A PRÁTICA DA LEITURA EM AULAS DE ESPANHOL COMO LÍNGUA
ESTRANGEIRA EM UMA PERSPECTIVA INTERCULTURAL:
PERCEPÇÕES E REFLEXÕES
GT7 – Educação, Linguagens e Artes
Antônio Carlos Silva Júnior¹
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo central propor reflexões acerca do desenvolvimento
da compreensão leitora em espanhol como língua estrangeira em uma perspectiva
intercultural. Em um primeiro momento, serão abordados aspectos relacionados à
pluralidade cultural e o papel da escola em sua difusão. Em seguida, tópicos sobre a leitura
em espanhol como língua estrangeira serão aprofundados e, por fim, uma relação entre os
dois objetos anteriores, o uso de temas interculturais para desenvolver a habilidade leitura a
fim de conferir ao ensino deste idioma um enfoque que deixe de privilegiar estruturas
lexicais e conteúdos gramaticais, para contemplar também questões sociais de construção
da cidadania. Os pressupostos teóricos do trabalho estão baseados principalmente em
Almeida Filho (2005), Isabel Solé (1998), Casanova (2005), Marcushi (2002), Mendes (2008)
e Paraquett (2005; 2009).
Palavras-chave: pluralidade cultural; abordagem intercultural; espanhol como língua
estrangeira; leitura.
Resumen
El presente trabajo tiene como objetivo central proponer reflexiones acerca del desarrollo de
la comprensión lectora en español como lengua extranjera en una perspectiva intercultural.
En un primer momento, serán abordados aspectos relacionados a la pluralidad cultural y el
papel de la escuela en su difusión. Enseguida, tópicos sobre la lectura en español como
lengua extranjera serán profundizados y, por fin, una relación entre los dos objetos
anteriores, el uso de temas interculturales para desarrollar la habilidad lectora a fin de
conferir a la enseñanza de este idioma un enfoque que deje de privilegiar estructuras
lexicales y contenidos gramaticales, para contemplar también cuestiones sociales de
construcción de la ciudadanía. Los presupuestos teóricos del trabajo está basados
principalmente en Almeida Filho (2005), Isabel Solé (1998), Casanova (2005), Marcushi
(2002), Mendes (2008) y Paraquett (2005; 2009).
Palabras clave: pluralidad cultural; enfoque intercultural; español como lengua extranjera;
lectura.
1
Graduado em Letras Espanhol pela Universidade Federal de Sergipe e pós-graduado em
Língua Espanhola pela Faculdade Pio Décimo. Atualmente é professor de espanhol da
Educação Básica da Rede Pública do Estado de Sergipe. [email protected]
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Considerações Iniciais
A escola, instituição responsável pela educação formal dos indivíduos,
passou por grandes transformações ao longo da história. Reflexo de uma sociedade
que vem mudando e evoluindo, as disparidades encontradas nesse meio social já é
um fato comum presente no cotidiano de todos.
Na sala de aula, nos corredores, no pátio, enfim, em todo seu espaço
físico, há crianças, adolescentes, jovens e adultos oriundos das mais diversas
realidades e culturas. Dessa forma, é impossível ignorar que as escolas estão se
tornando cada vez mais heterogêneas, e que tal heterogeneidade é uma riqueza a
ser explorada, decifrada e utilizada como recurso de aprendizagem.
Ao refletir sobre o contexto educacional e tomando como base as
relações interculturais, Mendes (2008, p. 58) define a sala de aula como:
(...) o lugar privilegiado, o ambiente no qual essas relações têm lugar,
pois é aí onde os conflitos, as tensões e afastamentos (advindo do
encontro de diferentes culturas e do embate de aspectos sociais,
políticos, psicológicos, afetivos, etc.) podem ser negociados em prol
da construção de um novo espaço para a edificação de um
conhecimento comum, formado pelas contribuições de todos.
Todas essas disparidades devem ser consideradas no processo de
ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira, onde a diversidade e o diferente
podem ser utilizados como ferramenta de sensibilização acerca da pluralidade
cultural existente no mundo e no espaço da escola.
Tal pluralidade cultural, derivada dos avanços pelos quais as sociedades
foram e continuam sendo submetidas, está presente nos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN, 1998) como um dos seus temas transversais. Com ela, se propõe
que as diferenças sejam respeitadas, que ocorra um enriquecimento a partir da
diversidade e, ao mesmo tempo, se valorize a própria identidade cultural e regional.
Nessa perspectiva, a inserção de temáticas que tratam da pluralidade
cultural pode ser realizada a partir de atividades de compreensão leitora em uma
perspectiva intercultural, no sentido de abordar as diferenças, o contato, o diálogo, a
interação entre os diferentes, colocando o ensino de língua estrangeira e a própria
escola em um lugar de questionamento quanto ao seu papel na sociedade.
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Da mesma forma que sugere um tratamento especial ao tema pluralidade
cultural devido ao fato de o ensino de Língua Estrangeira se prestar ao enfoque
dessa questão, os PCN (1998), ao justificar a inclusão dessas línguas no currículo
do ensino básico, prioriza a habilidade da compreensão leitora sobre as outras e
complementa afirmando que:
(...) a aprendizagem de leitura em Língua Estrangeira pode ajudar o
desenvolvimento integral do letramento do aluno. A leitura tem
função primordial na escola e aprender a ler em outra língua pode
colaborar no desempenho do aluno como leitor em sua língua
materna. (PCN, 1998, p. 20)
Isto não quer dizer que as outras habilidades sejam excluídas, mas sim
que a leitura deve ser o ponto de partida para chegar às outras. Nesse sentido, é
necessário compreender que a prática da leitura em uma perspectiva intercultural
propicia um enriquecimento no que diz respeito à compreensão textual, além de
aprofundar temas que possibilitam a construção de cidadãos reflexivos e preparados
para interagir no mundo social.
Com base nessas considerações, o presente trabalho, que tem como
parâmetro estudos de interculturalidade, propõe que haja uma sensibilização entre
todos os indivíduos inseridos nas salas de aula de espanhol como língua estrangeira
através do contato com múltiplos textos que abordem temáticas interculturais.
Assim, esta iniciativa se explica não só por aprofundar teorias referentes à
pluralidade cultural, interculturalidade e ensino-aprendizagem de espanhol como
língua estrangeira, mas também por sugerir a pratica da leitura em uma perspectiva
interculturalista em prol da sensibilização de todos os sujeitos envolvidos no
processo educacional no que se refere às temáticas supracitadas, considerando o
caráter intercultural das relações humanas para a sala de aula de espanhol como
língua estrangeira.
O papel da escola e a habilidade leitora: lados paralelos na educação
Com o decorrer dos tempos, a relação família-escola vem sendo
modificada, e, proporcionalmente, cada uma dessas instituições vem ganhando
diferentes atribuições. A escola passou a adquirir um novo papel na sociedade,
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atuando diretamente no desenvolvimento dos seus educandos não somente na
transmissão de aspectos conteudistas, mas também na formação para a vida.
Paralelo a esse contexto, encontra-se o fato de que cada vez mais é
notório o distanciamento entre os alunos e a leitura nas escolas brasileiras,
sobretudo devido à constatada dificuldade que eles apresentam quando têm que
enfrentar a compreensão de textos. As Orientações Curriculares para o Ensino
Médio (OCEM, 2006) fazem uma reflexão acerca da leitura na sala de aula e, nessa
perspectiva, entende que é necessário o conhecimento integrador e não dividido, a
não redução do conhecimento segundo os próprios interesses ou circunstancias. Um
exemplo dessa redução é o uso de textos não autênticos, construídos com
estruturas limitadas ou escolhidas para a ocasião, que pretendem “facilitar” a
compreensão, mas que não fazem mais que limitar a leitura e as noções de língua
dos alunos.
Aspectos como o novo papel da escola e o valor da habilidade leitora
fazem refletir a importância do ensino de língua estrangeira e como esse ensino
pode ser relevante para a construção de um pensamento crítico. Ainda nas OCEM
(2006), pode-se verificar a defesa pela formação de leitores independentes e
críticos, a partir da eleição de textos cujo tema interesse aos alunos, para que
possam refletir sobre sua sociedade e ampliem sua visão de mundo.
Diante disso, entende-se a importância de o mediador, nesse caso o
professor de espanhol, tornar a prática de leitura algo prazeroso e não mecânico, e
ao mesmo tempo com um propósito educacional, pois precisa criar o gosto pela
leitura em seus alunos por meio de atividades significativas. Portanto:
“(...) não se deve esquecer que interesse também se cria, se suscita
e se educa e que em diversas ocasiões ele depende do entusiasmo
e da apresentação que o professor faz de uma determinada leitura e
das possibilidades que seja capaz de explorar (SOLÉ, 1998, p. 43).
Segundo essas considerações, de que maneira e em quais aspectos a
habilidade leitora pode ser desenvolvida em uma perspectiva intercultural? Como a
diversidade de textos e de temas interculturais na sala de aula de espanhol como
língua estrangeira pode oportunizar a construção da cidadania?
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Reflexões sobre a leitura reflexiva em aulas de espanhol como língua
estrangeira em uma perspectiva intercultural
O artigo 27 da Lei de Diretrizes e Bases (1996) faz referência à educação
em valores, e determina que os conteúdos curriculares da Educação Básica devem
observar, ainda, as seguintes diretrizes: “A difusão de valores fundamentais ao
interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à
ordem democrática” (inciso I).
Nesse contexto, ao especificar a aula de espanhol como língua
estrangeira, percebe-se que a função do ensino deste idioma não é diferente
daquela assumida pela escola, visto que está inserida no contexto educacional. Ou
seja, as aulas de língua espanhola, nesse âmbito, devem, também, assumir um
papel social ao aprofundar paradigmas presentes na língua/cultura do outro e
relacioná-los à realidade dos alunos.
Com base nessas considerações, um recurso extremamente eficaz e
contextualizado para a efetivação de tal papel, é o uso de textos autênticos na língua
meta no intuito de abordar, em sala de aula, temáticas concernentes à variedade e
interação de culturas no mundo social, além do trabalho em prol do desenvolvimento
do pensamento crítico.
Esses textos autênticos, verbais e não verbais, são compostos por
características específicas que dependem do contexto no qual estão sendo
utilizados. Tais textos podem ser agrupados em diferentes “gêneros”, expressão
utilizada para nomear os textos produzidos por usuários de uma língua no ato
comunicativo para se fazer entender.
Segundo Marcuschi (2002, p. 22), os gêneros textuais são os textos
materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam
características
sócio-comunicativas
definidas
por
conteúdos,
propriedades
funcionais, estilo e composição característica.
Visto isso, percebe-se a grande importância do contato com diversos
gêneros textuais na aula de espanhol como língua estrangeira, pois é através deles
que os alunos podem se comunicar e entender a diversidade de representações
textuais disponíveis nos diversos meios de comunicação presentes no seu e no
cotidiano do Outro. É pensando nessa importância da leitura em uma perspectiva
intercultural que se torna necessário saber como e para quê propô-la.
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Somos leitores em tempo integral, mas não lemos do mesmo jeito os
diferentes textos que se apresentam. É papel da escola fornecer aos estudantes,
através da leitura, os instrumentos necessários para que eles consigam buscar,
analisar, selecionar, relacionar, organizar as informações complexas do mundo
contemporâneo e exercer a cidadania.
Para Solé (1998), poder ler, isto é, compreender e interpretar textos
escritos de diversos tipos com diferentes intenções e objetivos contribui de forma
decisiva para autonomia das pessoas, na medida em que a leitura é um instrumento
necessário para que nos manejemos com certas garantias em uma sociedade
letrada.
Estudos recentes em Linguística Aplicada apontam a Abordagem
Intercultural como meio para trabalhar a diversidade cultural existente nos vários
ambientes sociais e o senso crítico dos participantes de processos educacionais.
Casanova (2005, p. 25) define o interculturalismo como o modelo que promove a
convivência entre as distintas culturas, com respeito às diferenças de cada uma.
Dessa forma, se pretende que as pessoas culturalmente diversas se conheçam e se
relacionem e que, entre todas, busquem o comum e se enriqueçam com o diverso.
Mendes (2008, p. 63), ao inferir sobre os princípios norteadores da
Abordagem Intercultural (AI) ressalta quão importante é que:
os aprendizes sejam incentivados a assumir uma postura que
favoreça a abertura, o diálogo, o respeito às diferenças, assim como
a avaliarem criticamente os seus posicionamentos e atitudes durante
o desenvolvimento do processo de aprendizagem. Isso, no entanto,
vai depender do modo como ele enxerga o ‘outro’, o diferente dele e
a língua que está aprendendo.
Sendo
assim,
ao
entender
a
pluralidade
cultural,
isto
é,
a
multiculturalidade presente na sala de aula e em outros meios sociais, os alunos de
espanhol como língua estrangeira compreenderão através da leitura de textos de
base interculturalista a necessidade que há de uma relação, uma convivência e um
respeito entre os indivíduos participantes nos diversos meios sociais.
Essa importância social atribuída ao ensino de línguas estrangeiras é
notória e coerente com as OCEM (2006, p. 91) que fazem referência ao conceito de
cidadania, que é um valor social a ser desenvolvido nas várias disciplinas escolares
e não apenas no estudo das Línguas Estrangeiras.
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Em um estudo no qual relaciona Lingüística Aplicada, inclusão social e
ensino de língua espanhola, Paraquett (2009, p. 6) infere que a aprendizagem de
línguas estrangeiras pode ser uma ferramenta importante no sentimento de inclusão
social e cultural. Em outro trabalho em que traça um esboço histórico do Ensino de
Espanhol como Língua Estrangeira no Brasil, Paraquett (2001) enfatiza a
importância da formação de leitores em Língua Estrangeira e afirma:
Mas que procedimento metodológico pode garantir essa viagem?
Estou segura de que esse caminho deve ser pautado na formação de
leitores que vejam, nos novos códigos (lingüísticos, culturais e
estéticos), respostas as suas perguntas de ordem ideológica,
filosófica ou pragmática. Ensinar a ler deve ser, portanto, o caminho
escolhido por professores de língua estrangeira para uma efetiva
realização do processo ensino/aprendizagem. (PARAQUETT, 2001,
p. 193)
Ao propor uma aprendizagem significativa por meio da leitura reflexiva em
aulas de espanhol como língua estrangeira em uma perspectiva da Abordagem
Intercultural (AI), tal artigo se fundamenta na Linguística Aplicada (LA), que tem
como eixo principal o processo de ensino/aprendizagem de E/LE, pois, como afirma
Almeida Filho (2005), focaliza especificamente questões da linguagem inseridas na
prática social real dentro ou fora do contexto escolar. Do mesmo modo, a proposta
aqui apresentada é condizente com a necessidade subscrita por Moita Lopes (2006,
p. 23) de “teorizações que dialoguem com o mundo contemporâneo, com as práticas
sociais que as pessoas vivem, como também desenhos de pesquisa que considerem
diretamente os interesses daqueles que trabalham, agem, etc.”
Há uma vasta bibliografia que abarca a questão do interculturalismo,
sendo assim, optamos por utilizar como referenciais teóricos as obras de Casanova
(2005), Mendes (2008), Mota (2004) e Paraquett (2001, 2009) como referência para
os estudos de sua origem, definição e possível aplicação em aulas de língua
estrangeira. Além dos fundamentos do interculturalismo, buscaremos apoio nas
teorias relacionadas à leitura e gêneros textuais de Isabel Solé (1998), Marcuschi
(2002) e Bakhtin (2000).
Nesse sentido, acreditamos ser possível, através de atividades de cunho
interculturalista, desenvolver nos alunos a habilidade leitora em aulas de espanhol
como língua estrangeira. Isto é, fazer com que reconheçam a pluralidade, respeitem
as diferenças e busquem conviver e interagir com o Outro por meio do contato de
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diferentes gêneros textuais. Em outras palavras, conferir ao ensino de espanhol
como língua estrangeira um enfoque que deixe de privilegiar estruturas lexicais e
conteúdos gramaticais, para contemplar também questões sociais de construção da
cidadania.
Considerações Finais
O interculturalismo nas aulas de espanhol poderá trazer um novo conceito
de ensino-aprendizagem de língua estrangeira e propiciará um processo baseado
em novas estratégias de viver e de educar, abandonando metodologias tradicionais
que valorizam, somente, aspectos estruturais da língua.
Segundo Maria Antonia Casanova (2005, p. 30) “para conseguir cidadãos
participativos devem aprender a participar, se devem possuir um pensamento crítico
e criativo, há que praticá-lo ao longo do processo formativo (...)”.
Esse entendimento de visão reflexiva e crítica em prol de uma real
atuação na sociedade pode dar-se através do contato com textos de diferentes tipos
e fontes que ampliam a visão do aluno no que se refere ao seu conhecimento de
mundo plural e à sua compreensão textual.
A inserção de uma abordagem inovadora, como é a intercultural, em aulas
de espanhol como língua estrangeira, torna-se um desafio para o professor à
medida que ele precisa agir de maneira criativa, comprometido com seu papel e em
prol de uma verdadeira educação e, ao mesmo tempo, lidar com as várias
dificuldades existentes no contexto educacional.
Mesmo com todos os desafios encontrados pelos docentes, percebe-se a
necessidade de que, em seu planejamento, eles possam inserir atividades de
compreensão leitora de base interculturalista e assim gerar reflexões que conduzirão
o alunado a ver o mundo de outra perspectiva, reconhecendo as diferenças,
possibilitando a convivência e gerando uma integração entre elas. Tais atividades
podem ser aplicadas paralelas ou relacionadas àquelas voltadas para elementos
formais da língua ou para prática de outras habilidades linguísticas.
Através do uso de textos com temáticas interculturais no
desenvolvimento da habilidade leitora em aulas de espanhol como língua
estrangeira fecunda-se aqui a intenção de promover o reconhecimento da
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pluralidade cultural. Com isto, a língua alvo aqui destacada assume um papel na
sociedade que vai além da sua estrutura, e que promove o encontro e a acolhida.
O encontro supõe sempre um mínimo de generosidade para que se
possa acolher o outro sem exigir que ele seja como gostaríamos que
fosse e sem reprovar suas diferenças. Assim também deve ser com
os povos e suas culturas: um encontro generoso. Assim deveria ser
também com o espanhol: um encontro que permitisse acrescentar,
diversificar, enriquecer e modificar. (COSTA, 2005, p. 70)
Sendo assim, percebe-se a importância de tal proposta que propõe um
ensino de uma língua estrangeira baseado na ênfase do trabalho com a prática da
leitura e que considera as diversas identidades e culturas que se inserem no
processo educacional, promovendo assim o enriquecimento da habilidade leitora em
uma perspectiva intercultural.
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Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira.
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PARAQUETT, M. (2009). Lingüística Aplicada, inclusión social y aprendizaje de
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SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998.
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