ISSN 1808-2645
Foto. Stockxpert
Ano 09 - Edição nº 56 - Mar/Abr/2008 - Publicação Bimestral - Conselho Regional de Psicologia do Paraná
sumário
contato
expediente
contatoeditorial
ética
conselho
contatoinquietações
psicólogodasilva
Relatório Comunicação
notasgerais
contatoartigo
Mídia e violência
contatoartigo
Participação e ética na
Avaliação Psicológica
capa
matéria
Mídia e a construção
da subjetividade
matériacontato
Sistema Conselhos em favor da
democratização da comunicação
contato
entrevista
Classificação Indicativa:
Censura ou proteção?
artigo
contato
Bioética: uma área
transdiciplinar
contatoartigo
O poder da imagem televisiva
na construção da subjetividade
artigo
contato
IJPR promove simpósio
para discutir Psicologia Analítica
inscritos
novos
O CRP-08 dá as boas-vindas
aos novos inscritos
de janeiro e fevereiro de 2008
agenda
contato
Diretoria
- Presidente: João Baptista Fortes de Oliveira
- Vice-Presidente: Rosangela Lopes de Camargo Cardoso
- Secretária: Marilda Andreazza dos Anjos
- Tesoureiro: Celso Durat Junior
Conselheiros
Adriana Tié Maejima, Anaides Pimentel S. Orth, Beatriz Dorigo, Celso Durat Junior, Denise
Matoso, Dionice Uehara Cardoso, Eugenio Pereira Paula Junior, João Baptista Fortes de Oliveira,
Maria Elizabeth Haro, Maria Sezineide Cavalcante de Mélo, Márcia Regina Walter, Mariana P.
Bacellar, Marilda Andreazza dos Anjos, Marina Pires Machado, Rosangela Lopes de Camargo
Cardoso, Rosângela Maria Martins e Rosemary Parras Menegatti.
Subsedes
- Londrina
Avenida Paraná, 297- 8° andar - sala 801 e 802 - Ed. Itaipu - CEP 86010-390
Fone: (43) 3026-5766/ (43) 8806-4740
Conselheira: Denise Matoso
e-mail: [email protected]
- Maringá
Avenida Mauá, 2109 - sala 08 - CEP 87050-020
Fone: (44) 3031-5766/ (44) 8808-8545
Conselheira: Rosemary Parras Menegatti
e-mail: [email protected]
- Umuarama
Rua Rui Ferraz de Carvalho, 4212 - CEP 87501-250
Fone: (44) 3055-4119/ (44) 8808-8553
Conselheira: Rosângela Maria Martins
e-mail: [email protected]
- Cascavel
Rua Paraná, 3033 - sala 41 - CEP 85810-010
Fone: (45) 3038-5766/ (45) 8808-5660
Conselheira: Marina Pires Machado
Coordenadora: Lenita T. Sturm da Veiga
e-mail: [email protected]
Representações Setoriais
- Campos Gerais
Representante setorial efetivo: Marcos Aurélio Laidane - Fone: (41) 8802-0949
Representante suplente: Lúcia Wolf
- Campo Mourão
Conselheira: Maria Sezineide Cavalcanti de Mélo – Fone: (44) 8828-2290
Representante suplente: Patrícia Rohering Domingues dos Santos
- Guarapuava
Representante efetiva: Egleide Montarroyos de Mélo - Fone: (42) 8801-8948
Representante suplente: Tânia Mansano
- Foz do Iguaçu
Representante efetiva: Mara Julci K. Baran - Fone: (45) 8809-7555
Representantes suplentes: Gláucia E. W. de Souza e Dayse Mara Bertoldi
- Sudoeste
Representante efetiva: Maria Cecília M. L. Fantin - Fone: (46) 8822-6897
Representante suplente: Geni Célia Ribeiro
- Norte Pioneiro
Representante efetiva: Sônia Maria Barone Lopes Fone: (43) 8809-7555
Representante suplente: Nucinéia Aparecida de Oliveira
- Litoral
Representante efetiva: Karin Bruckheimer - Fone: (41) 8848-1308
Representante suplente: Alan Mansano
- Paranavaí
Representante efetiva: Carla Christiane Amaral Barros Alécio – Fone: (44) 8828-2289
Representante suplente: Cláudia Lucio Chaves
- União da Vitória
Representante: Elizabeth Ulrich - Fone: (42) 8802-0714
Produção
Contato: informativo bimestral do Conselho Regional de Psicologia 8 - Região. (ISSN - 1808-2645)
Avenida São José, 699 - CEP 80050-350 - Cristo Rei - Curitiba - Paraná
Fone: (41) 3013-5766. Fax: (41) 3013-4119
Site: www.crppr.org.br / e-mail: [email protected]
Tiragem: 10.000 exemplares.
Impressão: Maxigráfica e Editora Ltda.
Jornalista Responsável: Kelly Ayres (6186/DRT-PR)
Projeto Gráfico: RDO Brasil - (41) 3338-7054 - www.rdobrasil.com.br
Designer Responsável: Leandro Roth - Diagramação: Cristiane Borges.
Ilustração (Psicólogo da Silva): Ademir Paixão
Preço da assinatura anual (6 edições): R$ 20,00
Os artigos são de responsabilidade de seus autores,
não expressando, necessariamente, a opinião do CRP-08.
contatoeditorial
A mídia hoje é parte de nosso cotidiano. Dificilmente olha-se para um local e não se vê algo ligado à
mídia. São propagandas espalhadas em outdoors e cartazes
por toda a cidade, televisores em diferentes ambientes da
casa ou do trabalho, acesso à internet nos mais diversos
locais, jornais e revistas sobre tudo e para todos. Em quase
tudo, senão em tudo, a mídia está presente.
O que pretendemos com esta edição da revista
Contato é debater o efeito da mídia na subjetividade das
pessoas. Para tanto, foram entrevistados psicólogos e
profissionais da área da comunicação. Apresentamos
ainda um movimento em que o Sistema Conselhos de
Psicologia está inserido, o movimento a favor da
Democratização da Comunicação.
A pergunta que vários especialistas e estudiosos
vem tentando responder é: se a mídia está presente em
tudo, qual é seu impacto na vida das pessoas? As
posições sobre o assunto são as mais variadas possíveis.
Queremos alertar para a necessidade e a mobilização da categoria nessa discussão. A comunicação é mais
um importante espaço em que o psicólogo pode e deve se
envolver.
ética
conselho
Edital de Censura Pública
O Conselho Regional de Psicologia - 8a Região, em obediência ao disposto na Lei no 5.766/71, Decreto nº 79.822/77 e Código
de Processamento Disciplinar, pelo presente Edital torna pública a decisão deste Conselho Regional de Psicologia 8ª Região
juntamente com o Conselho Federal de Psicologia no Processo Ético Disciplinar no 003/2003 em aplicar a pena de CENSURA
PÚBLICA à Psicóloga IDETE JOSEFINA FERREIRA CRP-08/00599 por infração aos seguintes artigos do Código de Ética
Profissional dos Psicólogos: Artigo 2º - É vedado ao psicólogo: alínea “j” “Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo com o atendido, relação que possa interferir negativamente nos objetivos dos serviços prestados”; e
Artigo 9º - “É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade
das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional”. Curitiba, 26 de fevereiro de 2008. Psic.
João Baptista Fortes de Oliveira CRP-08/00173 - Conselheiro Presidente.
contatoinquietações
Denise Matoso (CRP-08/2416)
Conselheira
Existe um sentimento de angústia extremo quando é feita uma
análise das condições de trabalho dos psicólogos no atendimento à população que não tem acesso ao consultório. Alguns profissionais já estão
neste tipo de atendimento há muitos anos e aprenderam na prática a
dificuldade existente, tendo que partir para a busca pessoal com cursos, supervisões e grupos de estudos que lhes fornecessem
condições de trabalho com a qualidade necessária e que não foi
feito durante a graduação.
A formação ainda não fornece embasamento suficiente para que o profissional consiga dar conta dos resultados gerados pela expectativa em relação ao nosso trabalho. E
a demanda está cada vez maior. As universidades têm apresentado grande interesse nesta formação, porém tem sido
um interesse insuficiente para a necessidade do momento.
Um outro aspecto importante é a falta de comprometimento do profissional quanto à sua participação em
todo o processo político envolvido no futuro de nossa inserção
no mercado de trabalho.
Mesmo em relação aos profissionais
que estão trabalhando dentro das políticas
públicas, tem-se notado que a participação
nos Conselhos de Controle Social e nas
Conferências (municipais, estaduais e nacionais) está muito aquém do mínimo esperado. A
participação nas Conferências é de vital importância quando se pensa que quase todas as resoluções a respeito de como, onde e quantos profissionais serão inseridos são tomadas através das deliberações dessas Conferências. Não é necessário que estejamos
trabalhando com políticas públicas para participar deste movimento, mas sim o fato de querermos melhorar o futuro de nossa
profissão. Para isto é necessário que o profissional psicólogo esteja engajado com as lutas pertinentes à nossa profissão.
Algumas classes profissionais mais novas do que a
nossa já conseguiram feitos grandes como piso salarial, jornada de trabalho e inserção em vários projetos governamentais
através de sua mobilização.
Há de haver um tempo no nosso dia para que pensemos a
esse respeito, é só querer.
psicólogodasilva
Por Tonio Luna (CRP-08/07258)
relatório
Comunicação
O carro faz a curva e quase voa João. Eu seguro a porta para não abrir e não encosto no banco para não quebrar.
Uma galinha cruza a frente do carro e Deisy começa a gritar. Raphael mergulha e acha uma chave em pleno mar.
Guilhermino descobre o monumento a José Marti. Assim aconteceram algumas cenas brasileiras na terra de Fidel.
Conversávamos animadamente, sem nenhuma censura, a cada dez passos. Não era assim com o povo local. Castrados
e embargados de suas necessidades básicas, perambulavam entre uma depressão e outra, tais como cães e gatos destituídos
de suas cordas vocais. Lá e aqui faz-se necessária uma Psicologia que avalise o direito subjetivo de se comunicar.
Dedicado a todos “los compañeros” da aventura Cubana.
contato 07
gerais
notas
Aprovados no concurso do CRP-08
O que acontece nas subsedes
Os aprovados no concurso do CRP08 já estão sendo convocados para preenchimento das 11 vagas de admissão imediata.
Eles passarão por treinamento e logo começarão em suas funções. A relação completa
dos aprovados está disponível no site
www.quadrix.org.br/crppr.aspx.
Londrina
São três novos funcionários como
orientador fiscal trainee (com jornada de
trinta horas semanais), um gestor de informação (com jornada de 40 horas semanais)
e sete como auxiliar administrativo financeiro (com jornada de 40 horas semanais).
Há ainda 40 vagas para cadastro reserva. As
oportunidades são para as cidades de
Cascavel, Curitiba, Londrina e Maringá.
Plenárias nas subsedes
Algumas plenárias do CRP-08 serão
realizadas nas sedes no interior do Estado.
No dia 31 de maio, Umuarama receberá o
Plenário. Em seguida, Maringá, no dia 19 de
julho, e depois Cascavel, no dia 18 de outubro. Os encontros são sempre aos sábados,
a partir das 9h, no endereço das subsedes.
CRP-08 faz parceria para
realização de evento
No dia 29 de março aconteceu, em
Londrina, o módulo II dos Estudos
Analíticos Comportamentais com o tema
“Manejo de Comportamentos Difíceis de
Crianças, em Sala de Aula”, ministrado pela
psicóloga Jaíde Regra (CRP/06-00825). O
evento foi realizado pelo Instituto de
Psicoterapia e Análise do Comportamento
em parceria com o CRP-08.
O módulo teve como público-alvo
profissionais e estudantes de Psicologia e
Educação, de Londrina e região.
Reunião em Arapongas
No dia 1° de março, a conselheira
Denise Matoso (CRP-08/02416), responsável pela subsede de Londrina, participou
de uma reunião com psicólogos do município de Arapongas. Participaram da reunião
22 psicólogos.
Plenária em Londrina
No dia 15 de março foi realizada
uma Plenária em Londrina. A reunião aconteceu na própria subsede.
No dia anterior, 14 de março, os
psicólogos também puderam assistir o
workshop “Paixão, Ternura e Amor” ministrado pela vice-presidente do Conselho,
Rosangela Lopes de Camargo Cardoso
(CRP-08/01520). O encontro também foi
realizado na subsede de Londrina.
Visita ao Hospital Psiquiátrico
do Vale do Ivaí
No dia 6 de março, a conselheira
Denise Matoso visitou o Hospital Psiquiátrico do Vale do Ivaí, que fica em
Jandaia do Sul. Denise comentou que o
hospital tem um ótimo funcionamento e
que o trabalho dos psicólogos é realizado
dentro de todas as especificações vigentes.
todo mês pela subsede de Maringá, que
tem como finalidade discutir a psicologia e
suas ramificações. Os encontros acontecem sempre às 20 horas na Biblioteca
Municipal de Maringá, na Av. XV de
Novembro, 514. No dia 12 de março foi
realizado o primeiro encontro de 2008 com
o tema Relações Parentais, ministrado pelo
psicólogo Alex Gallo. Mais de 100 convidados participaram do Falando Sobre.
Programação
- Data: 09/04/2008
- Tema: Vínculos entre casais
- Psic. Elizabeth Regina Maio
de Siqueira (CRP-08/01886)
- Apresentação Comissão de Avaliação
Psicológica Cristina Di Benedetto
(CRP-08/04609)
- Data: 14/05/2008
- Tema: Método Simonton “Tratamento
das emoções para a cura do câncer”
- Psic. Alessandra Herranz Gazquez
(CRP-08/07526)
- Apresentação Comissão de
Psico Oncologia
- Data: 11/06/2008
A confirmar.
- Data: 13/08/2008
- Tema: Violência Doméstica: aspectos
psicológicos, contexto familiar e ações
do Conselho Tutelar
- Psic. Rute Grossi Milani
(CRP-08/05806)
- Apresentação Comissão de Clínica:
Vanessa Bonissoni (CRP-08/12609) ou
Vanessa Scatambulo (CRP-08/11686)
Maringá
Falando Sobre
Plenária em Londrina.
08 contato
No dia 9 de abril acontece o segundo encontro do Falando Sobre. O encontro
terá como tema os “Vínculos entre casais”,
ministrado pela psicóloga Elizabeth
Regina Maio de Siqueira (CRP-08/01886).
O Falando Sobre é um evento realizado
- Data: 10/09/2008
- Tema: Avaliação e acompanhamento
psicológico na cirurgia da obesidade:
é realmente necessário!
- Psic. Cristina Di Benedetto
(CRP-08/04609)
- Apresentação Comissão de Avaliação
- Psicológica: Jhainieiry
Cordeiro Famelli (CRP-08/05607)
Foto. Alaa Hamed
- Data: 08/10/2008
A confirmar.
- Data: 12/11/2008
- Tema: A participação do psicólogo
no acompanhamento de políticas
públicas Controle Social
- Psic. Solange Marega (CRP 08/04415)
- Apresentação Comissão de Saúde
Umuarama
No dia 5 de março foi realizada
na Subsede de Umuarama a entrega da
Cédula de Identidade Profissional (CIP).
Receberam o documento as profissionais:
Sergia Larissa Fritiz (CRP-08/13331),
Samantha de Farias Becegato (CRP08/13341), Giuliane Oliveira dos Santos
(CRP-08/13340), La rissa de Oliveira
Gonçalves (CRP-08/13339), Camila Orlandini (CRP-08/13338), Gessyca Santos
(CRP-08/13337), Raquel Dias da Silva
(CRP-08/13333), Ana Lucia Silveira
(CRP-08/13332), Taise Sgnorini (CRP08/13336), Leila Cavernagui Cordeiro
(CRP-08/13335), Ana Paula Godoi
(CRP-08/13334), Juliana Marques Meirinho (CRP-08/13231), Jaqueline Fachinetti da Silva (CRP-08/13444), Diovana
Diesel (CRP-08/13504) e Thais de Nigro
Bastos (CRP-08/13440).
Também estão programadas para a
subsede de Umuarama quatro palestras
entre abril e julho deste ano.
está
em fase de conclusão. A
subsede deverá reabrir no final de abril, até
lá o atendimento ao público se concentrará
na sede em Curitiba ou pelos telefones (41)
3013-5766 / (45) 3038-5766.
A conselheira Marina Pires Alves
Machado (CRP-08/10216) continua assessorando a subsede, mas não ocupa cargo
administrativo. O CRP-08 agradece a compreensão de todos e está à disposição para
qualquer esclarecimento.
O que acontece nas
Representações Setoriais
União da Vitória
No dia 23 de fevereiro, o presidente do CRP-08, João Baptista Fortes
de Oliveira (CRP-08/00173), esteve presente em um encontro na Universidade
de União da Vitória (UNIUV) para dar as
boas vindas aos novos inscritos e esclarecer sobre o funcionamento do CRP08. Participaram do encontro 22 pessoas.
Após a reunião, foi realizada confraternização.
O presidente do CRP-08, a representante setorial Elizabeth Ulrich (CRP08/02562) e uma das psicólogas recémformadas, participaram de uma entrevista
na TV local Mileniun. A entrevista versou sobre o mercado de trabalho e sobre
o Conselho, abordando principalmente as
representações setoriais.
Patrícia
Roherig Domingues dos Santos
(CRP-08/04858) como suplente.
Paranavaí
No dia 26 de fevereiro, foram
eleitos os novos representantes setoriais
de Paranavaí. Foi reeleita como efetiva a
psicóloga Carla Christiane Bavia Amaral
Barros (CRP-08/06111) e eleita como
suplente Cláudia Lucio Chaves (CRP08/06368). As reuniões do setor serão
realizadas na primeira sexta-feira do
mês, às 15h30.
Foz do Iguaçu
No dia 29 de fevereiro, o presidente do CRP-08, João Baptista Fortes
de Oliveira, esteve presente no encontro
da Representação Setorial de Foz do
Iguaçu. No mesmo dia foram eleitos os
representantes do setor. A psicóloga
Mara Julci K. Baran (CRP-08/02832) foi
escolhida como efetiva e, conforme sugestão durante a reunião, foram escolhidas duas suplentes: Gláucia E.W.de
Souza (CRP-08/09243) e Dayse Mara
Bertoldi (CRP-08/04893).
Litoral
Também no dia 29 de fevereiro,
no salão nobre da Prefeitura Municipal
de Matinhos, foi realizada a eleição dos
Conselheira Rosângela Martins
entregando CIP.
Cascavel
A subsede de Cascavel encontra-se
fechada temporariamente. As atividades
retornarão normalmente após a contratação
de servidores públicos via Concurso, que
Campo Mourão
representantes setoriais do Litoral. A
vice-presidente do CRP-08, Rosangela
Também no dia 23 de fevereiro, a
Lopes de Camargo Cardoso, participou
representação setorial de Campo Mourão
da reunião. A conselheira Karin Bru-
realizou reunião. Um dos assuntos foi a
ckheimer (CRP-08/03984) foi reeleita
eleição para representantes, sendo reelei-
como efetiva e, como suplente foi eleito
ta Maria Sezineide Cavalcante de Mélo
o psicólogo Alan Mansano (CRP-
(CRP-08/03183) como efetiva e eleita
08/10157), de Pontal do Paraná.
contato 09
O público era composto de
PAAP
Campos Gerais
acadêmicos do 1°, 3°, 5° e 7° períodos,
Nos dias 12 e 13 de abril será
além de professores, que foram recep-
As
reuniões
da
setorial
de
realizado o Programa de Atualização em
cionados pela coordenadora do curso,
Campos Gerais acontecem nas últimas
Avaliação Psicológica (PAAP). O evento
Carla Baumer. As representantes fizeram
quartas-feiras de cada mês, às 17 h, no
acontecerá no Núcleo Regional de
uma apresentação sobre o CRP, abordan-
Centro Médico Psicológico e Social - R.
Educação em Paranaguá e será realizado
do a criação, composição, estrutura e
Julia Wanderley, 980, em Ponta Grossa,
em conjunto com a Comissão de Ava-
funcionamento. Foi dado destaque para a
sob a coordenação de Marcos Aurélio
liação Psicológica. O encontro é dirigido
atuação do Conselho junto aos psicólo-
Laidane (CRP-08/00314) e Lúcia Wolf
a profissionais e estudantes de Psico-
gos e à comunidade.
(CRP-08/00337).
logia e tem como objetivo promover um
espaço de discussão e atualização a
respeito
de Ava liação
As representantes contam que a
Norte Pioneiro
Psicológica,
turma do 7° período iniciou neste semes-
desenvolvendo a técnica e a análise críti-
tre a realização dos Estágios Supervi-
No Norte Pioneiro foram eleitas
ca sobre as responsabilidades profissio-
sionados e, para isso, estão sendo uti-
Sônia Maria Barone Lopes (CRP-
nais e éticas dos psicólogos que atuam
nesta área.
lizadas as instalações do Serviço de
Psicologia da FADEP. O ambiente, recém
construído e equipado, foi inspecionado
O PAAP abordará os seguintes
assuntos: Reflexões sobre a Atualidade e
08/00621), como representante efetiva, e
Nucinéia Aparecida de Oliveira (CRP08/03045), como suplente.
pelas técnicas do CRP-08 para obtenção
de cadastramento.
Guarapuava
as Perspectivas da Avaliação Psicológica;
Técnicas de Avaliação Psicológica Entrevista, Observação e Testes; Processo de Avaliação Psicológica nos Diferentes Contextos; Aspectos Éticos na
Avaliação Psicológica e Produção de
Documentos Legais Decorrentes da
Avaliação Psicológica. Mais informações
no site www.crppr.org.br
Sudoeste
Participação em Conferência
A psicóloga Maria Cecília Fantin
representou, no dia 26 de fevereiro, o
CRP-08 na 1ª Conferência Municipal da
Juventude, realizada no teatro Naura
Rigon, em Pato Branco.
A Conferência foi realizada
durante todo o dia, com a participação
No dia 1º de março, em Francisco
de vários segmentos da população e com
Em Guarapuava foi reeleita a
psicóloga Egleide Montarroyos (CRP08/06261), como representante efetiva, e
eleita como suplente Tânia Mansano
(CRP-08/07129).
Encontro sobre Qualificação
em Psicologia Hospitalar
A Comissão de Eventos e a
Comissão de Psicologia Hospitalar do
CRP-08 promoveram, no dia 29 de
Beltrão, foram realizadas as eleições
a presença marcante de jovens. O encon-
fevereiro, o encontro com recém-forma-
para a Representação Setorial do Su-
tro abordou o tema “Levante sua
dos de diferentes instituições, interes-
doeste. Foram reeleitas Maria Cecília
Bandeira” em três eixos principais:
sados em conhecer a especialidade da
Fantin (CRP- 08/00480) como efetiva e
Família, Educação, Sexualidade, Drogas
Psicologia Hospitalar. O evento aconte-
Geni Célia Ribeiro (CRP-08/09281)
e Liberdade; Cidade, Meio Ambiente e
ceu na sede do CRP-08, em Curitiba.
como suplente.
Política; e Trabalho, Tempo Livre,
Cultura e Mídia.
Participaram do encontro como
anfitriãs, as psicólogas Marilda Andreaz-
Evento na FADEP
Houve amplas discussões, levan-
za dos Anjos (CRP-08/01970), Célia
No dia 22 de fevereiro, as repre-
tamento de propostas e escolhas dos de-
Mazza de Souza (CRP-08/02052), Marta
sentantes setoriais da Região Sudoeste,
legados que representariam o município
Cristina Bergamasco (CRP-08/08703),
Maria Cecília M. L. Fantin e Geni Célia
na Conferência Estadual, que aconteceu
Daniela Peres (CRP-08/04339), Marilza
Ribeiro, estiveram presentes na Faculdade
no mês de março em Faxinal do Céu. O
Mestre (CRP-08/00777), Claire Tere -
de Pato Branco (FADEP) para a recepção
destaque entre as teses aprovadas foi a
zinha Lazzaretti (CRP-08/02440) e Wael
aos calouros e início das atividades do
criação do Conselho Municipal da
de Oliveira (CRP-08/01323). Os pre-
semestre letivo no curso de Psicologia.
Juventude.
sentes aproveitaram o evento para fazer
10 contato
questionamentos e elucidar suas dúvidas
acerca desta vertente da Psicologia.
Quartas-Feiras no CRP
Em maio, os encontros ficarão
geral, Célia Mazza, as psicólogas Me-
a cargo da Comissão de Psicologia
lody Raby, Lidiane Roherig, Iolanda
Escolar/ Educacional com o tema
Ribeiro, Terezinha Kulka, Terezinha
“Inclusão”. No dia 7 será debatido o
Vian Rambo, e os estagiários Narjara
tema central. Já no dia 14 “Difi -
Martins e Ângelo Horst.
O CRP-08 retornou em março,
culdades de aprendizagem” será o
com as “Quartas-feiras no CRP”, com
assunto abordado. No dia 21 será
CRP-08 participa de reunião da
o tema Mídia e Violência. O primeiro
apresentado o Psicocine com o filme
Comissão de Saúde
encontro aconteceu no dia 5 de março
“Escritores da Liberdade”. No dia 28
da Assembléia Legislativa
com a mesa-redonda “Mulher: objeto
o debate será com o tema “A atuação
ou sujeito na mídia”, debatido pelo
do Psicólogo na Inclusão”.
No dia 28 de fevereiro foi realizada a reunião da Comissão de Saúde da
publi citário José Oliva e pela psicóloga Solange Machado (CRP-08/04972).
Já no dia 12, foi realizado o Psicocine
com a projeção do filme “Ela é
poderosa”. No dia 19 foi apresentada
a palestra “Democratização da Comu nicação”, com o psicólologo Tonio
As Quartas-feiras no CRP acon-
Assembléia Legislativa. As entidades
tecem desde 1998 e têm como objetivo
convidadas foram: Conselho Regional de
discutir a Psicologia e suas formas de
Psicologia do Paraná (CRP-08), Con-
aplicação. As reuniões são gratuitas,
selho Regional de Medicina (CRM),
abertas para o público em geral e acon-
Secretarias Municipal e Estadual de
tecem todas as quartas-feiras, na sede
Saúde, Sociedade Paranaense de Psi-
do Conselho.
quiatria e Conselhos Federal e Regional
Luna (CRP-08/07258) e na última
de Nutricionistas.
quarta-feira do mês, dia 26, aconteceu
CRP-08 participou de
a Ágora com o questionamento “Vio -
comemoração ao
lência na TV gera ou apenas reflete a
Dia Internacional da Mulher
Na reunião um dos temas abordados foi a anorexia. A professora
violência social?”.
Maria Emília Daudt von der Heyde,
No dia 6 de março foi realizado
da Universidade Federal do Paraná
Em abril as Quartas-feiras te -
na Boca Maldita, em Curitiba, o evento
(UFPR) e representante do Conselho
rão o tema “Alguns males do Século”.
em comemoração ao Dia Internacional da
Federal de Nutricionistas, falou da
Na primeira quarta-feira do mês, 2 de
Mulher,
pela
preocupação com o início cada vez
abril, haverá mesa-redonda sobre
Comissão de Saúde da Mulher do
mais precoce da doença e do papel da
"Dependência Química", com partici-
Conselho Municipal da Saúde. O grupo
mídia na divulgação de va lores estéti-
pação de Carmen Bastos de Mello
gestor do Conselho (Prefeitura Municipal
cos nada saudáveis.
(CRP-08/02344), Vânia Cristina Bor -
de Curitiba) apresentou programas como:
ges Bazan (CRP 08/02738) e Maria
Mulher de Verdade, Adolescente Sau-
Olivia das Chagas e Silva (CRP-
que
foi
coordenado
dável e Mãe Curitibana.
dual Ney Leprevost.
08/02540). Já no dia 9 haverá o
Psicocine, depois, no dia 16, acontecerá outra mesa-redonda sobre Mal de
Alzheimer, com o médico geriatra
O presidente da comissão e autor
do convite ao CRP foi o deputado esta-
Também estavam presentes as
entidades dos trabalhadores, como o
Lançamento de livro
Conselho Regional de Psicologia – 8ª
Região (CRP-08), o Conselho Regional
No dia 28 de março, em
de Fisioterapia e Terapia Ocupacional –
Curitiba, foi realizado o lançamento
8ª Região (Crefito-8), e entidades repre-
do livro Conexões – O trajeto do
sentantes de usuários, dentre elas,
Sucesso, da psicóloga Eliana Abdalla.
08/12214). No 23 será apresentada
Organização de Mulheres Negras, Pas-
O evento aconteceu na livraria Fnac.
uma palestra sobre Suicídio, ministra-
toral da Criança e outros.
O livro é da editora Pulso. Mais infor-
Rubens de Fraga Junior e as psicólogas Maria Olivia das Chagas e Silva e
Marilia
da
Nova
Cruz
(CRP-
da pela psicóloga Joyce Kolinski
mações sobre a publicação podem ser
Fischer (CRP-08/07613). Na última
Participaram do CRP-08, a coor-
quarta-feira de abril o Estresse será o
denadora da Comissão de Saúde, Maria
tema de uma Vivência, coordenado
Olívia das Chagas e Silva, a coordenado-
www.pulsoeditorial.com.br
pela psicóloga Maria Olivia.
ra da Comissão de Eventos e gerente
www.elianaabdalla.com.br.
encontradas nos sites:
contato 11
artigo
contato
e violência
Maria Olivia das Chagas e Silva
CRP 08/02540
É comum a queixa de que a televisão
está carregada de violência. Muitos atribuem o
aumento do número de atos violentos à sua divulgação, à sua presença em filmes, seriados ou
videogames. No entanto, há mais de quarenta
anos dizia-se, dos jornais mais vendidos de
Curitiba, a Tribuna do Paraná, de São Paulo,
Notícias Populares e do Rio de Janeiro, O Dia,
que “se rasgasse, escorria sangue”. O mesmo deve
acontecer em muitos outros lugares e eles até hoje
continuam bem vendidos por darem destaque às
notícias policiais, à violência. Portanto, há um
público esperando por esse produto e que, se A
não fornece, vai buscar em B.
Verdade fácil de constatar. Quais são os
horários em que canais menores ganham em
audiência do canal líder de mercado? Quando esse
outro canal, mesmo com qualidade técnica inferior, oferece ao espectador uma opção mais violenta. Também nos programas de humor, essa violência da clientela se manifesta. Videocacetadas e
pegadinhas dão muito mais ibope que piadas mais
sofisticadas, que exijam conhecimento ou
raciocínio, incluindo aí a crítica política. Como a
audiência ou o número de leitores é o principal
objetivo das empresas de comunicação social,
Foto. composição
Mídia
cada dia mais empresas
aparecem para atender
essa demanda. E os
pequenos ficam muito
gratos se os grandes
tiverem princípios éticos. Fica mais barato
roubar a audiência!
A que conclusões podemos chegar? A
mídia é inocente, apenas atende necessidades de
seus fregueses? É bom que essa violência seja
vivida no imaginário, para não passar ao mundo
real? A catarse dos impulsos violentos, através dos
personagens de ficção, diminui a ansiedade? Não
é tão simples assim.
Mesmo que todas as proposições anteriores sejam verdadeiras, a mídia desempenha um
papel importante na banalização dos atos violentos, na aceitação dessa violência como comportamento normal e que não é questionado por princípios éticos. Um exemplo chocante dessa banalização foi o adolescente que roubou um videogame,
assassinou o dono da Lan-House e foi embora de
bicicleta. Aconteceu aqui e já caiu no esquecimento... Lembramos com mais facilidade do
menino João Hélio ou da escola Columbine... E
quem faz com que uns sejam lembrados e outros
esquecidos? Inquestionavelmente, os veículos de
comunicação social.
Seja no noticiário ou na novela, a
vitória constante do mal sobre o bem faz escola. Afinal, tudo é relativo... O que é bom para
um pode ser mau para outro... Ladrão que
rouba ladrão... E por aí se vai, até chegar à
escola em que aluno espanca professor, professor que xinga alunos, filhos que matam
pais, mães que jogam filhos na lagoa...
Alguém pode dizer: mas isso sempre existiu!
É verdade, mas nunca com a freqüência nem
com a naturalidade que acontece hoje! E essa
lição é complementada pela postura filosófica
de não se questionar o bem e o mal, alegando
que isso é um olhar maniqueísta.
Novamente, não é tão simples
assim. Essa postura nasceu do questionamento de uma sociedade fechada, em
que o bem e o mal já vinham empacotados para cada indivíduo, antes
mesmo dele nascer. Essa negação,
expressa nos movimentos libertários dos anos
sessenta, foi-se aprofundando e expandindo, até
chegar à sociedade amoral de nossos dias.
Iniciamos um novo movimento. Do é
proibido proibir, passamos à necessidade de
encontrar limites. Após o medo de traumatizar as
criancinhas, descobriu-se que é preciso acabar
com a ditadura infantil. Mas pais e mães não conseguem dizer não aos filhos. Adultos perdidos,
crianças inseguras, sentindo-se abandonadas, pois
não há quem ocupe a função de pai. Sem Lei,
como conter a violência?
Como Hegel nos ensinou, estamos
vivendo o momento da negação da negação. Do
nosso sofrimento atual deve nascer a síntese, isto
é, uma nova verdade que propiciará uma nova
tese, um passo a mais no desenvolvimento dialético da nossa sociedade. A princípio tranqüilizadora, parecerá que encontramos a verdade. Que logo
será negada, aumentando a ansiedade, até que se
chegue a nova síntese. E, de passo em passo, caminha a humanidade através da História.
E a mídia? Sem dúvida, representa
importante papel nesse processo. Sendo, ao
mesmo tempo, agente e sintoma, denunciar, diagnosticar e tratar de suas mazelas certamente tem
efeito sobre o todo.
contatoartigo
Participação e ética na
Avaliação Psicológica
É muito comum nos dias de hoje
ouvir-se discursos salientando a importância
do comprometimento das pessoas com a realidade social. Entretanto, sempre que esse
assunto é colocado em pauta, surgem dúvidas
com relação ao papel que cada um deve
desempenhar para ser uma pessoa comprometida em algo.
No campo da Psicologia, pode-se
dizer que o engajamento positivo é diretamente
relacionado à responsabilidade que o profissional tem ao exercer a sua prática e conseqüentemente esse assunto traz à tona a questão
da ética profissional. A ética profissional,
segundo Machado e Morona (2007, p. 31) “são
deveres e princípios morais no exercício de
determinada profissão”.
O código de ética - documento que
contém normas e valores da profissão - pressupõe, em seus princípios fundamentais,
além de constante posicionamento crítico e
aprimoramento profissional, a promoção da
qualidade de vida através de respeito, igualdade, liberdade, dignidade e integridade, tudo
isso permeado pela questão da responsabilidade social.
Quando se trata de Avaliação Psicológica, a ética profissional e o comprometimento se tornam um assunto de suma
importância para um serviço de qualidade ao
cliente. Um dos principais documentos que
norteiam a prática nesta área é o Guia de
Princípios Éticos da APA (American
Psychological Association), de 1953, que esta-
belece seis princípios básicos para a formação
e atuação do psicólogo e que completam o
Código da Profissão.
Primeiramente, a competência técnica, que subentende o constante aprimoramento
e reciclagem do conhecimento,
acompanhando as mudanças
científicas e procurando conhecer seus limites
para oferecer somente
os serviços para os
quais está habilitado.
No que se
refere à
Avaliação
Psicológica,
a competência técnica
está associado à constante busca do profissional em se manter
atualizado na área de
atuação, estar familiarizado com
o material utilizado e aplicar
somente testes aprovados pelo CFP.
Foto. B S K
Valéria Cristina Morona
(CRP-08/11550)
Psicóloga colaborada da Comissão
de Avaliação Psicológica do CRP-08
Outro ponto intimamente ligado ao
já discutido é a responsabilidade científica
e profissional. Cabe aos profissionais se
mobilizarem para colaborar com colegas e
profissionais de outras áreas e instituições.
Como se sabe, a Avaliação Psicológica é
um campo muito vasto e é utilizada em
diferentes contextos (clínica, organizacional, educacional, perícia, entre outros), o
que faz com que o psicólogo dialogue constantemente com outros profissionais, com
objetivos em comum.
Além disso, é de fundamental importância a responsabilidade científica diante da
comunidade e da sociedade na qual está
inserido. É esperado dos psicólogos que se
preocupem em formar leis e políticas que
possam beneficiar a sociedade e ao conhecer
com maior profundidade seu campo de atuação, o psicólogo pode contribuir para a formação de leis que beneficiem os usuários de
seus serviços.
Essa postura de constante comprometimento com a prática profissional,
tem o objetivo de respeitar a dignidade das
pessoas envolvidas no processo. Em termos de Avaliação Psicológica,
é indispensável que o psicólogo observe os diretos do
cliente: a privacidade, a confidencialidade (principalmente no cuidado ao redigir documentos), o
acesso aos resultados, a devolutiva, entre
outros, são pontos que garantem qualidade à avaliação e estabelecem também
uma relação de comprometimento com a pessoa atendida.
Ao mostrar que o processo de Avaliação Psicológica é uma atividade séria e permeada por princípios éticos, acaba-se por promover uma visão positiva da Psicologia e da
Avaliação Psicológica, contribuindo para a
quebra de mitos com relação a essa atividade.
Para exercer uma atividade ética, é de fundamental importância que o psicólogo esteja participando de forma positiva com as ações e
com a sociedade como um todo. Isso significa,
dentro do campo de Avaliação Psicológica, ter
uma postura comprometida com o bem-estar
dos clientes, de psicólogos e demais profissionais de áreas afins. Somente com uma postura adequada ocorre o amplo crescimento pessoal e profissional.
referências
bibliográficas
- CÓDIGO DE ÉTICA DOS PSICÓLOGOS.
- IBAP – Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica. Diretrizes para uso de testes. Test Comission.
Obtido do World Wide Web www.ibapnet.org.br em 03 de outubro de 2007.
- MACHADO, A. P. e MORONA, V. C. Manual de Avaliação Psicológica. Coletânea Conexão Psi – Série Técnica. Curitiba: Unificado, 2007.
- SANTOS, R. J. L. Modelos de engajamento. Em: Estudos Avançados 19(54), 2005 obtido do World Wide Web http://www.iea.usp.br/
em 18 de dezembro de 2007
contato 13
capa
matéria
Mídia e a Construção
da Subjetividade
A mídia está presente na vida das pessoas há muitos anos.
Primeiramente, com os jornais impressos, que já circulavam em
forma de gazetas desde o século XVI. Depois, o jornal se aperfeiçoou e outros veículos de comunicação foram surgindo, como
a revista, o rádio, a televisão, a internet e outros meios de divulgação. Por intermédio da mídia, chegam diariamente a todas as
pessoas as mais diversas informações, podendo ser de caráter
noticioso, mercadológico, de entretenimento e opinativo.
Foto. Stockxpert
Da mesma forma que as informações veiculadas pela
mídia proporcionam conhecimento às pessoas sobre o que acontece no mundo, para muitos estudiosos, como Theodor Adorno,
na maioria das vezes tais informações são deformadas por editoração e/ou escamoteadas pela ideologia da Indústria Cultural
para impedir, aos indivíduos uma apreensão clara das reais
intenções dos patrocinadores dos programas midiáticos, que é de
vender mercadorias.
A psicóloga clínica Angela Caniato (CRP-08/00336)
esclarece que a expressão Indústria Cultural foi utilizada pela
primeira vez pelos teóricos da Escola de Frankfurt, no livro
Dialektik der Aufklärung (Dialética do Esclarecimento). Nessa
obra, Theodor Adorno e Max Horkheimer discorrem sobre a
reificação ou coisificação da cultura para servir às exigências do
Capital. Para Adorno a “Indústria Cultural impede a formação de
indivíduos autônomos, independentes, capazes de julgar e de
decidir conscientemente.”
Para a psicóloga Angela que, a partir da compreensão
relacional do psiquismo humano, vem articulando os ensinamentos da Psicanálise aos estudos da Teoria Crítica da Escola de
Frankfurt, “é sob este prisma que muitos cientistas
desvelam as intenções massificadoras da mídia
que, ao difundir estas falsas informa-
ções, produzem a padronização das subjetividades e a conseqüente negação da alteridade: os indivíduos são transformados em
‘máscaras mortuárias’”. Ela explica que a violência simbólica da
Indústria Cultural efetua a captura dos desejos humanos e produz
formas de pensar, sentir e agir regressivas, impedindo a satisfação
das exigências reais do ser-homem. “A internalização dos modelos identificatórios criados pela mídia deforma o processo de individuação para a com-formação de cada um e de todos aos ditames
sociais do status quo consumista”, expõe.
O jornalista, advogado e diretor do programa de mestrado
em Comunicação e Práticas do Consumo da Escola Superior de
Propaganda e Marketing (ESPM), Clóvis de Barros Filho, também acredita que a mídia é parte integrante nesse processo da
construção da subjetividade. “No meu principal livro ‘Ética na
Comunicação’, mostro como há o casamento entre a teoria da
recepção e a subjetividade do indivíduo. Ela não é uma formadora inicial da subjetividade (a família tem o seu papel principal),
mas a mídia participa de boa parte de sua construção”, explica.
Para a psicóloga Solange Lucie Machado (CRP08/04972), a subjetividade de alguém é construída ao longo de
toda a vida, como resultado contínuo e dinâmico das influências
que recebe e também do resultado de suas próprias experiências
no mundo. “Portanto, dizer que a mídia constrói a subjetividade é
um exagero, mas evidentemente tem bastante peso, uma vez que
vivemos em uma sociedade midiatizada, como nunca foi antes”,
expõe a psicóloga.
Assim, como há quem acredite que a mídia tem grande
influência, há quem ache que a mídia tem apenas uma pequena
parcela de participação nesse vasto campo da construção do subjetivo, como o psicólogo e executivo da área de Marketing e
Comunicação, Mario Ernesto René Schweriner, o psicanalista
Leonardo Ferrari e o publicitário José Oliva. Ambos consideram a
mídia uma força poderosa, mas ela é “apenas um referencial, que
muitas pessoas se espelham”, explica Schweriner. Ferrari vê a
mídia como uma forma de influência, que “não tem um poder tão
grande, por si só, para construir a subjetividade”, complementa.
Para Oliva, toda forma de comunicação, assim como todas as
relações, manifestações ou expressões da cultura de um determinado povo, participam da construção da subjetividade do indivíduo.
Pelos meios de comunicação estarem tão presentes na
vida das pessoas surgem outras indagações com relação a eles,
como: Qual o real envolvimento e o papel da mídia na sociedade?
Nesse aspecto vem a discussão de que a mídia estimula a violência, a sexualidade precoce e o consumismo. Para Solange, a mídia
está presente em praticamente todas as questões sociais importantes hoje. “Mas evidentemente está longe de ser o único fator de
influência e nem se pode quantificá-lo”, comenta.
Barros Filho concorda e diz que a mídia não é culpada por
todos os efeitos nocivos da modernidade, mas por alguns. Ele
acredita que a mídia é a ponta de um iceberg chamado ‘capitalismo neoliberal’. “É o sistema capitalista que cria a globalização
desleal, a desestrutura familiar, a decadência das estruturas educacionais de formação dos cidadãos, entre outras coisas. É a
exploração do trabalho, e o mercado de competição, que causa
uma mudança familiar drástica e nociva ao homem”, argumenta.
Ele acrescenta que a TV e a internet viraram a única forma
de entreter as crianças na ausência necessária do núcleo familiar.
“Os pais colocam os filhos diante dos meios de comunicação no
intuito de contornar o problema. A mídia não tem nenhuma obrigação de formar cidadãos ou de suprir a ausência do Estado, por
isso não se preocupa com a formação de seus receptores. Os
meios de comunicação foram feitos para gerar lucro. Sendo
assim, passam o conteúdo que melhor der retorno em audiência e
anúncio”, fala o jornalista. Barros Filho ainda diz que “o problema não está na TV, mas no consumidor do produto midiático”.
O psicanalista Ferrari expõe que a mídia exibe o que o
ser humano quer ver, ou seja, toda a dificuldade de lidar com a
existência. “Nós somos extremamente violentos. A nossa subjetividade é um conflito puro. A violência faz parte da nossa
constituição. Sofremos perdas violentas durante toda a vida”,
explana. Ele usa o conceito de pulsão de morte de Freud para
explicar a vontade do ser humano em ver a violência. “Nós
gostamos de ver a encenação de um ato violento ou ver isso em
um noticiário, há algo em nós, seres humanos, que nos faz ir
contra nós mesmos”, explana.
Segundo Solange, cineastas de filmes de horror ou violência e psicólogos também costumam explicar essa atenção ou
curiosidade como ‘natural’, na medida em que ela permitiria ao
ser humano experimentar suas próprias emoções negativas, como
raiva ou medo, de maneira ‘protegida’, sem envolver-se diretamente com os fatos.
Para a psicóloga, “a mídia tanto reflete quanto desencadeia a violência”. Reflete quando traz para ao público coisas
que se passam no interior dessa massa de pessoas. Mas pode-se
dizer que a mídia desencadeia a violência ao exibir continuamente este
tipo de estimulação em filmes, notícias, quadrinhos, banalizando a violência e, conseqüentemente, aumentando a incidência de atos violentos
na sociedade. “Há um conjunto sólido de pesquisas que apóiam a idéia
de que ser exposto a comportamentos agressivos aumenta a ocorrência
desses comportamentos nas pessoas”, defende Solange.
Porém, há estudos e até mesmo documentários, como
Tiros em Columbine, de Michael Moore, que mostram a violência na mídia gerando um medo de se viver em sociedade.
“Estudiosos como George Gerbner, nos Estados Unidos, demonstram os efeitos nocivos que a mídia gera com a violência midiática na questão psicológica do indivíduo. Cada vez mais vemos um
mundo muito mais violento do que ele realmente é. Há décadas
os índices de violência estão caindo e, inversamente, a sensação
de violência e impunidade nas pessoas aumenta por causa da
mídia. Isso acarreta problemas sociais e políticos muito graves”,
fala Barros Filho.
Também há críticas sobre a programação, principalmente,
televisiva, dizem que se encontra muito entretenimento e pouca
informação educacional ou cultural. Para Ferrari, não há problema em se ter entretenimento, mas sim o quanto de entretenimento a mídia apresenta. Ele expõe que se ter 100% de entretenimento acaba desviando a atenção das pessoas para problemas sociais
e políticos. “A mídia está nas mãos de cinco famílias”, argumenta Ferrari. O jornalista Barros Filho esclarece que a mídia manipula o conteúdo político. “A notícia pertence a um jogo político
em todos os níveis. A mídia não é escola, ciência ou religião, faz
parte do mercado. Precisa dele para se sustentar e se defender. O
conteúdo jornalístico e de entretenimento é político com forte viés
mercadológico”, comenta.
“No contexto social da mercadoria, a mídia está a serviço
do consumismo”, conta Angela. A psicóloga esclarece que a
sociedade de consumo monta armadilhas sedutoras para capturar
os indivíduos que, impedidos de exercer a criatividade inerente
aos homens e de se valerem de suas próprias experiências,
acabam por se tornarem cúmplices dos processos opressores que
os engolfam. Com isso, tem-se apenas a ilusão de liberdade. “Este
mecanismo da Indústria Cultural é tão perverso que além de nos
tornar todos iguais, exige que sejamos ‘diferentes’. Assim, temos
uma infinidade de marcas para escolher, o que nos faz acreditar
que estamos livres para tal escolha. Mas isso não é verdadeiro,
contato 15
pois o homem necessita de bens para sua sobrevivência, e não
de marcas para equaliza-los”, explica.
volve atividades educacionais, culturais e de fomento à articulação social.
O trecho do texto Eu Etiqueta, de Carlos Drumond de
Andrade, exemplifica as palavras da psicóloga: “Em minha
calça está grudado um nome que não é meu de batismo ou de
cartório, um nome...estranho.... É doce estar na moda, ainda
que a moda, seja negar a minha identidade... Por me ostentar
assim, tão orgulhoso de ser não eu, mas artigo industrial, peço
que meu nome retifiquem. Já não me convém o título de
homem, meu nome é coisa...”.
Para atingir a ação, o projeto é fundamentado por
meio de pesquisas citadas e depoimentos de estudiosos da
área sobre a relação mídia x consumo x criança. Por exemplo, um dado do Painel Nacional de Televisão IBOPE (2005)
mostra que o tempo médio diário que a criança brasileira
assiste TV é de 4h51m19s. Esse número demonstra que as
crianças ficam muito expostas à televisão e, conseqüentemente, à publicidade.
Já a psicóloga Solange contrapõe e diz que pesquisas na
área de comportamento do consumidor indicam que este
cenário da era da massificação está mudando, pelo menos em
termos de padrões de consumo. “Vê-se uma busca crescente de
produtos customizados, isto é, feitos para atender a uma demanda pessoal”, replica.
Outras pesquisas, como a da Commercialization of
Childhood do Reino Unido, em dezembro de 2006, revelam
que 70% das crianças de três anos reconhecem o símbolo do
McDonald´s, mas apenas metade sabe seu sobrenome. A
psiquiatra e professora de Harvard, Susan Linn, na obra
‘Crianças do Consumo’, conta que “o fato de bebês e crianças
pequenas pedirem ou reconhecerem marcas de maneira nenhuma reflete que sejam ‘espertas’ a respeito do marketing, o
que implicaria uma capacidade de decodificar e resistir às
mensagens de publicidade. Sugere, na verdade, que crianças
bem novas são altamente suscetíveis a várias formas de sugestão, incluindo marketing – um fato que é apoiado pela
pesquisa acadêmica.”
O publicitário José Oliva considera a propaganda altamente positiva e favorável para a vida das pessoas. “A propaganda viabiliza o acesso à informação e tomada de decisão
sobre produtos, serviços e idéias”, explica. Schweriner conta
que a publicidade atinge somente àquelas pessoas que têm
mais afinidade pelo produto. “Por exemplo, eu sou vegetariano, uma propaganda de uma churrascaria não irá me atrair”,
exemplifica.
Muitos acreditam que a mídia atinge diretamente as
crianças, principalmente na questão do consumo. Ferrari diz
que as crianças são um pouco mais influenciáveis que os adultos, mas que assim como pode, também pode não influenciar.
“Eu acho que a mídia não contribui sozinha. O poder do desejo do sujeito é muito importante. Se a criança está colocada na
frente da TV é por desejo de outro. Então, entre a mídia e a
criança tem sempre um terceiro”, comenta.
O projeto “Criança e Consumo” é um trabalho que pesquisa a influência da mídia no
consumo das crianças. Uma das
ações do projeto é a proposta para
erradicação de qualquer publicidade dirigida à criança. Ele é
coordenado pela advogada,
mestre em direito das relações
sociais pela PUC/SP, Isabella
Vieira Machado Henriques,
em parceria com o Instituto
Alana - organização sem
fins lucrativos que desen-
Para a psicóloga e educadora Solange Jobim “o consumidor-criança pode ser facilmente capturado pela cultura do
consumo que, inserida num mundo simulacional, faz com que
realidade e imagem não possam mais ser diferenciadas com
nitidez. A construção subjetiva do homem contemporâneo
está, neste final de século, absolutamente contaminada pelo
uso que fazemos das imagens que atravessam e se sobrepõem
nas relações cotidianas”, explica.
O ‘Criança e Consumo’ defende que a publicidade
voltada ao público infantil é intrinsecamente carregada de abusividade. “Pois para seu sucesso se vale justamente da deficiência de julgamento e experiência da criança”, palavras do
projeto - que busca o envolvimento da sociedade nas discussões com relação ao desenvolvimento do consumismo
infanto-juvenil.
Um dos pontos principais sobre a mídia é que ela é
mantida por anunciantes e “os anunciantes sempre vão querer
vender”, finaliza Schweriner. Assim, continua a discussão
sobre a mídia e a sua influência na vida das pessoas por muitas
entidades, como Fórum Nacional pela Democratização da
Comunicação (FNDC), Movimento pró-Conferência Nacional, Observatório da Imprensa, entre outros.
matériacontato
Sistema Conselhos
em favor da Democratização da Comunicação
O Sistema Conselhos de Psicologia está apoiando as manifestações
acerca da Democratização da Comunicação. Regularmente são realizadas reuniões telefônicas e, quando há possibilidade, encontros entre os representantes dos Conselhos Regionais e Conselho Federal de Psicologia (CFP) para discutirem posicionamentos e ações a serem
desenvolvidas. No CRP-08, está participando desse grupo de trabalho o conselheiro na gestão 2004/2007 Tonio Luna
(CRP-08/07258).
Como uma das pessoas chave na
participação do Sistema Conselhos nesse
movimento temos a psicóloga e conselheira federal Roseli Goffman (CRP05/02499). Ela acredita que a mídia constrói e formata a subjetividade das pessoas.
“A mídia vem sendo controlada por poucas
famílias, passando conceitos hegemônicos,
ou seja, a subjetividade está sendo construída com um mínimo de diversidade e de
forma não democrática”, declara Roseli.
radores, elaborou um panfleto discorrendo
sobre a importância da convocação, ainda
em 2008 da primeira Conferência Nacional de Comunicação e convocando a
categoria a lutar pela Democratização da
Comunicação. Esse panfleto foi distribuído aos regionais para divulgação.
Fórum Social do Mercosul
Em Curitiba participaram do encontro, além da conselheira federal Roseli,
a conselheira do CRP-08 e coordenadora
da Comissão de Comunicação Social,
Maria Elizabeth Haro (CRP-08-00211);
Natércia Magaldi (CRP-12/05596), de
Santa Catarina; e Ivarlete Guimarães de
França (CRP-07/08042), do Rio Grande do
Sul. A manifestação contou ainda com a
participação de diversos psicólogos do
Paraná e de Santa Catarina.
Segundo Roseli, o Sistema Conselhos de Psicologia pretende gerar uma
mobilização da categoria e da sociedade
em geral em favor da Democratização da
Comunicação. “Queremos a participação
Para Roseli, é muito importante a
participação da Psicologia nesse assunto.
“Nós psicólogos podemos colaborar no
entendimento do impacto dos meios de
comunicação no indivíduo”, comenta. Por
isso, há psicólogos envolvidos em vários
enfoques dessa área, como: Classificação
Indicativa, Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC), Comissão Pró-Conferência Nacional de Comunicação, Campanha Ética na TV e outros
movimentos.
Recentemente, no dia 26 de janeiro, o Sistema Conselhos participou do
Dia de Mobilização do Fórum Social
Mundial. O CFP, com auxílio de colabo-
Ela acrescenta que o psicólogo
precisa acolher esta demanda e fazer trabalhos acadêmicos, leitura crítica das
mídias, entre outros, pois “este é mais um
lugar que o profissional da Psicologia deve
e pode estar”, argumenta.
da categoria em áreas que tornem efetivo
o controle público sobre as mídias que nos
O Sistema Conselhos está envolvido também no Fórum Social do Mercosul.
O encontro acontecerá entre os dias 26 a
28 de abril, na reitoria da Universidade
Federal do Paraná. O encontro pretende
expandir o âmbito de relacionamento dos
países sul-americanos, visando uma maior
integração social e cultural. Também
haverá discussão sobre as desigualdades
sociais existentes nestes países e as possíveis alternativas para resolução.
Durante o evento, no dia 27,
entrará em pauta o tema Democratização
dos Meios de Comunicação. “Queremos
potencializar um movimento em prol
desse assunto, saber como a Psicologia
pode atuar junto à comunicação”, comenta Roseli.
afetam. Tudo isto para que todos tenham
acesso à informação e que esta seja de
qualidade”, explica.
Mais informações no site
www.forumsocialdomercosul.org
contatoentrevista
Classificação Indicativa:
censura ou proteção?
inadequados à sua faixa etária. De
caráter educativo, seu papel é produzir
informações aos pais e às famílias
sobre conteúdos inadequados em
obras audiovisuais como filmes, novelas, jogos eletrônicos e espetáculos.
Em 2006 e 2007 o Ministério da
Justiça (MJ) divulgou dois documentos
normativos que instituem a “Nova
Classificação Indicativa”. A Portaria
1.100/06 estabelece que estão sujeitos à
Classificação Indicativa as obras audiovisuais destinadas a cinema, vídeo, DVD,
programas televisivos de canais abertos,
jogos (eletrônicos e RPG), eventos
teatrais, espetáculos circenses e shows
musicais. Já a 1.220/07 trata das normas
relativas à classificação de obras audiovisuais destinadas à televisão e congêneres.
Ambas as regulamentações foram assunto
de muitos debates e questionamentos,
alguns falavam em retorno da censura, outros defendiam o processo. Em entrevista
para a Revista Contato o Secretário
Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior,
explica e comenta os aspectos da classificação indicativa.
Revista Contato: O que representa a
classificação indicativa?
Romeu Tuma Júnior: A classificação
indicativa é uma informação sobre o conteúdo de audiovisuais quanto à adequação
de horário, local e faixa etária para serem
exibidos. É um instrumento de proteção e
promoção dos direitos humanos, que permite aos pais e responsáveis escolherem se
a programação é ou não adequada para a
idade de crianças e adolescentes.
O objetivo da atividade de classificação indicativa é proteger a criança e o
adolescente de conteúdos considerados
18 contato
A classificação é exercida pelo
Ministério da Justiça com fundamento na
Constituição Federal e no Estatuto da
Criança e do Adolescente, que asseguram a
proteção aos direitos humanos.
Contato: Como foi esse primeiro ano da
implantação da classificação indicativa?
R.T.J.: O empenho do Ministério da Justiça
e de todos que se somaram aos diversos
estágios do processo de formatação da
Portaria 264/07, que foi revogada pela
1.220/07, convergem agora para o aperfeiçoamento da nova regulamentação da
classificação indicativa da TV.
A nova portaria da classificação
promoveu mudanças significativas, após
debate com diversos atores envolvidos
nessa temática. Extinguiu a análise prévia,
que era realizada pela leitura de sinopses e
observação de programas; instituiu a autoclassificação, em que as emissoras classificam sua programação e encaminham ao
Ministério, e padronizou as formas de
veiculação da classificação, produzindo
informações mais claras e objetivas, por
meio de símbolos, texto e Língua
Brasileira de Sinais (Libras). A nova regulamentação, ainda, determina que os programas veiculados em TV a Cabo estão
sujeitos à classificação indicativa,
mas esclarece que
não há vinculação
aos horários de
exibição. Isso por-
que, nesta modalidade, os pais podem recorrer a dispositivos técnicos para evitar
que as crianças assistam aos programas
inadequados para sua faixa etária.
Contato: A Classificação Indicativa já
foi comparada com a censura. Como o
senhor vê isto?
R.T.J.: A Classificação Indicativa não é
censura, mas sim um serviço de análise e
de produção de informações objetivas
sobre conteúdos audiovisuais, previsto na
Constituição e regulamentado por duas
leis federais: a Lei 8.069/90, Estatuto da
Criança e do Adolescente, e a Lei
10.359/01.
Realizado no âmbito da Secretaria
Nacional de Justiça, do MJ, esse serviço
tem por objetivo imediato indicar aos pais
e à família a existência de conteúdo inadequado em programas, filmes, novelas,
jogos eletrônicos, dentre outras diversões
públicas, para determinadas faixas etárias.
E, portanto, tem por objetivo mediato proteger os direitos da criança e do adolescente. O Ministério da Justiça não tem
autoridade para policiar ou punir. Se constatadas inadequações, o Departamento de
Justiça, Classificação, Títulos e Quali-
ficação (Dejus) classifica ou reclassifica o
produto e cabe ao Ministério Público analisar o caso e encaminhá-lo ao Judiciário.
Quem controla são os pais. Ao Estado cabe
garantir meios eficazes para o exercício
desse controle sobre o acesso. A Classificação é um processo construído democraticamente que permite o direito à escolha por parte dos cidadãos.
Contato: Foi importante a consulta
pública para elaboração das portarias
referentes à Classificação Indicativa?
R.T.J.: Consideramos essencial a participação da sociedade no processo de
Classificação Indicativa. A consulta pública
foi mais uma etapa rumo à regulamentação
do novo modelo de Classificação. Foi realizada de setembro a dezembro de 2005.
Foram distribuídos 12.660 questionários
com nove perguntas sobre o que a população
brasileira pensa e espera da Classificação
Indicativa dos programas de TV.
A consulta pública também foi
disponibilizada no site do MJ. Mais de 10
mil pessoas utilizaram a página da Internet
para opinar sobre a programação da TV. De
acordo com o levantamento, 57% dos participantes vêem a Classificação como um
serviço de informação de caráter pedagógico, sobre o conteúdo da programação televisiva, com o objetivo de proteger crianças e
adolescentes. Mais de 25% dos entrevistados acreditam que o trabalho é um instrumento de controle da qualidade da programação e de defesa dos direitos humanos.
Contato: Como tem sido o feedback
da sociedade com relação
à Classificação Indicativa?
R.T.J.: A família, sociedade e governo
são, conjuntamente, responsáveis por
proteger crianças e adolescentes e oferecer a eles boas opções de cultura e educação. Por isso, sua participação na
atividade da Classificação Indicativa é
de fundamental importância. Percebe-se
que com o passar do tempo a sociedade
se faz mais presente como fiscalizadora
de seus direitos.
Um exemplo disso são as inúmeras
denúncias encaminhadas por telespectadores
quando se sentem agredidos ou percebem
algum abuso na programação. Outro exemplo de participação do cidadão é a participação em consultas públicas e na Rede de
Colaboradores da Classificação Indicativa.
Formada por cidadãos voluntários,
a Rede permite que outras visões sobre as
obras audiovisuais sejam incluídas no
processo de classificação e também que os
cidadãos possam exercer um controle
social sobre essas atividades do Estado. Os
voluntários assistem junto com os analistas
as obras audiovisuais e emitem suas
opiniões sobre algum ponto polêmico.
Contato: Os pais têm se orientado
a partir da Classificação Indicativa
dos programas?
R.T.J.: Essas respostas poderão ser obtidas
após a realização de uma pesquisa nacional
que está sendo organizada pelo Ministério
da Justiça e que pretende avaliar os hábitos
de consumo de TV de crianças, adolescentes e adultos.
A pesquisa “Radiodifusão de conteúdo inadequado, a Classificação Indicativa e os Direitos Humanos” está
sendo aplicada com duas mil crianças e
adolescentes e dois mil adultos de todo o
país, com o objetivo de conhecer como os
pais ou responsáveis
percebem o impacto de
cenas de sexo, drogas e
violência no comportamento dos filhos. Também será possível avaliar
como as crianças recebem esse conteúdo, além
de informações sobre o
tempo em que permanecem sentadas na
frente da TV, horários
mais freqüentes, heróis
(personagens) que admiram, programas
preferidos, entre outras. O estudo irá
avaliar, ainda, a compreensão dos telespectadores sobre a atividade e os símbolos da classificação indicativa.
Nas 11 regiões metropolitanas
contempladas pelo Programa Nacional de
Segurança com Cidadania (Pronasci), que
é voltado não só para o enfrentamento das
conseqüências da violência social, mas
também para suas causas, será possível
verificar se a exposição constante a conteúdos audiovisuais inadequados pode
provocar reações violentas ao receptor e à
comunidade a sua volta. Dessa forma, essa
investigação sobre conteúdos midiáticos e
sua recepção é um início para conhecer as
origens do comportamento violento na
sociedade brasileira.
Após esse retrato, que deverá ser
divulgado em abril, pretende-se realizar no
segundo semestre de 2008 um seminário
interdisciplinar para apresentação e discussão dos resultados e também para a
estruturação de proposta metodológica
para uma pesquisa longitudinal, que observará a influência de conteúdos audiovisuais sobre crianças e adolescentes, bem
como para a criação de políticas públicas
com uma visão
mais precisa e
crítica da mídia.
Contato: Como
funciona a
Classificação dos
programas?
Quais são os
processos e
etapas?
contato 19
R.T.J.: O trabalho de Classificação é realizado por uma equipe de analistas do DEJUS
que atuam em diversas áreas como Psicologia, Direito, Administração, Comunicação Social e Pedagogia e conta, também,
com uma rede de colaboradores eventuais. A
análise dos conteúdos é feita em três fases:
análise objetiva de cenas que tenham sexo,
drogas e violência; identificação dos temas
e, por fim, a gradação, que classifica a obra
de acordo com a idade.
As emissoras enviam para o MJ a
sinopse do produto com a autoclassificação pretendida. Depois disso, as emissoras podem veicular a obra. Ao Dejus
cabe a responsabilidade de avaliar a autoclassificação, classificar e monitorar a
programação.
Os programas são analisados de
acordo com a quantidade e a intensidade
de cenas de sexo, violência e drogas que
exibem. Esses fatores foram definidos pela
Lei 10.359/01, que define sexo e violência
como os dois critérios obrigatórios para
análise de obras.
Contato: Quando não é cumprida
a regulamentação, quais medidas
são tomadas?
R.T.J: As normas (Leis e Portarias) que
regem a Classificação determinam que os
responsáveis pelos programas estão
sujeitos às punições previstas no Estatuto
da Criança e do Adolescente, caso descumpram a regulamentação. Cabe ao Ministério Público avaliar cada caso e encaminhá-lo ao Judiciário.
Contato: Como o MJ vê o trabalho
da Psicologia nessa questão da
classificação indicativa?
R.T.J.: Em uma palavra: fundamental.
Aliás, bem por isso, o Coordenador da
Classificação Indicativa é um psicólogo.
avaliar o impacto e a influência da programação inadequada no desenvolvimento psicossocial das crianças e dos adolescentes
brasileiros e temos que discutir, sob enfoque
da Psicologia, a consistência da segmentação da Classificação Indicativa de acordo
com as seguintes faixas etárias: zero a 10, 11
a 12, 13 a 14, 15 a 16 e 17 a 18 anos.
Contato: Então psicólogos articiparam da
elaboração da Portaria
da Classificação Indicativa?
R.T.J.: Felizmente pudemos contar com a
colaboração de psicólogos especializados
no tema mídia e infância, sem falar na
extensa bibliografia produzida por diferentes áreas da Psicologia que nos serviu (e
nos serve) de referência.
Faço questão também de registrar
a expressiva participação de psicólogos e
estudantes de Psicologia, de forma voluntária, no processo de elaboração da Nova
Classificação Indicativa. Posso afirmar,
sem qualquer demérito aos demais campos
do conhecimento, que as questões mais
difíceis que enfrentamos nos foram postas
pela Psicologia. Por isso, não posso deixar
de solicitar o auxílio de todos os profissionais de Psicologia para, neste momento,
produzir respostas.
Contato: Como o MJ vê a questão da
Democratização da Comunicação?
R.T.J.: Temos a certeza de que, se conseguirmos trabalhar juntos pela superação
dos desafios que se apresentam à
Classificação, produziremos resultados
expressivos e indeléveis no que diz
respeito à democratização dos meios em
geral. Porque acredito que se considerarmos a defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes como ponto de partida para análise do conteúdo veiculado, certamente acabaremos por produzir benefícios a todo o conjunto da população.
Contato: Na sua opinião a mídia está
construindo a subjetividade do sujeito?
Todos os nossos maiores desafios
neste ano nos obrigam a estreitar os laços
com o campo da Psicologia. Para mencionar dois desses desafios: temos que
R.T.J.: A mídia promove a circulação das
opiniões e pode construir e destruir subjetividades.
artigo
contato
Bioética:
uma área transdisciplinar
Thereza D'Espídula (CRP-08/04776)
Psicóloga da Comissão de Tanatologia
Partindo das três áreas principais de
abrangência da Psicologia em seus primórdios
– escolar, clínica e organizacional – os psicólogos vêm cada vez mais ocupando espaços
antes impensados (como trânsito, jurídica e
hospitalar, só para citar alguns exemplos) ou
mesmo novos espaços que surgem de diversas
necessidades, com o decorrer do tempo e o
desenvolvimento científico.
Situam-se neste último grupo as novas
discussões acerca de quais atitudes, dentre as
cientificamente possíveis, ainda se preocupam
em preservar a dignidade e autonomia individuais. Trocando em miúdos, trata-se de discutir quando e o quanto é ético usar-se do imenso
conhecimento que a ciência detém atualmente,
sem comprometer o poder decisório, a individualidade, a dignidade e a qualidade de vida
dos sujeitos a ela submetidos. A esse novo
campo de ação chamamos Bioética.
Mas definir bioética não é algo assim
tão simples. Correia, no artigo constante da
obra de Pessini discorre acerca das várias
definições possíveis da Bioética. Inicia com o
comentário de que a própria palavra Bioética –
ética da vida – já indica um conteúdo de
enorme abrangência, posto que tudo que é vida
lhe compete. Comenta que decorre daí a dificuldade de se dar a bioética uma definição
sumária e adequada, uma vez que as definições
tendem sempre a fixar fronteiras e a bioética
não tem fronteiras, não se definindo, por isso,
como as demais disciplinas.
Como mais uma das definições possíveis, a bioética aborda uma ampla gama de
questões sociais, indo além da vida e da saúde
humanas compreendendo também questões relativas à vida de animais e plantas. Em resumo,
a bioética trata da natureza, da flora, da fauna e
da vida humana, à luz dos valores humanos
aceitos em uma sociedade democrática, pluralista, secular e muitas vezes conflitante.
Lepagneur define que a bioética é
o lugar virtual, mas disciplinado, do encontro das dificuldades emergentes no tocante
às modalidades modernas da vida humana.
Por isso a bioética é uma encruzilhada de
conteúdo variável que tende, por meio de
diálogos e experiências, a suscitar um consenso empírico sobre normas a serem realmente implementadas.
Valls define a bioética como algo que
“surge a partir da consciência do problema do
divórcio entre o que tecnicamente já somos
capazes de fazer e aquilo que talvez devêssemos fazer ou deixar de fazer, e, portanto, da
consciência que o homem já tem em suas mãos
poder mais que suficiente para o suicídio coletivo, liquidando de vez o planeta.”
Conforme Clotet , “é preciso contar
com alguns princípios que auxiliem os profissionais a decidir e a agir corretamente, pois a
ciência, embora sendo a grande esperança, se
apresenta também como uma grande ameaça
para a vida humana.” E acrescenta ainda: “o
desenvolvimento da bioética exige a atitude
reflexiva que descobre se é o homem que usa a
ciência ou se, inversamente, é por ela usado.”
No volume da Coletânea Conexão
Psi referente à Tanatologia, temos que a
bioética surgiu como alerta ao descontrole de
práticas, pondo em perigo valores ainda honrados ou recentemente adquiridos. Sua tarefa
fundamental é a de estar permanentemente
reavaliando as ações dentro de uma determinada cultura, envolvendo questões sanitárias,
biológicas, médicas etc., sobretudo no que
diz respeito à escala de valores. A bioética
sofre, por isso, certo impacto de diferenciação de época a época, de região a região, mas
ela mesma se propõe também moderar o
eventual excesso de divergência, atuando
com certo grau de alteridade.
A bioética vem como uma nova revolução para o pensamento científico e para o
comportamento humano, restabelecendo o
diálogo entre a ética e a ciência, refletindo
sobre a conduta humana em relação à vida. A
bioética requer uma grande interação entre
diversas disciplinas e acontece então em
forma de um movimento mundial, buscando
a garantia da integridade e da autonomia dos
seres humanos. Envolve questões de direito
reprodutivo, da genética, da reprodução
assistida, aborto, direito de morrer com dignidade, entre outras. Diante de todas estas
definições, todas válidas e todas recentes,
temos que a bioética é plural.
Avanços contínuos na ciência e na tecnologia trazem uma infinidade de perguntas,
muitas das quais ainda nem sequer nos sentimos aptos a responder. A bioética então se
propõe a ser nossa tocha, nossa oportunidade
de lançar no caminho a percorrer uma tênue luz,
um começo de reflexão, um primeiro olhar.
Uma discussão desse porte não se faz,
porém, através de uma óptica única: muito pelo
contrário, movimentos em prol da bioética são
sempre necessariamente transdisciplinares,
justamente para propiciar a compreensão do
indivíduo como um todo. Valls aponta que a
formação de tal grupo envolve pessoas das
quais se “exige sensibilidade, mas também
inteligência; exige pensamento acostumado
aos procedimentos científicos, mas também
capaz dos vôos da reflexão mais larga e filosófica; exige uma capacidade toda especial de
unir a prudência da prática e a sensatez da
gestão de recursos limitados por um lado, e por
outro os princípios norteadores de uma atitude
moralmente sã.”
Há em tal contexto um lugar natural
para a Psicologia, à espera de que os psicólogos venham a ocupá-lo. De tal profissional será
exigido também, além do conhecimento teórico e prático da profissão e de tudo o já mencionado, um profundo sentimento de empatia,
um aguçado senso de alteridade, a capacidade
de ser um em meio a outros profissionais
importantes, além de partilhar e compartilhar,
sem reservas, saberes e opiniões.
contato 21
contatoartigo
O Poder da Imagem Televisiva
na Construção da Subjetividade
Angela Caniato (CRO-08/00336)
Regina Perez Christofolli Abeche
(CRP-08/02206)
Projeto de pesquisa intervençao
“Phenix- A ousadia do renascimento da
subjetividade cidadã” vinculada a pró-reitoria de
pesquisa e pós-graduação PPG da Universidade
Estadual de Maringá, Paraná, Brasil.
Foto. Erik Dungan
A mídia é um processo com
vários tentáculos: internet, computadores
pessoais, e-mails, orkut etc, mas que,
basicamente, é caracterizada pela capacidade de ver a distância. Cada vez mais
estamos assistindo a uma revolução nos
meios de comunicação, tendentes a
difusão imagética corrompida por sinestesias que se constituem em perversas
violências simbólicas, porque acarretam
confusões no processo de simbolização
dos indivíduos, inclusive, na discriminação entre o bem e o mal.
Como exemplo temos o que explica Santiago Alba Rico (2007) com o conceito de bombardeio democrático. Sartori
(2001) diz “o vídeo está transformando o
homo sapiens produzido pela cultura escrita em um homo videns, no qual a palavra
vem sendo destronada pela imagem.”
Uma espécie de ser humano
criado pela televisão –
diante de uma televisão
- antes mesmo de
saber ler e escrever.
A capacidade simbólica dos
seres humanos apresenta na linguagem a
função de comunicar e
isto se dá por meio de
uma articulação de sons
e signos – significantes
providos de significados.
Daí, pode-se dizer que o homem é um ser
que fala e é capaz de raciocinar a respeito
de si, do que fala e do que escuta. As civilizações se desenvolveram pela escrita e
essa possibilidade de transmissão do saber
se efetivou pela linguagem falada e escrita.
Até o final do século XV, a leitura
foi privilégio de pouquíssimos eruditos. O
homem que multiplicou o saber foi
Gutemberg em 1440, na Alemanha, que
revolucionou a comunicação com a criação da imprensa. No século XIX começa
um ciclo novo e diversificado de avanços
tecnológicos. Primeiro a invenção do telégrafo, em seguida do telefone e logo
depois do radio, que mantiveram preservados a natureza simbólica do homem,
cooperando para o desenvolvimento de seu
pensamento.
Em meados do século passado,
porém, ocorreu uma ruptura nesse sistema
de comunicação com a descoberta da televisão. A televisão consiste em ver de
longe. Nela a imagem e o olhar predominam sobre o falar, pois a televisão está em
função da imagem visual, por excelência.
Nesse aspecto, o telespectador passa a ser
mais um animal vidente do que auditivosimbólico. Rapidamente estamos passando
para uma era multimídia – na qual os
meios de comunicação são vários - e até a
televisão vem perdendo a soberania com a
parafernália da multimidialidade, pois o
nosso rei soberano passou a ser o computador, a imposição da solidão individual
e da impessoalidade.
Essa virada na forma de atingir os
indivíduos – esvaziamento do simbólico e
substituição pelo imagético virtual - ainda
tem na televisão o recurso de maior amplitude na difusão dessa manipulação do
mundo de representações dos indivíduos.
A informação visual, por meio da televisão, marca o advento da imposição
social dessa forma de comunicação. O
mundo simbólico – que caracteriza o ser
humano - fica restringido quando a comunicação pela palavra é deslocada para o
nível da exterioridade/ aparência da
imagem visual. A diferença é radical, pois
sabemos que a palavra é um símbolo que
nomeia o real e ao significá-lo é permitida
uma apreensão pelo homem cada vez mais
próxima da complexidade do real.
Ainda segundo Romanet (2000), a
informação tem sido o elemento preeminente na Era da Comunicação. As principais características da informação na atualidade são a superabundância e a velocidade próxima da luz, que são impingidas
aos indivíduos e por eles “captadas, desvirtuadas”. A abundância de informação que
se difunde, principalmente via imagens
virtuais, reflete o autoritarismo na “comunicação do silêncio”, processa a dominação psicossocial da indústria cultural
(Theodor Adorno).
Entender como essas mudanças
repercutem no psiquismo – quando o indivíduo fica exposto quase que exclusivamente a essa hiper-exploração senso-perceptiva – é tarefa urgente, pois sabemos
que a percepção é a mais primitiva das representações que os indivíduos constroem
de si e do mundo que os rodeia. Mais
ainda, essa restrição ao visual, na captação
perceptiva do mundo externo, reflete um
estreitamento nas suas possiblidades perceptuais e de simbolização dos homens.
Limitar a vida psíquica a essa exterioridade e estreitamento imagético aumenta a
fragilidade de cada indivíduo, jogando-o
na impotência provocada diante da não
compreensão da complexidade do real. As
informações abundantes em pouco tempo
completam o quadro confusional a que os
indivíduos estão expostos.
Essa instantaneidade contemporânea impossibilita o pensamento e a capacidade de apreensão dos indivíduos dos
acontecimentos, mantendo o ego em condições regressivas de funcionamento.
Conseqüentemente, a possibilidade de representar o real corretamente está prejudicada. Como fica a relação dos indivíduos
com o real externo a si, se também as
informações que lhe chegam estão danificadas e sob proibição de uma simbolização
mais consistente? Se os processos simbólicos superiores da consciência (pensamento, discernimento, julgamento) estão dificultados, como os indivíduos poderão se
dar conta dos engodos que lhes são
impingidos por uma sociedade que privilegia os lucros sobre a humanização?
Nesse reinado de falsas apreensões, torna-se fácil a prevalência da assimilação da ideologia, substituindo a compreensão verdadeira do real. Isto pode ser
observado no programa Big Brother Brasil
(BBB) – do tipo reality show - que se mantém como um dos maiores índices de
audiência da Rede Globo de televisão. E
por se apresentar como um show de realidade, impede o telespectador de perceber
ser um real fabricado. Este tipo de engano
facilita a identificação do expectador com
o estilo de vida dos sobreviventes, vencedores do programa.
Buscar conhecer os modelos de
identificação disseminados deste programa, ao colocar indivíduos em um cárcere
voluntário, isto é, em um laboratório onde
a sociedade é telegeneticamente alterada,
significa entender a servidão voluntária
das vítimas, em que o prisioneiro manifesta prazer ao usufruir do mal que se submete e da vergonha que se impõe. Mas,
principalmente, ajuda a entender o pior do
BBB, a espetacularização da violência
banalizada, pois, por ser um programa
interativo, coloca o telespectador como
cúmplice automaticamente ao compartilhar da exclusão do brother (votação). E
isto é feito para cumprir com o propósito
principal do programa, que é apresentado
de forma maquiada e enganosa, podendo
ser observado na fala do animador do programa: “Estas são as regras do programa, e
regras são regras.” Não são feitos questionamentos sobre a origem destas regras e
nem a serviço de quem elas estão, se da
vida ou, simplesmente, retroalimentam o
sistema político econômico da atualidade,
que para sua manifestacao impõe a reificação/morte do humano.
referências bibliográficas
- ABECHE, RPC. Por trás das câmeras ocultas a subjetividade desvanece, 2003.456 p.
Tese de doutorado, Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo.
- ADORNO, T. HORKHEIMER.M. Dialetica do esclarecimento. Rio de Janeiro,
Jorge Zahar, 1985.
- ALBA RICO, S. El simbolo y sinestesias, bombardeo pacificador.
In:www.rebelion.org/noticia. Acesso em 28 de abril de 2007.
- FREUDS. El yo y el ello. In: Obras completas. Vol.1 Madrid:Biblioteca nueva, 1948,
p.1191-1212.
- GUARESCHI,P. Os construtores da informação: meios de comunicação, ideologia e ética.
Petrópolis:Vozes, 2000, p.380.
- RAMONET, I. Palavração. In:Revista de Psicanálise. Ano 4, n 4, Curitiba, nov.2000,
p.114-116.
- SARTORI, G. Homo Videns. São Paulo: Edusc, 2001, p.152.
- SODRÉ, M. A máquina de narciso: televisao, indivíduo e poder no Brasil, 3 ed.
São Paulo:Cortez, 1994, p.141.
artigo
contato
IJPR promove simpósio
para discutir Psicologia Analítica
Nos dias 17 e 18 de maio será realizado o I Simpósio do Instituto Junguiano
do Paraná (IJPR) com o tema “Psicologia
Analítica: teoria e prática”. O evento acontece no teatro do HSBC, em Curitiba, e é
aberto para o público em geral. Segundo a
presidente do IJPR, Maria de Lourdes
Bairão Sanchez (CRP-08/00007), são
vários os objetivos que norteiam o evento,
mas o principal é abrir o IJPR e a
Psicologia Analítica para a comunidade.
“Os Junguianos ficam sempre muito
fechados e precisam desse contato com
outras vivências, tanto da própria área
quanto da sociedade”, declara Maria de
Lourdes.
esclarecer o trabalho analítico”, exprime
Clara. Apesar de aberto ao público, no
encontro só serão apresentados trabalhos
de integrantes do Instituto. Atualmente o
IJPR é formado por 14 membros e desses,
cinco fazem parte do Instituto Junguiano
de São Paulo (IJSP). Ainda há mais nove
membros candidatos.
A presidente do IJPR explica que
serão feitas reflexões sobre a teoria e prática. “Jung é discutido por muitas áreas do
saber, pois ele introduziu discussões em
variadas áreas, mas queremos nos focar
sobre a prática analítica. É o Jung analista
que nós estamos discutindo”, conta.
A diretora administrativa do IJPR,
Renata Cunha Wenth (CRP-08/02952),
afirma que também há um objetivo institucional. “Estamos organizando um Congresso Internacional de Psicologia Analítica para 2010. Então começamos com o
pequeno, o íntimo, por isso a realização do
Simpósio”, esclarece Renata. O Congresso
está programado para o segundo semestre
de 2010 e terá o tema “Criação”. Outras
pessoas poderão submeter trabalhos, não
necessariamente psicólogos. “O Jung é
multidisciplinar, por isso é importante
visões de outras profissões e áreas”, explica Clara.
Outro objetivo do Simpósio, de
acordo com a presidente da comissão organizadora, Clara Rossana Ferraro de Sá
(CRP-08/04374), é estimular os membros
do IJPR a produzirem, fazerem reflexões
sobre as práticas e compartilharem. “Eu
acho que a prática clínica é de uma
importância transformadora. Queremos
Elas comentam que desde a sua
fundação em 2004 até agora, as portas do
IJPR têm sido mais estreitas. “Temos uma
pequena abertura com eventos que promovemos, como o Conversa Fiada e os
Seminários Interdisciplinares, mas agora
com o Simpósio isso vai ser muito maior”,
explicam.
O IJPR foi fundado no final de
2004, sendo parte da Associação Junguiana do Brasil (AJB), a qual, por sua
vez, é membro da International As sociation of Analytical Psychology
(IAAP) de Zurique, na Suíça. O Instituto
é uma entidade cultural que tem como
objetivos o aprimoramento da Psicologia
Analítica (linha analítica fundada por
Jung), a divulgação dessa obra e a formação para psicólogos e médicos. Também há a prestação de serviços de assessoria e consultoria terapêutica.
O curso de formação tem duração
de quatro anos e a finalidade de propiciar
aos profissionais os fundamentos teóricos e práticos do exercício profissional
de analista na perspectiva junguiana.
Para a formação são exigidas 100 horas
de supervisão individual e 240 horas de
análise individual, além da apresentação
de estudo de caso clínico e a defesa da
monografia.
Para candidatar-se ao curso é
necessário ser médico ou psicólogo,
com registro no respectivo Conselho de
Classe há pelo menos dois anos, e ter
dois anos de exercício de prática clínica
em psicoterapia. Os candidatos também
deverão comprovar 50 horas de supervisão clínica individual e vivência mínima de 100 horas de análise individual,
transcorridos no período máximo de
dois anos.
Informações:
Data: 17 e 18 de maio de 2008
Local: Teatro do HSBC
Avenida Luís Xavier, 11 A
(Rua das Flores) Centro
Curitiba - Paraná.
Inscrições: No IJPR,
pelo site www.ijpr.org.br ou
pelo telefone (41) 3252-5868.
inscritos
novos
O CRP-08 dá as boas-vindas
aos novos inscritos de janeiro e fevereiro de 2008
novos inscritos
Adelice Porfirio - CRP-08/13252
Adriano Brollo - CRP-08/13272
Alexandra A. Rodrigues - CRP-08/13294
Alexandre Felipe Pacini - CRP-08/13161
Alfredo J. V. C. da Cunha - CRP-08/13167
Allan Augusto de Araujo - CRP-08/13189
Allan Martins Mohr - CRP-08/13155
Amanda Teles Schiavo - CRP-08/13241
Ana Lucia Muller Silveira - CRP-08/13332
Ana Madalena Araldi - CRP-08/13188
Ana Paula Baldo - CRP-08/13317
Ana Paula Frazili de Godói - CRP-08/13334
Ana Paula Pereira - CRP-08/13277
Ana Paula Pereira Martins - CRP-08/13267
Ana Paula Piana Freitas - CRP-08/13301
Ana Suy Sesarino - CRP-08/13236
Andrea Catia Beluomini - CRP-08/13290
Andrea T. S. da S. Amude - CRP-08/13310
Andréia C. dos S. Kleinhans - CRP-08/13148
Anelise Justechechen - CRP-08/13134
Angela Prigol - CRP-08/13349
Angelica Emi de A. Kuroki - CRP-08/13219
Beatriz Fatima F. Zardo - CRP-08/13247
Bianca da Fonseca Primak - CRP-08/13319
Bruna Alvares Lunardelli - CRP-08/13208
Bruna Bandeira - CRP-08/13230
Bruna Troia Pitelli - CRP-08/13282
Bruno Jardini Mader - CRP-08/13323
Camila Carneiro - CRP-08/13113
Camilla Correia - CRP-08/13120
Camila Cristina R. Orlandini - CRP-08/13338
Camila Ferreira Dlugokenski - CRP-08/13265
Camila Guadanhin - CRP-08/13283
Camila Leucz - CRP-08/13186
Carina Paula Costelini - CRP-08/13284
Carla de O. Vaz Chiarello - CRP-08/13187
Carlos Eduardo Cassiano - CRP-08/13135
Carmen Lúcia Boing - CRP-08/13194
Caroline Gugelmin Barros - CRP-08/13104
Cassandra de Oliveira - CRP-08/13318
Cassiano Luis Stechechen - CRP-08/13116
Celisse Yurika Otsuka - CRP-08/13330
Christiane Pilch - CRP-08/13176
Cibele Denardi - CRP-08/13345
Cintia B. da S. Girardello - CRP-08/13094
Clarissa Araujo Brunetto - CRP-08/13273
Claudia Lorenzatto - CRP-08/13090
Claudia Moema Z. Borille - CRP-08/13108
Claudia Tucunduva - CRP-08/13308
Cleidionara Altmeyer - CRP-08/13204
Cleomir Vaz - CRP-08/13352
Cristian Bredow Büergel - CRP-08/13276
Cristiano R. Zandonay - CRP-08/13170
Daiani de Fátima Moura - CRP-08/13093
Daliana Maria Moll - CRP-08/13292
Dalva Silva de Paula - CRP-08/13168
Daniel Gerimias - CRP-08/13150
Daniel Mathias Otto - CRP-08/13233
Daniela Cristina Millan - CRP-08/13163
Daniele Cardoso da Silva - CRP-08/13325
Danila Cardoso de Oliveira - 13359
Darlan Venturi dos Santos - CRP-08/13172
Demeuri Ribeiro da Silva - CRP-08/13191
Dila Lima - CRP-08/13133
Elaine Cristina T. dos Santos - CRP-08/13166
Eliane Conceição L. da Luz - CRP-08/13190
Elisa Ornellas - CRP-08/13287
Elisiara da C. C. V. Freitas - CRP-08/13193
Elizangela Catani - CRP-08/13180
Evandro C. Santinello - CRP-08/13350
Eveline Tieme Tsuda - CRP-08/13289
Fabio Seidel dos Santos - CRP-08/13354
Fabricio R. de Moura - CRP-08/13225
Fernanda D. de Carvalho - CRP-08/13200
Fernanda R. Cavalheiro - CRP-08/13175
Fernanda Silva da Costa - CRP-08/13106
Flavio Roberto A. Lemos - CRP-08/13238
Francis Keila F. N. Grillo - CRP-08/13215
Francislene F. de Camargo - CRP-08/13086
Gabriel Salata Kuss - CRP-08/13309
Gabriela Comper - CRP-08/13255
Gessyca Correia dos Santos - CRP-08/13337
Gilberto Luiz M. Junior - CRP-08/13322
Giovana do R. M. Kawashita - CRP-08/13344
Giuliane Oliveira dos Santos - CRP-08/13340
Gislainy Liliam Moraes - CRP-08/13136
Glicelda Rodrigues Caillava - CRP-08/13154
Graciela Bombardelli - CRP-08/13131
Graciele Roberta B. Borille - CRP-08/13107
Grasiane Helena Froggel - CRP-08/13263
Greicibely Faccin Borges - CRP-08/13202
Gustavo Almodim de Lima - CRP-08/13209
Heloisa Fresneda Villibor - CRP-08/13296
Hilde Cristina C. Frehner - CRP-08/13196
Hivi Castro Ruiz Marques - CRP-08/13200
Iasmin Zanchi Boueri - CRP-08/13257
Ingrid Fonseca Maich - CRP-08/13256
Isabella Pohl Pedroso - CRP-08/13259
Izelda Cardoso de Oliveira - CRP-08/13288
Jaime Canfield - CRP-08/13158
Jeferson L. T. de Carvalho - CRP-08/13269
Joice Gonçalves Rodrigues - CRP-08/13129
Joicy Anne Silva - CRP-08/13234
Jorge Luiz Calazans da Silva - CRP-08/13227
José Luis Manicka - CRP-08/13327
José Tarcisio V. Aguilar - CRP-08/13242
Josiane Pereira de Azevedo - CRP-08/13142
Josilene Aparecida Schimiti - CRP-08/13229
Josimara Cadamuro Pires - CRP-08/13299
Julia Raquel Paschoal - CRP-08/13160
Juliana Maria Sanches - CRP-08/13217
Juliana Marques Meirinho - CRP-08/13231
Juliana Rauen - CRP-08/13348
Juliana Ribas Sartori - CRP-08/13254
Juliana Ruzzon - CRP-08/13228
Karen Canni da Costa - CRP-08/13088
Karen Eloize Lecht - CRP-08/13099
Karina Kuchnir - CRP-08/13270
Karla Fernanda Paulino - CRP-08/13092
Karla Hruschka - CRP-08/13261
Laila Alves de Souza - CRP-08/13249
Larissa de Oliveira Gonçales - CRP-08/13339
Larry Ribeiro Pinto - CRP-08/13127
Leandra Koginski Cortelleti - CRP-08/13145
Leila Cavernagui Cordeiro - CRP-08/13335
Leila Lilian Susko Zotto - CRP-08/13147
Leticia Lara Ravanello - CRP-08/13103
Leticia Lilian Peretti - CRP-08/13185
Ligia N. Matte Zunsztern - CRP-08/13169
Lisiane Bello Taques - CRP-08/13328
Luana Oliveira Camporezzi - CRP-08/13291
Luciana Dias Terra - CRP-08/13164
Luciana Jacinta Sidoli - CRP-08/13110
Luiz Arilton Vieira - CRP-08/13162
Luna Idália Pinheiro - CRP-08/13237
Luziane de Fatima Kirchner - CRP-08/13195
Mara Antonieta N. F. Luiz - CRP-08/13098
Marcela Miki Moreira - CRP-08/13206
Marcia Cristina Veiga CRP-08/13212
Marcia O. Sponchiado - CRP-08/13262
Marcos Vinícius Brunhari - CRP-08/13146
Marenice de Fátima F. Quadros - CRP-08/13173
Maria Angelica Chagas - CRP-08/13182
Maria A. M. Pedersen - CRP-08/13245
Maria Aparecida Kuerten - CRP-08/13181
Maria Arlete Silveira - CRP-08/13285
Maria Cecilia B. Araujo - CRP-08/13250
Mariana Amaral - CRP-08/13213
Mariana Galesi Bueno - CRP-08/13324
Mariana Giacomini Bueno - CRP-08/13346
Mariana Verpa Sanches - CRP-08/13221
Mariângela Biscaia - CRP-08/13275
Marilane de Oliveira - CRP-08/13329
Marilei Krauss - CRP-08/13115
Marilia Boaron Sprea - CRP-08/13239
Marilia Loinacki - CRP-08/13096
Marina Gonzalez Valeton - CRP-08/13268
Marina Reguero Marques - CRP-08/13141
Mario Cimbalista Junior - CRP-08/13305
Mayra Campos Francica - CRP-08/13303
Melina Gomes Madureira - CRP-08/13174
Michel Andrew Nogara - CRP-08/13203
Miguel Novicki - CRP-08/13244
Milene Buschle Moura - CRP-08/13184
Mirella Rugani Dancieri - CRP-08/13218
Naila Maria R. de Oliveira - CRP-08/13321
Natalia Francischini Paulino - CRP-08/13201
Nicole Calsavara Tomazella - CRP-08/13220
Nilton Vieira de Mattos - CRP-08/13216
Noel Rodrigues de Almeida - CRP-08/13278
Ocimar G. Olivetti Filho CRP-08/13091
Oriane de L. Drohomereski - CRP-08/13197
Orivaldo F. de Sales Filho - CRP-08/13226
Osvaldo B. de M. Netto - CRP-08/13258
Otavio Akio Tomita Mori - CRP-08/13297
Palmira Donda Soares - CRP-08/13264
Paola Brandalise Bettega - CRP-08/13132
Patricia Carniel - CRP-08/13351
Patricia Madalozzo Teixeira - CRP-08/13300
Paula Adriana Derner - CRP-08/13293
Paulo Adriano Rosa - CRP-08/13137
Paulo Penha de Souza Filho - CRP-08/13139
Priscila Alves Timbo - CRP-08/13326
Priscila de Andrade - CRP-08/13279
Priscilla Furusho Weiber - CRP-08/13307
Priscila Martins - CRP-08/13126
Rafaela Baratieri Augusto - CRP-08/13347
Ramaiane M. de O. Viana - CRP-08/13124
Raquel Dias da Silva - CRP-08/13333
Raquel do Rocio Caron - CRP-08/13165
Raquel Rossino Murakami - CRP-08/13280
Raquel Sebben dos Santos - CRP-08/13353
Raphaele Greinert Pariz - CRP-08/13251
Regiane Repczuk - CRP-08/13260
Renata Berberi Schulz - CRP-08/13253
Renata B. do Nascimento - CRP-08/13235
Ricardo Corrêa de Almeida - CRP-08/13152
Rita Chiodi - CRP-08/13274
contato 25
Rita de Cassia C. Waltrick - CRP-08/13112
Rita de Cassia S. B. Lopes - CRP-08/13214
Roberta Hofius - CRP-08/13123
Rosangela K. Brodhage - CRP-08/13248
Rosecler Netto - CRP-08/13243
Sabrina P. Benso - CRP-08/13320
Samantha de F. Becegato - CRP-08/13341
Sandra Ines Correia - CRP-08/13109
Sandra Maria Duarte - CRP-08/13143
Sandra Regina Galvão - CRP-08/13223
Séphora Eloé R. Cordeiro - CRP-08/13199
Sergia Larissa Pinheiro Fritiz - CRP-08/13331
Sergio José Assunção Tuma - CRP-08/13156
Sheron Atolini - CRP-08/13157
Shirley Mariah Ranckel - CRP-08/13097
Silvia Helena Benvenho - CRP-08/13211
Silvia Rita Rodrigues - CRP-08/13302
Simone de A. Soares - CRP-08/13128
Sinara Bernir de Souza - CRP-08/13266
Sirlene Chaikovski - CRP-08/13111
Solange Farah Wachholz - CRP-08/13102
Stéfanie Cristina Schmalz - CRP-08/13138
Stélios Sant'anna Sdoukos - CRP-08/13140
Suelem Teresinha Brisky - CRP-08/13105
Suelen Adriane B. Marques - CRP-08/13207
Suzana Elis Ganz - CRP-08/13178
Suzane Schultz - CRP-08/13114
Taise Signorini - CRP-08/13336
Talita Gasque Barbosa - CRP-08/13304
Tatiana A. A. M. da Rocha - CRP-08/13286
Tatiana Rabitto - CRP-08/13179
Tatiana Riekowski - CRP-08/13095
Tatiane Bastos Trevizan - CRP-08/13295
Tatiane Martins Dolatto - CRP-08/13306
Tatiane Teixeira - CRP-08/13100
Thais A. M. de Carvalho - CRP-08/13222
Thais Cristina Gutstein - CRP-08/13298
Thais Ellen Gomes Provenzi - CRP-08/13177
Thais Lira França Adorno - CRP-08/13153
Thaise Lohr - CRP-08/13240
Thalita Canato - CRP-08/13198
Vanessa Kamila M. Rosa - CRP-08/13210
Vanessa Regina Garcia - CRP-08/13089
Vanessa Rodrigues Goltz - CRP-08/13246
Vanessa Sander - CRP-08/13101
Veronicka Seegmueller - CRP-08/13159
Verenice Moteleski Olchel - CRP-08/13271
Waldna Batista Suzuki - CRP-08/13342
Wellington A. Grisante - CRP-08/13224
Wivian Christian Mineiro Sá - CRP-08/13281
inscrição por transferência
Alana Lilaene Zatorsky - CRP-08/13311
Ana Carolina S. F. Heinzen - CRP-08/13117
André Reis Acauan CRP - 08/13315
Claudia dos Santos de Paula - CRP-08/13355
Daniela da Silva Chiminski - CRP-08/13119
Danielle Almendra P. de Sousa - CRP-08/13085
Élina Cristina Urzulin Rocha - CRP-08/13122
Francie Schafer Coelho - CRP-08/13312
Javier Roberto Ortiz Iporre - CRP-08/13316
Leandro Casagrande - CRP-08/13314
Kelly Bedin França - CRP-08/13358
Maira Soares Gomes - CRP-08/13118
Maria Cristina Sonsin - CRP-08/13356
Natalia Cristina de Oliveira - CRP-08/13121
Nilza Maria Fraga Riveiro - CRP-08/13087
Renata Padula Almeida - CRP-08/13357
Sabrina Machado - CRP-08/13313
Vanessa Regina Garcia - CRP-08/13089
Inscrição secundária
Marcia Ricardo - CRP-08/IS-129
Meiri Inoue - CRP-08/IS-127
Sonia Maria Mena Barcelos - CRP-08/IS-130
Solange Gomes da Silva - CRP-08/IS-126
Vivian Castilho Clemente - CRP-08/IS-128
reativação
Ana Lucia Stellin Montenegro - CRP-08/00279
Ana Paula do Carmo e Silva - CRP-08/08728
Andréia Cristiane Bozza - CRP-08/09367
Aristeu Mazuroski Junior - CRP-08/10028
Carmen Lucia A. Bastos de Mello - CRP-08/02344
Cintia Helena dos Santos - CRP-08/05858
Cyntia Dalazeu Winiarski - CRP-08/10202
Juliana Francielli Schmitz - CRP-08/11962
Marcos Serafim Furtado - CRP-08/10330
Marien de Freitas Santos - CRP-08/01858
Renata Pereira - CRP-08/06841
Rita de Cacia Cercal Lorenzzoni - CRP-08/02134
Rosemary Lahud - CRP-08/02948
Sheila Tioko Kondo Simões - CRP-08/11129
Suzana Blanski Schnekenberg - CRP-08/04976
Thiago Benatto Pereira da Silva - CRP-08/11245
reativação por transferência
Dayse Martins Kuster - CRP-08/04208
Márcia Regina de Oliveira Sousa - CRP-08/07761
Neli Maria Tavares - CRP-08/01963
Olivia Justen Brandenburg - CRP-08/10609
Patrícia Pádua Moreira - CRP-08/07261
inscrição principal definitiva
Rosangela da Costa Gomes - CRP-08/13343.
registro de pessoa jurídica
Instituto Maringaense de Gestalt-Terapia Ltda - CRP-08/PJ-00295
falecimentos
É com pesar que o CRP-08 informa o falecimento dos profissionais:
Lucimar Cunha Zaniolo (CRP-08/06537), Marieva Aparecida Gomes (CRP-08/03630), Marilu Manrich (CRP-08/05502).
26 contato
agenda
contato
Pós-Graduação ISBL - Inscrições abertas para 2008
Especialização: Aconselhamento Familiar; Aconselhamento Hospitalar e
Domiciliar; Formação em Terapia de Casal e Família (2009).
Atualização: Dinâmica de Grupos.
Mais Informações: (43) 3379-7200 - [email protected] - www.isbl.org.br/pos.
Afiliada CCFH - Universidade de Chicago, USA.
Parceria FTSA (reconhecida pelo MEC - portaria 4449 de 22/12/2005).
Local: Londrina - PR.
Cursos em Avaliações Psicológicas
Coordenação: Paulo Vaz - CRP 08/03118
Formação em Avaliação Psicológica - Período: Maio de 2008 a maio de 2009
Entrevista e Aconselhamento Psicológico - Período: maio de 2008 a
dezembro de 2008. Teste de Pfister - 28/06/08/ PMK - 12/07/08
Palográfico - 09/08/08/ PMK (Avançado) - 23/08/08
Inscrições Abertas! Informações: Rua Nunes Machado, 472-7À andar -sl 702
Ctba (PR). (41)33235344 - (41) 91128187 - [email protected]
3º Curso de Tanatologia - Educação para a Morte
Período: Março a Novembro - 2008 em Cascavel PR
Público alvo: Estudantes de Graduação, Pós-graduação e profissionais
de qualquer área. Informações e Inscrições (abertas): [email protected]
www.famipar.com.br - Fone/Fax: (45) 3226-1340 - Coordenadora do curso: Sandra
Mara Abrão David Teixeira - CRP-08/07291-0 - Apoio: Curso de formação
FAMIPAR. Local: Faculdade Missioneira do Paraná
Av. Guairá, 510 - Jd. Seminário - Cascavel - PR.
Curso Básico de Ludoterapia
Alessandra Fendrich - CRP 08/8846
Carga Horária: 10 horas
Data: 09 e 16/05/2008.
Informações: (41)3252-4439 / 9938-4092
E-mail: [email protected]
Local: Curitiba-PR
Curso de Técnicas de Relaxamento
Psic. Rita de Fátima Carvalho Barbosa de Souza - CRP-08/7732
Curso Teórico, Vivencial e Prático de Introdução ao Conhecimento das Técnicas
de Relaxamento. Data: 17 de maio de 2008 (sábado)
Horário: das 8h às 18h. Informações: (41) 3243-8654 ou 9116-8894
[email protected] - www.psiccom.com
Endereço: Avenida República Argentina, 665 - ˘gua Verde.
Local: Curitiba - PR.
Curso Formação em Orientação Profissional
Data: abril a junho - Local: Clínica Contato
Rua Fernando Simas, 221 - fundos - Bigorrilho
Hor.: sextas-feiras, das 8h30 às 17h30
Coordenação: Gilvanise Gulicz Vial
Inscrições abertas
Informações: (41) 3234-1616 ou (41) 8847-9934
www.portalvocacional.com.br
Intercef - Instituto de Terapia e Centro de Estudos da Família - promove:
Curso de Terapia Familiar Sistêmica
Início: 15 de março - 2008. Término: dezembro - 2009
Curso de Terapia de Casal. Início: 8 de março - 2008. Término: dezembro - 2008
Público Alvo: Psicólogos - consulte vagas para abril. Inscrições Abertas
Inf.: (41) 3338-8855 - [email protected]
www.intercef.com.br - Local: Todos os cursos serão um sábado ao mês,
realizados em Curitiba - PR.
O grupo Psicosaúde oferece:
Curso de Psicologia Hospitalar e Curso de Psicologia Hospitalar
com ˙nfase em UTI - módulos I e II
Hospitais: Vita Curitiba, Vita Batel e das Nações
Início: Março/2008
Informações: (41) 3362-6633 ou 9971-4408
e-mail: [email protected]
site: www.psicosaude.com.br
De Avellar Consultoria, Treinamento e Desenvolvimento Humano promove:
Treinamento em EMDR - é uma terapia especialmente empregada no
tratamento de transtorno de estresse pós-traumático. Módulo Avançado (Nível 2)
Data: de 25 a 27 de abril de 2008 - Módulo Intermediário
Data: de 01 a 03 de agosto de 2008 - Vagas limitadas.
Coordenação: Deuza Maria de Avellar - CRP 08/05996
Informações: (41) 3338-8547 - www.emdrparana.com.br
[email protected]
Cursos de Formação
Coordenação: Lysle Marley Farion de Aguiar - CRP: 08/6930
1) Avaliação Psicológica;
2) Psicopatologia;
3) Terapia Cognitivo Comportamental.
Informações: www.avaliacaopsicologica.com
Fone: (41) 3233-1422
Rua José Loureiro, 464 - Curitiba - PR
Associação de Logoterapia Viktor Emil Frankl - Alvef
CURSO Formação e Especialização em Logoterapia.
NOVA TURMA - MARÇO/ABRIL - 08
Cursos Breves, Palestras, Grupo de Estudo, Encontros.
A Logoterapia é aplicada às diversas áreas - psicológica,
médica, escolar, profissional, social.
Fone: (41) 3223-9101
[email protected]
III JORNADA DA ABENEPI - CAPÍTULO PARANÁ
"Prevenção e Diagnóstico Multidisciplinar na Infância e Adolescência"
Hotel Bourbon, Curitiba, entre 22 e 24 de maio de 2008
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Na Boca Maldita, ao longo de todo o dia 21 de maio de 2008
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Excelente localização. Av. Pres. Getúlio Vargas, 2682 - ˘gua Verde. Fone: 41 3243 1007. Informações com Ana Cláudia. Curitiba - PR.
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contato 27
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