Participantes:Marisa
Grigpletto
(PUC-SP)
Maria Jose Coracini (PUC-SP)
Rosemary Arrojo (UNICAMP)
Kanavillil Rajagppalan
(UNICAMP)
o
grupo de trabalho "DesconstruQio
terior (Lorena, 1989) havia se dedicado
e Linguagem", que no encontro an-
as questOes
do signo e do sujeito,
examina agpra as implicaQOes da reflexao desconstrutivista
para a questao
do significado. Rosemary Arrojo discute a localizaQio do significado segundo a otica logpcentrica:
0
significado instalado no texto e nas inten-
90es do autor, exterior ao leitor e ao contexto de leitura. A partir da
concepQio saussuriana do signa arbitrario, a reflexao desconstrutivista
d1mensiona a origem do significado,
transferindo-a
90es que organizam a sociedade e a cultura.
vista de que nao ~
A
r~
para a trama de conven-
luz da proposta desconstruti
realidade que nao seja aquela criada no interior da
l1nguagem, Marisa Grigpletto tamDem discute
0
lugar do significado e a con~
titui9ao do sentido, tendo como objeto de analise modelos psicolingUlsticos, psicolegicos e sociais de leitura. Maria Jose Coracini discute a questao do significado e da autoria no discurso de divulgaQio cientIfica, apoiando-se numa serie de conceitos tradicionalmente
difundidos por lingUls-
tas, conceitos esses pautados no racioclnio dicotOmico, que veem a divulgaQio como sendo re-enunciaQio
gando-a
a
secundaridade,
da simples repeti9ao de
de
urn
discurso pr1meiro, origi~io,
ao lugar desprestigioso
urn
rele-
do comum, popular, vulgar,
sentido pr1meiro. Finalmente, Kanavill11 Raja-
gppalan examina alguns textos de f11osofia e detecta gennes do pensamento
desconstrutivista
desses com
urn
em f11osofos como Kant e Frege, promovendo
dos expoentes da reflexao contemporanea,
urn
encontro
Michel Foucault.
deverao ser expressoes de LI; e, em terceiro lugar, devera ser possivel,
partir das caracteristicas
a
de LI, rever regras e principios da sintaxe.
Esse modelo "hibrido" poderia ficar assim: a gramatica
chomskiana
nos da a estrutura sintatica das expressoes da lingua natural, isto e,
as-
socia cada senten~a da LO com uma Estrutura-S. Como isso, obtemos a
lingua
natural desambigUizada
seman-
tica chomskiana,
LO. 0 algoritmo de tradu~ao (a interpreta~ao
se quiserem) associa as senten~as de LD com
de LI e a semantica de Montague atribui uma interpreta~ao
as
senten~as
semantica em ter-
mos de condi~oes de verdade a cada senten~a de LI/LO/LO.
Na medida em que Chomsky esteja levando em considera~ao
questoes
semanticas na formula~ao de suas regras e principios -- 0 que parece
ocor-
rer, embora nao explicitamente -- tanto mais facil sera compatibilizar
as
duas propostas, obtendo como resu1tado um modelo lingUistico muito mais interessante para 0 tratamento das linguas naturais.
VI
Nao sao muitos os trabalhos a disposi~ao de quem quiser saber
sobre a Gramatica de Montague. Algumas indica~oes, no entanto, saD
veis. Em DOWTY, WALL e PETERS (1981) encontramos uma introdu~ao
completa e re1ativamente
mais
possi-
bastante
simples ao pensamento de Montague; MULLER
(1989)
traz uma introdu~ao bastante acessive1 ao projeto gera1 da gramatica
de
Montague nos dois primeiros capitu10s, a tentativa de apresenta~ao do mecanismo teorico, no entanto,
ciados. STEGHULLER
e
de dificil compreensao por parte dos nao
(1977:33-52) e HULLER (1987) ignoram os aspectos
initecni-
cos da teoria e prendem-se a seus fundamentos, resu1tando em abordagens introdutorias de cunho mais "fi10sofico" bastante interessantes
sejar compreender as motiva~oes que subjazem
DOWTY, D., WALL, R. & PETERS, S.
tics. Dordrecht: D. Reidel.
2
1981.
a
para quem de-
Gramatica de Montague.
Introduction
to Montague Seman-
LYONS, J. 1968. Introduction to Theoretical Linguistics.
Cambridge:
Cambridge University Press (traduzido para 0 portugues como Introdusao
LingUistica Teorica, Sao Paulo: Editora Naciona1/EDUSP, 1979).
a
3
4
5
MULLER, A.L.P. 1987.
tiba, 4:32-43.
--a-um
Sobre a Gramatica de Montague.
Fragmenta,
Curi-
1989. Um Estudo sobre a Gramatica de Montague e sua Ap1icasao
Fragmento do Portugues. Disserta~ao de Mestrado, UFPR.
STEGMULLER, W. 1977. A Fi10sofia Contemporanea:
vol. 2. Sao Pau1~:EPu/EDUSP.
IntroduSao Critica,
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Participantes:Marisa Grigpletto (PUC-SP) Maria Jose Coracini