
LA FOCACCIA (Academia de Tênis – 3316.6451)
• Fettuccine Del Dottore – de R$ 33,00 por R$ 16,50
LA FONDUE (403 Sul - 3225.2501 - 3225.4302 / somente jantar)
•Fondue Revista Roteiro (Um tipo de fondue, um vinho da casa e duas águas) - de R$
80,00 por R$ 40,00
Forma de Pagamento: dinheiro ou cheque
O GATTO (215 Sul – 3345.7853)
• Medalhões de filé ao molho de queijo com cuscuz marroquino de frutas vermelhas
- de R$ 33,60 por R$ 16,80
OLIVER (Clube de Golfe – 3323.5961/ somente jantar)
• Camarão Bangkok – de R$ 49,00 por R$ 24,50
PATUÁ (Deck Brasil QI 11 Lago Sul – 3248.7231 / somente jantar)
• Filé Negro – de R$ 19,90 por R$ 9,95
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
PIZZA CÉSAR (Asa Norte – 3347.0999, Asa Sul – 3242.2221, Lago Sul – 3366.3505,
Sudoeste – 3341.1001, Guará – 3567.3030, Taguatinga – 3352.0500, Sobradinho
– 3487.6262 e Gama – 3384.0202)
• Na compra de uma pizza grande, leve uma pizza média com 50% de desconto:
sabores Charge, Prestígio e Banana.
RAPPEL (210 Norte – 3272.2426 e 306 Sul – 3244.2426)
• Torta Brownie de chocolate, acompanhado de sorvete de maracujá. De R$ 13,00 por
R$ 6,50
READY BEEF (303 Sudoeste – 3039.4040)
• Miolo de Alcatra – de R$ 25,00 por R$ 12,50
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
SAN MARINO (209 Sul – 3443.5050)
• Lombo à Brasileira – de R$ 26,10 por R$ 13,10
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
SCHLOB (309 Norte – 3033.1766 / somente jantar)
• Schublig – de R$ 21,00 por R$ 10,50
EL PASO TEXAS (404 Sul – 3323.4618 / Terraço Shopping – 3233.5197)
• Chili Burritos – de R$ 23,00 por R$ 11,50
FESTIM ENOGASTRONOMIA E CAFÉ (CA 05 Lago Norte – 3468.3409 / somente no
jantar)
• FESTIM Mediterrâneo de inverno – de R$ 46,20 por R$ 23,10
FORNALHA SIMPSON’S (307 Sul - 3443.4251 / somente no jantar)
•Chopp 200 ml – de R$ 2,40 por R$ 1,20
•Pizza Individual – de R$ 17,90 por R$ 8,95
FORTUNATA (QI 09 Lago Sul - 3364.6111 / somente no jantar)
• Pizza do Lisboa – de R$ 17,90 por R$ 8,95
Forma de pagamento: dinheiro,cheque ou cartão de débito
FRATELLO (103 Sul, 109 Norte, Terraço Shopping / somente no jantar)
• Pizza Original – de R$ 22,00 por R$ 11,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
SHIRÔ (309 Norte – 3963.9966)
• Combinado Shirô Especial sem ovas (18 peças) – de R$ 31,00 por R$ 15,50
GORDEIXOS RESTAURANTE E PIZZARIA (404 Sul – 3323.8989 / Águas Claras e
Taguatinga)
• Pizza pepperoni grande – de R$ 29,90 por R$ 14,95
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
SUBMORE (211 Sul - 3345.2929 e 115 Norte – 3349.4848)
•Penne Paillard - de R$ 15,90 por R$ 7,95
•Frango Poivre- de R$ 15,90 por R$ 7,95
LA CHAUMIÈRE (408 Sul - 3242.7599)
• Filet de Frango Gabriela com talharim – de R$ 49,00 por R$ 24,50
• Filet Severin * lançamento exclusivo para a Revista Roteiro – de R$ 65,00 por R$ 32,50
TAIYO (Hotel Manhattan Plaza – 3327.9042 / somente no almoço)
• Combinado especial Taiyo (serve duas pessoas) - De R$ 60,00 por R$ 30,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
LA FONDUE (403 Sul - 3225.2501 - 3225.4302 / somente jantar)
• Fondue Revista Roteiro (Um tipo de fondue, um vinho da casa e duas águas) - de R$
80,00 por R$ 40,00
Forma de Pagamento: dinheiro ou cheque
TELE PIZZA GAROTINHO (Lago Norte – 3468.1777 / somente no jantar)
• Rodízio de pizzas e crepes – de R$ 29,80 por R$ 14,90
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
TOCA DO CHOPP (104 Norte - 3328.2262 /somente no jantar)
• Pastel de Carne ou de Queijo – de R$ 8,00 por R$ 4,00
• Pastel de Tomate Seco ou Gorgonzola - de R$ 9,00 por R$ 4,50
• Trouxinha de Carangueijo - de R$ 14,00 por R$ 7,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
TOCA RESTAURANTE (104 Norte - 3328.2262)
50% descontos em todas as massas
•Bolognese - de R$ 16,00 por R$ 8,00
•Pomodoro pelati c/ manjericão - de R$ 15,00 por R$ 7,50
•Filé com gorgonzola - de R$16,00 por R$ 8,00
•Polpette ao sugo - de R$ 15,00 por R$ 7,50
•Pesto genovese - de R$ 11,80 por R$ 5,90
•Shitake - de R$ 19,00 por R$ 9,50
•Funghi secchi ao molho de ossobuco - de R$ 19,00 por R$ 9,50
•Bechamel c/ salmão - de R$ 21,00 por R$ 10,50
•Lasagna - de R$ 22,00 por R$ 11,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
TORTERIA DI LORENZA (115 Norte, 213 Norte, Sudoeste, Brasília Shopping, Terraço
Shopping, 208 Sul, 211 Sul, 302 Sul e QI 11 do Lago Sul)
• Toda quarta-feira uma torta diferente com 50% desconto
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
LE FRANÇAIS (405 Sul – 3225.4583)
• Omelette aux fines herbes – de R$ 22,50 por R$11,30
• Saumon au Gingembre – de R$ 41,80 por R$ 20,90
• Coq au Vin de Bourgogne – de R$ 32,60 por R$ 16,30
• Filet à la Dijonnaise – de R$ 39,60 por R$19,80
• Filet au Roquefort – de R$ 39,60 por R$19,80
• Crème Brûlée – de R$ 13,50 por R$ 6,80
Forma de Pagamento: dinheiro ou cheque
PATUÁ (Deck Brasil QI 11 Lago Sul – 3248.7231 / somente no jantar)
• Filé Negro – de R$ 19,90 por R$ 9,95
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
PIZZA HUT (Shopping Pier 21 – 4002.4003 / almoço, jantar e delivery)
• 50% desconto em todas as pizzas tamanho grande
Forma de pagamento: cartões Visa e Mastercard, dinheiro ou cheque
PIZZAIOLO (215 Sul – 3345.7878)
• Pizza Monet – de R$ 34,90 por R$ 17,45
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
PIZZARIA FORNO BENEDETTO (310 Norte – 3349.0169)
• Pizza Benedetto Fruto – de R$ 31,70 por R$ 15,85
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
QUERUBINA (308 Sul – 3443.8777 / somente no jantar)
• Pizza Margherita Gourmet – de R$ 24,00 por R$ 12,00
TORTERIA VILA CHOCOLATE (108 Sul – 3242.8585)
• Torta Truffa de Morango (serve 10 pessoas) – de R$ 45,00 por R$ 22,50
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
READY BEEF (303 Sudoeste – 3039.4040)
• Miolo de Alcatra – de R$ 25,00 por R$ 12,50
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
TRULI (201 Sul – 3322.4688)
• Ragu de carne e espaguete na manteiga de ervas frescas (cortesia, uma taça de vinho
tinto nacional e uma cesta de pães) – de R$ 29,90 por R$ 14,95
SUBMORE (211 Sul – 3345.2929 e 115 Norte – 3349.4848)
•Penne Paillard - de R$ 15,90 por R$ 7,95
•Frango Poivre- de R$ 15,90 por R$ 7,95
VARANDA DO FRED (QL 3, Cj. 1, casa 14, Lago Norte – 3577.3351)
• Steak à Diana com risoto parisiense – de R$ 30,00 por R$ 15,00
• Filé a la Marcelle com batatas sauté ou fetuccine – de R$ 30,00 por R$ 15,00
TOCA DO CHOPP (Quituart - 3368.3894 / somente no jantar)
• Pastéis de carne e queijo - De R$ 7,00 por R$ 3,50
• Pastéis de tomate seco c/ mussarela - De R$ 9,00 por R$ 4,50
• Chope happy hour (das 18 às 20h) - De R$ 3,50 por R$ 1,75
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
VILLA BORGHESE (201 Sul – 3226.5650)
• Filetto Roteiro 2006 – de R$ 44,00 por R$ 22,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
QUINTA-FEIRA
BACO PIZZARIA (309 Norte – 3274.8600 / 408 Sul – 3244.2292 / somente no jantar)
• Berinjela ao forno à lenha – de R$19,70 por R$9,85
BELINI PÃES E GASTRONOMIA (113 Sul - 3345.0777)
• Pizza média sabor margheritta – de R$ 16,00 por R$ 8,00
CHOPIZZA (213 Norte - 3272.1005 / somente no almoço)
•Salada (Bouquet de folhas nobres ao pesto de manjericão, tomate,cenoura,mussarella
de búfala, tomate seco, ervilhas e palmito) – de R$ 24,00 por R$ 12,00
•Talharim pomodoro c/ manjericão fresco – de R$ 27,00 por R$ 13,50
•Pollo Grelhado ao molho de laranja – de R$ 29,00 por R$ 14,50
•Strogonoff de filé mingnon – de R$ 29,00 por R$ 14,50
•Picadinho ao molho roty – de R$ 29,00 por R$ 14,50
•Picanha suína grelhada ao molho agridoce – de R$ 29,00 por R$ 14,50
CONCENTRAÇÃO (209 Sul – 3242.3436 / somente no almoço)
• Camarão na Moranga – de R$ 30,90 por R$ 15,45
• Badejo Mediterrâneo – de R$ 25,20 por R$ 12,60
• Salmão Grelhado – de R$ 25,20 por R$ 12,60
• Salmão Belle Muniere – de R$ 25,20 por R$ 12,60
DON GIOVANNI (QI 11 Lago Sul – 3248.4018 / somente no jantar)
• Pizza de Aliche com mussarela de búfala – de R$ 26,00 por R$ 13,00
• Pizza Frutti di Bosco – de R$ 25,50 por R$ 12,25
• Calzone cru – de R$ 28,00 por R$ 14,00
DON GIULIANO (300 Sudoeste - 3032.3332 / Flamingo Shopping - 3302.3332 / somente
delivery)
•50% de desconto em qualquer pizza grande para delivery (taxa de entrega e
refrigerante não-inclusos)
DON ROMANO (QI 11 Lago Sul - 3248.0078 / 102 Norte - 3327.7776)
•Todas as pizzas do cardápio com 50% de desconto
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
TOCA RESTAURANTE (104 Norte - 3328.2262)
50% descontos em todas as massas
•Bolognese - de R$ 16,00 por R$ 8,00
•Pomodoro pelati c/ manjericão - de R$ 15,00 por R$ 7,50
•Filé com gorgonzola - de R$16,00 por R$ 8,00
•Polpette ao sugo - de R$ 15,00 por R$ 7,50
•Pesto genovese - de R$ 11,80 por R$ 5,90
•Shitake - de R$ 19,00 por R$ 9,50
•Funghi secchi ao molho de ossobuco - de R$ 19,00 por R$ 9,50
•Bechamel c/ salmão - de R$ 21,00 por R$ 10,50
•Lasagna - de R$ 22,00 por R$ 11,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
TRATTORIA 101 (101 Sudoeste – 3344.8866 / somente no jantar)
• Filé a Parmegiana com arroz ou batata – de R$ 29,50 por R$ 14,75
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
VILLA BORGHESE (201 Sul – 3226.5650)
• Filetto Roteiro 2006 – de R$ 44,00 por R$ 22,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
SEXTA-FEIRA
BEIT KAHAMA (Quituart - QI 9 Lago Norte - 3244.8110 / somente no jantar)
• Kafta (4 unidades) + arroz c/ lentilha ou salada c/ pão árabe – de R$ 15,00 por R$
7,50
• Carneiro a La Dolly – de R$ 20,00 por R$ 10,00
CAFÉ ENCONTRO (Quituart - QI 9 Lago Norte - 9984.0568 / somente no jantar)
• Vinho do porto Messias (dose) – de R$ 5,40 por R$ 2,70
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
CHUCRUTE (Quituart - QI 9 Lago Norte -3368.3633 / 9989.0946 / somente no jantar)
• Goulash com Spätzle – de R$ 22,90 por R$ 11,10
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
CONCENTRAÇÃO (209 Sul – 3242.3436 / somente no almoço)
• Bacalhau ao forno – de R$ 31 por R$ 15,50
27
• Frango à Parmegiana – de R$ 22,60 por R$ 11,30
• Frango à Cubana – de R$ 22,60 por R$ 11,30
FESTIM ENOGASTRONOMIA E CAFÉ (CA 05 Lago Norte – 3468.3409 / somente jantar)
• Garbanzos a la Catalana - De R$ 39,60 por R$ 19,80
DIAMANTINA RESTAURANTE (Hotel Kubitschek Plaza – 3329.3774 )
• Picadinho JK - de R$ 30,00 por R$ 15,00
HOTEL BLUE TREE ALVORADA (Happy Hour das 18h às 21h30 – Restaurante Herbs
– 3424.7000)
• Chopp – de R$ 6,00 por R$ 3,00
• Caipirinha – de R$ 10,00 por R$ 5,00
DONA CILOCA TORTAS ARTESANAIS (303 Sudoeste – 3344.1155)
• Tortas de Nutella e Brigadeiro Fatia – de R$ 5,00 por R$ 2,50; Inteira – de R$ 50,00 por
R$ 25,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
FESTIM ENOGASTRONOMIA E CAFÉ (CA 05 Lago Norte – 3468.3409 / somente jantar)
• Garbanzos a la Catalana - de R$ 39,60 por R$ 19,80
FORNALHA SIMPSON’S (307 Sul - 3443.4251 / somente jantar)
•Chopp 200 ml – de R$ 2,40 por R$ 1,20
•Pizza Individual – de R$ 17,90 por R$ 8,95
GREEN’S (302 Norte – 3326.0272 / 202 Sul – 3321.5039)
• 50% de desconto no Buffet de Sopas (somente na 202 Sul)
•50% de desconto nas Saladas do Cardápio
•50% de desconto nos grelhados
Forma de pagamento: dinheiro
HOTEL BLUE TREE ALVORADA (Restaurante Herbs - 3424.7000)
• Chopp – de R$ 6,00 por R$ 3,00
• Caipirinha – de R$ 10,00 por R$ 5,00
• Happy Hour – das 18h às 21h30, todas as sextas e sábados, com música ao vivo.
Caldos e canapés são por conta da casa até às 19h.
MITSUBÁ (Hotel Naoum Plaza – 3322.4545 / somente no jantar)
• Sushi e Sashimi especial p/ duas pessoas – de R$ 60,00 por R$ 30,00
• Yaksoba de frango – de R$ 29,00 por R$ 14,50 (somente no jantar)
MORMAII SURF BAR (Brasília Shopping – 3327.6580 / somente no almoço / sashimis não
inclusos)
• Festival de sushis, saladas e pratos quentes – de R$ 28,90 por R$ 14,45
OÁSIS (Quituart - QI 9 Lago Norte - 9912.0113 / somente no almoço)
•Carne de Sol Completa p/ 2 pessoas - de R$ 36,90 por R$ 18,45
PATUÁ (Deck Brasil QI 11 Lago Sul – 3248.7231 / somente no jantar)
• Filé Negro – de R$ 19,90 por R$ 9,95
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
SEVERINA FEIJÃO VERDE ( 201 Sul – 3224.6362)
• Baião de 2x2 – de R$ 27,00 por R$ 13,50
TAIYO (Hotel Manhattan Plaza – 3327.9042 / somente no almoço)
• Combinado especial Taiyo (serve duas pessoas) - De R$ 60,00 por R$ 30,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
KOSUI (Academia de Tênis – 3316.6900)
• Mini Combinado – de R$ 49,00 por R$ 24,50
THE FALLS (Hotel Naoum Plaza – 3322.4545 / somente no almoço)
• 50% no chopp
L’AFFAIRE (Hotel Mercure – 3326.7130 / somente no almoço)
•Sexta Casual Day: buffet com criações do chef Marcello Piucco – de R$50,00 por
R$25,00
TOCA DO CHOPP (104 Norte - 3328.2262)
• Feijoada (serve duas pessoas) – de R$ 32,00 por R$ 16,00
• Pastel de Feijoada - de R$ 9,00 por R$ 4,50
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
LA FOCACCIA (Academia de Tênis – 3316.6451)
• Fettuccine Del Dottore – de R$ 33,00 por R$ 16,50
LAS PAELLAS (Quituart - QI 9 Lago Norte – 30323237 / somente no jantar)
• Paella Marinera – de R$ 28,00 por R$ 14,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
MITSUBÁ (Hotel Naoum Plaza – 3322.4545)
• Sushi e Sashimi especial para duas pessoas (cód. 8302) – de R$ 60,00 por R$ 30,00
• Yaksoba de frango (cód. 6682) – de R$ 29,00 por R$ 14,50
NATURETTO (405 Norte - 3201.6223 / somente no jantar)
• Buffet (somente no jantar) – de R$ 24,00 por R$ 12,00
NORTON GRILL (Hotel Meliá – 3218.5550)
• Picanha baby com arroz Norton e pudim de leite caseiro de sobremesa – de R$ 52,50
por R$ 26,25
PATUÁ (Deck Brasil QI 11 Lago Sul – 3248.7231 / somente no jantar)
• Filé Negro – de R$ 19,90 por R$ 9,95
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
READY BEEF (303 Sudoeste – 3039.4040)
• Miolo de Alcatra – de R$ 25,00 por R$ 12,50
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
SABOR MAR (Quituart - QI 9 Lago Norte -3368.6229 / somente jantar)
• Bobó de Camarão – de R$28,00 por R$14,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
SUBMORE (211 Sul – 3345.2929 e 115 Norte – 3349.4848)
•Penne Paillard - de R$ 15,90 por R$ 7,95
•Frango Poivre- de R$ 15,90 por R$ 7,95
TOCA RESTAURANTE (104 Norte - 3328.2262)
50% descontos em todas as massas
•Bolognese - de R$ 16,00 por R$ 8,00
•Pomodoro pelati c/ manjericão - de R$ 15,00 por R$ 7,50
•Filé com gorgonzola - de R$16,00 por R$ 8,00
•Polpette ao sugo - de R$ 15,00 por R$ 7,50
•Pesto genovese - de R$ 11,80 por R$ 5,90
•Shitake - de R$ 19,00 por R$ 9,50
•Funghi secchi ao molho de ossobuco - de R$ 19,00 por R$ 9,50
•Bechamel c/ salmão - de R$ 21,00 por R$ 10,50
•Lasagna - de R$ 22,00 por R$ 11,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
SÁBADO
BAR E PIZZARIA DO BRÁS (107 Norte – 3347.4735 / somente no jantar)
• Chopp – de R$ 3,20 por R$ 1,60
• Salsichão Frankfurt – de R$ 24,50 por R$ 12,25
• Eisbein com chucrute – de R$ 24,50 por R$ 12,25
• 50% em todas as pizzas do cardápio, de todos os sabores e tamanhos
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
CAFÉ CANCUN (Shopping Liberty Mall – 3202.4466 / somente no almoço)
• Feijoada – de R$ 28,90 por R$ 14,45 (não inclui o buffet de sobremesa)
CAFÉ ENCONTRO (Quituart - QI 9 Lago Norte - 9984.0568 / somente no almoço)
• Licor Cointreau (dose) – de R$ 5,80 por R$ 2,90
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
DIAMANTINA RESTAURANTE (Hotel Kubitschek Plaza – 3329.3774)
• Bacalhau do Presidente - de R$ 70,00 por R$ 35,00
DON GIULIANO (300 Sudoeste - 3032.3332 / Flamingo Shopping - 3302.3332 / somente
no jantar)
• Pizza de Brócolis com Cheddar - de R$ 28,90 por R$ 14,45
•Envoltini de frango com presunto parma no molho de sálvia e arroz piamontês – de
R$22,90 por R$11,45
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
FORNALHA SIMPSON’S (307 Sul - 3443.4251 / somente jantar)
•Chopp 200 ml – de R$ 2,40 por R$ 1,20
•Pizza Individual – de R$ 17,90 por R$ 8,95
28
TOCA DO CHOPP (Quituart – 3368.3894 / somente no almoço)
• Filé à parmegiana - de R$ 32,00 por R$ 16,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
TOCA RESTAURANTE (104 Norte - 3328.2262)
50% descontos em todas as massas
•Bolognese - de R$ 16,00 por R$ 8,00
•Pomodoro pelati c/ manjericão - de R$ 15,00 por R$ 7,50
•Filé com gorgonzola - de R$16,00 por R$ 8,00
•Polpette ao sugo - de R$ 15,00 por R$ 7,50
•Pesto genovese - de R$ 11,80 por R$ 5,90
•Shitake - de R$ 19,00 por R$ 9,50
•Funghi secchi ao molho de ossobuco - de R$ 19,00 por R$ 9,50
•Bechamel c/ salmão - de R$ 21,00 por R$ 10,50
•Lasagna - de R$ 22,00 por R$ 11,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
UNIVERSAL DINER (210 Sul – 3443.2089 / somente no almoço)
• Chix Lemon – de R$ 49,00 por R$ 24,50
VARANDA DO FRED (QL 3, Cj. 1, casa 14, Lago Norte – 3577.3351)
• Steak à Diana com risoto parisiense – de R$ 30,00 por R$ 15,00
• Filé a la Marcelle – de R$ 30,00 por R$ 15,00
DOMINGO
BABBO PIZZARIA (213 Norte – 3340.0020 / somente no jantar)
• Pizza grande Wagner – de R$ 31,40 por R$ 15,70
• Pizza grande Margherita – de R$ 22,80 por R$ 11,40
• Pizza grande Portuguesa – de R$ 24,60 por R$ 13,30
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
FORNALHA SIMPSON’S (307 Sul - 3443.4251 / somente no jantar)
•Chopp 200 ml – de R$ 2,40 por R$ 1,20
•Pizza Individual – de R$ 17,90 por R$ 8,95
PATUÁ (Deck Brasil QI 11 Lago Sul – 3248.7231 /somente no jantar)
• Filé Negro – de R$19,90 por R$ 9,95
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
RESTAURANTE HERBS (Hotel Blue Tree – 3424.7000 / somente no almoço)
• Sunday Brunch Blue Tree – de R$ 60,00 por R$ 30,00 (por pessoa)
TAIYO (Hotel Manhattan Plaza – 3327.9042 / somente no almoço)
• Combinado especial Taiyo (serve duas pessoas) - De R$ 60,00 por R$ 30,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
TOCA RESTAURANTE (104 Norte - 3328.2262)
50% descontos em todas as massas
•Bolognese - de R$ 16,00 por R$ 8,00
•Pomodoro pelati c/ manjericão - de R$ 15,00 por R$ 7,50
•Filé com gorgonzola - de R$16,00 por R$ 8,00
•Polpette ao sugo - de R$ 15,00 por R$ 7,50
•Pesto genovese - de R$ 11,80 por R$ 5,90
•Shitake - de R$ 19,00 por R$ 9,50
•Funghi secchi ao molho de ossobuco - de R$ 19,00 por R$ 9,50
•Bechamel c/ salmão - de R$ 21,00 por R$ 10,50
•Lasagna - de R$ 22,00 por R$ 11,00
Forma de pagamento: dinheiro ou cheque
Para usufruir das promoções é indispensável a apresentação
do Cartão Roteiro de vantagens (o cartão é de uso individual).
Todas as informações acima são de responsabilidade dos
restaurantes. O cartão não é cumulativo e não poderá ser
retido pelo estabelecimento, podendo assim ser utilizado
durante todo o seu prazo de validade.
caianagandaia
A noite toda no
Chega ao Lago Sul o conceito de dining club, moda em
POR ALBERT STEINBERGER
FOTOS EDUARDO KRÜGER
Duas novas casas noturnas abrem
as portas no Lago Sul. Na entrada, em
ambas, muitas filas e badalação, como
toda boa novidade na noite de Brasília.
A Nix e a Sabatash, no entanto, se
propõem a ser mais que simplesmente
duas novas boates. “A idéia é criar
um ambiente em que, de nove da
noite às quatro da manhã, as pessoas
possam ser felizes sem ter que ir a outro
lugar”, explica Dudu Camargo, chef de
cozinha da Nix.
O dining club é um conceito que já
virou moda em Nova York, Londres
e diversas outras capitais mundiais.
Uma espécie de dois em um, onde a
pessoa pode jantar e cair na noite. Os
donos da Nix admitem a influência
internacional, em especial norteamericana, mas ressaltam que tiveram
que fazer adaptações com um certo jogo
de cintura brasileiro.
30
“Fugimos daquela coisa pré-definida
e montamos um cardápio bem variado
e cheio de opções”, exemplifica Dudu
Camargo. Na Nix, a comida varia de árabe
a japonesa e o cliente pode simplesmente
beliscar a noite toda sem enfrentar um
prato principal. Risoto e creme de leite,
nem pensar. A intenção é fugir das
combinações mais pesadas e alimentar
bem quem quer dançar muito depois
do jantar.
NA ORIGEM DA IDÉIA,
o dining club
também é uma forma de trabalhar
a funcionalidade dos espaços, ou,
trocando em miúdos, aproveitar o
local e utilizá-lo durante mais tempo.
O The End de Londres, por exemplo,
utiliza o terceiro andar como
restaurante e o térreo e o subsolo
como boate. Durante o dia, somente
o terceiro andar funciona; à noite,
integram-se todos os espaços.
Localizada na QI 9 do Lago Sul,
onde funcionava antes a Filó, a Nix tem
divisórias e cortinas que possibilitam
separações de ambientes e construção
de espaços diferenciados. O projeto
é assinado pelo arquiteto Sidney
Quintela, que criou um espaço
marcado pela sensualidade e o requinte.
Às 19 horas começa a funcionar o
restaurante, com capacidade para 50
pessoas na varanda e numa sala logo
na entrada da casa. Às 23h30, fechase a cozinha e à meia noite abre-se
uma divisória entre a sala de jantar e
uma pista de dança. Começa, então, a
funcionar o Club Nix, com capacidade
para 400 pessoas. O som varia desde
um acústico mais tranqüilo nas terçasfeiras e um jazz nas quartas a uma
programação mais pop e eletrônica nas
sextas e sábados.
Outra novidade é o after hour,
espécie de cardápio de fim de balada
com direito a caldo, cachorro quente e
cia. Na verdade, trata-se, então, de um
três em um: restaurante, clube noturno
e o equivalente àquela barraquinha de
Os dois ambientes do
Nix, ambos lotados:
restaurante e
pista de dança
mesmo lugar
Nova York, Londres e outras capitais
cachorro-quente em que todo mundo
acaba indo no fim da noite. Todas as
etapas da noite num só lugar. Eis o
conceito da Nix, cujo nome significa
a personificação da noite na mitologia
grega.
A INSPIRAÇÃO DO NOME SABATASH
também vem de fora. Para ser mais
exato, das arábias. Sabatash quer dizer
dezessete em árabe, referência ao local
onde fica o dining club, a QI 17 do
Lago Sul. “O cardápio tenta refletir o
público do local, bem eclético” afirma
Toda sexta-feira tem fila de espera na Sabatash
o chef de cozinha, Ricardo Garcia. Os
pratos variam desde uma Salada Capri
italiana até um Picadinho Thai oriental
e a cozinha abre às 21 horas e fecha às 2
da matina.
Na Sabatash, o espaço da pista de
dança e do jantar é compartilhado.
Então, a dica é: caso queira jantar,
chegue mais cedo, já que depois
das 23h a música sobe e o clima de
boate predomina, o que pode acabar
prejudicando a tranqüilidade da
refeição. Nesse aspecto, ainda falta um
melhor entrosamento entre o dining e
o club.
A decoração é do arquiteto George
Zardo, que criou um ambiente
sofisticado. Outro destaque na Sabatash
são os drinks – mais de 25 opções para
todos os gostos. O barman Helinho
indica o Sabatash Sunberry, mistura
de tequila, licor de morango, suco de
limão e citrus que tem agitado a pista
de dança. Outro sucesso é o Sabatash
Capuccino, com licor de capuccino,
licor de kiwi, sorvete e morango. As
variadas combinações de Caipirosca
são outro ponto alto. A tradicional, de
vodka e limão, parece ficar sem graça
frente a tantas alternativas. Vodka,
saquê, cachaça Sagatiba, Cointreau,
tequila e Steinhager são as opções para
se misturar com limão, uva, abacaxi,
manga, morango, melancia e kiwi
e construir caipiroscas diferentes e
originais. Tudo embalado no melhor
do house progressivo.
Nix Dining Club
QI 9 do Lago Sul (3248.0349}
Terças-feiras: Projeto Acústico com MPB e
Modern Jazz. Couvert: R$ 10.
Quartas-feiras: Nix Lounge. Couvert: R$ 10.
Quintas-feiras: House music. Homens: R$ 50.
Mulheres: R$ 30.
Sextas-feiras: Sexta Nix com DJs convidados.
Homens: R$ 50. Mulheres: R$ 30
Sábados: Banda Magoo (Rock Pop) e DJ Fábio
Professor. Homens: R$ 40. Mulheres: R$ 20
Sabatash
QI 17 do Lago Sul (3364.4285)
Ingressos – Homens: R$ 30 às quartas-feiras e
R$ 50 às quintas, sextas e sábados. Mulheres:
R$ 20 às quartas-feiras e R$ 30 às quintas,
sextas e sábados.
31
galeriadearte
Enigmas em preto e branco
FOTOS: WILTON MONTENEGRO
Prepare-se para
interagir com a
instalação Koans, de
Valéria Costa Pinto,
em exposição na
Caixa Cultural
POR ANGÉLICA TORRES
Não é de estranhar que uma
artista plástica como a carioca Valéria
Costa Pinto proponha enigmas que
suscitam uma curiosidade inesgotável.
Pertencente à geração do século 20 que
herdou e depurou ao máximo o vício
das experiências e invenções estéticas,
ela chega a Brasília com a mostra
Koans, uma instalação que incita a
participação do espectador, quase como
um co-autor da plasticidade que resulta
dos módulos de formas renováveis. A
proposição da artista estará até 2 de
outubro na galeria principal da Caixa
Cultural.
Por mais fiel que seja a descrição do
trabalho de Valéria Costa Pinto, e por
mais imaginativo que seja o leitor, não
se alcança a imagem que Koans propõe
– até porque a instalação compõese de uma série de cinco conjuntos
modulados de persianas pintadas que
permitem “n” resultados visuais. Os
32
módulos dividem o ambiente da galeria
em um corredor branco e outro preto
e os visitantes da mostra podem, e
devem, modificá-los, à medida em que
passam por eles, recriando a imagem
plástica da obra, sucessivamente.
Graduada em Design e Programação
Visual em 1976, e 12 anos depois
especializada em História da Arte e
Arquitetura pela PUC-RJ, Valéria
é também fotógrafa e videasta.
Dirigiu em 1992 Catafractas e em
1993 Quadratura Circuli, ambos com
fotografia de Miguel Rio Branco. Em
1998, realizou na Suíça, em parceria
com André Buarque, o projeto NapfArt/Hof3, e, em 2002, Obra 1 e 2,
assinando direção e fotografia. Fez sua
primeira exposição individual em 1983,
no Rio. Nos anos 90, expôs em São
Paulo e Minas Gerais, além do Rio,
e viajou com seus trabalhos para os
Estados Unidos, apresentando-se no
Brazilian-American Cultural Institute,
em Washington (1995).
Nos dois anos seguintes expôs
na Galeria Debret, em Paris, e na
Culturgest, em Lisboa. De 1992 em
diante participou anualmente de
mostras coletivas no Brasil e em Nova
York, Argentina, Suíça e França. Na
bagagem, a artista porta dois prêmios:
o 1º Prêmio Icatu de Arte (1995) e o
Prêmio Forma de Desenho Industrial,
recebido em 1977.
Koans
Instalação interativa de Valéria Costa Pinto.
Até 2/10 na galeria principal da Caixa Cultural.
Visitação de terça a domingo, das 9h às 21h.
DIVULGAÇÃO
graves&agudos
e
t
Passado, sen e futuro
e
r
p
Barão Vermelho faz retrospectiva de 25 anos
de carreira em show na Academia Music Hall
POR RAFAELA CLÉO
Os fãs do Barão Vermelho podem
se preparar para dançar até o
amanhecer. Depois de tocar em grandes
palcos do país, a banda apresenta pela
primeira vez em Brasília, dia 16, na
Academia Music Hall, o show Barão
MTV ao Vivo, com repertório baseado
no CD/DVD do mesmo nome,
lançado no final do ano passado.
Além dos clássicos Beth Balanço,
O Poeta Está Vivo, Pense e Dance, Pro
Dia Nascer Feliz e Maior Abandonado,
a banda vai tocar hits atuais como
Cuidado e A Chave da Porta da Frente.
E também uma canção inédita,
O Nosso Mundo, composição de Guto
Goffi e Maurício Barros que fala sobre
a possibilidade de voltar no tempo e é
acompanhada por uma projeção dos
símbolos de fast forward, play, pause e
rewind, encontrados em aparelhos de
som, simbolizando presente, passado e
futuro.
Quem não poderia ficar de fora de
um espetáculo que revive os 25 anos
do Barão é o primeiro vocalista da
banda, o cantor Cazuza. Barão MTV
ao Vivo presenteia o público com
uma dobradinha virtual de Cazuza
e Roberto Frejat. Por onde passou,
a banda arrancou aplausos pela
interpretação de Codinome Beija-Flor,
em que Cazuza aparece num telão
interpretando pela primeira vez um
dos maiores sucessos do grupo.
Como se as atrações do show não
fossem suficientes, há outro motivo
para não perder o espetáculo. Com
trabalhos individuais muito bem
sucedidos, os integrantes da banda
– Frejat, Fernando Magalhães,
Rodrigo Santos, Guto Goffi e Peninha
– podem demorar para se juntar em
nova turnê. Por isso, o melhor é seguir
o conselho do Barão e embriagar-se
nesse show "numa boa, de vinho,
virtude ou poesia”.
O Barão Vermelho nasceu em
1981, no Rio de Janeiro, da idéia de
Frejat, Guto Goffi, Dé Palmeira e
Maurício Barros de tocar rock’n roll
puro. Para o desejo virar realidade, foi
preciso esperar um ano até encontrar
o vocalista Cazuza. Em 1985, depois
do lançamento de três LPs, a banda
passou por grandes mudança. Cazuza
iniciou carreira-solo e Fernando
Magalhães e Peninha entraram no
grupo.
Em 2001, depois de apresentação
no Rock in Rio 3 – Por um Mundo
Melhor, o Barão fez uma pausa
para que seus integrantes pudessem
desenvolver projetos paralelos. O
grupo voltou a se reunir em 2004 e
em agosto de 2005 subiu ao palco
do reformulado Circo Voador para
gravar o seu primeiro DVD, dentro do
projeto MTV ao Vivo. Esse trabalho
recebeu disco e DVD de ouro e
concorre em duas categorias no Video
Music Brasil – escolha da audiência e
performance ao vivo.
São 25 anos de carreira e 16 CDs que
mantêm o Barão Vermelho como uma
dos principais nomes do Rock Brasil.
Barão Vermelho – Show MTV Ao Vivo
16/9, às 21h, na Academia Music Hall
(SCES, Trecho 4). Ingressos: R$ 30 (meia,
pista ou poltrona, para os primeiros 1.000
compradores) e R$ 70 (meia, Camarote
Puma Open Bar, para os primeiros 300
compradores). À venda nas lojas Discoteca
2001, Puma e Oxto do Parkshopping,
no CEUB e na Chiquita Bacana. Mais
informações: 8412.2364 – 8412.6311
- 3468.1616
33
graves&agudos
Espaço
democrático
Projeto Pauta Funarte
traz feras de todo
o país mas valoriza
também a
prata da casa
EDSON KUMASAKA
Carlos Careqa
34
Shows da melhor qualidade a preços
acessíveis. É esse o conceito básico do
projeto Pauta Funarte de Música Brasileira,
que já trouxe a Brasília, este ano, vários
nomes expressivos da nova MPB como
Célia Porto, Eduardo Rangel, Indiana,
Cacai Nunes, Guilherme Vergueiro,
Casuarina, Escurinho, Cabruêra e
Haroldo Mauro Júnior, entre outros.
Com apresentações de quinta-feira
a domingo, na Sala Cássia Eller, o
Pauta Funarte começou em abril e vai
até 1º de dezembro. Cristina Sobreira,
responsável pelo projeto em Brasília,
explica que os objetivos são divulgar
artistas emergentes, que não têm muito
espaço na mídia, e também o trabalho
de artistas ou grupos musicais já
conhecidos e consagrados.
O Liga Tripa é um deles. Sua
apresentação, no final de agosto,
registrou um recorde de bilheteria.
Sérgio Duboc, compositor, voz e violão
do grupo, diz que o projeto é muito
bom, tanto para quem se apresenta
como para o público. Pedro Paulo
Malta, coordenador de Música Popular
da Funarte, explica que outro objetivo
é “dar melhores condições aos artistas,
que recebem um cachê de R$ 1.000 por
apresentação, além de 80% do valor
arrecadado na bilheteria”.
O edital do projeto foi lançado em
dezembro do ano passado e resultou
em 336 inscrições de todo o país para
apresentações em Brasília. O músico
Jaime Ernest Dias, o produtor Marcos
Pacheco e o jornalista e crítico musical
Hélio Franco foram encarregados de
escolher os 60 melhores trabalhos. O
Rio de Janeiro também participa do
projeto e São Paulo só ficou de fora
porque a sala da Funarte na capital
paulista está em reforma.
Para setembro, estão programados
shows de peso. Marcel Powel, violonista
revelação que segue os passos do pai,
Baden, mas imprimindo identidade
própria ao trabalho, se apresenta nos
dias 9 e 10. No repertório, clássicos
como Rancho Fundo, de Ary Barroso,
Samba do Avião, de Tom Jobim e
Vinícius de Moraes, e Incompatibilidade
DIVULGAÇÃO
POR AKEMI NITAHARA
Alzira Espíndola
de Gênios, de João Bosco.
Nos dias 14 e 15 tem o Festival Cantos
e Contos, com Pecê Souza, Célia Rabelo,
Sandra Duailibe, Janette Dornellas,
Salomão Di Pádua e Nilson Lima. Eles
vão interpretar sucessos dos festivais dos
anos 60 e 70, como Roda Viva, de Chico
Buarque, e Casa no Campo, de Zé Rodrix
e Tavito. A violonista carioca Maria
do Céu apresenta o repertório de seu
segundo CD, Ceará de choro e valsa, nos
dias 16 e 17.
O músico, ator e produtor Carlos
Careqa, catarinense radicado em São
Paulo, é a atração dos dias 21 e 22. Seu
estilo musical é tão eclético quanto suas
parcerias. Os quatro disco que já lançou
contam com participações de Arrigo
Barnabé, Itamar Assumpção, Jards
Macalé, Mário Manga e Falcão, entre
outros. Careqa vai apresentar canções
desses CDs e algumas inéditas em show
intimista, de voz e violão.
Participante da Vanguarda Paulista,
Robinson Borba e Grupo apresentam
nos dias 23 e 24 o show dELaPRaCá,
que mistura rock, música popular
contemporânea e regional. Nos dias 28
e 29 é a vez da sul-mato-grossense Alzira
Espíndola, com canções de seu novo
CD, a ser lançado em outubro. Nos
dias 30 de setembro e 1º de outubro
sobem ao palco os brasilienses do Duo
Mandrágora. Daniel Sarkis e Jorge Brasil
exploram sonoridades diferentes com
violão de nylon, de aço, guitarra e sitar,
em composições próprias e de mestres
como Egberto Gismosti e Toninho
Horta.
Tradicional reduto de artistas da
cidade, a Sala Funarte foi inaugurada em
1977, abrindo espaço para apresentações
de novos artistas que surgiam na cidade.
Nos anos 90 foi fechada e reabriu em
2003 com o nome de Sala Funarte
Cássia Eller, depois de passar por uma
reforma. Rênio Quintas, maestro e
arranjador que acompanha a cantora
Célia Porto, lembra a importância desse
espaço na história da música brasiliense:
“Teve época em que o único lugar que
a gente tinha para se apresentar era a
Funarte”.
Os ingressos não poderiam ser mais
em conta: R$ 5 e R$ 2, em todos os
shows.
35
queespetáculo
ética
e violência
POR ANA CRISTINA VILELA
Em sua sétima edição, o Festival
Internacional de Teatro de Brasília
vai presentear os brasilienses, a
partir do dia 19, com cinco peças
internacionais – duas russas, uma
suíça, uma israelense e uma alemã – e
11 nacionais. Este ano, os temas serão
fortes e, de alguma forma, tratarão da
realidade humana e política do Brasil
e do mundo. Poder, ética e violência
estarão no centro de boa parte das
apresentações, a começar por um
dos espetáculos russos, baseado na
atormentada e miserável Ekaterina
Ivánovna de Crime e Castigo, obraprima de Fiódor Dostoiévski. No
palco, a miséria humana no seu
mais amplo sentido.
Em Crime e Castigo (cujas
traduções brasileiras trazem
grafias diferenciadas para os
nomes dos personagens),
Ekaterina – ou Katerina,
como a apresenta a peça
– perde o marido
Marmeládov,
um bêbado
36
desempregado que um dia encontra
numa taberna o personagem central
Raskólnikov. O encontro ocasional e a
futura morte são a deixa para entrar na
história a viúva Ekaterina, uma mulher
que vive entre o passado, ilusões e um
presente em que sequer tem como criar
os filhos.
É essa figura contraversa o centro
da peça K.I. de Crime e Castigo (foto).
Na encenação, garante o curador e
coordenador do festival, Guilherme
Reis, o que vai falar é a emoção.
“Não é necessário compreender
palavras”, explica. Segundo ele, apesar
de a forma cênica ajudar muito na
compreensão da peça, várias das falas
de K. I. serão repetidas no inglês,
francês e espanhol, o que facilitará
ainda mais o entendimento.
Já as criações suíça (Sang D’Encre) e
israelenses são espetáculos de dança, o
que também dispensará compreensão
verbal. De Israel, com direção de Niv
Sheinfeld, que dividirá o palco com
Sivan Gutholtz, virão Covariance
e Don Quixote. O primeiro é um
dueto para homem e mulher no
qual uma lâmpada e as valsas de
Cena Contemporânea
invade palcos da
cidade com 16 peças
sobre temas que nunca
perdem a atualidade
KEN REYNOLDS
Poder,
SERGE TIKHOMIROV
MÁRIO DEL CURTO
Sang d’encre
Chopin criam o espaço e a atmosfera
para uma relação a dois, enquanto o
segundo, originalmente criado para
o Festival de Israel de 1999, é um solo
existencial, inspirado nas palavras de
Cervantes.
Por sua vez, a apresentação russa
Bertrand’s Toys, com performances do
Theatre Blackskywhite, irá se utilizar de
imagens. É uma peça visual. Portanto,
ficará mais uma vez à margem a
necessidade de usar legendas ou do
público saber o idioma falado no
palco. O Blackskywhite trabalha com
uma técnica especial de colocar atores
no limite entre a realidade e a ilusão,
levando o espectador por um universo
de sonho e fantasia.
Assim sendo, a mais complexa
à compreensão do público será
mesmo a peça alemã Na Selva das
Cidades, para a qual a legenda será
necessária. Assinada por Frank
Castorf, a montagem é uma das três
inspiradas na obra de Bertolt Brecht.
De acordo com Guilherme Reis, a
peça – que mostra a luta entre dois
homens, tendo como pano de fundo
uma grande cidade – é uma leitura
diferenciada do dramaturgo: “É como
os jovens vêm Brecht”. Na verdade,
Castorf é ao mesmo tempo conhecido
como inovador e “profanador dos
clássicos”, pois submete Shakespeare,
Dostoiévski e Tennessee Williams a
adaptações radicais.
Com cinco apresentações
internacionais este ano, contra
duas a três nos anos anteriores,
Guilherme comemora o crescimento
Bertrand’s Toy
do Cena Contemporânea, a começar
pela constância. Será a quarta
edição seguida do festival, que teve
início em 1995. “É um trabalho de
formiguinha desenvolvido durante
muitos anos”, observa. Um trabalho
que, aliás, precisa de ajuda. Por
exemplo, a Rede Brasil de Promotores
Culturais e o Núcleo dos Festivais
Internacionais de Artes Cênicas do
Brasil, dos quais o Cena participa,
auxiliam na comunicação com os
grupos internacionais. Por isso, um
dos grandes avanços apontados por
Guilherme é o da comunicação entre
o Brasil e o mundo, que faz com que
estejamos nos tornando ponto de
referência.
INFELIZMENTE, NESTA SÉTIMA EDIÇÃO
as apresentações ainda não chegarão
às demais cidades do Distrito Federal.
“Enquanto faltar apoio do governo
local, pois o que temos ainda é muito
tímido, não poderemos levar o festival
para as satélites”, reclama Guilherme.
Para 2007, a expectativa fica por conta
das parcerias a serem firmadas com o
Sesc e o Sesi. A partir delas, ao menos
Taguatinga receberá os espetáculos no
próximo ano.
Por enquanto, o festival vai
tomando conta do Plano Piloto,
onde já ultrapassa as barreiras dos
teatros. Este ano, o Cine Brasília,
por exemplo, será um ambiente de
socialização. Lá funcionará o Espaço
Petrobrás, com oficinas, debates,
lançamentos de livros, 12 noites com
DJs e sessões de cinema, tudo com
entrada gratuita. A mostra de cinema
Teatro Traído, sob a curadoria de
Sérgio Moriconi, crítico de cinema da
Roteiro, apresentará dez títulos que
lidam com o universo teatral ou são
baseados em textos teatrais. Ainda no
Cine Brasília, haverá restaurante, bar
e festas para até 500 pessoas.
Em 2005, cerca de 14 mil pessoas
compareceram ao Cena Contemporânea.
Para esta edição, a estimativa é de 20
mil, para assistir a espetáculos como
Sonhos de um homem ridículo, mais um
texto baseado em obra de Dostoiévski,
monólogo interpretado por Celso
Frateschi sob direção de Roberto
Lage; o sucesso A mulher desiludida,
que fala dos 20 anos de ausência da
pensadora e escritora Simone de
Beauvoir; a montagem Um homem é um
homem, com apresentação gratuita do
Grupo Galpão de Belo Horizonte (no
estacionamento do CCBB), e Pessoas
Invisíveis, do Grupo Armazém...
Isso sem contar os filmes Toda
nudez será castigada, Orfeu do carnaval,
Macbeth, Othelo... e o som dos DJs
Chico Aquino e Pauline, Barata e
Pezão (Criolina), Isn’t e The Six, o
show da cantora Ellen Oléria e muito
mais. Aí, será cada um na sua, porque
haverá Cena para todos os bolsos,
idades e gostos.
Cena Contemporânea 2006 – Festival
Internacional de Teatro de Brasília
De 19 a 30/9 em oito teatros do Plano Piloto.
Ingressos R$ 16 e R$ 8. Programação completa
nos sites www.cenacontemporanea.com.br
e www.roteirobrasilia.com.br. As inscrições
para as oficinas também podem ser feitas
pela página do festival na internet.
37
boavida
Todos
a bordo
38
É hora de aproveitar a alta temporada
do turismo náutico no Lago Paranoá
39
POR TERESA MELLO
FOTOS EDUARDO KRÜGER
Por causa do clima seco, sol forte
e bons ventos, os meses de agosto,
setembro e outubro são os melhores
para fazer passeios pelas orlas sul
e norte do Lago Paranoá, além de
roteiros românticos, gastronômicos e
esportivos. E a temporada ainda desafia
o tempo chuvoso e se estende até
dezembro, mês das confraternizações
natalinas de empresas que lotam a
agenda das embarcações de aluguel
cada vez mais sofisticadas – com
crepes e culinária japonesa a bordo – e
totalmente seguras.
Construído em 1959 com finalidade
de recreação e paisagismo, o lago tem
quase 500 milhões de m3 de água, 40
quilômetros entre pontos extremos
(da Ponte do Bragueto à Ponte das
Garças), 118 quilômetros de orla,
cinco quilômetros de largura entre as
margens e profundidade média de 12
metros. A balneabilidade – ou seja,
a condição da água para banho – é
considerada excelente pela Caesb em
95% da extensão do lago. Os únicos
locais impróprios estão localizados ao
redor das duas estações de tratamento
de esgotos, uma no Lago Sul, outra no
Lago Norte.
É POSSÍVEL ALUGAR LANCHAS, veleiros e
grandes barcos com capacidade para até
110 pessoas, ideais para festas, churrascos,
aniversários e casamentos: “Temos
casamento a bordo todo mês”, conta
Renan Holanda, dono do Lake Palace,
barco de 30 toneladas, 18 metros de
40
comprimento por oito de largura e motor
de 320 HPs. Avaliada em R$ 400 mil, a
embarcação foi projetada por engenheiro
naval e construída durante seis meses
aqui mesmo, no Estaleiro Abreu, em
Taguatinga. Desde 2001 está ancorada
na Ascade Náutica, de onde zarpa com
grupos mínimos de 50 pessoas para
quatro horas de navegação e outras duas
para a produção do evento. De sextafeira a domingo, é alugada a R$ 24 por
pessoa. Nos outros dias é mais barata.
Há passeios diurnos e noturnos.
No primeiro convés ficam a pista
de dança, copa, cozinha, banheiros,
ponte de comando, cabine com sistema
de som para VJ/DJ e monitores para
exibição de clips. “Meu barco é uma
boate flutuante”, define o dono. No
ano passado, ali é que foi realizada a
festa de 15 anos das gêmeas Thaís e
Jéssica: “O cardápio foi à base de crepes
e tábua de frios, e a decoração havaiana”,
relata a convidada Lorena Figueiredo.
A atracação na Ascade Náutica ainda
encantou os pais que aguardavam para
buscar os filhos: “A chegada foi linda,
com o barco todo iluminado, decorado
e eles dançando”, lembra June, mãe
da Lorena. Um outro pai ao lado
lamentava: “No meu tempo não tinha
nada disso”.
O segundo convés do Lake Palace
é um lounge, com sofás próprios para
um bate-papo, e o terceiro, com vista
panorâmica, “é para os apaixonados”,
indica o cearense Renan, 58 anos. É
apropriado para enlaces a bordo, palco
dos noivos, padrinhos e juiz de paz. “Os
convidados assistem a tudo do segundo
convés e a noiva chega de lancha”, diz
Renan. “O horário do pôr-do-sol é o
preferido.”
O comandante não descuida dos
equipamentos de segurança: 120 coletes
salva-vidas, quatro bóias circulares,
extintores de incêndio e duas embarcações
de apoio, sendo uma de reboque e outra
atracada na Ascade com marinheiro de
plantão. E há disciplina a ser seguida: “Em
festas de adolescentes, bebida alcóolica não
embarca. E não aceito qualquer tipo de
evento. Festa de solteiro, nem pensar”.
ou festa
barra pesada também são excluídas
pela embarcação pioneira no Lago
Paranoá, o Tô a Tôa, atracado na Asbac
desde maio de 1994. Com 20 metros de
comprimento e cinco de largura, pesa 23
toneladas, tem dois convés e capacidade
para 64 passageiros e três tripulantes.
É o único com saídas regulares, com
passeios de duas horas de duração
(sábado, às 14h, e domingo, às 10h).
É preciso fazer reserva, porque a lotação
mínima é de 15 pessoas.
Pelo preço pouco superior ao de um
ingresso de cinema (R$ 20), o passageiro
relaxa ao longo dos 12 km de percurso,
bordejando o Setor de Clubes Sul,
Ponte JK, Península dos Ministros,
Pontão Sul, Ponte Costa e Silva e Pier
21. Crianças de cinco a dez anos pagam
metade. O geógrafo Tupac Petrillo, de
35 anos, responsável pelo barco ao lado
do pai, Comandante Etienne, conta que
são comuns as cenas clássicas na proa,
imitando o casal do filme Titanic, com
braços abertos, cabelos ao vento e alegria
no rosto.
Como estrutura, a embarcação
BALADA DE ADOLESCENTE
RIBEIRÃO
DO TORTO
PONTE DO
BRAGUETO
oferece o primeiro convés totalmente
abrigado, sistema de tratamento de
esgoto e geração independente de
energia elétrica. Para grupos fechados
existem freezer, microondas e locação
de buffet, som e iluminação. “Em
dezembro, nós chegamos a fazer quatro
confraternizações de empresas por dia”,
informa Tupac. Janeiro, fevereiro e julho
são meses ingratos, por causa das férias
escolares, que provoca uma debandada
dos brasilienses.
A maioria dos passageiros reside
aqui mesmo. “Moro em Brasília há 30
anos e nunca havia passado debaixo
dessa ponte”, lamentava um deles. A
velocidade do barco, em torno de cinco
a sete km/h, é ideal para estômagos
sensíveis: “Nunca tive casos de enjôos a
bordo”, afirma Tupac.
CENTRO OLÍMPICO
DA UNB
ML 7
BAÍA DO
IATE
CONCHA
ACÚSTICA
ML 12
PALÁCIO DA
ALVORADA
ERMIDA
DOM BOSCO
PIER 21
PONTE DAS
GARÇAS
PONTE JK
BALNEABILIDADE
MORMAII
EXCELENTE
MUITO BOA
SATISFATÓRIA
IMPRÓPRIA
DO CAIS DA AABB ZARPA O NETUNO,
um tipo de catamarã que há quatro anos
faz passeios de quatro horas de duração,
navegando a três nós (cinco km/h).
Com 16 metros de comprimento e sete
de largura, pesa 16 toneladas, tem duplo
deck e capacidade para 65 pessoas. O
sócio, o carioca José Carlos de Andrade,
de 44 anos, conta que sempre gostou de
barcos: “Comprei meu primeiro hobbycat aos 16 anos”.
O Netuno faz passeios diurnos e
noturnos e é equipado com freezer,
fogão industrial e churrasqueira, além de
som e luz. Para até 50 pessoas, o preço é
de R$ 900, de sexta a domingo. Detalhe:
não são permitidos balões de borracha
na decoração: “Eles estouram e são
nocivos ao lago, porque a borracha não
se decompõe e os peixes ingerem isso”.
O empresário reconhece que Brasília
tem um potencial de turismo náutico
muito grande, mas é preciso vencer
os preconceitos: “Cria-se a idéia de
que alguns hábitos são só para uma
elite, como o golfe, o tênis, os barcos”.
José Carlos calcula que menos de 3%
dos brasilienses têm acesso ao lago e
menos de 1% aos barcos. Mas ele não
desanima. Tanto é que vai colocar no
Lago Paranoá, até o fim do ano, mais
duas embarcações, ambas em fase de
acabamento. Uma delas com capacidade
para 120 pessoas e outra para 25.
Os amigosThiago Luz Barreto, de 25
anos, e André Ricardo Santos, de 36,
alugam lanchas e veleiros para passeios
e esporte (ski, wakeboard, mergulho
e pesca). Thiago nasceu em Brasília,
é formado em Turismo e começou a
andar de caiaque ainda menino, aos sete
anos. Animado, planeja agora trazer um
banana boat para movimentar ainda mais
o trânsito dentro do lago.
A empresa Lake Tour tem lancha
para seis pessoas e faz passeio de uma
hora por R$ 270, saindo do Lake Side.
O trajeto inclui: Blue Tree, Palácios da
Alvorada e do Jaburu, Clube de Golfe,
Ponte JK, Ermida Dom Bosco e parada
para mergulho na Barragem do Paranoá.
O passeio de duas horas custa R$ 400
e se estende até o Pontão do Lago Sul.
Para grupos maiores, Thiago aluga
barco para 50 pessoas e quatro horas de
navegação, com cardápio em parceria
com o Ichiban e o Crepe au Chocolat.
HÁ AINDA O BARCO VOADEIRA,
indicado para pescaria, a R$ 170 por
duas horas. É só ancorar e esperar
pelas carpas, tilápias e tucunarés. Já
o passeio romântico custa R$ 400
e oferece pernoite de 12 horas em
lancha equipada com TV, DVD e
geladeira e ancorada no meio do lago. A
empresa faz também traslado náutico a
restaurantes da orla, como os do Pontão,
Pier 21, Pier 13, Francisco (Asbac), Patú
Anú, Lake Side, Porteira Grill etc. E até
dezembro será inaugurado o restaurante
flutuante Ilha das Tribos, ao lado da
Concha Acústica.
O carioca André Ricardo, ex-analista
de sistemas, não se arrepende de ter
trocado terno e gravata por bermuda
e tênis. Assim, ele dá expediente no
escritório com vista para o lago: “Brasília
já tem a terceira maior frota náutica do
Brasil. Só perde para o Rio e o litoral de
São Paulo”, alegra-se.
Aos marinheiros de primeira viagem,
uma sugestão: que tal embarcar numa
lancha e dar uma bordejada durante
uma hora? Seis pessoas pagam um total
de R$ 220; de sete a dez, R$ 265; e de 11
a 14, R$ 330. “Existem enseadas perto
da Ermida Dom Bosco que parecem
Angra dos Reis”, garante André Ricardo.
E você, vai resistir?
Netuno Turismo
9981.6932 ou www.netunoturismo.com.br
Lake Palace
9981.9717, 3321.4503 ou
www.lakepalace.com.br
Navegatour (Tô a Tôa)
9082.1161 ou www.navegatour.com.br
Lake Tour
9904.2368, 9206.6649 ou
www.laketour.com.br
Aluga Barcos
9232.4636, 3223.0201 ou
www.alugabarcos.com.br
41
luzcâmeraação
Vida e arte
de Agnès Varda
Pela primeira vez
no Brasil, uma
retrospectiva do
cinema-ensaio
da diretora
belgo-francesa
42
POR SÉRGIO MORICONI
Se os filmes clássicos são aqueles
que duram, é preciso com urgência
rever a obra de Agnès Varda.
Considerada a “avó precursora” da
nouvelle vague francesa, movimento
que praticamente inaugurou o cinema
moderno no mundo, a diretora, aos
78 anos, não pára de surpreender.
Os Catadores e Eu, apresentado com
enorme sucesso no Festival de Cannes
de 2000, representou um choque para
aqueles que deixaram de acompanhar
os passos da realizadora de Cleo das 5
às 7 e As Duas Faces da Felicidade, duas
inquestionáveis obras-primas dos anos
60 e de sempre. Os Catadores e Eu foi
um choque, porque inclassificável.
Cinema-ensaio? Afinal, de que maneira
se poderia classificar um trabalho onde
Varda se coloca, ela própria, em meio a
imagens documentais que servem tanto
àquilo que estamos vendo quanto a
uma especulação sobre a arte e o papel
dela própria, Varda, como fazedora de
filmes.
“Cinema-ensaio” talvez seja mesmo
a designação correta para um filme que
ultrapassa tudo o que já vimos ou que
NO INÍCIO DOS ANOS 60,
em plena
efervescência do novo cinema francês,
Agnès Varda lança Cleo das 5 às 7,
um filme belíssimo que a coloca no
mesmo patamar de Jean-Luc Godard e
François Truffaut. Uma das novidades
de Cleo foi fazer coincidir a duração
da narrativa com o tempo real, como
na célebre seqüência do trajeto do táxi
que vai das 17h58 às 18h04. Varda faz
toda a ação do filme convergir para a
expectativa de Cleo, uma cantora, em
relação ao resultado de seu exame de
câncer. As previsões de uma cartomante
não haviam sido nada boas. Para
CINE TAMARIS
supomos poder existir em cinema.
Vale a pena insistir em Os Catadores
e Eu porque, de certa maneira, ele
sintetiza muito do que Agnès Varda
tentou fazer ao longo de toda sua
carreira. Já em seu filme de estréia –
La Pointe Courte (1957), considerado
pelo historiador Georges Sadoul o
primeiro filme da nouvelle vague – a
cineasta agrega à história de um casal
intelectual em crise no casamento
uma série de observações sobre o que
acontece em torno e fora desse drama
privado. Assim, paralelamente aos
problemas do casal em crise, vemos
uma criança que morre, um casamento
e, principalmente, a luta de pescadores
contra o poder dos grandes mercadores
intermediários.
Fotógrafa de formação, depois de
La Pointe Courte Agnès Varda faria três
documentários. Um deles, A ÓperaMouffe, aprofundaria ainda mais o
aspecto ensaístico de seu cinema.
O filme nada mais é do que um
diário pessoal sobre o quarteirão onde
morava, o distrito parisiense em torno
da Rua Mouffetard. Muito tempo
depois, entre 1974 e 1975, Varda faria o
mesmo, desta vez num longa-metragem
(Daguerreótipos), com a Rua Daguerre,
também em Paris, entrevistando
algumas das pessoas pitorescas do lugar,
comerciantes, moradores, entre eles
o mágico Mystag. Já em Ópera-Mouffe,
a diretora introduziria, em meio à
narração, textos literários e comentários
pessoais sobre os assuntos tratados,
recurso que jamais abandonaria.
Cleo das 5 às 7: diário íntimo e pessoal
refrescar a cabeça, Cleo vai às compras,
experimenta chapéus, visita um
namorado e, finalmente, encontra por
acaso um soldado que lhe dá conforto
ao acompanhá-la até o hospital.
Repleto de comentários interiores,
Cleo das 5 às 7 já tem o observado
aspecto de diário íntimo e pessoal que
encontramos da forma mais refinada
possível em Os Catadores e Eu. Para
uma compreensão mais ampla do estilo
único e do conceito do cinema de
Agnès Varda, vale a pena mencionar
a tradução literal do título original
francês, Les Glaneurs et La Glaneuse, ou,
em bom português, Os Respigadores e a
Respigadora. Respigadores são aqueles
que vivem da recuperação de detritos
e sobras deixadas de lado em lixos e
outros depósitos. Seriam os nossos
xepeiros. Mas a origem etimológica
do castiço "respigador" é interessante.
Respigar significa apanhar as “espigas”
deixadas no campo pelas colheitadeiras.
Espigas são, metonimicamente, não só
espigas do milho, mas as de qualquer
gramínea.
Na França, existe a tradição
de deixar as pessoas necessitadas
recolherem as sobras deixadas pelas
máquinas no processo de colheita.
O filme de Varda documenta isso
no contexto atual. Existem pessoas
famintas também no primeiro mundo.
A diretora, entretanto, não se limita a
fazer uma crítica banal ao excludente
modelo do liberalismo econômico
globalizado. Há em Os Catadores e Eu
uma preocupação também estética,
moral e metafísica. Varda inicia seu
filme com a imagem do célebre quadro
de Millet, Les Glaneurs, para refletir
sobre a persistência nas sociedades
modernas dos respigadores. Ao mesmo
tempo, munida de uma pequena
câmara digital, ela documenta
a si mesma – mais uma vez um
diário íntimo – em seu processo de
documentação dos respigadores.
Agnès Varda considera a si mesma
uma respigadora. Para ela, a arte seria
também respigar sobras. Respigar
– ou recolher – aspectos deixados
de lado pela observação ordinária
da vida, revelando, a partir deles,
uma essência transcendente de outra
forma invisível. Varda declara-se uma
“recuperadora” das imagens que os
outros não querem ver nem fazer e que,
portanto, deixam para trás. Belíssimos
visualmente, seus filmes são também
o testemunho de uma liberdade
política e moral absoluta. Obras como
Saudações, Cubanos! (uma celebração
da revolução feita na primeira hora,
em 1963), o anti-belicista episódio de
Longe do Vietnã (realização coletiva)
e a anti-moralista As Duas Faces da
Felicidade falam por si mesmas. Casada
com Jacques Demy até a morte do
realizador de Os Guarda Chuvas do Amor
em 1990, dedicaria a seu companheiro
três filmes, reafirmando que, para ela,
a vida e a arte são as duas faces de uma
mesma moeda.
Agnès Varda
O Movimento Perpétuo do Olhar
De 12 a 24 de setembro, no CCBB (SCES
Trecho 2). Sessões às 17, 19 e 21h. Ingressos
a R$ 4 e R$ 2. Mais informações: 3310.7087
e www.bb.com.br/cultura
43
luzcâmeraação
Macunaíma,
o retorno
Relançado em
versão restaurada,
o filme sobre
o “herói sem
caráter” não
perdeu nem
um pouco a
atualidade
44
POR REYNALDO DOMINGOS FERREIRA
Nenhum clássico do cinema
nacional é mais atual, em termos da
patifaria e da safadeza que aí estão
instaladas no poder, do que Macunaíma,
de Joaquim Pedro de Andrade, baseado
na obra de Mário de Andrade. Lançado
há 38 anos, em plena ditadura militar,
foi primorosamente restaurado agora
por iniciativa dos três filhos do cineasta,
com a colaboração da Cinemateca
Brasileira, que fez o relançamento do
filme numa sessão ao ar livre, em São
Paulo, no final de agosto.
Se Macunaíma permanece tão
vibrante, rico e atual é porque seu
realizador soube ser fiel, na ficção, na
estética cinematográfica, ao mundo real
em que a gente vive, neste país, onde,
no dizer de Mário de Andrade, um dos
papas do Modernismo, autor da obra
em que se inspirou, “só a safadeza é
institucionalizada”.
Por isso, as palavras de Joaquim
Pedro – ditas pouco antes de morrer, em
1988 – ressoam ainda agora com muita
precisão e justeza diante do momento
de perplexidade em que vivemos: “Faço
filmes sobre a patifaria, a safadeza. Só
sei fazer cinema no Brasil, só sei falar do
Brasil, só me interessa o Brasil”. E, cá
para nós, não poderia ser diferente.
Macunaíma é o “herói sem nenhum
caráter” que nos faz rir, não só dele,
mas também de nós mesmos, segundo a
arguta observação de Carlos Drummond
de Andrade, de quem Joaquim
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Pedro adaptou também um poema,
O Padre a Moça, que se transformou
em outro clássico do Cinema Novo,
movimento de renovação da linguagem
cinematográfica brasileira do qual foi ele
um dos grandes líderes.
Pois Macunaíma é “herói sem
nenhum caráter” porque, nascido da
imaginação popular, sintetiza, melhor
que nenhum outro personagem da
nossa literatura, as características da
figura do homem comum brasileiro,
que se metamorfoseia diante das
circunstâncias que se lhe apresentam,
que nem é assim, nem é assado, nem
deixa de ser, antes pelo contrário, não
se submetendo a preceitos da lógica, da
lei e muito menos da moral. É o terrível
complexo de vira-lata, de que sofremos
de forma irremediável, segundo o exato
diagnóstico de Nelson Rodrigues.
Macunaíma é um herói, portanto,
nascido da profunda revolta de seu
criador, Mário de Andrade, diante
da nossa realidade imatura, amorfa,
mesquinha, que não nos leva a lugar
algum. Estamos por isso sempre
perdendo todos os bondes da história.
Em termos de linguagem literária, a obra
é, segundo seu autor, uma rapsódia ou
um poema heróico-cômico, que tece uma
trama de lendas, superstições, mitos,
evocações históricas e provérbios em
torno do herói mítico que, na minha
percepção, tem estreitos pontos de ligação
com o personagem Peer Gynt, de Ibsen.
Se a obra literária se relaciona com
a do genial dramaturgo norueguês, a
estética cinematográfica de Joaquim
Pedro é assumidamente influenciada
pela do também genial cineasta italiano
Federico Fellini, com citação de vários
personagens e seqüências de seus
filmes. Como seu digno protótipo
da atualidade, Macunaíma tem uma
mulher (possivelmente também cidadã
italiana), Wilza Carla, que faz as vezes
de Anita Eckberg em alguns dos filmes
de Fellini. A homenagem mais direta,
entretanto, ao cineasta italiano é a da
seqüência da piscina, reprodução exata
de outra que faz parte de uma de suas
obras mais alucinantes, Satyricon.
Como há tempos o cinema brasileiro
não consegue classificar filmes para
os grandes festivais, principalmente
europeus, dado o despreparo técnico
dos nossos atores, é bom rever a
excelente atuação do trio Grande
Otelo, Dina Sfat e Paulo José, que
arrebatou aplausos no Festival de
Veneza e que em nada se desgastou
nesses quase 40 anos transcorridos
desde o lançamento de Macunaíma. Por
sinal, quase todo o elenco responde
bem às exigências da linha de humor
cáustico de interpretação imposta por
Joaquim Pedro, que nunca resvala para a
chanchada pura e simples.
verdadeiro trabalho arqueológico de
busca de cópias e originais dos filmes
em arquivos espalhados por vários
países, além do Brasil. Macunaíma, já
restaurado, foi exibido nos Festivais de
Cannes, Nova York, Fribourg e Karlovy
Vari, devendo ser mostrado agora em
setembro no Festival de Veneza, dentro
de uma retrospectiva integral da obra
de seu realizador. Em Brasília, o filme
só será exibido comercialmente em
outubro.
SE A LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA
de Macunaíma, de uma forma geral,
permanece vibrante e atual, o mesmo
não se pode dizer em relação ao
comentário musical, que se desgastou
bastante com o tempo até mesmo pelo
sistema de áudio – mono – em que o
filme foi realizado, apesar de haver sido
agora tratado em Dolby para garantir
a qualidade de audição nas salas de
cinema.
A recuperação, entretanto, das cores
e contrastes das imagens, feita com
a ajuda de fotógrafos, como Affonso
Beato, que trabalharam com Joaquim
Pedro – está perfeita. O projeto de
restauração, digno de reconhecimento,
engloba toda a obra de Joaquim Pedro,
45
luzcâmeraação
O gosto da mela
POR SÉRGIO MORICONI
Alguns chegaram a definir o sexto
longa-metragem de Tsai Ming-Liang,
não sem uma ponta de ironia e sadismo,
como uma comédia musical. Há
certamente em O Gosto da Melancia,
além de um humor insólito, curiosíssimos
sketches musicais, mesclados a uma
carga erótica só comparável talvez a O
Império dos Sentidos, do japonês Nagisa
Oshima. Mas é preciso observar mais
de perto o erotismo de O Gosto da
Melancia, assim como tudo o mais nessa
obra absolutamente surpreendente
e chocante. Para muitos de nós, a
referência à fruta no título nos induz a
pensar em pelo menos duas coisas. Em
primeiro lugar num certo gosto insosso
da melancia quando ingerida. Pode-se
igualmente imaginar a melancia como
um fetiche paliativo para os solitários do
sexo ou para jovens, também solitários,
que desejam se iniciar sexualmente.
Tsai Ming-Liang nos apresenta
uma outra alternativa erótica para
a melancia. Logo no início de seu
46
filme, vemos dois indivíduos fazendo
sexo com a intermediação de uma
melancia, estratégica e fetichisticamente
colocada entre as pernas da mulher
que atinge o orgasmo por indução,
já que não há contato propriamente
dito entre os corpos. Na cena, toda a
excitação do sexo está esvaziada por
uma iluminação fria de hospital, pelo
movimento mecânico e agônico do
homem e da mulher. Ming-Liang nos
dá toda uma atmosfera de sofreguidão
ao ambientar a história de uma jovem
que se apaixona por um ator de filmes
pornôs, numa escaldante Taiwan
afetada por um período de grande seca.
Na televisão, as autoridades chegam
a sugerir que as pessoas substituam a
água pelo suco de melancia.
ESSAS PESSOAS TODAS que habitam
Taipei praticamente só são vistas na
TV. São vistas por uma das principais
personagens do filme, a jovem vigilante
de museu que se apaixona pelo ator
pornô e que acumula garrafas plásticas
de água ocasionalmente roubadas no
seu refrigerador. Antes que encontre o
astro pornô, ela perambula solitária pela
cidade como um fantasma. Ming-Liang
reforça a impressão depressiva, presente
em todos os seus filmes, com planosseqüência longuíssimos intercalados
por números musicais que rompem
bruscamente a lentidão da narrativa.
Certamente, O Gosto da Melancia – para
usar de uma redundância – não é um
filme para todos os gostos. Para um
espectador desavisado, as seqüências
musicais se apresentam esdrúxulas,
deslocadas, como em Dançando no
Escuro, de Lars Von Trier.
Nos dois filmes, as músicas
expressam as fantasias compensatórias
de personagens que levam vidas
francamente insatisfatórias. O Gosto
da Melancia contraria o romantismo
quase sempre piegas e afetado dos
musicais hollywoodianos. Porém,
a referência de Ming-Liang, como
ele mesmo admite, não é essa. O
diretor quis fazer uma homenagem
aos melodramas chineses produzidos
pelo Studio Cathay, o que não muda
FOTOS: DIVULGAÇÃO
ncolia
muita coisa. Liang, entretanto, dá a sua
própria e idiossincrática visão deles.
Algumas vezes, ou quase sempre, as
situações que antecedem o canto e a
dança são inacreditáveis. Lembramos
a passagem em que a personagem
masculina, obcecada por água, tenta
se refrescar mergulhando na grande
cisterna do prédio onde mora. Tomado
por um torpor prazeiroso, ele imagina a
extravagância que iremos ver a seguir.
É mais fácil entender o cinema de
Tsai Ming-Liang quando devidamente
contextualizado. O diretor, de 49 anos,
é um do mais legítimos representantes
do novo e excitante cinema que
surgiu em Taiwan como conseqüência
direta do processo de abertura e
independência política da ilha chinesa.
Embora nascido na Malásia, Tsai foi
muito jovem estudar cinema em Taipei.
Influenciado pelo cinema europeu, em
especial por diretores como Tarkovski,
Antonioni, Fassbinder, Bresson e
Truffaut, esse filho de fazendeiros
criou um cinema tão pessoal que é
simplesmente impossível ignorá-lo.
Novo filme do taiwanês Tsai Ming-Liang
mistura gêneros cinematográficos díspares
para pintar um quadro desolador da
solidão nas grandes metrópoles
Muitos reconhecem em seus planos
longos e estáticos não só a influência
dos dois primeiros realizadores citados
acima como também um reflexo da
vivência no bucólico ambiente rural
de sua infância, onde – ele mesmo
diz – “o tempo passava generosa e
vagarosamente”.
OS FILMES DE TSAI MING-LIANG,
portanto, são contemplativos, como
se seguissem o plácido fluxo de um
rio, e requerem do espectador total
disponibilidade e entrega para que ele
possa experimentar, perceber e penetrar
uma outra vida. Mas esse outro lado
não é em nada apaziguador. Ele revela
o profundo mal-estar existencial,
a angústia, a solidão e a alienação
de indivíduos perdidos no vácuo
melancólico das paisagens urbanas
contemporâneas.
No cinema de Tsai, tormentosos
sentimentos muitas vezes são
metaforizados por doenças físicas ou
mazelas devastadoras, como é o caso
de O Rio e The Hole, respectivamente.
Especialmente em The Hole, o diretor
nos oferece uma deprimente visão
do futuro. O presente, porém, está
longe de ser melhor, como, aliás, nos
deixa claro o painel de isolamento e
desilusão da Taipei moderna de Vive
L’Amour. Paradoxalmente, Tsai MingLiang busca como uma possível saída
“escapista” (num sentido elevado
e nada hollywoodiano) o próprio
cinema. Em Goodbye Dragon In ele faz
uma nostálgica, poética e agridoce
homenagem a alguns outros diretores
que o influenciaram, entre eles o
chinês King Hu (mestre de filmes de
artes marciais) e o sutil diretor/ator
francês Jacques Tati. Mas, assim como
as homenagens que faz aos filmes
de Cathay em O Gosto da Melancia,
nada faz desaparecer no ar o perfume
melancólico do seu
cinema.
O Gosto da Melancia
Taiwan/2004, 114 min.
Direção de Tsai Ming-Liang.
Com Lee Kang-Sheng, Chen
Shiang-Chyi e Lu Yi-Ching.
47
luzcâmeraação
Vale a
pena ver
de novo
Apesar do roteiro confuso e da fraca atuação do elenco,
Miami Vice funciona tão bem na tela grande quanto na TV
POR REYNALDO DOMINGOS FERREIRA
Miami Vice, de Michael Mann,
baseada em série televisiva por ele
próprio produzida nos anos 80,
embora esteja bem distante da obraprima no gênero, Os Intocáveis, de
Brian de Palma, é um filme de ação
que se destaca pelo excelente controle
de técnica cinematográfica de seu
realizador e também pela beleza das
imagens, feitas em vídeo digital de alta
definição, que propicia intenso brilho
às cores, principalmente as de cenas
noturnas da capital da Flórida.
Apesar disso, o roteiro – elaborado
por Mann em colaboração com Anthony
Yerkovich, autor do seriado – é confuso,
omisso e um tanto destemperado no
trato da questão política ocasionada
pela forte presença de hispanos
48
na região de Miami e adjacências.
Se a trama, em si, não apresenta
novidades – nem muita ação, como
era de se esperar –, a linguagem cênica
de Mann, realizador também do
excelente Colateral, é suficientemente
brilhante para criar tensão, erotismo e
imprevisibilidade em várias seqüências,
algumas notáveis.
O filme narra a história de dois
agentes da Polícia de Miami, especializada
no combate ao narcotráfico – James
“Sonny” Crockett (Colin Farrell) e
Ricardo Tubbs (Jamie Foxx) – que
tomam para si a missão de se infiltrar
no mundo dos traficantes de drogas
a fim de desmantelar um cartel com
ramificações por todo o continente
sul-americano, inclusive em Cidade
do Leste, na fronteira do Brasil com
o Paraguai, onde o elogiável trabalho
fotográfico de Dion Beebe dá destaque
à exuberância das cataratas do rio
Iguaçu.
JÁ NA SEQÜÊNCIA INICIAL,
numa
boate em Miami, percebe-se que não
há sintonia entre os dois agentes.
Os atores parecem estar atuando
em filmes diferentes. Para melhor
dizer, não há sentido de parceria, de
cumplicidade, entre ambos. Foxx,
detentor do Oscar pela interpretação
de Ray Charles, está contido demais
e, às vezes, hesitante como o detetive
Ricardo. E Farrell, querendo tirar
proveito da situação, insiste em ocupar
espaço sem ter, contudo, gabarito para
isso, porque é ator de poucos recursos
e, pior, porque o bigode que criou
para o personagem Sonny não o ajuda
na composição de um detetive por
mais que seu objetivo, na missão que
tem a cumprir, seja o de disfarce.
De qualquer forma, porém, os
dois agentes do filme, além de usarem
roupas de estilo, têm um toque mais
humano do que os do seriado. Não se
lhes omitem sequer o relacionamento
amoroso. O personagem Sonny, por
exemplo, tem certa queda por mulheres
de sangue latino, como a portuguesa
Rita (Ana Cristina de Oliveira), da
boate em Miami, que logo o seduz, e
mais tarde a contadora do cartel de
traficantes Isabella, uma sino-cubana
interpretada pela atriz Gong Li, vista
há pouco numa melhor atuação, em
Memórias de uma Gueixa.
É DO ENVOLVIMENTO DE SONNY
com Isabella que Mann tira proveito
para enriquecer seu trabalho, com
apropriada dose de sensualidade e
erotismo, extraída principalmente da
seqüência, tomada de vários ângulos,
que tem início na viagem de ambos
de Miami a Havana, numa lancha
em alta velocidade, e prossegue na
dança do casal, marcada pela ritmada
música cubana – salsa – num cabaré,
para concluir mais tarde na cama, no
apartamento dela...
Se com o filme anterior, Colateral,
Michael Mann obteve uma de suas
duas indicações ao Oscar com a edição
de Jim Miller e Paul Rubell, em Miami
Vice ele não conta, certamente, com
essa possibilidade, pois há evidentes
erros no trabalho assinado por
William Goldenberg e Paul Rubell,
principalmente nas seqüências finais.
Da mesma forma, a trilha sonora que,
se no filme anterior era riquíssima,
com música de jazz, sobressaindo
composições de Miles Davis, neste –
com música original de John Murphy
– nem tanto. Além de ser pobre a
trilha sonora, há nela repetições de
músicas usadas no filme anterior.
Os deslizes apontados, do roteiro,
de parte da equipe técnica e do elenco
– não se pode destacar nem mesmo a
estréia, no cinema americano, do bom
ator espanhol Luis Tosar, no papel
do chefe do cartel, Arcángel de Jesus
Montoya –, não invalidam, contudo,
o belo trabalho direção de Michael
Mann, que eleva o tom de uma série
de televisão para o de um filme no
estilo noir, propositalmente sombrio
e violento, que prende e empolga o
espectador durante seus 134 minutos
de exibição. É um bom espetáculo.
Miami Vice
EUA/2006, 134 min. Direção: Michael Mann.
Com Colin Farrell, Jamie Foxx, Gong Li, Naomie
Harris, Luis Tosar e Justin Theroux.
PROGRAMAÇÃO DO CINE ACADEMIA PARA O PERÍODO DE 7 A 14 DE SETEMBRO
Informações de responsabilidade da rede Cine Academia (tel 3316.6811 / 3316.6373)
ACADEMIA DE TÊNIS - 3316.6811
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MUNDO (16 anos, ESTRÉIA).
DIRETOR: CARLOS DIEGUES (120
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Sáb., dom. e fer., 14h40, 17h, 19h20
e 21h40.
CINE II - ELSA E FRED (12 anos).
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Sáb., dom. e fer.,15h, 17h10, 19h20
e 21h30.
CINE III – O ARCO (14 anos,
ESTRÉIA). DIRETOR: QIM QI-DUK (90
MIN). 2ª a 6ª, 17h30, 19h30 e 21h30;
Sáb., dom. e fer., 15h30, 17h30,
19h30 e 21h30.
CINE IV - VÔO 93 (14 anos,
ESTRÉIA). DIRETOR: PAUL GREEN
GRASS (111 MIN). 2ª a 6ª, 17h20,
19h30 e 21h40; Sáb., dom. e fer.,
15h10, 17h20, 19h30 e 21h40.
CINE V - OBRIGADO POR FUMAR
(12 anos). DIRETOR: JASON REITMAN
(92 MIN). 2ª a 6ª, 17h40, 19h40
e 21h40; Sáb., dom. e fer., 15h40,
17h40, 19h40 e 21h40.
CINE VI - FLORES DO AMANHÃ
(14 anos, ESTRÉIA). DIRETOR: YANG
ZHANG (132 MIN). 2ª a 6ª, 16h20,
19h e 21h40; Sáb., dom. e fer., 16h20,
19h e 21h40.
CINE VII - ESTAMIRA (10 anos).
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PROGRAMA CURTA PETROBRAS ÀS
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PERDIDA (14 anos). DIRETOR: ANDY
GARCIA (143 MIN). 2ª a 6ª, 19h e 21h40;
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CINE VIII – ANJOS DO SOL (14 anos).
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6ª, 17h10 e 21h30; Sáb., dom. e fer., 15h
e 17h10. O BUDA (14 anos). DIRETOR:
DIEGO RAFECAS (110 MIN). 2ª a 6ª,
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CINE IX – SOB O EFEITO DA ÁGUA (14
anos). DIRETOR: ROWAN WOODS (114
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15h e 17h20. EU, VOCÊ E TODOS NÓS
(16 anos, ESTRÉIA). DIRETOR: MIRANDA
JULY (90 MIN). 2ª a 6ª, 19h30 e 21h30;
Sáb., dom. e fer., 19h30 e 21h30.
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2ª a 6ª, 17h e 21h40; Sáb., dom. e fer.,
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CINE I - MIAMI VICE (16 anos, ESTRÉIA).
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e fer., 16h10, 18h50 e 21h30.
CINE II - TRAIR E COÇAR É SÓ
COMEÇAR (12 anos, ESTRÉIA). DIRETOR:
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17h30, 19h30 e 21h30.
CINE III - CLICK (livre). DIRETOR: FRANK
CORACI (105 MIN). 2ª a 6ª, 17h20 e
19h30; Sáb., dom. e fer., 15h20, 17h20
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fer., 15h40, 17h40, 19h40 e 21h40.
OBS. 1: SALA II: SEXTA-FEIRA NÃO SERÁ
EXIBIDA A ÚLTIMA SESSÃO DO FILME
"TRAIR E COÇAR É SÓ COMEÇAR", EM
VIRTUDE DA PRÉ-ESTRÉIA DO FILME "O
HOMEM PODE VOAR" ÀS 21h30.
OBS. 2: ESTACIONAMENTO GRATUITO
POR QUATRO HORAS, MEDIANTE
APRESENTAÇÃO DO INGRESSO
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DEVIDAMENTE CARIMBADO.
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CINE I - SUPERMAN – O RETORNO
(DUBLADO, 10 anos). DIRETOR:
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fer.,15h30, 18h30 e 21h30.
CINE II - VELOZES E FURIOSOS
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a 6ª, 17h10, 19h20 e 21h30; Sáb.,
dom. e fer., 17h10, 19h20 e 21h30.
CINE III - PIRATAS DO CARIBE
2 - O BAÚ DA MORTE (12 anos,
DUBLADO). DIRETOR: GORE
VERBINSKI (158 MIN). 2ª a 6ª,
15h20, 18h20 e 21h20; Sáb., dom. e
fer., 15h20, 18h20 e 21h20.
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A GRANDE VIAGEM (livre).
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19h20; Sáb., dom. e fer., 17h10 e
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segunda a quinta-feira. Endereços: Academia de Tênis Resort, Setor de Clubes Sul, Trecho 4
(3316.6373), Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck (3364.9566), Cultura Inglesa, 907
sul (3443.8885), Cineacademia Sobradinho, Quadra 14, Área Especial, Lotes 3 e 4 (3387.7061).
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Chopp Brahma e Pepsi
orgulham-se de participar
dessa histórica inauguração.
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Ano V • nº 105 • 11 de setembro de 2006 • R$ 5,90