Diretoria Executiva 2005/2008 Juçara Maria Dutra Vieira (RS) – Presidente Raquel Felau Guisoni (SP) – Vice-Presidente Maria Inez Camargos (MG) – Secretária de Finanças Roberto Franklin de Leão (SP) – Secretário Geral Fátima Aparecida da Silva (MS) – Secretária de Relações Internacionais Heleno Araújo Filho (PE) – Secretário de Assuntos Educacionais Marlei Fernandes de Carvalho (PR) – Secretária de Imprensa e Divulgação Rui Oliveira (BA) – Secretário de Políticas Sindicais Gilmar Soares Ferreira (MT) – Secretário de Formação Marta Vanelli (SC) – Secretária de Organização Raimunda Núbia Lopes da Silva (PI) – Secretária de Políticas Sociais Odisséia Pinto de Carvalho (RJ) – Secretária de Relações de Gênero Gesa Linhares Corrêa (RJ) – Secretária de Aposentados e Assuntos Previdenciários Milton Canuto de Almeida (AL) – Secretário de Legislação Rejane Silva de Oliveira (RS) – Secretária de Assuntos Jurídicos Denilson Bento da Costa (DF) – Secretário de Projetos e Cooperação Maria Valdecir Abreu de Paula (CE) – Secretária de Direitos Humanos Joel de Almeida Santos (SE) – Secretário Adjunto de Assuntos Educacionais Maria Antonieta da Trindade (PE) – Secretária Adjunta de Assuntos Educacionais Neiva Inês Lazzarotto (RS) – Secretária Adjunta de Políticas Sindicais Silvinia Pereira de Sousa Pires (TO) – Secretária Adjunta de Políticas Sindicais Conselho Fiscal Mário Sérgio Ferreira de Souza (PR) Raimunda de Souza Gomes (AM) Sérgio Martins da Cunha (SP) Miguel Salustiano de Lima (RN) Maria Madalena Alexandre Alcântara (ES) CNTE - SDS - Edifício Venâncio III, Salas 101/104 Brasília/DF - CEP 70393-900, Tel.: (61) 3225-1003 - Fax: 3225-2685 [email protected] - www.cnte.org.br Caderno de Resoluções » ÍNDICE APRESENTAÇÃO.................................................................................... 05 Ação Popular Socialista - APS .................................................. 07 ARTICULAÇÃO SINDICAL ................................................................... 21 ARTICULAÇÃO DE ESQUERDA .......................................................... 36 CAMPO DEMOCRÁTICO ...................................................................... 47 COMPROMISSO E LUTA ....................................................................... 55 CONLUTAS .............................................................................................. 69 CORRENTE PROLETÁRIA NA EDUCAÇÃO ...................................... 80 CORRENTE SINDICAL CLASSISTA - CSC ......................................... 89 CUT SOCIALISTA E DEMOCRÁTICA - CSD .................................... 101 ENLACE SINDICAL ............................................................................. 114 OPOSIÇÃO DE LUTA ........................................................................... 124 SINDICATO PRA LUTAR ..................................................................... 132 Em defesa da CNTE e da CUT independente e de luta .. 141 ESTATUTO DA CNTE ........................................................................... 148 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Resoluções » APRESENTAÇÃO A 30ª edição do congresso dos/as trabalhadores/as da educação básica pública, reunidos na CNTE – marca também comemorativa para a categoria – propõe-se a discutir um tema iminente e relevante para a superação das desigualdades históricas de nosso país, qual seja, a valorização da escola pública como espaço social, plural, democrático, fomentador da cidadania, comprometido com o futuro da sociedade e com um projeto de desenvolvimento sustentável da nação. Assim, por razões antagônicas, inúmeros dados oficiais e extra-oficiais apontam as mazelas educacionais como fator preponderante de nosso atraso sócio-econômico. Os próprios donos do capital reivindicam formação, mesmo que em forma de mão-de-obra para esta fase do desenvolvimento econômico. Cresce, o coro por mais e melhor educação pública. Neste contexto, os/as educadores/as brasileiros/as, atentos e comprometidos com os rumos do país, lutam para implementar um projeto educacional emancipador, fundado nos princípios da ética, da justiça e da igualdade social. Entendemos que o aumento do financiamento para a educação, a valorização dos profissionais, a priorização da escola pública não são apenas opções governamentais, pois necessitam ser prioridade da sociedade. E nos dispomos a lutar por esta causa. Em meio às transformações sociais em curso, o movimento sindical coloca-se como protagonista de algumas dessas mudanças e aspira, à luz dos princípios de liberdade e autonomia, novos paradigmas de organização e luta. A regulamentação das Centrais Sindicais, a negociação coletiva no serviço público e a regulamentação do direito de greve são alguns dos temas que os/as trabalhadores/as trazem ao debate neste Congresso. Sobre as regulamentações da carreira dos/as trabalhadores/as em educação, destaque para os projetos em trâmite no Congresso, que versam sobre o piso salarial profissional nacional, o reconhecimento dos funcionários de escola na LDB e as diretrizes nacionais de carreira. Todos merecem a devida atenção dos/as trabalhadores/as, pois representam avanços do ponto de vista da organização e da valorização profissionais. Desejamos a todas e a todos um ótimo congresso, a fim de darmos seqüência à importante e incansável luta de nossa categoria por uma educação pública, gratuita, universal, democrática e com qualidade social. Saudações sindicais, Diretoria Executiva da CNTE Brasília, dezembro de 2007 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação VOLTAR AO ÍNDICE Caderno 1. a 2. a de Ação Popular Socialista - APS Resoluções » Ação Popular Socialista - APS 3. a 4. a CONJUNTURA INTERNACIONAL em debate, os pontos de destaque são a definição dos 5. a O Tempo Não Pára... Socialismo ou Barbárie tipos de propriedade, regulamentação do fim dos mo- O projeto de dominação capitaneado pelo comple- nopólios privados e o fortalecimento da propriedade 7. a xo industrial-militar dos Estados Unidos e a resistên- estatal pública e cooperativada. No plano político é a 8. a cia dos povos são os traços marcantes do atual período discussão sobre o poder comunal, a ser instituído como 9. a histórico. Como conseqüência da política imperialista o quarto poder da nação. 6. a 10. a temos o aumento das tensões no planeta e a ampliação 11. do risco de novos conflitos. Enquanto no pólo representado por Brasil, Chile e Uruguai a ordem é tornar os países cada vez mais Vivemos uma etapa onde os programas e as pro- sensíveis aos humores do mercado e palatáveis para o 13. a postas dos diversos setores do capital cada vez mais se imperialismo, Bolívia, Equador e Venezuela têm se ca- 14. f assemelham. No mundo crescem as lutas de resistência racterizado por uma oposição feroz aos desígnios dos 15. f dos povos, os movimentos de caráter antineoliberal e EUA nos campos político e ideológico, se destacando 16. f anti-capitalista, mas tais movimentos ainda são muito no apoio à Cuba, na tentativa de implantação da ALBA 17. f fragmentados. - Alternativa Bolivariana, na denúncia dos crimes im- 12. a 18. f Na América Latina temos duas tendências em ple- perialistas nas ditas “guerras contra o terror”. E o que 19. f na operação. De um lado a acomodação travestida de é mais importante, no desenvolvimento de uma intensa 20. f mudança representada pelos governos do Brasil, do mobilização popular. Este processo demonstra a im- 21. f Uruguai e do Chile. Do outro, o enfrentamento com o portância da estratégia democrático-popular, onde um 22. f neoliberalismo, que pode chegar ao rompimento com a governo comprometido com as bandeiras anti-latifun- 23. f ordem capitalista, representada pela Bolívia, Equador e diárias, anti-monopolistas e anti-imperialistas têm as 24. f Venezuela. Apesar destas duas correntes terem se uti- condições de ser uma alavanca propulsora em direção 25. f lizado da via eleitoral para chegarem ao governo, são ao socialismo. Destaca-se, também, o papel libertador 26. na verdade, inteiramente distintas. No primeiro caso, desempenhado pelos povos indígenas, nos convocando 27. f partidos de esquerda tradicionais conseguem a vitória, a refletir sobre o papel estratégico da luta afro-indíge- 28. f dado ao desgaste dos governos anteriores, sem uma na em nosso próprio país. 29. f expressiva mobilização de massas. No segundo, a vitó- Por desencadearem processos de mobilização po- 30. f ria eleitoral é fruto de levantes populares que derrubam pular contra as classes dominantes e o imperialismo, 31. f governos conservadores e, após a vitória, convocam somos solidários aos povos da Bolívia, Equador e Ve- 32. f Assembléias Constituintes, visando transformar o ar- nezuela e aos seus atuais governos e torcemos para que 33. f cabouço jurídico do país. este rico processo de lutas avance no rumo da revolu- 34. Enquanto na Bolívia e no Equador os processos ção e da construção da Pátria Grande Socialista. 35. f dão seus primeiros passos e enfrentam a batalha pelo 36. f controle dos recursos naturais – na Venezuela o pro- CONJUNTURA NACIONAL 37. f cesso já avançou até à discussão sobre os caminhos e O Tempo Não Pára... Socialismo ou Barbárie 38. f meios de superação do capitalismo e as vias de tran- A tua piscina esta cheia de ratos. Tuas idéias não 39. f sição para o socialismo. Na Reforma Constitucional correspondem aos fatos. O tempo não pára... 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Ação Popular Socialista - APS Resoluções » 1. a Eu vejo um futuro repetir o passado, eu vejo um internacional. Na América Latina é o aliado número 1 2. a museu de grandes novidades. do maior terrorista do planeta (Bush) e mantém a ocu- 3. a O tempo não pára. pação vergonhosa do Haiti, em troca do sonho de entrar 4. a Vivemos um tempo de enormes dificuldades, inú- para o Conselho de Segurança da ONU. 5. a meras contradições, muita desilusão e grandes preocu- Mantém a política do toma-lá-dá-cá. O número de 6. a pações. Mas, como disse o poeta, “o tempo não pára!” escândalos, que envolvem seu partido e seus aliados é 7. a E, constatar a existência do tempo é perceber que nada absurdo. Não se trata de homens corruptos, mas de um 8. a permanece exatamente da mesma forma e que “a vida sistema político, que favorece a corrupção, através de 9. a segue seu curso, como as águas caudalosas de um rio campanhas milionárias e da fusão dos interesses pú- 10. a que em seu percurso leva seus obstáculos, transforman- blicos com os interesses privados. Exemplo: Do total 11. previsto para investir na compra de insumos e em obras do tudo em correnteza”. 12. a A história demonstra que o curso do rio depende públicas, cerca R$ 300 bilhões, perde-se entre 25 a 40 13. a “de nossa ação no mundo”, da nossa luta cotidiana, bilhões com a corrupção. Esse gasto corresponde ao 14. f mesmo que em tempos e condições extremamente hos- total dos recursos da saúde em 2007. Favorecidos: em- 15. f tis como as que estamos vivendo hoje. preiteiras, lobistas e parlamentares, como Renan Ca- 16. f No trabalho na escola e na militância sindical, não lheiros, absolvido pela ação do Governo Lula. 17. f devemos separar a conjuntura estadual e municipal da O Governo não combate as causas da corrupção 18. f conjuntura nacional e internacional, pois isso pode nos porque optou pelo projeto neoliberal. A oposição de 19. f levar à crença de que os problemas têm solução apenas direita apóia este projeto e também se beneficia da 20. f no âmbito local e de que o que ocorre no âmbito federal corrupção. Portanto, não vacila na hora de juntar-se ao 21. f e internacional não vai nos atingir. Governo no Congresso Nacional para cassar nossos di- 22. f A esperança construída no tempo se desfez: o futuro reitos. 23. f repetiu o passado. Precisamos reconstruir o sonho! Os problemas da educação e saúde são vistos pelo 24. f Na década de 90 tivemos o avanço do neolibera- Governo e pelos meios de comunicação como simples 25. f lismo. Houve resistência dos movimentos sociais e dos problema de gestão, que se resolve, não com mais ver- 26. partidos de esquerda, mas, FHC impôs as políticas an- bas e controle social, mas com a privatização crescente 27. f tipopulares. Lula frustrou todas as expectativas e vem destes setores. Chegam ao absurdo de responsabilizar 28. f aprofundando as políticas de FHC. O resultado destas as greves, o sindicato e os servidores pelos graves pro- 29. f políticas é nefasto: a dívida interna ultrapassou 1,3 tri- blemas acumulados nessas áreas. Lula mantém os des- 30. f lhão. Lula já prepara seu segundo ataque à Previdência vios ilegais e legais dos recursos públicos, como ocorre 31. f Pública. Seu primeiro grande ataque foi a Reforma da com a Desvinculação de Receita da União (DRU) que 32. f Previdência, que acabou com a aposentadoria especial retira 20% dos recursos das áreas sociais para paga- 33. f dos/das professores/professoras, ao estabelecer a idade mento dos juros das dívidas interna e externa (supe- 34. mínima. Os grandes beneficiados foram os Fundos de rávit primário). Tenta prorrogar a CPMF (imposto do 35. f Pensão, um negócio bilionário, que a CUT está queren- cheque), que não vai para a saúde, mas para pagamento 36. f do abocanhar, também. de banqueiros e agiotas internacionais. Ameaça a edu- 37. f Apesar do discurso governista de que a política in- cação e a valorização dos seus profissionais, os direitos 38. f ternacional é boa, o fato é que o Governo Lula segue à sindicais, trabalhistas, previdenciários, as estradas, o 39. f risca a política econômica imposta pelo grande capital meio ambiente e os recursos naturais. 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno 1. a de Ação Popular Socialista - APS Resoluções » Todas as reformas, projetos de lei, as parcerias pú- 2. a blico-privadas-PPP, o PAC (programa de aceleração do as reformas neoliberais do Governo Lula e a criminalização dos movimentos sociais. 3. a crescimento), a Fundação Estatal de Direito Privado, 4. a visam favorecer o setor privado em detrimento do setor POLÍTICA SINDICAL 5. a público, entregar nossas riquezas, cassar nossos direi- O Tempo não Pára... Socialismo ou Barbárie 6. a tos. Veja, por exemplo, algumas das medidas do PAC, Reorganizar o Movimento Sindical numa Perspectiva 7. a lançado em janeiro/2007: Congela os salários do fun- Socialista 8. a cionalismo, pois impede que até 2016 a despesa com Mas se você achar que tô derrotado saiba que ainda 9. a pessoal tenha aumento real superior a 1,5% ao ano; re- estou rolando os dados por que o tempo, o tempo não 10. a duz 6,6 bilhões dos impostos para beneficiar grandes pára grupos econômicos; congela o valor do salário míni- A Central Única dos Trabalhadores - CUT já não 12. a mo; mete a mão nos recursos do FGTS, patrimônio dos representa mais os interesses imediatos e históricos 13. a trabalhadores para favorecer as grandes empreiteiras e da classe trabalhadora. Na prática, a CUT abandonou 14. f projetos que degradam o meio ambiente (a transposição os princípios defendidos pelos trabalhadores e traba- 15. f do rio S. Francisco será a maior beneficiária). E além lhadoras, historicamente, no Brasil e no mundo: um 16. f disso, no orçamento de 2007, o Governo Lula reservou sindicalismo classista, livre da interferência do Estado, 17. f R$ 240 bilhões de reais para pagamento de juros das autônomo frente aos partidos, democrático e interna- 18. f dívidas interna e externa. O resultado desta política é o cionalista, que tem o socialismo como objetivo final 19. f pior possível: altíssima concentração de renda, desem- da luta e a unidade como valor estratégico na luta de 20. f prego, fome, violência. Os 10% da população com ren- classes. 21. f da mais baixa detém 1,0% do total dos rendimentos do A crise vivida pelo movimento sindical está ligada 22. f trabalho, enquanto os 10% com os maiores rendimen- às opções político-ideológicas feitas pela maioria da di- 23. f tos detém 44,4%; o salário médio é menor que há 10 reção da CUT, desde o início dos anos 90. Para ser bem 24. f anos atrás; 23,6% dos 187,2 milhões de brasileiros/bra- compreendida, esta crise precisa ser localizada den- 25. f sileiras são analfabetos funcionais - são alfabetizados, tro do contexto das dificuldades históricas e objetivas 26. mas incapazes de compreenderem o que lêem, segundo que emperram hoje o trabalho sindical revolucionário, 27. f dados recentes do IBGE. como, por exemplo: a crise do socialismo, a precariza- 11. 28. f Tem havido resistência, especialmente do funcio- ção do trabalho, os empecilhos para organizar o traba- 29. f nalismo público, sem terra, sem teto, estudantes, mas lho de base, a fragmentação, a pequena representati- 30. f com enormes dificuldades; pois, muitas organizações vidade e as fragilidades gerais da esquerda, a precária 31. f sindicais e populares foram cooptadas ou se adequaram organização por local de trabalho e a baixa politização 32. f à lógica neoliberal, como ocorreu com a CUT e com a da classe. 33. f UNE. O processo de adaptação da CUT não se deu sem Novas alternativas de luta foram gestadas, como resistência. Vale lembrar o papel cumprido pela es- 35. f a Intersindical e a Conlutas, que têm contribuído para querda cutista (Alternativa Sindical Socialista – ASS, 36. f a retomada da mobilização e da luta. Destacam-se as “ Fortalecer a CUT para Defender e Ampliar Direitos” 37. f ações de 2007: O encontro de 25 de março, as manifes- e a Frente de Esquerda Sindical Socialista – FES), em 38. f tações de 23 de maio, o Plebiscito de setembro e a Mar- que pese a fragmentação e a adesão de boa parte da 39. f cha do dia 24 de Outubro contra a política econômica, esquerda (Democracia Socialista / CSD e Tendência 34. 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Ação Popular Socialista - APS Resoluções » 1. a Marxista) ao campo majoritário da CUT. rações, o Governo vai dividir ao meio os 20% que sur- 2. a Com a chegada do PT ao Governo, acelerou-se a rupia todos os anos de todos os trabalhadores e traba- 3. a adaptação da CUT à ordem estabelecida. A Central jo- lhadoras com carteira assinada (o imposto sindical, que 4. a gou seus princípios e suas resoluções na lata do lixo corresponde ao valor de um dia de trabalho). E olhe 5. a e passou a ajudar o Governo Lula a ameaçar e cassar que a CUT sempre combateu o imposto sindical. 6. a direitos trabalhistas e sociais, como ocorreu com as re- O Projeto do Governo, que regulamenta a greve no 7. a formas da Previdência, Universitária, Sindical e Tra- serviço público, na verdade visa acabar com este direito, 8. a balhista, as Parcerias Público Privadas - PPP’s, com o pois determina que: a) Uma assembléia só terá direito 9. a PAC, a lei anti-greve, a lei de falências, a Super-Recei- de aprovar greve se reunir 2/3 da categoria; ou seja, de 10. a ta e diversas outras leis e emendas constitucionais, que cada 100 servidores, 66 têm que participar da Assem- 11. têm como objetivo favorecer o setor privado em detri- bléia; b) 40% dos trabalhadores precisam se manter 12. a mento do setor público, cassar direitos e reduzir os gas- trabalhando durante o movimento grevista; c) Caso a 13. a tos públicos com as políticas sociais universalizantes. greve seja considerada ilegal, haverá corte do ponto e a 14. f Na base e em muitas organizações há muita desi- possibilidade da contratação temporária de servidores; 15. f lusão com a política, acomodação e pragmatismo. O d) Caso a greve não seja considerada ilegal, os servi- 16. f Governo, com a conivência da CUT, aproveitando-se dores serão obrigados a repor 50% dos dias parados; d) 17. f disso, especialmente no serviço público, tem investi- Impõe a necessidade de comunicação prévia e pública 18. f do tudo na divisão dos trabalhadores/trabalhadoras nos do movimento grevista, no que chama de “atividades 19. f locais de trabalho (através da política de gratificações de interesse inadiável” com 72 horas de antecedência. 20. f produtivas e avaliação de desempenho) e na disputa Isso tudo sem contar que hoje, antes mesmo da greve 21. f de suas organizações sindicais, como temos visto em iniciar, o Governo já entra na Justiça pedindo a ilegali- 22. f diversos sindicatos estaduais e nas organizações nacio- dade da greve. Vale lembrar que o STF foi menos mal 23. f nais dos servidores públicos. E esta ofensiva não vai que o Governo Lula: determinou que enquanto não for 24. f parar! O que se vislumbra é sua intensificação, com o regulamentada a greve no serviço público, valerão para 25. f “reconhecimento” das Centrais Sindicais, com a regu- o funcionalismo, as regras do setor privado. E olhe que 26. lamentação do direito de greve e com a Reforma Sindi- sabemos de que lado a Justiça está? E o Lula, você ain- 27. f cal e Trabalhista; projetos de lei e emenda constitucio- da tem alguma dúvida sobre para quem ele governa? 28. f nal que tramitam no congresso nacional. A Reforma Sindical e Trabalhista, que atrela total- 29. f O PL 1990/2007, que reconhece as Centrais Sin- mente os sindicatos ao Estado, revoga o artigo da CLT 30. f dicais, nada mais é do que um arremedo para legalizar que diz que o negociado não pode prevalecer sobre o 31. f o que já ocorre hoje: o pacto social entre empresários, legislado, abrindo as portas para a cassação dos direitos 32. f centrais e governo. Na verdade não é o reconhecimen- trabalhistas e sociais; privilegia as centrais em detri- 33. f to, pois a Constituição Federal determina que o sistema mento da autonomia dos sindicatos de base; promove o 34. sindical é confederativo e, portanto, não reconhece a pacto social entre capital e trabalho (diálogo social). 35. f existência das centrais. E como sabemos, uma lei não Por isso, defendemos a criação de uma Central Sin- 36. f se sobrepõe ao que determina a constituição. Mas, este dical ampla e plural (que incorpore a Intersindical, a 37. f projeto tem o apoio das Centrais, pois junto com o falso Conlutas, a CSC e Independentes), que seja classista, 38. f reconhecimento, vem a alteração dos artigos da CLT independente, autônoma, democrática, internacionalis- 39. f relativos ao imposto sindical. De acordo com estas alte- ta, que tenha unidade e a solidariedade de classe como 10 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Ação Popular Socialista - APS Resoluções » 1. a valores estratégicos e esteja efetivamente a serviço da castigo (para aqueles onde isso não ocorrer) tem seme- 2. a luta pelo socialismo. lhança com a experiência do Chile (sistema Voucher). Uma nova central, com essas características que O PDE não leva em consideração o Plano Nacional de 4. a atenda às necessidades e os desafios históricos e con- Educação, aprovado em 2001. Para o MEC o caos da 5. a junturais, só se efetivará de baixo para cima e será fruto educação é apenas um problema gerencial. O resulta- 6. a da unidade concreta da classe, forjada na luta unitária do de cada município e de cada Estado será utilizado 7. a contras as reformas neoliberais e em defesa dos direitos para ranquear as redes de ensino, para acirrar a com- 8. a sociais, trabalhistas e sindicais. petição e para pressionar, via opinião pública, o alcan- 9. a ce de melhores resultados. Ou seja, a função do MEC 10. a POLÍTICA EDUCACIONAL assumida pelo governo Lula mantém a lógica perversa 3. a 11. O Tempo Não Pára... Socialismo ou Barbárie vigente durante doze anos de FHC, ampliando a sanha 12. a Plano de Desenvolvimento da Educação - PED avaliativa representada por avaliações externas (prova 13. a “...Mas se você acha que eu tô derrotado, saiba que 14. f ainda estão rolando os dados. Porque o tempo não 15. f pára...” 16. f No final de abril o governo federal lançou o Plano de Um dos pilares do PDE é o envio pelo governo fe- 17. f Desenvolvimento da Educação, que reune um conjunto deral do Projeto de Lei 619 de 2007, com um piso 18. f de 27 ações. Anunciado como o PAC da Educação, para os profissionais do magistério de 850 reais para 40 19. f capaz de contribuir em médio prazo para a reversão dos horas, com todas as vantagens, a ser implantado pelos 20. f indicadores pouco animadores da educação nacional, o estados e municípios de forma gradativa até 2010. A 21. f PDE se apresenta como um enorme guarda-chuva para Emenda Constitucional 53 introduziu na Carta Magna 22. f um conjunto de ações pré-existentes no Ministério e duas referências sobre piso salarial para aqueles que 23. f algumas ações novas ou remodeladas. Todo o PDE está trabalham na educação básica pública. Até dezembro 24. f ancorado na criação do Índice de Desenvolvimento da passado, em nossa Constituição estava inscrito no seu 25. f Educação Brasileira – IDEB, que pondera os resultados artigo 206 que um dos princípios educacionais do país 26. do SAEB, do Prova Brasil e dos indicadores de desem- seria a “valorização dos profissionais do ensino, garan- 27. f penho captados pelo censo escolar (tempo médio para tidos, na forma da lei, planos de carreira para o magis- 28. f a conclusão de uma série). Cria um indicador que varia tério público, com piso salarial profissional e ingresso 29. f de zero a dez, desdobrável por estado e por município exclusivamente por concurso público de provas e títu- 30. f e por redes de ensino. A partir da construção do IDEB, los”. A EC nº. 53 ampliou o conceito de “profissionais 31. f o MEC vinculará o repasse de recursos oriundos do do ensino” para “profissionais da educação escolar”, 32. f FNDE à assinatura de compromisso dos gestores mu- tornando dispositivo constitucional a necessidade de 33. f nicipais com determinadas metas de melhoria dos seus profissionalização dos servidores da educação e a 34. indicadores ao longo de determinado período. obrigação de que os planos de carreira não sejam redi- Brasil, SAEB, ENEM (ex- Provão) e agora a Provinha Brasil/PED). O PED da DESVALORIZAÇÃO 35. f Faz parte desse fio condutor a compreensão de gidos contemplando apenas os profissionais do magis- 36. f que é possível avaliar uma rede de ensino utilizando tério. Está claro que o texto introduziu uma contradição 37. f somente indicadores de avaliação de aprendizagem na Constituição Federal, pois no seu artigo 206, inciso 38. f dos alunos. Essa lógica de prêmio (para os municípios VIII existe obrigação legal de um “piso salarial profis- 39. f cujos alunos apresentam melhoria de desempenho) e sional nacional para os profissionais da educação esco- 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 11 Caderno de Ação Popular Socialista - APS Resoluções » 1. a lar pública”, redação mais abrangente que a constan- tas via aumento de recursos do PDDE é bem sintomáti- 2. a te na parte transitória da CF. Assim, temos dois pisos co da visão neoliberal. Por outro lado, mantém também 3. a obrigatórios por lei: um para todos os profissionais da a lógica da descentralização utilizada por FHC, que 4. a educação escolar e outro para os profissionais do ma- continua sendo vista como um instrumento de moder- 5. a gistério. O governo optou pelo envio de uma proposta nização gerencial da gestão pública. 6. a de piso salarial mais restrito, excluindo os funcionários Em defesa da Educação Pública - Nem PROUNI, 7. a administrativos. A pressão dos governos estaduais que nem REUNI 8. a terceirizaram grande parte dos serviços de apoio edu- A lógica mercadológica tem sido a marca do gover- 9. a cacional foi determinante para essa opção do governo no Lula. A realidade das universidades públicas com- 10. a Lula. provam a opção do governo em priorizar a educação 11. A proposta indecorosa foi mediada pelo substituti- privada. Mesmo anunciando a criação de novas uni- 12. a vo apresentado pelo relator Severiano Alves, no dia 04 dades, os dirigentes das universidades públicas recla- 13. a de outubro, o qual, além de excluir os funcionários ad- mam das últimas escolhas feitas pelo governo no que 14. f ministrativos, exclui, também, os aposentados do texto diz respeito ao sistema federal de ensino. O governo 15. f da lei e apresenta um piso inicial de R$ 950,00, para pratica uma espécie de canibalismo na educação. As 55 16. f quem tem formação de nível médio, jornada de no má- universidades públicas existentes reclamam da falta de 17. f ximo 40 h, com implantação gradativa até 2010. O PL recursos humanos e financeiros. 18. f do governo e o substitutivo não contemplam a luta his- No “pacote de abril”, está o Programa de Apoio 19. f tórica da categoria, que tem como base o piso calculado a Planos de Reestruturação e Expansão das Univer- 20. f pelo DIEESE, que, em abril de 2007, estava estimado sidades Federais - REUNI, instituído pelo Decreto nº 21. f em R$1.672,56, para 20 horas semanais. 6096/07, com o objetivo de dobrar o número de alu- 22. f Com essa política, Lula, em seus dois mandatos, nos das universidades públicas, mantendo o mesmo 23. f mantém a mesma política educacional dos governos número de professores, superlotando as salas de aula. 24. f anteriores, baseada, como enumera Sousa no seguinte: Passando por cima da autonomia universitária, impõe, 25. f a) ênfase nos produtos ou resultados; b) atribuição do também, a política desumana da aprovação automáti- 26. mérito tendo por base um olhar individualizado sobre ca, que visa não a formação dos/das estudantes, mas a 27. f instituições ou alunos; c) dados de desempenho apresen- ampliação dos dados estatísticos. As universidades que 28. f tados de forma a permitir classificações; d) predomínio aderirem ao REUNI receberão 20% a mais de recursos. 29. f de dados quantitativos; e) grande peso para a avaliação Mas, para ter acesso ao montante, a universidade terá 30. f externa, de maneira desarticulada da auto-avaliação. também que garantir que 90% dos alunos matriculados 31. f Uma avaliação, pautada em tais características impri- concluam o curso. As instituições que não aderirem se- 32. f me uma lógica nos sistemas de ensino que se expressa rão condenadas ao congelamento orçamentário. Os es- 33. f “no estímulo à competição entre as instituições educa- tudantes têm se posicionado contra O REUNI em todo 34. cionais e no interior delas, refletindo-se na forma de o país, ocupando as universidades, denunciando mais 35. f gestão e no currículo” (SOUSA, 2003, p.187). Estamos esse ataque do governo federal, à educação pública. Ao 36. f presenciando a continuidade do ideário pedagógico im- invés do diálogo, o governo responde com sua tropa de 37. f plementado nos anos FHC. A semelhança, infelizmen- elite e reprime as manifestações. Trata-se de um contra- 38. f te, não é mera coincidência. to de gestão, conforme modelo criado pelo ex-ministro 39. f Premiar as escolas que atingirem determinadas me- 12 da Fazenda de Sarney e ex-ministro da Administração 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Ação Popular Socialista - APS Resoluções » 1. a Federal e Reforma do Estado do primeiro mandato de mário), 10% do PIB para a educação, a erradicação do 2. a FHC, que comandou a Reforma Administrativa, Bres- analfabetismo, do trabalho escravo, inclusive, infantil e 3. a ser Pereira. conquistar condições de trabalho e salários dignos. 4. a Gestão Democrática num Sistema Nacional de Edu5. a cação construído coletivamente BALANÇO POLÍTICO DA GESTÃO 6. a O Tempo não Pára... Socialismo ou Barbárie No quinto ano de mandato de Lula e nos 10 anos da 7. a morte de Paulo Freire, os/as trabalhadores/trabalhado- Vamos andar com todas as bandeiras trançadas de 8. a ras em educação continuam cobrando do governo uma maneira que não haja solidão... 9. a proposta educacional que represente a recuperação das Vamos andar para chegar à vida. 10. a bandeiras democráticas e inclusivas erguidas por uma 11. Sílvio Rodrigues geração de lutadores e lutadoras sociais, que se expres- Vivemos tempos difíceis, mas como diz o poeta, 12. a sou no PNE da sociedade brasileira, construído com “o tempo não pára” e com a nossa luta, dias melhores 13. a ampla participação popular. O Sistema Nacional de virão. 14. f Educação tão sonhado é o que romperá com os pressu- Os instrumentos de opressão e dominação da clas- 15. f postos neoliberais que foram hegemônicos no governo se trabalhadora foram aperfeiçoados significativamen- 16. f FHC e aprofundados no Governo Lula. te ao longo do tempo e muitos daqueles/daquelas que 17. f É papel da CNTE articular a convocação do Fórum ontem lutavam conosco, hoje estão do outro lado da 18. f Nacional em Defesa da Educação, para que os/as edu- trincheira, fortalecendo os nossos inimigos de classe: 19. f cadores/educadoras do país, junto com a sociedade ci- os patrões e os governos de plantão; levando ao des- 20. f vil organizada possa avaliar o Plano Nacional de Edu- crédito, favorecendo a confusão e comprometendo os 21. f cação da Sociedade Brasileira e fazer as devidas atua- instrumentos de luta – as organizações sindicais e po- 22. f lizações, contemplando a visão de mundo tão sonhada pulares. 23. f por Paulo Freire, Florestan Fernandes e tantos outros. Não temos dúvidas, continuamos pela esquerda, 24. f Não podemos ficar à mercê da agenda do governo com pois a crise que se abate sobre os movimentos sociais, 25. f a Conferência de Educação prevista para 2008. Preci- em especial sobre o movimento sindical, em muitos 26. samos retomar os CONEDs, para disputarmos com os momentos de nossa luta é assustador. Dissolvem-se 27. f governos federal, estaduais e municipais, os planos de todas as relações sociais antigas e cristalizadas, com 28. f educação que reafirmem a educação laica, democráti- o seu cortejo de representações e concepções secular- 29. f ca enquanto direito de todos/todas e dever do Estado. mente veneradas. O descrédito para com a luta e mo- 30. f É preciso avaliar a atual LDB, assegurar direitos que bilização dos trabalhadores e trabalhadoras em nível 31. f não foram conquistados, corrigir lacunas, garantir no nacional, estadual e municipal é muito grande. Mesmo 32. f texto da lei eleições diretas para direções das escolas assim houve resistência em alguns setores, com desta- 33. f e universidades. Precisamos barrar a avaliação de de- que em 2007, com encontros e manifestações impor- 34. sempenho, uma ameaça e punição aos profissionais da tantes, como as realizadas em março e maio contra as 35. f Educação. É preciso garantir Planos de Carreira que de reformas, a política econômica do governo federal e em 36. f fato valorizem os profissionais da educação, garantam defesa da previdência e dos direitos sociais. Ressaltar- 37. f a inclusão dos funcionários administrativos, ativos e mos o movimento indígena que foi a Brasília lutar por 38. f aposentados. Precisamos garantir o fim da DRU (que seus direitos, no mês de abril, o plebiscito da Vale do 39. f retira 20% das verbas da Educação para o superávit pri- Rio Doce, bem como a Marcha dos Movimentos So- 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 13 Caderno de Ação Popular Socialista - APS Resoluções » 1. a ciais, no dia 24 de outubro, contra as Reformas do go- com integralidade, luta histórica que não abrimos mão. 2. a verno Lula e em especial a da Previdência, organizada Nessa gestão nos dedicamos a formação política das 3. a pela Intersindical e a Conlutas, que reuniu cerca de 15 lideranças, incluindo temas que foram definidos pelo 4. a mil lutadores e lutadoras sociais, em Brasília. Coletivo Nacional como a análise da Política Nacional 5. a Reconhecemos a necessidade de novas formas de para idosos e aposentados; Estatuto do Idoso; processo 6. a organização e de uma nova prática no movimento sin- de envelhecimento; sexualidade na 3ª idade, além da 7. a dical para superação de uma série de vícios que ao lon- análise da conjuntura, política educacional e sindical. 8. a go do tempo, acabaram sendo incorporados até mesmo Importante foi a publicação do caderno da CNTE que 9. a pelo movimento sindical combativo. trata da Política Nacional para Aposentados, com toda 10. a a legislação necessária para subsidiar o plano de lutas 11. Todas essas constatações que fazemos devem ser encaradas como desafios a serem enfrentados, o que das entidades. 12. a certamente, exige de cada militante, de cada trabalha- Mas precisamos avançar. Ainda não atingimos nos- 13. a dor e trabalhadora uma maior presença na luta e no sa meta de garantir a criação da Secretaria de Aposen- 14. f cotidiano do nosso sindicato, uma maior unidade de tados em todas as entidades filiadas, nem garantir que a 15. f ação para incidir nas decisões da CNTE ou em breve, Secretaria específica seja ocupada por aposentados/as. 16. f estaremos constatando que todas as relações que são A luta pelo Piso Salarial Nacional Profissional não 17. f apresentadas como novas, em substituição do que con- conseguiu garantir nossa bandeira histórica que tem 18. f denamos, envelheceram antes de se consolidarem. com referência o Piso do DIEESE. O CNE que definiu 19. f Queremos fazer um balanço positivo da Secreta- o piso que a CNTE estaria encaminhando, para pressio- 20. f ria de Aposentados e Assuntos Previdenciários. Apesar nar os parlamentares e o próprio governo, desrespeitou 21. f de inúmeras dificuldades enfrentadas pelas entidades decisão congressual. A maioria da direção optou pela 22. f filiadas, conseguimos realizar todos os Encontros pre- lógica do possível, e pelo não-enfrentamento ao gover- 23. f vistos, regionais, nacional, bem como as reuniões do no, com o discurso de ser esse um governo de coali- 24. f Coletivo Nacional. Importante destacarmos a aplica- zão e que, portanto, já seria uma vitória a aprovação do 25. f ção da Pesquisa Nacional de Aposentados/as, mesmo conceito de PSPN. 26. considerando as dificuldades encontradas por algumas A categoria tem rejeitado tal lógica, pois durante 27. f lideranças, por conta da disputa interna das correntes. décadas, construímos em seus corações e mentes a ne- 28. f É verdade que nem todas as entidades realizaram a pes- cessidade de lutarmos pela dignidade dos profissionais 29. f quisa, o que lamentamos profundamente, considerando da educação que passa por salários dignos, sem política 30. f não só a importância da mesma, que servirá de subsídio de abonos, plano de carreira unificado e formação para 31. f para as negociações nos estados, bem como seu caráter todos/as. 32. f inédito nessa área. Avaliamos que a maioria da direção da CNTE fu- Neste Congresso estaremos apresentando a His- giu do debate ampliado sobre os rumos da educação em 34. tória da Organização dos/as Trabalhadores/s Apo- nosso país, ao discordar da proposta da convocação do 35. f sentados/as, construída nos Encontros Regionais. Tal Fórum Nacional em defesa da Educação. Preocupada 36. f história comprova a combatividade dessa parcela im- com avaliações diferenciadas que certamente surgi- 37. f portante da nossa categoria que não se rendeu aos ata- riam, o que caracterizaria o não investimento na edu- 38. f ques dos governos neoliberais que teimam em aplicar cação pública por parte do governo Lula, optou pelo 39. f política de abonos para burlar o direito da paridade incentivo às entidades a acompanhar, nos estados, a re- 33. f 14 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Ação Popular Socialista - APS Resoluções » 1. a alização das conferências de educação, preparatórias à tização da empresa; 2. a Conferência Nacional de Educação que o governo pre- » Anulação da Reforma da Previdência, aprovada 3. a tende realizar em 2008. O grande problema é que che- com o Mensalão e contra a nova Reforma da Previ- 4. a garemos de forma fragmentada nessa disputa de proje- dência do Governo Lula; » Não à privatização da Infraero, da Petrobrás (que 5. a to e a história nos cobrará por tal posição recuada. 6. a vem sendo privatizada através dos leilões de áreas 7. a PLANO DE LUTAS azuis) e das demais empresas públicas. Não ao Pro- 8. a O Tempo não Pára... Socialismo ou Barbárie jeto de Fundação Estatal de Direito Privado; 9. a Disparo contra o sol, sou forte sou por acaso 10. a minha metralhadora cheia de mágoas eu sou o cara 11. Lutas Gerais 14. f 15. f » Pelo fim da guerra imperialista no Oriente Médio e no Afeganistão; 17. f banês, iraquiano, afegão e de todos os povos que 18. f lutam pela sua soberania e autodeterminação, con- 19. f tra os ataques imperialistas; » Pelo fechamento imediato da prisão de Guantânamo; 23. f » Contra a permanência de tropas estadunidenses na 26. 27. f 28. f 29. f 30. f » Cassação do mandato e condenação de todos os corruptos. » Fim da DRU, 10% do PIB para a educação; Derrubada dos vetos ao PNE; » Pela retirada das tropas brasileiras do Haiti; 25. f mentares e executivos; Lutas Educacionais 22. f 24. f tos de controle popular (consultas, referendos, plebiscitos) e a revogabilidade dos mandatos parla- » Solidariedade à resistência dos povos palestino, li- 21. f ras, que pagam altos impostos; » Por uma reforma política que assegure instrumen- da de Doha e a ALCA; 16. f 20. f » Por uma reforma tributária que taxe as grandes fortunas e despenalize os trabalhadores e trabalhado- 12. a » Não aos acordos de livre-comércio, como a Roda13. a » Pela realização da reforma agrária e urbana; » Pela consolidação de um Sistema Nacional de Educação; » Gestão Democrática nos sistemas de ensino e insti- América Latina; » Apoio aos processos populares na Venezuela, Bolívia e Equador; tuições escolares. Instituição do Fórum Nacional de Educação, como instância deliberativa da política » Em defesa da não-renovação da concessão da golpista RCTV; educacional brasileira; Redefinição da composição e atribuições do Conselho Nacional de Educação » Apoio à Revolução Cubana e contra o bloqueio econômico a Cuba; (CNE), como órgão normativo e de coordenação do Sistema Nacional de Educação, bem como dos 31. f » Por um mundo livre das desigualdades sociais, 32. f todo apoio às lutas contra o racismo, a xenofobia e 33. f a intolerância; Conselhos Estaduais e Municipais; » Autonomia para as unidades escolares. Erradicação do analfabetismo como política permanente; 34. » Em defesa do meio-ambiente e da vida. 35. f Lutas Nacionais profissionais da educação; Piso salarial do Dieese e 36. f » Pelo fim da atual política econômica, com superá- incorporação de todas as gratificações; 37. f » Plano de carreira unificado, com valorização dos » Limitar o número máximo de 25 alunos por sala de vit primário e juros altos; 38. f » Não ao pagamento da dívida. Auditoria já! 39. f » Anulação do Leilão da Vale do Rio Doce e reesta- 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores aula; em Educação 15 Caderno de Ação Popular Socialista - APS Resoluções » 1. a Lutas Sindicais e Populares » Exigir espaços nos meios de comunicação para 2. a » Não às reformas previdenciária, universitária, sin3. a dical e trabalhista; determinado no artigo 24 do Estatuto do Idoso; 4. a » Pelo fim de perseguição e criminalização dos mo5. a abordar o processo de envelhecimento, conforme vimentos sociais; » Realizar um processo de formação política, através da Lei 8.842/94 (que dispõe sobre Política Nacional 6. a » Em defesa dos princípios da liberdade, autonomia do Idoso), do Decreto 1.948/96 (que regulamenta a 7. a e independência dos sindicatos. Por um sindicalis- referida lei), do Estatuto do Idoso e da Declaração 8. a mo plural, classista, democrático e socialista; Universal dos Direitos Humanos, como forma de 9. a » Em defesa do direito de greve, contra a lei de greve 10. a do governo; garantir a implementação das mesmas; » Todo apoio à luta dos povos indígenas pela de- » Fim do Imposto Sindical e das Taxas Compulsórias; marcação de suas terras e revisão dos limites das 12. a » Garantia da estabilidade no emprego e proteção terras por eles questionados; pelo direito à saúde, 11. 13. a contra a demissão imotivada; à educação e à cultura indígenas. Contra a crimi- 14. f » Garantia do direito à organização no local de trabalho 15. f e ao livre exercício da atividade sindical. Soberania 16. f das Assembléias de base para decidir sobre acor- » Total repúdio aos despejos cometidos pela Polí- 17. f dos, convenções e contratos coletivos de trabalho; cia Federal contra populações indígenas, como os 18. f » Pela definição de um calendário de discussão so- ocorridos contra os Tupiniquins e Guaranis, no ES; 19. f bre a Reorganização do Movimento Sindical, com os Guarani-Kaiowá, no Estado MS e os Guaranis 20. f a participação das diversas alternativas existentes provenientes da Terra Indígena Avá-Guarani do 21. f hoje, que tenham história de luta em defesa dos Oco’y, no Paraná. 22. f princípios históricos da classe; 23. f 24. f 25. f 26. 27. f 28. f 29. f 30. f » Produção de materiais e formação para uma educa- nalização da luta dos povos indígenas, apuração e punição de seus assassinos; ESTATUTO O Tempo não Pára... Socialismo ou Barbárie ção não-sexista; » Divulgação e defesa da Lei Maria da Penha, contra eu vejo um futuro repetir o passado eu vejo um museu a violência doméstica; de grandes novidades » Promover debates sobre o PL 3198/00, o “Estatuto da igualdade Racial”; o tempo não pára A Central Única dos Trabalhadores - CUT já não » Defesa da política de cotas nas universidades, incluindo a indígena; representa mais os interesses imediatos e históricos da classe trabalhadora. Na prática, a CUT abandonou os 31. f » Elaborar cartilha, com dados referentes aos seg- princípios defendidos pelos trabalhadores e trabalhado- 32. f mentos marginalizados da população, incluindo as ras, historicamente, no Brasil e no mundo: um sindica- 33. f denúncias sobre a violência policial e a violência lismo classista, livre da interferência do Estado, autô- 34. nos presídios; nomo frente aos partidos, democrático e internaciona- 35. f » Participar da elaboração da política de atendimento 36. f aos direitos dos/das idosos/idosas, garantindo a re- 37. f presentação da CNTE no Conselho Nacional, bem A crise que se abate sobre os movimentos sociais, 38. f como orientar as entidades filiadas a participarem em especial sobre o movimento sindical, em muitos mo- 39. f dos Conselhos nos Estados; mentos de nossa luta é assustador. Dissolvem-se todas 16 lista, que tem o socialismo como objetivo final da luta e a unidade como valor estratégico na luta de classes. 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Ação Popular Socialista - APS Resoluções » 1. a as relações sociais antigas e cristalizadas, com o seu POLÍTICAS PERMANENTES 2. a cortejo de representações e concepções secularmente O Tempo não Pára... Socialismo ou Barbárie 3. a veneradas. O descrédito para com a luta e mobilização te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro 4. a dos trabalhadores e trabalhadoras em nível nacional, transformam um pais inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro 5. a estadual e municipal é muito grande. O SEPE/RJ realizou um plebiscito que definiu pela Além do PAC, do PED, das reformas e medidas 7. a desfiliação à CUT e outras entidades filiadas passam neoliberais, o Governo Lula lançou o Projeto das Fun- 8. a por processo semelhante. Novas alternativas surgiram dações Estatais de Direito Privado, cujos objetivos 9. a como a Intersindical, CONLUTAS e a Central Clas- centrais, são: favorecer o setor privado em detrimen- 10. a sista, comprovando que a CNTE não pode mais ficar to dos serviços públicos; propiciar a privatização dos 11. atrelada à CUT, sob pena de abrir outra crise na organi- serviços públicos; cassar direitos trabalhistas, sociais 12. a zação dos trabalhadores e trabalhadoras em educação, e previdenciários; reduzir o papel do Estado e seus in- 13. a buscando constituir uma Confederação desatrelada a vestimentos nas políticas públicas de caráter universal; 14. f CUT, autônoma, classista, combativa e verdadeiramen- impor a avaliação de desempenho como forma de ar- 15. f te independente de partidos políticos e governos. rochar salários; promover a fragmentação, a divisão e 16. f Assim propomos as seguintes reformas estatutá- a discriminação entre os trabalhadores/trabalhadoras, 17. f rias: aumentando as profundas distorções de remuneração 6. a 18. f Art. 4º- h)- supressão entre os mesmos; contratar trabalhadores para desen- 19. f § 2º - supressão da letra h; volverem serviços públicos, sem concurso público, 20. f seção III- Art. 20- § 2º- ...terão prazo de até 120 como exige a constituição federal; reduzir os recursos 21. f públicos ou socializar os existentes, condicionando o dias... 22. f Art. 29- repasse dos mesmos à política de metas e à avaliação 23. f e) apresentar balancete ao conjunto da Diretoria de desempenho; Impedir o controle social sobre os ser- 24. f executiva em todas as reuniões; bem como o semestral 25. f ao CNE e o relatório anual. 26. 27. f viços públicos. Diante de todos estes ataques, defender as políticas h) garantir todas ass informações necessárias para sociais públicas e universalizantes, é tarefa permanente de quem luta em defesa da vida. a reunião semestral do Conselho fiscal; 28. f Seção IV Em defesa da Seguridade Social 29. f Art. 22- acrescentar a Secretaria de Funcionários Os defensores da privatização pregam que se deve pri- 30. f Administrativos e a de Combate a Discriminação Ra- vatizar a Previdência porque há déficit crescente e por- 31. f cial...e duas Secretarias adjuntas. que o brasileiro está vivendo muito. Não podemos cair 32. f Capítulo IV- Art. 47: A diretoria da CNTE será neste discurso e devemos conscientizar a população 33. f eleita em chapa completa por votação direta, garantin- de que: 1) A Previdência Pública é o maior patrimônio 34. do-se a proporcionalidade direta e qualificada dos vo- construído com o dinheiro do povo brasileiro. O maior 35. f tos dos delegados e delegadas presentes à plenária do programa social do país (20 vezes maior que o Bol- 36. f Congresso. sa-Família). Patrimônio dilapidado, através de desvios 37. f Supressão do parágrafo único legais e ilegais, sonegações e fraudes gigantescas; 2) A 38. f Capítulo V- supressão do Art. 54. previdência tem mais de R$ 250 bilhões a receber dos devedores; 3) De cada 3 aposentados e pensionistas, 2 39. f 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 17 Caderno de Ação Popular Socialista - APS Resoluções » 1. a recebem benefício de um salário mínimo; 4) A aposen- No mundo todo a população homossexual é cerca 2. a tadoria rural reduz o êxodo rural. Com a Previdência de 10%. Na última década o movimento GLBTT teve 3. a privatizada, os trabalhadores rurais e cerca de 40 mi- grande protagonismo social e deu visibilidade a gays, 4. a lhões de trabalhadores informais serão excluídos. lésbicas, travestis e transgêneros. Passou a denunciar 5. a No Fórum Nacional da Previdência está sendo elabo- o preconceito, as diversas formas de violência contra 6. a rada mais uma reforma, que tem como objetivo: aumentar esses grupos e a cobrar políticas públicas e igualdade 7. a o tempo de contribuição de 30 para 35 anos (mulheres) e de direitos para casais homossexuais. 8. a de 35 para 40 anos (homens); acabar ou reduzir a diferença Uma das principais bandeiras é a aprovação da 9. a de idade entre a aposentadoria das mulheres e dos homens; união civil entre pessoas do mesmo sexo, cujo proje- 10. a aumentar para 65 e/ou 67 anos, a idade para a aposentadoria, to está há quase uma década engavetado no Congresso 11. Nacional, sofrendo diversos ataques de grupos reacio- dentre outros ataques. 12. a O Governo Lula quer acabar com sua aposentadoria! nários e religiosos . 13. a Diga não à Reforma da Previdência! O movimento organizado já obteve o reconheci- Em Defesa dos Direitos da Mulher mento de diversos direitos, inclusive, de caráter previ- 14. f 15. f Como sabemos, na sociedade capitalista as mulhe- denciário. 16. f res são discriminadas: sofrem com a opressão, a ex- Combate-se o preconceito com o apoio efetivo às 17. f ploração e a violência por razões de sexo; recebem reivindicações do movimento GLBTT e com investi- 18. f os menores salários; convivem com a dupla jornada de mento em políticas de formação que garantam a diver- 19. f trabalho; com o desemprego e o subemprego. E as ne- sidade, preparando os trabalhadores e as trabalhadoras 20. f gras são mais discriminadas ainda. para lidar com as diferenças, principalmente de orien- 21. f A pesquisa “Retrato das Desigualdades”, realizada tação sexual. 22. f pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Raça e Etnia 23. f e pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas A população brasileira é composta por pessoas de 24. f para a Mulher (Unifem), demonstra que dos 10% mais diversas raças e etnia. Isso se reflete no cotidiano dos 25. f pobres da população brasileira, dentre o total de 30,2% trabalhadores e trabalhadoras em educação, que lidam 26. de pobres, 71% são negras. com os diferentes grupos étnicos e raciais em suas ati- 27. f A violência contra a mulher atinge dados alarman- 28. f tes: a cada 15 segundos uma mulher é agredida por um No Brasil, 70% dos 22 milhões de brasileiros que 29. f homem no Brasil e de cada 10 mulheres agredidas 07 sobrevivem abaixo da linha de pobreza são negras/ne- 30. f são vítimas do seu próprio companheiro. A causa prin- gros. A resistência e a luta da população negra desde os 31. f cipal do aumento da violência é a impunidade que per- navios negreiros até hoje, nas favelas, cortiços, fábricas 32. f mite que esta continue. A CNTE e os sindicatos filiados e escolas, serve de estímulo à luta pela construção de 33. f devem intensificar a luta pelos direitos da mulher e de- outra sociedade, sem discriminação racial, sem explo- 34. bater com a categoria a questão da violência, divulgar, radores e explorados, opressores e oprimidos. 35. f defender e cobrar dos poderes públicos o cumprimen- Nos últimos anos tem havido uma batalha muito 36. f to da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) que visa grande no âmbito internacional, objetivando a repa- 37. f coibir e prevenir a violência doméstica e familiar no ração dos danos causados especialmente à população 38. f Brasil. negra, com a escravização européia. A aplicação de 39. f Educação pela Diversidade e Sem Homofobia políticas afirmativas é uma tentativa de minimizar os 18 vidades e, também, são parte desses grupos. 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Ação Popular Socialista - APS Resoluções » 1. a efeitos de toda a discriminação sofrida. Daí as quotas desrespeitadas. Os interesses da Igreja e do Estado 2. a para negros nas universidades, quotas na contratação determinavam a vida e a morte dos povos indígenas 3. a para serviço público, bolsas de financiamento de cur- e durante séculos estiveram atrelados, promovendo a 4. a sos e introdução nos currículos escolares de disciplinas miséria, a violência, o preconceito e a morte em massa 5. a como história da África, manifestações folclóricas do desses povos. A política promovida pela FUNAI com o 6. a povo negro. intuito de “integrar o índio à sociedade brasileira”, não 7. a As cotas, o reformismo e o sectarismo é muito diferente da política implementada pela Igreja 8. a As políticas de ação afirmativa encampada pelo e o Estado, durante mais de 500 anos. As “portas das 9. a governo federal assumem, cada vez mais, um recorte Aldeias” foram abertas para os missionários, favore- 10. a conservador, de viés assistencialista. O princípio da ga- cendo a decadência do orgulho indígena, a invasão por 11. rantia de igualdade de condições, dentro de uma pers- parte dos latifundiários das terras indígenas e outras 12. a pectiva de discriminação positiva que viabilize a eqüi- formas de descaracterização do povo que habita estas 13. a dade, tornou-se política compensatória e instrumento terras, há milhares de anos. 14. f de divisão do movimento, cooptação e barganha polí- A política equivocada de demarcação de terras com 15. f tica, desmobilizando e reduzindo o horizonte político construção de aldeias próximas às cidades, sem terras 16. f e a emancipação do povo negro. Defendemos a políti- suficientes para o plantio, tem condenado nações in- 17. f ca de cotas, enquanto tática, na medida que constrói o dígenas à mendicância, à fome e à extinção de muitas 18. f norte estratégico da eqüidade. Posições estreitas, como etnias. 19. f as que consideram definem o atrelamento ao Governo, A atual política indigenista do governo federal 20. f pela posição que se tem em relação às cotas, desvir- não difere das implementadas por governos anteriores. 21. f tua o debate e em nada contribuem para a luta do povo Mantém a visão tutelar e oficialista, ignorando a pauta 22. f negro. de reivindicações construída e encaminhada ao Gover- 23. f A implementação da Lei 10.639/03, que estabelece no Lula, pelos povos indígenas. 24. f a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro- Hoje no Brasil existem cerca de 240 etnias, falan- 25. f Brasileira, esbarrou na formação insuficiente para que do 180 idiomas. A luta desses povos originários é a 26. fosse universalizada nas escolas. A estrutura pedagógi- mesma que ocorre em toda a América Latina: luta pela 27. f ca, tanto das Secretarias de Educação, quanto do MEC, demarcação das terras, pela educação e saúde diferen- 28. f não oferecem respostas à altura desta nossa conquista. ciadas, pela punição dos assassinos das lideranças in- 29. f A luta continua portanto, pela conquista e efetivação dígenas. Esta luta é nossa! E dentro das escolas, muito 30. f dos nossos direitos, não só na lei, mas na vida. podemos fazer para apoiá-la. 31. f Em defesa dos direitos dos povos originários ASSINAM ESTA RESOLUÇÃO 32. f “Ninguém respeita aquilo que não conhece. 33. f Precisamos mostrar quem somos, a força da nossa Gesa Linhares Corrêa. Executiva CNTE; Coorde- cultura. Só assim vão respeitar e admirar o que nação Intersindical e SEPE/RJ; Lujan Bacelar de temos.” Miranda - Coord. Nac. Intersindical e SINTE/PI; 34. 35. f 36. f Wabuá Xavante Pedro Paulo Vieira Carvalho - Coord. Nac. Inter- 37. f E assim transcorreram 507 anos de usurpação das sindical e APEOESP/SP; Marize de Oliveira Pin- 38. f terras de seus verdadeiros donos - os povos originários. to.-SEPE/RJ e Coordenação Estadual Intersindical/ 39. f Em nome de Deus, sua cultura e religiosidade foram Rio; Eloy Borges- SINTEPP/PA; Ornildo Roberto 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 19 Caderno de Ação Popular Socialista - APS Resoluções » 1. a de Souza- SINTE/RR; Èrica Joyce Cavalcanti- cia Flausino dos Santos.- SEPE/RJ; Márcia Maria 2. a SINTERR/RR; Gerson Gonçalves de medeiros- da Cunha- SEPE/RJ; Marcos Rangel- SEPE/RJ; 3. a SINTEAM; Antônio Bonfim- SINPEEM; César Maria Anita da Silva – SINTE-PI; Maria José Bar- 4. a Carneiro- APLB/Ba; Swami Bérgamo –SINDIU- bosa- SINTEPP/PA; Maria José Dutra- SINTEPP/ 5. a PES; Marcos Podestá- SINDIUPES; Luíza Milca PA; Mariana Ferreira da Silva- SEPE/RJ; Marino 6. a B. de Sá – SINTE-PI; Alberto Andrade Jr- SIN- Brito- SINTEPP/PA; Mariza do Amor Divino- 7. a TEPP/PA; Ana Rosa de Souza K.- SINDIUPES; SEPE/RJ; Marluzi Bonelli de Oliveira- SEPE/RJ; 8. a Antônio Carlos Martins- SINTEPP/PA; AntônioC. Mauro Borges- SINTEPP/PA; Mônica Brito; Neto 9. a Martins- SINTEPP/PA; Aparecida Cirlene - SIN- do Acará- SINTEPP/PA; Osmarina Lopes Vieira – 10. a TEPP/PA; Araceli Lemos- SINTEPP/PA; Augusto SINTE-PI; Otavio Pineschi Mota – SEPE/RJ; Pau- 11. Santos- SINTEPP/PA; Carla Ribeiro de Carvalho- lo Henrique- SEPE/RJ; Priscila de Barros Pereira 12. a SEPE/RJ; Carlos Pletsch - SEPE/RJ; Cecília Hele- – SEPE/RJ; Quelei Cristina de Oliveira -SEPE/RJ; 13. a na Migliore (Apeoesp Sorocaba); Conceição Ho- Raimundo Coelho- SINTEPP/PA; Randel Salles- 14. f landa- SINTEPP/PA; Danilo Pesciotta- SEPE/RJ; SINTEPP/PA; Regina Tavares- SINPEEM; Rildo 15. f Edmilson Gomes- SEPE/RJ;Edmilson Rodrigues- Bentes- SINTEPP/PA; Ronaldo Rocha-SINTEPP/ 16. f SINTEPP/PA; Eduardo Tacto- SEPE/RJ; Eliane PA; Rosa Olívia- SINTEPP/PA; Rosalina- SEPE/ 17. f Gonçalves Costa (Apeoesp-Franco da Rocha); RJ; Rosangela Quequetto (Apeoesp-Franco da 18. f Eliane Passos- SEPE/RJ; Eliane Tantoja- SIN- Rocha; Rosângela Sousa – SINTE-PI; Rosele de 19. f TEPP/PA; Elizabeth Soriano –SEPE/RJ; Elizan- Cassia Martins – SEPE/RJ; Rubenixson Farias; 20. f gela Maria Pinheiro Costa- SINTEPP/PA; Enildo Sandra Azevedo- SINTEPP/PA; Sandra- SEPE/ 21. f Santos- SEPE/RJ; Eva Dionísio- SEPE/RJ; Fábio RJ; Sandra Severo – SEPE/RJ; Sérgio Martins 22. f Nogueira- SINPEEM; Fátima Macapá- SINTEPP/ da Cunha- APEOESP; Sérgio Tadeu- SEPE/RJ; 23. f PA; Fernando Borges Correia (Apeoesp-Taubaté); Sibila Do Amaral- SEPE/RJ; Solange- SEPE/RJ; 24. f Fortunato Damasceno- SINTEPP/PA; Francilene Stenio Matheus de Morais Lima (Apeoesp-cotia); 25. f Rocha- SINTEPP/PA; Helton Farias- SINTEPP/ Tatiana- SEPE/RJ; Valmir Bastos- SINTEPP/PA; 26. PA; Inês Paes—APEOESP/Mogi; Jair Pena- SIN- Walmir Freire- SINTEPP/PA; Washington Costa- 27. f TEPP/PA; Janete Benjamim Freitas- SINTEPP/ FAETEC/RJ; Wilder Cassio de Freitas (Apeoesp- 28. f PA; Javier Souza- SINTEPP/PA; Joana Mauthus Jundiaí ); Williams Silva- SINTEPP/PA; Zé Rodri- 29. f – SEPE/RJ; Jorge Luiz de Oliveira- SEPE/RJ; Jor- gues- SINTEPP/PA; Zilton Junior – SINTE-PI. 30. f ge Paes- APEOESP; Josafá Rehem- APEOESP; 31. f José Carlos Calado- APEOESP- Franco da Rocha; 32. f José Mateus- SINTEPP/PA; José Rodrigues; Kelly 33. f de Moraes- SEPE/RJ; Kezia Suely Ferreira de Al- 34. meida- SINTEPP/PA; Leila Regina Casote (Apeo- 35. f esp- Jundiaí); Lena Pena- SINTEPP/PA; Lenilson 36. f ´Duarte-SEPE/ RJ; Luisa Gomide- SEPE/RJ; Luiz 37. f Araújo- Pará; Luiz Felipe- SEPE/RJ; Luíza Milca 38. f B. de Sá – SINTE-PI; Marcelino Almeida (Apeo- 39. f esp- Sorocaba)-; Márcia Cristina- SEPE/RJ; Már- 20 VOLTAR AO ÍNDICE 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação Sindical Resoluções » Articulação Sindical 1. a 2. a 3. a 4. a CONJUNTURA INTERNACIONAL Apesar das dificuldades progridem as articulações A agenda climática domina os debates mundiais, ao internacionais dos trabalhadores e demais setores que 6. a lado dos conflitos armados e da postergada erradicação se opõem ao modelo hegemônico e lutam por uma nova 7. a da pobreza. configuração política, econômica e social. Experiên- 5. a São desafios que se apresentam em um contexto cias e governos, identificados com valores alternativos 9. a marcado pelo peso da hegemonia dos Estados Unidos, avançam na América Latina, cujo momento é caracteri- 10. a que mantêm enfraquecido o multilateralismo nas rela- zado pela expansão e o fortalecimento das forças popu- ções internacionais e a insegurança global com a guerra lares, de movimentos sociais e governos progressistas. 12. a no Iraque e a inobservância aos tratados de diminuição O Brasil tem ampliado seu protagonismo no cenário 8. a 11. 13. a de poluentes no ecossistema. internacional, seja pela aproximação com o continente 14. f Os impactos da política belicosa dos EUA con- africano, seja capitaneando o G-20 (grupo de países 15. f somem trilhões de dólares e são sentidos para além que luta pelo fim dos subsídios agrícolas na OMC), ou 16. f do Oriente Médio. A desvalorização da moeda norte- mesmo contribuindo para o fortalecimento das relações 17. f americana afeta a economia mundial e torna os produ- entre os países latino-americanos, em especial do Mer- 18. f tos exportáveis dos países em desenvolvimento menos cosul, que deverá contar com novos parceiros oficiais. 19. f competitivos. Por outro lado, a OMC não retoma a Ro- Esta política juntamente com a criação do Banco do Sul 20. f dada de Doha, responsável pela fixação de patamares ratifica a posição da Região contra a ALCA e responde 21. f aos subsídios produtivos e às tarifas alfandegárias mun- aos Tratados de Livre Comércio impostos pelos EUA a 22. f diais, corroborando ainda mais para o agravamento das muitos países, sobretudo da América Central. 23. f distorções de riqueza no planeta. O governo Lula também teve um papel decisivo 24. f O risco de uma guerra civil entre palestinos, os con- para o avanço das forças progressistas na América La- 25. f flitos armados no Líbano, a pressão da Turquia sobre tina, com a vitória da esquerda na Bolívia, no Equador, 26. os curdos no norte do Iraque e a instabilidade política na Nicarágua e a reeleição de Chávez na Venezuela. 27. f no Paquistão demonstram o fracasso das intervenções Em prevalecendo os ares democráticos, o Paraguai ele- 28. f do governo norte-americano na região. Movido pelo gerá em breve um governo progressista. 29. f cenário desfavorável à sucessão presidencial, Bush en- Já o Fórum Social Mundial continua sendo um es- 30. f saia retomar as negociações entre Israel e a Autoridade paço de interlocução social pautado na construção de 31. f Palestina, mas nada de concreto foi apresentado até o um novo mundo, possível e necessário, devendo ser 32. f momento. priorizado por todas as forças populares. 33. f Em meio às turbulências, a Europa reveste-se de CONJUNTURA NACIONAL 34. conservadorismo. A França enfrenta grave crise sócio- 35. f econômica, sobretudo nos subúrbios de imigrantes afri- As mazelas seculares impostas pelas elites do país 36. f canos, ao tempo em que elegeu um presidente que pro- ainda marcam a condição de vida da maioria da popu- 37. f meteu flexibilizar direitos trabalhistas e previdenciários. lação brasileira e permeiam as estruturas de Estado, a 38. f A União Européia fecha-se cada vez mais aos países do exemplo do processo endêmico de corrupção, alastrado 39. f leste, que tentam sem sucesso ingressar no Bloco. nos diferentes níveis e esferas de poder, e da vexatória 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 21 Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a distribuição de renda, que marginaliza regiões e sobre- Polícia Federal. O Brasil joga o papel decisivo para o 2. a carrega os menos afortunados. A política neoliberal avanço das forças progressistas na América Latina, o 3. a empregada recentemente no país, além de pactuar com que, junto com a incursão no cenário mundial, o acerto 4. a o processo de exploração social e econômica, dilapidou reflete a pujança da política externa do governo. 5. a o patrimônio e desestruturou a máquina pública redu- Esse saldo positivo, expresso na aprovação de mais 6. a zindo-a excessivamente e retirando direitos dos servi- de 60% da população, tem feito as forças conservado- 7. a dores. ras extrapolarem o limite da responsabilidade. A reelei- 8. a A dívida social ainda é grande. Falta qualidade à ção do presidente Lula, além de significar nova vitória 9. a educação, à saúde e à segurança pública. Os déficits de do povo sobre a elite, fez escancarar a faceta desonesta 10. a moradia e de esgoto são consideráveis. As cidades não da grande mídia que, desde meados de 2005, emplacou, 11. comportam tantas favelas. A reforma agrária carece de em conluio com a oposição política, um ritmo aluci- 12. a avanços. A justiça continua inacessível ao pobre, exce- nante de denúncias e uma campanha de desinformação 13. a to para puni-lo. Mas mesmo com todos esses proble- - elitista e preconceituosa - com claro e indisfarçável 14. f mas avanços inequívocos já podem ser notados ao final cunho golpista, objetivando abreviar o mandato presi- 15. f do quinto ano de gestão do presidente Lula. dencial e derrotar o projeto democrático e popular. 16. f A economia, após décadas de estagnação, volta a A mobilização social do segundo turno das elei- 17. f ter desempenho robusto. O Salário Mínimo ganhou po- ções presidenciais, motivada pelo novo eixo da cam- 18. f lítica de reajuste acima da inflação; o emprego formal panha, que apontava corretamente o risco da volta das 19. f cresceu mais que em 8 anos de FHC; a maioria das ca- privatizações e do corte dos investimentos sociais, re- 20. f tegorias teve aumento salarial significativo; a indústria, dundou em mais de 20 milhões de votos de vantagem 21. f o setor agrícola, a construção civil, os serviços e outros para Lula, mostrando que o povo rechaçou o projeto 22. f setores da economia batem recordes de produção; os conservador e exigiu, mais uma vez, o aprofundamento 23. f créditos pessoal e empresarial se expandiram; a balan- das mudanças políticas, sociais e econômicas. 24. f ça comercial acumula sucessivos superávits; as reser- Com a oposição enfraquecida, após as eleições, a 25. f vas cambiais e os investimentos externos produtivos mídia voltou a assumir a prerrogativa de contrapor o 26. estão em alta; a bolsa de valores pulou de 10.000 pon- governo. A tática de criar crises com o objetivo de ro- 27. f tos para mais de 60.000; a crise imobiliária americana tular a gestão federal de corrupta, incompetente e as- 28. f que afetou diversos países passou ao largo do Brasil e sistencialista se manteve. O ataque aos partidos e aos 29. f tem ajudado o país a captar investimentos, dada a soli- movimentos de esquerda, sobretudo o PT e a CUT, e a 30. f dez dos indicadores econômicos. paralisia do parlamento que, em última instância, tam- 31. f Seguindo a mesma trajetória da economia, os indi- bém afeta o desempenho das políticas governamentais, 32. f cadores sociais apontam significativos avanços: redu- é outra estratégia visando à desestabilização. O malfa- 33. f ção da pobreza, maior acesso ao consumo, melhor dis- dado esquema do “mensalão”, que ora é julgado pelo 34. tribuição de renda – embora ainda ocupemos as últimas STF, representou o ápice da crise midiática no primeiro 35. f posições no ranking mundial -, priorização de políticas mandato de Lula. Até o momento nenhum indiciado 36. f sociais, como o Fundeb, o Bolsa-Família, as ações afir- foi condenado. Para a sociedade, no entanto, mais que 37. f mativas, as políticas para as mulheres e a agricultura condenações de pessoas, espera-se o esclarecimento 38. f familiar. Também as quadrilhas de colarinho branco cristalino sobre o que representou esse esquema obscu- 39. f e o crime organizado passaram a ser combatidos pela ro. Novas “crises” se apresentam no início do segundo 22 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a mandato. A tentativa de imputar ao governo a tragédia POLÍTICA SINDICAL 2. a com o avião da TAM em Congonhas/SP, o direciona- Com a política sindical permanente e articulada 3. a mento ao executivo contra o presidente do Senado, entre suas entidades sindicais filiadas e à CUT – Cen- 4. a Renan Calheiros, e o natimorto camuflado Movimento tral Única dos Trabalhadores, a CNTE consolidou-se 5. a Cívico pelo Direito dos Brasileiros (Cansei), não ren- no cenário nacional como protagonista na conjuntura 6. a deram os frutos esperados pela mídia elitista. política e educacional em defesa e ampliação dos direi- 7. a Seguindo sua trajetória de luta, independente e tos dos trabalhadores em educação no país. Um papel 8. a autônoma, o movimento sindical, em especial a CUT, construído ao longo de sua história sob os princípios 9. a não deixou de se manifestar em nenhuma das situações democráticos e de liberdade e autonomia frente aos 10. a conjunturais. O apoio ao governo Lula representa uma governos, na perspectiva de avançar na consolidação 11. opção de ruptura com o sistema neocolonial até então de uma educação pública emancipadora e de qualidade 12. a vigente no país. Isso, porém, não tem impedido o movi- social, voltada aos anseios de desenvolvimento social 13. a mento de cobrar as ações deliberadas pelo conjunto da e econômico da classe trabalhadora, com vistas a uma 14. f classe trabalhadora. Mudanças na economia (redução sociedade justa, democrática e socialista. 15. f dos juros, do superávit e fim da DRU) e efetiva partici- 16. f pação nas decisões políticas são duas delas. Atualmente convivemos com uma conjuntura ímpar no Governo Lula. Por um lado, os espaços de inser- 17. f O fim da tutela do FMI e do Banco Mundial e a ção e reconhecimento político dos trabalhadores foram 18. f implementação do Programa de Aceleração do Cresci- ampliados e, por outro, cisões têm ocorrido tanto por 19. f mento representam passos importantes para a ruptura divergências de projetos quanto por aspirações polí- 20. f do padrão anterior do Estado brasileiro. O PAC cana- ticas fundadas, sobretudo, numa nova perspectiva de 21. f liza investimentos públicos para a produção e para in- organização sindical. A previsão de sustentabilidade fi- 22. f fra-estrutura social, além de prever redução das metas nanceira terá conseqüências positivas – como o aumen- 23. f do superávit primário. 80% de seus recursos são oriun- to da capacidade de mobilização - e negativas – como 24. f dos de quatro empresas estatais, que por luta da classe a fragmentação do movimento social. Também por este 25. f trabalhadora, em especial da CUT, não foram privati- motivo, reiteramos nossa defesa histórica contra o Im- 26. zadas. Porém, ajustes precisam ser feitos ao Progra- posto Sindical. A perpetuação de sindicatos de “gave- 27. f ma. Os trabalhadores têm lutado pela retirada do PLP ta”, que desvirtuam a legítima luta dos trabalhadores, 28. f 01/07, uma vez que penaliza a valorização do serviço é outro argumento para nossa defesa contra o imposto 29. f público e do funcionalismo. Também atuam no sentido compulsório. 30. f de transformar o PAC em programa de desenvolvimen- Embora primemos pela liberdade de organização 31. f to. No campo da educação, a CNTE tomou a decisão de sindical, a pulverização das Centrais é um fator preocu- 32. f disputar os conceitos do Plano de Desenvolvimento da pante para o conjunto da classe trabalhadora, enfraque- 33. f Educação. Outras categorias deverão agir de igual for- cendo perante os governos e os patrões. Entendemos 34. ma em suas respectivas áreas. Supõe-se continuidade que o momento exige unidade, instrumentalização para 35. f da luta pela reforma agrária, pela distribuição de renda, qualificar as ações, comprometimento político na su- 36. f pelo emprego, pela moradia, pela democratização dos peração das diferenças internas e a ampliação do apoio 37. f meios de comunicação de massa e pela justiça econô- dos movimentos sociais e populares com vistas a pres- 38. f mica e social. sionar o governo Lula a alterar o rumo da economia e a acelerar as políticas sociais. 39. f 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 23 Caderno 1. a de Articulação Sindical Resoluções » A CUT, neste sentido, tem atuado de forma com- mobilizações em defesa da educação pública, com a 2. a prometida e independente. Ao mesmo tempo em que Marcha da Educação, realizada em 25 de abril de 2007; 3. a reconhece os avanços na gestão pública mantém forte na estratégia de implementação do Piso Salarial Profis- 4. a cobrança da pauta dos trabalhadores; e faz isso de for- sional do Magistério (e para os demais profissionais da 5. a ma plural, procurando absorver as legítimas reivindi- educação); na defesa da redução dos juros e do superá- 6. a cações dos diferentes matizes ideológicos. Contudo, o vit primário; pela redução da jornada de trabalho sem 7. a acirramento político no campo da esquerda tem dificul- redução de salários; pelo respeito à organização dos 8. a tado maior aproximação das pautas dos trabalhadores. trabalhadores; por uma previdência universal com am- 9. a A defesa do Estado e do serviço público, histori- pliação de direitos; por reforma agrária; nos incentivos 10. a camente, sempre foi empunhada pelos trabalhadores, à agricultura familiar; por aumentos reais de salários e 11. geração de emprego e renda; por soberania nacional. através de uma organização sindical ampla e coesa. 12. a Não foi de outra forma que o país redemocratizou-se e Em consonância, a CNTE tem empreendido esfor- 13. a que o Estado Democrático e Social de Direito firmou- ços para a construção de agendas unificadas, com fortes 14. f se constitucionalmente. Esta é uma luta cara aos tra- mobilizações em defesa do Piso Salarial Nacional que 15. f balhadores e que tem passado por sucessivos ataques traduza uma real valorização dos educadores; na in- 16. f da ala liberal. E a CNTE e a CUT não se eximem em serção política frente ao Plano de Desenvolvimento da 17. f defender a gestão pública, a manutenção do dever de Educação; na efetiva aplicabilidade do Fundeb; contra 18. f Estado, não somente a responsabilidade financeira das a terceirização e pela valorização da carreira dos edu- 19. f políticas públicas, mas a responsabilização de todos os cadores (professores e funcionários de escola). 20. f gestores. Sobre a reforma sindical, a CUT não se eximiu em 21. f Em meio a constantes lutas por preservação e debatê-la no Fórum Nacional do Trabalho, e condicio- 22. f ampliação de direitos, novos ataques ocorreram com nou a continuidade de sua participação a não apresen- 23. f disfarçadas roupagens. A terceirização de serviços pú- tação de nenhuma proposta que visasse retirar direitos 24. f blicos é recorrente e a flexibilização na contratação de dos trabalhadores. A luta, agora, consiste em estabele- 25. f servidores, desta vez, se fez notar pela regulamentação cer a negociação coletiva para em seguida avançar na 26. das fundações estatais do governo Lula. Governos esta- regulamentação do direito de redução de conflitos. Os 27. f duais e municipais empreenderam grande esforço para servidores rejeitam a tese de o judiciário legislar sobre 28. f aprovação da matéria alegando falta de condições e de o assunto, uma vez que a Constituição, explicitamen- 29. f recursos financeiros para atender à demanda por servi- te, remete ao Congresso Nacional a regulamentação da 30. f ços públicos essenciais. matéria. 31. f Não obstante necessitarmos rever formas de en- Para avançar na perspectiva de uma política sindi- 32. f frentamento aos recorrentes ataques neoliberais, o po- cal de valorização da educação pública e de seus tra- 33. f sicionamento combativo e propositivo da CUT e seus balhadores, defendemos que a CNTE e a CUT tenham 34. Sindicatos filiados, frente a atual conjuntura, eviden- os seguintes posicionamentos, além dos elencados no 35. f cia o potencial de inserção política dos trabalhadores, Plano de Lutas: 36. f como as lutas pela revisão do processo de privatização » Manter o posicionamento sindical autônomo frente 37. f da Vale do Rio Doce; contra a redução do poder fisca- ao Governo Lula, mediante a constante mobiliza- 38. f lizador do MTb; pela manutenção do veto presidencial ção para pressionar o governo a romper com o atu- 39. f à Emenda nº 3 e pela retirada do PLP nº 01/07. Nas al modelo econômico de desenvolvimento. 24 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a » Lutar pela aplicação das políticas públicas, me- dantes universitários estudam em estabelecimentos pú- 2. a diante a responsabilização dos governos pela ofer- blicos, sendo que 54,3% pertencem ao grupo dos 20% 3. a ta, financiamento e gestão, erradicando qualquer mais ricos; as pessoas brancas têm rendimento, em mé- 4. a forma de terceirização e privatização dos serviços dia, 40% maior que as pessoas negras ou pardas. 5. a públicos. O problema da educação brasileira se confunde 6. a » Defender no processo de construção das políticas com a imensa desigualdade regional, de renda e de 7. a públicas ou reformas, a participação dos segmen- oportunidades. É fruto, também, do descaso das autori- 8. a tos representativos dos trabalhadores, em espaços dades públicas, que há séculos relegaram este direito ao 9. a institucionais deliberativos e consultivos. povo e se concentraram em manter o status quo de uma 10. a » Lutar pela implementação da negociação coletiva e elite apartada dos compromissos sociais e do desenvol- 11. pelo direito de greve para os servidores públicos, e vimento soberano e com justiça. A CNTE tem apontado 12. a pela não utilização do interdito proibitório. este diagnóstico, há tempos, mas as condições políticas 13. a 14. f nunca foram propícias às mudanças necessárias. POLÍTICA EDUCACIONAL O cerne da crise educacional está na educação bá- 15. f No mundo contemporâneo não há casos de nações sica. Sua estrutura de financiamento e de organização 16. f que tenham atingido níveis satisfatórios de desenvol- descentralizada impede, em tese, políticas articuladas 17. f vimento sem terem investido maciçamente na educa- para o conjunto dos entes federados. Porém, a Cons- 18. f ção pública. Trata-se de uma prerrogativa que quando tituição e a legislação infraconstitucional possibilitam 19. f postergada gera enorme atraso econômico e uma dívida viabilizar regimes de colaboração que propiciem maior 20. f social cada vez mais complexa e injusta. E não há dúvi- equidade. Os trabalhadores em educação defendem a 21. f da de que o Brasil se encaixa nesta segunda situação. implementação do sistema nacional de educação, com- 22. f A última Pesquisa Nacional por Amostragem de 23. f Domicílios – PNAD/IBGE revela uma tendência de 24. f evolução muito lenta dos indicadores educacionais, A década do neoliberalismo foi marcada por pro- 25. f que ainda causam perplexidade: dentre os/as brasilei- fundas políticas de fragmentação, onde priorizou-se o 26. ros/as com 15 anos ou mais de idade, 14,4 milhões são ensino fundamental em detrimento das demais etapas 27. f analfabetos/as; desses cerca de 10 milhões são negros e modalidades. A desobrigação da União para com a 28. f ou pardos; o Nordeste concentra 35% dos analfabetos educação básica e a conseqüente escassez de recursos 29. f literais; apenas 9,9% das crianças de famílias de bai- gerou agravantes que corroboram com os indicadores 30. f xa renda têm acesso à creche; da população com 0 a 3 acima apresentados: as matrículas na educação infantil 31. f anos de idade, apenas 15,5% está na creche; 47,1% dos sofreram redução; o ensino profissional desvinculou-se 32. f jovens em idade própria freqüentam o ensino médio, do médio e sua fonte de financiamento “secou”; a EJA 33. f em Alagoas esse percentual é de 25,4% e no Nordeste passou a contar com suplemento insuficiente; o comba- 34. fica em 37,9%; a média de estudos do/a brasileiro/a é te ao analfabetismo foi delegado a ONGs; o processo 35. f de 7,2 anos, sendo 3,9 anos entre os 20% mais pobres de municipalização aprofundou a crise da qualidade, 36. f e 10,2 anos entre os 20% mais ricos; apenas 8,6% das com profissionais desvalorizados, sistemas sem plane- 37. f pessoas com mais de 25 anos de idade possuem 15 anos jamento, escolas precárias e demandas sem contrapar- 38. f ou mais de estudos, e destes, 78% são brancos, 16,5% tida financeira. 39. f são pardos e 3,3% são negros; apenas 23,6% dos estu- 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em preendendo as políticas de financiamento, gestão, avaliação, currículo e carreira dos educadores. Algumas ações do governo Lula têm sido toma- Educação 25 Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a das exatamente no sentido de reverter essa estrutura do projeto de educação estratégico para o desenvolvi- 2. a neoliberal. O Fundeb retomou o conceito sistêmico mento do País, garantindo a ampla participação social, 3. a de educação, abrangendo todo o nível básico e crian- definindo as responsabilidades do Estado como condu- 4. a do mecanismo de valorização profissional – PSPN. O tor das políticas públicas, exercendo um forte contro- 5. a Piso, em âmbito do Fundeb, está previsto apenas para le social. O tema escolhido para sua primeira edição 6. a os profissionais do magistério, mas a EC 53/2006 – que - Sistema Nacional de Educação - atende os anseios 7. a representa grande vitória da CNTE - estende essa pos- da comunidade escolar e inaugurará o debate oficial 8. a sibilidade aos demais profissionais. A proposta cons- em torno dessa importante política. A CNTE e seus 9. a truída e defendida pela Confederação, em dezembro de Sindicatos filiados devem priorizar a participação nas 10. a 2006, prevê piso diferenciado, com jornada de 30 horas conferências nacional, estaduais e municipais, a fim de 11. verem contempladas suas teses. semanais, sendo R$ 1.050,00 para os profissionais com 12. a nível médio e R$ 1.575,00 para os de nível superior. Seguindo a trajetória de ocupar espaços e dispu- 13. a Também será estratégica a aprovação das Diretrizes tar políticas, nos próximos três anos, a CNTE reforçará 14. f sua atuação sobre os seguintes eixos: Nacionais de Carreira que tramitam no Congresso. 15. f Já o Plano de Desenvolvimento da Educação tem Financiamento: lutar pelo aumento do percentual 16. f a virtude de recolocar o debate educacional na agenda do PIB em educação para 10%, de acordo com o PNE 17. f política e social do país e contempla medidas impor- da Sociedade Brasileira. Pela derrubada do veto ao 18. f tantes para a educação pública. Ele se soma ao esfor- PNE e por novas fontes de recursos. Dados da OCDE, 19. f ço do Governo para expandir a educação profissional, divulgados em setembro de 2007, mostram que o Brasil 20. f com a construção de novas escolas técnicas, de integrar investe apenas 3,9% PIB na educação pública. A média 21. f o ensino médio à educação tecnológica, de ampliar as nos países desenvolvidos, que já atingiram patamares 22. f universidades públicas e as vagas do PROUNI. Toda- mais elevados de infra-estrutura e valorização profis- 23. f via, a ausência de amplo diálogo e a aproximação com sional, gira em torno de 6% e 7% do PIB. No Brasil, o 24. f um único segmento social, o empresarial, representado valor anual por aluno é de US$ 1.303,00 (R$ 2.448,00). 25. f pelo movimento Todos pela Educação, fez com que o A média da OCDE é de US$ 7.527,00 (R$ 14.376,00). 26. PDE tomasse uma conformação meritória e que não O Chile investe o dobro do Brasil. 27. f avançasse nos pressupostos essenciais para alterar, em Valorização profissional: a formação inicial e 28. f caráter amplo e definitivo, o padrão e a concepção edu- continuada, o piso salarial profissional nacional, a jor- 29. f cacionais, caracterizados pelo elevado grau de autono- nada compatível, a carreira e as condições de trabalho 30. f mia das três esferas de governo e pela descentralização devem ser tratadas indissociavelmente com vistas a 31. f das políticas educacionais. Por este motivo, a CNTE melhorar as condições de vida e trabalho dos/as educa- 32. f deve intensificar sua atuação junto ao Plano buscan- dores/as e a qualidade da educação. Os baixos salários 33. f do, também, transformá-lo em política de Estado, com e a falta de perspectiva na profissão têm afastado bons 34. financiamento compatível e com novas perspectivas profissionais e a juventude. O déficit de professores na 35. f de abrangência que contemplem a qualidade social da educação básica ultrapassa a 700 mil vagas. Por isso, 36. f educação. devemos lutar pela constituição de uma política na- 37. f A Conferência Nacional da Educação Básica, mar- cional de formação de educadores, que atenda às de- 38. f cada para acontecer em abril de 2008, deve transfor- mandas de professores e funcionários de escola. Pela 39. f mar-se em espaço de permanente construção coletiva aprovação do Piso Salarial para o Magistério, com base 26 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a na proposta da CNTE, e dar seqüência à mobilização e a aprovação imediata dos projetos de lei 6.206/05 e 2. a pela regulamentação do artigo 206, VIII, da CF (Piso 1.592/03. 3. a para todos os profissionais). Aprofundar o debate sobre Políticas pedagógicas: o sistema educacional do 4. a escola de tempo integral com o objetivo de atender à país carece de inovações, sobretudo na área pedagógi- 5. a demanda por educação de qualidade e a padronizar as ca. Rever as grades curriculares dos cursos de forma- 6. a jornadas de trabalho dos/as educadores/as. Aproximar ção e os estágios probatórios, bem como investir em 7. a a sociedade do debate educacional a fim de tornar a novas tecnologias e formas de interação são questões 8. a educação pública prioridade e prover melhores condi- imprescindíveis. A implementação da lei 10.639/03 e 9. a ções à escola e combater a violência. as regulamentações das disciplinas de sociologia e filo- 10. a 11. Gestão democrática: efetivar essa dinâmica em todos os espaços deliberativos, desde a Conferência e sofia, além do ensino fundamental de 9 anos, também são medidas essenciais. 12. a do Fórum Nacional de Educação, à efetiva colabora13. a ção dos Conselhos de Educação (nacional, estaduais e BALANÇO POLÍTICO DA GESTÃO 14. f municipais) na organização, execução e avaliação da A última gestão da CNTE caracterizou-se pelo 15. f política educacional; na consolidação da autonomia intenso esforço no sentido de ampliar o direito à edu- 16. f dos conselhos escolares e na efetivação da eleição de cação de qualidade especialmente através do financia- 17. f diretores. A participação da comunidade é ponto funda- mento. A aprovação do FUNDEB com as três emen- 18. f mental para o desempenho escolar, e deve ser sempre das propostas pelo movimento – inclusão de creches, 19. f motivada. responsabilidade da União e PSPN – foi uma vitória 20. f Avaliação: os trabalhadores em educação consi- de todas as entidades de base que responderam ao cha- 21. f deram importante estabelecer mecanismos de aferição mamento da Confederação. Persistem dois problemas 22. f sobre o aprendizado do aluno e de seu próprio trabalho. em relação ao financiamento: a derrubada dos vetos 23. f Contudo, não admitem que a responsabilidade de todo ao PNE e o julgamento da ação impetrada pela CNTE 24. f um sistema recaia somente na escola e em seus atores. para pagamento da diferença de valor do custo-aluno 25. f É preciso considerar o universo das políticas públicas, do FUNDEF. A Campanha pela Conversão dos Recur- 26. a efetiva aplicação dos recursos e o comprometimento sos da Dívida Externa em investimento na educação 27. f dos gestores. Investir na avaliação processual, qualita- recuperou um importante debate político e ideológico e 28. f tiva e de caráter sistêmico e democrático, compreen- deve ser reforçada. 29. f dendo-a como instrumento de aperfeiçoamento do pro- 30. f cesso educacional, é uma opção adequada. O projeto de Piso Salarial para os Profissionais do Magistério da Educação Básica, em debate no Con- 31. f Terceirização: a construção de valores fundados gresso Nacional, representa um grande passo no sen- 32. f num projeto de sociedade socialista, defendido pela tido da valorização profissional. A CNTE, no entanto, 33. f classe trabalhadora, é incompatível com medidas que não concorda com o teor da proposta acordada entre os 34. visam desobrigar o Estado em ofertar educação pú- governos federal, estaduais e municipais, especialmen- 35. f blica, laica, gratuita e de qualidade, sem prescindir do te quanto: ao conceito, ao valor, à jornada, à falta de 36. f esforço socialmente articulado. Em vários estados e referência a formação e à não inclusão dos funcionários 37. f municípios, os funcionários de escola estão na ponta de escola. Tem sido intensa a mobilização pela mudan- 38. f do processo de terceirização. Defendemos a ampliação ça do projeto e os Sindicatos filiados têm cumprido um 39. f dos cursos de profissionalização para os Funcionários papel fundamental nesse processo. 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 27 Caderno 1. a de Articulação Sindical Resoluções » Outras lutas dos trabalhadores brasileiros foram Piauí, realizou um trabalho sobre Paternidade e Cida- 2. a incluídas nas mobilizações como: manutenção do veto dania, envolvendo escolas públicas, poderes constituí- 3. a à Emenda 3, que retira direitos trabalhistas; contra o dos e comunidade escolar. 4. a PLP 01, que congela salário dos funcionários federais; A ampliação da base social da CNTE, com a filia- 5. a contra reformas que retirem direitos dos trabalhadores, ção dos municipais, também aumenta a responsabilida- 6. a tanto sindicais quanto previdenciários; pela reforma de da Confederação. Políticas de negociação coletiva 7. a agrária, pela redução da jornada sem redução do salá- foram desenvolvidas para este segmento e realizado 8. a rio. Porém, o PSPN foi responsável pelo êxito da Mar- um Encontro, discutindo suas especificidades. 9. a cha Nacional de 25 de abril, a Aula Pública de 29 de As Secretarias e os Departamentos da CNTE rea- 10. a agosto de 2007 e pelas caravanas semanais em Brasília lizaram, ao longo destes três anos, as seguintes ativi- 11. dades nacionais, algumas precedidas de eventos esta- 12. a com representações dos estados e municípios. Durante os três anos, foi promovida a Semana Na- duais, outras de atividades regionais: IV Encontro Na- 13. a cional em Defesa e Promoção da Educação, com mar- cional do Coletivo Anti-Racismo, Seminário Nacional 14. f cha a Brasília e um Dia de Paralisação Nacional, obje- de Mulheres, VII Encontro Nacional de Trabalhadores 15. f tivando fortalecer as lutas dos Sindicatos e, ao mesmo Aposentados, Seminário Nacional dos Especialistas, 16. f tempo, unificar ações em âmbito latino-americano e Encontro Nacional das Secretarias e Assessorias Jurídi- 17. f mundial. cas, Seminário Nacional de Capacitação do Programa 18. f Junto com luta pelo PSPN, outros projetos estão de Formação da CNTE, Seminário Nacional do Progra- 19. f sendo monitorados, semanalmente, no Congresso e na ma DST/AIDS, VI Encontro Nacional do DEFE. Par- 20. f Justiça, projetos estratégicos, como: diretrizes nacionais ticiparam, ativamente, de atividades voltadas para os 21. f de carreira, lei 11.301/06 (que beneficia especialistas e interesses da categoria e dos trabalhadores, tais como: 22. f diretores) e mudança da LDB para o reconhecimento conferências da Mulher; da Educação Básica do Cam- 23. f dos funcionários de escola como profissionais da edu- po, de Educação Profissional e Tecnológica; de Saúde; 24. f cação. O DEFE e o DESPE tem sido atores importantes da Igualdade Racial; das Cidades; de Meio Ambiente e 25. f nesses embates. Infanto-Juvenil. 26. A política de formação ganhou impulso com um Com representação na Confederação dos Educado- 27. f convênio entre a CNTE e o sindicato norueguês Lara- res Americanos – CEA e na Internacional da Educação 28. f forbündet, e está possibilitando a formação de mais de – IE, a CNTE tem cumprido o papel de inserir-se nas 29. f 3.000 trabalhadores em educação em cursos descentra- lutas internacionais e, ao mesmo tempo, de propiciar 30. f lizados (a previsão era de 2.000) e com instituição da eventos com participação latino-americana no Brasil, 31. f Escola de Formação – ESFORCE. A primeira revista tais como: Seminário GLBTT, Seminário de Gênero, 32. f produzida pela Escola aborda o Plano de Desenvolvi- Curso DST/AIDS. 33. f mento da Educação – PDE, objeto de debate de dois 34. Seminários nacionais e discussões nas instâncias. Aprofundando suas formulações, foi possível à CNTE ampliar, junto ao MEC, a política de profissio- 35. f Continuando sua linha de investigação, a Confe- nalização dos funcionários de escola, através do Pro- 36. f deração realizou uma pesquisa para saber como andam funcionário – hoje em 17 estados – e do Proformação 37. f e o que fazem os educadores aposentados. Esta base – realizado em 16 estados. 38. f social necessita de políticas de integração às atividades A pressão da entidade, junto com outras organiza- 39. f do movimento e de melhoria das condições de vida. No ções, levou o governo a realizar as Conferências Esta- 28 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a duais de Educação preparatórias à Conferência Nacio- dos gestores em relação às políticas e ao erário pú- 2. a nal que acontecerá em abril de 2008. blicos. Contra a corrupção e a impunidade. Algumas atividades de suporte à luta, como Semi- » Manter a luta contra o modelo econômico baseado 4. a nário Jurídico, ampliaram o conhecimento sobre ma- nas altas taxas de juros e no superávit primário. Por 5. a térias importantes para a defesa dos interesses da ca- mais e melhores políticas sociais. 3. a » Combater as políticas militar, expansionista e con- 6. a tegoria. 7. a A política editorial e de comunicação manteve a 8. a revista Mátria, o jornal Mural, o boletim eletrônico se9. a manal e o cartaz anual relativo ao Dia da Consciência 10. a Negra, além de um jornal Mural sobre o mesmo tema; sumista do governo norte-americano e das demais potências mundiais. » Participar dos movimentos pela autodeterminação, soberania das nações e liberdade dos povos. editou cadernos de educação sobre as políticas de Apo- » Promover e participar de campanhas nacionais e 12. a sentados, Anti-racismo e dos Funcionários de Escola; internacionais pela paz, pelo respeito ao meio am- 13. a em cooperação com a OIT, produziu um Mural sobre biente e à dignidade humana. Pela erradicação da 14. f trabalho infantil; promoveu a ampla divulgação da pro- pobreza. 15. f posta de PSPN através de uma cartilha; acrescentou a 16. f revista Retratos da Escola, que terá periodicidade se- 17. f mestral. 11. » Envolver os trabalhadores brasileiros nas ações internacionais desenvolvidas pela IE e CEA. » Mobilizar a sociedade com vistas à ampliação do 18. f Ao patrimônio da Confederação foram incorpo- direito à educação pública, de qualidade social, in- 19. f radas duas salas, reformadas para comportar a Escola clusiva, democrática, laica, de tempo integral, es- 20. f ESFORCE e a biblioteca. pecialmente através do financiamento público (au- 21. f 22. f mento do percentual do PIB, conversão da dívida e PLANO DE LUTAS fim da DRU) e da valorização dos educadores. 23. f A luta dos/as trabalhadores/as em educação, nos » Manter a mobilização em torno da Semana Nacio- 24. f próximos três anos, terá por base a ampliação de di- nal em Defesa da Escola Pública e, se possível e 25. f reitos, seguindo a perspectiva de o movimento eleger necessário, com Marchas Nacionais, Estaduais, 26. pautas ao invés de ser levado a reboque pela conjun- Municipais e com Dia de Paralisação Nacional. 27. f tura. Grande parte das ações contidas no plano de lu- » Lutar pela aprovação dos projetos de lei nº 6.206/05 28. f tas anterior continua válida, mas é preciso melhorar as e 1.592/03, que visam, respectivamente, reconhe- 29. f condições de intervenção apontando as seguintes ações cer os funcionários de escola na LDB e fixar as di- 30. f e estratégias: retrizes nacionais de carreira para os profissionais 31. f » Participar dos fóruns de governo, em especial dos da educação. 32. f da educação, com vistas a propor e disputar proje- » Priorizar a participação da CNTE e de suas afiliadas 33. f tos de interesse da categoria e da classe trabalhado- na I Conferência Nacional de Educação do MEC 34. ra; (abril de 2008), e envidar esforços para consolidar 35. f » Atuar no processo de reformas propostas pelo go- 36. f verno, mobilizando a categoria e em parceria com 37. f outros/as trabalhadores/as, a fim de impedir perdas 38. f de direitos. 39. f de políticas públicas educacionais. » Aprofundar com os gestores a discussão sobre Regime de Colaboração a fim de avançar na consoli- » Cobrar transparência, ética e participação social 30o Congresso Nacional este espaço de debates como propulsor permanente dos Trabalhadores em dação do Sistema Nacional de Educação. Educação 29 Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a » Articular com os executivos e o parlamento a re- » Promover a liberdade e a autônima sindicais. Con- 2. a gulamentação do PSPN, previsto no artigo 206, 3. a VIII, da Constituição Federal, destinado a todos os » Articular com entidades de base e movimentos so- 4. a profissionais da educação, com base na proposta ciais a ampliação de espaços formativos à qualifi- 5. a defendida pelos trabalhadores. cação política e sindical. 6. a » Lutar pela gestão democrática em sentido latu sen- tra a repressão aos sindicatos. » Incentivar as entidades filiadas a desenvolverem as 7. a so, na escola e nos sistemas de ensino, sobretudo atividades do Programa de Formação da CNTE. 8. a pela constituição do Fórum Nacional de Educação, » Fortalecer os coletivos nacionais temáticos das po- 9. a de caráter propositivo. líticas permanentes; 10. a » Lutar pela implementação de uma sólida política » Desenvolver campanhas que apontem para ques- 11. nacional de formação de educadores (professores tões sociais como: direito dos aposentados, das 12. a e funcionários de escola), sob a responsabilidade mulheres, da criança e do adolescente, contra o tra- 13. a do poder público e com oferta pelas instituições de balho infantil e a homofobia. 14. f ensino público superior. » Apoiar a luta indígena, quilombola e de outras et- 15. f » Realizar pesquisas em parceria com entidades e 16. f instituições civis e públicas para averiguar as con- » Incentivar os projetos de reconhecimento de pater- 17. f dições de vida e formação dos educadores e de ava- nidade, de prevenção às DST/AIDS e outros, como 18. f liação dos sistemas educacionais e de seus profis- de meio ambiente e contra todas as formas de dis- 19. f sionais. criminação e xenofobia. nias ou grupos minoritários. 20. f » Promover a capacitação das entidades e dos/as » Lutar em defesa da segurança e promoção da saúde 21. f conselheiros/as sindicais que integram colegiados dos trabalhadores, com a constituição de comissões 22. f públicos, em especial de fiscalização do Fundeb e internas nos locais de trabalho e no serviço público. 23. f de outras políticas educacionais. » Integrar as campanhas nacionais pelo direito a saú- 24. f » Cobrar a regulamentação do ensino fundamental 25. f de 9 anos, das disciplinas de sociologia e filosofia 26. no ensino médio e da lei 10.639/03, que insere a 27. f cultura da África nos currículos escolares. de pública das mulheres e pela descriminalização do aborto. » Divulgar a Lei Maria da Penha nos Sindicatos filiados e nas escolas. 28. f » Lutar contra a terceirização e precarização das con- » Intervir no processo de escolha dos livros didáticos, 29. f dições de trabalho, em especial dos funcionários evitando estereótipos contra mulheres, aposentados/ 30. f de escola. Pela ampliação do projeto Profuncioná- idosos, negros e qualquer posição discriminatória e 31. f rios. inferiorizada de grupos sociais. 32. f » Mobilizar a base da CNTE para aprofundar as » Promover o engajamento dos trabalhadores em edu- 33. f ações pautadas pela CUT que visam à manutenção cação em todos os espaços de formulação de políti- 34. e a ampliação dos direitos da classe trabalhadora. cas públicas. 35. f » Lutar pela redução da jornada de trabalho, pelo di- 36. f reito irrestrito de greve, contra o interdito proibitó- 37. f rio, pela garantia de negociação coletiva no serviço » Lutar pela garantia do modelo de previdência pú- 38. f público e pela expansão dos direitos dos/as traba- blico e solidário e pela aprovação da PEC 481/05 39. f lhadores/as. (Paralela da Previdência). 30 » Apoiar a luta pela inclusão de alunos portadores de necessidades especiais. 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a ESTATUTO 2. a da Diretoria Executiva, dando-lhes, também, maior EMENDA 1: Suprime-se o inciso I do parágrafo 3. a 2º do artigo 4º. 4. a capacidade para encaminhar as deliberações dos Departamentos oriundas das decisões dos Coletivos e En- Justificativa: o mecanismo tornou-se extemporâ- contros institucionais. 5. a neo na medida em que já cumpriu a função de con- EMENDA 6: suprime-se a alínea “c” do artigo 13. 6. a tenção proposta à época em que se abriu a filiação aos EMENDA 7: suprime-se a palavra “móveis” da alínea “m” do art. 21. 7. a sindicatos municipais. EMENDA 2: Acrescenta-se alínea “b” ao artigo Justificativa: os bens móveis, contraditoriamen- 9. a 40: b) acompanhar as questões jurídicas de interesse te, recebem o mesmo tratamento dos bens imóveis no 10. a dos trabalhadores em educação, subsidiando as en- presente Estatuto, dificultando as transações cotidianas tidades sindicais filiadas, instâncias e organismos da da Confederação. Estes, serão deliberados pela Direção 8. a 11. 12. a CNTE. Executiva. 13. a EMENDA 3: Suprime-se o artigo 41. 14. f Justificativa (emendas 2 e 3): após duas gestões 15. f verificou-se que as demandas da secretaria de Legisla- 16. f ção podem ser absorvidas pela Secretaria de Assuntos EMENDA 9: acrescenta-se o artigo 73: “Durante 17. f Jurídicos, motivo pelo qual, aliado a uma maior econo- o período de 1 (um) ano, após encerrado o XXX Con- 18. f mia para a Confederação, propõe-se a fusão das atribui- gresso Nacional, o Conselho Nacional de Entidades 19. f ções de ambas as secretarias. fica autorizado a promover debates sobre os critérios EMENDA 8: acrescenta-se ao final da redação do parágrafo único do artigo 66: “...com exceção ao disposto no artigo 73”. 20. f EMENDA 4: Substitui o artigo 42 por: À Secre- de filiação à Confederação, podendo proceder as al- 21. f taria de Assuntos Municipais compete: a) articular, for- terações estatutárias que julgar necessárias sobre este 22. f mular e acompanhar questões relativas à organização quesito”. 23. f dos servidores públicos municipais da educação, com Justificativa (emendas 8 e 9): a emenda visa pri- 24. f vistas a capacitar suas intervenções em âmbito da Con- vilegiar o profundo debate sobre os critérios de filiação 25. f federação e dos municípios. à CNTE, com o objetivo de resguardar a organização 26. Justificativa: Ao mesmo tempo, propõe-se a extin- dos trabalhadores em educação e o Estatuto da Confe- 27. f ção da Secretaria de Projetos e Cooperação, tendo em 28. f vista que suas tarefas serão absorvidas pela Escola de 29. f Formação - Esforce. Trata-se de um segmento novo na 30. f CNTE, que necessita de políticas específicas, ao me- A CNTE e suas entidades filiadas desempenham 31. f nos temporariamente. A secretaria cumprirá a tarefa de papel fundamental nas ações pela inclusão social, pela 32. f verificar as demandas e de estruturar mecanismos para igualdade de gênero e raça e de combate a todas as 33. f atendê-las plenamente. formas de discriminação. Através de parcerias com o deração. POLÍTICAS PERMANENTES EMENDA 5: Acrescenta-se parágrafo 3º ao ar- movimento sindical, entidades civis e órgãos governa- 35. f tigo 72: Os coordenados de ambos os Departamentos mentais, a Confederação tem desenvolvido, por meio 36. f participarão, apenas com direito à voz, das reuniões da dos educadores e da escola pública, inúmeros trabalhos 37. f Diretoria Executiva da CNTE. que visam à inclusão de todos os segmentos de nossa 34. 38. f Justificativa: a proposta visa integrar os coorde- 39. f nadores nacionais do DEFE e do DESPE às decisões 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em sociedade. Cientes de que os avanços sociais perpassam pelo Educação 31 Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a processo de estabilidade do país, a CNTE luta por mu- ção inferior aos homens podendo a diferença nos ven- 2. a danças na política econômica a fim de que sejam prio- cimentos chegar a 71% em cargos com mesmo nível de 3. a rizadas ações que visam assegurar maior qualidade de formação. No corte étnico-racial, a diferença salarial 4. a vida a todos/as os/as brasileiros/as. Por isso, as políti- entre mulheres brancas e negras chaga a 50%. 5. a cas permanentes da CNTE devem ser assumidas por Já a violência de gênero aparece de diferentes for- 6. a todos/as os/as trabalhadores/as, nos sindicatos e nos mas e é estabelecida a partir das relações de poder. Está 7. a fóruns institucionais. presente em todas as classes sociais, religiões, raça ou 8. a Igualdade de gênero etnia, independente do nível de escolaridade. 9. a Historicamente, as diferenças entre homens e mu- Em 7 de agosto de 2006 foi sancionada a lei 11.340, 10. a lheres foram transformadas em desigualdades sociais, o mais importante instrumento legal de defesa da inte- 11. a partir de uma visão de mundo onde ainda impera a gridade física, moral e mental da mulher brasileira. A 12. a submissão feminina e a dominação masculina. Seja na lei homenageia a farmacêutica Maria da Penha, vitima 13. a família, na escola, no partido político, no movimento de uma tentativa de assassinato pelo marido, e prevê 14. f sindical, as pessoas ensinam e aprendem comporta- medidas de proteção à mulher que está em situação de 15. f mentos e atitudes baseados nas diferenças de sexo. violência ou que corre risco de vida, coibi a violência 16. f A luta das mulheres pela sua emancipação repre- 17. f senta um grande desafio enfrentado por vários segmen- 18. f tos da sociedade, incluindo a educação. domestica e possibilita a prisão em flagrante do agressor. Apesar da participação das mulheres ter cresci- 19. f No Brasil, na última meia década, a mulher tem do no âmbito da sociedade civil organizada, é preciso 20. f comemorado várias conquistas. Em 2003 foi criada a avançar nos espaços de decisão e nos partidos políticos. 21. f Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), ligada O empoderamento das mulheres reflete positivamente 22. f diretamente à Presidência da República. A I Conferen- na conquista dos espaços públicos de decisão e interfe- 23. f cia Nacional de Políticas para as Mulheres, convoca- re nas condições de desigualdade de gênero em nossa 24. f da pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, no sociedade. Atualmente as mulheres representam 51% 25. f qual a CNTE tem participação efetiva, elaborou o Pla- da população, mas apenas 8,96% dos cargos eletivos 26. no Nacional de Políticas para as Mulheres. Em 2007 são ocupados por elas. 27. f realizou-se a II Conferencia Nacional da SPM, que dis- Combate ao racismo e a toda forma de discriminação 28. f cutiu temas como autonomia e igualdade no mundo do O racismo, a discriminação e a xenofobia agravam 29. f trabalho; educação inclusiva e não sexista; saúde das as condições de pobreza, pois marginaliza e exclui indi- 30. f mulheres, direitos sexuais e reprodutivos e violência víduos, grupos e comunidade, constituindo-se num po- 31. f contra as mulheres. deroso mecanismo de segregação que fortalece outras 32. f Em relação ao mundo do trabalho, nos últimos formas de discriminação, como a de classe, de gênero, 33. f quinze anos, tem se verificado, em nosso país, o fenô- 34. meno da feminização, fruto de um conjunto de fatores, O Artigo 1º da Convenção da ONU para a elimina- 35. f dentre os quais destacam-se: a queda da taxa de fecun- ção de todas as formas de discriminação racial, adotada 36. f didade, o aumento da escolaridade feminina e a multi- pela Assembléia Geral em 21 de dezembro de 1965, 37. f plicação de mulheres arrimo de família. define a discriminação racial como qualquer distinção, de opção sexual, de origem étnica, de religião etc. 38. f Contudo, a discriminação salarial e o desprestígio exclusão, restrição ou preferência baseada na raça, cor, 39. f social ainda são marcantes. A mulher possui remunera- ascendência, origem étnica ou nacional, que tenham 32 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a a finalidade ou efeito de impedir ou dificultar o reco- Combate ao Trabalho Infantil 2. a nhecimento e exercício em bases de igualdade dos di- O último relatório sobre desenvolvimento do 3. a reitos humanos e liberdades fundamentais nos campos PNUD/2007 mostra que o índice de trabalho infantil, 4. a político, econômico, social, cultural ou qualquer outra no Brasil, voltou a cair após um aumento preocupante 5. a esfera da vida pública. Prevê a possibilidade de Ação em período anterior. Prova de que os programas sociais 6. a Afirmativa, mediante a adoção de medidas especiais de como o PETI e o Bolsa Família ainda são importantes 7. a proteção ou incentivos a grupos ou indivíduos, a fim para manter as crianças e jovens na escola e longe do 8. a alcançar a igualdade material ou a efetiva inclusão so- trabalho, e por isso não devem sofrer contingenciamen- 9. a cial. tos. No Brasil, a criação da Secretaria Especial de Po- Do ponto de vista da escola, a criança precisa sen- lítica e Promoção da Igualdade Racial constituiu-se em tir-se atraída a compartilhar este espaço de formação e 12. a política inédita na esfera pública. Porém, o debate sus- socialização de saberes. Ela também necessita receber 13. a citado no âmbito das Ações Afirmativas tem encontrado todo o tratamento necessário a seu bem-estar, que vai 14. f forte resistência da sociedade e quebrado o tabu da “de- da boa alimentação aos equipamentos de aprendizagem 15. f mocracia racial”. O Estatuto da Igualdade Racial, que e à formação do/a educador/a. Em regiões com maior 16. f prevê sistema de cotas para afrodescendentes nas uni- incidência de trabalho infantil, a melhor política públi- 17. f versidades públicas, está parado no Congresso. A mídia ca é a escola de tempo integral; e onde a violência atin- 18. f atacou ferozmente o corte racial dado pelo governo ao ge os jovens, a escola profissionalizante, também de 19. f censo escolar, o qual objetivou produzir subsídios às tempo integral, faz-se imprescindível. 20. f políticas públicas para essa parcela da sociedade. A lei A CNTE, em parceria com o Fórum Nacional de 21. f 10.639/03 tornou obrigatório no currículo da educação Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, com o 22. f básica o ensino de história e da cultura afro-brasileira Conselho Nacional da Criança e do Adolescente, com a 23. f e da África, mas os sistemas de ensino têm postergado Organização Internacional do Trabalho, e outras insti- 24. f sua implantação. A CNTE tem feito debates e publicou tuições, tem executado ações de prevenção ao Trabalho 25. f Caderno sobre a lei 10.639, a fim de pressionar sua re- Infantil, principalmente no sentido de formar os edu- 26. gulamentação nas escolas. cadores para atuarem junto às crianças trabalhadoras. 10. a 11. 27. f Porém, algumas ações de prerrogativa exclusiva Nossa ação continuará primando pela redução da eva- 28. f do executivo federal têm gerado melhores impactos na são, através da ambientação dessas crianças e da elimi- 29. f vida e nas relações intersociais das populações afro- nação dos preconceitos que as afastam da escola. 30. f descendentes: a regularização e demarcação de comu- Saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras em 31. f nidades quilombolas, a previsão de recursos diferen- educação 32. f ciados no Fundeb, também para essas comunidades, A CNTE tem dedicado especial atenção à Saúde 33. f a prioridade no acesso ao PROUNI e a realização da do Trabalhador, considerando a complexidade das rela- 34. Conferência Nacional pela Igualdade Racial - além do ções saúde-trabalho diante das péssimas condições de 35. f debate estabelecido em torno do Estatuto da Igualdade trabalho no Ramo. Por isto, a CNTE lutará para estabe- 36. f Racial - mostram o compromisso do atual governo em lecer um amplo processo de formulação de propostas 37. f resgatar a dignidade e em estabelecer condições para o de políticas públicas, neste tema, em consonância com 38. f legítimo exercício da plena cidadania a todos/as os/as a Política Nacional de Saúde do Trabalhador da CUT. A 39. f brasileiros/as. E a CNTE apóia essas iniciativas. previsão de saúde pública para as mulheres é outro eixo 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 33 Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a de luta da Confederação, como forma de recompensar TEAC/AC - Manoel da Silva Lima; Almerinda 2. a a sobrecarga de trabalho (25h semanais contra 10h dos Cunha; Rosana Nascimento; Elza Neves; Janaina 3. a homens, IBGE/2005) e as demais agravantes oriundas Vale Brito; SINTEAL/AL - Edna Rosângela No- 4. a das condições laborais e sociais das mulheres. bre; APEOC/CE - Maria da Penha Matos Alencar; 5. a Intensificar a organização do/ass aposentados/as Joaquim Juscelino Linhares Cunha; José Fabio Lo- 6. a Diante da deterioração das condições de vida dos/ pes Chaves; Francisco José Albano de Melo; Fran- 7. a as aposentados/as da Educação, é preciso aprimorar a cisco Reginaldo Ferreira Pinheiro; Gilvan Ferreira 8. a organização e mobilização para garantia de direitos ar- Azevedo; Kelma Cristina da Silva Gomes; Marcos 9. a duamente conquistados, na perspectiva do envelheci- Fábio Matos da Costa; Paula Virginia de Araújo 10. a mento saudável e com integração social. A CNTE tem Carvalho; SAE/DF - Denivaldo Alves do Nasci- 11. pautado a interlocução dos/as trabalhadores/as aposen- mento; Damião Ornilo; Paulo Henrique; Marcos 12. a tados/as com o Estatuto do Idoso e com a Política Na- Urias; Rita do Carmo; Josefa da Silva; José Ricar- 13. a cional do Idoso, visando integrar as legislações ao coti- do; Glaucineia Maria Ferreira; Rosenilda Santos 14. f diano educacional. A EC 47/05 amenizou impactos das Almeida; SINPRO/DF - Antonio Ahmad Y. Da- 15. f reformas, mas excluiu o magistério da regra de transi- mes; Antônio de Lisboa A. Vale; Ilson Veloso Ber- 16. f ção. Por isso lutamos pela aprovação da PEC 481/05. nardo; Isabel Portuguez de S. Felipe; Lânia Maria 17. f Garantia dos direitos dos/as homossexuais Alves Pinheiro; Maria Bernardete D. da Silva; Ma- 18. f Segundo estudos realizados existe um grande nú- ria Augusta Ribeiro; Rejane Guimarães Pitanga; 19. f mero de suicídios entre jovens homossexuais (GLBTT), Sebastião Honório dos Reis; Rosilene Correa Lima 20. f dado que a escola não está preparada para tratar de for- Miranda; Olavo Júnior; Francisco Raimundo Al- 21. f ma séria e profissional esse tema. Por isso é importante ves (Chicão); Cláudio Antunes; Cássio de Oliveira 22. f elaborar ciclo de debates envolvendo a comunidade es- Campos; Carlos Cirane; SINDIUPES/ES - Marco 23. f colar e os profissionais da educação, sobretudo com o Antonio Marins; Heloisa Gomes Vaillant; Laurece- 24. f objetivo de combater a homofobia.. na Botchia; SINTEGO/GO - Domingos Pereira da 25. f 26. Silva; Alba Valeria Lauria ASSINAM ESTA RESOLUÇÃO Ieda Leal; Neyde Aparecida da Silva; Noeme Diná 27. f CNTE - Juçara Dutra Vieira (RS); Roberto Silva; Antonio Ribeiro da Costa Neto; Sind-UTE/ 28. f Franklin de Leão (SP); Maria Inez de Camargos MG - Lecioni Pereira Pinto (Leo); Antonio Carlos 29. f (MG); Fátima Aparecida da Silva (MS); Marta Va- Hilário; Maria Alba de Oliveira; Marilda de Abreu 30. f nelli (SC); Gilmar Soares Ferreira (MT); Heleno Araújo; Lílian Paraguai; Beatriz Cerqueira; Ho- 31. f Araújo Filho (PE); Raimunda Núbia Lopes da Sil- norival Alves Maciel; Lourdes Vasconcelos; José 32. f va (PI); Odisséia Pinto de Carvalho (RJ); Denílson Gomes Filho; Maria Inez Gouveia; FETEMS/MS 33. f Bento da Costa (DF); Silvinia Pereira de Sousa Pi- - Jaime Teixeira; Maria Ildonei S. Pedra; Roberto 34. res (TO); Fábio Santos de Moraes (SP); José Eudes Magno; Sueli Veiga Melo; SINTEP/MT - Maria 35. f Oliveira Costa (DF); Vera Lúcia Pereira da Silva Aparecida Cortez; Júlio César Martins Viana; Or- 36. f (AC); Maria Madalena Alexandre Alcântara (ES); lando Francisco; Marli Keller; Miriam Botelho Pe- 37. f Mário Sérgio Ferreira de Souza (PR); CUT Nacio- trenko; Silvia Marques Calicchio; SINTEPE/PE 38. f nal - João Felício (SP); José Celestino Lourenço - Fernando Melo; Marinalva Lourenço; Paulo Be- 39. f (Tino) (MG); Anízio Santos de Melo (CE); SIN- zerra; Paulo Rocha; Cleidimar Barbosa; SINPRO- 34 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a JA/PE - Ronildo Oliveira do Nascimento; Dilson SE/SP - Antonio Marcos Duarte D’Assumpção; 2. a Marques; SINTE/PI - Odeni de Jesus da Silva; José Carlos Bueno do Prado (Zezinho); Reinaldo 3. a Manoel Rodrigues de Lima; Maria Josimar Pires Bicudo; João Marcos de Lima; Aracy Izolina Men- 4. a de Sousa; APP/PR - Elvira Jaroskevicz; Veroni Sa- des; APEOESP/SP - Carlos Ramiro de Castro; 5. a lete Del’Ré; Celso José dos Santos; Natália da Sil- Maria Isabel Azevedo Noronha (Bebel); Zenaide 6. a va; Aparecida Reis; Rosemary Gomes; Luci Maria Honório; Ariovaldo de Camargo (Executiva da 7. a Dias Honório; Maria Helena Guaresi; SEPE/RJ - CUT-SP); Nilceia F. Vitorino; Margarida Maria de 8. a Antonio Claudio Menezes; Arlete dos Santos; Cé- Oliveira; Roberto Guido; Rita Cardoso; Francisco 9. a lia Maria Graça; Célia Toledo; Creuza Maria dos Assis Ferreira; Telma Victor; Silvia Pereira; SIN- 10. a Santos; Cristiano Peixoto; Daise Calazans; Dulcí- TET/TO - José Roque Rodrigues Santiago; Elis 11. lia Ester Laurindo; Edna Tavares Monteiro; Edu- Raik; Carlos de Lima Furtado; Gercina dos Santos 12. a ardo Peixoto da Silva; Erosoléia Marques; Fábio Andrade; Rosimar Mendes Silva. 13. a Siqueira; Greyce Kelly; Heloísa Maria Machado; 14. f Joana Dárc Ramiro; Liliam Monteiro; Linete Fer- 15. f reira Monteiro; Lívia Ornelas; Mara Sueli; Maria 16. f Aparecida Moreira; Maria Aparecida Xavier; Maria 17. f Cristina de Melo; Maria das Graças Gomes Fran- 18. f co; Maria de Fátima Duarte Barreto; Maria Sônia 19. f de Melo; Marisa Aparecida Moraes; Regina Paula 20. f de Andrade; Robson Terra; Robson Trajano; Rosa- 21. f na Mendes; Sandra Araújo; Sandra Maria de Melo; 22. f Shirley Rocha; Valdicéa Jacintho; SINTE/RN - 23. f Janeare Almeida de Souto; José Teixeira da Silva; 24. f Luiz Carlos da Silva; Francineide Pereira Gomes; 25. f Francisco Canindé Silva; Antônio Araújo Neto; 26. Milton Urbano Aires; Fábio Barbosa de Oliveira; 27. f Eliane Bandeira e Silva; Leonildes Oliveira; Maria 28. f do Rosário Aquino; Maria Vicência; Arimatéia dos 29. f Santos; José Evilázao de Morais; Marizete Pauli- 30. f no de Medeiros Amorim; Nalva Medeiros Fernan- 31. f des; Josué Damasceno; José Tarcísio de Meideiros; 32. f Odiléia Cristina da Silva de Oliveira; Itna Alves de 33. f Moraes Ferreira; SINTERO/RO - Claudir Mata 34. M. Sales; João Duarte Pereira; Manoel R. da Silva; 35. f CPERS/RS - Simone Goldschmidt; Selene Bar- 36. f boza Michielin Rodrigues; Dulce Miriam Delan; 37. f Helenir Aguiar Oliveira; SINTE/SC - Anna Júlia 38. f Rodrigues; Paulo Roberto Gonçalves; Sandro Luis 39. f Cifuentes; Mirian Lúcia Hoffmann Darós; AFU- 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 35 VOLTAR AO ÍNDICE Caderno de Articulação de Esquerda Resoluções » Articulação de Esquerda 1. a 2. a 3. a CONJUNTURA INTERNACIONAL para amarrá-la em sua órbita. O Mercosul tem sido o 4. a Eua investem bilhões de doláres na Guerra principal espaço desse processo de integração regional. 5. a do Iraque O ingresso da Venezuela e a provável adesão da Bolívia 6. a O Senado do EUA aprovou, em 2007, aprovou uma são etapas importantes. Há também a proposta de Cuba 7. a lei que permite à Casa Branca aumentar os fundos des- integrar-se como observador. Os avanços poderiam ser 8. a tinados à Guerra no Iraque em pelo menos US$ 9 bi- maiores com a criação do Parlamento do Mercosul. 9. a lhões adicionais. A administração de George W. Bush No plano econômico, a Venezuela propõe uma política 10. a recebeu a autorização para direcionar, caso ache neces- energética baseada no “Gasoduto do Sul” que unifica- 11. rá Venezuela e Argentina, incluindo Brasil, Paraguai, sário, outros US$ 70 bilhões extras para injetar mais 12. a recursos na ocupação do Iraque. Bolívia e Uruguai. Avança o projeto que visa criar o 13. a O senador democrata Russ Feingold (Wisconsin) “Banco do Sul” para obras de infraestrutura. Há ainda 14. f foi o único voto contra, com um discurso duro contra a proposta de um “fundo estrutural” a favor do Uru- 15. f a guerra e pela retirada das tropas, enquanto os cinco guai e Paraguai para equilibrar sua integração com os 16. f senadores que se abstiveram da decisão são todos pré- seus vizinhos maiores. O encontro entre os ministros da 17. f candidatos à presidência em 2008. Isso nos dá uma economia de Brasil e Argentina, para eliminar o dólar 18. f demonstração de que não está efetivamente clara a po- dos intercâmbios comerciais bilaterais, é um primeiro 19. f lítica a ser adotada em relação à Guerra do Iraque, mes- passo para chegarem a uma moeda comum. 20. f mo com a possível vitória dos democratas nas eleições 21. f estadunidenses. nova investida militar na região. O Paraguai aprovou a 22. f Crise financeira nos EUA entrada de tropas dos EUA, conferindo-lhes total imu- Esse processo econômico é acompanhado de uma 23. f A taxa de juros americana tem se mantido na faixa nidade. Agora o presidente Bush quer pedir à OEA o 24. f de 5% ao ano, assim como a oferta interna de crédi- envio de uma força antiterrorista na “tríplice fronteira”. 25. f to, particularmente, para investimento na construção Por que razão? Será para monitorar as reservas de gás 26. e compra de imóveis e também em outras atividades natural na Bolívia? Ou ter acesso ao aqüífero Guarani, 27. f mediante garantias hipotecárias. Estas carteiras de em- o maior do mundo, em sub-solo do Brasil, Argentina e 28. f préstimo e as hipotecas começaram a ser transformadas Paraguai? O certo é que o assunto merece mais aten- 29. f em títulos investidos no mercado financeiro secundá- ção. 30. f rio. Este tipo de negócio significa que os bancos que 31. f emprestaram dinheiro para a construção ou compra de 32. f imóveis começaram a “vender” estas dívidas à vista Atuando em condições muito difíceis, o governo 33. f por valores menores do que teriam a receber. Há sinais Lula não teve êxito em articular adequadamente as 34. de recessão e, recessão nos EUA, normalmente reduz alianças estratégicas, as alianças táticas e os acordos 35. f suas importações e de outros países e a crise se torna pontuais necessárias tanto para governar, quanto para 36. f sistêmica no mundo. continuar lutando por mudanças mais profundas. As CONJUNTURA NACIONAL 37. f A América Latina vive um momento político iné- dificuldades derivaram, em parte, da complexidade da 38. f dito: por um lado, cresce a integração entre países im- situação econômica e da feroz oposição conservadora e 39. f portantes; por outro, aumentam as iniciativas dos EUA reacionária dos representantes da elite e do capital que 36 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação de Esquerda Resoluções » 1. a seguem hegemonizando o poder nas instituições esta- aplicada à cesta de consumo das camadas populares. 2. a tais e principalmente no Congresso Nacional. É necessário recolocar no debate público a questão da 3. a A reeleição de Lula e o resultado geral colhido reestatização destas empresas, pressionando desde já 4. a nas urnas criaram uma conjuntura mais favorável, não pelo estabelecimento de padrões mínimos de atendi- 5. a apenas para segundo mandato, mas para o conjunto da mento, e a obrigatoriedade de aplicação de parte dos 6. a esquerda latino-americana. Mas a reeleição de Lula lucros em programas sociais. 7. a não anistia os erros, não garantem vitórias futuras, nem No Brasil, os grandes conglomerados transnacio- 8. a eliminam as imensas dificuldades e riscos que seguem nais, representados pelas empresas de telecomunica- 9. a existindo. Entre tais riscos citamos quatro: a) que o ções, convivem com um sistema caracterizado pela 10. a governo federal não contribua para alterar, de maneira concentração da propriedade em seis redes nacionais, 11. estrutural, a sociedade brasileira; b) que a direita volte que detêm 80% de todas as emissoras de rádio e TV 12. a ao governo, em 2010, fazendo da nossa passagem pelo do país, meios que atingem mais de 90% dos lares bra- 13. a governo federal apenas um breve intervalo, depois do sileiros. Estes grandes grupos fazem aliança com os 14. f qual o país retornaria à “normalidade” conservadora; monopólios locais, que detêm a retransmissão desta 15. f c) que o governo tente colaborar na construção de um programação, além de outros meios como rádios e jor- 16. f novo ciclo histórico, mas sem reunir condições políti- nais. Este quadro é sustentado pela legislação do setor, 17. f cas e ideológicas necessárias para enfrentar a previsível datada de 1962, e pela Constituição Federal, que es- 18. f reação das classes dominantes. tabelece empecilhos a não renovação das concessões, 19. f As decisões do Banco Central são contraditórias perpetuando a propriedade de quem já tem. Quando 20. f com a política geral do governo. As taxas de juros tão não responde aos interesses dos empresários de rádio e 21. f generosas, para os banqueiros e especuladores, não im- televisão, a legislação não é cumprida. 22. f pedem, mas atrapalham bastante a política pró-cresci- Para corrigir as distorções do sistema represen- 23. f mento expressa, por exemplo, no PAC – Plano de Ace- tativo e ampliar a participação política da população, 24. f leração do Crescimento. Sem falar nos efeitos sobre as é preciso ir além do que parece consensual no deba- 25. f políticas públicas em geral, e sobre as políticas sociais te sobre a reforma política. É preciso debater e buscar 26. em particular. A autonomia do Banco Central centrada aprovar medidas sobre temas como a convocação, pelo 27. f na austeridade e no favorecimento dos interesses dos presidente da República, de plebiscitos para decidir 28. f grandes bancos, que nunca lucraram como agora, fez questões de grande alcance nacional. A simplificação 29. f com que a taxa de crescimento do Brasil ficasse aquém das formalidades para proposição de iniciativas popu- 30. f do esperado. lares legislativas. O chamamento obrigatório de con- 31. f O país não precisa ficar prisioneiro da disjuntiva sultas, referendos e/ou plebiscitos em temas de impacto 32. f “crescimento” ou “controle da inflação”. Aliás, o “con- nacional. O Orçamento Participativo. A correção das 33. f trole inflacionário” só beneficiará estruturalmente as distorções do pacto federativo na representação par- 34. pessoas mais pobres, se não for feito através da conten- lamentar. A extinção do anacrônico sistema bicameral 35. f ção do crescimento do país e da expansão do investi- ou, pelo menos, o fim da prerrogativa que o Senado 36. f mento produtivo, especialmente público. possui hoje, de legislar originariamente, bem como de 37. f A população é diretamente atingida pelas altas ta- seu poder revisor em relação à Câmara dos Deputados. 38. f rifas de água, energia elétrica e telefonia, preços “ad- O fim da eleição conjunta dos suplentes e a redução do 39. f ministrados” que compõem a maior fatia da inflação absurdo mandato de oito anos para os senadores. O fim 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 37 Caderno de Articulação de Esquerda Resoluções » 1. a da reeleição para todos os cargos majoritários a partir lhadora, está sendo a aprova da lei que regulariza as 2. a das próximas eleições. centrais sindicais no Brasil, ao mesmo tempo em que 3. a A orientação hegemônica no PAC é neodesenvol- está por um fio o imposto sindical, no entanto a classe 4. a vimentista, pró intervenção do Estado na economia, fa- trabalhadora nunca esteve tão desorganizada. Todas as 5. a vorável à redução acentuada na taxa de juros e liberta contradições geradas pelo governo Lula fez com que 6. a da obsessão pelo ajuste fiscal. Do ponto de vista políti- a CUT perdesse o caráter aglutinador das correntes 7. a co, basta comparar o PAC e a reforma da previdência, de esquerda que mobilizam os trabalhadores no país. 8. a iniciativas que marcam o início dos dois mandatos de A saída de entidades hegemonizadas pelo PSTU e por 9. a Lula. Enquanto aquela “reforma” confundiu e dividiu setores da esquerda do PT mina a central, e agora mais 10. a a nossa base social, o PAC teve o condão de dividir recentemente, o anúncio de saída da CUT de entidades 11. a oposição e organizar a ação política do governo. O ligadas ao PC do B vão dar um outro tom a organização 12. a Plano causou um impacto político e ideológico impor- das centrais sindicais no país. Teremos centrais vincu- 13. a tante, sendo atacado por ideólogos e políticos ligados à ladas a um ou dois partidos políticos, o que certamente 14. f direita, que o acusaram de “estatista” e de não abordar acarretará em um enorme prejuízo para os trabalhado- 15. f o que eles consideram como o nó górdio dos problemas res brasileiros. 16. f brasileiros: a reforma trabalhista e a reforma da previ- Neste sentido só há uma alternativa para a CUT, re- 17. f dência. Por outro lado, a resistência do Banco Central tomar a combatividade para poder influenciar de forma 18. f e iniciativas como a mal posta defesa da regulamenta- decisiva no cenário nacional para garantir a retomada 19. f ção da greve do funcionalismo público mostram como de direitos dos trabalhadores, bem como a conquista 20. f persistem núcleos conservadores no governo, capazes de outros. 21. f de pôr a perder os aspectos positivos (econômicos e 22. f políticos) existentes no PAC. Os impactos econômicos, sociais, políticos e ideológicos do neoliberalismo e do desmanche do chamado 23. f A concordância com a embocadura geral do Plano campo socialista jogaram a classe trabalhadora num ci- 24. f não implica em concordância com todas e cada uma clo de fragmentação e enfraquecimento. Reconstruir a 25. f de suas medidas integrantes. É necessário debater te- classe trabalhadora como sujeito histórico da luta pelo 26. mas como o endividamento dos estados, o tamanho do socialismo é um longo e difícil processo, que precisa 27. f superávit primário, a política de concessões (em par- envolver trabalho político, fortalecimento e reorienta- 28. f te inevitáveis) ao capital privado, a política salarial do ção dos sindicatos e demais organizações populares, 29. f funcionalismo público. bem como exigir do governo: políticas de geração de 30. f A depender da força e da capacidade política da emprego, aumento real dos salários, redução da jornada 31. f esquerda, este novo ciclo da economia brasileira pode sem redução dos salários, combate à precarização do 32. f ser, não apenas “desenvolvimentista”, mas um “desen- trabalho; e políticas públicas em geral que melhorem 33. f volvimentismo democrático-popular” articulado com o as condições de vida dos trabalhadores e trabalhadoras. 34. socialismo. Mas para isto os movimentos sociais terão Este conjunto de medidas visa recompor os laços ob- 35. f que construir uma estratégia de novo tipo, que articule jetivos e subjetivos de classe, a noção de comunidade 36. f mobilização social, organização partidária e luta polí- e cultura de classe, sem as quais uma ação socialista 37. f tico-ideológica. de massas é impossível. Nesse sentido, a retomada da 38. f POLÍTICA SINDICAL combatividade da CUT é fundamental para que ela 39. f Estamos em momento singular da classe traba- 38 possa funcionar como instrumento da reconstituição 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação de Esquerda Resoluções » 1. a dos trabalhadores como classe social. ter sido inspiradas no famigerado Decreto-Lei 50, a 2. a Há sinais positivos no que se refere a esta retoma- chamada Lei Anti-Greve que Sarney tentou aprovar 3. a da. Os membros da direção da CUT que assumiram para frear a CUT nos anos 1980. Não podemos 4. a uma postura adesista no primeiro mandato parecem ter aceitar nenhum tipo de restrição ao direito de 5. a compreendido essa necessidade, a julgar pela posição greve; 6. a assumida pela central de apoio irrestrito às greves dos b) PLP 01/07– Igualmente insustentável e 7. a servidores federais e contra o PLP 01, bem como por politicamente corrosivo, este projeto pretende, na 8. a sua crítica implacável ao projeto de regulamentação da prática, congelar os vencimentos do funcionalismo 9. a greve dos servidores públicos; pelo apoio à luta pela público nos próximos dez anos. Aparentemente, 10. a anulação do leilão da Vale do Rio Doce; pela solidarie- este arrocho salarial tem a finalidade de financiar o 11. PAC e continuar gerando margens para o superávit dade aos trabalhadores rurais sem-terra; pelos discursos 12. a feitos contra a reforma trabalhista desejada por setores 13. a empresariais e contra uma nova reforma da Previdência primário; c) Fundações e privatização da saúde e educação – O 14. f que retire direitos. O curso dessas ações irá demonstrar Ministério da Saúde pretende adotar o modelo de 15. f se de fato a direção majoritária da CUT voltou a ser “fundações públicas de direito privado” na gestão 16. f combativa e independente. dos hospitais públicos, o que implicará a terceiri- 17. f Defender o setor público e o funcionalismo público zação desse setor, a exemplo do que já ocorre hoje 18. f A CUT deve empenhar-se ao máximo para defen- com muitos hospitais universitários. Modelo se- 19. f der o setor público e o funcionalismo público dos ata- melhante vem sendo aplicado pelos governo “tu- 20. f ques que eles vêm sofrendo neste segundo mandato de canos” em São Paulo há muitos anos, no Hospital 21. f Lula. Esses ataques são contraditórios com medidas to- das Clínicas da USP e InCor, gerando a descaracte- 22. f madas na primeira gestão e no início da segunda, e que rização do SUS, pela existência da “segunda porta” 23. f se traduziram, de certo modo, em um fortalecimento (atendimento “VIP” para pacientes particulares e 24. f do Estado brasileiro, seja por meio da recomposição de convênios médicos, em detrimento dos pacien- 25. f de determinados segmentos do funcionalismo, seja por tes do SUS), e a ocorrência de escândalos financei- 26. meio da expansão do serviço público (por exemplo, a ros como o que envolve a Fundação Zerbini. 27. f criação de escolas técnicas e universidades federais e 28. f da TV Pública). Por outro lado, tais ataques dão conti- Através do Decreto 6.019, foi instituído, em 29. f nuidade à linha de ação neoliberal que orientou a refor- 22/1/2007, o Fórum Nacional da Previdência Social 30. f ma da Previdência do setor público, iniciada em 2003 (FNPS), do qual participam nove entidades sindicais, 31. f e que terá prosseguimento com a criação do Funpresp, sete órgãos governamentais e cinco confederações pa- 32. f fundo de previdência dos servidores federais (cujo pro- tronais. 33. f jeto o governo já enviou ao Congresso). 34. Destacamos alguns dos aspectos desse ataque que balhadores para que, juntamente com o governo e pa- 35. f merecem nossa máxima atenção: trões, apresentem uma proposta consensual para uma 36. f a) Direito de greve– É inaceitável, sob qualquer nova reforma da Previdência. 37. f aspecto, a tentativa do governo de cercear o direito Segundo o Dieese, os estudos apresentados neste 38. f de greve do funcionalismo público. As medidas fórum, que mostram a previdência deficitária, não le- 39. f que o governo tenta aprovar no Congresso parecem vam em consideração o orçamento total da Seguridade 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores A CUT e o FNPS: saída imediata Na prática, este Fórum pretende envolver os tra- em Educação 39 Caderno de Articulação de Esquerda Resoluções » 1. a Social (contribuições dos trabalhadores e patrões, Con- lificado aos diversos níveis e modalidades de ensino, 2. a fins, CPMF, CSLL, PIS/Pasep e receitas de loterias), da superação das profundas distorções entre idade e a 3. a que é “plenamente superavitário”. Através do FNPS série dos alunos brasileiros, a definição de projetos e 4. a pode estar sendo gestada uma verdadeira armadilha programas identificados com as demandas sociais por 5. a para os trabalhadores. Assim, a CUT deve retirar-se educação de qualidade, entre outros. 6. a imediatamente deste Fórum, denunciando o seu caráter A aprovação da lei 11.494 de junho de 2007 que cria o FUNDEB-Fundo de Desenvolvimento da Edu- 7. a nocivo para o povo brasileiro. A retirada da CUT do FNSP seria uma importante cação Básica, em substituição ao FUNDEF-Fundo de 9. a reafirmação, para o conjunto dos trabalhadores, do ca- Desenvolvimento do Ensino Fundamental, representou 10. a ráter autônomo da CUT, de seu compromisso inegociá- um avanço no que concerne às reivindicações históri- 11. cas dos trabalhadores em educação da necessidade de 8. a vel com os interesses da classe. 12. a políticas públicas para toda Educação Básica, incluin- 13. a POLÍTICA EDUCACIONAL do, inclusive as creches. Entretanto o FUNDEB ainda 14. f Os cinco anos do Governo Lula não trouxeram os não permite garantir uma educação pública de qualida- 15. f grandes avanços que os brasileiros esperaram no setor de para os brasileiros, pois a política de fundos apenas 16. f da educação. A dívida educacional que o Brasil, ainda mascara a brutal realidade vivenciada nas escolas pú- 17. f apresenta, no oitavo ano do século XXI, é fruto de uma blicas de todo país da falta de material didático-pedagó- 18. f história marcada pela ausência de um projeto de edu- gico, bem como das péssimas condições de trabalho e 19. f cação voltado para os legítimos interesses do povo. A salariais dos educadores. Com o FUNDEB, o Governo 20. f educação pública continua sendo tratada como “gasto”, Federal irá investir, de 2007 a 2009 R$ 4,5 bilhões de 21. f numa demonstração de subalternidade às orientações forma progressiva até atingir o montante em 2009. À 22. f do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacio- primeira vista parece ser muito dinheiro, no entanto já 23. f nal, não como investimento social para assegurar um está computado nesse repasse da União os recursos que 24. f direito, essencial a fim de potencializar o desenvolvi- eram repassados para Estado e Município em relação 25. f mento material, moral, ético e intelectual do ser hu- aos programas compensatórios, como EJA-Educação 26. mano e, conseqüentemente, como um patrimônio que de Jovens e Adultos. Todos os estudos realizados dão 27. f contribui para o avanço sócio-econômico do país, mas conta que, mesmo em 2009, muitos Estados e municí- 28. f sim como algo que “custa caro”, e para o que sempre pios não receberão os repasses da União pelo fato de te- 29. f falta recurso financeiro e fonte de investimento, sem rem um custo-aluno maior do que a média nacional, ou 30. f contar com os desvios de recursos legalmente vincu- seja, os Estados e Municípios nem receberão recursos a 31. f lados à educação. Temos um Plano Nacional de Edu- nível dos programas compensatórios nem dos repasses 32. f cação-PNE, aprovado em 2001, que até o momento, se do Governo Federal a nível do FUNDEB. 33. f encontra da mesma forma que o Governo de Fernando A definição da obrigatoriedade de aprovação do 34. Henrique Cardoso deixou, não foi executado, inclusi- Piso Salarial Nacional através da Emenda Constitucio- 35. f ve permanece a ausência de votação dos noves vetos, nal nº 53 que garante o piso para os Profissionais da 36. f todos no item referente ao financiamento, comprome- Educação Escolar Pública corresponde um avanço, no 37. f tendo assim, as ações voltadas aos problemas educa- entanto o debate sobre valores e referências é funda- 38. f cionais mais graves como a necessidade de erradicação mental. 39. f do analfabetismo, da ampliação do atendimento qua- 40 O Piso Salarial Nacional poderá ser um avanço 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação de Esquerda Resoluções » 1. a importante na valorização dos Profissionais da Educa- te, marcado os educadores brasileiros e não podemos 2. a ção, pois poderá corrigir grandes distorções salariais permitir que agora num governo que se define como 3. a existentes no país, dando, assim, condições para que democrático e popular o movimento empresarial dê as 4. a os educadores passem a ter acesso aos bens culturais e cartas num objetivo claro de privatização da educação 5. a materiais, dos quais estão excluídos diante dos baixos pública, como já acontece em outros países. 6. a salários atualmente pagos no Brasil. Para que isso se A mercantilização da educação, através do PDE 7. a concretize, é indispensável que a União complemente provoca nos educadores grande preocupação resultado 8. a recursos para Estados e Municípios que não tiverem do modelo adotado pelo MEC de avaliação das escolas 9. a condições de pagar o Piso aos educadores. Portanto, é via Prova Brasil, Provinha Brasil, ENEM e IDEB que 10. a imprescindível uma ampla mobilização por valores de não levam em consideração as políticas educacionais 11. dos sistemas de educação, o financiamento público, as piso que dignifique e valorize o professor, bem como a 12. a complementação da União. condições salariais e de trabalho dos educadores, bem 13. a O lançamento do PDE-Plano de Desenvolvimento como a realidade sócio-econômico e cultural que os 14. f da Educação pelo Governo Lula surpreendeu os edu- alunos estão inserido. Todos esses aspectos interferem 15. f cadores brasileiros pela ausência de diálogo. O Plano diretamente no processo ensino-aprendizagem e que 16. f foi pensado e gestado por um grupo de empresários não é considerado pelo MEC quando impõe a avaliação 17. f que faz parte de um movimento intitulado “Todos pela das escolas. Resistir ou não a esse modelo de avaliação 18. f Educação”. Este grupo foi um interlocutor privilegiado do Governo Lula significará o fim ou não do sonho de 19. f do MEC na formatação do PDE, enquanto os trabalha- construção de uma escola pública de qualidade para to- 20. f dores, a academia e os diversos setores da sociedade dos os brasileiros. Será o tom da luta travada por todos 21. f defensores da escola pública foram alijados da discus- os educadores que definirá a educação pública que te- 22. f são. remos no futuro. 23. f O PDE não representa, nem leva em consideração Na Educação Superior, o governo federal imple- 24. f todo acúmulo educacional dos profissionais da educa- mentou o PROUNI, uma política de “compra de vagas” 25. f ção e das Universidades Brasileiras que têm se debru- nas instituições privadas em nome da democratização 26. çados na formulação de propostas para construção de de acesso a esse nível de educação. Não aceitamos 27. f uma educação pública de qualidade social. É evidente “compra de vagas” em instituições privadas, pois isso 28. f o caráter neoliberal do PDE através do Decreto 6094 de acaba alimentando, ainda mais, a visão mercadológica 29. f abril de 2007 e o Termo de Adesão de Estado e Muni- da educação e tira da falência proprietários de faculda- 30. f cípios ao Plano. Esses documentos priorizam apenas o des e universidades sem qualidade, transferindo dinhei- 31. f caráter meritocrático de avaliação das escolas, ou seja, ro que poderia ser utilizado nas Universidades Fede- 32. f as escolas mais bem avaliadas receberão mais recursos rais. No entanto, o Governo Lula, contraditoriamente, 33. f do que as escolas pior avaliadas. Essa atitude do Gover- de forma positiva, se apresenta como o Governo que 34. no Lula evidencia a disputa entre escola e professores e mais fez a expansão das universidades públicas brasi- 35. f não a solidariedade e troca de experiência entre as uni- leiras. A maioria das Universidades Federais se expan- 36. f dades de ensino, evidencia, também, a fuga dos alunos diu para os municípios do interior, além da criação de 37. f das escolas pior avaliadas, causando transtornos para novas Universidades públicas, de novos cursos e turnos 38. f os trabalhadores que ali trabalham. A luta no combate de atendimento. Porém, essa expansão não disponibili- 39. f as idéias capitalistas na educação tem, historicamen- zou condições de trabalho adequado e suficiente para 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 41 Caderno de Articulação de Esquerda Resoluções » 1. a o desenvolvimento da pesquisa científica, elemento estabelecer uma política voltada para o aumento de in- 2. a chave ao desenvolvimento do docente e do discente. vestimento na educação pública e na valorização dos 3. a Merece destaque os investimentos feitos na ampliação trabalhadores em educação. No entanto, embora não 4. a da educação tecnológica, com a ampliação de cursos tenhamos divergências profundas de conteúdo das pro- 5. a técnicos e a criação de novas escolas no país. posições, houve nesse processo erros de encaminha- 6. a mentos de luta, na relação entre entidade e governo. No que concerne à educação de jovens e adultos, 7. a o MEC também não vem respondendo às expectativas No inicio desta gestão que se encerra foi implemen- 8. a das educadoras e educadores desse país. A forma e o tada uma campanha pela conversão do pagamento da 9. a conteúdo do Programa “Brasil Alfabetizado” não são dívida externa em recursos para educação, bem como 10. a novos para quem milita na educação. A EJA continua pela derrubada dos vetos de FHC ao PNE . Houve nes- 11. sendo tratada da mesma forma negligente, conserva- se período uma mobilização importante, inclusive com 12. a dora e preconceituosa. Para agravar o quadro de polí- uma Marcha Nacional, com uma boa adesão de setores 13. a ticas compensatórias conservadoras o Governo Federal expressivos da sociedade. No entanto, com o correr do 14. f criou o PROJOVEM, que vem a ser o PROEJA piora- tempo o tema foi perdendo evidência e hoje deixou de 15. f do. No PROJOVEM os estudantes conseguem vencer ser focalizado pela CNTE. A ausência de discussão, de 16. f as quatro últimas séries do ensino fundamental em um debates e de encaminhamentos de lutas de massa nos 17. f ano e os alunos são recompensados com uma bolsa- obriga a discutir o financiamento da educação com o 18. f estudo mensal de R$ 150,00 (Cento e cinqüenta reais). MEC engessados por uma política de “fundos” e den- 19. f O PROJOVEM tem cumprido o papel de desconstru- tro dos patamares de recursos impostos pela equipe 20. f ção curricular do ensino, bem como de desmontar e es- econômica do governo LULA, que claramente rejeita 21. f vaziar as turmas regulares do ensino fundamental das qualquer tipo de aporte significativo de recursos para 22. f redes estaduais e municipais pelo seu atrativo financei- esse setor. 23. f ro sem preocupação com a aprendizagem dos alunos. No tocante a luta em torno do Fundeb, a CNTE não 24. f Uma verdadeira reforma da educação pública brasi- conseguiu dar a expressividade necessária para tensio- 25. f leira exige o crescimento gradativo dos investimentos nar pontos importantes que poderiam ter dado um ou- 26. em relação ao PIB, fixando em 7% o patamar mínimo tro caráter de aporte de recursos ao Fundo. Pontos im- 27. f inicial, conforme previa originalmente o Plano Nacio- portantíssimos como a participação da união com pelo 28. f nal da Educação, além da permanência da vinculação menos 10%, de forma imediata, do total de recursos 29. f constitucional de verbas para o setor. movimentados pelo fundo no Brasil, e a obrigatorie- 30. f Para incentivar, democratizar e assegurar o acesso dade de estados e municípios utilizarem todos os 25% 31. f à educação básica, o aporte de recursos e o papel da obrigatórios para o Fundeb não foram focalizados pela 32. f União no seu financiamento precisam ser ampliados. CNTE com a importância que deveria ter. Houve uma 33. f Isto exige “destravar” o principal inibidor ao cumpri- prioridade exagerada na negociação com o governo e 34. mento das metas do PNE, que é a persistência do ajuste com o congresso, em detrimento de ações de ruas e am- 35. f fiscal e estrutural do estado brasileiro. plas mobilizações. 36. f 37. f Quanto ao PDE, a CNTE foi surpreendida pelas BALANÇO POLÍTICO DA GESTÃO ações do Ministro Fernando Haddad, após ter sido con- 38. f A CNTE no último período concentrou as suas firmado no cargo para o segundo mandato do Presiden- 39. f demandas em quatro ações que tinham um caráter de te LULA. O Ministro isolou a CNTE de qualquer dis- 42 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação de Esquerda Resoluções » 1. a cussão, se aliou ao grupo de empresários “Todos pela tabelecer um patamar que traga perspectiva de valori- 2. a Educação” e apresentou um programa de viés neolibe- zação aos trabalhadores em educação. 3. a ral, embora em seu bojo houvesse ações que podem ser 4. a defendidas pelos trabalhadores. A partir daí a CNTE PLANO DE LUTAS 5. a produziu um bom documento crítico que se contrapu- 1. Lutar pela realização de uma auditoria séria e con- 6. a nha às ações perniciosas contidas no plano, além de re7. a alizar um seminário com entidades expressivas da so8. a ciedade, que defendem a escola pública e que também tra o pagamento da dívida externa; 2. Lutar pela nacionalização das empresas privatizadas no Governo de Fernando Henrique Cardoso; 9. a estavam alijadas do processo. Estas ações deu um grau 3. Lutar a favor de Reforma Agrária que garanta as 10. a de autonomia a CNTE que em alguns momentos levou condições de sucesso para os trabalhadores do 11. campo e que preserve a função social da terra; o ministro e o governo ao constrangimento. No entanto, 12. a urge uma combatividade mais ampliada no sentido de 4. Lutar por políticas públicas que combatam e supe- 13. a o governo rever o caráter meritocrático e competitivo rem a fome, a pobreza, a concentração de renda e a 14. f do plano, a partir de um processo avaliativo formulado exclusão social; 15. f pela iniciativa privada. 5. Lutar contra a recessão, as altas taxas de juros, a 16. f No tocante ao piso salarial nacional, a CNTE co- especulação financeira e monetária, o desemprego 17. f meteu um erro, em princípio, ao priorizar a discussão 18. f com sua base em torno da necessidade de ter um piso 6. Denunciar e combater a violência praticada contra 19. f salarial nacional, em detrimento do valor do piso e a crianças, adolescentes, idosos, desabrigados (mo- 20. f sua referência. Basta verificar nos cartazes que foram radores de rua), homossexuais, negros, índios, de- 21. f distribuídos para as escolas e na cartilha que foi entre- ficientes e mulheres; 22. f gue aos professores, os valores e as referências aprova- 23. f dos nas instâncias da CNTE são tratados de forma tími- 24. f da, bastante envergonhada. Essa ação de alguma forma 8. Reafirmar a necessidade de uma Reforma Sindical 25. f deu fôlego ao governo quando propôs um piso de R$ e Trabalhista que garanta e amplie direitos, demo- 26. 850,00, que ao mesmo tempo se transformava em teto, cratize as relações de trabalho e fortaleça a organi- 27. f e somente para 2010. A partir daí, a CNTE organizou a zação sindical, como instrumento da luta autônoma 28. f Marcha pelo piso salarial que apesar de representativa, dos trabalhadores; 29. f não deu o enfoque necessário para os valores e referên- 30. f cias. No entanto a CNTE fez um importante mediação 31. f na Comissão de Educação, bem como pequenas mo- 10. Lutar para extinguir das escolas estaduais e mu- 32. f bilizações no Congresso Nacional, o que fez atenuar, nicipais os pacotes educacionais aplicados pelos 33. f após votação na comissão, o catastrófico projeto de lei Governos Estaduais e pelas prefeituras (Se Liga, 34. do piso enviado pelo governo. Acelera, Alfa e Beto, 5S, entre outros); e o arrocho salarial; 7. Denunciar e combater os desvios de verbas públicas; 9. Lutar pela independência política e econômica dos países da América Latina; 35. f A luta pelo piso salarial nacional ainda nos fará 11. Lutar por um piso salarial nacional com valores 36. f enfrentar grandes batalhas e a CNTE terá que nesse calculados pelo índice do DIEESE e que valorize e 37. f momento se utilizar de todos os instrumentos de mo- dignifique o trabalhador em educação, e que tenha 38. f bilização da base e de pressão junto ao governo e ao como referência o nível médio para uma jornada de 39. f congresso no sentido de aprovar um piso que possa es- 20h semanais. 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 43 Caderno de Articulação de Esquerda Resoluções » 1. a 12. Lutar para que professores (as), aluno (as), pais, blicas, exigindo o acesso a novas tecnologias e à 2. a mães, funcionário(as) e dirigentes sejam reconhe- informática pelas mesmas; 3. a cidos como atores fundamentais da construção de 4. a uma escola pública com qualidade social; 23. Buscar a definição de uma relação adequada entre o número de professores e o número de alunos por 5. a 13. Lutar para aumentar o percentual do Produto In- turma, diminuindo-se a atual definição legal do nú- 6. a terno Bruto - PIB destinado à educação, na forma mero máximo de alunos em sala de aula e fixando 7. a definida no Plano Nacional de Educação - PNE, o limite máximo de alunos a serem atendidos por 8. a elaborado pela Sociedade brasileira; cada profissional do ensino; 9. a 14. Lutar contra toda e qualquer forma de precarização 10. a 11. 12. a e terceirização das relações de trabalho; 24. Lutar pela atualização do acervo e a recuperação das bibliotecas escolares já existentes; 15. Lutar pela garantia da paridade e da integralidade dos proventos dos educadores aposentados; 25. Aparelhar as escolas com computadores, acesso à internet, salas de leitura e vídeo, laboratórios para 13. a 16. Lutar pelo direito à formação inicial e permanente, as diversas áreas do conhecimento, áreas de con- 14. f gratuita e extensiva ao magistério público de todas vivência coletiva, auditórios, salas de reprografia 15. f as redes de ensino; e todas as condições necessárias para que a escola 16. f 17. Exigir dos governos estaduais e municipais uma 17. f proposta de formação inicial e permanente para o 18. f magistério público, inclusive, através de convênios 26. Lutar para que as escolas tenham asseguradas as 19. f com as Universidades Públicas, que vise a qualifi- condições de funcionamento, garantindo-se às 20. f cação profissional e dignifique os docentes; mesmas todo o material permanente indispensável seja verdadeiramente um espaço privilegiado para a socialização do saber; 21. f 18. Lutar pela ampliação junto ao governo federal o 22. f atendimento da demanda por curso superior, garan- 27. Lutar para que todos os alunos das escolas públi- 23. f tindo-se a descentralização da oferta, que deverá cas, independentemente dos níveis e modalidades 24. f ser estendida a outras regiões-pólo do Estado e ga- do ensino, tenham acesso aos livros didáticos re- 25. f rantindo qualidade de ensino e condições de traba- ferentes a todos os componentes curriculares mi- 26. lho; nistrados pelas escolas, além de outras fontes de 27. f 19. Lutar para assegurar recursos públicos para fi- 28. f nanciar a formação inicial e permanente dos(as) 29. f educadores(as); ao atendimento digno; pesquisa e estudos; 28. Lutar pela regulamentação da gestão democrática nas escolas da rede estadual e das redes municipais 30. f 20. Estimular a formação de professores para atuarem em que já conquistamos os princípios gerais da 31. f na Educação Especial, garantindo jornada de traba- mesma, respeitando-se o acúmulo produzido pelo 32. f lho adequada e as condições materiais necessárias Magistério Público em seus fóruns de discussão e 33. f aos que atuarem nessa modalidade de ensino; deliberação; 21. Lutar para que sejam oferecidos cursos gratuitos 29. Desenvolver ações educativas sobre a importância 35. f de informática e de utilização dos variados multi- da gestão democrática nas escolas públicas, aber- 36. f meios educacionais a todos os membros do magis- tas para a população, autoridades, educadores e 37. f tério público que ainda não dominam esses recur- demais membros da comunidade escolar, o que é 38. f sos e linguagens; fundamental para a construção de um projeto de- 34. 39. f 22. Reforçar a luta pela modernização das escolas pú- 44 mocrático e popular; 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação de Esquerda Resoluções » 1. a 30. Lutar por políticas educacionais democráticas e básico, habitação, transporte público, acesso à cultura e 2. a populares que visem à qualidade social do ensino ao lazer como direitos universais. 3. a público; Nosso terceiro desafio consiste na realização de 4. a 31. Lutar para que as secretarias estadual e municipais reformas estruturais, que alterem a matriz social e eco- 5. a de educação garantam a preparação profissional e nômica de nossas sociedades. São essenciais a refor- 6. a as condições necessárias para a implementação do ma urbana, a reforma agrária, a reforma da educação, 7. a ensino da História da África e dos africanos; a consolidação do SUS, a democratização da comuni- 8. a 32. Manter a luta pela liberdade de organização sindi- cação social, a reforma política, a reforma do sistema 9. a financeiro, a reforma tributária e do Estado, todas vin- cal ampla, irrestrita e por local de trabalho. 10. a 11. 12. a culadas ao propósito de criar espaços públicos estratéPOLÍTICAS PERMANENTES gicos não-mercantis. Se o objetivo da CNTE é superar o neoliberalismo, O quarto desafio é a criação de um modelo eco- 13. a mas sem voltar aos limites do modelo de desenvolvi- nômico alternativo, que combine capacidade de cresci- 14. f mento anterior, teremos então que enfrentar vários de- mento, inovação, geração de emprego e renda, redistri- 15. f safios para estabelecermos políticas permanentes que buição de renda e riqueza. Alcançar estes objetivos, no 16. f rompam com as mazelas produzidas pelo capitalismo. atual estágio da economia internacional e nos marcos 17. f O primeiro dos desafios é lutar pela democratiza- da correlação de forças vigentes, exige que se trabalhe 18. f ção profunda de nossa sociedade. O sistema político 19. f existente no Brasil, bem como na maioria dos países O quinto desafio é o de combinar a soberania nacio- 20. f do Continente, segue produzindo enormes distorções, nal com a cooperação entre os distintos povos e países 21. f suscetível a todo tipo de manipulação por parte da bur- que abracem nosso projeto de integração continental. 22. f guesia e dos partidos conservadores. O controle social Lembrando que cada um dos países latino-americanos 23. f sobre a atividade política e estatal é extremamente e caribenhos possui histórias particulares e correlações 24. f reduzido. Para a maioria da população, sobra apenas de força específicas, às quais correspondem estratégias 25. f eleger periodicamente seus “representantes”. Os meios e programas também diferenciados. 26. de comunicação, que geralmente estão em mãos de mo- Um sexto desafio é enfrentar a imensa desigual- 27. f nopólios privados, interferem de maneira descarada em dade de gênero, a desigualdade racial, a homofobia e 28. f prejuízo da democracia. todas as formas de preconceito e discriminação. É pre- em escala continental. 29. f O segundo desafio é ampliar o alcance e a qualida- ciso incorporar a dimensão universal dos direitos hu- 30. f de das políticas sociais públicas, inclusive criando no- manos, com políticas afirmativas e com a promoção de 31. f vos direitos sociais. Antes da onda neoliberal, no Brasil políticas públicas que afirmem valores democráticos, o 32. f e na maior parte do continente, a cobertura do Estado respeito à diversidade e o combate contra as discrimi- 33. f em áreas como saúde e educação já era bastante redu- nações e exclusões. 34. zida. O neoliberalismo piorou ainda mais a situação, Um sétimo desafio diz respeito à realidade da ju- 35. f fazendo com que vários destes serviços fossem acessí- ventude. A população jovem nunca foi tão grande na 36. f veis apenas através do mercado. Agora estamos diante América Latina e no Brasil. Os anos neoliberais foram 37. f do desafio de garantir, além do direito pleno à saúde, cruéis com os jovens. O resultado foi o agravamento 38. f educação e alimentação, outros direitos básicos, como da falta de educação, saúde, emprego, acesso à cultura, 39. f o acesso à eletricidade, telecomunicações, saneamento ao lazer e ao esporte, entre outros. Apenas 3 em cada 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 45 Caderno de Articulação de Esquerda Resoluções » 1. a 10 jovens têm acesso ao ensino médio. A maioria dos oberto Silva Santos; Joanita Cavalcante; Claudio 2. a desempregados é composta por jovens. Sommacal; Maria Barrozo Vieira; laudiomiro Am- 3. a Hoje, 2/3 da população carcerária do país é com- brosio; Edileide Maria Barrozo; Janiere Tavares 4. a posta por jovens. Um oitavo desafio é deter o proces- Miranda; Edivaldo Bispo Cardoso; Silvia de Le- 5. a so de destruição do meio-ambiente, a começar pelos mos Vasques; Valdênio Carvalho; Maria Franci- 6. a recursos não-renováveis. As fontes fundamentais de neide Rosendo; Maria de Lourdes Damiani; Maria 7. a energia e matérias-primas devem estar sob controle di- Enivalda Leite; Luciana Gomes de Lima; Jorge de 8. a reto ou indireto dos Estados e nações, e não a serviço Morais Brizola; Francisco Givanildo dos Santos; 9. a das empresas multinacionais. O investimento em sane- Margareti Ferreti; Angela Maria de Melo; Ivonete 10. a amento básico e o controle da emissão de poluentes são Alves da Cruz; Marina da Silva; Teresa Dalmaso; 11. Despina Nicolaropolus; Antônio Marcelo Guerra; fundamentais para enfrentar a agressão direta ao meio- 12. a ambiente. Denise de Oliveira; Carmem Iara Leal Corin; Fran- 13. a Todos estes desfíos estão entrelaçados: não haverá co Ramos; Domingos Machado Soares; Noemi An- 14. f democracia, sem desenvolvimento e soberania nacio- tonio Maria; Maria Lúcia de Oliveira; Sônia Maria 15. f nal; não haverá soberania, sem desenvolvimento e de- Santos; Cleci Maria Souza; Gerri Savaris; Ubaldi- 16. f mocracia; não haverá desenvolvimento, sem soberania na Santana Fonseca Moreira; Neci Coelho; Alencar 17. f e democracia. Para a CNTE, as lutas por democracia, Delpiaz; Valério Bernadi; Paulo Roberto Caduda; 18. f soberania, desenvolvimento e escola pública de quali- Mirela Maria de Lima; Gelci Terezinha; Quevedo 19. f dade social terão que combinarem-se com a luta pelo Agne; Claudete Sater Sherer; José Francisco An- 20. f socialismo. drade; Davi Garzin Piovesan; Neilton Diniz Silva; 21. f O acesso ao conhecimento e à formação intelectual Elzamir Ferreira da Silva; Maria Bernadete Rodri- 22. f é condição fundamental para o desenvolvimento social gues Pinheiro; Salvador Pereira; José Valmir de 23. f e a elevação do nível de consciência dos povos. A edu- Souza; Morgan Prado Menezes; Erineto Vieira dos 24. f cação, assim, é um bem público, que não deve ser apro- Santos; Maria Luci Santos Leite; Francisco José 25. f priado privadamente pelas classes dominantes e nem dos Santos; Ellen Leslie Santos; Juscineide Correa 26. tampouco constituir-se em privilégio de uma minoria. Maia; Ederaldo José de Arruda; Marli Rodrigues 27. f Defendemos a educação como um direito univer- Silva; Maria José dos Santos; Rita de Cássia dos 28. f sal, que deve ser garantido pelo Estado com recursos Santos; Nazon Barbosa de Souza; Valter Rubens; 29. f públicos, condição sine qua non para a manutenção Sandra de Moraes Santos Bomfim; Ana Cristina 30. f de seu caráter laico, democrático e não discriminató- Oliveira Lima; Cristiano Batista Santos; José dos 31. f rio, bem como da liberdade e autonomia pedagógica e Santos; José Santos Dias; Josefa Silveira Alves; 32. f científica necessárias ao seu exercício. Anderson Magno de São José Santos; Ginalva da 33. f 34. Cruz; Anselmo Rito; Cristiane Melo Santos Leão; ASSINAM ESTA RESOLUÇÃO Francisco dos Correios. 35. f Joel de Almeida Santos; Fernando Nascimento; An- 36. f tonio Valmor de Campos; Luiz Veronezi; Antonia 37. f Joana Silva; Ana Cristina Souza Machado; Carlos 38. f Sérgio Lobão Araújo; Rubens Marques de Souza; 39. f Antônia Joana Silva; Antonio Havelange Bueno; 46 VOLTAR AO ÍNDICE 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Campo Democrático Resoluções » Campo Democrático 1. a 2. a Unir a esquerda combativa para derrotar as duas faces do neoliberalismo: pt e psdb 3. a 4. a CONJUNTURA INTERNACIONAL 4. Na América Latina, a Venezuela avança o seu pro- 5. a 1. O mercado mundial tem passado por um grande jeto de transformação social que busca a organiza- 6. a ciclo de expansão baseada na indústria de ponta, a ção popular, revertendo todo o estrago que a elite 7. a qual tem impulsionado esse crescimento em nível venezuelana fez sob a cartilha do Consenso de Wa- 8. a internacional, nunca se produziu tanta mercadoria shington. Hugo Chavéz tem sido um contraponto 9. a e capitais como nos últimos 50 anos, tendo as gran- ao imperialismo ianque e as elites latino-america- 10. a des corporações tecnológicas, financeiras e mine- nas. Na Bolívia, a luta de classes intensifica-se pela 11. radoras como ponta de lança desse ciclo. construção da nova Constituição onde os trabalha- 12. a 2. Essa grande expansão, tem como tendência uma dores enfrentam as oligarquias sistematicamente e 13. a crise de superprodução de capitais, gerada a par- a reversão das privatizações são agenda prioritária 14. f tir da alta extração de mais-valia e da especulação nesse país. No Equador, a Alianza Paiz partido do 15. f financeira. O recente estouro da bolha imobiliária presidente Rafael Correa elegeu a bancada majo- 16. f da economia estadunidense foi um susto, que levou ritária na Assembléia Constituinte, enquadrou a 17. f os Bancos Centrais no mundo inteiro a atuar para Petrobrás e outras companhias de petróleo nas re- 18. f conter esse pânico, os grandes bancos e as compa- messas de lucros mantendo grande parte destes no 19. f nhias de energia norte-americanas tiveram queda país e convocou a Auditoria Internacional da Dívi- 20. f de lucro, provocando sucessivas quedas na Bolsa da Externa Equatoriana. 21. f de Wall Street, evidenciando que a economia de 5. Essa onda antineoliberal na América Latina de- 22. f ponta do sistema capitalista pode ter uma grande monstra um avanço na resistência dos povos contra 23. f crise financeira que se espalhará no mundo todo. o imperialismo, na luta pelo socialismo enquanto 24. f 3. Os Estados Unidos mantém a ferro e fogo a sua 25. f política belicista no sentido de reafirmar a sua do- 26. minação global, a busca pelo controle das riquezas CONJUNTURA NACIONAL 27. f naturais de origem mineral e vegetal e a desenfre- Governo Lula – para os banqueiros tudo; para os 28. f ada exploração dos povos nos países dominados, trabalhadores esmolas e supressão de direitos 29. f principalmente no Oriente Médio onde mantém 6. O segundo mandato de Lula configura um governo 30. f suas tropas no Iraque sendo uma reedição do Vie- ainda mais conservador que o primeiro, com mais 31. f tnã, apóia de forma incondicional a política fací- ministros representando o grande capital e com 32. f nora e genocida do estado de Israel e pretende in- uma política de alianças mais conservadora do 33. f vadir o Irã sob o pretexto de impedir o andamento que nunca, desde Sarney, Maluf, Jader Barbalho, 34. do programa nuclear desse país, com o apoio de Mangabeira Unger, Renan Calheiros, Fernando 35. f grande parte dos países imperialistas europeus.A Collor e o czar da ditadura Delfim Neto além de 36. f resistência ao imperialismo tem se configurado nos acordos com o PSDB e DEM para medidas neo- 37. f conflitos do povo iraquiano contra o exército esta- liberais como as contra-reformas da previdência, 38. f dunidense, na resistência palestina e do Hizbollah trabalhista, sindical e universitária. O escândalo 39. f contra Israel. Renan Calheiros que foi absolvido graças a ajuda 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em novo modo de reprodução da vida. Educação 47 Caderno de Campo Democrático Resoluções » 1. a do governo Lula e posteriormente forçado a deixar 4,83% (cerca de 98 bilhões de reais.) 2. a a Presidência do Senado em acordo com a oposição 9. Outro mecanismo que o governo encontrou para 3. a de direita para aprovar a CPMF é a prova do mar favorecer os banqueiros é a troca da dívida externa 4. a de lama e do balcão de negócios que o Congresso pela dívida interna. Enquanto a dívida externa foi 5. a Nacional se tornou. O desconto facultativo do im- reduzida de U$ 230 bilhões de dólares em 2003, 6. a posto sindical aprovado em outubro último causou para U$ 203 bilhões em fevereiro de 2007, a dí- 7. a constrangimento na bancada do PT no congresso vida interna alcançou em julho a ultra-gigantesca 8. a nacional, que acabou aprovando pela não obriga- cifra de R$ 1,2 trilhão de reais ou cerca de mais de 9. a ção desse nefasto imposto que é uma tradicional U$ 600 bilhões de dólares, uma política que fere a 10. a fábrica de pelegos no melhor estilo da Carta Del Constituição Federal, que determina uma audito- 11. Lavoro. ria na dívida externa para identificar formalmente 12. a 7. O governo Lula enviou ao Congresso no início des- quem ganhou de fato com a política sistemática do 13. a se ano um projeto de lei complementar que limita endividamento. Sobre esse artifício vejamos o que 14. f a folha de salários da União a um crescimento anu- afirmam Fatorelli e Ávila analisando os orçamen- 15. f al de 1,5% (já descontada a inflação) até 2016. A tos da união consolidados em 2005 e 2006: “neste 16. f medida faz parte do PAC (Programa de Aceleração sentido, a Dívida Interna Federal tem se constituí- 17. f do Crescimento. Esse percentual não corresponde do em uma reciclagem da Dívida Externa. De ou- 18. f sequer ao crescimento vegetativo da folha de paga- tubro de 2005 a junho de 2006, houve o pagamento 19. f mento, o que significa reajuste zero nos próximos de US$ 24 bilhões de antecipação de dívida externa 20. f dez anos. (FMI, Clube de Paris e Bradies). No mesmo perío- 21. f 8. Os banqueiros são os governantes de fato, a pon- do, houve a compra de US$ 25,7 bilhões pelo BC, 22. f to do Ministério da Fazenda ter reduzido os juros via emissão de mais dívida interna. Desta forma, a 23. f da poupança a pedido da FEBRABAN, o que vai dívida interna explode. De junho de 2005 até feve- 24. f significar uma redução significativa dos depósitos reiro de 2007, a Dívida Interna cresceu de R$ 938 25. f do FGTS, um verdadeiro assalto aos trabalhadores. bilhões para R$ 1,2 trilhão”. 26. No primeiro semestre desse ano, o lucro dos qua- 10. Por outro lado, a anunciada regulamentação da gre- 27. f tro maiores bancos do país atingiu a extraordiná- ve nos serviços essenciais, mostra que o governo 28. f ria soma de R$ 11,7 bilhões (recorde de 40,7% em quer matar os trabalhadores de fome e quer trans- 29. f relação ao mesmo período de 2006), só o Itaú e formar a resistência em caso de polícia. Essa políti- 30. f o Bradesco lucraram juntos mais de R$ 8 bilhões ca deve ser seguida à risca pelos governadores, não 31. f de reais. O mais irônico é a defesa de Lula a estes é por acaso que Serra em São Paulo já anunciou 32. f lucros absurdos, afirmando que é melhor os bancos reajuste zero neste ano, o que demonstra que o tra- 33. f terem lucros do que prejuízos. Esqueceu de dizer tamento com as reivindicações será cada vez mais 34. que estes lucros irracionais, são resultado direto da duro, a exemplo do que ocorreu na recente greve 35. f política de arrocho salarial e escravização dos ban- dos metroviários, em que 62 trabalhadores incluin- 36. f cários, dos péssimos serviços prestados aos clientes do dirigentes do sindicato foram demitidos. 37. f e da política econômica do seu governo: as maio- 11. Temos uma tarefa histórica. Romper com os atu- 38. f res taxas de juros do mundo, além do vergonhoso ais limites da nossa ação nos movimentos sociais. 39. f superávit primário que em 2006 foi da ordem de Desenvolver uma atuação sindical que organize 48 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Campo Democrático Resoluções » 1. a os trabalhadores na luta pelas reivindicações eco- POLÍTICA SINDICAL 2. a nômicas e imediatas, mas que também contribua Unidade da intersindical e conlutas por uma nova 3. a para formar outra visão de mundo, radicalizando central sindical 4. a na construção de formas de organização de base 12. Os trabalhadores têm avançado em que pese a 5. a que confiram real poder de ação e decisão aos tra- enorme adversidade conjuntural a partir da eleição 6. a balhadores. Pensar e organizar a luta histórica pela de Lula e da institucionalização das organizações 7. a função social da terra, no campo e na cidade, sob construídas pela classe trabalhadora brasileira nos 8. a uma ótica diferente e contrária á ideologia do mer- últimos 20 anos. A acomodação da Central Única 9. a cado, eliminado o uso político-eleitoral dos movi- dos Trabalhadores ao estado tem levado a classe 10. a mentos populares e direcionando nossas ações con- trabalhadora a sofrer reversão nas suas conquistas 11. tra as grandes propriedades apropriadas, ao longo históricas, como no caso da reforma da previdên- 12. a do processo histórico, pelo capital e pelo Estado a cia, que foi um duro golpe contra os servidores 13. a serviço do capital. Devemos discutir com os mo- públicos, particularmente contra a categoria dos 14. f vimentos de luta por moradia a ocupação das ter- trabalhadores em educação. O recente anúncio de 15. f ras, das grandes multinacionais e dos bancos, bem regulamentação das greves no setor público e do 16. f como as terras ociosas que estão nas mãos do Esta- congelamento dos salários dos servidores da União 17. f do, tendo como princípio à preservação ambiental por mais de dez anos é mais um duro golpe con- 18. f e o combate á degradação do ar, da água, das matas tra os trabalhadores que está sendo implementado 19. f e do solo. Lutar contra o monopólio dos meios de por este governo, o qual serve de referência para 20. f comunicação de massas, principal difusor da ideo- que os governos estaduais endureçam nos ataques 21. f logia e do modo de vida capitalista. e não negociem concessões salariais ou funcionais 22. f Defendemos: como é o caso de Serra, em São Paulo. Por outro 23. f » Contra o pagamento das dívidas interna e externa; lado, o perigo da “argentinização”, fragmentação 24. f » Pela derrubada da LRF, fim do superávit primário e total da ação da classe, ainda está presente, no en- 25. f tanto as recentes iniciativas, como a realização do I revogação da reforma da previdência; 26. » Anulação de todas as privatizações; ENCLAT (Encontro Nacional da Classe Trabalha- 27. f » Redução da jornada de trabalho para 36 horas se- dora), no último dia 25 de março, em São Paulo, 28. f da qual impulsionaram lutas como o 1o de maio de manais sem redução de salários; 29. f » Reforma agrária, sob controle dos trabalhadores, luta e as jornadas de luta de 23 de maio, o Plebis- 30. f combate ao latifúndio e à devastação ambiental; cito Popular, o Grito dos Excluídos e a vitoriosa 31. f » Reforma urbana para combater a especulação imo- 32. f biliária, os latifúndios urbanos e acabar com déficit 33. f habitacional; 34. 35. f 36. f 37. f Marcha a Brasília, no dia 24 de Outubro. 13. Nós do Campo Democrático propomos que a CNTE se desfilie da CUT. Aliás um debate já atrasado na » Cadeia para todos os corruptos e corruptores e ex- nossa confederação, dado que varios sindicatos de trabalhadores em educação do Brasil como o SEPE propriação dos seus bens; » Em defesa do feriado nacional do dia 20 de novem- do Rio de Janeiro e a ANDES (Sindicato dos Docentes do Ensino Superior) já estão na dianteira bro - Dia da Consciência Negra. 38. f desse debate. Tanto o SEPE como o ANDES já se 39. f desfiliaram da CUT, enquanto o CEPRS fez esse 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 49 Caderno de Campo Democrático Resoluções » 1. a debate na base que deliberou sobre o mesmo em 2.013 instituições, 1.793 privadas e 224 públicas. 2. a assembléia geral, mantendo a filiação a CUT por São 293 mil professores, 192,8 mil nas instituições 3. a uma pequena margem. É importante registrar que privadas e 100,4 mil nas instituições públicas. São 4. a nestes sindicatos a INTERSINDICAL e a CON- 4,1 milhões de alunos, 2,9 milhões no ensino pri- 5. a LUTAS unificaram-se na defesa da desfiliação. vado e 1,1 milhão nas universidades públicas. Esse 6. a 14. Sobre a filiação a uma outra central sindical, defen- dado mostra que apenas 10,4% dos jovens entre 18 7. a demos a unidade da INTERSINDICAL e CONLU- e 24 anos estão no ensino superior e que 86,7% 8. a TAS nas lutas e na formação de uma nova central das vagas são em instituições privadas de ensino¹. 9. a sindical construída com debates pela base, fruto de O liberalismo sempre teve como centro teórico o 10. a enfrentamentos qualificados contra os ataques do chamado “Estado mínimo”. 11. governo e do capital. Como tem ocorrido em varias 12. a eleições sindicais em que as chapas de oposição 16. Em mais de quinze anos de neoliberalismo, não 13. a são formadas por esses dois blocos. tem uma área social mais atingida por esse período ¹. Fontes: MEC, INEP e IBGE. 14. f - Pela desfiliação da CNTE da CUT; como a educação pública, a era FHC privilegiou 15. f - Pela construção da Nova Central Sindical impul- a educação privada de forma mais agressiva em 16. f sionada na unidade da INTERSINDICAL e CON- relação aos seus antecessores, não aumentando as 17. f LUTAS. verbas da educação, o não reajuste dos salários dos 18. f profissionais da educação por mais de dez anos. 19. f POLÍTICA EDUCACIONAL O boom das universidades privadas foi fruto des- 20. f 15. Os dados da educação brasileira mostram o gigan- sa priorização do governo FHC para a abertura do 21. f tismo e as contradições dos nossos sistemas educa- capital privado na educação, formando um grande 22. f cionais. Na educação básica são 207,2 mil escolas, lobby do ensino privado que tem influência fortís- 23. f dentre as quais 26,3 mil (12,69%), não têm ener- sima sobre os Três Poderes. 24. f gia elétrica. Cerca de 2,5 milhões de professores 17. Esse lobby juntamente com o conservadorismo 25. f e 56,4 milhões de alunos matriculados. Quanto à presente no Congresso Nacional vetou o financia- 26. distribuição de recursos por modalidade, os poucos mento do Plano Nacional de Educação em 1998 27. f recursos explicam a crise estrutural da educação que deveria ser de 7% do PIB e mantém os míseros 28. f pública. Enquanto um aluno do nível II do ensino 3,2% do PIB para a educação pública. Além das 29. f fundamental custou em 2005 R$ 1.578 reais, um fatídicas avaliações institucionais que esses tecno- 30. f aluno no ensino superior custou R$ 10.711 reais. cratas pensam que é a salvação da educação públi- 31. f Os gastos em relação ao PIB foram da ordem de ca, essas avaliações não passam de uma perfumaria 32. f 4,1%. Essa falta de prioridade tem como resulta- que só serve para incitar a competição entre do- 33. f do 24 milhões de analfabetos, desempenho muito centes que vislumbram receber mais gratificações 34. abaixo da média dos alunos em comparação com que são verdadeiras migalhas, ao invés de ter uma 35. f os outros países e um índice alarmante de repe- política salarial digna aos profissionais da educa- 36. f tência escolar cerca de 21% da 1ª a 4ª série, 60% ção, os neoliberais querem dilapidar ainda mais a 37. f dos alunos que terminaram a 4ª série não sabem ler escola pública para entregar de bandeja ao capital 38. f corretamente e 800 mil crianças entre 7 a 14 anos privado. 39. f estão fora da escola. Na educação superior existem 50 18. O governo Lula lançou o Plano de Desenvolvi- 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Campo Democrático Resoluções » 1. a mento da Educação (PDE) criado juntamente com compromisso de ter uma política sólida de forma- 2. a grupos empresariais da educação, o PDE tem como ção e qualificação continuada de docentes para ga- 3. a concepção a continuação das orientações neolibe- rantir a qualidade do ensino público brasileiros. 4. a rais nos projetos do MEC, a começar pelo finan- 22. As avaliações padronizadas de rendimento escolar 5. a ciamento que criou o FUNBEB em substituição é a aposta do MEC para a melhoria do rendimento 6. a ao FUNDEF onde incorporou os alunos do ensino dos estudantes, esses tecnocratas pensam que a par- 7. a médio para esse fundo passando de 30 milhões para tir da concorrência desenfreada das escolas, esse é 8. a 47 milhões de estudantes não incluindo as creches, um artifício mercadológico para moldar a educação 9. a um aumento de 56%, só que o fundo saiu de R$ básica no contexto da rapinagem do capital, como 10. a 35,2 bilhões para R$ 48 bilhões um crescimento de se essa política de avaliação de inspiração conser- 11. apenas 36,3%, constatando que o financiamento do vadora pudesse incidir de fato na transformação da 12. a FUNDEB não é suficiente para a universalização realidade educacional. 13. a do ensino público, gratuito e de qualidade do qual o 23. No ensino superior, o PDE apresenta o Programa 14. f governo Lula tanto propaga para promover o PDE de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão 15. f e o FUNDEB. Este PAC da Educação não leva em das Universidades Federais (REUNI) que vem a 16. f conta o Plano Nacional de Educação – Sociedade público dizer que vai dobrar o número de vagas 17. f Brasileira que fora produzido em 1998 por entida- nas universidades federais em cinco anos. O REU- 18. f des educacionais. NI vem destinar as vagas públicas para o ensino a 19. f 19. No que tange ao orçamento do MEC em 2007, distância através do Universidade Nova que pre- 20. f sofreu um corte de R$ 610 milhões do Ministério cariza a grade curricular dos cursos, implantando 21. f da Fazenda para manter o pagamento religioso do a graduação de 3 anos e dividindo-a em dois ci- 22. f serviço da dívida pública passando para R$ 9,1 clos, sendo o primeiro chamado superficialmente 23. f bilhões, sua complementação não passa de R$ 2 de “formação geral” e o segundo ciclo a grade do 24. f bilhões. Mantendo ainda menos de 4% do PIB na curso escolhido. 25. f educação. 24. Esse programa não garante nenhum recurso para a 20. O tão alardeado piso salarial do magistério que é contratação de docentes e funcionários, para a as- 27. f de apenas R$ 850,00 em uma jornada de 40 horas sistência estudantil e outros. O REUNI é um pro- 28. f semanais, é um valor corrigido pela inflação sobre grama inspirado no receituário do Banco Mundial 29. f um salário de R$ 300,00 proposto em 1994 que que precariza o ensino público e limita as gradu- 30. f nesse ano correspondia a 4,28 salários mínimos, ações. Se esse programa tiver êxito, haverá su- 31. f atualmente o valor do piso corresponde a 2,23 sa- perlotações nas salas da universidades federais e 32. f lários mínimos, esse valor será atingido em 2010 e as evasões crescerão cada vez mais podendo abrir 33. f não de imediato após a sua aprovação. mais espaço ao capital privado nas universidades 26. 34. 21. O PDE não tem clareza quanto a carreira profis- federais. 35. f sional dos professores e o pior é a sua concepção 25. O PDE de Lula e Haddad não passa de uma reedi- 36. f de formação de professores baseada no programa ção petista da política educacional de FHC e Paulo 37. f Universidade Aberta que realiza cursos à distância Renato, favorecendo o capital privado e reduzindo 38. f para os professores, no sentido de ter especializa- a presença do estado brasileiro na educação. Preca- 39. f ções do tipo “fast delivery diploma” não tendo o rizando o ensino em detrimento dos lucros e priva- 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 51 Caderno 1. a de Campo Democrático Resoluções » tizando a educação. balho dos negros na escravidão serviram de base 2. a Defendemos: para a acumulação de capitais no plantio de cana, 3. a * Luta pela revogação da LDB; na mineração do ouro e do diamante e nas planta- 4. a * Contra o FUNDEB, pela desmunicipalização do ções de café, servindo como matéria-prima para a 5. a ensino e em defesa da elevação dos gastos em edu- Revolução Industrial Inglesa e material de subsis- 6. a cação para 10% PIB; tência desses produtos agrícolas para o proletaria- 7. a * Pela universalização da educação infantil; do europeu, como vemos o Brasil sempre esteve 8. a * Destinação das verba públicas apenas para educa- concectado ao mercado mundial desde a sua inva- 9. a são pelos portugueses. ção pública estatal e fim do Prouni e do REUNI; 10. a * Redução de 200 para 180 dias letivos; 28. Em meio a superexploração dos negros na escra- * Em defesa do acesso aos materiais didáticos defini- vidão, esses tem um histórico de resistência e luta dos pela comunidade escolar para todos os alunos; contra o estado autocrático e escravocrata do Im- 13. a * Extinção de todas as Avaliações Institucionais e pério Brasileiro. Com a abolição da escravatura 14. f respeito a autonomia avaliativa dos professores e graças as pressões do imperialismo britânico para 15. f das unidades escolares; incorpora-los efetivamente no mercado consumi- 11. 12. a 16. f 17. f 18. f 19. f 20. f 21. f 22. f 23. f * Combater e repudiar a Avaliação Desempenho e o reajuste salarial por merecimento; dor. No dizer de Florestan Fernandes, a situação da população negra após a escravidão é a seguin- * Em defesa do reconhecimento das doenças do trabalho educacional; te: “Perdendo sua importância privilegiada como mão-de-obra exclusiva, ele (o negro) perdeu todo * Piso salarial do DIEESE R$ 1.634,00 por vinte horas aulas; o interesse que possuíra para as camadas dominantes. A legislação, os poderes públicos e os círculos * máximo de 20 alunos por classe no EF I e 25 no EF II e no EM; politicamente ativos da sociedade mantiveram-se indiferentes e inertes diante de um drama material 24. f * Em defesa da estabilidade para os servidores públi- e moral que sempre fora claramente reconhecido 25. f cos contratados, aprovação da PEC54/99 excluin- e previsto, largando-se o negro ao penoso destino 26. do os comissionados (sem o trem da alegria); que ele estava em condições de criar por si e para 27. f * Pela imediata aprovação da inclusão de filosofia e 28. f da sociologia em todas as escolas de ensino médio 29. f do país. si mesmo.” (Fernandes, 1978: 18). 29. Os negros e seus descendentes foram relegados a margem da sociedade brasileira, sempre foram víti- 30. f mas da violência e da miséria nos centros urbanos. 31. f POLÍTICAS PERMANENTES Historicamente, o pensamento conservador seja na 32. f 26. As opressões como o racismo, o machismo, a ho- cultura e na mídia tratam-nos com estereótipos que 33. f mofobia e diversos preconceitos que existem na os vinculam a criminalidade e outras mazelas. Sen- 34. moderna sociedade capitalista é um dos instrumen- do vítima da violência policial nas periferias con- 35. f tos de dominação e reprodução da ideologia bur- tribuindo para a barbárie social que o capitalismo 36. f guesa sobre os trabalhadores, alienando-os cada impõe nas cidades. 37. f vez mais da sua condição de humanos. 30. O Brasil deve pagar um tributo pela exploração e 38. f 27. O racismo está presente na história do Brasil desde marginalização da população negra, devemos tra- 39. f os mais de 300 anos da escravidão, a força de tra- tar as cotas sintonizadas com uma ampliação das 52 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Campo Democrático Resoluções » ASSINAM ESTA RESOLUÇÃO 1. a políticas públicas universais como emprego, saú- 2. a de, educação. Previdência e outras áreas, até que Paulo Neves – APEOESP São Bernardo do Cam- 3. a as condições sociais da população negra sejam po; Ederaldo Batista – APEOESP Guarulhos; Mo- 4. a plenas na totalidade da classe trabalhadora brasi- acyr Américo – APEOESP Litoral Sul; Rita Diniz 5. a leira. É inadmissível que um setor reacionário da – APEOESP Salto; Carlos Barbosa – APEOESP 6. a sociedade trate essas políticas como um privilégio Osasco; Eliane Aparecida – APEOESP Sumaré/ 7. a através de uma antropologia capenga e também é Hortolândia; Aldo Santos – APEOESP São Bernar- 8. a ridículo o tratamento que o governo Lula dê essa do do Campo; Antonio Jovem – APEOESP Diade- 9. a questão como se fosse uma mera política transver- ma; Josefa Gomes – APEOESP Santo Amaro; Reni 10. a sal e juntando a sua política social de remendos, Gomes – APEOESP Sudeste Centro; Luiz Horta 11. parecendo que isso é fruto de uma esmola como – APEOESP Ourinhos; Cícero Rodrigues – APEO- 12. a acontece no Prouni. O XXX Congresso da CNTE ESP Santo Amaro; Rosana Martiniano de Souza 13. a deve se posicionar contrário a investida crimina- – APEOESP Guarulhos; José Geraldo – APEOESP 14. f lização das comunidades quilombolas encabeçada Sumaré/Hortolândia; Roberto Polle – APEOESP 15. f pela Rede Globo e apoiar as lutas de regularização Sumaré/Hortolândia; Nivaldo Vicentin – APEO- 16. f dessas comunidades sintonizada com uma reforma ESP Sumaré/Hortolândia; Genivaldo de Souza Al- 17. f agrária radical que altere de fato a estrutura fundiá- meida – APEOESP Salto; José Renato dos Santos 18. f ria do Brasil combatendo o latifúndio e a grilagem – APEOESP Salto; Silvia Beniche – APEOESP 19. f de terras. Salto; Rosi da Silva – APEOESP Litoral Sul; Isaias 20. f 31. As cotas devem ser proporcionais ao percentual de de Oliveira – APEOESP Litoral Sul; José Jesus 21. f negros existentes nas regiões em que se encontram – APEOESP Osasco; Sandra Seni – APEOESP 22. f as universidades, escolas técnicas e serviços públi- Osasco; Gilmar Caribé – APEOESP Osasco; Sonia 23. f cos. O Estatuto da Igualdade Racial deve ter como Almeida – APEOESP Diadema; Diógenes Batista 24. f norte essa universalidade das políticas sociais que – APEOESP São Bernardo do Campo; Leandro 25. f vão em choque com as políticas neoliberais. Martins – APEOESP São Bernardo do Campo; 32. Além disso, lutaremos pela implantação efetiva da Maria de Lourdes – APEOESP São Bernardo do 27. f Lei 10.369 que torna obrigatório o ensino de Histó- Campo; Nobuko Maeda – APEOESP São Bernardo 28. f ria da África e dos Afro-descendentes, com verbas do Campo; Maria da Conceição – APEOESP São 29. f para a formação de educadores, desenvolvimento Bernardo do Campo; Sandro Cervantes – APEO- 30. f sólido dessa política de formação e a produção de ESP São Bernardo do Campo; Vanderlei Marques 31. f materiais didáticos dessa disciplina, para atingir a – APEOESP São Bernardo do Campo; Arnaldo 32. f totalidade dos professores no país. Fortunato – APEOESP Guarulhos; José Batista 26. 33. E também defendemos o dia 20 de novembro, Dia dos Santos – APEOESP Guarulhos; Neide Reges 34. da Consciência Negra, como Feriado Nacional. Lima – APEOESP Guarulhos; José Joaquim Neto 35. f Devemos construir um amplo movimento para – APEOESP Guarulhos; Gerson Ribas – APEOESP 36. f pressionar o presidente Lula para decretar esse dia Diadema; Eliane Araújo – APEOESP Diadema; 37. f como feriado oficial, simbolizando a história da re- Moisés Pedro da Silva – APEOESP São Carlos; 38. f sistência negra personificada na figura de Zumbi Ozani Martiniano de Souza – APEOESP Guaru- 39. f dos Palmares. lhos ; Wilson Roberto Batista – APEOESP Marília; 33. f 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 53 Caderno de Campo Democrático Resoluções » 1. a Osman Martiniano de Souza – APEOESP Guaru- 2. a lhos; Soraya Vasconcelos Brito – APEOESP Gua- 3. a rulhos; Laércio Antonio de Carvalho – APEOESP 4. a Guarulhos; Silvia Márcia – APEOESP Guarulhos; 5. a Roseli dos Santos Ribeiro – APEOESP Ourinhos. 54 VOLTAR AO ÍNDICE 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno 1. a 2. a de Compromisso e Luta Resoluções » Compromisso e Luta 3. a povos; 4. a CONJUNTURA INTERNACIONAL 5. a 1.1 - Vivemos tempos difíceis. O império norte-ame6. a ricano lança ataques contra a soberania das nações 7. a e dos povos, aproveitando ao máximo a correlação 8. a de forças que ainda lhe é favorável. c) retirada imediata das tropas brasileiras do Haiti; d) fim das bases militares imperialistas em todos os países do mundo; e) estado palestino soberano e independente; 9. a 1.2 - As reuniões do G-8 e do Fórum de Davos servem f) luta contra a restrição à democracia e à liberdade dos povos; 10. a como referenciais ao estabelecer metas para reafir- 11. mar políticas às práticas imperialistas das princi- 12. a pais potências econômicas, o que faz aprofundar a 13. a exploração, expropriação e exclusão da maioria da CONJUNTURA NACIONAL 14. f população mundial das riquezas e do conhecimen- 2.1 - O Brasil é a décima quarta economia do planeta, 15. f to científico-tecnológico. g) combate a qualquer forma de totalitarismo. medida pelo Produto Interno Bruto (PIB), que é 16. f 1.3 - Toda tentativa de desenvolvimento autônomo so- a soma de todas as riquezas produzidas no país. 17. f fre ataques de diversas formas: política antiterro- É o país que mais cresceu na América Latina ao 18. f rista e ocupação militar (Oriente Médio); ameaças longo do século XX. Esse crescimento econômi- 19. f de embargos econômicos (Colômbia, Venezuela) co ocorreu, no entanto, sem modificar a elevada 20. f ou recrudescimento de embargos (Cuba). concentração de renda, mantendo a desigualdade 21. f 1.4 - A ausência de emprego produziu uma nova e social como característica principal da organi- 22. f violenta exclusão social. Milhões de pessoas no zação brasileira. No ranking da renda per capita 23. f mundo simplesmente não têm mais lugar dentro da (PIB dividido pela população), o país ocupa a 64ª 24. f economia capitalista. colocação. 1.5 - Como profissionais de educação e, conseqüente- 2.2 - O padrão histórico excludente de distribuição de 26. mente, formadores de opinião de milhões de crian- riqueza permaneceu praticamente intocável, mes- 27. f ças, jovens e adultos, temos de ser participantes mo durante o governo Lula, eleito com o compro- 28. f ativos na luta por um novo e melhor mundo. Que misso de colocar a igualdade social no topo da 29. f seja a ruptura de tudo que está gerando degradação agenda política. O baixo crescimento econômico 30. f ambiental, desemprego, exclusão de mais de dois do Brasil, na atualidade, tem seus fundamentos na 31. f terços da população mundial, dos bens de consumo política neoliberal aplicada pelo governo Fernan- 32. f e da infra-estrutura para uma vida digna. E, para do Henrique Cardoso (FHC) e seguida fielmente 33. f sermos ativos no papel de quem luta, não só pelos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, basea- 34. nossos direitos profissionais, temos de entender o da em: 35. f que ocorre no mundo. 25. f a) superávit primário: economia que o governo faz em 36. f 1.6 - Defendemos: gastos públicos acertada com o Fundo Monetário 37. f a) abaixo à guerra e pela retirada imediata das tropas Internacional (FMI), a ser cumprida anualmente. 38. f 39. f Esse superávit é usado como uma espécie de re- imperialistas do Oriente Médio; b) defesa da soberania e da autodeterminação dos 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em serva que deve ser feita para o pagamento de juros, Educação 55 Caderno 1. a de Compromisso e Luta Resoluções » encargos e amortizações da divida pública; 2.7 - Outras medidas, como as reformas trabalhista e 2. a b) altas taxas de juros, apesar da queda promovida até previdenciária e a criação das fundações públicas 3. a agora pelo Banco Central – a taxa básica de juros de direito privado, que estão em pleno curso, tam- 4. a (Selic) é a mais alta do mundo; bém retiram os direitos trabalhistas do setor públi- 5. a c) pagamento da dívida pública: quanto mais se paga, co e privado. O direito de greve no serviço público 6. a mais a dívida pública (divida interna mais dívida é colocado na berlinda e recebe duros ataques do 7. a externa) cresce. Juros, amortizações e encargos da presidente da República e de ministros escalados 8. a dívida que supera a casa do trilhão consomem mais para desmoralizar os servidores públicos e seus di- 9. a da metade do orçamento da União (59% em 2007), reitos. 10. a representando uma sangria de recursos públicos que 2.8 - O uso do FGTS para investimentos em infra-es- 11. recai sobre os trabalhadores em forma de impostos, trutura e para pagar usineiros com seus fornecedo- 12. a arrocho salarial e cortes de gastos públicos. res privados, a imposição de limites para despesas 13. a 2.3 - Nos últimos 12 anos, o país pagou R$ 1,1 trilhão com pessoal, além dos que já estão estabelecidos 14. f de juros de uma dívida questionável e absurda. Isso pela Lei de Responsabilidade Fiscal; a constituição 15. f significou e ainda implica em menos investimentos do Fórum da Previdência, com a finalidade de dar 16. f em educação, saúde, saneamento, moradia e em apoio e legitimidade a um conjunto de mudanças 17. f outras áreas sociais. – aumento da idade mínima; o fim das regras di- 18. f 2.4 - Quem mais se beneficia com a política econômica ferenciadas para a aposentadoria da mulher traba- 19. f atual são os banqueiros e os especuladores de toda lhadora; o reajuste salarial anual limitado à taxa de 20. f ordem, que detêm boa parte dos títulos da dívida inflação registrada pelo Índice Nacional de Preços 21. f pública brasileira e são remunerados pelas eleva- ao Consumidor Amplo (IPCA) de 1,5% para os 22. f das taxas de juros. próximos 10 anos; entre outros, compõem o pacote 23. f 2.5 - O desemprego e o subemprego temporário juntos de maldades do governo para atender o setor finan- 24. f formam um ambiente de absoluta insegurança dos 25. f jovens em sua entrada e permanência no mercado 2.9 - Defendemos: 26. de trabalho. De cada dez novas vagas que se abrem a) estratégias destinadas a promover a redistribuição 27. f oito são sem registro em carteira e sem benefícios de recursos, política de emprego, aumento constan- 28. f assegurados. te dos salários de maneira que acompanhe o cres- ceiro do Estado. 29. f 2.6 - O denominado Plano de Aceleração do Cresci- cimento da produtividade, políticas de distribuição 30. f mento (PAC) além de não existir nenhuma garantia de renda e de propriedades, elevação do salário 31. f concreta de que as obras e medidas anunciadas nes- mínimo, taxação das grandes fortunas, reforma tri- 32. f te plano vão assegurar o crescimento econômico butária de forma que os ricos paguem mais que os 33. f do país, fica evidente que é mais um instrumento pobres; 34. para subsidiar grupos econômicos nacionais e es- 35. f trangeiros. Isto se dará através do arrocho salarial 36. f sobre os trabalhadores e aposentados e da criação c) sistema de proteção ao trabalho e condições que 37. f de instrumentos como o Fundo de Investimentos permitam a permanência do trabalhador camponês 38. f em Infra-estrutura, baseado em recursos do Fundo no campo; 39. f de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). 56 b) reforma agrária, sem indenização do latifúndio improdutivo; d) política econômica e de produção de alimentos du- 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Compromisso e Luta Resoluções » 1. a radoura, voltada para o mercado interno e o consu- 2. a mo da população; v) revogação das Leis nos 9.637 e 9.648 de FHC que regulamentam as organizações sociais. 3. a e) políticas de ofertas plenas de bens e serviços públi4. a cos universais e com qualidade, fundamentalmen- POLÍTICA SINDICAL 5. a te, educação, saúde e transporte; 3.1 - Mais do que lugar comum, reconhecer que vive- 6. a f) redução da taxa de juros reais (Selic) para 2,5% ao mos tempos difíceis é uma necessidade para não 7. a perdermos de vista o que e como alcançar, sem su- ano; 8. a g) mudar a atual política de superávit primário no or9. a çamento da União, que destina vultosos recursos 10. a públicos para pagamento de juros e amortização da 11. dívida externa; bestimar, tampouco superestimar os obstáculos e também as nossas forças. 3.2 - É do documento de apresentação do Plano Estratégico e Organização da Central Única dos Traba- 12. a h) adoção de uma política que defenda a economia lhadores (CUT) a afirmação de que as alterações 13. a nacional, combatendo a remessa de dólares para o político-econômicas neoliberais implementadas 14. f exterior, em forma de transferências, lucros, royal- tanto nos mercados nacionais como na base pro- 15. f ties e biopirataria; dutiva, por meio de novas tecnologias e formas de 16. f i) aplicação dos recursos públicos exclusivamente no organização e gestão do trabalho, recrudesceram as 17. f ensino público gratuito, em todos os níveis e moda- explorações do trabalho para o aumento dos lucros, 18. f lidades; apartando milhões de trabalhadores do direito ao 19. f j) manutenção do veto à Emenda nº 3; 20. f k) rejeição ao projeto que cria as fundações públicas 21. f trabalho e à dignidade. de caráter privado; 3.3 - As mudanças na política, na economia e nas formas de relação do trabalho têm desafiado o movi- 22. f l) garantia de negociação coletiva no serviço público mento sindical mundial, no sentido de desenvolver 23. f e respeito total à organização dos trabalhadores; estratégias de enfrentamento ao processo de exclu- 24. f m) direito irrestrito de greve; são social e do mercado de trabalho, visando não só 25. f n) previdência pública para todos e devolução de to- garantir e ampliar direitos, mas construir uma nova 26. dos os direitos retirados com as reformas já realiza- 27. f das; 28. f 29. f 30. f 31. f 32. f 33. f sociedade. 3.4 - No setor público, os desafios não são menores o) anulação, das reformas universitária e previdenciária; nem de menor importância. A política neoliberal impôs ao Estado uma nova concepção e papel. As p) reestatização imediata da Companhia Vale do Rio Roce; alterações introduzidas na Constituição Federal, com as Emendas de nos 19, 20, 41 e 47, implica- q) redução da jornada de trabalho sem redução dos salários; ram em mudanças estruturais radicais na concepção de Estado e, por conseguinte, na organização 34. r) salário mínimo no valor estabelecido pelo Dieese; dos serviços públicos e nos direitos da população e 35. f s) fim da política de superávit primário, da Lei de dos servidores públicos. 36. f 3.5 - Movimento sindical precisa reagir e enfrentar Responsabilidade Fiscal e da DRU; 37. f t) não às parcerias público-privadas; a política neoliberal 38. f u) estatização das empresas ocupadas pelos trabalha- 3.5.1 - Em boa medida, é verdade que a atual crise bra- 39. f dores, pela manutenção dos empregos; 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores sileira é o resultado dos oito anos do governo FHC, em Educação 57 Caderno de Compromisso e Luta Resoluções » 1. a que aplicou com canina fidelidade os preceitos ne- 2. a oliberais. Um governo com tristes recordes e que POLÍTICA EDUCACIONAL 3. a entregou estatais para pagar dívida. Abriu as fron- 4.1 - Queremos focar o debate educacional na quali- 4. a teiras para os grandes investidores estrangeiros, es- dade do ensino público, valorização salarial e pro- 5. a timulou um processo inédito de desnacionalização fissional, com a participação dos profissionais de 6. a econômica, aboliu e reduziu direitos previdenci- educação. 7. a ários e trabalhistas e promoveu o maior nível de 8. a desemprego da história brasileira. 4.2 - A verdade é uma só: independentemente de siglas partidárias, todos os governantes são culpados, in- 9. a 3.5.2 - A excessiva dependência econômica condena a clusive o atual presidente, que pouco fez, até ago- 10. a nação a uma condição de permanente instabilidade. ra, para reverter esta situação de caos e falência da 11. A degradação do trabalho, a não-construção nacio- educação pública, um dos setores que deveria ser 12. a nal e a regressão democrática, marcas do governo prioridade para qualquer governante. 13. a FHC, derivaram da avalanche neoliberal que afe- 4.3 - Faltam equipamentos de educação infantil, esco- 14. f tou e afeta o mundo capitalista. Não são fenômenos las, profissionais, condições dignas de trabalho, se- 15. f meramente brasileiros, apesar das particularidades gurança e valorização profissional e salarial. Não 16. f de cada país. dá mais para ficar procurando os culpados. As mu- 17. f 3.5.3 - Nesse cenário, e dele resultante, se a reeleição e danças são necessárias e urgentes. 18. f o primeiro mandato de Lula, presidente do Brasil, 4.4 - É preciso que haja uma tomada imediata de ações 19. f não foram de ruptura deste modelo de desenvolvi- que valorizem os profissionais de educação e me- 20. f mento dependente, como de fato não foram, temos lhorem as condições de trabalho, com salário dig- 21. f a responsabilidade de colocar o movimento sindi- no, construção e ampliação de escolas para acabar 22. f cal em luta para que o obrigue a ser. com a superlotação e a falta de vagas. 23. f 3.5.4 - Os movimentos popular e sindical e os partidos 4.5 - Queremos que os recursos destinados à educação 24. f verdadeiramente de esquerda possuem papel mui- sejam investidos, de fato, na manutenção e desen- 25. f to importante. Deve, de forma autônoma e inde- volvimento do ensino, como determina a lei. 26. pendente, se caracterizar como forças interessadas 4.6 - Avaliações externas desprezam condições e o 27. f e atuantes para que o governo adote medidas que papel da escola 28. f rompam com o ciclo do domínio das oligarquias, 4.6.1 - A aprendizagem, quando aferida por instrumen- 29. f da miséria e da dependência econômica. tos de avaliação externa como o Sistema de Avalia- 30. f 3.6 - Encaminhamentos: ção da Educação Básica (Saeb), o Exame Nacional 31. f a) realizar o primeiro ciclo debates sobre o papel dos do ensino Médio (Enem) e A Avaliação Nacional 32. f sindicatos, frente à realidade política mundial e de Rendimento Escolar (Anresc - Prova Brasil), 33. f brasileira; entre outros, sabidamente focados no desempenho b) propor à CUT, que realize fórum de discussão so- individual, predominantemente quantitativos, me- 35. f bre os rumos do movimento sindical classista e a nosprezando o conjunto de saberes, habilidades e 36. f necessidade de sua unificação; valores construídos no ambiente escolar, camufla 34. 37. f c) propor à CUT, que organize plenárias sindicais as condições precárias que foram previamente ofe- 38. f mensais, para debater a conjuntura política e ações recidas tanto aos alunos como aos educadores, de 39. f unitárias contra as políticas neoliberais. forma a gerar tal produto e responsabiliza tão so- 58 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Compromisso e Luta Resoluções » 1. a mente os educadores e os educandos pelo eventual por outro lado revela a insuficiência de recursos 2. a fracasso. Também desconsidera que o instantâneo para tal empreitada. 3. a medido é o fruto do processo contínuo de desmon- 4.8.3 - O Fundo é um mecanismo indutor de expansão 4. a te da escola pública implementado pelas políticas quantitativa do atendimento educacional. Isto por- 5. a neoliberais atuais e passadas. que, a exemplo do que aconteceu com o Fundef, 6. a 4.7 - Plano de Desenvolvimento da Educação também o Fundeb faz do aluno matriculado uma 7. a 4.7.1 - Temos participado das lutas em defesa da escola espécie de “unidade monetária”. 8. a pública e de qualidade dado nossa contribuição em 4.8.4 - Este ano, no Estado de São Paulo, cada matrícula 9. a todos os espaços de organização dos educadores do no ensino fundamental proporcionará cerca de R$ 10. a Brasil. Participamos da proposta do Plano Nacional 1.800,00 em recursos do novo fundo para o gover- 11. da Educação (PNE) da sociedade civil organizada no que a mantiver. Uma matrícula em creche (CEI) 12. a e apresentada ao governo federal em 2001, conten- vale um per capita de quase R$ 1.000,00; no ensino 13. a do uma série de metas e programas de incentivo à médio, R$ 1.500,00. Mais matrículas significa mais 14. f educação. dinheiro repassado pelo Fundeb. Por isso, tende a 15. f 4.7.2 - O PNE previa em suas disposições transitórias se expandir o número de vagas, principalmente nos 16. f formas de avaliação contínua e periódica. A pri- níveis e modalidades que hoje apresentam cobertu- 17. f meira ocorreria em 2005, o que nunca aconteceu. ra insuficiente, como é o caso das creches, do ensi- 18. f É neste contexto, sem avaliação do PNE, sem atin- no médio e da educação de jovens e adultos. 19. f gir as metas que deveriam ter sido alcançadas em 4.8.5 - O problema dessa lógica de vincular recursos 20. f 2006, e sem a participação das entidades represen- financeiros apenas às matrículas é que desencoraja 21. f tativas da educação no Brasil, que o governo Lula esforços relacionados ao aumento da qualidade da 22. f e seu ministro Fernando Haddad lançaram o Plano educação. Com as regras atuais, o Fundeb não será 23. f de Desenvolvimento da Educação, numa parceria capaz de, por exemplo, estimular providências para 24. f entre Ministério da Educação e a Rede Todos pela a diminuição do número de alunos por sala de aula, 25. f Educação. conforme reivindicação histórica dos profissionais 26. 4.7.3 - As medidas que compõem o PDE dissociam os de educação. 27. f elementos que sempre defendemos para termos 4.8.6 - Embora pareça um tanto paradoxal, é possível 28. f educação de qualidade, que são a formação inicial, afirmar que uma das mais interessantes qualidades 29. f a formação continuada e as condições de trabalho. do Fundeb reside justamente no fato de que, com 30. f 4.8 - Financiamento da educação ele, fica mais nítida a escassez de recursos para 31. f 4.8.1 - Com a aprovação do Fundo Nacional de Desen- uma educação de qualidade para todos. 32. f volvimento da Educação Básica e Valorização do 4.8.7 - Em 2002, o Fundef movimentou aproximada- 33. f Magistério (Fundeb), todas as etapas e modalidades mente R$ 23 bilhões, distribuídos a 32 milhões 34. da educação básica pública, não apenas o ensino de alunos do ensino fundamental nos 26 Esta- 35. f fundamental, passam a contar com um mecanismo dos brasileiros. O gasto médio por aluno foi, 36. f regular, embora insuficiente de financiamento. portanto, de R$ 721,00. O Estado com menor 37. f 4.8.2 - Se por um lado a aprovação do Fundeb permitirá gasto/aluno foi o Pará, R$ 427,00; e o de maior 38. f uma melhor integração entre educação infantil com gasto/aluno foi Roraima, R$ 1.547,20. Alagoas, 39. f o nível fundamental e deste com o ensino médio, Pernambuco e Paraíba tiveram gastos por alu- 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 59 Caderno de Compromisso e Luta Resoluções » 1. a no inferiores a R$ 500,00. O Amapá, São Paulo e conselho de escolas, que deve ter caráter deliberati- 2. a Acre superaram R$ 1.000,00. vo e ser paritário a representação estudantil dentro 3. a 4.9 - Ensino de nove anos das unidades escolares e organizar a luta para que 4. a 4.9.1 - O que o governo federal aprovou a obrigato- a composição dos CME, CEE, CNE e dos Tribu- 5. a riedade da entrada das crianças com seis anos na nais de Contas seja por eleição com participação 6. a primeira série do ensino fundamental. popular. 7. a 4.9.2 - Desta forma não resolveu as questões realmente 8. a relevantes que existem no ensino fundamental para BALANÇO POLÍTICO DA GESTÃO 9. a que as crianças consigam aprender e ainda criou 5.1 – Carreira - defesa incondicional e prioritária 10. a mais dois problemas: um para o ensino fundamen- 5.1.1 - Não é de agora que denunciamos que o ataque 11. tal e outro para a educação infantil. sistemático aos servidores públicos teria como re- 12. a 4.9.3 - O ensino de nove anos vem tirar essas crianças sultado a desestruturação dos serviços públicos, 13. a dos seus espaços e colocá-las direto no ensino fun- que hoje dispensa qualquer esforço para compro- 14. f damental. vá-lo e deve inquietar até mesmo os ardorosos de- 15. f 4.9.4 Fica evidenciado que foi feito um arranjo finan- fensores do Estado mínimo. 16. f ceiro, pois o per capta no ensino fundamental é 5.1.2 - O agravamento da crise social e a incapacidade 17. f maior e ajusta-se a obrigatoriedade do início da es- do poder público de dar respostas efetivas em re- 18. f colarização aos 6 anos. lação à baixa qualidade do ensino, ao atendimento 19. f 4.10 - Encaminhamentos à saúde, à crescente violência e à insegurança, por 20. f a) realizar seminário sobre a organização do ensino mais que se diga o contrário, não pode deixar de ser 21. f fundamental; vinculada às políticas de arrocho salarial, falta de 22. f b) redução do número de alunos por sala de aula. investimentos em formação, redução e desmonte 23. f 4.11 - Gestão democrática de quadros de pessoal, aplicação de vínculos precá- 24. f 4.11.1 - Pesquisa recente aponta que indicação define rios de contratação, desestruturação de carreiras e 25. f 45% dos diretores escolares, eleição 43%, 6.3% retirada de direitos dos servidores, implementados 26. seleção, 5.3% outra forma. Os indicativos de todas por diferentes governos da União, dos Estados e 27. f as avaliações evidenciam que a educação brasileira dos municípios. 28. f precisa modificar muito para melhorar a qualidade. 5.1.3 - Neste congresso, no entanto, diante das cir- 29. f 4.11.2 - Fica evidente também que não é a forma de cunstâncias e de várias mudanças na educação, na 30. f provimento que garante uma boa gestão escolar. organização do ensino, no regime previdenciário, 31. f Obviamente por defendermos uma gestão demo- nos direitos constitucionais e, principalmente, pelo 32. f crática não podemos considerar as indicações po- conjunto de medidas implantadas ou anunciadas 33. f líticas como válidas. pelo governo, não podemos deixar de tratar das 4.11.3 - A pesquisa nos remete à conclusão que a gestão questões relacionadas à ESTRUTURA DOS QUA- 35. f democrática não está relacionada à forma de provi- DROS E CARREIRAS DOS PROFISSIONAIS 36. f mento de cargos; esta depende de um grau maior de DE EDUCAÇÃO. 37. f comprometimento e envolvimento da comunidade 5.1.4 - Não podemos permitir um Plano de Carreira, 38. f nas decisões administrativas e pedagógicas toma- limitado a uma visão meritória voltada aos prin- 39. f das nas escolas; para tanto é necessário fortalecer o cípios da “premiação por resultados”, condenável 34. 60 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Compromisso e Luta Resoluções » 1. a por abolir o caráter universal das políticas públicas 5.4.3 - Defendemos: 2. a e por impor prejuízos aos que são na verdade, viti- a) jornada semanal de 30 horas, com seis horas diá- 3. a mas da indefinição ou falta de projeto de educação, rias. 4. a atenção e ausência de investimentos por parte dos 5.5 - Pela promoção da saúde dos trabalhadores em 5. a governos. educação 6. a 5.1.5 - Defendemos: 5.5.1 - Os salários cada vez mais arrochados levam o 7. a a) quadros profissionais de servidores, integrados por servidor à não ter qualidade de vida e a ampliar sua 8. a todos os envolvidos com a mesma atividade fim; jornada de trabalho. Além disso, a falta generaliza- 9. a b) direito de opção para que os servidores que hoje da de funcionários acarreta sobrecarga de trabalho 10. a atuam na educação possam integrar o Quadro dos e a conseqüência imediata é a doença. 11. Profissionais de Educação: 5.5.2 - A cada ano, o número de readaptações e de afas- 12. a 5.1.6 - Quadro do magistério composto de cargos de tamentos de servidores por doença aumenta. Res- 13. a efetivo exercício e de provimento em comissão. tringir o tratamento ou instituir mecanismos que 14. f 5.1.7 - Funções de magistério; todas as que têm como vinculem ganhos pecuniários à permanência no lo- 15. f pré-requisito à formação de magistério, entenden- cal de trabalho, que levam o funcionário a trabalhar 16. f do-se que fazem parte de uma mesma carreira e inclusive doente gera problemas crônicos e conse- 17. f trabalham diretamente para o desenvolvimento da qüentemente, readaptações definitivas. Precisamos 18. f educação no espaço escolar. avançar no debate sobre a promoção da saúde do 19. f 5.2 - Quadro e carreira operacional e técnico-admi- 20. f nistrativa 21. f 5.2.1 - Organizar o quadro operacional e de auxilio téc- venção e à melhoria das condições de trabalho: 22. f nico administrativo escolar composto de cargos de jornadas extensas – dupla jornada de trabalho do 23. f provimento efetivo e funções de livre provimento professor, agentes escolares com subempregos; nú- 24. f exclusivamente nas unidades escolares. mero excessivo de alunos na escola, ocasionando trabalhador e não punir aqueles que ficam doentes. 5.5.3 - A solução esta relacionada às formas de pre- 25. f 5.3 - Progressão nas carreiras estresse para o professor e sobrecarga para os agen- 26. 5.3.1 - A progressão na carreira do magistério ocorre tes escolares na limpeza e na alimentação servida; 27. f por mudança de categoria dentro da mesma classe estrutura de prédios e equipamentos inadequados e 28. f da carreira, por acesso, promoção e evolução fun- antigos, obrigando o funcionário a se adequar à es- 29. f cional. trutura; riscos como biológicos, ruídos, químicos, 30. f 5.4 - Jornada do quadro de apoio à educação ergonômicos, iluminação inadequada, gases e falta 31. f 5.4.1 - Não há quem trabalhe na escola que não este- de condições térmicas; insegurança – a violência 32. f ja submetido às condições e ambiente de estresse. é uma realidade cotidiana nas nossas escolas, com 33. f Não por outra razão, reconhece a necessidade de alunos, professores e equipe técnica sofrendo des- 34. jornadas de trabalho distintas das jornadas fixadas gaste diário. Todos estes fatores contribuem para o 35. f para trabalhadores de outras áreas. adoecimento e aquisição de doenças profissionais. 36. f 5.4.2 - Ao quadro de apoio e para os diferentes cargos 5.5.4 - Condenar o profissional de educação à falta de 37. f integrantes das classes deste quadro que propomos, uma política de prevenção é condená-lo ao adoeci- 38. f há também de organizar seu trabalho em jornada mento. Penalizá-lo por estar em licença para trata- 39. f menor. mento da saúde é bárbaro e ilegal. 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 61 Caderno de Compromisso e Luta Resoluções » 1. a 5.5.5 - Defendemos: j) política institucional permanente de valorização 2. a a) investimento na proteção da saúde destes profissionais dos profissionais de educação (salários, formação, 3. a e na prevenção e no diagnóstico e tratamentos precoces atualização e progressão na carreira); 4. a destes agravos; k) projetos de valorização do professor, como casa 5. a b) criação do Programa de Assistência e Prevenção à 6. a Saúde do Servidor; nacional de centros de pesquisa e desenvolvimento 7. a c) nenhum desconto referente às ausências por licen8. a própria do professor, biblioteca do professor,rede ça saúde. da educação e bolsa federal de incentivo à formação; l) modernização do conteúdo, incorporando pelo 9. a 10. a PLANO DE LUTAS menos quatro grandes temas: 1) a ética no com- 6.1 - O Plano de Lutas do Compromisso e Luta abrange portamento pessoal; 2) a solidariedade social; 3) o 12. a todos os pontos da questão educacional e política respeito à natureza; 4) a habilitação para o uso de 13. a geral de atuação da CNTE. instrumento de informática; 11. 14. f 6.2 – Defendemos: 15. f a) educação pública gratuita, laica e de qualidade para to- 16. f m) universalização da freqüência às aulas até a conn) envolvimento da universidade com a educação de dos; 17. f b) criação de um sistema único de educação; 18. f c) criação de uma Agência Nacional para garantir a 19. f aplicação dos direitos e a proteção da criança e do 20. f adolescente; 21. f 22. f 23. f 24. f 25. f 26. 27. f 28. f clusão do ensino médio; base; o) ampliação do número de escolas técnicas de nível médio; p) erradicação do analfabetismo no Brasil; d) definição de padrões nacionais de qualidade para todas as escolas brasileiras; q) mais verbas para a educação; r) verbas públicas exclusivamente para a escola pú- e) padrões nacionais de salário, formação e dedicação do professor; blica estatal; s) o cumprimento dos artigos 70 (com exclusão no f) padrões nacionais para as edificações e equipamentos das escolas; inciso V) e 71 da LDB, que definem as despesas que são consideradas ou não como manutenção e g) definição de padrões mínimos arquitetônicos por meio de uma Lei Federal de “habite-se”; desenvolvimento do ensino; t) aprovação de lei que puna, com a perda imediata do 29. f h) lei que impeça inauguração e funcionamento de mandato, aquele que incluir despesas com Previ- 30. f escolas em prédios que não atendam aos pré-requi- dência, saúde, segurança, administração e cultura, 31. f sitos de construção e condições plenas para o de- como gastos com a manutenção e desenvolvimento 32. f senvolvimento de suas atribuições, especificidades do ensino; 33. f e competências; u) a constituição de comissão municipal para contro- i) criação da Lei de Responsabilidade Educacional, lar e fiscalizar receitas destinadas à educação com 35. f que torne inelegível as autoridades (prefeitos, go- a participação das entidades de classe, da socieda- 36. f vernadores, presidente da República e secretários de civil organizada e dos movimentos sociais, por 37. f de Educação) que não investirem em educação, meio de processo eletivo; 38. f conforme legislação e metas definidas nacional- 39. f mente; 34. 62 v) ampliação para 10% do PIB para investimentos em educação. 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Compromisso e Luta Resoluções » 1. a w) mobilização contra este PDE, que mercantiliza a tos do seu desenvolvimento: conhecimento, socia- 2. a lização, formação de valores e habilidades cogniti- educação; 3. a x) piso salarial nacional vinculado à jornada de 20 4. a horas; vas; mm) a avaliação como um instrumento para identificar 5. a y) jornada composta por horas/regência e, no mínimo, as necessidades da escola para superar as desigual- 6. a dades nas condições de aprendizagem e não como de 33% de horas/atividades na Jornada Básica; 7. a z) não-vinculação dos salários e vantagens de carreira identificador do fracasso do aluno. 8. a aos indicadores de qualidade fixados pelo gover- 6.3- Encaminhamentos: 9. a no; a) propor à Confederação Nacional dos Trabalhado- 10. a aa) lutar pela mudança na lei que dispõe sobre duração res em Educação (CNTE) que organize a luta nacional 11. contra o PDE; e iniciação no ensino fundamental; 12. a bb)ensino fundamental de nove anos, com autonomia b) propor à Apeoesp e às demais entidades de traba- 13. a para os municípios iniciarem aos 7 anos, e real- lhadores de educação de São Paulo a realização da 14. f mente ampliar o tempo de permanência do aluno Marcha Estadual em Defesa da Educação, da nossa 15. f na escola; profissão e contra este PDE. 16. f 17. f 18. f 19. f 20. f 21. f cc) manutenção da educação infantil para as crianças ESTATUTO de zero a seis anos de idade; dd)obrigatoriedade de a escolarização iniciar aos 6 anos, dentro da educação infantil; Capítulo II Art.12 – parágrafo 3, após ou congressos, qualquer ou- ee) a organização do ensino em ciclos, sem promoção automática e com direito à recuperação paralela; tra instância deliberativa Art.22 – Secretária de Aposentados (acrescentar Pen- 22. f ff) estabelecer como princípio a qualidade social da 23. f educação, priorizando as relações humanas, sus- - acrescentar- Secretária de Assuntos Municipais 24. f tentáveis e solidárias; - substituir Secretaria de Direitos Humanos por Secre- 25. f gg)trabalho político pedagógico sistemático e condi- 26. ções que favoreça a organização do ensino em ci- 27. f clos; sionistas) e Assuntos Previdenciários taria de Políticas Sociais. POLÍTICAS PERMANENTES 7.1 - Questão racial 28. f hh)reuniões consideradas como dias letivos, com os 29. f pais e alunos, para debater o ensino fundamental 7.1.1 - No Brasil, embora a Constituição Federal de 30. f em ciclos; 1988 estabeleça que prática de racismo constitui crime 31. f ii) avaliação contínua e diagnóstica, acompanhada inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, 32. f das condições necessárias para executar atividades nos termos da lei, a nossa experiência demonstra uma 33. f que permitam aos alunos superar as dificuldades; contradição entre o legislado e a realidade socioeconô- jj) liberdade de organização de turmas com números mica. A sociedade brasileira carrega consigo traços que 35. f de alunos determinados pelas conveniências peda- registram desde o Brasil colonial. O legado da herança 36. f gógicas de cada unidade escolar; escravagista compromete os nossos dias atuais, através 34. 37. f 38. f 39. f kk)garantir a representatividade pluriétnica da sociedade no currículo escolar; que possui mecanismos sistemáticos que impedem a ll) a avaliação do aluno considerando todos os aspec- 30o Congresso Nacional do racismo, do preconceito e da discriminação racial, dos Trabalhadores em inserção socioeconômica da população negra. Educação 63 Caderno de Compromisso e Luta Resoluções » 1. a 7.1.2 - A luta histórica dos afro-descendentes é pelo re- que deve ser valorizada e desfrutada, enfatizando a 2. a conhecimento de que o período da escravidão e os importância eqüitativa de todos, sem qualquer dis- 3. a séculos de práticas racistas estruturaram uma sub- criminação nas tomadas de decisões, tanto locais 4. a jetividade no pensamento brasileiro, que contribu- como globais. 5. a íram para que houvesse em nosso país uma brutal 7.1.6 - Segundo o governo, são necessárias ações na- 6. a violação dos direitos humanos e que colocaram os cionais e internacionais para o combate da discri- 7. a brancos como representantes do topo da base pi- minação, a fim de assegurar o pleno gozo de todos 8. a râmide social em detrimento dos que permanecem os direitos humanos, econômicos, sociais, cultu- 9. a majoritariamente no limbo da exclusão social. rais, civis e políticos, os quais são universais, in- 10. a 7.1.3 - A Conferência Mundial contra o Racismo, Dis- divisíveis interdependentes e inter-relacionados, e 11. criminação Racial, Xenofobia e Intolerâncias Cor- melhorar as condições de vidas de homens, mulhe- 12. a relatas, realizada em 2001, na África do Sul, tem res e crianças de todas as nações. Por isso, temos 13. a sido importante instrumento político no combate de rejeitar firmemente qualquer doutrina de supe- 14. f ao preconceito e vem reafirmando os princípios rioridade racial, assim como teorias que tentam de- 15. f de igualdade e não-discriminação, reconhecidos monstrar a existência das chamadas raças humanas 16. f na Declaração Universal de Direitos Humanos, e distintas. 17. f incentivando o respeito aos direitos humanos e às 7.1.7 - A Lei nº 10.639/03 prevê a inclusão no currículo 18. f liberdades fundamentais para todos, sem distinção de todos os estabelecimentos oficiais e particulares 19. f de qualquer tipo, seja de raça, cor, sexo, língua, de ensino fundamental e médio a contribuição de 20. f religião, opinião política ou qualquer tipo; origem diferentes culturas e etnias, o que consiste na obri- 21. f social, regional e nacional, propriedades, nasci- gatoriedade do ensino de História da África e de 22. f mento, entre outros. Cultura Afro-brasileira. 7.2 - Defendemos: 23. f 7.1.4 - Persuadido pela adesão universal desta con- 24. f venção internacional, o governo brasileiro impôs a) 25. f a eliminação de todas as formas de discriminação b) aumento de vagas das universidades públicas; 26. como principal instrumento para a eliminação do c) ampliação de cursos no período noturno, que visem 27. f racismo, que constituem a negação dos propósitos 28. f e princípios contidos na Carta das Nações Unidas e 29. f na Declaração dos Direitos Humanos. Também re- 30. f conhece a importância fundamental de os Estados 7.3 - A situação da mulher trabalhadora 31. f considerarem a assinatura, a ratificação e a concor- 7.3.1 - As mulheres, juntamente com os demais setores 32. f dância dos instrumentos internacionais dos direitos oprimidos deste país, são as principais vítimas da 33. f humanos pertinentes, visando a adesão universal, pobreza, do salário mínimo de fome, da ausência 34. ao combaterem todas as formas de racismo, discri- de políticas públicas tais como saúde, educação 35. f minação racial, xenofobia e intolerâncias correla- e moradia e constituem a maioria dos desempre- 36. f tas. gados. As mulheres vêm ocupando o mercado de contra a privatização do conhecimento público; beneficiar alunos negros de baixa renda; d) que a CNTE faça uma ampla discussão sobre o Estatuto da Promoção da Igualdade Racial; 37. f 7.1.5 - Essas medidas nos asseguram que a prática da trabalho em maior número nas últimas décadas, 38. f diversidade cultural é um valioso elemento para o empurradas principalmente pelo desemprego dos 39. f avanço e bem-estar da humanidade como um todo, companheiros e filhos, com mão-de-obra mais ba- 64 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Compromisso e Luta Resoluções » 1. a rata, sem a garantia de direitos essenciais como creche, 2. a auxílio-maternidade, entre outros. desamparada. 7.3.6 - A Organização Mundial de Saúde (OMS) re- 3. a 7.3.2 - Foram duramente atacadas com a reforma da conhece a violência contra as mulheres como um 4. a Previdência do governo Lula, ao exigir de milhares problema de saúde pública. Os efeitos da violência 5. a de trabalhadoras rurais e domésticas comprovação doméstica, sexual e racial contra mulheres sobre a 6. a do tempo de serviço, aprofundando-o, ao ampliar saúde física e mental são evidentes para as traba- 7. a em sete anos a idade mínima para efeito de apo- lhadoras de um modo em geral. Mulheres em situ- 8. a sentadoria, desconsiderando as múltiplas jornadas ação de violência freqüentam com assiduidade os 9. a de trabalho. serviços públicos. 10. a 7.3.3 - As péssimas condições de trabalho têm levado 7.3.7 - A CNTE sempre esteve presente na luta pelos 11. a uma incidência cada vez maior do número de direitos das mulheres. Entendemos e cobramos do 12. a doenças e registros de acidentes no trabalho. Se- governo a implementação de políticas públicas que 13. a gundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, garantam os seus direitos fundamentais. 14. f as mulheres adoecem e se acidentam 50% a mais 7.3.8 - É importante evidenciar os princípios de direitos 15. f que os homens no desempenho de suas funções. A iguais das mulheres e das autodeterminações dos 16. f Organização Internacional do Trabalho (OIT) re- povos, lembrando que todos os indivíduos nascem 17. f gistrou uma alta taxa de doenças relacionadas ao iguais em dignidade e direitos e que a igualdade 18. f estresse entre as mulheres. Segundo a Universida- deve ser protegida como questão de prioridade má- 19. f de Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a lesão por xima. 20. f esforço repetitivo (LER) é a maior causa de doença 7.4 - Questão do meio ambiental 21. f nas trabalhadoras brasileiras, seguida das doenças 7.4.1 - O desenvolvimento do capitalismo, processo pro- 22. f mentais e cardiovasculares. De acordo com a Or- dutivo, sistema político e econômico centrado na 23. f ganização Mundial de Saúde (OMS), as mulheres utilização de energia fóssil, tais como o petróleo, 24. f de todas as idades representam 70% dos consumi- o carvão, e mineral, não-renováveis e poluentes, 25. f dores de medicamentos psiquiátricos. Trata-se de geraram nos últimos séculos a variação de valores 26. um fenômeno mundial que não respeita fronteiras com o uso inconseqüente dos recursos naturais, 27. f de classe social, raça/etnia, religião, idade ou grau sem nenhum cuidado com o meio ambiente. 28. f de escolaridade. 7.4.2 - Com a globalização e o avanço do capitalismo, 29. f 7.3.4 - A Confederação Nacional dos Trabalhadores da direcionando para os lugares mais distantes do glo- 30. f Educação (CNTE) realizou uma pesquisa revelan- bo terrestre, transferiu-se o sistema predatório. Os 31. f do que a categoria está doente, vítima da Síndro- países periféricos como Brasil, Argentina, México, 32. f me de Bournout (estado de exaustão prolongada e África do Sul, Índia, Coréia do Sul e a China for- 33. f diminuição de interesse, especialmente em relação maram novas fronteiras, exaltando a pobreza no sul 34. ao trabalho). Somado a isso, não há política de cre- e o consumismo extremado no norte. 35. f ches, obrigando os profissionais da educação a de- 36. f legar a terceiros os cuidados com os filhos. 7.4.3 - Os Protocolos de Kyoto constituíram de um tratado internacional com compromissos mais rígidos 37. f 7.3.5 - No tocante à violência que sofre cotidianamen- para a redução da emissão de gases que provocam 38. f te em seu ambiente de trabalho, inclusive os casos o efeito estufa, considerado como causa do aqueci- 39. f de assédio moral e sexual, a professora se encontra mento global. Em 1997, na cidade de Kyoto, no Ja- 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 65 Caderno de Compromisso e Luta Resoluções » 1. a pão, foi proposto um calendário pelo qual os países vantos Lima, Alessandra Rojas Maciel de Ávila, 2. a desenvolvidos têm a obrigação de reduzir a quanti- Almira Aparecida Pereira Sanches, Ana Maria da 3. a dade de gases poluentes entre 2008 e 2012. Silva Lima, Ana Maria Maioni Perreira Barreto, 4. a 7.4.4 - Os países signatários têm de adotar ações bási- Ana Maria Rodrigues Venturini, Anadir Soares de 5. a cas: reformar os setores de energias e transporte, Oliveira, Anezite Padilha de Souza, Ângela de 6. a usar energias renováveis, eliminar os mecanismos Cássia Alves, Antonia Floriano de Oliveira, Antô- 7. a inapropriados, limitar as emissões de metano e pro- nia Nogueira de Lima, Antonio Carlos Borsoi, An- 8. a teger as florestas e outros sumidouros de carbono. tonio Clovis Del Rei Costa, Antonio de Souza, An- 9. a 7.4.5 - Os Estados Unidos, maior emissor de gases do tonio Ney Sampaio Simões, Antonio Paulino, An- 10. a planeta, se nega a ratificar o Protocolo de Kyoto. tonio Zamai, Aparecida Dias Conde, Aparecida 11. De acordo com o presidente George W. Bush, a Regina Batista de Paula, Arismar Campion, Arlete 12. a economia norte-americana seria prejudicada. Tal Machado, Arlindo José da Silva, Áurea Gonçalves 13. a atitude é considerada por parte da comunidade in- Veiga, Beatriz do Valle, Beatriz Lorente Galera, 14. f ternacional desprezível. Benvinda Maria Leonidas Bezerra, Camila de 15. f 7.4.6 - Defendemos a estrutura e o conteúdo dos temas Mello Pires, Caren Cristine Marchel Gomes, Carla 16. f fundamentais da “Agenda 21” nos seus 40 capítu- Aparecida Marques, Catarina Jane Staníscia Galli, 17. f los e o conjunto de princípios da “Carta da Terra” Cecília de Oliveira, Cera Lúcia da Costa, Clara Lu- 18. f de valores fundamentais, que orientarão os indiví- cia Camilo, Clarinda Maria da Silva, Claudia Gon- 19. f duos e os Estados no que se refere ao desenvolvi- çalves de Arruda Feres, Claudinei Lombe, Cleide 20. f mento sustentável, que servirá como código ético Filizzola da Silva, Cleide Gomes da Silva Santos, 21. f planetário. Clélia Regina Pereira, Cleonice Helena Oliveira da 22. f 23. f Silva, Cleusa Maria Marques, Cleusa Rocha dos ASSINAM ESTA RESOLUÇÃO Santos, Clotilde Lima de Camargo, Clovis Roberto 24. f Claudio Fonseca, Adelson Cavalcanti de Queiroz, da Silva, Conceição de Maria da Silva Freitas, 25. f Cleiton Gomes da Silva, Doroty Keiko Sato, Jacin- Creuza Maria Marques, Christiane Araújo Tejo, 26. ta Maria de Oliveira Cruz, Josafá Araújo de Souza, Cristiane Nogueira, Cristina Aparecida Rodrigues 27. f Mônica dos Santos Castellano Rodrigues, Maria do Aguiar, Daiane Eugênia de Souza, Daniel Apa- 28. f Cristina Augusto Martins, Nilda Santana de Souza, recido Pereira, Daniel Barreto Garcia, Daniela 29. f José Donizete Fernandes, Teresinha Chiappim, Apolinário, Daniele Gimarães Barbosa, Deise de 30. f João Baptista Nazareth Júnior, Reni Oliveira Perei- Medeiros Melchior, Deise Olímpia Ferreira, Dean- 31. f ra, Myrtes Faria da Silva, Élio Araújo da Silva, genes Marcio Pereira de Souza, Denise Mutschele 32. f Eliazar Alves Varela, Fidelcino Rodrigues de Oli- Bifoni, Denize Soares Silva, Deuel Barreto Garcia, 33. f veira, Floreal Marim Botias Júnior, Júlia Maia, Dijilma Mendes Lima, Domingos Martins Donize- 34. Leila Maria da Silva Chicoli, Lilian Maria Pache- ti Aparecido do Amaral, Doraci Krause de Olivei- 35. f co, Luzinete Josefa da Rocha, Marcelo Alves ra, Dulcineia Mendes de Freitas, Edigar Tadeu Pe- 36. f Nishikata, Adeilda de Queiroz Jaen, Ademar de reira, Edna Aparecida Eleotério, Edna Maria Buck, 37. f Souza Zanini, Adriana Cinto Lopes de Abreu, Ednaldo Aparecido da Silva, Edson Alencar Bar- 38. f Adriana Regina Cherutti, Albertina Gonçalves bosa, Egberto Ribeiro de Souza, Eglair Pereira 39. f Garcia, Alencar Ribeiro Pimentel, Alessandra Ci- Lima, Elaine da Rocha dos Santos, Elenice Alves 66 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Compromisso e Luta Resoluções » 1. a dos Reis, Elenira Josefina Piccino Borsoi, Eliane Aparecida Ravazio, Leiva Barbieri, Leny Severina, 2. a dos Reis Cavalcanti, Elisabete Andarde de Souza, Lígia Cristina de Carvalho Ferreira Cortez, Luca 3. a Elisabete Lopes de Almeida, Elizabeth André Fer- Andrade de Lima, Lucas Loyola, Luci Ferreira 4. a nandes, Eloísa Maria Neves Silva, Elza Correia Moreira Batista, Lucia Teixeira Ribeiro, Luciana 5. a dos Santos, Elza de Souza Soares, Enéas Cavalcan- Germano Augusto, Luciana Lemos, Luciane Ro- 6. a te de Queiroz, Eni Nogueira Santos, Esmeraldo drigues, Lucilene Galassi Santoro, Luís Roberto 7. a Falleiros de Mello, Eulina Rodrigues da Silva Za- Gullo Pereira, Luiz Gonzaga Calegario, Luiz Hen- 8. a mai, Evaristo Ceschin, Fabiola de Moura Silva dos rique da Costa, Lurdiney Borges da Silveira, Ma- 9. a Santos, Fátima Ap. Pereira da Silva Bernardino, dalena dos Santos Poças, Magali de Fátima Olivei- 10. a Fátima Botelho Santos, Flávia M. M. Gutierres, ra, Magda Aparecida Alvez Correia, Magda Chaves 11. Felício Camargo Neto, Filomena Scola Delgado y Pagliarini, Magna Raddi Gabriel, Marcelo Alves 12. a Delgado, Francisca Zulmira, Francisco Pereira Nishikata, Marcelo Freitas, Marcos Roberto Afon- 13. a Brandão, Genildo Cleber da Silva, Genoveva Car- so, Maria Aparecida Ferreira de Morais, Maria 14. f mo Rodrigues de Andrade, Genoveva Carmo Ro- Aparecida S. Santos, Maria Ângela Expósito, Ma- 15. f drigues de Andrade, Gentil Tadeu Gomes, Geraldo ria Auxiliadora Shibao, Maria das Graças M. M. 16. f Silvino de Sousa, Gerônima L. Fernandes, Gilva- Gutierres, Maria Cristina Belusci da Conceição, 17. f nio Guedes dos Santos, Gislaine Dario Barbosa, Maria Cristina Ferreira, Maria Cristina Mendes da 18. f Guimaura Maciel, Hailton de Andrade Sampaio, Silva, Maria das Dores Yamada, Maria de Fátima 19. f Helena Carlos Ferrari Rosa dos Santos, Helena do Augusto Calvo de Lima, Maria de Fátima Ramos 20. f Carmo Silva, Helena Oliveira da Silva, Helena Pe- de Magalhães, Maria de Lourdes Quintino de Lima, 21. f reira de Queiroz, Henriqueta Marques Montanha, Maria do Carmo Monteiro Paes, Maria do Carmo 22. f Ieda Alves de Amorim, Ilza dos Santos de Andra- Pontes, Maria do Socorro Alves dos Santos, Maria 23. f de, Irene Aparecida N. O. Lima, Irene F. Viana Iri- Gedalva de Oliveira Ferreira, Maria Gerusa Barbo- 24. f neu Roberto de Souza, Iria Ap. Martins, Isabel sa Nogueira, Maria Helena da Silva, Maria Helena 25. f Cristina Fagundes Mesquita, Ivanice Berttonio La- de Souza França, Maria Ivone Nunes da Silva, Ma- 26. russa, Ivone Maria Gonçalves, Izequiel Rodrigues, ria Joana Eleotério, Maria José de Paula, Maria 27. f Izildo Batista de Barcellos, Jacinto dos Santos Jú- José V. da S. Andrade, Maria Lucia Andrade de 28. f nior, Jair Silva Santos, Jandira da Silva Dias, Ja- Castro, Maria Lucia de Mesquita, Maria Lúcia Ko- 29. f queline Xavier Lima, Jasson de Azevedo Santos, bayashi Arakaki, Maria Lúcia dos Santos Oliveira, 30. f Jenny Bolea Belestero, João Batista, João Batista Maria Márcia de Oliveira, Maria Regina Ferrato 31. f de Jesus Felix, João de Oliveira Neto, João Olivei- Monteiro, Maria Regina Lourenço Brito, Maria 32. f ra Ferreira da Costa, José Antonio de Souza, José Romana de Abreu Ramos, Maria Salete Guedes 33. f Carlos Valentini, José Corsino da Costa, José Ju- Leal, Maria Sirlei Reino, Maria Sônia Costa de 34. lião de Almeida Ramos, Jonias Sales de Souza, Oliveira Lázaro, Marcos Antonio dos Reis, Marcos 35. f José Pedro Miron, Josefina da Conceição Carvalho Roberto Afonso, Marilene Aparecida L. de Medei- 36. f Tavares dos Reis, Josefina Maria Jesus Conceição, ros, Marilene Pinheiro, Marisa Munhoz Gonçalves, 37. f Júlia Maria Franceschini, Kátia Batista Milano Marlei Pereira, Marisabel Ferreira de Souza Tava- 38. f Martinez, Kátia Maria Requena Duarte, Kelly Cris- res, Marta Gonçalves de Andrade, Meire Antonia 39. f tina de Lima Pimentel, Lazara Bernardino, Leila Vitorino, Miriam Aparecida da Silva, Mirna C. P. 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 67 Caderno de Compromisso e Luta Resoluções » 1. a C. de Andrade, Mitue Saito, Mônica dos Santos Valdete de Fátima Soares Caetano, Valquiria Cae- 2. a Castellano Rodrigues, Mônica Martins Ribeiro, tano Franco Peixoto, Vanessa Benetti, Vera Heloisa 3. a Nair Celestino, Neucília B. Silva, Neusa Salviano Boaretto, Vera Lucia de Oliveira, Vita Mizael da 4. a de Paula, Neuton Jose dos Santos, Neuza Apareci- Veiga Dias, Viviane dos Santos, Wallace Labois- 5. a da Fachini, Neuza Lemes da Cunha Papa, Nicanor siere, Wânia Teresa Soares Berloffa, Wenceslau E. 6. a Pereira da Silva, Nilda Santana de Souza, Nilton Schablatura, Wilma Aparecida Soares, Wilson Akio 7. a Aparecido de Oliveira, Nilva Leite Gouvêa, Nilza Kyomen, Wilson Antônio, Yone de Souza Lima, 8. a de Abreu Lira, Nívea Maria Paiva Otoni, Noraldi- Yuri Alexandre Lisboa. 9. a no Alves Filho, Norma da Conceição Leite, Nor- 10. a mélia Oliveira Alves dos Santos, Odair Peres Ber- 11. nal, Osni Breus Silva, Ondina Rita Pimenta de Fi- 12. a gueiredo, Patrícia Pimenta Furbino, Paulo de Tarso 13. a de Oliveira, Paulo Eduardo Carahyba Dias, Paulo 14. f Eduardo Pereira Marques, Paulo Sergio Bento Ro- 15. f drigues, Pedro Antônio da Cruz Argollo Debona, 16. f Raquel Crispim Garcia Lopes, Raquel Gallo Ribei- 17. f ro, Raquel Moretti Simão, Regiane Lucena, Regina 18. f Cristina Scoton Machado Miranda, Regina Maria 19. f dos Santos Pito Alexandre, Regina Neto, Reni Oli- 20. f veira Pereira, Rita Aparecida de Souza Adelino, 21. f Rita de Cássia da Rocha Cunha, Roque de Campos, 22. f Roque Melchior, Rosa Magalhães, Rosa Maria da 23. f Silva, Rosalinda Jorgas Fargetti, Rosana Aparecida 24. f Bezerra, Rosane Maria Balbino de Oliveira, Rose- 25. f lene de Jesus Santana, Rosângela Diamantina Be- 26. zerra, Roseli D’Agostino, Roseli Sales Frazão, 27. f Sandra G. A. Caetano, Rosemeire Camargo Moros, 28. f Sandra Regina de Carvalho Arruda, Selma de Fáti- 29. f ma da Cruz, Sérgio de Oliveira, Sérgio Roberto 30. f Cardoso, Silvana Petriccione da Conceição, Silvia 31. f Oliveira da Silveira Aguiar, Silvio Carlos Parejo, 32. f Silvio Luiz Scortecci M. Martins, Solange Apare- 33. f cida de Oliveira, Solange Roseli de Lima, Sonia 34. Aparecida Tomé, Sonia da Silva Bons Olhos, Sonia 35. f Marçal, Sonia Raimundo, Sonia Soares Andrade, 36. f Sueli Cholla, Tania Fiszuk, Sueli de Lima Videira, 37. f Sueli Monteiro, Susi Olindina de Souza, Suze Mo- 38. f desto de Souza Dias, Tânia Lúcia Maldonado, Tâ- 39. f nia Meire Ferraz, Valéria Maria Ferreira Szlapak, 68 VOLTAR AO ÍNDICE 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Conlutas Resoluções » Conlutas 1. a 2. a 3. a 4. a CONJUNTURA INTERNACIONAL comandou a Minustah. Estados Unidos e demais potências imperialistas, Os Estados Unidos quer transformar o Haiti numa 6. a realizam sucessivas guerras de ocupação, de olho nas colônia, fazendo do país uma plataforma de exportação 7. a riquezas naturais do planeta - como o petróleo, a água para as indústrias têxteis imperialistas e dos haitianos 8. a e os biocombustíveis - sob o argumento da defesa da mão-de-obra semi-escrava ou diretamente escrava. Por 9. a democracia, combate ao narcotráfico e ao terrorismo. isso, as tropas de ocupação, comandadas pelo gover- 5. a As invasões do Afeganistão, do Iraque, do Líbano no brasileiro, estão a serviço da destruição da pequena e do Haiti; a interferência direta no Oriente Médio; as produção local, agrícola e artesanal, e da repressão aos 12. a chantagens contra o Irã, a Síria, a Coréia do Norte e costumes e rituais haitianos, como o VUDÚ, afim de 13. a Cuba - o “eixo do mal” - buscam garantir o controle da incutir no povo a mentalidade capitalista de “culto ao 14. f economia mundial e impedir qualquer país de trilhar trabalho”, transformando-o num exército da mão-de- 15. f caminhos independente do Imperialismo. No Oriente obra dócil e super-explorada. 16. f Médio, onde a guerra é militar, o Imperialismo mantém O Haiti é país negro, o segundo a se tornar indepen- 17. f sob controle, econômico e político, os outros países, dente no continente americano, porém, diferentemente 18. f fazendo-se presente nas ações e políticas de governos do primeiro (EUA), sua independência foi com uma 19. f em todo o mundo. No entanto, a resistência dos po- revolução, que criou uma República Negra, abolindo a 20. f vos contra a ofensiva recolonizadora vem crescendo escravidão e o racismo e foi o terror de todas as elites 21. f e pode desferir importantes golpes ao Capital, apesar brancas do continente, que, mesmo depois da indepen- 22. f da colaboração das classes dominantes locais em suas dência, mantiveram a escravidão em seus países. 23. f vertentes neoliberal, social-democrata ou da esquerda 24. f reformista. Na América Latina, uma série de insurrei- CONJUNTURA NACIONAL 25. f ções derrubaram governos eleitos em vários países. Unificar a Luta Contra o Governo Lula e Suas Re- 26. Argentina, Equador, Venezuela e Bolívia são alguns formas Neoliberais 27. f exemplos das lutas antiimperialistas. Apesar disso, a O governo Lula é a continuidade da política eco- 28. f burguesia têm conseguido, com a colaboração de parte nômica do primeiro mandato, com a política de ajustes 29. f das direções do movimento de massas e utilizando-se fiscais e superávits primários, que consumiu boa parte 30. f do apelo que a democracia burguesa ainda apresenta da riqueza nacional para o pagamento da dívida exter- 31. f para os trabalhadores, manter-se no poder. na, ao custo do não investimento em educação, saúde, 32. f Fora Lula do Haiti infra-estrutura, etc. Ao reduzir as verbas para os servi- 10. a 11. Seguindo a política externa do Estados Unidos, do ços públicos, impõe a necessidade de mobilização dos 34. senhor da guera do norte George Bush, o governo Lula trabalhadores deste setor, a exemplo do IBAMA e do 35. f aceitou comandar a ocupação militar do Haiti, sob o INCRA. Em plena greve, o presidente, afirmou para a 36. f pretexto de pacificar o país. O que se vê, de fato, é a re- grande imprensa que “servidor público não faz greve, 37. f pressão aos movimentos sociais haitianos pelas forças tira férias”. Para dificultar que este instrumento seja 38. f de ocupação, uma prova indireta disso foi, o até agora utilizado pelos trabalhadores, elaborou um projeto de 39. f inexplicado, suicídio do primeiro general brasileiro que lei, que já foi denominado “lei anti-greve”, que prevê 33. f 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 69 Caderno de Conlutas Resoluções » 1. a mecanismos draconianos de controle dos sindicatos. num mar de lama que atinge o Palácio do Planalto e 2. a Várias medidas efetivas de redução de direitos fo- revela as promiscuas relações do Congresso Nacional 3. a ram tomadas, de forma articulada com o empresariado, com o governo e de ambos com o empresariado. Porém, 4. a com a conivência e apoio da CUT e Força Sindical, e apesar de todas as denúncias de corrupção terem lastro 5. a o Congresso Nacional. Fez a Reforma da Previdência em fatos comprovados, em nada ou muito pouco, essas 6. a de 2003, criou o Supersimples, ampliou a DRU, reali- denúncias têm afetado o governo e suas reformas. 7. a zou um intenso processo de privatização na educação No entanto, todos estes ataques não ficaram sem 8. a superior, atacou o FGTS, a lei de greve, e vários outros resposta. Ao contrário de 2003, quando os movimentos 9. a direitos históricos. Tudo isso para contentar a classe foram apanhados de surpresa e poucos ousaram rea- 10. a patronal e ampliar o lucro dos banqueiros. gir, agora existe, de fato, uma resistência construída. A 11. A maioria dos trabalhadores já está convencida de cada medida neoliberal do governo aumenta o processo 12. a que suas bandeiras históricas, como moradia, saúde e de ruptura, potencializa a resistência e aponta para o 13. a educação pública e de qualidade ou uma verdadeira fim do ciclo histórico e de hegemonia político-sindical 14. f reforma agrária não são prioridades, muito pelo con- do PT e da CUT. As inúmeras mobilizações e greves, 15. f trário. Lula utiliza suas históricas relações com as dire- em todo o país, superando as próprias direções pelegas 16. f ções dos movimentos sociais para tentar amordaçá-los e organizados pela base enfrentando o governo, sinali- 17. f e conter suas mobilizações. zam que os trabalhadores estão dando o troco. 18. f Neste segundo mandato, além de apresentar o PAC, Os quase quatro milhões de votos no Plebiscito 19. f que congela os salários do funcionalismo por dez anos, também representaram um importante momento de 20. f aprofunda as privatizações e desvaloriza o salário-mí- nossa luta. Trouxe a tona o debate sobre temas rele- 21. f nimo, ampliando os lucros e as garantias estatais para vantes da política nacional e trabalhou pela conscien- 22. f os investimentos privados, o governo também preten- tização de camadas importantes da população sobre o 23. f de realizar outra reforma da previdência, dificultando caráter deste governo. Mesmo com o boicote da CUT e 24. f ainda mais o acesso à aposentadoria Segundo o Orça- da UNE a votação foi expressiva. Questões como pri- 25. f mento Geral da União –2006- executado até 31/12/06, vatizações, tarifas de energia e a Reforma da Previdên- 26. temos a seguinte situação: Juros e amortizações da dí- cia ocuparam por uma semana as ruas e possibilitaram 27. f vida 36,70%; Educação 2,27%; Trabalho 2,17%; Ener- um valioso trabalho de base. A Marcha de 24 de outu- 28. f gia 0,05%; Habitação 0,01%. bro também representou um importante passo na cons- 29. f Para manter estas políticas e continuar iludindo par- trução deste processo de reorganização. Neste ponto a 30. f celas da população, utiliza-se de diversos expedientes. CONLUTAS cumpre um importante papel, ocupando 31. f A falsa estabilidade econômica decorre de mais miséria um lugar de destaque na tentativa de unificar todos os 32. f e arrocho salarial. Além disto, políticas compensatórias lutadores para derrotar as reformas do governo. Cerca 33. f como o Bolsa-Familia expõe a mais brutal desigualda- de vinte mil pessoas foram às ruas de Brasília protestar 34. de social do mundo e revela o verdadeiro abismo exis- contra estas políticas e dar um forte recado a Lula: Va- 35. f tente em nosso país. mos derrotar estas reformas! Oposição de esquerda ao 36. f Para tanto, contou como parceiros históricos “vas- 37. f salos” da burguesia e expoentes da ditadura, como Sar- que querem ver abaixo tais reformas. 38. f ney, Maluf, Delfim Neto, Romero Jucá e principalmen- Neste Congresso a CNTE deve decidir por: 39. f te, Renan Calheiros. Este grande aliado está submerso 1. Promover a denúncia do governo Lula, como um 70 Governo Lula, unificando todos os setores combativos 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Conlutas Resoluções » 1. a governo pró-capitalista e que contraria os interes- seu interior os trabalhadores empregados, desemprega- 2. a ses da classe trabalhadora; dos, aposentados e manter relação direta com os traba- 3. a 2. Defender o Piso do Dieese para todos trabalhado- lhadores que se organizam nos diferentes movimentos 4. a populares e sociais, com organizações e movimentos res em educação; 5. a 3. Cassar todos os envolvidos em escândalos de cor- que lutam contra toda forma de discriminação e opres- 6. a são, organizações estudantis e da juventude. Aliado ao rupção e o confisco de todos os seus bens; 7. a 4. Trabalhar pela unificação das lutas, buscando o di- caráter classista, os sindicatos têm que possuir a mais 8. a álogo com todos os setores que se proponham lutar ampla autonomia e independência política e financeira 9. a contra qualquer governo que ataque direitos. em relação à burguesia, aos governos e ao Estado. Par- 10. a 11. ticularmente em relação aos governos, devemos manter POLÍTICA SINDICAL recusa total em ser correia de transmissão, ou departa- 12. a Abandono da Independência, da Luta de Classes e 13. a do Socialismo mento. Defendemos a solidariedade de classe e a constru- 14. f A CUT se distanciou dos princípios que a funda- ção da unidade na luta dos trabalhadores, assim como 15. f ram, abandonando a independência diante da burguesia o internacionalismo, na perspectiva do socialismo. Do 16. f e dos governos, a luta de classes e o socialismo como nosso lado, tem renascido o sindicalismo classista, de 17. f estratégia. Inúmeros são os exemplos que demonstram base, autônomo e independente de partidos e governos 18. f isto na prática. O papel que cumpriu nas câmaras seto- burgueses como oposição à política de colaboração de 19. f riais, as diversas parcerias com a iniciativa privada, o classes da CUT, Força Sindical, SDS, CGT – principais 20. f aprofundamento do conceito de sindicato cidadão e a artífices e beneficiários da burocratização das direções 21. f mudança do caráter do 1º de Maio, transformado num sindicais. 22. f showmício patrocinado por bancos e montadoras de Demonstramos ser possível praticar a solidarieda- 23. f automóveis e as várias vezes que se colocou na mesma de ativa (demitidos da Volks, Sem-Teto entre outros). 24. f trincheira das administrações ditas do campo “demo- Realizamos congressos e plenárias (CONAT, marchas 25. f crático popular”, na contramão dos interesses dos que à Brasília, encontros nacionais), com respeito à base e 26. lutavam por reajustes salariais e melhores condições de à democracia operária, bem como a realização de ativi- 27. f trabalho, são exemplos deste distanciamento. dades conjuntas com outras organizações (8 de março, 28. f Uma central sindical deve ser independente dos pa- Encontro Nacional Contra as Reformas; Primeiro de 29. f trões e dos governos. A CUT calou-se quando ocorreram Maio de Luta, atos contra as reformas em 23 de maio; 30. f os escândalos de corrupção e, colabora com os projetos Grito dos Excluídos, Marcha a Brasília em 24 de ou- 31. f do governo federal que visam retirar direitos dos tra- tubro). 32. f balhadores, como as reformas em curso. É necessário Lula e a reforma sindical: a lei antigreve 33. f debater e discutir com os trabalhadores a importância Seguindo os interesses do capital e dos organismos 34. de romper com esta central, traidora e vendida. imperialistas, o governo federal elabora projeto de lei 35. f Construindo um Sindicalismo de Luta que visa acabar com o direito de greve dos trabalha- 36. f A CNTE deve apostar em um modelo sindical de dores, sobretudo, dos funcionários públicos. Segundo 37. f caráter classista e que se constitua em instrumento para a proposta apresentada pelo governo, serviços e ativi- 38. f a defesa das reivindicações, direitos e interesses da dades considerados “essenciais” teriam regras draco- 39. f classe em seu conjunto. O sindicato deve agrupar em nianas para realizar seus movimentos reivindicatórios. 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 71 Caderno de Conlutas Resoluções » 1. a Alguns itens da proposta: informar ao governo, ante- buscam se organizar na Intersindical e mais recente- 2. a cipadamente, sobre o movimento de greve; quorum mente houve o rompimento da CSC. 7. É preciso abrir 3. a mínimo para a deliberação da greve; contratação de este debate na base do sindicato. Qual o papel da CUT? 4. a substitutos (fura greve); desconto imediato dos dias pa- Como voltar a unir aqueles que querem lutar? 8. É pre- 5. a rados; maior controle dos sindicatos pelo Estado. ciso unificar os que defendem a independência e auto- 6. a nomia dos sindicatos perante o governo e os patrões. Plebiscito Já !!! 7. a Consultar a Base Sobre a Filiação à Cut 8. a O XXX Congresso da CNTE delibera: Que os sin- Considerando que: 1. A CUT foi fundada para 9. a responder à necessidade de unir a classe trabalhadora dicatos afiliados realizem plebiscito em suas bases pela desfiliação ou não dos mesmos da CUT. 10. a brasileira. As lutas multitudinárias do período se cho11. cavam com as direções pelegas da maioria dos sindi- POLÍTICA EDUCACIONAL 12. a catos e exigia um pólo aglutinador. A Central cumpriu A educação, historicamente, sempre esteve subor- 13. a esse papel. 2. A CUT construiu-se como uma alterna- dinada à economia, por isso, a política educacional do 14. f tiva primeiro a CGT e depois à Força Sindical, ambas governo Lula/Haddad, conectado ao PAC, que tem 15. f representantes do sindicalismo oficial. como estratégia elevar o superávit primário para garan- 16. f 3. Décadas depois, esse passado foi jogado no tir o pagamento dos juros e amortizações das dívidas 17. f lixo. Primeiro, através das relações pouco transparen- externa e interna. Somente no ano de 2006, Lula pagou 18. f tes e, muitas vezes, espúrias com os fundos de pensão, 275 bilhões de reais de juros e serviços das dívidas. 19. f marcando a adesão da CUT ao sindicalismo de negó- Nesse sentido, com a priorização do pagamento 20. f cios. Segundo vem acompanhado de uma política de das dívidas externa e interna o governo corta verbas 21. f parceria com o capital, com a adesão ao sindicalismo das áreas sociais. Sendo assim os baixos recursos des- 22. f de colaboração com o patronato. 4. Com a subida de tinados à educação acarretam precarização cada vez 23. f Lula, o sindicalismo oficial, chapa branca, passa a ser maior em todos os níveis. Com isso os profissionais da 24. f a marca da CUT. Os apoios à Reforma da Previdência educação estão submetidos às péssimas condições de 25. f e traição ao funcionalismo são os signos da CUT neste trabalho, baixos salários, doenças profissionais entre 26. período. Antes aglutinadora e centralizadora das lutas, outros problemas. 27. f hoje divisionista e fragmentadora da classe, ao lado de Já a política educacional do governo é responsa- 28. f sua atual parceira: a Força Sindical. A pá-de-cal desse bilizar os profissionais da educação pela crise educa- 29. f processo é a reforma Sindical e Trabalhista que as duas cional, utilizando as avaliações externas como Prova 30. f centrais junto com o patronato elaboraram. 5. O último Brasil, Saeb, Enem e Enade. 31. f congresso da CUT escancarou o governismo. A corren- Na verdade, o governo Lula/Haddad dá continui- 32. f te majoritária, a Artsind, responsável principal por esse dade e aprofunda o plano neoliberal implementado por 33. f movimento político ainda não está satisfeita, precisa de FHC. A crise estrutural da educação aprofundou-se 34. uma subordinação tão imensa da Central ao governo nos últimos doze anos, como conseqüência direta do 35. f que não pode admitir nenhum setor da sua própria cor- Plano Decenal e da Reforma do Ensino Superior, que 36. f rente, que levante alguma pálida independência diante tem como alicerce a LDBEN e a emenda constitucional 37. f do governo. 6. Perante essa situação o movimento sin- 14 de 1996, substituída pela 53 de 2007, que instituiu 38. f dical começou a reagir. Centenas de sindicatos rompe- o FUNDEB, cuja política está em consonância com a 39. f ram com a CUT e se organizaram na Conlutas. Outros reforma do Estado à luz das diretrizes neoliberais dos 72 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Conlutas Resoluções » 1. a organismos multilaterais. o relatório da OCDE publicado em setembro de 2007, 2. a Face à crise educacional, o governo Lula/Haddad, o Brasil é o que menos gasta com educação, cerca de 3. a lança o FUNDEB e o PDE, mas não modifica a política R$2.488,00 per capta ano por aluno da educação básica 4. a de financiamento de FHC. Mantém o veto aos 7% do e superior. 5. a PIB em educação previsto pelo PNE e investe apenas O PDE está sendo propagandeado pelo governo 6. a 3,8% de acordo com o IPEA. como a solução da crise educacional. Trata-se de um 7. a Junto com a proposta de prorrogação da CPMF in- conjunto de 27 ações ou programas que tem o objetivo 8. a clui a prorrogação até 2011 da DRU, que entre 2000 e de superar a crise de qualidade na educação. Aponta 9. a 2007, roubou da educação 45,8 bilhões de reais. como compromisso: o gasto de 8 bilhões de reais até 10. a 11. O FUNDEB prevê um aumento gradual de verbas 2011 e a aplicação decreto 6094/2007 que dispõe sobre para a educação básica até atingir 4,5 bilhões de reais a implementação do plano de metas, “compromisso to- 12. a a partir de 2010. dos pela educação”. Este decreto, segundo o governo, 13. a Como conseqüência, nos estados as matriculas da estabelece metas para melhorar a qualidade de ensino; 14. f educação infantil não serão contabilizadas para efeito cria o IDEB, calculado a partir do SAEB e Prova Bra- 15. f de distribuição dos recursos do fundo, bem como as sil; institui a avaliação de desempenho; estabelece cri- 16. f matriculas municipais de Ensino Médio. Isso poderá térios para a distribuição dos recursos de acordo com 17. f provocar a municipalização da Educação Infantil e, ao o desempenho da escola; estabelece condições para 18. f mesmo tempo, está anunciado o fim do Ensino Médio os sistemas receberem recursos e legaliza as parcerias 19. f Municipal. com as instituições privadas para a melhoria da infra- 20. f Outra conseqüência do FUNDEB é o Ensino Fun- estrutura e de ações educativas da escola, entre outros. 21. f damental de 9 anos. A integralidade da aplicação dos O PDE tem por objetivo transformar a escola em 22. f recursos do fundo no primeiro ano fez com que o ensi- empresa sob a inspiração do programa de qualidade to- 23. f no fundamental de 9 anos “caísse como uma luva” para tal e a produtividade medida pelo IDEB, redução da 24. f os governos, na medida em que possibilitou matricular evasão e repetência, adaptando-a a lógica do mercado. 25. f o maior número possível de crianças nessa modalidade Para tanto, há um irrisório aumento de verbas ou sim- 26. de ensino, e ao mesmo tempo, extinguiu o terceiro es- ples alocação de recursos para melhor distribuí-los de 27. f tágio na Educação Infantil. acordo com os “resultados”. Por esta razão o XXX Congresso da CNTE resolve: 28. f Já a Pré-Escola agora atendida parcialmente pelo 29. f fundo, poderá transforma-se em um negócio lucrativo. - Contra a política educacional de Lula/Haddad; 30. f O beneficiamento do setor privado, das ONG’s, das - Pela aplicação imediata de 10% do PIB na educa- 31. f OS’s, com as políticas de fundo, está garantido pelo 32. f governo mais uma vez na medida em que o Estado re- - Contra a política de fundos. Não ao FUNDEB; 33. f tira-se da administração direta dos serviços públicos. - Abaixo a Reforma Universitária e o PRÓ-UNI; 34. Reforma Universitária que sucateia as universidades - Pelo fim do ENADE, SAEB, ENEM e Prova 35. f públicas, legaliza as fundações que tem por finalida- 36. f de privatizá-las. Através do PRÓ-UNI repassa recursos - Contra o PDE; 37. f públicos para as instituições de ensino privadas, por - Contra a avaliação de desempenho; 38. f meio de bolsas aos estudantes e isenção fiscal. - Pelo fim da municipalização da Educação Básica; - Defesa do Piso do DIEESE; 39. f Assim, em um quadro de 34 países, de acordo com 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em ção, rumo aos 15%; Brasil; Educação 73 Caderno 1. a - de Conlutas Resoluções » Pelo não pagamento das dívidas externa e interna. sem.). Para P.S.P.N e a diretoria apresentou como eixo 2. a da marcha de 2007 até 1 dia de greve nacional e a rei- 3. a BALANÇO POLÍTICO DA GESTÃO vindicação de R$1.050,00 (nível médio) e R$ 1.585,00 4. a (nível superior) por 30 horas/sem. A gestão 2005/2008 possui um balanço que é uma 5. a repetição histórica, ou melhor, uma farsa. Capitaneada O desdobramento desta política desastrosa e trai- 6. a pela articulação sindical, foi impressa uma política de dora resultou no isolamento das inúmeras greves e mo- 7. a apoio e capitulação ao projeto político do governo Lula bilizações ocorridas em 2005, 2006 e 2007. Não mo- 8. a (PT) e sua aliança com a burguesia. veram uma palha para unificar as lutas ocorridas nos 9. a Após um mandato de 4 anos e 2 anos do 2º man- estados. Nem mesmo uma campanha de solidariedade 10. a dato, o governo Lula se caracteriza como um governo às greves foi realizada, negando o papel histórico da 11. neoliberal. Apóia-se na avaliação sindical que dirige CNTE, enquanto entidade nacional. Não foi por isto 12. a majoritariamente a CUT e CNTE, e está em sintonia que tomamos a CPB e criamos a CNTE. Por essa razão, 13. a com os governadores para cumprir as metas do superá- o XXX Congresso da CNTE resolve: que o balanço se 14. f vit primário de 4,5%, aprovação da CPMF e da DRU, caracteriza por políticas implementadas pela CNTE de 15. f privatização das estradas federais, aplicação do PDE e capacitação permanente e de apoio ao governo Lula, 16. f a proposta de 3ª reforma da previdência forjada no “Fó- tendo por conseqüência o abandono e isolamento das 17. f rum Nacional” e o PAC, para pagar os juros e serviços lutas dos trabalhadores em educação nos estados. 18. f das dívidas. Urge mudar radicalmente a CNTE. É necessário 19. f Como conseqüência, a articulação sindical apro- mudar a política imprimida pela articulação sindical, 20. f vou na direção executiva e no Conselho Nacional de que transformou a Confederação num instrumento para 21. f Entidades da CNTE, com o voto da CSC (PcdoB), o entregar documentos e dossiês ao governo. É funda- 22. f apoio ao PAC e um documento que apresenta a posição mental adotar estratégias para construir uma alternativa 23. f da CNTE ao Plano de Desenvolvimento da Educação. de direção para unificar as mobilizações estaduais, ten- 24. f Com a mesma metodologia, afirma que o mesmo tem do como base um plano de lutas que unifique as reivin- 25. f aspectos positivos, aspectos preocupantes e aspectos dicações salariais, educacionais a um plano econômico 26. negativos, o que na prática significa apoiá-los, refor- alternativo dos trabalhadores em oposição ao governo 27. f çando a política de avaliação de desempenho e do Lula e ao FMI. 28. f FUNDEB. PLANO DE LUTAS 29. f Por isso, a política desenvolvida pela CNTE, em 30. f 2005, 2006 e 2007, se limitou à realização de campa- » Contra o PDE; 31. f nhas gerais da Internacional de Educação (IE), ocorri- » Contra as Reformas Neoliberais; 32. f das no mês de abril, como a campanha de conversão » Contra as avaliações de desempenho; 33. f da dívida externa e a Semana de Defesa e Promoção » Defesa do Piso do DIEESE; 34. da Educação Pública. Através de negociações e arti- » Investimento imediato de 10% do PIB para educa- 35. f culações permanentes com o governo Lula, apresenta ção rumo aos 15%; 36. f reivindicações rebaixadas abdicando de posições his- » Pelo fim do FUNDEB; 37. f tóricas como o Piso Salarial Prof. Nacional. Aprova- » Campanha em defesa dos serviços públicos; 38. f mos em vários Congressos da CNTE a resolução de 1 » Campanha pelo fim da Lei de Responsabilidade 39. f salário mínimo do Dieese (R$1.600,00/20 horas aula/ 74 Fiscal; 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Conlutas Resoluções » 1. a » Pelo fim das terceirizações dos serviços públicos; Adicionar antes da letra a: todos os itens do artigo 27 2. a » Retirada das tropas brasileiras do Haiti; Artigo 27 – emenda supressiva 3. a » Luta contra a criminalização dos movimentos; Suprimir artigo 27 4. a » Contra as Inferências dos organismos internacio- Artigo 28 – emenda supressiva 5. a Suprimir artigo 28 nais na Educação; 6. a » Luta pelo reconhecimento de doenças vinculadas Artigo 46 – emenda substitutiva 7. a Substituir “3 anos” por 2 anos ao transtorno de humor como doenças do trabalho; 8. a » Contra o ensino Fundamental de 9 anos; Artigo 47 – emenda substitutiva 9. a » Pela revogação da LDB; Parágrafo único – substituir por: 10. a » Participação no dia nacional de luta contra as Re- A diretoria será composta sob o critério da propor- 11. formas Neoliberais; cionalidade direta e qualificada (sem corte). 12. a » Campanha salarial unificada; Artigo 54 – emenda supressiva 13. a » Por uma CNTE que organize a luta dos trabalhado- Suprimir o artigo 54 14. f Artigo 57 – emenda substitutiva res em todo o País. 15. f 16. f Substituir: “pelo Presidente” por “pela Diretoria ESTATUTO Colegiada”. 17. f Artigo 10º - emenda substitutiva Artigo 66 – emenda supressiva 18. f Substituir “Congresso Nacional Ordinário reunir- Suprimir artigo 66 19. f se-á a cada dois anos” Artigo 72 – emenda substitutiva 20. f Artigo 17, 18 e 19 - emenda supressiva. 21. f Suprimir os artigos 17, 18 e 19 (Plenária Intercon- 22. f Substituir: “Diretoria Executiva” por “Diretoria Colegiada”. gressual). 23. f Artigo 22 – emenda substitutiva POLÍTICAS PERMANENTES 24. f Substituir “Diretoria Executiva Nacional” por Di- Contra a Opressão e a Exploração da Mulher e dos 25. f Setores GLBTT retoria Colegiada Nacional 26. Artigo 23 – emenda substitutiva A Situação das Mulheres e Demais Setores Oprimi- 27. f Substituir – Diretoria Executiva por Diretoria Co- dos 28. f legiada e 3 anos por 2 anos. (mandato dos membros da 29. f Diretoria Colegiada). As mulheres junto com os demais setores oprimidos deste país são as principais vítimas da pobreza, do 30. f Artigo 25 – emenda supressiva salário mínimo de fome; da ausência de políticas públi- 31. f Suprimir artigo 25 e o parágrafo 1º cas tais como saúde, educação e moradia; constituem a 32. f Artigo 25 (parágrafo 2º e 3º) – emenda maioria dos/as desempregados/as; ocupam o mercado 33. f 34. 35. f substitutiva de trabalho em maior número nas últimas décadas, em- Substituir Diretoria Executiva por Diretoria Colegiada purradas principalmente pelo desemprego dos companheiros e filhos, como mão-de-obra mais barata, sem 36. f Artigo 26 – emenda substitutiva a garantia de direitos essenciais como creche, auxílio 37. f Substituir Diretoria Executiva Nacional por Dire- maternidade e geralmente encontram-se em profissões 38. f 39. f toria Colegiada Nacional “guetizadas”, discriminadas salarialmente e desvalori- Artigo 26 – emenda aditiva 30o Congresso Nacional dos zadas socialmente. Trabalhadores em Educação 75 Caderno 1. a de Conlutas Resoluções » Essas trabalhadoras foram duramente atacadas com No tocante a violência que sofre cotidianamente em 2. a a Reforma da Previdência do governo Lula, ao exigir de seu ambiente de trabalho, inclusive os casos de assédio 3. a milhares de trabalhadoras rurais e domésticas compro- moral e sexual, a professora encontra-se desamparada. 4. a vação do tempo de serviço, aprofundando-o, ao ampliar Homofobia, Exploração e Opressão. 5. a em 7 anos a idade mínima para efeito de aposentadoria, Na sociedade em geral, a discriminação e o precon- 6. a desconsiderando as múltiplas jornadas de trabalho e o ceito são constantes nos locais de trabalho, nos discur- 7. a aprofundamento de medidas neoliberais ameaça retirar sos e práticas religiosas, nas relações sociais, nos meios 8. a direitos conquistados pelos/as trabalhadores/as como o de comunicação etc. Não raramente, o preconceito é 9. a 13º salário, férias, multa sobre o FGTS, e uma medida fatal, o que faz com que o Brasil contabilize cerca de 10. a que atinge em cheio as mulheres, a redução da licença 2 mil homossexuais assassinados somente nos últimos 11. 20 anos. maternidade. 12. a Opressão da mulher e desvalorização profissional Lamentavelmente, nas escolas a situação não é 13. a A opressão da mulher justifica políticas de discri- diferente. A homofobia é prática constante no interior 14. f minação salarial e desprestígio social. Há entre opres- das salas de aula e dos professores. A violência (físi- 15. f são da mulher e desvalorização do magistério relações ca, moral ou psicológica) atinge centenas diariamente. 16. f diretas que explicam os baixos salários e os rótulos de Como também, o próprio conteúdo programático tende 17. f profissionais desqualificadas, despreparadas. a acentuar os preconceitos. 18. f A luta das/os profissionais da educação, além da Exatamente por isso, é fundamental que a CNTE 19. f questão de classe dá-se, também, em outros níveis, desenvolva uma política clara e sistemática de combate 20. f num tripé classe-gênero-etnia. a homofobia, o que só pode ser feito através da orga- 21. f O ensino pré-escolar no Brasil é 94,8% exercido nização no interior da categoria e da aliança com os 22. f por mulheres; no ensino fundamental, 92,6%, ao passo 23. f que no ensino superior somos minoria, 40,8% (IBGE). Está é uma tarefa fundamental até mesmo porque, 24. f A maior participação da mulher num ou noutro nível hoje, os setores majoritários do movimento GLBTT 25. f de ensino está fortemente vinculado ao valor salarial aliaram-se ao governo e reproduzem seu discurso vazio 26. e ao prestígio social, apesar da guetização atingir toda – como o projeto “Brasil sem homofobia” – que além 27. f categoria. Outro fator a se verificar é a presença maior de não combater, de fato, a homofobia, está inserido 28. f ou menor de negras e afrodescendentes nesses níveis dentro da lógica neoliberal, que iguala a conquista de 29. f de ensino. direitos ao “acesso ao mercado” ou a uma “visibilida- demais setores oprimidos e explorados. 30. f As professoras têm múltipla jornada de trabalho; de” completamente despolitizada (a exemplos do que 31. f enfrentam cargas horárias estafantes e mal remunera- vem ocorrendo com a maioria das Paradas do Orgulho 32. f das, sob a pressão constante de gestores exigindo pro- GLBTT). 33. f dutividade e as péssimas condições de trabalho têm Defendemos leis, como a de Parceria Civil, que 34. levado a uma incidência cada vez maior do número de obriguem o Estado a reconhecer nossos direitos. Como 35. f doenças e registros de acidentes no trabalho de acordo também queremos uma legislação que puna quem nos 36. f com a OMS e OIT. discrimine ou nos ataquem. 37. f Somado a isso, não há política de creches, obrigan- Defendemos a formação de coletivos nos sindicatos 38. f do as/os profissionais da educação a delegar a terceiros e um processo de discussão, organização e luta dentro 39. f os cuidados com os/as filhos/as. de nossa categoria, construindo conjuntamente as lutas 76 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Conlutas Resoluções » 1. a e o combate a todos aqueles que nos dividem. cíficos para o combate ao racismo. 2. a Questão Racial Nas Escolas a Reprodução do Sistema 3. a Uma Luta Cada Vez Mais de Raça e Classe 4. a O racismo é um sério problema no interior das es- São raros os exemplos daqueles que localizam as colas, não é novidade para ninguém. Livros didáticos 5. a enormes tensões raciais que verificamos em todo mun- carregados de ideologia racista e conteúdo eurocêntri- 6. a do na sua verdadeira origem: as políticas neoliberais e co, discriminação aberta contra alunos e professores 7. a a ganância sem limites do capitalismo que, para sobre- são lugar comum. Reivindicamos políticas pedagógi- 8. a viver, não vacila, além de explorar o conjunto da classe cas para lidar com o tema. 9. a trabalhadora, em oprimir e marginalizar gigantescos Os que muito se recusam a admitir é que esta si- 10. a setores da população, como negros e mulheres, para tuação – estimulada pelas políticas governamentais e 11. pela omissão ou cumplicidade dos movimentos negros 12. a extrair ainda mais lucros. No II CIAD, representantes do movimento negros e aliados do governo no movimento sindical – só está 13. a e de vários países desconsideraram completamente o piorando. 14. f papel do Imperialismo tanto no que se refere à diás- Em Defesa das Cotas Raciais 15. f pora negra quanto no que diz respeito à miséria que a A defesa das cotas raciais deve ser combinada com 16. f maioria dos descendentes de africanos enfrenta mundo a ampliação dos serviços públicos e um plano de obras, 17. f afora. para gerar emprego e moradia para a população negra. 18. f Neste sentido, o governo Lula é um dos piores e Neste ponto, nos diferenciamos tanto daqueles que 19. f mais lamentáveis exemplos. Lula e seus aliados ven- se opõem às cotas com argumentos reacionários (como 20. f dem a idéia de que o Brasil é um exemplo do comba- os intelectuais que assinaram o manifesto “Todos têm 21. f te ao racismo. Para tal, listam “iniciativas” que vão da direitos iguais na República Democrática”) quanto dos 22. f implementação da Secretaria Especial de Políticas de governistas, que inseriram a proposta no projeto de Re- 23. f Promoção da Igualdade Racial (Seppir) a programas forma Universitária. 24. f como o ProUni e a proposta de cotas. 25. f Para nós, as cotas raciais são justas e necessárias O que o governo e seus aliados “omitem” é que o para que o Estado comece a reparar a população negra 26. Seppir é um órgão que sequer tem verba, que o ProUni pelos séculos de racismo e escravidão. Neste sentido, 27. f está jogando a população negra e carente em escolas também, defendemos cotas raciais proporcionais ao 28. f privadas de baixa qualidade e que a proposta de cotas percentual de negros existentes nas regiões em que se 29. f está inserida no projeto de Reforma Universitária que encontram as universidades, escolas técnicas, serviços 30. f tem como objetivo fundamental privatizar o ensino pú- públicos, etc. 31. f blico. Evidentemente, toda a discussão racial, no nosso 32. f Juntando-se a isto as demais “reformas” , como a entender, deve-se combinar com as lutas gerais dos tra- 33. f Trabalhista e Sindical, só podemos afirmar uma coi- balhadores e trabalhadoras, no sentido de discutir, como 34. sa: este governo está aprofundando o abismo racial no afirmava Malcolm X, que “não existe capitalismo sem 35. f país, e não o combatendo. Algo que só seria possível racismo”. Por isso, a luta pela real libertação de negros 36. f através do enfrentamento com as velhas elites oligár- e negras deve-se combinar com o não pagamento das 37. f quicas racistas e do rompimento com o capital finan- dívidas, a ampliação de verbas para a educação, saúde 38. f ceiro, através do não pagamento das dívidas, para que e demais serviços públicos, a redução da jornada de tra- 39. f fossem destinadas verbas, também, para projetos espe- balho sem redução de salários, etc. 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 77 Caderno de Conlutas Resoluções » 1. a Martins; Evaldo Assis Moreira; Evaristo Balbino; 2. a ASSINAM ESTA RESOLUÇÃO Ezio Expedito; Fabio Luis Andrade; Fabio Pires; 3. a Ada Lucia Vogel; Ada Vidal; Adelcio Ferreira Fátima A.P. Carvalho; Fátima Fernandes; Felipe 4. a Dias; Ademar Fidelis da Mota; Adilson Rodrigues Mello; Fernanda Maria Ferreira; Fernando Borges; 5. a da Conceição; Adonias scosta de Aquino; Alba C. Flademir Batista; Flavio James; Francisco Germa- 6. a N. Pereira; Alcione da Silva; Alex Trentino; Ale- no; Gabriel da Silva Ferreira – Conselheiro 1/1000 7. a xandre Elias; Alexandre Fusco; Alexandre José do 14º Núcleo – São Leopoldo; Geraldino b. An- 8. a Ferraz; Alexandre Pinheiro; Alfredo Andrade; Ana drade; Geraldo Pereira Chagas; Gicele Tobias; Gi- 9. a Beatriz Santos; Ana Janete das Chagas; Ana Lucia celia Santos Silva; Gilber Martin Duarte; Gilberto 10. a Ferreira; Ana Lúcia Xavier Cabral – Diretora do Lima; Gilberto P. de Souza; Gilliam Da Silva; Gise- 11. 17º Núcleo – Bagé; Ana Maria Miler; Ana Néri; le Cruz Antonio; Gualberto Tinoco; Guilherme de 12. a Ana Paula Henker; Ana Paula Pascarelli; Ana Rosa Oliveira; Gustavo Olimpo; Haroldo Teixeira;Helga 13. a Minutti; Anália Rodrigues; Andréa Farinaccio; An- K. Feliciano – Diretora do 16º Núcleo - São Borja; 14. f dréia Maria; Antonio Carlos Rodrigues – Vice-di- Heloisa Helena da Silva – Representante de Escola 15. f retor do 7º Núcleo - Passo Fundo; Antônio de Oli- no 4º Núcleo - Cachoeira do Sul; Idalina Lelis; Inês 16. f veira; Antônio Lucas Maciel; Arinete F. dos Santos; de Castro; Iolanda G. de Oliveira – Direção do 25º 17. f Arlete Rodrigues de Almeida; Azineti dos Santos; Núcleo - Lagoa Vermelha; Ione Torres de Oliveira; 18. f Bárbara Soares de Barros; Beatriz dos Reis; Bere- Ítalo de Aquino; Ivanci Vieira; Jair Brás da Silva; 19. f naldo Ferreira; Brenda Lee Oliveira; Carla Martins Jair Fco. Oliveira; Janaína Carla; Jessi Pereira Fe- 20. f de Oliveira; Carlos Alberto Bruno; Carlos Alexsan- lipe; Jildeson Nascimento Feitosa; Joana D’arc de 21. f dro Moura; Carlos Serrano; Carmem Tubio; Célia Oliveira; Joaninha de Oliveira Johnson; João Ba- 22. f Regina Oliveira; Célia Reis; Cezar Álvares Raya; tista Delfino; João Dimar Rodrigues; João Fiúza 23. f Cíntia O. Abreu; Clair de Souza; Claudelício dos Chaves; João Luis Zafalão; Joares Dariva – Repre- 24. f Reis; Claudia Cristina A. Souza; Claudia Marcan- sentante Estadual dos Aposentados 2º Núcleo - Stª 25. f dali; Claudia Regina Amorim; Cléa Bondan; Cle- Maria; Joel Fernando Cangani; Jorge Luiz Nunes; 26. cio Ferreira Mendes; Cleozelda Kusbick; Cleusa José Afonso da Silva; José Ângelo Nascimento; 27. f Prana; Clovis Cordeiro da Silva; Clovis Miguel; José Barreto; José Carlos Gea; José Carlos Silva; 28. f Clovis Oliveira; Dalila Nogueira da Silva Barros; José Cícero P. Silva; José Geraldo Correa Jr.; José 29. f Damaris Felesmina da Silva; Danege Rodriguez; Luiz de Souza; José Luiz Vicente; José Maria de 30. f Danilo Ledra; Darci Berlato – Conselheiro 1/1000 Moura; José Raimundo Nonato; José Willian Gui- 31. f do 7º Núcleo - Passo Fundo; Dayse Oliveira; Débo- lhermino; Josias Lopes de Lima; Juan Fco. Ama- 32. f ra Cristina Goulart; Deise de Souza Campos; Dora ral; Jucele Bernadete Comis – Diretora do 8º Nú- 33. f Martinez; Ecilda Guedes de Almeida; Edgard Fer- cleo - Estrela ; Jussara Schulzbacher; Lais Helena 34. nandez Neto; Edison N. Satiro; Edmilson Antônio Dotto; Laura Marques da Silva – Representante de 35. f Clementino; Edna Felix; Edna Rodrigues da Silva; Escola no 2º Núcleo - Stª Maria; Laurindo Antonio 36. f Edneia Dias; Edson Barbosa; Edson Vieira Sou- de Lima; Leriane Titton; Linus Nakayama; Loreni 37. f za; Eduardo Santos; Edvaldo Santos Nascimento; Dutra; Luci Ferreira da Silva; Lucia de Fátima da 38. f Eliana Nunes; Eliana Rinaldi; Eliane Martiniano; Silva; Luciano Almeida; Lucimar de Oliveira; Luis 39. f Elitan Marques; Emília do Nascimento; Erivaldo Carlos da Silva; Luis Carlos de Freitas; Luis Carlos 78 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Conlutas Resoluções » 1. a Santos; Luiz Carlos de Almeida Batista Pustiglio- – Vice-diretor e Conselheiro 1/1000 do 39º Núcleo 2. a ne; Lurdes Ferreira da Silva; Mª Amália O. Dreyer - Porto Alegre; Rejane A.Siqueira; Renata Souza; 3. a – Conselheira 1/1000 do 38º Núcleo - Porto Alegre; Renato Pavan; Renato Santana; Richard Araújo; 4. a Mª de Fátima V. Contreira – Conselheira 1/1000 Rita Soares; Roberto Carlos Boanerges; Rober- 5. a do 16º Núcleo - São Borja; Magda S. Schimidt to Rost – Representante de Escola no 20º Núcleo 6. a – Vice-diretora do 15º Núcleo – Erechim; Maisa – Canoas; Rogério de Barcelos – Representante de 7. a Bonifácio Lima; Manoel Fernandes – Conselheiro Escola no 22º Núcleo – Gravataí; Ronaldo Barbo- 8. a 1/1000 no 22º Núcleo – Gravataí; Marcelo Batista sa; Roque Pegoroto; Rosane de Souza; Rosangela 9. a Serafim dos Santos; Marcelo Couto; Marcelo de Barros; Rosangela Monteiro Simiano; Rosilene do 10. a Souza; Marcelo Silva; Marcilene Alves; Marcio Carmo Franco; Rossano Rafaelle Sczip; Rui Carlos 11. Anísio; Marco Leão; Marcos Antônio Vilas Boas; de Alencar; Salete Mª Possan Nunes – Conselheira 12. a Marcos José Silva; Marcos Luiz da Silva; Marcos 1/1000 do 7º Núcleo - Passo Fundo; Sandra Pastor; 13. a Oliveira Soares; Margarete B. Carvalho – Repre- Sandra Rodrigues Fortes; Savananda Falcão; Sergio 14. f sentante de Escola no 21º Núcleo – Uruguaiana; Pires de Souza; Severino Honorato Silva; Sidineia 15. f Margarete Silveira; Maria Angélica Cabral; Maria Marli de Castro; Silmar L. Santos; Silvana Soares 16. f Aparecida Duarte; Maria Auxiliadora Zan; Maria de Assis; Silvia Ferraro; Silvio de Souza; Solange 17. f Betânia Lobato; Maria Conceição Marçal; Maria Assunção; Solange Cabrito Amorin; Soraia Assis 18. f Cristina Barbosa; Maria Cristina de Almeida; Ma- Garcia; Sueli Mangabeira; Suzana Alves da Silva; 19. f ria de Fátima Queirós; Maria de Fátima Silva Rosa; Terezinha Bullé da Silva – Diretora do 7º Núcleo - 20. f Maria Helena Gallina; Maria Helena Rocha; Ma- Passo Fundo; Terezinha J. da Silva Cardoso – Con- 21. f ria Liduína Severo; Maria Luisa Feil; Maria Luisa selheira 1/1000 do 2º Núcleo - Stª Maria; Ulisses 22. f Zancopé; Maria Nazareth Camargo; Maria Vilani; Gomes; Vagner Belo Gonçalves; Valdecir Ulisses 23. f Marilze da Rosa; Mario Bloise Jr.; Mario Pires; Rosa; Valdemir Lima Cerqueira; Valdir Rodrigues; 24. f Maristela Alves; Maristela Itália Silveira; Marlene Valéria de Souza Pontes; Valmir Fernandes; Valter 25. f Rodrigues; Marli de Souza – Diretora do 13º Nú- de Souza; Vanderlei Elias Nery; Vanessa Portugal; 26. cleo – Osório; Marly Cambraia; Maurílio Andrade; Vera Lourenço; Vera Nepomuceno; Verônica Ma- 27. f Mauro da Silva Inácio; Miriã Brasil Simões dos ria da Silva; Vilson Fiorentin; Vitório Luis Zago; 28. f Santos; Miriam Alves; Miriam Aparecida Cardoso; Yolanda Castro; Zoroastro de Miranda. 29. f Miriam N. Magalhães; Neida Oliveira – Conse- 30. f lheira 1/1000 do 38º Núcleo - Porto Alegre; Nei- 31. f va Moreno – Representante do CPERS/Sindicato 32. f no CEEd; Nelson Sidnei Veloso; Ney Alberto da 33. f Silveira; Nicola Cherobili; Nicola Gris; Nívea 34. Leão; Odisséia Ferreira; Osnilda Vaz Grassi; Pa- 35. f trícia Fernandes; Paula Miranda; Paulo César M. 36. f dos Santos – Diretor do 11º Núcleo - Cruz Alta; 37. f Paulo Pedrini; Paulo Ricardo de J. Gaspar; Pedro 38. f Afonso Valadares; Pedro Ney; Plínio Roberto Zan- 39. f girolami; Raquel Vaz Miconi; Regis Batista Ethur 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 79 VOLTAR AO ÍNDICE Caderno 1. a 2. a de Corrente Proletária na Educação Resoluções » Corrente Proletária na Educação 3. a 4. a CONJUNTURA INTERNACIONAL educação, etc.) visando criar uma sobrevida ao capital, A cadeia de crises e aumento das contradições, sangrando as economias dos países semicoloniais, que 6. a típicas da fase de decomposição do capitalismo mo- não conseguem se desenvolver plenamente. Tratam-se 7. a nopolista, tem potencializado as intervenções bélicas de planos antinacionais e antipopulares imperialistas 8. a e econômicas. Por detrás da falácia de prosperidade que precisam ser combatidos através de um rompimen- 9. a econômica, de melhoria de oportunidades comerciais to com estes organismos. No Brasil, o governo Lula 10. a e produtivas, de aumento da importância dos chama- mantém os acordos realizados pelos governos neolibe- dos “países em desenvolvimento”, se agiganta a misé- rais anteriores. Não eliminou nenhuma medida quanto 12. a ria, o arrocho salarial e o desemprego. Fica evidente ao superávit primário, ao contrário paga juros adian- 13. a o caráter parasitário do capitalismo, que não aproveita tados e retira verbas da educação, saúde, previdência 14. f a potencialidade das forças de produção, sobretudo a etc (DRU). Por isso, defendemos: combate ao planos 15. f força de trabalho que é desperdiçada e destruída. Não antinacionais e antipopulares; pelo não pagamento das 16. f há mais como remendar este sistema. É falsa a idéia dívidas interna e externa; pelo rompimento de todos os 17. f de que podemos salvá-lo. Precisamos admitir sua deca- acordos com o FMI/BIRD; pela organização da frente 18. f dência. Isso exige que nos coloquemos pela derrubada única anti-imperialista. 19. f do capitalismo e defesa do socialismo. 5. a 11. O governo Lula/PT, além de manter a continuida- 20. f Os Estados imperialistas procuram jogar o peso de da política pró-imperialista e burguesa do PSDB/ 21. f das contradições para as demais nações semicoloniais. FHC, incorporou a burocracia sindical ao Estado vi- 22. f Por isso, suas tropas subjugam os povos, promovem a sando maior controle do movimento social. Mantém e 23. f matança desenfreada e os oprimem, visando consolidar elabora medidas de ataque aos trabalhadores em geral, 24. f o controle de matérias-primas necessárias a uma pro- como a Reforma da Previdência, a Alta Programada, o 25. f dução anárquica, a exemplo da intervenção dos EUA SuperSimples, além da manutenção do arrocho salarial 26. no Iraque e Oriente Médio em geral e da intervenção através de um salário mínimo de fome. Ataca os servi- 27. f franco-brasileira no Haiti. Apoiar a resistência contra dores públicos, valendo-se da Lei de Responsabilidade 28. f a invasão imperialista exige levantar a bandeira da de- Fiscal, a qual aprimora criando a limitação de reajuste 29. f fesa da autodeterminação dos povos, retirada imediata salarial. O golpe mais recente é a Lei de Greve, que 30. f dos EUA do Iraque e outros países invadidos, retirada criminaliza os servidores lutadores. Diante desse qua- 31. f imediata das tropas brasileiras e outras imperialistas do dro, os trabalhadores não podem aceitar nenhum apoio 32. f Haiti. das direções sindicais a este governo, sob o pretexto de 33. f 34. querem garantir melhorias. Não podem aceitar que as CONJUNTURA NACIONAL centrais sindicais e a CNTE continuem a ser correia de 35. f As intervenções econômicas, impostas pelo FMI transmissão do governo, porque estas pretedem, atra- 36. f e Banco Mundial (BIRD), tem ampliado a miséria e vés de antigos dirigentes eleitos como parlamentares, 37. f a exploração dos trabalhadores, e não tem conseguido jogar peso na elaboração de projetos e, sobretudo, de 38. f salvar o capitalismo em crise. Por toda parte, continu- remendar os projetos do governo (a questão do Piso 39. f am a ser elaborados diversos planos (na área da saúde, Nacional do Magistério deixou bem claro isso, quando 80 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Corrente Proletária na Educação Resoluções » 1. a a CNTE buscou “aumentar” o Piso Nacional do gover- dois aspectos (destruição de direitos e estatização dos 2. a no federal). Essa não é a forma de luta típica dos traba- sindicatos) expressam a atual fase de decomposição ca- 3. a lhadores. O congresso deve aprovar a independência da pitalista que impede reformas para o bem do trabalha- 4. a CUT e CNTE diante do Estado e do governo. Nenhum dor; são dois aspectos que se alimentam, porque quanto 5. a apoio ao governo Lula. mais os sindicatos colaboram com os governos, mais 6. a As consequências das reformas neoliberais/impe- os trabalhadores têm seus direitos destruídos e menos 7. a rialistas dos governos (federal, estadual), das medidas eles têm condições de lutar para retirar dos sindicatos 8. a de flexibilização e precarização das relações de traba- os burocratas que tem colaborado com os patrões. A 9. a lho têm sido nefastas para os trabalhadores da cidade estatização atingiu tal ponto que se reflete na proposta 10. a e do campo. De um lado, desemprego, terceirização, de Reforma Sindical. A maioria das correntes sindicais 11. vão se adaptando a ela, mesmo antes de sua aprova- arrocho salarial, eliminação e dificuldades para a apo- 12. a sentadoria. De outro lado, penúria para milhares de 13. a camponeses sem-terra, permanência do trabalho infan- ção. Os setores oposicionistas fraquejam na hora de lu- 14. f til e destruição da juventude superexploradora. Admitir tar contra a Reforma e se adaptam, como é o caso do 15. f esta realidade é se colocar pela defesa de quem trabalha PSTU, que assumiu a política de divisão dos sindica- 16. f e estuda. Devemos aprovar: a) o Salário Mínimo Vital, tos, com a formação da Conlutas. Tal organismo nasce 17. f que garanta as necessidades da família trabalhadora; b) sem o apoio das massas e, enfraquecido, submete-se 18. f a Escala Móvel de Horas de Trabalho, para que haja programaticamente aos chamados nacionais da CUT e 19. f emprego a todos; c) a Escala Móvel de Reajuste, para UNE (que são pró-governistas). Em vez de se constituir 20. f combater a desvalorização do salário; d) o fim das re- como uma frente de luta contra as medidas do governo, 21. f formas governamentais (Reforma da Previdência, Re- inclusive, a Reforma Sindical, nasce como um aparelho 22. f forma Sindical e Trabalhista, SuperSimples, etc.); e) com traços burocráticos e submetido à lógica do Esta- 23. f terra aos camponeses pobres por meio da expropriação do. Daí que o PSTU busque o reconhecimento da Cen- 24. f do latifúndio; f) trabalho e escola a todos os jovens e tral junto ao Ministério do Trabalho: quer se enquadrar 25. f um salário de acordo com suas necessidades, 4 horas na às normas estabelecidas pelo governo Lula, sem con- 26. produção e o restante para estudo e lazer; g) erradica- testá-las desde a raiz, o que significaria não se adequar 27. f ção da exploração infantil e saúde e moradia à popula- às leis repressivas e exploradoras do Estado. 28. f ção oprimida; h) fim de toda a legislação repressiva do Concluimos que, dada a situação atual, não é pos- 29. f Estado contra o movimento dos trabalhadores (“lei de sível defender a política reformista, mas somente a 30. f greve”, leis que favorecem a criminalização dos movi- política revolucionária. Que a defesa da vida das mas- 31. f mentos sociais e sua lideranças, etc.). sas empobrecidas passa pela luta contra as burocracias 32. f 33. f 34. colaboracionistas que controlam os sindicatos e que é POLÍTICA SINDICAL preciso defender a unidade dos trabalhadores, acima da O momento histórico atual demonstra uma pro- fragmentação imposta por suas direções sindicais e pe- 35. f funda burocratização e estatização dos sindicatos dos 36. f trabalhadores ao mesmo tempo em que o arrocho sala- Defendemos: independência da CNTE/CUT em re- 37. f rial, o desemprego, a flexibilização das leis trabalhistas lação ao Estado e aos governos; contra o divisionismo 38. f atingem de cheio a classe operária, os trabalhadores sindical; defesa dos métodos de ação direta (passeatas, 39. f rurais, os funcionários públicos, etc. Na verdade, esses manifestações, greves, piquetes, etc.); defesa da unida- 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em los capitalistas. Educação 81 Caderno de Corrente Proletária na Educação Resoluções » 1. a de dos trabalhadores em torno das lutas pelas reivin- dá lugar a outras Reformas. Todas levam à agudização 2. a dicações de emprego e salário (Salário mínimo vital; da crise educacional, que se materializa na piora das 3. a Escala Móvel das Horas de Trabalho; Escala Móvel condições de trabalho e ensino. 4. a de Reajuste; fim das reformas governamentais; terra É preciso compreender a crise educacional e lutar 5. a aos camponeses pobres por meio da expropriação do contra ela, porque, como justificam que o fracasso es- 6. a latifúndio; fim de toda legislação repressiva do Estado colar é “culpa” dos trabalhadores da educação, os go- 7. a contra o movimento dos trabalhadores – leis anti-greve vernos buscam implementar medidas de maior centra- 8. a e outras, etc.). lização do trabalho realizado nas escolas. Aumentam 9. a os dispositivos para punir os “maus” trabalhadores. Di- 10. a POLÍTICA EDUCACIONAL retores, coordenadores, professores, funcionários que 11. Os governos têm constatado o fracasso da educa- não se adeqüam à maior ingerência do Estado sobre 12. a ção em nosso país. Em todos os níveis, as avaliações as escolas, são punidos com sanções disciplinares, são 13. a externas apontam para a repetência, a evasão e a não perseguidos. Além disso, a repressão aos professores 14. f assimilação, por parte dos alunos, de conteúdos míni- que participam das atividades políticas é aberta. Os tra- 15. f mos de aprendizagem. A responsabilidade recai sobre balhadores da educação não podem se manifestar con- 16. f os professores, pais, direções escolares e estudantes. tra as medidas impostas, devem somente “adaptar-se”. 17. f Todos os governos omitem que esse fracasso é fruto de O ápice dessa centralização está sendo anunciada agora 18. f um conjunto de políticas aplicadas a partir da década com a aprovação de leis que querem demitir mesmo 19. f de 90, com inspiração nas diretrizes do Banco Mundial, funcionários públicos concursados que não apresenta- 20. f as quais “visavam alfabetizar mais, gastando cada vez rem “desenvolvimento satisfatório”: são as avaliações- 21. f menos”. Foram os anos da LDB, do Plano Decenal, dos desempenho – que aparecem nos projeto do governo 22. f Ciclos e de um infinidade de leis e projetos, que, na federal (PDE de LULA) e dos governos estaduais. Para 23. f prática, contribuíram para o sucateamento das escolas, destruirem ainda mais a educação pública, os governos 24. f cuja infra-estrutura já era precária, para o arrocho sa- são obrigados a reprimir os opositores. 25. f larial, uma vez que os reajustes foram substituídos por A outra face dessa destruição, contra a qual os 26. bonificações e gratificações de toda espécie e para o professores devem se levantar, é a crescente mercan- 27. f aprofundamento da crise da educação. tilização do ensino. O Estado, com o intuito de apoiar 28. f Abrimos 2007 com o fracasso estampado nos jor- setores capitalistas, permite e apoia financeiramente 29. f nais e o anúncio de mais reformas que tendem a destruir toda forma de ensino privado: colégios e faculdades 30. f ainda o que restou do ensino público. Lula anunciou o são abertas todos os dias com o incentivo fiscal dos go- 31. f PDE (Plano de Desenvolvimento de Metas). Governos vernos. O crescimento vertiginoso do Ensino Superior 32. f estaduais em todo país seguindo a orientação federal privado só foi possível com o auxílio dos Governo fe- 33. f vêm estruturados seus “planos de educação”, como deral (veja-se o PROUNI, a não taxação de faculdades 34. Serra, em São Paulo, com as “Dez Metas para Educa- confessionais, etc.). Assim, enquanto o ensino público, 35. f ção”. Em essência, os governos têm a mesma política: em todos os níveis, vive às minguas os capitalistas da 36. f aumentam o controle sobre as escolas e sobre o traba- educação nadam em dinheiro público. 37. f lho dos trabalhadores da educação, enxugam gastos e Concluimos com tudo isso que as reformas edu- 38. f entregam o que podem à iniciativa privada. Em suma: o cacionais dos governos não tem como combater o fra- 39. f fracasso escolar que é produto de Reformas anteriores casso escolar, já que se dão no marco do capitalismo 82 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Corrente Proletária na Educação Resoluções » 1. a decadente. Implicam a redução de verbas, a redução da da educação, mas a política governamental. Porque a 2. a responsabilidade do Estado para com o ensino e o cres- CNTE considera o governo Lula como o “seu” gover- 3. a cimento da privatização. O FUNDEB, por exemplo, não no, busca implementar uma política de pressão parla- 4. a assegura as condições elementares de acesso, recursos mentar. De fato, nem mesmo essa política de “lobby” 5. a e permanência das crianças e jovens na educação bá- utilizou no governo FHC, pois simplesmente inexistia 6. a sica, é a continuidade da política de fundos, isto é, das para o conjunto de trabalhadores. 7. a diretrizes educacionais traçados pelo Banco Mundial. Com a questão do piso salarial não pode ser 8. a A Reforma Universitária favorece os empresários da conseqüente com a sua própria bandeira e dos sindica- 9. a educação. O ProUni é mais uma forma de mercantili- tos de base que a sustentam, que é o piso do DIEESE. 10. a zação do ensino, que sob o pretexto de “oportunidade Levantou o valor de R$ 1050,00 (inferior ao do DIE- 11. aos jovens pobres” só visa injetar dinheiro nas univer- ESE) apenas para mostrar uma fraca oposição ao piso 12. a sidades. A política de cotas deixa toda uma maioria de do governo de R$ 850,00. Tinha como lema: “Pague 13. a negros fora das universidades. A ampliação do ensino à o piso, ou pague o preço”, mas não moveu uma palha 14. f distância sob o governo do PT, além de reduzir as ver- sequer para organizar atividades nacionais que garan- 15. f bas para as escolas públicas, cria mais um negócio para tissem a mobilização dos trabalhadores. 16. f os capitalistas da educação. Recentemente lançado, o A entidade atua assim em virtude de sua direção. 17. f PDE, aumenta a centralização do governo na educação Sabemos que ela constitui-se somente de burocratas 18. f (avaliação externa e orientação administrativa-pedagó- dos sindicatos de base das diferentes regiões; daí que 19. f gica), cria mecanismos de punição às escolas que evi- seu Congresso reflita, não um encontro de trabalhado- 20. f denciam o fracasso de educação capitalista. res, mas essencialmente de burocratas, que vão formu- 21. f O congresso deve aprovar: a) fim de toda a reforma lar o programa de “apoio crítico” ao governo; daí que 22. f educacional e das leis que a regem; b) abaixo o PDE de desde a escolha de delegados até a plenária final, todas 23. f Lula; c) defesa de um único sistema de ensino, laico, as correntes oposicionistas e toda política revolucio- 24. f público, gratuito, vinculado à produção social, sob o nária sejam excluídas, de modo a permitir o controle 25. f controle de quem trabalha e estuda. autoritário dos dirigentes sindicais. Como a CUT, a CNTE é um pilar de sustentação do 26. 27. f BALANÇO POLÍTICO DA GESTÃO governo Lula, legitimando suas políticas educacionais, 28. f CNTE: entidade dá às costas ao professorado tal como vimos recentemente com o PDE, o qual a en- Enquanto greves de professores em Alagoas, tidade vê como um “avanço” para a “discussão educa- 30. f Rio de Janeiro, Ceará e outros estados marcaram o pri- cional no país”. As críticas da direção da entidade aos 31. f meiro semestre, a CNTE não fez nada para unificá-las. projetos governamentais fundamenta-se em aspectos 32. f Ao contrário, levantou uma campanha de “Piso Nacio- secundários, buscando separar os “pontos positivos” 33. f nal do Magistério” que nada tinha a ver com a bandeira dos “pontos negativos”. Com isso, em nível nacional, 34. de reajuste salarial dos professores nos diferentes esta- os trabalhadores da educação não têm uma resposta à 35. f dos do país. altura da destruição do ensino público. 29. f 36. f Na verdade, a sua campanha estava colada à A CNTE só vai tornar-se um instrumento na 37. f política do governo Lula de criar um Piso Nacional do luta contra os governos e em defesa da educação pú- 38. f Magistério, servia apenas como uma forma de buscar blica, gratuita, para todos e em todos os níveis, quando 39. f “melhorar” a política que não era a dos trabalhadores suas direções burocráticas forem varridas e, no seu in- 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 83 Caderno de Corrente Proletária na Educação Resoluções » 1. a terior, se desenvolver a política proletária para a educa- elaborados diversos planos (área da saúde, educa- 2. a ção. ção etc.) visando criar uma sobrevida ao capital, 3. a PLANO DE LUTAS sangrando as economias dos países semicoloniais, 4. a A Corrente Proletária na Educação apresenta as re- que não conseguem se desenvolver plenamente. 5. a soluções seguintes como campanhas gerais e lutas es- São planos antinacionais e antipopulares imperia- 6. a pecíficas a serem aprovadas no Congresso. listas que precisam ser combatidos através de um 7. a 1. A cadeia de crises e aumento das contradições, típi- rompimento com estes organismos. No Brasil, Lula 8. a cas da fase de decomposição do capitalismo mono- mantém os acordos realizados pelos governos ne- 9. a polista, tem potencializado as intervenções bélicas oliberais anteriores. Não eliminou nenhuma medi- 10. a e econômicas. Por detrás da falácia de prosperidade da quanto ao superávit primário, ao contrário paga 11. econômica, de melhoria de oportunidades comer- juros adiantados e retira verbas da educação, saú- 12. a ciais e produtivas, de aumento da importância dos de, previdência etc. (DRU). Por isso, defendemos: 13. a chamados “países em desenvolvimento”, se agi- combate aos planos antinacionais e antipopulares; 14. f ganta a miséria, o arrocho salarial e o desemprego. pelo não pagamento das dívidas interna e externa; 15. f Fica evidente o caráter parasitário do capitalismo, pelo rompimento de todos os acordos com o FMI / 16. f que não aproveita a potencialidade das forças de BIRD; pela organização da frente única anti-impe- 17. f produção, sobretudo a força de trabalho que é des- rialista. 18. f perdiçada e destruída. Não há mais como remendar 4. O governo Lula, além de manter a continuidade 19. f este sistema. É falsa a idéia de que podemos salvá- da política pró-imperialista e burguesa de FHC, 20. f lo. Precisamos admitir sua decadência. Isso exige incorporou a burocracia sindical ao Estado visan- 21. f nos colocarmos pela derrubada do capitalismo e do maior controle do movimento social. Mantém 22. f defesa do socialismo. e elabora medidas de ataques aos trabalhadores, 23. f 2. Os Estados imperialistas procuram jogar o peso como a Reforma da Previdência, a Alta Progra- 24. f das contradições para as demais nações semicolo- mada, o SuperSimples. Mantém o arrocho salarial 25. f niais. Suas tropas subjugam os povos, promovem a através de um salário mínimo de fome. Ataca os 26. matança desenfreada e os oprimem, visando con- servidores públicos valendo-se da Lei de Respon- 27. f solidar o controle de matérias-primas necessárias sabilidade Fiscal, aprimorada com a limitação de 28. f a uma produção anárquica, a exemplo da interven- reajuste salarial. O golpe mais recente é a Lei de 29. f ção dos EUA no Iraque e Oriente Médio em geral Greve, que criminaliza os servidores lutadores. Os 30. f e da intervenção franco-brasileira no Haiti. Apoiar trabalhadores não podem aceitar nenhum apoio das 31. f a resistência contra a invasão imperialista exige le- direções sindicais a este governo, sob o pretexto de 32. f vantar a bandeira da defesa da autodeterminação quererem garantir melhorias. Não podem aceitar 33. f dos povos, retirada imediata dos EUA do Iraque e que as centrais sindicais e a CNTE continuem a ser 34. outros países invadidos, retirada imediata das tro- correia de transmissão do governo Lula. Quanto ao 35. f pas brasileiras e aliadas do Haiti. governo Serra, embora não haja apoio por parte das 36. f 3. As intervenções econômicas, impostas pelo FMI e direções, há o desvio da luta pela via parlamentar. 37. f Banco Mundial, têm ampliado a miséria e a explo- Pretendem, através de antigos dirigentes eleitos de- 38. f ração dos trabalhadores e nem por isso curado o putados, jogar peso na elaboração de projetos ou 39. f capitalismo doente. Por toda parte continuam a ser remendos aos projetos do governo. Essa não é a 84 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Corrente Proletária na Educação Resoluções » 1. a forma de luta típica dos trabalhadores. O Congres- dade da política de fundos, das diretrizes educacio- 2. a so deve aprovar a independência da CUT e CNTE nais traçadas pelo Banco Mundial. A Reforma Uni- 3. a diante do Estado e do governo. Nenhum apoio ao versitária favorece os empresários da educação. O 4. a governo Lula. ProUni é uma forma de mercantilização do ensino, 5. a 5. As conseqüências das reformas neoliberais / impe- injetando dinheiro nas universidades sob o pretexto 6. a rialistas dos governos (federal, estadual), das me- de “oportunidade aos jovens pobres”. A política de 7. a didas de flexibilização e precarização das relações cotas deixa toda uma maioria de negros fora das 8. a de trabalho têm sido nefastas para os trabalhadores universidades. A ampliação do ensino à distância 9. a da cidade e do campo. Desemprego, terceirização, pelo PT, reduz as verbas para as escolas públicas 10. a arrocho salarial, dificuldades para a aposentadoria, e é mais um negócio para os capitalistas da educa- 11. penúria para milhares de camponeses sem-terra, ção. O PDE aumenta a centralização do governo na 12. a permanência do trabalho infantil e destruição da educação (avaliação externa e orientação adminis- 13. a juventude superexplorada. Admitir esta realidade é trativa-pedagógica), cria mecanismos de punição 14. f se colocar pela defesa de quem trabalha e estuda às escolas evidenciando o fracasso da educação ca- 15. f aprovando: a) Salário Mínimo Vital, que garanta pitalista. O Congresso deve aprovar: a) fim de toda 16. f as necessidades da família trabalhadora; b) Escala a reforma educacional e das leis que a regem; b) 17. f Móvel de Horas de Trabalho, para que haja em- abaixo o PDE de Lula; c) defesa de um único siste- 18. f prego a todos; c) Escala Móvel de Reajuste, para ma de ensino, laico, público, gratuito, vinculado à 19. f combater a desvalorização do salário; d) fim das produção social, sob o controle de quem trabalha e 20. f reformas governamentais (Reforma da Previdên- estuda. 21. f cia, Reforma Sindical e Trabalhista, Supersimples, 22. f etc.); e) terra aos camponeses pobres por meio da POLÍTICAS PERMANENTES 23. f expropriação do latifúndio; f) trabalho e escola a Sobre a mulher 24. f todos os jovens e um salário de acordo com suas Vivemos no Brasil um momento em que o Estado 25. f necessidades, 4 horas na produção e o restante para burguês é dirigido pelos reformistas (PT). Desde o pri- 26. estudo e lazer: g) erradicação da exploração infan- meiro mandato do governo Lula, jogou-se enormes ilu- 27. f til e saúde e moradia à população oprimida; h) fim sões sobre o movimento das mulheres, negros, índios 28. f de toda a legislação repressiva do Estado contra o e homossexuais, com a esperança de que esse governo 29. f movimento dos trabalhadores (“lei de greve”, leis “democratizaria” o Estado a tal ponto que, mesmo os 30. f de criminalização dos movimentos sociais e sua li- historicamente “excluídos”, seriam atendidos em suas 31. f deranças etc.). reivindicações. Mostrou-se em pouco tempo que o 32. f 6. As reformas educacionais dos governos não têm governo Lula era mais um fantoche da burguesia. O 33. f como combater o fracasso escolar, pois se dão no palavreado de democratização deu lugar às promessas 34. marco do capitalismo decadente. Implicam a redu- vazias. 35. f ção de verbas e da responsabilidade do Estado para Temos um exemplo prático: a construção da Se- 36. f com o ensino, promovem o crescimento da priva- cretária Especial das Mulheres. Essa secretária formou 37. f tização. O FUNDEB não assegura as condições uma comissão tripartite que resolveria uma reivindi- 38. f elementares de acesso, recursos e permanência das cação antiga do movimento feminista – a legalização 39. f crianças e jovens na educação básica, é a continui- do aborto. No entanto, as pressões vindas por parte da 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 85 Caderno de Corrente Proletária na Educação Resoluções » 1. a igreja, além de setores conservadores e do próprio PT dicações específicas das trabalhadoras. 2. a inviabilizaram a aprovação dessa proposta. O mais gra- É a revolução socialista e a construção do comunis- 3. a ve é que tal comissão, pressionada por esses setores, mo que permitirão uma participação e efetivo exercício 4. a chegou a retroceder no projeto que já existia em relação na sociedade por todas as mulheres. 5. a ao aborto, ficando aquém das reivindicações históricas Sobre os negros 6. a desse movimento. A opressão racial é a opressão de classe 7. a Recentemente, também foi aprovada uma lei co- Historicamente é constatado que o negro sofre 8. a nhecida como “Maria da Penha”, que deveria combater opressão de uma minoria branca desde sua origem na 9. a a violência doméstica e sexual. Essa lei é amplamente África até sua chegada no Brasil, quando da utilização 10. a defendida pelos partidos e movimentos de esquerda. de sua força de trabalho, principalmente, nas minas de 11. extração de metais e nos engenhos de açúcar. Embora não sejamos contrários a ela, demonstra a im- 12. a potência de resolver o problema da violência contra a Não é por acaso que, em pesquisas realizadas, nos 13. a mulher no interior do capitalismo, porque, em última últimos anos, demonstra-se que a população brasileira 14. f instância, a sua efetivação depende da denúncia indi- é composta quase em sua totalidade por descendentes 15. f vidual, ou seja, recai sobre a mulher a responsabilida- de negros. Constata-se que esses são marginalizados no 16. f de, como se o problema fosse pessoal e não social, não trabalho (têm salários menores e são pouco reconhe- 17. f estivesse ligado às relações sociais das sociedades de cidos profissionalmente; poucos assumem cargos de 18. f classe. direção nas grandes empresas, etc.), na educação (nú- 19. f Estes exemplos demonstram que as reivindicações meros de analfabetos entre os negros são maiores - isso 20. f elementares das trabalhadoras não serão conquistadas quando têm acesso à escola, já que a maioria nem chega 21. f pela via parlamentar. Demonstram também como o às universidades), não tem acesso à saúde (número de 22. f atual governo têm retirado os poucos direitos que as mortes entre negros é maior, portanto, sua expectativa 23. f mulheres conquistaram ao longo do século XX com de vida é menor). Essas diferenças são manifestações 24. f as lutas. Desse modo, vemos a licença-maternidade, o de uma base material: o surgimento e a sobrevivência 25. f tempo de aposentadoria diferente, entre outras conquis- do modo de produção capitalista através da exploração 26. tas ameaçadas pela Reforma Trabalhista, já em pauta dos negros. Trata-se de uma opressão de classe, porque 27. f no parlamento. os negros compõem a maior parte dos trabalhadores do 28. f Assim, bandeiras como creches para todos os filhos país; é sobre os trabalhadores que recai todas as opres- 29. f das trabalhadoras, salário que permita a sobrevivência sões e exploração. 30. f da família, o direito à maternidade, emprego com esta- A política de cotas exclui a massa dos trabalhadores 31. f bilidade, a legalização do aborto, melhoria nas condi- – brancos e negros 32. f ções de trabalho, bem como outros direitos dependem Os reformistas tentam responder a essa opressão 33. f da unidade de todos os trabalhadores, homens e mu- de classe, apresentando políticas compensatórias: que- 34. lheres. rem com meia dúzia de leis acabarem com a exclusão, 35. f Essas bandeiras serão conquistadas ao ligarmos as discriminação e até o ódio racial, produtos de mais de 36. f reivindicações específicas às reivindicações mais ge- 300 aos de exploração da mão-de-obra negra. Sistemas 37. f rais, de luta contra o modo de produção capitalista. É de cotas, por exemplo, são os tipos de medidas que co- 38. f necessário que as mulheres se aliem ao proletariado e locam. Dizemos que tais políticas não podem resolver 39. f que este defenda como parte de seu programa as reivin- a questão do negro no Brasil, uma vez que a raiz de tal 86 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Corrente Proletária na Educação Resoluções » 1. a opressão encontra-se na existência das classes e na di- na escravidão. Ocorre que entre os 50% da população 2. a visão social do trabalho, o qual, por sua vez, tem como branca, também a maioria faz parte do proletariado e 3. a base a propriedade privada dos meios de produção. dos camponeses, contando com uma classe média mais 4. a O que temos concretamente com essa política de vasta, cujos laços com o capitalismo são mais amplos e 5. a cotas raciais é o que o governo petista tem implanta- profundos. Por isso, para arrancar as reivindicações da 6. a do. Ou seja, mantêm-se a exclusão dos mais pobres, burguesia, qualquer que seja, é necessário unir negros e 7. a sejam brancos ou negros, das universidades, do traba- brancos, explorados e oprimidos. 8. a lho, dos serviços públicos, etc. Na realidade, a forma São partes do programa da classe operária as rei- 9. a de “inclusão” que as cotas possibilitam é exatamente vindicações contrárias às discriminações: trabalho 10. a essa que tem sido levada à frente: mantém-se a opres- igual, salário igual; emprego a todo; escola a todos, em 11. todos os níveis; saúde sem discriminação; acesso à mo- são, enquanto uma pequena parcela recebe migalhas do 12. a capital. radia; fim da opressão à juventude negra. Há problemas 13. a Uma forma “melhor” de “sistema de cotas” não imediatos que unem os trabalhadores brancos e negros: 14. f pode ocorrer na fase de capitalista imperialista, na eta- o emprego e o salário. Também os une a defesa das 15. f pa de destruição de direitos e de conquistas trabalhistas. reivindicações que dão respostas a esses problemas por 16. f No momento atual, qualquer forma de cotas vai entrar meio da luta direto. 17. f na lógica de destruição de direitos. Isso fica bem claro 18. f quando a política de cotas raciais é aplicada à educa- 19. f ção, pois, em vez da luta pela ampliação da educação Sindicalizados pela APEOESP - Ana Raquel Cer- 20. f pública, contra os vestibulares, etc., defende-se que as chiari de Oliveira; Douglas Ferreira de Paula; He- 21. f atuais vagas nas universidades públicas, que não aten- lena Teixeira Marchiori; Rinaldo Donizeti Alves; 22. f de, inclusive, à classe média branca, sejam reservadas Liliane Cilene Bearare; Marisa Pereira Benvido; 23. f a uma parcela dos negros. Paulo Roberto Varela; Messias De Oliveira Miran- ASSINAM ESTA RESOLUÇÃO 24. f A política de cotas é, nesse sentido, essencialmente da; Silvia Maria Cordeiro; Silmara Cordeiro; Gil- 25. f excludente e reacionária, pois não permite a unidade van Ferreira Da Silva; Mônica Da Silva Rodrigues; 26. de todos os trabalhadores, os quais, na sua maioria, são Sandra De Souza Pinheiro; Mariza Lopes Rabello; 27. f negros. Tânia Regina Prevides; 28. f Resposta proletária à opressão de classe sofrida pe- Sérgio Augusto Brunetto; Simone Pereira de Ma- 29. f los negros cedo; Welton dos Santos Souza; Elisangela Lisboa 30. f A política proletária parte da situação das classes Micheletti; Fu Chen Cheng; Carlos Leonardo Cos- 31. f sociais sem desconhecer por um só segundo outras for- ta ; Fernando Santos da Silva; Sindicalizados pelo 32. f mas de opressão – a racial é de suma importância no SINPEEM - Dilma Correa de Oliveira ; Denise de 33. f Brasil. A revolução proletária depende da massa negra Assis da Silva; Ana Paula Carvalho ; Eduardo Pe- 34. trabalhadora; da mesma maneira, a sobrevivência do reira de Oliveira; Adriana de Oliveira Costa; Teresa 35. f capitalismo depende de manter na inércia essa multi- da Silva Roseira; Sérgio Ricardo Salvador; Vânia 36. f dão oprimida. Aparecida Moreira da Silva; Adenilto Pereira de 37. f A Revolução Proletária tem uma tarefa particular Souza; Adriana Alves da Silva; Maria Angélica de 38. f no Brasil (como tem nos Estados Unidos, Haiti, África Oliveira; Roseane Cleide de Sousa; Débora Cristi- 39. f do Sul, etc.): pôr fim à opressão racial, que tem sua raiz na Fagundes Villa Baptista; Rosalinda Marlene do 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 87 Caderno de Corrente Proletária na Educação Resoluções » 1. a Nascimento; Márcia Maria de Oliveira; Ana Eloisa 2. a Carvalho; Ivani Aparecida de Azevedo; Maria He- 3. a lena Gigliotti; Ênio Tadeu de Freitas; José Gilberto 4. a de Melo; Zélia de Miranda Costa; Rosires de Car- 5. a valho Leobas; Maria Elisa Ferreira Martins; Fabia- 6. a na Barros Ferreira Mendonça Meira; Stella Márcia 7. a Veloso; Cláudio Luiz Stevanato; Sandra de Barros 8. a Teixeira Maciel ; Paula Ramos Calvoso ; Shirlei 9. a Maria da Costa Salgado; Edna Mehes Souza Cam- 10. a pestrini; Idenilde Almeida Camargo Canhoto; Ja- 11. nete Tereza Domingos; Fernando Oliveira; Mari- 12. a nes Alexandre Martins; Eliana Santos A. Queiroz; 13. a Maria Christina V. Cunha; Luis César de Lima; 14. f Elizabete Baptista de Godoy; Rosângela F. P. Fon- 15. f tes; Sylvia Lúcia S. Almeida; Maria Aparecida 16. f G. de Godoy; Aparecida Tardoqui Lima; Roberto 17. f Hiroshi; Fátima Aparecida da Silva ; João Batista 18. f de Carvalho;; Josineide Tavares de Melo; Michele 19. f Antunes das Neves; Salete Mattos Sampaio; Lour- 20. f des Faustino Lopes; Elidamares Fernandes Bianchi 21. f Rosa; José Luiz da Costa; Andréa Tavares Dantas; 22. f Irene Tir Pellinson; Adriana Maria de Jesus Cota; 23. f Maria Rosa Ochman; Eridan Sales Fernandes; San- 24. f dra Mara Paiva; Elaine Cristina Alves de Carvalho 25. f Leal; Vera Márcia Lucci; Iara Ilma Valente Nery ; 26. Marcela Cristina Evaristo; Dóris Gonçalves Car- 27. f neiro; Sônia Shirley Gonçalves Lopes; Eliana Apa- 28. f recida Matos; Meiri Regina Miloch ; Maria Eli- 29. f zabeth Del Grande; SINDICALIZADOS PELA 30. f AFUSE - Maria de Fátima dos Santos . 88 VOLTAR AO ÍNDICE 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno 1. a 2. a de Corrente Sindical Classista - CSC Resoluções » CORRENTE SINDICAL CLASSISTA - CSC Avançar nas mudanças com unidade e luta 3. a 4. a CONJUNTURA INTERNACIONAL dade objetiva de mudanças mais profundas e radicais. 5. a A característica do nosso tempo é o de defensiva Os povos da região reclamam a superação da miséria 6. a estratégica e de ofensiva do capitalismo sobre os traba- neoliberal e respaldam a luta por novos projetos de de- 7. a lhadores. À queda da URSS seguiu-se a unipolaridade senvolvimento nacional com caráter antiimperialista. 8. a e o hegemonismo dos EUA e das políticas neoliberais As agressões imperialistas aos paises revelam, por 9. a ainda em curso. Instrumentalizando sua ação através um lado, o caráter genocida do capitalismo e, por outro, 10. a da globalização e da reestruturação produtiva, o neo- a resistência dos povos, a luta contra os que se conside- 11. ram “donos do mundo”. liberalismo eleva o parasitismo do capital financeiro e 12. a a proeminência do interesse privado sobre a coletivi- O inimigo é grande e poderoso, mas não é im- 13. a dade. batível e já se vê que tem os pés de barro. O poderio 14. f Para manter sua hegemonia os EUA adotam uma econômico dos EUA declina frente às potências rivais 15. f política externa agressiva e intimidatória, recorrendo da Europa e da Ásia. A autoridade política do império 16. f ao militarismo e ao belicismo (agressão, ocupação e também definha. A estratégia imperialista do governo 17. f recolonização de países soberanos). Bush para o Oriente Médio, em especial as guerras cri- 18. f A vertiginosa ascensão da China à condição de minosas contra o Iraque e o Afeganistão, repudiadas 19. f potência econômica, nos marcos do desenvolvimento inclusive pelo povo norte-americano, estão a caminho 20. f desigual das nações, cria um contraponto importante e de uma retumbante derrota. 21. f progressista ao unilateralismo da Casa Branca, fortale- 22. f cido pela recomposição da Rússia. Nossa tarefa número um é combater o imperialismo e o neoliberalismo, nosso desafio estratégico é 23. f Há um prenuncio de uma onda conservadora na derrotá-lo. E será através desta luta que conseguiremos 24. f Europa, após os resultados eleitorais na Alemanha, abrir caminho a um futuro de justiça social, emancipa- 25. f França, Espanha e Bélgica. ção da classe trabalhadora, superação do capitalismo 26. Na América Latina, se de um lado, persiste a forte e construção de uma nova experiência socialista neste 27. f ofensiva do capital financeiro e das potências imperia- 28. f listas contra os direitos sociais e os interesses nacio- 29. f nais, desencadeada pela aplicação da política neolibe- 30. f ral agravaram o processo de espoliação imperialista das O segundo governo de Luiz Inácio Lula da Silva 31. f economias nacionais, ampliando a desnacionalização, tem como herança o seu próprio primeiro governo. 32. f a dependência e a vulnerabilidade externa, viabilizando Com a formação de uma base política de apoio am- 33. f o pagamento da dívida à custa de uma dramática redu- pla, com total participação do PMDB, em uma situação 34. ção do ritmo de crescimento da renda per capita. econômica relativamente estável e apresentando índi- século XXI. CONJUNTURA NACIONAL 35. f A América Latina e o Brasil são palcos, hoje, de um 36. f novo e promissor cenário político, criado pelas derrotas 37. f eleitorais da direita neoliberal e pelo avanço correspon- Mas a nova realidade não apaga a luta entre a con- 38. f dente das forças e partidos de esquerda. Embora não tinuidade e a necessidade do aprofundamento das mu- 39. f haja um ascenso da luta de massas, é patente a necessi- danças progressistas. A contra tendência à aplicação do 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em ces macroeconômicos favoráveis, gozando de vasto apoio popular. Educação 89 Caderno de Corrente Sindical Classista - CSC Resoluções » 1. a novo projeto democrático em nosso país é sustentada elevada e um câmbio sobre valorizado podendo levar 2. a por forças conservadoras poderosas que ainda detem uma especulação contra o real e na possibilidade de de- 3. a importante força política, exercem um imenso poder sindustrialização do país. 4. a econômico e centralizam os grandes meios de comu- Ainda hoje, temos cerca de nove milhões de tra- 5. a nicação, exercendo eficaz pressão ideológica nos con- balhadores e trabalhadoras enfrentam o desemprego 6. a dutos da sociedade e sobre o governo, persistindo em aberto; os salários estão arrochados e apenas um ter- 7. a impor seus interesses fundamentais acima dos anseios ço da população economicamente ativa tem ocupação 8. a democráticos e populares. Um exemplo recente é a re- no mercado formal de trabalho; a maioria se submete 9. a forma política onde os setores conservadores rejeita- a vínculos precários de trabalho para sobreviver, sem 10. a ram os pontos fundamentais para o fortalecimento da acesso aos direitos sociais e à Previdência Social. Tudo 11. isto está associado ao aumento das desigualdades; da democracia e dos partidos, como o voto em lista, o fi- 12. a nanciamento público de campanha. concentração da riqueza no campo e na cidade; da cri- 13. a Está em andamento o PAC (Programa de Acele- minalidade; do tráfico de drogas e da violência, princi- 14. f ração do Desenvolvimento). Constitui uma iniciativa 15. f positiva no sentido de enfrentar os problemas nacio- A discussão e a luta pelo rumo do Brasil tornam-se 16. f nais e resgatar o papel do Estado no desenvolvimento. ainda mais acirradas e candentes. A luta por novo pro- 17. f Mas são medidas tímidas frente aos desafios. Silencia jeto de desenvolvimento nacional - que abra caminho a 18. f em relação à política monetária, ignorando o amplo um poder de base democrático-popular, que aprofunde 19. f consenso nacional de que as taxas básicas de juros es- a democracia, exerça plenamente a soberania, reduza 20. f tabelecidas pelo Banco Central constituem um grande as desigualdades e alcance à condição de um país so- 21. f obstáculo ao crescimento da economia nacional. Além cialmente mais justo - não é o projeto de país que pre- 22. f disso, inclui propostas que se opõem aos interesses dos valece hoje no governo. 23. f trabalhadores e trabalhadoras e do movimento sindical Cabe lutar para reverter o arrocho dos salários; 24. f brasileiro, como a utilização do FGTS para financiar buscar o pleno emprego; combater a precarização e a 25. f obras de infra estrutura e a fixação de um teto ( 1,5% terceirização, particularmente do setor público, assim 26. mais o IPCA) para o aumento das despesas com o fun- como todas as formas de discriminação e opressão de 27. f cionalismo público - o PLP 01. Não trata de questões gênero, etnia, geração e orientação sexual; garantir se- 28. f estruturais, mas de ações conjunturais e focalizadas. gurança e saúde no trabalho; defender a sustentabili- palmente nas regiões metropolitanas. 29. f Apesar dos avanços observados no governo Lula, dade ambiental; mudar o modelo agrícola, efetivando 30. f com a interrupção das privatizações, a relativa melhoria a reforma agrária, coibindo a super exploração dos as- 31. f dos salários e do emprego, certos avanços progressivos salariados agrícolas e reforçando a agricultura familiar; 32. f contrários à imposição liberalizante, a linha macroe- assegurar o acesso de todos aos direitos trabalhistas e 33. f conômica seguida pelo 2º governo Lula não se desfez previdenciários, bem como à educação e saúde pública 34. de uma orientação monetarista, ortodoxa, dependente de qualidade; valorizar os serviços e os servidores pú- 35. f das injunções e interesses dos grandes círculos finan- blicos. Não podemos admitir retrocessos. 36. f ceiros, comprometendo desse modo a possibilidade de Necessitamos de um crescimento mais robusto e 37. f um rumo de desenvolvimento mais forte, sustentável e duradouro do PIB, que demanda mudanças na política 38. f constante. A política econômica continua presa à per- econômica; o fortalecimento do Estado, com aumento 39. f versa combinação de taxa de juro real extremamente dos investimentos públicos e a integração solidária dos 90 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Corrente Sindical Classista - CSC Resoluções » 1. a países latino-americanos. 2. a cal Mundial. Para mudar o Brasil é necessário um projeto de de- No Brasil, na cúpula do movimento sindical bra- 3. a senvolvimento nacional, com valorização da força de sileiro, temos uma pluralidade de entidades: a CUT, a 4. a trabalho, com redução da jornada de trabalho, o ple- Força Sindical, a Nova Central Sindical, o Conlutas e a 5. a no emprego, a preservação e ampliação dos direitos Intersindical. E recentemente tivemos a fusão da CGT, 6. a sociais. Desenvolvimento com soberania e integração CAT e SDS constituindo a UGT. Nesse quadro, a uni- 7. a econômica e política solidária dos povos, o que não é dade do movimento sindical passa pela união das cen- 8. a possível no âmbito do sistema capitalista-imperialista. trais na ação, em estreita aliança com os movimentos 9. a Por esta razão, nossa luta estratégica é por uma socie- sociais, em torno de bandeiras e lutas concretas, como 10. a dade socialista. já vem ocorrendo em relação à redução da jornada de 11. trabalho, valorização do salário mínimo e outros te- Precisamos continuar na linha de resistência cons- 12. a tante e de acumulação estratégica, tendo em vista o ní13. a vel da correlação de forças, pressionar o governo para mas. Faz-se necessária a organização de uma Conferên- 14. f ultrapassar os limites impostos pelos grandes círculos cia Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat) incluin- 15. f financeiros e concretize as mudanças necessárias para do todas as centrais sindicais do Brasil para coorde- 16. f alterar esta dura realidade. nar ações concretas de lutas comuns. Este poderá ser 17. f Para avançar nesta direção é preciso haja grandes o caminho para a construção da identidade da classe e 18. f mobilizações e pressões unificadas dos movimentos de seu protagonismo na luta por um Brasil soberano, 19. f sociais, sindicais, junto com a CMS – coordenação dos democrático e de justiça social. 20. f movimentos sociais – contra a retirada de direitos dos A democracia é uma questão central para o pre- 21. f trabalhadores e trabalhadoras e pelas mudanças econô- sente e futuro do movimento sindical brasileiro, cuja 22. f micas e sociais necessárias. solução é também a chave para superar a crise de re- 23. f 24. f 25. f presentatividade do sindicalismo moderno DestacanPOLÍTICA SINDICAL do-se a necessidade de zelar pela autonomia frente aos A reeleição de Lula, em 2006, abriu novas perspec- governos e aos partidos políticos, evitando a partidari- 26. tivas para nosso povo, favorecendo a luta por transfor- zação sem cair no apoliticismo ou no economicismo, 27. f mações sociais mais profundas. Na luta por um novo deve igualmente exercitar a democracia interna e lutar 28. f rumo para o país, o movimento sindical precisa assumir pela democratização do movimento sindical brasilei- 29. f o desafio de transformar a classe trabalhadora em pro- ro, combatendo o burocratismo, assim como criando 30. f tagonista da luta política nacional por um novo projeto um ambiente ao mesmo tempo plural, amplo, aberto 31. f de desenvolvimento com valorização do trabalho. e unitário, estimulando a participação das massas nas 32. f Responder aos desafios da nova realidade exige a 33. f defesa intransigente do socialismo como objetivo maior 34. da classe trabalhadora e o combate ao neoliberalismo e 35. f a opressão capitalista. atividades e gestões sindicais e aproximando direção e base. A CSC saiu da CUT e está construindo a CTB – Central dos Trabalhadores do Brasil, com outras forças 36. f Vivemos um momento de mudanças no meio sin- 37. f dical brasileiro, que coincide com redefinições no sin- dezembro de 2007. Defendendo: 38. f dicalismo mundial,com a fusão da Ciols e a CMTe as a - Sindicalismo democrático, plural e classista, res- 39. f iniciativas de reorganização da FSM-Federação Sindi- peitando as divergências, aglutinando diferentes 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em sindicais. O congresso de fundação está marcado para Educação 91 Caderno de Corrente Sindical Classista - CSC Resoluções » 1. a correntes de opinião e adotando uma nova meto- fortemente marcada por concepções conflitantes. 2. a dologia de democracia interna com a proporciona- Confrontam-se as necessidades da reprodução e 3. a lidade qualificada na eleição da direção da central; acumulação do capital e as necessidades humanas. Exi- 4. a b - Unidade do conjunto dos trabalhadores e traba- ge-se o saber do trabalhador, sua capacidade de análise, 5. a lhadoras na luta por mudanças, incluindo desem- e de trabalhar em equipe. Necessita-se de trabalhadores 6. a pregados, subempregados, privados e públicos, com uma capacitação teórica mais elevada, o que im- 7. a formais e informais, rurais e urbanos, aposentados, plica em aumento do tempo de escolaridade e melho- 8. a pensionistas, além de lutar contra todo tipo de dis- rias na qualidade da educação. Esse é também o desejo 9. a criminação no trabalho, representando os justos in- da classe trabalhadora, porém, enquanto o capital visa 10. a teresses específicos das mulheres, dos negros, dos à produtividade e o lucro, os trabalhadores visam a sua 11. jovens e idosos. Interação da organização sindical qualificação humana e a melhoria da sua existência. O 12. a com o conjunto dos movimentos sociais; conhecimento, a formação técnica, os processos educa- 13. a c - Unicidade sindical na base, alicerce indispensá- tivos e sua democratização constituem-se em campos 14. f vel para uma união mais ampla das categorias, que de disputa. 15. f vem sendo ameaçado por iniciativas oportunistas 16. f de desmembramentos e divisões de bases; A escola pública unitária poderá ser a mola propulsora para que a democracia tenha condições objetivas 17. f d - Liberdade sindical e autonomia das entidades em de se efetivar na sociedade brasileira. Nessa escola uni- 18. f relação ao capital, a governos e partidos políticos, tária, os processos educativos dependem de uma cons- 19. f que não deve ser confundida com neutralidade na trução intimamente ligada com a construção da própria 20. f luta política; sociedade, os quais contribuem para a emancipação 21. f e - Comissões sindicais de base. Levar o sindicato 22. f para o local de trabalho e colocar em primeiro pla- 23. f no a participação das bases na definição dos rumos 24. f da luta sindical; humana no plano do conhecimento e no plano político organizativo. Entre as perspectivas da escola unitária destaca-se a superação das polaridades: conhecimento geral e es- f - Sindicalismo forjado na luta contra a exploração pecífico, teórico e prático, técnico e político, uma vez 26. do capitalismo e a opressão imperialista e com- que todas essas dimensões ocorrem na realidade con- 27. f prometido com a defesa dos direitos sociais, a luta creta. Trata-se de buscar eixos básicos que levem a in- 28. f por um novo projeto nacional de desenvolvimento, terpretar, a definir núcleos de conhecimento, processos, 29. f fundado na soberania e valorização do trabalho, a métodos e técnicas, na unidade dialética entre teoria e 30. f emancipação dos trabalhadores, a defesa da paz prática. 31. f mundial e pela construção de uma sociedade socia- 32. f lista. 25. f ral, que abrange o homem e a mulher integral, no domí- 33. f 34. A formação humana é no caráter pleno, omnilatenio dos conhecimentos científicos, mas também da ati- POLÍTICA EDUCACIONAL vidade criadora, das habilidades, atitudes, nos aspectos 35. f Entendemos a educação como prática social e físico, mental e afetivo. Uma educação básica e geral 36. f como tal é campo de luta hegemônica entre o capital sem rupturas e dicotomias entre os níveis de ensino, 37. f e a classe trabalhadora. O papel social da educação ao visando uma formação ampla – nas ciências, nas letras 38. f considerar a relação entre processo de produção e os e nas artes, que acompanhe o avanço científico-tecno- 39. f processos educacionais ou de formação humana, vem lógico e tenha como base as práticas sociais concretas. 92 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Corrente Sindical Classista - CSC Resoluções » 1. a Esta educação, de caráter multilateral, só adquire sen- pautado nos seguintes princípios: a educação como di- 2. a tido se articulada necessariamente a um projeto social reito de todo cidadão, o dever do Estado na garantia da 3. a transformador da sociedade atual, que coloque como escola pública, gratuita, universal e laica, a igualdade 4. a centro a emancipação das classes populares e sua luta de oportunidades e condições para o acesso à cultura, 5. a por um futuro de igualdade, progresso e justiça social e nas suas múltiplas manifestações, como fator de desen- 6. a numa sociedade socialista. volvimento das potencialidades do educando e de sua 7. a formação integral. Esta concepção implica em problematizar sua es- 8. a trutura e organização atuais: suas formas de gestão, es- Com as seguintes diretrizes: ampliação das oportu- 9. a paços e tempos, metodologias, conteúdos e avaliação, nidades de acesso e permanência das massas populares 10. a bem como a formação de professores e de todos os pro- na escola pública,garantia de boa qualidade do ensino 11. ali ministrado, participação democrática da população fissionais de educação, com o caráter e conteúdo neces- 12. a sários para atender às demandas por esta nova escola. organizada na gestão das instituições escolares e nos 13. a Como educadores comprometidos com a escola órgãos de decisão sobre o ensino, valorização dos pro- 14. f pública acima referenciada é romper esta lógica, tor- 15. f nando-a estreitamente vinculada à vida, instrumento Os resultados obtidos nas últimas avaliações da 16. f não apenas de acesso e permanência, mas sobretudo de educação básica no Brasil apontam o quanto o país 17. f socialização e produção de conhecimentos, das ciên- está distanciado da garantia à população do direito a 18. f cias, das letras e das artes, da educação dos sentidos, do uma escola pública de qualidade social. As mudanças 19. f lúdico, dos valores, da ética e da estética. no financiamento da educação básica, com a aprovação fissionais da educação. 20. f A escola básica unitária e politécnica qualifica a do FUNDEB, se por um lado rompeu com a focaliza- 21. f força de trabalho para o processo social em todas as ção no ensino fundamental, por outro lado confirmou 22. f suas dimensões, inclusive a formação técnica e profis- a necessidade de rompimento com o atual modelo de 23. f sional mais específica. Não basta resistir às investidas desenvolvimento econômico e de adoção de um novo 24. f do capital que propõe a lógica do mercado na produção modelo que conceba a educação como um dos pilares 25. f e na formação do trabalhador, é necessária a construção estruturadores do desenvolvimento nacional, adotan- 26. de uma alternativa que faça o enfrentamento ao projeto do, conseqüentemente, uma política mais agressiva de 27. f neoliberal de exclusão. financiamento. A dívida social que o país acumulou 28. f Essas mudanças que se impõem hoje para o desen- historicamente no setor educacional não será resolvi- 29. f volvimento da educação básica e que estão em discus- da sem o envolvimento e a contribuição dos diversos 30. f são no Conselho Nacional de Educação, devem articu- segmentos que lutam pela melhoria da educação pú- 31. f lar-se organicamente às novas Diretrizes Curriculares blica no Brasil. Fato que não ocorreu, por exemplo, na 32. f para a Educação Básica, à revisão da LDB e do Plano elaboração do PDE, que priorizou a articulação com 33. f Nacional de Educação, na perspectiva de construir o o setor empresarial em detrimento da sociedade civil 34. Sistema Nacional de Educação em nosso país. organizada, constituindo-se na conjugação de ações já 35. f O Sistema Nacional de Educação consiste na arti- em execução e metas a serem atingidas, quando pode- 36. f culação dos graus, níveis, séries, modalidades de ensi- ria, de fato, ser um plano de desenvolvimento da educa- 37. f no e mecanismos democráticos de passagem de uns a ção fundamentado no debate acumulado nos diversos 38. f outros, em regime de co-responsabilidade entre as ins- CONEDs. 39. f tâncias gestionárias e as esferas de poder. Um sistema 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em A aprovação do Piso Salarial Profissional Nacional, Educação 93 Caderno de Corrente Sindical Classista - CSC Resoluções » 1. a apesar dos limites impostos pela correlação de forças as mudanças necessárias para o desenvolvimento na- 2. a no congresso nacional e na sociedade, representa um cional. Defendemos um projeto de crescimento econô- 3. a passo importante na luta pela valorização profissional e mico, com soberania e valorização do trabalho, priori- 4. a aponta na direção de garantirmos, com a nossa mobili- zando o mercado interno, aumento do salário mínimo, 5. a zação, a inclusão posterior dos funcionários de escola, distribuição de renda e priorizando, de fato, políticas 6. a assegurando um piso para o conjunto dos trabalhadores sócias, como educação e saúde pública. 7. a em educação. 8. a A educação é parte estratégica e parte integrante A jornada de tempo integral, como elemento funda- deste projeto de desenvolvimento. 9. a mental para a qualidade na educação; com a implemen- É necessário que os educadores e educadoras assu- 10. a tação de um plano de carreira unificado, oferta publica mam, cada vez mais, o protagonismo político, organi- 11. de formação inicial e continuada aos professores e pro- zando a luta pelo direito ao trabalho e pela elevação do 12. a fessoras, funcionários e especialistas das redes publicas padrão de vida, conjugada com os ideais de solidarie- 13. a de ensino, conforme as demandas e as peculiaridades dade, liberdade, e elevação do nível cultural do povo 14. f regionais; contratação por concurso público de provas e brasileiro e mundial. 15. f títulos, para suprir o déficit e substituir as contratações 16. f temporárias; gestão democrática em todas as etapas 17. f da organização educacional e garantia de fiscalização No contexto político final do Governo Lula e sua 18. f e controle sociais, com conselhos eleitos democratica- reeleição, a CNTE jogou importante papel na defe- 19. f mente e seu funcionamento pleno e democratização das sa dos trabalhadores e trabalhadoras e nos anseios da 20. f funções diretivas escolares. Apoio e incentivo à organi- sociedade brasileira. Além de desenvolver ações para 21. f zação dos estudantes na gestão democrática da sala de consolidar a vitória do campo popular e democrático 22. f aula e dos espaços escolares. através de lutas realizadas. 23. f Além de outras medidas como: 24. f a) Redução do número de alunos por sala na educação co – executivo, MEC, parlamento, judiciário e outras 25. f básica, visando ampliar as condições de qualidade instituições em defesa da educação pública e dos di- 26. da educação e do trabalho docente, gerando cam- reitos dos profissionais de educação e dos sindicatos 27. f pos de trabalho e atuação para a juventude no cam- afiliados. 28. f po da educação; BALANÇO POLÍTICO DA GESTÃO A CNTE foi interlocutora junto aos órgãos públi- A CNTE tornou-se referencial político, sindical e 29. f b) Reorganização dos currículos, atendendo às neces- educacional no movimento internacional de educação, 30. f sidades sociais e acompanhando o avanço técnico- como na IE , IAL e CEA. Destacando-se nas direções 31. f científico contemporâneo; destas entidades e participando de encontros e congres- 32. f c) Avançar nos estudos e avaliações das experiências 33. f de organização da escola por ciclos de formação, Mobilizamos e fizemos pressão no congresso na- 34. trazendo para o debate os professores, funcioná- cional pela aprovação do FUNDEB. Embora o que foi 35. f rios, pais e comunidade. aprovado não corresponde a totalidade da nossa pro- 36. f Além das mudanças táticas, medidas emergenciais posta, mas sem dúvida foi um avanço, dentro da corre- 37. f a curto e médio prazo, é preciso elaborar um projeto de lação de forças existente. Significa mais recursos para 38. f longo prazo, para atingir a raiz do problema. educação básica (educação infantil -creche, pré-escola 39. f É preciso vincular as mudanças educacionais com 94 sos. - e ensino médio). 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno 1. a de Corrente Sindical Classista - CSC Resoluções » Outra batalha que houve um grande investimento 2. a foi a do PSPN. Constituiu-se um grupo de estudo da cada vez as organizações da CNTE, contribuindo para o seu fortalecimento. 3. a diretoria para realizar um levantamento da realidade O funcionamento das instâncias da direção – exe- 4. a salarial dos profissionais de educação e elaborar uma cutiva e CNE - foi fundamental para encaminhar as de- 5. a proposta de piso salarial. Fizemos uma publicação ex- cisões emanadas no Congresso da CNTE. 6. a plicando sobre a nossa proposta do PSPN e distribuído 7. a para todas afiliadas. Esta luta ainda está em curso no 8. a congresso nacional. 9. a A CNTE deve continuar lutando pela concretização Destaque especial foi a fundação e o funcionamen- 10. a to da escola de formação da CNTE. Houve curso de 11. PLANO DE LUTAS preparação de formadores dos sindicatos que realiza- do Plano de lutas deliberadas no XXIX Congresso*, pois todas as propostas permanecem atuais. Acrescentamos: 12. a ram cursos nas suas entidades. Elaboração e publicação - Lutar contra o imperialismo, em defesa da paz 13. a de cadernos de formação do referido curso e recente- mundial e da integração solidária da América Lati- 14. f mente a publicação da revista Retratos da Escola. A es- na e por uma sociedade socialista. 15. f cola tem promovido seminários e constituído um grupo - Contribuir para avançar a construção de uma unida- 16. f de colaboradores entre entidades e personalidades da de mais ampla da classe trabalhadora participando 17. f área de educação. das lutas propostas pela CMS, pelas centrais sindi- 18. f A consolidação do programa PROFUNCIONÁ- 19. f RIO, bem como sua luta pela conceituação de profis- 20. f sionais da Educação. Ainda se encontra em tramitação 21. f no Congresso Nacional. cais e pelos movimentos sociais que defendam os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. - Defender uma politização maior dos movimentos sociais, dos sindicatos e do conjunto da classe tra- 22. f Outro aspecto positivo foi o acompanhamento dos balhadora, defendo de um novo projeto nacional de 23. f movimentos nos Estados, greves longas como aconte- desenvolvimento, com soberania e valorização do 24. f ceram nos Estados de Alagoas, Bahia, Maranhão, Per- trabalho. 25. f nambuco, Rio Grande do Norte, Goiás entre outros. 26. Muitas com intermediação da CNTE. - Cultivar a solidariedade entre os trabalhadores e suas organizações, não só em âmbito local e nacio- 27. f A articulação política para fazer a contra-posi- 28. f ção firme ao Plano de Desenvolvimento da Educação 29. f (PDE). nal e internacional. - Combater a discriminação no trabalho, exigindo a igualdade de gênero, etnia, bem como o respeito 30. f A organização da Marcha em defesa da educação, à orientação sexual, a ampliação das oportunida- 31. f o dia estadual de luta, vigília no Congresso Nacional, des para a juventude e a incorporação de jovens, 32. f foram ações importantes da CNTE para dar conta da mulheres e homossexuais nas batalhas sindicais e 33. f defesa dos interesses dos trabalhadores em educação. políticas. 34. As diversas secretarias funcionaram nas suas res- - Defender da Previdência Pública e lutar con- 35. f pectivas áreas. A consolidação e expansão do DEFE, do tra qualquer reforma que venha retirar direitos. 36. f DESPE, do Departamento de Aposentados que realizou Como o aumento da idade. 37. f encontros regionais e uma pesquisa nacional sobre a - Lutar por um reforma política democrática com 38. f situação dos e das aposentadas. Houve várias reuniões financiamento público para campanhas, voto em 39. f dos coletivos, para dentre outros ajudaram a consolidar lista.Contra a cláusula de barreiras. 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 95 Caderno de Corrente Sindical Classista - CSC Resoluções » 1. a - Participar da luta em defesa da Amazônia e dos po2. a chapa; c) – em caso de empate na pontuação, durante a com- vos indígenas. 3. a - Contra a mercantilização do ensino. paração prevista na alínea anterior, a vantagem fica 4. a Pela regulamentação do ensino privado e limitação assegurada à chapa que obteve o maior número de 5. a da participação do capital estrangeiro nas universi- votos no pleito. 6. a dades privadas brasileiras. *Criação das seguintes secretarias: Saúde e Funcionários. 7. a - Pela reestatização da Vale do Rio Doce. 8. a - Contra a privatização do ensino publico e dos hos- Em substituição das secretarias de direitos huma- 9. a pitais universitários, seja por meio das fundações nos cuja competências serão exercidas pela secretaria 10. a privadas seja pela aprovação do projeto de criação de assuntos jurídicos e da secretaria de projetos e coo- 11. de fundação de estatais de direito privado. peração cujos projetos e cooperações serão de acordo 12. a - Lutar por um Sistema Nacional de Educação. com a área especifica das respectivas secretaria. 13. a - Lutar pela imediata implantação da lei 10 639/ *Alteração do nome da secretaria de relações de gê- 14. f nero por secretaria da mulher trabalhadora. 2003 em todos os níveis educacionais. 15. f r) Pressionar o congresso para votar o Estatuto da 16. f Igualdade Racial e o PL 73/99 que reserva 50% do POLÍTICAS PERMANENTES 17. f acesso nas universidades publicas para alunos das A luta emancipacionista das mulheres 18. f escolas públicas com cotas para negros e indíge- 19. f nas. As mulheres brasileiras, na luta cotidiana vão construindo a história, junto com os homens, rompendo as 20. f s) Lutar pela aprovação do PL 6 206/2005 bem como cadeias de dominação e enfrentando o peso secular 21. f o PL 1 592/2003 e pelo piso salarial profissional da exploração e opressão social, política, econômica, 22. f nacional também para os funcionários. cultural e familiar. Conquistou maior participação no 23. f mercado de trabalho, no parlamento, nos movimen- 24. f ESTATUTO tos sociais, sindicais e populares. Mas ainda é preciso 25. f Alterações: avançar mais. 26. a - Supressão do item h do art 4º . 27. f b - supressão no § 2º da letra h. ria 284/06 – formalização dos trabalhadores e trabalha- 28. f *Critério de proporcionalidade – hoje pelo estatuto doras domésticas, com a dedução no Imposto de Renda 29. f quem define é o CNE. das despesas do INSS para quem assinar a carteira de O aumento do salário mínimo e a Medida Provisó- 30. f A definição da composição da diretoria e do con- trabalho, a aprovação já há mais um ano da Lei Maria 31. f selho fiscal eleitos, e a ocupação dos cargos, far-se-ão da Penha, duas conferencias para avaliar e definir as 32. f pelo critério da proporcionalidade obedecendo aos se- políticas para as mulheres, foram avanços nesta frente 33. f guintes procedimentos: de luta alcançados no governo Lula. 34. a) – divide-se o numero total de votos conquistados Está colocado na ordem do dia o projeto de desen- 35. f de cada chapa por 01 (um), 02 (dois), 03 (três) e volvimento nacional com soberania, com valorização 36. f assim sucessivamente até atingir o número total de do trabalho. Torna-se indispensável que neste projeto 37. f cargos efetivos e suplentes a serem preenchidos; haja explicitamente as reivindicações especificas das 38. f b) – a escolha dos cargos será feita pela ordem decres- 39. f cente de pontos, comparados os resultados da cada 96 mulheres como: » O desenvolvimento econômico nacional. Lutar 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Corrente Sindical Classista - CSC Resoluções » 1. a contra o desemprego – campanha pela redução da dade social, unitária e incorporar a perspectiva de 2. a jornada de trabalho sem redução do salário e sem gênero, raça, etnia e orientação sexual no processo 3. a flexibilização laboral; educacional formal e informal; 4. a » Continuar a luta pelo aumento continuo do salário 5. a mínimo e contra as desigualdades salariais, cons- 6. a tantes na vida das mulheres (aplicação da conven- 7. a ção 100 da OIT – salário igual para trabalho de 8. a igual valor); » A luta antiimperialista e anticapitalista e a luta pelo socialismo; Violência contra a mulher A violência doméstica contra a mulher é maior que a violência urbana, segundo dados de distintos órgãos 9. a » Lutar contra o trabalho informal, contra a precari- de pesquisas. Há ainda o assédio sexual e o assédio 10. a zação e flexibilização do trabalho, bem como con- moral. Todas estas violências afetam a vida profissional 11. tra a retirada de direitos trabalhistas já conquista- e afetiva das mulheres. O Brasil é líder mundial de vio- 12. a dos; lência contra a mulher. A lei 10. 224/01 trata do assedio 13. a » Lutar contra a dupla jornada de trabalho da mu- sexual como crime e estabelece a pena de um a dois 14. f lher e para que o trabalho no âmbito doméstico e anos de detenção. 15. f familiar seja compartilhado e de responsabilidade 16. f também do Estado através de políticas públicas; A violência contra a mulher também existe dentro dos sindicatos, no movimento sindical, cuja prática 17. f » Lutar pela melhoria das condições de trabalho; continua machista, salvo honrosas exceções. A segre- 18. f » Participar da campanha do 1º emprego também gação, o assédio moral e sexual, o desrespeito às opini- 19. f para as mulheres jovens; ões, o alijamento do poder de decisão, a delegação de 20. f » Lutar por um sistema previdenciário brasileiro com tarefas secundárias e a falta de interesse em encami- 21. f vistas a garantir aposentadoria e um padrão de vida nhar as questões de gênero são problemas recorrentes 22. f condigno a quem dele se beneficie; dentro das entidades sindicais. Não podemos ficar indi- 23. f 24. f 25. f 26. » Garantir a capacitação das mulheres para o mercado de trabalho; ferentes a esta realidade. É preciso combater com vigor e coragem esta prática nas entidades sindicais, com um » Desenvolver mecanismos que incentivem a contra- trabalho educativo intensivo. » É preciso que o movimento sindical assuma o com- tação de mulheres pelas empresas; 27. f » Promover relações de trabalho não discriminató- bate à violência contra a mulher, inserindo-se na 28. f rias, com equidade salarial e de acesso a cargos de luta dos movimentos femininos, apoiando as de- 29. f direção; núncias, oferecendo a estrutura de seus departa- 30. f » O combate à violência de gênero, racial e homo- mentos jurídicos para as trabalhadoras vítimas de 31. f fóbica no trabalho, bem como o assédio sexual e assédio moral ou sexual, bem como apoio psicoló- 32. f moral; gico. » Considerar as singularidades de gênero, de raça, de » Inserir-se na luta pela valorização da imagem so- 34. geração e de classe nas ações e políticas de inser- cial da mulher também deve ser tarefa do movi- 35. f ção das mulheres no mercado de trabalho; mento sindical classista. 33. f 36. f » Criar equipamentos públicos de qualidade que per- 37. f mitam a liberação das mulheres para o pleno exer- 38. f cício profissional; 39. f Morrer de gestação (gravidez), parto, puerpério ou aborto não pode ser o destino das mulheres. Por isso » Defender a educação pública, gratuita, de quali- 30o Congresso Nacional Saúde da mulher, direitos sexuais e reprodutivos. dos Trabalhadores em devemos combater a mortalidade materna. No Bra- Educação 97 Caderno de Corrente Sindical Classista - CSC Resoluções » 1. a sil 98% das mortes maternas seriam evitáveis. Atinge f- Mudança da imagem da mulher e do homem negros 2. a mais as mulheres afrodescendentes, indígenas, pobres na mídia, visando à superação de antigos estereó- 3. a e solteiras vivendo nas regiões mais pobres. tipos e à valorização de seus papéis como agentes 4. a críticos e participativos. O aborto deve ser entendido como problema de saú- 5. a de pública. Precisamos defender a descriminalização e Saúde dos trabalhadores e trabalhadoras em Edu- 6. a legalização do aborto para evitar o grande número de cação 7. a mulheres que morrem ao fazer o aborto sem os recursos As mazelas sociais manifestam-se nas salas de 8. a necessários, pois quem tem dinheiro faz em clínicas. aula: A Unesco aponta que 30% dos afastamentos em 9. a Participação Política da Mulher escolas da rede pública no Brasil são motivados pela 10. a A batalha eleitoral de 2008 deve ter participação violência. Também revela que os professores brasilei- efetiva das mulheres, não só como votantes conscien- ros têm o pior salário, quando comparados aos seus 12. a tes, já que são a maioria do eleitorado, mas também colegas de profissão de outros 32 países de economia 13. a como candidatas. Defendemos a aplicação da lei de co- equivalente. Isso obriga os professores a elevar a sua 14. f tas para as candidatas mulheres. carga horária. Não raro acumulam até 60 horas de jor- 15. f Por uma reforma política democrática que propi- nada de trabalho. Também faltam funcionários nos se- 16. f cie maior participação da mulheres na vida política tores, sobrecarregando os que estão em atividade. 17. f nacional 18. f Resgatar a dívida histórica com o povo negro 11. A superlotação das salas de aula, a obrigatoriedade da extensão das jornadas, a convivência diária 19. f A composição de negros e negras no Brasil é de com a violência na escola e seu entorno fazem com que 20. f 47%, logo, os profissionais em educação precisam a saúde física e mental dos trabalhaadores em educação 21. f também representar as demandas específicas dessa par- seja afetada. Casos sistemáticos de estresse, depressão 22. f cela de brasileiros. Entendemos que a luta anti-racista e da síndrome de burnout – situação em que o profissio- 23. f exerce importante papel nos movimentos sociais, de- nal, desenvolve uma relação apática com o trabalho. 24. f monstrando amadurecimento político, fortalecendo-se As doenças ocupacionais não se restringem, porém aos 25. f enquanto sujeito político fundamental para a confecção danos psicológicos. Tendinites, bursites, disfonias, dis- 26. de um projeto para o Brasil! Por isso propomos: funções ortopédicas e problemas circulatórios fazem 27. f a- Interagir mais com outros segmentos do movimen- parte do dia-a-dia do professor. 28. f to social na luta contra o racismo, preconceito, dis- 29. f criminação e exclusão; No tocante à jornada de trabalho dos funcionários de escola, além de extensa, existe a sobrecarga de tra- 30. f b- Criação de um Programa Nacional de Combate ao balho, notadamente físico, nos casos de limpeza, ali- 31. f Racismo e ao Preconceito Racial no ambiente es- mentação e segurança. O manuseio de produtos quí- 32. f colar; micos e a carência equipamentos de proteção fazem 33. f c- Lutar pela adoção de cotas para negros, indígenas 34. e estudantes da rede pública, no ingresso às univer- 35. f sidades públicas e privadas; 36. f 37. f 38. f 39. f d- Exigência de implementação da Lei 10.639 e capae- Financiamento à pesquisa sobre as relações ra- 98 periculosidade. ASSINAM ESTA RESOLUÇÃO Diretoria CNTE - Raquel Felau Guisoni; Anto- citação de profissionais; ciais; do exercício profissional uma jornada insalubre e com nieta Trindade; Rui de Oliveira; Raimunda Gomes; APLB – BA - Aguinaldo de Oliveira; Claudemir 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Corrente Sindical Classista - CSC Resoluções » 1. a Nonato de Santana; Clovis Rios Fetal; Elza Souza do; Iron Mendes; Thiago Vasconcelos; Washington 2. a Melo; Ivana Maria Cabral Leony; Ivone Alves de Buenos Aires; CPERS – RS - Alex Saratt ; Solan- 3. a Azevedo; Joel de Santana Câmara; Jorge Carnei- ge Carvalho; Teresinha Castoldi; Daniela Peretti; 4. a ro de Souza; Jorge Washington Lopes de Sousa; Susana Cabral; Moisés Mesquita; Alfeu Monteiro; 5. a José Lourenço Souza Dias; Kalila Marinho Pinto Gerusa Elena Möller; Dartagnan Agostini; Jmaer- 6. a Souza; Lusma Freire Guimarães; Margarida Ma- son de Miranda Gomes; Márcio Dejalmo; Rafael 7. a ria Alves dos Santos; Maria Madalena dos Santos; Hoffmeister de Aguiar; Olívia Hamn; SINTEPP 8. a Marilene dos Santos Betros; Mônica Maria Santa- – PA - Cleber Rezende; Luiz Neto; Luzia Canuto; 9. a na Muniz; Nivaldino Felix de Menezes; Sonia Real Wanderley Milhomem; Esron; Lucas Moura; Ely, 10. a Pereira; Valdice Eington dos Santos Borges; Vital Divino; Deusimar Pereira; SINPEEM – SP - João 11. de Oliveira Vasconcelos; Adenice Maria de Jesus Antonio D. de Carvalho; Cristiane Maria de Sousa; 12. a Chaves; Adriana Oliveira de Souza; Ailton Ribei- Angela Venâncio; APEOESP – SP - Marlúcia Gon- 13. a ro Rodrigues; Alcione Viana Gomes; Alina Rita çalves de Abreu; Carmem Luíza Urquiza de Souza; 14. f Leite B. Pereira; Dilma Santana Miranda; Enéas Paulo Giroto; Jovina Maria da Silva; Francisca Pe- 15. f Chaves Soares; Heber Morais Brito; Jacira Gomes reira da Rocha; SINTEP – MT - Janete Carvalho; 16. f Wanderley Brito; João Neto Fraga Santana; José Edson Ribeiro; APEOC – CE - Nagibe Nunes de 17. f Francisco Pereira; Maria Conceição M. Barbosa; Melo; Eduardo Silva Araújo; Cícero Aurelino Ma- 18. f Maria de Fátima Gomes Freire; Marlede Silva Oli- tias Simião; Maria do Socorro Albuquerque; Maria 19. f veira; Welito Santa Bárbara Franco; Weliton Tatia- Gorete Gomes de Oliveira; Carlos Alberto da Silva 20. f no Marques de Souza; SINTE – PI - Maria dos Souza; Marcio Tavares Holanda; Marcos Ítalo Ta- 21. f Remédios Silva; Francisco Wagner Beserra; Mar- vares Holanda; Ronaldo Souza Monteiro; Rubens 22. f celo Amorim; SINTEGO – GO - Márcia Maria Porto Guilhon; Paulo Sergio Martins Vale Borges; 23. f de Paula; Arcilon Sousa Filho; Rosângela Maria; Cícero Romão de Andrade Amorim; Francisco W. 24. f Dirlene Conceição; Jorge Ricardo; Ailma Maria; de Souza Costa; José Lima da Silva; SIND - UTE 25. f Lucimar Carneiro; Ecila Maria Bustamante; Eli- – MG - Reinaldo Reis; FETEMS – MS - Iara 26. zângela Ólive; Jocilene dos Santos das Neves; João Gutierrez; SINPRO – DF - Valesca Leão; Maria 27. f Guimarães; Rosa Rangel; Lucas Pinheiro; Welder José Barreto; Berenice Darc; José Antonio Gomes; 28. f Almeida de Oliveira; Cláudio José da Silva; José Wiviane Vinagreiro; Iracema Bandeira; Chico do 29. f Terra; Alba Valéria; Raclene Ataíde; SEPE – RJ - Gama; SAE – DF - Lindaura Maria Santos; Ma- 30. f Jose Carlos Madureira Siqueira; Josimar de Olivei- noel Cardeal; Cícero Rodrigues; SINTE – SC 31. f ra; Marcio Franco; Paulo Vieira; Sheila Monayar; - Sinivaldo Schafer; Adilson Zanesco; Solange 32. f Nete Grijo; Walter Ceccheto Filho; Mario Brum; Vivas Fernandez; Jaison Benting; Lia Jussara da 33. f SINTEAM – AM - Isis Tavares Neves; Eliana Silva Pioner; SINDUPES – ES - Paulo da Silva 34. Maria Tixeira; Madalena Farias; Raimundo Tor- Teixeira; SINSEPEAP – AP - Nilson Sanches; 35. f res; Floriana Brito; Leila Dorotéia; SINTE – RN Aroldo Rabelo da Silva; SINTEAC – AC - João 36. f - Rosália Maria Fernandes da Silva; João Maria de de Almeida Sadin; Andréia Alab de Oliveira; José 37. f Oliveira; José Aldeirton Pereira; Maria do Socorro Chaves; Raimunda Menezes; Alex Silva; Ricardo 38. f Freitas; Maria Luciene Urbano; SINTEPE – PE Klison; SINTERO – RO - Maria Riomarci; Alder 39. f - Valéria Silva; Zélito Passavante; Wilson Mace- Luiz; Bartolomeu Tavares; Pedro Braga; Francisco 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 99 Caderno de Corrente Sindical Classista - CSC Resoluções » 1. a Batista Pantera; Adailton Noleto; Jamyle Vanessa 2. a C. Brasil; SINPROESEMMA – MA - Odair José; 3. a Júlio Guterres; Janice Nery; Ednaldo Sousa; Jair da 4. a Silva Brito; Arlete Sousa; Maria de Lourdes Car- 5. a neiro; Marilene Gaioso; Hildinete Rocha; Sidma 6. a Silva Maia; Josivaldo Corrêa Silva; Maria Zuila de 7. a Souza Silva; Ivonete Domingas Marques; Júlio Pi- 8. a nheiro; Ivonete Domingas Marques; Elvira Maria 9. a Reis; Dalvanira dos Santos Oliveira Nunes; Anto- 10. a nia Benedita Pereira Costa; Clécio Coelho Nunes; 11. Jory Mary Souza dos Santos. 100 VOLTAR AO ÍNDICE 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno 1. a 2. a de CUT Socialista e Democrática - CSD Resoluções » CUT SOCIALISTA E DEMOCRÁTICA - CSD Construindo a CNTE solidária, com independência de classe e pela base 3. a 4. a CONJUNTURA INTERNACIONAL que possibilitem o desenvolvimento dessa nação. América Latina é uma região em ebulição políti- Avançar na nossa política continental entre mo- 6. a ca. Vários países estão tentando o caminho da integra- vimentos para este novo período político e a agenda 7. a ção como alternativa à submissão ao imperialismo dos prioritária, portanto enfatizarmos que a ampliação dos 8. a EUA. São processos que estão alterando a ordem mun- horizontes da participação da sociedade na tomada de 9. a dial imposta pelo império desde os anos 1990. decisões sobre o nosso destino deve guiar as ações de 5. a Em todos eles há – nas suas sociedades e nos seus reformas institucionais visando o fortalecimento das governos – tensões e enfrentamentos políticos em rela- políticas públicas de caráter social, imprescindíveis 12. a ção à continuidade ou superação da fase neoliberal. O para garantir a sustentabilidade do desenvolvimento 13. a neoliberalismo é um programa questionado, mas sua do continente e assegurar que os benefícios advindos 14. f herança ainda persiste e o capitalismo internacional da integração sejam distribuídos de forma equânime, 15. f pressiona – por via de suas transnacionais, de capital revertendo-se em melhoria da qualidade de vida da 16. f especulativo, de seus organismos multilaterais – para população mundial. Entendemos ainda, que os nossos 17. f manté-la. São processos políticos onde têm se combi- desafios apontam quatro eixos importantes de concen- 18. f nado, ao longo da última década, mobilizações popula- tração temática: 19. f res e vitórias eleitorais – e enfrentam as complicações 1. Integração do continente no sentido de se estabele- 20. f próprias de se tentar transformações estruturais por 21. f essa via. Não são processos lineares, nem seu destino 22. f está previamente traçado. Depende da luta política en- 23. f tre as classes sociais travada através de suas organiza- 24. f ções partidárias, sociais, culturais e de comunicação de 25. f massas. 10. a 11. 26. cer a reorientação da nossa economia; 2. Uma integração cujo ponto de partida deve ser o atendimento as políticas sociais; 3. Discussão sobre as matrizes de nossas infra-estruturas regionais; 4. Fortalecer o FSM – como forma de ampliar a inte- O governo brasileiro tem agido com correção ao gração dos continentes. 27. f aumentar as relações com os mais diversos povos de 28. f todos os continentes, aprofundando as relações econô- 29. f micas, sobretudo no plano Sul-Sul e de integração re- O Brasil – com suas especificidades nacionais – é 30. f gional da América do Sul. No âmbito continental a pos- parte central do cenário latino-americano. Pelas suas 31. f tura brasileira foi fundamental para bloquear a ALCA. dimensões territoriais e sua capacidade industrial e 32. f A política para a melhoria das relações no Mercosul e produtiva é peça chave para que toda a região possa 33. f de incorporação da Venezuela, Bolívia e Equador são avançar para além da dependência ao imperialismo e 34. importantes para enfrentar o império. Bem como o res- superar a fase neoliberal. Mas aqui também as classes 35. f peito à autodeterminação dos povos tem ajudado na luta dominantes são mais fortes e os interesses do grande 36. f latino-americano. Porém, o grande déficit na política capital internacional estão mais profundamente arrai- 37. f externa tem sido o fato do Brasil continuar liderando gados. Derrotá-las eleitoralmente em 2002 e novamente 38. f a MINUSTAH (as forças militares da ONU) no Haiti, em 2006 foi muito importante, mas se esses resultados 39. f sem pressionar os países imperialistas por reparações indicam potencialidades, não se traduzem de imediato 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em CONJUNTURA NACIONAL Educação 101 Caderno de Resoluções » CUT Socialista e Democrática - CSD 1. a em mudanças de projeto para a sociedade. O desfecho pressões pró-reforma, sendo assim, reafirmamos a po- 2. a dessa disputa dependerá da luta de classes, o que para sição contrária a qualquer reforma que signifique a re- 3. a a classe trabalhadora organizada significa, em primeiro tirada de direitos dos trabalhadores, tantos para quem 4. a lugar, que dependerá de sua capacidade de se mobilizar esteja no mercado de trabalho como para as gerações 5. a e angariar aliados para suas reivindicações imediatas e futuras, ao mesmo tempo que indicamos a posição de 6. a seu projeto de país. que a CUT se retire do Fórum Nacional da Previdên- 7. a cia. Com o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) 8. a o Estado retoma seu papel indutor e organizador em se- É preciso definir claramente uma tática para a atu- 9. a tores chave da economia – superando o paradigma ne- ação do sindicalismo cutista, e nesse sentido deve ficar 10. a oliberal de “o mercado decide”. E tem crescido a parti- claro que a CNTE e CUT não aceita ações que vão na 11. cipação no governo de setores que defendem políticas contramão dos interesses dos trabalhadores, ao mesmo 12. a de desenvolvimento para o país. Pela primeira vez em tempo que trabalha para avançar em uma agenda de 13. a 14 anos não há no primeiro escalão nenhum econo- direitos para a classe trabalhadora: 14. f mista representante da PUC-RJ, o principal centro ela- 1. A conjuntura que estamos vivendo é resultado de 15. f borador do pensamento neoliberal no país (alterações uma acumulação política do campo democrático e 16. f importantes neste sentido são: Guido Mantega no M. popular na qual tanto a CNTE quanto a CUT tem 17. f da Fazenda, Luciano Coutinho no BNDES, Paulo No- tido um papel destacado. As vitórias eleitorais em 18. f gueira Batista Jr. no FMI, entre outros, são economis- 2002 e 2006 foram também nossas vitórias. Porém, 19. f tas “desenvolvimentistas”, tradicionais críticos do ne- foram vitórias incompletas, reflexo de avanços no 20. f oliberalismo). Porém, restam neoliberais rudimentares plano institucional num contexto em que ainda não 21. f em postos chave no Banco Central (H.Meirelles) e no havíamos recuperado níveis suficientes de mobili- 22. f M. do Planejamento (Paulo Bernardo) que bloqueiam a zação social e de rearmamento programático das 23. f implementação de outra política econômica. forças progressistas na sociedade – após o venda- 24. f Alem disso, o PAC não incorpora a necessária di- val neoliberal dos anos 1990. 25. f mensão social e ambiental que pode fazer com que o 2. Por causa disso, as forças conservadoras são capa- 26. crescimento seja desenvolvimento integral, com dimi- zes de se rearticular e retomar a ofensiva a partir 27. f nuição das desigualdades sociais e preservação do meio dos médios de comunicação de massa, da maioria 28. f ambiente, além de introduzir o PLP 001 que coloca um conservadora no Congresso Nacional, do Judiciá- 29. f limitador no gasto público com pessoal, impossibilitan- rio e até mesmo dentro do governo. 30. f do nomeações de servidores, nem por substituição por 3. São três as diretrizes que devemos perseguir na 31. f aposentadoria, bem como impede reajuste dos venci- presente conjuntura. Para continuar avançando na 32. f mentos para garantir o seu poder de compra, portanto conjuntura é fundamental bloquear as iniciativas 33. f devemos reafirmar nossa posição contrária a aprovação conservadoras com a mobilização de massas e o 34. do mesmo. embate político na opinião pública. É fundamental 35. f Na campanha eleitoral passada e no início do se- destacar aquelas medidas do governo federal que 36. f gundo mandato, Lula e porta-vozes do governo nega- apontam para a superação da dependência e do ne- 37. f ram a necessidade de uma nova reforma da previdência oliberalismo. É necessário desde os movimentos 38. f (“não há déficit”), no entanto, no Fórum instalado pelo sociais organizados avançar na discussão progra- 39. f Ministério da Previdência se fazem sentir novamente mática de superação do neoliberalismo, de mudan- 102 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno 1. a de CUT Socialista e Democrática - CSD Resoluções » ças estruturais, com uma perspectiva socialista. sindical quanto as lutas populares e o MST, muito con- 2. a 4. Para tanto é necessário que a CUT firme alianças tribuíram para o novo momento político. 3. a com outros setores e organizações sociais (CMS Assim, é possível afirmar que a conjuntura que es- 4. a – Coordenação de Movimentos Sociais) com os tamos vivendo é resultado de uma acumulação política 5. a quais têm identidade no debate conjuntural. do campo democrático e popular na qual a CUT tem 6. a 5. É possível discutir com outros setores – para além um papel destacado. 7. a da CMS – acordos de mobilização pontuais, basea- O primeiro mandato do governo Lula começou em 8. a dos em pautas específicas e concretas. Porém, não 2003, sob o signo da reforma da previdência social, que 9. a devemos desconhecer as dificuldades dessa atua- implicou em perdas para diversos setores dos trabalha- 10. a ção unitária com setores cuja prioridade é a desle- dores do serviço público. Foi um símbolo negativo na 11. gitimação e o combate à CUT. “inauguração” do relacionamento do Governo Lula com 12. a 6. As mobilizações de 2007 mostraram que é a CUT os trabalhadores. Esse é um tema de grande importân- 13. a que tem condições de nacionalizar as campanhas cia para qualquer balanço do período. Porém, quando 14. f e mobilizações. Por isso, a CUT deve ser prota- se analisa o quadro geral, há diversos outros pontos que 15. f gonista central da construção do polo social por também merecem atenção, tais como: aumentos reais 16. f mudanças estruturais e em defesa dos direitos dos do salário mínimo; a maioria das negociações coleti- 17. f trabalhadores e do povo. vas resultou em aumentos reais de salários; instalação 18. f 7. Prioridades de atuação para os próximos meses de mesas nacionais de negociação; políticas como o 19. f são:* Mobilização nacional construindo a gre- “Bolsa-Família”, ao se desenvolverem como políticas 20. f ve geral pela manutenção do veto à Emenda 3, * de Estado estão ajudando a libertar o povo pobre dos 21. f contra a lei anti-greve para o funcionalismo, con- esquemas coronelistas nos grotões das regiões Norte / 22. f tra a PLP 01 e pelo direito à negociação coletiva Nordeste; impacto positivo sobre o nível de vida com 23. f do funcionalismo – ratificação da Convenção 151 a combinação de redução do preço da cesta básica, au- 24. f da OIT; * Campanha pela atualização do índice de mentos reais conquistados nas negociações coletivas, 25. f produtividade para avaliação das terras sujeitas à baixa inflação e acesso ao crédito. Esse impacto posi- 26. expropriação para fins da reforma agrária; * Cam- tivo foi sentido mais intensamente nos setores de bai- 27. f panha pela redução da jornada sem redução de sa- xos salários; redução do desemprego e um crescimento 28. f lários e pelo direito à organização sindical no local do emprego formal, mas, em geral, em ocupações com 29. f de trabalho;* Campanha pela anulação do leilão da baixa remuneração. 30. f Companhia Vale do Rio Doce. Para o movimento sindical o resultado mais frus- 31. f 32. f 33. f trante do primeiro mandato do Governo Lula é não ter POLÍTICA SINDICAL realizado nenhuma mudança na estrutura sindical no O movimento sindical sofreu violentos ataques sentido de avançar na liberdade de organização sindi- 34. durante o período neoliberal. Novas formas flexíveis 35. f de trabalho, qualidade total, trabalhadores multifuncio- O veto de Lula à Emenda 3, bloqueando uma medi- 36. f nais, terceirização e demissões marcaram o mundo do da que abriria as portas para a generalização da fraude 37. f trabalho. O que unificou a luta foi à resistência pela trabalhista e a perda de direitos, foi de grande impor- 38. f manutenção de direitos e um forte enfrentamento so- tância. Porém, boa parte da “base parlamentar do go- 39. f cial para derrotar o neoliberalismo. Tanto o movimento verno” votou a favor da Emenda 3 e está disposta a der- 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em cal. Educação 103 Caderno de CUT Socialista e Democrática - CSD Resoluções » 1. a rubar o veto. Precisamos mobilizá-lo para mantê-lo. peração do modo de produção capitalista. É fundamen- 2. a Durante o 1º Governo Lula ocorreu uma reestrutu- tal a unificação das campanhas salariais em torno às 3. a ração dos serviços públicos com: a) concurso público bandeiras do aumento real dos salários e pela redução 4. a em diversas áreas; b) aprovação de planos de carreiras da jornada de trabalho. Devemos pressionar para que a 5. a para os servidores federais. Porém, a negociação cole- lógica da economia seja da distribuição da renda e que 6. a tiva no serviço público que já deveria ter sido regula- seja esse o pilar da retomada sustentável do crescimen- 7. a mentada tem se arrastado. O PLP 001 (do PAC) coloca to econômico. 8. a um limitador no gasto público com pessoal, impossibi- A estratégia sindical deve responder a essa situa- 9. a litando nomeações de servidores, para substituição por ção reforçando duas linhas de atuação: a) fortalecer os 10. a aposentadoria, bem como impede reajuste dos venci- vínculos com outros movimentos sociais que organi- 11. mentos para garantir o seu poder de compra. E a pro- zam, em função de agendas não sindicais, segmentos 12. a posta da AGU para regulamentar o direito de greve dos importantes de trabalhadores/as que hoje se encontram 13. a servidores é, na verdade, uma regulamentação anti-gre- fora dos sindicatos. Essa é a tarefa principal que temos 14. f na Coordenação dos Movimentos Sociais; b) apoiar e ve, que busca proibir o direito constitucional. 15. f O reconhecimento das Centrais Sindicais é outro organizar alternativas econômicas autogestionárias de 16. f ponto fundamental na organização dos trabalhadores/ trabalhadores, pressionando para que o poder público 17. f as. As regras acordadas (de representatividade e finan- apóie essas experiências, sua implementação e disse- 18. f ciamento via imposto sindical) favorecem a fragmenta- minação. 19. f ção e burocratização e se constituem em novos obstá- 20. f culos para a conquista da plena autonomia e liberdade movimento sindical no próximo período, já iniciado: 21. f sindical. a) aprovar uma política nacional de valorização do Bandeiras a serem priorizadas pela CUT e todo o 22. f A correlação de forças atual no movimento sindi- 23. f cal repõe e potencializa velhos problemas. Setores do b) a redução da jornada de trabalho sem redução de 24. f movimento sindical não conseguiram se colocar como salários (para 40 horas semanais e com regulamen- 25. f alternativa de organização e direção da classe trabalha- tação das horas extras); 26. dora e tem aprofundado sua vocação divisionista. Pri- c) a formalização do trabalho - retirar milhões de tra- 27. f meiro, ocorreu à criação da Conlutas, pelo PSTU. Em balhadores da informalidade, sem alterar o padrão 28. f seguida, os setores ligados ao PSOL não conseguiram de direitos já conquistados; 29. f superar a cláusula de barreira do 9º Concut e forma- 30. f ram outra organização sindical, chamada de Intersin- 31. f dical. Mais recente temos a decisão da CSC de saída 32. f da CUT. 33. f salário mínimo; d) alterações constitucionais para garantir a liberdade de organização sindical; e) instituição de mecanismos de Democracia Participativa; As mobilizações recentes demonstraram o prota- g) democratização dos meios de comunicação; h) uma nova relação dos governos com os servidores 34. gonismo de nossa Central como construção do pólo 35. f social por mudanças estruturais e em defesa dos di- 36. f reitos dos trabalhadores e do povo, apresentando suas 37. f reivindicações de melhores condições de vida e traba- 38. f lho, mobilizando e pressionando o poder público e as O segundo mandato do governo Lula deve promo- 39. f organizações patronais, tendo como perspectiva a su- ver avanços na política educacional do país, tendo em 104 públicos. POLÍTICA EDUCACIONAL 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de CUT Socialista e Democrática - CSD Resoluções » 1. a vista o acúmulo histórico da luta dos educadores/as. O ponto alto será o debate das políticas educacio- 2. a Apesar dos avanços, as políticas educacionais aplica- nais na I Conferência Nacional da Educação Básica, 3. a das mantêm trava das políticas do governo anterior, a realizar-se em abril de 2008. É sine qua non a for- 4. a como a permanência do veto ao Plano Nacional de mação do Sistema Nacional de Educação com implan- 5. a Educação (PNE; 10/01/01), que previa a aplicação de tação de regime de colaboração efetivo entre os siste- 6. a 7% do PIB em Educação (em contraposição aos atuais mas de ensino estaduais e municipais, tendo como um 7. a 4,3%), além dos mecanismos de avaliação (Prova e dos instrumentos o financiamento da Educação. Para 8. a Provinha Brasil, SAEB, ENEM, ENADE etc.). Estas a regulamentação do regime de colaboração destaca- 9. a avaliações tornam-se improdutivas não só por aferir o mos o estabelecimento de mecanismos de fiscalização 10. a óbvio, mas por não servirem para a tomada de medidas e controle que assegurem o cumprimento da aplicação 11. sistêmicas que contribuam para a melhor formação, va- dos percentuais mínimos vinculados à manutenção 12. a lorização e qualificação dos/as educadores/as, além das e desenvolvimento do ensino; e de instrumentos que 13. a condições físicas de trabalho. Os resultados da Prova promovam a transparência na utilização dos recursos 14. f Brasil ou SAEB somados aos dados do Censo Escolar, públicos pelos sistemas de ensino e pelas escolas, para 15. f compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação toda a comunidade local e escolar. 16. f Básica (IDEB). O primeiro índice, divulgado dia 26 de 17. f abril do corrente, aponta a nota média de 3,8 nos anos nutenção e Desenvolvimento da 18. f iniciais do ensino fundamental; 3,5 nos anos finais; e e de Valorização dos Profissionais da Educação) em 19. f 3,4 no ensino médio. O IDEB precisa considerar outros 20/06/07, vem ao encontro de algumas das principais 20. f elementos participantes da qualidade do ensino (infra- reivindicações da nossa categoria, ao assegurar o finan- 21. f estrutura do ambiente, formação inicial e permanente, ciamento não só do ensino fundamental e da educação 22. f salários, gestão democrática). É preciso superar o fun- especial, que já havia, mas agora também da educação 23. f damento meritocrático e de ranking das avaliações. infantil, do ensino médio e da educação de jovens e Neste sentido, a sanção do Fundeb (Fundo de MaEducação Básica 24. f Como pontos positivos do PDE, podemos indicar adultos; ou seja, de toda a Educação Básica. 25. f a inserção do debate da Educação na agenda social e A aprovação do PSPN na Câmara dos Deputados 26. política do país, produto das lutas históricas da orga- é uma reivindicação histórica dos/as Profissionais da 27. f nização dos/as trabalhadores/as em Educação. Vemos Educação. 28. f ainda positividade na ênfase para com a Educação Bá- Ainda que o PL N°. 619/2007 se configure como 29. f sica, na adesão local e regional das metas, na extinção uma importante conquista ressaltamos que sua cober- 30. f do analfabetismo, entre outros. tura é insuficiente, pois essa seria a oportunidade para a 31. f O Programa Brasil Alfabetizado, agora incorpora- criação de um piso salarial nacional para todos/as os/as 32. f do ao PDE, prioriza a alfabetização através das institui- profissionais da educação básica. Reconhecemos que a 33. f ções e dos/as educadores/as públicos/as, o que também ação pedagógica é e deve ser desempenhada por todo 34. representa maior garantia de continuidade dos estudos os que fazem a Escolas e não apenas por professores/ 35. f pelos/as alfabetizados/as. as. Ou seja, o piso deverá ser extensivo a todos/as os/as 36. f A gestão democrática é um princípio fundamental 37. f para a qualidade da Educação, portanto, deve estar A proposta da CNTE contempla todos/as os/as 38. f associada à eleição direta para dirigentes escolares, algo trabalhadores/as em Educação. O piso proposto é de 39. f que ainda não ocorre em todos os estados da federação. R$1.050,00 para o nível médio e R$1.575,00 para o 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em funcionários/as da escola. Educação 105 Caderno de Resoluções » CUT Socialista e Democrática - CSD 1. a nível superior, para 30 horas/semanais e 30% de hora- as crianças, esperamos que os recursos do Fundeb sir- 2. a atividade. A CNTE mantém a proposta aprovada por vam à gradativa ampliação das vagas escolares para as 3. a suas instâncias deliberativas. crianças pequenas, nos três próximos anos de implan- 4. a tação. Outro Projeto de extrema importância para os avan- 5. a ços educacionais é o Projeto de Lei N° 6206/05 que Entendemos que a organização curricular e peda- 6. a torna todos/as os/as Educadores/as em Profissionais da gógica da escola deva estar centrada no processo de 7. a Educação. O Projeto foi aprovado na Câmara Federal e ensino e de aprendizagem, a implantação do ensino 8. a segue para tramitação no Senado. fundamental de nove anos leva-nos a repensá-lo em seu 9. a Também tramita no Congresso Nacional o projeto conjunto – saberes, tempos, métodos, sujeitos; ou seja, 10. a de Lei N° 1592/03 que institui Diretrizes de Carreira currículo como forma de encaminhamento e organiza- 11. para todos os Profissionais da Educação Básica Pública ção escolar, e não somente como listagem dos conteú- 12. a nas redes de ensino da União, dos Estados, do Distrito dos disciplinares. Para receber essas crianças, a escola 13. a Federal e dos Municípios, o que será fundamental no precisa reorganizar sua estrutura, seus conteúdos, suas 14. f ordenamento da vida funcional de todos os profissio- formas de avaliação, suas práticas pedagógicas, apro- 15. f nais disciplinando os mecanismos de evolução funcio- fundar a formação dos Profissionais. Enfim, a organiza- 16. f nal bem como a aplicação do piso salarial nos níveis ção, como um todo, do trabalho pedagógico. 17. f de ensino. Na primeira gestão do governo Lula houve uma pre- 18. f Nossa luta levou o Governo Federal a implementar ocupação em diminuir e/ou eliminar as desigualdades 19. f o trabalho de valorização dos Funcionários de Esco- raciais, étnicas, religiosas, de gênero e outras. Por esse 20. f las. O MEC, através do CNE – Conselho Nacional de motivo a política foi voltada para ações afirmativas que 21. f Educação criou a 21ª Área Profissional que compreen- são medidas especiais e temporárias tomadas pelo Es- 22. f de, dentre os/as Trabalhadores/as em Educação, os/as tado, como a aprovação da Lei N° 10.639/03 que inclui 23. f funcionários/as de escola. Na seqüência o MEC im- o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira 24. f plementou o Curso Profissional Técnico em Educação na educação básica em todas as escolas e redes. 25. f – Profuncionário. Vários Programas foram instituídos; entre eles o O programa Profuncionário consiste em capacitar PROUNI- Programa Universidade para Todos, o PEC- 27. f os/as educadores/as que exercem funções administra- G - Programa Estudante Convênio de Graduação, o 28. f tiva nas escolas das redes públicas estaduais e muni- Programa de consolidação das licenciaturas, Progra- 29. f cipais de Educação Básica. O programa oferece habi- ma de modernização e qualificação do ensino superior, 30. f litação, para os/as funcionários/as que já concluíram o Programa de recuperação e ampliação dos meios físicos 31. f Ensino Médio, em quatro áreas: Alimentação Escolar, das instituições de ensino superior, além de projetos e 32. f Gestão Escolar, Meio-Ambiente e Infra-estrutura Esco- políticas em diversas áreas são lançados. 33. f lar e Multimeios Didáticos. 26. O PROUNI (não é o REUNI) também prevê a É importante ressaltar mais uma vitória da organi- criação de novos campi e Universidades Federais, 35. f zação dos/as trabalhadores/as em Educação: o ensino ampliando o número de vagas na educação superior, 36. f fundamental de nove anos. Acreditamos que é um mo- interiorização da educação pública gratuita e combate 37. f vimento positivo em busca da qualidade na Educação às desigualdades. Prevê o aumento até 2010 de pelo 38. f que almejamos. Ainda que não haja garantia de vaga menos 30% da população na faixa etária de 18 a 24 39. f em creches e escolas de educação infantil para todas anos na educação superior, que hoje está restrita a 12%. 34. 106 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de CUT Socialista e Democrática - CSD Resoluções » 1. a Outro destaque é o sistema de cotas, onde estabelece-se como a vigilante disputa na busca da implementação 2. a cotas para estudantes de escolas públicas, negros, indí- do PSPN. Um outro aspecto relevante deste período 3. a genas e outros. foi à contribuição permanente com análise e subsídios 4. a Estes Programas causam bastante polêmica e deba- contribuindo para uma melhor intervenção das nossas 5. a te. Questiona-se o investimento na iniciativa privada, entidades de base, sem também perder de vista e estan- 6. a alegando que o dinheiro que o governo deixa de ar- do a frente de todas as ações e manifestações ocorridas 7. a recadar daria para investir na construção de mais uni- neste país que fossem em defesa da educação, dos di- 8. a versidades, mas isso se daria a longo prazo e a política reitos da cidadania, das políticas sociais, da soberania 9. a pretende obter resultados mais rápidos. Questiona-se nacional e em fim das lutas dos Trabalhadores. 10. a também a qualidade dos cursos ofertados pelas IES pri11. vadas, que podem aligeirar e/ou baratear a formação. Tivemos nestes três anos cada vez mais fortes, as mobilizações da Semana Nacional em Defesa e Pro- 12. a moção da Educação Pública e com participação efetiva 13. a BALANÇO POLÍTICO DA GESTÃO nas mobilizações nacionais coordenadas pela CUT. 14. f O avanço organizativo dos Trabalhadores em Edu- A CNTE esteve sempre atenta na defesa da educa- 15. f cação do Brasil tem a marca registrada da CNTE. Mas ção como direito, inclusive nos enfrentamento com o 16. f para tanto muitas lutas foram travadas ao longo dos MEC fazendo o contra ponto, a exemplo da derrubada 17. f anos, desde os primeiros passos da antiga CPPB - Con- da proposta de certificação pretendida pelo Ministério 18. f federação dos Professores Primários do Brasil nos anos além das disputas das políticas educacionais apresen- 19. f 60, passando pela incorporação em seguida dos pro- tadas. 20. f fessores secundários dos antigos ginásios, tornando-se O encontro realizado envolvendo as Secretarias 21. f CPB - Confederação dos Professores do Brasil período Jurídicas e o conjunto dos Advogados das afiliadas, 22. f em que consolidou-se como entidade federativa e como marcou um novo momento na relação da CNTE com 23. f principal via de organização do sindicalismo docente, as entidades, aperfeiçoando os mecanismos de troca de 24. f mesmo no período em que era proibida a sindicaliza- experiência nas demandas comuns da nossa base. 25. f ção para o funcionalismo público. Filiou-se à Central Um outro aspecto importante trata-se da retomada 26. Única dos Trabalhadores - CUT em 1987 e finalmente da formação através da Escola de formação que con- 27. f transformou-se na confederação de todos os Trabalha- juntamente com as afiliadas inicia um projeto de lon- 28. f dores em Educação chama CNTE. Em cada período de go prazo, que sem sombra de dúvidas será de grande 29. f gestão a intensidade das lutas aumenta em defesa de valia para o conjunto dos Trabalhadores em Educação 30. f uma educação que possibilitasse a sociedade melhor de todo País. O programa inicial está projetado para 31. f condições de vida. As lutas são permanentes nos obri- três anos, tendo como objetivo trabalhar um processo 32. f gando a cada instante estarmos atentos a ações mobili- de reflexão amplo a partir da relação entre as contri- 33. f zadoras que avancem no sentido de impedir a retirada buições acadêmicas, a pratica pedagógica concreta, os 34. de direitos da classe trabalhadora. desafios colocados para escola pública e a militância 35. f Nós contribuímos para que a CNTE dentro desta 36. f conjuntura fosse cada vez mais vigilante no acompa- 37. f nhamento permanente dos acontecimentos no Congres- Nestes três anos de atuação da CNTE nós da CSD 38. f so Nacional e nos diversos órgãos governamentais, a nos fizemos presentes contribuindo de forma proposi- 39. f exemplo a luta pela consolidação do FUNDEB, bem tiva e participativa, possível e permitida, na construção 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em política no atual contexto de transição e superação do neoliberalismo. Educação 107 Caderno de Resoluções » CUT Socialista e Democrática - CSD 1. a de mais um período da vida da CNTE como é nossa pio fundante como alternativa e combate ao capita- 2. a tradição, sendo assim consideramos o balanço desta lismo; » Buscar a solidariedade nacional e internacional, 3. a gestão positivo. 4. a Para fazer a CNTE cada vez mais forte e demo- estreitando relações de solidariedade, no campo da 5. a crática na defesa da educação e na representação dos luta de classe. A saída para os trabalhadores é inter- 6. a trabalhadores em educação é preciso, sem desconside- nacional; 7. a rar a legitimidade da maioria, criar instrumentos que » Defender ampliação da reforma agrária e urbana 8. a permitam dividir o grau de responsabilidade entre as e pela retomada da política de redistribuição de ri- 9. a forças eleitas para dirigir a CNTE. quezas nos países da América Latina e ouras regi- 10. a ões equivalentes do globo; O papel e a responsabilidade que a CNTE exerce hoje no conjunto da classe trabalhadora e dos movi- » Defender as riquezas naturais nacionais como pa- 12. a mentos sociais, nós impõe a cada instante estarmos trimônio nacional estratégico e lutar contra toda 13. a atentos e rigorosamente vigilantes para lutar contra tentativa de fragmentação ou privatização deste 14. f qualquer medida ou reformas que venham retirar di- patrimônio; 15. f reitos dos(as) trabalhadores(as), além de ampliar sua » Intensificar a pressão ao Congresso Nacional para 16. f intervenção juntos as nossas afiliadas no sentido de am- que aprovem a PEC sobre a aplicação da regra de 17. f pliar e consolidar novos direitos. Transição na aposentadoria do Magistério; 11. 18. f Portanto torna-se fundamental a ampliação a cada » Buscar as unificações das lutas, participando de 19. f dia de sua intervenção política sempre garantindo a forma concreta e efetiva das campanhas e mobili- 20. f participação plural consolidando assim, cada vez mais zações definidas e encaminhadas pela CUT Nacio- 21. f sua organização e democracia interna. nal e pela Coordenação dos Movimentos Sociais; » Lutar pela a ratificação das convenções da OIT: 22. f 23. f PLANO DE LUTAS 87(Liberdade e Proteção do Direito Sindical); 98 24. f A realidade mundial, o cenário constituído na Ame- (Direito de Sindicalização e Negociação Coletiva); 25. f rica Latina, estabelece um novo ciclo político democrá- 100 (Igualdade de Remuneração entre Homens e 26. tico que deve ser consolidado no sentido da construção Mulheres); 111 (Eliminação de toda Discriminação 27. f de um modelo de desenvolvimento alternativo ao proje- de Emprego e Ocupação); 135 (Proteção e Faci- 28. f to neoliberal. Sendo assim, a agenda dos trabalhadores lidade aos Representantes dos Trabalhadores na 29. f (as) pelo desenvolvimento concentra ações em quatro Empresas); 151 (Proteção ao Direito de Sindicali- 30. f âmbitos problemáticos: a desigualdade e a concentra- zação e Procedimentos para definir as condições de 31. f ção de renda; o desemprego e o mercado de trabalho; a Emprego no Serviço Público); 154 (Promoção de 32. f capacidade do estado em promover o desenvolvimen- Negociação Coletiva); 156 (Igualdade de Oportu- 33. f to; e a democracia e a participação social. nidade e de Tratamento para Homens e Mulheres); 34. Portanto reafirmamos princípios e ações que visam 158 (Proteção contra a Dispensa Imotivada); 35. f à construção de uma outra sociedade, e emancipação » Lutar pela redução da jornada de trabalho sem re- 36. f humana dos sujeitos. Neste sentido nossas ações e es- dução de salário e distribuição de renda e riqueza; 37. f tratégias devem-se pautar em: 38. f » Defender o socialismo: a construção de uma socie- 39. f dade em que a emancipação humana seja o princi- 108 » Luta pela ampliação do orçamento público para educação, saúde, habitação popular, e geração de emprego trabalho e renda; 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Resoluções » CUT Socialista e Democrática - CSD 1. a » Lutar pela manutenção do direito irrestrito de greve 2. a e respeito total a organização dos trabalhadores; » Defender irrestritamente a aplicabilidade da Lei n° 11.340/06 (Lei Maria da Penha) como instrumento 3. a » Lutar contra qualquer Reforma da Previdência que vital para a contenção da violência contra mulheres 4. a e a impunidade; aponte retirada de direitos; 5. a » Defender a construção e consolidação de um Sis- » Incentivar a criação de fóruns municipais, estadu- 6. a tema Nacional de Educação Pública na perspectiva ais e nacional a fim de construir uma política que 7. a dos Trabalhadores; garanta qualidade de vida ao idoso; 8. a » Contra os vetos do PNE, lutar pela derrubada dos 9. a mesmos; » Realizar cursos e debates para trabalhadores/as em educação aposentados/as sobre saúde, sexualidade, 10. a » Defesa intransigente do PSPN e Plano de Carrei- envelhecimento, aposentadoria, previdência públi- 11. ra para todos os Trabalhadores em Educação e do ca; 12. a custo-aluno qualidade compatível com a as neces- 13. a sidades educacionais; 14. f 15. f » Construir políticas sociais de inclusão das mulheres, contra a discriminação racial, em defesa do » Defesa de recursos públicos exclusivamente para a escola pública; meio ambientes e na defesa da livre orientação sexual. 16. f » Ampla discussão na categoria e na sociedade sobre 17. f reformulação curricular a fim de construir uma es- 18. f cola includente e sintonizada com as demandas do 19. f nosso tempo; » Ampliar e consolidar a organização das mulheres na organização de base e a nível nacional; » Lutar pela inclusão dos funcionários de escola como profissionais de educação do sistema educa- 20. f » Construção de um projeto pedagógico que oportu- 21. f nize uma educação crítica, questionadora da reali- » Lutar contra a desqualificação do trabalho do/a fun- 22. f dade, voltada para a transformação social e liberda- cionário/a de escola, feita através da terceirização 23. f de do indivíduo; e improvisação de outros profissionais nos setores cional; 24. f » Lutar por 10% do PIB para a educação e por am- 25. f pliação da vinculação federal de 18% para 20% e 26. desvinculação da DRU a fim de ampliar os recur- ESTATUTO 27. f sos destinados ao FUNDEB; ARTIGO 22 - ....... Acrescentar a secretaria de Fun- 28. f » Lutar para que os investimentos aplicados em edu- 29. f cação sejam abatidos do pagamento da dívida ex- 30. f terna das escolas;. cionários. POLÍTICAS PERMANENTES 31. f » Lutar pelo cumprimento do artigo 69 da LDB; pela Contra a opressão de Gênero, Etnia e a Explo- 32. f inclusão dos funcionários de escola como profis- ração de Classe: as mulheres do Brasil são as princi- 33. f sionais de educação em todos os textos legais que pais vítimas da pobreza, do salário mínimo de fome; da 34. embasam a organização do sistema educacional; ausência de políticas públicas, tais como saúde, edu- 35. f » Luta pela instituição, fortalecimento e afirmação cação, previdência e moradia. Constituem a maioria 36. f dos Conselhos Escolares autônomos e democráti- dos/as desempregados/as; ocupam o mercado de traba- 37. f cos; lho em maior número nas últimas décadas. A pesquisa 38. f 39. f » Luta contra as renúncias fiscais indiscriminadas e combate à sonegação; 30o Congresso Nacional Retrato da Escola 03, feita pela CNTE também revelou a predominância feminina na educação brasileira. dos Trabalhadores em Educação 109 Caderno de CUT Socialista e Democrática - CSD Resoluções » 1. a A maior participação da mulher num ou noutro nível casos de gravidez terminam em aborto, 1 milhão de 2. a de ensino está fortemente vinculada ao valor salarial abortamentos espontâneos e inseguros, com uma taxa 3. a e ao prestígio social. Por isso, a discussão de gênero de 3,7 abortos para 100 mulheres de 15 a 49 anos. Para 4. a deve se pautar nas relações de classe, gênero e etnia. tanto propomos: 5. a Em relação às funcionárias das escolas é mais explí- a) potencializar a escola como espaço de transforma- 6. a cito: o percentual de mulheres nos chamados serviços ção, rompendo com a lógica da reprodução capita- 7. a gerais e administrativos das escolas – merendeiras, tra- lista, patriarcal e sexista; 8. a balhadoras da limpeza, da biblioteca e secretaria – é b) dar visibilidade às lutas das mulheres na história, 9. a muito maior na relação professor/professora, não são através de materiais específicos sobre suas lutas no 10. a reconhecidas como educadoras pelo governo e socie- combate à pobreza, às injustiças sociais e pela par- 11. dade por desenvolverem um trabalho análogo ao traba- ticipação política nos espaços de poder, das repre- 12. a lho doméstico. Atuam sem formação profissional, não sentações de gênero e de suas lutas específicas, no 13. a há na Educação o Plano de Carreira, e nem concursos passado e no presente. Dar ênfase à divulgação das 14. f públicos. As mulheres devem lutar contra a opressão lutas das mulheres latino-americanas; 15. f patriarcal, combatendo o sexismo, exigindo espaço so- c) aprovar lei que puna administrativamente a prática 16. f cial e político, combatendo o capitalismo que sobrevi- do assédio moral no âmbito da administração pú- 17. f ve e reproduz a fome e a pobreza de mais da metade blica, sabendo-se que tais práticas vitimizam prin- 18. f da população mundial, reproduz a opressão, o racismo, cipalmente as mulheres; 19. f o machismo, a homo e lesbofobia, a xenofobia e tan- d) lutar para que o 21 de junho – Dia Internacional 20. f tas outras formas de intolerância. A violência é um dos da Educação Inclusiva e Não-Sexista, entre no 21. f maiores problemas enfrentado pelas mulheres brasilei- calendário escolar, fazendo a reflexão através de 22. f ras, fruto de condições sociais, econômicas e culturais debates, leitura de textos, atividades pedagógicas, 23. f profundamente desiguais, de corrupção e de uma tra- filmes, etc; 24. f dição de impunidade. A aprovação da Lei Maria da e) proporcionar espaços para a integração das traba- 25. f Penha - Lei N.º 11.340/06 - é uma conquista do mo- lhadoras em educação com a Marcha Mundial das 26. vimento e uma resposta para a situação de violência, Mulheres para socialização dos estudos bem como 27. f reconhecendo que é importante ter políticas específicas participar de suas atividades, reforçando o movi- 28. f que façam realmente o seu enfrentamento. É preciso mento feminista nacional e internacional; 29. f que sejam criados os Juizados Especiais da Violência f) lutar pela aprovação da aposentadoria das donas de 30. f Doméstica e Familiar contra a mulher em todas as Co- casa e inserir-se na defesa dos direitos das trabalha- 31. f marcas. É necessário criar e/ou melhorar o atendimento doras domésticas; 32. f nas Delegacias da Mulher; que sejam criadas as Casas g) participar da campanha pela revisão da legislação 33. f Abrigo e os Centros de Referência. Os municípios de- punitiva do aborto e pela garantia de assistência às 34. vem efetivar a adesão ao Plano Nacional de Políticas mulheres que necessitem interromper a gravidez, 35. f para as Mulheres definido na II Conferência Nacional como parte das ações do SUS. 36. f de Políticas para as Mulheres, em agosto de 2007. Relações Étnico-Raciais, Educação e Classe: os 37. f Outro tema importante é o aborto. Segundo dados educadores têm refletido sobre a necessidade de supe- 38. f do Ministério da Saúde, o abortamento é um grave pro- ração de construções ideológicas presentes na escola e 39. f blema de saúde pública brasileira. No Brasil, 31% dos na sociedade de legitimação das desigualdades raciais 110 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Resoluções » CUT Socialista e Democrática - CSD 1. a e sociais presentes na sociedade brasileira. Em nosso tes possam assumir com tranqüilidade a sua identidade 2. a país, a elite dominante produziu um conjunto de idéias étnico-racial. Neste sentido, o Coletivo Anti-Racismo 3. a com objetivo de justificar a escravidão e em seguida, a Dalvane Lellis deve priorizar sua atuação na imple- 4. a exclusão racial e social dos negros. Construções ideo- mentação da Lei N°. 10.639/03, do Parecer 03/04 do 5. a lógicas construídas também pela omissão de conteúdos Conselho Nacional de Educação, que tratam da obriga- 6. a históricos e culturais relativos à contribuição dos ne- toriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira 7. a gros no processo civilizatório da humanidade, presen- no currículo escolar. A nova legislação incluiu também 8. a tes ainda hoje no espaço escolar. A educação pode trazer o dia 20 de novembro “Dia da Consciência Negra” no 9. a contribuições importantes para a superação do racismo. calendário escolar. (((Realizar várias ações como: a) 10. a Para tanto, é preciso perceber que o racismo é resultado fortalecimento da intervenção da CNTE na luta contra 11. de justificações e classificações ideológicas, com o ob- as desigualdades sociais e raciais, b) fortalecer o debate 12. a jetivo de subjugação e exploração de força de trabalho. das relações entre educação, raça e classe no interior 13. a Constitui-se, enquanto forma de ideologia de domina- da categoria; c) refletir e sistematizar as experiências 14. f ção de uma classe sobre outra, dentro das relações de realizadas pelos educadores e educadoras relacionadas 15. f produção da vida material. Para avançar na direção de à implementação da Lei N°. 10.639/03; d) debater e 16. f relações sociais justas e igualitárias, a educação deve, aprovar encaminhamentos sobre a pauta do movimento 17. f necessariamente, desvelar as ideologias de dominação social negro, como estatuto da igualdade racial, lei de 18. f fundadoras da realidade brasileira. Assim, uma escola cotas, quilombolas etc. 19. f pública de qualidade, comprometida com os anseios Saúde dos/as Trabalhadores/as em Educação: 20. f dos trabalhadores deve ter como horizonte: o reconhe- É cada vez maior a quantidade de trabalhadores em 21. f cimento do problema racial como uma das formas de educação afastados do trabalho por problemas de saú- 22. f dominação de classe; o respeito às origens históricas e de. Os sindicatos estão em alerta, buscando intensificar 23. f manifestações culturais e religiosas das etnias dos es- ações de orientação e prevenção para que os educado- 24. f tudantes; o resgate da história de resistência dos povos res possam realizar seu trabalho com qualidade, saúde 25. f historicamente discriminados; a reflexão constante so- e prazer. A CNTE reivindica reajuste salarial compatí- 26. bre o racismo no cotidiano escolar; a constituição de vel, diminuição da carga horária, melhoria das condi- 27. f relações saudáveis entre negros e brancos repudiando ções de trabalho e uma reforma no ensino brasileiro. 28. f todas as atitudes preconceituosas presentes no ambien- Por traz destas medidas encontra-se a possibilidade de 29. f te escolar. E ainda: um ensino de história do Brasil que modificar a situação do adoecimento que vem acome- 30. f traga de forma crítica a participação de todas as etnias tendo um número cada vez maior de profissionais da 31. f constituintes da sociedade brasileira; a superação dos educação. Quando o tema é saúde dos educadores, o 32. f estereótipos presentes em livros didáticos que levam primeiro passo é conhecer a realidade enfrentada para 33. f a uma visão de inferioridade dos negros brasileiros; a que o quadro seja revertido. As queixas são infinitas: 34. história de resistência dos negros como constituintes da dores musculares, passando por alterações vocais e 35. f história de resistência do conjunto dos trabalhadores; distúrbios mentais. Não há educação de qualidade en- 36. f um processo de formação continuada para professores quanto o educador não tiver saúde. Nossa luta é para 37. f e funcionários tendo em vista a necessidade de uma que os problemas não aumentem ainda mais, e que os 38. f educação anti-racista e a valorização de todas as etnias trabalhadores não precisem se afastar de suas funções. 39. f presentes no ambiente escolar a fim de que os estudan- A mudança só será sentida quando todos os educadores 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 111 Caderno de Resoluções » CUT Socialista e Democrática - CSD 1. a estiverem conscientes de que as doenças estão relacio- Baez, Hermes Silva Leão, Saionara Cristina Boca- 2. a nadas ao trabalho. Os distúrbios de ordem vocal, por lon, Élide Bueno, Janeslei Aparecida Albuquerque, 3. a exemplo, não são reconhecidos como doenças ocupa- Maria Madalena Ames, José Ueldes Camilo, Sabi- 4. a cionais, é preciso fazer esta abordagem com os edu- na Turbay, José Valdivino de Morais, Edilson Apa- 5. a cadores, envolvendo os profissionais da área de saúde. recido de Paula, Luiz Carlos Paixão da Rocha, Ide- 6. a Articulando ações individuais/curativas com ações co- mar Vanderlei Becki, Silvana Prestes Rodacoswisk, 7. a letivas, de vigilância sobre os ambientes e processos de Sérgio Marson, Tomiko Faleiros, Arildo Ferrreira 8. a trabalho, considerando-se que os agravos à saúde do de Castro, Davina Bozina Armando, Kátia Regina 9. a trabalhador são potencialmente previsíveis e prevení- Nogueira, Maria Idalina Moraes Vieira, Ana Lúcia 10. a veis; garantia do direito à atenção aos trabalhadores ví- Santolini da Silva, Marly Marcusso de Brito, Rita 11. timas de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, Corsini Alves de Souza, Silvana Maria Lino, Ligia 12. a incluindo, além de outras, o tratamento, a recuperação Gnaspini Mafra, Vilma Terezinha de Souza Pinto, 13. a e a reabilitação física, psicossocial e profissional; ga- Valci Maria Mattos, Amâncio Luiz Saldanha dos 14. f rantia do direito à informação aos trabalhadores e suas Anjos, Maria Marlice Risso, Leandra Carvalho de 15. f entidades representativas sobre os riscos existentes nos Rosis, Sidineiva Gonçalves de Lima, Murilo Cé- 16. f ambientes e processos de trabalho e suas conseqüên- sar Erhig, Jane Márcia Madureira Arruda, Clotilde 17. f cias sobre a saúde; integrar-se e debater o Programa Santos Vasconcelos, Maria Vany Fernandes da Sil- 18. f DST/AIDS – Brasil, a ser desenvolvido em parceria va, Anderson Ferreira de Deus, Vilma Santos Cos- 19. f com os Ministérios da Educação e da Saúde, objetivan- ta, Maria Alzira Santos Laran, Edilson José da Sil- 20. f do a formação de dirigentes sindicais. va, Ednéia Oribika, Isabel Catarina Zollner, Dirceu 21. f 22. f Ferreira, Julia Maria Moraes, Roberto Piano, MiASSINAM ESTA RESOLUÇÃO guel Forlin, Jussara Aparecida Ribeiro, José Clau- 23. f EXECUTIVA DA CNTE - Milton Canuto de Al- dio Rech, José Carlos Correa dos Santos, Terezinha 24. f meida; Marlei Fernandes de Carvalho; Rejane Silva dos Santos Daiprai, Gilson Mezzaroba, Jianete Ri- 25. f de Oliveira; Diretoria Estadual do SINTEAL - beiro Neves de Souza, Luciano Fulanetto, Tatiana 26. Girlene Lásaro da Silva, Ivanilza Fabrício Coelho, Nanci da Maia, Paulo Afonso Ribeiro, Cesário Be- 27. f Ieda brito da Silva, Maria Inês da Silva Torres, Jail- nedito Pedro, Vera Lúcia dos Santos, Ana Cristina 28. f ton de Souza Lira, Darcir Acioly da Silveira, Maria Hammel, Solange Pilate Ribeiro, Juliana Andreuc- 29. f Consuelo Correia, Renilda de Albuquerque Nunes, ci, Nélson Antonio da Silva, José Ricardo Correa, 30. f Edileuza Vespasiano dos Santos, Celia Maria Hen- Ranildo Lima Ferreira, Edna Tereza Piveta, Ricardo 31. f rique Capistrano, Nilza Ribeiro Vilela, Maria Zélia José Fajardo, Joaquim Antonio de Oliveira, Augus- 32. f Pereira, Maria Salete da Silva, Jivanete Bernadino to Mochi, Maria Aparecida Genovês, Mariá Seni 33. f da Silva, Cicera Ferreira da Silva, Maria Apare- Vasconcelos da Silva, Claudemir Onofre Feltrin, 34. cida Castilho Balbino dos Santos, Maria Adilma Vilma Garcia da Silva, Elza Etelvina Bassfeld, Au- 35. f Lira Palmeira, Maria Inês Ferreira Praxedes, Marta renice Trentin Pinheiro, Márcia Kalinke, Cláudia 36. f Maria Queiroz de Moura, Maria Zelia Martins do Mara dos Santos, Samuel Antonio da Silva, Lirani 37. f Bonfim, Base: Maria José Odorico dos Santos, Le- Maria Franco, Sebastiana Ruiz Garcia, Liuz Felipe 38. f nilda Lima da Silva; APP-Sindicato - José Rodri- Nunes de Alves, Tereza de Fátima dos Santos Ro- 39. f gues Lemos -APP- PR, Miguel Angel Alvarenga drigues Lemos, Ivanir Wagner, Vera Rosi Lopes de 112 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de CUT Socialista e Democrática - CSD Resoluções » 1. a Morais, Juarez Karam Bernert, Marisa Pereira de 2. a Camargo, João Batista de Souza, Ivani Gonçalves, 3. a Áurea de Brito Santana, Célio Valter Mendes, Ná- 4. a dia Aparecida Brixtener Mendes, 5. a Marques Inácio, Ana Lúcia Pereira Bacon, Elza 6. a Consolin Felipe; CPERS/RS - Nei Sena, Antonio 7. a Branco, Tânia Freitas, Antonio Valdir Viana e Má- 8. a rio Willers, Rosa Maria Mosna, Marlene Catarina 9. a Stochero, Aládio Kotowski , Paulo Renato Dapper, 10. a Renato Mendes Jaques, Roberto de Andrade Perei- 11. ra, José Louis Sampaio, Maria Eulália do Nasci- 12. a mento; SINPRO/DF - Kleber Ribeiro Soares, Fer- 13. a nando Ferreira dos Reis; SISMMAC/PR - Beatriz 14. f Prado Gabardo, Diana Cristina de Abreu, Glau- 15. f celise Cordeiro de Brito, Simeri de Fatima Ribas 16. f Calixto, Alda do Perpétuo Monteiro Sampaio, Ana 17. f Denise Ribas de Oliveira; SINTE/RN - Fátima 18. f Cardoso, Fátima Costa, Marlene Moura, Luzinete 19. f Leite, Vera Messias, Miguel Salustiano, Domingos 20. f Sávio, Assis Silva, Rômulo Arnaud, Edvar Duarte, 21. f Lúcia Freitas; SINTEPP/PA - Raimunda do So- 22. f corro da Costa Barros, Antonio Tavares de Lima; 23. f SIND-UTE/MG - Neivaldo de Lima Virgilio, Ro- 24. f naldo Amélio Ferreira, América Maria Carvalho 25. f Silva, Rosangela Alecrim Barbosa, Francisco Nei 26. Pinheiro da Luz; APEOESP/SP - Celso Augusto 27. f Torrano, Sebastião Severino Neto. 30o Congresso Nacional dos Celso Wagner Trabalhadores em Educação 113 VOLTAR AO ÍNDICE Caderno de Enlace Sindical Resoluções » Enlace Sindical 1. a 2. a 3. a A região que assistiu à formação no Brasil, do PT, o 4. a CONJUNTURA INTERNACIONAL A situação global ainda é adversa para as lutas último grande partido de massas estruturado a partir da 6. a progressistas. Mas, ela vem conhecendo mudanças auto-organização independente de uma classe operária 7. a promissoras, devido ao atoleiro dos EUA no Iraque e fordista, o viu, a partir de 1990, abandonar as perspec- 8. a Afeganistão, à experiência frustrada das promessas da tivas de transformação social aderiu ao social-liberalis- 9. a globalização neoliberal e à consolidação de uma nova mo com a chegada de Lula ao governo. O povo latino- 10. a onda de mobilizações populares na América Latina. americano está em movimento. No México, zapatistas 11. e o forte levante em Oaxaca, a partir do movimento dos 5. a Ainda, o fortalecimento de China, Rússia e Índia am- 12. a pliou as contradições do sistema internacional. professores. Na Argentina, piqueteiros e assembléias 13. a As conclusões do Quarto Painel Intergovernamen- populares derrubaram vários presidentes. Na Bolívia, 14. f tal sobre Mudança Climática forçaram os governos a indígenas e camponeses em defesa da água e do gás 15. f reconhecerem que a economia capitalista, baseada em natural. No Brasil,a luta do MST, a resitência do fun- 16. f combustíveis fósseis, industrialismo, cultura do au- cionalismo e nos últimos anos inúmeras manifestações 17. f tomóvel, consumismo desvairado e desperdício, está , ocupações e greves. Nos principais países - Argentina, 18. f esgotando boa parte dos recursos naturais necessários Brasil, México - uma desindrustrialização acelerada, a 19. f para a sobrevivência da humanidade, eliminando parte reprimarização de suas economias e a desregulamenta- 20. f significativa da biodiversidade e provocando um aque- ção de seus merdados de trabalho. Este tripé é respon- 21. f cimento global, que solapa as condições para a sobre- sável pelo aumento da desigualdade social, devastação 22. f vivência, a médio prazo, de grande parte da população ambiental e aumento da violência. As indústrias locais 23. f humana. A decisão dos EUA e da União Européia de desarticuladas, passam a rearticular-se de forma depen- 24. f adotarem metas de utilização de biocombustíveis, so- dente nas cadeias globais de produção, orientando-se 25. f mando-se ao uso do petróleo (sem substituí-los) nos para a exportação. O setor de serviços, privatizado e 26. transportes, acelera a destruição das florestas tropicais desnacionalizado. O financeiro, dominado por bancos 27. f e, longe de atenuar o problema ambiental, provoca sua “europeus” e estadunidenses. A classe média, reduziu- 28. f escalada. O caráter irracional do capitalismo global é se diante da concentração de renda. 29. f hoje mais evidente do que nunca, ainda que o preço 30. f dessa percepção seja a multiplicação das catástrofes e 31. f da barbárie. As inúmeras lutas anti-neoliberais acumulam para a luta pelo Socialismo. CONJUNTURA NACIONAL 32. f A América Latina em busca de alternativas, vive 33. f uma forte reação popular aos efeitos da globalização A eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 34. neoliberal. Após duas décadas de políticas de ajuste es- no Brasil, em outubro de 2002, teve pelo menos três 35. f trutural, comandadas pelos organismos multilaterais e significados principais. Em primeiro lugar, represen- 36. f garantidas pelo governo dos Estados Unidos, vários pa- tou um repúdio da população brasileira às políticas de 37. f íses do continente buscam transformar a revolta inicial ajuste estrutural, conduzidas por oito anos de gestão de 38. f de seus povos em projetos alternativos ao neoliberalis- Fernando Henrique Cardoso. Em segundo lugar, era o 39. f mo, como na Venezuela, na Bolívia e no Equador. voto pela mudança do modelo econômico, que coroa- 114 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Enlace Sindical Resoluções » 1. a va uma trajetória de 22 anos de existência do Partido Collor e Fernando Henrique (1990-2002). Nestes pe- 2. a dos Trabalhadores. E terceiro, pela primeira vez em ríodos foram quebradas uma série de amarras legais, 3. a sua História, o Brasil elegia um presidente oriundo das tanto nos direitos socais consagrados na Constituição 4. a camadas populares, um operário. Cinco anos depois, de 1988, quanto às medidas de ordem financeira e na 5. a uma avaliação do governo Lula, do ponto de vista das privatização de ativos estatais. A segunda etapa, capi- 6. a mudanças estruturais, o governo não apenas manteve, taneada por Lula consiste em manter e aprofundar as 7. a como aprofundou o modelo neoliberal herdado. Os lu- diretrizes econômico-financeiras, desarticular o movi- 8. a cros dos bancos aumentaram significativamente, o país mento social e promover novas mudanças legais para 9. a segue comprometendo cerca de 40% de seu orçamento possibilitar a supremacia do capital financeiro. 10. a público - cerca de U$$ 70 bilhões, ou 8% do PIB - com 11. 12. a o pagamento dos juros e serviços da dívida pública. Neste ano, o fato que marcou a política nacional foi, mais uma vez, o escândalo da corrupção no Con- As reformas aprovadas no Congresso Nacional, gresso Nacional, mais especificamente, a absolvição 13. a por iniciativa do governo, se dão no sentido de desre- do Presidente do Senado Renan Calheiros, que está 14. f gulamentar e retirar direitos e garantias dos trabalha- atolado em várias denúncias de irregularidades. Por 15. f dores, enquanto criam um ambiente seguro e estável às acordão a maioria dos senadores, inclusive do partido 16. f grandes corporações. O investimento público caiu para do presidente, absolveu Renan, indo contra a opinião 17. f cerca de 0,5% do PIB. Na seara econômica, o governo pública nacional, já que estava evidente a sua respon- 18. f Lula repetiu os medíocres índices de crescimento de sabilidade a ponto de o relatório da Comissão de Ética 19. f seu antecessor - da ordem de 2,3% ao ano. Um ajus- indicar a sua cassação. 20. f te fiscal duríssimo destinou cerca de R$160 bilhões ao Na educação, o governo Lula lançou o PAC - Pro- 21. f ano para os serviços da dívida pública, mantendo um grama de Aceleração do Crescimento cujos investimen- 22. f corte de 40% no orçamento anual do Estado.No con- tos do setor público não representam nenhum aumento 23. f texto da América Latina, as empresas brasileiras ocu- significativo. Segue a política das PPPs (Parceria Pú- 24. f pam nichos de mercado cada vez maiores nos países blico Privadas) nos investimentos em infra-estrutura, 25. f vizinhos. É o caso da Venezuela, em que grandes obras para os quais o governo vai usar recursos do FGTS. 26. públicas, nas áreas de transporte e energia, são tocadas Pelo PAC os trabalhadores pagarão a conta novamen- 27. f por empreiteiras brasileiras. Desta forma, o Brasil não te. Congela os salários dos servidores públicos federais 28. f se atrita com seus vizinhos porque isso prejudicaria os para reduzir as despesas de pessoal em relação ao PIB a 29. f negócios. partir de 2008. O salário mínimo ao ser reajustado pela 30. f No caso do Mercosul. A aliança beneficiaria tam- inflação mais a variação do PIB de dois anos anteriores 31. f bém uma parcela importante do empresariado brasi- também é medida de contenção além de não alterar em 32. f leiro. O Brasil busca mercados, seja na América do nada a atual distribuição de renda no país. Se o reajus- 33. f Sul,seja na África e na Ásia.É isso que está em jogo na te desse ano tivesse sido por esta regra ele ficaria em 34. relação como EUA. No contexto interno ao Brasil, o R$367,00 e não R$380,00. Além, de criar um fórum 35. f governo Lula é danoso para a esquerda e para o movi- para discutir uma nova reforma da previdência. 36. f mento social. Ele desorganiza e semeia confusão entre A classe trabalhadora, cada vez mais explorada, 37. f partidos e entidades populares. Lula representa uma desempregada, vítima de violência com o agravamento 38. f segunda etapa da implantação do projeto neoliberal en- da crise decorrente dos ataques dos patrões e dos gover- 39. f tre nós. A primeira etapa se deu ao longo do governo nos, resiste como pode. No inicio do segundo mandato 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 115 Caderno de Enlace Sindical Resoluções » 1. a do governo Lula, os ataques que a classe trabalhadora a burocratização - visão de gerir o sindicato não mais 2. a e a classe média vêm sofrendo, têm provocado, muitas como uma representação de classe para fazer política 3. a reações. Novos setores foram à luta, como controlado- em defesa dos trabalhadores e da acomodação de mi- 4. a res de vôo denunciando a crise aérea. Médicos residen- lhares de dirigentes à ordem vigente e à idéia de que 5. a tes expondo a gravíssima crise da saúde pública. Em não há alternativas ao neoliberalismo. A outra, muito 6. a 2007 pipocaram várias greves, ocupações de reitorias pior, diz respeito às posições políticas que o campo 7. a nas universidades. majoritário vem impondo ao conjunto da Central - a 8. a Se é verdade que há reações do movimento social- domesticação e cooptação dos dirigentes sindicais para 9. a ainda que de forma defensiva- por outro lado, a di- a conciliação de classes. Exemplo disso já vinha ocor- 10. a reita tem respondido duramente querendo mais e mais. rendo nas câmaras setoriais, nas diversas tentativas de 11. A incipiente retomada das lutas sindicais tem recebido pacto social, nas negociações tripartites e permanentes, 12. a como resposta dos patrões, do judiciário, da impren- na dependência dos recursos do FAT e agora se conso- 13. a sa e do Governo Lula e governos estaduais, além da lida na participação nos fóruns do trabalho, da previ- 14. f ofensiva sobre nossos direitos, uma dura repressão e a dência. 15. f tentativa de impedir o exercício legítimo de direito de A Eleição de Lula em 2002, ao invés de trazer âni- 16. f greve - chamado de férias por Lula, no caso dos servi- mo à vanguarda e aos setores do movimento sindical, 17. f dores públicos. aprofundou os desvios com a opção de amplos setores 18. f Há uma crise nas organizações dos movimentos so- ligados ao PT, PC do B e PSB, que dirigem os sindica- 19. f cais provocada pelo trauma da adesão do governo Lula tos, federações e confederações, de dar sustentação ao 20. f ao modelo dos patrões. É desafio reconstruir o movi- Governo Lula, independente da política neoliberal que 21. f mento sindical combativo e apoiar todas as iniciativas o governo está aplicando. 22. f das lutas populares. E construir alternativas políticas Diante do governismo da CUT, houve uma disper- 23. f para nossa classe sob pena da desilusão, acomodação e são e fragmentação do movimento sindical. Amplos 24. f diminuição da resistência ao modelo neoliberal. setores pararam de contribuir financeiramente com a 25. f central; muitos desfiliaram seus sindicatos, federações 26. POLÍTICA SINDICAL e começaram a procurar uma nova alternativa. Resul- 27. f Unir todos os que querem lutar! tado disso foi a construção da Intersindical, da Conlu- 28. f A classe trabalhadora, apesar de inúmeros movi- tas e agora da Central Sindical Classista ( iniciativa do 29. f mentos, greves, rebeliões estudantis, continua na de- 30. f fensiva. E não tem uma articulação internacional, com Como parte desta ruptura e necessidade de reorga- 31. f exceção do Fórum Social Mundial, que é uma tentativa nização do movimento sindical, decidimos construir a 32. f de articulação dos lutadores anti-globalização capita- Intersindical, como instrumento de luta, organização, 33. f lista e por um Outro Mundo Possível. aglutinação e unificação da classe trabalhadora, dian- PCdoB). Além da crise de organização independente dos te da falência e esgotamento da CUT como ferramenta 35. f trabalhadores à nível internacional, com a chegada de autônoma, independente e capaz de mobilizar a classe 36. f Lula ao governo houve uma degeneração da CUT e da em defesa das suas reivindicações. 37. f ampla maioria dos dirigentes sindicais ligados à con- 38. f cepção do sindicalismo cidadão. 34. 39. f vimento social e da esquerda deve ser amplo, sem sec- Esta degeneração tem, pelo menos, duas causas: 116 A idéia de que o processo de reorganização do motarismos, respeitando a realidade dos diversos setores 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Enlace Sindical Resoluções » 1. a e os ritmos da luta de classes tem nos pautado nesta para impedir as contra-reformas em curso. 2. a conjuntura de fragmentação e dispersão. É preciso rea- É preciso unificar todos os que querem lutar! 3. a firmar os princípios de independência do Estado e pa- Por isso, propomos que a CNTE seja parte da cons- 4. a trões e autonomia dos partidos, resgatar as tarefas do trução do Dia Nacional de Paralisação contra os ataques 5. a movimento sindical, reafirmando a centralidade do tra- do governo à classe trabalhadora no primeiro semestre 6. a balho e da luta de classes e nos orientando pela política de 2008, precedido de mobilizações preparatórias nos 7. a mostrou-se adequada para o período. Estabelecer um estados, que está sendo organizado pela Intersindical , 8. a diálogo com os diversos setores do movimento social, pela Conlutas e outros setores. 9. a em particular o MST, a fim de construir uma platafor- Que a CNTE convoque uma semana nacional de 10. a ma unitária de luta, como a que esboçou os primeiros paralisação da Educação, superando a tradicional Se- 11. mana em Defesa e Promoção da Educação, que culmi- passos em 2007 com o Fora Bush nas manifestações do 12. a 08 de março. ne com este dia unificado. 13. a Fomos parte da organização do Encontro Nacional Propomos que este Congresso da CNTE aprove a 14. f contra as Reformas em 25/03/07 que reuniu 6 mil ati- sua desfiliação da CUT, para que cumpra o papel de ar- 15. f vistas sindicais, partidários e militantes socialistas, do ticular as lutas dos trabalhadores da Educação Básica, 16. f qual também participaram representações do MST, das com autonomia e independência. 17. f Pastorais Sócias. Uma iniciativa vitoriosa que marcou 18. f o primeiro semestre de 2007, incomodou a vacilação e POLÍTICA EDUCACIONAL 19. f o peleguismo da CUT/PT, e aprovou uma plataforma A Educação no Governo Lula é marcada pelos ajustes 20. f unitária de lutas para este ano. O Plano Nacional da Educação Brasileira comple- 21. f A construção do 1º de Maio de luta e classista, in- ta seus dez anos. Um dos principais pilares era o finan- 22. f dependente dos patrões e do governo Lula, ao contrário ciamento da Educação, dever do Estado, para garantir 23. f do que fizeram a CUT e a Força Sindical, foi também a Educação pública e qualidade, com investimentos da 24. f um marco em vários estados onde a Intersindical está ordem de 10% do PIB. No entanto, o governo federal 25. f organizada. não chegou a aplicar nem 4% . 26. O Dia Nacional de Mobilizações em 23 de Maio O Governo Lula, desconsiderando o PNE, os per- 27. f afirmou a possibilidade de construir um campo impor- centuais de investimento necessários, lança o Plano 28. f tantíssimo de luta contra as reformas, a política eco- de Desenvolvimento da Educação, desrespeita todo o 29. f nômica, as dívidas e em defesa da reforma agrária, da processo democrático de construção coletiva e de um 30. f moradia e de políticas sociais vigorosas. projeto para Educação Brasileira que leva em conside- 31. f E, agora em 24 de outubro, a grande e vitoriosa ração as mais diversas realidades e matizes das escolas 32. f Marcha em defesa dos Direitos dos Trabalhadores – públicas em nosso país, apresentando assim três eixos 33. f contra a reforma da previdência, os ataques aos direitos centrais: o Índice de Desenvolvimento da Educação 34. trabalhistas e o direito de greve, a corrupção- reuniu Brasileira – IDEB, o FUNDEB e o Piso Salarial Na- 35. f em Brasília mais de 15 trabalhadores e estudantes, mi- cional. 36. f litantes de partidos de esquerda de todo o país. Foi O IDEB estabelece através da “Prova Brasil” que 37. f a primeira e grande manifestação unificada de setores a partir de agora o país conta com um “ranking” de es- 38. f que se opõem, de fato, às políticas do governo Lula e tados, municípios, redes e escolas, que de acordo com 39. f de grande importância para a necessária mobilização a sua posição (nota) receberão mais ou menos recur- 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 117 Caderno de Enlace Sindical Resoluções » 1. a sos financeiros. Esta política torna explícita a lógica da até 2011, junto com a CPMF. É preciso que a CNTE 2. a de mercado através da comparação e da classificação, denuncie e combata esta política. 3. a tornando natural a exclusão e a punição. Retomada do Pensamento Marxista: Proposta de 4. a Elaboração de um Projeto Político para a Classe Com o FUNDEB, o financiamento da educação foi 5. a ampliado para educação infantil e ensino médio e as- Trabalhadora 6. a sim governos estaduais se desfazem das escolas e das A Classe Trabalhadora se constituiu num proces- 7. a obrigações constitucionais. A luta contra o desmonte da so histórico de formação da Sociedade Burguesa. Isso 8. a rede, tem que ser dar por uma ampla resistência dos ocorreu em função das novas Relações Sociais de Pro- 9. a educadores e da comunidade escolar. dução, com a divisão social do trabalho, mas, sobretu- 10. a O Piso Salarial Nacional de R$ 950,00 por 40h de do, com o surgimento de referenciais ideológicos a par- jornada de trabalho com implantação gradual até 2010 tir da Filosofia Socialista. O marxismo surguiu como 12. a inclui toda e qualquer gratificação que o profissional uma Teoria Social que estruturava a compreensão da 13. a receba, exclui o funcionário administrativo, não distin- luta de classe. 11. 14. f gue valores de acordo com as habilitações existentes e 15. f será reajustado nacionalmente pelo índice da inflação. O eixo teórico que serviu de base para a Teoria Marxiana foi o conceito de alienação “forjado” por He- 16. f O Piso, promove a desvalorização dos profissio- gel que, em Marx, ganha novo significado: deixa de ter 17. f nais da educação: não valoriza a carreira e não unifica uma conotação “espiritual” e passa a ter uma dimensão 18. f professores e funcionários. Não abandonaremos nossas social e histórica. 19. f bandeiras históricas pela valorização dos profissionais A crise que o chamado Socialismo Real sofreu nas 20. f da Educação e não aceitaremos ficar a reboque da po- décadas finais do século XX, não significou a inviabi- 21. f lítica Nacional que restringe qualquer possibilidade de lidade da Teoria Marxiana, mas da sua adulteração re- 22. f garantia de direitos e avanços futuros. alizada sob influência da lógica mecanicista e fatalista 23. f Passados dez anos, é notório o quanto a falta de da política soviética. Esqueceram do método histórico 24. f investimento afetou a Educação Brasileira: escolas sem e dialético, enrijecendo a estrutura teórica, perdendo a 25. f estrutura física e pedagógica, a não realização de con- dimensão crítica e assumindo uma postura dogmática. 26. cursos públicos e conseqüentemente falta de professo- Foi isso que impossibilitou as mudanças necessárias, 27. f res e funcionários, a municipalização, etc... Todos estes as alterações estratégicas que possibilitassem o desen- 28. f dados em acúmulo com a não renovação do quadro de volvimento de um processo histórico de construção de 29. f pessoal, a não construção de novas unidades escolares, novas Relações Sociais de Produção, de uma nova so- 30. f a política de contratações e terceirizações e a falta de ciedade. O principal erro foi as lideranças soviéticas 31. f gestão democrática acarretam o adoecimento dos edu- assumirem a postura de sujeitos enquanto a Classe 32. f cadores, por duas vias: a da Saúde e a do Assédio Mo- Trabalhadora foi “objetivada”, tornando-se “massa de 33. f ral. manobra”. Nosso principal objetivo é retomar o pen- 34. A política de ajuste fiscal dos últimos governos em samento socialista como eixo teórico de forma a ser- 35. f nosso país resultou que 20% dos recursos da Educação vir de ponto de recuperação da Subjetividade Histórica 36. f Pública ficaram com o sistema financeiro. Desde 2004 da Classe Trabalhadora. Para isso, precisamos romper 37. f R$ 72 bilhões foram desviados da Educação para a for- com a tolerância com os limites impostos pela Política 38. f mação do superávit primário, através da Desvinculação Neoliberal. Isso requer uma reelaboração de um proje- 39. f de Receitas da União – a DRU, que está sendo renova- to político alternativo de sociedade. 118 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno 1. a de Enlace Sindical Resoluções » É a partir da Esperança que se fundamenta um pro- Tese “Eu também educo” que cristalizou a importância 2. a jeto que leva o homem a superar a sua alienação do ou- dos funcionários administrativos enquanto educadores. 3. a tro homem (estranhamento) ou sua alienação do todo, Hoje no Brasil trabalham nas escolas da educação bási- 4. a ou seja a Humanidade (individualismo exacerbado). ca cerca de 1 (hum) milhão de merendeiras, serventes, 5. a Quando falamos em alienação nesse contexto, nos re- inspetores de alunos, agentes etc. Grande parte destes 6. a ferimos ao “estranhamento”, “não-identidade”, a perda trabalhadores(as) não possui o ensino fundamental, 7. a do sentido de coletividade. Assim, o homem alienado muitos não têm o curso elementar. Entendemos que a 8. a do outro homem é aquele que não se solidariza com o formação tem que ser continuada para todos os fun- 9. a outro, não o vê como companheiro, mas, como adver- cionários de escolas. E mais, exigimos que a formação 10. a sário. Ou aquele que alienado da sua dimensão huma- aconteça de forma presencial e dentro do horário de 11. trabalho, com redução da jornada e que seja obrigatória nitária perde-se, unicamente na perspectiva da promo- 12. a ção individual. Como, também, o homem alienado da 13. a natureza é aquele que “esquece” que é integrante dessa para todas as esferas de governo. Apoiamos com reservas o programa de formação 14. f mesma natureza que sua práxis alienada destrói. Dessa Pró Funcionário do governo Federal. Neste momen- 15. f forma precisa-se retomar as bandeiras de lutas da classe to, dezessete estados com aproximadamente vinte e 16. f trabalhadora esquecidas pelo “reducionismo do projeto cinco trabalhadores estão cursando o Profuncionário. 17. f neoliberal’ que restringiu as reinvidicações de “classe” Consideramos insuficiente. Cabe ao movimente com- 18. f à reinvidicações de “categorias”. Isso quer dizer que prar esta briga e exigir a universalização na formação 19. f as bandeiras sociais como por exemplo, a questão da educacional dos funcionários das escolas em todo país. 20. f política de cotas, tanto para os afrodescendentes, como Entendemos também que sendo o funcionário educa- 21. f para os alunos da rede pública, não terem um posicio- dor, os planos de carreira terão que ser unificados con- 22. f namento claro da nossa categoria. Não termos uma po- templando professores e funcionários, como já existe 23. f sição política debatidos sobre esse tema é no mínimo, em alguns municípios. Por fim o coletivo que assina 24. f uma postura de descaso. Outras bandeiras precisam ser esta tese repudia com toda a firmeza a política do go- 25. f retomadas como pontos cruciais como as questões da verno federal que cria através do Fundeb um piso sala- 26. falta de moradia, falta de segurança e outras que nos , rial nacional para os professores no valor de R$ 950,00 27. f direto ou indiretamente enquanto Classe Trabalhadora. para uma jornada de 40 horas. Exigimos cinco salários 28. f Funcionários mínimos para os professores e três salários e meio para 29. f No XXV Congresso Nacional da CNTE, em 1995 os funcionários de escola; retomar com urgência a luta 30. f em Porto Alegre, o conjunto de funcionários de escolas unificada, o Fórum Nacional em Defesa da Educação 31. f de todo o país aprovou um manifesto sobre a necessi- Pública e a realização dos CONEDs. 32. f dade de formação e concursos dos trabalhadores, assim Diante de todos os ataques e a conseqüente preca- 33. f como a criação do Departamento Nacional de Funcio- rização que a Escola Pública vem sofrendo; da política 34. nários da Educação (DEFE) ligado à secretaria de Polí- do MEC de realizar conferências de educação setori- 35. f tica Sindical da CNTE. Isto representou um avanço no zadas, se faz urgente a aprovação por este congresso 36. f trabalho e na representação nos Estados, possibilitando que a CNTE assuma a tarefa de rearticular o Fórum 37. f a criação de um coletivo nacional, que ampliou a resis- Nacional em Defesa da Educação Pública – da Básica 38. f tência aos ataques dos diversos governos contra a Edu- e Superior, de articular a convocação de um novo CO- 39. f cação Pública em todo Brasil. Em 1998 escrevemos a NED para 2008, para retomar as bandeiras já aprovadas 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 119 Caderno de Enlace Sindical Resoluções » 1. a pelos setores sociais brasileiros comprometidos como R$ 950,00 e que ameaça a destruir os atuais planos de 2. a ensino público, em contraponto ao que os governos fa- carreiras, que foram conquistados ao longo de diver- 3. a zem com o movimento Todos pela Educação em parce- sas lutas dos profissionais da educação nas décadas de 4. a ria com a iniciativa privada. 1980/90. Além do rebaixamento a proposta exclui os 5. a professores aposentados e os funcionários administra- Além desta articulação política é necessário que 6. a este congresso aprove a convocação, pela CNTE, de tivos de qualquer política salarial. 7. a uma Semana Nacional de Paralisação da Educação, su- Novamente,como acontece em todos os anos, em 8. a perando a tradicional Semana em Defesa e Promoção vários estados nossa categoria deflagrou processos de 9. a da Educação, articulada com o Dia nacional de Para- lutas de resistência através de greve. Em 2007 foram 10. a lisação que está sendo organizado pela Intersindical e 10 estados. Greves que experimentaram forte repres- 11. são dos governos estaduais, do PSDB ao PT de Jaques Conlutas para o primeiro semestre de 2008. 12. a Wagner, na Bahia; multas, ameaças aos dirigentes sin- 13. a BALANÇO POLÍTICO DA GESTÃO dicais. Nesse caso a CNTE denunciou e repudiou a ati- 14. f Falta autonomia política à CNTE tude destes governos. Porém, não articulou, mais uma 15. f A CNTE representa a organização do todos os tra- vez, uma luta unificada que conseguisse denunciar que 16. f balhadores da educação básica em nosso país. A maio- a política de ataques ao direito de greve é dos gover- 17. f ria da direção da Confederação tem se posicionado de nos estaduais e do Governo Lula. As ações promovidas 18. f forma inequívoca em apoio ao governo Lula. Ou seja, Semana da Educação, Dia Nacional de Luta são insu- 19. f é uma maioria governista. Em 2003 quando foi enviada ficientes, desproporcionais à necessidade de enfrenta- 20. f para o Congresso Nacional a Reforma da Previdência mento às políticas desses governos. 21. f de Lula, a oposição forçou a executiva da CNTE a to- Agora, diante de mais ameaça de nova Reforma da 22. f mar a iniciativa de mobilizar os sindicatos da educação Previdência a CNTE limita-se a defender a política da 23. f básica contra a reforma, pois o funcionalismo público CUT, de expandirmos os benefícios previdenciários, 24. f se tornou o bode expiatório dos problemas do déficit com o que temos acordo, mas não denuncia esse novo 25. f da Previdência. Essa iniciativa de chamar a categoria ataque do Governo Lula e dos patrões. 26. a pressionar o governo e o parlamento só foi possível A tarefa dos trabalhadores em educação que não 27. f graças ao atropelo das bases, dos professores e funcio- abrem mão da luta em defesa da Educação e pelos di- 28. f nários contra a maioria da direção. reitos dos educadores é se unificar para construir uma 29. f A CNTE além de não cumprir a tarefa de unificar nova direção para a CNTE, que seja autônoma, com- 30. f a luta dos trabalhadores em educação no país, se li- bativa e de luta. Esse é o desafio a ser levado ao Con- 31. f mita a audiências com o MEC, através do ministro da gresso da Confederação em janeiro. Achamos que a 32. f Educação e também de ex-diretores da CNTE que se CNTE, se colocada no caminho correto, pode ser uma 33. f encontram no governo Lula e com alguns parlamenta- importante ferramenta de articulação da luta dos profis- 34. res governistas no Congresso Nacional. A sua posição sionais da educação em nível nacional. 35. f em relação ao Piso Salarial Nacional (PSN) é ambígua 36. f e ao mesmo tempo de um valor rebaixado para uma PLANO DE LUTAS 37. f jornada semanal de trinta horas. A maioria da CNTE 1. Defesa da Educação Pública 38. f em momento algum denunciou o governo Lula, que a) Rearticular o Fórum Nacional em Defesa da Edu- 39. f quer impor um piso salarial de 40 horas semanais de cação Pública e propor a organização de um novo 120 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Enlace Sindical Resoluções » 1. a CONED em 2008, antes da Conferência de Edu- Consideramos de fundamental importância que a 2. a cação Básica do MEC, exigindo o adiamento da CNTE, além das políticas permanentes em que já vem 3. a mesma para que a sociedade civil organizada e os atuando, passe a formular e propor ações em temas que 4. a movimentos sociais, de forma autônoma, apresen- nesta realidade tem significativa relevância e necessi- 5. a tem políticas ao governo, a exemplo do que ocor- dade de intervenção social. 6. a reu com os CONEDs realizados que elaboraram 7. a propostas para o Plano Nacional de Educação. Apresentamos duas políticas, que assumem, atualmente caráter prioritário e até estratégico, para os luta- 8. a b) Retomar a luta pelo investimento de 10% do PIB dores, os socialistas. 9. a a) Defesa do meio ambiente:uma questão de vida! na Educação Pública; 10. a c) Luta por valorização profissional dos trabalhadores 11. em educação, salário e carreira; O capitalismo implica necessariamente uma relação predatória e irracional com a natureza. Logo, a 12. a d) Reconhecimento dos Funcionários de Escola como luta ambientalista conseqüente é e só pode ser uma 13. a Profissionais da Educação através da alteração da luta anticapitalista. No estágio atual do imperialismo 14. f lei federal que regulamenta a matéria, ou seja, a tal compreensão é ainda mais importante, pois a repro- 15. f LDB em seu Título VI , Artigos 64 e 67, pela in- dução ampliada do capital exige o aprofundamento da 16. f clusão dos Profissionais da Área de Apoio como destruição da natureza. E as conseqüências desastrosas 17. f Profissionais da Educação e suas carreiras. desse sistema se fazem sentir por todo o globo e de ma- 18. f 2. Defesa dos Direitos dos Trabalhadores neira mais aguda nas regiões mais exploradas. 19. f Dia Nacional de Paralisação Unificado, de todos os O governo Lula radicalizou sua opção agro-expor- 20. f trabalhadores, no primeiro semestre de 2008, contra as tadora. Apoiando-se na decisão de Bush de difundir o 21. f reformas previdenciária, trabalhista, sindical e o fim do uso do etanol nos EUA, aposta na expansão das mo- 22. f direito de greve. noculturas industriais (cana, mas também soja, milho 23. f Convocação de uma Semana Nacional de parali- e eucalipto), que transformarão o campo brasileiro em 24. f sação da Educação que se articule como Dia Nacional um imenso deserto verde. A cultura da cana ameaça a 25. f De Paralisação proposto pela Intersindical, Conlutas e sobrevivência do Pantanal e as madeireiras, a pecuária 26. outros setores do movimento. e a soja atacam de vários lados a Amazônia. Transfor- 27. f 3. Solidariedade com todas as lutas populares, da mar o etanol no carro-chefe das exportações brasilei- 28. f juventude, dos trabalhadores a nível local, nacio- ras supõe mais desmatamento, poluição de trabalho e 29. f nal e internacional. continuidade da expulsão da população do campo para 30. f 4. Defesa da soberania e autodeterminação dos po- 31. f vos. Repúdio às intervenções patrocinadas pelos 32. f EUA, a intervenção brasileira no Haiti. cidades, engrossando as legiões de desempregados. Mas o etanol é mais um crime ambiental de um governo que liberou o cultivo dos transgênicos, iniciou a 33. f 5. Luta em defesa do meio ambiente e da vida. faraônica transposição do Rio São Francisco, autorizou 34. 6. Defesa do Socialismo como única forma de supe- a construção de várias hidroelétricas de enorme impac- 35. f ração do perverso sistema capitalista, da barbá- to social e ambiental e aprovou uma Lei de Conces- 36. f rie e da destruição do planeta. são da Exploração das Florestas Públicas que o Ibama 37. f não tem a mínima condição de fiscalizar, prenunciando 38. f mais destruição e apropriação privada da biodiversida- 39. f POLÍTICAS PERMANENTES 30o Congresso Nacional dos de. Entre 2000 e 2005, o Brasil perdeu mais de 130 mil Trabalhadores em Educação 121 Caderno de Enlace Sindical Resoluções » 1. a km² de florestas, equivalente a área somada de Portu- – Regional I; Bluma Salomão – Regional III; Thaís 2. a gal e Holanda. O Brasil é hoje, devido as queimadas Rodrigues – Volta Redonda; Wíria Alcântara - Re- 3. a na Amazônia, o quarto maior emissor de gás carbônico gional I; Adriano Dos Santos – Itatiaia; João Batis- 4. a do planeta. Ao considerar as preocupações com o meio ta Da Silva – São Pedro D´Aldeia; Carlos Eduardo 5. a ambiente como “entraves ao desenvolvimento”, o go- Giglio – Volta Redonda; Armindo Lajas – Regional 6. a verno Lula apenas verbaliza sua opinião: um modelo VII; Eva De Jesus Ferreira – Regional V; Roberto 7. a econômico predatório, baseado na devastação ambien- De Paulo – Cabo Frio; Valdir Vicente – Nova Igua- 8. a tal, que terá fôlego curto em um mundo que caminha çu; Paulo César De Souza – Regional VIII; Nair 9. a para uma catástrofe ecológica global. Schocair – Volta Redonda; Flávio Alves Serafini 10. a Neste sentido, a CNTE deve se apropriar do debate – Niterói; Edna Couto – Regional V; Rogério Ali- sobre ecologia e colocar entre suas principais bandeiras mandro – Regional I; Veraci Alimandro – Regio- 11. 12. a a defesa do planeta, da humanidade e da vida. nal I; Inalda Alice Pimentel Do Couto – Regional 13. a b) Defesa das cotas na Universidade: um chamado VII; Luciana Mello – Regional II; Pamella Passos 14. f contra a intolerância. Deusdará – Regional III; Adriana Freitas – Regio- 15. f A defesa histórica que fazemos da Universidade nal III; Denise Brasil – Regional III; Márcia Guer- 16. f Pública e Gratuita para todos – entendidos os filhos dos ra – Regional III; Jorge Sorriso – Regional VII; 17. f trabalhadores como prioridade, deve ser reafirmada. Marcelo Sant´Anna – Regional VII; Sônia Rabaço 18. f No entanto, uma política que está na ordem do dia – Regional VII; Kátia Botelho – Regional VII; Ana 19. f – a defesa das Cotas Raciais e para estudantes oriundos Cristina Landi – Regional VII; Dulcineia de Lima 20. f da escola pública, precisa ser assumida com farsa, por- Pereira - Regional VII; Miriam Pinheiro - Regional 21. f que os setores conservadores, a elite não toleram essa VII; Andrea Cassa – Regional IV; Maria Angéli- 22. f conquista parcial nas universidades brasileiras. ca Sardela de Menezes - Regional IV; Rosangela 23. f A Confederação deve assumir, a solidariedade a Mendes da Silva - Regional IV; Lílian Gondim de 24. f esta luta e esta bandeira tem que ser levada ao Fórum Oliveira - Regional I; Marcio Antonio Guimarães 25. f Nacional de Defesa da Educação Pública. Aguiar - Regional II; Celso Brites - Regional II; 26. 27. f Telma Luzemi – Regional I; Zilda Maria Barbosa ASSINAM ESTA RESOLUÇÃO dos Santos - Regional II; Márcia Eliane Medeiros 28. f Rio de Janeiro - Maria das Dores P. Mota (Dodo- da Silva - Regional II; Alexandre Fonseca – Valen- 29. f ra); Danilo Serafim; Sérgio Paulo Aurnheimer Fi- ça; Waldir Nascimento – Valença; Samir Resende 30. f lho; Ivanete da Silva; Marcelo Sayão; Lândia Tava- – Valença; Cláudia Teles – Valença; Paulo César 31. f res; Bruno Deusdará; José Navegantes; Maria José Romão da Silva – in memoriam; Paula Leal 32. f De Mello (Zezé);Romário – Japeri; Sirley Antunes; – Valença; Wilson Pires – Valença; Dulce da Silva 33. f Marcos Aurélio R. Gandra (Mineiro); Ilza Brum; Figueira – Itaguaí; Willians Machado Ramos – Ita- 34. Mário Sérgio Martins; Cássia Estelina De Mora- guaí; Glória Nunes – Itaguaí; Marilia Neves – Ita- 35. f es; Wilton Porciúncula Alves; Maria da Conceição guaí; Eduviges Silva – Itaguaí; Luiza Tereza Caval- 36. f (Sãozinha) – Volta Redonda; Alcebíades Teixeira canti – Regional I; Dalila Velasco – Itaguaí; Jussara 37. f (Bid) – Regional I; Marlene Maia – Conceição de Costa Oliveira – Regional I; Márcia Gaúcha – Re- 38. f Macabu; Adolfo Wagner – Regional VIII; Maria gional I; Maria Angélica da Gama Cabral Coutinho 39. f Oliveira da Penha – Seropédica; Hiller Santana – Regional III; Erodice Teixeira Garcia – Regional 122 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Enlace Sindical Resoluções » 1. a I; Glória Maria Bittencourt Pereira – Costa do Sol; cia Siqueira; Genilza Azeredo; Lígia Rathye; Neli 2. a Belkiss Cristine Freitas de Lemos – Costa do Sol; de Souza Kummer; Alzira Maria Carini; Joice Ma- 3. a Tales Marins Duarte – Costa do Sol; Eliete Dalva ria Fernandes; Débora Ibraima Ferreira; Raquel de 4. a da Silva – Costa do Sol; Jorge Cezar Gomes Maia Abreu Rates; Ivelci Benedetti Pimentel; Valdemar 5. a – Mesquita; Glaucio Douglas da Silva da Cruz – Roberto Biolchi; Silmara Hoffmann Stédile; Os- 6. a Mesquita; Carmen Lúcia de Paula – Mendes; Anias valdo Correia do Prado; Maria Lúcia Vargas Filho; 7. a Geovane Lota Maia - Cachoeiras de Macacu; Ca- Odete Mirian Dutra; Noeli do Prado Castro; Belo- 8. a cilda da Silva - Cachoeiras de Macacu; Cleusineia ni Salete Bergamo; Sonia Carniel; Jacilda Biazuz; 9. a Figueira Machado de Santana - Cachoeiras de Ma- José Pedroso Ribas; Maristela Colombelli; Maria 10. a cacu; Niézia Pereira Quirino Nolasco - Cachoeiras Salete Neis; Nehita Teres Rocha; Emilton Faccin; 11. de Macacu; Nelsinéa Fonseca Salvaya - Cachoeiras Adriana Cristina Gomes; Lucia Medianeira Paim 12. a de Macacu; Jussara Henrique – Cachoeiras de Ma- de Almeida; Marilene Roos Brião; Rosemary Sal- 13. a cacu; Iraci Bernardo – Cachoeiras de Macacu; Ma- danha da Silva; Wilma Cidade Guimarães; César 14. f rina Ines do Nascimento – Volta Redonda; Eliléia de Oliveira Telles; Márcio Cristiano da Silva; Luis 15. f Oliveira – Porciúncula; Gilda Maria – Porciúncula; Felipe Gonçalves; Evanice Pacheco; Marli Sirlei 16. f Jussara Ferreira Nunes dos Reis – Volta Redonda; dos Santos; Nanci de Mello; Marlei Maria Fátima 17. f Maria das Graças Alves Ricca – Volta Redonda; Turski; Ana Maria Talini Zambiasi; Gláucia Loci 18. f Angela Santiago – Conceição de Macabu; Isa Ma- Guedes; Filícia Nunes da Silva; Cláudia Freitas da 19. f ria da Silva – Barra Mansa; Altair de Araujo Ro- Silva; Luis Jardim; Sandra Luisa (POA); Carmem 20. f hem – Itaocara; Fernando Sérgio dos Santos – Ita- da Silva Alves; Julieta – E. Porto Alegre; Cergi 21. f ocara; Maria Nildes Siqueira Gonçalves – Itaguaí; Regiani Rodrigues; Cleuza Souza dos Santos; 22. f Verônica Abreu – Itatiaia; Eliane Santos – Itatiaia; São Paulo - Edson Carneiro ( Índio). 23. f Marcos Vagner – Itatiaia; Paula Maria Lopes da 24. f Silva – Resende; Simone Pereira – Itatiaia; Joseana 25. f Babusek – Itatiaia; Teresa Valim – Itatiaia; Dalva 26. Mendonça – Itatiaia; Juvenil Osvaldo Marques 27. f – Campos; Darci da Penha Pereira – Seropédica; 28. f Maria de Fátima da Silva – Seropédica; Mauro 29. f Fernandes – Seropédica; Arlete Lauria de Bar- 30. f cellos – Seropédica; Angelina Lauria de Barcellos 31. f – Seropédica; Daniela Abreu – Magé; Rosilene Al- 32. f meida; Guaraci – Regional V; Rio Grande do Sul 33. f - Neiva Lazzarotto; Cleonice Salete Boeira Bao; 34. Gleci Maria Hoffmann; Juliana Correa; Marli K. 35. f da Silva; Vera Regina Serpa; Maremy de Quevedo; 36. f Alexandra Sholant; Tânia Tonial; Carlos Bennech; 37. f André Luis Correia da Silva; Margarida P. Meire- 38. f les; Luciene Barcelos; Dalva Maria Porto; Neidi 39. f Weschenfelder; Ranir dos Santos Rodrigues; Már- 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 123 VOLTAR AO ÍNDICE Caderno de Oposição de Luta Resoluções » OPOSIÇÃO DE LUTA 1. a 2. a Em defesa dos serviços e servidores públicos! Greve geral para barrar as reformas de Lula/FMI! 3. a 4. a 5. a CONJUNTURA INTERNACIONAL » NÃO PAGAMENTO DA DÍVIDA EXTERNA! Como conseqüência da crise econômica, da ocupa- » ABAIXO OS PLANOS DO FMI/BANCO MUN- 7. a ção do Afeganistão, Iraque e Palestina, os governos dos DIAL E GOVERNOS LATINO-AMERICANOS! 6. a 8. a EUA, Inglaterra e Israel estão em crise. 9. a » TODO APOIO ÀS LUTAS DOS TRABALHA- Essas crises dos governos imperialistas podem dar 10. a um alento à luta dos trabalhadores de todo o mundo. 11. No Iraque está colocada a possibilidade da derrota dos 12. a EUA. DORES LATINO-AMERICANOS! » ABAIXO OS GOVERNOS BURGUESES! POR GOVERNOS OPERÁRIOS E CAMPONESES! » PELA FEDERAÇÃO SOCIALISTA DOS PAÍSES 13. a Também na América Latina estão ocorrendo mui- 14. f tas mobilizações contra os governos de turno que conti- 15. f nuam atacando os direitos sociais e trabalhistas. DA AMÉRICA LATINA! » FORA AS TROPAS IMPERIALISTAS DO AFEGANISTÃO E DO ORIENTE MÉDIO! 16. f A região passou recentemente por um processo 17. f em que vários governos foram derrubados pelo movi- » TODO APOIO À RESISTÊNCIA ARMADA 18. f mento de massas, o que chegou a ameaçar os regimes CONTRA O IMPERIALISMO NO AFEGANIS- 19. f democrático-burgueses. No entanto, com o apoio das TÃO E ORIENTE MÉDIO! 20. f direções traidoras, a burguesia conseguiu enganar os » TODO APOIO AO IRÃ! 21. f trabalhadores e canalizar a insatisfação para o terreno » PELA DESTRUIÇÃO DO ESTADO DE ISRA- 22. f eleitoral. » PELA DERROTA DOS EUA NO IRAQUE! EL! 23. f Mas a paciência do movimento de massas, que foi 24. f iludido, mas não derrotado, começa a dar sinais de estar 25. f se esgotando, já que os governos eleitos não vêm aten- 26. dendo suas reivindicações mais imediatas. » PALESTINA SOCIALISTA! » PELA FEDERAÇÃO SOCIALISTA DOS PAÍSES ÁRABES!. CONJUNTURA NACIONAL 27. f O petróleo e seus derivados continuam sendo fun- 28. f damentais como fonte de energia e motivo de disputas Quando os índices das Bolsas de Valores expuse- 29. f em nível mundial o que está provocando uma corrida ram a crise da economia norte-americana e suas reper- 30. f armamentista. Não existe outro motivo que move a cussões pelo mundo, os Bancos Centrais dos EUA, Eu- 31. f guerra no Iraque, que está se espalhando feito rastilho ropa, Japão, Austrália lançaram bilhões de dólares no 32. f de pólvora pelo Oriente Médio. mercado no sentido de estancar as perdas dos fundos 33. f Os bilhões anunciados pelos EUA para diversos de ações. 34. países do Oriente Médio tem o objetivo de comprar No entanto, essa tarefa não está sendo fácil, pois os 35. f setores da burguesia árabe para que possam controlar EUA já começam a sentir as conseqüências da inadim- 36. f o movimento de massas dos seus países e sirvam de plência dos norte-americanos que hipotecaram suas 37. f contensão a governos e grupos que sejam hostis à pre- casas. Essa crise dos EUA se espalha para vários ou- 38. f tensão do imperialismo de exercer o controle da região tros setores econômicos que têm vinculação direta com 39. f como, por exemplo, o governo atual do Irã. imobiliário. É por isso que Bush anuncia a implantação 124 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Oposição de Luta Resoluções » Agenda do governo: ataque aos trabalhadores 1. a de um “refinanciamento” das hipotecas. Lula e sua equipe econômica se apressaram em A agenda econômica de Lula tem como centro a 3. a afirmar que o Brasil estava imune às essas turbulências aplicação de uma série de medidas contra os traba- 4. a internacionais. Apesar de todas as declarações sobre o lhadores em geral e contra os servidores públicos, em 5. a crescimento da produção industrial do Brasil, os dados particular. Estão previstas para serem apresentadas ao 6. a concretos apontam para a manutenção dos índices de Congresso, ainda este ano, a terceira Reforma da Pre- 7. a desemprego, para um aumento nas importações de má- vidência, a Reforma Trabalhista, a Regulamentação do 8. a quinas e, sobretudo de insumos, peças e componentes. Direito de Greve e mais uma série de ataques. Outro 9. a Com isso, o país fica cada vez mais dependente tecno- fator de descontentamento são os salários arrochados 10. a logicamente. dos funcionários públicos. 2. a Contraditoriamente, o Ministro da Fazenda, Guido A Reforma Sindical, por exemplo, irá regulamen- 12. a Mantega, afirmou que o fim da CPMF ameaça o equi- tar a gerência do Estado nos sindicatos e centrais e 13. a líbrio das contas públicas, frente a essa crise. E, as in- criminalizar o direito de greve. Tal reforma facilitará 14. f dústrias e o próprio governo já falam numa redução da a vigência do negociado sobre o legislado, abrindo o 15. f produção e na possibilidade de se ultrapassar a meta caminho para a Reforma Trabalhista que, pretende aca- 16. f fixada para a inflação. bar com direitos como a licença maternidade, férias de 11. trinta dias, etc. 17. f O governo Lula está diante do problema de ter que 18. f cumprir uma agenda política e econômica determinada A terceira Reforma da Previdência tem vários pon- 19. f pelo FMI/Banco Mundial, em meio de uma crise insti- tos de acordo entre os governos Federal, Estaduais e 20. f tucional parlamentar. Municipais. Todos retiram direitos conquistados - au- 21. f Lula-lá e os 40 ladrões mento no tempo de serviço, contribuição e idade mínima para a aposentadoria; fim da aposentadoria especial 22. f O STF (Superior Tribunal Federal) acatou o pedido 23. f de processo contra 40 pessoas envolvidas no chamado 24. f “escândalo do mensalão” entre elas, representantes do Através do PAC, Lula vai retirar mais dinheiro 25. f governo, como o ex-Ministro da Casa Civil e “homem- das áreas sociais. O mesmo acontece com o PAC da 26. forte”, José Dirceu, e Luis Gushiken; ex-dirigentes do Educação, que reduz verbas das Instituições Públicas 27. f PT, como José Genuíno, Delúbio Soares e Silvio Pe- e, estabelece como fator para a distribuição de recursos 28. f reira, respectivamente presidente, tesoureiro e secretá- e pagamento dos salários, a avaliação de desempenho 29. f rio-geral. Todos são acusados de envolvimento com as das escolas e dos professores. 30. f negociatas do empresário Marcos Valério. das mulheres e dos professores, etc. Lula aplica a risca os planos do FMI, governando para a burguesia e imperialismo com o aval do Con- 31. f Por diversas vezes inúmeras provas têm sido apre- 32. f sentadas envolvendo órgãos e empresas do governo no 33. f esquema. Lula disse e repetiu que não sabia de nada e Enxuga o estado, retira direitos e abre as portas 34. todo mundo finge acreditar para preservar a figura da- para as parcerias público-privado. Paga a dívida exter- 35. f quele que tem conseguido gerenciar tão bem o Estado na e deixa de investir nos serviços sociais para gerar o 36. f brasileiro, a serviço dos interesses capitalistas nacio- superávit primário. 37. f nais e internacionais. Collor sofreu “impeachment” por 38. f bem menos. gresso. É por isso que assistimos neste primeiro semestre uma onde de greves nos serviços públicos, pois esses mesmos ataques se expressam também para os servido- 39. f 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 125 Caderno de Oposição de Luta Resoluções » 1. a res estaduais e municipais. dicatos ligados a ela se transformou em funcionários 2. a Os trabalhadores estão reagindo a esses ataques, do governo e das estatais. Incorporando-se ao governo 3. a com greves no setor privado e, principalmente, entre os de Frente Popular, esses burocratas materializam uma 4. a servidores públicos dos Estados e Municípios. política de colaboração de classes que já defendiam nos 5. a sindicatos. Da mesma forma, os dirigentes das outras A classe trabalhadora da cidade e do campo tem 6. a que se organizar contra o governo, os patrões e seus centrais sindicais dão seu apoio ao governo Lula. 7. a planos. Só através da luta direta é que poderemos bar- Com exceção da Conlutas e da Intersindical, todas 8. a rar as privatização e as reformas. NÃO HÁ OUTRO as novas centrais sindicais criadas este ano, que reúnem 9. a CAMINHO SENÃO A GREVE GERAL! as antigas, participam do governo Lula. 10. a Por isso defendemos: 11. Todas essas direções vêm impedindo a unificação e » CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA; generalização das lutas, impondo acordos rebaixados, 12. a » CONTRA A REFORMA; entregando direitos e negociando a Reforma Sindical 13. a TRABALHISTA!CONTRA A REFORMA SIN- e Trabalhista dentro do Fórum Nacional do Trabalho, 14. f DICAL!; um organismo formado por governo, empresários e tra- 15. f » CONTRA A REFORMA TRIBUTÁRIA!; balhadores. Abrindo mão da independência dos sindi- 16. f » NENHUMA RESTRIÇÃO AO DIREITO DE catos e aceitando a ingerência do Estado, do governo e 17. f GREVE!; dos patrões. 18. f » CONTRA O PROJETO QUE TRANSFORMA A construção da Conlutas serviu, de um lado, para 19. f AS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS EM FUNDA- deixar a CUT de mão-beijada para a Articulação e o PC 20. f ÇÕES!; do B; e de outro, para aumentar a divisão do movimen- 21. f » FIM DAS PRIVATIZAÇÕES!; 22. f » REESTATIZAÇÃO, SOB CONTROLE DOS Não é a primeira vez que o PSTU adotou esta po- 23. f TRABALHADORES, DE TODAS AS EMPRE- lítica. Sua direção deveria fazer um balanço da cons- 24. f SAS QUE FORAM PRIVATIZADAS!; trução da Federão dos Metalúrgicos de São Paulo. Foi 25. f 26. 27. f 28. f 29. f 30. f 31. f 32. f 33. f 34. to operário, popular e estudantil. » CONTRA O PAGAMENTO DAS DÍVIDAS EXTERNA E INTERNA!; cos de São José dos Campos, Campinas e Limeira para » ESTATIZAÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO, SOB CONTROLE DOS TRABALHADORES!; » GREVE GERAL PARA BARRAR AS REFORMAS DE LULA/FMI!; se contrapor à traição da FEM-CUT, de acordo com as direções desses 3 sindicatos. Qual foi o resultado dessa nova entidade? Nenhum. Nas últimas campanhas salariais não conseguiram se unificar nem entre eles. » POR UM GOVERNO OPERÁRIO E CAMPONÊS!; Estamos diante de uma política deliberada das atuais direções sindicais de dividir cada vez mais o movi- » Brasil socialista, numa américa latina socialista!. mento sindical, na perspectiva de garantirem seus próprios aparatos sindicais para manterem seus privilégios de burocratas. 35. f 36. f uma entidade criada a partir dos sindicatos metalúrgi- POLÍTICA SINDICAL A política das direções da Conlutas e da Intersindi- 37. f A garantia da governabilidade de Lula vem sendo cal é de colaborar com a direção da CUT. Ou seja, de 38. f dada também pelas direções sindicais dos trabalhado- forma indireta dão sustentação a um governo burguês 39. f res, pois boa parte dos dirigentes da CUT e dos sin- aliado a Bush, que aplica os planos do FMI. A contra- 126 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Oposição de Luta Resoluções » 1. a dição é que essas direções se postulam enquanto oposi2. a ção ao governo Lula. 3. a cima das velhas direções traidoras e colaboracionistas. Esse é um alento para aqueles que há muito tempo Em nenhum momento, durante os atos de 23 de vem defendendo a necessidade da unificação de todas 4. a maio, a CUT, a Conlutas e a Intersindical levantaram as lutas rumo à greve geral para barrar as Reformas de 5. a a necessidade da greve geral. O chamado que fizeram Lula/FMI. 6. a foi de preparar manifestações para o 2º semestre em Defendemos 7. a Brasília. Ou seja, a velha e surrada pressão parlamen- Somos categóricos, através da pressão parlamentar 8. a tar. E assim foi, dia 15 de agosto a CUT marchou com os trabalhadores não irão impedir a votação de nenhu- 9. a 20 mil pessoas, a Conlutas, a Intersindical e o PC do ma das reformas e medidas que o governo Lula/FMI e 10. a B também marcharam, com 16 mil pessoas, no dia 24 a burguesia querem. 11. de outubro, em Brasília. Todas são unânimes contra o É necessário organizar os trabalhadores, a partir da 12. a chamado à greve geral e qualquer outra unificação das unificação das lutas, numa greve geral para derrotar es- 13. a lutas. sas reformas. 14. f Agora, CUT (Central Única dos Trabalhadores), E para isso teremos também que derrotar todas as 15. f Força Sindical, assim como as novas centrais, CGTB direções burocráticas, imobilistas e traidoras. E exigir 16. f (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), Nova democracia nas assembléias e comandos eleitos na base 17. f Central e UGT (União Geral dos Trabalhadores), frente para garantir a mobilização e a vitória. 18. f às lutas dos servidores públicos, se vêem obrigadas a A divisão das lutas do movimento também estão se 19. f afirmar serem contra as reformas “que retirem direi- expressando na construção desses aparatos. E é preciso 20. f tos”. Uma adaptação de sua política anterior de negar dar uma basta a essa política de fragmentação da orga- 21. f a existência das mesmas. No entanto, continuam com nização e luta dos trabalhadores! 22. f a política de pressão parlamentar através de marchas e Por isso defendemos 23. f atos públicos. A CENTRALIZAÇÃO DE TODAS AS LUTAS 24. f A direção do PC do B decidiu sair da CUT e ressus- DOS TRABALHADORES PARA LUTAR CONTRA 25. f citar a antiga Corrente Sindical Classista (CSC) para OS ATAQUES DO GOVERNO E DOS PATRÕES. 26. ter maior poder de barganha caso decida ingressar em PARA ISSO É UMA NECESSIDADE DO MOVI- 27. f alguma dessas outras centrais. Isto porque o governo MENTO OPERÁRIO A CONSTRUÇÃO DE UMA 28. f negociou com as centrais a liberação de R$ 120 mi- ÚNICA CENTRAL SINDICAL E O CAMINHO PAS- 29. f lhões em 2007, para aquelas que estejam dentro dos SA, HOJE, PELA UNIFICAÇÃO DE TODAS AS 30. f critérios estabelecidos para a Reforma Sindical. CENTRAIS SINDICAIS NUMA SÓ CENTRAL. 31. f A Conlutas (PSTU e satélites) chama publicamen- 32. f te, além da Intersindical (PSOL), a CSC para se unifi- 33. f carem numa única central e, dessa forma, chegar aos Os noticiários das emissoras de TV, durante o re- 34. critérios estabelecidos para receberem parte desse di- cesso de julho de 2007, acompanharam a greve nacio- 35. f nheiro. Tudo indica que o PC do B não vai aceitar esse nal dos professores do Peru contra a Avaliação de De- 36. f chamado. sempenho que permite que o professor seja demitido se POLÍTICA EDUCACIONAL 37. f Cresce no conjunto dos trabalhadores o sentimento 38. f de unificação de todos os setores em luta. E, de forma Lula, para mostrar que segue o receituário do Ban- 39. f embrionária, parte do movimento começa a passar por co Mundial e dar o exemplo aos governadores e pre- 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em após três avaliações for considerado insuficiente. Educação 127 Caderno de Oposição de Luta Resoluções » 1. a feitos, já apresentou a restrição ao direito de greve dos das, licenças médicas, etc. 2. a servidores públicos, bem como enviou ao Congresso XVIII – fixar regras claras, considerados mérito e de- 3. a um Projeto de lei que flexibiliza as relações trabalhistas sempenho, para admissão e exoneração de diretor 4. a em nove setores da administração pública, entre eles os de escola. 5. a hospitais, TV pública, ciência e tecnologia e previdên- A partir deste artigo, o diretor não faz mais parte 6. a cia complementar de servidores. Esse projeto permite da carreira da docência abrindo espaço para que outros 7. a a contratação de funcionários públicos sob regras da profissionais, não educadores, sejam diretores de esco- 8. a CLT, e determina a avaliação de desempenho dos mes- la. ( PL nº ____ - artigo 4 – do governo da prefeitura 9. a mos. Não podemos esquecer que a terceira Reforma da municipal de São Paulo) 10. a Previdência faz parte da agenda de Lula. XXVII – firmar parcerias externas à comunidade esco- 11. Como se isto não bastasse, Lula lança um grande lar, visando à melhoria da infra-estrutura da escola 12. a ataque à Educação Pública ao apresentar o PDE (Plano ou a promoção de projetos socioculturais e ações 13. a de Desenvolvimento da Educação, através do Decreto educativas. 14. f do Executivo nº 6.094 de 24 de abril de 2007) – chama- XXVIII – organizar um comitê local do Compromisso, 15. f do de “Plano de Meta Compromisso Todos pela Educa- com representantes das associações de empresá- 16. f ção (implementado pela União Federal em colaboração rios, trabalhadores, sociedade civil, Ministério Pú- 17. f com Municípios, Distrito Federal e Estados). blico, Conselhos Tutelares, e Dirigentes do sistema 18. f Dentre as metas apresentadas algumas são bastante Educacional público, encarregado da mobilização 19. f interessantes da sociedade e do acompanhamento das metas de 20. f XIII – Implementar plano de carreira, cargos e salários evolução do IDEB. 21. f para profissionais da educação privilegiando méri- 22. f to, a formação e a avaliação de desempenho; Estes artigos propõem a privatização do Ensino Público através das terceirizações nas áreas de infra- 23. f XIV – valorizar o mérito do trabalhador em educação, estrutura (vigilância, limpeza, secretaria) e das ONG’s 24. f representado pelo desempenho eficiente no traba- nas áreas socioculturais, ou seja, dinheiro público para 25. f lho, dedicação, assiduidade, pontualidade, respon- a iniciativa privada. 26. sabilidade, realização de projetos e trabalhos espe- Dois exemplos de implementação do PDE podem 27. f cializados, cursos de atualização e desenvolvimen- ser observados no estados de São Paulo. Serra lançou 28. f to profissional. um plano de 10 metas para a Educação, bem como 10 29. f XV – dar conseqüência ao período probatório, tornan- 30. f do o professor efetivo estável após avaliação, de 31. f preferência externa ao sistema educacional local; 32. f Estes três artigos propõem claramente o desempre- dações do Banco Mundial para os serviços públicos e 33. f go aos trabalhadores em educação através da avaliação acompanham os projetos que, os governos de vários 34. de desempenho. Isto significa: o fim do funcionalismo países imperialistas e, também da América Latina, vêm 35. f público na educação, porque o período probatório está adotando. 36. f vinculado a esta avaliação; fim das carreiras pois, me- Entre as medidas anunciadas por Serra, é impor- 37. f diante a avaliação teremos salários, vantagens, gratifi- tante citar duas delas 38. f cações diferenciadas; imposição de jornadas estafantes 1. Implementar a reforma do Ensino Médio com a 39. f e fim dos direitos conquistados, tais como faltas abona- adoção de uma ou mais modalidades de habilitação 128 medidas que, segundo a Secretária Estadual de Educação irão garantir que essas metas sejam alcançadas. As ações anunciadas vão de encontro às recomen- 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Oposição de Luta Resoluções » 1. a técnica profissionalizante e que será articulada ao muitos colegas ao ouvirem as notícias divulgadas sobre 2. a ensino profissionalizante em 20% dos cursos no- a Educação Pública fazem uma leitura errônea delas. A 3. a turnos, a partir de 2008, em parceria com o Centro principal é aquela que se baseia na informação de que 4. a Paula Souza e que inicialmente será oferecida a existe um déficit de 100 mil professores no Brasil para o 5. a modalidade “técnico em administração” integrada Ensino Médio. A partir daí, chegam à seguinte conclu- 6. a ao ensino médio. são: “Estão faltando professores, então o governo não 7. a A diversificação curricular do Ensino Médio é a vai me demitir” ou “O governo não pode me demitir se 8. a implantação da Reforma que irá retirar, como mínimo, há falta de professores”. Ledo engano! Estamos sendo 9. a 25% das nossas aulas e introduzir as parcerias com a alvos de um imenso ataque e se não enfrentarmos os 10. a iniciativa privada (Sistema S, por exemplo) para a ofer- governos estaduais, municipais e o Federal, seremos as 11. próximas vítimas. ta de cursos profissionalizantes nas dependências das 12. a escolas públicas. Atenção: essas aulas não serão admi- Defendemos que este congresso vote: 13. a nistradas pelos professores da rede pública. » CONTRA O PDE! 14. f De acordo com a SEE, também serão instituídas » CONTRA O REUNI! 15. f “parcerias com o setor privado para assegurar certifi- » CONTRA A AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO! 16. f cações parciais em computação” e “certificações em » CONTRA A REFORMA DO ENSINO MÉDIO! 17. f língua estrangeira”. Serão conseqüências imediatas: » CONTRA A REORGANIZAÇÃO DO EJA! 18. f introdução nos currículos da disciplina computação » CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA! 19. f (retirando assim aulas das atuais); possibilidade dos » GREVE GERAL NA DEFESA DE NOSSO EM- 20. f alunos cursarem língua estrangeira e computação fora 21. f da escola pública e redução do número de aulas de in- 22. f glês disponíveis para os professores. 23. f 2. Serra, se apoiando nos artigo XIII, XV e XVIII do Grandes mobilizações ocorridas recentemente na 24. f Decreto do Executivo nº 6.094 de Lula, irá utilizar América Latina têm sido protagonizadas pelo funcio- 25. f o Saresp e Prova Brasil para implantar a avaliação nalismo público e particularmente pelos setores da 26. de desempenho e alterar o Plano de Carreira Saúde e Educação que reúnem o maior número de tra- 27. f Haverá também AVALIAÇÃO DAS UNIDADES ES- balhadores. 28. f COLARES, na qual será computado até o gasto mensal com Isso se dá em razão de que cada vez mais os gover- 29. f telefone, energia elétrica, água. E, nesses casos, o desem- nos estão se desobrigando de garantir direitos sociais 30. f penho melhor é daquela unidade que apresentar consumo básicos aos trabalhadores e seus familiares, como edu- 31. f mínimo... cação e saúde públicas, gratuitas e de boa qualidade. PREGO, DIREITO E SALÁRIOS! BALANÇO POLÍTICO DA GESTÃO 32. f Somos categóricos, a avaliação de desempenho está É a busca do tal “Estado mínimo”. Para isso suca- 33. f sendo introduzida com uma única intenção: possibilitar teiam esses setores, cortando ou não repassando ver- 34. a rápida demissão dos servidores públicos. No caso dos bas; não realizam concursos e adotam uma política de 35. f professores é visível, pois num curto espaço de tempo, arrocho salarial e corte de direitos do funcionalismo 36. f com a total implantação da Reforma do Ensino Médio, (terceirizações, novas formas de contratação, aumento 37. f ao mesmo tempo em que privatiza as escolas públicas na idade para aposentadoria, etc). Avançam nos ataques 38. f poderá demitir os professores se utilizando a lei. ao instituir as avaliações de desempenho, passo inicial 39. f Nossos empregos estão em jogo. Infelizmente, 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em para as demissões. E estabelecem leis que impõem res- Educação 129 Caderno de Oposição de Luta Resoluções » 1. a trições ao direito de greve. Isso ocorreu em Honduras, Enquanto os trabalhadores realizavam estas lutas, 2. a Nicarágua, Bolívia, Peru e outros países. a direção da CNTE apoiou todas as propostas apresen- 3. a tadas pelo governo federal, se limitando a propor algu- Na Argentina, trabalhadores de dezenas de centros 4. a de saúde municipais da grande Buenos Aires se uniram mas modificações através da pressão parlamentar. 5. a aos do Hospital de Garrahan, Clinicas, Francês e Po- Além disso, centralizou toda a discussão no Piso 6. a sadas realizando manifestações unitárias, exigindo au- Nacional, comemorando sua aprovação, sem se pro- 7. a mento salarial, mais verbas e denunciando as péssimas nunciar, e muito menos lutar contra, o ataque aos di- 8. a condições de trabalho e a impossibilidade de garantir reitos conquistados que estão embutidos na aplicação 9. a um atendimento de qualidade à população. deste Piso. 10. a No Brasil, o setor que mais se mobilizou foi o fun- O mais grave, ao não apontar a necessidade da luta cionalismo público, principalmente em Educação e direta contra os planos do governo, a direção da Confe- 12. a Saúde. Basta o exemplo dado pelo site da CNTE, no deração ajuda os governos estaduais e municipais (que 13. a primeiro semestre de 2007 os trabalhadores em edu- tem 10 anos para aplicar o Piso Nacional) a acabar com 14. f cação em, pelo menos 10 estados da união (PE, PB, nossa carreira e aumentar o desemprego na Educação 15. f AL, MA, GO, RJ, RN, AP, RO, BA), fizeram mais de Pública. 16. f 10 dias de greve, quase todas no mesmo período, sem Por isso defendemos 17. f contar as mobilizações e paralisações ocorridas nos ou- PISO DO DIEESE POR 20 HORAS vinculado a: 18. f tros estados. » Nenhuma avaliação de desempenho; 19. f » E a direção de nossa Confederação, que política » Estabilidade no emprego; 11. 20. f 21. f 22. f 23. f 24. f 25. f 26. » Plano de carreira com evolução funcional; adotou frente a estas lutas? » Infelizmente, chamou marcha, pressão parlamen- » Concursos públicos; » Máximo de 25 alunos em sala de aula; tar, dia nacional de luta. Mas para que? » Unificar as lutas para uma greve geral dos trabalhadores em educação? NÃO! » Aposentadoria especial para os trabalhadores em educação; » Lutar contra os ataques promovidos pelo PDE de » Contra as ONG’s na educação; » Contra as terceirizações e privatizações. Lula? NÃO! 27. f » Lutar contra as 10 metas do Serra? NÃO! 28. f » Lutar contra a reestruturação do Kassab? NÃO! 29. f » Lutar contra o sucateamento da educação públi- O Plano de Lutas que iremos propor ao XXX Con- 30. f ca promovido pelo PSDB no Rio Grande do Sul? gresso terá por objetivo organizar, para o primeiro tri- 31. f NÃO! mestre de 2008, a Greve Geral dos trabalhadores em 32. f 33. f 34. » Lutar contra a escola de tempo integral de Belo PLANO DE LUTAS Educação contra os planos de Lula/FMI. Horizonte? NÃO! » Lutar contra a ilegalidade da greve em Pernambu- ESTATUTO 35. f co? NÃO! 36. f Todas as greves tinham como uma das principais 37. f reivindicações a conquista de reajuste salarial e melho- Redução do número de diretores. 38. f res condições de trabalho, ou seja, a luta era para garan- Nenhum subsídio aos diretores, além de passagens, 39. f tir uma educação pública de qualidade. 130 Eleições para a diretoria com proporcionalidade direta e qualificada. refeições e estadias quando estiverem em atividade a 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Oposição de Luta Resoluções » 1. a serviço da entidade. em; Sudário Moreira - 372.200-X - Sinpeem; Tel- 2. a ma de Fátima Alves Sanches - Sinpeem; Valdecir Estabelecimento do valor máximo das ajudas de 3. a custo. dos Santos - Apeoesp; Vandersom Carlos Machado 4. a - Apeoesp; Vera Lúcia Casseb - Sinpeem;. 5. a ASSINAM ESTA RESOLUÇÃO 6. a Antônio Reinaldo Venturini - Apeoesp; Bereni- 7. a ce Palma - Apeoesp; Carlyne Cardoso de Paiva - 8. a Sinpeem; Cláudia Lúcia Bernardes - Sinpeem; Da- 9. a niel da Silva Oliveira - Apeoesp; Donizete Antonio 10. a Sudario - Sinpeem; Eliete Silveira - Apeoesp; Fábio 11. Serra da Fonseca - Sinpeem; Fernanda Figueiredo 12. a Morana - Apeoesp; Francisco Bezerra da Silva Jr. 13. a - Sinpeem; Gilmara Kacauchi - Apeoesp; Hélio 14. f Eduardo Franco - Apeoesp; Iolanda de Sousa Gon- 15. f çalves - Sinpeem; Iolita Urbano Galvão - Apeoesp; 16. f João Evangelista Domingues - Sinpeem; José Luiz 17. f de Paula Rosa - Apeoesp; Lenir Rodrigues Spíndo- 18. f la - Sinpeem; Lidiana Cristina de Lima - Apeoesp; 19. f Lígia Messias da Silva de Paula - Sinpeem; Mar- 20. f cos Antonio Gabriel - Sinpeem; Marcos Roberto de 21. f Lima - Apeoesp; Maria Aparecida Natalino - Apeo- 22. f esp; Maria Aparecida Rosseto - Apeoesp; Maria de 23. f Lourdes C. da Silva - Apeoesp; Maria do Socorro 24. f de Oliveira de Carvalho - Apeoesp; Maria Tereza 25. f Máximo dos Santos de Aragão - Sinpeem; Marilda 26. Judith da Silva - Apeoesp; Maristela Tosetti Viei- 27. f ra - Sinpeem; Mario Marques da Silva - Apeoesp; 28. f Marta Margarida Kirchleitner - Sinpeem; Nanci de 29. f Oliveira - Apeoesp;Oscar Souza dos Santos - Apeo- 30. f esp; Othogamis Gabriel Moreira Filho - Apeoesp; 31. f Paulino R. de Castro Neto - Sinpeem; Paulo Ce- 32. f zar de Rezende Hendges - Apeoesp; Regina Bispo 33. f Santos - Sinpeem; Renata Cristina Maugeri Amo- 34. rim - Apeoesp; Rinaldo de Souza Araújo - Sinpe- 35. f em; Rosa Maria Ribeiro - Apeoesp; Rosângela de 36. f Araújo Medeiros - Sinpeem; Rosemary Barberá 37. f - Apeoesp; Sebastião Eduardo de Lira - Sinpeem; 38. f Sergio Henrique da Silveira - Apeoesp; Sheila An- 39. f drade de Oliveira - Sinpeem; Sheila Varoli - Sinpe- 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 131 VOLTAR AO ÍNDICE Caderno de Sindicato pra Lutar Resoluções » SINDICATO PRA LUTAR 1. a 2. a Contra o liberalismo e suas reformas, dos tucanos aos inacianos. Lutar para barrar os ataques neoliberais 3. a 4. a 5. a CONJUNTURA INTERNACIONAL: O Conselho de segurança da ONU determinou a 6. a Quem diria: o Brasil como guardião do prorrogação por mais um ano da ocupação no HAITI, 7. a imperialismo na América Latina! de 2004 até 2007, com vidas tiradas e milhões de reais Na Bolívia, um militante de origem indígena resis- gastos, o INÁCIO não se toca. O apoio do império es- 9. a te ao imperialismo. Na Venezuela, um militar resiste tadunidense ao estado de Israel continua contribuindo 10. a ao imperialismo e conclama o debate rumo ao socialis- para o massacre da população palestina, a invasão por mo. No Brasil, um Presidente de origem operária, ex- ele promovida, no AFEGANISTÃO e no IRAQUE na 12. a sindicalista, militante e um dos fundadores do Partido esteira de seus interesses econômicos estão recebendo 13. a dos Trabalhadores, com bandeiras vermelhas e que se denúncias de várias frentes, de economistas, de milita- 14. f reivindica de esquerda, atira-se aos pés do IMPÉRIO. res entre outros na sede do império. Sua principal base 15. f Em março de 2007, promove uma calorosa recepção ao de apoio dentro do movimento operário, a CUT, diri- 16. f guardião maior da desgraça da humanidade. ge-se às bases do movimento sindical e tenta explicar 8. a 11. 17. f O “carniceiro” George W. Bush, apesar de uma o inexplicável. Transformou-se numa Central “chapa 18. f derrota eleitoral, da perda de vários assessores denun- branca”, apoiadora incondicional do serviçal do impe- 19. f ciados por inúmeros crimes, com derrotas constantes rialismo. DEFENDEMOS: 20. f na manutenção de sua política de invasão no Iraque e » A RETIRADA IMEDIATA DAS TROPAS BRA- 21. f no Afeganistão, da perda de aliados, continua capita- 22. f neando o imperialismo na direção do lucro. Sangra as » ARETIRADA IMEDIATA DE TODAS AS FOR- 23. f economias regionais, objetivando a captação de ma- ÇAS MILITARES DO IRAQUE E DO AFEGA- 24. f téria-prima a baixíssimo custo e trabalha pelo esgota- NISTÃO; 25. f mento dos recursos naturais do planeta para sustentar 26. seu império natal. Agora, tem o apoio de aliados na 27. f periferia. O mais recente: Inácio Capacho do Imperia- 28. f lismo da Silva, que transformou o síndico do mundo, CONJUNTURA NACIONAL 29. f o promotor de vários desastres da humanidade, em UM BRASIL PARA TODOS OS BANQUEIROS, 30. f “companheiro”. USINEIROS, REPRESENTANTES DO AGRONE- SILEIRAS DO HAITI; » ABAIXO O IMPERIALISMO ESTADUNIDENSE E SUA POLITICA INTERVENCIONISTA!. 31. f Com o objetivo de obter um assento permanente 32. f no Conselho de Segurança da Organização das Nações Os lucros dos bancos da iniciativa privada (e tam- 33. f Unidas, adiantou-se e, em uma atitude servil, mandou bém dos estatais) estão atingindo índices recordes. A 34. soldados brasileiros para o Haiti como parte integrante política econômica ortodoxa adotada pelo Banco Cen- 35. f das tropas de “paz” da ONU. O tempo passa, a crise tral no controle do mercado mantém altas as taxas de 36. f aumenta, a soberania do Haiti fica comprometida e as juros (taxa SELIC) e enriquece ainda mais os banquei- 37. f tropas de “paz” da ONU, que lá estão desde 2004, fi- ros. 38. f cam cada vez mais acomodadas e o país ocupado com 39. f menos liberdade. 132 GÓCIO, ENTRE OUTROS. Os preços dos produtos da cesta básica são, sistematicamente, corrigidos nas alturas. Outros como os da 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Sindicato pra Lutar Resoluções » 1. a energia elétrica, da água, do gás, dos transportes pú- comercial e em pagar, sistematicamente, as dívidas ex- 2. a blicos, da gasolina, do álcool, do óleo diesel, do GNV, terna e interna. O custo disso será, certamente, a vida 3. a da telefonia fixa e móvel e dos remédios não param de de milhares de brasileiros. O corte de despesas e inves- 4. a subir. Na outra ponta, a política de arrocho salarial e de timentos governamentais no setor social que objetiva 5. a aperto no consumo é desenvolvida com maestria pelo o crescimento do superávit primário, gera, como con- 6. a governo federal. É uma política econômica que, certa- seqüência, mortes: na saúde, na malha rodoviária (pra- 7. a mente, segue provocando muitas vítimas. ticamente em todas as estradas estaduais e federais), 8. a A ganância pelo lucro, o afã desenfreado da lógica nas ferrovias, nos aeroportos, nas obras do metrô e em 9. a da exploração está destruindo o planeta. O superaque- muitos outros. Querendo o enxugamento da máquina e 10. a cimento mundial é uma realidade. E qual é a política a maximização do lucro, a iniciativa privada aumenta 11. os índices de mortalidade. inaciana para o setor? A liberação do milho, do trigo e 12. a da soja trangênicos e a transposição do Rio São Fran- Na Educação, baixos valores de investimento são 13. a cisco. apontados com freqüência. Os servidores públicos fe- 14. f Como se não bastasse, garante a continuidade da derais, estaduais e municipais vão à greve em defesa 15. f reforma da Previdência, iniciada por FHC. Não temos dos serviços públicos. Na luta, são atacados pelo pre- 16. f dúvida: o governo inaciano entrará para a História sidente traidor, ex-sindicalista, que defende o desconto 17. f como o de um ex-operário, formado na luta sindical dos dias parados no salário do trabalhador grevista, em 18. f dos metalúrgicos no final dos anos 70 e grande traidor vez de procurar uma maneira negociada de atender às 19. f das lutas operárias. Inescrupuloso e oportunista, na ra- suas legítimas reivindicações. 20. f beira do seu populismo, engessou o movimento operá- 21. f rio e lhe desferiu derrotas históricas. O movimento é atacado por integrantes dos governos “petistas”, como, por exemplo, na Bahia. Os petis- 22. f O seu segundo mandato está ainda mais liberal, tas consolidam-se como cidadãos liberais corporativos, 23. f com pompa e prazer de ser de direita. Muitos afirmam um verdadeiro clube representante da melhor política 24. f que ele não é de direita e, sim, de esquerda. Mas ele burguesa. 25. f mesmo afirmou que não é de esquerda. Enquanto mui- O PAC lançado pelo governo federal com grande 26. tos não querem ver e outros o protegem (a CUT promo- pompa, tem como orientação o arrocho salarial e a re- 27. f veu um verdadeiro “apagão sindical” e uma blindagem tirada de direitos históricos conquistados pelos traba- 28. f em torno de Inácio), as reformas liberais vão de vento lhadores assalariados. Para o empresariado, vantagens.. 29. f em popa e os ataques às conquistas históricas dos tra- O MENSALÃO E OS MAIS DE 40 LADRÕES; A 30. f balhadores vão crescendo. LAMBANÇA DO PEQUENO BURGUÊS. 31. f A política econômica de superávit primário con- Um parlamento podre, falido, desacreditado e com 32. f tinua agradando Washington, mas, aqui, provoca uma altíssimo custo aos cofres públicos, em Brasília parla- 33. f crise sem precedentes. Vejam, por exemplo, a Saúde mentares promove verdadeiras negociatas com o go- 34. Pública: a crise no setor é gravíssima e, neste período, verno federal para conseguirem a aprovação de seus 35. f estão ocorrendo movimentos de reação mais contun- projetos e emendas milionárias. Sanguessugas, máfia 36. f dentes no nordeste do país. O governo federal, mesmo das ambulâncias. Hoje existem centenas de parlamen- 37. f após o anúncio de envio de verba para a região, recua tares sendo processados ou investigados. Depois do 38. f e não quer mais prestar o necessário socorro. O gover- evento do mensalão é mais do que necessário provar, 39. f no federal aposta em gerar saldo positivo na balança de maneira mais que irrefutável, a acusação contra os 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 133 Caderno de Sindicato pra Lutar Resoluções » 1. a corruptos. O cinismo e o descaramento são enormes. de esquerda, respondia: sou torneiro mecânico. Sempre 2. a Para fugir das acusações transformaram-se em verda- disse não saber exatamente que tipo de política social 3. a deiros juristas. defendia, porém, no poder, soube fazer a opção pelo 4. a grande capital, pelos heróis usineiros e pelos compa- Os pequenos do mensalão representam e apontam o 5. a desprezo que foi dado ao movimento e à classe dos tra6. a balhadores. Muitos deles saíram do seio do movimento nheiros banqueiros. Antes da posse do primeiro mandato se reuniu com 7. a operário ou da luta em defesa dos Serviços Públicos. Bush, depois da posse, se reuniu com Bush e duran- 8. a » FIM DA POLÍTICA DO ESTADO MÍNIMO E AS te o governo sempre dá Bush. Bush aqui, Bush acolá! 9. a CORRELATAS (SUPERAVIT); Enquanto isso vai se distanciando de presidentes na 10. a » REFORMA AGRÁRIA SOB CONTROLE DOS América Latina que possam lembrar seus discursos de 11. esquerda. Na Bolívia um indígena ainda que sufocado, TRABALHADORES; 12. a » ABAIXO A REFORMA DA PREVIDÊNCIA; 13. a » ABAIXO AS REFORMAS DE INÁCIO: SINDI14. f 15. f 16. f 17. f CAL TRABALHISTA; esta resistindo ao imperialismo. O presidente Venezuelano Hugo Chaves promove mudanças no currículo escolar, colocando em debate » NÃO PAGAMENTO DA DÍVIDA EXTERNA E INTERNA; temas como humanismo, nacionalismo, e o próprio capitalismo. Inácio transforma-se em camelô do bio- » REFORMA URBANA JÁ. diesel. Legítimo representante dos usineiros e do agro- 18. f negócio. O biodiesel, combustível produzido a partir 19. f POLÍTICA SINDICAL de produtos agrícolas, alguns usados como alimento, 20. f UM GRANDE MURO PRÓ-IMPÉRIO NA AMÉRI- agora será produzido para sustentar o consumismo dos 21. f CA LATINA CHAMADO BRASIL! COM ARGA- ricos. 22. f MASSA LIBERAL! O MST no primeiro mandato apoiou integralmente 23. f Inácio e seu partido para chegar a Presidência em a candidatura de Inácio, no segundo mandato ficou di- 24. f 2003 não mediram esforços. Fizeram acordos com os vidido, pois as razões foram muitas: “a reforma agrária 25. f “guardiões do imperialismo” rebaixando bandeiras, na que dizia que faria com a caneta, não aconteceu, o trans- 26. famosa “carta aos brasileiros”. Alguns militantes acre- gênico do milho, da soja, e do trigo foram aprovados. 27. f ditavam que aquela atitude era uma estratégia político É UMA FESTA SÓ. A transposição do Rio São Fran- 28. f eleitoral e que obtendo a vitória retornaria ao programa cisco esta sendo imposta, está privatizando Amazônia, 29. f de origem. Ledo engano. O tempo foi passando e as as plantações de eucaliptos avançam, o país vai trans- 30. f evidências tornando clara a traição. Inácio tem uma formar-se em um grande canavial, milhares de famílias 31. f boa oratória, sabe manipular muito bem a carência do de sem-terra acampadas, mais de 130 assassinatos de 32. f povo. trabalhadores no campo, só na gestão Inaciana”. Nas últimas campanhas eleitorais utilizaram táticas Enquanto isso, na Venezuela, aprova-se a Lei de 34. atrasadas para atrair eleitores. Criou uma falsa polari- terra n 5.771 de 18 de maio de 2005 que objetiva acabar 35. f zação com o engomadinho entre estatização e privati- com o latifúndio e distribuir a riqueza, além de utilizar 36. f zação e agora privatiza várias rodovias federais, mentiu o Exército para tal ação. No Brasil, o Exército e a For- 37. f de maneira estrondosa para promover a iniciativa pri- ça Nacional são convocados para fazer show de trucu- 38. f vada, nacional e multinacional. lência nos morros cariocas, enquanto a floresta amazô- 33. f 39. f O ex-líder operário quando lhe perguntavam se era 134 nica está indo pro chão, mesmo depois do assassinato 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Sindicato pra Lutar Resoluções » 1. a da missionária Dorothy Stang e de outros defensores PISO DO DIEESE. 2. a da floresta. » Abaixo a política de bônus e gratificações; 3. a O ex-presidente da CUT, hoje ministro da Previ- 4. a dência, atropela aposentado que estava participando de 5. a uma manifestação em Brasília. Com certeza, os apo6. a sentados continuarão sendo atropelados no futuro, pois 7. a a proposta do governo “Inácio” de Reforma da Previ- » Reposição das perdas salariais!; » Contra o pacote de reformas neoliberais – LULA/ PT!; » Readmissão dos metroviários demitidos em São Paulo; 8. a dência é elevar para 65 anos o limite mínimo para a » Fim das perseguições: professores continuam sen- 9. a aposentadoria. Inspirado na abolição da escravatura, lei do processados, punidos com sanções disciplina- 10. a do sexagenário. res, com objetivo de calar a oposição; 11. Dando continuidade ao trabalho porco de FHC, 12. a INÁCIO promove a reforma da Previdência em 2003 » Anistia e a imediata readmissão dos professores demitidos na greve do ano 2000 em São Paulo; 13. a e procura, em 2007, numa segunda fase, concluir a su- » Abaixo os provões; 14. f jeira. Inácio será sempre lembrado como pessoa ines- » Abaixo o decreto 6094 de 24.04.2007; 15. f crupulosa e traidora das lutas operárias. Deveria ser ra- » Abaixo a política de seleção imposta pelo governo 16. f dicalmente contrário a essas reformas, pois foi forma- 17. f do na base operária. Hoje, ele conseguiu dividir ainda » Abaixo a Prova Brasil; 18. f mais o movimento dos trabalhadores e alguns setores » Abaixo a política de Darwinismo Social imposta 19. f que, de maneira envergonhada ainda o apóiam, tentam, 20. f no campo de classe, justificar o injustificável. federal; pelo governo federal através do PDE; » Abaixo a Reforma Sindical; » Abaixo a Reforma da Previdência. 21. f Nem ao seu próprio partido de origem ele é fiel, 22. f pois defendeu, em entrevista, uma candidatura única 23. f da base de sustentação do governo. Assim, “petistas” POLÍTICA EDUCACIONAL 24. f e “inacianos” irão se aliar ao PMDB, PTB, PDT e PSB O APAGÃO NA EDUCAÇÃO. LULA PT DA CON- 25. f (e a quem vier) para dar seqüência à política de orien- TINUIDADE A POLÍTICA LIBERAL TUCANA NA 26. tação neoliberal, a favor do imperialismo e sem com- EDUCAÇÃO TAMBÉM. 27. f promisso com a classe trabalhadora. DIANTE DE UM “Entendemos que a formação, a Educação, não 28. f QUADRO COMO ESTE, TEMOS QUE UNIFICAR deve estar a serviço da Lógica do Mercado, 29. f CONTRA OS ATAQUES. servil a produção, e sim buscar o crescimento e o 30. f O loteamento do movimento sindical está contri- desenvolvimento das potencialidades humanas na 31. f buindo para quê? A divisão e a fragmentação estão in- perspectiva da construção de uma sociedade sem 32. f tensas. É necessária uma unidade nas ações contra os explorados e sem exploradores.” Afirmamos em 33. f ataques do liberalismo aos trabalhadores. 34. A CNTE DEVE LUTAR DE MANEIRA UNIFICADA 35. f E INDEPENDENTE por nossa tese no ano de 2005 e nos orientamos por esta concepção. Ainda na tese de 2005 destacamos: 36. f Jornada de trabalho semanal de 40 horas/aula, sen- “Como já constatamos, a regra neoliberal ronda e 37. f do 20 horas em sala de aula, 10 horas em trabalho pe- atua na Educação de forma contundente”. A L.D.B. em 38. f dagógico coletivo e 10 horas em local de livre escolha sua linha de Cidadania (na verdade, adestramento ao 39. f do professor. Estado Liberal), da Municipalização, das competên- 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 135 Caderno de Sindicato pra Lutar Resoluções » 1. a cias e habilidades acaba por reafirmar tudo isso, e o Em abril de 2.007 o governo federal apresenta um 2. a principal não é discutido, o custo/aluno (no sentido de pacote de maldade. Na velha linha liberal de respon- 3. a investimento). Neste ano, 2007 o MEC enviou a verba sabilizar o trabalhador pela crise, o caminho que ele 4. a para as escolas referente ao numero de alunos do ano aponta é um dos piores. 5. a passado 2006. A histórica e já corriqueira política de Não precisamos de provas para comprovar que a 6. a enviar uma merreca, uma mixaria, um esmoler, uma Escola Pública tem problemas, qualquer mãe ou pai de 7. a caridade institucional. aluno neste país em depoimento vai dizer que ela pre- 8. a cisa melhorar. E ainda mais engessada pela regra de parte desti- 9. a nada a custeio (manutenção) e parte ao material per- O movimento sindical no Brasil, em todos os Es- 10. a manente, como se todas as escolas tivessem a mesma tados já realizou manifestações, atos, greves, enfim 11. margem para funcionamento. Mas o consolo dos man- dezenas de atividades contra a política deliberada de 12. a datários de plantão e o seguinte: ninguém poderá afir- abandono dos serviços públicos, contra a política de 13. a mar que o governo não manda dinheiro para as escolas. destruição dos serviços públicos em nosso caso a Edu- 14. f Dinheiro foi, mas a quantia que é importante não se cação. Se este governo atendesse as reivindicações da 15. f comenta, muito pelo contrário omite-se.. categoria e reconhecesse a legitimidade dos reclamos 16. f “Outro destaque na questão educacional: precisa- não seria necessário tal pacote de maldade. 17. f mos ter como orientação política, o combate às parce- A pressão liberal para aumentar a produção é gran- 18. f rias, as chamadas Parcerias Público - Privado (PPP), de, e esta mesma pressão para maximizar o lucro é 19. f pois estão colocando a Educação Pública no colo da maior ainda, em todas os setores da economia capitalis- 20. f Iniciativa Privada.” ta, os golpes são uma constante. Nos serviços públicos 21. f Afirmamos isso em nossa tese em 2.005, este fato o corte de gastos e o Estado Mínimo têm que ser atin- 22. f ocorre de maneira institucional com o Governo do gido, e como é desenvolvida esta política: através dos 23. f Estado de São Paulo, José Serra/PSDB e aparece de já conhecidos choques de gestão (MG, SP, RS, BA,), 24. f maneira escancarada no decreto 6094 de Lula/PT. Dois com o sucateamento dos serviços, com a repressão ad- 25. f partidos, duas orientações, indiretamente afirmam: Já ministrativa entre outras perversidades. Detalhe tudo 26. que o Estado não cuida, privatiza. Vamos estimular o isso dentro da legalidade institucional burguesa, com 27. f lucro. É necessário observar que todos os partidos bur- apoio da mídia e pressão para reduzir cada vez mais a 28. f gueses fazem isso, com maior ou menor intensidade, intervenção do Estado na economia. 29. f agora o PT esta no seleto clube. 30. f Censura ao livro e ao autor. Enquanto a meta da administração é o superávit primário com números generosos para o pagamento das 31. f Este ano um determinado livro foi censurado pelo dívidas (externa e interna), a pressão sobre o servidor 32. f MEC por pressão das forças conservadoras, liberais, aumenta. Não se leva em conta o histórico das políticas 33. f reacionárias do próprio governo e seus correlatos da aplicadas, não é considerado o sucateamento atingido 34. mídia. Entendemos que este método deva ser repudia- contra o serviço, não se leva em conta as condições 35. f do neste congresso em de da liberdade de aprender e de trabalho da categoria (longas jornada de trabalho), 36. f ensinar, de expressão, de cátedra e contra as caças as a falta de infra-estrutura (giz vagabundo, lousa caindo 37. f bruxas tão comum nas ditaduras fascistas como nas bu- os pedaços, apagador que é lixo, ausência de recursos 38. f rocracias com orientação Stalinista. áudio visuais). O descaso acumulado com o servidor, 39. f Tratando a escola publica no brasil como empresa. as perseguições, os males a saúde provocado pelas 136 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Sindicato pra Lutar Resoluções » 1. a péssimas condições de trabalho, os baixos salários, a de escola; 2. a violência nas escolas (fruto da exclusão capitalista e do “QUANTAS PROVAS SERÃO NECESSÁRIAS, 3. a consumismo alucinado, uma verdadeira barbárie). PARA QUE SE SAIBA DO NÃO INVESTIMEN- 4. a TO”? Para o show de demagogia e pirotecnia eleitoreira 5. a o decreto já esta fazendo o seu papel. ENTÃO DIZEMOS “ERA UM PISO QUE MÃOS DA 6. a ARTICULAÇÃO/CAMPO MAJORITÁRIO DEN- O que vemos é a responsabilização do trabalhador 7. a pelos resultados da máquina administrativa Estatal e TRO DA CNTE VIROU CONTRAPISO. 8. a também a privada que sabidamente tem uma orientação » CONTRA A CENSURA A LIVROS DIDÁTICOS 9. a política e econômica e se esconde na responsabilização E A PERSEGUISÃO AOS AUTORES QUE NÃO 10. a do assalariado. Esses assalariados podem ser professo- SEGUEM OS DITAMES DOS GABINETES DO 11. MEC; res, funcionários de escola, piloto de qualquer empresa 12. a aérea, controladores de vôo, médico, operador de ma13. a quinas, ou maquinista nos trens da Central do Brasil, 14. f » CONTRA A POLITICA DE AVALIAÇÕES EXTERNAS E INTERNAS. PROVÕES; » ABAIXO O DECRETO 6094 DE 24.04.2007; metroviário, motorista ou qualquer outra atividade. 15. f Diante do exposto, concluímos que o governo fe- 16. f deral está no caminho liberal da escola empresa. A se- 17. f guir a prova para comprovar a nossa afirmação. Já que 18. f a moda é provar, vamos provar. 19. f No corpo do decreto nº. 6094 de 24 de abril de 2.007. 20. f XIII - implantar plano de carreira, cargos e salários 21. f para os profissionais da educação, privilegiando o 22. f mérito, a formação e a avaliação do desempenho; » ABAIXO A LDB CIDADÃ PRIVADA; » ABAIXO AS PARCERIAS COM A INICIATIVA PRIVADA; » VERBAS PÚBLICAS PARA ESCOLA PÚBLICA; » ABAIXO A PROVA BRASIL E TODOS OS SEUS SIMILARES ESTADUAIS; » EM DEFESA DO PISO DO DIEESE POR 20 HORAS SALA DE AULA; 23. f XIV - valorizar o mérito do trabalhador da educação, 24. f representado pelo desempenho eficiente no traba- 25. f lho, dedicação, assiduidade, pontualidade, respon- 26. sabilidade, realização de projetos e trabalhos espe- 27. f cializados, cursos de atualização e desenvolvimen- BALANÇO POLÍTICO DA GESTÃO 28. f to profissional; DE UMA CNTE QUE É CORREIA DE TRANSMIS- 29. f XV - dar conseqüência ao período probatório, tornando 30. f o professor efetivo estável após avaliação, de pre- 31. f ferência externa ao sistema educacional local. 32. f XVI - envolver todos os professores na discussão e ela- 33. f boração do projeto político pedagógico, respeita- 34. das as especificidades de cada escola; » ABAIXO O PROVÃO MAIS VERBA PARA A EDUCAÇÃO. SÃO DO ESTADO. Sem sombra de dúvidas iniciaremos 2008 com uma CNTE cada vez mais submissa ao aparelho de Estado e assessora do governo federal.. As bandeiras levantadas pelo Campo Majoritário/Articulação, FUNDEB, PDE, PSPN dão conta de 35. f XVII - incorporar ao núcleo gestor da escola coordena- apontar o estrago político que está sendo feito em nossa 36. f dores pedagógicos que acompanhem as dificulda- entidade, e o método de conduzir estas bandeiras é a já 37. f des enfrentadas pelo professor; conhecida pressão parlamentar, aliadas a proteção do 38. f XVIII - fixar regras claras, considerados mérito e de- 39. f sempenho, para nomeação e exoneração de diretor 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em governo federal. Em 2005 afirmávamos em nossa tese “A CNTE, Educação 137 Caderno de Sindicato pra Lutar Resoluções » 1. a hoje, não esta unificando os trabalhadores em Educa- Governo Burguês liberal. 2. a ção no pais. Atualmente está em posição de contem- » POR UMA CNTE INDEPENDENTE E DE 3. a porização com o governo Lula, desde as primeiras ho- LUTA; 4. a ras. Já se vão 2 (dois) anos de governo e as propostas » POR UMA CNTE AUTONOMA E COMBATIVA 5. a apresentadas pelo atual Governo Federal não mudam, PARA ORGANIZAR A GREVE NACIONAL EM 6. a em nada, as do governo anterior” e foi Cristovam, foi DEFESA DA ESCOLA PUBLICA; » POR UMA CNTE CONTRA AS REFORMAS LI- 7. a Tarso, e agora Fernando mudou o que? 8. a Agora temos um FUNDEB que este planejado para 9. a atender um número maior de alunos com uma miserá10. a vel porcentagem sobre o antigo FUNDEF, tem o PDE 11. BERAIS DE LULA; » POR UMA CNTE QUE LUTE CONTRA OS PROVÕES. que institui as chamadas Parcerias Público. - Privado 12. a (PPP) na Escola Publica , emplaca a avaliação externa, PLANO DE LUTAS 13. a alem de responsabilizar a categoria pelo apagão na edu- SOLIDARIEDADE AOS POVOS EM LUTA E CON- 14. f cação, e estabelecer o darwinismo mercadológico entre TRA AS PERSEGUIÇÕES POLITICAS. 15. f as escolas e regiões. Com relação a nossa bandeira his- DESDE 1998 CINCO CUBANOS ESTÃO PRE- 16. f tórica, jogaram a proposta de piso salarial no chão do SOS NOS ESTADOS UNIDOS E SÃO ACUSADOS 17. f Palácio do Governo Federal, rebaixar para proteger. PELO GOVERNO IMPERIALISTA DE ESTAREM 18. f Lula. COMETENDO ATOS TERRORISTAS NOS ESTA- 19. f Em outubro de 2.005 nossa entidade foi recebida DOS UNIDOS. O IMPÉRIO ACUSA E MANTEM 20. f pelo Governo Federal , “criou-se grupo de trabalho para PRESO OS SEUS OPOSITORES E DE MANEIRA 21. f aprofundar estudos” e o tempo foi passando, passando, OPORTUNISTA TAMBÉM PRESSIONA COM ES- 22. f e o apoio a Lula/PT crescendo cada vez mais. Em 2.006 TAS PRISÕES O GOVERNO QUE LHE FAZ OPO- 23. f o apoio à reeleição e agora em 2.007 ao segundo man- SIÇÃO. 24. f dato, e nada avançou para o atendimento de nossas his- DEFEMOS O FIM DA BASE MILITAR DOS 25. f tóricas bandeiras. Muito pelo contrário, a verba MEC EUA EM GUANTANAMO E A LIBERTAÇÃO DOS 26. nas escolas continua minguada e separada de maneira PRIONEIROS POLITICOS. 27. f a não garantir a autonomia da escola na aplicação dos BANDEIRAS GERAIS PARA PLANO DE LUTAS. 28. f recursos. » Reforma agrária sob controle dos trabalhadores!; » Reforma Urbana Já; 29. f Hoje, outubro de 2007 as escolas estão recebendo 30. f os cartazes da PROVA BRASIL, com os dizeres “Pro- » Não pagamento da divida externa; 31. f fessores e Professoras, esta prova também depende de » Não pagamento da divida Interna; 32. f vocês”, lembra algumas campanhas da ditadura, uma » Abaixo a lei de responsabilidade fiscal; 33. f música do Dom e Ravel: Você também e responsável! » Abaixo o F. M. I. e o Banco Mundial; 34. E segue ainda com outra pérola “Com a Prova Bra- 35. f sil, o Governo Federal investe na melhoria da qualidade 36. f da educação pública no País.” É precisa a prova Brasil 37. f para comprovar que existe um apagão na educação de 38. f nosso país com destaque para a Escola Publica e que 39. f a responsabilidade é do aparelho de Estado e de seu 138 » Contra o pacote de reformas liberais de LULA/ PT; » Abaixo o imperialismo estadunidense e sua política intervencionista; » Contra as reformas TRABALHISTA E SINDICAL DO LIBERALISMO LULA/PT; 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Sindicato pra Lutar Resoluções » 1. a » CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA; denador mais 6(quatro); 2. a » NÃO À REFORMA UNIVERSITÁRIA QUE 3. a TIRA A AUTONOMIA E FINANCIA A INICIA- 4. a TIVA PRIVADA; V. acima de 60.000 associados: o presidente ou coordenador mais 7 (cinco). MANDATO DIRETORIA NOVA REDAÇÃO 5. a » CAMPANHA NACIONAL PELA READMIS- Art. 46 - A Diretoria da CNTE será eleita no Con- 6. a SÃO DOS PROFESSORES DEMITIDOS EM gresso Nacional dos trabalhadores em Educação, com 7. a SÃO PAULO EM 2001 E OS METROVIÁRIOS mandato anual. 8. a DEMITIDOS EM 2007; NOVA REDAÇÃO PARA O PARÁGRAFO ÚNICO 9. a » CAMPANHA NACIONAL EM DEFESA DA ES- DO ARTIGO 47. 10. a COLA PÚBLICA, PELA REDUÇÃO DA JOR- Parágrafo Único – A regulamentação do critério de 11. NADA DE TRABALHO E PELO PISO SALA- proporcionalidade será apresentada pelos proponentes 12. a RIAL DO DIEESE. em plenária discutida e submetida ao Congresso Nacio- 13. a 14. f nal para a sua aprovação e posterior execução. ESTATUTO ASSINAM ESTA RESOLUÇÃO 15. f Por entendermos que a organização sindical deve 16. f pautar-se pela democratização na participação da base, CARLOS ALBERTO FERREIRA (CONSELHEI- 17. f que as tarefas de organização devem ser socializadas RO ESTADUAL - APEOESP-SP) / CARLOS 18. f com o maior número de trabalhadores e que devemos DONBOSCO DE ASSIS (CONSELHEIRO RE- 19. f combater a constituição de castas burocráticas no mo- GIONAL-APEOESP-SP), / ALTAIR DE OLI- 20. f vimento dos trabalhadores, apresentamos algumas pro- VEIRA GOMES (CONSELHEIRO ESTADUAL- 21. f postas de alteração estatutárias. APEOESP-SP), / MARCIA OVIDIO PEREIRA, / 22. f NOVA REDAÇÃO SOBRE O CONGRESSO GILBERTO F. MOREIRA. / EDILSON CHAVES 23. f Art. 10 - O Congresso Nacional ordinário reunir- DA SILVA, / CARLOS ROBERTO DATOVO. 24. f se-á anualmente, em data e local determinados no Con- /JOUBER EZEQUIEL DE MORAES FILHO. 25. f gresso anterior, sob a presidência da /GISLEINE MACHADO DE ANDRADE. / JU- 26. NOVA REDAÇÃO PARA A ALÍNEA b. LIANA DANIELLA DOS SANTOS DIAS. / RE- 27. f b) fica estabelecido para a eleição de delegados ao GINA CÉLIA MITSUKO TOKUMOTO, / MA- 28. f congresso nacional a proporcionalidade de 1(um) RIA AP. ROCHA VIANA DOS SANTOS. / PA- 29. f delegado para cada 200(duzentos) associados das TRIANA CAMILLA DOS SANTOS YOSHIDA, 30. f afiliadas. / LUCIANO NOGUEIRA, / ROSÂNGELA CA- 31. f NOVA REDAÇÃO SOBRE A PROPORCIONALI- MARGO NOGUEIRA, / MARILENE COELHO 32. f DADE DE PARTICIPAÇÃO NO CNE ALECRIM. / ANDREIA WOZNIAK. / EMER- 33. f I. Até 10.000 associados: o presidente ou coordena- SON EDUARDO FELIPE, / GILVÂNIA SOA- 34. 35. f 36. f 37. f 38. f 39. f dor mais 3 (um); RES FERRO. / EDMARA CHAVES DA SILVA. II. de 10.001 a 20.000 associados: o presidente ou coordenador mais 4 (dois); DA SILVA, / PRISCILA ALESSANDRA GON- III. de 20.001 a 40.000 associados: o presidente ou coordenador mais 5 (três); ÇALVES KIMURA, / JANETE SILVIA DE OLIVEIRA/ AKEMI YAMAMOTO IKARI, / JOSÉ IV. de 40.001 a 60.000 associados: presidente ou coor- 30o Congresso Nacional / MARCOS TAVARES. / ANDERSON ADELMO dos Trabalhadores em GILSON SANTOS. / MARIA DE FÁTIMA R. Educação 139 Caderno de Sindicato pra Lutar Resoluções » 1. a DE LIMA / OSANA M. OLIVEIRA / ,PAULO Y. 2. a MITSYAGA./ ELIANE MOTA./ HELLE NICE 3. a COSTA COELHO. 4. a S. SILVA. / EDNA MIWA MYAMOTO DIAS. / 5. a RITA C. TABOADA. / SANDRA GONÇALVES 6. a / . LAÉRCIO JOSÉ DE DEUS JUNIOR / ERIC 7. a GUSTAVO SILVA/ MARCOS A. DE A. PIRES. / 8. a JADERSON HENRIQUE Z. ALMEIDA / MARIA 9. a NAZARÉ A. BEZERRA. / MARIA APARECIDA 10. a BARRETOS, / LÉLIO GOMES DOS SANTOS. / 11. ELENICE ALVES FERREIRA. / SIRLENDI ME- 12. a DEIROS NUNOMURA/ ROSELI FARIA BRITO/ 13. a ELTON DA SILVA SANTANA/ RAMILCA MO- 14. f RAES DE ANDRADE./ LUCIANO MOREIRA 15. f DE AZEVEDO - APEOESP. SP. 140 / NEUSA CORRÊA DOS VOLTAR AO ÍNDICE 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno 1. a 2. a 3. a de Em defesa da CNTE e da CUT independente e de luta Resoluções » Em defesa da CNTE e da CUT independente e de luta 4. a CONJUNTURA INTERNACIONAL 5. a sobre o TLC com os EUA; A situação mundial é marcada, de um lado, por » Apoio ao fim da concessão da RCTV efetuada pelo 6. a uma ofensiva destruidora do imperialismo dominante, governo Chavez na Venezuela!; 7. a o dos EUA, visando destruir direitos sociais e a pró- Coerentes com esse posicionamento, os delegados 8. a pria existência de nações soberanas. Mas, contra essa do 30º congresso da CNTE se dirigem ao governo Lula 9. a ofensiva disfarçada sob o nome de “globalização”, os para exigir. 10. a trabalhadores e povos de todos os continentes resistem » Ruptura do “acordo do Etanol” firmado em mar- 11. com suas lutas. ço de 2007 com Bush, pois tal “parceria” com o Se o movimento dos povos do continente tem o governo dos EUA para produzir biocombustível 13. a mesmo sentido de afirmação da existência de nações em “terceiros países” (da América Latina e Cari- 14. f livres e soberanas, o balanço dos governos que foram be), além de transferir tecnologia brasileira para as 15. f eleitos com esse mandato é diferenciado. Enquanto go- multinacionais daquele país, incentiva o latifúndio 16. f vernos como os de Chávez na Venezuela, Evo Morales canavieiro ligado ao agronegócio no Brasil e outros 17. f na Bolívia e agora Correa no Equador, com suas con- países, em detrimento da produção de alimentos, e 18. f tradições, afirmam políticas anti-imperialistas, chegan- reforça a injusta estrutura fundiária em contradição 19. f do a reestatizar recursos energéticos (petróleo e gás), com a necessidade de se fazer uma verdadeira Re- 20. f empresas mineradoras, outros como os de Tabaré Va- forma Agrária; 21. f zquez no Uruguai, Bachelet no Chile e Lula no Brasil, 22. f mantiveram-se na órbita das políticas herdadas dos go- do da ocupação militar do Haiti pela ONU. 23. f vernos anteriores. O congresso também toma posição crítica e contrá- 12. a 24. f Assim, o congresso da CNTE reafirma sua conde- 25. f nação da política de guerra e exploração comandada 26. por Bush e se pronuncia pelo direito dos povos à auto- 27. f determinação. 28. f » Pela retirada das tropas de ocupação do Iraque e 29. f » Retirada das tropas brasileiras que estão no coman- ria à participação das entidades sindicais em instâncias do Mercosul. CONJUNTURA NACIONAL Afeganistão; Entre 1 e 9 de setembro de 2007, a CNTE e suas entidades filiadas, junto com a CUT e outras organiza- 30. f » Contra os Tratados de Livre Comércio que, em ções populares, participou da realização do Plebiscito 31. f substituição à ALCA cuja implantação foi impe- Popular pela Anulação do Leilão da Vale do Rio Doce. 32. f dida pela luta dos trabalhadores e povos do conti- Mais de 3,7 milhões de brasileiras e brasileiros se pro- 33. f nente, pretendem entregar nossos países ao saqueio nunciaram com uma esmagadora maioria de 96% dos 34. das multinacionais; votos coletados a favor da retomada da Vale, fraudu- 35. f 36. f » Em apoio às medidas de retomada para a nação do que foi privatizado na Venezuela e Bolívia; lentamente privatizada por FHC em 1997, para o nação com a sua reestatização. 37. f » Em solidariedade à luta contra os Tratados de Livre Este resultado contundente, a despeito de todas as 38. f Comércio na América Latina e à grande mobiliza- dificuldades para organizar a consulta popular, se cho- 39. f ção popular na Costa Rica pelo “Não” no plebiscito cou diretamente com a declaração do presidente Lula 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 141 Caderno de Em defesa da CNTE e da CUT independente e de luta Resoluções » 1. a de que essa matéria não está na agenda do governo! da OIT que garante direito de negociação sindical para 2. a os servidores públicos, ou a Convençâo 158 que coíbe Este fato é um resumo da situação que atravessa o 3. a Brasil. Afinal, Lula foi reeleito presidente atacando os as demissões imotivadas. 4. a “tucanos que só sabem privatizar, como fizeram com a Está cada vez mais claro que sem mobilização e 5. a Vale”, sinalizando que seu segundo mandato se daria pressão de massa, o governo federal, prisioneiro de 6. a em sintonia com a luta dos trabalhadores no país e na uma política de alianças com os inimigos de classe dos 7. a América Latina, mas não é isso que se verifica na rea- trabalhadores, não atenderá nossas legítimas reivindi- 8. a lidade. cações. Logo no início de seu novo mandato, Lula firma Por isso está certa a CUT ao dizer que não acei- 10. a o acordo do Etanol com Bush e forma um governo de tamos uma “Reforma da Previdência” que retire ou 11. “ampla coalizão” com partidos que sempre estiveram reduza direitos das atuais e futuras gerações de traba- 12. a na trincheira oposta aos interesses dos trabalhadores, lhadores. Os servidores que passaram pela experiência 13. a como o PMDB, PTB, PP etc. Ao anunciar o PAC, o da primeira “contra-reforma” da Previdência, ainda 14. f governo inclui nele a liberação da privatização de ro- no primeiro mandato de Lula, e que hoje nos Estados 15. f dovias, a liquidação da Rede Ferroviária Federal e, o sofrem a ofensiva dos governadores para adaptar seus 16. f que atinge o conjunto do funcionalismo público, o PL regimes de previdência ao que foi adotado para os ser- 17. f 01 que congela salários dos servidores federais por 10 vidores federais, devem insistir na revogação da EC 41, 18. f anos. para reconquistar seu direito à aposentadoria integral. 9. a 19. f Nesta situação a CNTE, acertadamente, realizou 20. f uma campanha nacional que desembocou numa marcha 21. f a Brasília em 25 de abril de 2007 com 20 mil pessoas Hoje existe uma pressão enorme para desnaturar as 22. f pelo Piso Nacional de Salários, contrapondo à proposta organizações sindicais, que surgiram para defender os 23. f prevista no FUNDEB de piso de 850 reais para jornada assalariados da exploração. Desde os centros mundiais 24. f de 40 horas, as reivindicações de R$ 1.050,00 para o de poder o discurso que se quer impor é o da “gover- 25. f nível médio e de R$ 1.575,00 para o nível superior para nança global”. Já que para os que se beneficiam dela – 26. jornada de 30 horas. os grandes empresários – a “globalização é inevitável”, POLÍTICA SINDICAL 27. f Depois, em 15 de agosto, o Dia Nacional de Mobi- trata-se de associar as organizações dos trabalhadores a 28. f lização da CUT, depois de jornadas de luta em abril e foros formais e informais que teriam o objetivo de mi- 29. f maio, levou a Brasília outros 20 mil manifestantes para norar os males inevitáveis do capitalismo, os mesmos 30. f dizer: “Lula, rompa com a agenda dos patrões e atenda que levam a humanidade ao desastre. 31. f a dos trabalhadores”. No plano sindical, essa ofensiva para transfor- 32. f Exigindo a manutenção do veto à Emenda 3, a re- mar as organizações de luta da classe trabalhadora em 33. f tirada do PL 01 e do projeto que cria as Fundações Es- “ONGs” que colaborem na implementação dos planos 34. tatais de Direito Privado, a defesa do direito irrestrito elaborados no Banco Mundial, no FMI e nos governos 35. f de greve, a mobilização de 15 de agosto obteve do go- das grandes potências a serviço das multinacionais que 36. f verno federal o compromisso de dar respostas positivas controlam a economia mundial, teve sua expressão no 37. f às reivindicações, mas até outubro, nenhuma medida chamado processo de “unificação” do sindicalismo in- 38. f concreta havia sido tomada, tal como o envio para o ternacional. 39. f Congresso nacional da ratificação da Convenção 151 142 O surgimento da CSI – Confederação Sindical In- 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Em defesa da CNTE e da CUT independente e de luta Resoluções » 1. a ternacional – fruto da fusão das antigas CIOSL e CMT Hoje a CUT é atacada por todos os lados; Por aque- 2. a (de origem cristã) – revelou à luz do dia esse problema, les que gostariam de transformá-la numa dócil agência 3. a pois seus Estatutos e Carta de Princípios afirmam que do governo, por aqueles que se auto-proclamam como 4. a sua função é exatamente a de participar da “governança “direção alternativa” de esquerda (Conlutas e Intersin- 5. a democrática da economia globalizada”, reivindicando dical) e, agora também, pela CSC que decide sair da 6. a a participação dos sindicatos no FMI, Banco Mundial e CUT para formar outra central. 7. a outras instituições responsáveis pela aplicação dos pla- Ao mesmo tempo há uma medida legal que favo- 8. a nos que destroem empregos, salários, a soberania das rece a fragmentação de centrais sindicais na cúpula, ao 9. a nações. mesmo tempo que mantém a unicidade sindical im- 10. a A CUT, que era filiada à CIOSL, com o proces- posta pelo Estado na base. Trata-se da Lei de Reco- so de fusão passou a ser parte da CSI. É preciso fazer nhecimento das Centrais sindicais (originalmente PL 12. a uma verdadeira discussão nas bases da central – que 1990/2007), fruto de um acordo entre o governo e as 13. a nunca foi feita – sobre o papel e a natureza dessa CSI, direções de centrais. 11. 14. f defendendo com unhas e dentes o caráter de central Na prática as centrais são “reconhecidas” para par- 15. f sindical independente dos patrões e governos que deve ticipar de organismos tripartites vinculados à esfera do 16. f ter a CUT, bem como seus princípios de luta por uma Estado – o que fere o princípio de independência sindi- 17. f sociedade sem explorados e sem exploradores, que são cal – e dá às centrais a possibilidade de receber 10% do 18. f contraditórios com os princípios da CSI. total arrecadado com o Imposto sindical (contribuição 19. f Já a Internacional da Educação, à qual a nossa sindical anual compulsória que a CUT sempre comba- 20. f CNTE é filiada, tal como as demais internacionais por teu), desde que o sindicato de base filiado a uma central 21. f ramo de atividade, não faz parte formalmente da estru- autorize. 22. f tura da CSI (essa questão não foi resolvida no congres- A CNTE que sempre defendeu a Liberdade e Auto- 23. f so de fundação da nova central mundial realizado em nomia sindicais, a ratificação pelo Brasil da Convenção 24. f novembro de 2006 em Viena). O que não quer dizer 87 da OIT (que proíbe a intervenção do Estado e dos 25. f que a política de “governança” que é a marca da CSI patrões na livre organização sindical dos trabalhado- 26. não se expresse também na IE. res), deve ter uma posição contrária a esta lei que eter- 27. f Portanto é preciso qualificar e aprofundar a inter- niza o Imposto e a Unicidade sindical, em favor da uni- 28. f venção sindical internacional da CNTE, para que ela dade livremente construída pelos trabalhadores a partir 29. f possa ser um pólo de referência para um sindicalismo de suas próprias organizações. 30. f classista e combativo. O congresso da CNTE deve recomendar a suas en- 31. f No plano nacional, em primeiro lugar devemos re- tidades filiadas que não lancem mão do Imposto Sin- 32. f forçar os laços da CNTE com o conjunto do movimen- dical, e que continuem, como sempre fizeram, tendo 33. f to dos trabalhadores através da CUT. independência financeira através da sustentação volun- 34. A CUT não é propriedade de sua direção nacional tária de seus associados. 35. f que é eleita a cada 3 anos nos seus congressos nacio- O sindicalismo do setor público no Brasil, do pon- 36. f nais, ela é um patrimônio da luta da classe trabalhadora to de vista de sua estrutura, sempre foi um exemplo 37. f brasileira nos últimos 25 anos, desde as greves de mas- avançado de como os sindicatos devem sobreviver: 38. f sa que anunciaram o fim da ditadura militar no final não com um “imposto” que atinge sindicalizados e 39. f dos anos 70. não sindicalizados de forma compulsória e desobriga 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 143 Caderno de Em defesa da CNTE e da CUT independente e de luta Resoluções » 1. a o dirigente sindical de organizar a base, mas a partir privada, nas mesmas faixas de renda, as participações 2. a das mensalidades livremente decididas nos foros das eram de 1,2% contra 74,0%. Já a rede pública de ensino 3. a entidades. Manter essa posição histórica e de princípio médio atende de forma bem menos desigual a todos 4. a é fundamental para incidir na própria CUT para que os quintos de rendimento familiar, enquanto 61,1% dos 5. a nossa central encare de frente a batalha pelo fim do estudantes de ensino médio da rede privada pertencem 6. a Imposto sindical e da unicidade imposta pelo Estado, ao último quinto. 7. a tal como seus compromissos e princípios estatutários Enquanto isso, a política aplicada pelos governa- 8. a estabeleceram. . dores de Estado, de diversos partidos, é praticamente a 9. a mesma e se estrutura a partir de pontos como: O congresso da CNTE deve posicionar-se por um 10. a Congresso Extraordinário da CUT em 2008, diante da 11. » Municipalização do ensino. Iniciada a partir de saída da CSC e da necessidade de rearmar nossa central 1997, no governo FHC, com a promulgação da 12. a na luta pela Liberdade e Autonomia Sindical, ratifica- Emenda Constitucional (EC) 14/96, que levou à 13. a ção das convenções 97 e 151 da OIT, rompendo com o criação do FUNDEF, essa política obriga os mu- 14. f “consenso” com as centrais pelegas que sobrevivem do nicípios a assumir atividades de ensino que eram 15. f imposto sindical. de responsabilidade dos Estados. As escolas mu- 16. f 17. f nicipalizadas acabam padecendo da falta de verbas POLÍTICA EDUCACIONAL dos municípios, ainda mais com a Lei de Respon- 18. f Em agosto de 2007, Fernando Haddad, Ministro sabilidade Fiscal restringindo gastos públicos e o 19. f da Educação, confirmou a partir dos dados do IBGE balanço da municipalização é o de aprofundar a 20. f de 2002 que existem, no Brasil, uma taxa de 11,8% da destruição do Ensino Público no país; 21. f população com mais de 15 anos analfabeta, ou seja, » Parcerias com o setor privado (empresas) para co- 22. f 14,6 milhões de pessoas e 32,1 milhões de analfabetos brir as deficiências advindas da falta de verbas pú- 23. f funcionais. blicas suficientes para a Escola Pública; 24. f Ao mesmo tempo, 65,7% dos estudantes com 14 » Avaliação de professores com base em critérios de 25. f anos estavam defasados (no Nordeste esta taxa sobe “produtividade”, ou seja, desempenho dos alunos 26. para 84,1% e no Sudeste 51,8%) e 41% dos jovens en- nos chamados “provôes” anti-pedagógicos. 27. f tre 20 e 24 anos possuem o Ensino Médio completo. O FUNDEB, que substitui o FUNDEF, não resolve 28. f Porém, apenas 7% dos trabalhadores entre 24 e 34 anos qualquer problema de fundo da Educação Pública no 29. f possuem diploma universitário. Brasil, ao manter a municipalização. Ao mesmo tempo 30. f Entre a população ocupada com até quatro anos verbas públicas são desviadas para instituições privadas 31. f de estudo, as mulheres recebiam, em média, R$ 0,40 a de Ensino – em particular as chamadas “filantrópicas” 32. f menos que os homens por uma hora de trabalho. Entre – quando faltam recursos para tudo na Escola Pública. 33. f os ocupados com mais de 12 anos de estudo, elas rece- Por isso devemos reforçar nossa luta por: 34. biam, em média, R$5,40 a menos que eles. » Fim da municipalização e reversão onde já foi rea- 35. f Quanto ao ensino superior a realidade não é dife- lizada; Não à participação nos conselhos; a CNTE 36. f rente para os estudantes de famílias pobres: na rede pú- devem exigir do governo Lula emergencialmente 37. f blica, apenas 2,3% dos estudantes provinham de famí- revogar a EC 14 de modo a reverter esse processo 38. f lias do primeiro quinto de rendimento médio per capita, nocivo de municipalização. Trata-se de uma medi- 39. f enquanto 59,2% provinham do último quinto. Na rede da urgente para resgatar o ensino da privatização. 144 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Em defesa da CNTE e da CUT independente e de luta Resoluções » 1. a Os recursos para tanto existem desde que não se- estrutura (transporte, luz nas escolas, apoio à saúde), 2. a jam engolidos pela corrupção e pela dívida; as de estatísticas e informações (Ideb, Provinha Brasil, 3. a » Revogação da Lei de Diretrizes e Base da Educa- Anresc, censo escolar) e as de qualidade (piso salarial, 4. a inclusão digital, dinheiro na escola, formação de pro- ção LDB 9394/96; 5. a » Concurso Público em todos os níveis e para todos fessores pela universidade aberta). Assim, o PDE não 6. a ataca problemas estruturais como o baixo investimento os componentes curriculares; 7. a » Garantia do emprego para os OFAS – estabilidade em educação, aplicação indevida dos recursos vincula- 8. a no emprego. dos à manutenção e desenvolvimento do ensino, baixa 9. a Quanto à nossa luta pelo Piso Nacional de Salário, remuneração, superlotação das salas de aula, ausência 10. a se é fato que a pressão dos trabalhadores em Educação 11. de uma política nacional de educação.. levou o congresso nacional em outubro a aprovar um As 28 iniciativas do Todos pela Educação assumem 12. a Piso de r$ 950,00 para jornada de 40 horas, o que é me- a lógica do PDE e passa a ser o público que adere ao 13. a lhor do que oferecia inicialmente o governo no FUN- privado. Além disso, o PDE ajudará os governos esta- 14. f DEB, ele está longe das reivindicações que levantamos duais e municipais a continuarem culpando os profis- 15. f unitariamente na CNTE – R$ 1045 e r$ 1575 para jor- sionais pela má qualidade do ensino. 16. f nadas de 30 horas – a partir de 2008. O financiamento do PDE está longe dos 16% do 17. f Devemos no congresso de Brasília relançar a cam- PIB que atenderia o Custo/Aluno/Qualidade/inicial 18. f panha pelo Piso Nacional nos valores levantados pela (CAQi) defendido pela CNTE. O governo anunciou 19. f CNTE e que sua aplicação seja imediata. Não é o caso o montante de R$ 8 bilhões para serem investidos em 20. f de organizarmos uma Greve Nacional de toda a base de educação até 2010, mas não definiu de que forma o di- 21. f nossa confederação, pelo Piso Nacional, no reinício do nheiro será empregado nem há garantias de como este 22. f ano letivo de 2008?. . recurso será alocado. 23. f Em pesquisa recente realizada pela CNTE, chegou- É de extrema urgência acabar com estas disparida- 24. f se a conclusão de que seria necessário investir 16% do des, bem como elevar a quantidade de recursos desti- 25. f PIB para que se atinja um Custo aluno/Qualidade/Ini- nados à educação básica. Exigimos uma verdadeira po- 26. cial (CAQi) compatível com as necessidades do povo lítica de financiamento da educação que leve em conta 27. f brasileiro. É por isso que o piso salarial nacional para a o Custo Aluno Qualidade. 28. f educação, exigido pela CNTE – CUT, é tão discrepante Sobre o REUNI: O MEC e o Presidente Lula lan- 29. f do que prevê o Governo Federal com a implementação çaram um Decreto chamado Programa de Apoio a Re- 30. f do FUNDEB. Enquanto a CNTE defende 1050 e 1575 estruturação e Expansão das Universidades Federais 31. f reais para jornadas de 30 horas o que sai das discus- - REUNI). O REUNI visa mudar os currículos criando 32. f sões do congresso é uma proposta de 950 Reais para “bacharelados interdisciplinares” (cursos básicos), em 33. f 40 horas. nome de um equivocado combate à “profissionalização Sobre o Plano de Desenvolvimento da Educa- precoce”. Cada Universidade deve decidir se, em troca 35. f ção (PDE): As medidas que compõem o PDE disso- de um pequeno acréscimo de verbas, adapta seus cur- 36. f ciam os elementos que sempre defendemos para termos rículos para passar a formar diplomados em nada. Esse 37. f educação de qualidade, que são a formação inicial, a modelo é inspirado diretamente no chamado Processo 38. f formação continuada e as condições de trabalho, que de Bolonha (União Européia), e no Brasil foi propagan- 39. f são agrupadas em três categorias: as de apoio e infra- deado pelo reitor da UFBA sob o nome de Universida- 34. 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 145 Caderno de Em defesa da CNTE e da CUT independente e de luta Resoluções » 1. a de Nova. Mas sua implantação já recebeu uma contun- bateu a continuidade da política de FUNDOS que apli- 2. a dente resposta dos estudantes da Universidade Federal cada não garantirá a universalização nem a qualidade 3. a de Juiz de Fora que são contra. Trata-se de um ataque da educação reivindicada pelos trabalhadores, muito 4. a maior à função da universidade autônoma, a serviço menos a valorização do magistério. 5. a da soberania e do desenvolvimento da nação, nascida A proposta do governo de um piso salarial de 850 6. a na Revolta da Córdoba (1918), ataque feito hoje a ser- reais, desconsiderando a formação docente, excluindo 7. a viço do “livre-comércio” estimulado por Bush e pela os funcionários de escola num total desrespeito as rei- 8. a União Européia, e tão combatido pelos estudantes de vindicações dos trabalhadores em educação, não teve 9. a diferentes países da Europa. Defendemos a Universida- por parte da nossa confederação um posicionamento de 10. a de Autônoma como instrumento a serviço da soberania maior radical idade na mobilização em nível nacional. 11. nacional. Não podemos aceitar o rebaixamento dos di- No segundo semestre de 2007, optou por uma pres- 12. a plomas profissionais!. são parlamentar no contexto em que os empresários 13. a ditaram a política do governo com a anuência dos par- 14. f BALANÇO POLÍTICO DA GESTÃO lamentares petistas que se elegeram em nome da defesa 15. f Premida pela pressão dos trabalhadores em educa- dos direitos dos trabalhadores. 16. f ção e identificação com o governo LULA, a política O governo Lula por sua vez, demonstrando total 17. f da direção da CNTE, na sua composição majoritária indiferença as reivindicações da categoria , anuncia 18. f ,optou por movimentos de oscilação, entre avanços e no dia 23-04-2007, ás vésperas da marcha que seria 19. f recuos.Contextualizada entre o primeiro e o segundo realizada pelos trabalhadores em educação de todo o 20. f mandato do governo LULA , inicia a sua gestão em Brasil o seu plano para educação, o chamado PDE. A 21. f meio a uma conjuntura de profundos ataques aos di- CNTE, através de sua executiva, acertadamente, recu- 22. f reitos da classe trabalhadora. Reforma da Previdência, sa o convite do governo para lançamento de tal plano 23. f negação de reajuste salarial reivindicado pelos sindi- considerando tal convite como uma forma de descarac- 24. f catos, precarização e desregulamentação do trabalho, terizar o ato que, vitoriosamente, veio a se realizar no 25. f pagamento da dívida externa, políticas compensatórias, dia seguinte. O PDE que reedita o FUNDEB em todos 26. negação da reforma agrária, política ditada pelo FMI e os seus termos e mantém a proposta de PISO, contrário 27. f implementada pelo governo de LULA. ao defendido pela CNTE. Não poderia, nem pode rece- 28. f As marchas e paralisações nacional, convocadas ber qualquer receptividade por parte dos professores e 29. f pela nossa confederação, especialmente a 24- 04-2007, 30. f em defesa do PISO SALARIAL DEFENDIDO PELA A partir desta análise, avaliamos como capitulação 31. f CNTE, com o comparecimento de aproximadamente da direção majoritária, da nossa confederação o fato de 32. f 20 mil trabalhadores em Brasília ,demonstraram a dis- participar de um seminário, promovido e bancado pelo 33. f posição de luta dos trabalhadores em educação quando MEC-LULA em novembro com o objetivo de debater o 34. convocados pelas suas direções. PDE. Como podemos debater um plano que foi impos- funcionários. 35. f A direção majoritária da CNTE, em função da sua to pelo governo, sem nenhuma discussão com as enti- 36. f identificação com o governo LULA não assumiu uma dades representativas dos trabalhadores e ainda negan- 37. f posição clara de oposição ás medidas implementadas do todos os pleitos da nossa categoria como condição 38. f pelo governo. Com o discurso de que o FUNDEB de valorização da escola publica e de seus professores 39. f avançava na abrangência da educação básica, não com- e funcionários? Nesse congresso temos que reafirmar 146 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Em defesa da CNTE e da CUT independente e de luta Resoluções » 1. a a total independência da nossa confederação ás polí- Martins, Rafael Caldas, Bruna Dantas, Meiriane 2. a ticas desse governo que são implementadas a revelia Dantas, Josefa Cavalcante Dueque, Maria do Li- 3. a da necessidade e reivindicações dos trabalhadores em vramento Rios Osterno, Josenoi Fortaleza de Brito 4. a educação e nos posicionarmos por uma ampla campa- Baima, Elder Abreu da Silva, Katiana Herculano 5. a nha que deságüe numa grande greve nacional, impondo Teles, Maria Cleonildes Teixeira Maia, Luciete da 6. a ao governo LULA a implantação do PISO de 1050 para Silva Rodrigues, Ana Maria Cruz, Francklicy Mar- 7. a nível médio e 1575 para nível superior com 30 para ques da Costa, Darlan Lima Paiva; Brasília/DF 8. a atividades pedagógicas, como querem os trabalhado- - Maria de Loudes Nunes, Enio Cavalcante de Ho- 9. a res desse país. É preciso dar um basta ás políticas di- landa, João Bosco Monteiro Lobato, Luzanira Gon- 10. a tadas pelo FMI-BANCO MUNDIAL capitaneadas por çalves Neves, Magnete Barbosa Guimarães, Elenir BUSH rompendo em nível nacional com a corrupção Maria dos Santos, Dargildo Saraiva, Maria Luiza 12. a e exploração dos patrões, banqueiros e latifundiários, Calcagno, Gardênia Barbosa Guimarães, MArga- 13. a que encontram no governo Lula e nos parlamentares rete Guimarães do Nascimento; Rio Grande do 14. f Sul - Pedro Jacobe; Paraná - Prof. Cafuringa. 11. total consentimento. 15. f 16. f PLANO DE LUTAS 17. f Além da questão da continuidade da luta pelo Piso 18. f Salarial Nacional, trata-se de listar as reivindicações 19. f que unificam nacionalmente os professores das redes 20. f estaduais de ensino. . 21. f - Campanha por um PL de iniciativa popular pela 22. f reestatização da Vale do Rio Doce 23. f 24. f ASSINAM ESTA RESOLUÇÃO 25. f Diretora da CNTE - Maria Valdecir Abreu de 26. Paula; Filiados ao SINDIUTE/CE - Maria Hele- 27. f na da Silva Rodrigues, Francisco Djacir da Silva, 28. f Maria José Chaves de Morais, Rômulo Jerri Car- 29. f los, Maria da Penha Souza Lima, Gardênia Baima, 30. f Gustavo Krysnamurtw Linhares, Ana Célia Cara- 31. f cas, Luenia Aderaldo Lima, Valter Pinheiro, Ana 32. f Cristina da Silveira Cordeiro, Iolanda de Abreu 33. f Pereira, Ana Cristina Ghilherme, Antonio Iodalma 34. de Sousa, Carmem Maria Gonzaga, Eloneide de 35. f Oliveira Silva, Francisca Vera Aragão, Francisco 36. f Eliane Gomes da Silva, Luciene Maria Gomes Be- 37. f vilaqua, Maria Helena Marques de Aquino, Nilton 38. f César dos Santos e Silva, Raquel Fagundes de Car- 39. f valho, Rossana Maria A. de Oliveira, Rita Pedrosa 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 147 VOLTAR AO ÍNDICE Caderno de Estatuto da CNTE Resoluções » Estatuto da CNTE 1. a 2. a 3. a 4. a CAPÍTULO I intelectuais; 5. a Da Denominação, Sede e Fins e Duração g) examinar e propor soluções sobre os problemas da 6. a educação no País e sobre a formação e a qualidade 7. a Art. 1° ‑ A Confederação Nacional dos Trabalhadores de desempenho dos trabalhadores em educação; 8. a em Educação ‑ CNTE, com sede e foro na cidade de h) promover Seminários, Encontros e outras ativida- 9. a Brasília, é uma entidade civil de caráter sindical, sem des de âmbito nacional que envolvam as entidades 10. a fins lucrativos, independente de qualquer atividade polí- filiadas; 11. tico‑partidária, sem qualquer discriminação ou precon- i) apoiar a organização de outras categorias profissio- 12. a ceito de raça, cor, sexo, credo religioso, com duração nais que atuem na educação e suas reivindicações; 13. a por prazo indeterminado, integrada pelos trabalhadores j) promover e defender o direito do povo a uma edu- 14. f em educação de todo o Brasil, compreendendo‑se os cação democrática e libertadora, acessível à ampla 15. f das redes públicas estaduais e municipais de educação maioria e que se realize como interesse nacional e 16. f básica que se regem pelo presente Estatuto. popular; 17. f Art. 2° ‑ A CNTE tem como finalidades: 18. f a) congregar trabalhadores em educação (professores, zar e legitimar as formas institucionais necessárias 19. f especialistas e funcionários de escolas) em nível à construção efetiva da soberania nacional e solida- 20. f nacional, por meio de entidades a ela filiadas, com riedade internacional; 21. f objetivo de defesa dos interesses da categoria, da 22. f educação e do País; l) promover a livre participação de todos para reali- m) incentivar o surgimento de lideranças e promover a instrumentalização adequada do pessoal que atua 23. f b) buscar soluções para os problemas dos trabalhado- 24. f res em educação, tendo em vista sua dignidade e 25. f valorização profissional, no interesse da educação; n) incorporar‑se nas lutas das demais categorias pro- c) incentivar o aprimoramento cultural, intelectual, fissionais que defendam a transformação democrá- 26. 27. f profissional e sindical dos trabalhadores em educa- 28. f ção; em nível de entidade; no cumprimento de suas finalidades e metas; tica da sociedade; o) defender a escola pública, gratuita, laica e de boa 29. f d) manter o intercâmbio com suas filiadas e com enti- 30. f dades congêneres nacionais e internacionais, esta- 31. f belecendo acordos e convênios, visando ao desen- 32. f volvimento da CNTE e de suas filiadas, na defesa CAPÍTULO II 33. f de interesses comuns à categoria; Das Entidades Filiadas: Admissão, Direitos e Deveres 34. 35. f qualidade em todos os níveis e o direito ao seu acesso, permanência e êxito. e) propugnar pelo direito as condições condignas de trabalho e melhores condições sócio-econômicas; Art. 3° ‑ Podem filiar‑se à CNTE as entidades sindicais 36. f f) prestar assistência e apoio às filiadas e a seus só- de Trabalhadores em Educação de abrangência estadu- 37. f cios, sobretudo quando forem cerceados em suas al, municipal ou regional, e no Distrito Federal, desde 38. f atividades profissionais ou ameaçados em sua li- que tenham como objetivos precípuos a defesa dos in- 39. f berdade de expressão e organização em atividades teresses da categoria e o aprimoramento da educação. 148 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Estatuto da CNTE Resoluções » 1. a § 1º - Fica vedada a filiação de entidades 2002; 2. a sindicais que, muito embora tenham tal II – observem o número mínimo de associados e de 3. a caráter, concorram diretamente com as representação proporcional da base municipal ou 4. a entidades anteriormente filiadas. regional, assim como os demais parâmetros neces- 5. a § 2º - Caberá ao Conselho Nacional de Enti- 6. a dades definir quais os casos que se enqua- 7. a dram no parágrafo anterior ao analisar os Art. 5° ‑ O pedido de desfiliação à CNTE deverá ser 8. a processos de filiação. acompanhado de ata da assembléia geral em que foi sários à filiação definidos pelo Conselho Nacional de Entidades. 9. a Art. 4° ‑ A entidade sindical que desejar filiar‑se à CNTE decidida a desfiliação. 10. a deve formalizar o pedido através do requerimento de Art. 6° ‑ São Direitos das filiadas: 11. a) participar do Congresso Nacional, do Conselho seu Presidente ou Coordenador, instruindo-o com: 12. a a) exemplar do Estatuto Social da Entidade; Nacional de Entidades (CNE) e da Plenária Inter- 13. a b) declaração da Diretoria de que a Entidade se sub- congressual desde que estejam quites com a Tesou- 14. f raria; mete ao preceituado neste estatuto; 15. f c) Provar que seu quadro social congrega pelo menos b) sugerir à Diretoria Executiva da CNTE a realização 16. f 10% (dez por cento) da base da categoria, sendo de estudos de interesse da categoria, da educação e 17. f que em qualquer caso o número de filiados deve ser do ensino; 18. f igual ou superior a 500 (quinhentos) associados; c) postular, junto à CNTE, a defesa de seus direitos ou 19. f d) ata de posse da Diretoria em exercício; dos seus associados perante qualquer esfera públi- 20. f e) ata da assembléia geral em que foi decidida a filia- ca ou privada; 21. f d) requerer ao Presidente da CNTE a convocação do ção; 22. f f) prova de que os membros da Executiva não exer- 23. f cem cargos de confiança em qualquer esfera de go- 24. f verno; 25. f 26. CNE, obedecendo o estabelecido neste estatuto; e) usufruir de todas as vantagens e serviços oferecidos pela CNTE; g) comprovação de que compõe-se apenas de trabalhadores em educação; f) contar com o apoio da CNTE, após sua prévia autorização, na promoção de Seminários, Encontros, 27. f h) filiação à Central Única dos Trabalhadores – CUT, ou atividades de natureza coletiva e de âmbito na- 28. f contribuindo para o fortalecimento do ramo da cional, ou que envolvam as entidades de trabalha- 29. f educação no interior da Central. dores em educação do País ou estrangeiras. 30. f § 1º - A CNTE só poderá admitir a filiação 31. f de apenas uma entidade sindical munici- 32. f pal ou regional da mesma base territorial 33. f de representação. 34. Art. 7° ‑ São deveres das filiadas: a) cumprir e fazer cumprir este estatuto e seus atos complementares; b) incentivar a solidariedade da categoria; § 2º - Somente serão consideradas aptas à c) estar quites com as obrigações financeiras junto à 35. f filiação, no caso de entidades sindicais de 36. f trabalhadores em educação de redes mu- d) adequar e executar, no âmbito das entidades, as po- 37. f nicipais que, além das disposições das alí- líticas e o plano de lutas em nível nacional, encami- 38. f neas a, b, d, e, f, g, e h: nhados pela Diretoria Executiva da CNTE; 39. f I – tenham sido criadas antes de 16 de janeiro de 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em CNTE; e) prestar relatório das atividades desenvolvidas no Educação 149 Caderno de Estatuto da CNTE Resoluções » 1. a período, em atendimento aos planejamentos e a) por convocação do próprio Congresso; 2. a orientações emanadas da Diretoria Executiva, em b) por convocação do Conselho Nacional de Entida- 3. a cumprimento das políticas e das campanhas nacio- 4. a nais; des. § 1° ‑ O Congresso Nacional Extraordinário 5. a f) convocar assembléia geral ou congresso, para es- somente poderá deliberar sobre assuntos 6. a colha dos congressistas que representarão a entida- para os quais tenha sido especialmente 7. a de no congresso nacional. convocado. 8. a g) exigir que os membros de sua diretoria executiva § 2° ‑ A convocação para o Congresso Na- 9. a não exerçam cargo de confiança em qualquer esfe- cional Extraordinário será efetuada pelo 10. a ra de governo. Presidente da CNTE ou seu substituto le- 11. gal, ou pela Executiva, devendo esta ser 12. a CAPÍTULO III expedida em até uma semana após a com- 13. a Das Instâncias da CNTE petente solicitação e dirigida às entidades 14. f filiadas, com edital publicado em jornais 15. f Art. 8° - São instâncias da CNTE: de circulação nacional. 16. f a) 17. f b) Plenária Intercongressual; CNTE: 18. f c) Conselho Nacional de Entidades – CNE; a) com exceção dos suplentes, os membros da Direto- 19. f d) Diretoria Executiva; 20. f e) Conselho Fiscal. Art. 12 ‑ São delegados ao Congresso Nacional da Congresso Nacional - CN; ria Executiva da CNTE, como delegados natos; b) uma quantidade determinada de delegados, de 21. f acordo com o número de sócios da entidade, a ser 22. f Seção I estabelecida por coeficiente calculado conforme o 23. f Do Congresso Nacional ‑ CN número total de delegados ao Congresso Nacional, 24. f garantindo no mínimo um delegado por entidade. 25. f Art. 9° ‑ O Congresso Nacional é instância soberana da § 1º - O número de delegados de cada Con- 26. CNTE, integrado por delegados e suplentes e reúne-se gresso será definido pelo Congresso ante- 27. f ordinária e extraordinariamente. rior ou pelo Conselho Nacional de Entida- 28. f Art. 10 ‑ O Congresso Nacional ordinário reunir‑se‑á des. 29. f trienalmente, em data e local determinados no Con- 30. f gresso anterior, sob a presidência da CNTE. § 2º - Os suplentes eleitos simultaneamente com os delegados, terão direito apenas a 31. f § 1º ‑ O Congresso Nacional ordinário terá 32. f seu temário, programação e ordem do dia 33. f definidos pelo Conselho Nacional de En- 34. tidades. voz e serão inscritos no limite de 20% dos delegados eleitos. § 3º - As delegações das entidades filiadas serão constituídas obedecendo‑se ao cri- 35. f § 2º - Caso o Congresso Nacional não deter- tério da proporcionalidade entre as dife- 36. f mine o local do próximo Congresso, cabe- rentes propostas, assegurando‑lhe a pos- 37. f rá ao CNE determiná-lo. sibilidade de indicações regionais para 38. f Art. 11 ‑ O Congresso Nacional reunir‑se‑á extraordi- posterior referendo de Assembléias Gerais 39. f nariamente: ou Congressos, desde que estas também 150 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno 1. a de Estatuto da CNTE Resoluções » obedeçam ao critério definido pelo CNE. seu temário definido pelo Conselho Nacional de Enti- 2. a Art. 13 ‑ O pedido da inscrição de cada delegado deve- dades. 3. a rá estar na Secretaria do Congresso, no prazo definido Art. 18 - São delegados à Plenária Nacional da CNTE: 4. a pelo CNE e constará de: a) Os membros do Conselho Nacional de Entidades; 5. a a) Ata de registro da Assembléia Geral ou Congresso b) Os delegados representantes de entidades filiadas 6. a Estadual que elegeu ou referendou a eleição dos eleitos em Assembléia Geral, Conselho de Repre- 7. a delegados e suplentes contendo a nominata dos sentante ou Congresso, segundo critérios definidos 8. a mesmos; pelo CNE. 9. a b) Cópia do comprovante de depósito no valor da ins- Art. 19 – Em caso de necessidade poderá ser convoca- 10. a da a Plenária Intercongressual Extraordinária, nas mes- 11. 12. a crição solicitada; c) Comprovação de quitação de suas obrigações financeiras junto à CNTE. mas formas com que o Estatuto trata a convocação do Congresso Nacional Extraordinário. 13. a Art. 14 ‑ Ao Congresso Nacional compete: 14. f 15. f Parágrafo Único – A convocação da Plenária In- a) definir a política educacional, cultural, social, econômica e associativa da CNTE; tercongressual deverá respeitar os mesmos critérios de participação da Plenária Ordinária. 16. f b) fixar o plano de lutas em nível nacional; 17. f c) aprovar relatório de atividades, tomada de contas e 18. f avaliação da implantação das políticas e Plano de 19. f Lutas fixados no Congresso anterior; Seção III Do Conselho Nacional de Entidades ‑ CNE 20. f d) eleger a Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal; Art. 20 ‑ O Conselho Nacional de Entidades ‑ CNE 21. f e) apreciar e aprovar alterações estatutárias. compor‑se‑á pela Diretoria Executiva da CNTE, pelos 22. f Art. 15 ‑ O Congresso Nacional Ordinário e Extraor- Presidentes ou Coordenadores das entidades filiadas, 23. f dinário é instalado em primeira convocação desde que ou seus representantes legais e por representantes de 24. f exista o quorum de metade mais um dos congressistas base eleitos em assembléia na seguinte proporção: 25. f credenciados, e em segunda, com qualquer número, I. Até 10.000 associados: o presidente ou coordena- 26. meia hora após vencido o prazo de realização da pri- 27. f meira. 28. f Art. 16 ‑ O Congresso Nacional poderá, na reunião or- 29. f dinária, por aprovação de 50% mais um dos presentes, 30. f deliberar sobre assuntos não constantes da Ordem do 31. f Dia. dor mais 1 (um); II. de 10.001 a 20.000 associados: o presidente ou coordenador mais 2 (dois); III. de 20.001 a 40.000 associados: o presidente ou coordenador mais 3 (três); IV. de 40.001 a 60.000 associados: presidente ou coordenador mais 4 (quatro); 32. f 33. f Seção II 34. Da Plenária Intercongressual V. acima de 60.000 associados: o presidente ou coordenador mais 5 (cinco). §1º ‑ O representante de base do Conselho Na- 35. f 36. f Art. 17 - A Plenária Intercongressual será realizada em cional de Entidades e seu respectivo su- 37. f data e local determinados pelo Conselho Nacional de plente serão eleitos em Assembléia Geral, 38. f Entidades. Congresso ou eleição direta das entidades 39. f Parágrafo Único – A Plenária Intercongressual terá 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em tendo mandato coincidente com o da res- Educação 151 Caderno 1. a de Estatuto da CNTE Resoluções » pectiva diretoria. profissional; 2. a § 2° ‑ Após da posse de nova diretoria, as en- h) elaborar e fazer cumprir o regimento interno e 3. a tidades terão prazo de 90 dias para proce- demais normas necessárias à funcionalidade da 4. a derem as eleições e indicações dos repre- CNTE; 5. a sentantes ao CNE. i) apreciar e aprovar o orçamento da CNTE; § 3º ‑ O Conselho Nacional de Entidades reu- 6. a l) referendar a criação de órgão; nir-se‑á: 7. a 8. a a) ordinariamente duas vezes por ano, em data e local 9. a determinado na reunião anterior, ou por convoca- 10. a ção da Diretoria Executiva; 11. j) eleger delegados para representações no exterior; m) autorizar a oneração de bens móveis e imóveis para os fins previstos na letra “i” do art. 26; n) eleger substituto(a) para vacância na Diretoria b) extraordinariamente, sempre que necessário. Executiva da CNTE, quando não houver mais su- 12. a c) por convocação do Presidente ou da Diretoria; plentes da diretoria eleitos, respeitando a propor- 13. a d) por convocação do próprio Conselho; cionalidade do Congresso que elegeu a Direção. 14. f e) por solicitação da maioria simples das entidades. 15. f § 4º - O suplente do representante de base no 16. f CNE participa das reuniões em substitui- 17. f ção ao titular previamente comunicada 18. f pela entidade sindical filiada. Art. 22 ‑ A Diretoria Executiva Nacional é órgão da 19. f Art. 21 ‑ Ao Conselho Nacional de Entidades compe- CNTE composto dos seguintes cargos: Presidência, 20. f te: Vice-presidência, Secretaria Geral, Secretaria de Fi- 21. f a) apreciar, aprovar e avaliar os planos de operaciona- nanças, Secretaria de Assuntos Educacionais, Secreta- 22. f lização das políticas e do plano de lutas aprovados ria de Imprensa e Divulgação, Secretaria de Relações 23. f pelo Congresso Nacional e elaborados pela Direto- Internacionais, Secretaria de Políticas Sociais, Secre- 24. f ria Executiva Nacional; taria de Legislação, Secretaria de Relações de Gênero, 25. f 26. b) apreciar, aprovar e avaliar outros planos de campanhas reivindicatórias; Seção IV Da Diretoria Executiva Nacional Secretaria de Aposentados e Assuntos Previdenciários, Secretaria de Formação, Secretaria de Política Sindi- 27. f c) apreciar, aprovar e avaliar as demais decisões polí- cal, Secretaria de Organização, Secretaria de Assuntos 28. f ticas e administrativas da Diretoria Executiva Na- Jurídicos, Secretaria de Direitos Humanos, Secretaria 29. f cional; de Projetos e Cooperação e 4 (quatro) Secretarias Ad- 30. f 31. f 32. f 33. f 34. d) resolver os casos omissos no Estatuto até a realiza- juntas. § 1° ‑ As Secretarias Adjuntas serão associa- ção do Congresso Nacional; e) preparar com a Diretoria Executiva Nacional os Congressos Nacionais; das às demais secretarias segundo as necessidades determinadas pelo plano de f) aprovar a filiação, desfiliação e exclusão de enti- 35. f dades por deliberação de no mínimo 2/3 de seus 36. f membros; ação da CNTE. § 2° - Compete à Diretoria Executiva Nacional definir as atribuições das secretarias 37. f g) programar a realização de Seminários, Simpósios, 38. f Encontros Regionais e Estaduais, no interesse es- § 3º - Serão eleitos 7 (sete) suplentes que po- 39. f pecífico da educação, do educador e da categoria derão ascender a Diretoria Executiva em 152 adjuntas. 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Estatuto da CNTE Resoluções » 1. a caso de vacância do titular do cargo res- 2. a peitando-se a proporcionalidade do Con- 3. a gresso que elegeu a Diretoria. d) aprovar os regimentos das diversas áreas ou setores administrativos; e) criar comissões para promover estudos no que se 4. a Art. 23 ‑ O mandato dos membros da Diretoria Execu- concerne à educação, ao ensino e ao interesse dos 5. a tiva é de 3 (três) anos, podendo seus membros serem trabalhadores em educação; f) estudar as propostas de filiação, de desfiliação e de 6. a reeleitos. 7. a Art. 24 ‑ No impedimento do Presidente, assumirá o exclusão de entidades filiadas, encaminhando‑as 8. a Vice-Presidente, sendo este substituído por um outro ao Conselho Nacional de Entidades; g) elaborar planos anuais e operacionais da CNTE, de 9. a diretor. 10. a Art. 25 ‑ No caso de vacância simultânea dos cargos do 11. Presidente e do Vice‑Presidente, um membro da Dire- 12. a toria, escolhido por seus pares, assumirá a Presidência 13. a da CNTE, “ad referendum” do CNE. acordo com as deliberações do Congresso Nacional; h) propor orçamento, planos e despesas para aprovação pelo CNE; 14. f § 1° ‑ O Presidente e o Vice‑Presidente eleitos i) solicitar ao CNE “referendum” para despesas ex- 15. f nos termos deste artigo deverão completar traordinárias superiores a 1/5 (um quinto) da previ- 16. f o mandato previsto para aquela Diretoria. são da arrecadação mensal, sob justificativa; 17. f § 2° ‑ No caso de vacância de qualquer outro 18. f cargo da Diretoria, um diretor escolhi- 1) realizar estudos e pesquisas sobre a situação profis- 19. f do entre seus pares assumirá o cargo em sional e cultural da categoria em diferentes níveis, 20. f questão, sendo convocado, pela ordem, divulgando o resultado; 21. f um suplente para ocupar cargo na Direto- m) promover o Congresso Nacional; 22. f ria Executiva. n) realizar a Plenária Intercongressual; j) manter publicação informativa da CNTE; 23. f § 3º - Caso não haja mais suplentes para subs- o) programar a realização de Conferências, Seminá- 24. f tituir vacância na Diretoria Executiva de rios, Simpósios, Encontros Nacionais ou Regionais 25. f modo a se respeitar a proporcionalidade e Estaduais, no interesse específico da educação e/ 26. do Congresso que a elegeu, o Conselho ou dos trabalhadores em educação; 27. f Nacional de Entidades elegerá substituto, 28. f respeitando a referida regra. 29. f p) manter intercâmbio com órgãos de classe congêneres no País ou exterior; Art. 26 ‑ À Diretoria Executiva Nacional Compete: q) prestar relatório de suas atividades ao Congresso 30. f Nacional; 31. f a) elaborar planos de operacionalização das políticas r) submeter ao Conselho Fiscal para estudo, exame 32. f e do plano de lutas aprovados pelo Congresso Na- e parecer, a prestação de contas para a aprovação 33. f cional, submetendo-os à aprovação do CNE; pelo CNE e pelo CN; 34. b) coordenar a execução, em nível nacional, através 35. f das entidades filiadas, dos planos de operacionali- 36. f zação das políticas e do plano de lutas; c) votar os balanços anuais e balancetes, apresentados 38. f pelo Tesoureiro, a serem julgados pelo Conselho 39. f Fiscal e Congresso Nacional; dos ção dos trabalhos. Art. 27 ‑ À Presidência compete: 37. f 30o Congresso Nacional s) criar órgãos e contratar pessoal necessário à execu- a) Cumprir e fazer cumprir este Estatuto; b) exercitar e acionar as competências e as ações previstas no art. 26 deste Estatuto, comprometendo‑se Trabalhadores em Educação 153 Caderno 1. a de Estatuto da CNTE Resoluções » Art. 29 ‑ À Secretaria de Finanças compete: com sua execução; 2. a c) representar a CNTE, ativa e passivamente, em juí3. a zo ou fora dele, podendo delegar poderes; a) Apresentar à diretoria orçamento, plano de despesas, balanços e balancetes e relatórios para efeitos 4. a d) convocar ordinária e extraordinariamente o Con- de estudo e posterior aprovação nos termos deste 5. a gresso Nacional, o CNE e as reuniões da Diretoria estatuto; 6. a Executiva, e presidi-los; b) administrar os fundos previstos neste estatuto; 7. a e) assinar contratos, convênios ou quaisquer outros c) fazer despesas autorizadas pela Diretoria; 8. a atos jurídicos, inclusive os que importem em trans- d) organizar e responsabilizar‑se pela contabilidade; 9. a missão e recebimento de domínio, posse, direitos, e) apresentar balancete semestral e relatório anual da 10. a pretensões e ações sobre bens móveis e imóveis, 11. após deliberação das instâncias; Tesouraria; f) assinar com o Presidente cheques e outros títulos 12. a f) onerar, após autorização do Conselho Nacional de de créditos; 13. a Entidades, bens móveis e imóveis de propriedade g) exercer outras atividades peculiares ao cargo. 14. f da CNTE, tendo em vista a obtenção de meios ne- Art. 30 ‑ À Secretaria Geral compete: 15. f cessários ao cumprimento dos objetivos sociais; a) Encarregar‑se dos assuntos da Secretaria Geral, 16. f g) encaminhar à Diretoria proposta de filiação, ou su- segundo deliberações das instâncias da entidade, 17. f gerir exclusão de filiadas, mediante processo devi- analisando e propondo medidas para o melhor de- 18. f damente instruído; sempenho da CNTE, mediante plano de ação. 19. f h) assinar, juntamente com o Tesoureiro, os documen- 20. f tos da Tesouraria, tais como: cheques, notas pro- pete: 21. f missórias, balanços e balancetes; a) Encarregar‑se dos assuntos internacionais, segundo 22. f i) autorizar pagamentos e recebimentos; deliberações das instâncias da entidade, analisan- 23. f j) designar comissões “ad referendum” do CNE para do e propondo medidas necessárias ao melhor de- 24. f representar a CNTE, perante as entidades de clas- sempenho da CNTE, no interesse da categoria e da 25. f se, órgãos públicos e de caráter privado, bem como Educação, mediante plano de ação. 26. para outros fins não previstos no presente estatuto; 27. f 28. f 1) outorgar “ad negocia” ou “ad judicia”, especificando‑lhes poderes; Art. 31 ‑ À Secretaria de Relações Internacionais com- Art. 32 ‑ À Secretaria de Assuntos Educacionais compete: a) Encarregar‑se dos assuntos educacionais segundo 29. f m) solicitar ao Conselho Fiscal, sempre que necessá- deliberações das instâncias da entidade, analisando 30. f rio, a emissão de pareceres sobre a matéria contá- e propondo medidas necessárias ao melhor desem- 31. f bil, financeira ou econômica da CNTE. penho da CNTE, mediante plano de ação; 32. f Art. 28 ‑ À Vice‑Presidência compete: 33. f a) Cumprir e fazer cumprir este Estatuto; 34. b) substituir o Presidente nas suas ausências e impedi- 35. f 36. f 37. f 38. f 39. f b) subsidiar a Diretoria e as afiliadas, formulando políticas e coordenando campanhas nacionais; mentos; pete: c) auxiliar o Presidente no desempenho de suas atividades; 154 a) encarregar‑se dos setores de imprensa, comunicação, publicação e da produção de material, segundo d) executar outras atribuições que lhe forem confiadas pelo Presidente e/ ou Diretoria; Art. 33 ‑ À Secretaria de Imprensa e Divulgação com- deliberações das instâncias da CNTE, analisando e propondo medidas para o melhor desempenho da 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno 1. a de Estatuto da CNTE Resoluções » c) coordenar a execução de atividades e elaboração entidade, segundo o plano de ação; 2. a b) estabelecer e manter contato com órgãos de comu- de políticas sociais, no âmbito da CNTE. 3. a nicação e imprensa nacionais e locais, para divul- Art. 38 ‑ À Secretaria de Relações de Gênero compe- 4. a gação de informações de interesse da classe traba- te: 5. a lhadora e da educação; a) Coordenar e desenvolver as atividades pertinentes 6. a c) fortalecer a imprensa sindical, propondo políticas às relações de gênero dos trabalhadores em educa- 7. a ção no âmbito da CNTE; de ação à CNTE e às afiliadas. 8. a Art. 34 ‑ À Secretaria de Política Sindical compete: b) subsidiar as instâncias e as afiliadas formulando 9. a a) Encarregar‑se dos assuntos sindicais segundo de- políticas e coordenar campanhas nacionais, que vi- 10. a liberações das instâncias da CNTE, analisando e sem o incentivo a organização e participação das 11. propondo medidas no interesse da categoria, me- trabalhadoras em educação. 12. a diante plano de ação; Art. 39 ‑ À Secretaria de Aposentados e Assuntos Pre- 13. a b) promover a articulação da CNTE com todas as videnciários compete: 14. f associações profissionais, sindicatos brasileiros e a) incentivar a organização e a representação sindical 15. f central sindical; dos trabalhadores em educação aposentados; 16. f Art. 35 ‑ À Secretaria de Formação compete: 17. f a) Coordenar os assuntos relativos à formação, subsi- aos interesses previdenciários dos trabalhadores 18. f diando as necessidades de instrumentalização polí- em educação, analisando e propondo medidas ne- 19. f tico-sindical das lideranças; cessárias ao melhor desempenho da ação política e 20. f 21. f 22. f 23. f b) coordenar e desenvolver as atividades pertinentes b) articular convênios com entidades e centros de for- organizativa da CNTE. Art. 40 ‑ À Secretaria de Legislação compete: mação para a execução de atividades; c) propor medidas visando a formação de lideranças, mediante plano de ação. a) Coordenar e acompanhar ações no âmbito do Poder Legislativo, discutindo e propondo formula- 24. f Art. 36 – À Secretaria de Organização compete: ções que atendam os interesses dos trabalhadores 25. f a) subsidiar a Diretoria no acompanhamento e forta- em educação com base nas resoluções e instâncias 26. lecimento das entidades filiadas, formulando polí- 27. f ticas e coordenando campanhas nacionais; da CNTE. Art. 41 – À Secretaria de Assuntos Jurídicos compete: 28. f b) assegurar que as políticas voltadas aos diversos a) Acompanhar as questões jurídicas de interesse dos 29. f segmentos da categoria consolidem o processo de trabalhadores em educação, subsidiando as entida- 30. f unificação orgânica. des sindicais filiadas, instâncias e organismos da 31. f Art. 37 ‑ À Secretaria de Políticas Sociais compete: 32. f a) estabelecer e coordenar a relação da CNTE com 33. f as organizações e entidades do movimento popular pete: 34. da sociedade civil em seu âmbito de acordo com a a) Atuar na formulação de projetos especiais e de 35. f linha geral determinada por este Estatuto e instân- cooperação realizados pela CNTE e organizações 36. f cias da CNTE; parceiras designados pela Diretoria Executiva. CNTE. 37. f b) promover e contribuir na discussão e elaboração de 38. f políticas sociais que abrangem os trabalhadores em 39. f educação; 30o Congresso Nacional Art. 42 – À Secretaria de Projetos e Cooperação com- Art. 43 – À Secretaria de Direitos Humanos compete: a) Atuar na denúncia de violações, na apuração de responsabilidades e na formação e participação em dos Trabalhadores em Educação 155 Caderno de Estatuto da CNTE Resoluções » 1. a redes de solidariedade que venham a ser determi- tida ao Congresso Nacional e constará do Regimento 2. a nadas pelas instâncias da CNTE. Eleitoral previsto no artigo 49. 3. a Art. 48 ‑Qualquer trabalhador em educação poderá 4. a Seção V candidatar-se à Diretoria da CNTE, desde que com- 5. a Do Conselho Fiscal prove ser associado de uma entidade filiada à CNTE 6. a e não exerça cargo de confiança de qualquer esfera de 7. a Art. 44 ‑ O Conselho Fiscal é integrado por 5 (cinco) governo. 8. a membros titulares eleitos pelo Congresso Nacional. Art. 49 ‑ O Regimento Eleitoral será aprovado pelo § 1º - O presidente é eleito pelos seus pa- 9. a 10. a próprio Congresso em que se realizarão as eleições. res. § 2º ‑ O Conselho Fiscal reunir-se-á ordina- 11. Parágrafo Único ‑ O Regimento Eleitoral será elaborado pelo CNE. 12. a riamente uma vez por semestre e extraor- Art. 50 ‑ Qualquer candidatura somente será homolo- 13. a dinariamente sempre que necessário. gada mediante a aprovação das exigências deste Esta- 14. f § 3º - Serão eleitos 3 (três) suplentes que 15. f poderão ascender ao Conselho Fiscal em 16. f caso de vacância de titular. tuto perante a mesa do Congresso. CAPITULO V 17. f Art. 45 ‑ Ao Conselho Fiscal compete: 18. f a) Examinar, anualmente, os livros, os registros e to- 19. f dos os documentos de escrituração da CNTE; 20. f b) analisar e aprovar, juntamente com o CNE, os ba- 21. f lanços e balancetes prestados pela Diretoria, “ad b) as doações de qualquer natureza; 22. f referendum” do Congresso Nacional; c) as dotações e legado. 23. f 24. f 25. f Do Patrimônio e do Regime Financeiro c) fiscalizar a aplicação, pela Diretoria, das verbas da Art. 51 ‑ Constitui‑se patrimônio da CNTE: a) Os bens móveis e imóveis; Art. 52 ‑ Constitui‑se receita da CNTE: a) As contribuições mensais pagas pelas filiadas; CNTE; d) emitir parecer e sugerir medidas sobre qualquer b) As rendas de qualquer natureza. 26. atividade econômico-financeira quando solicitado Art. 53 ‑ A afiliada pagará mensalmente, a contar do 27. f pela diretoria. seu ingresso na CNTE, a contribuição fixada no Artigo 28. f 55. 29. f CAPÍTULO IV Art. 54 ‑ As entidades filiadas obrigam‑se a dar ingresso 30. f Das Eleições na Secretaria de Finanças da CUT de soma equivalente 31. f as contribuições referidas no artigo anterior, impreteri- 32. f Art. 46 ‑ A Diretoria da CNTE será eleita no Congresso velmente, até 5 (cinco) dias úteis após o recebimento 33. f Nacional dos trabalhadores em Educação, com manda- de suas consignações, que serão repassadas à Secreta- 34. to de 3 (três) anos. ria de Finanças da CNTE. 35. f Art. 47 ‑ A Diretoria da CNTE será eleita em chapa § 1º ‑ As entidades não filiadas à CUT obri- 36. f completa por votação direta pelos delegados presentes gam-se a dar ingresso na Secretaria de Fi- 37. f à plenária do Congresso. nanças da CNTE de soma equivalente às 38. f Parágrafo Único ‑ A regulamentação do critério da contribuições referidas no artigo anterior, 39. f proporcionalidade será elaborada pelo CNE e subme- impreterivelmente, até 5 (cinco) dias úteis 156 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Estatuto da CNTE Resoluções » 1. a após o recebimento de suas consignações. 2. a § 2º - O não cumprimento do estabelecido 3. a neste artigo acarretará em sanções conti- 4. a das neste Estatuto e/ou estabelecidas pela 5. a CNTE. mensalidades; b) infringir disposições deste Estatuto; c) não cumprir as campanhas desenvolvidas pela CNTE; d) deixar juridicamente de existir. 6. a Art. 55‑ A contribuição mensal das entidades filiadas Art. 59 - A diretoria dosará a pena, segundo a extensão 7. a será de 3,8%. da gravidade da infração, de acordo com o regulamen- 8. a Parágrafo Único ‑ A parte correspondente a to. 9. a 0,5% (meio por cento) desta contribuição será desti- Art. 60 ‑ O reingresso da filiada excluída poderá ocorrer 10. a nada a constituição do “fundo de solidariedade”, cuja mediante solicitação da afiliada à Diretoria Executiva, 11. e o CNE se manifeste favoravelmente com a maioria utilização será definida pela Diretoria “ad referendum” 12. a do CNE. simples de seus membros. 13. a Parágrafo Único ‑ Fica ainda como condição 14. f CAPÍTULO VI de reingresso o pagamento das mensalidades atrasa- 15. f Das Penalidades, Suspensão, Perdas, Extinção de Man- das. 16. f datos e Licença Art. 61‑ Extingue‑se o mandato dos membros da Dire- 17. f toria e do Conselho Fiscal: a) Por morte; 18. f 19. f a) advertências; b) por renúncia; 20. f b) suspensão; c) por interdição; 21. f c) exclusão de entidade filiada; d) por término do mandato; 22. f d) extinção de mandato de diretor e conselheiro fis- e) por exercício de cargo de confiança em qualquer 23. f Art. 56 – São penalidades: cal. esfera de governo. 24. f Art. 57 ‑ As penalidades tipificadas no artigo anterior Art. 62 ‑ Os membros da Diretoria e do Conselho Fis- 25. f serão aplicadas pelo Presidente, em cumprimento de cal terão seus mandatos suspensos quando deixarem de 26. deliberações do Conselho Nacional de Entidades, fa- comparacer, sem justificativa, a 3 (três) reuniões conse- 27. f cultada ampla defesa à destinatária da pena. cutivas ou a 5 (cinco) intercaladas. 28. f § 1° ‑ A penalidade de advertência será deci- Parágrafo Único ‑ Cabe à Diretoria determinar 29. f dida pela Diretoria e aplicada pelo Presi- a duração da suspensão. 30. f dente. Art. 63 ‑ O membro da Diretoria e do Conselho 31. f § 2° ‑ Da decisão caberá recurso ao Congresso 32. f Nacional, a partir da comunicação desta à toria quando: 33. f afiliada. a) Infringir normas deste Estatuto; b) dilapidar o patrimônio da CNTE; 34. 35. f exclusão: c) abandonar o cargo. 36. f a) atrasar, por mais de 12 meses, o pagamento das Art. 64 ‑ A perda do mandato será declarada pela pró- 37. f 38. f 39. f Art. 58 ‑ Constituem‑se faltas determinantes de Fiscal perderá seu mandato por decisão de 2/3 da Dire- Esta alteração foi introduzida para adequar a CNTE à deliberação da Plenária Nacional da CUT. É preciso constar que a Direção da CNTE fica autorizada a proceder nova modificação caso a CUT modifique a decisão da Plenária Nacional. 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em pria Diretoria por ato específico, dando‑se desta ciência ao interessado, cabendo recurso sem efeito suspensivo ao Conselho Nacional de Entidades. Educação 157 Caderno de Resoluções » 1. a Art. 65 ‑ Os membros da diretora terão direito ao licen- a participar ou acatar a decisão, esta será 2. a ciamento das atividades da direção, desde que o perío- excluída da CNTE. 3. a do de licença ou a somatória das mesmas não ultrapas4. a se um terço do mandato. des, analisando os processos de unificação Parágrafo Único – Uma vez a licença ou a soma- 5. a § 2° ‑ Caberá ao Conselho Nacional de Entida- 6. a tória das mesmas ultrapassar um terço do mandato, o dos Estados, definir quais são os casos que se enquadram no parágrafo anterior. 7. a diretor será substituído em definitivo por um suplente Art. 72 ‑ Os Funcionários de Escola e Especialistas em 8. a da mesma chapa para ocupar cargo na Diretoria Exe- Educação serão organizados em departamentos especí- 9. a cutiva. ficos, subordinados a Diretoria Executiva da CNTE. §1° ‑ O Departamento de Funcionários será 10. a 11. CAPÍTULO VII vinculado à Secretaria de Políticas Sindi- 12. a Das Disposições Gerais e Transitórias cais. § 2°‑ A estrutura e funcionamento dos Depar- 13. a 14. f Art. 66 ‑ Este Estatuto poderá ser alterado parcial ou to- tamentos de Funcionários de Escola e de 15. f talmente, por proposição da Diretoria Executiva, CNE Especialistas em educação, coordenados 16. f e Entidades filiadas. por um representante do respectivo setor, Parágrafo Único ‑ A reforma estatutária será apro- 17. f 18. f vada pelo Congresso Nacional 19. f Art. 67 ‑ A Confederação Nacional dos Trabalhadores 20. f em Educação ‑ CNTE somente poderá ser dissolvida 21. f por deliberação unânime das filiadas, em pleno exer- 22. f cício dos seus direitos estatutários após ampla discus- 23. f são. 24. f Art. 68 ‑ Os membros do Conselho Nacional de Enti- 25. f dades e Diretoria Executiva não respondem individu- 26. al ou solidariamente pelas obrigações assumidas pela 27. f CNTE. 28. f Art. 69 ‑ No caso de dissolução, o patrimônio terá des- 29. f tino decidido pela instância que o dissolveu, observa- 30. f das as condições do Art. 66. 31. f Art. 70 ‑ O presente Estatuto passará a vigorar na data 32. f de sua aprovação pelo Congresso Nacional da Confe- 33. f deração Nacional dos Trabalhadores em Educação. 34. Art. 71 ‑ Nos Estados, as entidades, desenvolvendo ou 35. f por desenvolver processos de unificação, poderão con- 36. f tinuar filiadas à CNTE, desde que satisfaçam as condi- 37. f ções exigidas por este Estatuto. cional de Entidades - CNE. 38. f § 1° ‑ Nos Estados onde já houve processos de 39. f unificação, se alguma entidade recusou‑se 158 VOLTAR AO ÍNDICE serão regulamentados pelo Conselho Na- 30o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação