1 Workshop sobre Interação Transformador-Sistema 22 de Outubro de 2009, CEPEL, Rio de Janeiro, RJ © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 2 Metodologia de Análise das Sobretensões: Modelagem e definição dos casos Alécio Barreto Fernandes ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico Guilherme Sarcinelli Luz FURNAS Centrais Elétricas S.A. © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 3 Sumário Transitórios rápidos (fast front) e muito rápidos (very fast front) Simulação digital: diretrizes Modelagem da subestação Modelagem do transformador sob manobra Definição dos casos Metodologia proposta © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 4 Fast front / Very fast front transients (FFT / VFT) © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 5 Fast front / Very fast transients (FFT / VFT) Fenômenos transitórios e as faixas de frequência associadas. (*) (*) CIGRÉ Working Group 33-02 [1990]. © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 6 Simulação digital: diretrizes © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 7 Simulação digital: diretrizes Passo de tempo de simulação (t) e tempo máximo de simulação (Tmax): t inferior ao menor tempo de propagação associado ao menor trecho da SE representada – imposição do programa ATP. Tmax Evitar o surgimento de frequências dadas as reflexões não existentes - linhas conectadas a SE com comprimentos reduzidos. Representação das linhas de transmissão: Modelo J. Marti – variação dos parâmetros com a frequência (a partir de 10 décadas). Modelo de Bergeron – calculado em uma dada frequência, por exemplo, f=150kHz. © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 8 Simulação digital: diretrizes 1.0E+10 Região A: a terra se comporta como dielétrico, f > 2fcrit , e as equações de Carson não são válidas; 1.0E+9 1.0E+8 Região A (Dielétrico) 2fcrit Frequência (Hz) 1.0E+7 fcrit 1.0E+6 0,1fcrit Região B: região de transição, 0,1fcrit < f < 2fcrit ; Região B (Transição) 1.0E+5 1.0E+4 1.0E+3 Região C: a terra se comporta como condutor, f < 0,1fcrit ,e as equações de Carson são válidas. Região C (Condutor) 1.0E+2 1.0E+1 1.0E+0 1.0E+1 1.0E+2 1.0E+3 1.0E+4 1.0E+5 1.0E+6 Resistividade (Ohms.m) © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 1.0E+7 1.0E+8 1.0E+9 9 Modelagem: subestação e transformador sob manobra © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 10 Modelagem da subestação Barramentos e condutores: linhas de transmissão (LINE CONSTANTS by ATP). Equipamentos: representados por capacitâncias equivalentes para terra (IEEE Working Group 15.08.09, 1998). © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 11 Modelagem da subestação Modelagem no ATPDraw by ATP. © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 12 Modelagem do transformador Transformador sob manobra: Modelo “caixa branca”: Fornecido pelo fabricante a partir da geometria dos elementos do transformador representando seus pontos físicos internos. Modelos “caixa preta”: Capacitância concentrada para terra – Valor típico = 3,0nF – representativo para a faixa de frequência de 100 à 300kHz. Rede de capacitâncias concentradas – Consideram as capacitâncias entre enrolamentos, dos enrolamentos para o núcleo e dos enrolamentos para a terra, bem como as capacitâncias das buchas. Modelo RLC equivalente, sintetizado a partir da resposta em frequência do transformador, medida em campo, através de rotinas como Vector Fitting, SINTNET, etc – Faixa de frequência típica de 10Hz à 1MHz © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 13 Modelagem do transformador Modelo de transformador para estudos de FFT / VFT. Opção 1: Modelo a parâmetros concentrados, com uma distribuição espacial dos elementos. © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 14 Modelagem do transformador Modelo de transformador para estudos de FFT / VFT. Opção 2: Modelo (caixa preta) sintetizado a partir da resposta em freqüência, com base em medições de campo. Domínio da freqüência – Wide band model. 0 10 100 |Y(s)| - Measured 50 -1 10 0 -2 Phase angle [deg] Magnitude [p.u.] 10 -3 10 -4 10 -50 -100 -150 -5 10 -200 Phase of Y(s) - Measured -6 10 1 10 2 10 3 4 10 10 Frequency [Hz] 5 10 6 10 -250 1 10 Tempo (s) © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 2 10 3 4 10 10 Frequency [Hz] 5 10 6 10 15 Síntese de respostas em frequência Função Polinomial Racional Domínio do Tempo Função estritamente própria (m=n+1), com pólos reais. Paprox ( s) k R Zc R1 C1 © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz R2 C2 kn k1 k2 ( s p1 ) (s p2 ) (s pn ) Rn Cn Yc R1 R2 Rn L1 L2 Ln R 16 Ferramenta Vector Fitting © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz • Proposto por Gustavsen & Semlyen [1999]. • Domínio público (disponível online). • Implementado em Matlab. • Versão recente: Matrix Fitting. • mainfit.m → Rotina principal. • mtrxvectfit.m → Converte a matriz informada em um vetor. • spavectfit.m → Realiza a síntese por funções racionais. • passive.m → Verifica e “força” a passividade. • netgen.m → Gera uma rede elétrica equivalente no formato ATP. 17 Modelagem do transformador Transformador 525/230/13,8kV, 672MVA: modelo caixa preta. Resposta em frequência obtida por medições em campo. Síntese da admitância, Y(j), por um polinômio racional – Rotina Matrix Fitting (Vector Fitting). Faixa de frequência: 10,0Hz a 1,0MHz. 0 10 100 80 -1 10 60 -2 10 40 Phase angle [deg] -3 10 -4 10 -5 10 20 0 -20 -40 -6 10 -60 Original Approximation Deviation -7 10 -8 10 1 10 2 10 3 10 4 10 Frequency [Hz] © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 5 10 6 10 Original Approximation -80 7 10 -100 1 10 2 10 3 10 4 10 Frequency [Hz] 5 10 6 10 7 10 18 Modelagem do transformador Transformador 765/345/20kV, 500MVA: black box model. Resposta em frequência obtida por medições em campo Síntese da impedância, Programa SINTNET do CEPEL Faixa de frequência: 10,0Hz a 1,0MHz. TRZTR 10 7 [MV] 8,2E-3mH 10 6 13,694H I 10 5 10 4 17,512nF 3 MOhm 10 3 4 Ohm 26,23mH 10 2 0,014 mH 10 1 7 kOhm 10 0 1 2 3 FSCAN.pl4: v :ZTR1 ztr.ADF: v Ztr1 © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 4 5 [s] 6 10,262nF 19 Definição dos casos © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 20 Energização via disjuntor – de barra ou central LT ATR06 LT LT Barra 2 Barra 1 LT ATR07 © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 21 Manobra de chave LT ATR06 LT LT Barra 2 Barra 1 LT ATR07 © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 22 Curto-circuito próximo à subestação LT ATR06 LT LT Barra 2 Barra 1 LT ATR07 © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 23 Definição dos casos Outras manobras podem ser também consideradas à medida que sejam identificadas possíveis geradoras de frequências ressonantes. Exemplo: Manobras de linhas – utilizadas atualmente para controle de tensão. © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 24 Energização de transformador em Tijuco Preto - FURNAS 600 558kV – 130 kHz (C=3nF) *10 3 525kV – 93 kHz ( Z(w) do ZTR) 500 400 300 200 100 0 0 4 ENERG_det_Z_ZTR.ADF: 35.1402 ENERG_det_Z_3nF.ADF: 1.40257 © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 8 12 16 *10 -6 20 25 Energização de transformador em Tijuco Preto - FURNAS 10 5 10 8 10 4 93kHz => C = 7nF 10 7 10 3 10 6 10 2 10 5 10 1 3,0 3,5 4,0 (f ile FSCAN-ZTR.pl4; x-v ar f ) v :ZTR 4,5 5,0 5,5 v :ZTR 10 4 10 3 10 2 10 1 10 0 0 1 2 (f ile FSCAN-ZTR.pl4; x-v ar f ) v :ZTR © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 3 v :ZTR 4 5 6 [Hz] 7 [Hz] 6,0 26 Energização de transformador em Tijuco Preto - FURNAS 540kV – 93 kHz (C = 7nF) 600 525kV – 93 kHz ( Z(w) do ZTR) *10 3 500 400 300 200 100 0 0 10 ENERG_det_Z_ZTR.ADF: 35.1402 ENERG_det_Z_7nF.ADF: 0.637151 © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 20 30 40 *10 -6 50 27 Densidade espectral do sinal © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 28 Densidade espectral de energia Envoltória definida pelos ensaios normatizados. Suportabilidade do transformador Envoltória Ondas padronizadas de impulso atmosférico – pleno e cortada (2 à 6µs) Frequency Spectrum of the Impulse Waves Envoltória da Densidade Espectral das Formas de Onda Padronizadas 100,00 10,00 Densidade Espectral (Vs) Spectral Density (Vs) 100.000 1,00 0,10 0,01 1000 1.2/50us Tch = 2us Tch = 3us Tch = 5us Tch = 6us Tch = 4us 10000 100000 Frequency (Hz) © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 1000000 10.000 Não coberto pelos ensaios 1.000 0.100 0.010 0.001 10000 Coberto pelos ensaios 100000 1000000 Freqüência (Hz) 10000000 29 Densidade espectral de energia 10 2 Envoltória 10 1 Modelo Capacitor (7,0nF) Modelo RLC 10 0 10 -1 10 -2 10 4 DS_energ_det_z_7nF.adf : DS_7nF DS_energ_det_z_ZTR.adf : DS_ZTR © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 10 5 DS_env DS_env 10 6 30 Metodologia proposta © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 31 Metodologia proposta As tensões transitórias são calculadas no terminal do transformador considerando uma modelagem correspondente aos estudos de descargas atmosféricas na SE. Modelo do transformador: Na ausência de um modelo detalhado, uma capacitância de 3 a 20nF pode ser considerada. Influencia significativamente os resultados. Modelo RLC produz amortecimentos nas sobretensões em função da presença das resistências. Reproduz com maior precisão o transformador, por considerar a resposta em frequência deste. © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 32 Metodologia proposta A densidade espectral da tensão deve ser calculada e comparada com a envoltória das ondas padronizadas. Identificadas as frequências críticas, estas devem ser consideradas no projeto do transformador. Se o transformador já existe fisicamente, devem ser avaliadas as possíveis amplificações internas. Medidas mitigadoras na SE devem ser preferencialmente avaliadas. © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz 33 Metodologia de Análise das Sobretensões: Modelagem e definição dos casos Alécio Barreto Fernandes [email protected] ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico Guilherme Sarcinelli Luz [email protected] FURNAS Centrais Elétricas S.A. Workshop sobre Interação Transformador-Sistema 22 de Outubro de 2009, CEPEL, Rio de Janeiro, RJ © 2009, A.B. Fernandes e G. S. Luz