FUNDADORES presidência do conselho de ministros – secretaria de estado da cultura ministério da educação e ciência ministério da solidariedade e da segurança social ministério da economia e do emprego – secretaria de estado do turismo ministério adjunto e dos assuntos parlamentares – secretaria de estado do desporto e juventude ************************************ Próximos concertos Metropolitana Domingo, 1 de janeiro, 17h00, Grande Auditório do CCB Concerto de Ano Novo Orquestra Metropolitana de Lisboa Cesário Costa direção musical Valsas e Polcas de Strauss Temporada de Concertos CCB | Metropolitana ************************************ MECENAS EXTRAORDINÁRIO PATROCINADORES Turim Hotéis El Corte Inglés PROMOTORES REGIONAIS CâmaraS MunicipaIS de Caldas da Rainha Cartaxo Lourinhã Mafra Montijo APOIOS Antena 2 Revista Sábado Sapo Revista PAIS & Filhos PARCERIAS Centro Cultural de Belém São Luiz Teatro Municipal Fundação INATEL EGEAC Casa Pia de Lisboa Universidade Nova de Lisboa Reitoria da Universidade de Lisboa Universidade Lusíada Música nos Hospitais Casa da América Latina Fundação Oriente Instituto dos Museus e da Conservação Festival Música Viva Cultivarte – Encontro Internacional de Clarinete de Lisboa Embaixada do Brasil em Lisboa Rui Pena, Arnaut & Associados – Sociedade de Advogados, RL News Search Sociedade Portuguesa de Autores etic Classificação Etária: MAIORES DE 3 ANOS Mais informações em www.metropolitana.pt Metropolitana Travessa da Galé 36, Junqueira | 1349-028 Lisboa Telefone 213 617 320 Sábado, 17 de dezembro, 21h30 Auditório Maestro Manuel Maria Baltazar, Lourinhã Domingo, 18 de dezembro, 17h00 Sala Elíptica do Convento de Mafra Terceira Sinfonia de Schubert Orquestra Metropolitana de Lisboa Ana Pereira violino José Miguel Rodilla direção musical PROGRAMA Nuno Côrte-Real – Abertura Secondo Novecento, Op. 25 Ludwig van Beethoven –C oncerto para Violino em Ré maior, Op. 61 I. Allegro ma non troppo II. Larghetto III. Rondo: Allegro Intervalo Franz Schubert – Sinfonia n.º 3 em Ré maior, D 200 I. Adagio maestoso – Allegro con brio II. Allegretto III. Minuetto: Vivace – Trio IV. Presto vivace Notas ao programa Nuno Côrte-Real (1971) – Abertura Secondo Novecento, Op. 25 (2006) A Abertura Secondo Novecento, composta em 2006, é uma celebração da música da segunda metade do século XX em todo o seu pluralismo e diversidade. Segundo a visão académica, essa é uma época dominada pelo absolutismo das vanguardas, uma época em que, a partir de um sistema de interdições, é suprimida a perceção auditiva e a emoção estética. É também a época em que outras músicas foram postas à margem pela ideologia dominante. Nuno Côrte-Real recusa essa visão estreita e propõe ‑se celebrar esse meio século de enorme riqueza e pluralidade, no qual coexistiram músicas tão diversas e compositores das mais variadas linhas estilísticas. E essa explosão criativa que rejeita um discurso dominante, não será a própria definição do modernismo? Côrte-Real utiliza de forma criptográfica, escondidas na partitura, diversas técnicas ou referências estilísticas associadas ao secondo novecento, como, por exemplo, técnicas seriais ou simples evocações da música para cinema, mas recusa todas as interdições que se oponham a uma articulação musical sensível. E o resultado final é uma explosão de êxtase. Texto de Afonso Miranda Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Concerto para Violino em Ré maior, Op. 61 (1806) Quando se trata de dividir a História da Música em capítulos, Beethoven provoca sempre algum embaraço, pois foi o principal protagonista da transição do período clássico para o período romântico. Deixou para trás os legados de Haydn e Mozart e anunciou os de Schubert, Mendelssohn, Liszt e todos os outros. Muito genericamente, abandonou os padrões de escrita assentes no equilíbrio formal e na previsibilidade discursiva para ensaiar um despojamento expressivo decorrente da singularidade do artista, enquanto indivíduo, enquanto «herói». Este concerto identifica-se claramente com esta segunda condição. Está carregado de momentos em que predominam os afetos, por intermédio da exploração obstinada das ideias musicais, com lugar a virtuosismo, mas também a um plano de desenvolvimento bastante mais complexo do que aquele a que os ouvintes da época esperariam de um concerto para solista e orquestra. Destacam-se, desde logo, os três minutos que o solista aguarda desde o início da obra até se fazer ouvir pela primeira vez. Mas vale a pena esperar. Seguem-se melodias de caráter simples, mas carregadas de sentimento, que muitos reconhecerão imediatamente, já que este é um dos concertos para violino mais célebres de todo o repertório para este instrumento. O segundo andamento desenvolve ‑se na forma de tema e variações, num ambiente pungente. Contrasta assim o terceiro, com grande vivacidade. Estas últimas páginas do concerto deverão ser consideradas sempre que se trate de explicar a dimensão do génio deste compositor. Texto de Rui Campos Leitão Franz Schubert (1797-1828) – Sinfonia n.º 3 em Ré maior, D 200 (1815) Em 1815, data da composição desta sinfonia, Viena era uma cidade muita diferente daquela que Mozart havia conhecido. As tropas de Napoleão permaneceram ali entre 1809 e 1813 provocando um tremendo abalo nas práticas culturais correntes e, muito particularmente, nas orquestras profissionais privadas que anteriormente haviam sido financiadas pela aristocracia. Predominavam, por isso, pequenos agrupamentos amadores que, com dispositivos musicais menos ambiciosos, satisfaziam os mais prementes propósitos lúdico-musicais da convivência doméstica. Em casa dos Schubert formou-se um pequeno agrupamento de cordas composto inicialmente por membros da família. Porém, não tardou em crescer, à medida que se lhe foram juntando outros músicos que gravitavam em seu torno. A determinada altura já estava formada uma orquestra que permitia tocar sinfonias de Mozart e de Haydn. Foi essa experiência que motivou Schubert para se dedicar à música orquestral. Ouvem-se, por isso, nas suas primeiras sinfonias, influências daqueles dois compositores, assim como do primeiro período criativo de Beethoven. São obras onde a fluidez das ideias musicais se impõe como principal característica. Ainda assim, nesta Terceira Sinfonia, não deixa de ecoar uma influência bem mais mundana, consequência direta de um dos mais populares fenómenos musicais da época: a música de Rossini. No último andamento é muito explícita essa analogia, com uma escrita plena de vivacidade, uma vertiginosa imaginação criativa e ideias musicais assentes em contrastes extraordinariamente sedutores. Texto de Rui Campos Leitão Ana Pereira violino José Miguel Rodilla direção musical ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA Cesário Costa direção artística É natural de Lanhelas (8 de agosto de 1985). Iniciou estudos musicais na banda da sua terra natal, ingressando aos 12 anos na Escola Profissional de Música de Viana do Castelo, na classe de violino do professor José Manuel Fernandéz Rosado. Aqui terminou o curso básico com a classificação máxima. Logo nesta fase começou a ser distinguida: no Prémio Jovens Músicos 2002 obteve o 3.º prémio de Violino Nível Médio e o 3.º prémio de Música de Câmara Nível Médio. Participou no 1.º concurso de violino Tomás Borba, obtendo o 2.º prémio. Selecionada para a Academia Superior de Orquestra da Metropolitana, estuda com o professor Aníbal Lima, licenciando-se com a classificação máxima, no ano de 2007. Ainda em 2005, obtém o 2.º Prémio no concurso Jovens Músicos / Nível Superior e, um ano depois, o 1.º prémio. No ano de 2007, venceu a modalidade de Música de Câmara / Nível Superior, como 1.º violino do Quarteto Artzen, grupo que funda na Academia. Mais recentemente, foi vencedora do Prémio Jovens Violinistas 2011, organizado em coprodução pelo São Luiz Teatro Municipal e Metropolitana, com patrocínio da Caixa Geral de Depósitos. Durante toda a formação, frequentou masterclasses com prestigiados violinistas portugueses e internacionais. As suas qualidades interpretativas levaram-na a ser concertino da Orquestra Sinfónica da Escola Profissional de Música de Viana do Castelo, da Orquestra Académica Metropolitana, Orquestra Sinfonietta de Lisboa e Orquestra de Ópera Portuguesa. Foi também eleita como concertino para a Orquestra Nacional de Jovens APROARTE 2002 e para o II Estágio da Orquestra Sinfónica Académica Metropolitana. Tocou em diversas orquestras: Sinfonietta do Porto, Sinfonietta de Lisboa, APROARTE, Orquestra Sinfónica da Escola Profissional de Música de Viana do Castelo, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra de Ópera Portuguesa e OrchestrUtópica. Apresentou-se como solista com a Orquestra Gulbenkian, Orquestra Académica Metropolitana e Orquestra do Algarve, em Portugal e no estrangeiro. Atua regularmente como concertino da Orquestra Sinfonieta e da Orquestra de Ópera Portuguesa. Tem agendados inúmeros recitais com o quarteto Artzen, bem como com o Quarteto de Moscovo. É membro fundador da camerata de cordas Alma Mater. Integra desde 2008 a Orquestra Metropolitana de Lisboa, passando em outubro desse ano a ocupar o lugar de Concertino adjunto. Passou em 2009 a fazer parte do corpo docente da Academia Superior de Orquestra da Metropolitana. Ao longo da carreira, tem-se apresentado em diversas salas de concerto à frente de orquestras de prestígio, na execução de grandes obras do repertório orquestral e de ópera. É responsável pelo Departamento de Direção de Orquestra do Conservatório Superior de Múrcia e Maestro Titular da Orquestra Sinfónica da Região de Múrcia. Nascido em Valência, estudou direção de orquestra, composição e clarinete nos Conservatórios de Valência, Alicante, Roterdão e Salzburg Mozarteum. Terminou o seu diploma de direção de orquestra com distinção no Royal College of Music (LRSM), frequentando depois cursos ministrados por J. Collado, M. Gielen, J. Rotter e A. Cecatto. Estreou-se como maestro com a Orquestra do Conservatório de Múrcia em 1990, onde se manteve como titular até 1996, realizando várias digressões em Espanha, Hungria e Portugal. Em 1991, foi galardoado com o Prémio para Melhor Maestro no Festival Internacional de Orquestras de Jovens de Múrcia. Em 1993, formou o Concertus Novo Chamber Orchestra, concretizando o objetivo de criar um agrupamento que se dedicasse à música contemporânea. Este recebeu vários convites de prestigiados festivais de música, sendo algumas das apresentações transmitidas em direto pela Rádio Nacional de Espanha. Em 1997, foi nomeado Maestro Principal da Orquestra Sinfónica da Região de Múrcia. À frente desta, apresentou diversos concertos e realizou várias digressões em Espanha, Portugal e França. Dirigiu um vasto repertório que abrange desde a música antiga à música contemporânea e numerosos solistas internacionais. Como convidado, José Miguel Rodilla dirigiu orquestras como a Aachen Symphony Orchestra, Szeged Symphony Orchestra, Karlovy Vary Symphony Orchestra, Kuzbass Symphony Orchestra de Kemerovo, Orquesta Sinfónica del Principado de Esturias, Orquesta Sinfónica Nacional de Paraguay, Milano Classica Chamber Orchestra, Orquesta de Valencia, Hradec Kralove Philharmonie, Orquesta de Extremadura, Orquestra Nacional do Porto, Radio Bratislava Symphony Orchestra, Orchestre Bayonne Côte Basque, Orquesta Sinfónica de Castilla y León, Orquesta Ciudad de Málaga, Orquesta Ciutat d’Elx, Orquesta Classica de la Laguna (Tenerife), Orquesta Bética de Sevilla e Orquesta de Jóvenes de la Región de Murcia. Trabalhou com solistas como Ana Maria Sánchez, Steven Isserlis, Montserrat Caballé, Ainho Arteta, Ludmil Angelov, Yung Wook Yoo, Pepe Romero, Los Romeros Quartet, Jan Simon, Guy Touvron, Carmen Linares, Carlos Bregaza e José Sempere. Gravou recentemente para a etiqueta RTVE o Concerto para Violino de Elgar com o violinista Miguel Pérez-Espejo e, com Manuel Seco de Arpe, a obra contemporânea Misa Plenaria Iubilate Deo. Dos seus compromissos mais recentes destacam-se os concertos realizados na Alemanha, Rússia, Itália, República Checa, Polónia, Paraguai e Hungria. A Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML) estreou ‑se no dia 10 de Junho de 1992. Desde então, os seus músicos asseguram uma extensa atividade que compreende os repertórios barroco, clássico e sinfónico – integrando, neste último caso, os jovens intérpretes da Orquestra Académica Metropolitana. Distingue‑se igualmente pela versatilidade que lhe permite abordar géneros tão diversos como a Música de Câmara, o Jazz, o Fado, a Ópera ou a Música Contemporânea, proporcionando a criação de novos públicos e a afirmação do caráter inovador do projeto da Metropolitana. Esta entidade, que tutela a orquestra, tem como singularidade o inter ‑relacionamento das práticas artística e pedagógica, beneficiando da convivência quotidiana de músicos profissionais com alunos das suas escolas – a Academia Superior de Orquestra, o Conservatório e a Escola Profissional Metropolitana. Este desígnio faz parte da identidade da OML, à semelhança de uma participação cívica que se traduz na regular apresentação em concertos de solidariedade e eventos públicos relevantes. Cabe‑lhe, ainda, a responsabilidade de assegurar programação anual junto de várias autarquias da região centro e sul, para além de promover a descentralização cultural por todo o país. Desde o seu início, a OML é referência incontornável do panorama orquestral nacional. Além‑fronteiras, e somente um ano após a sua criação, apresentou ‑se em Estrasburgo e Bruxelas. Deslocou‑se depois a Itália, Índia, Coreia do Sul, Macau, Tailândia e Áustria. Em 2009, tocou em Cabo‑Verde, numa ocasião histórica em que, pela primeira vez, se fez ouvir uma orquestra clássica naquele arquipélago. No final de 2009 e início de 2010, efetuou uma digressão pela China. Tem gravados onze CDs – um dos quais disco de platina – para diferentes editoras, incluindo a EMI Classics, a Naxos e a RCA Classics. Ao longo de quase duas décadas de atividade, colaborou com maestros e solistas de grande reputação nos planos nacional e internacional, de que são exemplos os maestros Christopher Hogwood, Theodor Guschlbauer, Michael Zilm, Arild Remmereit, Nicholas Kraemer, Lucas Paff, Victor Yampolsky, Joana Carneiro, Brian Schembri, ou os solistas Monserrat Caballé, Kiri Te Kanawa, José Cura, José Carreras, Felicity Lott, Elisabete Matos, Leon Fleisher, Maria João Pires, Artur Pizarro, Sequeira Costa, António Rosado, Natalia Gutman, Gerardo Ribeiro, Anabela Chaves, António Meneses, Sol Gabetta, Michel Portal, Marlis Petersen, Dietrich Henschel, Thomas Walker, Mark Padmore, entre outros. Em sucessivos períodos, a direção artística esteve confiada aos maestros Miguel Graça Moura, Jean-Marc Burfin, Álvaro Cassuto e Augustin Dumay, sendo desde a temporada de 2009/2010 da responsabilidade de Cesário Costa. Primeiros Violinos Adrian Florescu (Concertino) Alexêi Tolpygo Carlos Damas Diana Tzonkova Liviu Scripcaru Mafalda Pires * Segundos Violinos Ágnes Sárosi Eldar Nagiev Anzela Akopyan Elena Komissarova José Teixeira Daniela Radu Violas Valentin Petrov Joana Cipriano (Convidada) Gerardo Gramajo Andrei Ratnikov Joana Tavares * Violoncelos Peter Flanagan Ana Cláudia Serrão Jian Hong Hugo Paiva * Contrabaixos Ercole de Conca Vladimir Kouznetsov Flautas Nuno Inácio Rui Maia (Convidado) Oboés Bryony Middleton Bethany Akers (Convidada) Clarinetes Nuno Silva Jorge Camacho Fagotes Franz Dörsam Bertrand Raoulx Trompas Ricardo Silva (Convidado) Jerôme Arnouf Trompetes Sérgio Charrinho Rui Mirra Tímpanos Fernando Llopis *Alunos da Academia Superior de Orquestra da Metropolitana