Conselho Regional de Psicologia
8ª Região (CRP-PR)
sumário
4
cartadoeditor
5
contatoeditorial
5
expedientecontato
6
coforienta
7
colunaética
8
pordentro
11
inquietações
12
contatoplenária
16
acontecenoParaná
20
matériacapa
22
contatoartigo
27
matériacontato
30
psicólogodaSilva
31
SindypsiPR
32
contatoagenda
33
classificados
34
novosinscritos
Sob a luz do mito de Procrustro: a intolerância no
âmbito das abordagens Psicológicas
Escuta de crianças e adolescentes envolvidos em
situação de violência
Psicologia Cultural
A democracia no Brasil
e nos Conselhos de Psicologia
www.crppr.org.br
Diretoria
- Presidente: João Baptista Fortes de Oliveira
- Vice-presidente: Rosangela Lopes de Camargo Cardoso
- Secretária: Márcia Regina Walter
- Tesoureiro: Sergio Luis Braghini
Conselheiros
Amarilis de Fátima Wozniack Falat, Anaídes Pimentel da Silva Orth, Andrea Simone Schaack Berger,
Benedito Guilherme Falcão Farias, Bruno Jardini Mäder, Carolina de Souza Walger, Célia Regina
Cortellete, Fernanda Rossetto, Guilherme Bertassoni da Silva, Harumi Tateiva, João Baptista Fortes
de Oliveira, José Antonio Baltazar, Karin Odette Bruckheimer, Liliane Casagrande Sabbag, Ludiana
Cardozo Rodrigues, Márcia Regina da Silva Santos, Márcia Regina Walter, Maria Sara de Lima Dias,
Maria Sezineide Cavalcante de Mélo, Nelson Fernandes Junior, Nicolau Steibel, Paula Matoski Butture,
Rosangela Lopes de Camargo Cardoso, Sergio Luis Braghini, Suzana Maria Borges e Vera Regina
Miranda.
Subsedes
• Londrina
Avenida Paraná, 297- 8º andar - salas 81 e 82 - Ed. Itaipu – CEP 86010-390
Fone: (43) 3026-5766 / (43) 8806-4740
Conselheiro: José Antonio Baltazar
Coordenadora: Denise Matoso
E-mail: [email protected]
• Maringá
Avenida Mauá, 2109 - sala 08 - CEP 87050-020
Fone: (44) 3031-5766 / (44) 8808-8545
Conselheira: Célia Cortellete
Coordenadora: Soraia Ribari Saito Vinholi
E-mail: [email protected]
• Cascavel
Rua Paraná, 3033 - salas 53 e 54 - CEP 85810-010
Fone: (45) 3038-5766 / (45) 8808-5660
Conselheira: Harumi Tateiva
Coordenadora: Viviane de Paula
E-mail: [email protected]
Representações setoriais
• Campos Gerais - e-mail: [email protected] - Fone: (42) 8802-0949
Representantes suplentes: Juliano Del Gobo e Kamilla Scremim Figueiredo
• Centro-Ocidental - e-mail: [email protected]
Representante efetiva: Débora M. Almeida de Carvalho – Fone: (44) 8828-2290
Representante suplente: Monica Vaz de Carvalho
• Centro-Oeste - e-mail: [email protected]
Representante efetiva: Angela Cristina da Silva – Fone: (42) 8801-8948
Representante suplente: Larissa Cabreira
• Extremo-Oeste - e-mail: [email protected]
Representante efetiva: Jane Margareth Moreira de Carvalho – Fone: (45) 8809-7555
Representantes suplentes: Marta Elena Ormaechea, Anna Maria F. de C. Sanseverino, Giuliana Rosa de
Oliveira e Tuvia Nunes Costa
• Sudoeste - e-mail: [email protected]
Representante efetiva: Cristiane Rocha Kaminski – Fone: (46) 8822-6897
Representantes suplentes: Lauana Edina Simões
• Oeste - e-mail: [email protected]
Representante efetiva: Janeth Knoll Inforzato – Fone: (44) 8828-4511
Representantes suplentes: Sonia de Fátima dos Santos Pego e Viviane Barbosa da Cruz Castilho
• Sudeste - e-mail: [email protected]
Representante efetiva: Daniele Jasniewski – Fone: (42) 8802-0714
Representantes suplentes: Marly Perrelli, Cristiane Lampe Holovaty e Elvis Olimar Vensão Sikorski
• Litoral - e-mail: [email protected]
Representante efetivo: André Luiz Cyrillo – Fone: (41) 8407-9367
Representante suplente: Simone Wachter Muller
• Noroeste - e-mail: [email protected]
Representante efetiva: Lucy Lemes de Toledo Silva – Fone: (44) 8812-3781
Representante suplente: Thais Fernanda Gimenez
• Norte Pioneiro - e-mail: [email protected]
Representante efetiva: Priscilla Moreira de Mattos – Fone: (43) 9126-7037
Representante suplente: Ana Thais Santos Vaz Ronque
cartadoeditor
A
edição de janeiro e fevereiro da Revista
tórico apresenta a trajetória da Psicologia no Brasil
Contato chega com ares de renovação.
e no Paraná. Na coluna Inquietações, um espaço
É fato que todo ano que inicia possui
voltado para a reflexão e questionamentos da cate-
essa expectativa de mudança, mas 2013
goria, apresentamos o artigo “Sob a luz do mito de
carrega consigo o desejo de melhorar, de buscar
Procrustro: a intolerância no âmbito das abordagens
novas formas de fazer e pensar. A matéria de capa
Psicológicas”, do Psicólogo Nélio Pereira da Silva.
confirma isso apresentando as propostas e reflexões
trazidas pela conclusão do GT da Escuta de Crianças e Adolescentes de Violência no Âmbito Jurídico.
Após um ano de encontros e estudos interdisciplinares, o grupo apresenta propostas de melhorias na
metodologia aplicada à Escuta.
A sessão COF Orienta traz esclarecimentos sobre
as alterações definidas para os serviços psicológicos
realizados virtualmente. Além disso, você fica por
dentro das decisões pautadas nas reuniões plenárias
do CRP-PR, acompanha a participação da categoria
no Paraná e no Brasil, entre outros assuntos.
A Matéria Contato, por sua vez, traz a continuação
de uma série de reportagens cujo levantamento his-
Boa leitura!
Curso de Terapia Individual
e Familiar Sistêmica
Início: 23 de março de 2013
Curso de Terapia de Casal
Início: 16 de março de 2013
Inscrições abertas,
vagas limitadas.
Coordenação:
Psic. Mariza Bregola
de Carvalho
CRP: 08/1230
Psic. Rosana Ferrari
CRP: 08/0501
Psic. Rosicler Santos
Bahr
CRP: 08/0231
Fone/Fax: 41 - 3338-8855 :: Curitiba - PR
www.intercef.com.br :: [email protected]
Rua Tapajós, 577 - São Francisco - Cep: 80510-330 - CRP 08-PJ/00215
contatoeditorial
Amanhã vai ser outro dia
E
stamos em 2013! O que significa, apesar das previsões catastróficas, que a vida continua. Sempre
há, assim como já houve na história, previsões de
fim do mundo. É possível que alguma delas acerte
em algum momento, mas não teremos como testemunhar sobre isso. Essa raiz primordial de algo que nos
transcende e não podemos controlar, é parte da natureza
(que é um contra-senso chamar assim) humana.
Mas é a partir desse princípio que alguns fazem sua política: a política do medo. Projetam escuridão quando
queremos alcançar a luz, lançam o terror quando queremos ter voz. Falam de perdas e nunca de ganhos. É
contra essa política que foram pensados os Congressos
Regionais e Nacional da Psicologia, que chegam à suaoitava edição em 2013. Esse é o momento em que todos, Psicólogos e Psicólogas do Paraná e do Brasil, têm
efetivamente voz para decidirem sobre os rumos que
queremos seguir nos próximos anos. Esses Congressos,
parafraseando Chico Buarque, podem propiciar, apesar
de alguns, que amanhã será outro dia.
expedientecontato
Produção
Contato: Informativo bimestral do Conselho Regional de Psicologia 8ª Região (ISSN - 1808-2645)
Avenida São José, 699 • CEP 80050-350 • Cristo Rei • Curitiba/PR • Fone/Fax: (41) 3013-5766
Site: www.crppr.org.br • E-mail: [email protected]
Tiragem: 14.000 exemplares
Impressão: Primagraf Indústria Gráfica.
Jornalista responsável: Priscilla Cesar (DRT 7828) e Vivian Fiorio (MTB 46258/SP)
Estagiária de jornalismo: Tatiane de Vasconcelos
Comissão de Comunicação Social do CRP-PR: Karin Odette Bruckheimer e Sergio Luis Braghini
Projeto gráfico: RDO Brasil • Rua Mamoré, 479 • CEP 80510-362 • Mercês • Curitiba/PR • Fone/Fax: (41) 3338-7054
Site: www.rdobrasil.com.br • E-mail: [email protected]
Designer responsável: Leandro Roth
Ilustração (Psicólogo da Silva): Ademir Paixão
Diagramação: Gabriela Simões
Preço da assinatura anual (6 edições): R$ 30,00
Os artigos são de responsabilidade de seus autores não expressando necessariamente a opinião do CRP-PR.
Para mandar sugestões e comentários sobre as matérias
da Revista Contato envie um e-mail para:
[email protected]
coforienta
Alterações nos serviços
psicológicos realizados
por meios de comunicação
a distância
E
m dezembro de 2012, entrou em vigor a Resolução
CFP N.° 011/2012, que regulamenta os serviços
psicológicos realizados por meios tecnológicos de
comunicação a distância e o atendimento psicoterapêutico em caráter experimental (revogando a Resolução
CFP nº 12/2005). Essa nova Resolução permite que alguns
serviços psicológicos sejam realizados por meios tecnológicos, desde que sejam pontuais, informativos, focados em
um tema e de que não firam o disposto no Código de Ética
Profissional do Psicólogo (CEPP). Assim, foram adicionadas as seguintes possibilidades:
I. As Orientações Psicológicas de diferentes tipos, entendendo-se por orientação o atendimento realizado em até 20 encontros ou contatos virtuais, síncronos ou assíncronos;
II. Os processos prévios de Seleção de Pessoal;
III. A Aplicação de Testes devidamente regulamentados por Resolução pertinente;
IV. A Supervisão do trabalho de psicólogos, realizada de forma
eventual ou complementar ao processo de sua formação profissional presencial;
V. O Atendimento Eventual de clientes em trânsito e/ou de
clientes que momentaneamente se encontrem impossibilitados
de comparecer ao atendimento presencial.
Caso o Psicólogo preste algum desses serviços em caráter
regular fica obrigado a realizar o cadastramento de um
site no CRP no qual está inscrito. O site criado deverá ser
de uso exclusivo para tal fim, com registro de domínio
próprio, mantido no Brasil e, de acordo com a legislação
brasileira, não poderá ser cadastrado site no formato de
blog, por exemplo. O site também não poderá conter links
para nenhum outro, exceto para o CEPP; para a resolução
CFP N.° 011/2012; para o site do CRP da jurisdição na
qual está inscrito; e para o site do CFP. Em relação ao atendimento a crianças, adolescentes e interditos realizado por
meios tecnológicos, o profissional deverá obedecer aos critérios estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente,
no CEPP e nos demais dispositivos legais pertinentes.
6
contato No site deverá conter o nome completo e o número de registro do Psicólogo responsável técnico pelo site, bem como
os dados de outros Psicólogos citados. Também deverá ser
mencionado o número máximo de sessões, que é de 20 encontros ou contatos virtuais, síncronos ou assíncronos. Além
disso, devem constar no site: descrição clara dos serviços que
serão realizados por meio tecnológico de comunicação a
distância; público alvo; e-mail e telefone dos Psicólogos. O
endereço para credenciamento é selo.cfp.org.br/credenciamento, incluindo as seguintes etapas:
1) Recepção: preencher o protocolo – a partir do recebimento, o CRP terá 60 dias para proceder à análise e emitir
parecer.
2) Avaliação do CRP: verificar se o profissional está ativo e
se não consta processo ético (transitado em julgado) contra
ele; verificar as condições contidas na referida Resolução.
3) Ajustes no site: o profissional, após receber orientações de
adequações no site, terá 20 dias para realizá-las. Se após esse
prazo não houver manifestação do profissional, o processo
de cadastramento receberá avaliação desfavorável.
4) Recurso: caso seja indeferido o processo de cadastramento, o profissional terá 30 dias para recorrer ao CFP, que, por
sua vez, terá 30 dias para analisar o site.
5) Avaliação do recurso: os sites que obtiverem parecer indeferido pelo CRP e pelo CFP poderão, a qualquer tempo,
iniciar um novo processo de cadastramento. A qualquer momento também, um site já cadastrado poderá solicitar, por
meio do seu responsável técnico, o cancelamento ou qualquer tipo de alteração, requerendo ao CRP que analise o
pedido e o autorize no sistema.
Após a aprovação do site, a permissão de funcionamento terá
a duração de três anos, renováveis por igual período. O CFP
enviará um script a ser incluído no código fonte do site que
oferece exclusivamente os serviços Psicológicos.
A Resolução pode ser lida na íntegra no site www.cfp.org.br
> Legislação > Resoluções. •
colunaética
Avaliação Psicológica
Orientações sobre elaboração de laudos,
relatórios e documentos
A
Comissão de Ética do CRP-PR tem avaliado o
aumento significativo de representações nos últimos anos. O que chama atenção é sobre a matéria da maioria das denúncias que são submetidas à apreciação. São geralmente referentes à Avaliação
Psicológica, sobre elaboração de Laudos e Relatórios e
Documentos escritos pelos Psicólogos e que fazem parte
de de processos em Vara de Família, processo de avaliação Psicológica aos candidatos à Carteira Nacional de
Habilitação, bem como avaliação Psicológica aos candidatos para Concurso Público.
A constatação destes dados levanta alguns questionamentos sobre o conhecimento das Resoluções do
CFP dos profissionais que trabalham nesta área.
Como a Resolução do CFP Nº 007/2003 - que institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos
produzidos pelo Psicólogo, decorrente de Avaliação
Psicológica, sobre a Resolução do CFP Nº 07/2009
- que regulamenta os procedimentos para Avaliação
Psicológica no contexto do Trânsito - e sobre a Resolução do CFP- Nº 01/2009 - que regulamenta os
procedimentos para Avaliação Psicológica em Concursos Públicos.
A Comissão de Ética recebe estas denúncias encaminhadas ao Conselho Regional Psicologia e analisa cada uma.
Neste primeiro momento apurará faltas e infrações ao
Código de Ética e seguirá o dispositivo CPD - Código de
Processamento Disciplinar - que é a Resolução do CFP
Nº 006/2007- que regulamenta os trâmites processuais
dos Processos Disciplinar Ético, Ordinário e Funcional.
Os eventos e matérias a respeito estão sendo divulgados na
revista Contato e no site do CRP-PR (www.crppr.org.br).
Os Psicólogos poderão acompanhar e participar. A atualização do profissional é um compromisso ético. Lembramos os Princípios IV e V que fundamentam o Código de Ética do Psicólogo:
IV - “O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio
do contínuo aprimoramento profissional, contribuindo
para o desenvolvimento da Psicologia como campo científico de conhecimento e de prática.”
V - “O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da população às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões
éticos da profissão.” •
pordentro
Comissão de Estudantes
do CRP-PR realiza Blitz
Informativa
A
Comissão de Estudantes do CRP-PR, dentre
suas atividades, tem como objetivo a busca
constante pela conscientização social acerca da
importância da Psicologia e suas atribuições nos
mais diversos âmbitos da sociedade. Para tanto, inclui em
sua pauta de tarefas a discussão e o planejamento de ações
que atinjam esse escopo, sendo que a ação mais recentemente empreendida foi a Blitz Informativa.
O projeto foi lançado no dia 21 de outubro, em formato
flash mob (ação rápida e envolvente), durante a feira cultural do Largo da Ordem, conhecida por acontecer em um
ponto turístico de Curitiba e por ser realizada tradicionalmente aos domingos. Para a realização desse evento,
foram convidados acadêmicos(as) de diversas Instituições
de Ensino Superior (IES) da cidade, bem como Associações de Psicologia.
Por meio da ampla divulgação do CRP-PR, bem como
o uso das redes sociais pelos colaboradores da Comissão,
a informação se expandiu rapidamente e muitos acadêmicos(as) marcaram presença na Blitz Informativa. Durante a manifestação, foram distribuídos aproximadamente 500 balões nas cores verde e azul e mais de 2000
flyers, informando sobre o que é a Psicologia, quais são
suas áreas de atuação, e os endereços físico e virtual do
CRP-PR, para que a população pudesse buscar mais informações sobre profissionais registrados. A banda curitibana Narciso Nada também prestigiou o evento com a
apresentação de algumas de suas músicas.
8
contato A Blitz Informativa teve continuidade durante os meses de novembro e dezembro de 2012, com ações em
Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel – sempre com
o intuito de disseminar informações sobre a profissão
e aproximar a população dos serviços que o Psicólogo
pode oferecer. Em novembro, a Comissão de Estudantes
participou da Blitz Paz no Trânsito, juntamente com o
Setran e o SESI-PR, na Vila Sandra, no bairro do CIC,
em Curitiba, onde foram distribuídos panfletos informativos e foram esclarecidas as dúvidas de pedestres e motoristas. A Blitz foi uma ação da Feira da Paz (evento de
iniciativa do SESI e da comunidade local), que teve como
objetivo contribuir para o estabelecimento dos vínculos
entre os diferentes atores, reforçando o sentimento de pertença e a prática cotidiana na construção de comunidades
sustentáveis para a paz.
Já em dezembro, a ação aconteceu na região conhecida
como Boca Maldita, que, além de ser uma região central
de alto fluxo da cidade, representa um espaço de discussão de todos os assuntos presentes nas manchetes dos jornais do momento, em uma “tribuna livre” de palavras e
pensamentos.
Alguns dos participantes deram seus depoimentos sobre a iniciativa
“Houve pouca adesão da classe, mas os participantes estavam
engajados e muito entusiasmados, foi um bom começo, conseguimos chamar atenção das pessoas que frequentaram a
Da esquerda para a direita: Jeniffer Mosello, Sandra Mosello, Iara Baratieri, Rosangela Lopes de Camargo Cardoso, Raquel Rodrigues, Geisy
Cáceres e Neuza dos Santos. Embaixo: Renan Lafraia
Feira do Largo através da nossa motivação e dos balões que
chamaram atenção das pessoas nas barracas e das crianças.
Pude conhecer estudantes de outras faculdades e tirar dúvidas das pessoas na feira" (Michelle Micosz, 10º período,
Universidade Tuiuti do Paraná).
“Sou do Curso de Psicologia, 6º período, da Universidade
Positivo, e tive o prazer de fazer parte do Flash Mob organizado pela Comissão de Estudantes do CRP-PR. Além da
IES que pertenço, faço parte da Psicologia e acredito que
toda e qualquer mobilização que venha a fortalecer nossa
profissão e fomentar o acesso da sociedade aos nossos serviços, beneficiando o coletivo, é válida. Sempre terei orgulho
de vestir a camisa da Psico e dizer "EU FAÇO PARTE!
”(Ítalo Esper, Universidade Positivo).
“Participar do Flash Mob foi muito recompensador! Poder
ver em um único evento várias IES reunidas e todos juntos colorindo a Feira do Largo foi emocionante. Foi muito
interessante também poder perceber como a comunidade
aceitava de bom grado os flyers da Psicologia, muitos aproveitavam para tirar algumas dúvidas. Considero bastante válida esta aproximação com a comunidade!” (Sandra
Cristine Machado Mosello, 10º período, Universidade
Tuiuti do Paraná).
“O Flash Mob nos fez entrar em contato principalmente
com crianças e pais, devido aos balões comemorativos. Após
explicar um pouco quem éramos, o que estávamos fazendo
ali e como as pessoas podiam nos encontrar, algumas de-
monstravam interesse e surpresa, tanto pela acessibilidade
aos serviços-escola quanto pela nossa ação; outras, com a
simpatia curitibana, apenas recebiam o folheto; e algumas (adolescentes) até perguntaram se Psicologia é difícil...
Aproximar-se da população é o primeiro passo para desconstruir o preconceito que esconde os nossos profissionais
e esta ação foi gratificante para mim, que pude expor um
pouco do que estamos fazendo pela saúde mental da sociedade – fora os momentos entre futuros colegas de profissão,
que nos fazem ter insights ainda não vividos dentro da sala
de aula” (Dafne Gonzaga, FAE). •
A Comissão de Estudantes foi criada com os objetivos de aproximar o Conselho Regional de Psicologia do Paraná e as Instituições Formadoras,
de forma que os estudantes, futuros profissionais,
possam: colaborar com a categoria desde o momento de sua formação acadêmica; desmitificar a imagem de órgão inquisidor e de punição; disseminar
as finalidades e o sistema de funcionamento desse
órgão de classe, de maneira a contribuir para o desenvolvimento da Psicologia como ciência e profissão; construir uma rede integrada entre as IES,
por meio de redes sociais e reuniões presenciais da
comissão; levantar necessidades, por parte dos estudantes, em relação a temas e áreas da Psicologia,
bem como repassar informações às respectivas IES
sobre tais necessidades.
contato 9
Edital de Convocação
Assembleia Geral
O
Presidente do Conselho Regional de Psicologia – 8ª Região (CRP-PR), cumprindo as determinações que
lhe são conferidas pela Lei 5.766 de 20 de dezembro de 1971, convoca os Psicólogos do Estado do Paraná para a ASSEMBLEIA GERAL, a ser realizada no dia 25 de janeiro de 2013, na sede do CRP-PR, na
Avenida São José, 699 – Cristo Rei, nesta capital e Estado, às 17h30, em primeira convocação com 2/3
(dois terços) de seus membros, e às 18h, em segunda convocação, com qualquer número de psicólogos presentes,
com a seguinte Ordem do Dia:
a) deflagrar o processo eleitoral;
b) eleger a Comissão Regional Eleitoral, conforme art. 11 do Regimento Eleitoral (Resolução CFP nº
015/2012).
Psic. João Baptista Fortes de Oliveira Conselheiro
CRP-08/00173
Conselheiro Presidente
10 contato inquietações
Nélio Pereira da Silva (CRP-08/00016)
Sob a luz do mito de Procrustro:
a intolerância no âmbito
das abordagens Psicológicas
O
processo de escolha de uma abordagem Psicológica é resultado de uma vivência individual, do
amadurecimento da vida pessoal do Psicólogo. É
algo que não vem pronto, que não é simplesmente
aprendido ou assimilado, pois atravessa dificuldades próprias, inerentes a qualquer modalidade de escolha.
Para decidir com qual abordagem irá trabalhar, isto é, para
escolher o caminho que irá trilhar na Psicologia, o profissional conta com dois pressupostos básicos: o de perceber
a si mesmo e o de perceber os modelos que lhe inspiram.
Perceber-se nada mais é do que amadurecer, do que desenvolver o autoconhecimento e apropriar-se do seu eu, do seu
si mesmo – o que pode ser encaminhado num trabalho pessoal de psicoterapia. Já a escolha de modelos inspiradores
acontece de forma diferente e é regulada por mecanismos
de projeção. Tanto o sujeito como os objetos de suas projeções ficam visíveis nas amizades que este estabelece, nas
simpatias que surgem em sua vida, nas escolhas afetivo-amorosas que faz e no despertar de identificações com
aqueles que representam modelos profissionais.
Junto com a definição das abordagens com as quais irá trabalhar, pode surgir um mecanismo de identificação maciça e radical com a própria escolha, o que pode mobilizar
uma grande dificuldade e até impossibilitar o profissional
de conviver com outras maneiras de ver a Psicologia ou até
de suportá-las. E é justamente ao chegar nesse ponto que
encontramos o tema de reflexão deste artigo: a intolerância.
Em nossa lida profissional, cotidianamente, encontramos
diversos exemplos de intolerância. Para efeito de exemplificação, vamos apontar alguns:
• Os preconceitos criados em escolas que oferecem uma
formação unidirecionada a seus alunos;
• O olhar de pena, de misericórdia ou de desprezo voltado
para abordagens que são consideradas antagônicas;
• A célebre pendenga entre o viés da comportamental e o
psicanalista;
• A atribuição de pouca seriedade a abordagens que apresentam fundamentos diferentes dos já adotados;
• A gratuita suspeição moral às abordagens corporais.
É possível ainda destacar situações nas quais esses posicionamentos chegam a assumir o papel de seitas sectárias,
que precisam converter o “infiel” ao seu modo de viver a
Psicologia, exatamente como ocorria com as Cruzadas ou
com a Guerra Santa.
Dessa forma, explico que recorri à mitologia para entendermos o padrão atávico que nos leva a excluir e a negar o
outro para assim podermos impor a nossa posição. Antes
disso, cabe ressaltar que o termo mito, como é entendido
aqui, será utilizado para fazer referência a todo e qualquer
padrão de comportamento humano.
Procrustro era um assaltante sui generis, que praticava seus
malfeitos numa estrada litorânea que levava a Atenas. O curioso é que, quando atacava suas vítimas, nada lhes roubava. Seu
objetivo era outro. Pouco gentilmente, levava-as a um recinto,
onde mantinha dois leitos: um grande e outro pequeno.
Procrustro deitava os infelizes que eram maiores no leito menor e decepava-lhes as partes do corpo que sobravam para fora.
Os outros, que tinham proporções menores, eram estirados
no leito maior e esticados até atingissem o tamanho da cama.
Esse mito simboliza a redução da alma a uma medida meramente convencional e nos remete a mais alta perversão
de um ideal autorreferente. Com isso, podemos refletir
que o mito serviria igualmente para retratar uma tirania
ética e intelectual. Procrustro espelha o tirano totalitário,
que pode aparecer num partido político, num regime governamental, numa religião, num time de futebol ou, até
mesmo, numa abordagem Psicológica.
Possuídos por Procrustro, lançamo-nos num paradoxo insuperável: como conciliar nossa missão de aceitar o outro como
este realmente é, se precisamos cortar dele o que não aceitamos, ou esticá-lo até que atinja o padrão de nossas medidas? •
contato 11
contatoplenária
Plenárias de
outubro e novembro
Reunião plenária realizada em Curitiba no dia 24 de novembro de 2012
ATA 627
No dia 5 de outubro, foi realizada a 627ª reunião
plenária, em Curitiba. Foram discutidos, assuntos da
COE, entre outros:
Diretoria – A Diretoria coloca seus cargos à disposição do
Plenário, conforme norma regimental. O plenário, por
unanimidade, reconduz os membros da Diretoria aos
respectivos cargos.
Novo colaborador – Apresentação de minicurrículo do
Psicólogo Cláudio Márcio Antunes Franco (CRP08/13547) para a Comissão de Direitos Humanos.
ATA 628
No dia 27 de outubro, foi realizada a 628ª reunião
plenária, em Cascavel. Foram discutidos, entre outros, os
seguintes assuntos:
GT para discutir a organização de cursos para capacitação dos
Psicólogos na elaboração de documentos psicológicos – O
GT, com prazo de encerramento no final de janeiro de
2013, será coordenado pelo Cons. Presidente Psic. João
B. F. de Oliveira (CRP-08/00173).
Oficio Circular nº 235-12/ASJUR-CFP – Leitura do ofício 23512/ASJUR-CFP, referente à Resolução CFP 01-99. Houve processos em duas instâncias com objetivo de suspender a Resolução CFP Nº 01/99 e o CFP venceu nas duas
etapas, mantendo a Resolução em vigor.
Of. Circ. 244-12/SG-CFP – Leitura do ofício CFP, referente
à ação movida pela Federação Brasileira de Hospitais,
para evitar que o CFP se abstivesse de editar, divulgar, distribuir e comercializar o livro: “A Instituição
Sinistra – Mortes Violentas em Hospitais Psiquiátricos
no Brasil” e o vídeo: “Tribunal dos Crimes da Paz”. A
Justiça deliberou em favor do CFP, concluindo que as
publicações do livro e do vídeo, em questão, tratam de
uma crítica construtiva ao atual sistema brasileiro.
12 contato Vídeo sobre “Uma história da Psicologia no Paraná” – Após
apresentação do vídeo houve discussão sobre a proposta
de produzir um documentário. A proposta foi aprovada
por votação.
Concurso Hospital do Idoso – A Fundação Estadual de
Atenção Especializada em Saúde de Curitiba (FEAES) enviou o ofício nº 187/2012-FEAES, no qual esclarece que o “balizador” para o quesito remuneração
foram as Convenções Coletivas dos Sindicatos Representativos.
APAF – O plenário indicou os Conselheiros João Baptis-
ta (CRP-08/00173), Sergio Braghini (CRP-08/15660),
Anaídes Pimentel (CRP-08/01175), Célia Cortellete
(CRP-08/00457) e Suzana Borges (CRP-08/01855) para
serem delegados da APAF representando o CRP-PR.
Proposta de Convênio com a Sociedade Thalia – A proposta
foi aprovada por unanimidade.
Aprovação da proposta orçamentária de 2013 – A propos-
ta orçamentária para 2013 foi aprovada em Assembleia Geral Orçamentária. Destaca-se que os tetos de
anuidades foram estabelecidos de acordo com a Lei
1514/2011.
Resolução CRP-08/02-2012 – A resolução sobre a definição
de cidades que compõem os setores e subsedes foi aprovada por unanimidade.
Apresentação de Colaboradores – Foram apresentados os
minicurrículos dos novos colaboradores das seguintes
Comissões do Conselho: Direitos Humanos de Curitiba, Psicologia Escolar/Educacional de Curitiba e Psicologia Hospitalar de Curitiba.
Solicitação do plenário sobre divulgação de pagamentos dos
sites com parecer favorável – Foram divulgadas, ao plená-
rio, as informações referentes aos sites aprovados e os
valores dos serviços divulgados.
III Fórum de Professores de Ética – Apresentação dos resul-
tados do III Fórum dos Professores de Ética e Deontologia realizado no XIV EPP.
Representação Setorial de Foz do Iguaçu – Informou que
foi organizada a Comissão de Psicologia Escolar-Educacional em Foz do Iguaçu.
ATA 629
No dia 9 de novembro, foi realizada a 629ª reunião
plenária, em Curitiba. Foram discutidos assuntos da COE,
entre outros:
Apresentação de funcionárias – Foi apresentada a nova
Orientadora Fiscal Psic. Milena Luiza Poletto (CRP08/13823) e a advogada do Departamento Jurídico Adv.
Karen Priscila da Rosa como novas funcionárias do
CRP-PR.
Comunicado CFP – Foi agendado o julgamento do Pro-
cesso Ético CFP n° 1654/2012 (recurso do PDE CRP08/N° 021/2009).
Fiscalização UNIFIL – O plenário sugeriu que a retomada
de vistoria na clínica de Psicologia da UNIFIL seja feita
pelo Orientador Fiscal da Subsede, acompanhado de
força policial.
Apresentação de Colaboradores – Apresentação da nova
colaboradora da Comissão de Psicologia Organizacional e do Trabalho de Curitiba, Marina Pires Alves Machado (CRP-08/10216).
ATA 630
No dia 23 de novembro, foi realizada a 630ª reunião
plenária, em Curitiba. Foram discutidos, assuntos da
COE, entre outros:
Piso salarial – O depto. Administrativo informou que o
piso salarial dos Orientadores e Orientadoras Fiscais
está defasado em relação aos demais Conselhos Regionais e propõe a readequação dos salários. O Plenário
vota e delibera, por unanimidade, pelo aumento do
piso salarial dos Orientadores e Orientadoras Fiscais.
Indicação de profissionais – A Comissão de Orientação e
Fiscalização recebeu da sociedade solicitação de indicação de profissionais para psicoterapia, entre outros. In-
formou também sobre pedidos de indicação de profissionais que trabalhem com LIBRAS. Após discussões
o plenário vota por maioria pela criação do cadastro de
profissionais que trabalham com LIBRAS para inserção no site do CRP-PR.
ATA 631
No dia 24 de novembro, foi realizada a 631ª reunião
plenária, em Curitiba. Foram discutidos, entre outros,
os seguintes assuntos:
Ofício Circular 0260-12/RT-CFP – Leitura do ofício CFP,
que visa discutir o Projeto de Decreto Legislativo
234/2011, o qual pretende sustar a aplicação da Resolução do CFP n° 001/1999 e assinatura do Termo de
Compromisso entre DH/CFP em apoio à criação dos
Comitês Estaduais.
Ofício Circular 0248-12 RT-CFP – Leitura do ofício CFP, so-
bre o conteúdo do Teste Inventário Fatorial de Personalidade, o qual contém perguntas que podem constranger o candidato ao emprego, como as de cunho sexual.
O CFP encaminhou o Ofício n° 1274-12 comunicando
aos responsáveis pelo teste sobre a necessidade de revisão. A Casa do Psicólogo, editora responsável pelo teste
IFP, informou que estão sendo realizados estudos de
atualização do teste Inventário Fatorial de Personalidade e nessa atualização já estava prevista a exclusão dos
itens que faziam referência a questões ligadas à vida
sexual do respondente.
Comissão de Avaliação Psicológica – Apresentação de resu-
mo do I Fórum de Professores de Avaliação Psicológica,
realizado no XIV EPP.
COREP – Foram enviadas informações e o regulamen-
to do COREP para todas as subsedes e representações
setoriais. O plenário foi informado em relação a data
para realização dos pré-congressos e prazo para envio
de propostas de teses.
Comissão de Orientação e Fiscalização – Foi apresentado
o relato de treinamento realizado pela Divisão de Medicina e Psicologia do Detran, para tratar sobre mudanças no processo de obtenção de CNH, em que o
CRP-PR participou. Após discussões o plenário vota e
delibera pelo apoio a modificação, a qual propõe que os
contato 13
candidatos sejam submetidos inicialmente a Avaliação
Médica e Psicológica do Detran e apenas após poderiam dar entrada nos Centro de Formação de Condutores, entendendo que esta é interessante do ponto de
vista técnico e ético da profissão. Foi proposto o seguinte encaminhamento: que o CRP, conjuntamente
com o Detran e o SindyPsi deem andamento à ação, a
partir da elaboração de um documento oficial de apoio
à modificação.
Psicomotricidade Relacional – A COF informa que rece-
Ludiana questiona se será criada a Comissão Regional
de Credenciamento de Sites (CRCS) no CRP-PR. O
plenário vota e delibera, por maioria, pela criação da
CRCS. A composição fica a cargo da COF e deverá ser
apresentada na próxima plenária.
SINDYPSI – Informou que está aberto o prazo para ins-
crições de chapa para as eleições do sindicato que acontecerão em janeiro de 2013 e convidam os interessados
a comporem chapa para as eleições.
beu vários questionamentos sobre a associação da psicomotricidade relacional à prática da Psicologia. Após
discussões o plenário delibera que a apresentação do
parecer final em plenária seja no mês de fevereiro de
2013.
Comissão de Direitos Humanos – Apresentação de resumo
de participação no Encontro Nacional de Comissões
de Direitos Humanos e Comissões de Orientação e
Fiscalização: Internação Compulsória Involuntária e
Interdição.
Procedimentos de divulgação – O plenário vota e delibera,
por maioria, pela aprovação do protocolo de divulgações elaborado pela COF.
Seminário conjunto CRP/CRESS – A Comissão de Psicologia
Credenciamento de sites – Apresentação dos assuntos
discutidos na reunião nacional de Capacitação para o
Credenciamento de Sites, realizada em Brasília. Cons.
14 contato Social e Comunitária fez repasse da reunião conjunta com CRESS para planejamento de Seminário sobre
trabalho interdisciplinar no SUAS.
contato 15
acontecenoParaná/Brasil
Palestra “Transtorno Mental e Deficiência cional (ABRAPEE) e o Programa de Pós-Graduação em
Psicologia da UEM realizaram, entre os dias 5 e 7 de noIntelectual: Interfaces e Diferenças”
No dia 24 de novembro, o CRP-PR realizou a palestra
Transtorno Mental e Deficiência Intelectual: Interfaces e
Diferenças, com o tema “A avaliação psicológica e a atuação psicossocial”, na Subsede de Londrina.
O encontro teve como objetivo definir as diferenças entre o transtorno mental e a deficiência intelectual a partir
do relato do trabalho do Psicólogo que está inserido nas
políticas públicas, assim como refletir sobre a atuação do
Psicólogo nas diversas áreas de abrangência dos temas e as
limitações. O evento foi ministrado pela Psicóloga Luciana Helena Silva (CRP-08/15219).
Mesa-redonda de Políticas Públicas de Álcool e outras Drogas em Maringá
O Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual de Maringá, em parceria com a Comissão de Saúde
do CRP-PR da subsede de Maringá, realizou, no dia 19
de novembro, uma mesa-redonda com o tema “Políticas
públicas sobre álcool e outras drogas: impasses e desafios
à rede de atenção psicossocial”.
O evento teve como objetivo principal discutir as políticas públicas sobre álcool e outras drogas e os desafios
atuais à rede de atenção psicossocial. Durante o evento
foram debatidos os seguintes assuntos: A rede pública de
atenção aos usuários de álcool e outras drogas, a inclusão
das comunidades terapêuticas na rede de atenção psicossocial, SUS e Reforma Psiquiátrica brasileira.
A Psicóloga Carina Furlaneto Frazatto (CRP-08/13422),
que participou do evento representando o CRP-PR,
relatou que o evento conseguiu atingir o objetivo geral proposto e ressaltou a importância de eventos que
disponibilizam espaços para discussão dessa temática.
“Considerando o cenário de abuso das drogas, lícitas
e ilícitas, bem como alguns direcionamentos atuais da
rede pública de saúde, é imprescindível que se viabilizem espaços de discussão como este, para que profissionais e estudantes compreendam tal fenômeno e elaborem estratégias de enfrentamento aos problemas dele
decorrentes”.
IV Encontro Paranaense de Psicologia Escolar e Educacional
A Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educa-
16 contato vembro, o IV Encontro Paranaense de Psicologia Escolar
e Educacional, na Universidade Estadual de Maringá.
A programação contou com Conferências, mesas redondas, palestras, apresentação de painéis e sessão de
comunicação oral. A Psicóloga Mariita Bertassoni da
Silva (CRP-08/00101) participou, como palestrante nas
mesas-redondas: “Formação do Psicólogo escolar no
século XXI” e “Atuação do Psicólogo escolar: limites e
possibilidades”, representando o CRP-PR.
Feira da Paz
O SESI PR, em parceria com a Associação de Moradores Moradias Zimbros, realizou, nos dias 29 e 30 de
novembro e 1º de dezembro, a segunda edição da Feira
da Paz, na Cidade Industrial de Curitiba.
O evento teve como objetivo resgatar a cultura da paz e
diminuir a violência por meio de atividades culturais e
de lazer. O projeto visa o desenvolvimento de comunidades locais através de atividades coletivas. A programação
contou com oficinas de desenho, trilhas, maquiagem infantil, peças de teatro, bandas, brinquedos infláveis, rodas de conversa sobre paz nos lares, blitz paz no trânsito,
distribuição de mudas, apresentação de dança e coral,
entre outras.
O CRP-PR foi representado pela Comissão de Estudantes de Curitiba, que participou distribuindo flyers sobre
conscientização no trânsito.
APAF
Nos dias 15 e 16 de dezembro foi realizada a Assembleia
das Políticas, da Administração e das Finanças (APAF)
na sede do Conselho Federal de Psicologia, em Brasília.
Entre os assuntos discutidos estavam:
- apreciação da ata da APAF de maio de 2012;
- proposta orçamentária do CFP para 2013;
- revisão da política de orientação e fiscalização do sistema conselhos de Psicologia;
- Psicologia das emergências e desastres e política nacional de defesa civil;
- 10 anos da resolução CFP nº 018/2002 – relações raciais;
- fundação estatais de direito privado: desprecarizar ou
privatizar o SUS?;
- teste rápido para diagnóstico de HIV: Implicações para
a participação da Psicologia na política de DST/AIDS;
- Caso EMDR – Dessensibilização e reprocessamento
por meio dos movimentos oculares;
- álcool e outras drogas;
- 50 anos da Psicologia brasileira;
- eleições;
- GT avaliação psicológica e direitos humanos (antigo
GT Escala Hare);
- Pesquisa: Efeitos do feminino no exercício da Psicologia
no Brasil;
- GT mobilidade Urbana e Trânsito na Perspectiva Social;
- critérios para desmembramentos de regionais;
- desmembramento das seções PI e MA, entre outros.
O evento reuniu representantes do CFP e dos Conselhos
Regionais de Psicologia. Os Conselheiros João Baptista (CRP-08/00173), Sergio Braghini (CRP-08/15660),
Anaídes Pimentel (CRP-08/01175), Célia Cortellete
(CRP-08/00457) e Suzana Borges (CRP-08/01855) participaram da APAF representando o CRP-PR.
matériacapa
Propostas visam melhorias
na metodologia da Escuta de
Crianças e Adolescentes
Definição da atuação do Psicólogo no âmbito jurídico como instrumento de construção
conjunta. Este foi um dos objetivos do Grupo de Trabalho coordenado pelo CRP-PR através
da Comissão de Psicologia Jurídica
A
temática da Escuta de Crianças e Adolescentes em
situação de violência já foi abordada em edições passadas pela Revista Contato, sobretudo
pela representação dessa importante luta dos
Psicólogos(as) por melhorias na metodologia aplicada no
âmbito jurídico e pela fundamental contribuição da categoria nesse processo. Nos últimos 20 anos, importantes
avanços foram feitos pelos Conselhos Regionais em conjunto com representantes de outros órgãos relacionados.
A Escuta
Aqui, há a necessidade de se deixar bastante clara a diferença entre a escuta (a avaliação psicológica) e o inquérito jurídico. A avaliação psicológica pode ser conceituada
conforme dispõem as resoluções do Conselho Federal de
Psicologia. Nos termos da resolução 007/2003, que institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos
produzidos por Psicólogos, a avaliação psicológica é entendida como o processo técnico-científico de coleta de
dados, estudos e interpretação de informações a respeito
dos fenômenos psicológicos, que são resultantes da relação
do indivíduo com a sociedade, utilizando-se, para tanto,
de estratégias psicológicas – métodos, técnicas e instrumentos.
Já o Inquérito Policial é um procedimento administrativo de incumbência da polícia judiciária, voltada à coleta
preliminar de provas no intuito de apurar a existência de
uma infração penal e o autor da mesma. Esse procedimento visa colher provas urgentes, ou seja, aquelas que podem
se perder se não forem colhidas logo após o cometimento
do delito.
Enquanto para os operadores do direito – em delegacia de
polícia especializada – o documento técnico-psicológico
representa a declaração da vítima, tendo a finalidade de
18 contato averiguar a existência de indícios ou não da ocorrência dos
fatos; para os Psicólogos, o documento tem o intuito de
também identificar sinais emocionais e/ou comportamentais observados naquele momento, os quais indiquem sofrimento e possíveis traumas e, quando necessário, realizar
os encaminhamentos adequados.
Conforme explica Maria Teresa, a falta de cuidado nesse
processo de escuta psicológica pode deixar crianças e adolescentes desprotegidos, dificultando a apuração dos fatos,
a absolvição dos inocentes e a punição dos responsáveis.
A necessidade de mudanças
Um dos momentos que marca a evolução do processo de
escuta de crianças e adolescentes no Brasil é a implantação
do projeto Depoimento sem Dano (DSD), o método mais
usado até hoje e que tem como objetivo a “humanização”
da inquirição, a não revitimização e a produção de provas
antecipadas com o intuito de responsabilizar o agressor.
No entanto, os questionamentos a respeito da atuação do
Psicólogo nesse contexto levam o CRP-PR, através da Comissão de Psicologia Jurídica, a continuar estudando novas
referências na área, sobretudo pela necessidade de se estabelecer uma via de atendimento que realmente priorizasse
o bem-estar da criança e do adolescente.
Os debates iniciaram em 2008, tomando corpo a partir de
2010 com a preocupação de analisar o tema de forma crítica, pautada numa prática profissional ética, qualificada e
com a garantia da proteção integral da criança e do adolescente. Por outro lado, a preocupação também era dos profissionais da área jurídica. A partir de uma questão levantada pelo Promotor de Justiça Dr. Wilson Galheira, que
ansiava por mudanças no processo de escuta de crianças
e adolescentes, foi criado o GT (Grupo de Trabalho) - A
Escuta da Criança e do Adolescente vítimas de violência no
Âmbito Jurídico, um grupo de trabalho interinstitucional
que contou com a participação do poder público, para que
dessa forma fosse garantida a eficácia na transformação das
ações.
Organização do GT
Durante os encontros do GT, foram discutidas as possibilidades de elaborar um protocolo de atendimento. Ao
todo foram realizados 11 encontros durante o período de
um ano, contando com a contribuição de Psicólogos da
Comissão de Orientação e Fiscalização, Comissão de Psicologia Jurídica e Comissão de Avaliação Psicológica, além
de representantes da Delegacia do Adolescente, do Núcleo
de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes
(NUCRIA) e da 12ª Vara de Crimes Contra Crianças e
Adolescentes.
Após cuidadosa pesquisa, será elaborado um pré-projeto
baseado em estudos de outros países onde já existem protocolos, e também nas recomendações da Unicef (The United Nations Children's Fund), numa tentativa de criar um
conceito adaptado à realidade brasileira.
Conforme a Psicóloga Maria Teresa Moraes e Silva, coordenadora da Comissão de Psicologia Jurídica do CRP-PR
e do GT, embora as diretrizes ainda não estejam definidas,
há um consenso sobre como deverá ser esse projeto. “É importante que se contemple, em um mesmo local, representantes da Secretaria da Segurança, do Ministério Público e
do Poder Judiciário, além de uma equipe multidisciplinar,
incluindo Psicólogos, médicos peritos e assistentes sociais.
Propostas que visam melhorias na legislação brasileira
Segundo Maria Teresa, o mais importante desse GT foi
sensibilizar os operadores do direito, no sentido de minimizar as ações que levam à revitimização. “Enquanto nos
outros países a criança/adolescente é escutada duas vezes,
no Brasil esse número sobe para 6 a até 12 vezes. Isso é
absurdo!”, explica. A Psicóloga Terezinha Kulka, da Comissão de Psicologia Jurídica, ressalta, ainda, que além de
ter que falar muitas vezes, as crianças e adolescentes brasileiros são ouvidos muito tempo depois do ocorrido. Segundo ela, é fundamental que a justiça preconize a criança
e o adolescente como prioridade absoluta e em condição
peculiar de desenvolvimento, merecendo atenção especial
os casos em que os direitos são tutelados com amparo legal
e constitucional.
Alguns estudos sobre vítimas de abuso sexual infantil revelam que a primeira fala da criança é a mais fidedigna.
Dessa forma, Fábio Brandão, que também participou das
reuniões do GT, complementa: “a Psicologia é totalmente
subjetiva e os juízes estão demandando a melhor metodologia para escutar a criança (formas de ouvir e conversar
com a criança, etc.), com o objetivo de evoluir em conjunto
e talvez, chegar a uma mudança de legislação”.
Para Sergio Artur M. Ferreira, representante do NUCRIA,
o objetivo principal da escuta psicológica nos moldes propostos pelo grupo é de acolher o sofrimento, visando à
proteção integral, considerando o tempo e o momento da
criança/adolescente, além de auxiliá-lo na identificação e
responsabilização dos autores.
A sugestão, proposta no relatório final do GT da Comissão
Jurídica, teve o aval de diversos representantes do Poder
Judiciário que acompanharam as reuniões. O juiz da Vara
da Infância e Juventude de Colombo, Dr. Fábio Ribeiro
Brandão, que também é membro do Conselho da Infância e Juventude (CONSIJ), defende a organização desse
espaço físico para que a proximidade seja mais um fator
positivo de livre comunicação entre todos os profissionais
envolvidos.
contato 19
Histórico da Escuta de Criança
em Situação de Violência no B
2003: Juizado da Infância e Juventude de Porto Alegre implementa a metodologia
Depoimento Sem Dano (DSD);
2004: PL 4126 que prevê regras especiais quanto à relação de laudo pericial e psicossocial nos crimes contra a liberdade sexual de criança ou adolescente;
2005: CRP-07/RS remete consulta ao CFP solicitando orientações a respeito das possíveis faltas éticas cometidas por Psicólogos ao participarem do DSD;
2006: presidentes dos CRPs decidem pela organização de evento a respeito do DSD,
a cargo do CRP-07/RS;
2007: Carta Aberta aprovada no VIII Encontro das Comissões de Direitos Humanos,
manifestando a preocupação com o PLC 035/2007 (que dispõe sobre a forma de inquirição de testemunhas e produção antecipada de prova quando se tratar de delitos com vítima ou testemunha criança ou adolescente) e solicitando a não votação
da matéria;
2008: CFP e sua Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) lançam um documento público se posicionando pela não aprovação do PL do DSD e sugerem a
ampliação das discussões com os setores diretamente envolvidos e com os diversos
segmentos sociais; Audiência Pública no Senado Federal para debater questões
relacionadas ao PL do DSD, no qual o CFP e o CONANDA propõem a realização
de um seminário nacional sobre a escuta de crianças e adolescentes em processos
judiciais sob o marco da proteção integral; APAF decide pela criação de um GT para
encaminhar a construção, no âmbito da Psicologia, de uma proposta de rede de
proteção e escuta de crianças e adolescentes e pela organização de um Seminário
Nacional;
20 contato as e Adolescentes Envolvidos
Brasil
2009: CFP participa de debate sobre o DSD no Fórum Nacional dos Direitos da
Criança e do Adolescente; Seminário Nacional "Escuta de crianças e adolescentes
envolvidos em situação de violência e a rede de proteção" acontece no Rio de Janeiro. Durante o evento foi lançada uma publicação com discussões, manifestações
públicas e textos produzidos durante os quase quatro anos de debate da questão;
2010: realizada Oficina “Papel do Psicólogo no Processo de Escuta de Crianças e Adolescentes”; APAF aprovou Resolução sobre tema, elaborada a partir da discussão
ocorrida na Oficina; Resolução CFP nº 010/2010, que institui a regulamentação da
Escuta Psicológica de Crianças e Adolescentes envolvidos em situação de violência
na Rede de Proteção; no Rio Grande do Sul, a Resolução CFP nº 010/10 é suspensa
liminarmente; CFP envia o Ofício nº 2223-10 ao Ministro Cesar Peluso, Presidente
do CNJ, pela qual requer seja suspensa a deliberação acerca da expedição de Recomendação 33, como também requer seja promovida a audiência com o CFP a fim
de possibilitar o aprofundamento da discussão;
2011: a Resolução CFP n° 010/10 é suspensa também no Acre, Sergipe e Pernambuco; CFP envia o Ofício Circular nº 0134-11 e 0135-11 aos membros do CNJ, ao
MJ e a SDH, que encaminha o artigo “Inquirição Judicial de Crianças: um debate
necessário” da Psicóloga e professora Esther Arantes; CFP responde ao convite do
CNJ para abertura do I Encontro Nacional de Experiências de Tomadas de Depoimento Especial de Crianças e Adolescentes no Judiciário Brasileiro; depois de decretada a nulidade da Resolução CFP n° 010/10 no RS, o CFP impetra recurso; MP-RJ
solicita informações sobre a Resolução CFP n° 010/10, indicando que entrará com
Ação Civil Pública com efeitos para todo o Brasil; CNJ convoca reunião com CFP
para tratar do Depoimento Especial. (Fonte: http://site.cfp.org.br)
contato 21
contatoartigo
Rafael Tassi Teixeira¹
Psicologia cultural: breve
âmbito teórico e temático
A Psicologia Cultural (Cross-Cultural Psychology)² não é
uma nova disciplina para produzir um antigo debate (a importância da centralidade da cultura na confecção da subjetividade), mas sim uma área que se mostra significativa
no apontamento da ‘cultura’ como a variável interdependente nas relações entre pessoa-conjunto de representações.
Segundo um de seus mais importantes representantes, Michael Cole, ela deve “desenvolver e estimular a sensibilidade psicológica para a compreensão do papel da cultura
na vida humana” (Cole, 2003). Tem uma tradição relevante que remonta desde a década de 1970, com a criação,
nos Estados Unidos, do primeiro periódico voltado exclusivamente para o debate intercultural³. Dois anos mais
tarde, há a fundação de uma associação4, que concentra
sua preocupação no estudo das relações interculturais e
os problemas decorrentes da mobilidade humana e seus
efeitos no psiquismo a partir daquilo que supostamente
lhe é mais caro: a codependência com um contexto (físico,
simbólico, emocional, etc.) quando o sujeito sofre uma
mudança (forçada ou não) de localidade.
Esses dois momentos iniciais são importantes porque caracterizam a proposta de uma Psicologia Cultural a partir
de temáticas próprias e de um enfoque teórico e empírico
que leva em grande consideração a problemática da cultura
e seus efeitos nos diversos contextos de transição espacial.
A Psicologia Cultural, desse modo, recebe a influência da
semiótica, durante a década de 1970, e avança em questões
metodológicas em relação à adaptação e integração de imigrantes (Monteiro, 2008). Nas décadas seguintes, seus estudos ampliam para o eixo teórico dos Estudos Culturais e
voltam-se, paralelamente às questões migratórias e assimilativas, para a área da identidade, do pertencimento, do
impacto da interculturalidade no estresse de aculturação
associado à mobilidade territorial em sociedades de grande
e pequena escala.
Alguns autores são fundamentais para se interpretar essa
passagem da Psicologia Cultural para uma área não autônoma do conhecimento intercultural mas que se dedica
a promover estudos de campo e análises teóricas enfo-
22 contato cando o papel da codependência cultura-indivíduo e suas
características específicas quando há alguma mudança de
contexto que requer a preocupação com possíveis vulnerabilidades e adaptações. Douglas Price-Williams, Marshall
Segall, John Berry, Pierre Dasen, Ypes Poortinga, Richard
Shweder, Michael Cole, etc., são influências significativas
para se perceber a ação da cultura e seus efeitos nutridores
e inibidores no trânsito ou deslocamento intersociedades.
Como ciência histórico-cultural, a Psicologia Cultural
procura, portanto, reconciliar a Psicologia com as humanidades em um esforço de criar um enfoque conjunto para o
desenvolvimento humano.
Ela analisa as relações humanas e sua interface socio-cultural, com a exigência de incluir a cultura como destaque
central no programa científico-analítico da Psicologia, observando interdisciplinarmente as relações sujeito-modelo
de organização do conhecimento social específico que representam os códigos culturais.
Ela está, contemporaneamente, muito bem situada para
dispor um domínio preponderante que se inscreve na forma
com que a cultura influencia o comportamento humano
e é influenciada por ele. Pretende produzir, desse modo,
análises comparativas entre as semelhanças e diferenças
em diferentes sociedades e cuida do papel das adaptações
psicológicas e as pressões aculturativas em mudanças de
contextos (Shiraev, 2003). Tem como principais objetivos:
(1) a formação de psicólogos voltados ao conhecimento e
(2) a aplicabilidade cultural com atenção à questão mais
atual dos deslocamentos populacionais e individuais.
Por isso, concentra seu âmbito de conhecimento no suporte e assistência à integração do sujeito em contextos
que não são os de origem, paralelamente a insistência para
que a sensibilidade intercultural seja o foco principal das
relações entre subjetividades que mudam de lugar e se deparam com sociedades de hospedagem que normalmente
não estão preparadas ou não se preocupam o bastante com
questões de adaptabilidade. A Psicologia Cultural, nesse
sentido, quer trabalhar a questão do pertencimento e da
identidade na relação entre deslocamentos e recepções,
com destaque para o aumento do nível de reforço cognitivo para que o sujeito consiga melhor fazer o trânsito entre
grupo de referência e sociedade de encontro.
Alguns outros objetivos importantes também entram no
programa da Psicologia Cultural e são sintetizados por
Monteiro (2008): (1) testar a generalidade do conhecimento e das teorias psicológicas existentes; (2) descobrir
variáveis psicológicas fora da área da experiência cultural
conhecida; (3) juntar e integrar numa Psicologia os resultados dos dois primeiros.
Essa linha de entendimento orienta-se fundamentalmente
sobre uma questão maior que, segundo Richard Shweder
(1990) pode ser resumida no próprio ponto de partida da
Psicologia Cultural: Por que é tradicionalmente tão difícil
aos psicólogos trabalhar cultura? E a resposta do autor tem
a ver com a maneira com que os conjuntos de representação
são trabalhados dentro da própria disciplina: “por que a
tratam como variável independente” (Shweder: 1990).
Isso significa que a Psicologia Cultural procura testar a
Psicologia além de alguns de seus limites teóricos em algumas escolas que julgam ‘cultura’ não como um ingrediente fundamental na constituição filogenética (Geertz,
1989), mas como uma área posterior ao início do processo
de subjetivação. A proposta da Psicologia Cultural é, contrariamente, demarcar-se naquilo que segundo outro representante da escola, Ratner (2002), aponta com claridade
no âmbito das ciências humanas: “ao estudar o desenvolvimento apenas dentro de uma cultura, muitos acontecimentos se tomam como naturais”.
Sobressair-se dessa condição de tratamento independente e
essencialista da cultura é reconhecê-la a partir daquilo que
ela tem de mais caro: ser entendida como um processo,
referente a um âmbito específico na relação colaborativa
entre sujeitos e estruturas de referência dinamicamente abertas, caracterizadas tanto por orientação, estímulo como
em cobrança e vigia das relações sociais. Nesse sentido, a
Psicologia Cultural dispõe de um repertório aproximativo
das ciências sociais ao analisar “cultura” como conjunto de
códigos explícitos e implícitos inscritos em sistemas simbólicos que atuam como uma “partitura” (Geertz, 1989)
que modula e é modulada pelos sujeitos culturais. Essa
simbiose é importante, pois a Psicologia Cultural frisa justamente o âmbito dialético da relação cultura-subjetividade, colocando em um mesmo patamar a filogenia e a
história cultural, uma vez que a cultura participa da constituição da mente e é fonte múltipla para o processo de
encefalização (Morton, 1996).
Manejar conceitos de cultura como uma estrutura aberta, inacabada e em contínuo reprocessamento, significa,
portanto, que a Psicologia Cultural se debruça sobre outra
premissa básica apontada pela semiótica: a não crença em
uma estabilidade e uma coerência do cultural como elementos independentes da formação do indivíduo. Nesse
aspecto, a dialética da simultaneidade está em reconhecer
que ‘cultura’ (1) emerge de interações adaptativas; (2) a
partir de elementos partilhados e (3) é transmitida através
do tempo e das gerações.
Apoiando-se em uma visão de ‘cultura’ como jogo simbólico que demarca, mas não restringe, as fronteiras entre
o subjetivo e cultural, ela tem como elemento maior reconhecer modelos culturais como estruturas de significação
que oferecem as instruções históricas que vão servir de
apoio à constituição do laço interpsíquico. A relação entre
identidade e identificação se torna a base de um aprendizado que tem a ver com a o estabelecimento de contornos
diferenciais, de onde o sujeito pode se projetar e se situar a
partir de um sistema que não está definitivamente fechado
a história e as escolhas subjetivas. Essa abordagem da codependência, aproxima a Psicologia Cultural da Teoria da
Estruturação de Anthony Giddens (2001) e, mais amplamente, de muitas escolas da Teoria Social contemporâneas
(Giddens e Turner, 1999) que tratam do duplo aspecto da
estrutura entre permanência relativa (sistema) e variabilidade inscrita (subjetividade).
Estando em um mundo cada vez mais interconectado (Castells, 1999) e geograficamente menos difícil5, a Psicologia
contato 23
Cultural atua em diversos temas atuais bem relevantes, tais
como: globalização, telecomunicações, trocas culturais,
turismo, fluxos migratórios, pertencimento, identidade,
memória, assimilação, aculturação, integração, etc.
Tem um histórico importante dentro da Psicologia e uma
bagagem teórica e metodológica que utiliza sensivelmente
da preocupação com o aspecto psicossocial nas relações
entre grupos e indivíduos (Dantas, 2010), pautadas pelo
sentimento de que a mudança de contexto produz alguma
ruptura ou, ao menos, alguma necessidade de reestruturação do vínculo comunidade de referência e inserção
psicológica. Essa bagagem teórico-metodológica, como
aponta um dos mais importantes autores da Psicologia
Cultural, John Berry (2002), ajuda a entender a influência
da mobilidade na adaptação psicológica a partir das estratégias coletivas e individuais quando ocorre uma mudança
de localização. A Psicologia Cultural (Ratner, 2002) traz,
dessa maneira, preocupações com questões como estratégias aculturativas, estresse de aculturação, dificuldades
associadas aos trânsito de pessoas (forçado, planejado ou
espontâneo) que estão relacionados à vulnerabilidade adaptativa imposta pelos deslocamentos e suas características
e estímulos positivos e negativos.
O papel das novas possibilidades de convivência e receptividade nas sociedades interconectadas estão estabelecidas pelas relações entre saúde mental, adaptação e mobilidade nos diferentes grupos culturais transfronteiriços e em
seus sujeitos psi. Estes sujeitos se veem forçados, múltiplas
vezes, a elaborar os processos de luto e dor nas condições
desafiantes de um cruzamento de fronteiras (Achotegui,
2002). A Psicologia Cultural analisa a teia de dificuldades
(entre língua, clima, alimentação, práticas religiosas, modo
de trabalhar, etc.) que estão nas relações psicológicas dos
sujeitos deslocados e avalia como o contato intercultural
pode interferir nas reações psicológicas da pessoa. Observa
como as experiências de transição podem ser patológicas
e disruptivas para indivíduo e grupo, afetando aspectos
psicológicos (lembrando que o estresse não é necessariamente negativo), e qual o papel do choque cultural e do
luto adaptativo, sob a perda de referências comunais que
se estabelecem inicialmente e nutrem a relação indivíduo,
cultura e sociedade (Ramos, 2008).
A Psicologia Cultural, insistimos, não é disciplina inovadora ou panacéia cultural estabelecida em um entendimento
específico para vender-se como área do conhecimento
que se dispõe a estudar algo que não tenha sido levado
em consideração anteriormente6. É, sim, um conjunto de
forças teórias e práticas que frisam de modo imprescindível a importância de um amplo e contextual enfoque da
‘cultura’ como procedimento relevante para se analisar,
traçar bons quadros comparativos e propor metodologias
de intervenção e apoio ao sujeito em trânsito potencialmente vulnerável.
Reconhecer que os contextos de origem (partida), recepção
e retorno, são marcadores não secundários da experiência intercultural da mudança de um local para outro é,
para a Psicologia Cultural, entender quão nocivas e difíceis
podem ser os deslocamentos humanos nos lugares onde
há perda, continuidade e reconfecção dos laços (socioculturais, familiares, psicológicos, etc.). A proposta da Psicologia Cultural é, sobremaneira, dispor de um repertório
teórico interdisciplinar7 e metodologias específicas que
reconciliem a Psicologia com a própria diversidade das
formas culturais para, ao mesmo tempo, propor um esforço de criar um enfoque conjunto na interface Psicologia-Cultura. Seu conhecimento e aplicabilidade revela-se
fundamental dentro do tratamento psicoterápico com sujeitos de outras culturas, no tratamento de grupos e subjetividades influenciadas pelos trânsitos contextuais, e para
o próprio desenvolvimento humano.
Bibliografia
ACHOTEGUI, Joseba. La Depresión en los Inmigrantes: Una Perspectiva Transcultural. Barcelona:
Mayo, 2002.
BERRY, John. Cross-Cultural Psychology: Research and Applications. Cambridge University Press,
2002.
CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. SP: Paz e Terra, 2001.
COLE, Michael. Psicología Cultural. Madrid: Morata, 2003.
DANTAS, Sylvia. “Processamentos Alterativos e Subjetivos: Os Dispositivos de Elaboração Migrante”. IN: FERREIRA, A. VAINER, C. PÓVOA NETO, H. e SANTOS, Miriam. A Experiência Migrante: Entre Deslocamentos e Reconstruções. RJ: Garamond, 2010.
FARR, Robert. “A Individualização da Psicologia Social”, IN: CAMPOS, Regina e GUARESCHI,
Pedrinho (org.). Paradigmas em Psicologia Social: A Perspectiva Latino-Americana. Rio de Janeiro:
Vozes, 2000.
GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. São Paulo: LCT, 1989.
GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2001.
GIDDENS, Anthony e TURNER, Jonathan (org). Teoria Social Hoje. SP: Unesp, 1999.
IANNI, Octavio. A Era do Globalismo. RJ: Civilização Brasileira, 1996.
MONTEIRO, Félix. Estudos de Psicologia Intercultural: Nós e Outros. Lisboa: Fundação Galouste
Gulbenkian, 2008.
MORTON, Helen. Becoming Tongan: An Ethnography of Childhood. University of Hawaii Press,
1996.
POMBO, O. Interdisciplinaridade: Ambições e Limites. Lisboa: Relógio d’água, 2004.
RAMOS, Natalia. Saúde, Migração e Interculturalidade: Perspectivas Teóricas e Práticas. João Pessoa:
Editora Universitária, 2008.
RATNER, Carl. Cultural Psychology: Theory and Methods. New York: Springer-Verlag, 2002.
SHIRAEV, E. Cross-Cultural Psychology: Critical
Thinking and Contemporary Applications. New York: Allyn & Bacon, 2003.
SHWEDER, Richard. Cultural Psychology: Essays on Comparative Human Development. New York:
contato 25
Cambridge University Press, 1990.
VELHO, Gilberto. Individualismo e Cultura: Notas para uma Antropologia da Sociedade Contemporânea. Rio de Janeiro, Zahar, 1981.
¹ Rafael Tassi Teixeira é psicoterapeuta com doutorado em sociologia pela Universidad Complutense
de Madrid (2004). É professor da Unespar/Fap e associado a International Association for Cross-Cultural Psychology.
² Preferimos a perspectiva Psicologia Cultural antes que ‘intercultural’ ou ‘transcultural’ porque entendemos a cultura como um conjunto de representações que, fundacionalmente, são interculturais e,
por isso mesmo, acreditamos que um viés cultural é, por sua vez, intercultural e transcultural. Para
essa argumentação, seguimos as discussões sobre a proximidade e as diferenças entre estes campos
conceituais que Pombo (2004) produz ao demarcar as diferenças entre a trans e a interdisciplinaridade,
bem como a discussão levantada por Michael Cole (2003), dentro da própria Psicologia Cultural.
³ O International Journal of Cross-Cultural Psychology, em 1970.
4 International Association of Cross-Cultural Psychology (IACCP).
5 Ainda que, como aponta Octavio Ianni (1996) fronteiriço e seletivo, exclusório e impeditivo.
6 Lembremos, sempre, que toda e qualquer psicologia não deixa de ser, como ressalta Robert M. Farr
(2000), sócio-cultural, e que toda subjetividade está inserida em um contexto de referência que obrigatoriamente deve levar em conta o projeto ou modelo cultural (Velho, 1981) que tem como âmbito
colaborativo a estruturação do laço interpsíquico.
7 Como se refere Sylvia Dantas (2010), a Psicologia Intercultural é um espaço “por excelência interdisciplinar”.
26 contato matériacontato
A democracia no Brasil e
nos Conselhos de Psicologia
Considerando o contexto político-social em que a Lei
5.766, de 1971, foi criada (durante um regime governamental de ditadura militar) e as interferências que isso
causou nas estruturas dos Conselhos de Psicologia, os
Psicólogos, de todo o país, acompanhando o processo de
redemocratização do governo brasileiro (que já era notável
em meados dos anos 80), começaram também a discutir
a necessidade de promover alterações na Lei 5.766, a fim
de tornar o funcionamento dos Conselhos mais democrático e menos centralizador, reconfigurando o papel de
órgão detentor de poder absoluto atribuído ao Conselho
Federal de Psicologia.
Com a política de redemocratização avançando no Brasil – como exemplo, podemos apontar a Constituição de
1988, que estabeleceu um regime político democrático e
pluripartidário; e a primeira eleição direta para Presidente
da República, que aconteceu em 1989, elegendo Fernando
Collor de Mello (o qual recebeu impeachment em 1992),
a classe dos Psicólogos pode se organizar mais livremente.
Mas, somente em 1996, pela primeira vez, os conselheiros
do CFP, foram eleitos por voto direto.
Congresso Nacional Unificado dos Psicólogos (Conup)
Já em 1989 aconteceu o Congresso Nacional Unificado
dos Psicólogos (Conup), um evento que teve como principal objetivo reunir membros de entidades sindicais e dos
Conselhos para discutir assuntos de interesse de toda classe dos Psicólogos.
A ideia de promover esse evento veio da necessidade de
apaziguar o conflito entre os Sindicatos e os Conselhos
– que era bastante claro. Havia muita divergência quanto às delimitações dos campos de atuação e dos assuntos
concernentes a cada órgão, e a proposta de criar um Congresso Unificado teve como meta justamente proporcionar um espaço para que esses grupos pudessem debater
e estabelecer posicionamentos que, acima de tudo, fossem em prol dos interesses dos Psicólogos. “No entanto,
o CONUP apenas acirrou as divergências, pois alguns
segmentos do Sindicato defenderam a proposta de acabar
com o Conselho, por entenderem que o CRP era uma entidade que representava a captura estatal, posicionamento
que marcou a grande cisão entre Sindicato e CRP” (Hur,
2012).
Uma das decisões aprovadas no Conup foi a de realizar o
Encontro Geral de Plenárias. Foi nesse evento, que aconteceu em outubro de 1991, em Belo Horizonte, Minas
Gerais, e que reuniu os Plenários do CFP e dos Regionais,
que foi decidido realizar um Congresso Constituinte da
Psicologia, com a finalidade de discutir a estrutura dos
Conselhos e de propor alterações que pudessem democratizar o Sistema e possibilitar que a Psicologia, como
ciência e profissão, obtivesse mais espaço e respeito na
sociedade.
Congresso Constituinte da
Psicologia (I Congresso Nacional da Psicologia)
Para que o Congresso fosse realizado, foi preciso antes
promover a reflexão e a produção de teses entre os Psicólogos. Assim, o Processo Constituinte Repensando a
Psicologia durou 3 anos, e o Congresso Constituinte da
Psicologia aconteceu somente em 1994, entre os dias 25 e
28 de agosto, em Campos do Jordão, São Paulo.
A realização do Congresso Constituinte pode ser considerada mais uma vitória dos Psicólogos, pois, por meio
desse evento, os profissionais poderiam propor ideias e
defender seus posicionamentos com relação às políticas e
diretrizes que os Conselhos deveriam seguir.
Como não poderia deixar de ser, havia um caráter fortemente político no evento. Os eixos temáticos aprovados foram: Entidades e Organização Política; Exercício
Profissional; e Formação Profissional. Um dos objetivos
estabelecidos pelo Fórum de Entidades (instância naciocontato 27
nal, responsável por discutir, articular e encaminhar as deliberações decorrentes do Congresso) era de: ‘“Produzir e
apresentar um Projeto de Lei que disponha sobre o novo ordenamento jurídico da instituição, a ser apreciado pelas
plenárias dos Regionais, garantindo a participação dos Delegados presentes no Congresso Nacional Constituinte,
responsabilizando-se pela campanha de mobilização nacional de Psicólogos para sua aprovação no Congresso Nacional” (CNC, 1994)
Assim, fica bastante claro que a meta foi rever a Lei 5.766 e, coletivamente, chegar a uma proposta para mudá-la. Entre
as valiosas decisões (como as eleições por voto direto), está a indicação do Congresso Constituinte para transformar o
Conselho Federal de Psicologia em Conselho Nacional de Psicologia, além da constituição de um Conselho Regional
por Estado. Ao final do Congresso, ficou decidido que este seria considerado o I Congresso Nacional da Psicologia,
e que o II Congresso Nacional da Psicologia aconteceria dois anos depois, em 1996 – mais tarde, no IV CNP, esse
intervalo passou a ser de 3 em 3 anos, a fim de coincidir com as eleições para os plenários do CFP e dos CRPs.
Também no II CNP, acontecido entre os dias 28 de agosto e 1º de setembro, em Belo Horizonte, Minas Gerais, foi
discutida a necessidade de alterar a Lei 5.766. Ao final do evento, chegou a ser produzido um texto substitutivo com
esse fim. No entanto, a gestão que assumiu o Conselho Federal de Psicologia (e que está lá desde então) engavetou todo
avanço proposto para se apresentar um Projeto de Lei que alterasse as estruturas dos Conselhos de Psicologia.
A questão voltou a fazer parte do eixo de debate apenas em 2007, quando foi discutida no VI CNP, realizado em
Brasília, Distrito Federal, entre os dias 14 e 17 de junho. No caderno de deliberações desse CNP, consta a seguinte
deliberação, referente à revisão da Lei 5.766: “Desencadear, a partir do Conselho Federal de Psicologia (CFP), um
debate sobre as necessárias mudanças, com realização de fóruns regionais e um fórum nacional que indique a minuta
da alteração da Lei” (p.15).
Com base nisso, em 2008, foram realizados Seminários Regionais, nos diversos estados do Brasil, para que fossem
discutidas entre os Psicólogos quais alterações poderiam ser propostas. O que indica que a gestão atual do CFP vem
tentando apagar a história dos Congressos anteriores e produzir uma nova proposta que perpetue sua gestão no poder.
VIII Congresso Nacional da Psicologia
Em 2013, dos dias 30 de maio a 2 de junho, em Brasília, Distrito Federal, acontecerá o VIII CNP, com o tema Psicologia, Ética e Cidadania: Práticas Profissionais a Serviço da Garantia de Direitos. Um dos eixos temáticos aprovados
pela Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças (APAF), em maio de 2012, foi justamente a “Democratização do Sistema Conselhos e Ampliação das Formas de Interação com a Categoria”.
Curiosamente, em 31 de agosto deste ano, foi encaminhado ao Congresso Nacional, pela presidenta Dilma Rousseff,
o Projeto de Lei n° 4364/2012, que propõe alterações na Lei 5.766. Embora uma matéria publicada no site do CFP,
em setembro de 2012, diga que “a proposta é resultado de uma ampla discussão que envolveu toda a categoria e obteve parecer favorável do Governo”, basta observar os diversos comentários que constam em outra matéria (intitulada
“Ministro Carvalho diz que alteração da Lei 5.766/71 seguirá ainda este ano para o Congresso” e publicada em agosto
de 2012, também no site do órgão) de Psicólogos reclamando não fazer ideia do que constava no PL e afirmando que
esse encaminhamento não fora acordado com a classe ou sequer divulgado previamente.
Além disso, parece ser no mínimo um contrassenso encaminhar um Projeto de Lei que objetiva alterar a estrutura do
Sistema Conselhos logo após essa questão ter sido aprovada como eixo temático a ser discutido no VIII CNP. Afinal,
teses estão sendo produzidas para que, coletivamente, os Psicólogos possam se organizar e criar, juntos, a redação de
um Projeto de Lei que contemple as necessidades reais da classe.
28 contato A razão de se realizar um Congresso Nacional é justamente possibilitar o debate coletivo, propiciando aos Psicólogos e
Psicólogas de todo o Brasil o espaço para participarem efetivamente das decisões que determinarão as diretrizes e ações
políticas dos Conselhos, assim como suas configurações.
Considerando que a instância máxima de deliberação dos Conselhos de Psicologia, o Congresso Nacional, para o
qual a discussão em torno da alteração da lei 5.766 está pautada, ainda não aconteceu, há de se compreender que o
PL 4364/2012 não foi produzido com base no debate entre os Psicólogos. Pelo contrário, foi redigido por alguns, de
acordo com o interesse desses – o que, certamente, não configura um processo democrático.
Referências
Conselho Federal de Psicologia (CFP). Câmara define tramitação do PL que altera Lei nº 5.766/1971. 12 set 2012.
Disponível
em:
http://site.cfp.org.br/camara-dos-deputados-define-tramitacao-do-projeto-de-lei-que-altera-lei-no-5-7661971/ . Acesso em: 06 dez 2012.
Conselho Federal de Psicologia (CFP). Ministro Carvalho diz que alteração da Lei 5.766/71 seguirá ainda este ano
para o Congresso. 14 agosto 2012. Disponível em: http://site.cfp.org.br/ministro-carvalho-diz-que-alteracao-da-lei-5-76671-seguira-ainda-este-ano-para-o-congresso/. Acesso em: 06 dez de 2012.
Fórum de Entidades do Conselho Nacional de Psicologia. Congresso Nacional Constituinte da Psicologia. Caderno
de deliberações. 03 dez de 1994.
HUR, U. D. Políticas da psicologia: histórias e práticas das associações profissionais (CRP e SPESP) de São Paulo, entre a ditadura e a redemocratização do país. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65642012000100004&script=sci_arttext. Acesso em: 06 dez de 2012.
psicólogodaSilva
Tônio Luna
Alto-mar
B
em ao norte da desembocadura do Rio Amazonas, cerca de 700 quilômetros mar adentro,
ainda se percebe claramente a mudança de cor
da água. Esta fica mais escura por influência das
folhas, arbustos e troncos que caíram no rio ao longo de
seus 1700 quilômetros. Quando se cruza em um navio
esse encontro de águas, a imaginação é levada a lugares desconhecidos, selva amazônica adentro. Não é por
serem distantes, desconhecidos e frutos da imaginação
que esses lugares não são reais. Ali, ao lado do costado
do navio, dançam as águas sombras da real imaginação.
Como Psicólogo, imagino um mundo melhor, ainda
que as cores das águas escuras não sejam, por inúmeras vezes, tão definidas e ainda que tenham infinitas
tonalidades.
Ao amigo Heitor, companheiro de enfermaria, cuja vida não lhe deu mais tempo para comermos a costela com batatas.
30 contato sindicatodos
psicólogosdoParaná
contato 31
contatoagenda
Curitiba
CURSO: TERAPIA FAMILIAR E INDIVIDUAL
SISTÊMICA CURSO: FORMAÇÃO EM EMDR
Promovido por: INTERCEF – Instituto de Terapia e Centro de
Estudos da Família (CRP-PJ-08/00215).
Data: início 23/03/2013 das 08h30 às 17h30.
Local: Rua Tapajós, 577 – São Francisco.
Inscrições e mais informações: www.intercef.com.br /
[email protected] / (41) 3338-8855.
Promovido por: Alice Skowronski (CRP-08/05044) e Silvana
Ricci Salomoni (CRP-08/01126).
Data: 03 a 05/05; 02 a 04/08; 08 a 10/11/2013.
Local: Rua Padre Anchieta, 1846.
Inscrições e mais informações: www.emdrbrasil.com.br /
[email protected] / www.psicotraumaas.com.br /
[email protected] / (41) 3336-9051 / (41) 3019-1492.
XIII CONGRESSO BRASILEIRO E XVIII ENCONTRO
PARANAENSE DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS
FORMAÇÃO EM TERAPIA ANALÍTICOCOMPORTAMENTAL
Promovido por: Centro Reichiano (CRP-PJ-08/0098).
Data: 30 e 31/05 e 01/06/2013 das 08h às 20h.
Inscrições e mais informações: (41) 3263-4895 /
www.centroreichiano.com.br.
Promovido por: IACC – Instituto de Análise do
Comportamento de Curitiba (CRP-PJ-08/00765).
Data: 01/04/2013 das 19h às 22h (aulas nas segundas-feiras).
Local: Rua Padre Anchieta, 1691 – Bigorrilho – Sala de
Convenções. Inscrições e mais informações: www.iaccsul.com.br /
[email protected] / (41) 3023-5613.
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DA ATENÇÃO
Promovido por: Qualità Avaliações Psicológicas e
Treinamentos Ltda (CRP-PJ-08/00197).
Data: 14/02/2012 das 09h às 12h.
Inscrições e mais informações: [email protected]
/ www.qualitapsi.com.br/agenda2 / (41) 3353-2871.
RESIDÊNCIA EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE
Promovido por: Curso de Psicologia da UniFil.
Data: Fevereiro de 2013.
Local: Av. Juscelino Kubitschek, 1626.
Inscrições e mais informações: [email protected] /
(43) 3375-7522 / (43) 3375-7564.
32 contato ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO
Promovido por: Sapiens – Instituto de Psicologia
(CRP-PJ-08/0692).
Data: 01 e 02/03/2013
Local: Curitiba, Foz do Iguaçu e Londrina.
Inscrições e mais informações: até 20/02/2013 – (41) 30445600 / (43) 3336-8081 / www.sapiens-psi.com.br/cursos /
www.sapiens-psi.com.br / [email protected].
Londrina
ESPECIALIZAÇÃO EM PSICANÁLISE - CURSO
FUNDAMENTAL DE FREUD A LACAN
Promovido por: Me. Sonia Maria Petrocini (CRP-08/00543).
Data: início março 2013. Local: Faculdade Pitágoras - Rua Edwy Taques de Araújo, 1100.
Inscrições e mais informações: (43) 3373-7333 /
(43) 3373-7370 / (43) 9153-6332 / juliarsilva1@hotmail.
com / www.voceespecialista.com.br.
Intercâmbio Internacional 2013
VI VIAGEM DE ESTUDOS
Promovido por: Instituto da Família – FTSA (CRP-PJ-08/00440).
Data: 05 a 16/06/2013.
Local: Chicago Center for Family Health – Universidade de
Chicago – EUA.
Inscrições e mais informações: [email protected] / www.
ftsa.edu.br / (43) 3371-0200.
classificados
Sublocações
Locação de salas – Ahú, Curitiba (PR)
Sublocação de salas – Bigorrilho, Curitiba (PR)
Toda a infraestrutura necessária para o seu funcionamento:
agendamento de consultas com recepcionista, internet wireless,
amplo salão de cursos, ótima localização, com fácil acesso e
estacionamento.
Endereço: Rua São Sebastião, 420 (próximo ao Centro Cívico), Ahú.
Contato: [email protected] / (41) 3019-9553,
falar com Andrea Sternadt (CRP-08/05093).
Clínica Centro do Ser – Espaço Terapêutico subloca salas para
profissionais de saúde, com ótima infraestrutura e localização.
Disponibilizam convênios, sala para grupos, palestras e cursos.
Endereço: Rua Padre Anchieta, 1276.
Contato: (41) 3233-7364.
Sublocação de salas – Batel, Curitiba (PR)
Sublocação de salas – Batel, Curitiba (PR)
Subloca-se sala para profissionais de saúde em Clínica de
Psicologia com ótima localização e estrutura.
Endereço: Rua Francisco Rocha, 62 – Conj. 107 – 1º andar
(próximo à Praça do Japão).
Contato: (41) 3019-1588 / (41) 9612-6344 – Renata Quarezemin
Clínica Rama subloca salas para Psicólogo (a). Excelente
localização e infraestrutura completa. Disponibilizam secretaria,
convênios e wireless.
Endereço: Rua Cel. Dulcídio, 216 – Batel (próximo à Praça da
Espanha).
Contato: [email protected] / (41) 3838-6178 / (41)
3538-6178.
O prazo de envio de anúncios para a próxima
edição da Revista Contato encerra em 16/01/2013.
A solicitação de anúncios deve ser feita pelo site
www.crppr.org.br no link Oportunidades –
Divulgações via CRP-PR.
contato 33
inscrição CRP-PR
O CRP-PR dá boas-vindas aos novos inscritos
dos meses de Outubro e Novembro de 2012
novosinscritos
Paula Aline Vieira CRP-08/18341
Camila Schafhauser Correa CRP-08/18342
Victor Getulio Piassa Neto CRP-08/18343
Simone Trombini Andrade Slipack CRP-08/18344
Luciane Wenningkamp Wzorek CRP-08/18345
Pollyana Gaspar Jardim dos Santos CRP-08/18346
Patricia Amaral Dias CRP-08/18347
Rafaela Paese Pela CRP-08/18348
Simone de Fatima Dondoni CRP-08/18349
Adriana Larissa Liell Silveira CRP-08/18350
Marcos Antonio de Oliveira CRP-08/18356
Bianca Venturi Leal CRP-08/18357
Elaine de Fatima Pantussi CRP-08/18358
Thayse de Matos Casassa CRP-08/18359
Adriana Aparecida Grosse CRP-08/18360
Karine de Freitas Duarte CRP-08/18361
Juliana Fiorim da Encarnação CRP-08/18362
Carla Nizato Coutinho Miranda CRP-08/18363
Kalini Vidal Pinto Boeing CRP-08/18364
Gisele Oliveira Vizoni CRP-08/18365
Romena Macedo Ferro Costa CRP-08/18371
Marcia Tachini Schneider Sguarezi CRP-08/18372
Jordanna Carolina Prado de Oliveira CRP-08/18373
Thais Garcia Lira CRP-08/18374
Monica Margareth de Castro Santos CRP-08/18375
Monika da Silva Pedroso CRP-08/18376
Kemeli Rodrigues Pivetta CRP-08/18377
Vera Maria Kasper CRP-08/18378
Vanessa Cristina Borges de Medeiros CRP-08/18379
Luana Oshiyama Barros CRP-08/18380
Viviane Kessler Chicora CRP-08/18381
Thalitta Sartorio Bughi CRP-08/18382
Evelin Rodrigues Silva CRP-08/18307
Sandra Regina de Castro de Moraes CRP-08/18308
Ciro Gasparin Moraes CRP-08/18309
Leodir Cararo dos Santos CRP-08/18310
Isis Kelly de Hercules Geraldini CRP-08/18311
Lidia da Costa Laignier Amorim CRP-08/18312
Fernanda Christina dos Santos Borges CRP-08/18313
Janete Vaz de Andrade CRP-08/18314
Patricia de Mattos Nesi CRP-08/18315
Roseley de Fatima Soster Kuster CRP-08/18316
Derek Kupski Gomes CRP-08/18317
Lilian Josebel Machado CRP-08/18318
Renata da Rocha CRP-08/18319
Vania Cristina da Rocha CRP-08/18320
Ana Emilia Pienta Borges Barbosa CRP-08/18321
Juliana Alves Abelardino da Silva CRP-08/18322
Elias Odilon Macedo Balthazar CRP-08/18323
Samara Megume Rodrigues Ferreira CRP-08/18324
Pollyanna Rose Chagas Tosta CRP-08/18327
Priscila Santos Calle CRP-08/18328
Tatiana Posansky Fabbri CRP-08/18329
Keli Lacerda Crovador CRP-08/18330
Joyce Braz Lange CRP-08/18331
Andressa Brand dos Santos CRP-08/18332
Rafael Santa Eufemia Cecconi CRP-08/18333
Dinoel de Lima CRP-08/18334
Eduardo Jose Galli Berlofa CRP-08/18335
Elisangela Tonial CRP-08/18336
Rodrigo Assufi Dallanol CRP-08/18337
Franciele Alves Rodrigues CRP-08/18338
Camila Cassaneli de Oliveira CRP-08/18339
July Rosali Cristina Leal Torres CRP-08/18340
reativaçãotransferência
Joice Emi Nonaka CRP-08/12134
Marilei Krauss CRP-08/13115
Claudia Penha da Silva CRP-08/08836
inscriçãosecundária
Stefania Ellen Schwanz Kiefer CRP-08/IS-319
Aline Scariot CRP-08/IS-32
Rafael Montez Pavani CRP-08/IS-321
34 contato Silvana de Souza CRP-08/IS-322
Gabriela de Moraes Ely CRP-08/IS-323
Juliana Helena dos Santos Silvério CRP-08/IS-324
Dayanna Basso Perozzo CRP-08/IS-325
inscriçãoportransferência
Catherine Marie Rickli CRP-08/18325
Dennys Keyiti Shintaku CRP-08/18326
Luciana Floriano de Oliveira CRP-08/18351
Cristiane Sotelo da Silva CRP-08/18352
Milena de Lima Barbosa CRP-08/18353
Joselia Danusia Sura CRP-08/18354
Lianice Silva Taques Romeiro CRP-08/18355
Luis Egidio Amaral Mello CRP-08/18366
Viviane Cristina Wolf CRP-08/18367
Silvia Ribeiro CRP-08/18368
Emanuelle Matos Gois CRP-08/18369
Thassiane Neves CRP-08/18370
Gabriela Seffrin Adler CRP-08/18383
Carla Loureiro Coutinho CRP-08/18384
Evelise de Resende Lucas CRP-08/18385
Suzana Maria Aparecida de Jesus CRP-08/09547
Amanda Tironi Vasques CRP-08/11816
Lidiane Vicentini CRP-08/14586
Lara Kelenn Bianchin CRP-08/14608
Tania Mara de Castro CRP-08/06095
Adriana Pradella CRP-08/07850
Marcia Sel CRP-08/08600
Carlos Gutemberg de Assis CRP-08/11545
Everaldo Cesar Schmidt Bergonzini CRP-08/12431
Juliana Tramontini Marcatto CRP-08/14300
Cristiane Borba Morcino de Oliveira CRP-08/07354
Patricia Azarias dos Santos Budel CRP-08/07516
Cláudia Dias Rezende CRP-08/08000
Maria Lucia Grinstein CRP-08/11891
reativação
Maria Carmem Moretto da Silva CRP-08/06634
Izabela Gimenes Garavello CRP-08/15213
Denise Cristiane Altmann Sade CRP-08/06760
Maria Tainete Menuci CRP-08/07502
Leni da Silva Nascimento Guedes CRP-08/07578
Marly Aparecida Sanzovo CRP-08/08633
Francine Mariano dos Santos Soster CRP-08/09361
pessoajurídica (cadastro)
Odontologia Campagnaro S/S Ltda CRP-08/PJ-00755
Casa de Recuperação Esperança CRP-08/PJ-00756
Alcantara, Hasegawa, Rosa e Cutolo S/S Ltda CRP-08/PJ-00562-F1
Araucária Habilitação, Perícias Médicas e Psicológicas Ltda – ME CRP-08/
PJ-00681-F1
Interself Desenvolvimento Humano e Estudos do Comportamento do Consumidor Ltda – ME CRP-08/PJ-00764
P. R. Abreu - Psicologia - ME CRP-08/PJ-00765
Associação Casas do Servo Sofredor CRP-08/PJ-00766
Centro de Atenção Psicossocial I - Nova Esperança (CAPS I) CRP-08/PJ-00767
SEST Serviço Social do Transporte CRP-08/PJ-00587-F3
Sandra Cristina Batista Martins – ME CRP-08/PJ-00770
Comunidade Sagrada Família D. Olivio Aurelio Fazza CRP-08/PJ-00772
registro
Climepsi - Clinica Medica e Psicológica Ltda CRP-08/PJ-00754
Clinica de Psicologia Amor Perfeito Ltda CRP-08/PJ-00757
Monteiro da Silva & Finato Ltda CRP-08/PJ-00758
São Cristovão - Medicina e Psicologia do Trânsito Ltda CRP-08/PJ-00759
Espaço Alternativo Clínica de Psicopedagogia Ltda. ME CRP-08/PJ-00760
Clínica Viver Equilibradamente Ltda – ME CRP-08/PJ-00761
Angela G.Stulp - Clínica de Psicoterapias - ME CRP-08/PJ-00762
Clínica Viver Equilibradamente Ltda – ME CRP-08/PJ-00763
Clínica de Psicologia Perinatal – Eirele CRP-08/PJ-00768
Representações Motherle S/S Ltda. ME CRP-08/PJ-00769
Resultran Clinica Medica e Psicologica S/S Ltda CRP-08/PJ-00771
Clinitran - Clinica do Trânsito Ltda CRP-08/PJ-00547-F1
Princesa Isabel Avaliação Médica e Psicologica Ltda CRP-08/PJ-00773
Rio Sul Centro de Avaliação de Condutores Ltda – ME CRP-08/PJ-00774
contato 35
CRP-PR
DISPONIBILIZA
SALA, ANFITEATRO
E AUDITÓRIO
PARA LOCAÇÃO
Anfiteatro
Nélio Pereira da Silva
Au
Sala
u
de C
rsos
dit
óri
oÁ
gor
a
Mais informações pelo e-mail: [email protected]
Download

baixar revista - Conselho Regional de Psicologia do Paraná