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PERSPECTIVA TRANSPORTES: Avanço na exportação de implementos ajudará setor
São Paulo, 13 de fevereiro de 2014 - Diante da expectativa de retração
nas vendas de reboques e semirreboques, as exportações serão o principal
canal de crescimento no segmento de implementos pesados neste ano. Países
emergentes na América do Sul, África e Oriente Médio, que assim como o
Brasil, estão investindo mais em infraestrutura, serão os principais destinos
dos produtos nacionais ou produzidos em unidades de indústrias brasileiras no
exterior.
A estimativa de Mário Bernardes Junior, analista do BB Investimentos, é
que a participação das vendas externas na receita da Randon Implementos
deverá atingir 12% em 2013, mas neste ano, devido ao cenário favorável, essa
participação será de, no mínimo, 15%. "A valorização cambial vai
colaborar bastante para esse resultado e a exportação será alternativa ao
risco do mercado interno".
Segundo o analista, as exportações vão ajudar a segurar o faturamento das
indústrias de implementos neste ano, pois a projeção é de que recuperação
doméstica acontecerá somente em 2015. O cenário é positivo, pois o País
produz, em média, 80% dos implementos pesados fabricados na América Latina,
região em que o sistema de transporte tem sido fundamental para o
desenvolvimento econômico.
Projeção da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos
Rodoviários (Anfir) para 2014 indica que a venda externa da linha de pesados
crescerá 8,25% neste ano, podendo alcançar 5.880 unidades ante as 5.432
exportadas no ano passado. No mercado interno, o segmento de pesados deverá
retrair 10,94%, atingindo 62.500 unidades, e a linha leve (carroceria sobre
chassis) poderá cair 2,64%, somando 104.850 implementos.
A explicação para esse desempenho em primeiro lugar é a base forte do ano
passado, mas o Carnaval, a Copa do Mundo e as eleições terão efeitos
negativos, devendo eliminar as compras de oportunidades, com as empresas
postergando compras devido às interrupções no calendário, além da taxa de
juros mais elevada para as linhas de crédito do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
"Com o mercado interno menor, empresas como Randon, Facchini, Noma do
Brasil e Guerra Implementos deverão ampliar os esforços para exportar. Não
fosse a desconfiança com os países emergentes, a demanda seria maior. Obras de
infraestrutura feitas por empreiteiras brasileiras como a Odebrecht na África
do Sul e na Angola estão demando encomendas à nossa indústria", diz Alcides
Braga, presidente da entidade.
Randon
Bernardes acredita que este ano não será ruim para a Randon por causa do
desempenho nas vendas externas e da perspectiva de safra nacional recorde de
grãos, estimada pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) em 193,59
milhões de toneladas para 2014, que se confirmada, será 3,6% maior que as
186,87 milhões de toneladas do ano passado.
Na região do Cone Sul, as vendas deverão estar concentradas no Chile, cujo
crescimento econômico está forte, e na Colômbia, que avança em ritmo mais
lento. Esses países vão mitigar a má fase dos negócios da fabricante na
Argentina, onde os resultados não deverão ser bons neste ano, avalia o
analista do BB Investimentos. Outra aérea em que a demanda deverá aumentar é
o Nafta, com destaque para os Estados Unidos, onde os indicadores
macroeconômicos estão se recuperando.
De acordo com Bruno Piagentini Caloni e Marco Aurélio Barbosa, analistas da
Coinvalores Corretora, os mercados desenvolvidos têm sinais mais consistentes
de recuperação, mas o pessimismo com os emergentes prejudica as ações da
Randon (RAPT4) na BM&FBovespa, que neste acumulam desvalorização de 22,88%.
"Essa recuperação do mercado interno acontecerá no médio prazo".
No segmento de implementos para veículos leves e autopeças, a equipe de
análise considera que o ano será mais favorável para a Iochpe-Maxion, que tem
60% de sua receita atrelada ao mercado externo. "O mercado europeu representa
30% e o norte-americano outros 23%. A empresa tem mais flexibilidade para
produzir no exterior e deverá capturar mais as possibilidades deste cenário".
Alexandre Melo / Agência CMA
Edição: Eliane Leite
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February 14 2014 19:59
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