ISSN 1808-2645 Foto. Stockxpert Ano 09 - Edição nº 56 - Mar/Abr/2008 - Publicação Bimestral - Conselho Regional de Psicologia do Paraná sumário contato expediente contatoeditorial ética conselho contatoinquietações psicólogodasilva Relatório Comunicação notasgerais contatoartigo Mídia e violência contatoartigo Participação e ética na Avaliação Psicológica capa matéria Mídia e a construção da subjetividade matériacontato Sistema Conselhos em favor da democratização da comunicação contato entrevista Classificação Indicativa: Censura ou proteção? artigo contato Bioética: uma área transdiciplinar contatoartigo O poder da imagem televisiva na construção da subjetividade artigo contato IJPR promove simpósio para discutir Psicologia Analítica inscritos novos O CRP-08 dá as boas-vindas aos novos inscritos de janeiro e fevereiro de 2008 agenda contato Diretoria - Presidente: João Baptista Fortes de Oliveira - Vice-Presidente: Rosangela Lopes de Camargo Cardoso - Secretária: Marilda Andreazza dos Anjos - Tesoureiro: Celso Durat Junior Conselheiros Adriana Tié Maejima, Anaides Pimentel S. Orth, Beatriz Dorigo, Celso Durat Junior, Denise Matoso, Dionice Uehara Cardoso, Eugenio Pereira Paula Junior, João Baptista Fortes de Oliveira, Maria Elizabeth Haro, Maria Sezineide Cavalcante de Mélo, Márcia Regina Walter, Mariana P. Bacellar, Marilda Andreazza dos Anjos, Marina Pires Machado, Rosangela Lopes de Camargo Cardoso, Rosângela Maria Martins e Rosemary Parras Menegatti. Subsedes - Londrina Avenida Paraná, 297- 8° andar - sala 801 e 802 - Ed. Itaipu - CEP 86010-390 Fone: (43) 3026-5766/ (43) 8806-4740 Conselheira: Denise Matoso e-mail: [email protected] - Maringá Avenida Mauá, 2109 - sala 08 - CEP 87050-020 Fone: (44) 3031-5766/ (44) 8808-8545 Conselheira: Rosemary Parras Menegatti e-mail: [email protected] - Umuarama Rua Rui Ferraz de Carvalho, 4212 - CEP 87501-250 Fone: (44) 3055-4119/ (44) 8808-8553 Conselheira: Rosângela Maria Martins e-mail: [email protected] - Cascavel Rua Paraná, 3033 - sala 41 - CEP 85810-010 Fone: (45) 3038-5766/ (45) 8808-5660 Conselheira: Marina Pires Machado Coordenadora: Lenita T. Sturm da Veiga e-mail: [email protected] Representações Setoriais - Campos Gerais Representante setorial efetivo: Marcos Aurélio Laidane - Fone: (41) 8802-0949 Representante suplente: Lúcia Wolf - Campo Mourão Conselheira: Maria Sezineide Cavalcanti de Mélo – Fone: (44) 8828-2290 Representante suplente: Patrícia Rohering Domingues dos Santos - Guarapuava Representante efetiva: Egleide Montarroyos de Mélo - Fone: (42) 8801-8948 Representante suplente: Tânia Mansano - Foz do Iguaçu Representante efetiva: Mara Julci K. Baran - Fone: (45) 8809-7555 Representantes suplentes: Gláucia E. W. de Souza e Dayse Mara Bertoldi - Sudoeste Representante efetiva: Maria Cecília M. L. Fantin - Fone: (46) 8822-6897 Representante suplente: Geni Célia Ribeiro - Norte Pioneiro Representante efetiva: Sônia Maria Barone Lopes Fone: (43) 8809-7555 Representante suplente: Nucinéia Aparecida de Oliveira - Litoral Representante efetiva: Karin Bruckheimer - Fone: (41) 8848-1308 Representante suplente: Alan Mansano - Paranavaí Representante efetiva: Carla Christiane Amaral Barros Alécio – Fone: (44) 8828-2289 Representante suplente: Cláudia Lucio Chaves - União da Vitória Representante: Elizabeth Ulrich - Fone: (42) 8802-0714 Produção Contato: informativo bimestral do Conselho Regional de Psicologia 8 - Região. (ISSN - 1808-2645) Avenida São José, 699 - CEP 80050-350 - Cristo Rei - Curitiba - Paraná Fone: (41) 3013-5766. Fax: (41) 3013-4119 Site: www.crppr.org.br / e-mail: [email protected] Tiragem: 10.000 exemplares. Impressão: Maxigráfica e Editora Ltda. Jornalista Responsável: Kelly Ayres (6186/DRT-PR) Projeto Gráfico: RDO Brasil - (41) 3338-7054 - www.rdobrasil.com.br Designer Responsável: Leandro Roth - Diagramação: Cristiane Borges. Ilustração (Psicólogo da Silva): Ademir Paixão Preço da assinatura anual (6 edições): R$ 20,00 Os artigos são de responsabilidade de seus autores, não expressando, necessariamente, a opinião do CRP-08. contatoeditorial A mídia hoje é parte de nosso cotidiano. Dificilmente olha-se para um local e não se vê algo ligado à mídia. São propagandas espalhadas em outdoors e cartazes por toda a cidade, televisores em diferentes ambientes da casa ou do trabalho, acesso à internet nos mais diversos locais, jornais e revistas sobre tudo e para todos. Em quase tudo, senão em tudo, a mídia está presente. O que pretendemos com esta edição da revista Contato é debater o efeito da mídia na subjetividade das pessoas. Para tanto, foram entrevistados psicólogos e profissionais da área da comunicação. Apresentamos ainda um movimento em que o Sistema Conselhos de Psicologia está inserido, o movimento a favor da Democratização da Comunicação. A pergunta que vários especialistas e estudiosos vem tentando responder é: se a mídia está presente em tudo, qual é seu impacto na vida das pessoas? As posições sobre o assunto são as mais variadas possíveis. Queremos alertar para a necessidade e a mobilização da categoria nessa discussão. A comunicação é mais um importante espaço em que o psicólogo pode e deve se envolver. ética conselho Edital de Censura Pública O Conselho Regional de Psicologia - 8a Região, em obediência ao disposto na Lei no 5.766/71, Decreto nº 79.822/77 e Código de Processamento Disciplinar, pelo presente Edital torna pública a decisão deste Conselho Regional de Psicologia 8ª Região juntamente com o Conselho Federal de Psicologia no Processo Ético Disciplinar no 003/2003 em aplicar a pena de CENSURA PÚBLICA à Psicóloga IDETE JOSEFINA FERREIRA CRP-08/00599 por infração aos seguintes artigos do Código de Ética Profissional dos Psicólogos: Artigo 2º - É vedado ao psicólogo: alínea “j” “Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo com o atendido, relação que possa interferir negativamente nos objetivos dos serviços prestados”; e Artigo 9º - “É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional”. Curitiba, 26 de fevereiro de 2008. Psic. João Baptista Fortes de Oliveira CRP-08/00173 - Conselheiro Presidente. contatoinquietações Denise Matoso (CRP-08/2416) Conselheira Existe um sentimento de angústia extremo quando é feita uma análise das condições de trabalho dos psicólogos no atendimento à população que não tem acesso ao consultório. Alguns profissionais já estão neste tipo de atendimento há muitos anos e aprenderam na prática a dificuldade existente, tendo que partir para a busca pessoal com cursos, supervisões e grupos de estudos que lhes fornecessem condições de trabalho com a qualidade necessária e que não foi feito durante a graduação. A formação ainda não fornece embasamento suficiente para que o profissional consiga dar conta dos resultados gerados pela expectativa em relação ao nosso trabalho. E a demanda está cada vez maior. As universidades têm apresentado grande interesse nesta formação, porém tem sido um interesse insuficiente para a necessidade do momento. Um outro aspecto importante é a falta de comprometimento do profissional quanto à sua participação em todo o processo político envolvido no futuro de nossa inserção no mercado de trabalho. Mesmo em relação aos profissionais que estão trabalhando dentro das políticas públicas, tem-se notado que a participação nos Conselhos de Controle Social e nas Conferências (municipais, estaduais e nacionais) está muito aquém do mínimo esperado. A participação nas Conferências é de vital importância quando se pensa que quase todas as resoluções a respeito de como, onde e quantos profissionais serão inseridos são tomadas através das deliberações dessas Conferências. Não é necessário que estejamos trabalhando com políticas públicas para participar deste movimento, mas sim o fato de querermos melhorar o futuro de nossa profissão. Para isto é necessário que o profissional psicólogo esteja engajado com as lutas pertinentes à nossa profissão. Algumas classes profissionais mais novas do que a nossa já conseguiram feitos grandes como piso salarial, jornada de trabalho e inserção em vários projetos governamentais através de sua mobilização. Há de haver um tempo no nosso dia para que pensemos a esse respeito, é só querer. psicólogodasilva Por Tonio Luna (CRP-08/07258) relatório Comunicação O carro faz a curva e quase voa João. Eu seguro a porta para não abrir e não encosto no banco para não quebrar. Uma galinha cruza a frente do carro e Deisy começa a gritar. Raphael mergulha e acha uma chave em pleno mar. Guilhermino descobre o monumento a José Marti. Assim aconteceram algumas cenas brasileiras na terra de Fidel. Conversávamos animadamente, sem nenhuma censura, a cada dez passos. Não era assim com o povo local. Castrados e embargados de suas necessidades básicas, perambulavam entre uma depressão e outra, tais como cães e gatos destituídos de suas cordas vocais. Lá e aqui faz-se necessária uma Psicologia que avalise o direito subjetivo de se comunicar. Dedicado a todos “los compañeros” da aventura Cubana. contato 07 gerais notas Aprovados no concurso do CRP-08 O que acontece nas subsedes Os aprovados no concurso do CRP08 já estão sendo convocados para preenchimento das 11 vagas de admissão imediata. Eles passarão por treinamento e logo começarão em suas funções. A relação completa dos aprovados está disponível no site www.quadrix.org.br/crppr.aspx. Londrina São três novos funcionários como orientador fiscal trainee (com jornada de trinta horas semanais), um gestor de informação (com jornada de 40 horas semanais) e sete como auxiliar administrativo financeiro (com jornada de 40 horas semanais). Há ainda 40 vagas para cadastro reserva. As oportunidades são para as cidades de Cascavel, Curitiba, Londrina e Maringá. Plenárias nas subsedes Algumas plenárias do CRP-08 serão realizadas nas sedes no interior do Estado. No dia 31 de maio, Umuarama receberá o Plenário. Em seguida, Maringá, no dia 19 de julho, e depois Cascavel, no dia 18 de outubro. Os encontros são sempre aos sábados, a partir das 9h, no endereço das subsedes. CRP-08 faz parceria para realização de evento No dia 29 de março aconteceu, em Londrina, o módulo II dos Estudos Analíticos Comportamentais com o tema “Manejo de Comportamentos Difíceis de Crianças, em Sala de Aula”, ministrado pela psicóloga Jaíde Regra (CRP/06-00825). O evento foi realizado pelo Instituto de Psicoterapia e Análise do Comportamento em parceria com o CRP-08. O módulo teve como público-alvo profissionais e estudantes de Psicologia e Educação, de Londrina e região. Reunião em Arapongas No dia 1° de março, a conselheira Denise Matoso (CRP-08/02416), responsável pela subsede de Londrina, participou de uma reunião com psicólogos do município de Arapongas. Participaram da reunião 22 psicólogos. Plenária em Londrina No dia 15 de março foi realizada uma Plenária em Londrina. A reunião aconteceu na própria subsede. No dia anterior, 14 de março, os psicólogos também puderam assistir o workshop “Paixão, Ternura e Amor” ministrado pela vice-presidente do Conselho, Rosangela Lopes de Camargo Cardoso (CRP-08/01520). O encontro também foi realizado na subsede de Londrina. Visita ao Hospital Psiquiátrico do Vale do Ivaí No dia 6 de março, a conselheira Denise Matoso visitou o Hospital Psiquiátrico do Vale do Ivaí, que fica em Jandaia do Sul. Denise comentou que o hospital tem um ótimo funcionamento e que o trabalho dos psicólogos é realizado dentro de todas as especificações vigentes. todo mês pela subsede de Maringá, que tem como finalidade discutir a psicologia e suas ramificações. Os encontros acontecem sempre às 20 horas na Biblioteca Municipal de Maringá, na Av. XV de Novembro, 514. No dia 12 de março foi realizado o primeiro encontro de 2008 com o tema Relações Parentais, ministrado pelo psicólogo Alex Gallo. Mais de 100 convidados participaram do Falando Sobre. Programação - Data: 09/04/2008 - Tema: Vínculos entre casais - Psic. Elizabeth Regina Maio de Siqueira (CRP-08/01886) - Apresentação Comissão de Avaliação Psicológica Cristina Di Benedetto (CRP-08/04609) - Data: 14/05/2008 - Tema: Método Simonton “Tratamento das emoções para a cura do câncer” - Psic. Alessandra Herranz Gazquez (CRP-08/07526) - Apresentação Comissão de Psico Oncologia - Data: 11/06/2008 A confirmar. - Data: 13/08/2008 - Tema: Violência Doméstica: aspectos psicológicos, contexto familiar e ações do Conselho Tutelar - Psic. Rute Grossi Milani (CRP-08/05806) - Apresentação Comissão de Clínica: Vanessa Bonissoni (CRP-08/12609) ou Vanessa Scatambulo (CRP-08/11686) Maringá Falando Sobre Plenária em Londrina. 08 contato No dia 9 de abril acontece o segundo encontro do Falando Sobre. O encontro terá como tema os “Vínculos entre casais”, ministrado pela psicóloga Elizabeth Regina Maio de Siqueira (CRP-08/01886). O Falando Sobre é um evento realizado - Data: 10/09/2008 - Tema: Avaliação e acompanhamento psicológico na cirurgia da obesidade: é realmente necessário! - Psic. Cristina Di Benedetto (CRP-08/04609) - Apresentação Comissão de Avaliação - Psicológica: Jhainieiry Cordeiro Famelli (CRP-08/05607) Foto. Alaa Hamed - Data: 08/10/2008 A confirmar. - Data: 12/11/2008 - Tema: A participação do psicólogo no acompanhamento de políticas públicas Controle Social - Psic. Solange Marega (CRP 08/04415) - Apresentação Comissão de Saúde Umuarama No dia 5 de março foi realizada na Subsede de Umuarama a entrega da Cédula de Identidade Profissional (CIP). Receberam o documento as profissionais: Sergia Larissa Fritiz (CRP-08/13331), Samantha de Farias Becegato (CRP08/13341), Giuliane Oliveira dos Santos (CRP-08/13340), La rissa de Oliveira Gonçalves (CRP-08/13339), Camila Orlandini (CRP-08/13338), Gessyca Santos (CRP-08/13337), Raquel Dias da Silva (CRP-08/13333), Ana Lucia Silveira (CRP-08/13332), Taise Sgnorini (CRP08/13336), Leila Cavernagui Cordeiro (CRP-08/13335), Ana Paula Godoi (CRP-08/13334), Juliana Marques Meirinho (CRP-08/13231), Jaqueline Fachinetti da Silva (CRP-08/13444), Diovana Diesel (CRP-08/13504) e Thais de Nigro Bastos (CRP-08/13440). Também estão programadas para a subsede de Umuarama quatro palestras entre abril e julho deste ano. está em fase de conclusão. A subsede deverá reabrir no final de abril, até lá o atendimento ao público se concentrará na sede em Curitiba ou pelos telefones (41) 3013-5766 / (45) 3038-5766. A conselheira Marina Pires Alves Machado (CRP-08/10216) continua assessorando a subsede, mas não ocupa cargo administrativo. O CRP-08 agradece a compreensão de todos e está à disposição para qualquer esclarecimento. O que acontece nas Representações Setoriais União da Vitória No dia 23 de fevereiro, o presidente do CRP-08, João Baptista Fortes de Oliveira (CRP-08/00173), esteve presente em um encontro na Universidade de União da Vitória (UNIUV) para dar as boas vindas aos novos inscritos e esclarecer sobre o funcionamento do CRP08. Participaram do encontro 22 pessoas. Após a reunião, foi realizada confraternização. O presidente do CRP-08, a representante setorial Elizabeth Ulrich (CRP08/02562) e uma das psicólogas recémformadas, participaram de uma entrevista na TV local Mileniun. A entrevista versou sobre o mercado de trabalho e sobre o Conselho, abordando principalmente as representações setoriais. Patrícia Roherig Domingues dos Santos (CRP-08/04858) como suplente. Paranavaí No dia 26 de fevereiro, foram eleitos os novos representantes setoriais de Paranavaí. Foi reeleita como efetiva a psicóloga Carla Christiane Bavia Amaral Barros (CRP-08/06111) e eleita como suplente Cláudia Lucio Chaves (CRP08/06368). As reuniões do setor serão realizadas na primeira sexta-feira do mês, às 15h30. Foz do Iguaçu No dia 29 de fevereiro, o presidente do CRP-08, João Baptista Fortes de Oliveira, esteve presente no encontro da Representação Setorial de Foz do Iguaçu. No mesmo dia foram eleitos os representantes do setor. A psicóloga Mara Julci K. Baran (CRP-08/02832) foi escolhida como efetiva e, conforme sugestão durante a reunião, foram escolhidas duas suplentes: Gláucia E.W.de Souza (CRP-08/09243) e Dayse Mara Bertoldi (CRP-08/04893). Litoral Também no dia 29 de fevereiro, no salão nobre da Prefeitura Municipal de Matinhos, foi realizada a eleição dos Conselheira Rosângela Martins entregando CIP. Cascavel A subsede de Cascavel encontra-se fechada temporariamente. As atividades retornarão normalmente após a contratação de servidores públicos via Concurso, que Campo Mourão representantes setoriais do Litoral. A vice-presidente do CRP-08, Rosangela Também no dia 23 de fevereiro, a Lopes de Camargo Cardoso, participou representação setorial de Campo Mourão da reunião. A conselheira Karin Bru- realizou reunião. Um dos assuntos foi a ckheimer (CRP-08/03984) foi reeleita eleição para representantes, sendo reelei- como efetiva e, como suplente foi eleito ta Maria Sezineide Cavalcante de Mélo o psicólogo Alan Mansano (CRP- (CRP-08/03183) como efetiva e eleita 08/10157), de Pontal do Paraná. contato 09 O público era composto de PAAP Campos Gerais acadêmicos do 1°, 3°, 5° e 7° períodos, Nos dias 12 e 13 de abril será além de professores, que foram recep- As reuniões da setorial de realizado o Programa de Atualização em cionados pela coordenadora do curso, Campos Gerais acontecem nas últimas Avaliação Psicológica (PAAP). O evento Carla Baumer. As representantes fizeram quartas-feiras de cada mês, às 17 h, no acontecerá no Núcleo Regional de uma apresentação sobre o CRP, abordan- Centro Médico Psicológico e Social - R. Educação em Paranaguá e será realizado do a criação, composição, estrutura e Julia Wanderley, 980, em Ponta Grossa, em conjunto com a Comissão de Ava- funcionamento. Foi dado destaque para a sob a coordenação de Marcos Aurélio liação Psicológica. O encontro é dirigido atuação do Conselho junto aos psicólo- Laidane (CRP-08/00314) e Lúcia Wolf a profissionais e estudantes de Psico- gos e à comunidade. (CRP-08/00337). logia e tem como objetivo promover um espaço de discussão e atualização a respeito de Ava liação As representantes contam que a Norte Pioneiro Psicológica, turma do 7° período iniciou neste semes- desenvolvendo a técnica e a análise críti- tre a realização dos Estágios Supervi- No Norte Pioneiro foram eleitas ca sobre as responsabilidades profissio- sionados e, para isso, estão sendo uti- Sônia Maria Barone Lopes (CRP- nais e éticas dos psicólogos que atuam nesta área. lizadas as instalações do Serviço de Psicologia da FADEP. O ambiente, recém construído e equipado, foi inspecionado O PAAP abordará os seguintes assuntos: Reflexões sobre a Atualidade e 08/00621), como representante efetiva, e Nucinéia Aparecida de Oliveira (CRP08/03045), como suplente. pelas técnicas do CRP-08 para obtenção de cadastramento. Guarapuava as Perspectivas da Avaliação Psicológica; Técnicas de Avaliação Psicológica Entrevista, Observação e Testes; Processo de Avaliação Psicológica nos Diferentes Contextos; Aspectos Éticos na Avaliação Psicológica e Produção de Documentos Legais Decorrentes da Avaliação Psicológica. Mais informações no site www.crppr.org.br Sudoeste Participação em Conferência A psicóloga Maria Cecília Fantin representou, no dia 26 de fevereiro, o CRP-08 na 1ª Conferência Municipal da Juventude, realizada no teatro Naura Rigon, em Pato Branco. A Conferência foi realizada durante todo o dia, com a participação No dia 1º de março, em Francisco de vários segmentos da população e com Em Guarapuava foi reeleita a psicóloga Egleide Montarroyos (CRP08/06261), como representante efetiva, e eleita como suplente Tânia Mansano (CRP-08/07129). Encontro sobre Qualificação em Psicologia Hospitalar A Comissão de Eventos e a Comissão de Psicologia Hospitalar do CRP-08 promoveram, no dia 29 de Beltrão, foram realizadas as eleições a presença marcante de jovens. O encon- fevereiro, o encontro com recém-forma- para a Representação Setorial do Su- tro abordou o tema “Levante sua dos de diferentes instituições, interes- doeste. Foram reeleitas Maria Cecília Bandeira” em três eixos principais: sados em conhecer a especialidade da Fantin (CRP- 08/00480) como efetiva e Família, Educação, Sexualidade, Drogas Psicologia Hospitalar. O evento aconte- Geni Célia Ribeiro (CRP-08/09281) e Liberdade; Cidade, Meio Ambiente e ceu na sede do CRP-08, em Curitiba. como suplente. Política; e Trabalho, Tempo Livre, Cultura e Mídia. Participaram do encontro como anfitriãs, as psicólogas Marilda Andreaz- Evento na FADEP Houve amplas discussões, levan- za dos Anjos (CRP-08/01970), Célia No dia 22 de fevereiro, as repre- tamento de propostas e escolhas dos de- Mazza de Souza (CRP-08/02052), Marta sentantes setoriais da Região Sudoeste, legados que representariam o município Cristina Bergamasco (CRP-08/08703), Maria Cecília M. L. Fantin e Geni Célia na Conferência Estadual, que aconteceu Daniela Peres (CRP-08/04339), Marilza Ribeiro, estiveram presentes na Faculdade no mês de março em Faxinal do Céu. O Mestre (CRP-08/00777), Claire Tere - de Pato Branco (FADEP) para a recepção destaque entre as teses aprovadas foi a zinha Lazzaretti (CRP-08/02440) e Wael aos calouros e início das atividades do criação do Conselho Municipal da de Oliveira (CRP-08/01323). Os pre- semestre letivo no curso de Psicologia. Juventude. sentes aproveitaram o evento para fazer 10 contato questionamentos e elucidar suas dúvidas acerca desta vertente da Psicologia. Quartas-Feiras no CRP Em maio, os encontros ficarão geral, Célia Mazza, as psicólogas Me- a cargo da Comissão de Psicologia lody Raby, Lidiane Roherig, Iolanda Escolar/ Educacional com o tema Ribeiro, Terezinha Kulka, Terezinha “Inclusão”. No dia 7 será debatido o Vian Rambo, e os estagiários Narjara tema central. Já no dia 14 “Difi - Martins e Ângelo Horst. O CRP-08 retornou em março, culdades de aprendizagem” será o com as “Quartas-feiras no CRP”, com assunto abordado. No dia 21 será CRP-08 participa de reunião da o tema Mídia e Violência. O primeiro apresentado o Psicocine com o filme Comissão de Saúde encontro aconteceu no dia 5 de março “Escritores da Liberdade”. No dia 28 da Assembléia Legislativa com a mesa-redonda “Mulher: objeto o debate será com o tema “A atuação ou sujeito na mídia”, debatido pelo do Psicólogo na Inclusão”. No dia 28 de fevereiro foi realizada a reunião da Comissão de Saúde da publi citário José Oliva e pela psicóloga Solange Machado (CRP-08/04972). Já no dia 12, foi realizado o Psicocine com a projeção do filme “Ela é poderosa”. No dia 19 foi apresentada a palestra “Democratização da Comu nicação”, com o psicólologo Tonio As Quartas-feiras no CRP acon- Assembléia Legislativa. As entidades tecem desde 1998 e têm como objetivo convidadas foram: Conselho Regional de discutir a Psicologia e suas formas de Psicologia do Paraná (CRP-08), Con- aplicação. As reuniões são gratuitas, selho Regional de Medicina (CRM), abertas para o público em geral e acon- Secretarias Municipal e Estadual de tecem todas as quartas-feiras, na sede Saúde, Sociedade Paranaense de Psi- do Conselho. quiatria e Conselhos Federal e Regional Luna (CRP-08/07258) e na última de Nutricionistas. quarta-feira do mês, dia 26, aconteceu CRP-08 participou de a Ágora com o questionamento “Vio - comemoração ao lência na TV gera ou apenas reflete a Dia Internacional da Mulher Na reunião um dos temas abordados foi a anorexia. A professora violência social?”. Maria Emília Daudt von der Heyde, No dia 6 de março foi realizado da Universidade Federal do Paraná Em abril as Quartas-feiras te - na Boca Maldita, em Curitiba, o evento (UFPR) e representante do Conselho rão o tema “Alguns males do Século”. em comemoração ao Dia Internacional da Federal de Nutricionistas, falou da Na primeira quarta-feira do mês, 2 de Mulher, pela preocupação com o início cada vez abril, haverá mesa-redonda sobre Comissão de Saúde da Mulher do mais precoce da doença e do papel da "Dependência Química", com partici- Conselho Municipal da Saúde. O grupo mídia na divulgação de va lores estéti- pação de Carmen Bastos de Mello gestor do Conselho (Prefeitura Municipal cos nada saudáveis. (CRP-08/02344), Vânia Cristina Bor - de Curitiba) apresentou programas como: ges Bazan (CRP 08/02738) e Maria Mulher de Verdade, Adolescente Sau- Olivia das Chagas e Silva (CRP- que foi coordenado dável e Mãe Curitibana. dual Ney Leprevost. 08/02540). Já no dia 9 haverá o Psicocine, depois, no dia 16, acontecerá outra mesa-redonda sobre Mal de Alzheimer, com o médico geriatra O presidente da comissão e autor do convite ao CRP foi o deputado esta- Também estavam presentes as entidades dos trabalhadores, como o Lançamento de livro Conselho Regional de Psicologia – 8ª Região (CRP-08), o Conselho Regional No dia 28 de março, em de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – Curitiba, foi realizado o lançamento 8ª Região (Crefito-8), e entidades repre- do livro Conexões – O trajeto do sentantes de usuários, dentre elas, Sucesso, da psicóloga Eliana Abdalla. 08/12214). No 23 será apresentada Organização de Mulheres Negras, Pas- O evento aconteceu na livraria Fnac. uma palestra sobre Suicídio, ministra- toral da Criança e outros. O livro é da editora Pulso. Mais infor- Rubens de Fraga Junior e as psicólogas Maria Olivia das Chagas e Silva e Marilia da Nova Cruz (CRP- da pela psicóloga Joyce Kolinski mações sobre a publicação podem ser Fischer (CRP-08/07613). Na última Participaram do CRP-08, a coor- quarta-feira de abril o Estresse será o denadora da Comissão de Saúde, Maria tema de uma Vivência, coordenado Olívia das Chagas e Silva, a coordenado- www.pulsoeditorial.com.br pela psicóloga Maria Olivia. ra da Comissão de Eventos e gerente www.elianaabdalla.com.br. encontradas nos sites: contato 11 artigo contato e violência Maria Olivia das Chagas e Silva CRP 08/02540 É comum a queixa de que a televisão está carregada de violência. Muitos atribuem o aumento do número de atos violentos à sua divulgação, à sua presença em filmes, seriados ou videogames. No entanto, há mais de quarenta anos dizia-se, dos jornais mais vendidos de Curitiba, a Tribuna do Paraná, de São Paulo, Notícias Populares e do Rio de Janeiro, O Dia, que “se rasgasse, escorria sangue”. O mesmo deve acontecer em muitos outros lugares e eles até hoje continuam bem vendidos por darem destaque às notícias policiais, à violência. Portanto, há um público esperando por esse produto e que, se A não fornece, vai buscar em B. Verdade fácil de constatar. Quais são os horários em que canais menores ganham em audiência do canal líder de mercado? Quando esse outro canal, mesmo com qualidade técnica inferior, oferece ao espectador uma opção mais violenta. Também nos programas de humor, essa violência da clientela se manifesta. Videocacetadas e pegadinhas dão muito mais ibope que piadas mais sofisticadas, que exijam conhecimento ou raciocínio, incluindo aí a crítica política. Como a audiência ou o número de leitores é o principal objetivo das empresas de comunicação social, Foto. composição Mídia cada dia mais empresas aparecem para atender essa demanda. E os pequenos ficam muito gratos se os grandes tiverem princípios éticos. Fica mais barato roubar a audiência! A que conclusões podemos chegar? A mídia é inocente, apenas atende necessidades de seus fregueses? É bom que essa violência seja vivida no imaginário, para não passar ao mundo real? A catarse dos impulsos violentos, através dos personagens de ficção, diminui a ansiedade? Não é tão simples assim. Mesmo que todas as proposições anteriores sejam verdadeiras, a mídia desempenha um papel importante na banalização dos atos violentos, na aceitação dessa violência como comportamento normal e que não é questionado por princípios éticos. Um exemplo chocante dessa banalização foi o adolescente que roubou um videogame, assassinou o dono da Lan-House e foi embora de bicicleta. Aconteceu aqui e já caiu no esquecimento... Lembramos com mais facilidade do menino João Hélio ou da escola Columbine... E quem faz com que uns sejam lembrados e outros esquecidos? Inquestionavelmente, os veículos de comunicação social. Seja no noticiário ou na novela, a vitória constante do mal sobre o bem faz escola. Afinal, tudo é relativo... O que é bom para um pode ser mau para outro... Ladrão que rouba ladrão... E por aí se vai, até chegar à escola em que aluno espanca professor, professor que xinga alunos, filhos que matam pais, mães que jogam filhos na lagoa... Alguém pode dizer: mas isso sempre existiu! É verdade, mas nunca com a freqüência nem com a naturalidade que acontece hoje! E essa lição é complementada pela postura filosófica de não se questionar o bem e o mal, alegando que isso é um olhar maniqueísta. Novamente, não é tão simples assim. Essa postura nasceu do questionamento de uma sociedade fechada, em que o bem e o mal já vinham empacotados para cada indivíduo, antes mesmo dele nascer. Essa negação, expressa nos movimentos libertários dos anos sessenta, foi-se aprofundando e expandindo, até chegar à sociedade amoral de nossos dias. Iniciamos um novo movimento. Do é proibido proibir, passamos à necessidade de encontrar limites. Após o medo de traumatizar as criancinhas, descobriu-se que é preciso acabar com a ditadura infantil. Mas pais e mães não conseguem dizer não aos filhos. Adultos perdidos, crianças inseguras, sentindo-se abandonadas, pois não há quem ocupe a função de pai. Sem Lei, como conter a violência? Como Hegel nos ensinou, estamos vivendo o momento da negação da negação. Do nosso sofrimento atual deve nascer a síntese, isto é, uma nova verdade que propiciará uma nova tese, um passo a mais no desenvolvimento dialético da nossa sociedade. A princípio tranqüilizadora, parecerá que encontramos a verdade. Que logo será negada, aumentando a ansiedade, até que se chegue a nova síntese. E, de passo em passo, caminha a humanidade através da História. E a mídia? Sem dúvida, representa importante papel nesse processo. Sendo, ao mesmo tempo, agente e sintoma, denunciar, diagnosticar e tratar de suas mazelas certamente tem efeito sobre o todo. contatoartigo Participação e ética na Avaliação Psicológica É muito comum nos dias de hoje ouvir-se discursos salientando a importância do comprometimento das pessoas com a realidade social. Entretanto, sempre que esse assunto é colocado em pauta, surgem dúvidas com relação ao papel que cada um deve desempenhar para ser uma pessoa comprometida em algo. No campo da Psicologia, pode-se dizer que o engajamento positivo é diretamente relacionado à responsabilidade que o profissional tem ao exercer a sua prática e conseqüentemente esse assunto traz à tona a questão da ética profissional. A ética profissional, segundo Machado e Morona (2007, p. 31) “são deveres e princípios morais no exercício de determinada profissão”. O código de ética - documento que contém normas e valores da profissão - pressupõe, em seus princípios fundamentais, além de constante posicionamento crítico e aprimoramento profissional, a promoção da qualidade de vida através de respeito, igualdade, liberdade, dignidade e integridade, tudo isso permeado pela questão da responsabilidade social. Quando se trata de Avaliação Psicológica, a ética profissional e o comprometimento se tornam um assunto de suma importância para um serviço de qualidade ao cliente. Um dos principais documentos que norteiam a prática nesta área é o Guia de Princípios Éticos da APA (American Psychological Association), de 1953, que esta- belece seis princípios básicos para a formação e atuação do psicólogo e que completam o Código da Profissão. Primeiramente, a competência técnica, que subentende o constante aprimoramento e reciclagem do conhecimento, acompanhando as mudanças científicas e procurando conhecer seus limites para oferecer somente os serviços para os quais está habilitado. No que se refere à Avaliação Psicológica, a competência técnica está associado à constante busca do profissional em se manter atualizado na área de atuação, estar familiarizado com o material utilizado e aplicar somente testes aprovados pelo CFP. Foto. B S K Valéria Cristina Morona (CRP-08/11550) Psicóloga colaborada da Comissão de Avaliação Psicológica do CRP-08 Outro ponto intimamente ligado ao já discutido é a responsabilidade científica e profissional. Cabe aos profissionais se mobilizarem para colaborar com colegas e profissionais de outras áreas e instituições. Como se sabe, a Avaliação Psicológica é um campo muito vasto e é utilizada em diferentes contextos (clínica, organizacional, educacional, perícia, entre outros), o que faz com que o psicólogo dialogue constantemente com outros profissionais, com objetivos em comum. Além disso, é de fundamental importância a responsabilidade científica diante da comunidade e da sociedade na qual está inserido. É esperado dos psicólogos que se preocupem em formar leis e políticas que possam beneficiar a sociedade e ao conhecer com maior profundidade seu campo de atuação, o psicólogo pode contribuir para a formação de leis que beneficiem os usuários de seus serviços. Essa postura de constante comprometimento com a prática profissional, tem o objetivo de respeitar a dignidade das pessoas envolvidas no processo. Em termos de Avaliação Psicológica, é indispensável que o psicólogo observe os diretos do cliente: a privacidade, a confidencialidade (principalmente no cuidado ao redigir documentos), o acesso aos resultados, a devolutiva, entre outros, são pontos que garantem qualidade à avaliação e estabelecem também uma relação de comprometimento com a pessoa atendida. Ao mostrar que o processo de Avaliação Psicológica é uma atividade séria e permeada por princípios éticos, acaba-se por promover uma visão positiva da Psicologia e da Avaliação Psicológica, contribuindo para a quebra de mitos com relação a essa atividade. Para exercer uma atividade ética, é de fundamental importância que o psicólogo esteja participando de forma positiva com as ações e com a sociedade como um todo. Isso significa, dentro do campo de Avaliação Psicológica, ter uma postura comprometida com o bem-estar dos clientes, de psicólogos e demais profissionais de áreas afins. Somente com uma postura adequada ocorre o amplo crescimento pessoal e profissional. referências bibliográficas - CÓDIGO DE ÉTICA DOS PSICÓLOGOS. - IBAP – Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica. Diretrizes para uso de testes. Test Comission. Obtido do World Wide Web www.ibapnet.org.br em 03 de outubro de 2007. - MACHADO, A. P. e MORONA, V. C. Manual de Avaliação Psicológica. Coletânea Conexão Psi – Série Técnica. Curitiba: Unificado, 2007. - SANTOS, R. J. L. Modelos de engajamento. Em: Estudos Avançados 19(54), 2005 obtido do World Wide Web http://www.iea.usp.br/ em 18 de dezembro de 2007 contato 13 capa matéria Mídia e a Construção da Subjetividade A mídia está presente na vida das pessoas há muitos anos. Primeiramente, com os jornais impressos, que já circulavam em forma de gazetas desde o século XVI. Depois, o jornal se aperfeiçoou e outros veículos de comunicação foram surgindo, como a revista, o rádio, a televisão, a internet e outros meios de divulgação. Por intermédio da mídia, chegam diariamente a todas as pessoas as mais diversas informações, podendo ser de caráter noticioso, mercadológico, de entretenimento e opinativo. Foto. Stockxpert Da mesma forma que as informações veiculadas pela mídia proporcionam conhecimento às pessoas sobre o que acontece no mundo, para muitos estudiosos, como Theodor Adorno, na maioria das vezes tais informações são deformadas por editoração e/ou escamoteadas pela ideologia da Indústria Cultural para impedir, aos indivíduos uma apreensão clara das reais intenções dos patrocinadores dos programas midiáticos, que é de vender mercadorias. A psicóloga clínica Angela Caniato (CRP-08/00336) esclarece que a expressão Indústria Cultural foi utilizada pela primeira vez pelos teóricos da Escola de Frankfurt, no livro Dialektik der Aufklärung (Dialética do Esclarecimento). Nessa obra, Theodor Adorno e Max Horkheimer discorrem sobre a reificação ou coisificação da cultura para servir às exigências do Capital. Para Adorno a “Indústria Cultural impede a formação de indivíduos autônomos, independentes, capazes de julgar e de decidir conscientemente.” Para a psicóloga Angela que, a partir da compreensão relacional do psiquismo humano, vem articulando os ensinamentos da Psicanálise aos estudos da Teoria Crítica da Escola de Frankfurt, “é sob este prisma que muitos cientistas desvelam as intenções massificadoras da mídia que, ao difundir estas falsas informa- ções, produzem a padronização das subjetividades e a conseqüente negação da alteridade: os indivíduos são transformados em ‘máscaras mortuárias’”. Ela explica que a violência simbólica da Indústria Cultural efetua a captura dos desejos humanos e produz formas de pensar, sentir e agir regressivas, impedindo a satisfação das exigências reais do ser-homem. “A internalização dos modelos identificatórios criados pela mídia deforma o processo de individuação para a com-formação de cada um e de todos aos ditames sociais do status quo consumista”, expõe. O jornalista, advogado e diretor do programa de mestrado em Comunicação e Práticas do Consumo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Clóvis de Barros Filho, também acredita que a mídia é parte integrante nesse processo da construção da subjetividade. “No meu principal livro ‘Ética na Comunicação’, mostro como há o casamento entre a teoria da recepção e a subjetividade do indivíduo. Ela não é uma formadora inicial da subjetividade (a família tem o seu papel principal), mas a mídia participa de boa parte de sua construção”, explica. Para a psicóloga Solange Lucie Machado (CRP08/04972), a subjetividade de alguém é construída ao longo de toda a vida, como resultado contínuo e dinâmico das influências que recebe e também do resultado de suas próprias experiências no mundo. “Portanto, dizer que a mídia constrói a subjetividade é um exagero, mas evidentemente tem bastante peso, uma vez que vivemos em uma sociedade midiatizada, como nunca foi antes”, expõe a psicóloga. Assim, como há quem acredite que a mídia tem grande influência, há quem ache que a mídia tem apenas uma pequena parcela de participação nesse vasto campo da construção do subjetivo, como o psicólogo e executivo da área de Marketing e Comunicação, Mario Ernesto René Schweriner, o psicanalista Leonardo Ferrari e o publicitário José Oliva. Ambos consideram a mídia uma força poderosa, mas ela é “apenas um referencial, que muitas pessoas se espelham”, explica Schweriner. Ferrari vê a mídia como uma forma de influência, que “não tem um poder tão grande, por si só, para construir a subjetividade”, complementa. Para Oliva, toda forma de comunicação, assim como todas as relações, manifestações ou expressões da cultura de um determinado povo, participam da construção da subjetividade do indivíduo. Pelos meios de comunicação estarem tão presentes na vida das pessoas surgem outras indagações com relação a eles, como: Qual o real envolvimento e o papel da mídia na sociedade? Nesse aspecto vem a discussão de que a mídia estimula a violência, a sexualidade precoce e o consumismo. Para Solange, a mídia está presente em praticamente todas as questões sociais importantes hoje. “Mas evidentemente está longe de ser o único fator de influência e nem se pode quantificá-lo”, comenta. Barros Filho concorda e diz que a mídia não é culpada por todos os efeitos nocivos da modernidade, mas por alguns. Ele acredita que a mídia é a ponta de um iceberg chamado ‘capitalismo neoliberal’. “É o sistema capitalista que cria a globalização desleal, a desestrutura familiar, a decadência das estruturas educacionais de formação dos cidadãos, entre outras coisas. É a exploração do trabalho, e o mercado de competição, que causa uma mudança familiar drástica e nociva ao homem”, argumenta. Ele acrescenta que a TV e a internet viraram a única forma de entreter as crianças na ausência necessária do núcleo familiar. “Os pais colocam os filhos diante dos meios de comunicação no intuito de contornar o problema. A mídia não tem nenhuma obrigação de formar cidadãos ou de suprir a ausência do Estado, por isso não se preocupa com a formação de seus receptores. Os meios de comunicação foram feitos para gerar lucro. Sendo assim, passam o conteúdo que melhor der retorno em audiência e anúncio”, fala o jornalista. Barros Filho ainda diz que “o problema não está na TV, mas no consumidor do produto midiático”. O psicanalista Ferrari expõe que a mídia exibe o que o ser humano quer ver, ou seja, toda a dificuldade de lidar com a existência. “Nós somos extremamente violentos. A nossa subjetividade é um conflito puro. A violência faz parte da nossa constituição. Sofremos perdas violentas durante toda a vida”, explana. Ele usa o conceito de pulsão de morte de Freud para explicar a vontade do ser humano em ver a violência. “Nós gostamos de ver a encenação de um ato violento ou ver isso em um noticiário, há algo em nós, seres humanos, que nos faz ir contra nós mesmos”, explana. Segundo Solange, cineastas de filmes de horror ou violência e psicólogos também costumam explicar essa atenção ou curiosidade como ‘natural’, na medida em que ela permitiria ao ser humano experimentar suas próprias emoções negativas, como raiva ou medo, de maneira ‘protegida’, sem envolver-se diretamente com os fatos. Para a psicóloga, “a mídia tanto reflete quanto desencadeia a violência”. Reflete quando traz para ao público coisas que se passam no interior dessa massa de pessoas. Mas pode-se dizer que a mídia desencadeia a violência ao exibir continuamente este tipo de estimulação em filmes, notícias, quadrinhos, banalizando a violência e, conseqüentemente, aumentando a incidência de atos violentos na sociedade. “Há um conjunto sólido de pesquisas que apóiam a idéia de que ser exposto a comportamentos agressivos aumenta a ocorrência desses comportamentos nas pessoas”, defende Solange. Porém, há estudos e até mesmo documentários, como Tiros em Columbine, de Michael Moore, que mostram a violência na mídia gerando um medo de se viver em sociedade. “Estudiosos como George Gerbner, nos Estados Unidos, demonstram os efeitos nocivos que a mídia gera com a violência midiática na questão psicológica do indivíduo. Cada vez mais vemos um mundo muito mais violento do que ele realmente é. Há décadas os índices de violência estão caindo e, inversamente, a sensação de violência e impunidade nas pessoas aumenta por causa da mídia. Isso acarreta problemas sociais e políticos muito graves”, fala Barros Filho. Também há críticas sobre a programação, principalmente, televisiva, dizem que se encontra muito entretenimento e pouca informação educacional ou cultural. Para Ferrari, não há problema em se ter entretenimento, mas sim o quanto de entretenimento a mídia apresenta. Ele expõe que se ter 100% de entretenimento acaba desviando a atenção das pessoas para problemas sociais e políticos. “A mídia está nas mãos de cinco famílias”, argumenta Ferrari. O jornalista Barros Filho esclarece que a mídia manipula o conteúdo político. “A notícia pertence a um jogo político em todos os níveis. A mídia não é escola, ciência ou religião, faz parte do mercado. Precisa dele para se sustentar e se defender. O conteúdo jornalístico e de entretenimento é político com forte viés mercadológico”, comenta. “No contexto social da mercadoria, a mídia está a serviço do consumismo”, conta Angela. A psicóloga esclarece que a sociedade de consumo monta armadilhas sedutoras para capturar os indivíduos que, impedidos de exercer a criatividade inerente aos homens e de se valerem de suas próprias experiências, acabam por se tornarem cúmplices dos processos opressores que os engolfam. Com isso, tem-se apenas a ilusão de liberdade. “Este mecanismo da Indústria Cultural é tão perverso que além de nos tornar todos iguais, exige que sejamos ‘diferentes’. Assim, temos uma infinidade de marcas para escolher, o que nos faz acreditar que estamos livres para tal escolha. Mas isso não é verdadeiro, contato 15 pois o homem necessita de bens para sua sobrevivência, e não de marcas para equaliza-los”, explica. volve atividades educacionais, culturais e de fomento à articulação social. O trecho do texto Eu Etiqueta, de Carlos Drumond de Andrade, exemplifica as palavras da psicóloga: “Em minha calça está grudado um nome que não é meu de batismo ou de cartório, um nome...estranho.... É doce estar na moda, ainda que a moda, seja negar a minha identidade... Por me ostentar assim, tão orgulhoso de ser não eu, mas artigo industrial, peço que meu nome retifiquem. Já não me convém o título de homem, meu nome é coisa...”. Para atingir a ação, o projeto é fundamentado por meio de pesquisas citadas e depoimentos de estudiosos da área sobre a relação mídia x consumo x criança. Por exemplo, um dado do Painel Nacional de Televisão IBOPE (2005) mostra que o tempo médio diário que a criança brasileira assiste TV é de 4h51m19s. Esse número demonstra que as crianças ficam muito expostas à televisão e, conseqüentemente, à publicidade. Já a psicóloga Solange contrapõe e diz que pesquisas na área de comportamento do consumidor indicam que este cenário da era da massificação está mudando, pelo menos em termos de padrões de consumo. “Vê-se uma busca crescente de produtos customizados, isto é, feitos para atender a uma demanda pessoal”, replica. Outras pesquisas, como a da Commercialization of Childhood do Reino Unido, em dezembro de 2006, revelam que 70% das crianças de três anos reconhecem o símbolo do McDonald´s, mas apenas metade sabe seu sobrenome. A psiquiatra e professora de Harvard, Susan Linn, na obra ‘Crianças do Consumo’, conta que “o fato de bebês e crianças pequenas pedirem ou reconhecerem marcas de maneira nenhuma reflete que sejam ‘espertas’ a respeito do marketing, o que implicaria uma capacidade de decodificar e resistir às mensagens de publicidade. Sugere, na verdade, que crianças bem novas são altamente suscetíveis a várias formas de sugestão, incluindo marketing – um fato que é apoiado pela pesquisa acadêmica.” O publicitário José Oliva considera a propaganda altamente positiva e favorável para a vida das pessoas. “A propaganda viabiliza o acesso à informação e tomada de decisão sobre produtos, serviços e idéias”, explica. Schweriner conta que a publicidade atinge somente àquelas pessoas que têm mais afinidade pelo produto. “Por exemplo, eu sou vegetariano, uma propaganda de uma churrascaria não irá me atrair”, exemplifica. Muitos acreditam que a mídia atinge diretamente as crianças, principalmente na questão do consumo. Ferrari diz que as crianças são um pouco mais influenciáveis que os adultos, mas que assim como pode, também pode não influenciar. “Eu acho que a mídia não contribui sozinha. O poder do desejo do sujeito é muito importante. Se a criança está colocada na frente da TV é por desejo de outro. Então, entre a mídia e a criança tem sempre um terceiro”, comenta. O projeto “Criança e Consumo” é um trabalho que pesquisa a influência da mídia no consumo das crianças. Uma das ações do projeto é a proposta para erradicação de qualquer publicidade dirigida à criança. Ele é coordenado pela advogada, mestre em direito das relações sociais pela PUC/SP, Isabella Vieira Machado Henriques, em parceria com o Instituto Alana - organização sem fins lucrativos que desen- Para a psicóloga e educadora Solange Jobim “o consumidor-criança pode ser facilmente capturado pela cultura do consumo que, inserida num mundo simulacional, faz com que realidade e imagem não possam mais ser diferenciadas com nitidez. A construção subjetiva do homem contemporâneo está, neste final de século, absolutamente contaminada pelo uso que fazemos das imagens que atravessam e se sobrepõem nas relações cotidianas”, explica. O ‘Criança e Consumo’ defende que a publicidade voltada ao público infantil é intrinsecamente carregada de abusividade. “Pois para seu sucesso se vale justamente da deficiência de julgamento e experiência da criança”, palavras do projeto - que busca o envolvimento da sociedade nas discussões com relação ao desenvolvimento do consumismo infanto-juvenil. Um dos pontos principais sobre a mídia é que ela é mantida por anunciantes e “os anunciantes sempre vão querer vender”, finaliza Schweriner. Assim, continua a discussão sobre a mídia e a sua influência na vida das pessoas por muitas entidades, como Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Movimento pró-Conferência Nacional, Observatório da Imprensa, entre outros. matériacontato Sistema Conselhos em favor da Democratização da Comunicação O Sistema Conselhos de Psicologia está apoiando as manifestações acerca da Democratização da Comunicação. Regularmente são realizadas reuniões telefônicas e, quando há possibilidade, encontros entre os representantes dos Conselhos Regionais e Conselho Federal de Psicologia (CFP) para discutirem posicionamentos e ações a serem desenvolvidas. No CRP-08, está participando desse grupo de trabalho o conselheiro na gestão 2004/2007 Tonio Luna (CRP-08/07258). Como uma das pessoas chave na participação do Sistema Conselhos nesse movimento temos a psicóloga e conselheira federal Roseli Goffman (CRP05/02499). Ela acredita que a mídia constrói e formata a subjetividade das pessoas. “A mídia vem sendo controlada por poucas famílias, passando conceitos hegemônicos, ou seja, a subjetividade está sendo construída com um mínimo de diversidade e de forma não democrática”, declara Roseli. radores, elaborou um panfleto discorrendo sobre a importância da convocação, ainda em 2008 da primeira Conferência Nacional de Comunicação e convocando a categoria a lutar pela Democratização da Comunicação. Esse panfleto foi distribuído aos regionais para divulgação. Fórum Social do Mercosul Em Curitiba participaram do encontro, além da conselheira federal Roseli, a conselheira do CRP-08 e coordenadora da Comissão de Comunicação Social, Maria Elizabeth Haro (CRP-08-00211); Natércia Magaldi (CRP-12/05596), de Santa Catarina; e Ivarlete Guimarães de França (CRP-07/08042), do Rio Grande do Sul. A manifestação contou ainda com a participação de diversos psicólogos do Paraná e de Santa Catarina. Segundo Roseli, o Sistema Conselhos de Psicologia pretende gerar uma mobilização da categoria e da sociedade em geral em favor da Democratização da Comunicação. “Queremos a participação Para Roseli, é muito importante a participação da Psicologia nesse assunto. “Nós psicólogos podemos colaborar no entendimento do impacto dos meios de comunicação no indivíduo”, comenta. Por isso, há psicólogos envolvidos em vários enfoques dessa área, como: Classificação Indicativa, Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC), Comissão Pró-Conferência Nacional de Comunicação, Campanha Ética na TV e outros movimentos. Recentemente, no dia 26 de janeiro, o Sistema Conselhos participou do Dia de Mobilização do Fórum Social Mundial. O CFP, com auxílio de colabo- Ela acrescenta que o psicólogo precisa acolher esta demanda e fazer trabalhos acadêmicos, leitura crítica das mídias, entre outros, pois “este é mais um lugar que o profissional da Psicologia deve e pode estar”, argumenta. da categoria em áreas que tornem efetivo o controle público sobre as mídias que nos O Sistema Conselhos está envolvido também no Fórum Social do Mercosul. O encontro acontecerá entre os dias 26 a 28 de abril, na reitoria da Universidade Federal do Paraná. O encontro pretende expandir o âmbito de relacionamento dos países sul-americanos, visando uma maior integração social e cultural. Também haverá discussão sobre as desigualdades sociais existentes nestes países e as possíveis alternativas para resolução. Durante o evento, no dia 27, entrará em pauta o tema Democratização dos Meios de Comunicação. “Queremos potencializar um movimento em prol desse assunto, saber como a Psicologia pode atuar junto à comunicação”, comenta Roseli. afetam. Tudo isto para que todos tenham acesso à informação e que esta seja de qualidade”, explica. Mais informações no site www.forumsocialdomercosul.org contatoentrevista Classificação Indicativa: censura ou proteção? inadequados à sua faixa etária. De caráter educativo, seu papel é produzir informações aos pais e às famílias sobre conteúdos inadequados em obras audiovisuais como filmes, novelas, jogos eletrônicos e espetáculos. Em 2006 e 2007 o Ministério da Justiça (MJ) divulgou dois documentos normativos que instituem a “Nova Classificação Indicativa”. A Portaria 1.100/06 estabelece que estão sujeitos à Classificação Indicativa as obras audiovisuais destinadas a cinema, vídeo, DVD, programas televisivos de canais abertos, jogos (eletrônicos e RPG), eventos teatrais, espetáculos circenses e shows musicais. Já a 1.220/07 trata das normas relativas à classificação de obras audiovisuais destinadas à televisão e congêneres. Ambas as regulamentações foram assunto de muitos debates e questionamentos, alguns falavam em retorno da censura, outros defendiam o processo. Em entrevista para a Revista Contato o Secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, explica e comenta os aspectos da classificação indicativa. Revista Contato: O que representa a classificação indicativa? Romeu Tuma Júnior: A classificação indicativa é uma informação sobre o conteúdo de audiovisuais quanto à adequação de horário, local e faixa etária para serem exibidos. É um instrumento de proteção e promoção dos direitos humanos, que permite aos pais e responsáveis escolherem se a programação é ou não adequada para a idade de crianças e adolescentes. O objetivo da atividade de classificação indicativa é proteger a criança e o adolescente de conteúdos considerados 18 contato A classificação é exercida pelo Ministério da Justiça com fundamento na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente, que asseguram a proteção aos direitos humanos. Contato: Como foi esse primeiro ano da implantação da classificação indicativa? R.T.J.: O empenho do Ministério da Justiça e de todos que se somaram aos diversos estágios do processo de formatação da Portaria 264/07, que foi revogada pela 1.220/07, convergem agora para o aperfeiçoamento da nova regulamentação da classificação indicativa da TV. A nova portaria da classificação promoveu mudanças significativas, após debate com diversos atores envolvidos nessa temática. Extinguiu a análise prévia, que era realizada pela leitura de sinopses e observação de programas; instituiu a autoclassificação, em que as emissoras classificam sua programação e encaminham ao Ministério, e padronizou as formas de veiculação da classificação, produzindo informações mais claras e objetivas, por meio de símbolos, texto e Língua Brasileira de Sinais (Libras). A nova regulamentação, ainda, determina que os programas veiculados em TV a Cabo estão sujeitos à classificação indicativa, mas esclarece que não há vinculação aos horários de exibição. Isso por- que, nesta modalidade, os pais podem recorrer a dispositivos técnicos para evitar que as crianças assistam aos programas inadequados para sua faixa etária. Contato: A Classificação Indicativa já foi comparada com a censura. Como o senhor vê isto? R.T.J.: A Classificação Indicativa não é censura, mas sim um serviço de análise e de produção de informações objetivas sobre conteúdos audiovisuais, previsto na Constituição e regulamentado por duas leis federais: a Lei 8.069/90, Estatuto da Criança e do Adolescente, e a Lei 10.359/01. Realizado no âmbito da Secretaria Nacional de Justiça, do MJ, esse serviço tem por objetivo imediato indicar aos pais e à família a existência de conteúdo inadequado em programas, filmes, novelas, jogos eletrônicos, dentre outras diversões públicas, para determinadas faixas etárias. E, portanto, tem por objetivo mediato proteger os direitos da criança e do adolescente. O Ministério da Justiça não tem autoridade para policiar ou punir. Se constatadas inadequações, o Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Quali- ficação (Dejus) classifica ou reclassifica o produto e cabe ao Ministério Público analisar o caso e encaminhá-lo ao Judiciário. Quem controla são os pais. Ao Estado cabe garantir meios eficazes para o exercício desse controle sobre o acesso. A Classificação é um processo construído democraticamente que permite o direito à escolha por parte dos cidadãos. Contato: Foi importante a consulta pública para elaboração das portarias referentes à Classificação Indicativa? R.T.J.: Consideramos essencial a participação da sociedade no processo de Classificação Indicativa. A consulta pública foi mais uma etapa rumo à regulamentação do novo modelo de Classificação. Foi realizada de setembro a dezembro de 2005. Foram distribuídos 12.660 questionários com nove perguntas sobre o que a população brasileira pensa e espera da Classificação Indicativa dos programas de TV. A consulta pública também foi disponibilizada no site do MJ. Mais de 10 mil pessoas utilizaram a página da Internet para opinar sobre a programação da TV. De acordo com o levantamento, 57% dos participantes vêem a Classificação como um serviço de informação de caráter pedagógico, sobre o conteúdo da programação televisiva, com o objetivo de proteger crianças e adolescentes. Mais de 25% dos entrevistados acreditam que o trabalho é um instrumento de controle da qualidade da programação e de defesa dos direitos humanos. Contato: Como tem sido o feedback da sociedade com relação à Classificação Indicativa? R.T.J.: A família, sociedade e governo são, conjuntamente, responsáveis por proteger crianças e adolescentes e oferecer a eles boas opções de cultura e educação. Por isso, sua participação na atividade da Classificação Indicativa é de fundamental importância. Percebe-se que com o passar do tempo a sociedade se faz mais presente como fiscalizadora de seus direitos. Um exemplo disso são as inúmeras denúncias encaminhadas por telespectadores quando se sentem agredidos ou percebem algum abuso na programação. Outro exemplo de participação do cidadão é a participação em consultas públicas e na Rede de Colaboradores da Classificação Indicativa. Formada por cidadãos voluntários, a Rede permite que outras visões sobre as obras audiovisuais sejam incluídas no processo de classificação e também que os cidadãos possam exercer um controle social sobre essas atividades do Estado. Os voluntários assistem junto com os analistas as obras audiovisuais e emitem suas opiniões sobre algum ponto polêmico. Contato: Os pais têm se orientado a partir da Classificação Indicativa dos programas? R.T.J.: Essas respostas poderão ser obtidas após a realização de uma pesquisa nacional que está sendo organizada pelo Ministério da Justiça e que pretende avaliar os hábitos de consumo de TV de crianças, adolescentes e adultos. A pesquisa “Radiodifusão de conteúdo inadequado, a Classificação Indicativa e os Direitos Humanos” está sendo aplicada com duas mil crianças e adolescentes e dois mil adultos de todo o país, com o objetivo de conhecer como os pais ou responsáveis percebem o impacto de cenas de sexo, drogas e violência no comportamento dos filhos. Também será possível avaliar como as crianças recebem esse conteúdo, além de informações sobre o tempo em que permanecem sentadas na frente da TV, horários mais freqüentes, heróis (personagens) que admiram, programas preferidos, entre outras. O estudo irá avaliar, ainda, a compreensão dos telespectadores sobre a atividade e os símbolos da classificação indicativa. Nas 11 regiões metropolitanas contempladas pelo Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), que é voltado não só para o enfrentamento das conseqüências da violência social, mas também para suas causas, será possível verificar se a exposição constante a conteúdos audiovisuais inadequados pode provocar reações violentas ao receptor e à comunidade a sua volta. Dessa forma, essa investigação sobre conteúdos midiáticos e sua recepção é um início para conhecer as origens do comportamento violento na sociedade brasileira. Após esse retrato, que deverá ser divulgado em abril, pretende-se realizar no segundo semestre de 2008 um seminário interdisciplinar para apresentação e discussão dos resultados e também para a estruturação de proposta metodológica para uma pesquisa longitudinal, que observará a influência de conteúdos audiovisuais sobre crianças e adolescentes, bem como para a criação de políticas públicas com uma visão mais precisa e crítica da mídia. Contato: Como funciona a Classificação dos programas? Quais são os processos e etapas? contato 19 R.T.J.: O trabalho de Classificação é realizado por uma equipe de analistas do DEJUS que atuam em diversas áreas como Psicologia, Direito, Administração, Comunicação Social e Pedagogia e conta, também, com uma rede de colaboradores eventuais. A análise dos conteúdos é feita em três fases: análise objetiva de cenas que tenham sexo, drogas e violência; identificação dos temas e, por fim, a gradação, que classifica a obra de acordo com a idade. As emissoras enviam para o MJ a sinopse do produto com a autoclassificação pretendida. Depois disso, as emissoras podem veicular a obra. Ao Dejus cabe a responsabilidade de avaliar a autoclassificação, classificar e monitorar a programação. Os programas são analisados de acordo com a quantidade e a intensidade de cenas de sexo, violência e drogas que exibem. Esses fatores foram definidos pela Lei 10.359/01, que define sexo e violência como os dois critérios obrigatórios para análise de obras. Contato: Quando não é cumprida a regulamentação, quais medidas são tomadas? R.T.J: As normas (Leis e Portarias) que regem a Classificação determinam que os responsáveis pelos programas estão sujeitos às punições previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente, caso descumpram a regulamentação. Cabe ao Ministério Público avaliar cada caso e encaminhá-lo ao Judiciário. Contato: Como o MJ vê o trabalho da Psicologia nessa questão da classificação indicativa? R.T.J.: Em uma palavra: fundamental. Aliás, bem por isso, o Coordenador da Classificação Indicativa é um psicólogo. avaliar o impacto e a influência da programação inadequada no desenvolvimento psicossocial das crianças e dos adolescentes brasileiros e temos que discutir, sob enfoque da Psicologia, a consistência da segmentação da Classificação Indicativa de acordo com as seguintes faixas etárias: zero a 10, 11 a 12, 13 a 14, 15 a 16 e 17 a 18 anos. Contato: Então psicólogos articiparam da elaboração da Portaria da Classificação Indicativa? R.T.J.: Felizmente pudemos contar com a colaboração de psicólogos especializados no tema mídia e infância, sem falar na extensa bibliografia produzida por diferentes áreas da Psicologia que nos serviu (e nos serve) de referência. Faço questão também de registrar a expressiva participação de psicólogos e estudantes de Psicologia, de forma voluntária, no processo de elaboração da Nova Classificação Indicativa. Posso afirmar, sem qualquer demérito aos demais campos do conhecimento, que as questões mais difíceis que enfrentamos nos foram postas pela Psicologia. Por isso, não posso deixar de solicitar o auxílio de todos os profissionais de Psicologia para, neste momento, produzir respostas. Contato: Como o MJ vê a questão da Democratização da Comunicação? R.T.J.: Temos a certeza de que, se conseguirmos trabalhar juntos pela superação dos desafios que se apresentam à Classificação, produziremos resultados expressivos e indeléveis no que diz respeito à democratização dos meios em geral. Porque acredito que se considerarmos a defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes como ponto de partida para análise do conteúdo veiculado, certamente acabaremos por produzir benefícios a todo o conjunto da população. Contato: Na sua opinião a mídia está construindo a subjetividade do sujeito? Todos os nossos maiores desafios neste ano nos obrigam a estreitar os laços com o campo da Psicologia. Para mencionar dois desses desafios: temos que R.T.J.: A mídia promove a circulação das opiniões e pode construir e destruir subjetividades. artigo contato Bioética: uma área transdisciplinar Thereza D'Espídula (CRP-08/04776) Psicóloga da Comissão de Tanatologia Partindo das três áreas principais de abrangência da Psicologia em seus primórdios – escolar, clínica e organizacional – os psicólogos vêm cada vez mais ocupando espaços antes impensados (como trânsito, jurídica e hospitalar, só para citar alguns exemplos) ou mesmo novos espaços que surgem de diversas necessidades, com o decorrer do tempo e o desenvolvimento científico. Situam-se neste último grupo as novas discussões acerca de quais atitudes, dentre as cientificamente possíveis, ainda se preocupam em preservar a dignidade e autonomia individuais. Trocando em miúdos, trata-se de discutir quando e o quanto é ético usar-se do imenso conhecimento que a ciência detém atualmente, sem comprometer o poder decisório, a individualidade, a dignidade e a qualidade de vida dos sujeitos a ela submetidos. A esse novo campo de ação chamamos Bioética. Mas definir bioética não é algo assim tão simples. Correia, no artigo constante da obra de Pessini discorre acerca das várias definições possíveis da Bioética. Inicia com o comentário de que a própria palavra Bioética – ética da vida – já indica um conteúdo de enorme abrangência, posto que tudo que é vida lhe compete. Comenta que decorre daí a dificuldade de se dar a bioética uma definição sumária e adequada, uma vez que as definições tendem sempre a fixar fronteiras e a bioética não tem fronteiras, não se definindo, por isso, como as demais disciplinas. Como mais uma das definições possíveis, a bioética aborda uma ampla gama de questões sociais, indo além da vida e da saúde humanas compreendendo também questões relativas à vida de animais e plantas. Em resumo, a bioética trata da natureza, da flora, da fauna e da vida humana, à luz dos valores humanos aceitos em uma sociedade democrática, pluralista, secular e muitas vezes conflitante. Lepagneur define que a bioética é o lugar virtual, mas disciplinado, do encontro das dificuldades emergentes no tocante às modalidades modernas da vida humana. Por isso a bioética é uma encruzilhada de conteúdo variável que tende, por meio de diálogos e experiências, a suscitar um consenso empírico sobre normas a serem realmente implementadas. Valls define a bioética como algo que “surge a partir da consciência do problema do divórcio entre o que tecnicamente já somos capazes de fazer e aquilo que talvez devêssemos fazer ou deixar de fazer, e, portanto, da consciência que o homem já tem em suas mãos poder mais que suficiente para o suicídio coletivo, liquidando de vez o planeta.” Conforme Clotet , “é preciso contar com alguns princípios que auxiliem os profissionais a decidir e a agir corretamente, pois a ciência, embora sendo a grande esperança, se apresenta também como uma grande ameaça para a vida humana.” E acrescenta ainda: “o desenvolvimento da bioética exige a atitude reflexiva que descobre se é o homem que usa a ciência ou se, inversamente, é por ela usado.” No volume da Coletânea Conexão Psi referente à Tanatologia, temos que a bioética surgiu como alerta ao descontrole de práticas, pondo em perigo valores ainda honrados ou recentemente adquiridos. Sua tarefa fundamental é a de estar permanentemente reavaliando as ações dentro de uma determinada cultura, envolvendo questões sanitárias, biológicas, médicas etc., sobretudo no que diz respeito à escala de valores. A bioética sofre, por isso, certo impacto de diferenciação de época a época, de região a região, mas ela mesma se propõe também moderar o eventual excesso de divergência, atuando com certo grau de alteridade. A bioética vem como uma nova revolução para o pensamento científico e para o comportamento humano, restabelecendo o diálogo entre a ética e a ciência, refletindo sobre a conduta humana em relação à vida. A bioética requer uma grande interação entre diversas disciplinas e acontece então em forma de um movimento mundial, buscando a garantia da integridade e da autonomia dos seres humanos. Envolve questões de direito reprodutivo, da genética, da reprodução assistida, aborto, direito de morrer com dignidade, entre outras. Diante de todas estas definições, todas válidas e todas recentes, temos que a bioética é plural. Avanços contínuos na ciência e na tecnologia trazem uma infinidade de perguntas, muitas das quais ainda nem sequer nos sentimos aptos a responder. A bioética então se propõe a ser nossa tocha, nossa oportunidade de lançar no caminho a percorrer uma tênue luz, um começo de reflexão, um primeiro olhar. Uma discussão desse porte não se faz, porém, através de uma óptica única: muito pelo contrário, movimentos em prol da bioética são sempre necessariamente transdisciplinares, justamente para propiciar a compreensão do indivíduo como um todo. Valls aponta que a formação de tal grupo envolve pessoas das quais se “exige sensibilidade, mas também inteligência; exige pensamento acostumado aos procedimentos científicos, mas também capaz dos vôos da reflexão mais larga e filosófica; exige uma capacidade toda especial de unir a prudência da prática e a sensatez da gestão de recursos limitados por um lado, e por outro os princípios norteadores de uma atitude moralmente sã.” Há em tal contexto um lugar natural para a Psicologia, à espera de que os psicólogos venham a ocupá-lo. De tal profissional será exigido também, além do conhecimento teórico e prático da profissão e de tudo o já mencionado, um profundo sentimento de empatia, um aguçado senso de alteridade, a capacidade de ser um em meio a outros profissionais importantes, além de partilhar e compartilhar, sem reservas, saberes e opiniões. contato 21 contatoartigo O Poder da Imagem Televisiva na Construção da Subjetividade Angela Caniato (CRO-08/00336) Regina Perez Christofolli Abeche (CRP-08/02206) Projeto de pesquisa intervençao “Phenix- A ousadia do renascimento da subjetividade cidadã” vinculada a pró-reitoria de pesquisa e pós-graduação PPG da Universidade Estadual de Maringá, Paraná, Brasil. Foto. Erik Dungan A mídia é um processo com vários tentáculos: internet, computadores pessoais, e-mails, orkut etc, mas que, basicamente, é caracterizada pela capacidade de ver a distância. Cada vez mais estamos assistindo a uma revolução nos meios de comunicação, tendentes a difusão imagética corrompida por sinestesias que se constituem em perversas violências simbólicas, porque acarretam confusões no processo de simbolização dos indivíduos, inclusive, na discriminação entre o bem e o mal. Como exemplo temos o que explica Santiago Alba Rico (2007) com o conceito de bombardeio democrático. Sartori (2001) diz “o vídeo está transformando o homo sapiens produzido pela cultura escrita em um homo videns, no qual a palavra vem sendo destronada pela imagem.” Uma espécie de ser humano criado pela televisão – diante de uma televisão - antes mesmo de saber ler e escrever. A capacidade simbólica dos seres humanos apresenta na linguagem a função de comunicar e isto se dá por meio de uma articulação de sons e signos – significantes providos de significados. Daí, pode-se dizer que o homem é um ser que fala e é capaz de raciocinar a respeito de si, do que fala e do que escuta. As civilizações se desenvolveram pela escrita e essa possibilidade de transmissão do saber se efetivou pela linguagem falada e escrita. Até o final do século XV, a leitura foi privilégio de pouquíssimos eruditos. O homem que multiplicou o saber foi Gutemberg em 1440, na Alemanha, que revolucionou a comunicação com a criação da imprensa. No século XIX começa um ciclo novo e diversificado de avanços tecnológicos. Primeiro a invenção do telégrafo, em seguida do telefone e logo depois do radio, que mantiveram preservados a natureza simbólica do homem, cooperando para o desenvolvimento de seu pensamento. Em meados do século passado, porém, ocorreu uma ruptura nesse sistema de comunicação com a descoberta da televisão. A televisão consiste em ver de longe. Nela a imagem e o olhar predominam sobre o falar, pois a televisão está em função da imagem visual, por excelência. Nesse aspecto, o telespectador passa a ser mais um animal vidente do que auditivosimbólico. Rapidamente estamos passando para uma era multimídia – na qual os meios de comunicação são vários - e até a televisão vem perdendo a soberania com a parafernália da multimidialidade, pois o nosso rei soberano passou a ser o computador, a imposição da solidão individual e da impessoalidade. Essa virada na forma de atingir os indivíduos – esvaziamento do simbólico e substituição pelo imagético virtual - ainda tem na televisão o recurso de maior amplitude na difusão dessa manipulação do mundo de representações dos indivíduos. A informação visual, por meio da televisão, marca o advento da imposição social dessa forma de comunicação. O mundo simbólico – que caracteriza o ser humano - fica restringido quando a comunicação pela palavra é deslocada para o nível da exterioridade/ aparência da imagem visual. A diferença é radical, pois sabemos que a palavra é um símbolo que nomeia o real e ao significá-lo é permitida uma apreensão pelo homem cada vez mais próxima da complexidade do real. Ainda segundo Romanet (2000), a informação tem sido o elemento preeminente na Era da Comunicação. As principais características da informação na atualidade são a superabundância e a velocidade próxima da luz, que são impingidas aos indivíduos e por eles “captadas, desvirtuadas”. A abundância de informação que se difunde, principalmente via imagens virtuais, reflete o autoritarismo na “comunicação do silêncio”, processa a dominação psicossocial da indústria cultural (Theodor Adorno). Entender como essas mudanças repercutem no psiquismo – quando o indivíduo fica exposto quase que exclusivamente a essa hiper-exploração senso-perceptiva – é tarefa urgente, pois sabemos que a percepção é a mais primitiva das representações que os indivíduos constroem de si e do mundo que os rodeia. Mais ainda, essa restrição ao visual, na captação perceptiva do mundo externo, reflete um estreitamento nas suas possiblidades perceptuais e de simbolização dos homens. Limitar a vida psíquica a essa exterioridade e estreitamento imagético aumenta a fragilidade de cada indivíduo, jogando-o na impotência provocada diante da não compreensão da complexidade do real. As informações abundantes em pouco tempo completam o quadro confusional a que os indivíduos estão expostos. Essa instantaneidade contemporânea impossibilita o pensamento e a capacidade de apreensão dos indivíduos dos acontecimentos, mantendo o ego em condições regressivas de funcionamento. Conseqüentemente, a possibilidade de representar o real corretamente está prejudicada. Como fica a relação dos indivíduos com o real externo a si, se também as informações que lhe chegam estão danificadas e sob proibição de uma simbolização mais consistente? Se os processos simbólicos superiores da consciência (pensamento, discernimento, julgamento) estão dificultados, como os indivíduos poderão se dar conta dos engodos que lhes são impingidos por uma sociedade que privilegia os lucros sobre a humanização? Nesse reinado de falsas apreensões, torna-se fácil a prevalência da assimilação da ideologia, substituindo a compreensão verdadeira do real. Isto pode ser observado no programa Big Brother Brasil (BBB) – do tipo reality show - que se mantém como um dos maiores índices de audiência da Rede Globo de televisão. E por se apresentar como um show de realidade, impede o telespectador de perceber ser um real fabricado. Este tipo de engano facilita a identificação do expectador com o estilo de vida dos sobreviventes, vencedores do programa. Buscar conhecer os modelos de identificação disseminados deste programa, ao colocar indivíduos em um cárcere voluntário, isto é, em um laboratório onde a sociedade é telegeneticamente alterada, significa entender a servidão voluntária das vítimas, em que o prisioneiro manifesta prazer ao usufruir do mal que se submete e da vergonha que se impõe. Mas, principalmente, ajuda a entender o pior do BBB, a espetacularização da violência banalizada, pois, por ser um programa interativo, coloca o telespectador como cúmplice automaticamente ao compartilhar da exclusão do brother (votação). E isto é feito para cumprir com o propósito principal do programa, que é apresentado de forma maquiada e enganosa, podendo ser observado na fala do animador do programa: “Estas são as regras do programa, e regras são regras.” Não são feitos questionamentos sobre a origem destas regras e nem a serviço de quem elas estão, se da vida ou, simplesmente, retroalimentam o sistema político econômico da atualidade, que para sua manifestacao impõe a reificação/morte do humano. referências bibliográficas - ABECHE, RPC. Por trás das câmeras ocultas a subjetividade desvanece, 2003.456 p. Tese de doutorado, Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo. - ADORNO, T. HORKHEIMER.M. Dialetica do esclarecimento. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1985. - ALBA RICO, S. El simbolo y sinestesias, bombardeo pacificador. In:www.rebelion.org/noticia. Acesso em 28 de abril de 2007. - FREUDS. El yo y el ello. In: Obras completas. Vol.1 Madrid:Biblioteca nueva, 1948, p.1191-1212. - GUARESCHI,P. Os construtores da informação: meios de comunicação, ideologia e ética. Petrópolis:Vozes, 2000, p.380. - RAMONET, I. Palavração. In:Revista de Psicanálise. Ano 4, n 4, Curitiba, nov.2000, p.114-116. - SARTORI, G. Homo Videns. São Paulo: Edusc, 2001, p.152. - SODRÉ, M. A máquina de narciso: televisao, indivíduo e poder no Brasil, 3 ed. São Paulo:Cortez, 1994, p.141. artigo contato IJPR promove simpósio para discutir Psicologia Analítica Nos dias 17 e 18 de maio será realizado o I Simpósio do Instituto Junguiano do Paraná (IJPR) com o tema “Psicologia Analítica: teoria e prática”. O evento acontece no teatro do HSBC, em Curitiba, e é aberto para o público em geral. Segundo a presidente do IJPR, Maria de Lourdes Bairão Sanchez (CRP-08/00007), são vários os objetivos que norteiam o evento, mas o principal é abrir o IJPR e a Psicologia Analítica para a comunidade. “Os Junguianos ficam sempre muito fechados e precisam desse contato com outras vivências, tanto da própria área quanto da sociedade”, declara Maria de Lourdes. esclarecer o trabalho analítico”, exprime Clara. Apesar de aberto ao público, no encontro só serão apresentados trabalhos de integrantes do Instituto. Atualmente o IJPR é formado por 14 membros e desses, cinco fazem parte do Instituto Junguiano de São Paulo (IJSP). Ainda há mais nove membros candidatos. A presidente do IJPR explica que serão feitas reflexões sobre a teoria e prática. “Jung é discutido por muitas áreas do saber, pois ele introduziu discussões em variadas áreas, mas queremos nos focar sobre a prática analítica. É o Jung analista que nós estamos discutindo”, conta. A diretora administrativa do IJPR, Renata Cunha Wenth (CRP-08/02952), afirma que também há um objetivo institucional. “Estamos organizando um Congresso Internacional de Psicologia Analítica para 2010. Então começamos com o pequeno, o íntimo, por isso a realização do Simpósio”, esclarece Renata. O Congresso está programado para o segundo semestre de 2010 e terá o tema “Criação”. Outras pessoas poderão submeter trabalhos, não necessariamente psicólogos. “O Jung é multidisciplinar, por isso é importante visões de outras profissões e áreas”, explica Clara. Outro objetivo do Simpósio, de acordo com a presidente da comissão organizadora, Clara Rossana Ferraro de Sá (CRP-08/04374), é estimular os membros do IJPR a produzirem, fazerem reflexões sobre as práticas e compartilharem. “Eu acho que a prática clínica é de uma importância transformadora. Queremos Elas comentam que desde a sua fundação em 2004 até agora, as portas do IJPR têm sido mais estreitas. “Temos uma pequena abertura com eventos que promovemos, como o Conversa Fiada e os Seminários Interdisciplinares, mas agora com o Simpósio isso vai ser muito maior”, explicam. O IJPR foi fundado no final de 2004, sendo parte da Associação Junguiana do Brasil (AJB), a qual, por sua vez, é membro da International As sociation of Analytical Psychology (IAAP) de Zurique, na Suíça. O Instituto é uma entidade cultural que tem como objetivos o aprimoramento da Psicologia Analítica (linha analítica fundada por Jung), a divulgação dessa obra e a formação para psicólogos e médicos. Também há a prestação de serviços de assessoria e consultoria terapêutica. O curso de formação tem duração de quatro anos e a finalidade de propiciar aos profissionais os fundamentos teóricos e práticos do exercício profissional de analista na perspectiva junguiana. Para a formação são exigidas 100 horas de supervisão individual e 240 horas de análise individual, além da apresentação de estudo de caso clínico e a defesa da monografia. Para candidatar-se ao curso é necessário ser médico ou psicólogo, com registro no respectivo Conselho de Classe há pelo menos dois anos, e ter dois anos de exercício de prática clínica em psicoterapia. Os candidatos também deverão comprovar 50 horas de supervisão clínica individual e vivência mínima de 100 horas de análise individual, transcorridos no período máximo de dois anos. Informações: Data: 17 e 18 de maio de 2008 Local: Teatro do HSBC Avenida Luís Xavier, 11 A (Rua das Flores) Centro Curitiba - Paraná. Inscrições: No IJPR, pelo site www.ijpr.org.br ou pelo telefone (41) 3252-5868. inscritos novos O CRP-08 dá as boas-vindas aos novos inscritos de janeiro e fevereiro de 2008 novos inscritos Adelice Porfirio - CRP-08/13252 Adriano Brollo - CRP-08/13272 Alexandra A. Rodrigues - CRP-08/13294 Alexandre Felipe Pacini - CRP-08/13161 Alfredo J. V. C. da Cunha - CRP-08/13167 Allan Augusto de Araujo - CRP-08/13189 Allan Martins Mohr - CRP-08/13155 Amanda Teles Schiavo - CRP-08/13241 Ana Lucia Muller Silveira - CRP-08/13332 Ana Madalena Araldi - CRP-08/13188 Ana Paula Baldo - CRP-08/13317 Ana Paula Frazili de Godói - CRP-08/13334 Ana Paula Pereira - CRP-08/13277 Ana Paula Pereira Martins - CRP-08/13267 Ana Paula Piana Freitas - CRP-08/13301 Ana Suy Sesarino - CRP-08/13236 Andrea Catia Beluomini - CRP-08/13290 Andrea T. S. da S. Amude - CRP-08/13310 Andréia C. dos S. Kleinhans - CRP-08/13148 Anelise Justechechen - CRP-08/13134 Angela Prigol - CRP-08/13349 Angelica Emi de A. Kuroki - CRP-08/13219 Beatriz Fatima F. Zardo - CRP-08/13247 Bianca da Fonseca Primak - CRP-08/13319 Bruna Alvares Lunardelli - CRP-08/13208 Bruna Bandeira - CRP-08/13230 Bruna Troia Pitelli - CRP-08/13282 Bruno Jardini Mader - CRP-08/13323 Camila Carneiro - CRP-08/13113 Camilla Correia - CRP-08/13120 Camila Cristina R. Orlandini - CRP-08/13338 Camila Ferreira Dlugokenski - CRP-08/13265 Camila Guadanhin - CRP-08/13283 Camila Leucz - CRP-08/13186 Carina Paula Costelini - CRP-08/13284 Carla de O. Vaz Chiarello - CRP-08/13187 Carlos Eduardo Cassiano - CRP-08/13135 Carmen Lúcia Boing - CRP-08/13194 Caroline Gugelmin Barros - CRP-08/13104 Cassandra de Oliveira - CRP-08/13318 Cassiano Luis Stechechen - CRP-08/13116 Celisse Yurika Otsuka - CRP-08/13330 Christiane Pilch - CRP-08/13176 Cibele Denardi - CRP-08/13345 Cintia B. da S. Girardello - CRP-08/13094 Clarissa Araujo Brunetto - CRP-08/13273 Claudia Lorenzatto - CRP-08/13090 Claudia Moema Z. Borille - CRP-08/13108 Claudia Tucunduva - CRP-08/13308 Cleidionara Altmeyer - CRP-08/13204 Cleomir Vaz - CRP-08/13352 Cristian Bredow Büergel - CRP-08/13276 Cristiano R. Zandonay - CRP-08/13170 Daiani de Fátima Moura - CRP-08/13093 Daliana Maria Moll - CRP-08/13292 Dalva Silva de Paula - CRP-08/13168 Daniel Gerimias - CRP-08/13150 Daniel Mathias Otto - CRP-08/13233 Daniela Cristina Millan - CRP-08/13163 Daniele Cardoso da Silva - CRP-08/13325 Danila Cardoso de Oliveira - 13359 Darlan Venturi dos Santos - CRP-08/13172 Demeuri Ribeiro da Silva - CRP-08/13191 Dila Lima - CRP-08/13133 Elaine Cristina T. dos Santos - CRP-08/13166 Eliane Conceição L. da Luz - CRP-08/13190 Elisa Ornellas - CRP-08/13287 Elisiara da C. C. V. Freitas - CRP-08/13193 Elizangela Catani - CRP-08/13180 Evandro C. Santinello - CRP-08/13350 Eveline Tieme Tsuda - CRP-08/13289 Fabio Seidel dos Santos - CRP-08/13354 Fabricio R. de Moura - CRP-08/13225 Fernanda D. de Carvalho - CRP-08/13200 Fernanda R. Cavalheiro - CRP-08/13175 Fernanda Silva da Costa - CRP-08/13106 Flavio Roberto A. Lemos - CRP-08/13238 Francis Keila F. N. Grillo - CRP-08/13215 Francislene F. de Camargo - CRP-08/13086 Gabriel Salata Kuss - CRP-08/13309 Gabriela Comper - CRP-08/13255 Gessyca Correia dos Santos - CRP-08/13337 Gilberto Luiz M. Junior - CRP-08/13322 Giovana do R. M. Kawashita - CRP-08/13344 Giuliane Oliveira dos Santos - CRP-08/13340 Gislainy Liliam Moraes - CRP-08/13136 Glicelda Rodrigues Caillava - CRP-08/13154 Graciela Bombardelli - CRP-08/13131 Graciele Roberta B. Borille - CRP-08/13107 Grasiane Helena Froggel - CRP-08/13263 Greicibely Faccin Borges - CRP-08/13202 Gustavo Almodim de Lima - CRP-08/13209 Heloisa Fresneda Villibor - CRP-08/13296 Hilde Cristina C. Frehner - CRP-08/13196 Hivi Castro Ruiz Marques - CRP-08/13200 Iasmin Zanchi Boueri - CRP-08/13257 Ingrid Fonseca Maich - CRP-08/13256 Isabella Pohl Pedroso - CRP-08/13259 Izelda Cardoso de Oliveira - CRP-08/13288 Jaime Canfield - CRP-08/13158 Jeferson L. T. de Carvalho - CRP-08/13269 Joice Gonçalves Rodrigues - CRP-08/13129 Joicy Anne Silva - CRP-08/13234 Jorge Luiz Calazans da Silva - CRP-08/13227 José Luis Manicka - CRP-08/13327 José Tarcisio V. Aguilar - CRP-08/13242 Josiane Pereira de Azevedo - CRP-08/13142 Josilene Aparecida Schimiti - CRP-08/13229 Josimara Cadamuro Pires - CRP-08/13299 Julia Raquel Paschoal - CRP-08/13160 Juliana Maria Sanches - CRP-08/13217 Juliana Marques Meirinho - CRP-08/13231 Juliana Rauen - CRP-08/13348 Juliana Ribas Sartori - CRP-08/13254 Juliana Ruzzon - CRP-08/13228 Karen Canni da Costa - CRP-08/13088 Karen Eloize Lecht - CRP-08/13099 Karina Kuchnir - CRP-08/13270 Karla Fernanda Paulino - CRP-08/13092 Karla Hruschka - CRP-08/13261 Laila Alves de Souza - CRP-08/13249 Larissa de Oliveira Gonçales - CRP-08/13339 Larry Ribeiro Pinto - CRP-08/13127 Leandra Koginski Cortelleti - CRP-08/13145 Leila Cavernagui Cordeiro - CRP-08/13335 Leila Lilian Susko Zotto - CRP-08/13147 Leticia Lara Ravanello - CRP-08/13103 Leticia Lilian Peretti - CRP-08/13185 Ligia N. Matte Zunsztern - CRP-08/13169 Lisiane Bello Taques - CRP-08/13328 Luana Oliveira Camporezzi - CRP-08/13291 Luciana Dias Terra - CRP-08/13164 Luciana Jacinta Sidoli - CRP-08/13110 Luiz Arilton Vieira - CRP-08/13162 Luna Idália Pinheiro - CRP-08/13237 Luziane de Fatima Kirchner - CRP-08/13195 Mara Antonieta N. F. Luiz - CRP-08/13098 Marcela Miki Moreira - CRP-08/13206 Marcia Cristina Veiga CRP-08/13212 Marcia O. Sponchiado - CRP-08/13262 Marcos Vinícius Brunhari - CRP-08/13146 Marenice de Fátima F. Quadros - CRP-08/13173 Maria Angelica Chagas - CRP-08/13182 Maria A. M. Pedersen - CRP-08/13245 Maria Aparecida Kuerten - CRP-08/13181 Maria Arlete Silveira - CRP-08/13285 Maria Cecilia B. Araujo - CRP-08/13250 Mariana Amaral - CRP-08/13213 Mariana Galesi Bueno - CRP-08/13324 Mariana Giacomini Bueno - CRP-08/13346 Mariana Verpa Sanches - CRP-08/13221 Mariângela Biscaia - CRP-08/13275 Marilane de Oliveira - CRP-08/13329 Marilei Krauss - CRP-08/13115 Marilia Boaron Sprea - CRP-08/13239 Marilia Loinacki - CRP-08/13096 Marina Gonzalez Valeton - CRP-08/13268 Marina Reguero Marques - CRP-08/13141 Mario Cimbalista Junior - CRP-08/13305 Mayra Campos Francica - CRP-08/13303 Melina Gomes Madureira - CRP-08/13174 Michel Andrew Nogara - CRP-08/13203 Miguel Novicki - CRP-08/13244 Milene Buschle Moura - CRP-08/13184 Mirella Rugani Dancieri - CRP-08/13218 Naila Maria R. de Oliveira - CRP-08/13321 Natalia Francischini Paulino - CRP-08/13201 Nicole Calsavara Tomazella - CRP-08/13220 Nilton Vieira de Mattos - CRP-08/13216 Noel Rodrigues de Almeida - CRP-08/13278 Ocimar G. Olivetti Filho CRP-08/13091 Oriane de L. Drohomereski - CRP-08/13197 Orivaldo F. de Sales Filho - CRP-08/13226 Osvaldo B. de M. Netto - CRP-08/13258 Otavio Akio Tomita Mori - CRP-08/13297 Palmira Donda Soares - CRP-08/13264 Paola Brandalise Bettega - CRP-08/13132 Patricia Carniel - CRP-08/13351 Patricia Madalozzo Teixeira - CRP-08/13300 Paula Adriana Derner - CRP-08/13293 Paulo Adriano Rosa - CRP-08/13137 Paulo Penha de Souza Filho - CRP-08/13139 Priscila Alves Timbo - CRP-08/13326 Priscila de Andrade - CRP-08/13279 Priscilla Furusho Weiber - CRP-08/13307 Priscila Martins - CRP-08/13126 Rafaela Baratieri Augusto - CRP-08/13347 Ramaiane M. de O. Viana - CRP-08/13124 Raquel Dias da Silva - CRP-08/13333 Raquel do Rocio Caron - CRP-08/13165 Raquel Rossino Murakami - CRP-08/13280 Raquel Sebben dos Santos - CRP-08/13353 Raphaele Greinert Pariz - CRP-08/13251 Regiane Repczuk - CRP-08/13260 Renata Berberi Schulz - CRP-08/13253 Renata B. do Nascimento - CRP-08/13235 Ricardo Corrêa de Almeida - CRP-08/13152 Rita Chiodi - CRP-08/13274 contato 25 Rita de Cassia C. Waltrick - CRP-08/13112 Rita de Cassia S. B. Lopes - CRP-08/13214 Roberta Hofius - CRP-08/13123 Rosangela K. Brodhage - CRP-08/13248 Rosecler Netto - CRP-08/13243 Sabrina P. Benso - CRP-08/13320 Samantha de F. Becegato - CRP-08/13341 Sandra Ines Correia - CRP-08/13109 Sandra Maria Duarte - CRP-08/13143 Sandra Regina Galvão - CRP-08/13223 Séphora Eloé R. Cordeiro - CRP-08/13199 Sergia Larissa Pinheiro Fritiz - CRP-08/13331 Sergio José Assunção Tuma - CRP-08/13156 Sheron Atolini - CRP-08/13157 Shirley Mariah Ranckel - CRP-08/13097 Silvia Helena Benvenho - CRP-08/13211 Silvia Rita Rodrigues - CRP-08/13302 Simone de A. Soares - CRP-08/13128 Sinara Bernir de Souza - CRP-08/13266 Sirlene Chaikovski - CRP-08/13111 Solange Farah Wachholz - CRP-08/13102 Stéfanie Cristina Schmalz - CRP-08/13138 Stélios Sant'anna Sdoukos - CRP-08/13140 Suelem Teresinha Brisky - CRP-08/13105 Suelen Adriane B. Marques - CRP-08/13207 Suzana Elis Ganz - CRP-08/13178 Suzane Schultz - CRP-08/13114 Taise Signorini - CRP-08/13336 Talita Gasque Barbosa - CRP-08/13304 Tatiana A. A. M. da Rocha - CRP-08/13286 Tatiana Rabitto - CRP-08/13179 Tatiana Riekowski - CRP-08/13095 Tatiane Bastos Trevizan - CRP-08/13295 Tatiane Martins Dolatto - CRP-08/13306 Tatiane Teixeira - CRP-08/13100 Thais A. M. de Carvalho - CRP-08/13222 Thais Cristina Gutstein - CRP-08/13298 Thais Ellen Gomes Provenzi - CRP-08/13177 Thais Lira França Adorno - CRP-08/13153 Thaise Lohr - CRP-08/13240 Thalita Canato - CRP-08/13198 Vanessa Kamila M. Rosa - CRP-08/13210 Vanessa Regina Garcia - CRP-08/13089 Vanessa Rodrigues Goltz - CRP-08/13246 Vanessa Sander - CRP-08/13101 Veronicka Seegmueller - CRP-08/13159 Verenice Moteleski Olchel - CRP-08/13271 Waldna Batista Suzuki - CRP-08/13342 Wellington A. Grisante - CRP-08/13224 Wivian Christian Mineiro Sá - CRP-08/13281 inscrição por transferência Alana Lilaene Zatorsky - CRP-08/13311 Ana Carolina S. F. Heinzen - CRP-08/13117 André Reis Acauan CRP - 08/13315 Claudia dos Santos de Paula - CRP-08/13355 Daniela da Silva Chiminski - CRP-08/13119 Danielle Almendra P. de Sousa - CRP-08/13085 Élina Cristina Urzulin Rocha - CRP-08/13122 Francie Schafer Coelho - CRP-08/13312 Javier Roberto Ortiz Iporre - CRP-08/13316 Leandro Casagrande - CRP-08/13314 Kelly Bedin França - CRP-08/13358 Maira Soares Gomes - CRP-08/13118 Maria Cristina Sonsin - CRP-08/13356 Natalia Cristina de Oliveira - CRP-08/13121 Nilza Maria Fraga Riveiro - CRP-08/13087 Renata Padula Almeida - CRP-08/13357 Sabrina Machado - CRP-08/13313 Vanessa Regina Garcia - CRP-08/13089 Inscrição secundária Marcia Ricardo - CRP-08/IS-129 Meiri Inoue - CRP-08/IS-127 Sonia Maria Mena Barcelos - CRP-08/IS-130 Solange Gomes da Silva - CRP-08/IS-126 Vivian Castilho Clemente - CRP-08/IS-128 reativação Ana Lucia Stellin Montenegro - CRP-08/00279 Ana Paula do Carmo e Silva - CRP-08/08728 Andréia Cristiane Bozza - CRP-08/09367 Aristeu Mazuroski Junior - CRP-08/10028 Carmen Lucia A. Bastos de Mello - CRP-08/02344 Cintia Helena dos Santos - CRP-08/05858 Cyntia Dalazeu Winiarski - CRP-08/10202 Juliana Francielli Schmitz - CRP-08/11962 Marcos Serafim Furtado - CRP-08/10330 Marien de Freitas Santos - CRP-08/01858 Renata Pereira - CRP-08/06841 Rita de Cacia Cercal Lorenzzoni - CRP-08/02134 Rosemary Lahud - CRP-08/02948 Sheila Tioko Kondo Simões - CRP-08/11129 Suzana Blanski Schnekenberg - CRP-08/04976 Thiago Benatto Pereira da Silva - CRP-08/11245 reativação por transferência Dayse Martins Kuster - CRP-08/04208 Márcia Regina de Oliveira Sousa - CRP-08/07761 Neli Maria Tavares - CRP-08/01963 Olivia Justen Brandenburg - CRP-08/10609 Patrícia Pádua Moreira - CRP-08/07261 inscrição principal definitiva Rosangela da Costa Gomes - CRP-08/13343. registro de pessoa jurídica Instituto Maringaense de Gestalt-Terapia Ltda - CRP-08/PJ-00295 falecimentos É com pesar que o CRP-08 informa o falecimento dos profissionais: Lucimar Cunha Zaniolo (CRP-08/06537), Marieva Aparecida Gomes (CRP-08/03630), Marilu Manrich (CRP-08/05502). 26 contato agenda contato Pós-Graduação ISBL - Inscrições abertas para 2008 Especialização: Aconselhamento Familiar; Aconselhamento Hospitalar e Domiciliar; Formação em Terapia de Casal e Família (2009). Atualização: Dinâmica de Grupos. Mais Informações: (43) 3379-7200 - [email protected] - www.isbl.org.br/pos. Afiliada CCFH - Universidade de Chicago, USA. Parceria FTSA (reconhecida pelo MEC - portaria 4449 de 22/12/2005). Local: Londrina - PR. Cursos em Avaliações Psicológicas Coordenação: Paulo Vaz - CRP 08/03118 Formação em Avaliação Psicológica - Período: Maio de 2008 a maio de 2009 Entrevista e Aconselhamento Psicológico - Período: maio de 2008 a dezembro de 2008. Teste de Pfister - 28/06/08/ PMK - 12/07/08 Palográfico - 09/08/08/ PMK (Avançado) - 23/08/08 Inscrições Abertas! Informações: Rua Nunes Machado, 472-7À andar -sl 702 Ctba (PR). (41)33235344 - (41) 91128187 - [email protected] 3º Curso de Tanatologia - Educação para a Morte Período: Março a Novembro - 2008 em Cascavel PR Público alvo: Estudantes de Graduação, Pós-graduação e profissionais de qualquer área. Informações e Inscrições (abertas): [email protected] www.famipar.com.br - Fone/Fax: (45) 3226-1340 - Coordenadora do curso: Sandra Mara Abrão David Teixeira - CRP-08/07291-0 - Apoio: Curso de formação FAMIPAR. Local: Faculdade Missioneira do Paraná Av. Guairá, 510 - Jd. Seminário - Cascavel - PR. Curso Básico de Ludoterapia Alessandra Fendrich - CRP 08/8846 Carga Horária: 10 horas Data: 09 e 16/05/2008. Informações: (41)3252-4439 / 9938-4092 E-mail: [email protected] Local: Curitiba-PR Curso de Técnicas de Relaxamento Psic. Rita de Fátima Carvalho Barbosa de Souza - CRP-08/7732 Curso Teórico, Vivencial e Prático de Introdução ao Conhecimento das Técnicas de Relaxamento. Data: 17 de maio de 2008 (sábado) Horário: das 8h às 18h. Informações: (41) 3243-8654 ou 9116-8894 [email protected] - www.psiccom.com Endereço: Avenida República Argentina, 665 - ˘gua Verde. Local: Curitiba - PR. Curso Formação em Orientação Profissional Data: abril a junho - Local: Clínica Contato Rua Fernando Simas, 221 - fundos - Bigorrilho Hor.: sextas-feiras, das 8h30 às 17h30 Coordenação: Gilvanise Gulicz Vial Inscrições abertas Informações: (41) 3234-1616 ou (41) 8847-9934 www.portalvocacional.com.br Intercef - Instituto de Terapia e Centro de Estudos da Família - promove: Curso de Terapia Familiar Sistêmica Início: 15 de março - 2008. Término: dezembro - 2009 Curso de Terapia de Casal. Início: 8 de março - 2008. Término: dezembro - 2008 Público Alvo: Psicólogos - consulte vagas para abril. Inscrições Abertas Inf.: (41) 3338-8855 - [email protected] www.intercef.com.br - Local: Todos os cursos serão um sábado ao mês, realizados em Curitiba - PR. O grupo Psicosaúde oferece: Curso de Psicologia Hospitalar e Curso de Psicologia Hospitalar com ˙nfase em UTI - módulos I e II Hospitais: Vita Curitiba, Vita Batel e das Nações Início: Março/2008 Informações: (41) 3362-6633 ou 9971-4408 e-mail: [email protected] site: www.psicosaude.com.br De Avellar Consultoria, Treinamento e Desenvolvimento Humano promove: Treinamento em EMDR - é uma terapia especialmente empregada no tratamento de transtorno de estresse pós-traumático. Módulo Avançado (Nível 2) Data: de 25 a 27 de abril de 2008 - Módulo Intermediário Data: de 01 a 03 de agosto de 2008 - Vagas limitadas. Coordenação: Deuza Maria de Avellar - CRP 08/05996 Informações: (41) 3338-8547 - www.emdrparana.com.br [email protected] Cursos de Formação Coordenação: Lysle Marley Farion de Aguiar - CRP: 08/6930 1) Avaliação Psicológica; 2) Psicopatologia; 3) Terapia Cognitivo Comportamental. Informações: www.avaliacaopsicologica.com Fone: (41) 3233-1422 Rua José Loureiro, 464 - Curitiba - PR Associação de Logoterapia Viktor Emil Frankl - Alvef CURSO Formação e Especialização em Logoterapia. NOVA TURMA - MARÇO/ABRIL - 08 Cursos Breves, Palestras, Grupo de Estudo, Encontros. A Logoterapia é aplicada às diversas áreas - psicológica, médica, escolar, profissional, social. Fone: (41) 3223-9101 [email protected] III JORNADA DA ABENEPI - CAPÍTULO PARANÁ "Prevenção e Diagnóstico Multidisciplinar na Infância e Adolescência" Hotel Bourbon, Curitiba, entre 22 e 24 de maio de 2008 Informações: (41) 3039 8020 www.abenepipr.com.br CONVERSANDO NA PRAÇA Evento pré jornada Na Boca Maldita, ao longo de todo o dia 21 de maio de 2008 Classificados Sublocam-se salas para profissionais de saúde em clínica com ótima localização e estrutura. Dispomos de sala para grupos, palestras e cursos. Informações: (41)3233-7364 ou na Rua Visconde do Rio Branco, 449. Curitiba- PR. Locação por períodos ou a sala inteira. Espaço para cursos, grupos e oficinas terapêuticas. Falar com Verônica: (41) 3232-5796 e 8446-6324. Curitiba - PR. Locação de sala para Psicólogo ou profissional da saúde em clínica com infra-estrutura completa e excelente localização no Juvevê. Informações: (41) 3253-5913. Curitiba - PR. Sala de atendimento - horários para sublocação. Sala mobiliada completa, excelente estrutura e localização, fácil acesso no bairro Champagnat. Interessados entrar em contato com Daniella pelos telefones (41) 3039-6900 ou (41) 9962-7568. Curitiba - PR. Locação de Sala (três ambientes) em consultório de Psicologia. Valor R$ 450,00. Pode ser dividida por três profissionais e salas para horários (a combinar). Tratar com Maura pelos telefones (41) 3338-0447 ou (41) 3338-8553. Curitiba - PR. Subloca-se sala decorada em clínica multidisciplinar com serviço de secretária incluso. Excelente localização. Av. Pres. Getúlio Vargas, 2682 - ˘gua Verde. Fone: 41 3243 1007. Informações com Ana Cláudia. Curitiba - PR. Aluga-se sala central por hora ou período. Telefones: 3023-9682 ou 8817-9962. Curitiba - PR. Espaço Hummani - Locação de Salas. Salas para Atendimento e amplo Salão para Cursos. Para profissionais da área da saúde. Horários integrais ou parciais. End.: Rua São Sebastião, 420 - Ahú (próximo a Alberto Folloni). Fone: (41) 3019-9553. Curitiba - PR. contato 27