RESUMO
LOURENÇO, Luciana Maria Adão. Diferentes fontes de fibra suplementar em rações
úmidas para cães. 2007. 52p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) Instituto de Zootecnia,
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2007.
O objetivo principal deste trabalho foi determinar a digestibilidade de alimentos úmidos para
cães com a inclusão de diferentes fontes de fibra suplementar: gomas guar, carragena,
alfarroba e fibra de soja. Outros objetivos foram: avaliar (1) a textura das rações úmidas e (2)
o consumo de matéria seca das rações experimentais pelos cães de acordo com o nível de
inclusão e tipo de fibra; e (3) comparar a curva glicêmica dos cães que receberam rações com
diferentes níveis de goma guar. Foram conduzidos dois experimentos utilizando 25 cães da
raça Terrier Brasileiro, divididos em cinco blocos. No experimento 1 as rações experimentais
consistiram de rações enlatadas nas quais a goma guar foi utilizada nos níveis de 0,0
(controle); 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0%. No experimento 2 foram incluídas diferentes fontes de fibra
suplementar no nível de 1% (gomas guar, carragena e alfarroba, e fibra de soja). Cada período
experimental consistiu-se de 5 dias de adaptação às rações e 5 dias de coleta de dados de fezes
e amostras de ração para cálculo dos coeficientes de digestibilidade aparente (CDA) da
matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), matéria
mineral (MM) e energia bruta (EB). No último dia de coleta de fezes do experimento 1, os
cães foram submetidos à coletas sucessivas de sangue para determinação da glicemia. A
primeira coleta foi com os cães ainda em jejum; após o que eles receberam a ração
experimental. As quatro coletas subseqüentes foram feitas com intervalos de 1 hora. No
experimento 1, o CMSPV (consumo de matéria seca com base no peso vivo) e o CDAEE não
apresentaram diferenças entre os tratamentos. Os CDAMS e CDAMM foram menores na
ração com 1,5% de goma guar, não diferindo entre as demais. Os CDAPB, CDAMO e
CDAEB foram maiores nas rações controle e com 0,5% de goma guar, reduzindo com a
inclusão de mais goma. A inclusão da goma guar modificou textura e aspecto do alimento que
passou de uma aparência granulosa a um patê. Na análise da curva glicêmica, não houve
diferença entre os tratamentos, exceto no tempo 3, onde o tratamento com 1,5% de goma guar
apresentou um valor menor que os demais. No experimento 2, o CMSPV e CDAPB não
diferiram entre os tratamentos. O CDAMS não diferiu entre as rações controle, com goma
guar e com carragena, sendo menor na com alfarroba e ainda menor na com fibra de soja. O
tratamento com goma guar apresentou o menor CDAEE e maior CDAMM. Os CDAMO e
CDAEB foram menores no tratamento com fibra de soja. Quanto à textura, a ração controle
não diferiu daquela com fibra de soja. As gomas guar, carragena e alfarroba conferiram à
ração aspecto de patê. Quando o objetivo for a inclusão de uma fonte de fibra suplementar
e/ou quando se pretende alterar a textura da ração, recomenda-se a inclusão de 0,5% de goma
guar ou 1% de carragena com base na matéria natural.
Palavras-chave: Digestibilidade, fibra, goma guar, carragena, alfarroba, fibra de soja.
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