ipen AUTARQUIA ASSOCIADA À UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INFLUÊNCIA DA MICROESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DE ALUMINA NA TERMOLUMINESCÊNCIA VISANDO SUA APLICAÇÃO EM DOSIMETRIA MARIA REGINA OIENO DE OLIVEIRA DA SILVA Dissertação apresentada como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Mestre em Ciências na Área de Tecnologia Nuclear-Materiais. Orientador: Dr. José Carlos Bressiani .22 São Paulo 2001 INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES AUTARQUIA ASSOCIADA À UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Influência da microestrutura e composição de alumina na termoluminescéncia visando sua aplicação em dosimetría Maria Regina Oieno de Oliveira da Silva Dissertação apresentada como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Mestre em Ciências na Área de Tecnologia Nuclear e Materiais Orientador : Dr. José Carlos Bressiani São Paulo 2001 ..UÍWÍSÍÂÍ: Í.AC.GNAL t/E E N t H ü l A NÜULtAH/üF Ir^ Aos meus pais, ao Antônio, à Elisa e ao Fernando, pelo apoio, carinho e compreensão Influência da microestrutura e composição de alumina sinterizada na termoluminescéncia visando sua aplicação em dosimetria Maria Regina Oieno de Oliveira da Silva RESUMO Entre as diversas aplicações a alumina pode ser usada em dosímetros termoluminescentes (TLD) para radiação. Os dosímetros são utilizados para determinar a dose de radiação recebida em várias situações como em radiodiagnóstico, instalações nucleares, radioterapias, entre outras. Nesse trabalho foi realizado um estudo da influência da microestrutura, tamanho de grão e da composição de pastilhas de alumina pura e dopadas com grafite, nas propriedades termoluminescentes. A alumina e o grafite utilizados como materiais de partida foram caracterizados por difratometria de raios-X para verificação das fases, análise química, tamanho de partículas e área da superficie específica por BET. As amostras de alumina com carbono foram sinterizadas à temperatura de 1650°C, em forno de grafite em atmosfera de argônio. As amostras de alumina foram sinterizadas também à 1650°C em forno tipo caixa em atmosfera normal durante 1, 3, 5, 7 e 10 horas. Foram feitas caracterizações das pastilhas sinterizadas quanto a fases presentes e evolução da microestrutura por difração de raios-X, microscopia eletrônica de varredura (MEV) . O comportamento termoluminescente dos materiais sinterizados foi também estudado depois de irradiação gama com fonte de Cobalto 60. Os resultados obtidos mostraram que a alumina dopada com grafite não possui características dosimétricas. Para as aluminas sinterizadas durante uma e três horas foram obtidas características termoluminescentes consideradas satisfatórias para dosimetria. Após 5 horas de sinterização, foi observado que as propriedades termoluminescentes diminuíram com o aumento de tempo de sinterização. iV Influência da microestrutura e composição de alumina sinterizada na termoluminescéncia visando sua aplicação em dosimetría María Regina Oieno de Oliveira da Silva ABSTRACT Among its various applications alumina may be used in termoluminescent dosimeters (TLD) to radiations. The TLD are commonly used to determine the absorbed doses of radiation received in many application fields as nuclear installations, radiodiagnostic and radiotherapy in medicine. In this work it was developed a study of the influence of the microstructure, grain size and composition on the thermoluminescent properties in alumina (pure and carbon doped). The alumina and carbon powders used as starting materials were characterised by X-ray diffraction (XRD), chemical analysis, particle size distribution and surface area were determined by and BET analysis, respectively. The AI2O3 samples were sintered at 1650°C in air for one, three, five, seven and ten hours. The carbon doped samples were sintered using the same temperature for one hour, in a graphite resistance furnace in argon. Sintered materials were further characterised for phase composition and microstructure by XRD and scanning electron microscopy (SEM). The TL behaviour of the materials was also studied after they were submitted to a Cobalt 60 gamma irradiator The results obtained showed that the doped alumina do not possess dosimetric characteristics. For the alumina samples only those ones sintered during one and three hours showed satisfactory TL emission. After three hours of thermal treatment, it was observed that the TL properties decrease with sintering time. ttifluSSAO NAG,ONAL CE t r J t R Ü I A N U C L E A H / í i P tto SUMARIO 1 INTRODUÇÃO 1 2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4 2.1 T E O R U DAS B A N D A S 2.1.1 2.1.2 2.1.3 2.1.4 2.1.4.1 Sensibilidade 18 2.1.4.3 2.1.4.4 2.1.4.5 2.1.4.6 2.1.4.7 Limite mínimo detectável Resposta em função da dose absorvida Dependência da resposta TL com tipo de radiação Reprodutibidade de resposta Decaimento, estabilidade química e térmica 20 20 23 27 28 MATERIAIS PARA T L D S 2.2.1 2.2.2 2.2.3 2.2.4 2.3 29 o dosímetro de AI2O3 Estrutura do AI2O3 Propriedades termoluminescentes Sinterização de AI2O3 SISTEMA DE MEDIDA TERMOLUMINESCENTE 2.3.1 30 31 35 41 43 Leitor TL 43 MATERIAIS E MÉTODOS 46 3.1 MATERIAIS 3.2 CARACTERIZAÇÃO DOS PÓS DE PARTIDA 3.2.1 3.2.2 3.2.3 3.2.4 47 Difratometria de raios X. Determinação do tamanho médio de partícula Determinação da superfície específica Análise química 47 47 48 48 49 3.3 MISTURA E COMPACTAÇÃO DOS PÓS 49 3.4 SINTERIZAÇÃO 50 3.5 CARACTERIZAÇÃO DAS PASTILHAS SINTERIZADAS 3.5.1 3.5.2 3.6 Difração de raios X Análise microestrutural das amostras por MEV. MEDIDAS DE TERMOLUMINESCÉNCIA 3.6.1 Sistemas de irradiação 3.6.1.1 Radiação gamma 3.6.1.2 3.6.1.3 3.6.2 3.6.3 3.6.4 3.6.5 4 8 13 16 17 17 2.1.4.2 2.2 3 4 Termoluminescéncia Defeitos cristalinos Dosimetria Termoluminescente Propriedades de materiais para a dosimetria TL Curva de emissão termoluminescente Radiação X 54 Sistemas auxiliares Sistemas de leitura TL Caracterização TL Dosímetros comerciais Fluxograma do procedimento experimental CARACTERIZAÇÃO DOS PÓS 4.1.1 4.1.2 4.1.3 4.1.4 4.2 4.2.1 4.2.2 4.2.3 4.3 4.3.1 Distribuição de tamanho médio de partícula Difração de raios X dos materiais utilizados Análise de superficie Análise química CARACTERIZAÇÃO MICROESTRUTURAL DAS PASTILHAS SINTERIZADAS Análise por difração de raios X Densidade Análise microestrutural por ME V. CARACTERIZAÇÃO T L Reprodutibilidade 54 54 54 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 51 51 52 55 55 57 59 60 61 61 61 62 63 63 64 64 67 68 78 e calibração individual dos TLDs 78 VI 4.3.2 4.3.3 Curvas de Em issão TL Curva de Resposta TL em Função 80 81 4.3.4 4.3.5 Decaimento Térmico Limite Mínimo Detectável 83 84 4.3.6 Dependência 84 da Dose Energética CONCLUSÕES 88 REFERÊNCIAS 90 •UViiSSAO NACIONAL CE ENERGIA N U C L E A R / S P m» VI 4.3.2 4.3.3 Curvas de Em issão TL Curva de Resposta TL em Função 80 81 4.3.4 4.3.5 Decaimento Térmico Limite Mínimo Detectável 83 84 4.3.6 Dependência 84 da Dose Energética CONCLUSÕES 88 REFERÊNCIAS 90 •UViiSSAO NACIONAL CE ENERGIA N U C L E A R / S P m» 1 INTRODUÇÃO A dosimetria termoluminescente radiação por meio de materiais (TL) é a m e d i d a que emitem de d o s e s energia de durante a q u e c i m e n t o e e s t a e n e r g i a p o d e ser r e l a c i o n a d a à d o s e de r a d i a ç ã o a n t e r i o r m e n t e r e c e b i d a . E s s e s m a t e r i a i s são c h a m a d o s de d o s í m e t r o s t e r m o l u m i n e s c e n t e s ( T L D s ) t^'^-^l. A i m p o r t â n c i a no d e s e n v o l v i m e n t o de um m a t e r i a l p a r a d o s i m e t r i a está associada ao grau de complexidade que envolve as várias a p l i c a ç õ e s o n d e s ã o n e c e s s á r i a s m e d i d a s de e n e r g i a por u n i d a d e de m a s s a ( d o s e ) ' ' * ' ^ l E n t r e as a p l i c a ç õ e s 1. Dosimetria por pessoal pessoas reatores ou que p o d e - s e citar : - m o n i t o r a m e n t o da d o s e de r a d i a ç ã o trabalham técnicos em rotineiramente radiodiagnóstico com e recebida radiações em radioterapia em hospitais. 2. Dosimetria ambiental - m o n i t o r a m e n t o da d o s e de r a d i a ç ã o c r i a d a a p a r t i r das o p e r a ç õ e s e m u s i n a s n u c l e a r e s , ou o u t r o s t i p o s de f o n t e s n u c l e a r e s , e o i m p a c t o d e s s a d o s e para o m e i o a m b i e n t e . 3. Dosimetria clínica - m o n i t o r a m e n t o da d o s e q u a n d o há e x p o s i ç ã o de p a c i e n t e s à r a d i a ç ã o nos d i a g n ó s t i c o s em m e d i c i n a e d u r a n t e terapias^^l 4. Dosimetria de altas doses - monitoramento dentro n u c l e a r e s o u d u r a n t e a e s t e r i l i z a ç ã o de a l i m e n t o s . OiwtJiAU NAL de reatores 5. Dosimetria em datação - determinação da idade de um material, na qual a termoluminescéncia natural é acumulada durante o seu tempo de existência^^'. A escolha do TLD para uma dada aplicação depende não somente do material mas também de outros fatores tais como tamanho, espessura do sólido, a resistência no manuseio, a resistência a fatores externos como luz, umidade e agentes químicos, para torná-lo adequado para a utilização e facilitar a sua leitura nos equipamentos após a exposição à radiação. Os materiais dosimetricos mais CaF2, utilizados são à base de LiF, CaS04, L Í 2 B 4 O 7 , A I 2 O 3 , BeO e MgB407 puros ou dopados com uma grande variedade de elementos. Em alguns casos, são utilizados materiais enriquecidos trabalhos como isotópicamente. Atualmente, são encontrados para dosimetria com uma grande variedade de materiais diamante outros^^'^'^1 em pó, quartzo sintético e natural, sílica entre Comercialmente os dosímetros são fornecidos em várias geometrias, com filtros e embalagens bastante diferenciados. Em dosimetria clínica, particularmente nos procedimentos em radioterapia, o dosímetro mais utilizado atualmente é o LiF:Mg,Ti (TLD 100)'^°'^^', enquanto para outras aplicações médicas utiliza-se o CaS04:Dy (TLD 9 0 0 ) . Os dosímetros comerciais monocristalinos como o T L D 5 0 0 (Harshaw) de AI2O3 são e o Luxei (Landauer). O d o s í m e t r o de a - A Í 2 0 3 : C a p r e s e n t a s e n s i b i l i d a d e 30 v e z e s m a i o r do q u e os d o s í m e t r o s b a s e a d o s em L i F , de a c o r d o c o m os d a d o s do f a b r i c a n t e e de 30 a 70 v e z e s m a i s s e n s í v e l de a c o r d o c o m o u t r o s estudos^^^"^'*', por i s s o , são i n d i c a d o s p a r a a p l i c a ç õ e s em d o s i m e t r i a a m b i e n t a l ( d o s e s b a i x a s ) . O c u s t o por g r a m a de m a t e r i a l p a r a os d o s í m e t r o s c o m e r c i a i s c i t a d o s a c i m a é, c o m p a r a t i v a m e n t e , de 1 , para o T L D 1 0 0 , 1,5 para o TLD 900 e 5,9 para o TLD 500. O custo é fator importante r a d i o t e r a p i a o n d e , d e p e n d e n d o do t r a t a m e n t o , p o d e m ser em necessários m a i s de 20 d o s í m e t r o s p o s i c i o n a d o s ao l o n g o do c o r p o do p a c i e n t e , d u r a n t e a e x p o s i ç ã o à radiação^^^'^^"^^'. Uma alternativa monocristal de para AI2O3 é a a diminuição obtenção do de custo em pastilhas relação pelo ao processo c o n v e n c i o n a l c e r â m i c o . N e s s e c a s o s e r i a m o b t i d a s p a s t i l h a s de AI2O3 sinterizadas com possibilidades termoluminescentes sinterizado obtenção forem poder-se-ia do material de dopagens. relativamente criar uma tanto em Se mantidas alternativa custo as para mais quanto propriedades o material conveniente de condições de influência da em manuseio. O objetivo microestrutura, do presente principalmente trabalho é o tamanho estudar a de g r ã o , e da g r a f i t e , nas p r o p r i e d a d e s t e r m o l u m i n e s c e n t e s da a l u m i n a para utilização do material como dosímetro. adição de sinterizada, 2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS N e s t e c a p í t u l o s e r ã o a p r e s e n t a d o s os m o d e l o s t e ó r i c o s u t i l i z a d o s para explicar o fenômeno da termoluminescéncia. Para isso são u t i l i z a d o s a l g u n s c o n c e i t o s s o b r e a t e o r i a das b a n d a s e c r i s t a i s i ó n i c o s . T a m b é m s e r ã o u t i l i z a d o s os c o n c e i t o s de d o s i m e t r i a t e r m o l u m i n e s c e n t e e definições de a l g u m a s propriedades de m a t e r i a i s para dosimetria termoluminescente. 2 . 1 T e o r i a das Bandas Um c r i s t a l átomos, sendo permitidos. consiste que Esses de um a r r a n j o os e l é t r o n s níveis de podem energia tridimensional estar em permitidos periódico níveis são de de energia chamados de b a n d a s de e n e r g i a . A s b a n d a s de e n e r g i a são s e p a r a d a s por b a n d a s de e n e r g i a p r o i b i d a s . A o c u p a ç ã o de q u a l q u e r b a n d a é d a d a p e l a f u n ç ã o de d e n s i d a d e de e s t a d o s N(Ei) = Z ( E i ) . f ( E i ) onde (2.1) Z(Ei) : densidade dos estados disponíveis f(Ei) : f u n ç ã o de d i s t r i b u i ç ã o de F e r m i - D i r a c , d a d a por f(Ei) = onde ^ exp[(Ei-Ef)/kT] + 1 (2.2) Ei : e n e r g i a d o e s t a d o c o n s i d e r a d o Ef : e n e r g i a de F e r m i l< : c o n s t a n t e de B o l t z m a n n T : t e m p e r a t u r a (K) Em um s e m i c o n d u t o r ou i s o l a n t e à t e m p e r a t u r a T = O K, a b a n d a de v a l e n c i a (BV) é f o r m a d a por t o d o s os n í v e i s de e n e r g i a p r e e n c h i d o s a b a i x o do n í v e l de F e r m i . Os n í v e i s p e r m i t i d o s , a c i m a do nível de F e r m i , e n c o n t r a m - s e v a z i o s e c o n s t i t u e m a b a n d a de c o n d u ç ã o ( B C ) . A representação esquemática m o s t r a d a na F i g u r a 2 . 1 . das b a n d a s de e n e r g i a , p a r a T = O K, é ''' ' banda semi preenchida / - / y . ^ ' <. <•> ^<•> <. -•<• -•//•sy.v.w.v. , -• •>( , - • < . > < • ^ ^ < > - • • 5 . ¿ • ^ banda preenchida banda preenchida % • metal F i g u r a 2.1 \ / semicondutor isolante R e p r e s e n t a ç ã o esquennática d a s b a n d a s d e e n e r g i a para T = O K, (a) em um m e t a l , (b) em um s e m i - c o n d u t o r , (c) em um isolante, onde Ef : e n e r g i a de F e r m i Eg : l a r g u r a da banda proibida, . A i n c o r p o r a ç ã o de i m p u r e z a s ou a f o r m a ç ã o d e d e f e i t o s na rede c r i s t a l i n a i n t r o d u z n í v e i s de e n e r g i a m e t a e s t a v e i s l o c a l i z a d o s na b a n d a p r o i b i d a , d e n o m i n a d o s a r m a d i l h a s ' ^ ' . Estas a r m a d i l h a s s ã o c o n s t i t u í d a s de c e n t r o s de e l é t r o n s ou b u r a c o s , c o m o m o s t r a d o na F i g u r a 2 . 2 . Os n í v e i s de e n e r g i a a b a i x o de Ef e s t ã o p r e e n c h i d o s , e n q u a n t o q u e os níveis acima, estão vazios'^'. B.C. .: ". } { armadilhas centros de .•- . centros de elétrons M centros de buracos recombinação armadilhas Figura 2.2. { R e p r e s e n t a ç ã o e s q u e m á t i c a d o s n í v e i s de e n e r g i a em um i s o l a n t e à T = O K, o n d e BC : b a n d a de c o n d u ç ã o , banda de valência. probabilidade de elétrons, : nível Dh armadilhamento Ec energia De nível armadilhamento e de de de energia e de energia com recombinação para com probabilidade recombinação fundo da topo da Ev energia Ef e n e r g i a de F e r m i '^'. banda de para buracos, de condução, banda Para t e m p e r a t u r a s a c i m a de O K, d e f i n e - s e BV de valência, um n í v e l de e n e r g i a D, no q u a l as p r o b a b i l i d a d e s de r e c o m b i n a ç ã o e a r m a d i l h a m e n t o são i g u a i s (De p a r a e l é t r o n s com e Dh para b u r a c o s ) . T o d o s os n í v e i s e n e r g i a E, o n d e E > Ec c e n t r o s de a r m a d i l h a s , e se De e c o m E < D h - Ev, s ã o Dh-s^C E ^ D e , c o n s i d e r a d o s c e n t r o s de r e c o m b i n a ç ã o . considerados os n í v e i s de e n e r g i a são 2,1.1 Termoluminescéncia Termoluminescéncia (TL) é a e m i s s ã o de luz pela estimulação t é r m i c a a p ó s a b s o r ç ã o p r é v i a de e n e r g i a da r a d i a ç ã o . E s s e f e n ô m e n o também é chamado de luminescência termicamente estimulada m a s e s s a d e n o m i n a ç ã o , a p e s a r de m a i s c o r r e t a , é m e n o s u s a d a Q u a n d o um c r i s t a l a u m a (TSL) ^^'^-^K t e m p e r a t u r a T, é e x p o s t o à r a d i a ç ã o i o n i z a n t e , s ã o p r o d u z i d o s p a r e s e l é t r o n s - b u r a c o s , q u e m i g r a m até se r e c o m b i n a r e m ou s e r e m r e c a p t u r a d o s em a r m a d i l h a s . E s t e p r o c e s s o é i l u s t r a d o na F i g u r a 2.3 que m o s t r a um d i a g r a m a h i p o t é t i c o de e n e r g i a para um c r i s t a l i s o l a n t e e q u e e x i b e TL d e v i d o à e x p o s i ç ã o à r a d i a ç ã o . A r a d i a ç ã o i o n i z a n t e l i b e r t a um e l é t r o n da BV l e v a n d o - o para a BC, p o r t a n t o , d e i x a n d o um b u r a c o na BV, e s s e p r o c e s s o é i l u s t r a d o na F i g u r a 2.3 ( a ) . O e l é t r o n e o b u r a c o se m o v e m no c r i s t a l a t é q u e s e j a m r e c o m b i n a d o s ou a r m a d i l h a d o s em e s t a d o s m e t a e s t a v e i s . Os e s t a d o s m e t a e s t a v e i s n u m c r i s t a l são a s s o c i a d o s a d e f e i t o s na r e d e c r i s t a l i n a . Existem duas maneiras nesse modelo, pelas quais a TL ocorre. Na p r i m e i r a , e n q u a n t o o c r i s t a l é a q u e c i d o , é d a d a e n e r g i a s u f i c i e n t e ao e l é t r o n para q u e e s t e d e i x e a BC, c o m o i l u s t r a d o na F i g u r a 2.3 (b). E s s e e l é t r o n se r e c o m b i n a c o m uma a r m a d i l h a de b u r a c o e e m i t e T L . T a m b é m p o d e o c o r r e r a s i t u a ç ã o i l u s t r a d a na F i g u r a 2.3 (c), q u a n d o a a r m a d i l h a de b u r a c o é m e n o s e s t á v e l q u e a de e l é t r o n . N e s s e c a s o , o b u r a c o r e c e b e s u f i c i e n t e e n e r g i a para se r e c o m b i n a r c o m um elétron a r m a d i l h a d o , e t a m b é m há e m i s s ã o T L . BC. armadilha de elétron an'nadilha de buraco foton TL fóton TL T (a) (b) (c) F i g u r a 2 . 3 . R e p r e s e n t a ç ã o e s q u e m á t i c a de um d i a g r a m a de n í v e i s de energía de um termoluminescéncia cristal após isolante uma irradiação que (a) exibe durante a e x p o s i ç ã o à r a d i a ç ã o i o n i z a n t e (b) e m i s s ã o de luz d u r a n t e o a q u e c i m e n t o q u a n d o a a r m a d i l h a de b u r a c o é o c e n t r o de e m i s s ã o (c) emissão de luz d u r a n t e o aquecimento q u a n d o a a r m a d i l h a de e l é t r o n s é o c e n t r o de e m i s s ã o ' ^ ° l O intervalo necessária para de energia, libertar E, o é relacionado e então a temperatura produzir a t e r m o l u m i n e s c é n c i a . M u i t a s a r m a d i l h a s de e l é t r o n s e de b u r a c o s são p r o d u z i d a s em u m a s i t u a ç ã o r e a l . elétron com Q u a n d o um c r i s t a l é a q u e c i d o , a p r o b a b i l i d a d e de e m i s s ã o de q u a l q u e r e l é t r o n a u m e n t a , e em u m a d a d a 10 temperatura haverá aquecimento se a emissão. inicia fraca, Por isso cresce até a emissão um máximo TL durante o de emissão e d e c r e s c e n o v a m e n t e até um m í n i m o de e m i s s ã o . O g r á f i c o da e m i s s ã o TL em f u n ç ã o da t e m p e r a t u r a é c h a m a d o de c u r v a de e m i s s ã o . A f o r m a de uma c u r v a de e m i s s ã o p o d e ser p r e v i s t a t e o r i c a m e n t e p a r a um t i p o ú n i c o de a r m a d i l h a s e p a r a a q u e c i m e n t o com t a x a s l i n e a r e s . Na maioria dos materiais não é encontrado só um tipo a r m a d i l h a e a c u r v a de e m i s s ã o c o n s i s t e de a l g u n s p i c o s . Os observados na curva quando as diferenças quando o aquecimento de emissão de e n e r g i a do podem das material necessária para o desarmadilhamento pode ser i n s t á v e l à temperatura se apresentar armadilhas for rápido. são Se Esse e f e i t o próximos energia é muito pequena, a ambiente. picos pequenas a é de ou E, armadilha conhecido c o m o f l u o r e s c ê n c i a , q u a n d o a e m i s s ã o o c o r r e d u r a n t e a e x p o s i ç ã o , e, f o s f o r e s c ê n c i a , q u a n d o a e m i s s ã o o c o r r e a p ó s a e x p o s i ç ã o '^*^'. Os d o i s f e n ô m e n o s s ã o na v e r d a d e e m i s s õ e s TL à t e m p e r a t u r a ambiente'^'^'^^'. O estudo da termoluminescéncia é baseado em d e s c r e v e m o n ú m e r o de c e n t r o s e de c a r g a s p r e s e n t e s modelos que relativos ao t e m p o e à t e m p e r a t u r a . A e q u a ç ã o que r e l a c i o n a a p r o b a b i l i d a d e de e m i s s ã o TL c o m a t e m p e r a t u r a p a r t e da h i p ó t e s e que a e n e r g i a dos e l é t r o n s a r m a d i l h a d o s s e g u e uma d i s t r i b u i ç ã o de B o l t z m a n , p e l a t e o r i a da c a u d a de M a x w e l l , ou s e j a , a p ó s a absorção OMiSSAO WAC;CNH OE ENERGIA N U C L E A H / S P de »Pfc* energia E, os 11 elétrons que estão armadilhados são liberados para a banda de c o n d u ç ã o , c o n f o r m e u m a d i s t r i b u i ç ã o M a x w e l l i a n a de e n e r g i a O m o d e l o m a i s s i m p l e s d e s c r i t o por v á r i o s a u t o r e s é o de R a n d a l l e Wilkins t^^^.a.is] considera a presença de um único e n e r g i a . P o r t a n t o , há um ú n i c o t i p o de a r m a d i l h a na b a n d a nível de proibida. Esse n í v e l de e n e r g i a é l o c a l i z a d o e n t r e as b a n d a s de v a l ê n c i a e de c o n d u ç ã o do m a t e r i a l . A s s i m , t a m b é m se c o n c l u i q u e o e l é t r o n t e r m o e s t i m u l a d o tem p r o b a b i l i d a d e d e s p r e z í v e l de ser r e a r m a d i l h a d o e vai d i r e t o p a r a o c e n t r o de l u m i n e s c ê n c i a , o que c o n s i s t e em u m a base para uma c i n é t i c a de 1^ o r d e m ( l i n e a r ) para o p r o c e s s o . V á r i o s o u t r o s m o d e l o s são p r o p o s t o s para o e s t u d o do f e n ô m e n o '^', e a i n d a m u i t o s o u t r o s e s t ã o s e n d o estudados'^°"^'*' . A t a x a de d e s a r m a d i l h a m e n t o , a u m a t e m p e r a t u r a T, d e p e n d e da d e n s i d a d e d a s a r m a d i l h a s o c u p a d a s n, da e n e r g i a de a t i v a ç ã o t é r m i c a E (barreira de potencial) e do tipo de armadilhas. A taxa de d e s a r m a d i l h a m e n t o p o d e ser e x p r e s s a por : -dn/dt a n exp (-E/kbT) - d n / d t = s n exp (-E/kbT) (2.3) (2.4) 12 o n d e s é urna c o n s t a n t e dimensão de s conhecida tempo'^), e kb como fator é a de f r e q u ê n c i a constante de (com Boltzman ( 0 , 8 6 2 x 1 0 " * eV.K-''). A análise informações dos como picos nível de da curva energia de das emissão TL armadilhas, fornece várias densidade das a r m a d i l h a s de e l é t r o n s e b u r a c o s , f a t o r de f r e q u ê n c i a s, m o b i l i d a d e de p o r t a d o r e s e r e c o m b i n a ç ã o de a r m a d i l h a s . D u r a n t e o p r o c e s s o de e m i s s ã o T L , a l é m das c u r v a s de e m i s s ã o , se um e s p e c t r o de e m i s s ã o ( i n t e n s i d a d e TL em f u n ç ã o do c o m p r i m e n t o de o n d a da e n e r g i a e m i t i d a ) for t a m b é m e s t u d a d o s os c e n t r o s de l u m i n e s c ê n c i a . obtido, então poderão ser 13 2.1.2 Defeitos cristalinos Um c r i s t a l é d e f i n i d o c o m o á t o m o s ' ^ ^ ' . Os m a t e r i a i s um a r r a n j o t r i d i m e n s i o n a l p e r i ó d i c o de cerâmicos por d e f i n i ç ã o são c o m p o s t o s pelo m e n o s 2 e l e m e n t o s , e por e s s a r a z ã o s u a s e s t r u t u r a s se t o r n a m mais complicadas do q u e as estruturas dos por cristalinas metais que n o r m a l m e n t e p o s s u e m só um t i p o de á t o m o . T o d o s os c r i s t a i s são n e u t r o s e l e t r i c a m e n t e , o u s e j a , a s o m a das cargas positivas é equilibrada por um número igual de cargas n e g a t i v a s . Por e x e m p l o , na a l u m i n a , c a d a 2 c á t i o n s A l ^ * t ê m q u e ser equilibrados por 3 ânions de 0^', como na fórmula Essa AI2O3. e x i g ê n c i a t a m b é m vai limitar o t i p o de e s t r u t u r a q u e os íons podem assumir'^^'. As estruturas cristalinas reais contêm imperfeições que são c l a s s i f i c a d a s c o m o d e f e i t o s p o n t u a i s , l i n e a r e s ou p l a n a r e s . Os d e f e i t o s puntuáis são definidos como q u a l q u e r ponto na r e d e que não está o c u p a d o p e l o íon o u á t o m o , n e c e s s á r i o p a r a p r e s e r v a r a p e r i o d i c i d a d e da e s t r u t u r a . D e f e i t o s l i n e a r e s são c a u s a d o s por d e s l o c a m e n t o s que levam a d i s t o r ç õ e s c e n t r a d a s em uma l i n h a da e s t r u t u r a c r i s t a l i n a . Os d e f e i t o s p l a n a r e s s ã o i m p e r f e i ç õ e s em s ó l i d o s p o l i c r i s t a l i n o s c o m o os c o n t o r n o s de g r ã o s , o n d e o c o r r e m d i f e r e n t e s o r i e n t a ç õ e s . 14 Além desses tipos de defeitos, ainda podem ocorrer defeitos volumétricos como poros, trincas e inclusões. Os d e f e i t o s i d e n t i f i c a d o s c o m o r e s p o n s á v e i s p e l a s T L na AI2O3 s ã o as v a c â n c i a s de o x i g é n i o ' ^ ^ ' , por propriedades isso s o m e n t e os d e f e i t o s p o n t u a i s s e r ã o mais d e t a l h a d o s n e s t e t ó p i c o . Os defeitos pontuais podem ser subdivididos em: e s t e q u i o m é t r i c o s , não e s t e q u i o m é t r i c o s e e x t r í n s i c o s . Os defeitos estequiométricos v a r i a ç ã o na e s t e q u i o m e t r i a nessa classificação rede cristalina Frenkel correspondente de os que não apresentam p a r a o c á t i o n e o â n i o n do c o m p o s t o , e encontram-se (deslocamento são um os d e f e i t o s à ausência átomo da Schottky de um rede (vacância átomo para ou uma íon) na e posição intersticial). Os d e f e i t o s não e s t e q u i o m é t r i c o s são f o r m a d o s p e l a a d i ç ã o ou perda de um Simplesmente (ou o mais número de um) dos estequiométrico constituintes entre os do cristal. constituintes do m a t e r i a l p o d e não o c o r r e r . Por e x e m p l o , se um ó x i d o é s u b m e t i d o a t r a t a m e n t o s em a t m o s f e r a s c o m a l t a s p r e s s õ e s p a r c i a i s de o x i g ê n i o , e n t ã o o n ú m e r o de á t o m o s de o x i g ê n i o p o d e r á ser estequiométrico de cátions p a r c i a i s de o x i g ê n i o , h a v e r á e analogamente maior que o número , em baixas pressões m a i o r c o n c e n t r a ç ã o de c á t i o n s do q u e as 15 quantidades estequiométricas. estequiométricos está no fato A importância de que dos pequenas cor, difusividade, condutividade elétrica, não modificações c o m p o s i ç ã o do m a t e r i a l l e v a m a a l t e r a ç õ e s em a l g u m a s como defeitos na propriedades fotocondutividade, s u s c e t i b i l i d a d e m a g n é t i c a , etc. Os d e f e i t o s e x t r í n s i c o s são c r i a d o s p e l a p r e s e n ç a de i m p u r e z a s no m a t e r i a l b a s e . Os defeitos pontuais em um composto binário podem ser d i v i d i d o s em : 1. V a c â n c i a s , q u e são s í t i o s o n d e há f a l t a de um á t o m o . 2. I n t e r t i c i a i s , q u e são á t o m o s não p e r t e n c e n t e s à r e d e e q u e o c u p a m s í t i o s v a z i o s na r e d e ( i n t e r s t í c i o s ) . 3. Á t o m o s t r o c a d o s , q u e são t i p o s de á t o m o s e n c o n t r a d o s em normalmente o c u p a d o s por o u t r o s t i p o s de á t o m o s . sítios Esse tipo de d e f e i t o o c o r r e em c e r â m i c a s c o v a l e n t e s . 4. E l é t r o n s l i v r e s que e s t ã o na b a n d a de c o n d u ç ã o do c r i s t a l . 5. B u r a c o s de e l é t r o n s , p r e s e n t e s na b a n d a de v a l ê n c i a do cristal e q u e p o d e m se m o v i m e n t a r a t r a v é s d e l a . 6. I m p u r e z a s intersticiais e substitucionais, que são átomos não p e r t e n c e n t e s à r e d e e o c u p a m p o s i ç õ e s de á t o m o s q u e p e r t e n c i a m à rede (substitucionais) (intersticiais). ou que ocupam sítios vazios na rede 16 2.1.3 Dosimetría Termoluminescente O o b j e t i v o da d o s i m e t r í a t e r m o l u m i n e s c e n t e é d e t e r m i n a r de e n e r g i a por unidade de m a s s a do m a t e r i a l (dose) foi quanto absorvida d u r a n t e a i r r a d i a ç ã o . D e t e r m i n a - s e e s s a d o s e p e l o a c o m p a n h a m e n t o da e m i s s ã o da e n e r g i a do m a t e r i a l p r e v i a m e n t e e x p o s t o , d u r a n t e o seu aquecimento. São obtidas, então medidas de intensidade de luz ( i n f r a v e r m e l h a , v i s í v e l ou ultra violeta)'^'^'^'. Os m a t e r i a i s , q u e p o s s u e m propriedades termoluminescentes e que p o d e m ser u s a d o s c o m o d o s í m e t r o s , são c h a m a d o s de dosímetros termoluminescentes (TLDs). Nos ú l t i m o s 15 a n o s os T L D s s u b s t i t u í r a m a d o s i m e t r i a c o m f i l m e s e se t o r n a r a m m u i t o p o p u l a r e s por v á r i a s c a r a c t e r í s t i c a s e v a n t a g e n s em r e l a ç ã o à d o s i m e t r i a com f i l m e s . E n t r e e l a s p o d e m ser c i t a d a s seu p e q u e n o t a m a n h o , f á c i l m a n u s e i o , alta s e n s i b i l i d a d e em u m a f a i x a de d o s e e s p e c í f i c a para c a d a m a t e r i a l , r e s i s t ê n c i a e i n é r c i a a v a r i a ç õ e s climáticas, possibilidade de reutilização em um grande número de i r r a d i a ç õ e s e c i c l o s de leitura'^'''. Existem algumas importantes características dosimétricas, d e v e m ser a t e n d i d a s por um m a t e r i a l p a r a que e s t e seja que considerado d o s i m é t r i c o . O m a t e r i a l ideal d e v e c o n t e r um ú n i c o p i c o de e m i s s ã o em torno de 200° C, porque os sistemas de leitura TL na faixa de 17 t e m p e r a t u r a de 170 - 2 3 0 ° C são m a i s precisos'^'"'. T a m b é m p i c o s de e m i s s ã o a b a i x o de 2 5 0 ° C e v i t a m i n t e r f e r ê n c i a da i n c a n d e s c ê n c i a e l e m e n t o s de a q u e c i m e n t o . M a t e r i a i s que a p r e s e n t a m m ú l t i p l o s dos picos de e m i s s ã o e c o m m e s m a m a g n i t u d e t a m b é m não são a d e q u a d o s dosimetria. Outra característica desejável para um material à TL é a r e s p o s t a l i n e a r com a d o s e de i r r a d i a ç ã o . D i f i c i l m e n t e se e n c o n t r a em um único m a t e r i a l t o d a s e s s a s c a r a c t e r í s t i c a s . Por e s s a r a z ã o e x i s t e m d o s í m e t r o s m a i s i n d i c a d o s p a r a uma a p l i c a ç ã o e s p e c í f i c a e n q u a n t o são i n a d e q u a d o s p a r a outras'^^'. 2.1.4 P r o p r i e d a d e s de m a t e r i a i s p a r a a d o s i m e t r í a T L A s e g u i r , são d i s c u t i d a s a l g u m a s p r o p r i e d a d e s i m p o r t a n t e s para materiais utilizados como TLDs. 2.1.4.1 C u r v a de e m i s s ã o t e r m o l u m i n e s c e n t e A c u r v a de e m i s s ã o é d e f i n i d a c o m o s e n d o a i n t e n s i d a d e da luz e m i t i d a p e l o m a t e r i a l TL em f u n ç ã o da t e m p e r a t u r a ou do t e m p o aquecimento. de 18 Q u a n d o um m a t e r i a l T L é i r r a d i a d o , e p o s t e r i o r m e n t e aquecido, os e l é t r o n s l i v r e s o c u p a m a b a n d a de c o n d u ç ã o em n ú m e r o c r e s c e n t e . O e l é t r o n r e c a p t u r a d o p o d e e s c a p a r n o v a m e n t e e a t a x a de r e c a p t u r a diminui pode também ser rearmadilhado ou se recombinar produzindo TL. Como emissão as TL, medidas para TL melhor estão diretamente compreensão e ligadas análise, à ela curva será de mais a d e q u a d a q u a n d o não for m u i t o c o m p l e x a , ou s e j a , q u a n d o o m a t e r i a l não a p r e s e n t a r p i c o s de e m i s s ã o TL s o b r e p o s t o s , d i f i c u l t a n d o a a n á l i s e dos r e s u l t a d o s . O e s p e c t r o de e m i s s ã o é a v a r i a ç ã o da i n t e n s i d a d e TL com o comprimento de onda da luz emitida. Mantendo-se a temperatura c o n s t a n t e e r e a l i z a n d o - s e uma v a r r e d u r a em c o m p r i m e n t o s de o n d a , o b t é m - s e o e s p e c t r o de e m i s s ã o . 2.1.4.2 Sensibilidade A s e n s i b i l i d a d e de um m a t e r i a l TL é d e f i n i d a c o m o a i n t e n s i d a d e de sinal TL por unidade de dose absorvida. A definição desse p a r â m e t r o de f o r m a a b s o l u t a é d i f í c i l , p o r q u e e s s a r e s p o s t a t a m b é m vai d e p e n d e r dos s i s t e m a s de l e i t u r a T L u s a d o s nas m e d i ç õ e s , dos f i l t r o s ó t i c o s u t i l i z a d o s , das t a x a s de a q u e c i m e n t o e dos m é t o d o s utilizados p a r a medir o sinal T L . A s s i m s e n d o , é u s a d o u m a m e d i d a r e l a t i v a de li sensibilidade para evitar as incertezas associadas com a medição absoluta. Os valores de sensibilidade geralmente são referidos ao L i F ( T L D I O O ) p a r a o q u a l se a d o t a c o m o t e n d o s e n s i b i l i d a d e i g u a l à 1 ' * ' . S(D)=F(D),r,ateria|/F(D)TLD100 onde (2.5) S ( D ) é a s e n s i b i l i d a d e r e l a t i v a à s e n s i b i l i d a d e do T L D 100, F ( D ) é a s e n s i b i l i d a d e do m a t e r i a l e F(D)TLDIOO é a s e n s i b i l i d a d e do T L D 1 0 0 , m e d i d a s nas m e s m a s c o n d i ç õ e s . Como dependência a de resposta outros TL dos fatores, materiais como já apresenta citado, também normalmente a s e n s i b i l i d a d e é i n d i c a d a j u n t o com a f a i x a de d o s e u t i l i z a d a , bem c o m o a t a x a de a q u e c i m e n t o e resfriamento, a l é m de o u t r a s r e f e r e n t e s ao m é t o d o e s i s t e m a s de l e i t u r a . informações 20 2.1.4.3 Limite mínimo detectável A dose mínima detectável é definida como sendo três vezes o desvio padrão do sinal de um dosímetro que não foi exposto à r a d i a ç ã o ' ^ ' . E s s a d e f i n i ç ã o se a p l i c a ao m a t e r i a l e ao s i s t e m a T L . Com r e l a ç ã o ao m a t e r i a l , f a t o r e s como a f o r m a , o t a m a n h o , o p r o c e s s o de c o n s t r u ç ã o , os f i l t r o s a l é m dos i n s t r u m e n t o s de l e i t u r a , a l g o r i t m o s e r o t i n a s de a n á l i s e t ê m q u e ser d e f i n i d o s em c o n j u n t o c o m os v a l o r e s a p r e s e n t a d o s . O l i m i t e c i t a d o é, p o r t a n t o , uma f o r m a de p r e v e r a d o s e m í n i m a d e t e c t á v e l de c a d a m a t e r i a l 2.1.4.4 R e s p o s t a em f u n ç ã o da d o s e a b s o r v i d a A r e s p o s t a à d o s e é d e f i n i d a c o m o uma f u n ç ã o que d e p e n d e da i n t e n s i d a d e do sinal T L m e d i d o em f u n ç ã o da a b s o r ç ã o de d o s e ' ' ' l A f u n ç ã o de r e s p o s t a de d o s e (ou índice de s u p r a l i n e a r i d a d e ) p o d e ser d e s c r i t o como f ( D ) , c o n f o r m e a e x p r e s s ã o : onde f(D) = [ F ( D ) / D ] / [ F ( D i ) / D i ] (2,6) F(D) é a r e s p o s t a de d o s e a uma d o s e D, e D i é a d o s e mais b a i x a o n d e a r e s p o s t a é linear. O d o s í m e t r o i d e a l d e v e r i a , p o r t a n t o , ter f ( D ) = 1 p a r a uma a m p l a f a i x a de d o s e , o que não o c o r r e nos c a s o s r e a i s . A s u p r a l i n e a r i d a d e é 21 d e f i n i d a c o m o f ( D ) > 1, que é um c o m p o r t a m e n t o mais comum nos m a t e r i a i s , e n q u a n t o q u e a s u b i i n e a r i d a d e , d e f i n i d a c o m o f ( D ) < 1, é g e r a l m e n t e o b s e r v a d a q u a n d o o m a t e r i a l se a p r o x i m a da s a t u r a ç ã o . O q u e se d e s e j a de um T L D é q u e ele e x i b a uma r e l a ç ã o entre a intensidade termoluminescente intensidade termoluminescente proporcional à soma das energias absorvidas curvas de resposta de um emitida e por dosímetro TL a dose um linear absorvida. material deve ser por e s s e m a t e r i a l . em função da A As dose c o m p r e e n d e m , g e r a l m e n t e , uma r e g i ã o linear, o u t r a s u p r a l i n e a r e uma t e r c e i r a de s a t u r a ç ã o ( t a n t o por a r m a d i l h a s t o t a l m e n t e c h e i a s quanto por d a n i f i c a ç ã o p r o v o c a d a p e l a r a d i a ç ã o ) ' ^ ^ As regiões de supralinearidade e subiinearidade quando o m a t e r i a l se a p r o x i m a da s a t u r a ç ã o p o d e levar a um c á l c u l o de d o s e s u p e r ou s u b e s t i m a d o r e s p e c t i v a m e n t e . A F i g u r a 2 . 4 , i l u s t r a as c u r v a s de t r ê s m a t e r i a i s T L D s t í p i c o s , a c u r v a A p e r t e n c e n t e ao S Í O 2 m o s t r a n d o o c o m p o r t a m e n t o s u p r a l i n e a r , a c u r v a B m o s t r a um d e s e n v o l v i m e n t o s u p r a l i n e a r e em s e g u i d a s u b l i n e a r no LiF:Mg,Ti mostrado (TLD-100), enquanto que no CaF2:Mn na c u r v a C, p r a t i c a m e n t e t o d a a r e g i ã o (TLD-400) na f a i x a de dose o b s e r v a d a é l i n e a r , as t r ê s c u r v a s f o r a m o b s e r v a d a s p a r a a f a i x a de d o s e de 0,5 a IO'* Gy. 22 Dose (Gy) Figura 2.4 Exemplo de comportamentos TL de três TLDs típicos, onde é mostrada a resposta TL em função da dose, em A para o SÍO2, em B para LiF:Mg,Ti (TLD 100) e em C para o CaFziMn (TLD 400) Os c o m p o r t a m e n t o s s u p r a l i n e a r e s u b l i n e a r q u e são na maioria dos TLDs, não proíbem o seu uso, mas observados exigem uma c u i d a d o s a c a l i b r a ç ã o e a p l i c a ç ã o de f a t o r e s de correção'"*'^'. A c u r v a de v a r i a ç ã o da r e s p o s t a TL em f u n ç ã o da d o s e a b s o r v i d a é o b t i d a p a r a c a d a t i p o de T L D , o n d e se i d e n t i f i c a a r e g i ã o (ou f a i x a de d o s e ) o n d e o d o s í m e t r o a p r e s e n t a r e s p o s t a l i n e a r . Essa f a i x a de d o s e s e r i a , p o r t a n t o , a mais i n d i c a d a para a u t i l i z a ç ã o do m a t e r i a l . 23 2.1.4.5 D e p e n d ê n c i a da r e s p o s t a T L c o m t i p o de r a d i a ç ã o O n ú m e r o a t ô m i c o e f e t i v o Zeff de um c o m p o s t o p o d e ser d e f i n i d o como o número grandeza que física resulta como a no soma mesmo dos efeito efeitos para dos uma seus definida diferentes e l e m e n t o s . A d e t e r m i n a ç ã o do Zeff d e p e n d e da s e ç ã o de c í i o q u e u s a d a na sua derivação e para isso são utilizados vários modelos m a t e m á t i c o s . L e v a n d o - s e em c o n t a o p r o c e s s o f o t o e l é t r i c o , o Z e f f p o d e ser d e f i n i d o c o m o : Zeff"' = 1 (ne,i)/ne) Zi"' (2.7) o n d e : ne é o n ú m e r o de e l é t r o n s de c a d a e l e m e n t o m é um f a t o r q u e d e p e n d e da e n e r g i a Já são e n c o n t r a d o s t a b u l a d o s os v a l o r e s para Zeff, l e v a n d o - s e em c o n t a as i n t e r a ç õ e s e a e n e r g i a para a m a i o r i a dos e l e m e n t o s com Z entre 1 e 100 e para um grande número de compostos comuns, f a c i l i t a n d o a u t i l i z a ç ã o do Zeff na d o s i m e t r i a . A r e s p o s t a a uma d e t e r m i n a d a e n e r g i a é d e f i n i d a c o m o a v a r i a ç ã o de r e s p o s t a T L em f u n ç ã o da e n e r g i a da r a d i a ç ã o . E s s a v a r i a ç ã o está r e l a c i o n a d a ao c o e f i c i e n t e de a b s o r ç ã o do m a t e r i a l que está sendo i r r a d i a d o . Para i r r a d i a ç õ e s com f ó t o n s , o c o e f i c i e n t e de a b s o r ç ã o de 24 e n e r g i a m á s s i c o , e r e p r e s e n t a d o por \ieJ p com u n i d a d e s no S . l . d a d a s em m^/kg"V A r e s p o s t a a e n e r g i a s de f ó t o n s S E ( E ) é d e f i n i d a c o m o : SE ( E ) = (|Ien/p)material / (|ien/p)referência (2.8) O m a t e r i a l u t i l i z a d o c o m o r e f e r ê n c i a n o r m a l m e n t e é o ar . Para c o m p o s t o s a p l i c a - s e a lei das m i s t u r a s : (Hen/p) = S ( H e n / p ) i W i onde Wi (2.9) é a f r a ç ã o molar do i é s i m o e l e m e n t o A p e r d a de e n e r g i a o c o r r e p e l o e f e i t o f o t o e l é t r i c o , e f e i t o C o m p t o n e produção depende material. de p a r e s . O p r o c e s s o da e n e r g i a A incidente componente do a b s o r ç ã o de e n e r g i a m á s s i c o que será d o m i n a n t e e do n ú m e r o efeito atômico fotoelétrico no na interação efetivo Zeff coeficiente v a r i a com o Zeff^. A c o m p o n e n t e do de devida ao e f e i t o C o m p t o n v a r i a com Zeff / M, o n d e M é a m a s s a m o l e c u l a r do m a t e r i a l do T L D . A c o m p o n e n t e do c o e f i c i e n t e de a b s o r ç ã o de e n e r g i a mássico devida à produção de p a r e s v a r i a com Zeff^. As interações f o t o e i e t r i c a s d o m i n a m em e n e r g i a s b a i x a s e o e f e i t o C o m p t o m se t o r n a d o m i n a n t e c o m o a u m e n t o de e n e r g i a . A p r o d u ç ã o de p a r e s é um e f e i t o i m p o r t a n t e a a l t a s e n e r g i a s ( E > v á r i o s M e V ). O m e c a n i s m o de p e r d a 25 de e n e r g i a d o m i n a n t e p a r a m a t e r i a i s de b a i x o n ú m e r o a t ô m i c o e f e t i v o é o e f e i t o C o m p t o n p a r a e n e r g i a s e n t r e 2 5 k e \ / e 10 MeV. Para u t i l i z a ç ã o p r á t i c a do c o n c e i t o de d e p e n d ê n c i a de e n e r g i a , é d e f i n i d a a R e s p o s t a R e l a t i v a à E n e r g i a ( R E R ) . A RER é a r e s p o s t a de energia a fótons de energia E do material, relativa à resposta do m a t e r i a l a f ó t o n s de 1,25 MeV do ^°Co, c o n f o r m e a e x p r e s s ã o 2 . 1 0 : (RER) = SE(E)/SE(1,25MeV^°Co) onde SE(E) é a resposta (2.10) do m a t e r i a l a f ó t o n s de e n e r g i a E e S E ( 1 , 2 5 IVIeV " C o ) é a r e s p o s t a do m a t e r i a l a f ó t o n s de 1,25 M e V e m i t i d o s p e l o ^°Co. Na F i g u r a 2 . 5 , c o m o i l u s t r a ç ã o , s ã o m o s t r a d o s os r e s u l t a d o s de r e s p o s t a r e l a t i v a de e n e r g i a de LiF( Zeff = 8 , 1 4 ) , CaFa e um material h i p o t é t i c o c o m Zeff = 55. D e s d e que o c o m p o r t a m e n t o i d e a l s e r i a m e n o r d e p e n d ê n c i a com a e n e r g i a da r a d i a ç ã o , os m a t e r i a i s c o m m e n o r Zeff mostram esse comportamento. aplicação de T L D s desejável um Considerando é para d e t e r m i n a r ainda que a d o s e em t e c i d o a maior humano, m a t e r i a l T L D e q u i v a l e n t e ao t e c i d o , c o m Zeff = 7,4. é 26 inêrgjâ ât fétsn§ (MêW) F i g u r a 2.5 R e s p o s t a r e l a t i v a de t e r m o l u m i n e s c é n c i a e n e r g i a p a r a m a t e r i a i s com Zeff d i f e r e n t e s em f u n ç ã o da A i n d a no m e s m o m a t e r i a l a f o r m a ( g r ã o s , c r i s t a l , f a i x a s , d i s c o s , etc) a l t e r a a d e p e n d ê n c i a enerçiética. O m e s m o m a t e r i a l c o m d i f e r e n t e s dopantes apresenta diferentes dependências energéticas. A correlação d e s s e s v á r i o s f a t o r e s t e m que ser f e i t a e x p e r i m e n t a l m e n t e em cada caso. Os T L D s com a l t o n ú m e r o a t ô m i c o são c h a m a d o s de d o s í m e t r o s d i s c r i m i n a d o r e s e são u s a d o s aos p a r e s , o n d e um d e l e s é u t i l i z a d o com 27 filtros metálicos. A correlação para cálculo de d o s e equivalente no t e c i d o é f e i t a por a l g o r i t m o s d e s e n v o l v i d o s c a s o a c a s o . Para e f e i t o de c o m p a r a ç ã o c o m o t e c i d o h u m a n o são d a d o s na T a b e l a 2.1 o Zeff de a l g u n s d o s í m e t r o s e m a t e r i a i s d o s i m e t r i c o s . T a b e l a 2.1 V a l o r e s de Zeff p a r a m a t e r i a i s d o s i m e t r i c o s Material Tecido humano 10,2i^J Zeff 2.1.4.6 LiF CaS04:Dy 8,ll^l 15,3i^'J R e p r o d u t i b i d a d e de r e s p o s t a A r e p r o d u t i b i l i d a d e de r e s p o s t a de um m a t e r i a l T L D é d e f i n i d a c o m o o v a l o r do d e s v i o p a d r ã o c a l c u l a d o na r e s p o s t a da a m o s t r a pela média obtida nas leituras, em t e r m o s percentuais. dividido Portanto, o m a t e r i a l com o m e n o r d e s v i o p a d r ã o nas l e i t u r a s é o m a i s r e p r o d u t í v e l s e n d o q u e , p a r a d o s i m e t r i a T L , este v a l o r d e v e ser m e n o r q u e 4 % . R (%) = [on-i / X] 100 Onde (2.11) R (%) é a r e p r o d u t i b i l i d a d e , O n - i é o d e s v i o p a d r ã o d a s l e i t u r a s TL, e X é a média material. das leituras de e m i s s ã o TL no mesmo 2a 2.1.4.7 Decaimento, estabilidade química e térmica D e c a i m e n t o é a d i m i n u i ç ã o da r e s p o s t a T L e n t r e a i r r a d i a ç ã o e a l e i t u r a . O b s e r v a - s e m e l h o r e s s a a l t e r a ç ã o nos p i c o s de e m i s s ã o TL de baixa t e m p e r a t u r a eliminados (considerados submetendo-se o instáveis). material Esses picos dosimétrico podem a ser tratamentos térmicos após a irradiação'*'^'^'. O d e c a i m e n t o do s i n a l T L p o d e o c o r r e r por e s t i m u l a ç ã o ó t i c a das a r m a d i l h a s , e f e i t o t a m b é m c h a m a d o de s e n s i b i l i d a d e do m a t e r i a l à luz. O u t r o s e f e i t o s t a m b é m p o d e m c a u s a r a d i m i n u i ç ã o da r e s p o s t a TL do material como, por exemplo, formação de óxidos, umidade ou t e m p e r a t u r a a f e t a n d o o m a t e r i a l ou a sua superfície'*-^'^'. C o n c l u i n d o , e n t r e as p r o p r i e d a d e s c i t a d a s nos i t e n s anteriores para a d o s i m e t r i a T L , é b a s t a n t e d i f í c i l o b t e r - s e um ú n i c o m a t e r i a l e c o n f i g u r a ç ã o q u e a p r e s e n t e m s a t i s f a t o r i a m e n t e t o d a s as p r o p r i e d a d e s citadas simultáneamente. eficiência do dosímetro, Essas mas características a importância irão determinar relativa c a r a c t e r í s t i c a vai v a r i a r com a a p l i c a ç ã o e s p e c í f i c a ' ^ ^ ' . de a cada 29 Por limite exemplo, mínimo resposta a aplicações detectável doses equivalência com características ambiental em e tem altas, tecido a e menor onde para significado, linearidade resistência importantíssimas. pessoal, dosimétricas Por de a dosímetros mas sem a precisão resposta danos outro radioterapia, por lado, à em tratamento de dose, radiação o a são dosimetria prévio são u t i l i z a d o s em l a r g a e s c a l a sob u t i l i z a d o s , o s i n a l r e s i d u a l é de i m p o r t â n c i a crucial'^^'^^'. 2.2 M a t e r i a i s para TLDs E n t r e os m a t e r i a i s d o s i m e t r i c o s v á r i a s f o r m a s e com os m a i s v a r i a d o s t i p o s de f i l t r o s , p o d e - se citar: 1. Fluoretos - como o LiF:Mg,Ti que é o material TLD mais utilizado e identificado como TLD 100 pela Harshaw, sua fabricante; L i F : M g , C u , P e o L i F : M g , T i (TLD 7 0 0 ) . 2. Óxidos - como AI2O3 ; A^OaiC (TLD 500); a - A l 2 0 3 : M g , Y ; MgO e BeO. 3. Sulfatas 4 . Boratos - como - como CaS04:Dy (TLD 900) e C a S 0 4 : T m . LÍ2B407:Cu ; LÍ2B407:Mn (TLD 800) e o LÍ2B407:Mn,Si N e s t e t r a b a l h o , s o m e n t e os m a t e r i a i s à b a s e de a l u m i n a s e r ã o t r a t a d o s . 30 2.2.1 O d o s í m e t r o de A I 2 O 3 A f o r m a ç ã o de d e f e i t o s p o n t u a i s na a l u m i n a v e m s e n d o e s t u d a d a há d é c a d a s [26,29] PQ^Q Q c r i a ç ã o de um d e f e i t o na r e d e n o r m a l da a l u m i n a ( r e t i r a r um á t o m o de a l u m i n i o ou um de o x i g ê n i o ) , é n e c e s s á r i o uma e n e r g i a m í n i m a de 50 eV ou e n e r g i a s m a i o r e s c o m o a de e l é t r o n s r á p i d o s t e r i a m q u e ser a p l i c a d a s para a g e r a ç ã o d e s s e s d e f e i t o s . As radiações estes i o n i z a n t e s c a u s a m na a l u m i n a e l é t r o n s são então ocasionados por armadilhados impurezas. em d e f e i t o s Logo, as livres e buracos na r e d e radiações d e f e i t o s na rede da a l u m i n a , mas c a u s a m ou não mudanças em defeitos criam novos no e s t a d o c a r g a s das i m p u r e z a s ou no p r e e n c h i m e n t o das v a c â n c i a s e das existentes pelos elétrons e buracos livres. O m o d e l o p a r a a a b s o r ç ã o e e m i s s ã o das alumina é bem d e f i n i d o a i n d a se e n c o n t r a m para algumas em d i s c u s s ã o 6,1 eV e e m i s s ã o a 3 eV das b a n d a s de e n e r g i a na transformações As b a n d a s e outras c o m a b s o r ç ã o em são a t r i b u í d a s ao c e n t r o F . As b a n d a s com a b s o r ç ã o em 5,4 e 4,8 eV com e m i s s ã o a 3,8 eV são a t r i b u í d a s c e n t r o F+'^^'. O p r i n c i p a l e s p e c t r o de e m i s s ã o do c r i s t a l de n o m i n a l m e n t e pura o c o r r e em 310 nm ( e m i s s ã o emissão vários com menor modelos são i n t e n s i d a d e em 3,8 eV sugeridos para ao alumina UV). U m a b a n d a de o c o r r e em 326 nm, e a explicação OWiSSAO NACCNAL DE ENERGIA N U C L E A R / S P dessa «m emissão'^'. 31 A l g u n s a u t o r e s a t r i b u e m e s s a e m i s s ã o a o s c e n t r o s F+ o u a íons AI + i n t e r s t i c i a i s ' ^ ^ ' , em o u t r o s e s t u d o s f o i m o s t r a d o composta de d o i s e s p e c t r o s que e s s a e m i s s ã o a 310 e 330 nm, também atribuídos é à e m i s s ã o n o s íons AI+ e aos c e n t r o s F+ 2.2.2 E s t r u t u r a do A I 2 O 3 1 A e s t r u t u r a do AI2O3 é h e x a g o n a l c o m p a c t a c o m os p a r â m e t r o s de r e d e da c é l u l a u n i t á r i a de Co = 1 2 , 9 9 1 A e a o = 4 , 7 5 8 A [29,30] O AI2O3, t a m b é m c o n h e c i d o c o m o a l u m i n a , p o s s u i a e s t r u t u r a do c o r u n d u m , m a t e r i a l de i n c i d ê n c i a n a t u r a l com a m e s m a c o m p o s i ç ã o . A a l u m i n a se a p r e s e n t a em v á r i a s f a s e s , a m a i s e s t á v e l é a a - a l u m i n a . A i n d a se e n c o n t r a o m e s m o m a t e r i a l r e f e r i d o c o m o safira, nesse caso i n d i c a n d o a f o r m a m o n o - c r i s t a l i n a da a l u m i n a , c o m o b a s e p a r a o rubi e p a r a a s a f i r a a z u l '^^'. A a l u m i n a é um c r i s t a l b a s e a d o na e s t e q u i o m e t r i a 2:3 ânion , onde preenchem os cátions dois terços que vão para a coordenação dos s í t i o s d i s p o n í v e i s , f i c a n d o sítios v a z i o s na e s t r u t u r a ' ^ ° ' ^ * ' . cátion : octaedral um t e r ç o dos I 32 A onde F i g u r a 2.6 m o s t r a um p l a n o da e s t r u t u r a c r i s t a l i n a com v a z i o s , foi representada a localização de sitios octaedrais c a m a d a s de íons o x i g ê n i o ( c í r c u l o s v a z i o s ) . Dois t e r ç o s dos entre 2 espaços são o c u p a d o s p e l o s íons do a l u m í n i o ( c í r c u l o s c h e i o s ) e um t e r ç o dos e s p a ç o s e s t ã o v a z i o s ( r e p r e s e n t a d o por X). Figura 2.6 Plano basal da alumina mostrando 2/3 dos espaços octaédricos vazios e um plano de ãnions '^*'. A próxima camada de cátions tem a mesma configuração de c o i m é i a , mas d e s l o c a d a por um e s p a ç o a t ô m i c o , na d i r e ç ã o do v e t o r 1 da F i g u r a 2 . 6 . D e p o i s de uma n o v a c a m a d a de íons de o x i g ê n i o , uma t e r c e i r a c a m a d a de c á t i o n s é c o l o c a d a , a g o r a d e s l o c a d a na d i r e ç ã o do v e t o r 2. Se t o m a r m o s um c o r t e p e r p e n d i c u l a r ao p l a n o do p a p e l , t e m - s e o plano { 1 0 1 0 } o n d e o a r r a n j o de íons é m o s t r a d o na F i g u r a 2 . 7 . A e s t r u t u r a se r e p e t e a c a d a 6 c a m a d a s , f o r m a n d o u m a c é l u l a u n i t á r i a de 1 2 , 9 9 A , r e p r e s e n t a d a por Co na F i g u r a 2 . 7 . ') A î Q • U - .r \ _ i r \ ...z. e 1 A 1 r \ B • U • O Q O ( J) A - - - o^- F i g u r a 2 . 7 . R e p r e s e n t a ç ã o do p l a n o i n d i c a d o pela l i n h a t r a c e j a d a na F i g u r a 2 . 6 , q u e c o n t é m os íons de o x i g ê n i o , a l u m í n i o e os vazios indicados pelo X Nos s i t i o s da e s t r u t u r a , o n d e 2 em c a d a 3 são o c u p a d o s pelos c á t i o n s ( F i g u r a 2.7) a r e p u l s ã o c o l u m b i a n a e n t r e os íons A l ^ * c a u s a uma leve m o v i m e n t a ç ã o estrutura de ligeiramente uma d e s t e s para a p o s i ç ã o alumina contraída em real vez os cátions da e s t r u t u r a adjacente formam ideal vazia. uma camada representadas F i g u r a 2.8. Os íons de o x i g ê n i o t a m b é m são l i g e i r a m e n t e Na na deslocados da p o s i ç ã o h e x a g o n a l i d e a l q u a n d o isso o c o r r e ' ^ * ' . Os c e n t r o s de luminescência e a exoemissão nos cristais de a - A ^ O a p o d e m ser f o r m a d o s p e l o s c e n t r o s F( v a c â n c i a de o x i g ê n i o c o m dois elétrons) e F+(vacância de o x i g ê n i o com um elétron). Nessas 34 vacâncias, o centro F neutro p o d e ser c r i a d o em c o l o r a ç ã o a d i t i v a ou subtrativa'^^''^^^ O t e r m o c o l o r a ç ã o luminescência ou centro de cor s u b t r a t i v a s i g n i f i c a q u e o c e n t r o de resulta da extração de átomos de o x i g ê n i o e n q u a n t o c o l o r a ç ã o a d i t i v a s i g n i f i c a na s a f i r a a i n t r o d u ç ã o de á t o m o s de alumínio'^"*'. Os c e n t r o s F+, r e s p o n s á v e i s do m a t e r i a l , são f o r m a d o s neutrons alumina ou em c r i s t a i s é utilizada pelas propriedades principalmente com como depois impurezas TLD, pois como possui de luminescentes irradiação M g , Ca ou C'^"*^. A os centros luminescência'^'*'. > 4 * , ••>-?-<' : o Sítios vazios >-^-%.L '• • Aí:- FF"riu \ H O' • •••^ MJ com i Figura 2.8 Representação da estrutura da célula unitária do AI2O3, mostrando somente as posições dos cátions e os sítios vazios '^*l F de 35 2.2.3 Propriedades O dosímetro termoluminescentes termoluminescente dopado com carbono Urais Polytechnical baseia nos de foi desenvolvido Institute. defeitos obtidos comercial monocristalina por A k s e i r o d O funcionamento aniônicos alumina'^°"^^'. O d o s í m e t r o alumina no e Kortov na desse dosímetro se cristal de óxido de monocristal de T L D 5 0 0 é um a l u m i n a d o p a d o c o m c a r b o n o d u r a n t e a e t a p a de c r e s c i m e n t o do c r i s t a l pelo método de Czochaiski e conforme patentes'^^'^^'. Esses d o s í m e t r o s v é m s e n d o u t i l i z a d o s , para d o s i m e t r i a p e s s o a l e a m b i e n t a l em v á r i o s p a í s e s , d e v i d o à s u a alta s e n s i b i l i d a d e ( c e r c a mais s e n s í v e l características que o T L D da de LiF)'^^"''^'. M e l h o r a s termoluminescéncia podem de 60 vezes consideráveis ser obtidas nas pela i n t r o d u ç ã o i n t e n c i o n a l de v a c â n c i a s de o x i g é n i o na e s t r u t u r a do AI2O3 [39-48] Os medicina dosímetros diagnóstica termoluminescentes com radiações também ou em são utilizados em procedimentos de r a d i o t e r a p i a o n d e é n e c e s s á r i a a m e d i ç ã o das d o s e s a p l i c a d a s ' " ^ ' . O dosímetro de AI2O3 não é normalmente aplicado em radioterapia, p o r q u e n e s s e caso são u t i l i z a d a s d o s e s a l t a s de r a d i a ç ã o o r d e m de d e z e n a s de Gy'''^'^°'. gama da 36 O grau de precisão razoável q u e os d o s í m e t r o s possuem os t o r n a m c o n v e n i e n t e s p a r a u s o p r á t i c o em c o n d i ç õ e s e n c o n t r a d a s e m hospitais. Existe uma variedade de radiações (eletromagnéticas, neutrons e partículas carregadas) que são usadas nessas aplicações e existem materiais termoluminescentes mais convenientes para cada utilizados para uma d e s s a s a p l i c a ç õ e s ' * ' . Os estudos materiais clínicos radiações termoluminescentes pela ionizantes colocação durante vêm dos TLD's sendo antes procedimentos de da e x p o s i ç ã o diagnóstico a ou r a d i o t e r a p i a . Os T L D ' s e x p o s t o s s ã o e n t ã o r e t i r a d o s e a n a l i s a d o s . Por e s s e p r o c e s s o s ã o d e t e r m i n a d a s as d o s e s a p l i c a d a s a ó r g ã o s i n t e r n o s c r í t i c o s d u r a n t e os p r o c e d i m e n t o s . As d u a s á r e a s de u s o p a r a e x p o s i ç ã o c l í n i c a à r a d i a ç ã o s ã o : radiologia de d i a g n ó s t i c o (exposições a raios X em mamografias, o d o n t o l o g i a e o u t r o s t i p o s de d i a g n ó s t i c o s por i m a g e m ) e r a d i o t e r a p i a ( t e r a p i a p a r a v á r i o s t i p o s de c â n c e r ) . Os t i p o s d e r a d i a ç ã o vão de utilizados r a i o s X ( c o m e n e r g i a de 10 k e V ) , r a i o s g a m a ( d e *^^Cs ou ^°Co), e l é t r o n s , p a r t í c u l a s p e s a d a s c a r r e g a d a s e n e u t r o n s . A s f a i x a s de d o s e u t i l i z a d a s v ã o de 10"^ a 10"^ Gy em r a d i o l o g i a , p o d e n d o - s e u t i l i z a r doses maiores q u e 2 0 Gy na r a d i o t e r a p i a . e s t i m a t i v a d e d o s e de p r e c i s ã o Na r a d i o t e r a p i a , m e l h o r do q u e ± uma s^õo/oliO'''^'''^'^^'^^] ¿ 37 desejável, porque erros maiores podem afetar de modo negativo o tratamento. O TLD 500, AbOaiC d o s e s b a i x a s em na f o r m a de m o n o c r i s t a l é indicado uma f a i x a de d o s e de 0,05|aGy a 1Gy para (dosimetria a m b i e n t a l e p e s s o a l ) d e v i d o à s u a alta sensibilidade'*^''''*'. A probabilidade de luminescência e exoemissão descrita no m o d e l o do p r o c e s s o Auger'^' foi o b s e r v a d a c o m os c r i s t a i s c o m d e f e i t o s a n i ô n i c o s d e a - A ^ O a i M g e a - A ^ O a i C c o m os c e n t r o s de a r m a d i l h a s de i m p u r e z a s . O b t i v e r a m - s e m e l h o r i a s nas c a r a c t e r í s t i c a s d o s i m é t r i c a s do a-AbOa pela inclusão intencional de v a c â n c i a s de o x i g ê n i o na e s t r u t u r a . E s s a m o d i f i c a ç ã o na e s t r u t u r a do a - A b O a é p o s s í v e l fusão na presença de grafite em fortes condições sua pela redutoras e sucessivos resfriamentos rápidos '^^'^^i. Por material meio do durante o acompanhamento aquecimento, foi do feita espectro a de emissão suposição de que do as i m p u r e z a s d e c a r b o n o s u b s t i t u e m os íons de a l u m í n i o na r e d e , n e s s e caso (Al*^), se o obtêm que íons leva divalentes à formação (C*^) dos r e s p o n s á v e i s pela g r a n d e m e l h o r a [1,13] substituindo centros de íons trivalentes armadilhas/buracos nas p r o p r i e d a d e s T L do material 38 Na t e n t a t i v a de se e x p l i c a r a i n f l u ê n c i a do c a r b o n o no a u m e n t o das p r o p r i e d a d e s T L o b s e r v a d a s no a-AlaOa, e s t ã o s e n d o realizados e s t u d o s p a r a c o m p a r a r os c r i s t a i s de a - A ^ O a ( p u r o s ) e o a-A^OaiC. Para os d o i s c r i s t a i s s ã o o b s e r v a d o s p i c o s de e m i s s ã o T L e e n e r g i a s de a t i v a ç ã o c o i n c i d e n t e s e p o r t a n t o os p i c o s o b s e r v a d o s s ã o d e v i d o s a centros similares'^^'. O espectro da fotoluminescência também se m o s t r o u o m e s m o p a r a os d o i s c r i s t a i s . Os f a t o s d e s c r i t o s i n d i c a m que o mecanismo da luminescência no a - A b O a dosimétrico não é c l a r a m e n t e e n t e n d i d o . A s p e c t o s c o m o d e p e n d ê n c i a T L c o m as t a x a s de a q u e c i m e n t o do c r i s t a l , i n f l u ê n c i a da d o s e de i r r a d i a ç ã o na f o r m a do pico d e emissão e sensibilidade do material à luz, ainda não são no i n t e r i o r dos explicados'^^'. A e s t i m a t i v a de d i s t r i b u i ç ã o da d o s e a b s o r v i d a detectores TL, é importante para a precisão, considerando a maneira como a e m i s s ã o o c o r r e ao l o n g o do t e m p o , e n q u a n t o o segue para aquecimento a m a s s a do d e t e c t o r . Foi d e s e n v o l v i d o um m é t o d o para d e t e r m i n a ç ã o da d o s e em f u n ç ã o da p r o f u n d i d a d e na e s p e s s u r a do T L D a n t e s de se c r i a r uma f o r m a de d e t e r m i n a r a d o s e de r a d i a ç ã o . O m é t o d o a p r e s e n t a d o e x p l i c a s a t i s f a t o r i a m e n t e a d i f e r e n ç a s nas c u r v a s de e m i s s ã o o b t i d a s para os TLDs'^^'. O u t r a c a r a c t e r í s t i c a do T L D t e n d o c o m o c o m p o n e n t e p r i n c i p a l o AI2O3 é o s e u d e c a i m e n t o c o m o t e m p o e o s e u d e c a i m e n t o d e v i d o à exposição à luz'^^'. Foi observado que no TLD 500 (modelo da V i c t o r e e n 2 6 0 0 - 8 0 ) há d e c a i m e n t o i n d u z i d o por v á r i o s t i p o s de luz, com efeito mais intensificado incandescente. estocados e Esse para fato faz manuseados com luz fluorescente com as que os devidas do que para luz dosímetros devam ser precauções l^a.ss] mesmo assim, foi verificado que o dosímetro TLD 500 apresenta d e c a i m e n t o de 2 1 % a p ó s 3 m e s e s de e s t o c a g e m decaimento não pode ser evitado no e s c u r o simplesmente com um e esse manuseies apropriados'^^'^'*'^^]. No e s p e c t r o de e m i s s ã o T L do A b O a i C , é p o s s í v e l i d e n t i f i c a r o pico com A,=420nm. máximo Na F i g u r a de 2.9 intensidade, encontra-se no comprimento uma curva da de onda de intensidade de l u m i n e s c ê n c i a em f u n ç ã o do c o m p r i m e n t o de o n d a e da t e m p e r a t u r a . 500 Figura 2.9 Curva de emissão TL para o Al203:C em função da temperatura e do comprimento de onda das emissões 40 Os cristais sensíveis posição para do a-Al203:C radiações pico são utilizáveis ionizantes. dosimétrico em como detectores A sensibilidade, torno de 190°C é muito a forma e a dependente da c o n c e n t r a ç ã o e t i p o de i m p u r e z a s , das c o n d i ç õ e s do c r e s c i m e n t o do c r i s t a l e d o s t r a t a m e n t o s t é r m i c o s aplicados'^^'^^'. T a m b é m f o r a m t e s t a d o s pós de a - A l 2 0 3 : C o b t i d o s p e l a moagem do m o n o c r i s t a l e e l e s m o s t r a r a m d e p e n d ê n c i a do c o m p o r t a m e n t o TL em função do tamanho de partículas'^^'. A sensibilidade dos pós com p a r t í c u l a s de t a m a n h o s e n t r e 10 e 200|j.m f o i de 1 0 - 2 0 v e z e s mais alta do que a do L i F : M g , T i . Com g r ã o s de SO-lOO^m a r e s p o s t a aumenta. Com p a r t í c u l a s a c i m a 100|am não e x i s t e a u m e n t o s i g n i f i c a t i v o . O a-Al203:C também foi testado como e x o e l e t r ô n i c a EEDs p a r a r a d i a ç õ e s p e o dosímetro de emissão c o m p o r t a m e n t o o b s e r v a d o foi c o m p a r a d o a um o u t r o d o s í m e t r o E E D , o B e O . A s e n s i b i l i d a d e da a- A b O s X o b s e r v a d a é de 10 a 20 v e z e s maior do q u e p a r a o B e O ' ^ ° ' . Para e f e i t o de c o m p a r a ç ã o e n t r e os d o s í m e t r o s de A b O s i C 5 0 0 ) , LiF: M g , C u , P mesmas condições (TLD e L i F : M g , T i ( T L D 700) f o r a m r e a l i z a d o s t e s t e s nas de irradiação em ambientes de m i s t u r a d a s ( n e u t r o n s + g a m a ) , e de l e i t u r a e t r a t a m e n t o s radiações térmicos, t e n d o sido o b s e r v a d o que o A ^ O a X a p r e s e n t a c e r c a de 70 v e z e s mais sensibilidade à radiação gama do que o LiFMg.Ti i M i i S  O NÍ-UCWíL DE E N E R G I A N U C L E A H / S P (TLD iri^ 700) nas 41 mesmas condições de teste. Os dosímetros de Al203:C são os mais indicados e utilizados para dosimetria pessoal e ambiental por essa razão [*31. 2.2.4 S i n t e r i z a ç ã o de AlgOs Sinterização é um f e n ô m e n o s i s t e m a de p a r t í c u l a s aquecidas intimamente a temperaturas termicamente ativado em que ligadas entre si, unem-se inferiores à temperatura de f u s ã o . um quando Nesse p r o c e s s o os m e c a n i s m o s de t r a n s p o r t e de m a t é r i a e s t ã o a t u a n t e s para d i m i n u i r a e n e r g i a t o t a l do s i s t e m a ' ^ * ' . A s i n t e r i z a ç ã o p o d e o c o r r e r por três processos sólido, fluxo descritos viscoso e por K i n g e r y c o m o : s i n t e r i z a ç ã o sinterização com uma fase no estado líquida'^*'^^^ O p r o c e s s o b á s i c o para a c o n s o l i d a ç ã o da a l u m i n a é a s i n t e r i z a ç ã o no e s t a d o s ó l i d o . A s i n t e r i z a ç ã o de pós c o m p a c t a d o s é r e a l i z a d a para q u e ocorra o desenvolvimento de c o n t a t o s e n t r e p a r t í c u l a s e eliminação da p o r o s i d a d e com a u m e n t o da d e n s i d a d e . A f o r ç a m o t r i z p a r a e s t e s p r o c e s s o s é f o r n e c i d a p e l a r e d u ç ã o da e n e r g i a livre do s i s t e m a , d i m i n u i ç ã o da área de s u p e r f í c i e e i n t e r f a c e s do c o m p a c t a d o . ocorrer então a densificação com mudança da i n t e r f a c e p a r a u m a i n t e r f a c e s ó l i d o - s ó l i d o de m e n o r e n e r g i a o u grão com maiores. a transformação Nesse caso o de muitos mecanismo de grãos difusão pela Poderá sólido-gás o c r e s c i m e n t o de pequenos poderá em grãos ocorrer via 42 vacâncias na estrutura. sinterização são crescimento de Mudanças devidas grãos ao apesar microestruturais efeito de combinado ser possível da a durante a densificação sinterização e sem c r e s c i m e n t o de g r ã o s . Os p r i n c i p a i s e s t á g i o s da s i n t e r i z a ç ã o são i l u s t r a d o s na Figura 2 . 1 0 (a) a (f) no e s t a d o s ó l i d o c o m o o c o r r e m de f o r m a a se o b t e r no f i n a l do p r o c e s s o um a u m e n t o da d e n s i d a d e por m e i o da e l i m i n a ç ã o da p o r o s i d a d e e do a u m e n t o do t a m a n h o de g r ã o . No i n í c i o do p r o c e s s o , tem-se a formação dos contatos entre as partículas (formação c r e s c i m e n t o do p e s c o ç o ) , a n t e s que o c o r r a q u a l q u e r c r e s c i m e n t o grão. O crescimento do pescoço se dá por difusão de o c a s i o n a d a por t e n s õ e s e g r a d i e n t e s de c o n c e n t r a ç õ e s de e de matéria, vacâncias. As d e n s i d a d e s a v e r d e ( e s t a d o não s i n t e r i z a d o ) s ã o de 50 a 60 % da d e n s i d a d e t e ó r i c a do m a t e r i a l . D u r a n t e o e s t á g i o i n i c i a l da s i n t e r i z a ç ã o , o c o r r e a f o r m a ç ã o de uma e s t r u t u r a i n t e r c o n e c t a d a de p o r o s , i l u s t r a d a na Figura sinterização, Figura 2.10 2.10 (a) e chamado (c) e (d), (b). No segundo de sinterização os contatos e principal intermediária, entre as partículas estágio da ilustrado na (pescoços) c r e s c e m , a p o r o s i d a d e d i m i n u i e os c e n t r o s das p a r t í c u l a s o r i g i n a i s se aproximam enquanto a porosidade diminui. Esse estágio termina q u a n d o o m a t e r i a l a t i n g e c e r c a de 9 0 % da d e n s i d a d e t e ó r i c a e os poros a p a r e c e m p r e d o m i n a n t e m e n t e nos c o n t o r n o s de g r ã o . No ú l t i m o e s t á g i o da s i n t e r i z a ç ã o , os p o r o s a p a r e c e m mais i s o l a d o s p e r m a n e c e n d o nos 43 c o n t o r n o s o u s e n d o e n v o l v i d o s no g r ã o , n e s s e ú l t i m o c a s o i m p e d i n d o a sua e l i m i n a ç ã o c o m o m o s t r a d o na F i g u r a 2.10 (e) e ( f ) ' ^ * l Figura 2.10- Ilustração dos estágios de sinterização no estado sólido, onde a parte a. e b. na figura representa o inicio da sinterização com a formação da estrutura interconectada de poros, na parte c. e d. na figura são representados o crescimento do contato e diminuição dos poros, o último estágio é representado na parte e. e f. da figura, onde os poros aparecem nos contornos de grãos ou no interior do mesmo, neste caso impedindo maior densificação '^*l 2 . 3 S i s t e m a de M e d i d a 2.3.1 Leitor Termoluminescente TL O leitor termoluminescente é o instrumento utilizado para medir a luz e m i t i d a no a q u e c i m e n t o de um d o s í m e t r o T L D . 44 A instrumentação para dosimetria termoluminescente c o n s t i t u í d a por um s i s t e m a de d e t e c ç ã o de luz, q u e u t i l i z a i n t e g r a d a ou c o n t a g e m de f ó t o n s . Os s i s t e m a s luz emitida pelo material TL são é corrente utilizados para captar a conhecidos como válvulas fotomultiplicadoras. T a m b é m f a z p a r t e da i n s t r u m e n t a ç ã o um s i s t e m a de a q u e c i m e n t o que poderá ser: aquecimento por contato, aquecimento a q u e c i m e n t o ó p t i c o i n f r a v e r m e l h o (IV) e a q u e c i m e n t o opção de ajuste para taxas de aquecimento. O por gás, por laser, leitor com pode ser p r o g r a m a d o c o m um c i c l o de l e i t u r a c o n s i s t i n d o e m : 1. p r é - a q u e c i m e n t o (que discrimina : p e r í o d o de a q u e c i m e n t o s e m i n t e g r a ç ã o da armadilhas em temperaturas baixas e luz portanto instáveis); 2. l e i t u r a : p e r í o d o de a q u e c i m e n t o q u e a b r a n g e p a r t e da c u r v a de e m i s s ã o a ser a v a l i a d a p a r a a m e d i d a da d o s e ; 3. r e s f r i a m e n t o período de tempo necessário para atingir a t e m p e r a t u r a ambiente'^'*'. Os f i l t r o s são u t i l i z a d o s p a r a e x c l u i r as e m i s s õ e s IV do a m o s t r a e podem também ser são encontrados em diferentes utilizados para comprimento de particular indesejáveis. A onda utilização a seleção de e variedades. de b a n d a , eliminam filtros permite onde também a Alguns filtros isolam outros um sinais discriminação da 45 i n f l u ê n c i a de s i n a i s e s p ú r i o s , e de o u t r o s c o m p o n e n t e s q u e também estão sendo aquecidos. O sistema de aquisição de dados pode produzir a a n a l ó g i c a s i m p l e s da c u r v a de e m i s s ã o , o u t a m b é m p o d e r á gravação envolver a n á l i s e p o s t e r i o r de d a d o s por c o m p u t a d o r a n t e s do f o r n e c i m e n t o da curva um de emissão e s q u e m a de um específica. Na Figura 2.11 é apresentado leitor, sem a q u i s i ç ã o de e s p e c t r o de e m i s s ã o . Fonte de tensão Válvula foto multiplicadora Eietrômetro Integrador ;f:::-f?::x>-;^:-í>>:-:--:;:í-;:;-:;-:>- TLD Sistema de aquecimento F i g u r a 2.11 D i a g r a m a de leitor T L . Registrador b l o c o s e s q u e m á t i c o das partes de um 46 3 MATERIAIS E MÉTODOS Neste capítulo estão descritos a obtenção, a preparação a n á l i s e da m a t é r i a p r i m a u t i l i z a d a , os t e s t e s p r e l i m i n a r e s e a realizados com o u t r o s t i p o s de m a t e r i a i s e d o s í m e t r o s c o m e r c i a i s , as i r r a d i a ç õ e s com v á r i a s f o n t e s e a c a r a c t e r i z a ç ã o m i c r o e s t r u t u r a l e as m e d i d a s TL dos m a t e r i a i s p r o d u z i d o s . Os testes e procedimentos descritos foram realizados nos l a b o r a t ó r i o s do C e n t r o de C i ê n c i a e T e c n o l o g i a de M a t e r i a i s ( C C T M ) e no Departamento de Metrologia das Radiações pertencentes ao I P E N / C N E N - S P , e no D e p a r t a m e n t o de R a d i o p r o t e ç ã o e R a d i o t e r a p i a do H o s p i t a l das C l í n i c a s . Na f i g u r a 3.1 são a p r e s e n t a d o s os materiais produzidos, bem c o m o os d o s í m e t r o s c o m e r c i a i s u t i l i z a d o s c o m o r e f e r ê n c i a . Figura 3.1 Na figura na primeira linha estão as pastilhas sinterizadas com alumina e grafite, na segunda linha encontram-se as pastilhas de alumina e os três dosímetros comerciais monocristalinos (TLD 500). 47 3.1 Materiais Os materiais utilizados na a l u m i n a A 16 SG'^'*^ f o r n e c i d a preparação das pastilhas foram p e l a A l c o a e o g r a f i t e FPA a 1005XA, f o r n e c i d o p e l a N a c i o n a l de G r a f i t e L t d a . 3 . 2 C a r a c t e r i z a ç ã o dos pós de p a r t i d a 3.2.1 b i f r a t o m e t r i a de raios X Foi u t i l i z a d a a t é c n i c a de d i f r a ç ã o de r a i o s X c o m a f i n a l i d a d e de v e r i f i c a r as f a s e s c r i s t a l i n a s nos pós de p a r t i d a . Esta t é c n i c a c o n s i s t e na i n c i d ê n c i a de um f e i x e de r a i o s X de c o m p r i m e n t o de o n d a X, na superfície da amostra. O feixe é então difratado coerentemente s e g u n d o um â n g u l o 0 p e l o s á t o m o s da e s t r u t u r a , l o c a l i z a d o s nos p l a n o s cristalográficos dhki (nA,=2dsen9). Os d i f r a t o g r a m a s f o r a m o b t i d o s u t i l i z a n d o - s e um d i f r a t ô m e t r o P h i l i p s PW 1 7 1 0 , nas s e g u i n t e s obedecendo condições: a lei radiação de Bragg de c o b r e , com filtro de n í q u e l , no i n t e r v a l o de 20° < 29 < 7 0 ° . E s s a t é c n i c a é e s s e n c i a l para v e r i f i c a ç ã o de p o s s í v e i s r e a ç õ e s e n t r e os m a t e r i a i s , pela i d e n t i f i c a ç ã o das f a s e s c r i s t a l i n a s p r e s e n t e s na a m o s t r a a p ó s a s i n t e r i z a ç ã o . 48 3.2.2 D e t e r m i n a ç ã o do t a m a n h o médio de p a r t í c u l a Para d e t e r m i n a ç ã o de t a m a n h o de partícula e distribuição de t a m a n h o m é d i o , foi u t i l i z a d o o m é t o d o de e s p a l h a m e n t o d e laser'^^' q u e c o n s i s t e em a p l i c a r um f e i x e de laser v a r r e n d o a a m o s t r a de pó que é d i s p e r s a em á g u a . Um s i s t e m a de d e t e c t o r e s mede a intensidade e o â n g u l o de d e s v i o do f e i x e , p a r a p o s t e r i o r c á l c u l o em c o m p u t a d o r da d i s t r i b u i ç ã o de t a m a n h o m é d i o de p a r t í c u l a s . 3.2.3 D e t e r m i n a ç ã o da s u p e r f í c i e A superfície Quantachrome específica Nova 1000, dos pelo específica pós, foi método de m é t o d o BET ( B r u m a u e r , E m m e t e T e l l e r ) levada â quantidade temperatura de gás do nitrogênio adsorvida medida no adsorção equipamento de nitrogênio o n d e uma a m o s t r a do pó é líquido. à pressão A uniforme dependência e à da temperatura c o n s t a n t e , é d e n o m i n a d a c u r v a de a d s o r s ã o . A p a r t i r da c u r v a o b t i d a , p o d e ser c a l c u l a d o o n ú m e r o de m o l é c u l a s de gás q u e p o d e m f o r m a r uma c a m a d a m o n o m o l e c u l a r c o m p l e t a s o b r e a s u p e r f í c i e . E s s e n ú m e r o , m u l t i p l i c a d o p e l o e s p a ç o o c u p a d o por uma ú n i c a m o l é c u l a , r e s u l t a na área total da s u p e r f í c i e da s u b s t â n c i a sólida. O método permite a d e t e r m i n a ç ã o da área e s p e c í f i c a , uma v e z q u e a m a s s a da a m o s t r a é conhecida. Quanto maior a superfície p a r t í c u l a s e m a i s r e a t i v o s e r á o pó. menor será o tamanho das 4S 3.2.4 A n á l i s e química Para a d e t e r m i n a ç ã o das i m p u r e z a s t a m b é m foi r e a l i z a d a a a n á l i s e q u í m i c a c o m e s p e c t r ó g r a f o s e m i q u a n t i t a t i v o p a r a o pó de a l u m i n a . A a n á l i s e q u í m i c a do pó de g r a f i t e foi f o r n e c i d a pelo f a b r i c a n t e . 3 . 3 M i s t u r a e compactação dos pós F o r a m m i s t u r a d o s a l u m i n a com g r a f i t e nas p o r c e n t a g e n s de 0,5%, 5%, 1 0 % e 2 0 % em p e s o de g r a f i t e e p r e n s a d o s na f o r m a de p a s t i l h a s a n t e s da s i n t e r i z a ç ã o . As p a s t i l h a s de a l u m i n a e de a l u m i n a c o m a d i ç õ e s f o r a m p r e n s a d a s u t i l i z a n d o m a t r i z e s de 7 m m de d i â m e t r o . de carbono Utilizou-se m a s s a i n i c i a l de 0,04 a 0 , 0 7 g , o que l e v o u a uma e s p e s s u r a p r ó x i m a a Imm. F o r a m p r e p a r a d a s 30 p a s t i l h a s para c a d a c o m p o s i ç ã o e para c a d a c o n d i ç ã o de s i n t e r i z a ç ã o com t e m p o s de s i n t e r i z a ç ã o à 1650°C de 1, 3, 5, 7 e 10 h o r a s . Para aglomerante facilitar o processo de prensagem, 1 % em p e s o de p o l i a c e t a t o foi de v i n i l a utilizado (PVA). como Também 50 foram utilizadas pastilhas com 0,5% de grafite sem aglomerante, s o m e n t e para c o n t r o l e da a d i ç ã o de a g l o m e r a n t e . A h o m o g e n e i z a ç ã o da m i s t u r a de p ó s , dos p a s t i l h a s com g r a f i t e , foi f e i t a a ú m i d o c o m á l c o o l i s o p r o p í l i c o em m i s t u r a d o r tipo com m e i o s de m o a g e m Túrbula de a l u m i n a d u r a n t e 10 h o r a s . A s e c a g e m foi f e i t a em e s t u f a a 4 5 ° C d u r a n t e 24 h o r a s e a d e s a g l o m e r a ç â o do pó foi f e i t a em a l m o f a r i z de á g a t a . A p r e n s a g e m das p a s t i l h a s foi r e a l i z a d a pelo m é t o d o tradicional de p r e n s a g e m u n i a x i a l a f r i o , com uma m a t r i z de 7 mm de d i â m e t r o e p r e s s ã o m á x i m a de 100 M P a . A p ó s a c o m p a c t a ç ã o foi d e t e r m i n a d a a densidade a verde das p a s t i l h a s pelo m é t o d o g e o m é t r i c o . 3.4 Sinterização As p a s t i l h a s , tipo caixa, após a prensagem, foram sinterizadas, em forno m a r c a L i n d b e r g , em a t m o s f e r a n o r m a l . U t i l i z o u - s e uma t a x a de a q u e c i m e n t o e r e s f r i a m e n t o de 1 0 ° C / m i n . Nas s i n t e r i z a ç õ e s u t i l i z o u - S1 se a t e m p e r a t u r a de 1 6 5 0 ° C d u r a n t e u m a , t r ê s , c i n c o , s e t e e d e z h o r a s com d i f e r e n t e s m i c r o e s t r u t u r a s As pastilhas de alumina com adições de s i n t e r i z a d a s em f o r n o t u b u l a r de g r a f i t e , m a r c a N u c k e n , grafite foram com fluxo de a r g ô n i o para m i n i m i z a r a o x i d a ç ã o do c a r b o n o . U t i l i z o u - s e uma t a x a de a q u e c i m e n t o e r e s f r i a m e n t o de a p r o x i m a d a m e n t e 1 0 ° C / m i n e p a t a m a r a 1650°C d u r a n t e urna h o r a . 3 . 5 C a r a c t e r i z a ç ã o das p a s t i l h a s sinterizadas As p a s t i l h a s s i n t e r i z a d a s t a m b é m f o r a m s u b m e t i d a s à d i f r a ç ã o de raios-X, para verificação de formação de novas fases durante a sinterização. 3.5.1 D i f r a ç ã o de r a i o s X A técnica de difração de raios X também foi utilizada nas p a s t i l h a s a p ó s a s i n t e r i z a ç ã o , com a f i n a l i d a d e de v e r i f i c a r as f a s e s cristalinas presentes. 52 3.5.2 Análise m i c r o e s t r u t u r a l das a m o s t r a s por M E V A determinação do tamanho médio de grão, e a análise da h o m o g e n e i d a d e m i c r o e s t r u t u r a l , foi f e i t a por m i c r o s c o p i a e l e t r ô n i c a de v a r r e d u r a ( M E V ) , c o m um m i c r o s c ó p i o de m a r c a P h i l l i p s , m o d e l o X L 3 0 . É uma t é c n i c a na q u a l a s u p e r f í c i e da a m o s t r a é v a r r i d a por um f e i x e de e l é t r o n s c o l i m a d o . A i n t e r a ç ã o e n t r e o f e i x e de e l é t r o n s i n c i d e n t e s e a s u p e r f í c i e da a m o s t r a r e s u l t a na p r o d u ç ã o de e l é t r o n s secundários que são c o l e t a d o s por um d e t e c t o r e a m p l i f i c a d o s , g e r a n d o i m a g e n s da t o p o g r a f i a da a m o s t r a . Para a n á l i s e em MEV, as p a s t i l h a s f o r a m e m b u t i d a s em r e s i n a , desbastadas em c a r b e t o de s i l í c i o e p o l i d a s em u m a p o l i t r i z marca S t r u e r s , m o d e l o D P - 0 9 , com p a s t a s de d i a m a n t e de 15, 6, 3 e 1|im. Depois de p o l i d a s , as p a s t i l h a s foram atacadas termicamente, q u a n d o o c o r r e a e v a p o r a ç ã o de m a t é r i a na r e g i ã o de m a i o r superficial, energia r e v e l a n d o os c o n t o r n o s de g r ã o . O a t a q u e t é r m i c o f o i f e i t o em f o r n o t u b u l a r por 2 h o r a s a 1500°C com a t m o s f e r a n o r m a l . A p ó s e s s e a t a q u e , as a m o s t r a s f o r a m r e c o b e r t a s c o m uma f i n a camada de ouro utilizando-se equipamento de Sputtering, marca 53 Baizers Union, modelo SCD 040 e levadas para observação no m i c r o s c ó p i o e l e t r ô n i c o de v a r r e d u r a . No c a s o das a m o s t r a s de a l u m i n a com grafite não foi feito o a t a q u e t é r m i c o o q u e l e v a r i a à q u e i m a do g r a f i t e . As o b s e r v a ç õ e s em IVIEV f o r a m f e i t a s , n e s t e c a s o , nas s u p e r f í c i e s das p a s t i l h a s somente p o l i d a s ou f r a t u r a d a s e r e c o b e r t a s c o m o u r o . Com as micrografias de MEV de diversas amostras, foram verificada a morfologia microestrutural e determinado o tamanho médio de g r ã o s e d i s t r i b u i ç ã o de t a m a n h o m é d i o de g r ã o s . Para a a n á l i s e da d i s t r i b u i ç ã o do t a m a n h o e f o r m a de g r ã o s foi utilizado o analisador de imagens Quantikov^^^' nas micrografias o b t i d a s . Para u m a a m o s t r a g e m e s t a t í s t i c a f o r a m f e i t a s m e d i d a s de 2 0 0 a 1 0 0 0 grãos. Essas medidas feitas nas micrografias, digitalizadas para tratamento pelo programa Quantikov. foram então 54 3 . 6 M e d i d a s de t e r m o l u m i n e s c é n c i a 3.6.1 S i s t e m a s de i r r a d i a ç ã o 3.6.1.1 • Radiação gamma F o n t e de ^°Co ( e n e r g i a s de r a d i a ç ã o g a m a de 1,17 e 1,33 M e V ) em i r r a d i a d o r c o n s t r u i d o no I P E N , m o d e l o C P I O - A O 0 1 9 7 / 8 2 , s é r i e IR 003, com atividade de 0,087 TBq (setembro /1999), taxa de e x p o s i ç ã o de 15,8 x 10'^ C . k g ' V h ' * , à d i s t â n c i a de 2 6 , 5 cm e c a m p o de r a d i a ç ã o com 8,0 cm de d i â m e t r o . 3.6.1.2 • Radiação X G e r a d o r R i g a k u D e n k i Co. L t d . , tipo G e i g e r f l e x , a c o p l a d o a um t u b o Philips, PW 2184/00 efetivas fixadas obtidas com com j a n e l a foram uma garra de 14,3 a uma de b e r i l i o a 21,2 haste, de I m m . As keV. ambas As de energias amostras alumínio, foram e as i r r a d i a ç õ e s f o r a m f e i t a s no ar. • A c e l e r a d o r L i n e a r M o d e l o C l i n a c 6 0 0 C , f a b r i c a d o pela V a r í a n , com fótons de 6 - 20 MV, campo de 10x10 cm^, distância de foco- 55 s u p e r f í c i e de 100 cm, e p r o f u n d i d a d e de e q u i l í b r i o e l e t r ô n i c o de 1,25 cm de L u c i t e . A c e l e r a d o r L i n e a r S a t u r n e I I , f a b r i c a d o pela C G R , M o d e l o T h e r a c 2 0 , c o m f ó t o n s de 1 8 M V , c a m p o de 1 0 x 1 0 cm^, d i s t â n c i a f o c o - s u p e r f í c i e d e 100 c m , e p r o f u n d i d a d e de e q u i l í b r i o e l e t r ô n i c o de 2,5 mm de Lucite. 3.6.1.3 Sistemas auxiliares Os t r a t a m e n t o s t é r m i c o s a p ó s l e i t u r a e a n t e s da i r r a d i a ç ã o f o r a m f e i t o s em um f o r n o e l é t r i c o c o m t e m p e r a t u r a r e g u l á v e l de 22 a 500°C e v a r i a ç ã o de 1°C, f a b r i c a d o p e l o I n s t i t u t o de R a d i o p r o t e ç ã o e D o s i m e t r i a (IRD/CNEN). O controle de condições climatizadores e desumidificadores 3.6.2 ambientais foi feito por meio de de a m b i e n t e . S i s t e m a s de l e i t u r a T L Para a aquisição de d a d o s de e m i s s ã o TL, foram utilizados sistemas leitores fabricados pela Harshaw Nuclear Systems. 2 56 • Sistema de leitura marca Harshaw Nuclear Systems, modelo 2 0 0 0 A / B . E s s e s i s t e m a u t i l i z a uma f o n t e s e l a d a r a d i o a t i v a de ^'^C ativada com referência CaF2(Eu), para controle de qualidade na luz de do s i s t e m a leitor. Foi u t i l i z a d o f l u x o de N2, d u r a n t e as l e i t u r a s , de 4 L/min, um r e g i s t r a d o r X-Y ECS, modelo RB102, com d o i s c a n a i s . Esse leitor c o n s i s t e de um t u b o f o t o m u l t i p l i c a d o r , um f i l t r o i n f r a v e r m e n l h o , um s i s t e m a de a q u e c i m e n t o e um s i s t e m a de a q u i s i ç ã o de d a d o s . A a m o s t r a a ser e s t u d a d a é c o l o c a d a em uma p r a n c h e t a r e c o b e r t a por p l a t i n a de d i m e n s õ e s 1 x 1 x 0 , 1 c m ^ . Os parâmetros utilizados para leitura nos equipamentos a p r e s e n t a d o s na T a b e l a 3 . 1 . T a b e l a 3 . 1 . C o n d i ç õ e s u t i l i z a d a s para a l e i t u r a das m e d i d a s TL e a v a l i a ç ã o dos T L D s Parâmetros Ajuste Pré-aquecimento 50°C Tempo de leitura 65 s Tensão 600 V Temperatura máxima de aquecimento 300°C Taxa de aquecimento 5°C/s são 57 3.6.3 Caracterização TL As a m o s t r a s s i n t e r i z a d a s d u r a n t e 1, 3, 5, 7 e 10 inoras, u t i l i z a n d o se a l u m i n a , foram submetidas à medida TL para a verificação da r e p r o d u t i b i l i d a d e em c a d a a m o s t r a p a r a c a d a t e m p o de s i n t e r i z a ç ã o . As p a s t i l h a s f o r a m t r a t a d a s t e r m i c a m e n t e por 1 h o r a a 4 0 0 ° C ' ^ ^ ' . As a m o s t r a s f o r a m i d e n t i f i c a d a s i n d i v i d u a l m e n t e c o m l á p i s g r a f i t e no lado q u e não foi e x p o s t o à r a d i a ç ã o . As a m o s t r a s foram então e m b a l a d a s em p a p e l a l u m í n i o e c o b e r t a s por uma p l a c a de a c r í l i c o de 3,0 mm de colocação da espessura placa de para assegurar acrílico o assegura equilíbrio que o eletrônico. dosímetro A está r e c e b e n d o a d o s e m á x i m a . C h a m a - s e de " b u i l d - u p " a r e g i ã o e n t r e a superfície irradiada e a profundidade, na q u a l i o n i z a ç ã o ( ou s e j a , o n d e a d o s e é m á x i m a ) . região é denominada se dá o m á x i m o E a espessura de e s p e s s u r a de e q u i l í b r i o e l e t r ô n i c o ' * ' ^ ' . de dessa Essa e s p e s s u r a , t a m b é m c h a m a d a de p r o f u n d i d a d e de e q u i l í b r i o e l e t r ô n i c o , v a r i a com a e n e r g i a da r a d i a ç ã o i n c i d e n t e . Imediatamente minutos após após a irradiação a irradiação) (num foram feitas as intervalo leituras máximo de 5 de e m i s s ã o a p a r e l h o leitor t e r m o l u m i n e s c e n t e da H a r s h a w m o d e l o 2 0 0 0 A / B . no 58 Para pastilhas a determinação sinterizadas da r e p r o d u t i b i l i d a d e foram realizadas no da r e s p o s t a mínimo 10 TL nas irradiações s e g u i d a s de 10 m e d i d a s p a r a c a d a a m o s t r a . A n t e s e a p ó s as l e i t u r a s são r e a l i z a d a s as l e i t u r a s de l â m p a d a p a d r ã o . H a v e n d o v a r i a ç ã o na a q u i s i ç ã o de d a d o s e f e t u a d a em d i a s d i f e r e n t e s é f e i t a uma c o r r e ç ã o por um f a t o r , c a l c u l a d o p a r a c a d a l e i t u r a por meio d a s v a r i a ç õ e s de leitura na l â m p a d a p a d r ã o . A reprodutibilidade da resposta TL é dada, em termos p e r c e n t u a i s , p e l o d e s v i o p a d r ã o r e l a t i v o o b t i d o para as l e i t u r a s . Para a determinação da curva de calibração das pastilhas s i n t e r i z a d a s por 1 e 3 horas foi u t i l i z a d a a f o n t e de ^°Co. Para irradiações energia de medidas de no com f e i x e s 14 IPEN a 20 dependência keV. de Ainda energética raios-X para para estudos foram realizadas Radioterapia de dependência e n e r g é t i c a , f o r a m r e a l i z a d a s i r r a d i a ç õ e s no H o s p i t a l das C l í n i c a s a c e l e r a d o r l i n e a r CGR S a t u r n e , c o m f e i x e de f ó t o n s de 6 com à 20 no MeV e com o a c e l e r a d o r V a r i a n C l i n a c 6 0 0 ( 6 MV f e i x e s de r a i o s X) u t i l i z a d o em t e r a p i a . 59 3.6.4 Dosímetros comerciais P a r a e f e i t o de c o m p a r a ç ã o de r e p r o d u t i b i l i d a d e de r e s p o s t a T L , f o r a m t a m b é m u t i l i z a d o s c o m o r e f e r ê n c i a t r ê s d o s í m e t r o s c o m e r c i a i s de A b O a i C T L D - 5 0 0 m o n o c r i s t a l i n o s da B i c r o n . 60 3.6.5 F l u x o g r a m a do p r o c e d i m e n t o Para melhor compreensão do experimental procedimento experimental a p r e s e n t a d o a s e g u i r um f l u x o g r a m a d a s e t a p a s p r i n c i p a i s é realizadas no p r o c e d i m e n t o e x p e r i m e n t a l . AI2O3 pura (A16 SG da Alcoa) - D i f r a ç ã o d e raio X -Distribuição de t a m a n i i o de partícula - Á r e a superfície e s p e c í f i c a -Análise química Pressagem uniaxial a frio Sinterização de A I 2 O 3 a 1650° C a o ar durante 1,3,5,7 e 10 h o r a s Difração de raios X Polimento e ataque t é n n i c o ( 1 5 0 0 ° C/1h) Caracterização da microestrutura por M E V Análise de tamanho e f o n n a d e g r ã o pelo programa Quantikov Sinterização de AI2O3+C a 1650° C e m a r g ô n i o por 1 hora D i f r a ç ã o d e raios X Tratamento ténnico a 400°C/1h I r r a d i a ç õ e s (X, y , fótons) Caracterização T L Figura 3.1. Fluxograma do processo mostrando as principais etapas executadas nos procedimentos experimentais .•.4.,iíiiiiv-j.aAÜ ©1 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4 . 1 C a r a c t e r i z a ç ã o dos pós 4.1.1 D i s t r i b u i ç ã o de t a m a n h o médio de p a r t í c u l a Para d e t e r m i n a ç ã o tamanho de tamanino m é d i o foi u t i l i z a d o de o método partícula e distribuição de t r a n s m i s s ã o de de laser'^^'. F o r a m o b t i d o s os r e s u l t a d o s de d i â m e t r o m é d i o de p a r t í c u l a de 0,56 |im p a r a o pó de a l u m i n a e 2 0 , 5 pim para o c a r b o n o . A d i s t r i b u i ç ã o de t a m a n h o de p a r t í c u l a p a r a os pós u t i l i z a d o s é m o s t r a d a na F i g u r a 4 . 1 . 10G 80 (O •O °h Alumina (0 •5 ' E 3 U < 40 ni Grafite (O ™ 20\ 0- 1000 O 100 10 0,1 Diâmetro Equivalente (pm) Figura 4.1 Distribuição de tamanho de partícula dos pós de grafite e de alumina utilizados como matéria prima. 62 Os pós de g r a f i t e a p r e s e n t a r a m d i â m e t r o m é d i o b e m m a i o r do que o e s p e r a d o , d a n d o i n d i c a ç ã o de q u e se e n c o n t r a v a aglomerado. Não foi r e a l i z a d a ou nenhuma etapa para desaglomeraçâo moagem para e v i t a r c o n t a m i n a ç õ e s . 4.1.2 D i f r a ç ã o dc raios X dos m a t e r i a i s utilizados F o r a m o b t i d o s os d i f r a t o g r a m a s p a r a os pós de a l u m i n a e g r a f i t e u t i l i z a d o s . O d i f r a t o g r a m a o b t i d o para o pó de g r a f i t e foi com r e s u l t a d o s das m i c r o f i c h a s do International Data Center comparado for Diffraction ( I C D D ) , f o i u t i l i z a d o o c o n j u n t o 45 do b a n c o de d a d o s . Os p i c o s encontrados correspondem à estrutura parâmetros de rede de hexagonal do grafite, com ao = 2 , 4 7 0 A e co = 6 , 7 2 4 A . No d i f r a t o g r a m a do pó de a l u m i n a f o r a m i d e n t i f i c a d o s s o m e n t e os picos r e f e r e n t e s à f a s e a l f a da a l u m i n a . Os d i f r a t o g r a m a s p a r a os pós são mostrados difratogramas nas Figuras realizados 4.2 para as e 4.3, em conjunto pastilhas já sinterizadas. com os Nessas f i g u r a s foi p o s s í v e l o b s e r v a r que os p i c o s r e f e r e n t e s aos dois pós f o r a m t a m b é m o b s e r v a d o s a p ó s as s i n t e r i z a ç õ e s i n d i c a n d o que não h o u v e f o r m a ç ã o de n o v a s f a s e s após a s i n t e r i z a ç ã o t a n t o na a l u m i n a c o m o na a l u m i n a c o m a d i ç õ e s de c a r b o n o . 63 4.1.3 Análise de s u p e r f í c i e A área adsorção de de superfície nitrogênio específica, método foi medida BET . A pelo área de método de superficie e s p e c í f i c a o b t i d a foi de 8,5 m^.g"* para o pó de a l u m i n a e de 4 , 6 m^.g'* para o pó de g r a f i t e . Q u a n t o maior a área de s u p e r f i c i e maior é a a t i v i d a d e q u í m i c a e t é r m i c a o b s e r v a d a e, p o r t a n t o , m a i o r é a s i n t e r a b i l i d a d e do pó'^^'^^'. 4.1.4 Análise química As c o n c e n t r a ç õ e s de i m p u r e z a s o b t i d a s por meio de e s p e c t r o s c o p i a s e m i - q u a n t i t a t i v a no pó de a l u m i n a são m o s t r a d a s na T a b e l a 4 . 1 . Tabela 4.1 Análise química da alumina obtida semi-quantitativa Bfemento B Si Fe Ga Mg Mn Ca Na ppm 4 120 30 30 300 5 350 100 por espectroscopia 64 Algumas defeitos que impurezas interferem contidas nas no m a t e r i a l propriedades TL são r e s p o n s á v e i s do material. Além por da d o p a g e m c o m g r a f i t e são c o n h e c i d a s as p r o p r i e d a d e s d o s i m é t r i c a s de a l u m i n a d o p a d a com Mg e Y e, t a m b é m , a l u m i n a c o m Mg e T i . Para q u e não h o u v e s s e i n t e r f e r ê n c i a nas p r o p r i e d a d e s TL o b s e r v a d a s , o p t o u - s e , n e s t e t r a b a l h o , pela u t i l i z a ç ã o de pós de e l e v a d a p u r e z a . A a n á l i s e q u í m i c a f o r n e c i d a p e l o f a b r i c a n t e do g r a f i t e apresenta c o m o r e s u l t a d o s : t e o r de c a r b o n o 9 9 , 0 % m i n . , t e o r de c i n z a s 1 % máx. e u m i d a d e 0 , 3 % máx. 4 . 2 C a r a c t e r i z a ç ã o m i c r o e s t r u t u r a l das p a s t i l h a s 4.2.1 sinterizadas Análise por d i f r a ç ã o de raios X F o r a m o b t i d o s os d i f r a t o g r a m a s para o pó de a l u m i n a e para as pastilhas sinterizadas com tempos diferenciados. Nos difratogramas m o s t r a d o s na F i g u r a 4 . 2 , foi p o s s í v e l v e r i f i c a r q u e a a l u m i n a d e p o i s de sinterizada apresenta somente coincidindo portanto identificado com o a s t e r í s t i c o com os os picos (*) picos da referentes alumina na F i g u r a 4.2 de à fase alfa, partida.O pico refere-se a m o s t r a u t i l i z a d o para r e a l i z a ç ã o da d i f r a ç ã o de r a i o s X. ao porta- 65 » j 1 A l 1 , .JI L iL 1 F, J a horas 1 L L ... iL 1 1 1 1 L i 3 heras 1 hora A16 ) =T= Figura 4.2 Difratogramas sinterizadas com a letra do por A pó de alumina diferentes tempos. são 70 60 40 20 referentes identificado com * é proveniente do A16 Os a e das picos a-Al203, pastilhas identificados e porta-amostra o pico 66 Na F i g u r a 4.3 são a p r e s e n t a d o s os d i f r a t o g r a m a s das pastillias de a l u m i n a c o m d i f e r e n t e s a d i ç õ e s de g r a f i t e s i n t e r i z a d a s por 1 hora a 1650°C e p a r a c o m p a r a ç ã o são a d i c i o n a d o s os d i f r a t o g r a m a s dos pós de a l u m i n a e g r a f i t e , não h a v e n d o i n d i c a ç ã o de f o r m a ç ã o de novas fases. A <Q A A A * 1 L L 2 0 % grafite 1 - i ! r^. . ú. 5% grafite 1 1 1 J "T- 2(5 10% grafite j T 4Õ grafite ljlj Aie "T- m m -r70 Ângulo dg difrâçâo F i g u r a 4.3 D i f r a t o g r a m a s dos pós de p a r t i d a de a l u m i n a i d e n t i f i c a d a c o m o A 1 6 e g r a f i t e , e das p a s t i l h a s s i n t e r i z a d a s por 1 hora á 1650°C c o m d i f e r e n t e s t e o r e s de g r a f i t e . A letra A i d e n t i f i c a os picos da f a s e alfa da a l u m i n a e a letra G i d e n t i f i c a os picos r e f e r e n t e s ao g r a f i t e 67 4.2.2 Densidade A d e n s i d a d e d a s p a s t i l h a s s i n t e r i z a d a s por 1, 3, 5, 7,e 10 h o r a s a 1 6 5 0 ° C , d e t e r m i n a d a p e l o m é t o d o g e o m é t r i c o , é m o s t r a d a na T a b e l a 4.2. Os valores médios e respectivos desvios padrão foram d e t e r m i n a d o s a p ó s m e d i d a da d e n s i d a d e de p e l o m e n o s 5 p a s t i l h a s . As medidas de micrômetro espessura com e diâmetro precisão foram feitas com de 0,001 mm e a m a s s a o uso de um das p a s t i l h a s foi d e t e r m i n a d a em b a l a n ç a a n a l í t i c a com p r e c i s ã o de 0,001 m g . T a b e l a 4.2 D e n s i d a d e das p a s t i l h a s de a l u m i n a s i n t e r i z a d a s a 1650°C por d i f e r e n t e s t e m p o s Tempo de sinterização 1 3 5 7 10 Densidade (g/cm^) 3,73+0,08 3,76±0,09 3,80+0,09 3,80±0,08 3,88+0,02 93,7 94,4 95,5 95,5 97,5 densidade relativa % da t e ó r i c a * *Para cálculo da densidade relativa d e n s i d a d e t e ó r i c a da a l u m i n a de 3,98 g/cm^ foi [29,30] utilizado o valor de 68 4.2.3 Análise m i c r o e s t r u t u r a l por M E V A i n t r o d u ç ã o de c a r b o n o m e s m o em g r a n d e p r o p o r ç ã o não a l t e r o u a m i c r o e s t r u t u r a da a l u m i n a . A p a r e n t e m e n t e o c a r b o n o não se d i f u n d i u na a l u m i n a permanecendo isolado na f o r m a de a g l o m e r a d o s , o que c o i n c i d e c o m as o b s e r v a ç õ e s f e i t a s por meio dos d i f r a t o g r a m a s das pastilhas sinterizadas. Nas análises pastilhas em espectroscopia de AI2O3 microscopia dispersiva dopadas eletrônica de r a i o s - X com carbono varredura (MEV) e (EDS). O carbono por ser um por t é c n i c a s quando Houve pequenas proporções. feitas de e l e m e n t o l e v e é de d i f í c i l i d e n t i f i c a ç ã o em foram a microestruturais identificação de a g l o m e r a d o s de g r a f i t e a p e n a s nas a m o s t r a s c o m 2 0 % de g r a f i t e . A F i g u r a 4.4 é uma m i c r o g r a f i a de uma p a s t i l h a de a l u m i n a com 0 , 5 % de c a r b o n o p o l i d a para o b s e r v a r p o r o s i d a d e s e m i c r o e s t r u t u r a . T a m b é m t e n t o u - s e l o c a l i z a r o c a r b o n o e p a r a isso as foram fraturadas e foi utilizado a análise com o EDS pastilhas em pontos e s p e c í f i c o s da a m o s t r a . Nos p o n t o s o b s e r v a d o s s o m e n t e se e n c o n t r o u alumina. 69 As F i g u r a s 4 . 5 , 4.6 e 4.7 m o s t r a m as m i c r o g r a f i a s da s u p e r f i c i e de p a s t i l l i a s com a d i ç õ e s de 0 , 5 % , 1 0 % , e 2 0 % de c a r b o n o . Não se conseguiu verificar a presença de carbono mesmo nas pastilhas s i n t e r i z a d a s com c o n c e n t r a ç õ e s de 0 , 5 % , 5%, e 1 0 % de c a r b o n o . Somente na ú l t i m a micrografia, apresentada na Figura 4.7, o c a r b o n o f o i i d e n t i f i c a d o , e s s a p a s t i l h a c o n t é m u m a a d i ç ã o de 2 0 % de carbono. Na utilizando-se Figura 4.8, que é a micrografia um m e n o r a u m e n t o , f o r a m da mesma observados amostra aglomerados g r a f i t e . Os p o n t o s i d e n t i f i c a d o s c o m o g r a f i t e f o r a m i n v e s t i g a d o s de com EDS e o d i f r a t o g r a m a d e s s e s p o n t o s c o n f i r m o u a p r e s e n ç a s o m e n t e do grafite nesses pontos. Nas p a s t i l h a s de a l u m i n a c o m a d i ç õ e s de g r a f i t e sinterizadas, f o r a m r e a l i z a d a s m e d i d a s T L p r e l i m i n a r e s e foi v e r i f i c a d o q u e a c a d a irradiação houve um aumento na resposta TL, impedindo a caracterização TL. Devido alumina com a esses grafite resultados abandonou-se e o prosseguimento a l u m i n a s e m a d i ç õ e s de g r a f i t e . a do t r a b a l h o preparação foi feito de com 70 Figura 4.4 Micrografia da pastillia de Al2O3+0,5%C, polida Figura 4.7 Micrografia da pastilha, de Figura 4.5 Micrografia da pastilha de Al2O3+0,5%C, fraturada Figura 4.8 Micrografia da pastilha Figura 4.6 Micrografia da pastilha de Al2O3+10%C , fraturada Al2O3+20%C, fraturada Al2O3+20%C , fraturada 71 Nas amostras de alumina, sinterizadas durante intervalos de t e m p o de 1 , 3, 5, 7 e 10 h o r a s , o b t e v e - s e as m i c r o e s t r u t u r a s m o s t r a d a s nas Figuras 4.9, 4.10, 4 . 1 1 , 4.12, 4.13, respectivamente. d i s t r i b u i ç ã o de t a m a n h o s de g r ã o s o b s e r v a d a é m e l h o r A larga representada nos h i s t o g r a m a s p r o d u z i d o s pelo p r o g r a m a Q u a n t i k o v ' ^ ^ ^ A o m e s m o t e m p o q u e h o u v e o a u m e n t o do t a m a n h o dos g r ã o s , m o s t r a d o na T a b e l a 4 . 3 , h o u v e o a u m e n t o da d e n s i d a d e p a r a i n t e r v a l o s de t e m p o m a i o r e s de s i n t e r i z a ç ã o , c o m o m o s t r a d o na T a b e l a 4 . 2 . P o d e ser o b s e r v a d o q u e o s p o r o s se a g r u p a m e a u m e n t a m em t a m a n h o . Isso f o i v e r i f i c a d o nas F i g u r a s 4 . 1 1 e 4 . 1 2 , o n d e os p o r o s se a p r e s e n t a r a m m a i o r e s e m t a m a n h o em r e l a ç ã o aos p o r o s d a s F i g u r a s 4 . 9 e 4 . 1 0 . A p a r t i r d a s i m a g e n s o b t i d a s nas a m o s t r a s a n a l i s a d a s c o m M E V foi feita a apresentados quantificação nas de Figuras grãos que 4.14, 4.15, resulta nos 4.16, r e s p e c t i v a m e n t e , p a r a as a l u m i n a s s i n t e r i z a d a s d u r a n t e horas. histogramas 4.17 e 4.18 1 , 3, 5, 7 e 10 72 •\ccV Spot Magn , Dot WD I - _ . . . ••• 'ODkV-IO ."lOax Sh Kl i Alumimt) I llMÍni • • . • Figura 4.9 IVlicrografia da pastillia de AI2O3 sinterizada por 1 fiora Figura 4.12 Micrografia da pastillia sinterizada por 7horas ^^^^^^^^ AK.CV Spot Mdqr» ^•^•^r'O O kV 4 6 üet WU t ;^—Ij-^lüpm ? r > 0 0 x S F :' 10 2-:AIumin.i ^v- AccV , ' ~ ^ Figura 4.10 Micrografia da pastilha de AI2O3 sinterizada por 3 horas st ,.r.r.V Spot Maqn -: Dot Wl) 1 . h^^lO |ifn ir, o kV 4 O 9000X " MIX -10 í) AI203 SINTGH-- Figura 4.11 Micrografia da pastilha de AI2O3 sinterizada por 5 horas Spot M.iqri l'>()kV1(l IMKlx Dct ^Wl) I 1 10|im M|V I 1 o Al >0 i MNl 11)11 „ 22 Figura 4.13 Micrografia da pastilha de AI2O3 sinterizada por 10 horas 73 Para mínimo de a obtenção 235 e um dos histogramas máximo de 1074 foram grãos, processados dependendo t a m a n h o d o s g r ã o s . O t a m a n h o m é d i o de g r ã o s p a r a um do diferentes a m o s t r a s é m o s t r a d o na T a b e l a 4 . 3 . T a b e l a 4.3 V a l o r e s m e d i d o s de d i â m e t r o m é d i o equivalente grãos pelo e desvios padrão calculados de programa Quantikov 10 Tempo de sinterização (horas) Diâmetro médio de grãos (^im) 1,78±1,08 2,82+2,05 2,88±2,15 2,91±1,87 3,30±2,77 Qumtikoy 15 12 9 G 3 1 100 10 O i â m i t r o i (^m) F i g u r a 4.14 H i s t o g r a m a de d i s t r i b u i ç ã o de t a m a n h o de g r ã o na p a s t i l h a da a l u m i n a s i n t e r i z a d a por 1 h o r a Nos h i s t o g r a m a s das m i c r o g r a f i a s das a m o s t r a s s i n t e r i z a d a s durante 1 e 3 respectivamente, horas apresentados tem-se uma larga nas Figuras distribuição 4.14 de e 4.15 diâmetros, p o d e n d o ser o b s e r v a d o que para as a m o s t r a s s i n t e r i z a d a s por 3 h o r a s h o u v e a u m e n t o do n ú m e r o de g r ã o s c o m d i â m e t r o s de 5 a 10 u m . Os pastilha tamanhos sinterizada de grãos por 1 no hora histograma variaram da de distribuição 0,4 a 10,3 da (im, e n q u a n t o que nas p a s t i l h a s s i n t e r i z a d a s por 3 h o r a s v a r i a r a m de 0,5 a 14,4 u m . O h i s t o g r a m a da F i g u r a 4 . 1 5 i n d i c a um a u m e n t o na q u a n t i d a d e de g r ã o s e n t r e 5 e 10 |im. /y 15 12 9 6 3 1 1 1 Oiámitre§ F i g u r a 4.15 M H i s t o g r a m a de d i s t r i b u i ç ã o de t a m a n h o de g r ã o s na p a s t i l h a de a l u m i n a s i n t e r i z a d a por 3 h o r a s O histograma da F i g u r a 4.16 r e p r e s e n t a t a m a n h o s de g r a o s p a r a a p a s t i l h a s i n t e r i z a d a tamanhos de 100 10 grãos variaram de 0,44 a a distribuição de por 5 h o r a s . Os 11,1 |im. Houve um a u m e n t o de g r ã o s na f a i x a de 5 a 10 ^im. C e r c a de 9 % dos g r ã o s a p r e s e n t a r a m - s e c o m t a m a n h o menor q u e 2 [im, sinterização, enquanto que n e s s e t e m p o de no i n t e r v a l o de t e m p o de 3 h o r a s , 3 1 % dos g r ã o s a p r e s e n t a r a m t a m a n h o m e n o r que 2 | i m . 76 15 12 i. 3 6 100 DJâmitrõ§ (^m) Figura 4.16 Histograma de distribuição de tamanho de grãos da pastilha de alumina sinterizada por 5 horas Quanlifcov 15 12 3 6 I 1 l: g ;i í.:: IUI-.:.:^-:^-^L 1 10 100 Dlâmür@§ (^m) Figura 4.17 Histograma de distribuição de tamanho de grãos da pastilha de alumina sinterizada por 7 horas 77 QUIÍBLILTOY 15 12 9 6 TOO Dilmêtrei (^m) Figura 4.18 Histograma de distribuição de tamaniio de grãos da pastillia de alumina sinterizada por 10 horas No h i s t o g r a m a da F i g u r a 4.17 foi o b s e r v a d o o a u m e n t o q u a n t i d a d e de g r ã o s c o m d i â m e t r o s a c i m a de 6[im, da indicando o c r e s c i m e n t o de g r ã o s n e s s a f a i x a de t a m a n h o . E s s a t e n d ê n c i a não se m a n t e v e no h i s t o g r a m a da F i g u r a 4 . 1 8 , o n d e c e r c a de 1 7 % dos g r ã o s estão na f a i x a de 6 a 15 | i m . 78 4 . 3 Caracterização 4.3.1 TL R e p r o d u t i b i l i d a d e e c a l i b r a ç ã o individual dos T L D s A reprodutibilidade da r e s p o s t a TL nas p a s t i l h a s d e AI2O3 s i n t e r i z a d a s por 1, 3, 5, 7 e 10 h o r a s e dos T L D s foi determinada a p ó s i r r a d i a ç ã o na f o n t e d e ^°Co no i r r a d i a d o r c o n s t r u í d o no I P E N . Os T L D s f o r a m i r r a d i a d o s c o m uma d o s e a b s o r v i d a no ar de 50 m G y . Os T L D s 500 ( m o n o c r i s t a l i n o s ) t a m b é m f o r a m t e s t a d o s nas mesmas condições. condições idênticas individual e a As para medidas se foram determinar reprodutibilidade de sua feitas o dez fator vezes de resposta. sob calibração O fator de c a l i b r a ç ã o i n d i v i d u a l de c a d a T L D foi o b t i d o p e l o q u o c i e n t e e n t r e o v a l o r da e x p o s i ç ã o recebida nas 10 i r r a d i a ç õ e s e a média das r e s p o s t a s , p a r a e s t a s i r r a d i a ç õ e s . A r e p r o d u t i b i l i d a d e é d a d a , em termos percentuais, pelo desvio padrão o b t i d o s s ã o m o s t r a d o s na T a b e l a 4 . 4 . relativo. Os resultados 79 T a b e l a 4.4 Reprodutibilidade das pastilhas sinterizadas Material Densidade (g/cm') Diâmetro equiv. (m) Reprodutibilidade de resposta TL (%) A b O a í l h , 1650° C, ar) 3,73 1,78 3.5 AI2O3 (3h, 1650° C, ar) 3,76 2,82 3,0 AI2O3 (5h, 1650° C, ar) 3,80 2,88 8,4 AI2O3 (7h, 1650° C, ar) 3,80 2,91 9.6 AÍ2O3 (10h, 1650° C, ar) 3,88 3,3 29,3 TLD 500 1,72 Nas p a s t i l h a s de a l u m i n a u t i l i z a n d o - s e t e m p o s de 1 e 3 h o r a s de s i n t e r i z a ç ã o pode ser observado que a reprodutibilidade da emissão TL apresentou pequena alteração . O resultado obtido foi considerado aceitável para dosimetria TL. Com o aumento do t a m a n h o de g r ã o s era esperado uma m e l h o r a nas p r o p r i e d a d e s TL ' ^ l A m e l h o r a nas p r o p r i e d a d e s poderia ocorrer, maiores diminuem levando-se o número em de conta que tamanho interferências TL de grãos causadas pelos c o n t o r n o s de g r ã o s na r a d i a ç ã o . E s t u d o s d e m o n s t r a m q u e há u m a 80 melhora de e m i s s ã o TL relacionada a tamanhos crescentes de grãos No e n t a n t o , a p a r t i r dos t e m p o s de s i n t e r i z a ç ã o de 5 h o r a s , c o n s t a t o u - s e q u e a r e p r o d u t i b i l i d a d e das m e d i d a s TL das a m o s t r a s piora, contrariando o comportamento esperado com a u m e n t o do t a m a n h o de g r ã o s . Um dos m e c a n i s m o s de s i n t e r i z a ç ã o no e s t a d o s ó l i d o é o de m o v i m e n t a ç ã o da m a s s a por meio de a n i q u i l a ç ã o de v a c â n c i a s no m a t e r i a l , e s s e e f e i t o foi mais s i g n i f i c a t i v o do q u e o a u m e n t o no t a m a n h o de grão e o que se p o d e o b s e r v a r foi uma piora c r e s c e n t e na r e p r o d u t i b i l i d a d e das m e d i d a s TL c o m m a i o r e s t e m p o s de s i n t e r i z a ç ã o . 4.3.2 C u r v o s de E m i s s ã o T L As curvas de p a s t i l h a s de a l u m i n a emissão TL sinterizada foram por obtidas irradiando-se 1 e 3 h o r a s com as radiação gama do ^°Co, c o m uma d o s e a b s o r v i d a no ar de 50 m G y . O pico p r i n c i p a l de e m i s s ã o ou pico d o s i m é t r i c o para e s t e s m a t e r i a i s foi o b t i d o a c e r c a de 2 0 0 ° C . A curva mostrada na F i g u r a 4 . 1 9 foi obtida para a p a s t i l h a s i n t e r i z a d a por 1 h o r a . As c u r v a s o b t i d a s são s i m i l a r e s às c u r v a s e n c o n t r a d a s para a alumina monocristalina na literatura apresentando o pico 81 d o s i m é t r i c o na m e s m a p o s i ç ã o , i n d i c a n d o que p o d e ser a s s o c i a d o ao m e s m o t i p o de d e f e i t o no c r i s t a l . o 50 100 150 200 250 3œ 350 TEMPERATURA (°C) Figura 4.19 Curva de emissão da alumina sinterizada por 1 hora a 1650°C, irradiada com uma dose absorvida no ar de 0,05 Gy 4.3.3 Curva de Resposta T L em Função da Dose As pastilhas sinterizadas de AI2O3 por 1 e 3 horas foram e x p o s t a s à r a d i a ç ã o g a m a do ^°Co no i n t e r v a l o de 0,01 a 100 Gy. Os r e s u l t a d o s o b t i d o s p a r a as p a s t i l h a s 3 horas s i n t e r i z a d a s por 1 e são m o s t r a d o s na F i g u r a 4 . 2 0 . F o r a m u t i l i z a d a s quatro a m o s t r a s de c a d a m a t e r i a l p a r a e s t e e s t u d o , s e n d o q u e c a d a p o n t o e x p e r i m e n t a l ( d o s e ) r e p r e s e n t a a m é d i a das l e i t u r a s . 82 lOOOOf 1000 100 10 as 3 Sinterizada por 1 hora Sinterizada por 3 horas I- o Q. m 01 0,1 1 10 Dose Absorvida (Gy) 100 1000 Figura 4.20 Resposta TL em função da dose de ^ C o absorvida no ar para as pastilhas de AI2O3 sinterizadas por 1 e 3 horas Na F i g u r a 4 . 2 0 para as amostras observa-se de AI2O3 um c o m p o r t a m e n t o em f u n ç ã o da dose supralinear absorvida. As i n c e r t e z a s a s s o c i a d a s às m e d i d a s f o r a m de no m á x i m o de 1 1 , 0 % . Obteve-se sinterizadas expostas também a resposta TL das em f u n ç ã o da d o s e a b s o r v i d a , a fótons do a c e l e r a d o r linear pastilhas quando modelo de AI2O3 estas foram Clinac 600C. O r e s u l t a d o o b t i d o é m o s t r a d o na F i g u r a 4 . 2 1 . F o r a m u t i l i z a d a s t r ê s amostras de cada condição de sinterização para este estudo, s e n d o q u e c a d a p o n t o r e p r e s e n t a a m é d i a das l e i t u r a s . O i n t e r v a l o de d o s e s a b s o r v i d a s u t i l i z a d o foi de 0,25 a I G y . O b s e r v a - s e comportamento supralinear em função da dose um absorvida, 83 s e m e l h a n t e ao r e s u l t a d o o b t i d o a n t e r i o r m e n t e , s e n d o as i n c e r t e z a s associadas calibração às foi medidas feita de contra no uma máximo câmara c a l i b r a d a nas c o n d i ç õ e s de r e f e r ê n c i a radioterapia. O campo de 13%. de Esta ionização curva de cilíndrica para f e i x e s de f ó t o n s irradiação é de 10x10 cm^, de na p r o f u n d i d a d e de " b u i l d - u p " de a c r í l i c o de 1,3 cm e d i s t â n c i a f o c o s u p e r f í c i e de 100 c m . 100 Sinterizado por 1 hora êinterizãdõ por 3 horas 50 (O ë a. ^ 20 10^ 0,1 0,2 0,5 Dose Absorvida (Gy) Figura 4.21 Resposta TL em função da dose absorvida no ar para as pastilhas sinterizadas de AI2O3 irradiadas no acelerador Clinac 600C do Hospital das Clínicas 4.3.4 becaímento Térmico As pastilhas irradiadas com de AI2O3 s i n t e r i z a d a s uma dose absorvida de por 50 1 e 3 horas mGy (®°Co), foram e o d e c a i m e n t o t é r m i c o foi e s t u d a d o até 6 0 d i a s a p ó s a i r r a d i a ç ã o . A 84 r e s p o s t a T L a p r e s e n t o u um d e c r é s c i m o de 6 , 0 % a p ó s 3 h o r a s da irradiação, e 15,0% após 24 horas. Após mais dois dias da i r r a d i a ç ã o f o i o b s e r v a d o um d e c a i m e n t o de 1,5%. 4.3.5 L i m i t e Mínimo Detectável O l i m i t e m í n i m o d e t e c t á v e l foi d e t e r m i n a d o e s t u d a n d o - s e a v a r i a ç ã o na r e s p o s t a T L de p a s t i l h a s não i r r a d i a d a s . A s p a s t i l h a s não i r r a d i a d a s f o r a m m e d i d a s 10 v e z e s , s e m p r e s o b as mesmas condições 400 experimentais, isto é, tratamento térmico a °C durante 1 hora, seguindo-se a leitura TL. Define-se o limite mínimo detectável como sendo leitura d a s p a s t i l h a s igual a três vezes o desvio padrão da não i r r a d i a d a s . Para as p a s t i l h a s de AI2O3 s i n t e r i z a d a s por 1 e 3 h o r a s o v a l o r e n c o n t r a d o f o i de I m G y . 4.3.6 Dependência Energética O e s t u d o da d e p e n d ê n c i a e n e r g é t i c a f o i f e i t o i r r a d i a n d o - s e as a m o s t r a s de a l u m i n a s i n t e r i z a d a por 1 hora c o m f e i x e s de r a i o s - X para R a d i o t e r a p i a , no ar, à d i s t â n c i a de 50 cm raios-X. Os resultados Pode-se observar obtidos são um i n c r e m e n t o do f o c o do t u b o de mostrados na Figura 4.22. da r e s p o s t a T L e m f u n ç ã o e n e r g i a da r a d i a ç ã o , s e n d o a d e p e n d ê n c i a e n e r g é t i c a de 5 8 % . da 85 16 18 2D 22 Energia (keV) Figura 4.22 Dependência energética das pastilhas de alumina sinterizada por 1 hora com radiação X, nível Radioterapia O e s t u d o da d e p e n d ê n c i a utilizando-se feixes 18 um MeV de de e n e r g é t i c a foi t a m b é m realizado e l é t r o n s de 6 a 20 M e V , e f ó t o n s de 6 e acelerador linear. Os resultados obtidos m o s t r a d o s nas T a b e l a s 4 . 5 ( a ) e 4 . 5 ( b ) r e s p e c t i v a m e n t e . são 86 T a b e l a 4.5(a) Dependência energética das pastilhas de alumina para elétrons, irradiações feitas no Hospital das Clínicas. Resposta TL (u.a.) Energia (MeV) T a b e l a 4.5(b) AI2O3 sinterizada por 1 hora AI2O3 sinterizada por 3 horas 6 32,68 ±0,14 36,31 ± 0 , 0 7 9 45,40 ± 0,07 43,23 ± 0,06 13 46,73 ± 0 , 1 9 44,48 ± 0,09 17 46,10 ±0,19 47,23 ± 0,09 20 48,40 ±0,14 47,72 ± 0,07 Dependência energética das pastilhas de alumina para fótons de 6 e 18 MeV, irradiações no Hospital das Clínicas. Energia (MeV) Resposta TL (u.a.) AI2O3 sinterizada por 1 hora AI2O3 sinterizada por 3 horas Q 47,35 ±0,35 41,45 ± 0 , 2 1 18 39,56 ±0,05 39,79 ± 0 , 1 3 87 Observa-se energia um aumento da resposta dos e l é t r o n s . A d e p e n d ê n c i a TL energética em função da é mostrada na tabela 4.5(a). Para as m e d i d a s r e a l i z a d a s com f ó t o n s o m a t e r i a l a p r e s e n t o u uma d i m i n u i ç ã o de d e p e n d ê n c i a com o a u m e n t o da e n e r g i a . A d e p e n d ê n c i a da e m i s s ã o T L o b s e r v a d a c o m f ó t o n s f o i d e c r e s c e n t e para e n e r g i a s m a i o r e s e t a m b é m d e c r e s c e n t e c o m m a i o r e s t e m p o s de s i n t e r i z a ç ã o . Os r e s u l t a d o s o b t i d o s são m o s t r a d o s na T a b e l a 4.5(b). 88 5 CONCLUSÕES O m é t o d o de o b t e n ç ã o e as c o n d i ç õ e s e x p e r i m e n t a i s utilizadas p a r a as p a s t i l h a s de a l u m i n a c o m a d i ç õ e s de g r a f i t e não f o r a m adequados para obter a dopagem da alumina, c o n s e q u e n t e m e n t e não a p r e s e n t o u p r o p r i e d a d e s d o s i m é t r i c a s . As c o n d i ç õ e s e x p e r i m e n t a i s u t i l i z a d a s p a r a a s i n t e r i z a ç ã o das p a s t i l h a s de a l u m i n a p e r m i t i r a m a o b t e n ç ã o de p a s t i l h a s com alta densidade relativa e com uma larga distribuição de t a m a n h o s de g r ã o . A v a r i a ç ã o de t e m p o de s i n t e r i z a ç ã o de 1 a 10 horas alumina a de 1650°C 1,78^m, levou a tamanhos 2,82|am, médios 2,88|am, de 2,91|am grãos e de 3,3^m respectivamente. M e d i d a s de r e p r o d u t i b i l i d a d e da e m i s s ã o TL d a s p a s t i l h a s alumina sinterizadas em diferentes tempos mostraram a q u e l a s s i n t e r i z a d a s por 1 e 3 h o r a s a p r e s e n t a r a m de que resultados s a t i s f a t ó r i o s p a r a d o s i m e t r i a . As p a s t i l h a s s i n t e r i z a d a s por 3, 7 e 10 horas m o s t r a r a m b a i x a r e p r o d u t i b i l i d a d e da r e s p o s t a T L , p i o r a n d o c o m o a u m e n t o do t e m p o de s i n t e r i z a ç ã o . 89 • A c u r v a de e m i s s ã o T L das p a s t i l i í a s d e a l u m i n a sinterizada a p r e s e n t a p i c o p r i n c i p a l de e m i s s ã o e m t o r n o de 2 0 0 ° C , ou s e j a , na m e s m a p o s i ç ã o do pico de a l u m i n a m o n o c r i s t a l i n a . • As pastilhas de alumina sinterizadas apresentaram um comportamento por supralinear 1 e em 3 horas, relação à r e s p o s t a TL na f a i x a de 0,01 a lOOGy. • As pastilhas de alumina sinterizadas por 1 e 3 horas apresentam uma forte dependência energética maior que 50%. • A piora nas características dosimétricas das pastilhas s i n t e r i z a d a s a 1 6 5 0 ° C para i n t e r v a l o s de t e m p o s u p e r i o r e s a 3 horas é a t r i b u i d a à c o n s t a n t e a n i q u i l a ç ã o de v a c â n c i a s da rede da a l u m i n a , a n u l a n d o o p o s s í v e l e f e i t o b e n é f i c o do a u m e n t o do t a m a n h o de g r ã o . 90 6 REFERENCIAS 1. 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