Impresso
Especial
9912245762/ DR/M
COOPARAISO LTDA
INFORMATIVO
Abril/2013
Ano 24
CORREIOS
“ENVELOPAMENTO AUTORIZADO,
PODE SER ABERTO PELA ECT.”
nº 220
Cooparaiso sedia Circuito
Mineiro de Cafeicultura
Evento tradicional reuniu 300 produtores,
que trocaram informações e adquiram
conhecimentos com palestras de alto nível.
centrais
Preço mínimo do café
desmerece produtores
página 03
Cooperativa fortalece
agricultores familiares
página 05
Encontro difunde
novas tecnologias
centrais
página 11
02
editorial
www.cooparaiso.com.br
EXPEDIENTE
Ainda falta a ação de
Governo para reanimar
o setor cafeeiro
Estamos entrando em mais um
período da safra brasileira de café
e – a exemplo das safras passadas,
o produtor não tem uma política de
recuperação de renda e de sustentação dos preços, apesar das inúmeras
manifestações públicas em torno de
documento originado na Cooparaiso
e assinado em conjunto por cooperativas e sindicatos rurais das regiões
produtoras, na tentativa de sensibilizar
o Governo Federal para esta questão
de imensa responsabilidade social e
econômica, para todo o país, especialmente para 1.800 municípios que tem
na cafeicultura sua fonte geradora de
emprego e renda, no campo e por conseqüência na cidade.
O que estamos propondo ao Governo são pontos fundamentais para
o setor cafeeiro nacional, e absolutamente calcados em estudos e análises
técnicas, que apresentam um dura realidade: o produtor de café está sendo
asfixiado, seu produto hoje é cotado
no mercado abaixo do custo de produção, é uma situação de estrema gravidade e que não tem até o momento
o esperado retorno governamental na
forma de medidas objetivas e reais
para a manutenção da atividade.
Além do preço mínimo que cubra
pelo menos o custo de produção e ofereça condições do produtor se manter no campo, defendemos a criação
de um programa de opções para um
montante de cinco milhões de sacas.
Se está medida estivesse em prática,
no tempo certo proposto pela liderança do setor, o País teria evitado um prejuízo que chegou a impressionantes R$
10 bilhões, dos quais, aproximadamente R$ 5 bilhões só em Minas Gerais.
Política consistente e no tempo
certo produz resultados positivos. Para
recordar, em 2002, no Governo do presidente Fernando Henrique, conseguimos um pacote governamental de R$
2,2 bilhões para o café, posicionando
para a retirada de até 5 milhões de sacas. Em seis meses o preço da sacas
passou de R$ 114,00 em agosto de
2002, para R$ 208,00 em janeiro de
2003, resultado ainda em receita extra
para o governo de R$ 400 milhões.
Não há estoques reguladores
no Brasil, se não tivermos um competente programa de opções e Pepro,
Cooperativa Regional dos
Cafeicultores de
São Sebastião do Paraíso Ltda.
fatalmente essa próxima colheita será
vendida pelo preço de custo, o que é
naturalmente desastroso para o produtor, que já acumula perdas significativas de safras passadas.
Já perdemos tempo precioso,
mas a solução negociada ainda é possível, evitando que o produtor tenha
que deixar sua roça e ir para as ruas
mostrar sua indignação.
Para ilustrar a importância da
criação de uma política voltada à cultura, reiteradas oportunidades apresentamos um comparativo da evolução
do salário mínimo, produtos agrícolas,
insumos, combustíveis e máquinas
(vide tabela abaixo). Durante o período 1994 a 2013, período em que o
preço da saca do café sofreu variação
de 170%. Enquanto isso, por exemplo, a energia elétrica subiu 1.110%
e a tonelada do adubo 582%. É uma
relação pecaminosa, precisamos nos
manter mobilizados e cobrar a atenção
justa e efetiva do governo.
Carlos Melles
Presidente da Cooparaiso
Evolução dos preços (Produtos e Insumos) comparado ao preço de café (Valores em R$)
Produtos/
1994200620082009201020112012Variação
Insumos R$ R$R$R$R$R$
R$
%
Salário Mínimo
56,00 350,00415,00 465,00510,00545,00678,00 1.211%
Óleo Diesel (lt.)
0,321,851,96 1,972,042,002,04 638%
Energia Elétrica (KVA)
0,060,320,34 0,280,280,29 0,29 483%
Adubo 20-5-20 (Ton.)
Calcário (Ton.)
Trator Valtra Cafeeiro BF 75
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Presidente
Carlos Carmo Andrade Melles
Membros do Conselho
Antônio Carlos Arantes
Cecília R. Ap. Guidi Marcolini
Fuad Felipe
João Reis Júnior
Jorge André Araújo
José Fichina
José Rogério Lara
Mozart Pereira dos Santos
Rogério Couto Rosa Araújo
Rubens Silveira Coelho
CONSELHO FISCAL
Efetivos
Paulo Roberto Miranda
Guilherme Salomão Vicentini
Luiz Neves Filho
Suplentes
Antônio Adolfo de Souza
Lauro Sérgio Pimenta Montaldi
Marcos de Oliveira Silva
DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente
Carlos Carmo Andrade Melles
vice presidente
José Rogério Lara
Diretores Executivos
Cecília R. A. G. Marcolini
Rogério Couto Rosa Araújo
superintendentes
Francisco Eduardo Garcez Ourique
Paulo Sérgio Elias
matriz e núcleos
1 - São Sebastião do Paraíso - MG
Rua Carlos Mumic, 140 - Fone/Fax: (35) 3411-7000
2 - Passos - MG
Rodovia MG 050, n° 213 - Fone: (35) 3521-7455/7093
3 - Itamoji - MG
Rua Francisco Campos, 131 - Fone: (35) 3534-1360
4 - Jacuí - MG
Av. José Eduardo de Souza, 304 - Fone: (35) 3593-1165
5 - São Tomás de Aquino - MG
Rua Alves de Figueiredo, 470 - Fone: (35) 3535-1224
6 - Altinópolis - SP
Al. Altino Ozório de Oliveira, 340 - Fone: (16) 3665-2122
7 - Pratápolis - MG
Rua Arthur Bernardes, 524 - Fone: (35) 3533-1122
8 - Piumhi - MG
Rua Carlos Chagas, 209 - Fone: (37) 3371-3452
9 - Guapé - MG
Rodovia Guapé/Ilicínea - Km 1,2 - Fone: (35) 3856-1602
10 - Bom Jesus da Penha - mg
Av. Goiânia, 1035-A - Fone: (35) 3563- 1006
11 - Espera Feliz - MG
R. Américo Cândido de Souza, 31 - Fone: (32) 3746-2995
• Escritório em Santos - SP
Rua XV de Novembro, 41 - Fone: (13) 3219-7525
180,00 650,001.200,001.108,75912,001.074,001.228,00 682%
6,00 6,00 34,00 25,5027,0028,0028,00 467%
18.000
62.000
75.000
75.500
78.000
80.000
80.500
447%
Milho (Sc.)
8,00 22,0025,00 21,0221,4830,1328,00 350%
Leite (Lt.)
0,370,550,80 0,730,710,830,85 230%
Boi (Arroba)
25,0055,0070,00 78,0088,51101,5395,52 382%
Café Tipo 6 B Dura (sc)
Rua Carlos Mumic, 140 - CEP: 37950-000
São Sebastião do Paraíso - MG
Fone: (35) 3411-7000
www.cooparaiso.com.br
170,40
246,10
250,42
253,71
442,97
482,93
391,96
230%
jornalista responsável
Susana de Paula Souza - MTb: 31966
e-mail: [email protected]
REDAção
Ana Paula Carvalho
e-mail: [email protected]
textos, DIAGRAMAÇÃO E ARTE FINAL
e-mail:
[email protected]
IMPRESSÃO E ACABAMENTO
Gráfica Maxicolor - Ribeirão Preto/SP
TIRAGEM
5.000 exemplares Média
Preço do Café hoje com aumento na média da variação dos produtos/insumos 512%
872,36
Fontes: Ministério do Trabalho, ANP, Cemig, Cooparaiso, Dimaq Cooparaiso, Cepea (Esalq), Departamento de Café Cooparaiso | Elaboração: Cooparaiso
REPRESENTANTE COMERCIAL
• Guerreiro Agro Marketing
Fone: (44) 3026-4457 • [email protected]
• AGROMÍDIA - Fone: (11) 259-8566 - São Paulo - SP
03
política cafeeira
www.cooparaiso.com.br
Indefinição do preço mínimo
desmerece o produtor brasileiro
O produtor está prestes a enfrentar mais
umacolheita do café, com o preço mínimo da
saca ainda valendo – oficialmente, até a data
de 06 de maio – R$ 261,00, o que não cobre
os custos de produção que, segundo alguns
especialistas, está em R$ 335,00.
O governo fez diversos anúncios de que
iria determinar e divulgar o preço mínimo,
mas isso não aconteceu. Até o início de maio,
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), prometeu uma definição,
que não veio. Também falou-se em uma solução conjunta entre Ministério da Fazenda e
Mapa, o que também não ocorreu.
Até o fechamento desta edição, a presidente Dilma Rousseff autorizou a elevação
no preço mínimo do café, mas cortou pela
metade o reajuste desejado pelos produtores
e pelo Ministério da Agricultura. Paralisados
desde 2009, os preços do grão arábica e robusta serão reajustados a R$ 307 e R$ 180,
respectivamente, divulgou-se à época.
A queda de braço interna no governo
gerou um impasse inédito, envolvendo a
elevação do preço mínimo do café arábica,
que representa 70% da produção do grão
no Brasil. A Companhia Nacional de Abas-
de café arábica é, hoje, de R$ 336.
Assim, o Ministério da Agricultura passou a defender elevação a R$ 340 do preço.
Por outro lado, o Ministério da Fazenda afirmou que esse reajuste, de 30%, teria impacto sobre o preço do produto - algo indesejável no atual cenário de inflação. A discussão
envolveu até a área técnica da Casa Civil,
A queda de braço interna
que conta com especialistas agrícolas. Eles
no governo gerou um
passaram a defender também um reajuste
menor.
impasse inédito, envolvendo
Diante do impasse e da pressão dos proa elevação do preço
dutores, a discussão chegou até o gabinete
mínimo do café arábica,
da presidente da República. Preocupada em
elevar o preço para evitar uma crise no seque representa 70% da
tor cafeeiro, mas temendo um efeito sobre o
produção do grão no Brasil.
consumidor, a presidente decidiu um reajuste
inferior, da ordem de 17%.
Ainda assim, defendeu o Palácio do Platecimento (Conab) calculou que o atual nalto, o preço mínimo do café arábica ficará
preço mínimo, de R$ 261,69 por saca, esta- pouco acima daquele hoje negociado no merva defasado - o custo de produzir uma saca cado - de R$ 300 a saca.
04
Capacitação
www.cooparaiso.com.br
Senar qualifica trabalhadores
e gera resultados no campo
É grande a diferença entre o antes e o depois de uma propriedade onde os colaboradores
passaram por cursos de capacitação e profissionalização do Senar. Os resultados positivos de
produtividade, organização do trabalho e entrosamento entre funcionários e proprietário são
percebidos logo.
Esse é o caso da Fazenda Santa Tecla (nome
dado homenagem à esposa do proprietário), de
José Basílio, que possui 120 mil pés de café, em
36 hectares. “A beleza dessa lavoura está no
amor, na responsabilidade, no trato respeitável
do solo, do meio ambiente e a resposta que a
lavoura nos dá é com produtividade e qualidade.
Um cafezal que enche nossos olhos com sua beleza”, reconhece José Basílio.
Tudo isso é fruto de um cuidado esmerado do administrador da propriedade, Délson
Donizete da Silva. “Há mais de oito anos que o
Délson trabalha comigo, com grande dedicação.
Estamos sempre procurado melhorar e o Senar,
como parceiro da Cooparaiso, vem nos oferecendo essa oportunidade de aprimoramento, uma
ferramenta importante que nos auxilia demais,
treinando o nosso pessoal, orientando eles nas
melhores práticas, nas melhores condições de
trabalho, como buscar melhor produtividade,
como cuidar bem do solo e porque temos que
respeitar o meio ambiente. É um trabalho importantíssimo do Senar”, relata o produtor.
Além de Délcio, a Fazenda Tecla possui mais
cinco
colaboradores,
sendo
d o i s
Legenda
Legenda
mais novos de casa. Todos os funcionários mais
antigos já passaram por diversos cursos do Senar. “Nós temos que fazer uso daquilo que nos é
oferecido para facilitar nossa vida. Os resultados
também são sentidos no bolso e na mudança de
comportamento da equipe. Por exemplo, o curso
de terrereiro, quando aprenderam como manusear o café da lavoura até o benefício, porque
é nesse percursos, quando não sabemos fazer
tudo direito, que estragamos o café. Hoje temos
melhoria de qualidade e
consequente ganho no
preço, justamente porque eles aprenderam a
lidar com o café nesse
trajet.O equipamentos
ganharam
sobrevida
porque eles aprenderam
como cuidar do maquinário.Temos resposta
Legenda
Legenda
Legenda
Legenda
imediata e ao longo do tempo também”, conta
José Basílio.
Délson conta com orgulho que o primeiro
curso do Senar que ele fez foi o de aplicação
de agrotóxico, depois cursou o de terrereiro,
operador de máquinas, segurança no trabalho
e, recentemente, operação e manutenção de
máquina colhedeira. “Eu acredito que como administrador eu tenho que aprender para poder
passar mais para os meus colegas. Todos os cursos que fiz foram de grande utilidade, porque a
gente aprende realmente aquilo que não sabe,
pois a cada dia a tecnologia está mudando. O
de tratorista,por exemplo, daqui dois anos, terei
que fazer novamente, porque está entrando máquina nova no mercado”, conta o administrador.
Ele diz que será eternamente grato ao
patrão, Joe Basílio. “Sou grato ao José, não
somente porque estou empregado na fazenda
dele hoje mas também porque tudo isso vai me
ajudar no futuro, em um emprego futuro se eu
estiver trabalhando em outro lugar e não só
para mim, como para as pessoas que eu também estou repassando esses conhecimentos. E
se tiver outros cursos vou com o maior prazer”,
finaliza o administrador da propriedade, Délson.
05
Cooperativa pronafiana
www.cooparaiso.com.br
Valtra Cooparaiso
bate expectativas de
vendas na Agrishow
Valtra Cooparaiso, concessionária da marca para mais de 20 municípios da região, esteve
presente com sua equipe de vendas no estande da Valtra na 20ª Feira Agrishow, em Ribeirão
Preto, superando as expectativas de vendas para
este ano.
Foram comercializados 60 tratadores durante a feira, além de colheitadeiras e implementos
em geral, o que resultou em cerca de 8% a mais
em vendas comparando-se com a participação
da Cooparaiso na Agrishow do ano passado.
Esta é a 17 ª participação da Cooparaiso
dentro da Agrishow, ou seja, praticamente desde a fundação da Divisão de Máquinas - Dimac
na cooperativa. “Neste ano, diferente do ano de
2012, o percentual de vendas de maquinário
para trabalhar na atividade de cereais superou, e
muito, as vendas para o café”, informou o dire-
tor comercial da Cooparaiso, Rogério do Couto
Rosa Araújo.
Segundo Rogério, cerca de 80% das vendas realizadas durante a feira Agrishow foi para
maquinário de cereais, fator que representa o
momento de dificuldade por que passa a cafeicultura. “Isso já é um reflexo dos preços baixos
praticados na cafeicultura. Apesar de o maior
problema da cafeicultura ser a mão de obra e o
produtor necessitar de mecanizar para sobreviver na atividade, houve uma retração muito forte
nesse ano”, relacionou o diretor.
A Cooparaiso participou da Agrishow com
todo o seu staf, o corpo de vendedores especializados em máquinas e implementos agrícolas, no
seu estande dentro da marca Valtra.
06
Empreendedor rural
www.cooparaiso.com.br
Legenda
Legenda
Produtores fornecem para a merenda
escolar e conseguem bons resultados
Cerca de 20 produtores da comunidade
rural da Queimada Velha, em São Sebastião do
Paraíso, têm cliente garantido para a produção
de hortifruti, como morango, banana, mandioca
e todos os tipos de verduras de folha: os alunos
das escolas estaduais e municipais. O resultado
foi um sucesso, com a venda de R$ 322 mil no
ano passado e a oferta de alimento de qualidade
para os estudantes.
Esses produtores participaram da chamada da Prefeitura para o fornecimento de seus
produtos para a merenda escolar do município,
através da Associação Rural da Queimada Velha,
da qual a associada da Cooparaiso Aparecida Nunes de Sá é presidente. “Já é a segunda vez que
participamos e estamos tendo muito sucesso. Os
produtores estão satisfeitos com o resultado do
trabalho”.
qual Aparecida é vice-presidente. “A primeira vez,
participamos da chamada municipal de forma in“Entregamos diretamente
dependente, mas com o apoio total do Conselho.
A segunda vez, participamos através da associanas escolas, tudo fresquinho.
ção”, explica Aparecida.
É essa qualidade que faz a
Como planos para o futuro os produtores
diferença”, diz Aparecida.
pretendem aumentar a produção com produtos
que ainda não cultivam e fornecer tudo o que as
escolas pedem e precisam. “Entregamos diretaAparecida também é uma das fornecedoras. mente nas escolas, tudo fresquinho. É essa qualiEla e o marido Vanderlei Martins de Sá produzem dade que faz a diferença”, diz.
Há alguns anos, Aparecida fez um curso pelo
banana e entregam 1.200 caixas da fruta para a
Senar,
fruto de parceria da Cooparaiso, de aplicamerenda escolar. “É sucesso garantido, as crianças
esperam por nossas furtas e verduras, elas pedem, ção de agrotóxico. “Aprendi muito com o curso,
dão sugestão do que querem”, conta a presidente. que mudou minha maneira de trabalhar. Com ele
A ideia de participar do fornecimento para eu consegui evitar as perdas na lavoura, que eram
a merenda partiu do Conselho Municipal de De- constantes e ainda consegui aumentar a produsenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS), do ção, finaliza Aparecida.
07
difusão de tecnologia
www.cooparaiso.com.br
Cooparaiso é parceira no
9º Encontro Tecnológico do Café
A Epamig, em parceria com o governo mineiro, a Cooparaiso, empresas e instituições do
agronegócio, reuniu no dia 19 de abril, em sua
Fazenda Experimental, em São Sebastião do Paraíso, cerca de 200 produtores rurais para a 9ª
edição do Encontro Tecnológico do Café.
O evento, já tradicional no setor, tem como
objetivo principal a difusão de novas tecnologias
no manejo do cafeeiro. Neste ano, a ênfase ficou
por conta das palestras “Manejo Integrado de
Pragas”, apresentada pelo pesquisador da Epamig, Rogério Antônio Silva. (Ver matéria nesta
edição).
O produtor Agnaldo Rezende, proprietário
do Sítio Furnas e associado da Cooparaiso, disse
que “esse tipo de encontro sempre ajuda o produtor com as informações que traz e também é
importante encontrar com os colegas para que
a gente possa trocar conhecimento”, disse ele.
Pércio de Oliveira, que também é cooperado, diz que procura participar de todos os
eventos oferecidos, porque todo conhecimento é
valido. “A gente pega um informação aqui, outra
ali e tudo acaba ajudando na atividade. Hoje é
preciso estar bem informado para acompanhar o
mercado”, ressalta o produtor.
A produtora de café Fernanda Serrano de
Oliveira, proprietária da Fazenda Rancho Alegre
que fica em Fortaleza de Minas, disse que foi ao
encontro para buscar novas tecnologias. “Eu vim
“Esse tipo de encontro sempre ajuda o produtor
com as informações que traz e também é
importante encontrar com os colegas para que
a gente possa trocar conhecimento”
diz Agnaldo Rezende
saber sobre novos posicionamentos de produtos
das empresas; vim buscar conhecimento porque
quero me reciclar”, contou ela.
O engenheiro agrônomo do departamento de Gestão do Agronegócio da Cooparaiso,
Marcelo Almeida, disse “que esse encontro é
importante para que o produtor verifique se está
fazendo o manejo correto em sua propriedade.
Os especialistas sempre trazem novidades, que
são importantes acompanhar”, ressaltou o engenheiro.
“Eu vim saber sobre novos
posicionamentos de produtos das
empresas; vim buscar conhecimento
porque quero me reciclar”
diz Fernanda Serrano de Oliveira
Para o gerente da Epamig em Paraíso, Juraci Júnior de Oliveira, a instituição na é só uma
empresa de pesquisa, como também é formada
por produtores. “Também sentimos as dificuldades que os produtores sentem. Mas a Epamig
está Atena a essas dificuldades, como a questão do código florestal dentro da propriedade,
a questão da segurança na zona rural, e em um
momento de escassez o que pode vir ajudar é o
conhecimento, por isso estamos oferecendo esse
encontro aos produtores”, finalizou Juraci.
“A gente pega um informação aqui, outra
ali e tudo acaba ajudando na atividade.
Hoje é preciso estar bem informado para
acompanhar o mercado”
diz Pércio de Oliveira
O Circuito Mineiro de
Cafeicultura realizado pela
Emater em parceria com a
Cooparaiso, no dia 24 de abril,
reuniu cerca de 300 produtores
A abertura do evento foi feita pelo diretor do departamento de Assistência Técnica
e Extensão Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Argileu Martins da Silva,
que chamou a atenção para a importância
da extensão rural como forma de levar conhecimento da “porteira para dentro” (veja
entrevista abaixo).
O produtor e associados da Cooparaiso,
Paulo César dos Santos, trabalha na Fazenda
Santo Antônio, que fica no bairro rural dos Pimentas, em Paraíso. Ele contou que “é importante participar desse tipo de evento porque
consegue aplicar os conhecimentos manejo
do café”.
Adriano Freiria, filho do cooperado Antônio Freiria, também faz questão de marcar
presença todos os anos. “Precisamos buscar
conhecimento, não adianta ficar só na roça
no meio do cafezal que a produção vai melhorar. Quanto mais conhecimento, melhor
pode ficar esse café”.
Wendel Reis de Oliveira, que tem um sítio
em Jacuí, acredita que “participar do Circuito Mineiro de Cafeicultura é uma maneira de
saber mais e isso pode agregar valor ao café,
aproveito o máximo o que vejo no evento e
ainda levo informação aos meus colegas”,
disse.
Legenda
Legenda
Apr
Legenda
Legenda
O
contex
ter, Ên
Brasil,
Proteç
da Un
caniza
Ho
O
que ve
seno;
de Agr
Meio A
José R
A
empre
resentações
Os produtores assistiram à palestra sobre “A agricultura familiar no
xto do Novo Código Florestal”, com o coordenador técnico da Emanio Resende de Souza. Na sequência, o gerente de pesquisa da Café
, Marcelo Frota, falou sobre “Novas Tecnologias para Nutrição e
ção do Cafeeiro”. O encerramento do evento foi feito pelo professor
niversidade Federal de Lavras, que apresentou palestra sobre “Meação Agrícola na Cafeicultura Familiar”.
ouve ainda sorteio de brindes e almoço.
O encontro contou também com as presenças Gelson Soares Lemes,
eio representando o presidente da Emater, José Ricardo Ramos Rodo gerente regional da Emater, José Câmara; secretário municipal
ricultura, Mauro Westin; secretário municipal de Desenvolvimento e
Ambiente, Ailton Rocha de Silos, do vice-presidente da Cooparaiso,
Rogério Lara e diretores da Cooperativa.
realização da Emater contou com o apoio do governo mineiro e de
esas parceiras do setor.
Cooparaiso fortalece
agricultura familiar
Primeira cooperativa de café pronafiana do país, a Coparaiso fortace cada vez mais a parceria com os agricultores familiares, valorizando
este setor fundamental para a manutenção e recuperação do emprego
no campo, para redistribuição da renda, e a garantia da construção do
desenvolvimento sustentável. “Do nosso quadro de cooperados ativos
86% produzem até 500 sacas de café, e desse total, 71% são pronafianos formalizados, um número muito significativo de produtores que se
confirma com a base da cooperativa”, explica o gerente de Desenvolvimento da Cooparaiso, Francisco Landi Pereira.
Durante o Circuito Mineiro de Cafeicultura (veja matéria nesta edição), a Cooparaiso apresentou um espaço dedicado exclusivamente à
agricultura familiar, tendo como programa matriz o PRONAF - Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
O vice-presidente da Cooparaiso, José Rogério Lara, apresentou o
espaço pronafiano aos visitantes do Circuito e destacou o amplo leque
de apoio que a cooperativa oferece como parceira, com a finalidade de
promover o desenvolvimento rural, propiciando aos agricultores familiares o aumento da capacidade produtiva, a geração de emprego e a
melhoria da renda, capacitação, treinamentos, assistência técnica, agilização de apoio financeiro, incluindo serviços à distância por intermédio
da unidade do UAITec e a internet rural.
O gerente de Unidade de Planejamento e Estratégia Corporativa da EmaterMG, Gelson Soares Lemes, em visita ao espaço pronafiano, acompanhado do
vice-presidente José Rogério Lara, do gerente de Desenvolvimento Francisco
Landi e do educador cooperativista Ilson José Aparecido
10
entrevista
www.cooparaiso.com.br
título
título
O diretor do departamento e
Assistência Técnica e Extensão Rural
do Ministério do Desenvolvimento
Agrário (MDA), Argileu Martins da
Silva, participou do Circuito Mineiro
de Cafeicultura, quando anunciou
parceria do MDA com a Cooparaiso
para implantação de atendimento
em busca da certificação em duas
mil propriedades e também linha de
pesquisa. Veja a entrevista completa.
Informativo Cooparaiso – Qual a importância do Circuito Mineiro de Cafeicultura
para os produtores?
Argileu Martins da Silva – Primeiro porque o evento apresenta inovação tecnológica.
Nenhuma atividade econômica, principalmente
a agricultura e em especial, a cafeicultura, que
tem os riscos de uma atividade normal e mais
os riscos de ser uma atividade desenvolvida em
ceu aberto, estando sujeita aos fatores climáticos, sobrevive sem tecnologia. O segundo fator
de importância é porque é uma oportunidade de
intercambiar experiências para conhecer novos
caminhos, para que a atividade seja cada vez
melhor estruturada na perspectiva de agregação
de valor e renda aos produtos e produtores. O
evento possibilita trazer para este conjunto de
agricultores presentes a informação de programas e políticas públicas, é um modo de acessar
isso para que eles possam desenvolver melhor
as atividades na sua propriedade.
bons resultados para as propriedades. Percebemos um conjunto de inovações que aqui já
foram aplicadas, como o terreiro de lama asfáltica, o manejo da cultura em si, o adensamento
do plantio, são coisas que em um evento como
este o agricultor toma conhecimento. Mas esse
evento não é suficiente para que o agricultor se
aproprie da tecnologia. É necessário que o processo da extensão rural, que é a assistência técnica fornecida pela Emater, pela Cooparaiso, por
exemplo, continue. O agricultor é extremamente
sábio, ele vai processar corretamente se ele vai
adotar ou não tal tecnologia, se for adequada
à sua realidade. Por isso o debate do Circuito é
muito bem preparado: para que vá ao encontro
das necessidades do produtor, justamente para
que ele tenha melhor eficácia.
Informativo Cooparaiso – Sabemos que
a distribuição de renda e riqueza é umas
das prioridades do governo federal. Como
representante da agricultura familiar, o
Informativo Cooparaiso – E como o pro- que os produtores podem esperar do Midutor recebe tais informações, é possível nistério neste momento e para este ano
avaliar se ele está mesmo aplicando esses de 2013?
conhecimentos na propriedade?
Argileu Martins da Silva – Primeiro é imArgileu Martins da Silva – Isso é complica- portante dizer que a renda do brasileiro está
do de mensurar. Percebemos que se o conteúdo crescendo, a renda das classes C e D e isso é
apresentado nas atividades de extensão rural for importante para quem trabalha com produção
útil para o produtor, ele absorve rapidamente. de alimentos. A cada ano vamos aperfeiçoando
É só olhar a cafeicultura de São Sebastião do o conjunto das políticas do governo federal para
Paraíso e região para ver que isso tem levado que acompanhem a dinâmica da agricultura e ao
mesmo tempo a dinâmica da economia brasileira. Nesse momento estamos elaborando o Plano
de Safra para levar ao agricultor maior segurança, maior capacidade produtiva e a possibilidade de aumentar sua produtividade, com enfoque
em renda. A agricultura familiar é a produtora
de alimentos para um país que cresce com distribuição de renda. Talvez não tenha cinco países
no mundo hoje que crescem distribuindo renda.
Informativo Cooparaiso – O que o Ministério do Desenvolvimento Agrário pode
ajudar os pequenos produtores que são
atendidos pela Cooparaiso?
Argileu Martins da Silva – Há um conjunto
de políticas. Existe o crédito rural, que vão desde
linhas de microcrédito com juros de 0,5% ao ano
ate financiamentos para a própria Cooperativa
de investimentos ou de capital de giro, que vão
de R$ 10 a R$ 80 milhões. Do ponto de vista do
mercado são as nossas ações de mercado institucional: o Programa de Aquisição de Alimentos
(PAA) e o Programa Nacional de Alimentação
Escolar (Pnae) e do ponto de vista do conhecimento, estamos construindo com a Cooparaiso
um projeto de assistência técnica para duas mil
propriedades para a região de atuação da Cooparaiso em busca da certificação dessas propriedades, entendendo que isso irá agregar valor ao
café. Também pretendemos inserir alguma linha
de pesquisa para enfrentar os problemas que a
cafeicultura da região vem encontrando.
11
Comemorações
www.cooparaiso.com.br
Embrapa: 40 anos de
conquistas brasileiras
A Embrapa foi parte efetiva da revolução agrícola que tornou o Brasil
um dos líderes mundiais em tecnologias para agricultura tropical
Há 40 anos a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa viabiliza soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Criada em 26 de abril de 1973 como principal
instrumento na reformulação da pesquisa agropecuária brasileira, a Embrapa foi parte efetiva
da revolução agrícola que tornou o Brasil um
dos líderes mundiais em tecnologias para agricultura tropical.
Nesse período, o País deixou uma
situação de insegurança alimentar
e passou a ser um dos maiores
produtores de alimentos do
mundo. O crescimento da
oferta para o mercado
interno superou rapidamente a curva de
crescimento da demanda, provocando
uma queda de 50%
no valor da cesta
básica, entre 1975
e 2011.
Essa verdadeira revolução no
campo é fruto do
trabalho conjunto
da Embrapa, das instituições estaduais de
pesquisa e extensão, de
universidades e do setor
produtivo, que apostou nas
tecnologias geradas pela pesquisa. Essas inovações ajudaram
a mudar o cenário brasileiro com
incremento de produção, produtividade
e impulsionando a competitividade, com sustentabilidade.
No segmento de grãos, por exemplo, a produção cresceu por volta de 400%, enquanto
a área cultivada aumentou cerca de 80%. Em
1972, a safra foi de 30 milhões de toneladas
numa área de 28 milhões de hectares. Hoje, a
área plantada com grãos no Brasil é da ordem
de 50 milhões de hectares e a produção ultrapassou 166 milhões de toneladas.
Esses avanços são fruto de inovações como
o melhoramento genético, que gerou cultivares
adaptadas às condições de produção tropicais;
diversas regiões do País, com base em técnicas
de adubação – em especial a fixação biológica
de nitrogênio –, controle de doenças e pragas,
rotação de culturas e recuperação de pastagens
entre outras tecnologias.
A adoção de tecnologias na pecuária também proporcionou a modernização do setor,
justificando o aumento da produção pelo incremento da produtividade e não pela expansão da área de pastagens. Como
resultado, o País ampliou em quatro vezes a produção de carne
bovina e triplicou a de carne
suína.
Pesquisas nas áreas
de sanidade animal,
genética, reprodução,
nutrição, manejo de
pastagens e melhoramento genético
de forrageiras são
alguns exemplos
de inovações da
pesquisa que geraram
impactos
diretos no aumento
da produtividade na
pecuária.
O Brasil é atualmente o 3º maior exportador mundial de produtos
agropecuários. É também
o maior exportador de café,
açúcar, suco de laranja, etanol de
cana-de açúcar, frango e soja; segundo maior exportador de carne bovina e
terceiro maior exportador em algodão.
“Fundamental na revolução da pesquisa
agropecuária no Brasil, a Embrapa continua ina transformação de largas extensões de terras vestindo na geração de conhecimentos e tecnoinadequadas à produção, em especial dos cer- logias, mantendo uma visão estratégica frente
rados, em solos férteis, aptos para a agricultura, aos desafios do futuro”, pontuou o presidente
além do desenvolvimento de sistemas de pro- da Cooparaiso, deputado Carlos Melles, que tem
dução e sistemas de produção adaptados às forte ligação com a Embrapa.
12
Controle de pragas
www.cooparaiso.com.br
Manejo integrado de pragas facilita
combate da broca do cafeeiro
“É preciso conviver e controlar as pragas
sem agredir o meio ambiente”; essa é a síntese
do que é o manejo integrado, que leva diversos
benefícios às propriedades, explicou o doutor e
pesquisador da Epamig no sul de Minas, Rogério
Antônio Silva, na palestra “Manejo integrado de
pragas, com ênfase na broca do cafeeiro” na 9ª
edição do Encontro Tecnológico do Café de São
Sebastião do Paraíso.
As principais pragas do cafeeiro, estudadas
pelo grupo da Universidade Federal de Lavras,
são o bicho mineiro, a broca, as cigarras, ácaro, mosca da raiz e cochonilhas. “O bicho mineiro, por exemplo, tem vespas como inimigas
naturais que são muito comuns no sul de Minas,
isso seria o controle biológico para esta praga”,
explicou pesquisador. Rogério defende que os
O índice da broca do
cafeeiro aumenta em
clima quente e úmido. A
fêmea utiliza o fruto do
cafeeiro como incubadora
produtos químicos para combater as pragas só
devam ser usados quando elas estiverem causando prejuízo.
O especialista explicou também que o índice
da broca do cafeeiro aumenta em clima quente e
úmido. A fêmea utiliza o fruto do cafeeiro como
incubadora. “Os prejuízos ocorrem nos grãos do
café, que são perfurados, atingindo a qualidade
e provocando a redução de preço. Causa ainda
a queda dos frutos brocados e perda de peso do
café beneficiado, por exemplo, em uma saca de
60 quilos pode ocorrer até 12 quilos de perdas
e perde também na qualidade, considerando a
classificação por tipo”, enumera o especialista.
Um dos grandes riscos é a sobrevivência da
broca na entressafra, ou seja, a broca de um ano
pode infestar a safra do ano seguinte. ”Isso se
dá por causa de frutos secos no cafeeiro ou no
chão; quanto maior a umidade nos frutos, maior
Legenda
Legenda
a sobrevivência da broca”, diz Rogério.
Em ‘época de trânsito’ (sai dos frutos velhos e vai para os frutos novos) as fêmeas abandonam os frutos e voam para perfurar os frutos
verdes (chumbões); isso ocorre de 15 de novembro a 18 de janeiro. “A broca perfura o fruto na
região da coroa, não deposita os ovos porque
a umidade do fruto está muito alta, o que vai
acontecer apenas depois de 60 dias, daí a importância de fazer o monitoramento e observar
se há broca na lavoura que ainda não esteja
causando prejuízo”, ensina.
Controle
Entre os métodos de controle da broca está o cultural, biológico, semi químico e químico. O cultural é fazer a colheita bem feita, evitando que frutos fiquem na lavoura. No método
biológico, existem fungos, parasitoides que controlam a broca, mas são poucos eficientes no
Brasil. Os semi químicos utilizam alcoóis como armadilhas para capturar as brocas adultas;
isso é ineficiente no controle, mas ajuda muito no monitoramento.
O controle químico deve ser feito por amostragem dos três terços do pé de café, usando
planilhas que são distribuídas pela Cooparaiso, em 30 plantas. No total, há avaliação de
1800 grãos e deve-se considerar a porcentagem, dividindo por 18%. Se encontrar infestação
acima de 5% é preciso fazer o controle. “Essa época é a ideal para fazer o controle, porque
a broca ainda não estará botando ovos, portanto não estará causando prejuízos, dali 30 dias
já vai ter colocado seus ovos”, alertou o pesquisador.
As pulverizações podem ser feitas com inseticidas, usando pulverizadores turbo atomizador e costal motorizado, requerendo assim, apenas uma pulverização. O uso de pulverizadores manual e canhão vão requerer duas aplicações, com intervalo de 30 dias.
13
orientações técnicas
www.cooparaiso.com.br
Legenda
Legenda
Como a mecanização pode
influenciar na produtividade
e explica cada uma das máquinas. “A grade, por
exemplo, apresenta maiores vantagens sobre a roçadeira porque é utilizada com menor intensidade.
Sabendo usar a trincha, principalmente quando o
mato está alto, traz benefícios, porque entra menos
com o equipamento na área do pé de café e soca
menos o solo e temos que manter o cafeeiro sem
concorrência”, explica o especialista.
O produtor também pode lançar mão dos
herbicidas. “Os que têm sido usados em larga
escala são os à base de glifosato e isso tem
como consequência a predominância de plantas
resistentes, é uso de herbicidas de pré emergência. Esse é um método que realmente traz uma
resposta positiva”, diz.
Há ainda as plantas de cobertura. “Estamos
estudando na Universidade Federal de Lavras o
amendoim forrageiro e espero que não afete
tanto o café. Fizemos experimentos com o feijão
badú e sabemos que deve extrair muita água do
solo, mas o seu efeito de quebra vento sobre o
café é ótimo. Usamos ainda a braquiária na entrelinha, porque sabemos que o café não tolera
concorrência na linha de plantio”, ensina Elifas,
ressaltando que estão estudando um produto
que mata a erva chamada de “corda de viola”,
que vem sendo um problema sério nos cafezais,
“percebemos também predominância de ‘picão
preto’ e podemos combater com misturas contendo glifosato”.
O doutor Elifas diz que “o produtor deve
conhecer esses estudos porque a adoção desses
métodos pode interferir na produtividade e no
custo de produção”.
NETODESI GN ER | 9 1 43 -9 544
Cooperados puderam conhecer mais sobre
o “manejo de plantas daninhas, o impacto da
mecanização na produtividade”, em uma apresentação do pesquisador da Epamig, o doutor
Elifas Nunes da Alcântara, que esteve em uma
das seis “estações” de estudos do Encontro Tecnológico do Café, que ocorreu dia 19 de abril.
Segundo o especialista, o controle de plantas daninhas representa 30% do custo de produção. “Para controlá-las podemos utilizar a
capina manual, mas a disponibilidade de mão
de obra está cada vez menor; roçadeiras comum
e de duas facas, trinchas, grade de disco, e outros”, apresentou Elifas.
Ele diz que a roçadeira comum tem a vantagem de ser ecológica, mas necessita de saber
manuseá-la, principalmente em períodos chuvosos
Concha dianteira
Suporte para paletes
Carregador florestal
Plaina niveladora para
serviços leves
Garfo para silagem
Suporte para BigBag
DIGA NÃO
À CORROSÃO
IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS MARISPAN LTDA.
Rua Paraná, 80 | CEP 14300-000 | Cx. Postal 95 | Batatais | SP | Brasil | Fone/Fax: 16 3661 5000
Garfo enleirador
Anuncio_Cooparaiso_rodape_22x6cm.indd 1
Plaina enleiradora
www.marispan.com.br
MARISPAN
27/03/2013 11:21:28
14
indicadores
www.cooparaiso.com.br
custo de produção
• Solo de média fertilidade – Sul de Minas
• Produtividade média em 8 safras de 10 a 50 sc/ha/ano
• Índices técnicos e elaboração: Depto de Gestão do Agronegócio Cooparaiso
• Custos de reposição referentes a 15/03/2013 – Loja Cooparaiso
Descrição – índices técnicos
15 sc/ha/R$*
• Densidade de 3.571 plantas/ha / Sistema semi mecanizado
• Espaçamento de 3,50x0,80m
• Preço do café R$ 290,00
• Produtividade Média em 8 Safras de 10 a 50 sc/ha/ano
23 sc/ha/R$*
30 sc/ha/R$
40 sc/ha/R$ 50 sc/ha/R$
A – Insumos - (Fertilizantes e Defensivos)
B – MÃO DE OBRA COM ENCARGOS - (Tratos Culturais)
C – MÃO DE OBRA COM ENCARGOS - (Colheita)
D – COLHEITA - (Outros Custos)
E – OUTROS CUSTOS DIRETOS - (Horas Máquinas)
1.581,34
1.766,70
1.944,56
1.025,17
320,00
3.306,12
616,57
2.276,55
1.242,84
1.240,00
3.907,62
616,57
2.608,55
1.485,43
1.240,00
4.998,01
711,42
2.940,55
1.800,49
1.340,00
6.956,08
711,42
3.272,55
2.115,54
1.480,00
CUSTO OPERACIONAL - R$/ha
6.637,78
8.682,08
9.858,17
11.790,46
14.535,59
442,52
377,48
328,61
294,76
290,71
497,83
398,27
7.533,88
502,26
651,16
520,92
9.854,16
428,44
739,36
591,49
11.189,03
372,97
884,28
707,43
13.382,18
334,55
1.090,17
872,14
16.497,89
329,96
25,98
33,98
38,58
46,15
56,89
CUSTO OPERACIONAL - R$/Sc
Custo financeiro 7,5% a.a. – R$
Uso da terra – 6% a.a.
Custo total R$/ha
Custo unitário total R$/Sc
Ponto de equilíbrio – sc/ha
Considerações
Produtividade Média na Área de Atuação da Cooparaiso:
* 15 sacas beneficidadas/ha - Safra 11/12
** 23 sacas beneficidadas/ha - Safra 12/13
Parâmetros utilizados:
Índices técnicos – Revista Informe Agropecuário Epamig
Preço de insumos – Lojas Cooparaiso – Data levantamento 15/03/2013
Preço livre de mercado do café tipo 6 BD – Cooparaiso 15/03/2013
Diária (dh) – itens abaixo
Salário Rural = Salário Mínimo atual + 10%
Encargos do produtor:
FNDE/INCRA = 2,70%
FGTS = 8,00%
Férias + 1/3 = 11,11%
13º Salario = 8,33%
Total de encargos => 30,67% sobre R$511,50 = R$156,86
Encargos Recisórios => 23,72% sobre o valor da Diária com encargos
poder de troca de café
fertilizantes químicos sólidos
Referente aos anos de 2000, 2012 e 2013 – em sacas beneficiadas – café tipo 6
Produtos
UNID.
Fertilizantes
Sulfato de Amônio
Uréia
Super Simples Pó
Cloreto de Potássio
Fórmula 20.05.20
Calcário Dolomítico Natural
Ácido Bórico Argentino
Sulfato de Zinco
média
2000
tn.
tn.
tn.
tn.
tn.
tn.
50kg
50kg
1,78
2,54
1,59
2,81
2,49
0,24
0,48
0,23
Resp. Banco de Dados do
Agronegócio Cooparaiso:
Eng. Agrº Gilmar Melles
Eng. Agrº Emerson Tinoco
Eng. Agrº Marcelo de Moura Almeida
Vanessa Aparecida Oliveira
Contato: Ana Carolina D. Caetano - Fone: 35 3411 7101
e-mail: [email protected]
média
2012
mar.
2013
3,00
2,76
2,88
3,48
1,76
0,40
0,44
0,33
3,00
3,86
2,24
3,76
3,66
0,24
0,48
0,23
Preço por ponto de nutriente
Preços referenciais para elaboração dessas tabelas
fontes
01 Nutriente - Nitrogênio (N)
Uréia
Nitrato de Amônio
Sulfato de Amônio
Preço por
tonelada
Preço por ponto
de nutriente
1.420,29
1.213,00
959,15
3,16
3,68
4,80
700,00
944,00
3,89
5,24
03 Potássio (K2O)
Cloreto de Potássio PO
Cloreto de Potássio GR
1.765,00
1.580,00
2,94
2,63
1.292,00
1.539,00
1.160,61
1.575,41
1.509,32
3,23
3,08
3,87
3,03
3,08
02 Fósforo (P205)
Super Fosfato Simples PO
Super Fosfato Simples GR
Defensivos
Oxicloreto de Cobre 50%
Deltaphos/Similar
Counter 5% Similar
Roundup
25kg
Lt
15kg
5 Lt
0,97
1,40
1,07
0,31
1,43
1,69
0,78
0,30
1,77
1,89
0,45
0,14
Máquinas e Implementos
Trator Valtra BF 65 – 4x2
Pulverizador Arbus 400
Aplicador Herbicida PH/AL 400
unid.
unid.
unid.
167,23
31,84
21,88
233,26
41,64
28,84
234,48
51,72
33,79
04 Compostas por N e K
20.00.20
25.00.25
15.00.15
25.00.27
30.00.19
82,83
0,14
290,00
145,73
340,97
05 Compostas por N, P, K
3,04
20.05.20
1.370,00
5,37
04.14.08+Zn
1.397,00
2,85
04.30.16+Zn
1.426,31
3,22
04.20.20+Zn
1.417,00
Preço da saca de café P1A: R$ 300,00
Preço da saca de milho: R$ 31,22
Outros
Carro Uno Mille Básico 0 Km
Mão de Obra
Preço do Café de Merc. Tipo 6BD scs
Preço de Merc. Café em Dólar scs
Pauta do ICM
unid.
D/H
60,5
60,5
R$
99,59
0,08
163,92
89,76
173,25
93,27
0,08
206,96
109,04
213,63
15
indicadores
www.cooparaiso.com.br
Tabela comparativa de
produto X economicidade
Considerando 1 hectare com 1.666 covas
Preços referentes a março de 2013
BICHO MINEIRO
produto
Altacor(450g)
Rimon (litro)
Hostathion (litro)
Karate (litro)
Curyon (litro)
Deltaphos (litro)
dose
90
0,3
1,0
0,1
0,6
0,6
g/ha
l/ha
l/ha
l/ha
l/ha
l/ha
preço médio pago ao produtor
preço/ha (r$)
79,43
21,61
62,88
0,00
45,54
35,31
Verdadero WG (kg)
Impact (litro)
Impact Mix kit (01kit/02há)
Actara WG - (kg)
Premier Plus (litro)
dose
1,0
5,0
0,5
1,2
3,0
kg/ha
l/ha
kit/ha
kg/ha
l/ha
ferrugem via folha
produto
Cuprozeb - 25kg (4 - aplicações)
Kocid - 10kg (3 aplicações)
Supera 350 SC (litro)(3 aplic/ano)
Alto 100 (litro) (3 aplic/ano)
Sphere Max (litro) (3 aplic/ano)
Opera (litro) (2 aplic/ano)
Priorixtra (litro) (3 aplic/ano)
BROCA
produto
Dissulfan - 20 L
Endossulfan - 20L
phoma
produto
Rovral (litro) 2aplicações
Folicur (litro) 2 aplicações
Cantus - 150 gr (2 aplic./ano)
cercospora
produto
Priorixtra (litro) - 3 aplicações
Amístar - 3 aplicações
Sphere Max (litro) - 3 aplicações
Cercobin (kg) - 3 aplicações
Kocid - 10kg - 3 aplic/ano
Opera - (litro) - 2 aplicações
Folicur (lt) - 2 aplic/ano
Supera - lt - 3 aplicações
dose
12,0
4,5
4,5
1,5
1,2
2,5
1,5
kg/ha
kg/ha
l/ha
l/ha
l/ha
l/ha
l/ha
preço/ha (r$)
383,11
133,94
283,65
289,49
399,51
dose
preço/ha (r$)
2,0 kg/ha
2,0 l/ha
0,3 l/ha
dose
1,5
0,3
0,75
3,0
4,5
2,5
2,0
4,5
l/ha
kg/ha
l/ha
l/ha
l/ha
l/ha
l/ha
l/ha
Alachor
Galigan Ce - 20 lt
Goal - 20 L
192,00
50,18
173,30
preço/ha (r$)
184,26
162,09
166,21
76,77
110,87
198,38
50,18
103,64
herbicidas
produto
Roundup WG - 5kg
Roundup - 5 L
Trop - GL 5
Zapp- 5 L QI
Gramocil - 5 L
Aurora (500 ml)
Ally -40g
Sumisoya 100g (Slumizin)
dose
preço/ha (r$)
dose
preço/ha/apl. (r$)
5,0 l/ha
3,0 l/ha
3,0 l/ha
1,5
3,0
3,0
1,7
2,0
0,075
0,01
0,05
kg/ha
l/ha
l/ha
l/ha
l/ha
l/ha
kg/ha
kg/ha
mancha aureolada
produto
Cobox
Kasumin
dose
12,0 kg/ha
2,0 l/ha
P 14
P 24
P 55
87,33
142,50
146,96
34,50
45,82
41,97
23,78
39,99
54,15
12,50
20,03
preço/ha (r$)
5880,00
75,90
R$ 291,00
R$ 262,00
ENTENDA OS PADRÕES
R$ 270,00
P 00
R$
• O “P” indica padrão
• O primeiro número é o da classificação
de acordo com a bebida do café.
• O segundo número é o da classificação
de acordo com o aspecto do café.
Preços praticados durante o período abril de 2013 (01/04/2013)
0,00
66,11
herbicida pré-emergente para café
produto
P 35
R$ 288,00
256,32
110,87
103,64
110,90
265,93
198,38
184,26
preço/ha (r$)
P 14A
R$ 304,00
R$ 296,00
preço/ha (r$)
dose
2,0 l/ha
2,0 l/ha
P 15
R$ 311,00
FUNGICIDA/INSETICIDAS VIA SOLO
produto
P 19
Quadro de evolução do preço mensal líquido (médio)
de café tipo 6 padrão Cooparaiso P15 (bebida dura),
recebido pelo produtor em 2012 e 2013
r$
2012
r$
us$
482,86 270,17
437,25 254,67
390,45 217,82
383,00 206,89
395,00 200,00
364,00 177,60
412,00 203,13
385,00 190,00
387,00 191,00
374,00 184,30
354,00 171,50
340,00 162,70
392,04 202,48
MAIOR PREÇO HISTÓRICO
US$ 355,76 - Jan/1986
janeiro
fevereiro
março
abril
maio
junho
julho
agosto
setembro
outubro
novembro
dezembro
média
menor PREÇO HISTÓRICO
US$ 34,03 - ago/2002
2013
us$
334,00 164,00
308,00 156,00
304,00 153,30
315,33 157,76
HÁ UM ANO:
R$ 390,45/ US$ 217,82
16
evento
www.cooparaiso.com.br
Download

Cooparaiso sedia CirCuito Mineiro de CafeiCultura