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Próximos concertos Metropolitana
Domingo, 1 de janeiro, 17h00, Grande Auditório do CCB
Concerto de Ano Novo
Orquestra Metropolitana de Lisboa
Cesário Costa direção musical
Valsas e Polcas de Strauss
Temporada de Concertos CCB | Metropolitana ************************************
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Metropolitana
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Telefone 213 617 320
Sábado, 17 de dezembro, 21h30
Auditório Maestro Manuel Maria Baltazar, Lourinhã
Domingo, 18 de dezembro, 17h00
Sala Elíptica do Convento de Mafra
Terceira Sinfonia de Schubert
Orquestra Metropolitana de Lisboa
Ana Pereira violino
José Miguel Rodilla direção musical PROGRAMA
Nuno Côrte-Real – Abertura Secondo Novecento, Op. 25
Ludwig van Beethoven –C
oncerto para Violino em Ré maior, Op. 61
I. Allegro ma non troppo
II. Larghetto
III. Rondo: Allegro
Intervalo
Franz Schubert – Sinfonia n.º 3 em Ré maior, D 200
I. Adagio maestoso – Allegro con brio
II. Allegretto
III. Minuetto: Vivace – Trio
IV. Presto vivace
Notas ao programa
Nuno Côrte-Real (1971)
– Abertura Secondo Novecento, Op. 25 (2006)
A Abertura Secondo Novecento, composta em 2006,
é uma celebração da música da segunda metade do
século XX em todo o seu pluralismo e diversidade.
Segundo a visão académica, essa é uma época
dominada pelo absolutismo das vanguardas, uma
época em que, a partir de um sistema de interdições,
é suprimida a perceção auditiva e a emoção estética.
É também a época em que outras músicas foram
postas à margem pela ideologia dominante.
Nuno Côrte-Real recusa essa visão estreita e propõe­
‑se celebrar esse meio século de enorme riqueza
e pluralidade, no qual coexistiram músicas tão
diversas e compositores das mais variadas linhas
estilísticas. E essa explosão criativa que rejeita um
discurso dominante, não será a própria definição
do modernismo? Côrte-Real utiliza de forma
criptográfica, escondidas na partitura, diversas
técnicas ou referências estilísticas associadas ao
secondo novecento, como, por exemplo, técnicas
seriais ou simples evocações da música para cinema,
mas recusa todas as interdições que se oponham a
uma articulação musical sensível. E o resultado final é
uma explosão de êxtase.
Texto de Afonso Miranda
Ludwig van Beethoven (1770-1827)
– Concerto para Violino em Ré maior, Op. 61
(1806)
Quando se trata de dividir a História da Música
em capítulos, Beethoven provoca sempre algum
embaraço, pois foi o principal protagonista da
transição do período clássico para o período
romântico. Deixou para trás os legados de Haydn e
Mozart e anunciou os de Schubert, Mendelssohn,
Liszt e todos os outros. Muito genericamente,
abandonou os padrões de escrita assentes no
equilíbrio formal e na previsibilidade discursiva para
ensaiar um despojamento expressivo decorrente
da singularidade do artista, enquanto indivíduo,
enquanto «herói». Este concerto identifica-se
claramente com esta segunda condição. Está
carregado de momentos em que predominam os
afetos, por intermédio da exploração obstinada
das ideias musicais, com lugar a virtuosismo, mas
também a um plano de desenvolvimento bastante
mais complexo do que aquele a que os ouvintes
da época esperariam de um concerto para solista e
orquestra.
Destacam-se, desde logo, os três minutos que o
solista aguarda desde o início da obra até se fazer
ouvir pela primeira vez. Mas vale a pena esperar.
Seguem-se melodias de caráter simples, mas
carregadas de sentimento, que muitos reconhecerão
imediatamente, já que este é um dos concertos para
violino mais célebres de todo o repertório para este
instrumento. O segundo andamento desenvolve­
‑se na forma de tema e variações, num ambiente
pungente. Contrasta assim o terceiro, com grande
vivacidade. Estas últimas páginas do concerto
deverão ser consideradas sempre que se trate de
explicar a dimensão do génio deste compositor.
Texto de Rui Campos Leitão
Franz Schubert (1797-1828)
– Sinfonia n.º 3 em Ré maior, D 200 (1815)
Em 1815, data da composição desta sinfonia, Viena
era uma cidade muita diferente daquela que
Mozart havia conhecido. As tropas de Napoleão
permaneceram ali entre 1809 e 1813 provocando um
tremendo abalo nas práticas culturais correntes e,
muito particularmente, nas orquestras profissionais
privadas que anteriormente haviam sido financiadas
pela aristocracia. Predominavam, por isso, pequenos
agrupamentos amadores que, com dispositivos
musicais menos ambiciosos, satisfaziam os
mais prementes propósitos lúdico-musicais da
convivência doméstica. Em casa dos Schubert
formou-se um pequeno agrupamento de cordas
composto inicialmente por membros da família.
Porém, não tardou em crescer, à medida que se lhe
foram juntando outros músicos que gravitavam em
seu torno. A determinada altura já estava formada
uma orquestra que permitia tocar sinfonias de
Mozart e de Haydn. Foi essa experiência que motivou
Schubert para se dedicar à música orquestral.
Ouvem-se, por isso, nas suas primeiras sinfonias,
influências daqueles dois compositores, assim como
do primeiro período criativo de Beethoven. São obras
onde a fluidez das ideias musicais se impõe como
principal característica. Ainda assim, nesta Terceira
Sinfonia, não deixa de ecoar uma influência bem
mais mundana, consequência direta de um dos mais
populares fenómenos musicais da época: a música
de Rossini. No último andamento é muito explícita
essa analogia, com uma escrita plena de vivacidade,
uma vertiginosa imaginação criativa e ideias musicais
assentes em contrastes extraordinariamente
sedutores.
Texto de Rui Campos Leitão
Ana Pereira violino
José Miguel Rodilla direção musical ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA
Cesário Costa direção artística
É natural de Lanhelas (8 de agosto de 1985). Iniciou
estudos musicais na banda da sua terra natal,
ingressando aos 12 anos na Escola Profissional de
Música de Viana do Castelo, na classe de violino
do professor José Manuel Fernandéz Rosado.
Aqui terminou o curso básico com a classificação
máxima. Logo nesta fase começou a ser distinguida:
no Prémio Jovens Músicos 2002 obteve o 3.º
prémio de Violino Nível Médio e o 3.º prémio de
Música de Câmara Nível Médio. Participou no 1.º
concurso de violino Tomás Borba, obtendo o 2.º
prémio. Selecionada para a Academia Superior de
Orquestra da Metropolitana, estuda com o professor
Aníbal Lima, licenciando-se com a classificação
máxima, no ano de 2007. Ainda em 2005, obtém
o 2.º Prémio no concurso Jovens Músicos / Nível
Superior e, um ano depois, o 1.º prémio. No ano de
2007, venceu a modalidade de Música de Câmara /
Nível Superior, como 1.º violino do Quarteto Artzen,
grupo que funda na Academia. Mais recentemente,
foi vencedora do Prémio Jovens Violinistas 2011,
organizado em coprodução pelo São Luiz Teatro
Municipal e Metropolitana, com patrocínio da Caixa
Geral de Depósitos.
Durante toda a formação, frequentou masterclasses com prestigiados violinistas portugueses e
internacionais. As suas qualidades interpretativas
levaram-na a ser concertino da Orquestra Sinfónica
da Escola Profissional de Música de Viana do Castelo,
da Orquestra Académica Metropolitana, Orquestra
Sinfonietta de Lisboa e Orquestra de Ópera
Portuguesa. Foi também eleita como concertino
para a Orquestra Nacional de Jovens APROARTE 2002
e para o II Estágio da Orquestra Sinfónica Académica
Metropolitana.
Tocou em diversas orquestras: Sinfonietta do Porto,
Sinfonietta de Lisboa, APROARTE, Orquestra Sinfónica
da Escola Profissional de Música de Viana do Castelo,
Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra de
Ópera Portuguesa e OrchestrUtópica. Apresentou-se
como solista com a Orquestra Gulbenkian, Orquestra
Académica Metropolitana e Orquestra do Algarve,
em Portugal e no estrangeiro. Atua regularmente
como concertino da Orquestra Sinfonieta e da
Orquestra de Ópera Portuguesa. Tem agendados
inúmeros recitais com o quarteto Artzen, bem como
com o Quarteto de Moscovo. É membro fundador da
camerata de cordas Alma Mater. Integra desde 2008
a Orquestra Metropolitana de Lisboa, passando em
outubro desse ano a ocupar o lugar de Concertino
adjunto. Passou em 2009 a fazer parte do corpo
docente da Academia Superior de Orquestra da
Metropolitana.
Ao longo da carreira, tem-se apresentado em
diversas salas de concerto à frente de orquestras
de prestígio, na execução de grandes obras do
repertório orquestral e de ópera. É responsável
pelo Departamento de Direção de Orquestra do
Conservatório Superior de Múrcia e Maestro Titular da
Orquestra Sinfónica da Região de Múrcia.
Nascido em Valência, estudou direção de orquestra,
composição e clarinete nos Conservatórios de
Valência, Alicante, Roterdão e Salzburg Mozarteum.
Terminou o seu diploma de direção de orquestra
com distinção no Royal College of Music (LRSM),
frequentando depois cursos ministrados por
J. Collado, M. Gielen, J. Rotter e A. Cecatto.
Estreou-se como maestro com a Orquestra do
Conservatório de Múrcia em 1990, onde se manteve
como titular até 1996, realizando várias digressões em
Espanha, Hungria e Portugal. Em 1991, foi galardoado
com o Prémio para Melhor Maestro no Festival
Internacional de Orquestras de Jovens de Múrcia. Em
1993, formou o Concertus Novo Chamber Orchestra,
concretizando o objetivo de criar um agrupamento
que se dedicasse à música contemporânea. Este
recebeu vários convites de prestigiados festivais
de música, sendo algumas das apresentações
transmitidas em direto pela Rádio Nacional de
Espanha. Em 1997, foi nomeado Maestro Principal da
Orquestra Sinfónica da Região de Múrcia. À frente
desta, apresentou diversos concertos e realizou várias
digressões em Espanha, Portugal e França. Dirigiu
um vasto repertório que abrange desde a música
antiga à música contemporânea e numerosos solistas
internacionais.
Como convidado, José Miguel Rodilla dirigiu
orquestras como a Aachen Symphony Orchestra,
Szeged Symphony Orchestra, Karlovy Vary Symphony
Orchestra, Kuzbass Symphony Orchestra de
Kemerovo, Orquesta Sinfónica del Principado de
Esturias, Orquesta Sinfónica Nacional de Paraguay,
Milano Classica Chamber Orchestra, Orquesta de
Valencia, Hradec Kralove Philharmonie, Orquesta de
Extremadura, Orquestra Nacional do Porto, Radio
Bratislava Symphony Orchestra, Orchestre Bayonne
Côte Basque, Orquesta Sinfónica de Castilla y León,
Orquesta Ciudad de Málaga, Orquesta Ciutat d’Elx,
Orquesta Classica de la Laguna (Tenerife), Orquesta
Bética de Sevilla e Orquesta de Jóvenes de la Región
de Murcia. Trabalhou com solistas como Ana Maria
Sánchez, Steven Isserlis, Montserrat Caballé, Ainho
Arteta, Ludmil Angelov, Yung Wook Yoo, Pepe
Romero, Los Romeros Quartet, Jan Simon, Guy
Touvron, Carmen Linares, Carlos Bregaza e José
Sempere.
Gravou recentemente para a etiqueta RTVE o
Concerto para Violino de Elgar com o violinista
Miguel Pérez-Espejo e, com Manuel Seco de Arpe,
a obra contemporânea Misa Plenaria Iubilate Deo.
Dos seus compromissos mais recentes destacam-se
os concertos realizados na Alemanha, Rússia, Itália,
República Checa, Polónia, Paraguai e Hungria.
A Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML) estreou­
‑se no dia 10 de Junho de 1992. Desde então, os
seus músicos asseguram uma extensa atividade
que compreende os repertórios barroco, clássico e
sinfónico – integrando, neste último caso, os jovens
intérpretes da Orquestra Académica Metropolitana.
Distingue­‑se igualmente pela versatilidade que
lhe permite abordar géneros tão diversos como
a Música de Câmara, o Jazz, o Fado, a Ópera ou a
Música Contemporânea, proporcionando a criação
de novos públicos e a afirmação do caráter inovador
do projeto da Metropolitana. Esta entidade, que
tutela a orquestra, tem como singularidade o inter­
‑relacionamento das práticas artística e pedagógica,
beneficiando da convivência quotidiana de músicos
profissionais com alunos das suas escolas – a
Academia Superior de Orquestra, o Conservatório
e a Escola Profissional Metropolitana. Este desígnio
faz parte da identidade da OML, à semelhança de
uma participação cívica que se traduz na regular
apresentação em concertos de solidariedade e
eventos públicos relevantes. Cabe­‑lhe, ainda, a
responsabilidade de assegurar programação anual
junto de várias autarquias da região centro e sul, para
além de promover a descentralização cultural por
todo o país.
Desde o seu início, a OML é referência incontornável
do panorama orquestral nacional. Além­‑fronteiras,
e somente um ano após a sua criação, apresentou­
‑se em Estrasburgo e Bruxelas. Deslocou­‑se depois a
Itália, Índia, Coreia do Sul, Macau, Tailândia e Áustria.
Em 2009, tocou em Cabo­‑Verde, numa ocasião
histórica em que, pela primeira vez, se fez ouvir uma
orquestra clássica naquele arquipélago. No final de
2009 e início de 2010, efetuou uma digressão pela
China. Tem gravados onze CDs – um dos quais disco
de platina – para diferentes editoras, incluindo a EMI
Classics, a Naxos e a RCA Classics.
Ao longo de quase duas décadas de atividade,
colaborou com maestros e solistas de grande
reputação nos planos nacional e internacional, de que
são exemplos os maestros Christopher Hogwood,
Theodor Guschlbauer, Michael Zilm, Arild Remmereit,
Nicholas Kraemer, Lucas Paff, Victor Yampolsky, Joana
Carneiro, Brian Schembri, ou os solistas Monserrat
Caballé, Kiri Te Kanawa, José Cura, José Carreras,
Felicity Lott, Elisabete Matos, Leon Fleisher, Maria
João Pires, Artur Pizarro, Sequeira Costa, António
Rosado, Natalia Gutman, Gerardo Ribeiro, Anabela
Chaves, António Meneses, Sol Gabetta, Michel Portal,
Marlis Petersen, Dietrich Henschel, Thomas Walker,
Mark Padmore, entre outros. Em sucessivos períodos,
a direção artística esteve confiada aos maestros
Miguel Graça Moura, Jean-Marc Burfin, Álvaro Cassuto
e Augustin Dumay, sendo desde a temporada de
2009/2010 da responsabilidade de Cesário Costa.
Primeiros Violinos
Adrian Florescu (Concertino)
Alexêi Tolpygo
Carlos Damas
Diana Tzonkova
Liviu Scripcaru
Mafalda Pires *
Segundos Violinos
Ágnes Sárosi
Eldar Nagiev
Anzela Akopyan
Elena Komissarova
José Teixeira
Daniela Radu
Violas
Valentin Petrov
Joana Cipriano (Convidada)
Gerardo Gramajo
Andrei Ratnikov
Joana Tavares *
Violoncelos
Peter Flanagan
Ana Cláudia Serrão
Jian Hong
Hugo Paiva *
Contrabaixos
Ercole de Conca
Vladimir Kouznetsov
Flautas
Nuno Inácio
Rui Maia (Convidado)
Oboés
Bryony Middleton
Bethany Akers (Convidada)
Clarinetes
Nuno Silva
Jorge Camacho
Fagotes
Franz Dörsam
Bertrand Raoulx
Trompas
Ricardo Silva (Convidado)
Jerôme Arnouf
Trompetes
Sérgio Charrinho
Rui Mirra
Tímpanos
Fernando Llopis
*Alunos da Academia Superior de
Orquestra da Metropolitana
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Sábado, 17 de dezembro, 21h30 auditório maestro manuel maria