8 1º Ten Al MARCELO FERREIRA MEIRELES Fraturas ortopédicas comuns no pé na prática militar RIO DE JANEIRO 2009 9 1º Ten Al MARCELO FERREIRA MEIRELES Fraturas ortopédicas comuns no pé na prática militar Trabalho de conclusão de curso apresentado à escola de saúde de exército com requisito parcial para aprovação no Curso de Formação de Oficiais do Serviço de Saúde, especialização em Aplicações Complementares às Ciências Militares Orientador(a): Dr Jaromir Cedric Cardoso Netto Jr. RIO DE JANEIRO 2009 10 1º Ten Al MARCELO FERREIRA MEIRELES Fraturas ortopédicas comuns no pé na prática militar COMISSÃO DE AVALIAÇÃO Dr Jaromir Cedric Cardoso Netto Jr. - Orientador Orientador Cap. Paulo César – EsSEx Avaliador Cap. Wiviane Leal da Silva– EsSEx Avaliadora RIO DE JANEIRO 2009 11 AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, nosso pai e criador. Aos meus pais, que, com muito carinho e apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida. Aos amigos e colegas, do CFO pelo incentivo e pelo apoio constantes. A todos que de alguma maneira compartilharam comigo para a realização deste trabalho e em especial minha namorada Aline pelo apoio e dedicação. 12 “Depois do combate a marcha Depois da marcha o combate.” Autor desconhecido RESUMO 13 Muita coisa mudou na nossa compreensão sob fraturas por stress, desde o médico Breithaupt em 1855, descrevendo pela primeira vez uma síndrome de dor e edema nos pés de soldados prussianos marchando. Por convenção, fraturas por stress ocorrem no osso normal, quando o osso é sujeito a tensões anormais ou que não está habituado. Esta condição é distinta da fratura por insuficiência, onde stress normal aplicado a produzir fratura óssea anormal. O trabalho consiste em uma revisão bibliográfica, através de artigos da medicina americana militar e civil, a etiologia de fraturas de stress nos pés na prática militar, para elucidar a profilaxia na sua patologia, através do casos, artigos científicos militares, revisões bibliográficas e artigo epidemiológico, tendo como conclusão uma necessidade maior de estudos sobre assunto e uma avaliação mais racional de fatores predisponentes intrínsecos e extrínsecos. Palavras chaves: fratura por stress, fratura da marcha, pés, profilaxia, atividade militares. ABSTRACT 14 Much has changed in our understanding of stress fractures since a Doctor Breithaupt's 1855 initial account describing a syndrome of painful swollen feet among marching Prussian soldiers. By convention, stress fractures occur in normal bone when the bone is subjected to abnormal or unaccustomed stresses. This condition is distinct from insufficiency fractures, wherein normal stresses applied to abnormal bone produce fracture. The work is a literature review, through articles in the American military and civilian medicine, the etiology of stress fractures of the foot in military practice, to elucidate its prophylaxis in disease, through cases, military papers, reviews and articles epidemiological literature, with the other studies finding a need and a more rational evaluation of predisposing factors intrinsic and extrinsic. Key words: stress fracture, foot, march fractures, prophylaxis, active military. SUMÁRIO 15 1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................8 2. CONCEITOS E MÉTODOS....................................................................................9 2.2 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................9 2.3 OBJETIVO ............................................................................................................9 2.4 METODOLOGIA ...................................................................................................9 3. MARCHA MILITAR...............................................................................................10 4. DESENVOLVIMENTO .........................................................................................12 4.1 FRATURA POR STRESS ..................................................................................12 4.2 AS FRATURAS DE STRESS NO RETROPÉ .....................................................15 4.3 AS FRATURAS DE STRESS NO MEDIOPÉ ......................................................18 4.4 AS FRATURAS DE STRESS NO ANTEPÉ ........................................................19 5. DISCUSSÃO ....................................................................................................... 22 6. CONCLUSÃO .......................................................................................................24 REFERÊNCIAS 16 1. INTRODUÇÃO A anatomia do pé é constituída por 26 ossos, que estão divididas em três regiões: antepé, mediopé e retropé. O antepé é composto por 14 falanges e 5 metatarsos, o médiopé é composto pelos 3 cuneiformes, cubóide e navicular e o retropé é composto pelo tálus e calcâneo, a junção dos mesmos é constituída através de ligamentos, formando articulações tibiotalar, subtalar, transversa do tarso, tarsometatarsianas, metatarsofalangeanas e interfalangeanas. Os movimentos dos pés (dorsoflexão, flexão plantar, inversão, eversão, supinação, pronação, extensãoflexão e abdução-adução dos artelhos) são realizados através dos músculos classificados em extrínsecos, cuja origem se dá em um segmento acima do pé, e intrínsecos, onde a origem e inserção são diretamente localizadas no pé. A inervação do pé é suprida por três nervos cutâneos, safeno, fibular superficial, fibular profundo e sural, localizados sob pele dorso do pé. (THOMPSON, 2002 e LECH, 2002). Os pés nem sempre recebem a atenção que merecem, mas a sua importância é incontestável, especialmente por serem a base de sustentação de todo o corpo. Quando se anda a passos largos ou durante uma corrida, os pés chegam a suportar cinco ou seis vezes o peso total do corpo — força que pode chegar a quase uma tonelada. Individualmente, os ossos do pé são frágeis, mas unidos por tendões e ligamentos, tornam-se fortes como gravetos juntos em um único feixe (RAVAGLIA, 2005). Na prática militar, onde há treinamentos intensos que exigem muito dos pés, como marchas longas com material militar, corridas, impactos em saltos, é muito comum o afastamento de militares de sua atividade laborativa, devido às fraturas ortopédicas nos pés, causando um grande ônus ao próprio militar, a força e a nação. Como elucidar no meio militar, as principais fraturas dos pés, a fim de minimizálas? 2. CONCEITO E MÉTODOS 17 2.1 Justificativa O trabalho é de suma importância a vida militar, visto que desde a 1ª. Guerra mundial até os dias de hoje existem artigos científicos tentando elucidar as fraturas associadas à marcha, frequente em militares até o presente, associadas ao stress sofrido pelas estruturas ósseas do pé, devido ao ritmo intenso de atividade da caserna em seu treinamento militar, durante realizações das marchas, visando diminuir a incidência dessas fraturas. 2.2 Objetivo Identificar os principais tipos de fraturas nos pés, com base na literatura atual, orientar e fornecer mecanismos que minimizem tais lesões. 2.3 Metodologia A metodologia aplicada nesse trabalho baseou numa revisão bibliográfica em livros textos clássicos da literatura ortopédica, associada à revisão dos principais trabalhos científicos envolvendo a literatura médica militar americana, no maior Jornal de trabalhos científicos da ortopedia, “The Journal of Bone and Joint Surgery”, onde no site de procura foram selecionados, os principais artigos com três palavras chaves obrigatórios do texto: foot, military e fracture, gerando artigos de diferentes décadas, mostrando a importância do tema. 3. MARCHA MILITAR 18 A marcha seja com cadência ou sem, faz parte do treinamento e da formação do militar, sendo a marcha clássica um passo regular pela batida a pé firme no solo, e pelo movimento sincronizado das mãos associada à música, sendo uma característica marcante das Legiões Romanas. Militares em marcha de formações de pé em uma batalha era uma prática comum na maioria dos países europeus durante séculos, e foi até transitar para o novo mundo, como recentemente a Guerra da Independência Americana. Desde então, tem sido eliminados pelos avanços em equipamentos militares e táticos, no entanto continua sendo uma parte da educação e treinamento militar (WIKIPÉDIA). A marcha a pé também representa um deslocamento da tropa, onde a situação tática do terreno exige, quer seja por não haver transporte motorizado disponível, ou devido ser um deslocamento curto, ou como na maioria das vezes um exercício militar. Os movimentos de tropa podem ser classificados em táticos ou administrativos. A marcha tática é aquela em que elementos ou forças militares deslocam-se sob condições de combate, com a finalidade de cumprir uma missão tática e, neles, as medidas de segurança constituem a principal preocupação. Os movimentos táticos são realizados, normalmente, na zona de combate e terminam em uma zona de reunião. A marcha preparatória tem a finalidade de facilitar a missão que terá que executar posteriormente, é realizado quando o contato com forças terrestres do inimigo não constitui preocupação. Normalmente, é executado na zona de administração e termina em uma zona de estacionamento. O planejamento da marcha é feito dentro de uma seqüência de atividades que se assemelham às de outras operações militares, contudo, existem algumas particularidades. Ao se realizar o estudo de situação para o movimento, serão consideradas todas as circunstâncias que o envolvem, tais como à hora de realização, se diurno ou noturno, sua extensão, a possibilidade de atuação do inimigo aéreo, grau de controle e segurança compatível com o cumprimento da missão, tempo disponível, etc. Da apreciação dessas circunstâncias será indicada a adoção de uma das seguintes formações: coluna por um, por dois ou coluna por três, na marcha a pé. A velocidade de marcha é prescrita pelo comandante da coluna a pé e pode ser padronizada nas NGA (Normas gerais de ação) da unidade (a velocidade padrão diurna é 4 km por hora em estrada e através campo 2,5 km por hora, enquanto a noturna a velocidade padrão é 3 km por hora em estrada e através do campo 1,5 km por hora). Essa velocidade, entretanto, poderá depender do 19 terreno e das condições meteorológicas, das condições da tropa, da extensão da marcha e da missão. A velocidade é mantida utilizando-se reguladores de marcha, que se deslocam à testa de cada unidade de marcha. A marcha forçada é aquela em que a tropa marcha mais de oito horas num período de vinte e quatro horas. O aumento da velocidade só será admissível em situações táticas excepcionais. A marcha forçada realizada por um longo período, ou sob condições desfavoráveis, poderá reduzir sensivelmente a eficiência da unidade. Todos os elementos da coluna mantêm a formação determinada. O deslocamento dos comandantes fora da formação é perigoso e prejudica o trânsito da estrada. Durante as marchas preparatórias, os comandantes, normalmente, se deslocam à retaguarda de suas frações. As distâncias entre as subunidades não são rigidamente mantidas, sendo permitida uma pequena variação para compensar as mudanças de velocidade dentro da coluna. Os altos são, normalmente, prescritos nas NGA da unidade. É aconselhável fazer-se um alto horário de 15 minutos após os primeiros 45 minutos de marcha. Durante as horas sucessivas, a tropa marcha 50 minutos e descansa 10 minutos. Um sinal de atenção deve ser dado um minuto antes da marcha ser reiniciada, nessa etapa é fundamental manutenção dos pés. Para o sucesso da marcha devem ser estimulados e adestrados: instrução e moral, vigor físico, disposição, disciplina da marcha, estado dos itinerários, confiança no comando e espírito de corpo, ou seja, atributos psicológicos e físicos essenciais ao militar (ESTADO MAIOR DO EXÉRCITO, 1980). A prática de marchas, associada principalmente corridas do treinamento físico militar sobrecarrega a estrutura dos pés, causando fraturas comuns em militares, as fraturas de stress ou overuse, que serão fontes desse estudo na região dos pés, conhecidas como fratura da marcha. 4. DESENVOLVIMENTO 4.1Fraturas por stress 20 A fratura por stress ou overuse era antigamente um problema restrito a atletas de alto desempenho, principalmente corredores e militares, onde a sobrecarga extra ultrapassa a resistência físio-patologica do osso sem um episódio de efetivo de trauma, num primeiro momento fissuras microscópicas, onde a falência dos processos de amortecimento músculos, fáscia e tendões, até o processo de microfraturas, que evolui para fratura (ROCKWOOD e GREEN, 2005). O primeiro relato sob fratura por stress na literatura é atribuído a Brihaupt, um médico do exército prussiano, que observou fraturas em soldados após longas marchas sem trauma associado, em 1855. Esse médico continuava ordenar que seus homens marchassem, pois eles não tinham outra chance, independente da dor (EISELE e SAMMARCO, 1993). Hoje em dia, as fraturas por stress em membros inferiores, muito associado a atletas e militares, que participam de vigorosos programas de exercícios, ou pacientes associados a fatores predisponentes como: osteoporose, menstruação irregular, diabetes mellitus, neuropatia idiopática, fumo e osso anormal (HERBERT e XAVIER, 2003). A fisiopatologia baseada, na lei de Wolf, que toda mudança na forma e função do osso resulta certamente numa alteração externa da sua estrutura, não é bem aceita, pois atletas deveriam ter o osso muito forte, já que treinam mais, e o que se vê na prática é o inverso, o mais aceito seria a remodelação óssea contínua em oposição ao stress imposto ao mesmo, no caso de fraturas, a remodelação é mais lenta ocasionando microfraturas até a fratura, associado aos fatores hormonais, dieta principalmente associada a fósforo e cálcio, carga-peso, estrutura muscular e tempo de fatiga, que após o limiar transfere a carga basicamente para estrutura óssea, ciclo e variedade da atividade física e o tipo pé (EISELE e SAMMARCO, 1993). O pé cavo com arco rígido absorve pouca energia, predispondo uma taxa maior de fratura por stress, enquanto o pé plano flexível absorve energia muito bem, devido à frouxidão ligamentar e grande mobilidade nas articulações do pé, o pé plano pode se tornar sintomático devido aos tecidos moles, sendo as fraturas de stress menos comum (EISELE e SAMMARCO, 1993). Enquanto Rockwood relata que a flexibilidade e o tipo de pé são controverso como fator predisponente, e apenas a dismetria de membros inferiores como fator relevante, para aumentar as chances de fratura por stress em militares e atletas, 21 porém não relaciona, qual dos membros será mais afetado, o menor ou maior (ROCKWOOD e GREEN, 2005). A história mais freqüente, que o paciente com sintoma clínico de fratura por stress apresenta é uma dor generalizada, envolvendo a extremidade acometida, a dor começa durante a marcha ou logo após, e continua crescendo com aumento da atividade, quando finalmente a dor se localiza, no exame físico pode ocorrer, calor, edema e alguns casos crepitação na região, nos pacientes em estágios avançados, podem ser palpados uma massa, produzida pelo calo ósseo exuberante (ROCKWOOD e GREEN, 2005). O diagnóstico por imagem pode ser feito através dos exames: radiografia plana, tomografia computadorizada, cintilografia óssea e ressonância magnética nuclear. A radiografia plana nos estágios iniciais e pouco efetiva para o diagnóstico, pois raramente a imagem radiológica se forma 2 a 3 semanas após os sintomas inicias, sendo comum nos estágios 1 da fratura por stress, o raio-X ser 100% falso negativo (ver tabela I- abaixo), porém quando evolui para o estágio 3, a sensibilidade passa para 24%, tendo como imagens características uma nova formação óssea periosteal, o marcador clássico radiográfico é a cicatrização resposta, muitas vezes não aparece até 3 meses após o início dos sintomas. Em alguns pacientes, as alterações radiográficas nunca aparecem. A Tomografia Computadorizada proporciona excelente detalhe anatômico ósseo. A delimitação da linha fratura é mais bem orientada com imagem 3D (tridimensional), que podem melhorar o tratamento de certas decisões, tais como os ossos tarsais. Fratura diafisária linhas longitudinais em locais também podem ser elucidados. A cintilografia óssea com tecnécio-99m é considerada como o exame mais sensível para diagnosticar fratura por stress, porém não é o mais específico, por isso deve ser correlacionado com a história clínica do paciente, lembrando que tumores ósseos também são captantes e podem dar um exame positivo-falso, além dessa desvantagem também se correlaciona ao fato de ser invasivo e ser um exame de medicina nuclear, por isso a Ressonância Magnética é o padrão-ouro para fratura stress, pois possui sensibilidade igual à cintilografia e maior especificidade, a partir daí a formulação da classificação de fratura de stress por esses 2 exames, descrita na tabela I (ROCKWOOD e GREEN, 2005). 22 Tabela I- Cintilografia Óssea e Ressonância Magnética Nuclear- Escala gradual 23 me dul ar áre a de mai or ativ ida de alt am ent e E de ma Per iost eal : mo der ada à gra ve em rel açã oa ma téri a gor dur 24 Tabela I-Classificação de Fraturas por stress sob critério de radiológico. Fonte: (ROCKWOOD e GREEN, 2005 ) A admissão de mulheres na academia militar americana proporcionou o estudo de fraturas de stress, sob condições iguais de treinamento entre homens e mulheres. Entre as atividades praticadas, ocorriam corridas pela manhã, em uma distância 6,4km em 30 minutos, treinamento de marchas, treinamento físico, treinamento no campo, entre outros. O treinamento diário era de 16 horas com efetivo total de 119 mulheres e 1366 homens, com idade de 21 a 27 anos, no ano 1976 de julho a setembro, completando o curso 1228 homens e 102 mulheres, dos quais 12 homens e 10 mulheres apresentaram fratura por stress, conclui-se que há uma relevância estatística de incidência de 1% para homens e 10% mulheres, no nível de confiança de 95%. A distribuição anatômica das fraturas de stress, no pé era 40% do total de fraturas para mulheres e para os homens representava 42%, sendo no metatarso 3 fraturas para os homens e 2 para mulheres e no calcâneo 2 fraturas igualmente para ambos os sexos. O trabalho também relata que não há relação entre tempo, início dos sintomas e tipo atividade física militar (PROTZMAN e GRIFFIS, 1977). 4.2 As fraturas de stress no retropé O calcâneo é maior osso do tarso e articula-se com cubóide e com talo. Na sua metade anterior, contém quatro facetas articulares, sendo uma com cubóide e as três superiores com talo (anterior média e posterior). As facetas anteriores apresentam tamanhas e angulações diferentes entre si. A faceta posterior é maior e convexa. A faceta medial está localizada no sustentáculo do talo, geralmente côncava e se comunica com a faceta anterior, que é ligeiramente lateralizada. A cortical lateral do calcâneo é fina, composta principalmente de osso esponjoso, sendo que os espessamentos corticais laterais apóiam a faceta posterior e, no lado medial, a cortical densa do sustentáculo do talo (HERBERT e XAVIER, 2003) . As fraturas do calcâneo por stress são comuns em recrutas militares e atletas, tendo uma distribuição anatômica, no estudo feito pelo hospital militar de Helsinqui na Finlândia, onde foram avaliados recrutas com dor no tornozelo e pé por 96 meses, com ressonância magnética nuclear, concluindo que 79% ocorrem na região superior e 21% na região inferior, sendo que 56% ocorrem na parte anterior, 18% na parte média e 26% na parte posterior, sendo que apenas 15% dos casos 25 são visíveis em radiografias planas, e não há correlação estatística com idade, peso, altura, massa corporal e capacidade física, além 70% das fraturas estarem associadas a outras lesões em ossos do tarso. O estudo também relata a incidência de 1,4 fraturas de stress em 10.000 recrutas, em intervalo de confiança de 95%, e refere que não há evidência significativa entre fratura por stress no calcâneo com diversos fatores, são esses: peso, altura, idade, massa muscular, tempo de serviço militar, tipo de pé. (SORMAALA et al, 2005). Fig .1-A Fig .1-B Desenhos esquemáticos mostrando a distribuição anatômica (de acordo com a porcentagem) de fraturas por stress na região anterior, central e posterior do calcâneo (Fig. 1-A) e nas regiões superior e inferior do calcâneo (Fig. 1-B) . Fonte: (SORMAALA et al, 2005). (fig. 2-A) (fig. 2-B) 26 Radiografia simples (fig. 2-A) e ressonância magnética T1-ponderadas sagital (fig. 2-B) do tornozelo de um recruta de 19 anos de idade, que tinham duas fraturas de stress no calcâneo. Ambas as linhas das fraturas são vistas na radiografia e na ressonância magnética. Fonte: (SORMAALA et al, 2005). Os pacientes com fratura de calcâneo têm como primeiros sintomas, dor, edema e calor nos dois lados do calcanhar, a história pregressa está associada com praticantes de esportes, danças e membros das forças militares, com aumento gradual da dor na região. As fraturas resultam em uma série de múltiplas cargas, incluindo compressão do calcanhar através de músculos gastrocnêmico e solear transmitidas ao tendão aquileu. As radiografias podem mostrar uma área de aumento da densidade da superfície posterior-superior do calcâneo até a superfície antero- inferior, a cintilografia óssea ou a tomografia computadorizada, podem ser necessárias para a conclusão do diagnóstico. Estas fraturas geralmente são sem desvio e podem ser tratadas com a diminuição das atividades e utilização de imobilizações pré-moldadas até a melhora dos sintomas e evidencias radiológicas de remodelação (EISELE e SAMMARCO, 1993). Embora as fraturas de stress no calcâneo sejam as mais comuns nessa região, também há a predominância da fratura talar, que envolve a cúpula medial, associada à fratura de stress do calcâneo. Geralmente é uma lesão osteocondral de difícil diagnóstico e com frequência não apresentam alterações radiográficas, para um diagnóstico mais preciso faz-se necessária a realização de uma ressonância magnética (ROCKWOOD E GREEN, 2005 e LEVINE, 1998). O talo é formado por três partes, corpo, colo e cabeça, sendo que aproximadamente 60% da sua superfície é recoberta por cartilagem articular. No talo, não existem inserções musculares ou tendinosas, mas há múltiplas inserções capsulares e ligamentares no colo. O colo do talo é primariamente extra-articular e apresenta orientação espacial diferente com o corpo, no plano horizontal há uma inclinação medial do corpo do talo de 10° a 40°, com uma média de 25° e no plano sagital há um desvio plantar de 5° a 50° com uma média de 25°. Essa variação tão grande ajuda explicar a grande dificuldade de interpretação radiográfica na fratura do talus. O corpo do talus tem 5 superfícies articulares: superior, lateral, medial, anterior e inferior. A face superior do corpo do talo é mais larga anteriormente e articula-se com a superfície distal da tíbia. As faces, medial e lateral articulam-se com os maléolos lateral e medial respectivamente. A face inferior do corpo tem 27 formato quadrado, é côncavo no sentido do longo eixo do osso e aplainado transversalmente, formando com o calcâneo a articulação subtalar posterior (HERBERT e XAVIER, 2003). 4.3 As fraturas de stress no médiopé O navicular é um dos ossos tarsais do médiopé e parte da articulação de chopart, também parte do arco medial do pé e articula-se com cabeça do talus, proximalmente, com os três cuneiformes distalmente, e com o cubóide, lateralmente. As faces mediais e plantar do navicular são protegidos por partes moles, especialmente a inserção do tendão tibial posterior (RUEDI, 2002). Embora não exista a relevância das fraturas de stress no mediopé, as mesmas têm sido relatadas radiológicamente, principalmente no navicular. As fraturas por stress do navicular acontecem mais frequentemente do que são diagnosticadas. São fraturas potencialmente graves em atletas de elite e são mais comuns nos esportes com mudança brusca de direção e movimentos explosivos podendo se associar a prática de atividade física militar. Ocorrem forças repetitivas através do segundo osso metatarsal concentradas no terço lateral do navicular, o que corresponde ao ponto máximo de stress de cisalhamento. Alguns autores consideram como fator de risco a presença de segundo metatarsal longo ou primeiro mais curto. Os sintomas são insidiosos e não-característicos. O exame clínico pode revelar sensibilidade dolorosa a palpação do navicular. O diagnóstico precoce é feito com cintilografia óssea ou ressonância magnética (ROCKWOOD e GREEN, 2005). O tratamento conservador envolve imobilização relativa com ou sem gesso, identificação e correção do fator mecânico predisponente e retorno lento e gradual as atividades esportivas. A necessidade de imobilização por tempo prolongado para obter a consolidação deve ser considerada na hora de optar pelo tratamento cirúrgico, assim como fraturas completas e cominutivas e retardo de consolidação, que é identificado radiograficamente por esclerose marginal ou áreas císticas. A via de acesso de escolha é a dorsal, com redução cruenta e fixação com parafusos e eventualmente com curetagem e enxerto ósseo. No pós-operatório, o paciente fica sem imobilização, iniciando o apoio parcial a partir da quarta semana. Pacientes que retornam precocemente as atividades esportivas têm maior risco de desenvolver artrose talonavicular (HERBERT e XAVIER, 2003 e ROCKWOOD e GREEN, 2005). 28 4.4 As fraturas de stress no antepé As fraturas mais comuns no antepé são relacionadas ao colo ou a diáfise do segundo e terceiro metatarsal conhencidas como fraturas da marcha associadas principalmente a militares. O pé conhecido como Morton- é um pé com o primeiro metatarsal pequeno e o segundo metatarsal longo e a hipermobilidade do primeiro raio, podem predispor esse tipo de patologia. Nesses casos, a carga é distribuída principalmente na diáfise do segundo raio e na cabeça do terceiro metatarsal contribuindo para a fadiga e fratura por stress, esta teoria, porém, é controversa. Essas fraturas podem ser tratadas, com a cessação das atividades, quando são feitas precocemente não é necessária a imobilização, com a queda dos sintomas após 4 a 6 semanas, é liberada a carga, podendo ser utilizados imobilizações prémoldadas para diminuir o edema e a dor, após 6 semanas de tratamento, podemos ver calos ósseos abundantes, podendo o paciente retornar as atividades físicas, mantendo o cuidado para a mudança de treinamento (HARRIS e BEATH, 1977 e EISELE e SAMMARCO, 1993). Na avaliação experimental de um modelo de cargas sobre os metatarsos em cadáveres, chegou-se a conclusão que, é superior a força de compressão na diáfise do segundo metatarsiano pode explicar porque fraturas por stress são mais comuns nesta região do que no quinto metatarso. Elevadas forças de compressão em resumo nos dados do modelo experimental, indicam que a fadiga muscular pode aumentar o risco de fraturas por stress do segundo metatarsiano, aumentando o pico e média compressão, e que a perda de função da fáscia plantar pode ser ainda mais deletéria, causando maiores aumentos no pico e média compressão. Fadiga dos flexores do pé, não parece estar envolvida na patologia mecânica das fraturas de stress do quinto metatarsiano, porém fasciotomia parece predispor fratura lateral do mesmo (SETH et al, 1999 e SHARKEY et al, 1995). Um relato de 307 casos de fraturas da marcha, durante 9 meses em julho de 1942 em Texas no Camp Wolters, no treinamento da infantaria americana, onde o soldado mais novo na série tem 19 anos e o mais velho 35 anos, no estudo presente não foi encontrado nenhuma correlação entre a idade, altura, e peso no desenvolvimento de uma fratura de marcha, sem diferença de lado acometido, a fratura de marcha acometeu dois soldados no primeiro dia do ciclo de treinamento. Entretanto, em a maioria dos soldados alistados em no treinamento sofreu de fratura 29 da marcha no vigésimo e sexagésimo dia de treinamento (ver tabela II), no momento em que a marcha longa e velocidade são introduzidas. Somente dois soldados, sofrem fraturas da marcha no último trimestre do ciclo de treinamento. O 2° metatársico (ver figura 3) foi o mais acometido, o mais freqüentemente com 157 casos, embora o 3° metatarso (ver figura 4), também foi afetado freqüentemente com 136 casos. Os 1° e 5° metatarsos são supor que são raramente envolvidos, entretanto houve 3 casos da fratura de marcha envolvendo o primeiro metatarso, e outros 3 casos envolvendo o 5° metatarsos. Havendo 10 casos que envolvem o 4° metatarso. Uma tentativa de correlação do tipo de pé se mostrou ineficaz devido a diversidade dos pés fraturados, interessante também ressaltar fratura de marcha associadas envolvendo o 2° e 5° metatarso no mesmo tempo, o segundo metatarso bilateral em tempos diferentes e a refratura do 3° metatarso (BERNSTEIN e STONE,1944). Tabela II- Fraturas da Marcha Dias de treinamento N° de casos 0-19 31 20-39 81 40-59 103 60-79 77 80-99 13 100-120 Total 2 307 Fonte: (BERNSTEIN e STONE, 1944) 30 Fig. 3-Fratura da marcha na diáfise do 3° metatarso. Fonte: (BERNSTEIN e STONE, 1944). Fig. 4- Fratura da marcha na colo do 2° metatarso. Fonte: (BERNSTEIN e STONE, 1944). 5. DISCUSSÃO 31 A revisão do artigo de epidemiologia identificou mais de 400 artigos em fraturas de stress e relacionados ao uso excessivo. As maiores partes desses artigos, 150 estão relacionadas à etiologia, epidemiologia. Além do que os artigos de investigação mencionados, 25 eram de artigos de revisão. Somente 9 das intervenções examinadas, revistas, relatórios visaram impedir fraturas por stress, ou seja, a profilaxia. Todos os 9 eram estudos militares. Sendo que 52 artigos estudaram a epidemiologia e os fatores de risco para a fratura por stress, e 42 destes eram estudos militares, o que confirma o papel da importância do tema para forças armadas. Os estudos militares eram mais diversos e identificava um número de fatores de risco significativos, incluindo o sexo feminino, envelhecimento, uma baixa densidade do osso e índices da força do osso, baixa aptidão aeróbia, baixo níveis de atividade física do passado, fumo, e maiores quantidades de treinamento. Porém de difícil quantificação, para estabelecer parâmetros ou protocolos para minimizar tal patologia. Os fatores de risco e os princípios gerais de prevenção da fratura por stress, descoberta com os estudos militares devem ser aplicáveis às populações civis similarmente fisicamente ativas. A quantidade de pesquisa sobre as fraturas por stress conduzidas pelas forças armadas reflete o interesse das mesmas sobre a incidência e a quantidade elevada de tempo perdido de treinamento devido essa patologia. Assim, encontrar maneiras de impedir fraturas por stress beneficiaria o exercício militar e civil. Infelizmente, a grande fraqueza da literatura da fratura por stress para ambos os grupos é o número limitado de estudos de medicina do esporte. Os 9 trabalhos, já citados anteriormente de profilaxia da fratura por stress, examinaram somente duas de muitas estratégias possíveis para impedir a fratura de esforço sugerida pela literatura: alterações do treinamento e por modificações dos calçados, sendo a primeira um quebra em estágios avançados de treinamento que não tiveram um resultado promissor, a segunda se refere modificação de calçados nos tidos amortecedores que vem sendo pesquisadas, que esta distante da realidade do exercito brasileiro que usam calçados compatíveis da 2ª guerra mundial. Um estudo de recrutas navais, sugeriu que as reduções em distância em corridas pudessem produzir diminuições na fratura por stress, o que também é relatado no estudo recente de estagiários do exército confirmou a validez desta aproximação, mostrando que uma redução de 50% da distância em corridas conduziu a uma redução de 40% de fraturas por stress, sem a diminuição no desempenho. Clássico estudo por Pollock e outros, sugeriu que a pesquisa projete 32 identificar pontos iniciais da duração do treinamento e a freqüência acima de que os benefícios da aptidão diminuem e o aumento dos riscos de fratura seja valioso, e vantajoso devido sua fácil inserção na tropa como um todo, porém sem mostra desvantajoso em cursos especiais, que é necessário um esforço físico limítrofe. Diversos estudos têm mostrado que as pessoas que conduziram estilos de vida mais sedentariamente, fisicamente mais inativos no passado são mais prováveis sofrer fraturas por stress, quando começa no treino militar fisicamente de exigência. Um número de estudos igualmente indica que uns níveis mais elevados de aptidão aeróbia protegem estagiários militares das fraturas por stress, porém difícil estabelecer a quantificação desse suposto efeito protetor. (HARRIS e BEATH, 1977 e EISELE e SAMMARCO, 1993 e JONES et al, 2002). 6. CONCLUSÃO 33 A profilaxia das fraturas por stress nos pés na atividade militar continuam muito distantes das necessidades da caserna, visto que a diversidade de fatores intrínsecos como: idade avançada, sexo feminino, raça, pé cavo, genovalgo, ângulo do quadriceps aumentado, dismetria de membros inferiores, geometria óssea, densidade óssea, baixa capacidade aeróbica, pequena massa muscular, pouca flexibilidade, composição corporal e estatura, estilo de vida sedentário, fumo, taxa hormonal inadequada (em mulheres), história pregressa de fratura por stress, são fatores imutáveis ou de difícil transformação, que em grande parte estão associadas ao indivíduo. Sendo os fatores, extrínsecos: tipo de atividade, quantidade total de atividade física, frequência-intensidade-duração, tipo de botas, tipo de tênis, tipo de trilha-terreno-superfície, constituem mais 6 variáveis que somado aos 16 fatores intrínsecos soma ao total 22 variáveis para o médico avaliar, o que torna muito difícil a profilaxia, o que de fato é necessário, e a interação entre o preparador físico e o médico de relacionar o militar individualmente e correlacionar fatores de riscos relatados e sua clínica, e sua propensão na tentativa de minimizar esse tipo de patologia, visto que falar atualmente em fraturas de stress está associado há uma endemia quando se fala de atividade militar, conforme comprova a redação de uma revisão de artigos em uma revista epidemiológica (Epidemiol. Rev., Dezembro 2002). Ver tabela III. TABELA III-FATORES PREDISPONENTES PARA FRATURAS POR STRESS EXTRÍNSECOS Tipo de atividade Quantidade total de atividade física Frequência-intensidade-duração Tipo de botas Tipo de tênis Tipo de trilha-terreno-superfície INTRÍNSECOS Idade avançada Sexo feminino Ângulo do quadríceps aumentado Raça Genovalgo Pé cavo Dismetria de membros inferiores Densidade óssea Composição corporal e estatura Pequena massa muscular Pouca flexibilidade Baixa capacidade aeróbica Estilo de vida sedentário Fumo Sem reposição hormonal História pregressa de fratura por stress Fonte: (JONES et al, 2002) REFERÊNCIAS BERNSTEIN A., STONE R. J., March Fracture: A Report of Three Hundred and Seven Cases and a New Method of Treatment 34 J. Bone Joint Surg. Am., Outubro 1944; 26: 743 - 750. 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