Superintendência de Recursos Hídricos - SRH DIAGNÓSTICO DE RECURSOS HÍDRICOS DA BACIA DO RIO PRETO, NO DISTRITO FEDERAL GUSTAVO AOUAR CERQUEIRA CAMILA AIDA CAMPOS COMITÊ DE BACIA DOS AFLUENTES DO RIO PRETO Maio de 2010 1. Recursos Hídricos no DF a)Localização da Bacia do Rio Preto no DF Figura 1 – Localização Bacia do Preto no DF 1. Recursos Hídricos no DF b) Área das Bacias Preto Descoberto São Bartolomeu Lago Paranoá Maranhão São Marcos Corumbá 18.46% 26.26% 13.90% 13.12% 0.80% 23.07% Figura 2 – Comparativo Bacia do Preto e outras bacias próximas 4.39% 2. Características da Bacia do Preto a) Ocupação eminentemente agropecuária • Principais usuários: Irrigantes; Granjas de suínos e aves; Agroindústrias; Pecuaristas; Unidade Hidrelétrica de Queimado 2. Características da Bacia do Preto b) Compõe a Bacia do Rio São Francisco; Figura 3 – Bacias Federais e a Bacia do Preto 2. Características da Bacia do Preto c) Principal finalidade de uso: irrigação via Pivô Central; Figura 4 – Pivô Central 2. Características da Bacia do Preto c) Principal finalidade de uso: irrigação via Pivô Central; Figura 5 – Pivôs no Rio Preto, Jardim e Córrego São Bernardo 2. Características da Bacia do Preto d) Água Superficial - Qualidade 15 ESTAÇÕES DE MONITORAMENTO 24- Córrego Retiro do Meio 25- Córrego Jibóia 26- Córrego São José 27- Rio Preto 28- Ribeirão Extrema – VC 173 29- Córrego Lagoinha – DF 105 30- Ribeirão Barro Preto 31- Ribeirão Extrema – DF 100 32- Rio Preto – Faz. Itapeti 33- Rio Jardim – mont. Taquari 34- Córrego Taquari 35- Rio Jardim – mont. DF 355 36- Rio Jardim – DF 260 37- Ribeirão Cariru 38- Rio Jardim – mont. Lamarão Figura 6 – Estações de Monitoramento COR 250 200 150 100 50 0 32 27 31 33 34 35 36 37 38 32 27 28 30 31 24 25 26 31 32 32 28 24 25 26 30 29 33 34 35 36 37 38 27 31 fev/09 set/09 out/09 dez/09 Cor (mg/L Pt) 24- Córrego Retiro do Meio 25- Córrego Jibóia 26- Córrego São José 27- Rio Preto 28- Ribeirão Extrema – VC 173 29- Córrego Lagoinha – DF 105 30- Ribeirão Barro Preto jan/10 Média: 94,57 31- Ribeirão Extrema – DF 100 32- Rio Preto – Faz. Itapeti 33- Rio Jardim – mont. Taquari 34- Córrego Taquari 35- Rio Jardim – mont. DF 355 36- Rio Jardim – DF 260 37- Ribeirão Cariru 38- Rio Jardim – mont. Lamarão Figura 6 – Estações de Monitoramento PH 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 32 27 31 33 34 35 36 37 38 32 27 28 30 31 24 25 26 31 32 32 28 24 25 26 30 29 33 34 35 36 37 38 27 31 fev/09 set/09 out/09 dez/09 pH 24- Córrego Retiro do Meio 25- Córrego Jibóia 26- Córrego São José 27- Rio Preto 28- Ribeirão Extrema – VC 173 29- Córrego Lagoinha – DF 105 30- Ribeirão Barro Preto 31- Ribeirão Extrema – DF 100 jan/10 Média: 6,59 32- Rio Preto – Faz. Itapeti 33- Rio Jardim – mont. Taquari 34- Córrego Taquari 35- Rio Jardim – mont. DF 355 36- Rio Jardim – DF 260 37- Ribeirão Cariru 38- Rio Jardim – mont. Lamarão Figura 6 – Estações de Monitoramento FÓSFORO TOTAL 1.6 1.4 1.2 1 0.8 0.6 0.4 0.2 0,05 0 32 27 31 33 34 35 36 37 38 32 27 28 30 31 24 25 26 31 32 32 28 24 25 26 30 29 33 34 35 36 37 38 27 31 fev/09 set/09 Média: 0,11 out/09 dez/09 Fósforo Total (mg/L) 24- Córrego Retiro do Meio 25- Córrego Jibóia 26- Córrego São José 27- Rio Preto 28- Ribeirão Extrema – VC 173 29- Córrego Lagoinha – DF 105 30- Ribeirão Barro Preto 31- Ribeirão Extrema – DF 100 jan/10 Fosfato (mg/L) Média: 0,33 32- Rio Preto – Faz. Itapeti 33- Rio Jardim – mont. Taquari 34- Córrego Taquari 35- Rio Jardim – mont. DF 355 36- Rio Jardim – DF 260 37- Ribeirão Cariru 38- Rio Jardim – mont. Lamarão Figura 6 – Estações de Monitoramento COLIFORMES FECAIS 1.00E+04 9.00E+03 8.00E+03 7.00E+03 6.00E+03 5.00E+03 4.00E+03 3.00E+03 2.00E+03 1.00E+03 0.00E+00 32 27 31 33 34 35 36 37 38 32 27 28 30 31 24 25 26 31 32 32 28 24 25 26 30 29 33 34 35 36 37 38 27 31 fev/09 set/09 out/09 Coliformes Totais (NMP/100mL) 24- Córrego Retiro do Meio 25- Córrego Jibóia 26- Córrego São José 27- Rio Preto 28- Ribeirão Extrema – VC 173 29- Córrego Lagoinha – DF 105 30- Ribeirão Barro Preto 31- Ribeirão Extrema – DF 100 dez/09 jan/10 Coliformes Fecais (NMP/100mL) 32- Rio Preto – Faz. Itapeti 33- Rio Jardim – mont. Taquari 34- Córrego Taquari 35- Rio Jardim – mont. DF 355 36- Rio Jardim – DF 260 37- Ribeirão Cariru 38- Rio Jardim – mont. Lamarão Figura 6 – Estações de Monitoramento Estações 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 Figura 6 – Estações de Monitoramento Córrego Retiro do Meio Córrego Jibóia Córrego São José Rio Preto Ribeirão Extrema – VC 173 Córrego Lagoinha – DF 105 Ribeirão Barro Preto Ribeirão Extrema – DF 100 Rio Preto – Faz. Itapeti Rio Jardim – mont. Taquari Córrego Taquari Rio Jardim – mont. DF 355 Rio Jardim – DF 260 Ribeirão Cariru Rio Jardim – mont. Lamarão Nitrogênio Cor Turbidez DBO Nitrato Nitrito amoniacal OD + + + + - + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + Fósforo Coliformes pH total STD termotolerantes + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + - + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + 2. Características da Bacia do Preto d) Água Superficial - Qualidade CONSIDERAÇÕES: -Boa qualidade da água da bacia em geral; - pH levemente ácido nas águas do Rio Jardim; - Fósforo Total acima dos valores estabelecidos pela resolução CONAMA, classe 2, em regiões onde destaca-se a produção agrícola. Possível poluição difusa e manuseio inadequado de fertilizantes; - Coliformes Fecais elevados em dois meses de amostragem no Córrego Jibóia. - De acordo com a Resolução CONAMA nº 357, os parâmetros a seguir listados apresentaram conformidade com os limites estabelecidos: temperatura, alcalinidade, condutividade, turbidez, DBO, DQO, dureza, nitrato, nitrito, nitrogênio amoniacal, oxigênio dissolvido, sólidos totais, sólidos suspensos. 2. Características da Bacia do Preto e) Água Superficial - Quantidade 7 (sete) Unidades de Análise Hidrológica - UAHs • • • • • • • 129 – Ribeirão Santa Rita 131 – Ribeirão Jacaré 130 – Ribeirão Extrema 128 – Rio Jardim 133 – Ribeirão Jardim 132 – Córrego São Bernardo 134 – Alto Rio Preto Figura 7 – Unidades de Análise Hidrológica 2. Características da Bacia do Preto d) Água Superficial - Quantidade • Exploração Excessiva nas Unidades 130, 128, 133, 132 e 134; • Risco de escassez de água; • Estimativa 113 pivôs na bacia do Preto, inserida no DF; • Estimativa de área total irrigada por pivô central de 7.675 ha na bacia do Preto, inserida no DF. Figura 7 – Unidades de Análise Hidrológica 2. Características da Bacia do Preto e) Água Superficial - Quantidade • 129 – Ribeirão Santa Rita • Outorgas emitidas = 10 • 70% irrigação Figura 8 – Gráfico Vazão Outorgável X Demanda Total • 20% criação animal • 10% abast. Humano • SITUAÇÃO: VERDE (32%) 2. Características da Bacia do Preto e) Água Superficial – 129 SANTA RITA Figura 9 – Imagem de Satélite da UAH 2. Características da Bacia do Preto e) Água Superficial - Quantidade • 131 – Ribeirão Jacaré • Outorgas emitidas = 36 • 83% irrigação Figura 8 – Gráfico Vazão Outorgável X Demanda Total • 17% criação animal • SITUAÇÃO: VERDE (48%) 2. Características da Bacia do Preto e) Água Superficial – 131 JACARÉ Figura 9 – Imagem de Satélite da UAH 2. Características da Bacia do Preto e) Água Superficial - Quantidade • 130 – Ribeirão Extrema • Outorgas emitidas = 98 • 84% irrigação Figura 8 – Gráfico Vazão Outorgável X Demanda Total • 16% criação animal • SITUAÇÃO: VERDE (45%) 2. Características da Bacia do Preto e) Água Superficial – 130 RIBEIRÃO EXTREMA Figura 9 – Imagem de Satélite da UAH 2. Características da Bacia do Preto e) Água Superficial - Quantidade • 128 – Rio Jardim • Outorgas emitidas = 111 • 88% irrigação Figura 8 – Gráfico Vazão Outorgável X Demanda Total • 11% criação animal • 1% outros • SITUAÇÃO: VERDE (44%) 2. Características da Bacia do Preto e) Água Superficial – 128 RIO JARDIM Figura 9 – Imagem de Satélite da UAH 2. Características da Bacia do Preto e) Água Superficial - Quantidade • 133 – Ribeirão Jardim • Outorgas emitidas = 42 Figura 8 – Gráfico Vazão Outorgável X Demanda Total • 100% irrigação • SITUAÇÃO: VERMELHO (70%) 2. Características da Bacia do Preto e) Água Superficial – 133 RIBEIRÃO JARDIM Figura 9 – Imagem de Satélite da UAH 2. Características da Bacia do Preto e) Água Superficial - Quantidade • 132 – Córrego São Bernardo • Outorgas emitidas = 5 • 80% irrigação Figura 8 – Gráfico Vazão Outorgável X Demanda Total • 20% criação animal • SITUAÇÃO: VERDE (23%) 2. Características da Bacia do Preto e) Água Superficial – 132 CÓRREGO SÃO BERNARDO Figura 9 – Imagem de Satélite da UAH 2. Características da Bacia do Preto e) Água Superficial - Quantidade • 134 – Alto Rio Preto • Outorgas emitidas = 99 • 89% irrigação Figura 8 – Gráfico Vazão Outorgável X Demanda Total • 11% criação animal • SITUAÇÃO: VERDE (34%) 2. Características da Bacia do Preto e) Água Superficial – 134 ALTO RIO PRETO Figura 9 – Imagem de Satélite da UAH e) Água Subterrânea • Sistema Poroso: Predominância de P1 e P2 – Latossolos Existência de P4 – Cambissolos/Litossolos • Sistema Fraturado: Predominância do Subsistema Bambuí Existência de R3Q3, R4 e F. e) Água Subterrânea • Subsistema Bambuí Figura 10 – Bacia do Preto (amarelo) e o Subsistema Bambuí (vermelho) e) Água Subterrânea • Subsistema Bambuí - Subsistema com o terceiro maior volume disponível do DF (65.871.587 m³/ano) - Foram outorgados apenas 1,76% do volume disponível - Média das vazões no Subsistema de 5,21 m³/h e) Água Subterrânea • Sistema de Outorga Figura 11 – Reservas Hídricas Sistema Fraturado e) Água Subterrânea • Sistema de Outorga Figura 12 – Usuários outorgados no Sistema Fraturado a) Conhecer e monitorar a expansão da agricultura irrigada • Regularizar usuários antigos • Outorgar novos pedidos • 401 usuários de água superficial outorgados • 51 usuários de água subterrânea outorgados no Subsistema Bambuí b) Estimular o uso racional • Reduzir as perdas/desperdícios por vazamentos; • Realizar a irrigação no momento certo e com a lâmina d’água adequada; • Buscar assistência técnica para elevar a eficiência dos sistemas de irrigação; • Ajustar a demanda captada à demanda outorgada. c) Conhecer e outorgar usuários de canais Exemplo: Córrego Barro Preto possui 5 canais, que abastecem 35 usuários. Figura 13 – Aspecto do canal Figura 14 – Bovinos com acesso livre ao canal d) Identificar e combater focos de contaminação • Poluição pontual granjas de suínos, indústrias (Figura 8) • Poluição difusa agrotóxicos e fertilizantes (Figura 9) Figura 15 - Poluição pontual Figura 16 - Poluição difusa • Elevar o número de outorgas; • Regularizar usuários antigos para depois outorgar instalação de novos pivôs; • Regularizar canais, nos termos da Resolução/ADASA nº 1/2010; • Gerir os recursos hídricos de modo a evitar situações de escassez; • Elaborar manual sobre construção e restauração de canais, para orientar o aperfeiçoamento das condições dos canais; • Investigar mais a fundo a questão da qualidade da água na Bacia do Preto.