A5 BEBIDAS FALSIFICADAS NO BRASIL FORMARIAM UM RIO MAIOR QUE O l AMAZONAS «II » ¦afflmÈsl H BsBn BfflMi I ¦ ií.; y.-. yfy-yyi ¦ WimMMÊÊÊÊk i * %'-fêy.<$íi$y '^^Sí^^^êl^^ MWlMifiilr ¦.'r*:;«*-7v^^i-Síi : ' |S t. y.y: ¦ yyyy-à&MÂz r'7i7V.7 *fe»^#^^*. HEkb íSIhÉORÉ&í' $*W'H''"" WMf'-''-', v**i*t'á*;'ii: * (t'i • ^ESZStjR" ÍWj-1 Mmimm ây ¦ —*í .Ss. ¦ I S ¦ i»i'* . ; *», HSí'$; K;.'í-t •=*•,«,?«« *!.*>'**f.l*- -.á u '¦>>¦' ';''i*'"***'* illir -iv-MirJ \ í.*^-r;4Sâ»íS;íííi3« Pè' «fe* »'.-*? .7 ;15 *¦'<•"-. 'ií'.'.'-'' *• .ÍW* »,'. .••''7 IÍS ' "' fe •-•stí. fej .:.¦ :'.y Ü SENSACIONAL REPORTAGEM SOBRE O GRAVÍSSIMO PROBLEMA OA DE FRAl/ÒAÇAÒ DE BEBIDAS EM SÃÒ PAULO ~S):-yy ¦¦*&¦*¦ * ':=•:••¦-:,*.. •-" .¦^iih^ii^-^'-- - '¦' ' ' " ; .' de e da fraternidade de todos o.s povos. Todos os povos se deveriam a uxiliar e assistir para pôr-lhe um fim". •Não tinha eu razão de dizer que para citar Mazzini como o preucrsor da Nova Europa hitleriana é preciso o impudor Hitler, assim como seu Gauou a ignorância de um MosHi llIlMllll leiter Mussolini, mente quan- SENSACIONAL ARTIGO DO CONDE Á solini? do fala de uma Nova Ordem "LEADER" Em outra passagem, MiazITADOS FORZA, e de uma Nova Europa. Aos CARLOS zini, dá a impressão de que dois falta imaginaço. Quan- LIANOS LIVRES, DESMASCARANDO está falando para os nazistas, do não são bem aconselhasententa anos antes de seu — A ITÁLIA dos por algum alemão de ori- AS MENTIRAS DO DUCE advento: "A vós< nacionalistas alesuas extraem — judaica, gem TODOS DE MAZINI E DE CROCE "idéias" do arsenal do passamães, eis o que tenho a dizer: dc mais sufocante: Hitler com OS HOMENS SAO LIVRES, IRMÃOS E a conquista pela força não faz ^mA*'Ê3m . seu lema "raça pura" (que a justiça; nem tão pouco fa«ÉÉÉÉ-ÉÉi'"''SP* — QUERO DIREITOS PARA descobriu afim de combater o IGUAIS zem a justiça os tratados, inferioridade OS ITALIANOS PORQUE CREIO NOS complexo de quando estes se realizam no congênita nos alemães); Musinteresse de alguns indivíduos. H____fettMfj!$__B_-^ j_&' $?___-'"/' 'WsBm HBfflB--,^iiãB___H solini com suas referencias DIREITOS PARA TODOS — O ÓDIO Sbk -^«^^íclv '__n__K__n_«p_H' *____&«_ í A humanidade só conhece um zoológicas às "águias romanas r princípio de justiça: o bom e HITLER ÍH-fll__H_ *' 'nK^_____________i_H_H____-_____-_f e aos leões de Veneza, como DE MUSSOLINI, A RAIVA DE o justo. se a vitalidade dos italianos E A SERENIDDADE DE Não justifiqueis a opressão '"'''•• , *^^r'^'^f^']vL^^fí^K\'^'^'':':''''%^^.''':;;,,~ ^wH. j^H»-*--";~¦'-•£' ¦ necessitasse desses recursos. fazendo com que o povo seja BENEDETTO CROCE Quando os dois cúmplices seu padrinho! "Sejam alequerem inventar alguma coimães", dizeis a vosso povo. sa de novo, nada acham de Em que sentido usais essa exmelhor que desenterrar do tepressão? Em que Alemanha nebroso pessado do século XI estais pensando? Na Alemãum "reino de Croácia", o que nha que oprime em nome da seria cômico se as mãos do violência ou na Alemanha que Gauleiter Pavelich não estibendiz em nome da civilizavessem manchadas com o sanção? gue do rei Alexandre da àuSou estrangeiro, mas conhegoslávia, num assassinato preço uma Alemanha ante a qual parado por Pavelich, sob a sume inclino. E' a Alemanha da pervisão fascista, num acam Reforma que disse ao mundo: pamento oculto fascista-itao Reino do Céu deve ter um \ J&TtJ" y.^ *• s •'¦ ¦ mWWÊrr WmkwÊÊÊ. 'xWmW^^Lrrliano. Assassinato — repetiequivalente na terra. _-ü mos, porque não o devemos esVsó não sois, evidentemen— "" "/ os em cujo processo quecer lü »_&*¦¦"*'„,, ¦ WfflÊfÈxS&fàtílft!: te, alemães sinão no sentido m mÊÊm < - §r;;v«« ^Wm^mÊ tribunais franceses se negapuramente material do termo. ram a condenar os c°mplices Eu sou italiano, mas ao mesfascistas em virtude da admi-, mo tempo sou europeu, amo 777777 7' . ]/,< ¦. _f;««___wi.,p-v:i'«-.,apíiS'#i!B . ; Vjv w! ração e servilismo da casta meu país porque amo a idéia. "' "de reacionária francesa por MusM __T s * Wt^-mwi ,..'"¦' #i país. Quero direitos para v^iJai m ''SWMewÊKmmm^rmt" m,%'.7-. v;b»;ja,.. solini, o que provocou apenas :'¦¦ ¦¦¦ ''nK7-pSs os italianos porque creio hos ssS o aumento, se isso fosse possídireitos para todos. vel, do despreso da Itália fasA nação deve ser para a hucista pelo francês. inteira o que a fa- . manidade Benito Mussolini apresentou-se ha anos como um grande ehefe. Hoje é o seu Obedecendo às rodens de milia é para o país. Se uma próprio povo que lhe aponta o dedo, chamando-o de ignorante e despudorado Hitler .sobre a difusão de sua nação oprime as demais, perNova Europa, Mussolini teve mente, a força que pode apli- de seu direito de existir como E mais adiante: recentemente o impudor e a Hitler se atreve a citar equinação: cava seu próprio tu"Ninguém que esteja íami- car em prol de seu propósito mulo. ignorância de citar Mazzini vocamente: "A época que atualmente se liarizado com minhas pala- é maior ou menor que os recomo o maior precursor do noImaginais que estais aju"clogan" nazi. O pobre inaugura terá a missão de or- vras, sentir-se-à inclinado a cursos com que conta um. ouvo dando vossa pátria alemã, Mussolini teve ser perdoado. ganizar a Europa, em povos acusar-me de inreverenci?, pa- tro indivíduo. um pedindo-lhe que se povo Ma devemos dobrar nossa Ele pertence a essa vasta ca- livres, independentes em re- ra com o gênio uo de comparHa uma lei de retrideshonre. tegoria de baixos políticos que lação às suas funções inter- tilhar da tendência anarqui- personalidade ante a autoribuição neste mundo, uma lei só retiram dos periódicos o em relação às necessidades co- zadora que hoje aparece com dade, como os selvagens sc mais forte todos os sofis"cultu- nas, mutuamente associados tanto relevo e que anula mui- prostam diante da luz de um Ninguém que fazer bem a que acreditam ser sua pode Mussolini muns. E seu. lema será: Li- tos nobres intentos fazendo relâmpago? Atila mataria a ra" humanística. mas egoismo matériade um jamais leu Danet, Machiaveli, berdade, Igualdade. Huma- com que os indivíduos se sepa- conciecia da raça humana! lista. Essa lei diz: "A opi.esrem de tudo o que significa O gênio não é a autoridade. Viço, Leopardi ou Mazzini. E nidade. são é o suicídio". ai temos talvez uma das ra"Na itália, na Alemanha, ordem, subordinação e disci- E' o instrumento da autoridaO lema de Mazzini duranzôes pelas quais Neville Cham- na Polônia, na França, em to- plina. Respeito à autoridade de. A autoridade c a virtude te sua longa vida, foi o lema lei ha Pela do e iluminada tenho conciencia que pelo gênio. berlain se sentia tão em seu da e ori- de sagrado na obediência a de Deus por Ele dada à hu- que escreveu para suaGiovane verdadeira a parte< elemento quando falava com ginal natureza dos movimen- quem governa ou dirige. No manidade, todos os homens ciue escreveu para sua Giovine seu amigo Mussolini. tos revolucionários tem sido entanto, a autoridade reside são livres, irmãos e iguais. Itália: "Pensiero e Azione". Mazzini, o profeta da liber- alterada por homens, infelizA liberdade é o direito que Sua vida é, com efeito, a vida dade e da independência ita- mente influentes, mas saga- em Deus, em sua lei na verlianas, disse em suas obras zes e ambiciosos, que usaram dade. Quando, por conseguin- todo o homem tem de usar maravilhosamente rica de um a suas faculdades, sem impedi- filósofo e de um artista, de me justamente o contrario do que o auge do movimento popular te, um homem "a convida autoridade mento ou inibição no cumpri- um estadista e de um soldasustentam Hitler e seus vas- como uma oportunidade para segui-lo e diz: vive em minha pessoa", tenho mento de sua tarefa e na es- do, de um conspirador e de salos. Permitam-me abrir um adquirir poder; ou por homens apropriados um mártir. livrinho que escrevi sobre débeis, tremendo de medo an- o dever e o direito de investi- colha dos meios lei a a e realizá-lo. dever se a virtude, Outro grande italiano, aue Mazzini quando ainda me en- te as dificuldades e os perigos gar niors 1, injusta, toda a regra capacidade de autoToda — ainda vive, Benedetto Croce, dirigin- da empresa, contrava na Itália que sacrificaram sacrifício vivem com efeito em violência, todo ato egoístico jamais saiu da esfera intelecdo, num senado ainda parcial- a lógica da insurreição aos sua pessoa, para onde preten- sobre um povo, é uma viola- tual, exceto emando consentiu mente livre, a luta contra o seus temores. próprios de conduzir-me e se, final- ção da liberdade, da igualda- cm ser ministro da Educação fascismo — um livro onde re"Falsas e doutriperniciosas no mesmo gabinete em aue eu uni os pensamentos essenciais em teem feito com nas que, fui ministro de Estado. E eme de Mazzini sobre a organiza- toda desa revolução se parte, prazer e — poroue não conção da Europa. (Este livro^ vie de suas verdadeiras finafessar? — que surpresa para estritamente proibido ao no- lidades. A idéia da emancipamim descobrir aue em cada me do grande apóstolo da Litotodos de por popular ção decisão importante (uma poberdade ou por ódio ao meu idéia substituída dos é pela litica de estreita amizade com próprio nome, o que seria cer- de casta. nossos vizinhos yueoslavos. as tamente uma grande honra "A declaração dos direitos relações diplomáticas com a para mim). Eis aqui os pensasufórmula, a é homem Rússia a colaboração com o do mentos do escritor italiano, a mundo árabe, a ajuda a Kequem o Gauleiter romano de prema". mal Pasha para a edificação de uma nova Turquia, etc), meu colega filósofo compreendia instantaneamente minhas razões e me apoiava com calor, enquanto políticos astuto.s vascilavam... Os canhões de Mussolini poderão voltar suas bocas D**»-.*» *» W««rk>» _«wl«rt > Soowt wMeWcontra o fascismo (Concluc na pag. 30) SgSiggggessB&Krssi.í «-as-ass.^ «HT m !«' v l 'b' ':§j^mmÍ^M ES 'S. •Ií f ! S_t <: ¦ ¦ M .!¦¦ ¦'¦' ¦ ¦ , '¦.¦ ¦ .*¦' ¦¦¦¦..'¦ I. .¦ ' !¦..¦ ¦¦' ¦' í ifl ,m 31-5-1942 DIRETRIZES | A honraria insigne com que vos dignastes enobrecer as minhas alongadas preocupações no magistério, acolhendo-me na vossa companhia intelectual, eu a recebo, entre conturbado e desvanecido, na plena conciencia das responsabilidades imanentes e na grata recordação dc um premio, de alto valor no significado que o reveste. Deixai-me confessar-vos o meu sincero agradecimento: A preeminencia do vosso julgamento dá-me — nesta hora íeliz e neste recinto augusto — a sensação de contemplar, alquanto mais bem vividos, o.s labores do meu interesse pela nossa História, e de ver, mais aformoseada, a confiambo sementeira de patriotismo a.s minhas exortações que teem espalhado na alma ardente e generosa de jovens patrícios, num trabalho devotado e pertinaz de anos, já reproduzidos em decênios. Grato vos sou por me considerarcles vosso familiar no no idealismo, ratificando o chamamento do ilustre 1.° Secretario deste cenáculo tradicional, o Professor Tito Livio Ferreira, velho condiscípulo, amigo do mesmo ofício docente, jornalista apreciado, historiador seguro, artista no dizer, mestre no fino trato do cavalheirismo e bondade, invariáveis, de sempre. Como estímulo, avalio, prazenteiro, a.s boas vindas que houve por bem fazer-me o benemérito Presidente Perpétuo desta casa de primorosa concentração mental, de vibrante devotamento cívico. Experimentado e zeloso timoneiro 1 * II ~ A ' J L n 11 a i«n de ARLINDO DRUMOND COSTA HA VINTE E TRES ANOS VEM ARLINDO DRUMOND COSTA EDUCANDO JOVENS BRASILEIROS. UM. DESSES AUTÊNTICOS SACERDOTES DA CULTURA, FOI ELE PROFESSOR DO CURSO PRIMÁRIO, PASSOU PELO SECUNDÁRIO, FOI DIRETOR DE GINÁSIO E FINALMENTE EMPREGOU A SUA LONGA E VARIADA EXPERIÊNCIA COMO INSPETOR FEDERAL DESDE ESTA ÉPOCA VEM ARLINDO DRUMOND COSTA DO ENSINO DEDICANDO A SUA VIDA A' NACIONALISAÇÃO DO ENSINO NO BRASIL. COUBE-LHE, SOB A DIREÇÃO DO SR. ABGUAR RENAULT, O RESPONSAVEL PELO DEPARTAMENTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, LEVAR AVANTE A OBRA DA NACIONALISAÇÃO DO ENSINO EM S PAULO E DOS BONS RESULTADOS DESTE PATRIÓTICO TABALHO FALAM MAIS ALTO QUE AS NOSSAS PALAVRAS OS ATOS DO PROF DRUMOND, RESTITUINDO A' NACIONALIDADE MUITOS MILHARES DE CRIANÇAS BRASILEIRAS. HOJE TEMOS A SATISFAÇÃO DE PUBLICAR UMA CONFERÊNCIA DESTE BATALHADOR DA MESMA ESTIRPE DOS COELHO DE SOUZA, SUD MENUCCI E TANTOS OUTROS HERÓIS DA NACIONALISAÇÃO DO ENSINO. RECENTEMENTE ELEITO E EMPOSSADO COMO SÓCIO CORRESPONDENTE DO INSTITUTO HISTÓRICO DE S. PAULO, O PROF. ARLINDO DRUMOND COSTA SINTETISOU AS SUAS IDÉIAS NUMA ADMIRAVEL ORAÇÃO, ONDE DESPONTA A NOBRE CONDUTA DE UM HOMEM QUE SEMPRE COLOCOU A SUA CÁTEDRA A SERVIÇO DO BRASIL, QUE SEMFRE SE BATEU PELA INTEGRAÇÃO TOTAL DO ELEMENTO ESTRANGEIRO NA TERRA QUE O ACOLHEU SINCERA E HOSPITALEIRAMENTE. '¦¦..'¦¦"¦-;z-.zyzyz' 'yZyZZ-y-'-'¦'¦>¦„.' ¦|í-ív'-"¦'. \<; ¦:, .:¦¦'.¦ > ¦yyyyyyy... y..yy.,..y ¦ '. ' • yr".-yy'r..y,r yyy.y-'y-'yy:f>:Uf'y. ... ¦¦•\Z.y:'f''Z~.;-J:<Z':.'"ZyZ':' ; • , ¦;.'¦; , y.iZZZy *'¦;-;• ' :- y • amorfa e absconsa dos tempos idos, recolhe a palheta áurea dos acontecimentos sociais, separando-lhes a ganga adjacente, bateando-lhes todo informe do exagero e falsidade. O .segundo, em cujas fileiras me coloquei, palmilhando-lhe os rastros de paciência, alimentado pelos ensinamentos e informações que as teses, monografias e textos corporificam, amplia e aprofunda, entre a massa popular vulgarizando na escola — como li— ção e exemplo para a vida âs interpresas que celebrizam o primeiro em referencia. Filigranista e joalheiro das preciosidades rebuscadas nos veios originários, o professor lhe atribue sentido humano e feição social às inquirições. A MISSÃO DO PROFESSOR '"¦ri<^y.'Z-V--z'z V&*yyy.*; *..'¦' - Z'%ZyZy \ iia oíji.<x uia^j.j.j.l.H.a.i.íiijtr. <X -quc rjtí consagra, o venerando Dr. José Torres de Oliveira algo nos lembra das figuras majestosas dos patriarcas longevos. a vimarchetando, da galhardamente, de serviços à Pátria. Em vos testemunhando, caríssimos confrades, a expressão de meu comovido reconhecimento, mais justo e sincero do que gentil sendo eu, não me limito, podeis crê-lo, à fidalguia protocolar das solenidades oficiais de vulto, e o sentimena mente quando to empregam a exteriorização da forma oral, para serem traduzidos. Ao empossar-me no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, modelar padrão da inteligência e operosidade bandeirantes, rendo ao egrégio sodalício honrado coin as iniciativas, o preito vossas na realidade, penso e sinque, to dever tributar-lhe, pois, ele representa e vale o muito da vo»<-sa dedicação e o bastante dos vossos merecimentos. Em mim quizestes homenagear, eu o sei, quantos integram a classe dos professores, magistrados prestantes da ciência e da virtude, vanguardeiros da elevação intelectual e moral da nacionalidade. Não prevalecem, assim, moamesquinhar a tivos para intenção, desapavossa bôa recendo, por quejandos prismas, razões que tentem denegrir o vosso desígnio soberano: Historiador e professor, na diversidade aparente de seus trabalhos, apresentam similitudes que o.s unem e completam, tornando-se mutuamente necessários. Aquele, nos arquivos e bibliotécas, perquirindo alf arrábios, confrontando épocas, investigando íatos, interpretando causas e conseqüências, concatenando juízos conclusoes e depoimentos, dá forma memoráveis, ocorrências às retraca o perfil dos que a.s desbastaram no tempo e no espaço, conferindo vida aos feitos e aos homens já desaparecidos. Garimpeiro da verdade, o historiador, da massa • Este "nisey" — brasileiro filho de japonês — poderá algum dia tornar-se um bom cidadão brasileiro? Sim, não ha dúvida. Tudo, porém, depende das circunstancias que o cercarem. Si o governo brasileiro permitir ique ele viva num meio exchisivamente niponico, educado por professores japoneses, lendo livros japoneses e falando só o japonês, ele nunca deixará de ser japonês. Mas, se este pequenino brasileiro de olhos amendoados fôr educado desde já dentro dos princípios sãos da nacionalidade, lendo, ouvindo e falando o idioma da terra em que nasceu, ele poderá vir a ?:er um bom cidadão O historiador, é bem de ver, facilita a missão do professor quando este, em compensadora retribuição, lhe valoriza os estudos e os trabalhos, movimento de expansão aquisitiva conformando as suas elocubrações. É com viva satisfação que reconheço os méritos do professor-historiador, citando os nobres confrades Carlos da Silveira, Djalma Forjaz, Sud Menucci, Antônio Piccarolo, Bueno de Azevedo Filho e Cesario Junior, exeavadores solícitos e credenciados na detida análise das ligações genealógicas, afortunados sabedores do longo memorial do nosso passado, por eles reconstituído, com riqueza minudente e impecável exatidão. Compartilhante da.s vossas • '...üta.s reuniões, envolvido no halo confortante do incontido respeito e irrestrita admiração de quantos o conhecem, aqui mesmo se agigantta honrado consócio, esmaltando os brazões da intelectualidade brasileira, no fervoroso benquerer à História e ao ensino. Já lhe descobristes o nome e lhe identificastes, por certo, as muitas benemerencias: Affonso de Taunay. Taulmaturgo do trabalho — que ao tempo multiplica em fecunda seara — destacado luminar da cátedra superior da Faculdacie de Filosofia, Ciências e Letrás, ele se nos revela o apareciado biografo de Fernão Dias Pais, de Bartolomeu Gusmão e dos Andradas; o celebrizado oráculo dos An tigos Aspectos de São Paulo e do Bandeirantismo — arrancada heróica da raça híbrida, fascinada pe]o mistério impérvio da mata. desdenhosa dos perigos, à morte indiferente, dela zingrando para o Brasil desbravar. Não ha como desmentir a comprovada afirmativa: Ao historiador, que recompõe a verdade e serve à justiça, não desdoura a companhia do mestre, obreiro da gratidão e fidelidade à Pátria. Ante o .seu altar, nos tempios de Clio, um c outro se confundem na graça da mesma devoção. Não vamos ind agar qual deles pontifica ou acólita os cerimoniais festivos dc sua liturgia: ambos conduzem os crentes ao culto da nacionalidade, valorizando-lhe as forças, aumentando-lhe a beleza e o luzimento. O historiador, por sem dúvida, enaltece as virtudes gamenhas dos nossos ancestrais; testemunha a honra e a temDera dos nossos maiores; estadea a.s glórias dos nossos feitos, na paz e na guerra; os merecimentos grava do nosso patrimônio material e espiritual, afim de que, sempre melhor, seja perpetuada a imorredoma grandeza do nosso destino. Indubitavel tambem é quc (Continua na pag. m ,™ i" i * ! 31) ' à< ¦.'•¦ SBSKsssaffljigj -:, ¦ .*. '. :.- ¦-¦w^Wvv.lrf- f,;-»Jt-..«,i 3 PÁGINA DIRETWIZES 21/5/1942 o seu mais avassalaáor adversario, pois é próprio da alma intrepida e desabusada da juventude não ãeixar em meio as la- Com a fundação ãa Liga AcaNacional, àêrnica ãe Defesa cujo manifesto de apresentação DIRETRIZES se rejubüa de publicar hoje, pela primeira vez na íntegra, para os seus leitores de todo o pais, os moços OS ACADÊMICOS DE S- PAULO CONCLAMAM A MOCIDADE BRA- ^ZlTnTTZ iuM, SOCIAIS, PARA SILEIRA, DE TODAS AS PROFISSÕES E CLASSES "UNIÃO NACIONAL DA JUVENTUDE, líMA VIÇO SAGRADA rfe pelica para correr os vendh SbK- ihões do templo. A ne.n ,Mja,n. ,ela Sua inicialiDO BRASIL E DA CIVILIZAÇÃO" euuaances aa orava vacuiaaae ^ Z^TaaTrtly^ZZ ^ destemor civico, os acadede Direito, - - "núcleo cívico ãe . antemão «/ de «r que hão ,'e micos,paulistas. Unidos aos jooenao ae nUf.rr« aluai, atual renetem os bendo repetem A guerra antiga presença nas paginas da influencia rutnosa do nazi-fa»uma formar ao seu lado na mesma vens de todo o Pg ™«Z nossa História», - acabam Je cismo para o progresso e bem redatores do Manifesto, é is vra ãe fe dará novo "*£*_» o, mo- cruzada, os moços áe todo conclamar a mocidade brasilei- estar das nações", a Liga Aca- guerra áe moços e para Sem t£Brasil, advertem os inimigo* d« energias naciona» ra, Ue todas as profissões e cias- démica propõe-se a combater ços. Guerra ãe moços, porque passos ja soam ao corameiros vital das Pátria: ses sociais, para nma sagrada todas as atividades anti-brást- neles reside a força — E' a nos, daqui }>or dtan- ção de todos m brasii<?tro., como "união nacional da nações; guerra para os moços, juventude, leiras e a defender os ideais deserão capazes le te, que encontrareis pela frente! ^ ^^ ^ s0bre m a serviço do Brasil e da civi- mocraticos, empenhando nes- porque só eles . finadQS de duvida "todas Nao temos que do mundo o reconstruir futuro eneras suas r,>nnr,«>> *a tarefa -***. *• """"<"" « ^ e. ,e ama os **» e a. iniusti^ ile ^nta-coluna encontrou «tf» **-, BZi ü timr a nualimer cor- 7^0 seu hoje. E os moços paulistas, sa- o seu grande inimigo no Brasd, tria! rente ou pessoa, consciente da preciso, as suas vidas". piedade a sem glória contra o mundo civilisado qua cometera a grande erro d« oferecer-lhes um lugar oO sau iodo. n* marcha pãsem ÍWa PARECIA PRINCÍPIO A resultodo havia esta guerra da coalisáo «as dois de grandes extremados. ideológicos grupos Seriam ditaria s da a fim como Estado o clamar expancionistas os de luto tarjavam germânicos quatro cantos do mundo a se fixa- contra- concepções vida — uma duas exclusivistas, os militaristas teutos mais uma ves se insurgiram contra a evolução natural do mundo. que ape- proúltimo Mais uma vam em ves os mais um instantâneo da história com armas na mão * »gi»ominia n* alma . A estúpidas gomada, a decatraição e a penínsular amarela, formando a equoção que tem como incógnita o limite das investiam ambições, respectivas dencia ra vel o horizonte . Se a afronta a causa destes daqueles era mais titu- decidiria gante. Jó não seria possível bear. Prudência agora era o mei- a guerra das prerrogativas mo que covardia . pessoa podendo ambas coexistir nas mesmas circuntôncias de tempo e espaço. dado o caráter exclusivista dessas correntes, de«encadeóra-se a guerra como conseqüência natural de uma simples uma cada ideológica . ijVtolerância povos pacíficos e honestos, de instante {passaiüo o primeiro — aquela eclosurpresa « lástima «ão brutal porventura não vinha Os (trovar que só a reajustamento 0 iromente. imoral . cuidaram as podia desde as índole humanitária, os democráticos de Jítico .de pacifica princípios auro-domí«iio poverificação a circunstância assós um não rosa 0 sous oté nacional, uma prudêntradições da suas sua a trabalho, acertando recomendar lhes «ia; fine e dos possibilidades próprias humana. Assim, tudo natureza só posição seus problemas ina um tempo do íben» estar do indivíduo ¦éo Estado, errando ou segurado cia- definiram tomaram «em Voltados aos ternos, guerra promovia dot universal se não ideais? i dololongín- passado que e segundo a qual confirmara, quo ou da garesultavom es guerras fazedores maneia dos profissioou do coletivas, mais de desgraças jogo imens de de ho- dos paixões pessoais Estado. Mas, lá fora os acontecimentos se encadeavam com rapidez espantosa outro, para « de um momertto as circuntâncias, forçados pelas e situações intenções de uns e ou- definiram claramente. tros Escancaradas as almas dos conse o tendores, mão se mundo verificou como supusera, trata, guerra (Cxafamente <t uma de repugnante conquista, outras ideologia, de uma ias mas guerra de como ton- a história registra, pela mesma antro- que provocada que de de pofagia político dos bárbaros Selvagens até o todos os tempos. brutais. «Medula, tradicionalmente s®>! havia da em fevereiro próximo passado, a f>$509 o "as quilo. qualidades seAssim uma vez que melhantes de fabricação nacional" terão o preço mínimo de 8$000 o quilo, o seu emprego acarretaria para nós um acresci nm de mais de 90% sobre o preço de 4S200, de 14 meses atrás, e que foi o que nos serviu de base para os nossos cálculos de custo da Revista! Nessas condições, ao menos nós de DIRETRIZES, a não ser que nos dipuséífsemos a sacrificar a tiragem da Revista, hoje uma daa maiores da imprensa brasileira, ou a majorár os seus preços atuais de venda avuLsa e assinaturas, somos obrigados a confessar lisamcnte aos nossos leitores que não podemos arear com esse novo ônus, "Rio do Janeiro, 8 de maio de 1942. Imo. sr. diretor. Apesar da nossa firma ter recebido 50% total da importação de papel com linhas do obride água, para o Brasil, sentimo-nos na"stock" nosso a vs. comunicar que de gação encontra-se, neste momento, completamente de papel desfalcado da.s qualidades mais finas "couchê", como sejam, com Unhas de água, "Assetlnado", "Imitação Couchê" e usualmenrevista. sua de impressão te empregado na O público de DIRETRIZES, se está longe todos os empregado Embora tenhamos de poder avaliar todas as nossas dificuldades, nossos esforços junto às autoridades brasilei- certamente adivinha muitas delas. Milhares de ras e americanas para conseguir espaço, nos ^^"qü^ temos recebido de todo o i>aás, às vapores da carreira, para o papel ja fabricado dc nati», apenas nos trazenyeres a embarque no porto ^ uma propósjto e que somente aguarda |avra amiífa de encorajamento, tesde Nova York, não tivemos, ate este momen- temunham ue 0 aosso esíorvo jornalístico nâo to, confirmação de qualquer próxima chegada iem sido ftm yão de papel das qualidades acima referidas. Graficamen te, DIRETRIZES não foi nu»Assim sendo e no intuito de salvaguardar ca mf|a revista b<,niia. Um dia chegaremos os interesses de nossos clientes resolvemos re- tambcm até lá Por hora> no entanto, temos "stock" com forçar nosso qualidades semelhan- de m>s contentar em ser uma publicação útil, tes de fabricação nacional, afim de supri-los feja ou bonita> ou me,h0r, mais ou menos feia com o papel de que necessitarem, ate rece- no seu aspécto niaterial, mas útil, — sempre bermos novos fornecimentos de papel com li- uM| M BrasiI à dcíesa ^ sUa vocação demonhas de água, quando voltaremos a presen- crática seraprc uti| a defesa da liberdade e da ça de v. s. cuitura no mundo. Esperando ter assim correspondido à con- O que só importa realmente, nesta hora, fiança de v. s., continuamos ao seu inteiro dis- é não desertar da estacada onde se luta conpor, para atendê-lo com a mesma atenção e tra o nazi-nipo-fascismo, contra os abutres e chacais lá de fora, contra os tamanduás e as boa vontade dc sempre. ovelhas de coração verde aqui de casa. Nessa Com estima e consideração, somos. trincheira estivemos desde o primeiro momenDe v. s. to, e dela não estamos dispostos a sair com os nossos próprios pés. Amos. Atos. Obdos. Assim, das três hipóteses que se nos apre— diminuição de tiragem, majoração sentaram CIA.' & a) T. JANÉR no preço de venda para o público, ou, final"couchê" da ¦Gosstaríamos que os srs. T. Janér & Cia., mente, supressão das folhas de terceira. As duas primeinessa mesma comunicação, houvessem feito capa, optamos pela cheirando nos saberiam a traià ras, vaidade, quais referência exjwessa aos preços pólos "couchê" e nossos objetivos. Não queremos fazer aos ção o papel eram fornecidos à praça mas para todo meia dúxia, uma revista "imitação estranpara importação de couchê", o massas chegue às suas o Brasil, serão grandes que aqueles pelos quais ceira e a seguir, "as suas elites culturais, como às fade populares, semelhantes qualidades vendidas modo. já no número da próxima bricacão nacional". O público verificaria, en- Desse a ser semana, posto à venda no dia 28, DIREtão desde logo', que a solução aventada, ou apresentará TRIZES toda ela impressa em se seseja a substituição daqueles pelos seus sendo de essa, aliás, sua única nós jornal, papel significaria, para melhantes nacionais, modificação. Porque no mais, com ou sem um acréscimo de despesa de 3$800 por quilo trinta com duas e páginas como de papel imitação couchê" consumido. "couchê", agora, ou dez ou com cem DIRETRIentrar páginas amanha, Em março de 1941, ao nos não desviaremos um milímetro do proZES em sua nova fase semanal, comprávamos nos "imitação traçamos nos e tem valido hora grama que quc couchê", usado à primeira o aplauso o melhor do de todo o Em o público 4$2Ô0 razão país, de quilo. em nossa capa, à — continuaremos como tribuna livre, uma subira a seu o para preço março de 1912, já "couchê", serviço todas as luvocações democráticas, de nos vivez, sua que 5^500. O por mos obrigados a «sar algumas vezes por falta tando pelo fortalecimento do Brasil contra as do "imitação couchê", íoi pago por nós, ain- ameaças fascistas. qua da preservação trancedentais da Era, mais restar a afirmava se dos partido yer na e ndo poneutralidade. dúvida mais Brasil O As transcrevem»*, \ carta, que a seguir "couebê" e "iminossos fornecedores de papel tação couchê", srs. T. Janér & Cia., porá os nossos leitores ao par do problema com que DIRETRIZES se vê a braços de mm momento para outro: finalmente humana. deria ma explicação aos nossos leitores a oKecro- e presidente Roosevelt, uma guorra nações. das pela sobrevivência máquinas as vergonha a entre Hão goverrtamentais no sentido da realização dos "numafins inerentes à dignidade wa. com o Estado ou sem ele, conira o Estado ou apesar dele . Nõo de ram a o que puderam antever, mil haveriam de ser rasgahistórias empol- Se os povos pa- permanecessem» ante o que vi- cru sados ção dos põsteros . Compreendeu-se terrí- políticas, com o indivíduo ou sem cie, contra o individuo ou apesar dele; outra a dirigir hoitfestos « de braços das organizações dos cíttcos quc do base Tomou definiu . o sobrevi- querem respeito à condi- ção humaíifa . Fazendo-o, o Brahistómissão sil cumpriu a sua rica . ouviu-ve . . .E nit. o toque reu- de vivas da noção rea- As forças fileiras justam para a groaDuas çrande* bande escalada. deiras — a do Brasil e a da Làberdade — simbolisando os me»suas mos anseios, entrelaçam se M e confundem . povo brasileiro d» ha m~;?o dado provas constantes m inequívocas de seu amor i DemocraO tem cia . S. Ha Faculdade — Paulo núcleo antiga Acadêmica cional", fé como como e da págiato* surge agora a Defesa de uma uma de de mais civico nas presença história nossa "Liga Direito de Na- afirmação disposição de iw- de ta. E oo rem todos ais. nal mocidade a acadêmica encontro as que mocidade de da profissões e classes para promover da juventude, a união gia E precisaram jovens como pois que ventaram siquer ou ção das técrtica a infiltração e a vidade uma ener- da agora . de31 guerra moderna, "eixistas ' inas hordas que deu-se do Nunca t.into dos nacio- serviço a Brasil c da civilização. e outra soei- do todos traiçoeira derrotismo, os humana setores não igrejas. 0 escondem-se ati- da respeitando inviolabilidade a da esten- lares dos perigo e a traiem todos os lu- gares e assumem os mais variados aspectos. Por isso, cumpre-nos, a todos, lâncio, sem sem exceção, alertar fraquesas e maqui- prevenindo as sorrateiras do inimigo, despencar pôde dos. acobertando remetidas dos in- sem dulgencia, nações a vigi- todos os qus la- Nação às ar- de a covardes crimittfosos e todas Quislings de tarefa defensiva as pátrias, que estamos naturalmente incumbidos. "Ligo AcodèmiSurge, pois, a na dc (Continua na pág. 38) PAGINA 21/5/1942 DIRETRIZES nof O Meier já não é a capital dos subúrbios. O título foi incon testa velmente arrebatado por Madureira. Mas a antiga capitai, passando o bastão a outras mãos, não se sente diminuida. Meier já não é um subúrbio, pois ninguém lhe contesta a.s credenciais de bairro carioca. Sede de uma agência do Banco do Brasil e tíe uma filiai da Caixa Econômica, sede de uma estação de Bombeiros e de um posto de Assistência, centro de convergência dc inúmeras linhas de bondes e de ônibus, Meier é um bairro em torno do qual estão gravitando inúmeros outros bairros — "subúrbios" do Meier. Meier possue comércio prónumeroso e completo. prio, ANTIGA CAPITAL DOS SUBÚRBIOS E ANTIGO SUBÚRBIO DOS CADETES — UM HOMEM QUE VIU O MEYER NASCER — O MÉDICO DO CAVALO BRANCO — VELHOS CHEFES POLÍTICOS — NO TEMPO DA CAPOEÍRAGEM — 0 'CINCO DE JULHO", JORNAL ANTI-BERNARDISTA, SURGIU NA RUA DIAS DA CRUZ — PORQUE MORREM TANTAS CRIANÇAS NO MEYER — UMA ENTREVISTA COM O DR. WATER BARBOSA MOREIRA — NAMORADOS, CELEBRIDADES E UM JARDIM BONITO — O MEYER, VÍTIMA DOS "PADRINHOS" — O NIVEL DE VIDA DE UMA FAMÍLIA SUBURBANA mandante José Pessoa mudou o uniforme e os cadetes se transferiram lugares para mai.s aristocráticos. E as pequenas do Meier deixaram de usar, sobre o vestido suburbano, o castelo de metal branco, distíntinvo do Realengo. O Meier não c mais a capi- Reportagem de PEDRO FERREIRA DA MOTA era conhecido o objetivo de nossa visita. — O Peçanha não deve tardar. Mas ele anda agora muito ocupado, pois há muito traImprensa Ofina balho WÊÈtfrWÊ- J,P^M^,iM- JV:J.'... * ¦¦"••"••¦••-"•¦¦¦•¦ ^m^m-^.y-^'---- ::-d ^v.*.^ **v r; v v ¦ " v-, ^ /, .***..<** pj-a--,-...-p- "\ '. WÊ" ¦,¦:¦ *- i <+¦' P m -m & pv>M^m Nesta <iíisa da rua Dias da Cruz, Antonio Bernardo Camilo, compôs, redigiu e imprimiu ok primeiros números do "Cinco dc Julho" Ferragens, perfumarias, joatal dos subúrbios nem o subúrciai. E depois ele tem tantos lherias, casas de móveis farbio dos cadetes. Mas, em comamigos e não consegue vir dimacias, drogarias, cafés . resreto da estação par a casa. pensação, já figura entre os taurantes, confeitarias. sapabairros do Rio. Coitado, ele precisa distrairAcompanha tarias, alfaiatarias, livrarias. em tudo o progresso do Disse. Já não é uma criança e Muitas dessas casas nada intrito Federal, mantendo uma trabalha tanto... vejam das congêneres da cidatradição dc constante desenRealmente, o sr. Peçanha tíe. Suas livrarias são, na ver- volvimento. dade, livrarias de bairro. São E onde antigamente havia mai.s papelarias do que livraapenas um simples trecho de rias. Mão contam com a frefazenda do Engenho Novo er~ qüência ornamental de imporgue-se hoie uma pequena e tantes rodinhas literárias. Ma.s, dinâmica cidade encravada no em compensação, vendem licoração da grande e tumulvros. Embora livros metidos tuosa metrópole carioca. cie coleções baratas. Mas o esBencial para urna cultura baUM HOMEM OUE VIU rata, ao alcance de todas as bolsas. Traduções dos romanO MEIER NASCER cistas do século dezenove. Alguns clássicos traduzidos, A Para ouvir um pouco de hisindispensável dose de psicatória do Meier precisávamos nálise (Freud e derivados). descobrir um velho morador do Foi-nos indicado o Biografias de Zweig. Roman- .sr. bairro. Ernesto Peçanha. impresces mais ou menos históricos sor da Imprensa Oficial, mode Paulo Setúbal. Enfim, o rador em Cachambí. bastante para um bate-papo relâmpago na vertigem do Seis e meia da tarde, era íntrem elétrico. Quem quiser tenso o movimento ho centro mais. quem tiver, nesta hora rio Meier quando tomamos o »ne*"*t,idn, tempo para ler e bonde de Cachambí. Filas nudinheiro para comprar, que vã morosas aguardavam ônibus a cidade. ciue subiam para Cascadura, desciam para a cidade ou ruAntes de ser senador e de mavam aos "sertões" do Meier. deci .irar guerra ao sr. Irineu O bonde em que embarcamos Machado e a grande parte do foi assaltado e em alguns seeleitorado carioca, o sr. Menestava cheio, com pasgundos des Tavai.es. utilizando-se de sageiros em pé, entre os bansen embrionário prestígio de cos e os estribos apinhacom conselheiro municipal, conse- do.s O intenso movimento de pingentes. E começou guiu com o prefeito Bento Ri- a viagem, uma viagem cheia não demorou. Já sabíamos beiro a construção do jardim Finalmente que se tratava de pessoa muitío Meier, um do.s mais belos de zigue-zagues. à rua Cachambí, di- to expansiva. Ele fala,, anilogradouros públicos daquelas chegamos rigindo-nos a casa do sr. Er- mado. desde o portão: paragens cariocas. O jardim nesto Peçanha. Uma pequena — Desculpe do Meier ainda hoje é muito casa fazê-lo espeein forma de chalet, rar. freqüentado. continuará construção antiga. Mas uma E dificuldade é Em frente, mantendo .seu para se apanhar condução. E prestigio en- nm pequeno jardim. Nenhum depois, já aqui em Cachambí, houver, nos climas luxo, quanto nenhum conforto (casa tive apreciadores de que passar em ca.sa de aiquentes, pas- típica de trabalhador), amigos. seios ao ar livre, ao som de tante limpeza e caprichosbasNão repare o guns de tíesarranjo isso cb.arangas militares, tudo gra- arrumação. A dona é casa tíe que da casa Já sei tis. pobre. o amigo que recebe-nos acanhada de não algumas informações quer soO jardim do Meier já íoi morar num palacete, deseul- bre o Meier. Ora, nada mais zona de influência dos alunos pando-se; fácil ! Eu conheço isso como da Escola Militar. May o coJá éramos esperados, «Fá a* palmas da»; mãos. Aqui nasci e aqui me criei, com a giaça de Deus do Vendo que sacávamos bolso uma pequena tira de papel, o sr. Peçanha, como bom trabalhador gráfico, quis dar uma demonstração de fartura. Ora, o senhor tem muito pouco papel. Vou buscar paAqui em pél para o senhor. casa papel é o que não falta. E voltou com algumas tiras de papel azul, cuja qualidade elogiava e cujo nome sabia e proclamava, orgulhoso de seus conhecimentos técnicos Homem de extraordinária verbosidade, nosso entrevistado encadeia os assuntos com espantoso desembaraço. Como arrastá-lo para a rifddcz de um esquema de perperguntas — pensávamos. Sr. Peçanha, conte-nos alguma coisa de sua infância, rio tempo em que o Meier era bem diferente do que é hoje. Quando eu era menino havia não Meier. Isto pertencia ao Engenho Novo. E aqui onde estamos conversando e vendo p-vsar esses bondes e ônibus era a antiga Fazenda de Cachambí. Tudo muito diferent.e, como o senhor deve imaginar. Ainda menino, entrei como aprendiz na casa Moreira, Maximino, Chagas & Cia., em 1892. Trabalhei tíepois em Leandro Pereira, Alexaridre Ribeiro e noutras Fui fundador do "Correio da Manhã". O sr. Peçanha suspira, ou melhor, toma fôlego e acrescenta. Naquele tempo o Edmundo Bittencourt era pobre. E desde quando o Meier das ruas do Meyer faz inveja deixou de ser Engenho Novo para ser Meier ? — Eu morava na rua Cardoso, n.° 5, "G" (pela numeração antiga, que era assim complicada). Aliás foi nessa ca.sa que nasci. Foi quando construíram a primeira estatomou o nome ção, que de Meier. Era um simples barração de madeira, mas um barracão elegante. Este subúrbio sempre foi bem cuidado e seu.s moradores sempre contribuíram para ele vir a ser o que é hoje em dia. No cen- tro do Meier, onde o senhor vê hoje esse grande comércio e esse movimento de cidade, havia apenas algumas casas. O botequim do Cardoso, a Farmacia Cotia, o armazém do Pinheiro e do Fonseca, a padaria Behteví... Onde é hoje o Cinema Mascote ficava o de polícia, primeiro quartel com alojamento para cmquenta praças de infantaria e outrás tantas de cavalaria. Depois o sr. Peçanha informa sobre a origem do nome do subúrbio: Os maiores benfeitores homenagem á família Duque Estrada Meier. E várias ruas locais tracem nomes de pessoas tíessu família: D. CaroJina Meier, Joaquim Meier, etc. OS BEMFEiTORES DOMEÍER Os maiores bem feitores do Meier teem sido médicos e antigos políticos. Os tem nos mudam, mas seus nomes estão sempre gravados no coração dos antigos moradores do bairro. o dr. Duque Estrada Meier deu vida e deu nome ao subúrbio. E o dr. Archias Cordeiro ? Quem não conhecia, antigamente, o Medico do Cava^ Branco ? Ele tinha sempre ensilhado, em frente à sua casa, um cavalo branco. E estava sempre disposto a atender a qualquer chamado, de dia ou de noite, para o.s lumais afastados, gares pelos caminhos piores, quer chovesse, quer fizesse sol. Naquele tempo não havia auto.móveis, nem ônibus, nem crise de gasolina... O dr. Archias Cordeiro encarava sua como um sacerdóprofissão cio. Foi um grande amigo do povo. Não só receitava, como arranjava remédios e dinheiro para os pobres. Nunca expiorou ninguém e talvez por isso moireu pobre. Não foi, entrotanto, um inútil na vida e seu nome é inesquecível. Quando morreu, .seu caixão foi carregado a braço, ao cemitério de Inhaúma. Todo o povo do Meier foi levá-lo â última morada. Outra grande figura do Meier foi o dr. Aristides Cairo. muitas capitais Era rico, mas era humanítârio e caritativo. Também nunca se recusou a amparar, cora o .seu saber, os necessitado*. VELHOS CHEFES POLÍT6COS Agora o sr. Peçanha recor— da alguns antigos chefes pomicos que se interessaram desenvolvimento pelo do Meier. — O Meier deve muito a aiguns antigos moradores oue tiveram, a seu tempo, iníiuèn- if , PAGINA 5 DIRETRIZES 21/5/1942 HISTORIA A CIDADE D RIO O DENT importantes foram o ficando para mais cia política e que muito íize- cessitadas, vao "Suburbano", de Eduardo Ma"Eco ram pelo subúrbio. Uma das depois, à falta de um bom paSuburbano", ¦¦'¦¦¦¦-:.-.-..y.-'.-'.--.--.'-'-----.-.-'.y galhães e o SsjS»SSSK<:._: íí: •:• ¦:¦:¦'.•:•:•¦.¦:¦:•:•:¦: drinho. Agora jóias do Meier é o seu jardim. Nogueirol. Ernesto de um E' um ponto de reunião e o Meier não tem jornais. Hoje NOS TEMPOS DA local de recreio. E quando há os jornais da cidade tiram nu^^^K^P^:^___^^^H^_l_^^^^^^Í(__m_»_____ifl |^?^PKw«<í&gft^^™«88 música no coreto chega a ser CAPOEIRAGEM. . . edições que chegam merosas ii^Hí^^fs-^^^ÍISSStiH __^_^^í^^^^?^S^*-'^^^í^^SP_3__fflfl____l S^^KM^m Representa festivo. mesmo MrM^&yWZflSs&a SSRI Bffffi&x" ''íW:::SÍ?™:^^^^^™H S8___^_^í_í___{^3_^M espécies de pessoas ao Meier poucos minutos deHá duas uma diversão genuinamente 'mSffll rotativas. das sairem de entrevistadas serem <»SSSâScS^V.wxS_H______M_^^ :* E3^_^_H____^o_^_^_>8c$Dvo83m^M para pois _KW__<«fr^^_j«MMMM_»«^«'*'-K«XM que ¦E8888f__8SÍ»«í3S{_8 popular, porque está ao alcan- dão trabalho ao repórter: as Alem disso o rádio cada vez o Meier ce de todos. Pois bem, cona\WMmÊm ^^^K a\Wm r$m falam pouco e as rjue fa- mais se transforma num deve o seu jardim, em grande que como fonte está ideal tipo do jornal demais, corrente lam o '•'•'' 'Hffi^H^iM ¦'''**'wíHB ^wJwSíí_^________B8BboI^^_3_____s í?parte, a um velho político, ex- no meio termo. O sr. Ernesto de informações. Daí, talvez, a ex-senador, que intendente, nem é calado nem morte dos jornais de bairro. teve até m^smo, na política, Peçanha jornais grandes no meio termo. Eie tem Pois se os muitos inimigos, mas que pres- está nao ou idéias morrem, de quase associações também rápidas t,ou, entretanto, serviços reais e vai de um assunto a outro evoluem... ao subúrbio. Refiro-me ao an- com admiravei facilidade. E' e tigo conselheiro municipal c T'CÍi retê-io num ponto da "NÓS SOMOS POVO depois senador Mendes Tava- entrevista. E' quase inoossires, o rival de Irineu Machado. vel controlar ' E ESTAMOS DO LADO ^m ^zWÊÊÈ ^w^^;;^^:í;^Pí::::::::',.,:. .pá' sua conversa. Mendes Tavares, utilizando-se Assim é que, enquanto tomaDAS DEMOCRACIAS" de seu prestígio, conseguiu do •.amos alguma? notas sobre o prefeito Bento Ribeiro a cons- que ele dizia a respeito da inQueremos saber qual a reatrução do jardim do Meier. no melhoramendivisão do jllfta Pedro Pereira de Carvalho, tos entre as ruas do Meier, já ção produzida pela guerra Meier. antigo chefe político, fez mui- o i-osso informante voltava do No Meier vivem muitos to pelo desenvolvimento ides, ao tempo de tempos aos São homens e Mario lado de Dias da Cruz. ocupando-se de estrangeiros.nascidos nos mais mocidade, sua Piragibe, outro político antigo, um novo tema: a índole do mulheres pontos do globo. diferentes também fez muito pelo Meier. bairro: do povo Todos vivem aquí como se estiAcha que essas iniciati'¦¦y'y>X-^mm&k:y ruas HH«BHffiW#:' ¦ — anda WSSSt pelas Quem vessem em seus próprios paivas particulares teem sido sucumprido principalMeier, centrais neses Neste particular ficientes para atender às mente nas horas de maior mo- mos à risca as leis de hospltacessidades do bairro ? o lidade e solidariedade humaEis uma pergunta que pode- vimento, compreende que uma população na que fazem parte da tradi'^WíW:-Py%, ria ser feita a um administra- subúrbio tem e ^mM': Hffip^A^raB-'pacata. E tal cão do povo brasileiro. E por dor ou a um político. Quise- trabalhadora nos reaà não corresponde a guerra isso mesmo mos fazê-la, porem, a um ho- imprersão E foi um indiferentes. mem do povo, a um velho mo- lidade. O bairro nuncae valen- encontrou nosso interesse pela tragédia para quem reduto de desordeiros rador do Meieç, teve o mundial aumentou depois que Tudo, '¦¦'.- ¦¦•..-¦•..:¦:¦•:¦.¦¦ já toes. porem, os Í?S_Í_^E^Í8^ estranhos >'¦:¦-:¦ não podem ser H£8_S8)^^tó_í>íí*-íSS-_^í-'. Ea capoeiragem, no o Brasil tomou posição romtempo. seu locais. problemas assanLonge de estranhá-la, o sr. Rio, já teve a sua época, no pendo com o partido dos soNós estiveram agressores. já Peçanha responde à pergunta sim como do nor- guinários estamos tal como cangaceiros e os cartaz mos povo com vivacidade: Se ou os jagunços da Baia. deste do lado das democracias. nada não há _ Homem, de ser alimenOra, o Meier orgulha-se há degenerados que terra tam simpatia pelos fascistas, de perfeito no mundo. E o Meier, autêntico pedaço um que não é um paraíso, não carioca. Por isso não é de es- esses não encontram ambiente forma exceção. Muitos moratranhar que tenha tido tam- no Meier para manifestar tão dores daqui, ricos ou influênbambas. E dentre grosseira e criminosa maneira bem seus tes nos antigos círculos polise destacaram, comuitos eles de pensar. E cu o digo como ticos, trabalharam pelo encélebre "Amargoso", ho- velho morador do bairro, como o do subúrbio. grandecimento mem de confiança de Lins e mo pessoa muito relacionada Mas, o que quer o senhor ? Era um rapaz em todo o subúrbio e como Vasconcellos. barulho e homem que sempre soube, gramuito Quando alguns desses homens, Fez valente. necessida todos os cas a Deus, fazer bons amigos pela tribuna parlamentar ou como quase terminou Ninffuem melhor que o medico par informar sobre asWalter Barimprensa, da "brabos". o dr. colunas Resistindo à prisão, entre os companheiros de trapelas des do povo. Por isso DIRETRIZES entrevistou Meyer Não falto conseguiam um benefício para travou luta contra oito soldavizinhos. os e balho bosa Moreira, um dos médicos mais populares do o Meier, estavam quase sem- dos de polícia e depois de dar ao trabalho, ando pelos trens, com entusiasmo nas representações amadore. a colaborar "Carlos trabalho caiu já sem. pelos bondes, gosto de palespre atendendo, antes dedetudo, muito O um e imediato nosso o profissionais. goao interesse camedidas nos nas faca. amigos que a morto meus trar com vida. tomar para a Gomes" teve uma vida intencerto grupo de moradores, de sempre verno resolva toda e parte fés por e dos sa e prolongada, honrando • do país uma certa zona do subúrbio. salvaguarda OS JORNAIS DO MEIER a mais franca repulencontro e de Muitas vezes a iniciativa ideaias mais puros da huma- nome de seu grande patrono esses monstros que estã< a sa outoma a conversa Agora desenvoio melhoramento contribuindo para um nidade os ideais democrátipleitear vimento cultural dos habitancos. ^>^>Ãf::x:>::::>*í>' Ertes do Meier Outras associaDespedimo-nos do sr. cões teatrais figuram na crôdeminutos nesto Peçanha e Meier: O Clube pois, quando esperávamos o nica do velho também Dramático Wagner, de um café bonde, o rádio e Euterpe a na rua imperial, anunciava o afundamento de Cachambí. Teatro o grupo do mais um navio brasileiro pelo* Depois foram vindo os cinealemães. mas. E o Meier teve naturalmente a sua primeira casa de NA IDADE DE OURO espetáculos do tempo em que DO TEATRO ^^^^^m^íímWm^^m^^m^í Wy^^±^SSa^éâmi^aaWm^^MMmM' '^¦''^¦^^Êí%W^MWÉ4^ mudo ensaiava os o cinema "MasUBURBANO. . . primeiros passos. Roi o _^_^^_c__^_^s__£i^^<s__^__^^_^$_^^^^£si ___Ht_K__8__%M£aS^'^i_i ____l____wtt^Sf?S^^_MW^'>^^^^M^¦ <¦? Í^^^_^g^^_a__^c»__>^TO uns há inaugurado cote", Ao saltarmos do bonde de funainda e anos trinta que do estação na Cachambí. ciona. Já aí começou a divimais fossem Meier, embora já sofrendo o são das platéias, de 20 horas, ainda era grande concorteatro locai a séria ¦)«oj?-v-.-uwjxMoycnr.™.¦ yxxxyjo^ .s-fM^rt.rff*mfms« -yiB_T .w_ wyy.tw. 1 T^^HWffflilifflilflKMMinjiTffi yTVl^^ lilI 11'aHfyxrr. o movimento. Ainda chegava ainDepois, filme. rência do ¦•¦¦ W^^S^^^^s^^^^M^^^M^ Ainda, emslSííj^^^^^^. •. ,x's: Mi^Wímf^-.^^^il^S^Mt ¦-'«PyffiffiffiM gente da cidade. agravanfalado, cinema da, o '¦'''¦'. - Sa_mSK.^_^P^CT S^_w^^^t_?^^^f^í^íí^^^5Si5_t^^ barcava gente nas diversas li¦ '' v -^?^*íIkkÍ__I l_MI'i_^_^__^__n__S §5PW ilvyffi TW<W\ çwsíw&í* -5<§fÍllS% Por do a situação do teatro. nhas que partem do Meier pateadois teve Meier último o ra os diversos bairros satélites tros, o "Carlos mk%-§r *-M ''JPp^t- *^^^^™Sm^BW^ w-^^WÈF&sÊÊwm Gomes" e o "Cordelia da antiga capital dos subúrAgora, Ferreira". m^mm^-x,..-....-..;,......«.l^^JSmm-^'-W^^'' ^^^IT^^^^^^W^^*&&¦«*» **fe?^ *?* *^^^^ bios. porem, no edifício deste últiatras, anos mo, já não se realizam repreHá cinqüenta aquiseria como A casa hora, àquela sentações teatrais. "dancing" em lo ? Mais ou menos deserto, a transformou-se não ser nas noites de bailes Praticamente, o Meier já não teatrais. representações tem teatro, e do teatro de ou Naquele tempo os bairros tiamadores do Meier resta apefazer seu próprio nas, ainda impressa na memónham que Os havia cinema. ria dos velhos moradores do teatro. Não outros Hoje passeiam cidade a jovens Meyer. do transportes bairro, a recordação dos seus para o belo jardim Outrora os cadetes do Realengo enchiam e lentos. escassos muito árvores antigos e dedicados animadoeram suas sob teatro ouro do idade de Nessa res, qüe foram o chefe de trem da horrores os tro rumo. Fala-se da impren- alastrando intambém Meier Raimundie o Vieira, o capitão mundo suburbano o partia de um proprietário das todo por sa. Dos grandes e dos peque- guerra Caro seu Teatro e o Militar Polícia nho, da teressado na valorização em sanbrilhou com afogar nos jornais. De sua evolução que pretendem legítlurn teve Nobrega, Gomes, los ator casas de certa rua. E é por conquistas belas que mais profissional as e de sua decadência, acompa- gue representar o dos orgulho: isso que há ruas relativamente grande amigo e mestre sempre as épocas de do homem. Orgulho-me de ser mo nhando bons com importantes o com Guarani comparecimenamadores. pouco um trabalhador, um homem decadência ou de evolução. Gomes. Carlos do calçamentos, bom serviço sato De regresso de nossa excurafirmar próprio e que do do posso local povo E a imprensa "Carlos Gomes" na Ficava o conhea Cachambí fomos jantar nitário, boas linhas de comueu são toda essa gente que Meier ? outras, enquanto rua hoje rua nicacões, antiga e imperial, repartição _ O Meier tem tido vários ço, em minha (Continua na 0a pag.) mais" habitadas, mais imporOs. dois em meu bairro, está disposta Aristides Caire. Revesavam-se bairro. de nejornais mais dúvida sem e tuntes wm m mm wm wm ^^^Hbp m - IH H mi # ilBI mWmWLmW&Wk. 'Wm, ^¦HBK TAPETES • DECORAÇÕES . • .-¦-•.¦^~ -™'' " - '^ ¦-¦:¦:¦: yyyyy Z______ AS/% $SBi AGORA SOMENTE, __¦__¦ ^ Rip de JLANtfHQ' - ¦«¦¦¦¦ UlULm^^ 65 Ron CRRIOCfl 67 7777 7: PÁGINA 6 um pouco tarrie. E no dia seguinte teríamos que atender a uma nova entrevista. Tinhamos a promessa de algumas notas sobre um dos mais inte._cssan.tes episódios da vida do Meier. Tratava-se da origem,do "5 de Julho", o jornal ilegal dos revolucionários tíe 1924. "CINCO DE JULHO" O NASCEU NO MEIER No fim da rua Dias da Cruz, lá para o número trezentos e de tantos, do lado direito de o Engenho vai para quem Dentro, há um grupo de casas iguais. Numa delas foram leitos, durante meses, os primeiros números do jornal -5 de Julho"; Antônio Bernardo Canelas foi seu idealizador e organizador. No Centro Espirifa Suburbano, Canelas mobilizouseus auxiliares mais ati• vos.e dedicados. As tropas do. general Izidoro. Dias Lopes, depois .da brilhante, retirada rie São. Paulo, ocupavam as barrancas do rio Paraná,, .oferecendo brav.a ,e tenaz resistência às forças do governo.., .Havia,, no plano do um objetivo general Izidoro, manter o .essencial: político logo.,sagrado dq revolução., a esfera d Ç. que. se organizasse na e ,s.e. pusessem em a.eãp,outros, setores do Exército, da Marir nha e dó povo. Ò movimento tíe "5'^ie Julho contava òoni a riü.i.atia"'dá quaíé'' totalidade tiôs"Krásiife:irpá,;í Más' o governo Bernardes tinha dó"ér. Arthur hás'mãos 'ó-aparelho estalai reforçado pelo estado de sítio. Da epopéia -rio A1 to* ' Paraná chegavam aos ouvidos do povo ¦aocnas' vagos rumores' ou versões; deturpadaspelas-"•' notas de maior Jornais oliciais. combatividade, como o "Correio da Manhã", estavam fechados. Os outros s&b, rigoEntão aqueles ro-^a censura. soldados da liberdade., continúàriam a verter o seu sangue sem que ao menos o país tiVêssé noticia rie seu sacrifício'? Aquele sentimento de sol iri anão poderia riedarie popular Aquela permanecer inativo. vontade de luta, de qualquer maneira, teria que ser orgae nizada. consubstanciada Pensando marcha. em posta em tudo isso, Canelas pôs-se em aeão. Bello, Rubem de Almeida empregado numa casa <ie artigos de ótica da rua Gonealves Dias, era tambem fun eionário do Centro Espirita SuHerna Travessa burbano. mengarria. Canelas foi ao seu encontro: —Não podemos deixar sem a.s. tropas . do..general apoio não sabe o Izidoro. O novo De Paraná. se rió passa qúe um lado estão os que imaginnm qne todas as tropas le-. galistas se passam para a.s fileiras rebeldes e nue dentro em breve esse exército, constanteretomará mente engrossado, o São Paulo e descerá para Rio. De nada vale vs^c doentio otimismo. De outro 1-r.do estão os que acreditam nas mentiras dos comunicados oficiais. Temos que imp-imir e distribuir clandestinamente um jornal que conte o que realmente íe páSsa e que ao mesmo tempo oriente o povo. Sim, ma.s a policia, o estado de sitio. . . Pior era rià Bélgica duE rante a ocupação alemã. nem por isso deixavam de circular o.s jornais c ano<\sfinos. E dentro de poucos dias Canelas e Rubem já contavam com o apoio financeiro de vários oficiais e civis izidoristas. Depois, um prc'o de mão. tipos c outros materiais eram comprados e Instalados na reRubem, sidência do próprio numa daquelas casas do fim da. rua Dias da Cruz. Canelas íoi metido, com sua tipografia. num pequeno deuósito cie moveis, um quarto de pouco mais de riois melros cúbicos. Ali trabalhava, comia e riormia. Como medida de segurança, da'í não saia nem mesmo para andar pelo quintal A dona da c^sa, rj-^umas crianças pequenas e a empregada DIRETRIZES apenas que naquele sabiam vivia um homem quartinho que dali não podia sair. A ride gtda disciplina patriarcal Rubem não permitia maiores indagações. E dali, durante meses, salsemanais do ram as edições "5 de Julho", redigidas, compostas e impressas com verdadeiro carinho profissional. Rubem de Almeida Bello, alem tle ser empregado de um Centro Espírita, não provocava,, pelo aspecto exterior, a meEra, aparentenor suspeita. mente, o mais pacato dos. citíadãos. E o Sherlock mais sagaz da polícia dp Marechal vendo-o na rua, Fontoura, com o seu ar de santo, seria capaz de jurar que se tratava tíe um pastor protestante. De resto, a rua Dias da Cruz -era essencialmente familiar, com òs seus casais de namorados em eternos passeios. E assim durante muito tempo se irradiou do Meier para todo ó Brasil o jornal que trazia notícias dos sertões onde se batiam às forças do general Izidoro, ' mantendo acesa' & Do revolucionária'. í 1 ama Meier, o "5 de Julho" foi transinstalações mais ferido para ' '(menos inhabitáamplas veis.'.;), rid'morro da Botija; onde funcionou na piedade, até' encerrar sua missão -sem •'* nunca ter sido descoberto.-"pior Canelas tinha razão: era na Bélgica*"... • • *-•*¦• ¦ * ¦ A VIDA ESPORTIVA "/ '* '.;;;, DO MEIER ; . _ .*";¦ de Fomos' olhar o', gruoò caijás da rua Dias da Cruz ihdicadó pelo nosso informante. O número trezentos e tantos fica nos-confins da rua. A rua airidá' conserva' o -mesmo ambiente e os mesmos casais de namorados. adiante, :no número Mais 561. há outra relíquia ligada estreitamente à viria, do Meier. Não à vida política, mas a.vida esportiva. Trata-se do veterano Esporte clube Macken'Ap. e o Hoje, o Mackenzie Meier Tênis Clube são as duas sociedades mais importantes esportivas do bairro. fina rie Caia úma garoa inverno o anunciando maio, carioca. Em frente à sede do estava um grupo Mackenzie de iovens. alguns envergando uniformes colegiais. Queriamóis falar a um dos diretores do clube. Mandaram-nos entrar. Atendeu-nos o diretor pedindogeral dos esportes, nos que esperássemos um pouco. Estava ele realmente-muiPreparava-se a to ocunado. saída dc um team de "basket" quê competiria nos jogos de campeonato classificação do carioca. O Mackenzie ostenta, em sua vida, dnís títulos d- orgulho: é um clube pobre, que se rpantem unicair_ente\pelo efÇovco de seus sócios e é uni partidario fervoroso c irredutível do amadorismo. Tivemos portanto oportunidade de assistir à saída de um grupo.de andadores para a defesa da.s cores do clube. Siin. os rapazes do Macken/ie oraticam o esporte por esporte. São quase todos guiasiai.s dé cerca de 15 anos. Mas, que trabalho dão aos diretoreclamam tudo ! res ! Como Qne algazarra fazem ! O Tü^oorte Clube Mackenzie tem ?8 anos de vida sõcir.V. Em 1933, com o advento do profissionalismo, o Mackenzie preferiu retirar-se das comneticões oficiais de futebol. Sua diretoria, entretanto, não extinguiu a prática deste esnorte. conservando, em plena forequipes, ma, suas para a disputa de jogos amistosos. Hoie o centro da o tividade do Macken?ie é o br.sket-bell. O clube é fihado à F. M. B . O mantém ainda Mackenzie masequipes de volley-ball cul>no e feminino. O tèhis f^e mesa c o xadrez figuram entre f>s jo"*os infernos cio M,-'f,,"°nzie. Compitam sua atividade ..¦o..-,,,, (-pç.fns riansantes. sessoes einematogníficas, festas infantis, festas de arte, etc. O r-n.he costuma ceder suas qua•d ras para a realização de jo- gos entre equipes colegiais do bairro. esportiva do Meier A vida pela pode ser representada do Mackenzie, do atividade Meier Tênis Chibe e pelas seções atléticas dos colégios da antiga capital dos subúrbios. INSTRUÇÃO PÚBLICA 21/5/1042 RÁDIOS RMGERADOR OSI BEBEDOUROS ELETRIC D. Maria Santarém Leite e Miranda, Caos professores macho, Santarém, Souza, são velhos professores do Meier, - _ 1 que educaram, na velha capi-¦'¦ SSeã mmm tm jnr\ «ft m%mmmãmammW3IKSSSSmmJBSSBBÊSSk^BZvLBm\£f \w as tal rios subúrbios, gerações de há meio século. Seus notSjà fl T_r4b\"üi Ji ffi «Tafll ¦Til «iTS N* •" 6,»S_k%. /rr.—~—T. fJSL BSTIL XipSa í$fc,K^-'-J^-—zJ'JjÈ SsR *A / nnsOa _b _'-¦! ü E» !>___? i l 1 J B ____S_^________l____í__é___w£3 mes ainda estão ligados a esl_8B__h______i__i___-__j_fl_6_wp^^I !_Bl___iii ^StWvSk^ tabelecimentos de ensino condeles temporâneos. Muitos teem filhos c netos que se manteem no exercício do maI B V . D O n E S > I S T gistério. Hoje, muita gente de cabelos brancos que cruza as ruas. do Meier, que viaja nos bondes de Boca do Mato, Ca•5 chambí, Piedade, Cascadura, DENTO, 1*3 5 JOSt*. «3 , OUVIDUB. *6 ou no ônibus de Olaria, pu no PAULO 5 : t. 1 O trem elétrico,., aprendeu, a }er oú íeg.ç curso de huma.nida-lt;1 ai ' des ..com algum daqueles vebairro Ihos mestres. Ò Meier, 'dotado de . tradicionalmente, ensino, estabelecimentos .de ta em moléstias de senhoras. acompanha nesse particular e conversa com os. doentes, com .O aos que se obserya, aqui, na c.l_i-. esse , ar pa.ternal comum rithmò'" rie progresso d'd Rio. 'contar nica de senhoras, tambem. não 'dó' coin a._ es- médicos velhos. Ehoje, fiem "púbíiòas unia mesali particularidade' entrevista é começa A oU cola.s prirúáriaír 'as* ruas mo, nò consultório, em plena Meier, é claro."Os homens -so* particulares', entre da sala' de- espera.- Entre outras . irem, desde o periodo rie gesDias A reinas*' Cordeiro, pessoas está presente um.co- . tação, todas ,,as conseqüências Cruz, Aristides' 'ou Caire,* Lliis e Içga do desconforto, do nivel baixo o dr. Osido dr. Water, Joaquim Meier. Vasconcelos : dá vida. As mulheres"sofrem abordarmos "dezena Ao Marques. de ris há cerca de üma * tambem tudo isso é mais alMoo dr. Barbosa o assunto, estabelecimentos de ensino seguma coisa. De um-modo geDe-• mistura'-¦ com reira, que é um temperamencundário. a * ra] o .homem, gozando de re-. fato comunicativo, pa^sa operários, gente do comércio econômica, coia;tiva liberdade nós, lar. não soniente para transitam pelo ou- milrtare.s, 'um dê vida menivel Osiris o dr. desfruta Meier. dia e noite, jovens-em mo também para O* esporte, mulher'. a conlhor alguns ¦ e Marques •' • que para uniformes colegiais. • um é sério exemplo, «uientes. •-.-:¦•¦•-' que por Em relação mais. .muito .fator saude, outros de aos. é ALIMENTAÇÃO do Rio — começa o praticado pelo homem do que bairros Water — o Meier não pela mulher. Depois de' cásá-" dr. do custo da vida, apresenta O preço em continua nenhuma partícula- da, a mulher no que se refere à alimentação, ridade no é a desvantajosas. E se refere condições conque atinge no Meier a um termo dições sanitárias., a mu.que na vida de . casada médio, em relação aos bairros Quais as moléstias mais lher tropeça com um, problede vida mais cara e aos. bair- comuns ma seríssimo. Quero me re? ros mais pobres'do -Rió.* BusAs moléstias infantis. E' ferir às tentativas dc controle áos leitores cando oferecer de natalidade. Neste campo verifica, aliás, em touma idéia dó preço dos gene- odosqueos seoutros de resibairros os charlatãe.s e charlatãs. faros de primeira necessidade è ri cias. zem verdadeiras devastações. ên ria capacidade aquisitiva de Mas agora, com as parPor que serão as crianças dois tipos comuns de famílias as mais atingidas doendiplomadas. . . teiras pelas do bairro, conseguimos obter cas ? Desgraçadamente — reos dois orçamentos que se sePorque as, crianças nctruca o rir. Water — as parguém. e especiais cuidados teiras diplomadas não remecessitam • Despesa mensal de uma ía^em estão os nem a atividade sinistra sempre tiiaram pais mília de dez pessoas, compôso com tratá-las de condições antigas comadres. Acho das ta de uma lavadeirà, dois ope- devido conforto. O sr. sabe mesmo certas profissioque rários-aprendizes, um pequeno doo fundamenta] diplomas, é munidas nais, de para que funcionário aposentado e seis ente a resistência orgânica. à mais sentirem-se parece crianças (todos recebendo sa- Os indivíduos mais fortes suconi a agir vontade, passando lários, menos as seis crianças»'; melhor os efeitos de desenvoltura. Creia o senhor portam -jaçougue, 130$; 200$; armazém. inclu- que há métodos enfermidade, anti-concequalquer quitanda, 52$: padaria, 69$; uma epidêmicas. Ora, sive as. verdadeirasão pcionais que carvão, .60$; peixe, 20$; leite criança sustentada com água mente E infecatastróficos. diariamente), (sem comprar ">. nutritivo rie arroz, cujo não faltam clientes lizmente poder _:. 18$; manteiga, 16$; café, dispostas a aceitar, com risco é reduzidíssimo (mais oü me14$200. :. o da própria vida, as mais vasobre alimento 3 nos de %• Despesa mensal de uma fanão pode ter a mes- riadas práticas. mília de seis pessoas, cOriipós- volume), De certo, doutor, a prátidefuma outra ma resistência ta de um funcionário médio, sustentada a leite. a Mas mais ou menos irresponsáca duas crianças esposa, sogra, mais vei de processos muito de arroz água anti-conceé em idade escolar e uma crianE leite. . . acessível o por é uma calamidade. que pcionais ça pequena (recebendo dinhei- essa forte razão é maior o núro somente o chefe da fami- mero de crianças "alimenta- Entretanto, o fator econômico parece levar muitas fami200S; açoulia): armazém. Esse lias a situações embaraçosas. arroz. água rias" com de gue, 112?.; padaria, 90$; quise resolve uni- Não seria o caso de se fugir tantía, 20$; carvão, 50$; pei- problema não remédio. Longe aos recursos clandestinos, encamente com xe. 10$: leite, 30$; manteiga, disso. infantil carando-se o assunto cora:omortalidade A 16$; café, 11$40U. decrescerá muito quando as samente, buscando-se, dos Gêneros adquiridos por esmais leite pontos de vista social e cientitomarem crianças feijão e menos remédio. sas famílias: banha, Há duas fico, uma solução honesta e preto, manteiga, arroz, fária dê espécies fome. quantitasegura ? nha, batata miúda, macarrão, tiva e a qualitativa. Uma criRealmente, carne seca, bacalhau, azeite, anca há medidas que enche o estômago higiênicas óleo dc salada, sal. açúcar, viinofensivas, pode ficar de ou menos eficientes. Como mais nagre, frutas, verduras, carne de água arroz mas elifica verde, peixe, pão, leite, man- barriga cheiaPor outro não minar, entretanto, uma verlado, a aumentada. teiga, café. mãe que trabalha fora ou em riadeira tradição de bruxarias serviços domésticos e que não e charlatanices mais ou meCONDIÇÕES SANITÁRIAS se alimenta bem, não pode nos criminosas ? por meio de DO MEIER amamentar bem. Juntemos a uma campanha de educação, isso as questões de habitação de certo. Mas, uma campanha O dr. Water Barbosa Morei- e vestuário. As habitações co- dessa espécie, requer, para ser ra é uni do.s médicos mais po- letivas, muitas vezes anti-hi- iniciada, verdadeira transforIsso, são macão de mentalidade. pulares do. Meier. Seguindo a giênicas e superlotadas, apenas, como ponto de partradição dos Archias Cordeiro uma porta aberta à propagatida. A limitação da natalidae dos Aristides Caire, elé ção de doenças contagiosas. de não representa apenas um transforma cada cliente num Portanto, seria muito interêsda medicina. problema E' amigo. E' o que logo se obsersante a existência de hospiprir«.inalmente um problema tais para isolamento de crianva riurante sua consista. ouvi-lo sobre ças portadoras Desejávamos de moléstias social e dos mais complexos. agora, com a guerra, a.s condif-ões sanitárias rio contagiosas. Durante o inver- Ainria ele vem à discussão em escaMeier e ele havia marcado o no muitas crianças, por esencontro em seu consultório, cassez de rou nas, não andam la internacional. O sr. sabe na rua Archias Cordeiro. 272. agasalhadas. E' mais um a.s- que segundo algumas opiniões Chegamos um pouco antes, da pecto rio desconforto geral que uma c>s causas da derrota da Franca teria sido o decréscihora. Ao pene Var na sala de reflete sobre a saude. — Estivemos até agora fa- mo de natalidade, entre franespera do consultório o rir. Water • já encontrou, junta- lando sobre moléstias de cri- ceses, enquanto, na Alemãmente conosco... alguns . elr- ancas — continua o dr. Wa- nha, a orientação éra precisaentes. Embora ainda jovem, ter — mas eu sou e.-specialis( .'oi-.i.-ti.t i>a Ji:!3 i>í»g.')' Pau! J, Christoph Company d 21/.5/1.M2 i 7 PAGINA D I R fc / R I Z E S tV I Estaãos Unidos ainda exciama-. "Retrocederá o homem do lipovo em sua marcha ãa berdade? Será ele novamente marcado pelos ferros da escravicião? Nunca!" E' confortador, nesta hora dramática, vermos nos postos de direção das maiores potências do mundo Iiomzns com-j Churchill, Roosevelt, Chiangem todos os episódios da hisKai-Shek e Wallace e tantos tória revolucionária continendemocráticos líderes outros tal eslão sempre na primeira verdade) qua e de (democráticos "homens Unha —' os mais destemidos do ponos confiam sinceros lutadores. "heróis ignorados que nos vo", Estados O vice-presidente lutaram pela -conquista e mados Unidos chama a atenção nutenção da liberdade" c que os. que perigos do povo para ainda nos ameaçam nesta gi- não tremem, apreensivos, ao pensarem nos áestnos da hugantesca luta mundial contra manidade. Com um Churchill deo fascismo, nesta luta das um Roosevelt ou um Wallace, bandos moeracias contra os o mundo pode enfrentar, sereincendeiam sanguinários que "0 no e confiante na vitória, Ó o mundo. e convulsioham último e- desesperado, ataquesr.' Wallace áâúerte: "Dèosmodo energúmeno da Europa". tios preparar para sofrer o último e desesperado alagai. Passou z pusilânime época da guerra de nervos em que os do energúmeno âa Europa, hora falsos dirigentes ingleses e cuja esperança, nesta em a franceses de Mutúch atraiçoavitória decisiva, é obter vam e venâiam covardemente estaver seu seis meses". A a$ pequenas nações e a prómos no prelúdio de novas t as pria causa democrática, danchacinas foi que grandes do alento à audácia dos escriças da agressão e da bestiabas fascistas de todo o mundo prolidade ainda conseguirão "Mas veuvocar pelo mundo. que viviam a proclamar,:», soldo de Roma, Berlim t To teio, a — ele, acresdie ceremos'" "E do âedo falência, a caduqtüce poo homem eentando: ¦ . . Passou a mo-liberalismo deciâos será um vo fatores "àatriste época em que até a sivos da vitória. Àquele hosófia italiana" de Mussoline . mem que lenta e- trabalhosa impressionava o mundo. mente avançou em suas coulutou A luta contra os agressores quistos da liberdade, que na independência dos Estados fascistas terminará com a. viUniãos, na revolução francetória da liberâaãe. Os comaniaâependa sà, nas guerras dos decisivos estão entregues nas América Latina, a generais que sabem porqur, dencia da lutam, que compreendem a revoluções de 1918 na Alemãdemocracia, qua verdadeira nha, na revolução russa de confiam no povo, que não te1917 e na guerra civil da Esmem o povo e qúe são: nor isso panha". mesmo, dignos da confiança Confiante na causa da lipopular. berâaáe, a vice-presidente dos ... . . #.. . ...... •.•.•.•.•..•.;.; »:•:•>:•>*«!'? POVO E A GUERRA Tito Batini e Humberto Peregrino OInaugurando um programa destinado a rádio-difusão de empatam no julgamento final comemorar o Dia da Independencia de cada um dos pai"Prêmio ses ¦ americanos, o vice-presiLiterário Samuel Ribeiro dente república da grande sr. Henry Wallace, » OS SRS. ROQUETE PINTO, ROBERTO-. LYRA, HERMES LIMA, MONTEIRO LOBATO E ALO IMPASSE VARO MOREYRA DECIDIRÃO "PRÊMIO DE AINDA ESTA SEMANA — O HISTÓRIA J. C. DE MACEDO SOARES" ¦i DIRETRIZES, em sua nova fase de publicação semanal, instituiu dois prêmios, um literário e outro de história, com o objetivo de incentivar no Brasil, principalmente entre os jovens, um maior interesse pela produção intelectual. E' ainda intermédia que se distribuirá, durante cinco anos, o pocnosso "Prêmio de Economia Getulio Vargas", instituído pelo sr. Sa* , _j muêl Ribeiro, no valor de 3 contos de réis. . os prêmios distribuídos por São. assim, os seguintes •"•: ' DIRETRIZES: it / ;'' ';• ' '¦ 1 ("Prêmio de Economia Getulio Vargas", de 3 contos trabalho * de réis, instituído pelo sr. Samuel Ribeiro, ao melhor "Prêmio Litesobre economia, publicado durante o ano; 2\ nós. .rário.Samuel Ribeiro'', de 2 contos de réis, instituído por"Prê• e* finalmente, o para a melhor estréia literária do ano; mio de História José Carlos de Macedo'Soares", de 2 contos sobre, de réis, também instituído por nós, para o melhor livro história do Brasil, publicado durante o ano. . "Prêmio de Economia Getulio Vargas", para o ano de O 1-941, já foi concedido pela comissão do mesmo encarregada, composta dos Srs. Lourival Fontes, Roberto Simonsen, Valenlivro ttm Bouças, Artur Antunes Maciel e J. Pires do R<o;< ao "História dòs Industrias no Brasil". O pre-do Sr. José Jobim, mio foi-lhe entregue, conforme a imprensa do país noticiou largamente, no dia 30 de março de 1942. "Prêmio Literário Agora, com a apuração ae votos do escritores os Samuel Ribeiro", verificou-se um empate entre "E agora, que e Humberto Peregrino, cujos livros ' Tito Batini "Desencontros" respectivamente, dois. obtiveram, fazer?" e os sevotos cada um; A favor do escritor Tito Batini votaram nhores Monteiro Lobato e Álvaro Moreyra, manifestando-se os senhores Hermes Lima e pelo escritor Humberto Peregrino o seu voto ao escritor Roquete Pinto. O sr. Roberto Lyra deu"Seis temas do espírito Euryalo Canabrava, autor, da estreia yankee, pronunciou um discurso que representa uma vigorosa demonstra ção de confiança nos destinos do mundo è âe vercompreensão'A dos daáeíra überdemocráticos. ideais dade — disse élè — foi sempre b grande ideal, a inspiraçao $ a herança do nosso continerUe.' Nosso propósito é conserva-la, porque sem ela a' América pereceria sem remédio. San Martin,' Bolívar, Washington, Morelos, 0'Htàgiris é tantos outros destacadós heróis e ignorados homens, do povo lutaram e pereceram pela conquista e manutenção da liberdade". O vice-presidente Wallace define, assim a essência da política do panamericanismo. E faz ressaltar uma distinção bem clara, e cava um proftihdo fosso que separa de um lado os velhos- métodos intervencionistas que Roosevelt riscou. do programa da Casa Branca, e do outro lado a. política de entendimento, Ae igual para igual, entre povos e governos da América, do Continente da Liberdade, da teira de San Martin, Bolívar "hee Washington e desses róis do povo, ignorados", que. O PARTIDO NAZISTA EM S. PAULO HISTO audácia»* ém interv«n^ã* «liróta *»« vida da pagovorno nattista íra-Jucãa Eis «ua va bracileiro. literal: -EM moderno". cnAssim, no sentido de resolver o impasse, adotando o ainda, tério que melhor lhes parecer, ou seja, o de revista,.ou, outro dos no sentido, do sr. Roberto Lyra optar por um pu por Julgadora escritores mais votados, os membros da Comissão "Prêmio esta ainda reunirão Literário Samuel Ribeiro" se do NASCIDA INKMANN — (Brasil) PAULO EM S A CRUZ DE HONRA DE 1* GRÀd Berlim. DO CHANCELER ESTADO Est« foi p-r«m<* concedido pa* mulher alemã, que. cincoenta ha Brasil • \*n\a Hitler a vivia no anos. Aqui EXPEDIENTE e estudaram eles aqui nunca oia Que N- veut as nfasceram grediram . deixado de Kl 1939. d« HITLEK E FUEHRER O Maio d« a.) ihos, pirotanha sua pátria, pensar Mas que nada temos com isto. tenha se esforçado para que seus Brasil, filhos, todos nascidos no -v«i*r* y s nunca Propriedade fls* dixer. a na que foi cunhada Kion.vçAo om fiiVs leis as após que fotografia na hmoi muito a Acresce aparece ano isso contra autentico* ser de deixassem alemães, KMPRICSA -EDITORA DiRKTRlZTCS IíTDA. WiHnôr DTRRÇÃO de'Maurício Goulart e Samuel Rodrigues Augusto de SECRETARIA -Bruzal GER15NOIA de: Afranio de Freitas PUBLICIDADE — Carreiro de Oliveira de medalha acima, 1933, um nacionaüi-ca- de pulo nosso governo, até que ponto cheabuso a * a insolência,., a ga deshonestidode do governo aia-sis- ção baixada o que mostra Rego, AÍvai-q Moreyra, Francisco Alceu Marinho"Barbosa é Joel Silveira — Redatores ,lé Assis — Movjmen.to Tral>allii«ta. -D* Horta Arnaldo PèdrOso — Artes Plásticas. ¦. Carlos Crivhloanti MuríMo de Carvalho — Música. .Nassara —.-.Rádio.*.:. *•';•• ^ Rachel rie Queiroz —— Crítica estrangeira. mistériosRkhnrd Lewinsolm — Guerra seme Finanças. .JScononria Tcófilo dc Andrade PiVçinação' <lf: Augusto R-Hli-iü-ues. Ilustração de: Irene *' Artcotiela. Redação e Administração: PE MARCO, 7 (8.» aml.) R-liA PRIMKIRO (Entrada pelo Beco dps Barbeiros*) Telefones-: — IH-SS70 —e 4:i-H~,»« 4:*.-Kr,7» Direção e Redação — IX-Sr.as Gerênciu e pulilicidade RRIOÇOS TSifanero avulso . • • • Número atrasado . . . . Assinai ura anual . . . • Assinatura semestral 21 ALEMà MÃE DA semana. *Dir-rDi7Pc; ' Nessas condições, na próxima edição de DIRETKlZtb, dos ao mesm otempo que divulgaremos na íntegra os votos resultado o também membros dessa comissão, publicaremos "Prêmio de História Jose do a que chegaram os julgadores enconCarlos de Macedo Soares", cujos primeiros votos já se a data tram em. nosso poder. Nessa mesma ocasião, fixaremos os prêmios a que em que os autores vitoriosos receberão fizeram jús. l CONCEDO DAMANM — ELISABETH A ALEMÃO POVO QO NOM£ ta. reportagem mesma propósito da "A História do Parti- do em Ainda a Nalista outra notícia S. So^-jrtdo "La boletim editado de Eis acima o manto l$00<> 5JÇ00(> car cvo$oo<> 2r»$000 ^W"V** docu- sensacional que prometêramos em nossa reportagem ção passada, inserta "História do Partiu!-» sob Brasil". Por de nossa vontade publido edi- pendentes mente agora cKegou titula mãos a cópia fotoestatica o Nazista ao cionadío iríd'»- circunstâncias documenta ás que só- nossas aos nossos !eiacobamos de ler chegar Outro Buerros áqueia AJec»aoia", acaba Aires, o esax -chefe capittal pião alemão Treutleter, da USCHLA — ramo da Gestapo — em S. Paulo a elemento de Oto ligação no Brasil do espião Chistensen, do men- tido í mas prova em íamos a dar tores. no Paulo" sensacionalmente denossa policia ha algu- pela semanas. gk ¦ ¦;.-.'..;.-•>,; ¦ PAGINA '¦'jA ¦"•.¦"..''.' v.y.v"; 'v '; ':';.'..""'S. ."'"•'.';."'.¦ 8 'v-vv "•'••;-__.•,_••• _,:. •¦:..,.•• '.'-y ¦„-'•;; %'^.V "vi"' .'• ' DIRETRIZES 21/5/1942 y\ UMA CARTA 1)0 SR. M. C. FERRAZ DE ALMEIDA, PRESIDENTE ATUAL DA COOPERATIVA AGRÍCOLA DE COTIA A propósito da reportagem "Cooperativa só pra japonês", publicada pelo nosso diretor, Samuel Wainer, na edição n. 95 de DIRETRIZES, de 23 de abril próximo passado, acabamos de receber uma longa carta do sr. M. C. Ferraz de Almeida, atual presidente da Cooperativa Agrícola de Cotia. Obedecendo aos princípios de ética profissional, publicamos abaixo â; carta deste cavalheiro, incriminado de pactuar com os elementos nipônicos na.direção daquela Cooperativa. Quanto aos argumentos apresentados pelo sr. M. O Ferraz de Almeida, defendendo-se da acusação contra ele levantada, nada temos a dizer. Julgue-os o leitor. . 'Discordamos, entretanto," totalmente, ' de S. S. quando passa ao terreno da defesa, direta da Cooperativa de Cotia. Os ,seus, argumentos não conseguem destruir as afirmações de nossa reportagem. O. sr. Ferraz de Almeida refere-se, com certo entusiasmo, àos atuais'1.000 associados não j a pon estes do quadro social daquela Cooperativa, mas, logo abaixo, diz que esses- 1.000 associados se dividem por 15 nacionalidades. Po.cic-se deduzir daí,que, tal ve, nem 500 .destes sejam brasileiros, c Isso.numa sociedade pretensamente nacionalizada, de 2.200 associados ! Estimaviamos muito mais que ò sr. Ferraz de'Almsida jã dispuzesse de elementos para poder nós informar que, daqueles 2,200 associados, mais de 51..%' são .brasileiros, pois Iião faltam agricultores nacionais dentro da área de ação em que' age a. Cooperativa de Cotia . . .Cambem não.vemos motivo para.tamanha alegria-.-da,parte,; do missivista quando se refer ao fato da Cooperativa ter permiúdo qüe'brasileiros, sem qualquer parcela de sangue asiático, passassem a interferir direta e positivamente na. sua vida administrativa" (sic); Enfim, .deixemos ao critério dos nossos leitores fazer a...eomparação entra, as afirmações da nossa reportagem e as alegações do sr. M. C. Ferraz de Almeida qüe, nos pontos em que toca às acusações arguidas contra a Cooperativa, sur.... gem muito frágeis;: ' Já uma'vez fe acentuamos, não'achámos inútil repetir, que não nos move nenhum intuito pessoal contra o agricultor japonês em quem reconhecemos extraordinárias, qualidades.de organização e trabalho, o nosso intuito, ao. discutir o problema das cooperativas amarelas de São Paulo, foi apenas dèfenefer ò ponto'de vista da extrema necessidade da su imediata nacionalização, da necessidade da; defesa do agricultor brsileiro em ...luta desvantajosa com o protegido agricultor japonês, da necessidade, em síntese, de vigiar e acompanhar cuidadosamente as organizações nipômòás nõ Brasil, prineipáimente neste momento em que o Japão, como qualquer um de seus comparsas do Eixo, surge como ameaça direta contra o nosso país. , Por tudo isso, fazemos votos para que o sr. M. C. Ferraz de Almeida, agora que se acha na presidência da Cooperativa de Cotia, agora que tem ao seu lado um representante do Ministerio da Agricultura e outro do Ministério da Guerra, tudo faça para transformar a Cooperativa de Cotia num autêntico instrumento de progresso econômico do Brasi1» e, ao mesmo tempo num fator de evolução social e cultural do agricultor brasileiro. Este nos parece o caminho que deve ser trilhado por toda entidade verdadeiramente nacional. Enquanto isso não se verificar, ficamos com o nosso ponto de vista, largamente exposto em nossa reportagem de 23 de abril, continuando dispostos a voltar ao assunto sempre que isso nos pareça conveniente à defesa do Brasil. E' a seguinte, na integra, a carta do atual presidente da Cooperativa de Cotia: Sao Paulo, 9 tíe maio de 1942 — ção defendidos pido exmo. sr. gelimo. ar. Samuel Wainer — Reneral Meira de Vasconcelos. daijüo âa revista DIRETRIZES — Talvez tenha sobre-estim-ado as Rio de Janeiro — Prezado Sr. : minhas forças pessoais. ¦— Em fuce du ampla reportagem Mas. o que é certo, é que nunn.<> 95, dessa revista, ca mc faltou o apoio das altas publicada no "Cooperativa sob o título só p'ra autoridades brasileiras e, graças a elas, em menos ãe um lustro, japoneses", resolvi escrever-lhe a a Cooperativa Agricola de Cotia presente que objetiva, tão somente, esclarecer a verdade dc certos nacionalizou o seu quadro ãe emJatos' ligados ü minha situação pregados, admitiu no seu quad.ro de atual presidente da Cooperasocial, perto de 1.01)0 elementos Uva Agrícola de Cotia. não japoneses e, o mais importânJVa reportagem te de ludo. permitiu que brasileiem causa, o meu modesto nome aparece coros, sem qualquer parcela de san" ino o de um gue asiático, passassem a inierjequinta-çolunista" cio triste papel de rir direta e positivamente ná sua que "testase presta de ferro'' dos japoneses vida administrativa. da citada Cooperativa, sem que, Ternos obrigação de reconhecer tio entanto, se diga de modo poessa conquista nós a devemos que »itivo, quais os atos por umn praao sr. dr. Fernando Costa, miticados no propósito ãe acobertar nistro da Agricultura, e atual inus possiveis atividades anti-brasiterventor federal em São Paulo; leiras de tais japoneses. Arthur Torres Filho, ale há pouE, assim, sou obrigado a eonco diretor do Serviço da Ecoeluir que o meu "quinta -coin jusnomia Rural do Ministério da vio" é fruto exclusivo da minha Agricultura; Luiz Piza Sobrinho, eleição da pura a presidência ex-secretário da Agricultura de mesma Cooperativa. São Paulo; e mais aos técnicos ilustres Desejo, pois, preliminarmente, que superintendem os Serviços agronômicos federais e dizer que não trabalhei, nem peestaduais, relativos ao fomento e di, para obter o cargo que ora ocupo, com sacrifício de meus à organização da produção; aos interesses que dirigem os Serviços referentes justos, particulares. à fiscalização e aplicação das leis Sou advogado modesto, vivo üa trabalhistas ão pais; e. finalminha profissão, e lenho p/jr ela mente, ao Banco do Estado, de, verdadeiro sentimento e amor. São Paulo, e ao Banco do Brasil. Trabalhando para todos os que Ao se constituir, a C. A. C, me ãe acordo corn a procuram, 'ética, como todas as outras cooperaliassim tenho advogado para vas ãe japoneses, existentes no m Cooperativa Agrícola de Cotia, nosso meio, era 100'!. eslrangeipaia a qual, igualmente, enlre ra. E assim, outros nomes conhecidos, rclevanpermaneceu quase vina década, até que sc tornou a tes serviços de aáovocacia tem extraordinária força econômica prestado o grande juriconsulto que c hoje e a única cooperativa que é o exmo. sr. dr. Abrahão Ride japoneses com considerável beiro. número de quotistas de origem Já há ires unos, bem antes âa não japonesa, representando pereclosão do aluai conflito interto ãe 15 nacionalidades diferennacional, depois dc entrar em tes. contacto com alguns dos problePergunto: qual. dentre as eomas pertinentes á vida adminis- operativas japonesas existentes no trativa das cooperativas nipopais, oferece semelliante exemplo brasileiras, considerei que seria ou resultado? possivel ciujuadrarmos essa sociedade nos planos de nacionalizaSobre a escolha do nome úo *l- gnatário desta para a presidé?wia da Cooperativa Agrícola ãe Cotia, é preciso tornar-se bem ciaro o seguinte: ela foi conâicionaà da, pêlo próprio signatário, aprovação das autoridades da Ordem Política e Social; à do sr. diretor do Serviço de Economia Jiural, do Ministério de Agricultura e à dp diretor âo Departamenlo de Cfooperativismo dé São Paulo: Ao receber o convite, desde loesclareci que não poderia go aceitar d investidura diante da mais leve restrição ao meu no^ pie, qualquer que fosse a nalureza dessa restrição. Ponderei mais que embora náo estivesse rggistado no quadro de empregados da siCooperativa, dada a minlia tuação de seu advogado, poderse-ia insinuar que eu aceitava o cargo mediante um conluio, com os antigos diretores japoneses; c ¦ que,, finalmente, por nüo desejar fugir ào- exercicio dá advocacia, não me considerava um verdaãeiro agricultor... Todos esses argumenlos. foram contrariados. E, afinal, como provam cartas em meu poder, vi a niinha cândidatura aceita por todos, bem como a do meu presüüo amigo Qtíintlliano Moreira César, contador da Cooperalivg, cujo nome foi especialmente recomendado pelas dignas ¦ autoridades ineum bidas¦¦ de acompanhar as atividades das sociedades integradas por eleynentos do eixo. Diante do exposto, ?ulgo Quc me assiste o direito de dizer: 1.°) que Jui escolhido para a presidência da C.'AAC. 'sem a mdiss leve interferência de minha parle; 2.u) e que estabeleci condições para a minha eleição e só mediante á 'aceitação dai mesmas concordei com ela. Essa é a expressão da verdàde. E, como ihaior prova de sinceridade, quero acrescentar que reconheço ler sido w-ãnime a aceitação do meu nome à vista tío sincero desejo que teem as nossas autoridades de ver aumenladas e produtivas as lavouras dos agricultores das cooperatiVas nipo-brasileiras. Ao considerarem que conheço úlgo sobre a organização da Cooperativa Agricola de Cotia, deram-me apoio, exatamente como o fizeram em outros pontos do Eslado de Sâo Paulo, onde alguns distintiJSínmos colegas meus, dentre os quais cito os ârs. Bastos Cruz e Luiz Arantes, se viram guindados à incômoda de sociedades presidência nas ovais prevalecem, pelo número, elementos de origem japonesa. Aliás, sobre a administração da Cooperativa Agricola de Cotia, é bom saber-se que ela, de há muito, está controlada por um dos representantes do Serviço de Economia Rural, do Ministerio de Agricultura e, ainda agora, o exmo. sr. ministro da Guerra deu autorização para que um ofiical do nosso Exército assumisse os mais elevados cncargos na adminis tração da sociedade. . A permanência dos elementos acima referidos à frente da gesião da C. A. C, indiibitavelmente, traduz a mellior garantia, os interesses para brasileiros. Entretanto, a bem da verdade, é preciso que se diga que a assislcncia de tais elementos foi requerida pela própria cooperativa bem antes da memorável Conferência do Rio de Janeiro e isto porque os elementos brasileiros e alguns japoneses da Cooperativa de Cotia nunca sc esqueceram da importância que tem a produção de seus cooperados, no tocante ás necessidades de abastecimento das nossas militares e das forças nossas populações. Finalmente, uma referência ás pessoas que aparecem como propiciantes ãe certos informes contidos na reportagem determlnante desta carta. Quatro delas, inclusive o contador e o venâedor do mercado de Pinheiros, traballiaram na Cooperativa e deixaram o emprego por motivos que o signatário ignora. E, outras duas, ainda figuram nó registo de funcionários áa sociedade. Ao tomar conhecimento da reportagem que nos leva a redigir a presente, sem a menor demora, a diretoria presidida pela signatário toiicitou ao sr. dr José Leite de Almeida, delegado do Serviço d* Economia Rurai, gue abrisse um inquérito adminislrativo para apurar as possiveis faltas praticadas pelos dirinominalda socieáaáe, gentes mente citaãos ná aludida reportagem. Foram tomados, nesse inquérito, os depoimentos dos dois empregados da Cooperativa a linhas acigue nos referimos mas. E eis em resumo o que eles disseram : l.o que forneceram elementos à reportagem de DlRETRIZES; 2.") que firmaram determinada carta endereçada ao exmo. sr. ministro Oswaldo Aranha; 3.°) "que apoiaram em parte algumas lãeias relacionadas com a mencionada reportanão gem, as quais, declararam recordar-se; 4.') "que naãa sabiam quanto à conduta do dr. Manoel Carlos Ferraz de Almeida Agricola perante a Cooperativa de Cotia; 5.<>) "que não foram constrangidos a fazer as declarações" acima transcritas. Em carta dataâa de 2 dc, maio, úllimo, dirigida ao sr. dr. JosC Leite de mesmos' Almeida, os esclareceram funcionários "não tiveram o intuito que. 1.°) de ofender o sr. dr. José Leite de Almeida no exercicio de atribuições do seu cargo, porquanto desçonheciam sua permanência como autoridade designada pelo Ministerio da Agricultura para acompanhar o movimento econômico e administrativo da C; A. CA'; 2.o). que não Unham. agiáo influenciados por "despei(Continua na ü211 pug.) ma grande oportunidade -ara os escritores brasileiros A "REVISTA DO BRASIL" ASSUMIU O PATROCÍNIO, EM NOSSO PAÍS, DO II CONCUK* SO LITERÁRIO LATINO-AMERICANO Uma iniciativa do» mais üíêis para o verdadeiro intercâmbio cultural entre o nosso país e os Estados Unidos acaba de assumir a "Revista dó Brosil", dirigido superiormente peio alto espírifo do sr. Õtàvio Tarquihio tie Souza, aceitando o potrocinio do "II Concurso Literário Latino-Americano, promovido pelo Departamento de Cooperação Intetectuol da União Pon-Americana, em colaboração com o editora Forrar & Rinèhort, dè Nova York . Trafá-se, em verdade, de acontecimento singular para os tetros e porá a cultura do Brasil. Aó contrário do primeiro, que se limitou oo romance, o corfeurso de 1941-42 abrange tombem a biògrofio, o er.toio histórico ou sociológico, os livros de memórios ou de impressões de viagem, alem de obras de literatura juvenil, destinadas oos leitores entro 12 e 16 anos. No I Concurso da União Pon-Americono, o primeiro prêmio coube ao romance do peruano Ciro Alegrio, cujos direitos de odoptoção cinematogrófica lorom recentemente adquiridos por Orson Welles. Tambem um escritor brasileiro. Cecilio J. Comeiro. teve o seu livro premiodo e publicado nos Estodos Unidos. "A Fogueira", — é este o nom« do original do jovem escritor potrício, — j-é íoi lançada em edição brosiieira do livreira José Olímpio. O II Concurso Literário Lotino-Americono distribuirá três prêmios, num totol de 5 mil dólares. O primeiro, da importância de 2 mil dóiares, destina-se oo melhor romance; . segundo, da mesma quantia, Abrange e biografia, e ensaio histórico ou sociológico, os livros de mcmórios ou de impressões de viagens, refletindo espectos da vida ou do pertsomento da América Latino; e, finalmente, o terceiro, àa importâncio de mil dolores, tem por objeto obra literária em prosa, especialmente feito para leitores de 12a 16 onos. São os seguintes as principais condições poro este II Congressoj a) podem concorrer não só livros inéditos, como todos oqueles que forom publicodos depois de 1 de setembro de 1941, dota da abertura do cortcurso em Novo York; b) oos concorrentes é licito enviar tantas obras quontos queirom, desde que cada uma seja submetida em seporedo e com o correspondente pedido de inscrição; c) são admitidas obras escritos por dois ou mais escritores; d) os trabalhos deverão ser escrito/em português, rfão podendo os romances, ensóios históricos, etc, contar menos de 50 mil palavras; e) nos livros do gênero de literatura infantil poderão ser incluídos desenhos e üustroçõés; f) não serão aceitos monuscritos rotos, materiolmente descuidados ou cheios de emendas e rasuras; g) a dato de eircerramento do concurso será a 15 de setembro de 1942. Os autores premiados terão garantidos os direitos de propriedade l.terória e os livros que merecerem o prêmio serão traduzidos para o inglês e editodos pela casa Farrar & Rinehart, de Nova York. Na América do Norte, os livros selecionados e classificados pe|cs diversas comissoes ,ulgadoras dos paises lotirío-americanos serão definitivamente julgados por duas comissões de escritores, a saber: 1) John dos Possos Thornton Wilder e Ernesto Montenegro (romances, ensaios, etc ) e 2)' Blanche Weber Shoffer. Delia Goetx e Elisabeth Giíman (literatura juvenil) . No Brasil, o direção da "Revista do Brasil" organizou três comissoes. conforme cada prêmio ou grupo de gêneros literários contemplados. A comissão de romance será constituída pelos srs. Álvaro Lrns, Marruel Bandeira e Prudente de Moraes, neto; a de ensaios históricos etc, pelos srs .^Gilberto Freyre, Rodolfo Garcia e Roquctte-Pinto- e a de literatura infantil, pelos srs. Abgor Renault, Augusto Frederico Schmidt e Carlos Drummond de Andrade. Nos demais poises da Américo Lot.no, B direção e oroanisacão do II Concurso áa União Pan-Americana foram confiodas a revistas ou inst.ru.çoes culturais, tais como: Argentina, revista "Nosotros"; Cuba InsHtucon Hisporfo-cubana de cultura; Chile, Sociedad de Escritores de Ch.le; Equador, Grupo "Américo"; São Salvador, Biblioteca Nacional; Guotemala, Biblioteca Nacionai; Haiti, Société Scientifique; Honduras, B,b«,oteca Nacional; Peru, revista "Insula"; Porto Rico, Ateneu de Por*»R.co; República Dominicana, Ateneu Dominicano; Venezuela, Biotioteca Nocionoi, etc. Os originais de outores brasileiros podem ser enviado, desde já i da Rovsto do Brasil", nesto capital, « avertida Rio Branca ». ^doçoo i/.v-n, i.» ondor, telefone 43-707*. 1 tf fislB! 21/5/1942' PAGINA DIRETRIZES vo Meternich volta a olhar - O IMA FALANGE ESPANHOLA E A CONQUISTA DA AMÉRICA PERIALISMO FASCISTA EXPORTADO VIA MADRID $r 9 m ei ja a ge e nacionais desses paises. Sendo que em Cuba, foi pedido no Parlamento que o Go"exequator" a verno recusasse um cônsul espanhol que havia sido designado para Havana, **leapor ser um proeminente der" falangista. atitude No México, pela desassombrada do senador Miguel Angel Menendez, tomadode mos conhecimento cumentos que comprovam incontestavelmente a ação subversiva da Falange- Das muitas cartas desses agentes, lidas no Parlamento mexicano parlamentar vapor aquele mos transcrever aqui apenas uma. Ela foi enviada de Nova York, de um falangista, Aufredo Varela, a um seu comparsa, Garcia Diez, solicitando informações sobre navios que deixaram o porto para localizá-los afim de que os submarinos do Eixo os torpedeossem. Assim está redigida: IMPERIALISMO fasclsta é uma organização O que vem se aperfeiçoanPar AMILCAR ALENCASTRO todos os requintes panha necessita do seu esforcom do ço para uma obra que jamais imagináveis, há quase dez foi empreendida, como a de reanos. E' um monstruoso poi'• **v construir o império". E' uma "^^Èti£j^BrBS$ms3SBt*J^l vo político de enormes tenta*^Bfe •¦* * * w*.*-' *• * yyifli:T • ffe-^Mjitf _s_u_\m\tj27i' EBt-BB "los demonstração que geneculos que, há muito tempo, rales" à moda Queippo de vem se alimentando com o Liano, e Cabanellas, ainda sogangue da humanidade e obnham possuir as suas riquissiservando todas as suas fraque"de los Vicemas Américas zas, calculando o bote mateReis"... A Espanha de hoje, máticamente, para apossar-se 1E9nd&12ff£i *' contaminada pelo delírio imda presa no primeiro descutdo. Os paises americanos, após perial de Berlim, procura volo rompimento das suas rela- tar a uma nova era retróspectiva da Espanha Imperial ções com o Eixo, parecem, sudos Reis Católicos, dominanperficialmente terem afastade "habla do das suas terras o perigo do toda América nazista. Pensam que em se fe- espafiola", para, no mesmo ocupado outrora por trono, chado as Embaixadas da Alemaha e Itália e com o inter- Fernando e Izabel, acomodaAli uns milhares de espanhóis, «orno estes jovens, estão paSune Serrano Franco rem-se "front" oriental, a dívida conGesnamento dos agentes da com o seu sangue, no gando sob reino, do seu tapo, toda atividade subversi- ner. Por trás traída pela faJange oom o naiãsmo maquiavélico de o domínio ta do Eixo tinha que cessar ca e, segundo os falangistas, ram um desfile desfraldando Meternich, está Hipor força. Puro engano. Todas um novo será a primeira que deve voltler, com o seu olhar raivoso, bandeiras monárquicas espaorganizações secretas, essas tar k antiga Metrópole. dominando pelo terror uma nholas e, numa pública e irreeorroedoras das nacionalidaUma semana depois do dia verente manifestação de apoio nova Santa Aliança no conti"Setior dom Frederico V»des, persistem ainda. E' ver20 de maio, data em que a de Hitler na Aràs naziso pretensões onde europeu, nente manto difedade que sob um República Cubana festejava rela, a cargo dei seííor F. Q. ruas gentina, percorriam as "Viva mo revive a Idade Média. Pada Gestapo rente, o espírito "Viva Hitler", mais um aniversário da sua Varela — Apartado 00. Veramórbido gritando o temperamento ra sua continua a trabalhar na Independência nacional, o ge- cruz — México. Franco", até que ao chegarem dos ditadores não é impossifaina traiçoeira, em plena liMui querido amigo: neral Franco praticava o prià Avenida de Maio um» pequevel ressurgir a época do absoberdade para praticar a sua He recebido su atenta carindotrama em nossos países ta dei 4 dei corriente, por la tolerantes e lalentemente que me dá la noticia de la carAs ingênuos. mentavelmente ga dei vapor noruego GUNDA funções dos agentes do Eixo e su salida de esa de juevea reorgaapenas sofreram uma passado en la tarde, y como nossa forçada pela nização que los receptores dei lino que somente Deu-se MOrepressão. esta tranbordando dei de transferência poderes uma TOMAR estan travando de ese missões. Passaram dos agenquivar nuestros embargos por Faos da tes da Gestapo para ei flete hasta esa, con ei fin lange Espanhola. E havemos de que no nos sorprehendera *4 de convir que a tarefa será levando ei buquê a otro puercome falam facü, mais Unidos a pois to de los Estados noso preendem inteiramente descargar, molestamos a usted racial tipo o seu e idioma so para que tuviesse la bondad se confunde com o nosso. de telegrafiarnos a que puerFalange da A fé de oficio to habia sido despachado ei nas Américas é longa e agimismo, lo qual por médio de supremo objetivo tada. Q seu nuestro telegrama que dice: é a conquista da América paAgradecido suya quatro. Ro"leaders" falanra Hitler. Os gamos telegrafie puerto fué direitos» reinvindicam gistas despachado buquê salió dita pretensas da Espanha sobre tarde". minorias espanholas em nosso "Habiendo recebido la concontinente. Entre esses paises, "Suyo destestacion que dice: o Chile, a Argentina e o Méinvadida com Von Edgewapachado para Soldados alemães desfilam pelas ruas de Madrid, pelas ruas da terra xico teriam naturalmente que lhe agrainforme Cuyo ter". o auxílio dos falangistas minoritàdireitos conceder decênios mui de veras. Esperios a duas agrupações. Uma a meiro ato de provocação, deno piquete de polícia, auxiliaopressor. A Inquizição lutismo ramos que quando ei SIDEnào Espanha alemã, outra a espanhola. Asa clarando maa que dissolveu sangue do pelo povo, nazista encharcou de RAL termine se servirá usted do sim como Hitler acha-se com niíestação e arrebatou-lhes as aceitava o reconhecimento a Europa e o Torquemada avisamos la fecha de su salie, Cuba, de o direito de governar os aleseu um pelo depois, governo Logo estandartes. Himmler colaborando como o ao mesmo tempo, solicitava o universitárias em Hitler, Metternich grupo de já preparadc 5 milhões de pagamento gridas ram um novo Tratado protesto contra a Falange "Vitim». pc.setas pela internação do natavam: '*Abajo Franco", Tordesilhas para imporem-no vio rebelde espanhol Manuel va Argentina". à América. E já fizeram até o Arniz, eco: lido durante a Reseu novo mapa, onde a velha Com relação â Cuba, a Favolução em 1937. mãe Espanha leva o seu quilange tem um ponto de vista substituírem Para nhão... especial. Este país foi a última Apesar de todo o saneamendesdos figura a com êxito colônia espanhola na Amérito político feito pelos Estados cobridores Pizzaro e Cortez, Unidos na Zona do Canal, ainflibusteiros não lhe faltarão da hoje a Falange está aginiWíWííS-í nestes mais experimentados do sobre esse ponto vital da mares, tais como Marene, Herem América. O presidente Juan Negrl, o homem que rera. von Cossel e Plinio Saldefoi do Panamá exercício último o continuou lutando, , por isso, Alvarez dei Vayo, gado... num golpe de Estado posto vencerá ministro do Exterior do govercomproestar seriamente por As atitudes da Falange na no republicano. Sua luta para da e ei puerto para onde vá metido com o.s elementos nainteiracomprovam das América Liga da olhos abrir os por la qual antecipamos a uszistas. No ano passado realiNações foi épica — — mente os seus desígnio.**. Quanted las gracias mas expressizou-se uma manifestação podo a polícia argentina proce-vas". litica fia Espanha, na cidade de e diligências a dia prisões Franco julGarcia Diez" mães da América, de Medina dei Campo, onde súditos alemães, envolvidos no direito o com também ga-se Franco passou em revista nufracassado "putch" nazista da Esta é uma das muitas carde governar os espanhóis de merosas delegações falangisArgentina a Secção Patagônia, sede sua Da nosso continente. tas de todos os paises da Amé-< tas dc agentes falangistas no o hoRojo, Vicente realiO Espanhola, Falange general da FaMéxico, onde o governo foi em Burgos, a Central da rica! Vários incidentes ocordefendeu Madrid. Buenos mem em Flórida, rua que na zou esdo diatenção lange chama a reram em Costa Rica, Colòm- sempre anti-nazista. Que voltará cle a comanmanifestaQuando uma Aires, grande remos de outros paises ameripanhol residente nos paises dar suas tropas sob a Puerta bia, México, Chile e Cuba en» de prisão pela protesto ção americanos proclamando que mi 2:2a pag.) tre representantes da Falandei (Continua Sol? Realizanazistas. agentes dos "chegou a hora em que a Es- mmÊmmz • .¦ ¦ ' *'-j **i!*^pp*s -jj *** -r:.,-v v ;.::.-•.. ¦- 21/5/1942 DIRETRIZES PAGINA 10 ' P-ty*.\V.;.£.*^^^^ ^fe%JI^^"fi^^ ^'ií^itóic^-i-i-^^i' :&* .' ¦ de PEQUENA CURIÓSIDADE ¦— E os mendigos tambem pagam imposto de renda? MAIS OUTRA Em algum lugar da Europa, havia uma casa. Na janela da casa, um papagaio bra'•— Viva a liberdade'." tjou : O homem que ali morava, correu, puxou o papagaio, foi se fechar com ele num quarto. Ainda tremendo, disse: u— Graças a Deus, ninguém o ouviu! Não repita mais isso. Eu tambem penso como você e vivo de boca fechada. Eu e milhões de outros. Sim, meu amigo. E' o tempo mais iguôbil. E' a gente mais repugnante. Um regime como este passa qualquer imaginação, por toda exagerada que seja. Uma minoria roubando e matando, e o resto imenso, reduzido ao silêncio, acovardado, submetido, anulado pelo pavor, a sofrer com o jeito de aplaudir. Conheci os poderosos de hoje. Eram tão pobres como nós. Tomaram conta do governo, estão milionários. E ai do louco que não baixe a cabeça! Ai tio que tente provar que a .pátria não é um negócio! Ai do que clame que todos teem os mesmos direitos e os mesmos deveres, para a Você se felicidade comum! arriscou. Você podia me comprometer. Liberdade é um nomc perigosissimo. E' proibido pronunciá-lo. Temos que existir como coisas, se quisermos existir. Reduziram-nos a bonecos. Somos uns fantoches infelizes. Vá. Volte para a janela. Mas, bico calado!" O papagaio olhou o homem, sacudiu as asas, ergueu-se num vôo rápido, rumo à rua. Na rua, pôs a maior força na vo?, "— Prefiro a morte.! gritou : Viva a liberdade!" NO 21/5 M1 boacreditava em tudo. Todas as mulheres eram ran* nitas. Todos os homens eram bons. Fiz de fa. iá Li cisco de Assis o meu santo. Mais tarde vi que, por ALFA/20 MOREYRA Talleyrand tinha mais razão. — Quando as crianças sonham que estão cain- exemplo, Pertenci à familia enorme dos que possuiam do, é porque estão crescendo. dois paises: o seu e a França. Agora os meus parenAprendi essa verdade há muitos anos.: Eu não. Ao menos arrandesgraçados. andam tes assim. sonhos Mas sonhei poucos jei uma alegria: sou francês livre... Paciência! Se não cresci demais, carreguei comigo o gaNão vale a pena entristecer. É preciso não firoto que fui e outro que a vida me deu. O que fui car aflito. Pôr o mínimo de excitação nas palavras ~~ e nos infância, continua da ^c*-™, uhsiuxuüiíwicuw -a*, A lição do mundo é a humildade. Fa guarda guarua uo deslumbramento gestos. inocente diante das coisas criadas, criando-as de cil de conseguir. Basta que se reflita um pouco so-o ridículo genovo, por encanto, curiosidade, admiração. O outro bre a insignif icância pessoal e sobre -17-avrrrml-iíi „_i «a 1 Vi-ano Hp ™™ moleque mnlomiü sem oom vergonha. oi ím.n aparecirco aDarede 0.\rc.() um r»palhaço fora, nm éA um dias, aí ral. EssesJínr, Ás vezes, penso que não vale a pena viver. De- ceu, de-repente, como"profeta. Tambem foi preso. na pois, torço as sobrancelhas entre os dedos, paro Calma! Doçura! Não se sabe nada, além da dúvida: morrer, que é que adianta? com que tudo se apresenta. Um Viver... Morrer. . . Questões pessoais. Cada forma interina a borboleta é o dia seguinte dà ladisse que sabem todos poeta Nem que morre. por um sabe por que haja muitas garta. Pode acontecer que entre nós vivem. anjos. . . Indiscutível é que deve exisSe eu não fosse o que sou, queria ser isto mes- vésperas de se "diverte prodígioalguém cima, lá em que tir, mo. Ou então veterinário. Já gostei muito de mim, no tempo em que samente"... COMPANHEIRO O menino nasceu olhos fechados. . . Sim... Mas já os abriu. .. O primeiro erro... , como se achava lá, talvez dis- j sesse isso para não ofender ch ¦ espanhóis que acabavam de ser escravizados. Herman Lima é, principalmente, um poeta. E' a viagem de um poeta, esta, que José Olympio, em ótima apresentação, está espalhando pelo Brasil. MUSEU FARROUPILHA — Coelho de Souza, secretário da Educação, no Liio Grande do Sul, contou aos jornalistas de lá que o governo do Estado decidiu fundar em Piratiní o Museu Farroupilha, cuja organização e conficará a cargo do ser vação de Porto Histórico Museu com a colaAlegre c contará historiadores riodos boração grandenses. O interventor :.olicitará o serviço do patrirnônio nacional, a vinda de um engenheiro especializado, afim de tratar-se da restauração e dos serviços de conservação dos edifícios históricos existentes naquela cidade. O governo do Estado adquirirá um "Outros céus, outros mares". edifício, onde foi o palácio do Um livro. O veículo.melhor. governo de Piratiní e onde "caatualmente funciona um hotel. Nos outros céus, nenhum Em telegrama recebido de Jaça". Nos outros mares, uenhum submarino. Como Herguai-ão, o prefeito daquele municipio participou ao general man Lima sabe conversar! EL Cordeiro de Farias haver adconta. A gente vc, a gente escuta. E é tudo verdade. So quirido o prédio onde foi o Ministério da Guerra e onde uma vez, Herman Lima nao residiu Garibaldi. O museu reparou bem e disse, nas pro"... Nserá instalado no edificio, onximidades clc Burgos: de foi a sede do governo Farquc foi até bem pouco a capiroupilha. tal do país redimido". Mas, MEIO DA RUA de novo a Londres, onde tivemos a primeira impressão da neve, depois dc andarmos por Argel, Nápoles, Capri, Porapéia, R'oma, Florença, Pisa, Veneza, Milão, Bruges, por uma porção da Holanda. Passamqs o Natal nos Alpes. Estivemos duas vezes em Lisboa, o que poderá parecer exagcio a quem não sabe que Lisboa é o primeiro e o último porto S brasileiro. .. Berlim, Copenhague, Stockholmo, para o pais de Gosta Ber"a ling, que é como quem diz terra de Selma Lagerlof", c Oslo, continuando daí para "íjords", e partindo depelos pois para Lisieux, depois para San Sebastian, Madrid, via Burgos, depois depois, para para Toledo. .. Que viagem boa! Começada e terminada num domingo de maio, com o sol mais inocente do mundo. ZZz LOS ZORROS ESTÃO NO RIO DE JANEIRO. AQUI CHEGARAM PRECEDIDOS DA FAMA QUE LHES DERAM AS PLATÉIAS SULAMERICANAS. ENCONTRAM-SE NO ATLÂNTICO CUJAS REUNIÕES ARTÍSTICAS SE REVESTIRAM, DEPOIS DE SUA CHEGADA, DE UM BRILHO MAIOR. SÃO ARTISTAS CONSUMADOS DO RISO, INIMITÁVEIS NAS SUAS VARIADAS INTERPRETAÇÕES DO TRÁGICO QUOTIDIANO, ATRAVÉS DE UMA CARIÁTIDE QUE NÃO É DEFORMAÇÃO PORQUE SEM PERIGO — Esse Herman Lima, quc há um ano me levou para a Inglaterra, agora foi comigo É UMA LOUCA PILHÉRIA. ¦;.*. í PÁGINA 11 I.RETRIZ8 S 21/5/1942 CAUCASO - O GKANDK SONHO ÜAfc'"& _ OS TRINTA MILHoES UE ^^SSfl^SSJ^W» _ og CAUCA- RIA i ^^LA O »»f HITLER DB FARIAM ANO, QUE ^«5, NA010NA- quinta-coluna ^SrÇSSSS e bsCcSaramRa 1jío . ir ,_ t^, mn-tn similar, a irriga- De modo similar, dos centros in vas próximas outra transforciais como não existe çào do vale Ararat dustriais. zona cahnucos, uma em em parte alguma: desperta- mou um deserto Estes progressos moldavos, de algodão. georgianos. tártaros, a cobiça de Hitler. Para fértil, produtora antes havia. ram cosonde armênios, judeus, gregos, ,,*-,,mm Em Batum, para caminho v»-~ o camuuw hor preparar lesgianor tchecos, se sacos, russos, *« Cáucaso, nánruan Hitler pântanos, , • Hiuer *,.,*_ plantaram do .e campos conquista de d ^^ nos, kabardino-balkarianos. tas frutíferas uma quin estabelecer tentou E' um país selvagem e somchá. ta-coluna por meio de numebrio, eriçado de picos montano As culturas e os idiomas do rosos agentes plantados precipícios bosques, nhosos, estimulados foram Cáucaso abismos, regiões gilaciais e festivais, Para seu plano, Hitler con- pôr meio de aulas, inexplorados. De planaltos tava com a tradicional políti- excursões e competências,orguO setor central do Cáucaso se militar russa que, antes do novo os georgianos é um vasto espinhaço de mon- _ca consistia lharam de seus cantos melansoviético, governo largude milhas 700 tanhas: dansas tempesem lançar as numerosas tri- eólicos, suas de ra com uma área de 12.000 tuosas' e seus recitativos bus caucasianas umas contra crêsAltas milhas quadradas. as outras, afim de manter o antigas baladas. sobre elevam se nevadas tas necessário político controle Não é de estranhar que os vaies profundos e longitudicontra Rússia a a caucasianos se negassem nais. Violentas correntes tor- para proteger Sudeste. do e Sul do a ameaça responder à propaganda separendais e rios correm a deque imaginado teria Hitler ratista de Hitler. Não podiam sembocar nos mares Cáspio e ainda inimizade este estado de ser persuadidos de que a desaNegro. do nações 45 as do existia entre e a luta intestina O principal caminho O gregação enganou-se. Mas Cáucaso. eram vantajosas para eles. Cáucaso é a estrada militar seguido tinha — governo russo Havendo fracassado seus agengeorglana. Esta estrada desenvolvide a uma política tes, só restava um caminho uma brilhante façanha de enCáucaso no mento econômico no Hitler: a conquista armada. genharia — foi construída seus de próprios interesse no reinado da Imperatriz CataMas os últimos acontecihabitantes. u e miei rina pelo general Pote mentos demonstram que este ruas de Tiflis — a prósNas ferradura de é um caminho — cnsonho de conquista yíu-s« do petróleo capital em uma ampla via para fins pera frustrado pela vigorosa restemuitas nações. de minha gente esta 1920, militares. Antes de tencia © capacidade ofensiva teem, hoje. a caucasianos Os de infestada estrada estava do exército russo, apoiado petrabalham de que sensação bandidos que desciam das las forças das duas grandes ^ c- * ..rm-. aue Hiteler mais ambiciona, no innão e mesmos, si * e saquear para ..ev.tave, .. ,»e » montanhas para democracias, o Império Bri-teresse de algum estranho fi5M * !TSe"*."d»trse"i.ÍSaqmaiS as e viajantes os assassinar tãnico e os Estados Unidosí russos teem redu e nanciador. ingleses o petróleo caravanas. Necessitamos ^^^^MW*M*^****^jBMIWMW> zido mais ainda o forneciHoje, para os fins da guerdo Cáucaso! mento de petróleo, o que sig- ra moderna, a estrada militar Como outros aventureiros nifica que os centros petroiise apresenta como do mundo antigo, Hitler volabsolutamen- georglana são rupssos feros — pais caminho sem pavimentata-se para o Cáucaso a Ale- um que para necessários te sere mistério de ção, curvas violentas, que legendário, sua continuar manha possa está — espelam sobre abismos, e aventuras românticas Este. no campanha maior o a riqueza intransitável durante perando que sua petrolíferas de As jazidas do parte do inverno. afiance como conquistador Bakú, Grozny e Maikop consHá duas principais linhas de mundo. tltuem o segundo centro peestrada de ferro: a do norte Pois o Cáucaso é a terra trolífero do mundo; o primeiao largo do Cáspio, desde EiDos Norte. do tradicional da busca de América a ro é Bakú até Petrovsky, e a de dorados. Foi no Cáucaso onde poços de petróleo da penínterra-a-dentro pelo Noroeste Prometeu procurou o conheci- sula de Aspheron — a mais até o mar de Azov. Um ramal mento divino e por sua curió- notável do mundo — se emliga a linha principal com sidade foi condenado a éter- barcava petróleo e gasolina no Novorossisk no Mar Negro. no tormento. valor de 2-0.000.000 de dólaA linha do Sul liga a Bakú da antes guerra. ano, res por no mar Cáspio com Batub no Foi no Cáucaso que os arpara suficiente Petróleo em Negro. gonautas foram enviados índia mar Rússia, toda ouro. conquistar busca do velocino de gerações, a rota Durante — e Ásia Menor. Petróleo sufiAgora, outro aventureiro a hege- clássica de invasão foi a esestender suas ciente para — enviando está - o Repórter Hitler à porta do de monia de Hitler sobre toda trada que conduz empós Cáucaso ao legiões hoje uma estrada Cáspio; e Ásia — talvez, mesuma rica presa: a fabulosa Europa transitavel e uma locomotiva a importância mo, a América. trepidação da vida moderna, riqueza petrolífera do pais. A Hitler para tornam possível A na existência de eada povo do que acaba E não só petróleo, senão ouTrinta milhões de toneladas em seu afan rota esta escolher - e tombem o prazer trás fabulosas riquezas natude petróleo por ano! Oitenta de suceder a outros povos ás petrolíjazidas chegar de isso poe em de manga€ três por cento da produção rais*. meio milhão de saber e contar as últimas, feudo Jáucaso. do feras de estarem nez por ano. Carvão, cobre, total da U. R. S. S. a necessidade, que todos teem, relevo nazi agressão Antes que a mundiais. prata, ferro, cobalto, enxofre, a par, hora a hora, dos acontecimentos Eua ameaçar O avanço de Hitler para o a zincomeçasse a Standard OU mercúrio, nafta, chumbo, a tanto Daí decorre a razão por que foi soviético gas> Cáucaso náo o Grandes ropa, governo co e sai de rocha. Company of Brazil marcha vitoriosa de um concom tou milhões de rublos no dede bosques extensões a precipitade contratou o serviço quistador como construção. Mag- senvolvimento das Yias de madeiras Ouça o de um homem telegráfico de última no Cáucaso. Cinveludos. transporte lã e çáo frenética de artigos nificos REPÓRTER ESSO hora da United Press, desesperado, atrás do único Vastos campos de trigo, algo- co novas estradas de ferro foprocurando servir os ram terminadas em 1940 para que pode salvá-lo*, o petróleo. tabaco. dão e RÁDIO HAC10HAI seus amigos de todo Com esse petróleo, Hitler pocompletar as principais, e se deste país do Rio - (980 Kct). riqueza a é TaL o ofertarao para Brasil, oleodutos o novos deria continuar desafiando fizeram RECORD RÁDIO estranho. O Cáucaso mesmo de peo mais perfeito transporte o lhes íl.» 56o ?a»\o - (1.000 Kc») mundo; sem dele, está perdifacilitar exno é uma ponte de terra 8 dia manhfl e exato jornal radiodo e o nazismo vencido. tróleo das refinarias e ferroenEuropa da sudeste tremo 12,55 to-gvinto no o já famoso Durante os primeiros Pois as reservas de combusfônico, carris. Cáspio. o 19,55 e kor-áriot Negro tre o mar ESSO, de 1940, os soviémeses tiveis da Alemanha e Ruma22,55 REPÓRTER nove autônosete Cerca as repúblicas *o »i dowin|«i tone«.«ta 4.505 fflaiwiíitl». as dar a importaram nia desceram agora a ticos Arprimeiro Dagstan, Kalmik, de mas da milhões, o consumo mensal ladas de trilhos dos Estados últimas". Azerbaijan. e Geórgia e mênia, facilidades de As Alemanha é de dois milhões Unidos. habita terra-ponte Nesta toneladas. A transporte de água foram amde quinhentas mil poliglota uma população nazis OíL COMPANY OFBRAZIL noSTANDARD Foram perfurados zona dominada pelos pliadas. estranhos: e m • \\*w*****e****\x**-*e*w e**********ee***m de tonela- 45 povos antigos em áreas produtlvos raproduz um milhão poços curiosidade de aéreos uma tenda das. Os bombardeios ^^^^pi-^M ¦*¦ 1 { ^S^ i-^^P^BpPPHpp^if acspa****. - _*¦ V «jt;t; i. i . 21 AVI 942 PAGINA DIRETRIZES 12 ? tf i QUINTA-FEIRA, 14 A verdade é que Emily decepclonou a todos nós. Os leitores devem estar lembrados de Emily. Trata-se daquela eenhora que segundo os médicós da Inglaterra, brindaria c mundo com uma robusta coleção de cinco pimpolhos. Emihy era uma modesta criatura. da cidade de Culham, que, de uma hora para outra, transformou-se na primeira celebridade da cidade. Mas agora esta celebridade está médicos Os comprometida. garantiram em nome dos seus saberes e de suas ciências que Emily teria cinco filhos. Mas Emily é mulher, isto é, alguém que está acima dos saberes e das ciências. Emiliy disse que Ja desmentir a ciência, e conBolava o seu aflito marido assim, pouco com palavras femininas: muito doutas mas Não se preocupe, meu bem. Quem vai ter os filhos sou eu. E eu tenho quantos quizer. E Emily só teve três. Debaide os médicos, debruçados sobre sua cama, debalde os resuspensos pórteres, os dedos sobre as máquinas, debalde esperaram pelos outros dois filhos de Emily. Emily sorria estendida nos lençóis alvos e dizia que os outros dois ficariam para outra ocasião. Mas em compensação, no A m-k distante Senegal, sem alarde nem publicidade, uma elegante senhora do povoado de Salde, acaba de realizar a façanha que Mary prometeu mas não cumpriu. A senhora de Salde é casada com um cadivertimento cujo valheiro consiste em caçar tigres e elevender aos esfantes, para trangeiros o marfim e as peles. O marido da senhora pouco fica em casa. Mas quando está ao lado de sua fiel esposa, esquece por copleto os tigres e os elefantes. Gestos assim, tão amáveis e raros neste mundo de ódio, acabaram por comover a senhora de Salde que resolveu fazer uma surpresa ao marido. Qual a surpresa melhor que uma esposa pode dar ao seu marido ? Naturalmente que um filho. Mas no Senegal, natuialmente por causa do sol, as mulheres são mais ou menos explosivas. E em vez de uem filho, a senhora de Salde feve cinco, duas meninas e três meninos. E' faci deduzir do espanto do cavalhe-ro ao entrar em casa, com dois tigres mortos debaixo do braço e um' elefante atráz, amarrado no cavalo. O cavalheiro entra no quarto oe sua esposa e contem pi a a cena. edificante pela própria natureza. — Todos meus ? Woodley. ..SÁBADO, 16 O almirante von Stuepnagel, governador alemão da França ocupada, tem uma amante, uma elegante fraulein de cabelos louros e olhos azues. A fraulein do almirante é uma senhora mais ou menos granfma. Trouxe certos hábitos dt sua gloriosa pátria, hábitos aliás que atualmente não podem ser repetidos em Berlim ou no interior do Reich. Um dos hábitos da fraulein é tomar banho di-2 leite. Ela manda encher uma banheira inteira coim le te, leito puro de vaca, e~ fica mergulhada dentro, da vida pensando nas doçura** e Inventando coisa agradáveis é para von Stupnagel: Isso muito lógico e até arstistico, mas no caso de que houvesse multo leite no mundo. Mas, em Paris, atualmente leite é ombro de cobra. As crianças morrem diariamente dc fome. Não há leite para n nguem, n-^rn para os doentes nem para os velhos. Só há leite para a amante do almirante. E o que mais irrita é que a fraulem não bebe o leite de sua banheira. Prefere mergulhar a sua já gloriosa carrera. nele e inutilizá-lo, pois que Cent. nas de pescoços P^ininguém vai provar tal leite, slemes, pescoços de ind nechen das int:midades de uma tes, de operários e de todos senhora. esses teimosos patriotas e deOs parisienses, &'mpre culal gaulistas, são prato espec tos. já apelidaram a amante 'Nospara o apetite-dé Heydrich. co general de Cleopatra. E assim vai Pari : Cleopasas crianças estão morrendo "E, no tra toma banho de leite, o de fome", dizem eles. almirante beija Cleopatra e entanto. Cleopatra, toma ba"judeus" e He.drych enforca nho de leite todos os dias". '•comunistas". E' lógico que Nossa opinião é que Cleovao quancio morrerem, os três patra, isto é, a fraulein do almal se díretinho para o inferno, semirante, vai acabar gundo a Igr7ja. Pior para eles, continuar nessa mania. Apepois se fossem para o Pu"gasar das suas reconhecidas vitório, estariam salvos. Salvos? taminas, leite em aburidânPois é. Agora, quem estiver no cia estraga a saude. Purgatório pode se cons derar TERÇA-FEIRA, 13 livre. Isto foi o que resolveu o O sr. Heydrch chegou a Papa Pio XII concedendo inParis. Hedyrrich ficou famoso culgência plenária para as suas tempo, pelas há pouco almas do Purgatório. Não se Tchecoslována atividades sabe o que o Papa escutou de qnia. Foi ele quem conseguiu Deu? ou da àdminstração ofibater o "record" de todos os ciai do Furgàtório. E pc sivel carrascos do mundo e da hisque aquele estabelecimento, tória, pois enforcou uma mésuperlotado com inúmeras dia de cinqüenta pessoas por aquisições que tem feito ulticha. Foi Heydrich quem desmamente, já não possa hoscobriu tambem o método do psdar com conforto e big ene enforcamento em massa, de os seus exigentes hóspedes. Ele grande efQito pitoresco. "juAssociemo-nos à dúvida de pega, vamos dizer trinta Sua Santidade o Papa: Audeus", faz um laço grande e mentar a casa ou despedir almanda que atléticos rapazes guns hóspedes ? Sua Sant dada S. S. puxem as duas ponde resolveu despe' ir aly uns tas dos laços. As vítimas solhóspedes, naturalmente irnatam gritinhos e morrem, deginando, com muita sabedopois. ria, que aumentar o hotel é Agora eni Paris, naturalatrair turistas. mente, Heydrich continuará ¦atPHI i O público carioca ain Ia èsíá lembrado do suçes-ío qn:* alcancou; recentemente, a Exposição cíc desenhos das crianças inglesas, que entre nós foi patroçinada pelo Ministério da Educação, Museu de Belas Artes e várias agremiações ártisticas desta capital. No próximo dia 2<0, o Kio terá mais utna oportunidade dc admirar originais da arte inglesa contemporânea, através de inna -grande exposição «le gravuras. A ipostra será mais nma vez patrocinada pelo Museu de Belas Artes bem como pela Sociedade de Cultura Inglesa. Várias salas dadas quele Museu encher-se-ão gravuras britânicas. A Exposição continuará por iodo o presente mês e durante todo junho. — Sim, meu bem. Todos seus. Desculpe-me se nào pude lhe fazer uma surpresa maior. Assim é no Senegal, Emily ^ ^sll BBB& BSCBST n^F BBSaF «*S#^ O OUE ÉA EXPOSIÇÃO DE GRAVURAS BRITÂNICAS CONTEMPONO MUSEU RÃNEAS A SER INAUGURADA, NO PRÓXIMO DIA 1!), QUADROS, RESULDE BELAS ARTES - DUZENTOS E QUARENTA — A XILOCRAFIA DE ONTADO DAS MAIS VARIADAS TÉCNICAS "BOIS" DE HOJE - O SEGREDO DA VARIEDADE DE TEM E O UMA EXPOSIÇÃO - AS BOMBAS DE GOERING NÃO FECHARAM — ALAS PORTAS DOS MUSEUS E EXPOSIÇÕES LONDRINOS GUNS CONCEITOS DE CAMPBELL DODGSON quando os artistas sc limitavam a reproduzir, nas suas "]> nta-í.eca", os águas-íoríes.e quadros célel res dos grandes pii il ores mundiais, a Exposi• ção nos leva até a presença dos artistas contemporâneos, todos de uma inte pretação original, onde a imaginação lirica e ao mesmo tempo real do novo homem criador da Grã Bretanha se extravasa pei.>s centenas de gravura a' buril, "li- "àeúas-fòftçs": litografias, nòcuts",: xilografias, etc. UM SÉCULO NA VIDA W V tí ST LEU SÍ 1A N N ON, DA GRAVURA INLITOGRAFIA EA GLESÁ GravuA-¦ exposição., de Através os quadros da Fx¦Contemporâneas Britânicas posição dc Gravuras Britam-" ras nos permite, portanto, tomar cas Contemporâneas, poder.e,conhecimento do grande camos aquilatar, num relance, alé < nlinho percorrido pelos artisque grau chegou, na Irã Bretas ingleses desde 1850, martanha, o desenvolvimento da co inicial do renascimento da gravura nas suas diversas müOs 240 quadros gravura original, até nossos dalidades. dias. Nessa etapa de lempo, que serão expostos, são o retodas as experiências foram sultado de uma cuidadosa setentadas, todo um aperfeiçoaléção, quer entre os jovens armento foi desenvolvido. Chartistas ingleses da geração preles Shannon, pelos fins do .sente, quer entre os mestres já século passado, continuando a consagrados, entre os (piais sc oi>ra que fora iniciada anos contam nomes conlv.cdis no antes, dá uni novo impulso, mundo inteiro, como Seymour, vigoroso e quase genial, a liHãden e Whistler. tografia, no qúe foi acompaPartindo do inicio dá arte nhado por Whistler e vários Inglaterra, na da gravura outros artistas já famosos. deixaram nos eles Todos obras magníficas, (jue poderão ser admiradas no original na Exposição do dia 19..'. A GRAVURA DEIRA EM MA- Tambem.a gravura em madeira, na Grã Bretanha, conheceu, logo depois da guerra de 14-18.. um período de franco, florescimento. A xilp-. grafia, (jue cairá cm desuso, foi .substituída pela nova técnica, e todos os jovens artistas ingleses, ansiosos de novos rumos, se dedica rani com "bois". A noentusiasipo ao va maneira passou a ser ensinada nas escolas dc arte t* io1 ,ondres fundadas em ram várias sociedades de gravadores em madeira, «jue celebravam suas exposições simultaneamente. Todas essas técnicas adquiridas com o correr do tempo, c que hoje contribuem parn a maravilhosa variedade da LaAté posição de Gravuras. bem pouco tempo, há vinte anos atrás, uma mostra lão variada não seria possível, scgundo afirma Campbell Dogson, conhecido crítico dc arte inglês, pois a gravura segu:a apenas poucos e acanhados caminhos, não se permitindo a ousadia de experiências e Tambem, tentativas novas. afirma Dogson, o mesmo acontece no qüe se refere ao astema sunto escolhido. ou "Muitos gravadores de águaforte, incluindo alguns dos técnicos mais destacados, conservam a sua predileção pela paisagem e temas arquitetònicos, seguindo aliás a opinião geral dos gravadores desde há uns oitenta anos que começou o renascimento moderno d i 1 'pr fortuna houve gravura. por outro lado, durante os ullimos anos. uma tendência marcada pára regressar ã rtpresentacão dò corpo humano e ao retrato do natural. < >s gravadores bri ânicos contemporâneos sofreram com mcnos intensidade do que os p-ntores a influência de certas correntes européias, como o futurismo, o cubismo e o surrealismo. E' sintoma'ico d > nosso país que os gravadores adeptos dessas concepções tenham sabido rec nciliar a liherdade de eleição do tenta com nma técnica perfehamenlc sã c que ao apartar sé Via tradição não tenham cáidò na tentação de ser'descuidados". DESAFIAM HITLER Os artistas da Grã Bretanha desafiam Hitler. O nazismo não conseguiu sufocar, com sua guerra, a veia artintica dos ingleses, sua imagi*** nação c ieu gênio criador. Hoje, a Inglaterra conta com algumas sociedades importantes, abrangendo nò s.u seio òs artistas mais significativos da nova geração artística inglecitar. sa. Poderemos por respeito da gravuexemplo, a "The ra, a Graver-Printers m "Royal SocicLy Colour" e a of Fainter-Etchers and Engravers", todas com vida aliva e cujas iniciativas e finab'dades nâo se deixaram perturbar óu desvirtuar pela guerra bárbara que Hitler desem adeou sobre o. povo britânico e sobre o mundo inteiro. A de ..GravuExposição ras Britânicas Contemporâmas. que esta capital.admirará a partir do dia. 19, é, portanto, u.m resumo das .niais atividades artísticas da Grã Bretanha no que diz respeito â gravura, suas diversas ino.dalidades, estilos e técnicas. E, por outro lado, no seú percurso pelos paises livre**: <l*> mundo, repres. nt a ela tambem mais uma men-xagem >¦•'róica c grandiosa dã (irá Bretanha, que luta pela sobrevivencia da inteligência e da cuitura, numa guerra iheomum pela sua brutal d ide, mas cn]0 resultado final, a vi'<Va dns democr-dns.' já não pode mais ser di.-xutiuò. i IV &• -m - -— - PÁGINA 13 DIRETRIZES 21/5/194fc três teratura Brasileira, em cinco Syivio Romero casou vezes. Foi pai de vinte e três volumes. filhos. O seu feitio de homem O HOMEM DENTRO DE simples, dentro de urn paletó CASA de brim, e chapéu de palha Era madrugaâor. Levantaà cabeça, não lhe dava ares va-se sempre antes dos outros. de literato. Na ma, convervoz sava com todo o mundo. Gos- E se punha a, discursar em alta, para acordar filhos e notava de perguntar. E assim ras, que moravam com ele. Ou falava longamente com a genentão dizia eni tom de recitate do povo. Essa mania quasi de repor- tivo: RECO, EDGAR E NELSON ROMERO, DE (REMINISCÈNCIAS LHÍDAS POR se irritou. Chamava a FRANCISCO DE ASSIS BARBOSA e dizia: nunca esposa _ Moça. estão maltratando as crianças. Ou então: — a coitadinha está chorando. Veja o que ela tem, sim. Na hora do almoço, Syivio -nada mais Romero escrevera nada menos que trinta laudas de almasso. não admitia castiçal. E quandoboa vontade. Até mesmo do tinha que ir a enterros, ente, quando Mario Gameiro sempre a contragosto, trocava j procurou para mostrar-lhe ao a roupa imediatamente um longo estudo sobre Tobias voltar, deixando-a num canto. Barreto, o mestre dizia, como Nunca mais usa, ia o terno do dispnéia que para enganar a enterro. e a incitação das pernas, que v^V>-s<\-l o.-w&y O LEITOR INFATIGÀYEL *—-- >' ^i; >^yyy ^ /-< Na Lia em toda a parle. na trem, rua, no bonde, no barca. Syivio Romero Ua até f conhecida a nos exames, lhe anedota do inspetor que estar chamou a atenção por lendo enquanto os seus alunos colavam. \w:W:-ííS>::'::::;:JW >.•:.::; Syivio, em casa, lia deitado :-^y>^^&->iA>^i^MSm^^my'y- ¦<¦ ¦ x-éê^^^^^^^l. na rede ou no sofá. Ou na cadeira de balanço, com as pernas cruzadas, à maneira dos chineses. Os seus livros estão cheios^ de notas interessantes. fYg-yy^wm^ ^^^^^^^^Sil^^^P^S-l»,^^^^^^^^^^-*-'--'' E ás vezes Anotava a lápis. resumia o que lera nas folhas dc guarda do volume. de Há anotações curiosas, ou desaprovação, aprovação "Muito exemplo: como por "Isto está bem", "Burrice", "Este certo", "Não concordo'', sujeito é mesmo um animal" erudiOs resumos são sempre "Direito tos. Num volume de uma ;:':' '^-É: Penal", e7icontrei toda Í-'^r^ffi''^^^^^^^*Í^^^Í^^P Í^^^-^^^^I^^^B:':'"''-: critica sobre as idéias de Tardo. de Quando lia ou escrevia, soltava quando em vez, Syivio gargalhadas retumbantes: __ Afãs este camarada não sabe nada! artigos Escrevendo os seus ãe polêmica, parecia que estava a conversar com o adversário. Edgar Romero o sura I^^Í^^^M^S^^^^^^xAí^í^v:^: mkkm^>Yy>yy^^^m^Mm:'yy preenãeu, quando respondia Syivio inManoel Bomfim. mmmk. • terrompía o trabalho e esclaSyivio Romero mavá: Uma das ultimas fotos de — Fica quieto, rapaz! . E mais: não gqstava de ler E continuando a- " escrever:' não lha permitiam uma atenlivros de autores seus conhe_ Estás vendo, Manoelst,.-..-¦ ção maior: _ ILc tudo, Gamelrinho. Lê cidos e já falecidos. nho, Como hão tens razão? l'-^^^^^;:';;'-'^^^^i^^^^B^^^^^^R'::'' m': -> y^^ Y<^r^^^r ^ ~*~^ -rr—O ^ <m «íl ~^m~L- .//^ já* *zm?<~*ZY'- ' . -*-m~" -^^(/ ^^U^-^ *v>> s'^.(m<m-^^ ^ ¦ <??^séZ*-*- ^ 'j&-r*< mm--0m-^, <r ' '' •Tac-simUc"* de un,a cartk de Syivio Romero I <&¥"l (i ter-amador permitiu qiie Sylvio Romero recolhesse diretaos oral ¦thente da tradição bracantos e Contos populares reuniu stíéirós, que mais tarde não em volume. Sabia de cór só os versos como a melodia das cantigas do Norte. E por isso mesmo poude transmitir ao um grande número delas maestro Alberto Nepomuceno. Nesse particular, a sua memoria era de assombros. hâ Romero Sobre Syivio Vou muita coisa que escrever. realinhavar aqui algumas minis cências interessantes, Roatravés Edgard e Nelson comero. E' uma espécie de apamemoração do próximo Lirecimento da História da Raposa que dorme não apanha galinha. Deitar e acordar cedo dá saude', contentamento e dinheiro. Aquele que acorda tarde agita-se o resto do dia e quando quer começar o trabalho chega a noite. ,São, conselhos do bom. homem Riçardo, dè Benjamim Franklin. Batia na porta das noras: _ Senhora! Quero ver meu neiinho. Assim o dia começava para Syivio Romero. Depois da pria punha-se meira refeição, as trabalhar. Escrevia todas de manhãs laudas e laudas letra papel almasso, com uma enorme e escarrapachada. o incomodava. O barulho de criança Mas com choro SEMPRE DE BOM HUMOR As polêmicas jamais azedaram o seu bom humor, dentro de casa. Não tinha rancores. Era homem que topava parada mas em geral não gostava de procurar briga. Certa vez, chegou às gargana jornal lhadas, com um mão: ' — Me chamaram de burro 'Me no Rio Grande do Sul...' R'<o chamaram de burro no Grande do Sul... "A FeEra um número de deração". o jornal de Julio de Caslilhos. E Syivio mostrava a todos a descomponenda da "Jararaca" em cima dos seus artigos contra o que ele chamava o "castilhismo positivoide". Na sua casa, recebia todoi os literatos novos do Norte, principalmente os que vinham eram de Sergipe e que não acolhia os Syivio poucos. E assim simpatia. sempre com até Ribeiro foi desde João os soOuvia Hermes Fontes. netos dos rapazes sempre de Não pule nada não. AS EXQUíSBTICES DO ESCRITOR tudo. Syivio Romero tinha lá. as suas exquisitices, .como todps nós. Tinha medo de morrer. No fim da vida. o pavor aumentou. Na.sua casa, não se abriam mais ¦ as janelas. fazeyn _ janelas • abertas bem à saude, dr. Syivio — dizia-lhe a. ,nora, esposa de Edgar Romero. senhora. ~ Nada, minha Isso são partes de Europa... Reclamava contra a doença. Resmungava, ern sinal de protesto: calado, — Não sou âoente não. debochava Quando tossia, dele próprio: _ Tal qual "Eolo", tal qual "Eolo". ("Eok>" era o nome de xim cachorro que pertencia à sra. Amélia de Freitas Beviláqua). Uma das exquisitices caracRomero terísticas de Syivio era. como já disse, o pavor da morta. No seu criado mudo, OS QUATRO EVANGELISTAS Syivio Romero morou em todos os bairros do Rio da Janeiro. Morou algum tempo em Niterói. E gostava de passar meses e meses em Minas, fugindo do calor e áa carestia da vida. Mas se mudava muito de. casa, nâ.o mudava nada de amigos., Sabia ser amigo de seus amigos. Era homem de muita amisade. Alem dos Quatro. Evangelistas — Artur Beviláqua, Clovis Õriando, GuiArtur Francisco Alves e marães — foram seus íntimos: Barão de Tautphoeus, Aluizio e Artur Azevedo, João Ribeiro, da Muller, Euclydes Lauro e Cunha, Joaquim Murtiuho muitos outros. Recebia muitas visitas, que se prolongavam às vezes ate. meia noite. Eram assim as do Souza velho desembargador Pitanga ou as dc Josó Geraldo quando Bezerra de Menezes, Gragoatá.. cm Syivio rnorou Ele, me-.mo nâo gostava 'iò) de (ÇauiLaua na pág. •*%/¦¦ ><1 UJíjSiftw*"-: ¦-• CRONCA ECONÔMICA PERIGOS 21/5/1942 DIRETRIZES PÁGINA 14 DA INFLAÇÃO THEOPHILO A primeira manifestação da guerra, no terreno financeiro, é a inflação. O Estado, para atender às despe sas decorrentes da mobilização e da própria guerra, aumenta os impôstos, promove a assinatura de empréstimos patrióticos, impõe empréstimos forçados aos Bancos, Caixas Econômicas e Empresas de Seguro, e, quando tudo isso não basta — o — que sempre acontece aumenta a circulação do de "sangria papel-moeda, por meio novas emissões. A imposta por um lado à economia particular e o aumento do meio circulante seja através do papelmoeda, de curso forçado, seja através dos títulos de empréstimos — produz um desequilíbrio entre o meio circulante e a riqueza circulante. A conseqüência natural de tal desequilíbrio é a majoração progressiva e rápida dos preços, processo esse conhecido sob o nome de inflação. E' um fenômeno historicamente conhecido, já verificado repetidas vezes. Nunca, porem, teve a extensão da constatada na Grande Guerra, não só nos — quando paises vencidos assumiu caráter alarmante e chegou mesmo a destruir a pequena burguezia mas também nos paises vencedores, como a França, a Bélgica e a Itália, que, só depois de 1926, conseguiram regularizar as suas finanças, a preço de quebra dos respectivos padrões monetários. Aquele exemplo está bem presente à memória dos estadistas que hoje dirigem os destinos dos povos. Daí, a série de medidas minuciosas tomadas com a finalidade de evitar qüe se repita agora o que aconteceu há 20 anos passados, sobretudo tendo-se em conta qüe a situação é mais grave, de vez que a guerra moderna exige muito mais do Estado do que a antiga. DE ANDRADE mundo ganha. Mas... tem pouco em que gastar. Os Estados Unidos são o país onde o povo se habituou a uma série de inovações, de invenções pequenas, de aparelhos secundarios, que dão muito conforto e que absorvem grande parte da renda do cidadão médio. Todo americano, alem da aspiração, realizada ou a realizar, do automovel, tem uma geladeira, um aspirador de pó, um rádio, uma máquina fotográfica, uma máquina de lavar roupa automática, uma torradeira elétrica, um relógio-pulseira, um ferro elétrico, uma enceradeira, etc. Isso consome grande percentagem da renda do americano médio ou pequeno. Milhões há que, devido à falta de trabalho, não podiam ter esses objetos, quase inúteis, mas que dão muito conforto. Agora, porem, ganhando bem nas indústrias de guerra, estão naturalmente pensa ndo em instalar-se de maneira mais confortável, à custa daquelas preciosas invenções. E os que já as possuiam, pensam, naturalmente em renová-las. Acontece, porem, que toda a matéria prima disponivel foi encaminhada para as fábricas de armas e munições. Não há mais com que fazer aqueles aparelhos que fabricam o conforto moderno. Por outro lado, os próprios alimentos começam a ser racionados. Já há racionamento dc açúcar e de chá e, é provável que outros sejam decretados. Que irão fazer, então o operário e o empregado, com o dinheiro do salário? Não tendo em que gastá-lo, vai se manifestar, fatalmente, üm desequilíbrio entre o meio circulante e a riqueza circulante. E criado o desequilíbrio, os preços tenderão, necessáriamente, para a alta. A questão está sendo posta em equação, de uma maneira muito viva, nos Estados Unidos. A política financeira do Presidente Roosevelt caracteriza - se, exatamente, pelo fato de, por um lado, emitir bilhões para a construção da máquina de guerra americana e, pelo outro, evitar que esses bilhões tragam consigo o fenômeno inflacionista. A produção está controlada e com ela os preços. E' preciso, a todo custo, evitar a alta acelerada das cotações. O quadro é simples. Milhões de desempregados estão outra vez entrozados na grande máquina da produção nacional. Os salários estão elevados. A renda nacional,cresceu extraordinariamente. Todo o A conseqüência a tirar de tudo isso é a de que os preços, nos Estados Unidos, terão que elevar-se, mau grado todas as disposições para a sua fixação, tomadas pelo chefe do "Office of Price Administration & Civilian Supply". Ainda assim, estamos curiosos por ver quais as medidas que o "boss" dos preços irá por em prática. Pode ser que venham a servir-nos de exemplo, no futuro, a nós, que nenhuma medida eficiente tomamos ainda, contra a elevação especulativa dos preços de todas as utilidades, fato que estamos vendo processar-se, com rapidez espantosa, embora sem razão suficiente, dada a ausência, entre nós, de "economia de guerra", no sentido moderno da palavra. SECRETA RIA DAS FINAN DO ESTAD O DE MINAS GE b' '¦ •' ' " JL^Sk- Jtam JL &amJP DE 1941 CONTAS DO EXERCÍCIO FINANCEIRO E ECONÔMICO Quanto d sua aplicação, pode ser classificada de acordo com o Padrão Federal de Balanços, em dez serviços gerais, a saber: importância da mais destacada das realiconhecimento o para Administração, uma de zações muito mais significativa do que o orçamento, ao qual comumente se dispensa a maior atenção. Creio, por este motivo, nâo ser oportunidade, nesta demasiado, tecer alguns comentários à margem das atividades econômicofinanceiras do Governo, no exercício em questão, bem como de fatos que, ocorridos em exercianteriores, tiveram reflexo cios na gestão financeira de 1941. Consideremos, em primeiro lugar, a parte relativa à execução orçamentária. RECEITA Senhor Governador, Cumpre-nic apresentar a vossa excelência o balanço econômico-financeiro do Estado, referente ao exercício de 1941. Conforme dispõe o decreto-lei fedeTal número 2.416, as contas das Unidades Federativas e dos Municípios devem ser encerradas até 30 de junho do ano subsequente àquele a que se referem; um todavia — e isto constitue índice do grau de eficiência que atingiram os serviços públicos ern Minas, sob a administração de Vossa Excelência — poude a Secretaria das Finanças levantar o balanço em menos da metade do prazo prefixado. Os diversos quadros e esquemas, que junto se encontram, demonsiram de maneira pormenorizada os variados aspectos da gestão financeira no aludido exercício. Já foi acentuada, em relatórios dirigidos a Vossa Excelência pelo meu antecessor nesta pasta, a necessidade de se cuidar de maneira especial do balanço — peça A receita apurada em 1941 atingiu a cifra de rs. 347.744:7451.700, excedendo à de 1940 em cerca de 21 mil contos de réis. O quadro comparativo abaixo indica a rápida ascensão havida rendas, a nas partir de 1934, apenas a rs. montavam quando 146.604:O09$20O. Ad ministração Geral . Exação e FiscaFinanlização ceira . . . l . 22.835:157$600 Serviços de Segurança Pública e Assistência Sodal 47.098:777$400 Serviços de Educação Pública . 42.602:465$000 Serviços de Saude Pública .... 11.237:850$6OO Fomente 12.4O8:206$4OO Serviços triais . 146.604:009$200 Receita de 1935 . 245.127:602$300 98.523:593$100 Receita de 1936 • 268.495:922$300 121.891:913$100 Receita de 1937 . 264.815:834$800 118.211:825$600 Receita de 2938 . 299 146:679$700 152.542:670$500 Receita ãe 1939 . 312 201:461$100 165.597:451$900 Receita de 1940 . 326 .365:875^600 179.761:866$400 Receita de 1941 . 347 ,744:745$700 201.140:736$500 Examinando discriminadamente a receita orçamentária, verificamos que a TRIBUTÁRIA, relativa aos impostos e taxas, alcangou a cifra de rs de 234.832.328$500, isto é, mais seis mil contos acima da de 1940. E isto sem elevação de quaisquer contrário, tributações, mas, ao apesar das reduções havidas, como a do imposto de transmissão 10% inter-vivos, que passou de para 75%; a do imposto de exportação, de mais 15%; a ãa taxa de exploração agrícola e industriai sobre gado, tecidos e algodão. Esse aumento das rendas decorre tão somente da melhor organização do nosso sistema de lançamentos, fiscalização e coleta de — serviços esses hoje tributos orientados. segundo novos processos fiscais e contábeis, que dão resultados mais eficazes. CoTti. referência, ainda, à renassinalar da Tributária, convém que a mesma excedeu, em cerca de 148.000 contos, à de 1934 — início do atual governo. PATRIMONIAL A RECEITA contribuiu com a parcela de rs. corres9.032:919$900. Tal título incapitais ãe rendas às ponde vertidos pelo Estado em ações, municiempréstimos apólices, pais, etc. INDUSTRIAL RECEITA A atingiu a soma de rs a ultrapassando 69.375:46ü$800, do exercício anterior em mais de 8 mil contos de réis. A rubrica ãe RECEITAS DIVERSAS acusa o total de 10.044:822$900, que corresponde à quota parte atribuída ao Estado ãe Mmas Gerais relativamente à tributação federal sobre combustiveis e lubrificantes. Sob a denominação de RECEITA EXTRAORDINÁRIA, achamclassificadas a cobrança ãa se Dívida Aliva, as indenizações, as reposições, as rendas de origens diversas, etc. O total dessa rubrica alcançou a cifra ãe rs. 24.459:207$600. Nesta parcela, a cobrança ãa Dívida impostos Ativa, acrescida dos ãe classificados sob a epígrafe "Receita de Exercícios Anteriores", figura com o total ãe rs. 12.394:323$lO0, correspondente a cerca ãe 50% da receita extraordinária arrecadada. DESPESA Relativamente à despesa, ãevemos ressaltar, de início, que ela se processou com inteira observância ãas normas ãa legislação em vigor, dentro dos limites das autorizações do orçamento e ãos créditos adicionais decretados no decorrer do exercício. Sendo de 370.329:432$800 o montante dessas autorizações, alcangou a despesa realizada a soma de rs. 359.832:284$000, de onde .... Indus75.743:421$300 Serviços da Divi. . da Pública 66.093:014$800 Serviços de UtiliPública dade (Administração Superior, construção e conserão de rodoconstru- • ção e conservação de próprios públicos em geral, iluminação, diverpública, 19.841:685$300 sos Aumento das rendas, em relação de exercício ao 1934 jteceita ãe 1934 31.543:825$4O0 Encargos Diversos (Aposentados, e reformados em disponibUidade, contribuíções para previdencia, indenlzações por acidentes, subvencontrações tuais, transportes, eventuais, etc 30.427:907$200 se conciue ter havido uma economia de rs. 10.497:148$800 nas diversas verbas orçamentárias. Resulta este fato não só das providên-iras tomadas pelo Governo para racionalizar os gastos co mos serviços públicos, como lambem da adoção de registo prévio ãa despesa empenhada, e da fiscalização e controle do consuíno do material, pelo Departamento de Compras. O total de rs. 359:832:284$0OO foi despendido pelas cinco Secretqrias do Estado, como segue: 359.832:284$000 RESULTADO DO EXERCÍCIO da despesa Da comparação realizada de rs. 359.832:284$000, com a receita arrecadada, no valor de rs. 347.744:745$70O. resulorçamentário de ta um déficit rs. 12.087:538.300. Excluído o déficit da Rede Mlneira de Viação, no valor ãe rs. 4.974:651$900, fica aquele reduzido a 7.112:886$400, isto é, menos de 2% da despesa total do Estado. Assinalamos, com satisfação, que os esforços do Governo no sentido de sanear as finanças es ladoais, mediante a eliminação gradativa dos deficits orçameniários, vêem sendo, de ano para ano, animadoramente compensaãos, como podemos verificar pela seguinte demonstração: Secretaria das Finanças, inclusive o Departamento de Compras 145.574:630$O00 Secretaria ãa Agricultura . . . 17.932:757$300 Secretaria da Educação e Saude Pública 44.303:666$300 Secretaria ãa Viação e Obras Públicas 93.674:971$900 ÍS59.832:284$OO0 Melhoria dos reorçasultaãos mentários em relação ao exercicio de 1934 Deficits 1934 . ou a 1936 . a 1937 . ; . • * fc « • 4. • « « O V c tr C 160.085:343$900 83.722:273$200 76.363:070$70O 69.335:861$800 90.749:482$100 69.953:985$500 90.131:358$400 64.379:609$O0O 95.705:734$900 J.Í70Í7 v m fc « • ti % C «, ¦, 1940 ¦iy *i i 39.181:102$700 120.904-.241$200 24.462:824$200 135.622:519$70Q *««***««.«* Esse expressivo resultado orça¦tnentário decorre da política financeira ão Governo ãe Vossa Excelência, sempre orientada no sentido ãe incentivar a arrecadação das rendas e ãe comprimir as despesas públicas, se mprejuizo ãas iniciativas ãe caráter reprodutivo, que contribuem efetivãmente para o desenvolvimento econômico ão Estado. BALANÇO PATRIMONIAL O balanço patrimonial encerrou-se com um patrimônio líquido de rs. 5.288:585$200, ãiferença verificada entre o total do Ativo e ão Passivo. A soma ão ativo alcançou o total de 1.259.567:2825200, verificanão-se um aumento, em relação ao exercício ãe 1940, ãe cerca de 115.000 contos. Este aumento 12.087:538$300 147.997:805$600 resulta em parte ãa inscrição ãe novos bens, da atualização ãe valores. ãos já inscritos, assim como ão registo de valores mobiliários, cujo montante passou ãe ....... 89.129:272$30O, em 1940 para ... 147.944:025$300, em 1941. merecem Quanto ao passivo, alguns comentários os títulos de maior relevância. Á Dívida Fundada Externa estava registada, em 31 de dezembro de 1940, pelo valor de 67.596:673$100. Com a incineração ãe títulos adquiridos pelo Estado, houve a diminuição de 9.474:866.000, ficando, assim, reduzida a 58.121:807$100. A Dívida Interna, Fundada constituída pelas apólices de diversas emissões, figura no balan(Continua na pág. 30) \ ""-•t PAGINA 15 D í Ji E T R I K E S 21/5/1942 apresentada porta nío. não foi. retirada uma como mesmo «••m s.muma estratégico, mas como escuta* pies manobra tática pa<a contra a uma ação de represálias tao bravamenpopulação civil quc Eeíe piocida,';. sua te defendeu mie/no contrário a todo diveito marechal nacional fracassou O tempo oe von Kleist não teve mais com estratégicos vingar sc-js erros e mulheres a* brutalidades conlra retirada A Rostof. do os crianças fuga. degenerou numa verdadeira rcc cm alguns dia-, os alemã-*.*** cuarem uma centena de qa*..ôm«- "Senhor o Durante o inverno, HiSup.emo lía Guerra", Adolf ve^cs várias que os tler, anunciou teriam só patinhar que alemães os a-guiis meses. ísa primavera, peos exerci! germânicos,apoiados Ia ii-.jr.iu.nj, a Hungr.a, a Finlân"Divisão A-cui" eicia, a íiálià, a franceses panhola, os dtoriotisías e por oul;as brigadas do fascismo iniernac.ortal. se precipitaram sobru os russos e romper.am a sua DIRETRIZES) para pecial resistência impertinente,. russo riijTÕRt IMAGINÁRIA Em 1941. o inverno neve am.:nas promessas tro*. A primavera começa no Ueatemaes acreditaram A intenção 6 evidente: o chefe chegou tão tarde que os armas os depuseram caleue o ^« segundo ricanos Moríe, inicio no mia.crio supremo politico e militar do Reich podiam ãin-da operar FALHAS NA ORGANIZAÇÃO Moscou, fian'do-se nessas promessas dc cúrio astronômico que os naxisSas não sonorte álibi, um ao enco*v;rar ALEMà dezembro alemães quer Ainda desta vez, os segundo o aboíírom, no dia 21 de março c que, exercito um com mente em face das famílias de o Hitler, náo soíreram, segundo com ... junho. Os termina no dia 21 de A batalha de Ro*-tof leve para rááio de Roma, contava centenas de milhares de homens Eles Rússia. na ?mmilitar . uuu revés » menor c ôe homens Co:: íèrzoã da primavera já pascampos nos campanha da Rússia uma a 1 500 000 semque ele sacrificou como venc.Jores, "na batalha terrià corttiniiam compariivel ofensiva a mais saram sem que Hitler tivesse ieportancia tanks, batalha da Rússia, mas também engaMas o inverno russo os cm setembro do 1914, mesmo tempos" pre. É o Marr.c. os rio todos Hisíória. grande golpe V..J j iw-tânü seu de vel diante da chebar Ele havia prometido nou e, tanío com junho O mês de 3 que o Alto Comando As tropas destruidor. que deu decisivo, processo jú aplicado O golpe dezembro, mas cheem somente toda ao em poalemão enviou com tanta urgennovo curqua.-tto a temperatura, sucesso, an-tes de chegar E' possivel que campanha da Rússia um a novembro. cm Vergou de mès cia para o Sul, para defender a Europa setentrional, já um lugar na regioo do der. Atacando o tratado teve observatórios não so. nos existam traidores sua rei.TavJa c ocup-ir a bacia peírolide verão, mais quente do que os E.s solhes — um dos slongans de frio, mns ao sul, em Rosda Alemanha ougrande meteorológicos apoiase — não lera áa Donetx. fra.*..-.usou naa Foi eis ms*>es seguintes. da do mar dc Azov propaganda Supremo tof, peito Sení=cr Moscou o do traA ação por que Titros frentes, va. como os outros críticos do Ko ano passado, os alemães lá que as forces do marechal Guerra ainda rtffio triunfou definiO recuo aierínjo se de que dia foi as condiargumento no no par.disado-1 tado de paz, detrotoram, não souberam utiii*-ar mónschenko Sul cíé o tivomente. Versalhes de de junho, cláusulas uma manopropagou do extremo alguma-is çõss naturais do mês 29 de novembro, por"penrerdivisiomesquiNorte, ate Leningraido. A grar.Jc a estação mais seja eram muito duras, outras AS MENTIRAS DE ROSTOF que talvez bra dc surpresa, as "ofensiva finoí". que Hitler havia Kleist. pretendia voa nhas e aflitivas se se apropriada para as grandes openet.'" do marechal foalemães os atmosfera realidade, Na e uma anunciado nos irficios de outuíiro, criar na Europa rações militares na Europa OrienRostot tem um clima moderado, "a-ílomb", fracassara. na tempo, Os pelo favorecidos proha ram mútua. com tanto compreensão de ào ano ainda não Muitos observadores são de época tal nOSta nuuma puramente alemães, do Após esto derrota, componha áa Rússia, áo O Alto nacionalistas omissão foi inverno. esta "o prios opinião que lã notícias de Sua primeigen.-*.**-l antes, sempre não c extraordinária. militar, ne.ra nao Hugenbsrg. estrategênero de Comando alemão, com efeito, primeiro erro grave dos após algumas oçüo * coem sentichegou, e entrava moral ofensiva Inverno" fracasra lado erro deinstituíram o sonhava cm cvcpíicar este nos gsstas alemães e talvez o meçou a castigar os beligerantes semanas de avanço rápido, do tratado, sobre o famoso mental tivessem alemães so pc*.r causa do frio. A explicaSc os a cissvo. seLcningrado, de alemães com 30 e 40 graus obaixo de expliproximidades artigo que imputava aos contra a cão da queda de Rostof foi c começado sua ofensiva Smoler.sk que acreditar entre se explosão não pode meio caminho ro . Mas toda a culpabilidade da de maio do 22 cada nurs*. comunicado quc, peio do Rússia no dia do btio o apenas todo c diante das portas reinasse írio Moscou fio que enquanto c vingativo, de da guerra, 22 jude vex scu tem orgulhoso Ht1941. em aoutubro. céu de *° 1 o rjue imdia No enquanto Kirv. Alemanha alemão, mais mundo sabe que a os documentos Ci\,ro g...ra "Ar. ter clima nho. íersam tido tempo para conpodido tler, furioso por ndo bricava pera os russos um nação de corde.ros desta guerra: Volgo, abomináveis perial era uma sua da t* quisrar Moscou e atingir o continuar com o ritmo Rostot, especial, particularmente morno dc tropas de ocupação pacíficos "Llifrskrieg". ordenou uma seguneram, neve antes que os russos pudessem oragradável. O gelo c a retiraram-se tempo oíderrs, antes obedecendo e Hitler não perde o seu resistência lados. Já era muito tarde ganisar sua ofensiva. da certamente, iguais dos dois cidade para da parte central da advocacia tco complicaas opeRússia uma impedisse «a e com inverno ação i.-icesjaMíos o que Entretanto, os a**Õ3s mais cf*ca*-, para uma grande ele preparar, da maneira Adorador da forço brutal, hipóteses, da das que meihor rações de grande envergadura. Na russos prova-sm vitoric^is dos central. medidas necessárias contra a pointerescontar conjetura nunca esquece que o vencedor poEsta é uma no os alemães podiam ainda se pode fazer a guerra motorizaconcontrariamente supusaçoo que de ditar ao vencido qualquer sante, mas muito frágil, como toda na Russ.a também em pleno da com quatro semanas dc tempo objetava ele, Mas, direita internacional, participa .Oi de dicão paz. campanha. históricas que cm plena das as conjeturos inverno . tropes das portavel vencidos. lute*; no retaguarda cs* alemães não fórum a marcha metade de outubro e reconstruir Não se deve acreditar mais qu. na segunda proíendem simplesmente. . alemãs" de enganados, Foram exército suposto <i"c os russos são. por natureza, ma.s em novembro alemãs dos acontecimentos sobre e traídos Wils.n A derrota das forças <a sob por reafriü Enganados da de Napoleão perecera resistentes ao irio do que oí ouções diferentes daquelas e democratas que socialistas olnginpe.os Elo-; tião sáo todos s*Para os períodos tros povos lidade. argume/ftais berianos . Se ia-z frio, também eles quos do passado, e impressionantes o seníem. tos são sempre A inferioridade dis tropas olalógicos. Pois o que se parecem "História", a mesmo duranio a CümpaiA-i díí inmas chama de verno sc jusíiíica. em primeiro !umais minuciosa e expliHistória seconseqüência dc gr«gar. co.no afirmar, com absoluta cita, nada mais é do que uma Brasil possa no sí* m.litir guem de ves falhas de organi/.açáo Devemos insistir na afirmação de que leçâo mais ou menos arbitrária o sangue corre só veias suas nas certeza, que outros, alemã Co.-itiatida í econômica fatos e a negligência de toma cada vez mais necessário combater pai'•puro", ariano, - que anás não existe, assim uma biit-skrícg qua de algu»* sucesso no sobre de uma concentração e os resíduos manifestações as a alemão mo um palmo devia terminar o mais tarde e»a fatos e motivos que o historiador dizem, nem mesmo nas veias de ou «ada Hillor pró-fascista sentifascista no outubro do 1941, cerca mentalidade escoShe 3 seu bel prazer um mestiço de mais ou menos seja não e que rude campanha ou uma tais em os — quais mesmo granprepara para o do de fazer compreender existente entre nós cmzamenio. Não há país em que remoto e d* inverno. Os toldados nor-ísto» cabejustificar na mesmo acoivtecimentos des ditos anti-fascistas, e injuscírculos absurdo equipados mais seja cor estavam muito me-ioi de suas pióprias teses. preconceito Kaiser dualgumas pessoas sinceramente antido d3 hístosòidaJos ca os imperativo do um voluntariamente que E' Neste quadro Hficavei que o nosso. mais imedixtNão diaparante a outra guerra pode-se reduzido. e fascistas. Sem dúvida, o perigo nos aborrecer e enlimitado motivo para há não rico e da botas nem hisn4ta de cobertores, defrontamos está no quinta-colunísmo de transformar a História numa to decorre que que boas lude dessa fatalidade, mesmo e vergonhar de feltro, nam isio é, na aç.ão prácondicional e imaginária tória militante, e da organizado era a a ainda Pior formação vas forradas tivesse cacircunstâncias que presidiram e naafirmar: Se Napoleão estrangeiros agentes Os dos material do concreta e resultados tica falto de proteção Rússia ms-ado sua campanha na nacionalidade. Ao demais, os nossa outro funcioMas, não por de aparelhos precisão cionais do nazi-nipo-fascismo. mais cedo e se ele tivesse prepanão foram assim tão maus". o de nnYa-sm aob o írio terrivaJ. a sobradeterminação a aprovisionamenta existe o firme melhor lado, quando clarividênrado tudo o petróleo sint-ético se tornaEis como, aproveitando-se com Exercidizer que é relativamente de suas tropas, o Grande Os pode-se combater, va inuriJixavol a 25° grau* seu júlgamenao um caso submetido de este chi to teria conseguido a vitória. peridestruir e localizar asíin**, da tarvks olemõas se tornavam, fácil identificar, O método não difere muito o general Rabelo dar-nos <> modelo age os ele l.o eivqujnía poude mesmo que — imobiíizaveis, que isso futuro do por romances mentaliqo imediato a técnica dos combater de ag^r. mnfi. rusaos podiam da melhor maneira ao alcance também concreto G. Welles. que são baseade H evidentemente, çoncretamente, modelo, Tudo isso ara de sa oráva-r, mo* um 0 de que dade filo-fascista. Ao passo que muito dos sobre a hipótese repressão. da imediato Os soldados alec mais não foi previsto 3 realiaplicado c adaptado aos casos .visó fator não corresponde ser rede a desmantelar pode a ser sc vem mães mais dificil queixavom a*ma**íja«fi.anta conde algum modo, apareça, dade, enquanto que os ouiros nos quais diversos, e seus parentes negligencia, a mentalidade dost.i É este um Ul e impalpavel que informa tínuam sem mutação tendência fascista Pela !">"de m-ris. aír-da manifestação isrerioc jí>o atraente, qualquer muito a qual, no encanto, se não o/ejjogo de espírito filo-fascista, de derroespírito um vssi, preconceito meiru estupidíssimo a muüo ou fascistisa-nte: o mas. se se pretende aplicá-lo todo o eipalhou rece perigo imediato, é na realidtle por ti.smo se democráticos desçoaos processos horror contemporânea, o raça, impedir d, dc História opa» a Reich . Hitler não podia mais temível — inclusive pelo fato fraquezas da submissão em o brem-se facilmente as discussão, princípio sinoo coisa Uvre outra de cstei planos Não passa isso ou amortecer a repressão contra o quinta-coda disciplina pasda construção. Os apologia « promessas a vasas ameaças ordem, da nome baier du iunismo em ação. Nem adiantará nada mesmo de uma deformação em refusiíados sistemas descontentes jarõo ¦siva e mecânica, o desdém pelos de examinar mito do C3rtóSÍano front é visível nas maquinações no aquilo que liquidar mo-isa. e os íoidados e pelos simples, de governo, o fanatismo isto é. uma ficção pura e aquilo no intacto qiu. equipados p:esentativos melhor deixar rw.so estarão do inimigo, se vamos etc, etc. separadamente, etc, coletivos, complicada e ma individuais rvisto. ininverno ar, mitos próximo simpues. é invisível a olho nú. mas que está no isto e, uma ficção pura e os homens que podem mais direta- Por RICHARD LEWINSON CONCiENClAS DE MOBILIZAÇÃO ASTROJILDO PEREIRA .HITLER PROCURA UM AL3BI são Ora. as ficções simplistas cômodas. mais sempre as excusas simp.ifiHi.ljtar, grande mestre da servir se em demorou ca<ão, não as encontra de'**-" método para fracasverdadeiras razões de seu se*Naturalmente, Rússia. so na e!e do um eleito da Providência tor de erro não pede se atribuir o ano passado, a no come-cu-Jo. tarde e dc muito guerra na Rússia oater a ela. com r.r.o to» pedido, Deus inverno. vitória antes do o e erros, cometer rjéo pode inMas o Fuhrer tombem nao. checou fri-. terrível o verno russo, dc hada que cedo ma.s um mês esta bito. e por esta razão, por nao alemos única razSo, as forças rusa resis5e*vc«a p-idsram romper o fuhrer sn no ano passado, como foi o que HiIsto havia predtto. alemão no tler explicou ao povo no Reicstag. seu último discuto I i sidioso c tenaz, a envenenar-nos o pensamenío e os sentimentos. Há mil menos e modos, que as circunstânde dar cias nos apresentam a cada momento, Mas, de combate à mentalidade filo-fascista. toda a evidência, essa tarefa cabe em primeiro lugar aos homens cuja voz, pela posiçáo .exercem, que ocuvam ou pela profissão que de influenciar a possue maiores possibilidades opinião pública. Exemplo admirável, neste destes sentido, é o que nos proporcionou, um nudias, o general Manoel Rabelo, eminente no voto nistro do Supremo Tribunal Militar, ali julgado. que proferiu em certo processo tomou se paTratava-se de um caso em quc raciais de preconceitos lente a interferência da quedeterminantes tivos nio como um dos da questão, o gerela. Abordando este aspecto c'aro. neral Rabelo pronunciou-se de modo "E' bem dificil que cU firme e irrespondível: Todos mente influenciar a opinião pública do país magistrados, professores, cientistas, escritores, médicos, advogapoetas, jornalistas, artistas, dos todos enfim que dispõem profissionalmente de meios mais amplos dc comunicação e devem com o grande público — deviam ofereaproveitar cada opor'.unidade quc lhes com a palavra ça o ensejo de contribuírem exíirpação dos germes para a destruição e a maléficos da ideologia fascista. Deviam e dee vim iodos considerar-se combatentes ativos vigilantes da frente ideológica, sobre cujos ombros pesam responsabilidades que-, afinal dc contas, não são menores ão que aquelas que da pesam sobre os ombros dos combatentes total, (rente militar. Estamos na era da guerra em que a mobilização das conciências não è menos importante que a mobilização das Jorças propriamente militares. E DECORAÇÕES INCONF UNDI VE G 0 STO PREÇOS MÓDICOS /*** 4Í?3*5?*» _v-«**flS*'í*,J'l"-*",*=n*»^_ SUCESSORA DS MAPPIN STORES PRAIA BOTAFOGO, DE ;i 3*50 PAGINA 16 Apelidos agradáveis e desagradáveis — O Esreal tôm ago, estrada — ilicita da fortuna Uma ampla brecha nas defesas contra os faísificadores — DIRETRlZES inicia uma campanha contra os crimes de falsificação de gêneros alimentícios e bebidas, crimes esses que não só debilitam a saude pública, como atentam contra a economia popular e atravancam o desenvolvimento industria! do país. — Reportagem de ARTHUR M. PORTO. agmmmMammtwm s ÃO PAULO orgulha-se de muitas coisas e com justa razão. Ali se concentra o da industrial maior parque erguem Ali se América Latina. os maiores arranha-céus do país. Ali desabrocham bairros 4W«,..»^./.•"./--J.'•.•».".'•>".•'•''"J-'-••''••<-•,^^ inteiros âo âia para a noite. e Dali saem quase 70% das renO fiscal surpreende em fingi ante um comprador no momento falsifi Paulo São das da União. Em nasceu o maior pintor do Brasurgia como uma grande me- desenvolver-se uma das mais sil, um âos mais notáveis ãa rendosas indústrias âo crime: trópole, um centro áe populaAmérica. Em São Paulo ecioa falsificação âe gêneros alição densa e cosmopolita, um diu o movimento cultural mobromalogrande Eslado agricola que ra- mentidos e proãutos demo que veiu libertar a literase encaminhava pa- lógicos. O estômago passou a pid.amente inâa arte brasileiras a tura e ser a estraâa real àa fortuna ra as vias da emancipação inesses A estrangeira. jluência ilícita. O nosso então incipiendustrial. titulos mil outros poáeríamos te parque industrial ainda não acrescentar, inclusive o âe que Mas — e aí surge a fatalidade cobria uma vigésima parte das São Paulo é uma das ciáaâes da tei a que aludimos — ao lanecessidades da sempre crêsvieram áo munâo. aqui bem mais do dos que para policiadas cente população. A maior parEntretanto, ao laáo dos titulos com o sincero desejo de ganhar te ão que o paulista comia e de "Metrópole áos Arranhahonestamente sua vida, vieram bebia vinha de fora. O nosso "Paraíso do Ouro VerCéus", tambem os aventureiros de to- aparelhamento policial e fiscal chaé de'\ São Paulo tamhém da espécie, homens para quem ainda apresentava todas as fa"Canaan Falsificaâos a mada o trabalho honesto é o maior lhas de um organis?no novo. E dores". obstáculo no caminho da forassi?n a crônica âa cidade foi "Canaan dos Falsificadores"? tuna. se enchendo âe noticias que renão Paulo São Então Por que? atentaâos ignóbeis O rápido progresso de muitos velavam é uma ciâaáe de policiamento contra o povo. Nos porões exdos antigos imigrantes contri» modelar? Como se explica essa aibuiu para aguçar ainda mais o cusos dos bairros industriais contradição? E' quc, leitor, asapetite dos bandos de parasitas voreciam algumas grandes forSim como a miséria floresce ao tunas, amealhaâas à custa âa qua pululavam em torno de to lado da riqueza, o crime se exponde paralelamente à lei. Nâo existe a pena ãe morte nos Estados Uniâos? Em compensa"yangsção ali nasceram os tens'A São Paulo tambem não conseguiu fugir à fatalidade dessa lei. E para isso muitas circunstâncias concorreram, aigumas das quais iremos examinar aqui, pois das nos conâuzirão aos motivos quc deram origem ao desagradável apelido Falsificado» de "Canaan áos res". O ESTÔMAGO —- ESTRADA REAL DA FORTUNA ILÍCITA Quase quatro séculos depois das suaves peregrinações ao padre Anchieta pelas praias âe S. Vicente é que se iniciou a verdadeira arrancada âo proanos paulista. Poucos gresso antes âo inicio do século XX começaram a afluir para São Paulo milhares e milhares de imigrantes. Não só levas dc brasileiros de outros Estados partiam para a miraculosa Paulicéia à procura âe fortuna, como centenas de milhares de es trangeiros âe toáas as origens eram anualmente âespejaãos no porto áe Santos. A fama da •¦ fertilidade âa terra paulista da operosidade e sentimento hospitaleiro de seus filhos, espalhou-se pelos quatro cantos da terra. Assim, pouco depois do ano de J900, São Paulo já m que se preparava par carregar cadas diz um ditado policial anglosaxônico. E isso o verificaram em breve os falsificadores âe gêneros alimentícios. A reação contra os ãefrauâaâores áo lette, os "bateáores" áe mantetga, os fabricantes âe azeite puro ãe oliva, os inãustriais ão legitimo parmezon,i foi violenta. O clamor público contra o assalto áe que o povo era vitima, aliás duplamente vítima na bolsa e no estômago, fez nascer a Inspetoria ãe Policiamento áa Alimentação Pública de São Paulo, destinada a liquiãar com a impunidade que cercava os ãefrauâaâores. Desde então um dia não se passou sem que um deles fosse preso e multado, enquanto sua imprestavel mercadoria era destruída. O nosso Código Penal veio ain- algumas garrafas de bebidas e nele descobriram, uma ampla brecha nas âefesas do estorna¦¦ g0 popular. Essa brecha residia na inexistência de uma lei que tambem punisse com cadeia e processo os falsificadores áe bebidas f Esses" quando surpreendidos, eram punidos com \ uma simples multa, seguida pe- I la destruição ão material empregaão para a confecção âas bebiãas com que envenenavam o povo. Eureka! teriam exclamado eles, e lançaram-se à intensiva proâução de bebidas de ioda espécie, impingindo-as ao consumo público como de Jegitima procedência. O fabuloso lucro que áaí auferiam, per mi- j tia-lhes pagar as multas e suportar tranqüilamente a des- [ truição de suas simples montagens industriais. Mal as auto- y ridades sanitárias lhes voltavam as costas, montavam de novo as suas tendas, convocavam os seus cúmplices e recomeçavam o cômodo e extraordinariamente lucrativo comercio das falsificações de bebidas. Vinhos, quinados, whiskies. "maâe in Bragins e vermutes sil", mas apresentados como se tivessem sido fabricados na Es- j cóssia, França, Espanha ou ltáUa, inundaram o mercado paulista. Nem nos Estados Unidos, onâe a Lei Seca contribuiu mais do que qualquer outra coisa pa-^ ra o florescimento do contrabando, c posteriormente âa falsificação ãe bebiãas, nem nos Estados Uniâos, repetimos, a ói~ tuação era tão grave. Os exportadores europeus que comerciavam com o Brasil se alarma- j ram. Uma das firmas estranmundialmente famosa, geiras, cujo comércio de vinhos com o nosso país era dos maiores, sofreu tais prejuizos que decidiu montar uma fábrica em São Nestes porões imundos íoram construídas muitas fortunas à custa da ingenuidade e da negli Paulo, esperando que, com o gência de milhares de paulistas barateamento ao máximo âe ignorância e áa negligência ãc da. dar maior autoridade e eficas as atividades honestas do seu produto, pudesse livrar-se Estaão. São Paulo tornou-se a uma granâe parte âa população ciência ao combate contra os da concorrência desleal e pcMeca áas mais inescrupulosas paulista. Muitas âxis fortunas falsificadores de gêneros de pririgosa dos falsificadores. Tal ambições. A ganância, a esper- daquela época, ãiz a voz do po- meira necessidade, estabelecenproviâência, porem, de nada lhe teza, a frauáe. a ânsia âe lu- vo, corriam sobre trilhas engra- do a pena de prisão e processo valeu, pois vinhos rotulados coero fácil despertaram naqueles xaâos com azeite falso. para os manipulaâores e comermo os ãe sua fabricação contidantes clandestinos. aventureiros o espirito imagiBRECHA AMPLA UMA NAS nuaram a inundar o mercaão e Mas, julga o leitor que o pánativo, levanâo-os a conceber DEFESAS FALCONTRA OS a sacrificar a saude dos consumeios rápidos para acumular nico perturbou por acaso o raSIFICADORES midores. O fracasso dessa inilucros. ciocínio dos colegas de Albino ciativa desanimou outros exporMas o crime não compema Foi quanâo aqui começou a Mendes? Estudaram o Código iad van iria R cad bitt um per vin dor a c os as Pa. gêi de] vii fa\ ra tO( lei esi po do CO Ja te dc m o m a n o. rt; P &, Ci P ti e V Q t 1 n r 7 g s i j t 21/5/1942 IL^ ,.- , >,;>,* -• - va,%-:r.-íj£___j_i_^^ ^ÍJ^_lAJ_^lí-S PÁGINA 17 Um grito de alarme contra os falsificadores de alimentícios e generos primeira bebidas — A investida organizada — Os bebes não definharão mais — Comam peixe e carne sem susfo — Mas os falsificadores de bebidas continuam ogindo — Vinhos do Porto, Kumei, CoV e r m u nhoques, tes, Champanhes e até vinhos nacionais satindo de fábricas clandesespalhadas por tinas — Abeia capilal toda ta ainda a porta para o crime. nos lutavam e venciam muitas vezes as autoridades sanitárias du Estado, empenhadas em defceJar o mai. que se expandia E n q u anto assustadoramente. ' miinôes de paulistas em suas fazendas de café, suas p.antações de algodão, seus campos de arroz, suas fabricas de tecidos, suas usinas de açúcar, seus laboratórios de química, construiam uma base para a granAo fundo os compradores, surpreendidos, falsificadas. bebidas de fábrica da desa e progresso do seu E tado As garrafas sao abertas pelo próprio proprietário aguardam a decisão da análise «uc irá ser feita e do seu pais, uma pequena le-giáo de aventureiros constituiu criadas pela sua divida para com o povo ¦pouco, mas com uma energia circunstá7icias taãõres europeus que planejatio a escoria das correntes imi« muito dívida que espera pabrasileiro, DIRETRIZES guerra, moralisua ação a inflexível, gratrias que para aqui se dirivam montar aqui suas indúse estimula. da honro uma mais parte assim E par giram, estudava todos os meios zadora foi se fazendo sentir. irias. para a conquista da fortuna rahoje, os defraudaãores e falsipida, para a acumulação vertiMast a ganância dos falsifificadores de gêneros de primeiginosa cie lucros ilícitos, mas íacadores não tinha limites. Shra necessidade constituem bul'.ses büamenie viram-se à frente de Esta situação acabou por unconstanteum reduzido grupo, por ao governo estadual a newn competidor extremamente mente acossado pelas autoridaccssidade ria criação de um crperigoso para eles-, a indústria ács sanitárias, que contra eles gani-ino especia* qu..: sc meumvinícola nacional. Os falsificacissi da iiscalizív; »' oa alimendispõe üe uma lei forte e petacão dores não hesitaram: passaram pública — o setor mais sada. infestado pela praga cios falsia adulterar e falsificar também ficadores — vigiando sanitáriaOs manipuladores de bebidos os produtos nacionais. Um dia mente a produção, industrial!falsificadas, entretanto, ainda as autoridades sanitárias dc São zação, o comercio e o consumo alguns seu em poder manleem dilidas substâncias alimentícias e e feliz Paulo, em rumorosa extremamente perigoredutos das bebidas, com a fiscalização gencia, conseguiram localizar e instalações e funcionamendas coe sos. Apesar da dedicação deter uma enorme derrame cie estabelecimentos inausto dos responsáveis pela dos rogem Sul, do Grande vinhos do Rio triais e comerciais, assim como, ae a sanitária, falta do estado de saúde dos seus fiscalização falsificados com matéria eode Em 1925 nasceu impede os manipuladores. legislação penal rante venenosa, espalhados por da Policiamento de Serviço o uma ação decisiva e arrazadora todo o Estado. A falta de uma Estado cio Pública Alimentação contra aquele persistente inilei severa, porem, inutilizava de S. Paulo, com a incumbência do povo. saúde da migo levar a bom termo essa misde resdos esse esforço louvável são. ponsaveis pela saúde pública Muito já se fez, mas muito Até então o Laboratório de destruiNovas garrafas, aos falsificadores: de impostas brios úo paulista. Os Analises do Estado, criado em ainda há a fazer. Uma diis únicas penalidades fabricarão de material dc seu cão 1892, incumbia-se da fiscalizariograndense contendo vinho uma cidade como São Paulo, ção cios gêneros alimentícios. falsificado, surgiram nas prauma das principais capitais do NÃO ligeira digressão biblico-gasfroFRANCÊS das análises fazia as busUM Alem QUE nômica, terá você, leitor, o ditelciras dos armazéns e bares a inspeção dos alimenmundo, não podem e não decas FUNDA BARRA para DA SEJA reito de desconfiar das bebidas como procedia a inubem tos, aventuda cidade. de à mercê vem ficar lhe servem? Sim, responque dos deteriorados ou tilização O freguês senta-se á mesa de der-lhe-emos nós, esse direito inescrupulosos, para quem reiros condenados. Mas S. Paulo crêsMuitos gêneros de primeira um restaurante do Rio, e, não não só lhe cabe, como é justo e o dinheiro é única a pátria e por isso os próprios inspecia, raro, ouvimo-lo exclamar: necessidade não tem entre nós lógico. sua a dando lhes sanitários passaram a faque tores se pouco Traga-me um bom vinho falsiintensa de o consumo apresentado pelo coanos Anos c fiscalização, cumulaaquela zer a e saúde conquista arruine a francês, mas que seja legítimo, ficação de bebidas e numerosos com as demais sertivamente márcio de bebidas. Entretanto, economia de milhões de pessoas. ouviu? contribuialimentícios, isto é. com o higiene, viços de begêneros inexplicável Não parec lei, por uma seja legítimo? Que contanto consumidor no já criar ram imprensa, que A para policiamento dos domicílios, os ce exquisita essa premissa? De brasileiro nignidade, não considerava as dc espirito um permadesmédica serviços de vigilância tribuiu para a alimentação quem desconfia o freguês? Do nente suspeita. DIRETRIZES, bebidas como gêneros de pritransmissimoléstias as contra se cancro social e econômico, gareon, do dono do restaurante nesta série de reportagens, que os de imunização contra a veis, meira necessidade. A saúde do acresPor fabricante? ou do que sempre representou dignamenapreseninicia, agora procurará e outros. varíola ele, geralmente, uma irôpovo vivia ameaçada, o fisco de guardiã dos centa condicional: tar o problema da falsificação seu te o papel Evidentemente um acúmulo nica era prejudicado, a indústria naOs fatos ita- de bebidas em S* Paulo, sem dúdo — interesses vinho povo. bom um tantas obrigações impedia de Quero vida o maior reduto desse» cocional sofria a concorrência dos os abnegados inspetores sanesta pequena repor- liano, mas quc não seja do Be- mercio clandestino. Hoje publique narrados esindústria a ilegais, enfrentar mtários porões pudessem tagem indicam, porem, que ain- lemzinho.. . caiemos o passado e o presente munimeros bem nossos vantajosamente trangeira fugia dos A prova do bom fundamento da luta travada entre o crime e muito para se atingir da falta lalbandos de sagazes e ciados da desconfiança do freguês re- a lei, isto é, entre os falsificacados, para onde poderia iransD1RETRIE estrada. da engordavam Esses sificadores. o fim side no próprio fato de só ex- dores e as autoridades sani táplantar as suas próprias mádia a dia, enquanto os fiscais orgulha, ãe nela ingres- cepcionalmente um garçon exal- rias. Nesta reportagem os nosse ZES acondo exemplo a que emagreciam sob o fardo de tanquinas, sar hoje, iniciando a publica- tar-se com essa desconfiança. sos leitores encontrarão os moindustriai ta responsabilidade. outras um como teceu com tivos do direito que lhes cabe uma série de reporta- Ele parece aceitá-la de ção Com a organização, porem. desconfianuma fato natural, de desconfiar das bebibdas que mais felizes. Enquanto isso,.os Inspetoria de Policiamento sobre o problema da falsi- ça da qual ele mesmo participa. consomem. Esperamos, por isso do gens Pública teria Alimentação falsificadores viviam impuneda alimentícios, encontramos garde vezes a Muitas gêneros mesmo, que, concordem com ficação verdadeide fisca.ifase amontoavam nova início uma mente, bebidas, em São çons que não se atrevem a dis- solução final por nós apresenespecialmente os de1925 diante De zação. em com um freguês, esperan- tada. solução essa que nao é suros tesouros nas contas corMostrando como se vem cutir enfrenPaulo. teriam fraudadores que do que a experiência deste consomente por nós, mas por rentes dos bancos, e. até consetor um serviço permanente e a guerra contra, os firme ou não a legitimidade da gerida processando responsados alguns principais na vigilância dos sisfemáticü de guiam privilegiada posição expondo ao pú- procedência do líquido por ele veis pela saúde pública do pais. falsificadores, nela expôsdas bebidas alimentos e verdade que E1 sociedade. blico alguns dos expoentes des- solicitado. certos, ao entregues tas venda ou à leitor, do que Estamos INVESTIDA ingressavam pelas iiortas A PRIMEIRA sa vergonhosa indústria, suge- assim como noventa por cento consumo. Casas de varejo e ataORGANIZADA CONTRA fundo, mas para um falsificacado, fábricas de massas alipossam da humanidade, você também medidas que rindo serve. FALSIFICADORES OS mentidas, de doces, cie conserdor qualquer porta eventualmente contribuir paia aprecia um bom vinho, um suavas de origem animal e vegetal. da ve licor ou uma saborosa cerdos focos esmagamento o viveu no de óleos e substâncias gorduroassistiu Paulo Paulo mesSão primeiE assim São veja. Mas, quantas vezes a perentrevistando atoai sas, um assim como fábricas de cerséculo o do ro quarto falsificação, ma dúvida não vem perturbar muüos anos, com a sua econodos refrigerantes, bebidas alconstante vejas, i ecrudescimento usude sonalidades responsáveis pela seu prazer, impedindo-o mia e saúde debilitadas pelas e a sua saúde licores, vinhos, etc. contra coólicas, saalentadas uma luta contra eles desencadeada, fruir completamente que de Falsiiicadores a ser visitados consfalsificadores a sua economia. experimenpassaram só Noé quadrilhas íislação que e tão suma, em grave agitando, tantemente pelos membros da tou rot alm ente em um mundo e riefraudadores de gèn-rros alinela se formaram. As ywssas amtamais como e bebidas, tal atual problema, que em que ainda não havia falsifi- mentícios autoridades sanitárias, porem, "foootleegars" uorteamericatl^M-tUuua, uu 1«J ih^S-l. esta os os encerrar devido torna E, cadores? para çador ai7ida se Pouco « não desanimavam. I sajjs p.j^wa*,.»»*^^ ,, - .^j&Uníí&^^ PÁGINA 18 (Continuação da pg. anterior» Policia de Alimentação Pública. As feiras, os mercados, os vendedores ambulantes tambem não escaparam ás batidas enérgicas e freqüentes da¦queles fiscais. Ao lado destes, legião de .médicos, inuma do cumbidòs policiamento, procedia à inspeção dos generos entregues ao consumo público, colhendo amostras para . análise do.s suspeitos de alteração ou adulteração. Dos laboratórios saiam depois as sentenças. Em caso de eoudenação, o Serviço dc Policiamonto da Alimentação Pública procedia à apreensão e inut-lização dos gêneros condenados. OS BüiSÉS NÃO DEF!NHÂR'Â'0 MAIS Desde n mai.s modesto fabricante de macarrão ao mais poddroso fabricante de bebidas. todos os comerciantes e industriais honestos exultarom com a'criação do Serviço de Policiamento. Assim, não ¦só teriam oportunidade de provar constantemente a boa quo lidade dc .seus produtos, como poderiam esperar que se vissem livres de uma vez dos seus concorrentes clandestinos. Um do.s primeiros setores a sentir os efeitos da nova organizacão fiscalizadora, foi o mercado do leite. Este é um alimento sujeito ã fiscalização diáiia, pois são enormes os periços que podem advir da inclusão de impurezas ou substâneias estranhas ao seu contendo. a Não havia ainda obrigação da pasteurização do lei^e. sendo este produto entregue ao consumo público, parle crú, fornecido pelo.s vaqueiros da capital, e parte pasteúrizado, procedente das uslnas do interior do Estado. Mas, apesar , da nova fiscaligação, as mães paulistas continuavam a queixar-se. seus bebes definhavam, seu filhos enauliam com certa repujrnância o leite que lhes era fornecido. Mai.s tarde veio a se descobrir a origem da má qualidade do leite ingerido pelos paulistas. Verificou-se nue dentre os debanhos existentes nos cstábulos dos arredores da num total de 10.000 capital, cabeças, havia um coeficiente de infecção de 4.000 bovinos ou sejam, cerca de 40 por cenreagentes à tuberculina. to. Não era atoa que os fiscais sanitários clamavam contra o alto coeficiente em germes do leite crú distribuído em São Paulo. E esse coeficiente amcrescia devido ao da mais acóndicionamento do leite ser íeifco pelos próprios vaqueiros. etn seus estábulos, »sem os mennfes cuidados de higiene. Por outro lado, a percentagem de fraude pela adição d.e água ao leite era muito elevada, embora a fiscalização aumentasse sempre a sua vigilância. em Só treze anos depois, foi o problema fins de 1938. enfrentado corajosamente, é vencido, o governo paulista, do atendendo às solicitações Departamento de Saude. instüuiu. nor ato legislativo, a pasteurização compulsória do leite entregue ao consumo público. Depois disso o leite meIhorou consideravelmente, baixando amplamente o seu conteudo microbiano, conforme o provam os exames bacteriológicos semanalmente procedidos Adolpho pelo Instituo Luiz. do Departamento de Saude Pública. Registrou-se assim a primei.ra grande vitória obtida pela. Saude Pública. As mães de »São Paulo já nao teem tanto que temer neio desenvolvimento físico de seus filhos, embora ainda haja medidas a tomar. COMAM PEIXE E CARNE SEM SUSTO matadouros, o veteriNos nário procede à inspeção prévia das rezes que vão ser ababasta. tidas. Mas isso não responsáveis os pela pensaram saude pública. Assim a carne passou a ser fiscalizada, dia- » namente, no.s próprios açougues* Evitaram assim os médicos distritais que fossem enpúblico tregues ao consumo estado incipiente carnes em de alteração. Nada de vender carnes sobradas,, do dia anterior, foi a ordem, ordem essa tambem ^ aos que se dirigiu açougues existentes no próprio Mercado Municipal. Mas, muito mais difícil que a fiscalização das carnes, é a do peixe. São grandes as diíicuídades de conservação do produto pelo frio, enquanto as aparenteembora viaturas, mente isotérmicas, não satisfazem os requisitos de ordem sanitária para garantir a sua integridade. E ainda há o sol, cujos raios deterioriam fácilmer;te o pescado, procedente de Santos ou do Rio de Jarieiro, e exposto »ã venda nas feiras. Para que o pescado permáneça fresco, é indispensável que seja mantido em baixa temperatura, o que não é possível com simples viaturas isotérmicas, como as que ainda hoie são usadas de PoliciamentoO Serviço da Alimentação Pública estucuidadosamente o caso. dou Não desejava prejudicar nin• guein. A única .solução enconi.i ada foi a de condenar a vonda de pescado nas feiras. Mas. não basta destruir, e preciso de ciar. Por isso a Polícia Alimentação propôs á Prefeílura da Capital que se aboiisiucremense esse comércio tandó-se a instalação de peinos diversos xarias bairros onde o peixe, paulistanos, mantido nas câmaras fri^oríficas, oferecerá as condições necessárift.s c indispensáveis à sua perfeita conservação. No dia em que essas-peixarias forem disseminadas por todo.s o.s bairros, como é de se prever para breve, poderemos exclamar: — Comam neixe e carne, sem susto, paulistas. Essa sp rá a terceira gramle vitoria do Serviço de Policiamento da Alimentação Pública. pois a segunda foi obtida nas feiras-livres, que depois de 1033 passaram a ser lugares limpos e areiados, com o.s feíranfcès higíenicamenfce vestidos e com sens armários cercados por vitrines adequadas, que protegem os gêneros alimentidos d? poeira e dos moscas, os dois maiores intmSsos da boa conservação dos laticimos, doces, conservas 5. carnes preparadas quc são vendidos nas outrora anárquicas feiras-livres. JOHN HA?G HM SANTO AMA RO E VINHOS DO PORTO NA BARRA FUNDA Os fiscais sanitários não heaitaram um minuto. Dei:?*»ram o seu carro ao lado do de Congonhas. atual Campo situado á margem; da An1 o Estrada de Santo Amaro, e dirigiram-se resolutamente oara o que parecia ser uma fábrica de bebidas. Nela ingressaram e foram denarar. atônitos, com uma perfeita fábrica cland-sstina de whisky e outras bebidas alcoólicas. Sobre ns prateleiras da. fábrica acumula.vam-se dúzias de legitimas ^hn pcarrafás d< wmfri", Haig". oli mesmo fabricadas. — Quantos e quantos cavalheiros não terão pago nor essa droga falsa o rossmo nre-ro oue pagam neio legítimo whísk.y escossês ? teria perguntado de al par si um dos fiscais. Diligências como esva e^ehem o.s arquivo--» da Poh-cia de Alimentarão Páblioa, V%mos enumerer ale um as eom o intuito de exemnlifiear r*neo.?,s a gü-en+esca luta travada entre os seus membro»5, c os cornverdadeiro paponentes do raiso de falsificadores que se localiza em São Paulo. Em 192'5. iim ano depois de criada a Polícia de Alimentacão, foi fechada no bairro do Inira.naa unia grande fábrica d.e Vinho do Porto. A.'i sc con.feccionava o produto com tod'í«s as características do vinho genuíno. Os fiscais apreenderam todo o materi"*! destinado a falsificação. Carre- 21/5/1942 S D USTKIZE na rua Joaquim Murtinho, estava um outro colega do fabricante de Kumel. Este Iabricava conhaques, usando alcol e corantes em vez de vinho. Ele sabia que a lei manum da que o conhaque seja mais isto é, vinho, de distilado vinho concentrado. tío que Mas ete tambem sabia que o apressado ingeridor do cálice de conhaque não conhecia a lei. Acreditamos que todo o espaeo que dispomos na revista nãò será suficiente para o arrolamento de todas as apreensões e destruicões efetuadas pela Polícia da Alimentação. E isto desde 1926 até o momento atual. Em 1937 foi fechada uma fábrica de vinho do Porto "Adriano Ramos PinNeto", na rua Conselheiro bias, onde foi apreendido nao .só o produto como as matrizes comsigo mil gáram tambem c a i x a s contendo "PorLo garrafas da Recheias cie falso e serva", rie Ferreira Netto Companhia, de Vila Nova de Ma.s o dono Gaia", Portugal. não fazia muidesta fábrica ta questão de nacionalidades. Assim o.s fiscais foram encontrar aií uma grande quantidamanipulado de de vermute, "Juliano", de de sob o nome como assim Itália, Torino; "'Pervillcr", uma champanhe uma marca fantástica que nunca existiu na França. Ano não se passava sem que dezenas de apreensões e desfossem de material truição afetúadas pelos fiscais sanitários. Ma.s, os falsificadores respondiam a cada golpe com um novo contra-golpe. A Policia de Alimentação fechavalhes uma fábrica aqui, abriam outra acolá. Tornou-se famo- '¦¦^W^Í^i:fW^m^^r'z ''¦<:- ¦'$-''* r'»^J^W -¦ ''y<^$$<?£il*l ^P*M*^w^ ¦^^T^^^K^*^f'Z.y;.z'yZZ'y ¦' \ z ^^^%^^^^^^^^^^^^S^^^M^,. --'' \ VjKSKwn»^^^ Ví&.-S*"'" >* --y.z-yZ-ZMfyz^^ ' ¦.¦.:':'.\t-' *; : '-l-yZ ¦:J,Z ¦¦ 'y.y.iy- ííZ*i«*4'•> •' ¦<* *8ê3S^<r.-*v',.--S yZZ^ZZ~r:r;;z-.-' ¦yy.*-égx&i!FB.$f Z\\ryy-y ^^^^^^i^^mM^^^^^Mr ¦ v z- $^^^^Êy 'i''¦¦¦*twwli0™ •f?^-.â^^^^^^^^t%^*^^^^PIM^ : / •^...o <» ^»»»<y'^<»«/^»^ A etiqueta é verdadeira, uvas o vinho é falso so o car-io de uma célebre firma. estabelecida á rua Conselheiro Cotoírine. .Ali se fabricava "bitter". cacau, vermute, A sua conhaque. quinado, tanto fwuezia era enojme, no Rio como em São Pau.lo. Um dia. a. Polícia de Alimené fechou. tacão a localizou TJm a?1 o depois, essa mesma falsa distilaria, aoa receu .sob outro nome, em outra parte de São Paulo. Continuou empregando os mesmos nroce»s»sos de sempre: u»so <i^ corantes e anilinas nos produtos, venda do produto sem .selo. etc. Pois bem, f;>i novamente fechada para reaparecer rm-ses den^ls .sob outro nome 1 Hoje essa fábrica funciona iá sob outro nome e continua inundando o mereo.do com cacau anibnado. Ainda recenteemnte ali e«tiveram, na fivma Salazar & Rama. os fiscai.s do Im.ocsh.) de Consumo e da. Alimentação p-*'*!ivira, estes tendo à frente médico, dr. Ernáni . o ilustre Max. e lá procederam a rumorosa' diligência, cuios orincipais asneetos focalizamos nesta reportagem. Entre outros comoradores. lá estavam adqui:indo produtos falsificados, par uso próprio ou para revender a terceiros, os srs. Felisberto de Castro Moreira.. J:\cob Schurr, Rodolfo Fest Filho. Pedro Meiz e José Feluccio todos logo detidos e chamados '^ clenor pelas autoridade»s ss.nitá.rias e fiscais presentes. O preço pelo qual adquiriam o produto ? 23-300 o litro, coni 23 % abatimento de para comnras acima de 50 litros ! Eis oor quanto lhes vendia a Distilaria Vitória, o "bitter". o cacau, o vermute, o quinado e até o conhaque de sua fabriisso. cação ! Emtanto um bom produto, sem anilinas, corantes ou drogas preiuidi(•.'".Z/a ã f-3vr}.-a. e ni^vo de tabricação nacional, não node ser vendido por menos de 8$, a !6<5 o lüro. E o Kumel, o finíssimo licor ? importar do estraugoiro ? Unar o bom n.roduto nacional ? Para aue ? E um oia foram encontrar em olaria rua, Ministro Godói uma fábrica clandestina do Kumel, cora amear cistaüTiaclo e colocado dentro de garrafa.-; rotuladas com a "'•arca do legítimo produto ! Mas, não muito longe, para a impressão de rótulos, envoltórios, caosulas e demais materiais utilizados na falsif*>*^ão. üma compita fábriAliás, um calito-tipografia. ca.so mais ou menos idêntico a esse, pa»ssou-se na rua dos Numa fábrica Sorocabanos. de bebidas "perfeitamente legalizada" foi encontrada uma com os se.série de clichês, dizeres: "A G " — Kuintes — Bisquit-Dubouché e Cia Jarmac — Um emblema do vinho do Porto Adriano Ramos Pinto Caosulas próon-.-is ^>ara o fechamento de garrafas, ehaoas com o.s dizeres — "Sao Faulo-Via Santos", destinadas o outros, à marcação de caixas,"Cinsano", ajam de rótnlos de "Fernet Branca". "Salamaneive", "Cognac fiT1- champa"D'Artagnan gne, L» Godim". Cognac" e uma infinidade de estava outros. Como vemos bem munida es.sa fábrica "legalM_ Mas o caso mais .sensacional é. sem dúvida, o que se refere aos trabalhos efetuados nela policia sanitária d.e S. Paulo, em co'aboração com a.s autoridades do Rio Grande do Sul, de centro locahzando um adulteração de vinhos gauentão, aue c;io»s. Aourou-se, tratoda a bem maquinada ma era executada num arma•zem da praça A-^vedo Jun.íor, em Santos, onde o nrodu-^o, com vir-a,em., era adulterado matérias corantes,-preindiciais à saude. Tratayá-se d"w uma quadrilha de nerfeito.s "Topazes Mirins" no Brasil. A PORTA ABERTA PARA O C5NME Ma.s. con.çolff-se, leitor assustado, se Iodos es^es casos provam a incrível audácia dos fa-sificantes de bebidas, provam tambem a formidável luta ave contra elcs sustenta.mi os inspetores sanitários, a.uxiliados muitas vezes pelos Inspetor„a,s de cousuit-o. que aaem no terreno r'* fraaide fr^ca1 em nue o--* falsificadores são useiros e vezeiros, Em poucos na!avras poderemos descrever as benéficas conseqüências advindas da incansavel atuação desse grupo de dedicados sei vidores do púb-ico brasileiro. E'n 193»S o Serviço de Policiamento tíe pública foi reAlimentação organizado e seu pessoal aumentado. E.s.se acréscimo de para auxiliares contribuiu uma imediata melhoria no saneamento da indústria de beparticularbidas em geral, alcoólicas, graças ao as mente das ststemático policiamento municifábricas existentes no dapio da Capital. Os últimos sobre a dos que colhemos desse gêfalsificação fraude e nero de bebidas, isto é, dos vilicores e compostos nhos amargos, acentuam que, de 90 era antigapor cento como hoje para 10 oor mente, baixou BromatológiPosto O cento. cos, que o Serviço de Policiamente de Alimentação Públiem Santos, não ca mantém deixa passar por ali nenhum vinho, .seja nacional ou estrangeiro, sem examiná-lo convenientemente. Os vinhos paulistas, procedentes de .Tunrhal e São Roque, só são entregues ao consumo, depois de devidainspecionados pelos mente Postos Biomatológicos locais. Por outro lado o Serviço de Policiamento colhe semanalmente amostras nas fábricas da capital, entrega-as à analise bromatológica, evitando assim a possibilidade de seaqueles prorem fraudados dutos. Mas, como já vimos na lnreportagem, trodução de.sta saniesforço enorme esse todo tário vive sob a constante ameaça da porta aberta que resta aos falsificadores de bebidas. Enquanto os defraudadores de gêneros alimentícios — como ja se viu em dezenaí* de casos — sofrem pesadas multas e processo penal, os falsificadores de bebidas náo ficam expostos a nada dts.so. A jurisprudência de nossos tribunais não os torna incidentes em penalidade de ordem criminai, devendo os infratores serem punidos de acordo cora os suaves regulamentos sanimuitas detários. Por isso, núncias encaminhadas pelo Policiamento de Alimentação às autoridades policiais nara respectivo inquérito, decaíram em juizo, dado o critério aludido. Não lhe parece absurda, leitor, e,ssa excepção ? Não acha, como nós, que se deveria, urgentemente, não só aparelhar ainda melhor as no.ssas autoridades sanitárias, como muni-las no setor das bebidas com as mesmas prerrogativas penais de que goza o combate aos falsificadores e defraudadores dos gêneros alimentacios ? Sem essa indispensável medida o crime continuará campeando. Simples multas e destruições nunca poderão destruir uma nefasta indú.stria que aufere lucros capazess de comnensar quaisquer orejuízos. A cadeia é o único lugar para onde devem ser encamlnhados tais falsificadores. Estamos certos, leitor, nue está de acordo comnosco, assim como estamos certos que partilha de nossa admiração excepcionais »serviços pelos que vem prestando ao nosso povo o Serviço de Policiamento da Alimentação Púbica. Mas, achamos que ainda há muito a fazer. E' nesse sentido., que DIRETRIZES lançouse a esta série de reportagens, orientadas pelo nosso programa de colaboração com o poder público, na solução dos problemas que mais de perto disem resneito aos interesses do povo. São Paulo deve deixar de ser a "Canaan dos Falsificadores" e para isso devemos contribuir com todos os elementos ao nosso dispor, desenvolvendo esta ca.m-\anha, para cuja maior euciência acabamos de entrevistar o dr. Tuoy Caldas, diretor da Recebedoria Federal em São Paulo. Em nossa próxima eçlicão, os nue nos lêem, terão oportunidade cie conhecer as onortun.as declarações do dr. Tuny naldas e cio dr. israe! Brandão, um de seu^ mais diOuviremos, gnos auxUiarcs. ainda, a respeito, o oróorio sr. SaFes Gomes, levando a seguir o nosso inquérito até ás ma.i»s altas emVirj.àades cio Estado s da República. ¦^^s^i-tmK^uu^ííix^^i^^ii.x ¦^mimi^mísmmmuiii ""\T 21/5/1942 DIRETRIZES Pelo Professor GEORGE BIDLLE Perante uma seleta e numerosa assistência realizou-se no Instituto Brasil — Estados Unidos uma conferência do norte-americano, e sr. George Bidlle que, professor pintor num gesto de simpática gentileza com o nosso país, para a sua Pela importância pronunciou palestra em português. dos seus conceitos e pela lição que ela encerra para a arte e os artistas brasileiros resolvemos publicar aqui aquela conferência, cujo interesse deve alcançar tambem as outras classes culturais do Brasil. digo que durante os últimos dez ou doze QUANDO anos a arte nos Estados Unidos passou por uma íase de renascimento, refiro-me à onda de interesse em coisas de arte que invadiu o país inteiro, e á mudança de atitude não só dos nossos pintores e escultores, mas igualmente dos críticos em re*ação à arte e ao próprio conceito de vida. São fatos registrados, realidade. Por de indiscutível outro lado, é matéria de opinião pessoal atribuir ao movimento art.stico nos Estados Unidos ounsiderações de importância. Por mim, não tenho interesse em entrar em discussões sobre t::--tc aspecto da questão. Esiou, sim, profundamente interessado nas tendências manifestada;: em nossas obras de arte, bem come» °.ra seu conteúdo — no qae os nossos artistas procuram piopcrcionar ao público. À guisa dc introdução quero apresentar um breve resumo da p.ntura norteamericana desde o começo do século. Desde o ano de mil novecentos muita água — e arte — passou por baixo da ponte. Naquele ano Vitória ainda ocupava o trono da Inglaterra. O Czar Nicclau e Guilherme Segundo eram moços e William e Henry James estavam no seu auge, sendo que o pragmatismo deveria ser puolicado uns sete anos mais tarde. Sinclair Lewis ia à escola e Ernest Hemingway era embalado no berço. Em Paris, muito raramente, avis.ávamos uma "carruagem sem cavalo". Na Europa reinava a paz, em termos. Na América do Norte as exposieõés anuais na Academia de Pcnnsyivania em Phladelua e na Academia de Desenho em Nova York, constituiam os acontecimentos da estação. Os nossos Mary Cassatt, pintores, como John Singer Sargent e Gari Melchers eram mais conhecidos en: Paris e em Londres do que na pátria. Um pequeno grupo rebelou-se contra as fórmulas técnicas do impressionismo francês e contra os nus mornos, sub-adolescentes, das nosass academias. Insistiram com veemência sobre a realidade da América çrntemporânea com os seus cortiços, cenas de rua, trapiches, tavernas e fábricas. Tornaram-se conhecidos sob a denominação de "E-rcola da Lata do lixo". Daquilo que hoje chamamos arte .moderna nada existia. Então, em mil e novecentos o ..treze, a famosa Exposi;ão da Ar_ mory (Quartel da Polícia de Nova York), produziu enorme -sensação, fora escolhida, organizada e trazida principalmente de Paris por um grupo de jovens pintores e intelectuais. Poet-lmpre.snéo - impressionismo, sionismo, . cubismo, futurismo, vorticismo; os -escultores Lehnbruck e Brancusi, Matisse, Picasso, culminando em seqüência lógica de Goya, Daumier, Courbst, Degas, Gauguin e Cézanne, tudo isto era pelã' primeira vez exposto ao grande público americano. Cerca de meio milhão de pes:oas visitaram , a exposição em Nova York; e depois ela foi tiansportsda de costa a costa através de todas as grandes cidades. O público viu, discutiu, refugou, mas nunca se esqueceu. Foi diferente o efeito sobre nós outros artistas. Consolidou-nos num grupo conciente, que percebia o movimento internacional florescente em Paris antes da guerra. Muitos de nós tínhamos estudado o modernismo em Paris, onde alguns haviamos participado do movimento. Depois de mil e novecentos e treze, adquirimos a conciência de que formávamos um grupo de americanos. artistas modernos Éramos um tanto dogmático, exuberantes de ideais: éramos moços. Este grupo afastava-se do ponto de vista de interesse humano da "Escola da Lata do Lixo" e não se mostrava disposto a ceparticipar das exposições dos revoltados mais velhos da década anterior. Em mil novecentos e vinte e um, ocorreu um fato, sem grande importância em si, mas que constituiu um marco em nossa, pintura. Um grupo de jovens artistas' de Filadélfia convenceu a Academia de Pennsylvania — a instituição mais importante, mais tímida, mais míope e mais' acadêmica dos Estados Unidos --• que promovesse uma exposição de arte moderna. A arte moderna americana já podia ser apresentada ao público. As galerias da Quinta Avenida pouco a pouco abriam as portas aos novos pintores, mas ainda existia cisão intelectual entre o nosso grupo e os insurgentes do pe"ismos" riodo anterior. Os custam muito a morrer e cs modemistas permaneciam intransigentes até serem aceitos no mais amplo sentido pelo público. So então poderiam fundir-se com o movimento oontemporageral neo. Hoje esta lusão já se realizou e uma outra exposição pode ser considerada como símbolo desça quase-maturidade, desta maioridade da nossa pintura americana. Na primavera de mil e novecentos e trinta o Museu de Arte Moderna de Nova York abriu a sua primeira exposição de artistas americanos vivos. Conquanto o aspecto geral dos trabalhos exibidos fosse acentuadamente moderno, ainda assim encontravam-se exemplos da piacidez mais' ou menos, acadêmica de Kenneth, Hays Miller; o eco do impressionismo de Allan Tucker, a sobriedade de sentimentalismo realista de Eugênio Speicher e de George Luks, a par das francas abstrações de Clr.rles Demuth, Stuart Davis e Georgia O' Keefe. O significado desta exposição era qus a arte americana se emancipara ao ponto de poder abandonar os "ismos" e egotlsmos da sua adolescência. Dai em diante preojupar-se-ia menos com os estilos de expressão do que cem aquilo que o artista tinha a dizer e a paixão e clareza com que era capaz de dizê-lo. Escolhi o ano de mil novecentos e trinta para marco dum novo desenvolvimento da arte noiteamericana por uma razão. Foi este o primeiro ano do período de depressão e a crise financeira que nos assolou veio exercer sobre a arte estadunidenso influência mais envigorante do que outro acontecimento qualquer anterior na história do pais. Enumerarei em breve essas rnfluências que durante os últimos dez ou doze anos produziram enorme efeito sobre as tendências da arte americana e que roram aceleradas pelo advento da depressão. Em primeiro lugar temos aqui o despeitar da conciência social dos artistas americanos e o conseqüente afastamento do modernismo francês, da torre de marfim e do conceito de "arte por amor ã arte' . Em segundo lugar verificamos o incremento da arte mural juncamente com a influência do grande movimento mexicano neste terreno incipiente. Em terceiro lugar mencionarei o. ponto certamente mais importante: o efeito salutar do patrocínio que o governo federal começou a dedicar â arte nacional e aos artistas americanos. Já alguns anos antes da depressão, e mais ou menos ao mesmo tempo em que os mexicanos pintaram seus murais, houve uma espécie de renascimento entre os nossos artistas mais novos da esquerda neste nobre campo da arte, e é fato que durante algum tempo o movimento mural mexicano exerceu influência benéfica sobre a pintura em meu país. Grande numero dos nossos artistas viajou para o México, onde nos encontramos para trocar idéias a respeito de Orozco e Rivera. Mais tarde ambos estes artistas receberam encomendas para executar murais em São Francisco, no sul ua Califórnia, em Detroit e em Nova York. E', talvez, natural que, ao seimos surpreendidos pela depressão — que atingiu os nossos artistas em primeiro lugar — fôssemos levados a ponderar sobre a filosofia que formava a base do movimento mexicano. A história dos povos parece uidicar que as escolas importantes de arte sempre surgiram nas correntes de prosperidade econômica. For toda a parte onde a arte mural alcançou plenitude de expressão houve uma religião universal — quer dizer, fé ou objetivo comum — de que os artistas juntamente partilhavam com todas as classes sociais. Ao mesmo tempo estava à disposição dos melhores artistas o espaço necessário nas paredes dos edifícios públicos onde pudessem simbolizar as emoções oriundas da fé coletiva. Esses requisitos — o assunto edificante a emocionar as massas e as instituições sociais que pudessem proporcionar aos artistas o espaço necessário â pintura e as respectivas encomendas — aparentemente formavam a essência da pintura mural. A experiência mexicana neste terreno da arte clássica de que estou a falar, evidentemente soíreu certas modificações. Os jovens artistas e estudantes mexicanos, ao regressarem em mil no. vecentos e vinte e um dos aprendizados na Itália, na França e na Espanha, mergulharam no idealismo da revolução. A cultura dos indios e dos aztecas forneceu o fundo sobre o qual bordàssem seus motivos sociais. Encontramos o impulso clássico para a inspiração. Um grupo de artistas jovens de tendências liberais, uniu-se para fundar o sindicato dos trabalhadores técnicos, pintores e escultores. Obtiveram os primeiros contratos em fins de mil novecentos e vinte e dois. e estes eram baseados sobre o espaço mural a cobrir e oito horas dn trabalho diârro com a retribuição média de ortenta mil réis (oito pesos mexicanos na-jiioles dias). Alguns meses mais tarde a sucessão presldencial . implicou numa transformação do Ministério da Éducação. De todo o sindicato unicamente Rivera foi readmitido. Parecia que a eminente irrupção de arte nacional que floresceu durante menos de um ano, estava terminada. Não obstante, dez . anos mais tarde, milhares de estudantes norteamericano.s peregrinaram todos os anos para a capital do México afim de examinar as referida.» pinturas. Sua influência estendeu-se até a Europa e hoje o México possue vmte edifícios públicos ornados de afrescos executados por artistas novos, que, ignorados ainda na década precedente, continuaram a obra nas linhas nobres da tradirão coletiva e da liberdade técnica da expressão. Os melhores dos artistas liberais mexicanos tiveram plena liberdade para executar os -seus murais. Não pode haver dúvida em que os mexicanos estavam animados do fé c~letiva tão ardente quanto o.s sentimentos religiosos de outros povos, e que esJ^J^p-^Vre-g.UWí-jrxi-^iig^^ liliÉileliSH ^ *-*»D """—V (METAL PRATEADO! ORATOS e cestas A para bolos, bandeijas, cestas para frutas, pratos para "sandwiches" em grande variedade. MAPPIN & WEBB RUA 00 OUVIDOR. IM - RIO OE JANEIRO - Londres Buenos Aitw JohtDM-iiUtff — Bumlisg PÁGINA 19 crítico no desenvolvimento da tavam prontos para sacrificar-se nossa arte nacional tivésesmos O movimento, ideais. seus pelos podido obter o apoio decidido de porem, não emanava de maré de mais de um homem cm alta poprosperidade econômica. sição no governo, com a clara Neste caso não foi essencial a conciência do valor da arte em abundância de riqueza que se nossa vida social: o presidente oferecesse em pagamento da arte Harry Hopkin.s e Edward Bruce, verdadeira. Na realidade as dese Holger Cahill que mais tarde pesas eram mínimas. Tinha srdo se tornaram os diretores dos dois preciso, porem, proporcionar ao artista' oportunidade para trabagrandes projetos de arte. Não desperdiçarei o tempo com lhar em ausência de censura, e a descrição dos esforços, da corcama e mesa enquanto executarespondêncla, dos desapontamenva sua obra. Tudo mais era sutos, das intrigas, que parecem isso E' aprendemos que pérfluo. necessários para levar a termo com os mexicanos. Durante o qualquer programa que dependa periodo de alta dos clássicos ciae intervenção humana e políticios econômicos artistas capazes ca. Vou apenas expor, em traços de conquistar o patrocínio dos breves, a organização, o aparericos — em outras palavras: os lho, e a obra até hoje real zada pintores cujos trabalhos estavam em moda — obtinham os preços pelos dois projetos federais üe arte. Foram parcialmente bascaque quisessem. O resto, que se dos num memorandum que esarranjasse. Em. períodos de baicreví e enviei ao presidente, ao xa, todos teriam morrido de fosecretário do Tesouro, Mergenme se tivessem continuado a thau. ao secretário Ickes, ao sepintar. No México, entretanto, eretario do Trabalho, Perklns, e não houve o fenômeno do preço a outras personalidades. Os ponde objetos de arte dependente tos essenciais são os seguintes: de aceitação popular e do gosto PRIMEIRO — A importância geral. Ali o governo se ofereceu vital duma escola nacional de para empregar, paganrio-lhes saarte mural, iniciada com o apoio lários adequados, membros da e a cooperação do governo ao corporação dos pintores afim de executar projetos benéficos. O pais; SEGUNDO — Que a liberdade objetivo destes projetos consistia de expressão do artista pode ser em educar o povo na contemplagalvanizada para apresentar as ção dos símbolos do socialismo idéias sociais e econômicas que americano — podem chamá-los a atual administração procura de propaganda, se quiserem. Na realizar; realidade, toda a arte vem a ser TERCEIRO — Que num penopropaganda quando é conslaedo de depressão econômica o gor "'i como estímulo das emoverno deve dar aos nossos artisções. Não pode ser outra coisa, tes a mesma assistência quo dá humanidade a consiste de pJ qu. aos trabalhadores doutros ramos noventa e oito partes de emoção de atividade; e de duas partes de inteligência. Todo a força da arte cifra-se QUARTO — Que esta assistencia por parte do governo estineste apelo direto à emotividade. mularã outras atividade e que Que possibil dade tinhames nos, o movimento tem justificação nos Estados Unidos, de rivalizar econômica e está de acoruo com com a experiência mexicana? a política oficial de favorecer o Possuíamos abundância de taresabelecimento das condições lentos jovens e anônimas. Disto normais. estava eu certo. Para obter eoA Repartição de Belas Artes psço mural isento de censura para os moços, era preciso que loi organizada por Edward i^rutsi;es sé sujeitassem a tr. balnar ce em mil nr vecentos e trinta e por salários de operários, e disto quatro sob a dependência da adtambem eu estava certo. Mas. ministração de Obras Públicas os Estados Unidos não possuíam do Tesouro. Bruce tinha todas mais a fé religiosa que ardera na as quilificações para o empreennova Inglaterra do século dedimento. Havia sido advogado de zessete; nem a fé politica que gi andes companhias e banqueiro nos sustentara através da revo- antes de começar a pintar. Era lução e da guerra civil. A deum empreendedor, um idealista contudo, e um político astuto. Ele mesmo tinha feito pressão, muito per nós outros, artistas. era artista de reputação. O seu Tinha nos ensinado a encaiar as bom gosto era universal. Merece realidades da vida e a compretodo o crédito pela execução da ender as nossas próprias necessiRepartição de Belas Artes. O dades econômicas e o nosso poobjetivo desta repartição, em reder social. E os tiranetes monssumo, consiste cm despender um truosos da Europa haviam inpor cento das verbas dos procutido em nós certa dose rie ódio gramas de construção na decora-. sadio e unificador. Os nossos arção dos edifícios, através da estistas repeliam a filosofia descolha acertada dos melhores artruidora dos fascistas e nazistas tistas do país para o serviço. tão intensamente quanto estes Em quase todos os casos, estes temiam a arte não censurada, a artistas são escolhidos por meio liberdade e a democracia. Mas de concursos. Se a decoração, a fé negativa é insuficiente. E' pintura e escultura, é de grande necessário o ímpeto de energia importância, o concurso realizado amor. Todos os artistas nos se com extensão nacional, franEstados Unidos tinham visto, queado a qualquer um e anuncrurance a depressão, a vida soo ciado por editais oficiais. Em aspectos desoladores ou trágicos certas ocasiões mais de quatrocentos artistas teem tomado parSabiam que ela podia oferecer, te nesses concursos, cujas inserientretanto, justiça e beleza. Havia bastante para todos. Não ções são anônimas. As comrssões de julgamento, em regra gerai, faltava nenhum elemento. Era são formadas pclo arquiteto que preciso que recompuséssemos as projetou o edifício, um represenpartes que formam o esquema tante da secção do governo a que insatisfatório, da vida nacional. Porque, entre aqueles elementos, o edificio se destina, dois ou mais artistas e um representante da de qualquer forma, encontravaRepartição de Belas Artes, quase a visão da justiça democrâtise sempre tambem. artista, tal ca e da saude espiritual. como o próprio Bruce. Ai, pois, parecia-me existir Quais teem sido as realizações uma crença universal, ainda imda repartição e quais os seus distinguida perfeitamente pelo efeitos sobre a arte americana? público ein gerai, mus a quai o Em junho de mil novecentos e artista podia dar expressão nuestava a ponto rie conquarenta ma linguagem que todos comprecluir novecen tas e cinqüenta e endessem: a vida é triste e feia; uma decorações ou em escultua vida pode ser bela. ra, em oit.occ.ntcs e vuite e um Em nove de maio de' mil noprédios distribuidos por setecenvecentos e trinta e três escrevi tas e setenta e sete cidades riiáo presidente Roosevelt, sugeriufcrentes. Seiseentos artistas hado que a arte americana estava viam trabalhado em setecentas e bastante amadurecida para a. quarenta e três obras terminainstituição de uma escola naciodas. Duzentos e oito artistas esnal de pintura mural. Escrpvi: tavam trabalhando em contratos "Os artistas moços dos Estados feitos com a repartição. Nesses Unidos teem a conciência, como contratos o governo dispendera nunca antes tiveram, da revoluum milhão, trezentos e sessenta ção social pela auál estão r>~v e oito mil dólares, o que represando a nossa pátria e a civilizasenta uma média de menos de ção; e estão ansiosos por expe.mil e quinhentes dólares por demir esses ideais numa forma de coração. O simples enunciado arte permanente, desde que obdestes algarismos é hoje a mais tenham a cooperação do govercompleta e impressionante justino". Isto foi exatamente dois ficativa do sucesso do programa meses depois de Roosevelt ter da renartição; mas tem lugar assumido o governo, num moaqui um comentário doutro gêmento dos mais sombrios da hisnvao. o emprego de mais de tória do nosso país. Dez dias deseiseentos ait\stas em quase oipois eu recebi uma resposta em tocentas cidades nos Estados que o presidente mostrava o. seu Unidos não custou ao eon tribuinteresse pela minha sugestão e inte um vintém em novos impôsme pedia que tratasse do assuntos. Foi financiado pelo empreto com o sub-secretário das go de verbas votadas pelo ConObras Públicas. Os artistas amegresso para a construção dc ediricanos devem muito ao fato de momento altamente que neste (Contínua na pág. 28) 9 x %V'i i ni ü\je9&**®r'"' "i'-n linp- ¦ ••- •s-VTPV • T*r««-«'.' a >..,.« ¦-*&-'i?ii!l!íi!ími?W À transfusão de plasma DR. CÁSSIO ANN ESDI AS "A •- 21/5/1942 DIRETRIZES PÁGINA 20 NOTAS E COMENTÁRIOS ORTALIDADE INFANTIL DR. OSWALDO LOPES DA COSTA transfusão de plasma" O DR. C. ANNES DIAS focaliza em «um problema de grande interesse e atualidade, em tace do momento «m que vivemos. Docente da Faculdade de Medicina, autor de vários Annes tirocínio, clínico o Dr. C. trabalhos cienrificos, com longo 1 Dias, no base de sólidos e modernos conhecimentos, aborda, no presente artigo, um assunto que deve merecer a atenção de nossas organix<]çõc3 e sociedades médicas. cárias as condições de ampaDentre os termos usados em ro à criança, revelam s-nbretutécnica sanitária, mortalidade do uma deficiência alarmante infantil é dos de emprego mai* do registo dos nascimentos. corrente em meios outros que Como campanha que deveria e de não o de saúde pública tomada a peito por todos conser importância capital pelas do Brasil, especialtoclínicos no os sugere siderações que mente por obstetras e pediacante às condições das coletiOs joranis, nos últimos tempos, muito se tem ocupado da trás, num esforço individual, vidades a que se refere. criação d? postos para exame e registro de doadores voluntáseria de inestimável auxílio a desenvolvimento índice do r.os de sangue, para o caso de entrarmos em guerra. desses registos, "deídè incentivação das atividades de saúde públiAchamos que estes doadores, jã", poderiam prescertamente resultaria ambiendo do que ca e das condições tar os seus inestimáveis serviços, se sa colhes» eo seu sangue uma coletivo, benefício mortalium da te, a mensurarão »_j .^.a-'^^^^^ m »¦ J/y* *_ * I^ara depois armazená-lo sob a forma de plasma desecado ou nos melhor modificação para tem infantil preocupado dade memo de pias congelado. ~ • ^r+*T_\^_ — ^L-^\eeéT %ir\f nossos coeficientes de mortaliestatísticos e scáriitàristàs, no Considerações concornentes à ação fisiológica dos vários subir, fazendo medida dade infantil, sentido de encontrar componentes do sangue, tiveram como conseqüência; a subsaproxino conceito d03 demais países, mais o represente que tituição do sangue total pelo plasma citratado em muita socarse o nivel o (ie nessa situação sanique madamente possível rênclas mórbidas. tária. realidade. passa na A Indicação mais comumente conhecida para transfusão computação, do A simples DAS CONDIÇÕES SANITÁRIAS era a da necessidade de eritrocitos. A prática mostrou, entreóbitos de crianças RESUMO BIOESTATÍSTICO de número tanto, que o benefício terapêuteo du transfusão sangüínea DO DISTRITO FEDERAL NA EMANA DE 3 A 19 DE com menos de um ano de idaaos e antes devido aos elementos contidos no plasma do que MAIO DE 1942 de, a avaliação da mortandade signiglóbulos vermelhos. infantil, perde qualquer Nos casos em que ocorre concentração da.s hemátias, deiicação quando ie tem o pioTotal da vida á, perda de plasma, a adição posterior de eritrocitos é cunpósito úe comparar o que se traindicada. Fatos vilais dá a ver em coletividades disemana A experiência clínica confirmou plenamente aficsêncla e ferentes. A redução dos fatos expria um denominador que a segurança de aplicação do plasma. O uso constante e inten•Eivo da introdução venosa do plasma já entrou francamente ma as condições do total no • 8«:: • Nascidos vivos na prática médica, na Grã Bretanha e nos Estados Unidos. qual eles se verificam estabelcvrza .»•».. relação mortos lece uma muiNascidos que O plasma é um agente terapêutico realmente efifcaz em 71 Óbitos dc menores de 1 ano var em conta o volume da potos estados .mórbidos, especialmente nos pacientes em choque. 4tí9 óbitos de Tolal pulação sujeita a morrer nesEm queimaduras, a.s enormes quantidades de. . proteínas idade. sa perdidas podem ser rapidamente recuperadas, grama por graPrincipais causas de óbito em ordem decrescente: Dai o emprego do coeíicicnmaj por este meio. Em estados mórbidos onde há hipoprotite de mortalidade infantil, no demia discreta ou intensa, obtem-se o armazenamento de proI) — Tuberculosos &'•> o número de refere se ..... qual retorna Z) — Doenças do coração no teinas e o nivel de proteínas praticamenet plasma 41 de crianças com menos — óbitos bronçopne,umonia e Pneumonias 3; ao anormal. :ís de um ano de idade, ocorridos 4) — Diarréia (abaixo 2 anos) 27 Em enfermos que não podem Ingerir alimentos, como logo total de circulatório 5) — Doenças do np. no ano calendário, ao no apps certas operações gastro-lntestinals, o balanço normal vivas, nascidas crianças nitrogenado pode ser mantido pelo mesmo processo. Do ponto fornecido peios mesmo ano, de vista técnico, o plasma sangüíneo citratado oferece consiassentamentos de Registo CiDados fornecidos pelo Serviço federal de Bioeslat;stica. deraves vantagens sobre o sangue total, especialmente no toVilcante ao tempo de conservação e facilidade no seu emprego. Essa é a medida universalO plasma pode ser armazenado por um tempo muito mente utiliza, apesar das caumaior do que o sangue total. O último sofre modificações prosas de erro a que está sujeita, utilidade. de seu o entre as quais avulta, em priperíodo gressivas, sendo pois limitado Iidade e da segurança de nosà hePrevenir é um dever. O gradevidas reações a imperfeição causar meira plana, Sangue total conservado pode exifamílias. sas vivemos ve momento que de nascimentos, dos registos mòllsa e ã alteração na concentração do ionte potássio. Ao em vez de meter a cabeatennossas as todas em ge que verificada ainda nos paises Estas reações não se encontram quando se usa plasma cias asas, evitando a entre um voltadas atinestejam ça para ções que a biodemografia já tratado. d° perigo, comacabra sivisão de número satissem perigosas giu um desenvolvimento A escolha de um bom método de conservação, do plasma avestruzes, as fazem os com mo de crêse nóes, tuações entre pronto, e que fatório que, lofit assunto de grandes preocupações no inicio das pesqui.sas. brasileiras estão saibamos . autoridades energia, e eficiência importância. de ce O armazenamento no estado liquido fracassou porque se deo custo. a prestigiar movimentos como enfrentá-las a todo Certos cotficientes de more se alteraram vários dos componentes eenvolveram. germes a da multiplicação dos postos removendo os seus obstáculos talidade infantil, em capitais contidos no plasma conservado sob esta forma. As dificuldade doadores de sangue, a proe decisão. com firmeza brasileiras, onde é de supor-se, des encontradas inicialmente para o armazenamento do piasmover cursos de enfermagem de fazendo se está sanitárias O que pelas organizações ma, citratado no estado líqu do foram eliminadas completaentre as samaritanas, a patrode tão no sentido sejam não preprepaexistentes, positivo . mente com a separação dos glóbulos por um processo rápido cirurgia de de cinar cursos rar a população do Rio e dos cie centrifugação afim de precipitar as hemacias e os leucoEstados para o que der e vier, guerra para os médicos civis, cltoa seguido por imediata congelação e conservação do. piasevitando que sejamos apanha- que acorreram em massa ao ena, no estado congelado. Este método, ao mesm otempo smchamamento da Diretoria de dos de surpreza pelo inimigo plés e econômico, conserva o plasma íntegro. Retirado da geé qualquer Saúde do Exército. feroz e cobarde, ladeira e aquecido em banho-maria a 37°, no fim de meia nora, Faculdade de Ciências Médiccas coisa que vem de encontro ao Tudo isso é muito louvável e — Em face do ato do Snr. Miniso plasma já se acha em condições de ser injetado. nosso pensamento exposto acimerece de certo o apoio contro. da Educação aumentando o Já foi usado plasma congelado, com mais de seis meses a hora que atravésma: para de todos os bons brasiciente número, de vagas, poderão se mana câmara frigorífica, sem que se apreciassem alterações na nevigüãncia é samos toda a Mas, é preciso qua se leiros. Ciências tricular na Faculdade de sua constituição e sem que. os pacientes apresentassem acicessaria. diga, ainda.não é tudo o que Médicas, os alunos aprovados nos cientes. exames de habilitação prestados À Cruz Vermelha, o Exerci- se tem a fazer. .O Rio de JaPlasca dessecado. — O plasma, livre dos seus elementos flguem outras faculdades. neiro, é uma cidade sem granas classes ós estudantes, to, rados,, é solidificado por congelação, a água é removivda pela Curso de cardiologia clinica des hospitais. Os que, possuiassociações as conservadoras, O Dr; Oscar Ferreira Junior, ação de bombas de vácuo, fica então, o plasma dissecado qüe mal chegam para atender mos se sindicatos médicas, os livre docente da Faculdade Nacio«epresenta com o aspecto dum pó de cor creme. da população, èm aos reclamos acham compenetrados da im' nal de Medicina, iniciou a 20 do " Atualmente o plasma dessecado está sendo usado, cada Imaginem, normal. situação necessidade de precindivel corrente, na ,7a. enfermaria da yez com maior freqüência, porque pode ser armazenado sem nós, em de séria o agora, a cardiocivil curso de Sajita Casa, um que preparar papopulação necessidade de'câmaras frigoríficas. e transportado sam maio- logia clínica. As aulas serão reara qualquer eventualidade bécácò dé guerra. Os leitos doa res precauções, e .sobretudo, ser injetado quando necessário, lizadas às segundas, quartas e lica qúé oxalá deixe de aconnossos hospitais dariam para sextas, dè 8 as 9 horas da manhã. três, quatro e cinco vezes concentrado. tecer, nossa tranquia beín da (Continuai na 22a pag.) Curso «le eletrocardiografia — Apezar do maior custo na obtenção do plasma dessecado, • de junho, terá inias vantagens acima enumeradas fazem com que o seu uso, sob * Emno princípio Miguel Pereira da Pavilhão cio, esca fora, se torne cada ve^ ais freqüente. A sua administracurso de eletrocaro Santa Casa, de número, çâo cencentrda está adquirindo cada d'a maior dlografia, a cargo do Dr. Oscar acVptos, pois 6 plasma, assim injetado, é um meio direto de Fereira Junior, docente de clínica médica. Trata-se de um curso de aumerttar substancialmente a sua capacidade òshlótica intraexetensão universitária, para o capilar, também permite, num volume relativamente pequeno, outros elemene qual as incrições podem ser feitas Introduzir grndes quantidades de proteínas na Reitoria da Universidade do doença. tos uteis ao organismo co*mbalido pela Brasil. Convém frlzar que a administração do plasma dessecado, Exames do liquido cefalo-raAuto-Vacinas, EspermocultuCursos do DN. S. — O Snr. cm solução concentrada, é de um modo geral, isenta de reaPresidente da República vem de sangue, escarro, ro. DIAGNÓSTICO DA quêano, assinar um decreto criando curções secundárias. urina, erc. GONORRÉA suco E DA SIFIL.IS. gástrico, sos de aperfeiçoamento e especiaNos Estados Unidos, os órgãos encarregados da colheita no Departamento Nacional Laboratórios lização mesmo parremessa sua a para fazem do sangue DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ de Saúde, visando o aprimoraticulares afim de ser confeccionado o pias dessecado. mento técnico dos sanitaristas Mesmo não levando em conta o momento que atravessabrasileiros. Das 8 às 12 h. e das 2 às 7 horaí mos, mas somente pensando na vastidão do nos^o território, Curso dc Técnica de Laboratório — As inscrições para este nas difficuldades que existem no interior para se fafzer uma curso dirigido pelo Prof. Abdon DOMINGOS DAS 9 ÁS 12 HO&AS transfusão e nas vidas que poderão ser salvas havendo piasimportante tão Lins acham-se abertas na Escola enfrentar de tratar deve se estoque, em ma de Medicina e Cirurgia. problema. Curso dc Antropologia Brasileimais torna Em face da guerra,, esta necessidade aind ase ra — Promovido pelo Departade depósitos mento Cultural da Casa do Estupremente pois, assim como se fazem grandes dante do Brasil terá inicio a 16 de munição de guerra, de combustíveis e mantimentos, deve-re de suficiente plasma exista quantidade junho próximo o curso de Antroque providenciar para de utilizado ser afim nns estratégicas pologia, dirigido pelo Prof. Artur zonas distribuído seco Ramos. oportuna. na ocasião mkWÊ^WkWÊm 0 RIO PRECISA DE H0SPITÂ1 NOTICIÁRIO i LABORATORIO DE ANÁLISES Rua Barão de Itapetining; 242-3.° andar Telefone 4-02S8 $. PAULO '¦*£#&&$# M&r *• yM^mimn^^ >«. i^**?^ .;r ,«tsá-«4. . aátft.TSB^íswamiiiiSNBSí^^ .'-.<¦»* '-T • -V-- -NMíísáíSãs _ írj f> I R E 'i 21-/5/1842 RIZES LINCOLN, A FLORES TA E A LIBERDADE bi y .MS ^ "CP ÂlftBA SE fcl!N*r:*'ErrO Slfir^tSii'' ítW Ant^iTnnBQi'' USA O VELHO PROCESSO DE EXTRAÇÃO DA E' PRJNC6PALMENTE CEARENSE E INVENTOU s© oc /.'Arei;/ o BORRACHA — O SEUM NOVO PROCES- homem que acendia charutos com notas, de qui- NHcNiOS MIL RÉIS — A FEBRE ACABOU COM MUITA LÍNGUA SOLTA — A VIDA OS SERINGAIS NOS SERINGAIS DA AMAZÔNIA E A DIFERENÇA ENTRE NACIONAIS E ESTRANGEIROS '5$ ¦ PAGINA 21 vegetais no Existem muitos "produzem látex Brasil que a confecção apropriado para da.'"borracha, porem, somente íi "Hevea BiT-üirensi.s". conhecida vulgarmente por seringueira", é que produz o verdadeiro leite, o melhor e com ó qual se faz os bons produtos dessa matéria prima. A seringueira é da família das Euíorbiáceas, nativa em todo o vale do Amazonas, re•gião avaliada em 1.OOO.000 de milhas quadradas, quase a melada da Europa. A árvore tem de 25 a 30 metros de altura e 0,50 a 1,50 de diâmetro. A produção do leite in'cia-se no quinto ano e prolonga-.se até o décimo rno de existência do vegetal. Fornece cada indivíduo 40 a Ql gramas por dia e três a quatro quitos por safra, havendo árvores nos altos rios que produzem até 7 quilos. Nem todo o leite se transforma em borracha; a parte aquosa evapora-se e somente 50 % é aproveitável. A melhor qualidade de borracha vem dos altos rios, isto é, cos afluentes altos e confluentes do rio-mar. A seringueira é nativa em toda a amazônica, porem, planície varia de qualidade conforme o terreno, sendo melhor nos "firmes", terra de regiões mais sólida. No Brasil a grande experiência até agora feita com o plantio dessa árvore privilegiada vem sendo realizada na região do Tapajós, orientada pelo industrial Ford. Com o leite da seringueira, •defumado, obtem-se um produto sólido e elástico, que depois adquire o aspecto conhecido por todos nós. O homem que trabalha na íaina da borracha chama-se •'seringueiro" e o processo que usa é bem primitivo. Seus utensílios são rudimentares: facão (denominado terçado), latinhas apropriadas, com um espeto. O facão serve para golpear a árvore e as latinhas ficam depois fixadas na parte inferior do corte, para receber o leite que a árvore "chora"', logo depois de ferida. O bom seringueiro lere a hevea com cuidado, poupando-a da melhor maneira, mesmo porque a prática facilita-lhe maior quantidade de leite. Como a árvore nasce quase sempre longe uma da outra. "nos seringais, abrem ps "camínhos da seringa", picadas dentro da mata e que se estendem, ás vezes, por distâncias imensas. O seringueiro vai para a faina armado com o seu rifle 44, nem só para se defender dos bichos, como tambem para obter, muitas vezes, a caça. Anda muito, fazendo percurso sinuoso e longo. Vai fincando as latinhas, sem se deter, até o momento do almoço. Depois de matar a fome, com a passoca ou outro qualquer alimento, volta para retirar os recipientes que deixou aparando o leite a escorrer das árvoies. O melhor processo de corte é o quc ne a.semelha ao das nsryuras de uma folha: um sulco grande para longitudinal de cima b"*ixo e cortes laterais que veinham convergir para ele. As¦Sim, todo o leite desesrá naturalniente para o rego cental, sendo colhido peia latinl:*a fixada na sua parte mais inferior. • Num seringal novo o trabalho úé descoberta üCs árvores Eis porque muitos acabaram escravos, verdadeiros como contidos por capangas armaé árduo e os caminhos muidos que não lhes permitiam tas vezes intransitáveis. O sefugir ao cativeiro. O ambiente ringueiro geralmente é nordo seringal brasileiro nem destino e as mais das vezes mas, a humano, habituado foi sempre cearense e está seringal ao dó dificuldades. de comparado sorte petoda rua no ou boliviano, levou vanPor mais fraco que esteja é tagem em branüura. Lá, no sempre um bom andarilho estrangeiro, as cosas muitas que no trabalho da seringa vezes e;am trági-cômicas. O inventou um processo especial valioso, reputado aviado pedia a mercadoria de marcha, caminhadas. que necessitava e quando ia para grandes sempre levava ajustar contas Marcha apoiado ora numa "cauchero" estrancansando O a outra; ora na pior. perna, de um lado muda para o ougeiro nunca ou quase nunca assim enxergou um palmo adiante tio, e, dsseram-me que o nútal E' mais: do nariz. O ajuste de contas descansam era assim: mero de cearenses no traba— Unos p>anialones que uslho dos seringais que na Amated me peraió e otros pantalonônia diz-se comumente hanes ciados a usted — dos panver tantos cearenses trabatalones... lhando em tal seringal, querendo com isto exprimir que Realmente, o aviado havia lá estão tantos trabalhadores recebido somente uma calça, na faina da seringa. mas, pagava duas. E tudo era Nas lides da borracha há feito por esse processo. que lutar com as febres e eom Era o que contavam. Si non o clima inconstante; cobraé vero... ram imposto tremendo das leAcrescentavam os informanvas de homens que foram protes que os infelizes trabalhano extremo fortuna curar dores ainda eram roubados na senorte. Apesar disso, muito conta final: 2 e 2 faziam 22 ringueiro achou ali o "Eldoe não 4. 5 e 5, 55 ao invés de rado". Alguns fizeram-se mi10... Pode muito bem ser isso lionários e conta-se de um verdade porque o trabalhor de que acendia os charutos, seriiaga naqueles paises era quando vinha a Manaus, com quase pegado a laço; era quacédulas de quinhentos mil se selvagem, sem hábito de réis. transação comercial. As febres do Madeira, Aripuanã, Arnonea, Jamari e do célebre Machado liquidaram As peles são levadas a MaDiz-se mesmo muita basófia. naus ou Belém para a expor"Madeira - Mamoré*" que na tação. Viejam até lá a granel. vale cada dormente a vida de A borracha que vai ser exum homem. Não é tento asportada é conferida sob consim. A verdade, entretanto, trole rigoroso, afim de evitar entrevê-se nesse exagero. Na fraude de resíduos e pesos no dita estrada o que ficou prointerior das peles. vado foi a fibra do nosso caDois homens, armados de boclo, único que resistiu ao ganchas afiados e recur.vos, meio. tomam da bola de ouro neNo tempo áureo da borragro e um deles passa um facão afiado, partindo-a ao cha, apesar do regime bárbaro chemeio. A superfície do corte, dinheiro o dos seringais, duas ná borracha de boa qualidade, as e todos gou para e é caracterizada Manaus de cidades por uma sugrandes cessão de camadas claras, seBelém ainda atestam em sua mais esparadas por frizos beleza o bom emprego feii-o curos. Essa é a "Fina Pará", eom o dinheiro adquirido com assim denominada no comero ouro negro. c''o internacional por causa do + último porto brasileiro de emO leite viscoso, quase coagubarque. E' a melhor borracha lado ao contato do ar. é logo mundo, muitíssimo, melhoi depois defumado. A operação . do a obtida no Oriente, das que de um se faz cpm a queima e trataárvores selecionadas coco nativo. O operador usa das com todo o carinho. Pauma haste roliça de madeira, rece que a árvore, mudada do adrede preparada, apoiando-a habitai, perdeu muitas seu No sobre duas fbrquilhes. Os produtos bons qualidades. chão queima o coco. No censempre levam, mesmo usando tio da, haste vai derramando a matéria oriental, nm pouco, o leite que coagula ao còndo brasileiro produto para fatato da densa fumaça produzer liga. Visitamos certa vez coco. do zida com a queima uma fábrica na Suiça ao e, À haste, que está colocada hoentrarmos ho depósito, o verizontalmente, imprime-se um rente explicou: movimento rotativo, de nn— A do chão é de Ceilão. a neira que as novas camadas das prateleiras é fina Pará, de leite vão se-sobrepondo às fiem esta não se faz liga boa. .-ma:s antigas, formando afiO homem não sabia que 20, de nal uma bola, Há bolas eramus brasileiros. opea Terminada de 50 t-uilos. esíeróde umresulta ração achatado e com um orifício Os seringais, depois do co central. Na região denominam "peles" as tais bolas. E as pelapso da borracha, ficaram de.spopuô'ados, ,mas as árvores, les são escuras por fora, com as mesmas que enrirjueeerarn e um cheiio característico que tanta gente, lá estão à espera longe. de se percebe do braço humano. Agora já é Cada trabalhador adquire o tempo de pensar naquela rique quer no barracão do sequesa abandonada. Só mesrmgal e paga eom a borracha mo a guorra, com sua fome que fabrica. Nessa transação de Molocb, poderia despert ir é que fica a vantagem do pada modorra a região mais rica trão. Apesar de que a terra do país e que guarda, alem la * e oa mantimentos são fornecirirjuesa do ouro negro, muitísa do seringal dono dos pelo simas outras, para justificar o transação final é feita de tal vaticínio-dos- Wallace e Hummane'ra que o pobre serinboldt. conta. sua sàida nunca Bueiro Por REZENDE RUBIM DALCSDIO JURANDIR Mu to oportuno para o público brasileiro 0 livro de "Wright Stephenson sobre Lincoln, lançado Nathaniel pela Companhia Editora Nacional. Os leitores dó Brasil com melhor vão conhecer, agora, neste livro claro e vivo, "menos uder dc intimidade, a figura do que parecia ser homens do que diretor de homens". Figura solitária e errante e ao mesmo tempo humana e poderosa. Lincoln "pregadonasceu na grande floresta americana, entre os res itínerantes", cabanas de madeira, os vilarejos sujos e tristes, sob o poder agressivo e bárbaro da natureza virfem. Foi na floresta que ele encontrou os seus clenientos mais vigorosos de independência, de solidão interior ¦ de infatigaxel obstinação. Ali conheceu e amou os "revivais" relgiosos que tão grande impressão deixavam nas mulheres pelo que havia neles de exaltado, profético e .sombrio: "Um estranho, um quase terrível retorno ao primitiyismo eram essas reuniões religiosas que perduraram enquanto perdurou a grande floresta. Que outras figuras existem em nossa história mais vigorosas que os pregaoores itínerantes, os "circuit-riders" como lhes chama- i mos hoje, que viviam como Elias e cuja índole era a mesma do profeta ? Tudo quanto era severo, sinistro, profétiíd — como que a emanação suprema do âmago das silvas — encontrava naquilo a sua verdadeira voz. A religião desses homens era o êxtase de cor local ,a glória do canto exaltado, a soltura das'emoções fenéticas. algo sem forma, porem incomensuiavel, e que na vida da floresta ¦não sabia exprimir-se de outra manera.*' Lincoln, pni-ern. não se fez místico, não quis voltar-se àquele destino de pastor primitivo, cheio de um Deus patético e implacável contra as fraquezas do homem na sua luta com a florestá. Lincoln trouxe desses homens, das mulheres que ós ouviam e da terra bárbara a "trágica paciência das clantas". E atravessou'a solidão, u pobreza, os dias áspero;? e incertos da vida errante, os primeiros fracassos da vida política, como um homem que concienternente procurasse o seu grande destino e visse no desconhecido as lutas que & o esperavam, os milhões de negros que aguardavam sua libertação. Em Lincoln podemos ver nitidamente as qualidades mais vivas de um homem do povo. Sua juventude não foi vivida nas universidades, cujos donos eram senhores de negros. Lincoln contava as suas histórias entre rapa•/es do povo, nas aldeias, nas granjas, em contacto com a terra e com os homens rurais, os dominadores de seJva, os pequenos proprietários, os velhos puritanos qne não tinham ambição de serem, depois, os grandes banqueiros e os grandes chefes de companhias. Enlre 3enhadores e caçadores, Lincln ouvia histórias e escutava as vozes religiosas subindo entre as cabanas e as árvores com toda a exaltação das mulheres e o ardor místico dos pastores. Entre essas histórias havia .as que contavam Lincoln achava pouco heróico e matanças de índios. índios e saquear tribus. Naquele tempouco digno matar aos interesses mais po essas matanças correspondiam atrozes da civilização capitalista que vinha nascendo. Sem matar índio, sem escravlsa.r o negro, sem exercer ã menos p rataria, sem destruir culturas materialmente adiantadas, sem dominar a terra com toda a ferocidade toda a falta de escrúp^os não seria possivel assegurar as bases de uma sociedade que se encarnou em Napoleão, Bismark e o prussianismo militar, D-israel e Kokefeler. Sociedade cuja ética vinha da Enciclopédia amamentando-se porem no sangue da Revolução Francesa e utilizada pelo realismo político dos navegadores, colonzadores e comerciantes que estavam criando o capitalismo industrial e o capital financeiro. ; Lincoln não foi, apenas,- grande pelo individuo que era, pelo caráter que possuiá, pe.la.s virtudes de homem de povo habituado à solidão, as secretas alegrias dum ser solitário e obstinado. Sua admirável posição na história do mundo veio dos negros que o levaram a aceitar uma luta terrível da qual dependia a sorte das liberdades dcmocrátieas nos Estados Unidos. Ele não decidiu, por vontade'própria, por intuição vinda do céu, liberlar os negros noi te-americanos porque, achava generoso e lírico libertá-los. Defendeu os negros porque era conciente de «jue o futuro da democracia não se limita a uma época nem se condeiona definitivamente a interesses de uma ciasse dominante. Ela cresce .incessantemente porque sua condição mesma de vida é a vida do povo de onde retira todos os impulsos mais puros e mais decisivos. Uma condição da democracia é o seu não conformismo, é o seu estado de contínuo movimento, de renovar-se para melhor ampliar a sua visão e enriquecer o seu conteúdo. Linco n surgiu naquele momento em que nos Estados Unidos já se fazia, sentir de modo prático e revolucionário a necessidade histórica de abohr a escravidão negia por não corresponder mais às razões econômicas do mundo e entre e Sul e o Norte a luta era menos ideológica que econômica. Tratava-se de abolir um sistema dc produção ja condenado e já impraticável. Outro modo de prodíi- ;' "¦¦¦¦•yy",,- ' ¦v-yi; '_ p 'A. - V. «f '¦_ 1 (CoiiUíiim ¦iivpy«f»«^"Tirr*i^Mi'',"p,,M>*'^^r"T**fc*i ¦ imi mi "T-^—rAiariniT"! n;i 22" p:i •.**.) m im¦tfimniwri. nii iiwiiiii . •„: *:.*;'- ¦:r;.r.:. ¦;.¦. 21/5/1942 DIRETRIZES PAGINA 22' Liberdade a e Floresta a Lincoln, a l A mérica novo Meeternich m para (Continuação da pág. 9) canos que só há pouco tempo iniciaram a repressão contra as atividades eixistas? Os planos mais importantes a penetração nazista sobre na América Latina íoram feitas pela Gestapo, em peçinanente colaboração com o céIbero Amerilebre Instituto cano de Berlim. Nesta institüição sentam-se homens ilustres com um imenso cabedal de conhecimentos sobre o nosMuitos inteso continentevisitaram americanos lectuais esse instituto a convite do governo alemão, e talvez sem o saber tenham prestado preciosos informes sobre as questoes continentais. Fato muito interessante é que ocupava a presidência do Instituto Ibero Americano de Berlim o general von Faupel, que é conseIheiro de Hitler para as questoes latinoamerieanas. ao mesmo tempo que um perito do problema colonial. Com relação aos planos do Reich para a América von Faupel reunia dois títulos inestimáveis. Com o rompimento das relações diplomáticas das Américas com os paises do Eixo, porem, o famoso Instituto tornpu-se ineficiente. Isso obrigou os alemães a solucionarem o impasse da seguinte maneira: O Instituto Ibero Americano juntamente com a Gestapo suspendia a sua orientação sobre os seus agentes germânicos do Novo Mundo. O controle das atividades nazistas passou a ser feito pela Central da Falange que tornava-se assim o foco de irradiação das instruções de todos jls ordens de Berlim para os de nossos paises. Dezenas meme de Gestapo técnicos da bros do Instituto Ibero Americano já estão em Madrid. Ao que parece, a Central da Falange acha-se plenamente adaptada para continuar a ação dos seus congêneres germânicos. E como notícia urn tanto esquisita, sabe-se que o general von Faupel está om Dakar como um barão báltico a fitar cubiçoso a América. Franco já teve a audácia de dizer que a "Hispana América voltará à Espanha quando esquecer o seu complexo de liberalismo". Os nazistas da compreenderam Europa náo ainda que esse preconceito de liberalismo americano custou muito sangue dos nossos povos, nas lutas que galvanizaram as nossas nacionalidades e que nós veneramos como as únicas apreciáveis conquistas da qual a nossa civilização, frente a civilizações mais oultas e mais antigas, só poderá nos orgulhar. Nesse preconceito latino-americano que tanto irrita os capitães fascistas não há somente um pretexto imperlalista. Ele abriga também a aversão de novos Atilas contra uma tendência ideológica que revive vigorosa nos povos da América. Embora a França, berço da Grande Revolução, esteja sobre o chicote nazista, o espirevive rito desse movimento de forma robusta no continente americano, onde a rebeldia do nativo tropical e a experiência do imigrante oprimido da Europa, fundem entre as nossas massas um inde quebrantavel sentimento Latina democracia. A América a abolição da emancipada, Escravidão. O Panamericanismo vitorioso são frutos semeados pela Revolução Francesa em nossas terras tropicais e constitue uma negação absoluta de todas as diretrizes do da fascismo. Ao retumbar Queda da Bastilha na França, as Américas despertaram e ao solo o jugo ar remeteram dos seus tiranos da Espanha Imperial. Ao seu lema de Fraternité-Liberté-Égaüté, a América proclamou a igualdade ralibertação dos a ciai com negros. Entre seus princípios fundamentais, o transcendende 1879, detal movimento fendia a idéia de que as nacontinente deções de um viam ter seus interesses reguiados por acordas comuna « que a Europa nâo devia innas questões transtervir japoneses! Cooperativas só p'ra rio a respeito dos acontetúmen- (Continuação da pag. 8) to, paixões partidárias e oportunismo"; 3.») "e se alg-uns paao jornapeis foram entregues hsla, foi porque vieram ter às tuas mãos, provocando revolta, jkw porquanto eram redigidos diforma parcial, visando maiseoma retamente os brasileiros, por exemplo a circular n." 23-41, de janeiro do corrente ano". Esse é o principal conteúdo dns declarações tomadas pelo sr. dr. Agora, José LeUe de Almeida. a evidencie se proceque para dencia delas, vejamos o conteado da famosa circular 23-41, citada pelos áepoenles: ~S. Paulo, 3 de janeiro de — n." 23-41 — Srs. Circular 1942. chefes e encatregados de Serviço — Pela presente, reiteramos « •. *. o nosso aviso no sentido de evitar que os nossos empregado* € associados, nos locais de serviço, façam ou permitam, a terceiros, quaisquer comentários « respeito de assuntos de guerra. comunicamos - lhe Outrossim, despedisumariamente será q-ue ão o empregad/j em cujas mãos seja encontrado qualquer impresto ou mimeógrafo. alusivo aos ss acontecimentos que atuais na desenrolam tim. Europa ou Ásia. —• A gerência". transcrita, A circular acuna sr. redator, foi antecedida dc uma, consubstanciada iws seoutra termos: guintes "São Paulo, 11 de dezembro de $941 — limo. sr,-chefe da Secção — Pela presente, recomendamos empregados que se «os nossos abstenham de qualquer comenta.- atlânticas. Defendia assim a Revolução Francesa a idéia do Panamericanismo que se traduzia na época na Doutrina de Monroe. E' justamente essa conciência política que herdamos do movimento gaulês que se transformou em movimento ameaçaenorme dor do nazismo. Ao fitarem o panorama político da América, os gran senhores do nazismo se sentem enormemente hostilizados pela nossa união e reafirmação de fé na democracia. A Santa Aliança de Mettemich não aceitou a licolônias espabertação das da América Latina, nholas muito menos concordava com a Doutrina de Monroe que acobertava o no*=so continente da sua ambição imperialista. O Eixo inspirado por Hitler se propõe àquele mesmo objetivo que ditaram a malograda Santa Aliança criada por Metternich. E como os Reis da Santa Aliança do passado, os ditadores da Santa Aliança da Atualidade ou o Eixo, procuram rehaver seus impérios coloniais, berço dos seus fabulosos tesouros e manancial da sua política escravagista, esta cubiçada e ingênua América Latina. Ontem, era um Fernando em Madrid. Hoje, um Franco em Burgos. Ontem, um Metternich em Viena, hoje, um Hitler em Berlim. A Europa do passado, picadeiro dos aristocráticos tiranos da Santa Aliança. Europa do presente, campo de concentração dos povos europeus oprimidos pelos "chefes" do fascismo. Dessc mesmo pedaço do universo de onde a pirataria trouxe e quer trazer novamente a escravidão para a América, o fantasma de Metternich revive em Hitler, o Metternich do presente. E a jovem América olha aterrorizada para a Europa, ao saber que de novo, um "protetor" quer desposála e novamente lhe presenteará com uma grinalda cuja gase servirá para cobrir as algemas dos seus pulsos delicados. Mais um drama da Humanidade. Outra yez um novo a fitar a Metternich volta América... Oh! quando tombarem todos os Metternich da Aí então a Humanidade!... se assusAmérica não jovem tara mais com o estouro dos canhões, nem precisará correr alvoroçada dos bombabrdeios aéreos, e poderá se desenvolver livremente onde quiser, Nos laboratórios, nos ateneus, nos mares, nas fábricas e nos seus imensos campos... tos internacionais do momento. Esta cooperativa é uma sociedade brasileira que. pela finahdade econôvüca e pela sua estrutura jurídica, se encontra intimamente vinculada às dignas anau toridades governamentais Brasil e, assim, lhe* deve. a mais fiel e leal obediência c colaboração. A gerência". Os textos acima reproduzidos permitirão que deles se tire ilaçôes que se jHissam considerar como ofensivas aos interesses brasileiros ? E, assim Julgamos que náo. ambas as acreditamos, jwque circulares acima transcritas foram redigidas e distribuídas por determinação das autoridades da Ordem Política e Social de São Paulo. olrjetiva,7ido de modo esque poderiam pecial a. atitude INJECÀO À da Cooperativa assumir dentro de e associados os empregados I ANTIBLENOR- IJ origem japonesa. Èis, sr. redator, quanto considerei necessário expor a v. s. a respeito da coor>erativa que no momento presido. Estou certo de que v. s. acreditará que. como único objetivo no exercício desse cargo de confiança, só alimenemto o verdadeiro desejo de prestar a minha modesta cola- ;' boração às autoridades de nossa terra, trabalhando para que muis ^0F Suprime a dor, não s mais aumente a produção da- ta soo integram a quadro queles que mancha ciai da nossa cooperativa. Esperoupa. rando, pois, que v. s. me fará justiça publicando eslas despretencíosas Vnüias, assino-me agra- \8»wjHB'i'Eii< i\liaf^&nwimmimimmmmmemsastaami^^ decido, o patrício admirador, M. FERRAZ DE ALMEIDA J (Continuação da pág. 21) e mais progressista e ção havia surgido mais adiantado nao foi, com ele um novo avanço da democracia. Lincoln inventor de ideologias, um pois um simples apóstolo, um reaidealista utópico. Sua conduta foi a de um político enlista e frio simples e justo como todo estadista que Por época. sua carna os interesses mais democráticos de isso Lincoln soube lutar e obter uma real conquista para Américas. o crescimento das tradições de liberdade nas Toda a grandeza está em que o.s negros libertados valorimais zaram a democracia e deram um sentido ideológico alto â liberdade americana. imeLincoln compreendeu quais as aspirações mais diatas do povo no seu tempo, as necessidades mais justas impostas pela economia e pela razão. Dai a sua simde seus principlicidade aparentemente linear, o vigor na sua indominador e pios e o que havia de leal, direto teligência. Em política, quando se está ao lado do povo, veas atitudes são simples e as palavras claras e muitas zes rudes. Não há necessidade de complicar a verdade. Não existem pretextos para escondê-la. O fascismo, por exemplo, usa uma demagogia nebulosa e dramática que "pureza" ariana, -os slogans contra a nada encerra. A ardemocracia, os símbolos e a encenação guerreira são oprimas e pretextos fascistas para esconder a verdade, democrátimir os povos e deter a marcha das liberdades em cas. Quando fazemos a defesa de Lincoln, o fazemos nenome da democracia que rompeu com a escravidão raças e quer manter gra, luta contra a desigualdade de o respeito à dignidade da cultura e ao progresso humano. aboliLincoln foi um democrata que não via, apenas, na negros, aos ção da escravatura um direito assegurado mas um passo para que a democracia se tornasse mais ampla, mais necessária e mais viva. Até hoje os negros norte-americanos lutam pelas suas condições de igualdaae social e cultural e a democracia, agora, está experimentando uma das suas crises mais duras e sabe que só todos os poderá resistir e vencer se com ela estiverem lutarem livrepovos oprimidos, com as possibilidades de mente e dignamente viverem. A leitura desse livro sobre Lincoln anima-nos a lutar com melhor compreensão e mais inteligente decisão e nos laz amar uma verdadeiro democrata vindo do povo, atravessando a floresta e a pobreza, a guerra em favor dos negros e todas as adversidades políticas para afirmar que o "governo do povo, pelo povo e para o povo nunca perecera sobre a face da terra". ¦¦¦ ! 0 5 de Julho nasceu no Meyeç (Continuação da pág. 6) Eram as famente inversa. francesas, mílias premidas pelo fator econômico, procurando reduzir a prole, enquanto do outro lado da Maginot, seguindo uma velha orientação do prussionismo, os nazistas as famílias, as obrigavam de um aumento a mães alemãs de Precisava-se encargos. muita carne para canhão... Agora o dr. Water Barbosa Moreira aborda um outro aspecto da tragédia íntima da mulher. — O brasileiro, antes de casar, descuida-se por completo do passado venéreo, deixendo-se quase sempre levar aparências. Há porem pelas moléstias que depois do período agudo podem dar ao infectado a falsa impressão de que desapareceram por completo. Produto de uma ilusão devida à falta de assistência médica, esse descuido, aparentemente importância, de pouca traz sempre as piores consequencias. E não é pequeno o número dos que caem nessa ar- O RIO PRECISA DE PITAIS HOS- (Continuação da pág. 20) abrigar os feridos de um posslvel bombardeio aéreo à capital brasileira? O que devemos fazer, não há dúvida nenhuma, é pensar na criação de hospitais de emergência, aproveitando prédios como por exemplo o do antigo Hotel Internacional, em Santa Tereza, de há muito resabitado, alem de outros que não nos ocorre no momento. Lembremo-nos que um dos nossos maiores hospitais, o Estacio de Sá, foi entregue á Polícia e que a Santa Casa e o Francisco de Assis são partes do plano de demolições da administração do atual prefeito do Distrito Federal. madilha. Daí ser espantosa a! porcentagem de esposas vítimas desse descalabro. Então a diante de um mulher vê-se rosário de sofriverdadei.ro mentos. A doença, crônica no a mutransmitida marido, lheres sadias, manifesta-se em disso, agudo. Alem caráter muitos males, de cura menos difícil no ho.nem, são muitas vezes, ainda hoje, consideraincuráveis na mulher. dos Mas a esposa não é a única se vitima. As conseqüências estendem à prole, e ai vem o cortejo de crianças aleijadas ou cegas de nascença. Monstruosas conseqüências de "pequenos descuidos". E concluindo: — Vê o senhor que o problema sanitário do Meier, em seus aspectos mais sérios, é of problema sanitário do Distrito Federal e até mesmo o problema aanitário do Brasil. Quando elevarmos o nivel econômico e educacional do nosso povo, efeitos benéficos serão refletidos nas condições sanitárias da vida dos brasileiros. DESPERTE II otu Ir 1CJAD0 Stm Calomafatm-E Saltará 4a Cama Disposta Para Toda « fH!«<*a m*« ítirimu, «uartament*, ao eatAm«»o, um litro dc bill*. Se • bilia nftaj: •ocr* livremente, o* alimento» nSo »So di- V terido. • apodrecem. O» Kase* incham • estômago. „„.,. ».,_,„ m» priaSo __ Sobrevéc dc ventra. pruao ac Voei aente-ac••»•— abatido «» eomo quc enven enveno» '""¦ido IMdo. Tudo é amarEo c a vida é um martCriaw _. ¦imple* ev*cuaç«o nfio tocará a •«. Nada há como ai famosa* Pílula* CA»» TERS para o Fígado, para uma açfto certa. I Pa.em correr livremente ís*c litro d* biliai . Vooí icnte-s* diapoato para tudo. N5« : «auaam dano; afio iuavei e contudo ato monavilho»a* para faíer a bilia correr Hvremen» te. Peça aa Hlulaa CARTKRS para o FU ft«4a, Náo aceite imitncõe». Preço 3$<J4#. :'. ',' '¦. ¦'¦'¦.¦¦¦ V . „. j . '¦ ; : ¦ '^i^77"^-Mr'-m}):7-- : ^Á:'a;'?..-a'J';V;;.,.íjá,.v_;V.j;. ,. ;.-¦ 21/5/1942 U M S Alexandre Brailowsky conno Teatro tinua obtendo, Municipal, um imenso êxide salas cheias to, diante de um público entusiasta, que não lhe regateia aplausos não menos entusiásti- I cos. Scarlatti Scarlatti, Schumann, Listz, Chopin, encontram sempre em Brailowsky o pianista impecável assim como o artista de sensibilidade requintada. Quarta-feira 13, a nossa iMa_w_w»i«_ram,*flKK*ug^^ no "Grill" MHHVMMMHB-I Tfô&z&i&Ü das celebridades 0 TROVADOR GALANTE as as noites, um show que é sempre uma fina revista. 5 mgaat ¦n_-__-B_ I -_-_jrcm^!m.^ixfflj>ra!3ZoaHagn^M«i--ig^ 's,«s railowsky, a ijiierra e o nazi Alexandre Brailowsky é considerado um dos quatro maiores pianistas tío mundo e o melhor intérprete de Chopin, na atualidade. Grande amigo do Brasil, encontra-se ele agora novamente entre nós, pela vigéssima vez. Os brasileiros do Rio e São Paulo pertencem hoje ao origem, mas grande público deste artista puro, russo de internacional através de sua arte magnífica e de sua técnica original. Como todo artista nos dias que correm, dias aflitos e angustiosos, Brailowsky nao é um homem que se enclausurou na sua torre de marfim, distante das disputas humanas cá de baixo e indiferente a luta que se trava do homem. Estamos todos para a definição do destino"Festival Chopin', nos inícios lembrados do quc foi o seu de setembro de 1939, homenagem ao grande Frederico, um dos mais geniais poíoneses de todos os tempos, prec-f-.aniente no instante em que a Polônia gloriosa e secular sucumbia sob a bota agressora do pru.^sianismo na•zísla. P-f*de então, Brailowsky, como .«tisni, passou a ser uma da guerra, e, orno homem, alguém intimamente li^aoo a ela. Em todas as ocasiões quc lhe sao permitidas, Brailowsky não dei\a dc condenar o nazismo ..ua brutalidade e intransigência, inimigo mortal do artista o de to*.a manifestação intelectul. DIRETRIZES teve oportunidade dc entrevistar Alexandre Braüowsky Falando-nos, nwnx repor, agem que será publicada no nosso próximo número, o magnífico interprete re Chopin -nus uma vez teceu comentários sobre os dias de hoje, si:>_s problemay o suns i.nyústias. 1_tr.ités de suas palaws corajosas, sentimos o artista época preque não ae deixou abater pela crueldade da arte e sua tranformou. sente, mas que, ao contrário, e o ódio. opressão a contra sua fama cm armas decididas m 16 PÁGINA 23 DIRETRIZES grande Magdalena TagliaNacional ferro, na Escola de Música, terminou a l .a de alta virsérie do curso interpretação tuosidade e vem realizanmusical que do para bem dos alunos e prazer de todos aqueles que a querem ouvir. Como pia"virtuose" admitiam nista Magdalena aqui, todos, que excepcioera Tagliaferro mas, como nal; professora, sendo embora professora Conservatódo catedrático rio de Paris, onde formou (excubrilhantes artistas sez du peu) alguns espíritos ' "dificil compreensão", de duvidavam ainda dos dons maravilhosos de transmissão que possue. os resultados das Ora, aulas suas já se fazem sentir. O jovem pianista Heitor Alimonda, que tínhamos ouvido o ano passado, e que de ouvir agora, acabamos nos faz constatar progressos nataveis. Na última aula, passada, quarta-feira TagliaMagdalena ferro apresentou uma das alunas, Oriane de Almeida, interpretou o concerto que de Schumann para piano e na (orquestra, orquestra um segundo piaocasião, no) . Pois bern, digamos antes de mais nada, foi, para uma verdadeira o público, talento da jodc revelação vem pianista e da magnífica escola da mestra. Almeida de Em Oriane sente-se, nos mínimos detalhes da execução do dificil concerto de Schumann, e técnica e artísorientação tica de Magdalena. Isso não quer dizer que a mestra impersonalipõe a sua forte dade à aluna. Não, tem-se, antes, a impressão de que, respeitando a jovem a personalidade de e desenOriane, a revela volve em uma orientação certa. Não nos é possivel fazer uma crítica minuciosa do que foi a interpretação das de Schumann por paginas Oriane de Almeida, mas é reconhecer que espreciso tamos diante de uma natureza excepcional de artista, cujos numerosos dotes, já farão realização, em plena dela, nas mãos de Magdaum dos lena Tagliaferro, nossos futuros grandes pianistas. Guardem este nome: Oriane de Almeida. A propósito do centenário de Jules Massenet, vem-nos das suas uma à memória frases de espírito. Massenet, que foi o mais diremos aoce dos homens, hodos mesmo o melhor tude tinha, apesar mens, do, muito espírito. Um dia, numerosos seus dos um a lhe admiradores pediu de música a sobre opinião um mais que medíocre compositor. Ora, Massenet (que não sabia nunca dizer mal de ninguém) fez elogios di0 tirâmbicos do músico. admirador ficou perflexo, e J"»"™»"'****' —— fambemf VQCE UNCA é cedo demais para usar Kolynos. As crianças, especialmente, precisam da protecção superior que só Kolynos lhes pode dar. Porque Kolynos não só conserva o brilho dos seus dentes e a saúde de suas delicadas gengivas, mas tambem protege-as contra muitas infecções perigosas que têm origem na bocea. É fácil habituar as crianças ao uso de Kolynos, porque cilas adoram seu agradável c xefrescuite sabor. \ a A !ítsei_p__apH!__3_i____-?^^ ¦;.? ¦,:::m >smos vâ «grill» radi '. NOVA LINHA DE PROGRAMAÇÃO PARA "PRO1942. — O PRÓXIMO LANÇAMENTO DO GRAMAÇÃO DO INTERIOR", EM REDE COM 269 MUNICÍPIOS O Ráâio tambem tem o seu cavalo âe batalha: — a "noviãaãc". Tuão na viâa poâe envelhecer — menos o "novas", ãe Ráâio. Dai essa ancieáaãe infinãa ãe coisas cartazes novinhos cm folha, para o microfone. Antigos programas, antes tão interessantes, só teem um defeito irreparável e imperdoável: — acabam criando cabelos brancos... Ve?n o dia que o ouvinte boceja e dá uma volta no áial, âisplicentemente, com o anzol áa curiosiãaãe jogado no éter, para pescar algo diferente... E aãeus o "granâe" programa ! Dentro áe um ou áois meses, teremos em S. Paulo a NOVA Rááio Cosmos. A PRE-7 está ultimando a inauguração âe um moãerníssimo "grill" radiofônico, o maior de São Paulo — que já conta os maiores auditórios ão Brasil. Iniciará uma fase ãe granâes iniciativas, com lançamentos sucessivos áe programas áiferentes e atrações para o granâe público. Conjuntos, granâes orquestras c cantores estão senão contrataâos no País e no estrangeiro para "shows" no moderno auditório áa popular emissora banãelrante, numa grande varieáaáe áe cartazes. Os programaáores tambem estão em ativiãaáe, elaborando a nova linha âe programas teairalizaâos com que a Cosmos brinãará os seus ouvintes. Uma realização que se anuncia, com a abertura do moderno "grill" raâiofônico ãessa estação, merece especiai referência pela sua magnitude. E' o "PROGRAMA DO 'INTERIOR" e o ãesenvolvimento ãc serviços informativos especiais par os ouvintes ão Interior. Neste sentido, a O Cos?nos se colocou na vanguarda ão Ráâio no Brasil. "PROGRAMA DO INTERIOR" será com toem reãe feito âos os Municípios paulistas, divulgado amplamente por uma cadeia áe 186 jornais e periódicos localizados em todos os pontos áo Estado, os quais estão em estreita colaboração com o Departamento âe Imprensa e Divulgação ãa Cosmos, que obedece a uma orientação única no "broaãDaãos interessantíssimos e informações cast" nacional. atuais sobre a viâa e o ãesenvolvimento áe caâa um âos Municípios estão senão pacientemente coligiãos pela PRE-7. Esta realização se âesenvolverá num ciclo gigante dc 52 programas por ano, minuciosamente âeãicaãos às cidades do Interior, focalizando a vida e figuras mar cantes do progresso e âa história viva ãe caâa uma. Outro detalhe impressionante ão "PROGRAMA DO INTERIOR", tal como foi planejado pela Cosmos, será a possibüiáaãe áe retransmissão áas irradiações por uma cadeia de 30 emissoras, estrategicamente localizadas em todos os pontos do Estado de São Paulo. Prefeitos e personaliãades âestacaâas ãe caãa Município, serão especialmente convidados a ir a São Paulo, encerrar cada série de programas lançados pela Cosmos, para os ouvintes do Interior. tSS&í&fíSSSZZÍZÍSH _--,_ 8 M_W-_-_Ba_M______BBWMMBBWBMBBMMBMa]MMMMM U I nu MM__MMM Massenet: disse ao grande "Mas, Mestre é um homem que diz horrores de seu talento, de sua música". Ao que, com o suave sorrespondeu: riso, Massenet "E' verdade, meu amigo, esquecia-me de lhe dizer que esse compositor e eu, quando falamos um do outro, di- |^|^|BS^õnjl zemos sempre o contrário do que pensamos!..." MURILLO DE CARVALHO AGORA SOMENTE^ ASA JtlO»e JA.NEIRQ Mijm******Bxe .j... ¦ ¦-: a. -,.., \ ..,> ¦¦¦:. Ir* PÁGINA 24 DIRETRIZES eiando pela segurança d e desenvolvimento Uma organização que honra São Paulo — O que é o Departamento de Comunicações a O rápido um pa* desesperado e da capital paulista gerou um Rádio Patrulha do Estado de São Paulo — Um garato perdido, eficiência de um serviço pe traduzem a-j:„ de ouro — Estatísticas que um dente de vista, tragédia à ¦. primeira ... * problema, .. » Dn».» t>/> — A boa ilumiliumi _ o feihTde ^atruihamentõ"— Os casaisinhos românticos e a Rádio Patrulha quase insoluvel: o do policiaPorchat, dinação é inimiga do Amor — Uma pa!estra interessante com o dr. Oswaldo mento da cidade, cuja área, retor do Policiamento da Rádio Patrulha de São Paulo hoje, é de cerca de 300 kms.2. Esse policiamento primitiva(Reportagem especial para DIRETRIZES) PONTES DE MORAES mente leito pela Força Policial — do Estado, então denominada em pleno coração da cl- jam, neste torrão brasileiro, As ocorrências aumentam Café, volta de Força Pública, por — à noite. A hodade —- Pateo do Calégio. Essa pelo engrandecimento do Bra- naturalmente 1915 passou a ser feito pela ra mais agitada é 21 horas é dotada dos mais sil. Central tarde Guarda Cívica, mais "Vamos a um pouco de e a mais calma às 0 horas. Esse modernos aparelhos de rádio— Civil Guarda substituída pela total de ocorrências pode ser telefonia e rádiotelegrafia, asDesejo que todos estatística. criada no governo Carlos de -classificado em 33 modalidasistidos por técnicos rigorosafiquem sabendo o que fizemos Campos. morte mente selecionados, com ofici- nestes últimos tempos — es- des, desde o crime de Atendendo ãs urgentes nenas de construção e reparação clarece o sr. Oswaldo Porchat até à embriaguez. Entretanto, Rádiode aparelhos e dirigida pelos — em beneficio da população, desde que se criou a cessidades decorrentes do crês— — afirmar posso cimento da cidade, hoje uma srs. Venàncio Aires, delegado a quem devemos contas, pois Patrulha orauxiliar, e Oswaldo Porchat. que a nós ela confiou a segu- o número de alterações da verdadeira metrópole de mais dem caiu sensivelmente. E' o como chefe do Policiamento. de 1.300.000 habitantes, em rança das suas pessoas e dos resultado da eficiência na pre1937 foi criado o serviço de PALESTRANDO COM O CHEseus bens. Em 1941 o nosso venção. Em 1940 tivemos 31.675 nos moldes Rádio Patrulha, FE DO POLICIAMENTO serviço atendeu a 29.051 ocorocorrências contra 29.0£l em serviços das mais modernos rências, efetuando a 15.582 de1941", O repórter de DIRETRIZES desse gênero, nas mais civilitenções. Os carros de presos tiPorchat. visitou o sr. Oswaldo zadas capitais do mundo. Para veram 36.144 chamados, conO PESSOAL lhanesa a com recebido Foi foi dividida capital a fim esse os poliduzindo postos para que o caracteriza e dele receatendendo-se em 33 setores, ciais 4.243 menores, 2.683 deO Departamento de Comubeu completos informes sobre — como é natural — a impor48 e mentes, 1.177 cadáveres nlcações e Serviço de Rádio o funcionamento dessa máquitancia e densidade de populareforços de policiamento. Patrulha — nome oficial desvela pela admirável na que toda E setor. cada por de ção "Esse trabalho representa sa importante organizapopulação paulista, sermpore via Kurbs" espalharam-se deze— é dirigida por um Dee exige das ção esforço um longínquos mais grande nos sergilante de munidos carros nas de legado Auxiliar, com funções guarnições dos carros da Rãrecantos da cidade, na defesa viços de transmissão e receDiretor Geral. As duas feidio-Patrulha uma abnegação de intransigente, mas serena da pção de rádio-telefonia, assisdo Departasem par, durante as seis ho- ções principais ordem e da tranqüilidade a tidos por uma Central localiras, tempo de cada plantão- mento, a Rádio-Comunicação que fazem jús os que moure¦ada nos altos do Palácio do e a Rádio-Patrulha, são dirirespectivamente, por gidas, um diretor técnico, engenheiro eletricista e um diretor do Policiamento, bacharel. A Diretoria Técnica tem ainda três chefes de Serviço, sendo um técnico, um mecânico e um do Tráfego Central (rádios). Possue cerca de .40 estações de rádiotelegrafia distribuídas por todo o Ests-—, localizadas nos pontos de interesse policiai. As estações estão habilitadas a se comunicarem com aviões, com estações portáteis de comitivas científicas e apta também para localizar os aparelhos clandestinos de rádioemissão. O seu quadro tem 130 radiotelegrafistas- A Diretoria Técnica mantém plantõe.s permanentes para reparações das estações, das viaturas, para abastecimento de combustivei, para a carga de aeumuladores e para o movimento de expedição e recebimento de O dr. Oswaldo Porchat, chefe do policiament ) da Rádio Patrulha, conversando com o repórter rádios oficiais. de DIRETRIZES 21/5/1942 A Diretoria de Policiamento tem sete chefes de Serviço que fazem, em rodízio permanente, plantões na sala do Controle, alem do serviço normal de Expediente. São funcionários devidamente instruídos e preparados para exercerem, com critério, as funções, cheias de seu* dos responsabilidades, cargos, de certo modo assemelhados aos de autoridade policial. Com excepção de um antigo sub-delegado, os demai» ou estudantes são formados em estabelecimentos de enslno superior. AS ATRIBUIÇÕES DA DIRETORIA DO POLICIAMENTO A Diretoria de Policiamento cuida especialmente de manter a ordem nas ruas da cidade, sendo essencialmente de natureza políciaL-repressiva, visto que. seus veículos se deslocam dos estacionamentos unicamente depois de chamados pelos interessados. Como sóe acontecer, a eficiência e presteza em reprimir, atribue como conseqüência, uma feição preventiva à Rádio Patrulha. Para o cumprimeiito de suas atribuições, a Diretoria do Policiamento dividiu a cidade em 33 setores, de áreas desiguais, atendendo porem, a maior ou menor posibilidade de imprimir velocidade às viaturas, a maior ou menor densidade de população e a maior ou menor freqüência de alterações de ordem pública. Desses 33 setores, em consedas deficiências de quência pessoal, de material e presentemente, de combustível, somente 18 estão providos de viaturas. As viaturas da Rádio Patrulha teem aparelhos de recepção e transmissão de rádio, em fonia. Estão guarnecidas por um guarda encarregado, um motorista e um auxiliar. Como armamento levam revolver e, em cada carro, uma Winchester. De cada ocorrência que atendem fazem um pequeno relatório, cuja redação é facilitada pelas perguntas impressas que se acham nos talões, tais como testemunhas, local, hora, providências, etc. No decorrer dos últimos dois anos a Rádio Patrulha atendeu mais de 35.000 ocorrências por ano nas ruas da capitai, registrando ainda a média de 2 1/2 minutos entre o tempo da irradiação e a hora da chegada da viatura ao local do chamadoCabe ainda à Diretoria do Policiamento providenciar todos os transportes de presos, menores, dementes e cadáveres solicitados pelas autoridades policiais. Durante o último ano, a Rãdio Patrulha prestou cerca de 44.000 transportes desta natureza. O que nos dá quase 30.000 ¦serviços policiais prestados pela Rádio Patrulha à população A sala onde está instalado o Controle do Departamento dc Comunicações e Rádio Patrulha do Estado de São Paulo. O funcionário que sc vê em primeiro plano expede as ordens às viaturas espelhadas pela capital paulista e recebe detalhes das de São Paulo, por ano. ocorrências. No fundo vê-se um PBX, onde 2 funcionários atendem o serviço, telefônico usado para a recepção do pedido de Enquanto o Departamento providências- M fh '."¦"^^íí;*'i..>v-l-.- 21/5/1942 SaJa de recepção e transmissão do volumoso serviço telegrá' fico da Rádio Patrulha. de Rádio Patrulha não tiver der. çer útil,, para. manter ap seu quadro privativo de funcorrente dp. que se passa, as cionários para as guarnições autoridades que. estiverem de das viaturas,' está' autorizado p_antao. . ('..., pelo decreto que o instituiu, a Afim de evitar, tanto quanto utilizar elementos das corpopossivel, a perda',cie trabalho raçõ&s policiais já existentes. atendendo a chamados falsas, Presentemente a Rádio Pao telefonista; ao receber um trúíha vem utilizando os bons pedido de providencia anota' o serviços de cerca de 350 guartelefone utilizado' e imediata1 das civis selecionados e Insmente, linda a comunifcação, I truidos constantemente na chama novamente esíse numeD. R. P. ro- Verificando assim a veráci| Pela súa mobilidade, pelo dade do chamado. I numero de homens de suas Pará manter as guarnições I guarnições e pela apreciável prevenidas contra surpresas potência de fogo de que está de reações por parte dos imdotada, cada viatura da Rádio plicados em certas desordens, I Patrulha representa um pucomo para advirtí-los da ne¦ der repressivo considerável, tão cessidade de se dirigirem com I eficiente e bem aplicado quão muita velocidade para os loperigoso se aplicado abusivacais determinados, etc., exisI mente. Daí a necessidade de tem convencionadas várias pafiscalização severa e permalavras "senhas", cujos signi| nente que deve ser exerciaa. ficados são conhecidos dos poEM SANTOS liciais. A Diretoria de Policiamento Convém frisar que a eflfforgamzou também um serviço ciência da Rádio-Patrulha lnde Rádio Patrulha para servir fluiu decisivamente no sensível lá vizinha cidade de Santos. decrescimento do número de O pessoal previsto para o furtos de automóveis. A rapie rádio-comunldez com que sáo atendidas as policiamento •cações foi o seguinte: um rec.amações chenão permite, que • fe de serviço, dois 4.°s escrituo gatuno tenha tempo de, si: rários, cinco controladores-tequer, recolher o carro a uma lefonistas, dois encarregados camuflá-lo e garage para de acumuladores, um mecâmuito menos sair da cidade, nico, um técnico de rádio, quapois que as estradas de rodatro radiotelegrafistas, um sergens são constante e rigorosavente-lavador e um estafeta. mente vigiadas. ' Para as viaturas: 60 guardas. UM CAPÍTULO SENTIA cidade de Santos íoi diviMENTAL ';dida em O desenvolvimento de Sáo sete setores, sendo os dois setores que mar- Paulo, como era natural, deu Ciue os armazéns das docas uma nova feição ã cidade. O geiam deveriam ter em cada, viatura São Paulo romântico, pequeno e mal iluminado, tíe 1915 transum guarda intérprete. Por deficiência de meios, o formou-.se numa metrópole dide Santos está nâmica, barulhenta e, na quapoliciamento sendo feito apenas com quase totalidade da sua área, bem tro viaturas e o pessoal pre- iluminada. ;.Visto apresenta 30% de ciaMas a boa iluminação não ros. atingiu certos logradouros As viaturas da cidade de pàblicos e em certas ruas foi Santos estão munidas apenas neutralizada árvores pelas .cie aparelhos receptores, donde centenárias, muito copadas e causa \\e muita sombra. Ja necessidade das comunicaíções dos guardas com a estae as Jülietas, extravasantes de Nessas praças e ruas enxaserem feitas ção (Controle) ípor telefones cedidos por ta- meiam os namorados. Parzlnhos românticos escolhem as vor. ruas sombrias para os seus A ESTAÇÃO CENTRAL devaneios, pois que o Amor é A estação central da Rádio Patrulha (em São Paulo e em inimigo da boa iluminação. "Con- Beijos prolongados, tipo cineCantos) é chamada — trole". Dia e noite está em ati- ma norteamericano, entrecorvidade, irradiando, recebendo tados de palavras ternas e promessas vivaz-íts, procuram a chamados e informações de sombra protetora e simpática particulares ou dos próprios carros, anotando tudo que pu- das velhas árvores que o van- PAGINA 9.K DIRETRIZES dalismo moderno ainda não destruiu. Esse é ainda o espetáeulo que lembra São Paulo, de 1900, com vida farta e despreocupada, sem guerras, revoluções e questões sociais. O Amor, apesar de tudo, ainda é a pilula dourada da Vida. E em São Paulo ainda se ama romanticamente pelas ruas e praças escuras, longe do olhar indiscreto dos moralistas. A polícia comum é feroz. Roda com o seu carro de presos, assustando e, quando pilha em flagrante, deteem os Romeus e as Julieta.s, extravagantes de vida e de seiva amorosa. Mas a Rádio-Patrulha é mais humana e — porque não dizer — mais romântica. Lámita-se a assestar o farol do carnr na direção do idílio. O par foge assustado e procura outra r.ua escura. Os guardas só o persegue com a luz, essa inimiga tremenda, dos namorados. OS CASOS DA RÁDIOPATRULHA A Rádio, Patrulha atende casos os mais diversos. Alguns até pitorescos- E' uma gania cheia de,nuances. Vai desde a tragédia sangrenta ap ridículo. Mas as guarnições são sempre, dedicadas "e complacentes. Há dias, do bairro da Casa Verde, bem afastado do Ceritro; velo üm cliamado angustioso. Célere a viatura partiu ao ponto mais próximo em demanda ao local da "tragédia". Erá um caso para rir. Uma ninharia para a guarnicão, mas uma "verdadeira desgraça" para a vitima. Uma senhorá que, numa rua desprovida de iluminação, havia perdido um "pivot" de ouro, solicitara a intervenção da Rádio Patrulha para, com auxílio do farol do carro, procurar o dente. Um determinado trecho da via pública, delimitado pela vítima, foi varrido com a luz do farol... e o dente foi encontraao com grande regosijo para a anciã que seguiu o seu caminho desejando toda sorte de felicidades aos guardas da guarnicão. Outros casos traduzidos, a chamados urprincípio por gentes, são depois de poucos minutos, solucionados com a maior simplicidade, dada a sua insignificância. Mas nem por isso deixam de serem atendidos. A solicitude é a principal característica da Rádio Patrulha Paulista. NA ESTAÇÃO CONTROLE Um dia, já alta a noite, barafustou pela estação Central a dentro, um cavalheiro de aspeto desvairado, com os olhos lacrimejantes. Mal poude contar ao plantão a desgraça que o atingira. O seu relato quase ininteligível de homem desesperado e exausto, foi compreendido afinal. Um filho — garoto de seis anos — havia desaparecido das imediações da sua casa. O alarme foi dado e todas as viaturas ficaram alertas. O pobre homem chorami ligava ainda, mal decorridos quinze minutos, já um dos R. P. avisava pela radiotelefonia que a criança fora encontrada. O pobre pai, com olhos úmidos ainda, foi encontrar o seu rebento querido, brin- /.Jr..- iryy--'~'ry<r':'~Ay .¦.¦-':,r'.^v* ¦s ¦ ••- -•¦¦>: :¦'¦-- '0%iy-:\:sMs:>'y: '¦ ¦'"¦ sssf v ¦- . :m V^^^i^rff^^^^l^ *v _y S' Ay ^ãÊtKÊÊ ¦•"¦ :r^mÊm O jornalista, enquanto não aparecem nov.« ..-,;« a registar, paJeslrar eom a guarnicão do R. I'. 30, na rua da Conceição na capital paulista cando calmamente dentro do tação do Juiz. Isso evita que R. P. sob o olhar vigilante e os alvejados tomem desforços pessoais. paternal dos guardasA DIREÇÃO DA RADIO PAOS "PAUS D'AGUA" , "paus TRULI1A EM S. PAULO Os dágua" contribuem com um elevado numero de Essa organização que tante "ocorrências". . Alguns viram orgulha a capital paulista é valentes e, dão certo trabalho dirigida pelo delegado auxlliar, cir. Venanclp Aires e tem aos guardas para recol,hé-los como chefe do. Policiamento o â residência ou ao carro de dr. Oswaldo Porchat.O dr. G;, presos. Outros, estirados ria Mastena calçada, são recolhidos é o se,u, diretor técpela viatura e levados para a Cen-, nico e o dr. Marcai de Barros trai de Polícia de onde, após está na chefia do Tráfego. í\o convenientemente cozinharem Serviço Radiotelegraf ico. Uma. a bebedeira, são mandados eni pleiade de auxiliares especia-paz. lizados completam o quadro Ãs primeiras horas da madessa magnífica organização nhã. principalmente, as guarsob cuja égide São Paulo, o ginições percorrem os lugares gahte da produção brasileira, mais "propícios" para fazer a trabalha, se diverte e dorme "coleta" de "paus dágua". São tranqüilamente. tipos que variam de cara e de O SERVIÇO RADIOTELEindumentária. Desde ó "mociGRAFICO nho bonito" até o pobre diaEm 1941 o Serviço Telegrábo encharcado de cachaça. fico do Departamento de CoUm dia — fala agora um dos municações e Rádio Patrulha guardas de um R. P. — a es- do Estado de São Paulo expetação mandou-nos a uma dediu e recebeu cerca de 260.000 terminada rua do setor. Era telegramas com mais de doze um chamado urgente. Corre- milhões de palavras, excluslmos velozmente para atender vãmente em serviço público, à "calamidade". ix>ls que esse serviço trabalha Era um susto somente. Úma para todas a,<_ repartições do jovem fizera o apelo para ar- Estado e Serviços Meteorolórombarmos o banheiro da casa gicos Federal e Estadual. De e de lá retirarmos o seu pai, acordo com o Regulamento Inmorto talvez, pois' que para lá ternacional o Serviço Telegráentrara há mais de uma hora fico presta toda a assi..têne não mais dera sinal de vida, cia aos aero- navegantes, quanapesar dos seus gritos. rio solicitado. Esse serviço tem A porta foi arrombada. O preferência sobre qualquer oubanheiro estava vasio. Pouco tro. dopois verificou-se que o veO serviço interestadual, eslho. tinha saido para a rua tá sendo feito com o Rio de sem que a moça visse e um Janeiro, Espirito Santo, Baia, seu irmãozinho menor se tranPernambuco, Paraná, Santa cara no banheiro, saltando, Catarina e Rio Grande do Sul, depois para o quintal. A porta e atende às necessidades ofifechada causara todo o rebociais, principalmente às poliliço. ciais. AS RESTRIÇÕES DO MONo interior do Estado as esMENTO tações estão localizadas nos Atualmente, atendendo à postos policiais e na capital restrição no-consumo de gaso- são as seguintes as estações lina, a direção da Rádio Paque atendem o movimentado tralha reduziu o número de serviço da R. P.: Central — viaturas. De 33 que atendiam PYH6; Gabinete de Investigao serviço da cidade, a cifra ções — PYG6; Secretaria de foi reduzida a 18. Mas o tra- Segurança Pública — PYN7; balho continua a ser feito nor- Palácio do Governo — PYN9; malmente, pois que certas viae Penitenciária do Estado — turas passaram a atender dois PYN6. setores, suprindo, destarte, a Sob a chefia do sr. José falta dos carros retirados do Mattos de Souza funcionam, serviço. nos fundos da Central de PoAs reclamações confiadas à licia, as oficinas de reparação R. P. tem o caráter secreto e e construção de aparelhos de o nome dos reclamantes são rádios que atendem às necessifornecidos somente por solicidades da R. P. m • 'r ¦ ¦ '''¦ vv v§ ¦ s-y-'i- ¦ m : ?! AA • *. aí - -**»¦ !í PAGINA- m DIRETRIZES 21/5/194^. ; '.ii O mestre é o obreiro da grâtiílâo e fidelidade | Pátria compromissos e aas imperativos senso não será emprestar aos trechocavam. Impossível estaberealistas do momento, as na,homenaanulado o encanto político do brasileiros o critério de unia e no conciliação a lecer-lhes com famoso imperador-soldado, ções da América se uniram gear, em requintes de agradecdas chanceleres, dade: de uma parte arregimen.conclave recente na a prisão na ilhota de Elba e o respeito, mento, admiração e tavam-se os reacionárias deferino Rio de Janeiro, para responposterior exílio, em Santa Helepessoa de Pedro I, a loura e joimperialista; sores da opressão der as comuns inimigos da paz, na, decidiram as nações aliadas Habsburgo, vèm Leopoldina de em" campo adverso se postaram asseclas do crime, sicários da reunir-se no Congresso de Vieardente consorte, amável sua o.s inovadores patriotas, apoiomaldade imperialista. na, cada qual procurando fcripuIndependência da instigadora Não nos surpreendem seus argistas da liberdade, em :-,i encardiar, çom maior desenvoltura, na. em devemos, a Nacional, quem nando a força natural do cresciinimigo, no e botes, sob a execrareganhos repartição do espólio.'quem randas parte, o amortecimento mento das povos jovens.' reagininais y dos chicotes e daa vel suposto' direito de Áustria proteçã da santaliancistas cores "de externo contro do o predomínio. colocando reivindicar esporas qui povas dignos, é >. pode "princípio quer A DEFESA DO SOLO NATAL Metternich.. , : ,., Contra o insolente investem com as mag-' contra da As finalidades quais nhões. nacionao nosso, nossa da Para populaÒ aumento gáudio ,ós americanos da intervenção'""princípio no violência e" rapinagens elucidatina assembléia resumiam-se lismo brasileiro, em fase tão alnacioção; o menosprezo âç desassíomo Europa, da postularam mapa vas de uma egoísta civilização, o recompor na madrugou deledificil. em ê voroçada bco do nosso proceder, sobea nàlistü" estabelecendo súá, abudos arbitrária toda sua, particularmente correção afiríndice a pela libertado alma popular, como sa do solo- .natal, hiotude rahia das nações, inflama. o dor a tivera e revolta a1 cometidos, sos quem em por que boque das sobrevivência, de heroísmo, inativo custa do nosso próprio organizadas * e regidas. Bradam, aos céus os frios asmau sonho de julgar possível fa* nobreza e a altivez se igualatif arras, estranhas; o abandono orientação voluntáimprimindo mundo, dò de reféns inocentes, que senhor sassíiüos único zei'-se mea votou nos ram. à sói te, a que existência, na escalada à sua ria figutantas o espaço, vital,, paác umas ócuptim fixa de lhes idéia Dom A simpatia que envolveu trópole, em condições desíavorados séculos.. étnicas deveriam, volminorias eras porvindotna de História, às! só ras da já rareando; de áós I, em Pedro nós, poiwios vei?' pára presença de inalienáveis heranças As de .outras, .. e respirar. vidas ,no ocasiopretérito até de todo se dissipou, inimigos sem conta, aguerridos Fehiándó VII da Espanha e de metraneutras Embarcações viventes hoje em dia. nar-lhe a abdicação.* Para tane bem armados;; as fortunas cOUPortugal, VI, de João Dom mermóidesarmados obsessão navios Sim, lhadas, atá.Obsessão?. defeitos to concorreram os construídas. peio colonizador ,pm sagradas pela sanção dos temàqueiu no fundo> áo cantes enfraqueceu, passabida impostos que imentemperamento das seu remessas vicosido as rioíjso melo; pos, dissipar-^se-iam no curso da da zona de bloqueio, entregues do, ó pensamento de réis òiguàlaui do sas riquezas daqui para pulsivo, o oarater personalista, ' ascendências, suas per-' História, como as nuvens fugitiao' comércio pacifico, longe . do lhosõs de vida na escrúpulo parde ¦oceanos os estorva*; e às humifalta a esmo. •„ a caminhando vas das ambições, comprovar a decantada sUperiodidós vpragem na remanescentes üi tramai IV* ticular, herdados lhiações do. governo soldados os Gomo, okitrora, alardearia, rUlade racial, , que Na hora desfeitas. possa que — Carlota rainha eis, da psicológicas no e de seus propostos de Meneftá, arrostanfaraônicos raciocínio, o brufceza de seus insa vem, obliterando evidenciam ela vieJoaquina. Fatos politicos arrolados, os fatores que nos lido o Mar «'ermelho, em perse• • ,*. *:. de noimprovisados, tintos. ..... césares de a fossem: como n<.sda valor agravá-los; o. ram zet-am aquilatar disjwr-seguição aos hebreus, mes trocados, f errabr.aÂés dóufcriCis¦„.> üontr.bui-çãa, reiorçando-nos desintegração da Província "saciando o ódu». profunao.. . iam a imitá-las os exércitos esblazocervejarias, nadorês de de » conciência da nossa indi viduaplatina, o . • recrudeseimento afrontando e português, panhol a superiorinas veias ter com as garras na mão do mundo, nando entre desinteligêiicias antigas '""_" lidade coletiva. a. • trave^ia do Atlântico, para à cosangue, do a e ow dentes no craçáo. . ."¦ com dade tudo pureaa a região e . brasileiros, à O apego instintivo os portugueses submeter povos obediência das no então, lorindo, » painel s« avolumando externamente, nativa, o enlevo e o ciúme, do rebeldes, castingando-os. como o as tintas A hora é de cuidado, cone Lento, acontecimentos, com o tédio imperfcinénei» dé seu irmã» Dom deslumbramento, aeu franceses, invasores aos fizeram os megalomania, incurável disposição de...àuinio e féíforte ¦ da triunfanfces aversivo que nos inspirava o sishás batalhas de Salamanoa, Ba-, Miguel é os nareflexos 'trois jourbalodo assombros e contorno rea disciplina, luta preparando a in-. ' coroa França, d.» ,bi'a- •fo da terna desdenhoso Róliça e Buoaco? dajoí?, os'arrotando interna, da* frente messianismo, destrüfeivel e de{>ôs ao néen glorie tines'-' que não temegantina deram configuração Assim resolvidos, uma "nova ordem"' espiritual de solidificadas, méritos' gerações, B. ri vãCarlos na desterrou nativismo, patenteado • riam fossem os yelames de seus neciófago amanhã, . mascara a e se hoje oom materialmente, e que lidade entre os descendentes do bergantins .fustigados pelas onImparcial e detidamente fôsdo sofrie lágrimas toda e das sadismo impossibilitando qualquer o-s entre da português e ou reinóis, das, não lhes assaltando o resemos. perlusttár, os anais a .outros povo,..*., ... da escravidão e da morsubordinação no tühas da terra e os seus possui,-. mento. albodos «ceio de fragoroso desbarato, nossa política exterior, te. Bem haja, pois, a. Liga Acadé. dores de então. ;. . . Oonoedei-me aqui repetir as com os gigantes que Ti1* Império aos noVe anos enconóro res do mica de Defesa .Nacional, Órgão Portugal hodierno e o Brasil desta ao fim da vres os pulsos, de esperança tende Regência, Jaé Dom de universitária paubelas palavras da mocidade ¦contemporâneo, por seUs gover-' do a alma banhada, queriam resmonarquia de Üóm Pedro II, e e Silva, Gaspar de Affonseca clarinando: a vigilância, lista, a nos e povos, não respondem pésob pelos tempos afora em que respeitável aroebispo metropolí- . pirar, eni haustas profundas,céu. a para desfazer as, am*eaças e ou los errus de pntem, que os temveríam-os a luminoso do pátrio azul o se República em projeta, as Paulo, São quais, de tano perigos do momento internaCxOpas esgarçaram, e a recíproca . coro. a doutrina da Igreja; certeza de pensar, sentir se i«flexivél e forte linha do resjubilóaa ¦¦¦'-,. nal! .:.,., inteos iguais, estima, os rumos como tradição e mover-se por t si, medindo a peito â justiça, harmonisam as "elições da His.iõenjaulados na lm- . dia, Algum resses comuns, a inteligência e. a ideais, numa mantida pelo . Itamarati, projeção futura' de seus da Sociologia: alueiria, do Direito' potência de hegemonias tima de ambas as nações teem eoé pela ••Não há, para nós, raças super ioreta serena e digna, de José Bopela vertical do espaço d« na contrição refeitas nantes, tno pulverizados. demarcação intérmina dos honifacio ao Marquês de Abrantes, nascidas ninas inferiores, rès ou refciiteixo desmandas,, . no seus nado o é prefácio O nativismo rizontes? . da administração do Marquês de cottt o monopólio de gênio ou da nto da razão e da moralidade, dos clonalismo. A significação ao Visconde do Uruguai, as oom Olinda o e outras despeito a o» • abafaria geradas lhes Ou a entrar compelidos força serão nos di» mais que mesmos está. deste ao 1* Rio Branco, do Contaras do servilismo e da fraqueorgulho de antever o brilho e a Eixo. do Paises seus nomes, nos seus resultados. selheiro Antônio Saraiva ao Baza, porque a mesma centelha de pujança de uma nova civilização, daa Mais se apreende na atenta anáInimigos de Deus, titeres em acendeu prolongando-se rão de Loreto, Deus dos inteligência sucessores trabalhada pelos resubalternas, lise prática de suas íórmulos do conveniências repúbliministérios das em como através humano, cérebro cada incas, guaranis, astecas, maias, «jjue na síntese de seus enunciae serviam-nos, Bocayuva, presentavam-nos canos dc Quintino cada coração ateou idêntica faaraucânios e tupis, como rebenesbirdos. Os acontecimentos, e não as oficial ou oficiosamente, do Cabo Frio e do BaVisconde bondade.'" e amor de cintilan-r espirituais, tos floridos gulha A paronísinistra, — malha da tecedores ros palavras, os definem. o excelso Branco rão do Rio O Congresso de Viena, a que do em portentos de ousadia, em mia de seus termos obscureçe a com que pensavam abafar-nos a Santa na teve, apóstolo da paz continental — longo nos ao e das montanhas referimos, torno mais comeles, distinção entre compnma--nos: a conciência Nilo vo*/,, de sem nos esquecermos Aliança, o seu forçado compledas rios. que lhes defenderam e de modo vantajoso, aproFepreensi/el se tornando a especíMarques. : Azevedo foi pouco, supremo Peçanha, mentor Seu mento. acalentaram o berço? fica diversidade, ao lhes esmiUe, Franco Mello e .imobilzarnos os braços. -Até h&.. reacionálix Pacheco, Mefcternich. ferrenho nós, como, aliás, em a Quanto Aracaímos as causas materiais quanda cordura do nosso, nós, Oswaldo de vei.tavam-se mais vanglose perto rio absolutista, -rochedo que motivadores nativismo, relação aos nossos vizinhos, è sato ao na. iluda simárbitro ehcòrajavam-se vitorioso da oro nha, governo, ser o de liando espirlviram os destituídos bido, não classificando, de ordem displicência ihcorrigivel das encantadoras sâo' da impotentes, o contra pessoal, dem" patia qual, consp.ectos as tual e jurídica, precepfcores. com olhar de comda dõ nosso povo,- embiocavam-se maneiras simples, da palavra vise esbateriam os vagalhões de liberdaímpetos as inerentes ao nacionalismo. Este placéncia, das atitudes quae na manta das imunidades bandeira brante a desfraldou persuasiva, anarquia, buscava a obtenção de iguais di. de,. , desdo manejas intemerato os lhes açoitavam Na fidalgas, liberalismo. ao guardião combate de reitos na vida coletiva, sem inda vincamarcadas leais, assim enioó o ensaie Diferenças nacionalismo brasileiro e da soConferência de Aix-la-Chapelle. do pessoal dagár a diferença dissia soberania fisionômica, da austeridade ram a conquista berania americana! o famoso em 181», realizada metroponascimento, à política-supremacia mulaçào da fidalguia no trataem prol do brasileira e a maioridade polítiaustríaco, os chanceler orgulho nosso em Cantam a litana concedendo mesuras das espanholas da mocolônias mento. o cálculo ca. das da autoridade fortalecimento cone missões das triunfais ecos amigovernamental sobre os habitande os e vice-reinados Os cordiais chamaAmérica: o protestos triunfar que fez nárquica. gressos em que nas fizemos retes locais e distantes. O nacio"princípio da intervenção". da a baixe&i. NovaMéxico, encobriam do zade, chamaram se do os batalhasagrando *.;mo, presentar, ao contrário, insurgiunal de agressão. desmemPlata, Peru e seiis Granada, planos dores impertérritos das legítimos »è contra a subordinação brasibraram-se na fúlgida constelaamigo* DOUTRINA DE MONROE chamem-se Canídeas ha amigos, do Brasil, direitos leira ás ordens de Lisboa, exitodas elas nacionalidaes, de canideo» ôu vezes, ção Gusmão revelando, Alexandre de se lieles por as gindo fossem respeitadas regidas pela forma republicana, moO exemplo dos Estados Unidos, Joaquim de atitudes mudando, no Marquês do Paraná, nhas geográficas dos respectivos colocanativos Inglaterra, a com elementos da desgarando-se cauAleazado, eles ou José mento Silva da por Caetano de para condições espaços, advogando dos na suprema direção da resRevolução Francesa e as difisas inconfessáveis, tal o camaxandre Teixeira de Mello, Joaautonomia. Só a assoberbaram culdades governamental ponsabilidade Barbosa que Ruy . de cor vária, pelo súbito irou leão Nabuco. quim Das repetidas competições para grandiosa o Brasil manteve Espanha e Portugal, primeiro, de causas acidentais. A Pessoa. romper Epitacio em ou nativsimo, do ticuláristás fruto como de menos exércitos unificação, os derrotarem lhes aplica a declarase para ora justa com anos diversos manifestado, A serenidade a energia geoconseqüente das condições Napoleão e. posteriormente, nas Joaquim Murfcido grande çáo e o direito num ora noutro ponto do temdo que que temos defendido "Gosto dos cães porque já ou e o o absolutismo entre lutas governativas, gráficas nho: diligações tório brasileiro, sem a justiça, na paz como na guerno singular determinismo da Hisconstitucionalismo, aos patriotas conheci* os homens". A consretas entre si, brotou o nacionanão apenas no interesse próra, a sua estrumodelou só ele a cristatória; ensejaram americanos tante blandicia da fala, a perdo lismo, nu exuberante eclosão prio. como vantajosamente para tura na imprevista conformação hzação do sonho da liberdade. exmanente gentileza, as gestos,sófundamentando, inmundo entusiasmo, as demais nações do da monarquia, mais de meio séNo realismo histórico, esplendoimutável riso acolhedor, o brios, doutiina evidenciam-se teiro. pandindo c determinando o ideal da abençoando culo retardando o advento rosa, ela reesürtiü não passam' de sintomas de noda Independência. na de não reconhecer o Brasil a todas suas Mina. de ideal Hidalgo, Republica, de anseios os no de Beckman, jenta falsidade, maior repugnãnA Revolta aquisição de territórios pela forfinalmente, revoluções; só ele, Bolívar* Santander* MiNarino, Percia merecendo a virtude aparenem Mascates os Maranhão; ça, de reprovar a.s perseguições confiou seus radiosos destinos a randa, * Yegros, San Martin, Mote e a mentirosa amizade, que os nambuco, cs Emboabas, em Mide e religiosas e raciais praticar Recaide. 07 Higum principe de sangue, da próCarreia, reno, dos defeitos do arrebatamento. o inFelipe de martírio nas; o da solidariedade os princípios desligara. se Tiradéhnação de Louvertur. Sucre, que pria Rins, Tiracontido das maneiras bruscas a Santos; a gldinficação de humana. Alem das causas políticas, rates. José Bonifáoio. . . e toda azedume das palavras ríspidas. o no opióbiio; mistificada dentes, esforços zões sentimentais devem ter inEnvidamos seguidos uma legião de Atlantes da gióAs pontudas arestas do arrebaa Revolução de 1317, são capitufluido no extraordinário acontesó* à guerra inda ria! em paz, prol ensejam a previsão e v. tamento rebeldia, da prelos sucessivos cimento. vocando em situações extremas, trlsto-. ao contraa atacado; flebís. sob do Debalde, o Grito defesa antecipando e parando meios suasóos atendidos não as olvidarmos Sem o querelas do fingimento e máo Manzanftres artimanhas a.s rio, tttíà, celage'm, cenfcràliáSdor do Ipiranga! rias, em defesa do solo pátrio, da motivantes do rompimento os os intehtos e os i aneTejo clamariam enevoam queixuuaçs ximo das explosões'locais do nados no:sos direitos, da nossa nossa primitiva subordinação codas duas velhas, nações da Ikejos dos atacante velado e deshotivismo. nas nunca Vitoriasas, honra. nos não lonial. temerária parece nesto. invisível na dissimulação, ria, pela firrneaa dos povos que No cluabar no .século XIX, com nos a desafroiita; jamais cegou havermos elevade a. suposição a luz nascer defizeram as armas dd ment ra„ rias brandindo para que , a mesma insistência embriagaram os louros, espoliando, ao trono o filho do monarda História, assistindo-lhe c *. vacalúnia, do enredo, da maleda monstravamõs, não se rc.p:tiram do os bens dos que a sorte aba-< s ca português,' como sé nos inse êilantes primeiros passòá, ensidicência. das excusas aéreas das soldadas as provocações terá: Sempre julgamos cessados tributar cordesej.. de o nando-lhes a crescer e a viver... dos jjrctextos falsos, esforçandopirasse rúaruja*? estrangeiros, porque a em os nossos direitos quando, dial tratamento à pequeua-gránMetfcernich, espavefttado. conse, no disfarce e na penumbra, em Europa se unira para enfrentar * outrem de os igualdade uni mundo, ao nação paralela, de encoque, invulnerável, voca. e realiza o Congresso . de tornar-se ,» França revolucionária. se levantavam. Procedimento sob mundo fizera conhecer. não expor-se aps Verona, finalizado em dezembro lheudo-se para A Convenção e o Direlório. o todas os pontas honrado e, a toriscos do combate, de peito abar-, de' 1822. álvitfando a intervenConsulado e o Império, sucessidas as luzes, superior, nos confeE POVO NACIONALISMO intento no Aliança, toe viseira erguida. Tanto erro ção daSahta vos oi-gãos da nação revel, abalao respeito, a estima, a conriu háas terras da que monarcas recòlómzàf de é a imnulsividade como a predos ram o prestígio fiança das nações vizinhas, resoberania , se mais mundos houvera, lá a viam proclamado aquela corno cuimeditação; tanto época, absorvendo-lhes os o nas animando ciprocatuente [cfiegara." males negá-lo. há estado não naeional. num esta',trabalhos, o.s dados ajuste de não revivermos cadulevanta-se a douA primeira, si. de Entrementes, após acarretam conceutração de permanente cas e passageiras animasidades. Honratno-ía. qual se nas imtrina df Monroe, consubstanciaé fagulha que logo no entanto, fprgas* em benefício da própria filial cinzeO panorama de o desvelo que o mundo Novo de ó polisse Iena afirmativa em se extinfuinda se que apagar-se, a contra qual pode estabilidade, amarga nos dias que passam, lar a estima de um povo simlpes, os Mundo, de então nara o futuro. errônea dó moineudo a ameaçadores. paixão vàntavam, sombrios e instáveis, carreados, bondoso e altivo, que na trajetonão seria colonizado por qualA preto, vezes por outras, de bòa inlibertários. princípios de erros e vilezas, a tristemente, mostra existência de sua ria eurocontinente do nação dinásttquer tenç&O e reveladora. todavia, de ocupação da segurança de modo brutal solapados força dominadora de sua crenpeio veleidatoda ainda, mais e, Ao revés disso, a sinceridade. .tempopeu se aquietassem ca fâ-Ios traição, contrariam ódio e infcrepidez, de sua .os beleza a pela ingerência, de ça, ¦nos code extemporânea a segunda é chama que perdura o deixando rariameUfeei as normas e os portulados a que suas traexemplos de edificantes tornado haviam se oue a.s contra desagrada-se alastra, alimentada e crescida berto de su rpresas o Brasil afeiçoa os seus esforços, dições, elos indestrutiveis do esseria tida com.» Independentes, na má fi. concientemetite errada, veis. cristã, civilização honrando a UniEstados pfrito, que o manejo do mesmo aos hostilidade covardia e desfademonstrando Eclipsada a vitoriosa carreira servindo à paz universal. idioma sedimenta em penhor de rt< do*. Bónapo N.-*jfiBíeãí) çàtez. militar de Fiéis aos sentimentos e às tra-, ' afeto comum. Duas mentalidades contrárias, «úmero) corn os tev-iries que a 3 rcan.tiaem. assegurada de à dições, Destituído (Cofri. completamente se enpróximo po palavra antagônicos interesses dois e Waterloo; L pzig ram am (Continuação d* nág. 31) Fatos ocasionais ou voluntíria;, circunstâncias fõrfcuitas; iatCi-fiiit.entcs, âs vezes, constantes ein outras, de menor ou maior gravidade criaram nova expies-' sáo ao sentimentalismo brasileiro,« nos reflexos de sua conviveucia com os portugueses. , /r,« '\'Í i xíl y l«.\ ] •. ?• é'* \ ^21 /5/1942 I DIR PAGINA 27 E TRIZES os do seu Lvro solembrar "Nordeste", est: livro bre o ' ' ¦ ¦ * m^^^* __¦& tíe tanta repercussão poética. e que nem por isto perde do.^ seus atributos de história. T'*^PS__t-:'*¦•''"•'• Uma das propriedades do estilo é realizar-se num piano fora de toda abstração: ser E' tambem o que me parece concreto. Falar tie estilo absacontecer com"O Raul Pompéia, trato do por meno.s que sé queiAteneu", e salvo o que, "O Ateneu" as págnas de ni2ra é sempre uma contrac ição. De todo o estilo pode-se dimória mais do que as de crôzer idenlhe que é o verbo feito honica, não há quem E dizer sem metáfora, mem. de dentro ou titique um eátilo, nos casos de estilo, a. tanto, unidade mesma um estilo a palavra parece enriquecer-se de gosto. -I "de dos desnivelamentós, os aciNo verdadeiro estilo a orvalores psíquicos profunG^jfc_iEttí~E_t£^--t tíe cbras As dentes de mau gosto faces de dem e a haimon a teem que uma vitalidade adquirir dos, diminuem »e porem não re ser c her ente.;: det mimadas, apontar mesmo em Machado intensa e fluida como a do esquando comparadas; até pelo da Euclides em Assis, de nâo e lbiliuade sen¦ pciO pela píriíjò' mesmo. contrário, i*e completam. E Cunha ou em Raul Pompéia, verbo; uma qualidade do hoMas essas formas de exem nenhum cair náo julgo rnem e rão da ir ase. Dai o não paru citar aqueles escritores pres.^-ão ,que não significam exagero dizendo deste escribrasileiros entre nós de um sei que de estranho, e muiinitão puramente um catálogo tor bras-lelro qu? é o mais estüo já consa grado pela e-ítas vezes tíe intrincado é" prurie lugures comuna, ou de comigo da ênfase. Desde o vocante que se descobre na. t ca. A obra de . qualquer idéias já feitas, e que encarescritor. de meço da sua vida deles oferece -mais de um conlinguagem dos escritores verdigo nem do indivíduo o que ele e-squeeer, Nunca pude traste. Assim è que os primeidadeirament? de * estilo. A.s surde impressão agora, a possá.ter rie mais original, de ros livros de Machado de Aspalavras da mesma manei: a mais diferente dos. outros, em o causou me prlpresa que sim tí íic-ih«.ente se podem por que òs fatos ou idéias por elas esregra não se improvisam, a li desse art PBiro go que representados tornam-se fcrie-; no mesmo nivel dós fomanvinte então ele tão pouco não se chega a elas Tinha critor. KE diatamente uma presa <a sua,. ces. tía sua última late, e por O artigo era a pela mecânica de nenhum há~ outro lado muita da sua poe-, e dois anos. sensibilidade. Uma contensão Malivro dè bito. Não há estilo, como bem úm de propósito 'Senhora ' - - .* sia e dos seus artigos * e jor,do su "eu". de Engediz Thibaudet, onrie "não ,in-. lio Sete', o adivinhar deixam o nal mal dissemos,* Entre nós, como tervenha unia vontade, um nho". Senti um autor diícautor de "D. Casmurro" e de -sua escritor que mái-s encontra no riarfifíciOi uma reação do horente-. E não-foi-p?la "Braz Cubas": que escreve é Gilbe-tó Frcyrêi': IberG mem contra ele -me;.mo". queza dc vocabulário. Com Euclides, da ,Cunha, ' Nota-se em* todo* o estilo Seja,,em. q..uajqy.èr, dos.seus ll-., 'maisá aunm aliás! to Freyre não é à'mda..,,é desproporção,, d-a. .q assunto, vros publicados, uma' unidade que poderíamos tor. que se faç'á notar, pea quando chocante, chocante oue-ele- trate,-ou de sociolptíp "O? chamar .'e variedade .'orgânica pela heÇé.sabundância S.r'.õ?s" comraranios odç.. t odqs; gta cu de história; ou- de poe-*cppvergéncia.. 1 encansar ni.-s o a vfcabulário. que cónros seus outros trabalhos, sia ou de pintura, e a süâ veiba;s des.elementos de cor paseus os realismo tou foi o "en"-linguagem 'da soíre as mesmas" exiuitos deles* de úm"vêrbali.s'e ch oc ante linguagem de forma uma cie ra Cqu?' se vocabulário; mo' este h tó ir i cõ T' ,. :úà jierSonáiidâretrações "Os cerrava dê eslrãnhán-enti. vi'-;' qú'?. variando à vontade de do .próprio. ainda, dentro de; tende a se. desenvolver; ho loi significação e'a de, yitnió> não Em,uma novo. vo c palavra,, Sertões". E' que .sc lendo muir mesmo, sentido, c„as.. suas tensua expressão., nunca o .one.,.mQ-surpreestilo o perde, ,seu da primeira' páginas dências mais .intmas. E- por, las das -com qúe característica, o .cu... traço íi.-., "Os a doeilidade ' ' endeu; Sertões" para parte co" causa desses recursos constaiw ren-unidade E é essa se sionômieo. as pareçam palavras cm paralelo com pô-las depois 'trata...-da temente pessoais de- expres*-ape^ valores conforça de aos à criada voluptuosamente der a parte que. '.uma guerra' são' é que as idéias -mais ab Snos organismâls cc/mo e vergentes los menos prosódicos sólida, tíe Canudos, .de tratas, perdem na sua .obrii' •musicais da,sua ídé;à.v E ,nio,smos Viyo.s que ababá' deixando; iniaté t:m-..e. a harmonia,especulativo, todo o s-*u ar estilo desse, ao leitor a iíusãp .rié quç, deve". trás consecutivas pressão rie dois Euclides, umhumaiiizan.do.se.... - • . ... „.. >seu« dos ser coisa íacil o estilo, como em o temos qualquer ilutuante. ainda traz da sua Ainda um fato a destacar, em torio o penyam^nto sese a qualquer livros, o temos verdadeira expressão, e tocáhé quê nós parece bem caracroestudos dós seus granr:es gulsse sempre um meio com-^ do em muito vocabulário sem terístico da óbià de Gilberto, soou pleto e perfeito cie expressão. bre Euclides da.Cunha, gosto, e outro qué afinal se é a sua unidade de gosto. II. Ou como se a.s idéias e ps Pedro bre achando a si mesmo, batesse Quase não se. descobre em tosênt:mentos que se exprimem Há trechos no ensaio so^re no seu verdadeiro assunto, e da a sua obra d? escritor, hoje em. arte fossem tudo um miEuclides da Cunha que fazem no seu verdadeiro ritmo. já bem numerosa, os profunlagre rie inspiração. Não há, porem, céo que dizem grames mestres, verriatíeira arte, sem trabalho, sem esforço, sem uma vonfade coni''",v-manto .exaltaria rela inteligência e pela imagsnação. Daí explicar-se naRACHEL DE QUEIROZ turalm-rnte aquela frase rife Thibaudet, e que concorda 'LETTRE AUX ANGLÁIS" — George Bernonos. Atlântico Editorc com outra de André Gide, paou ra quem toda a art- imnh -a cristão co entretanto, que, bora, desm-:-nt do nas suas teEm primeiro higar eu deseum ato de reação do indivínão cristão, possa um homem ses e nas suas' profecias, ele jaria, para falar :io livro.de fuduo sobre si mesmo. O rsforvontade de bôa fé e boa M. Georges Bernanos, coloainda assim viverá, — vivecó sinde apelo para realizar pela palavra gir à emoção, ao um ra como um grito de sincera numa car-me posição os imponderáveis tie todos flue dessas páceririarie que e humana paixão — vivera pouco semelhante àquela cin idéia é que exig? es."á uma conde íé e. dor ginas de como ainda vive a Venus de ele no seu preque se colocou reação quanto mais pa"Lettre que fiante. Milo no seu mármore imortal, aux anglais" fácio da fecunda. mais ciente — prefácio endereçado aos üóis mil anos após a derrocad? Berrequisitório Há .no não impede, é ciaisto Mas dà de todos os deuses do brasileiros. Isto é, pôr de parsevera magesda algo nanos. ro, que o valor artístico de Olimpo. te os convencionalismos de tanto seja tade dos profetas bíbl cos que expressão uma cortez a. esquecer que ele é e nús Creio que poucas vezes me deserto, seu saíam do, maior quanto mais s'mples e um dos grandes escritores ria foi dado ver um homem prode para macerados jejuns, fac:l ela parecer. Qu? o esT língua francesa, um dos erreis a clamar a sua qualidade tíe tos ouvido dramaticamente seja forco gritar ao gulhos da literatura do seu cristão, as suas convicções tíe terrivel nvnsagem rie que os o rie Flaubert, como heróico país, e poupá-lo à minha recristão com tão serena digniencarregara o seu Deus. Este mas que a expressão scia naverència embevecida de proriarie. Nunca vi ninguém lnhomem, quase um velho", mutural e viva como a rio sep vinciana às voil a.s com o terpelar os santos, a .sua Igrefilado da outra guerra, quc se romance "Madame Bovary". homem a com graças que, grande ja e até o seu Senhor encerrou, no alto sertão do Escritores como Pascal c R-eaos acasos da guerra e do exihumilde grandeza com que o Brasil, na pobreza e na solltunan dc uma facilidade apaÜo, vê o seu livro sair não faz Mr. Bernanos nas pág nas de. soube dar à sua mensagem rentemente angélica em tudo dos prolos ilustres de N. R. F_, livro. seu deste ameaçadora grandemesma o a oue escreveram, chies, diz "Gras'*ft", "Plon" ou "Cifé Nunca vi a fé se manifestar za, soube encontrar, para o Thibaudet, que eram ma;s des Livres", mas dos naciocom tão lúcida confiança no seu clamor, o mesmo tom preocunados com o estilo do nalíss mos prelos da Revista ós todos Como meio do caos. apaxonado que vai até o ínquc Taine. dos Tribunais, com errata e franceses, nesta hora amartimo do coração dos homens, E tio próprio Stendhal que mais c oí.sas brasileiras. Isso ga, Mr. Bernanos, chorando soube despir os fariseus do seu se me permitiria falar sem cortsgabava rie afiar-.se para o faz um terra, áponde sua a sorte manto de mentiras e seu estilo nas leituras rio Cótraneimento. louvar sem caretrospecto das responsabilitá-los à punição. Não importa digo Cvil, contam o.s seus de criatura botinismo. falar darie.s passadas e analsa as ei? especifique, nue noque — melhores biógrafos que conuma pobre para criatura meie. os fariseus, Petain, Doperspectivas futuras, com seus .sumia às v-zes quinze minumulher brasileira, assustada riscos seus terrores — e tamriot. Weygand; daqui a alguns tos c em lágrimas ante as convulpara achar um adjetivo tam, Pé suas novos bem promessas. anos. ouando soes que agitam o mundo, qu? não fo.se inimigo do seu E num patético anelo aos novos Doriot, novos Lavai, — substantivo. procurando entender as parenegahomens de raça saxôirca venderem, traírem, — Esta aparência de facilidalavras de um critão que tenamericanos Bernae ce ingleses rem as aoóstrofes de, de simplicidade dentro tio ta plantar, no meio dessas aponta-lhes o qu? considera nos se aiustr.rão tão bem a maior o promissor esconvulsões ptorésco de imagens• é* as causas da derrota, previel?s quanto se ajustaram aos do--mai*1* penetrantes enum tandarte da ne-os contra perigos iriêntitraidores da gora. Os trinta est;lo de G'lberto croitodo cos, levanta com mão atrevida dinheiros não mudam nunca, Freyre, para a -maior impreo veu com que se encobre nao sejam de nrata. de ouro ou Daoui a cinqüenta anos. idéia nas palavras, da gnacão í*ó na Franca, mas na Inglarie cobre. São sempre o prequando esta guerra for apenão e no só da i ."eia, das suas terra, nos Estados Unidos, ço do sangue, e a ignomínia nas uma lição a mais nos até tirar a essas pao emoções, mundo todo, — o fariseu, deles é a mesma. Poreue hvcomnéndios. quando a imenlodo lavras o ranço aramat'ininrfgo. tamente, o on*. importa nvls .-a bibliografia qu? ela susclIoda cal sua dureza lexia no libelo de Bernanos é a sua Não pr °tendo discutir as tou estiver dormindo nas praafinal a cológ'ca. e tomvirem aplicação universal, on pntes, teses de M. Bernanos. Se cie teleiras das livrarias, e^ts lia clartiçi'"adn, o movimen'o. a sua preocunaçâo com o unimim. não partilho da sua vro a*nda será vivo. atual e s e chiei de forcr-coras vivas versah As suas lágrimas rio crença, não reconheço como novo. porque é feito da matet*°em. ela^s {.'ma dc que francês não lhe cefram rs ele, os influxos da Graça, não ria preciosa que só está ao '->>-.!" ' ue ns r>°r:"Os não olhos nois milagre, um e.«pero slranee rios artífices nrivileOLIVIO MONTENEGRO. (Continua na pág* ÜS) emcreio em milagres. Mas duviconfraditario E, giados. 1A1 EM TORNO DE UM SOCIÓLOGO BRASILEIRA Aá, muitos escritores de um p-ciipàmsntò profundo ás ve-, íc-s mesmo de uma excelente, pões a no que escrevem, ou dotados, torno outras vezes acontece, ds u'a -maneira fâcil e brilhante de rií/er, mas a quem talvez não fosse posíivel atribuir um est lo, ; tribuir uma Jorma p.ssoal, única e imr.ancíerWel.tíe exoressáo -*- o poder entim de fazer tía'Vv.a palavra a matéria i>.'asfcica . e dá sua,própr. ";;W' a sc-.hsib.i- ih^ê^;,,;" i "v [ .15 ) diga-se Freyre, Gilberto sem exagero, esse poder é dós de taeapi p toque mai$.se 'obra.de.íociologia no oa a,.sua Brasil. Idéias, fatos, honv.ns* tudo o que essa obra reflete da* nossa vida social conserva quase'"dêsempre a mé/íuà. uhiexpressão e a mesma. riáde Identidade tíe. espírito- rias. coisas-ligadas entre si ¦ pela influência* ce um mesmo di<'.'" n a m i sm 0 pt 's s o al. Dó ponto de vista $ a ar'tè..'o. único aí ias. que. .áquí, nos .Jrtt. ter essa,, o maior^ escritor não» é-de certo, o- que se exprime com mais sutileza'de* idéia, c antes o que se exprime com' mais ,personalidade;, .não ê o, q,ue imensa.por amor à abstraçao.. ma*- o que , pensa por amor à viria. O que nos 1 ..-va a compreender perfeitamente á frase de Goethe, qué "para pensar não serve de nada'o mú to pensar". Apenas para se ciirgar a essa como divina plenitude de espírito, e fazer do pensamento uma quase que constante da própria natnreza, um brio tio temperamento é necessário a força tíe vivificár em imagens esse tie traduzi-lo em péns-amento. formas a bem dizer sensuais cie vida. E é justamente a capacidade de , apreensão intolectual da.s co sas. mas a de vivê-las como fisicamente, de recreá-las nos seus tipos mais originais e plásticos de expressão o que conduz o esc ritor a um estilo. E' preciso, quero pensar, a maior di poni.bilidade de espírito no escrtor, para ver e. pen. ar de uma maneira autenticamente pessoal, e criar daí uma linguagem correspondente, que se possam enriquecer cl? novas e imprevistas significações vocábulos de uso comum. Os exemplos de Joicc. MalCarlyle, Che.sterton, larmé, os estão somente citar para critores universais qué nos seus livros se exprmiram com mais arte são b:m significat-ivos. Alguns deles como Joice e Mallarmé, pela ânsia de traduzirem na forma pcnsivel do verbo o que há de mais inquieto e transitório no sent imen to, e o que há de mais da na fugtivo percepção idéia, chegam por v?ze.s a parecer impenetráveis, mas impenr traveis apenas pelo mundo df-rente, particularíssimo, de rensaeõ.s novas que procuram exprimir. Neles a vontade de exnressão, da melhor uma expressão, "ade é mais do que lógica, é uma neneessi cessrdade vita1. e o estilo nesfes car05 acabando por isso mesmo m:nos um problema rnnph.smente de forma do que d--* rersonalidade. Há ou- fazer uma diferença en-re estio e boa forma, a boa forma como sendo cie preif rência e ev.u-.-.-orio, a orriem, o -"y-n tam ente proporcional e previsto da linguagem como nos clássicos,'e que aspirasse r nm t;po mais geométrico do que romântico de harmonia. ^'1 í / ' • '!>0 ESTRANGEIRO \ PAGINA 28 21/5/1942 DIRETRIZES OVOS (Continuação da pág. 19) fícios. Se o dinheiro não tivesse sido gasto em pinturas e e*>culturas, teria sido consumido da mesma forma em enfeites de mármore, pedestais de pedra, Instalações luxuosas ou outros embelezamentos arquitetônicos. Com poucas exceções, esses com. atos resultaram de concursos anônimos. Este regime de escolha por meio de concorrências abertas, aliado à descentralização inherente ao próprio fato de que o programa de construções está quase todo localizado em pequenas cidades, — é do meu ponto de vista a maicr contribuição e a mais salutar influência da repartição. O efeito «este sistema é estar continuamente descobrindo novos talentos e artistas moços que não tinham a oportunidade de demonstío não menos importante deste trar o seu valor. Outro resultamétodo de escolha é a garantia, tanto para o contribuinte •para o artistas, de que a como prefe-rencia não é dirigida empepor nhos, nepotismo burocrático ou preconceitos artísticos, que até agora viciaram as tentativas oficiais de estimular as belas artes A origem e portanto a ¦lmoiração dapolítica outra prand" agén_ federal relativa à arte, chamada H Bua Ofi IC gm-"i M "o projeto federal de arte", são muito diferntes dos que presidem à Repartição de Belas Artes. Trata-se neste caso de um aparelho de asss ência e portanto as suas funções — pelas quais e responsável perante o Congresso e o contribuinte — nâo são descobrir possíveis michelângelos, mas fornecer trabalho útil aos artistas necessitados. A sua ênfase e o seu critério de sucesso, portanto, não são tanto um alto padrão de arte como o valor do trabalho para a comunidade. O seu principio diretor é que, quando se cria uma base cultural, a arte surgirá logo depois. Não foi Míchelângelo quem criou o século quinze; foi o seculo quinze que criou Miehelãngelo. As realizações do projeto federal de arte são ainda mais dramáticas do que as da Repartição de Belas Artes. No ponto culminante de suas atividades, o projeto empregou cinco mil s trezentos artistas. Completou mais de mil e quatrocentos murais, incluindo afrescos, mosaicos e foto-murais, em edifícios distribuídos por todo o país; mais de cinqüenta mil quadros a óleo feitos por ordem do projeto teem sido emprestados, com caráter permanente, a escolas, bibliotecas, hospitais, centros cl- O LIVRO ESTRANGEIRO (Continuação da pág. 27) camaçam a pátria dos outros. E ele chega a aceitar de coração resignado a vtvonha e os sofrimentos da derrota quando se convence que tal vergonha e tais sofrimentos são um caminho para a redencão. E' curioso, ao mesmo tempo, que um homem como Georges Bernanos, que dispõe cum tel poder de ironia mordente, de sarcasmo de impiedos?, zombaria contra aqueles que nos aponta como o Inimigo, (e o são) possa atingir a humilde, a singela ternura qu:* brota limpidamente de algumas das suas páginas, a compreensão, o amor, com que se refere ao ho-meni rüsti~o, ao cristão rude e pecador. aquele que é soldado durar te a guerra e camponês e ooer?.rio nos t?mpos de paz, qu? não entende de distmções entre o bem e o mal, mas tem no reu coracSo ingênuo o lnilu^ivel desejo c'o Bem, e por el^ ?e deixa mat^r "...s?estimant t r o p génereusement pa.yé par un coup de clairon sn- sa tombe, ou une Croix de vingt hfrancs". *V . . .Faurais grande honte d'être confon^u avec n'importe leguei de ces écrivains vaçabonds qui débitent dans charme capitale, une main posf-éü su le coeur, les mentes flat/eries imbéciles." E' o que Bernanos diz nas primeiras línhas do seu prefácio aos brasilelros. Suponho que até hoje nenhum estrangeiro falou ao Bras'1 esra linguagem de entendlmento e afeião. Nada dns belezas da Guanabara, do siderurgia; nem a vastidão nem dos futuros progressos por explorar ,nem o petróleo, da Amazônia, n°m as minas nem o cacau, nem o café. Bernonos ama e saúda a nossa mccRsta vida do interior, os :rarc'io,s de bnrr orom a sua bananeira ro quintal os pecaminhos tovtuosos quenos os que sobem p°nosament? morros, ele nos ama a nós, tais cnmn ?om°s, mm os nossos prandes defeitos, com o nospo pobre hero;smo dr obscuros. — e não como promet°mos ser, nem emo ^*arente.rn.os ser, no rxplendor isolado das erondns ^i^a^es. e muito menos como di^°m que somos os nmn*"risos ¦"'itxambos do tourrta ertrangeíro "uer agradar. que Nós, do nordeste, que n?o nos contemplados sentimos nf»s estatísticas de gran-lezas. tiramos v>eni<i)ma que n?.o dos arranha-céus de São Pau- glória no número de andares lo ,nos zebús de 50 contos do Triângulo Min:Iro, nos milhões de quiloótss que pode produzir a Central Elétrica do lguassú, — nós que nascemos numa terra pobre ond:> até a paisagem é pobre, pois cispõe apenas da caat nga rala e cinzenta, de areia e mar, — na praia não t m portes, na caatinga tem só uns boizinhos vira-latas süpoitam que o trato de mandacaru e joa-ieiro — nós do nordeste que nunca fomos ricos e sempre gostamos de ser livres, —nós é que estamos capacitados para entender aquilo que i?ernano.s nos diz nj seu livro a respeito de humildade e paciência, sobre o crime de violar brutalmente a terra oue amamos, e lhe arernear a riqueza e o sangue a poder de máquinas e de escravos. Nunca procurei celebridades Itlnerantes para lhes pedir um autógrafo para lhes apertar a mão numa lápida cortezia de entrevista coletiva e voltar para casa cem essa sensaão tão cara ao homem moderno: a de ter visto e tocado a "curiosidade ilustre". E' que, por um l^do, eu respeito e amo demais o meu se•melbante pari, o colocar nessa situação de animal raro; e nor outro lado, uma certa altivez de noscença me prolbe de procurar contacto com alguém que não ouer me conheeer. que não pode ter nenhum Interesse por mim, ele do alto da sea glória, eu, obscura pnhre d° Criste nerelida nestas longínquas latitudes. Não viso. pois, com minhas palavras de gratidão deter um momento em -mteba Instenificante pessoa o olhar condescendente do grande homem. Mas, felizmente M. G-o^ge Bernanos, de Paris, criou uma a qirm personagem podemos fraternalmente estender a mão, e agradecer-lhe as palavras, e lhe dizer quanto de estímulo, de amoravel consolo elas nos representam. Essa personagem é um crlstão de Barbacena, — é o cidadão de Cruz das Almas, èm Minas — f> cn™ nie nós não nos senfmos nem Intimidados, ne meabotinos nem atrevidos, fadando de igual para Igual. Dizer-lhe que é isso me.cmo, que Deus lhe nague, que ele, só ele, no meio dos m-lhar^s de outros nue só enxere^m o nosso ferro e as nossas cachoeiras, ele foi o único a pensar nas riquezas escondidas dentro do nosto modesto e paciente coração. RACHEL DE QUEIROZ. Tl©s Cad vicos e outras instituições públicas. Algumas das suas noventa mil gravuras conquistaram notabilidade em exposições nacionais e internacionais. Entre as três mil e setecentas esculturas de.-;sa origem enc-ontram-.se pequenas figuras cerâmicas para as escolas públicas de grandes grupos para os parques, e monumentos para lugares históricas. Mais de noventa e cinco mil reproduções dos trinta mil cartazes executados foram empregados em campanhas em benefício da Saude Pública, de cuidados às crianças, de segurança do tráfego. Foram feitas experiências técnicas em mosaicos murais e pinturas a esmalte, no trabalho de laboratórios de ensaios de tintas que trouxeram melhoramentos consideraveis à produção fabril de cores. Os artistas do projeto p^oduziram ainda um total de mais de novecentos e setenta e cinco dioramas e modelos, quarenta e três desenhos de mapas, seiscentas e setenta e cinco mil fotografias documentárias. Talvez a realização mais notável e característica do projeto — porque tem profunda significação social e porque não poderia ser executada por. nenhum aoutra organização na América e ainda porque é em si mesma uma obra de rara beleza e de duradouro valor — é o Index of American Desígn. Quando completa, esta coleção consistirá de gravuras em cor ou em preto e branco, de arfe aplicada americana cobrindo um período de duzentos e cinquenta anos. A publicação definitiva desta obra está em vias de execução e já se acham completas dezeite mil chapas de trinta e cinco Estados. Desde dezembro de mil novecentos e trinta e cinco, mais de setenta e dois núcleos regionais de arte foram fundados naqueles distritos do país onde o povo tinha poucas opo: tun idades de apreciar a arte. Aulas de ra, de modelagem e de arte pintuaplicada são dadas nesses núcleos. E nas grandes cidades, tais como Nova York, Chicago e Sâo Francisco, oitenta mil crianças e adultos das classes pobres teem recebido instrução arfstica. Mais de quinhentas exposições diferentes de arte teem sido conduzidas através do país em três mil exibições realizadas em museus, grandes estabelecimentos, escolas, bibliotecas e centros de arte. O projeto de arte raras vezes exerce censura sobre os seus artistas. Na verdade não tem lacilidades burocráticas para fazêlo. Em conseqüência às vezes obtém péssimas pinturas e algumas vezes também os melhores trabalhos de que um artista é capaz. Mas pela primeira vez na história de milhares de artistas estão trabalhando para o governo quase sem sofrer censura. Creio que nisto está o estímulo mai vivificante hoje para a nossa arte. E creio que este fato estabelecerá um registo do máximo valor para os psicólogos e críticos de arte das futuras gerações. Demorei-me talvez excessivamente sobre estas estatísticas se_ cas, em parte para indicar o aspecto democrático, humano e sociai do projeto de arte, e em parte porque acredito que os programas federais artísticos teem sido talvez a mais importante influência que se exerceu, nesta última geração, sobre a arte nos Estados Unidos. No começo referí-me à ocupação social dos nossos prejovens artistas e ao afastamento da escola de Paris. Os senhores já começaram a compreender o que quero dizer. Mas vou apresentar mais alguns exemplos cspecíficos. Este senso social manifestouse por várias formas. Uma delas foi a organização, a sindicalização, os esforços cooperativos dos artistas para a proteção econômica mútua. Desde a Idade Média nada se verificaria nessa escala no campo da arte. Mas a socialização não foi imposta pela autoridade. A sindicalizarão foi espontânea e nasceu vindo de baixo. A união dos artistas foi organizada sobre a base dos sindicatos profissionais para a proteção daqueles artistas que se achavam na lista de assistência do governo e contava com cinco mil membros. O Congresso dos Artistas, de aspecto cultural e também político, visto que um dos seus princípios fundamentais era o combate ao nazismo e ao fascismo e a defesa da liberdade de expressão e da democracia, contou com oitocentos membros'1. Estas organizações de artistas n5o se preocupavam «penas com ssi estejam certos s inimigos a ca de recer (Continuação da pág. 3) triótismo Defesa para ofedo entu- nem sincerida- existência à siasmo, Nacional" Pátria a tributo o energia e a se notificar rente ou pessoa, ruinosa fluência e advertir de civisos inimi» corqualquer consciente da in- gos da Pátria que a qualquer tempo e em qualquer lugar a mocida- do de a filiar núcleo deste mo e de luta, de dos moços. Sem improvisa que não se impõe; visa unicamente aos moços do Brasil da se nazi-fascismo vigilante está e unida, para para o progresso e bem-estar das nações, abstraindo individuos, des- enfrentá-los povoando o cérebro dos devaneios exclusivistas e o mundo dos super "Liga" homens de fancaria, a só e obedece porque na mocidade é que resida a força vital das nações, e para os jovens porque só eles poderão reconstruir o mundo de amanhã* que ser: lhe aos dois impulsos estruturam a vitais razão de o amor da Pátria e o respeito da Humanidade. Por isso, a "Liga Acadêmica de Defesa Nacional", vendo as ameaças que pesam sobre sc combater uma e outra, propõeatividades anti- as brasileiras e defender os ideais democráticos. Nessa tarefa empenharó todas as suas energias, o seu entusiasmo, suas vidas. "A Liga e se preciso, as é os uma tados guerra de moços afirmou o ilus- moços, para secretário tre derrotá-los de guerra dos EsGuerra dos jovens Unidos. sem os ódios e as injustiças de ho- !•• Os inimigos Brasil do esteja ws certos: nós tombem sabemos que esta é uma guerra dos moços e pa— ra os moços. A DIRETORIA: Rui Acadêmica de Defesa Naciontal" não tem sede; tem apenos um ponto de partida nrus Arcadas, mas estende a sua vibração patriótica da terra Esta e a todos oc quadrantes brasileira. Wilson Rahal Edgard Barreira Petronio Rubeirs Matos Fernal Lessa Vergueira Roberto Apresentando-se por meio deste manifesto, a "Liga" vem declarar que não visa arregimentar prosélitos, por isso que estão jogo os destinos da nação, e de Azevedo Marque? Rodrigo Borjas Filho Costa Ferreira " Dias Novais Péricles Eugênio da Silva Ramos Rui Amaral Israel em João Nery Guimarães pa- Enio Novais França. os seus problemas econômicos tais como inqu:linato, salários mais altos, heras de trabalho, melhoria de contratos, censura, desocupação, discriminação raciai. Estas^jão manifestações sadias do smdicalismo profissional A atividade política dos pintores contudo constituiu um fenômeno mais interessante. Tinham redlgido uma lei federal de arte obtendo o apoio de todas as organizações liberais e da maioria dos liberais dos Estados Unidos; cabalaram em Washington; depuseram perante comissões obtiveram uma imprensa favorável; impuseram ao Congresso a percepção dum Departamento de Belas Artes. A primeira exposição de gravuras organizada pelo Congresso dos Artistas constitue um interessante exemplo da tendência social. A exposição fvi realizada em mil noveentos e trinta e seis, simultaneamente em trinta cidades dos Estados Unidos. A ela podiam concorrer todos os artistas americanos. Os participantes podiam trabalhar em qualquer processo e escolher qualquer assunto desde que este se enquadrasse no programa "A América de Hoje". Fui convidado a fazer um estudo desta exposição em conjunto com uma excelente exibição de arte francesa contemporânea em que figuravam todos os nmes familiares: Picasso, Matisse, Dufy, Segonzac, Pascin, Chagai. Das cem figuras contemporâneas americanas, setenta e quatro versavam sobre cenas americanas ou sobre críticas sociais da vida nos Estados greves ou a furadores de greve; seis ilustravam flagelos naturais — tempestade de pó, erosão, secas e enchentes. Não havia nus, nem retratos; apenas duas naturezas mortas. Não se pode dizer que uma só entre as cem obras refletisse e coparticipasse da nossa cultura capitalista-democrática no mesmo sentido em que Vclasquez, Goya e Ticiano parecem sentir-se à vontade na vida dos seus paisns; John Singer Sargent no ambiente das classes superiores da Inglaterra; Manet e Renoir na burguesia do século dezenove. Em contraste com a atitude de crítica social do grupo americano, não se encontrava um exempio entre os contemporKneos dé Paris de preocupação cm a vida, e muito menos, com os problemas sociais. Os artistas de Paris estavam apenas interessados &m arte: arte por amor à arte. No verão de mil novecentos e trinta e seis os pintores dos Estados Unidos receberam um convite para realizar uma exposição em conjunto com os jogos olimp:oos em Beilim. Coube-me o encargo de elaborar uma rcsolução a ser apresentada ao Congresso de Artistas afim de resolver sobre a atitude a ser tomada em relação a este convite. D» minha proposta constam os seguintes "Todastópicos: as nações abrigam as sementes do liberalismo, bem como os germes do extremismo, da tirania e do ódio. A Itália tevo o seu renascimento. Hoje em dia estão nela as sementes da ciência e do esclarecimento. A Alemanha nos deu a lilosofia e a música germânicas. Hoje eia contem as sementes do progresso liberal. A América do Norte teve os seus William Penns, seus Franklins, seus Paines, seus Jeríersons e o juiz Holmes. A hts*»-; tória regista que houve enforca-'' mentos de bruxas; os Klu Klr Clans, os vigilantes e os lincha,mentos chegam até os nossos dias. Amanhã poderão subjugar-. nos. "Fomos convidados, na qualidade de artistas individuais, para tomar parte numa exposição organizada por um governo favorece a destruição de todaquee liberdade nas artes. qualquer Este convite, pois, representa um desafio direto ao código de ética profissional dos artistas americanos. "O nosso protesto não se dirige contra uma forma de governo que nós americanos repelimos; não é contra alemães ou italianos como simples entes humanos. Artistas americanos realistas que somos protestam.es contra a colaboração com um governo que favorece a discríminação racial, a censura da palavra e da expressão, e glorifica a guerra, o ódio que e o sadismo". Esta resolução foi adotada unanimemente Congresso pelo dos Artistas e posteriormente pela União das Artistas e por praocamente todas as demais organizações de pintores nos Estados Unidos. Essas eram", pois, até o momento que precedeu a nossa entrada na guerra, as "principais tendências recentes da arte nos Estados Unidos. Está distanciada de cem anos das preocupações dos nossos pintores da década p--\ssada. E* concebida mais e mais como tend um valr industriais educativo e social, e não apenas — como foi nos últimos trezentos anos, como um artigo de luxo com preço variável no mercado aberto. Os nossos vinte e cinco mil artistas profissionais cada vez mais insistem em que nhem a sua vida — como os gaaemais prof-ssionais — peia prestaçao dum serviço, pela produÇao dum valor, e compreendem cada vez melhor que este serviço deve ser integrado na vida mdustrial, política e social da naçao. CFarte desta conferência já apareceu em inglês no "The American Scleolar, N. Y.. uo verão de 1940) ¦"fe*.1. -j_(___W^ PAGINA 29 DIRETRIZES >l/5/1942 "front; LIT É R A R Um repórter francês sio i i Spihoza, de E. Renan; Marco Aurélio, cie Paul de Saint Victor; Leão Xffl, de Maraldi Anatole de e Gutemberg, France. 5Q «Rf»pcl BMMWBammK>*>M»M»»,M!» amMixnesTvmsiBaa^-ni-aMazrns'* desembarcava no de dos livros. O sr. Antônio NO dia 21 de dezembro de 1889, dos Ché; ¦ iak, professor J. Viera como enviaRio o repórter francês Max Lclerc. mais acatados entra nós, de :;' fefefefe£ "Journal des Debate" para contar aos há muito vem se dedicando do especial do a respeito do Braao estudo da obra do grande seus leitores tudo o quc ia ver e ouvir traba; escritor brasileiro. Sobre CarA correspondência de Leclerc HISTÓDEPOIMENTOS Republicano. sil Chediak já o Laet sr. los de três meses; creio eu RICOS lho que durou pouco mais de dois ou nos deu os seguintes trabae ano_ vem dc- ser agora reunida em volume, traduzida lhos: "Mobilidade do 1 éx'co "Cartas do Zelio Valverde O editor Milliet. sob o titulo e a prid.-* Carlos cle Laet""Carlos tada pelo senhor Sérgio coleção sua com a continua "Coleção de ¦roe:ra série órBrasiliana"). "Depoimentos Históricos,, que ^ (VOl. 215 da Brasil" e varia. Ha Laet, o polemista", e anunde O livrinho é cheio de matéria pitoresca começou com a publicação ca e segunda e a terceira ré"MemúRio, comentários gran: e interesse, as nele flagrantes deliciosos da vida do rie do "Carlos de Laet, podos Francisnas do Conselheiro lemista" alem de dois outros sobre São Paulo, caricaturas impiedosas vivos muito Chalao "Carlos da Silva, co Gomes de Laet, o O flagrante que Letrabalhos: chamados ."republicanos históricos". anota"A e com prefácio e ça". linguagem jornalista" e por exempio, mostra-nos elere nos dá da rua do Ouvidor, "F/ ções do sr. Noronha Santos. Laet". o ¦••••filo d.e Cario-' de"Carlos preciso muita indulde desde logo a íorça do repórter. Na l.a série do MAIS UM LIVRO DE somente o titulo de rua; a Laet. o polemista", o profesgencia para conceder-lhe tao dos HUXLEY sor Antônio J. Ched-ak recorde Paris a classificaria na categoria limpeza púolica da as polêmicas rio mestre apenas oito mebecos Sem calçadas ou passeios, com f>in-j ,Tni:o Verin. Camilo CasMais um livro de Alãous apresenta oe ambos os lados lojas recém largura, Castro cie Lopos, tros Branco, telo a MEIRELES, CECÍLIA Huxley, sèm dúvida uma das empanturrados dc "Viagem", foi V.alenlrm Magalhães, Jn«?tipintadas de cores vivas, mostruários expressões da mais poetisa de gloriosas de joalheiri«r»o de Mfelo, Artur Aaevemais brimercadorias, «camalote»' barata ou vitrinas dos oradores "Semana moderna cultura inglesa, acaRui Andrade, do. dc Lame"ra de pedras prede Ilísrites na ba de ser edHaão no Brasil. ros naturalmente muito bem guarnecidas Ribeiro. João "Visionários e Barbosa no frito é tendo Precursores'9 s Aatero'.'', ciosas, alem das casas ricas de algumas personalidades doo titulo desta obra, editada Liceu Literário Portaguês colônia francesa, cabeleiras, modistas, da EU FINANCIEI HITLER francesas e Rio, do Vecchi, Casa unia conferência sobve o pela sedes de todos "retrato ideal" do poeta. nos de restaurantes. Ai so encontram as traduzida pur Eloy Pontes e Veríssimo -traduziu Érico e reCláudio de Araujo Lívia, e com o jornais do Rio. Por essa garganta estreita passa Livrara c*o Globo o o (durante uma cena a cores assinado, per multidão agitada e descuidada uma célebre livro de Frite ThysCASA DO ESTUDANTE DO "Visionários passa e PreMartelli. la pelas sen, "Eu Financiei Hitler". O BRASIL dia inteiro a circulação de carros c proibida»; remais das uma cursores" é mais compacta e romanesta gaúcho que é talcentes obras dc Huxley e se duas horas a onda de gente se faz vez o mais lido dos escritores No próximo dia IG de jucaracteriza pelo seu profundo certos grupos de desocupados obstruem a passagem... brasileiro0*, escreveu à guisa nho. a Casa do Estudante do HuxNela conteúdo interessante, um espiritual. E o jornalista, vai por aí afora, sempre de prefácio do volume quinze Brasil iniciará os seus cursos cabal tão ley revista uma faz 'convincente Imhas qne merecem ser dide inverno de 191-2, sendo o tanto exagerado talvez. dc alguquanto Antropoventos, sobre "não raro de uma violência vulgadas aos quatro "O primeiro deles mas das teorias e doutrinas Falando da imprensa, fatal a sua imoortância: logia, a cargo do professor mais representativas dó peninteressantes. — sem igual", Max Leclerc diz coisas muito"ponto to de. eu traduzir este livro Artur Ramos que, como se sasamento humano. "Camigrangrerijo o adverte o escritor d** b:, é dos nossos mestres mais principalmente quando ataca de ine— O colunas assuntos. não ouer nesses famosas ESTACSO COIMBRA nhos Cruzados" notáveis nado" dos jornais da época - as "CrianFrltz autor eu tenha ilustre d'zer por "a pedidos". Profissional cem por cento. que curso <"o ditoriais dos Ur grupo de amigos desse Thvssen uma admiração es"Jornal úe^ Débats" não vacila em ça Problema" e outros trabaantigo político pernambucano o correspondente do lhos de grande mérito está pecial, nem oue esteja de lez publicar, num elegante apontar os defeitos da falta cle orientação do.s diretores acorro com todas as suas assim programado: 1 — As folheto, artigos c depoimenidéias. Significa, apenas, que novas diretrizes da Antropocios jornais brasileiros, citando apenas um, com simpa— interesos formam um tos 2 "excelente jornalista, qne julga que que semanas; contribuir para duas desejei em logia, "in memprian", em torUa, Ferreira de Araujo, — O sante 3 brasileiros pudessem semanas; 3 leitores Ò índio, ao homens e coisas com condescendente ironia". Quanto "é no da figura do ilustre esta]r>r em seu idioma as eorifisNegro, 3 semanas; 4 — O Eu"Jornal do Comércio", informa Leclerc com desprezo, d-sta da primeira República. so°s desse jndustrialistà aleropeu e outros grupos étnicos — "Times" sem virilidade." dramática mão rt^^ eom tão no Erasil, 2 semanas; 5 uma espécie de oeos mostra no DO CÁTI nos LOUCO O veemência a atenA.-sim-lação e aculturação Fez bem o senhor Sérgio Milliet de chamar -'Cartas ri gos, as misérias, ás crueldaBrasil, 2 semanas. do autor das Dionelio Machado, autor de çáo do leitor para os exageros do õc, e as mentiras do naz:sraà Casa do Estudante prós"Os Ratos", romance que obBrasil'. Max Dsclerc, penso eu, embora sem a intenção mo. Não seria mau também segue, assim, e de forma loudo tiv:ra urn do.s prêmios •vavei, as suas finalidades culaproveitar mais esta oportude justificar este meu colega da França, escreveu notas de Assis, o Machado Concurso declarar edique nidade para fiivrr--is**,. O departamento apressadas de reportagem. Não teve em vista nenhuma da Companhia Editora Nanovo mundo de paz e justiça torial da C. E. B. anuncia, pacultural. cional. vem cle publicar mais preocupação de ordem sociológica ou mesmo o lançamento social oue desejo, não só esrn muilo breve, "Gordos "O Louco co Catí". um livro: A impressão quo se tem. é que ele não entendia da coisa & Mat?rá feche do aos Hi tiers, Goedé livros como curiosa da tamTrata-se personalirines e Himmlers. como "fronteiriço", e se tinha de falar dos problemas de emigração, para gros". ensaios ds crítica e Reum lidade de cima pro"bolas erradas", era por dever de oferecerá não co Lins b-m D.ral ura cie José citar uma das suas dos costumam elassifcação que "Lmguagem e estio de florescimento an píeio go; ofíicio, ou melhor para enviar aos seus leitores francedar os psiquiatras àqueles inThyssens". Machado de A*=sis". estudo Vdivíduos que se encontram ses uma informação, qualquer que fosse, a respeito. Isso Euarque cle lógeo de Aurélio roO loucura. da limites nos "Problemas VIDAS LUMINOSAS Brasicertamente, não é lá muito honesto mas demonstra bem Holanda: Machado, Dionelio dc mance leiros de Antropologia", encm mal o inquieto bisbilhoteiro que era esse tal de Max p,f. Edições Cultura, de reaparece após qua.j;e sete quo Gilberto de fazen*:"o saio de*"sociologia Leclerc. São Panlo. que está anos de silêncio literário, traz livro da Freyre, e o famoso " obra cle divulgação poo uma Koetz, de Interessante capa O engraçado é que o repórter francês meteu o beIntitulado Frank, clássica, ja W al do leitura da desenhista gaúcho. pular "América Kspâniea". delho em tudo. Criticou o relatório rio ministro da Fazenda sua publicou quatro tomos biogra"longo trabalho não isento de mérida (Rui Barbosa), dc cinqüenta coleção DO í SOCiÁSS ESTUDOS .-raeaeaiBXwmtaniaBtzsstzsrsaxBauxjjiuic .célebres, a to literário, mais obra de jornalista que de estadista". fias'de homens "Vidas BRASIL LuIi Meteu o pau na missão do ministro da.s Relações Extecmal denominou puminosas". As biografias etc. Para vai O editor José Olimp'0 ue riores (Quintino Bocaiúva! na Argentina. Etc, "presiden"Estudos blicadas até agora, sao as Sociais" publicar os ele o governo provisório do marechal Deodoro, "de um governo de fato de Silvio Romero numa edite feito a força", não passava çáo organizada pelo filho ao brasileiro, irresponsável". escritor grande Romero. Max Leclerc, como vêem, era um jornalista que não professor Nelson tinha papas na língua. Os erros da sua correspondência AMANDO FONTES são culpas do "metier", da obrigação do apanhar a mala quanto antes ás mãos do seO sr. Armando Fontes está postal para o serviço chegar 'Antes assim. O jornalista foi sinescrevendo u:n romance, cujo cretario da redação. esO título ainda se ignora. cero. Os seus olhos e o.s seus ouvidos so distinguiram critor rie "Os Corumbas" c "Rua rio Siriri" sempre para o pior cios nossas coisas. E, por isso mosmo. reuniu da o seu comentário nos fere de maneira sensível. O hotambém uma coletânea de contos possivelmente, que, mem carregou nas tintas mas o depoimento que deixou aparecerá ainda este ano. é dos mais interessantes, sendo mesmo leitura impres[• i^j^^M_\_^^Lmm^*mSi 7 clndivel para quem quizer estudar a história dos primeiPOEMAS FNGLESES DE ros tempos da. República de 89, em nosso país. nmi'<iv~i<is GUERRA ¦ i Em todas jj CARLOS DE LAET, O POLEMISTA Carlos de Laet, que Jackson "casdc Figueiredo chamava foi cavei de pátio de igreja", interessandas figuras mais tes entre os nossos letrados da Primeira República. Sua obra de polêmica dá para encher vário?:, volumes, e è coisa fiué reclara sair das colunas dos jorna:s para a eternida- f. O sr. Abgar Renault, cultor 4da língua inglesa e um rios 'nossos bons poetas, traduziu o português alguns poepara mas britânicos, publicando um livrinho da mais viva atua"Allidade, a oue chamou: guns poemas ingleses de guerra." MARELfA E DfiRCEU A Editora Martins, de São a. n. ct^---'»»»*»-----»*»^ lançou o poema de Paulo Arinos cie Melo FranAfonso "Marilia e Dir ceu", eserpco, to em versos alexandrinos. O volume ê todo ilustrado por Luiz Jardim, trazendo na caErpa um desenho do pintor rico Bianco DOíS LIVROS DE SUCESSO Os jornais norte-america- nos acabam rio not-ciar o aparecimento cie dois livros de grande sucesso: o quarto "Romance de do volume José", de Tomas Mann e o "Dragou Seed", último Hvro de Pearl S. Buck, a conheci"Terra dos da romancista ce Deuses". 11 \ PAíGTNA 30 O IMPUDOR DE MUSSOLINI (Continuação da pág. 21/5/1942 DIRETRIZES 1) Hoje, com seu novo livro, A História como história da Liberdade, que acaba de se {publicar em inglês, o pensamento de Croce está de noYO em ação. Hoje compreendemos, ainda melhor que há anos, que Croce é filho da heróica Itália do Ressurgimento, em que o ardor de o profetas como Mazxini, trabalho de estadistas como Cavour, o valor de soldados como Garibaldi, se reuniram para liberta-r a Itália dos tudescos, dos Bourbons, dos i?eis-sacerdotes . Na selva intelectual criada pela bestialídade fascista, Croce ainda proclama as doutrinas liberais de sua juventude. Al"apaziguadores", fora guns da Itália, trataram de achar razoes para tímidas suas (observações sobre o fascisano posto que — acentuam -— Croce vive na Itália fascisto, mas ainda se lhe pertmite escrever poderosos livros em defesa da liberdade . Tal não se dá . O fascisimo bem sabe que os livros de Croce não são de fácil Heitura, que todos os que os üeem já são inimigos da máe que quino de Mussolini mao envio de um proibir nuscrito de Croce a Londres York ©u a Nova poderia provocar um escândalo internacional, sem nenhuma vannós, tagem prática. Para italianos, já é bastante ver<gonhoso saber que os livros de Croce não se encontram nas bibliotecas e públicas recirculação de sua a que "Crítica" visto está proibida em todos as escolas da Itália, embora contenha apemos estudos filosóficos e lite rários. de Qual é a mensagem Croce em seu novo livro? Segundo Croce, o fio espirituai que dará unidade à ftmtória não deve ser procurado na linha do desenvolvimento econômico ou na regeneração das classes. A •adoração do Estado — dix "não é mais Croce — que de uma baixa afeição, não cidadãos, mas de criados de Üibré e cortezãos, que em vão tratam de adornar esse poder com emblemas sagrodos e morais" . 0 preconceifro racial é um mal que o lhomem moral tem sempre o "combater dever de inces«antemente e continuamente uma humanidade una, que <a divisão em raças, transportada do teórico ao real, perturba e, se pudesse, destruiria". Croce afirma em seu novo livro que o tema fundamental da história é a história da liberdade, una, indivisível e imortal. "A históriogragenuína fia — escreve — não tem nas sua base instituições transitórias, particulares e mas na idéia da liberdade que não seria idéia nem universai se não existisse em iodas as épocas e em todos ©s setores da história, sob forma, mima o outra com maiores ou menores dificuldades, às vezes como legisSado/o e governadora, às ve- zes como oposição e rebelião; do mesmo modo que enquanto há respiração há vida, portas a dentro ou afora, nas portas planícies ou nas montanhas, penosamente ou com saudáveis correntes de ar." Com este conceito do motivo histórico, torna-se evidente que a história conduz uma corrente que às vezes corre com calma pela superfície dos acontecimentos, e às vezes se afunda sob a terra . Mas floresça a liberdade ou a tirania, o que a história estuda está semonde pre presente: pois homens os concequer que bam a idéia de liberdade e se esforcem por consegui-la, há história . E é nesses homens que o historiador deve concentrar sua atenção. Desse modo, a História nunca se ocupa da decadência, mas dos elementos que, em todas as épocas, ainda que em meio da decadência, esião gerando a vida do futuro. Quando Croce escreve que "não há decadência que não tempo a seja ao mesmo formação e a preparação de uma nova vida", dá-nos a chave de um mistério psicológico existente em nós, os negado que sempre temos nós fascismo, com o pactuar que, com prazer, aceitamos todas as suas perseguições. Por que, apesar do exílio, da prisão e da confiscação, jamais nos abandona uma espécie de júbilo pessoal? Porque — diz Croce — "nada tem a ver esta luta com a vulgar busca da felicidade: Tanto assim que o poderíamos definir proforma como uma gresso sempre mais alta e completa de sofrimento humano". O livro de Croce sobre a liberdade não é fácil de se ler. Mas os que o meditem da primeira à última página encontrarão magnífica lição de fé e de esperança. Muitas vezes a história voltará seus olhos para os atenienses quo regressam vitoriosos de Maratona; às vezes para alguns mártires da verdade, morrendo em suas masmorras ou até aos mártires da liberdade e da justiça social como Matteoti — assassinado na Itália pelos fascistas, em junho de 1924 — ou como Dormoy — assassinado pelos reacionários franceses, donos do regime de Vichy, em jufho de 1941 . Mas onde quer que haja espírito de liberdade, aí, e somente aí, há história . Colocados diante dessa concepção da histógrande ria, até os mais brutais conquistadores, de Atila a Hitler, se transformam em sangrentas mas estéreis interrupções do curso da humanidade. Mussolini treme em seu de Roma, Hitler espalácio de raiva em seu puma Berchtesgaden. Benedetto Croce sorri com sorena fé em sua solitária casa de Nápoles, seguro como está do futuro da Itália, do Europa, âo mundo. Sílvio Romero (Continuação da pág. 1:5> fazçj visitas. Frequen tu ua o escritório comercial do seu grande amigo e compadre, Artur Guimarães, autor do livrinho "Sylvio Romero de perAlves, a fil", ou a Livraria conversar e a discutir com. n livreiro, um dos Quatro Evangelistas da sua predileção. Quando visinhos na rua da Estrela, Sylvio Romero visitava constantemente o seu amigo Clovis Beviláqua. Para ele, D. Amélia prendia os cacharros, em número dc dezesseis. E isso o fazia so para o seu compadre, dr. Sylvio. que se aproximava da casa a berrar: Comadre! Recolha os cacharros, comadre. Lã uma vez ou outra, almocava nà Livraria Alves. Antes de passar para Ouvidor, I6tí, o livreiro Francisco Alves tinha a sua casa de livros nos nãmeros 6G-68 da rua Gonçalves Dias. Aí, no primeiro andar, havia um pequeno restaurante Os amigos para empregados. de Francisco Alves eram sempre convidados para o almoço do patrão. Foi num desse$ almoços que Sylvio apresentou João Ribeiro a Francisco Alves: Está um jovem, recémchgeado de Sergipe, c que vai escrever umas boas gramáticas para você editar... A Secretaria (Continuação da pág'. 14) ço pelo valor de rs ttl9.102:100*000. O juros, pagamento de seus prêmios e resgates, continua sendo feito com regularidade. Podese. aliás, aferir o índice da confiança que hoje inspiram os titutos de nossa Divida Pública pela sua grande procura na Bolsa do Rio de Janeiro, onde desfrutam da mais ampla aceitação. A Divida Flutuante sofreu oscitações naturais no correr do exercicio, tendo sido acrescida dos débitos processados e contabilizados em 1941 e diminuída pelas contas liquidadas, no mesmo neriodo. no total de 162.250:042*900. Dentre as operações de crédito realizadas releva iMtar as que $e referem às obras do Parque Industrial de Belo Horizonte, cuja construção foi iniciada, jã havendo o Governo nela despendido a 10.200:594$900, de rs. quantia alem. de ter vinculado a de 22.364.488$700 no Banco do Brasil — onde se acha à disposição de firmas que contrataram o fomecimento de máquinas e outros materiais destinados à instalação da Usina; prosseguiram, tambem, normalmente, as obras de aparelhamento da Estância Balneário de Araxá, nas quais foi invertido, durante o exercicio passado, o total de rs. 8.753:312*300. Quanto à Divida Consolidada Interna, processou-se a sua amortização. de acordo com o plano estabelecido em 1938 e já amplamente divulgado no relatório relativo àquele exercício. Compreende essa Dívida os compromissos do Estado junto aos estabelecimentos bancários. Durante o ano de 1941, foram resgatadas promissórias e pagos outros débitos o diversos Bancos, no montante de rs. 32.493:737*300. Ficou definitivamente reguWizado o débito do Estado junto ao Ba7ik of London & South América Ltda., mediante a assinatura de um acordo pelo qual o Governo se comprometeu a liquidá-lo em prestações mensais — o que vem sendo pontualmente observado. Em 1941 aquele estabeleci mento recebeu do Tesouro do Estado a quantia de E 29.617-14-3 de principal e juros. Devemos salientar a novacão feita com a Caixa Econômica F&deral para normalização dos empréstimos ali contraídos. Em virtude da referida novação, esses empréstimos serão liquidados com o produto dos divklenãos das ações, de propriedade do Estado, no Banco de Crâdito Real de Minas Gerais e no Banco Mineiro da Produção e provavelmente em prazo muito inferior- ao estabelecido no conirai o. A operação em apreço possi- na intimidade Até então, o jovem João Rihavia, beiro jamais pensado em escrever uma gramática... O BONACHÃO SYLVIO ROMERO Não se cansava de proclamar: Sou homem do livro, sou homem dá família. De fato, não era homem de luxos. A sua simplicidade, o seu jeito despretencioso, falando com lodo o mundo, fez com que um companheiro de viagem, num irem de Minas, lhe perguntasse meio desconfiado: Mas o senhor é mesmo, de fato. o Dr. Sylvio Romero? Gostava ora de ler e que não o perturbassem. As crianças podiam chorar a vontade, o que ele não suportava era barulho de gente grande. Uma vez, espantou com a empregada do viiznho, qu se pusera a conversar debaixo da sua janela, alirando-lhe um pote dágua na cabeça. Mas as crtancas até o divertiam. E ele dizia, bonachão: Nunca me livrei de choro dc criança. Sou o mais velho da família. No entanto, o meu. novo é mais filho mn morreu deixou (Quando menino de menos de ano). Ja lhes falei do bom humor de Finanças.. levantamento de bilitou-nos o parte da caução, ali feita, em apólices. as quais estão agora sendo aplicadas no financiamento das obras da construção da estáncia balneária de Araxá. Computadas as consolidações feitas e os pagamen los realizados, a Divida Consolidada Interna decresceu para rs 166.014:393*900, a saber: Saldo de 1940 . . 188.882:978*800 Aumento verificado 9.025:152*400 198.508:131$200 Pagamentos realizados ..... 32.493:737*300 166.014:393*900 Cumpre assinalar, nesta oportunidade, que esses compr&mtssos da Administração exigem grandes sacrifícios, visto não podermos ainda contar cam saldou orçamentários para fazer face uo seu pagamento. Nào fossem esses débitos, a maioria dos quais oneram o Tesouro há mais de dez anos, estaria o Governo etn situação de ampliar, ainda mais, a série de iniciativas já postas em prática para o desenvolvimento gerai do Estado. Entretanto, com muito acerto, resolveu Vossa Excelência liquidar compropreferencialmente missos dessa natureza e assim vem procedendo há mais de quatro anos. Dessa política financeira teem decorrido reais benefícios para o Tesouro do Estado, verificando-se, dia a dia, o fortalecimento do nosso crédito. São estas, Senhor Governador, as principais ocorrências da gestão financeira durante o exercicio de 1941. Pelas rápidas considerações aqui aduzidas, verifica-se que, a partir de 1934, nào sofreram solução de continuidade os es forços da atual administração para normalizar a vida financeira do Estado. Os resultados, como se vé, foram cada vez mais proveitosos, de ano para ano. Esta circunstância permite-nos assegurar a Vossa Excelência que o corrente exercício de 1942, 'muis cono os anteriores, assinalara uma etapa de êxitos decisivos no plano traçado pclo Governo para restauração das finanças do Estado. Apresento, neste ensejo, a Vossa Excelência, os protestos de minha alta estima e subida consideracão. Belo Horizonte, lí de abril de 1942. Francisco Balbino Noronha Almeida. Secretario da* Finanças, 1 de Sylvio Romero. Mas há um caso que bem o define. O irmão de Sylvio, Joviniano Romero, cra médico no subúrbio. O escritor ia visitá-lo, freDe uma feita, quentemente. Sylvio numa dessas visitas, Romero sofreu uma queda de cavalo, caindo num fosso. A impressão que se teve era que havia-se machucado e bastante. Aproxtmou-se-lhe o irmão, perguntando o que acontecera. mostrava a E Syivio, caido, ofendida: parte Fot um tombo dos diabos, Todo esse quarto Joviniano. eslá doendo. Europa, em De volta da 1900, creio eu, Sylvia Romero O contrairá febre palustre. banhos médico receitou-lhe à de mar. Ia praia com o fteximia lho. Nelson Romero, Mas o venadador por sinal. lho Sylvio não sabia nadar e medo do tinha um enorme mar. Quando Nelson largava a praia, o pai se panha a gritari Eu vou me embora. Ea vou me embora. O filho voltava e explicava que não tinha perigo. Sylvio não queria saber de conversa, o médic receitara banhos de mar e ele não havia de sair da areia. ro?«o banho de areia. S* muito mais prático e não ê perigoso. m- i A MORTE DE SYLVIO ROMERO No fim da vida de Sylvio, Nelson Romero lia os jornais O velho para o pai. fazia de movimento saber o questão da Alfândega, as cotações, et< Sabia todas de cór, e por isso mesmo podia fazer cí-v^V' tários como este: Diabo, o ano passaâ • • tava melhor. Ou: O c&m&io, nesse mesvr mês, no ano passado, andai., por X... A doença o derrubara. Agora. era a arterioesclerose. A morte havia de entrar em casa sem avisos. Mas ela teve Sylvio Romero. Ft"pena de que o escritor morreu suavemente, cercado amigos, de cercado da familia, que ele tanto amou. Faltavam poucos dias para o desenlace, quando Alberto de Oliveira veio visitá-lo, para dizer-lhe que Melo Morais queria lambem fazer a sua visita. Grandes amigos doutros tempos, Sylvio e Melo Morais estavam brigados. O recado fez o seu efeito. Sylvio Romero ageita-se na cama, ioma vm pedaço de papel e lapis e'escreve o derradeiro bilhete ao amigo magoado. Um bilhete em que dizia: ¦— Vem, Melinho. Vem. quanto antes. Agora, sim, podia nu v,vfsossegado. Melo Moraes a4o mais se afastou do leito in amigo doente. E assim foi úu>rante dez ou quinze dias, até o fim. Sylvio Romero morreu aos 63 anos, na casa de um de seus filhos, na rua D. Marciana, atual Álvaro Ramos, em Botafogo. NOTA: Estas reminiscên não foram revistas nem por Edgar nem por Nelson Romero, — F. A. B. Íi x$s Tr 5I 'M.i i í mento dos insurretos mos francos e pei cr t explodiu o revide, "só titiva decisão: vos tivermos expelido de l,vV cife para sempre é .me remos as nossas arm .... « to aos castigos que noi de nosso Rei, hão de 'f t. os sofreremos cor Acertada e pruden .- medítíi| não é antecipar a i-> vão dc empreendimentos, justos e felizes que ,:-,.,recam, À impaciência gera tunidade, como a d sm da afoiteza ocasion; vrèriM mediavel e deste v.méí a descrença, atonia . tal da aspiração, is, noesbarrondada, ao cimpossível funesto. Bendigamos, poi » i desinteresse com qu dor Bueno da Ribeir..: om Déç zembro de ?.641, pari de e honra de São F i Brasil regeitou a coroa qne dasse Com lhe ofereciam. ele em aceitá-la, m» século antes cie quai uer vimento emancipado lcnias da Inglaterra ' 'l ;~ ¦•"í** ! panha, ter-se-ia fc plimeira nação ind; * Américas, con ... 1 nas ^ i *..«.» ; 'I se. entretanto, a no integração política. ' "": *l « Z-.iy'-."A:'. JflK-i. ¦'''"''' mou-se, porém, o se da unidade naciona do nosso orgulho, veuusta do enca leamenljfj fulgencia da nossa evolução. Tanto mais digr ~í% y.-.kr WÈ' mais louvável se no o gesto de Amado quanto seguidament mos nas atenuantes ps laríssimas que o en Aver facilitando a empres; da em sonho pelos o» sessenta anos havi. Felipes da Espanha a soberania portugut de tudo, embora já :ívAab'. cida esta na pením-sA. . n exibira disposição e : A ra varrer do norte bi xníloo, ?v ¦ " eventuais senhores, »>i ¦"vi? ciosos intrusos da Ni :/ instalados, anos e lu guidos, nas terras pj canas. O desdém á | redobra de valor a do pacato filho de S de mais beleza recai significação e os resu sua atitude, símbolo civel de fidelidade, soube j não tugal l;.r^gW"4l mas que o Brasil r para enflorá-lo de bí Com o Rei Sem Coroa da-, nossa vida colonial, : ¦ brilhantemente estudado por m.-yyAureliano Leite, podemos, jus¦VV tamente ufanos, recordar os heróis e mártires com exação, sublimados nas pugnas cruentas em que se destacam Estacia de Sá, Nóbrega, Anchieta, Ararigboia, Dom Pedro Leitão, Dom Antônio Barreiros. Dom Marcos Teixeira capitães da fé, sacerdotes da bravura! escandecidos Ombrearam-se, na fidalguia denodada, Jeronymo, Mathias, Pedro e Antonio de Albuquerque. Salvador de Azevedo, André Pereira Thcmudo Luiz Barbai ho, Estevão de Tavora, Vieira Ra-•asco, os irmãos Peres Calhau, A legenda deste clichê está na própria ilustração. Nela os leitores podem ver Henrique Vieira, Fernandes a que ponto chega a mística tio germanismo dos fanáticos que seguem Hitler Vidal Camarão, Felipe Dias, Dias Antônio Negreiros, de BenesGurgel, Cláudio a ante Cardoso, ganância dependência poliiica admi- so apóstolo da fé e da frater- território to do Amaral Coutinho - - tonistrativa da metrópole por- nidade, por igual, mestre cia trangeira. Escreveram-se, então pagi- dos, garamufos ou velhos, cotuguêsa, por seu turno, inci- altivez e do heroísmo, quando rutilantes de heroísmo e mo se lhes soprasse uma só ainas cientemente, governada pela as circunstancias o exigiram. em que, a par da co- ma, impávidos "mostrando que firmeza, monarquia espanhola filipina, ragem, se configura a honra- não poupava a vida quem a nss seis décadas compreendi- OS GUERRILHEIROS dez e a lealdade de entremos- morte não temia." NACIONAIS das entre 1580 a 1640, sofre< tra, em reverberos dc prodimos os efeitos da cupidez amPovo afortunado o nosso, do defensores solo Os bravos gio moral. biciosa e a resultante volúpia adolescente ainda na HistóCerta feita, por exemplo, já ria cios ataques armados de aven- natal, guerrilheiros decididos, já afeito aos rasgos vatureiros, piratas e corsários, entrincheiravam-se por entre restaurado o trono português, ronís —- por singulares, havia trégua provenientes de longínquas e os arvoredos nemorosos das em 1640, e celebrada continua- cios como duvidosos; á força holandeses, os com e da que jequetibás, desencontradas paragens guaporamas de verdadeiros, parecendo socircundavam tabas e herda- ram os pernambucanos a de- brehumanos e inverossímeis! Europa. inquietação tenaz Aos colonizadores reinóis e des, senzalas e feitorias, tra- senvolver Belos exemplos, dignos de intento Do intrusos. esaos "A e capelas proe fortins, na dcaos seus descendentes, piches nas horas dos relembrança o 1640, em interrocurou afastá-los, sombras e de forimensa e tradas, fesa da gleba tal como mosa, rica e inerme, inculta gações povoando os arredores, novo soberano Dom João IV. mutirões patrióticos, da taba, á beira os recopilava depuzessem c despovoada — qualidades enquanto as palmeiras, senti- ordenando-lhes combatente, emérito velho, o obcque mais cobiçada a torna- nelas avançadas, erguendo o as armas. Confiados na relação aos feitos do jovam - - juntaram-se os negros fuste muito acima de outras cliencia ao monarca e preli- em Selvícola que - - aprisiovem abuescravos e os próprios nativos, arvores, sondando as alturas, bando as vantagens do - .soubera lutar e sousivo domínio em que se man- nado vedetas obscuros do brio e cia patrulhavam o infinito... A tuição que os animava tinham, alegraram-se os usur- bera morrer! robustez afirmando a solidadvstribuindo cópia riedade das tres raças, fundi- aplaudiam-na o ondular ver- pado res (Continua na pag. 26) • das nos sentimentos, caldea dejante cio coqueiral, o tatalar da carta regia, no campa- na energia, para castigar (Continuação da pag. Z) idéias forasteiras com as lan- das atacantes, conquisos refeces tejoulas de um pseudo naciorecobertos audaciosos, tadores depois a fixação o revigoramento de nalismo. Hoje, porém veschapéus, emplumados de de Novembro tão nobre objetivo decorre cio dos assaltos de excêntricas de afinco, nasce do esforço, à 1935 e Maio cie 1938, desmas- tidos nas cores abrocompita, esmerando-se o pro- carados os seus verdadeiros custosas em bombazinas, botões, áureos que as chadas comprovadas íessor no acender o entusias- propósitos, e os bordados guarrendas as e depenligações criminosas mo e a compreensão de seus discípulos aos valores da civi- dências a governos estrangei- neciam. No transcurso dos séculos lização cristã; ã crença na di- ros, assim como em face dos XVII, XVIII, Rio de JaXVI, e com as gnidade humana ao respeito perigos do momento de Baía, São Paulo, Maraneiro, certos nos compromissos estabeleci- facanhadas proezas Pernambuco, Espírito nhão, mais dique dos, como norma obrigatória; homens e povos, Rio Grande do Sul, Santo e a defender ao amor ã justiça, ao direito e ficil, é impossível foram regiões outras, entre materialiscio ã liberdade; ao acatamento impertinencia pelas bocas de fodas soberanias igualitárias, mo violento, importado, su- desafiadas escunas e barcadas pequenas e grande na- brepticiamente, de outras go das naus, e ingleses, franceses ças de ções; ao interesse pela cligni- bandas. destaespanhóis, e Na quadra vivente , só ha flamengos íicação e desenvolvimento do Villegaieles entre Brasil, estimulando a sensibi- lugar para uma ideologia no carído-se gnon e Bois-le-Comte, Edward lidade e a volição dos homens Brasil a da honra e seguran- Fenton e Robert Withrington, o enfibrando de amanhã, ensinando-lhes a ça da Pátria, e Lencaster, van Cavendish lutar e a morrer, sorrindo, pe- caracter cia nossa gente, sela RaSpilbergen, Carden e nossas das la Pátria, e a viver, com ela guindo o ritmo Willekens, Jacob vardiére e seno obedecendo e por ela, honrando-a com to- tradições, e Duclerc, Duguaydo o empenho, servindo-a com tido nobilitante da nossa His- Loncq e Pedro Ceballos. Trouin ás avessa prepotencias, todas a« veras na plenitude tória A insólita arremeticla invaoposta á felonia, desafeita ao triunfante do amor. iluminou o destemor de sora e direitos. de bens esbulho O trabalho mental do hisAo tempo em que não des- lusos e africanos, selvícolas e toriádor esmaeceria, com o gaestimulados e irlopar dos anos, qual crepús- Lutávamos, ainda, as regalias brasileiros, valoroculo evanescente dos climas de nação soberana jungidos à manados pelo jesuíta, tropicais, não fora o cuidado ' ' !'i silencioso, anônimo, de seu iw^é^w&w^w^" vulgarizador, não despiciendo, t»! na cátedra. t . Por ventura, os que oficiam '"'' "•¦ ¦-¦".".: ¦.¦,'¦'¦'_; V ¦.-¦¦¦:.,.¦•.¦¦¦.;;¦:. '¦ "' * ¦ ¦''¦'-"¦ V,,-:.. .".- :V;V*'^*>íí*fó^S ¦ nas humildes igrejas dos pe- Ii |I quenôs centros de população, menos valem, espiritualmente, do que alguns, entre luzes harmonias, ricas alfaias e profusão de flores celebrando as ' "'¦*.*'¦'¦ >ly-"-f. ¦¦''¦¦¦' *- ¦' *-' jglórias de Deus, nas opuleni v íí fm ¦ a tas catedrais? ) -f«' ' ' " " *' • •'IÍ1SHI ^'-¦'''¦ ¦¦/:""^-:':'''^'''^ V ROMÂNTICOS E CRÉDULOS Nos palácios e monumentos, sobrelevarão, por acaso, os mármores, os bronzes e os granitos, existentes na beleza de suas paredes, colunas e relevos, às paredes que lhes dão solidez, no esconderijo dos alicerces invisíveis, como se avelóricos fossem? " Heróis e mártires, i.gualmente, considerados não devem ser generais e soldados que nos campos da guerra, com a mesma intrepiclez, afrontam as armas inimigas, imolando, (ui a vida oferecendo, em homenagem à causa que defendem? Já respon destes, com serenidade, as perguntas enumcradas, facultando-me o ingresso honroso nesta agremiação cultural, cincoentenaria quasi, remoçada em lauréis — templo de patriotismo; simbólico monumento espíritual; campo de peleja da verdade, contra o erro; do idealismo, contra o minaz egoísmo; dy fé que subhmisa, contra o cepticismb que abastarda; do nacionalismo que nos retémporá contra toda e qualquer doutrina exótica, da direita ou esnucrda, colorida com as tonalidades pardas, pretas ou vermelhas, com que bilhostres indesejáveis, seus fâmulos e copiadores, em mistificações surpreendentes, procuram deenfranquecer-nos, sunir-nos. para dominar-nos. Tenham eles o braço distendido para a frente e a mão espalmada, num gesto expressivo de cobertura, ou quasi verticalmente alçado, dextra cerrada, ein acintoso atrevimento; vistam-nos as blusas operárias, as túnicas militares as sedosas murças doutorais universitárias ou a vestimenta escura dos pastores da alma, não ha distingui-los na hora presente, se aterrados aos credos políticos de ontem: serão eles os transfugas profissionais, os egressos da ordem, os desertores da virtude, os negativi*-*tas da fé, os traidores da Pátria. Tempo houve em que, talvez, pudéssemos excusar a uns ingênuos, fascinados tantos "chefes salvadores" arpelos tistas nas encenações, pregoeiros mirabolantes de roseas promessas irrealisaveis. Românticos e crédulos, deixaram-se impressionar pela solércia de matreiros sibilas, que os eleiavam na propaganda espetacular, manhosamente recobrindo os farrapos das è Sl DIRETRIZES 21-5-1943 das asas dos tuins e caranchos, o salmodiar oceânico das vagas, o orquestrar das cachoeiras, tudo combinado aos das inúbias, labrusos sons e mamimbis uais, borés, racás. Azagaias, durindanos, adagas e espadas, bacamartes, mosquetes e trabucos litigavam nervosamente, produziudo, flamívonos clarões no espaço, fenclido pelas entesadas uamirís, rasgado pelas zarabatanas certeiras, a que se mesclavam hervadas flechas, lanças e tamaranas. Guanabara soberba, os A primitivos e obscuros desvãos de S. Vicente, Itaparica, Santos, Salvador, Olinda, Recife, Bom Jesus e Porto Calvo; as ameias de Cabedelo, Rio Formoso, Reis Magos e Cinco Pontas; os flanços das Tabocas e Guararapes; a extensão da Campina da Taborda, assim como a costa brasílea, em geral, são marcos seculares dos gloriosos embates dos nossos avoengos, na luta pela posse ou reconquista do nosso *• È <'' *! ü lt . • .ip| . os Assim como duneses 1; j| \' | -| caircgm.náparfc 1 oca ff ; illfl| . \ : aH..-"! dasctól0SSffiaíõs,umA ¦NL. ' aÍm ; pouco de ferra c^s^;í :;^C^m i aa siMo do solo sagrado ' VjJjB • I" daChlMiamtómolivTo ¦ ' I j|ffH Àtemâo, no Estrangeiro, 1 fiSH IflH 'wpresenfe uma parle da I Iflü :.m. J1 -7;;** •'¦# MESTPE E' O OBREIPO DA GPATIDAO FIDELIDAD -V' -yy.yyyyy.yiyyyyyy yy K^rr^r-s^s i»*'? 7 , r ' J HBHBBBH itt . MHHHH^»H<mà-y ¦—¦ NOTÁVEL CONFERÊNCIA OO PROF. APLINOO DRUMONO COSTA SOB O TiÊMA ^ ¦¦•. r.f?.' .< ¦'« 77; •• ^V ' ; ¦ ¦•¦-.- ,. -¦'. ¦ C^^^^fô^?*' y -7 ' ¦'••'•'.'¦• ¦.-,-'"¦¦ -yy: •¦'-'¦¦ 7['7 ' .lir- ' .¦ ¦ : ';. H ¦,: 7* .'; ü VB ^^pifflM^ifSiSSr') \jáms IF ' ' ' *.*, ^aWáWKÊaWL%mmmmmmmWÊa^m '¦:''.'¦'¦*'¦'¦ààWmW'-'¦¦¦'¦¦ ¦ •¦-¦>¦ '-'•¦¦ ¦ 9H y---;-¦ yy •¦ .. ¦:¦. .•-".--•.¦-;..¦¦•:¦¦•¦¦¦ NACIONAUSMG, EXPRESSÃO DA VIDA BRASILEIRA w -í^tfSlSSfHlJ >iBssSSiÈa-th;'.i'.'K;íi} -