Impresso Especial 9912245762/ DR/M COOPARAISO LTDA INFORMATIVO Abril/2013 Ano 24 CORREIOS “ENVELOPAMENTO AUTORIZADO, PODE SER ABERTO PELA ECT.” nº 220 Cooparaiso sedia Circuito Mineiro de Cafeicultura Evento tradicional reuniu 300 produtores, que trocaram informações e adquiram conhecimentos com palestras de alto nível. centrais Preço mínimo do café desmerece produtores página 03 Cooperativa fortalece agricultores familiares página 05 Encontro difunde novas tecnologias centrais página 11 02 editorial www.cooparaiso.com.br EXPEDIENTE Ainda falta a ação de Governo para reanimar o setor cafeeiro Estamos entrando em mais um período da safra brasileira de café e – a exemplo das safras passadas, o produtor não tem uma política de recuperação de renda e de sustentação dos preços, apesar das inúmeras manifestações públicas em torno de documento originado na Cooparaiso e assinado em conjunto por cooperativas e sindicatos rurais das regiões produtoras, na tentativa de sensibilizar o Governo Federal para esta questão de imensa responsabilidade social e econômica, para todo o país, especialmente para 1.800 municípios que tem na cafeicultura sua fonte geradora de emprego e renda, no campo e por conseqüência na cidade. O que estamos propondo ao Governo são pontos fundamentais para o setor cafeeiro nacional, e absolutamente calcados em estudos e análises técnicas, que apresentam um dura realidade: o produtor de café está sendo asfixiado, seu produto hoje é cotado no mercado abaixo do custo de produção, é uma situação de estrema gravidade e que não tem até o momento o esperado retorno governamental na forma de medidas objetivas e reais para a manutenção da atividade. Além do preço mínimo que cubra pelo menos o custo de produção e ofereça condições do produtor se manter no campo, defendemos a criação de um programa de opções para um montante de cinco milhões de sacas. Se está medida estivesse em prática, no tempo certo proposto pela liderança do setor, o País teria evitado um prejuízo que chegou a impressionantes R$ 10 bilhões, dos quais, aproximadamente R$ 5 bilhões só em Minas Gerais. Política consistente e no tempo certo produz resultados positivos. Para recordar, em 2002, no Governo do presidente Fernando Henrique, conseguimos um pacote governamental de R$ 2,2 bilhões para o café, posicionando para a retirada de até 5 milhões de sacas. Em seis meses o preço da sacas passou de R$ 114,00 em agosto de 2002, para R$ 208,00 em janeiro de 2003, resultado ainda em receita extra para o governo de R$ 400 milhões. Não há estoques reguladores no Brasil, se não tivermos um competente programa de opções e Pepro, Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso Ltda. fatalmente essa próxima colheita será vendida pelo preço de custo, o que é naturalmente desastroso para o produtor, que já acumula perdas significativas de safras passadas. Já perdemos tempo precioso, mas a solução negociada ainda é possível, evitando que o produtor tenha que deixar sua roça e ir para as ruas mostrar sua indignação. Para ilustrar a importância da criação de uma política voltada à cultura, reiteradas oportunidades apresentamos um comparativo da evolução do salário mínimo, produtos agrícolas, insumos, combustíveis e máquinas (vide tabela abaixo). Durante o período 1994 a 2013, período em que o preço da saca do café sofreu variação de 170%. Enquanto isso, por exemplo, a energia elétrica subiu 1.110% e a tonelada do adubo 582%. É uma relação pecaminosa, precisamos nos manter mobilizados e cobrar a atenção justa e efetiva do governo. Carlos Melles Presidente da Cooparaiso Evolução dos preços (Produtos e Insumos) comparado ao preço de café (Valores em R$) Produtos/ 1994200620082009201020112012Variação Insumos R$ R$R$R$R$R$ R$ % Salário Mínimo 56,00 350,00415,00 465,00510,00545,00678,00 1.211% Óleo Diesel (lt.) 0,321,851,96 1,972,042,002,04 638% Energia Elétrica (KVA) 0,060,320,34 0,280,280,29 0,29 483% Adubo 20-5-20 (Ton.) Calcário (Ton.) Trator Valtra Cafeeiro BF 75 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente Carlos Carmo Andrade Melles Membros do Conselho Antônio Carlos Arantes Cecília R. Ap. Guidi Marcolini Fuad Felipe João Reis Júnior Jorge André Araújo José Fichina José Rogério Lara Mozart Pereira dos Santos Rogério Couto Rosa Araújo Rubens Silveira Coelho CONSELHO FISCAL Efetivos Paulo Roberto Miranda Guilherme Salomão Vicentini Luiz Neves Filho Suplentes Antônio Adolfo de Souza Lauro Sérgio Pimenta Montaldi Marcos de Oliveira Silva DIRETORIA EXECUTIVA Presidente Carlos Carmo Andrade Melles vice presidente José Rogério Lara Diretores Executivos Cecília R. A. G. Marcolini Rogério Couto Rosa Araújo superintendentes Francisco Eduardo Garcez Ourique Paulo Sérgio Elias matriz e núcleos 1 - São Sebastião do Paraíso - MG Rua Carlos Mumic, 140 - Fone/Fax: (35) 3411-7000 2 - Passos - MG Rodovia MG 050, n° 213 - Fone: (35) 3521-7455/7093 3 - Itamoji - MG Rua Francisco Campos, 131 - Fone: (35) 3534-1360 4 - Jacuí - MG Av. José Eduardo de Souza, 304 - Fone: (35) 3593-1165 5 - São Tomás de Aquino - MG Rua Alves de Figueiredo, 470 - Fone: (35) 3535-1224 6 - Altinópolis - SP Al. Altino Ozório de Oliveira, 340 - Fone: (16) 3665-2122 7 - Pratápolis - MG Rua Arthur Bernardes, 524 - Fone: (35) 3533-1122 8 - Piumhi - MG Rua Carlos Chagas, 209 - Fone: (37) 3371-3452 9 - Guapé - MG Rodovia Guapé/Ilicínea - Km 1,2 - Fone: (35) 3856-1602 10 - Bom Jesus da Penha - mg Av. Goiânia, 1035-A - Fone: (35) 3563- 1006 11 - Espera Feliz - MG R. Américo Cândido de Souza, 31 - Fone: (32) 3746-2995 • Escritório em Santos - SP Rua XV de Novembro, 41 - Fone: (13) 3219-7525 180,00 650,001.200,001.108,75912,001.074,001.228,00 682% 6,00 6,00 34,00 25,5027,0028,0028,00 467% 18.000 62.000 75.000 75.500 78.000 80.000 80.500 447% Milho (Sc.) 8,00 22,0025,00 21,0221,4830,1328,00 350% Leite (Lt.) 0,370,550,80 0,730,710,830,85 230% Boi (Arroba) 25,0055,0070,00 78,0088,51101,5395,52 382% Café Tipo 6 B Dura (sc) Rua Carlos Mumic, 140 - CEP: 37950-000 São Sebastião do Paraíso - MG Fone: (35) 3411-7000 www.cooparaiso.com.br 170,40 246,10 250,42 253,71 442,97 482,93 391,96 230% jornalista responsável Susana de Paula Souza - MTb: 31966 e-mail: [email protected] REDAção Ana Paula Carvalho e-mail: [email protected] textos, DIAGRAMAÇÃO E ARTE FINAL e-mail: [email protected] IMPRESSÃO E ACABAMENTO Gráfica Maxicolor - Ribeirão Preto/SP TIRAGEM 5.000 exemplares Média Preço do Café hoje com aumento na média da variação dos produtos/insumos 512% 872,36 Fontes: Ministério do Trabalho, ANP, Cemig, Cooparaiso, Dimaq Cooparaiso, Cepea (Esalq), Departamento de Café Cooparaiso | Elaboração: Cooparaiso REPRESENTANTE COMERCIAL • Guerreiro Agro Marketing Fone: (44) 3026-4457 • [email protected] • AGROMÍDIA - Fone: (11) 259-8566 - São Paulo - SP 03 política cafeeira www.cooparaiso.com.br Indefinição do preço mínimo desmerece o produtor brasileiro O produtor está prestes a enfrentar mais umacolheita do café, com o preço mínimo da saca ainda valendo – oficialmente, até a data de 06 de maio – R$ 261,00, o que não cobre os custos de produção que, segundo alguns especialistas, está em R$ 335,00. O governo fez diversos anúncios de que iria determinar e divulgar o preço mínimo, mas isso não aconteceu. Até o início de maio, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), prometeu uma definição, que não veio. Também falou-se em uma solução conjunta entre Ministério da Fazenda e Mapa, o que também não ocorreu. Até o fechamento desta edição, a presidente Dilma Rousseff autorizou a elevação no preço mínimo do café, mas cortou pela metade o reajuste desejado pelos produtores e pelo Ministério da Agricultura. Paralisados desde 2009, os preços do grão arábica e robusta serão reajustados a R$ 307 e R$ 180, respectivamente, divulgou-se à época. A queda de braço interna no governo gerou um impasse inédito, envolvendo a elevação do preço mínimo do café arábica, que representa 70% da produção do grão no Brasil. A Companhia Nacional de Abas- de café arábica é, hoje, de R$ 336. Assim, o Ministério da Agricultura passou a defender elevação a R$ 340 do preço. Por outro lado, o Ministério da Fazenda afirmou que esse reajuste, de 30%, teria impacto sobre o preço do produto - algo indesejável no atual cenário de inflação. A discussão envolveu até a área técnica da Casa Civil, A queda de braço interna que conta com especialistas agrícolas. Eles no governo gerou um passaram a defender também um reajuste menor. impasse inédito, envolvendo Diante do impasse e da pressão dos proa elevação do preço dutores, a discussão chegou até o gabinete mínimo do café arábica, da presidente da República. Preocupada em elevar o preço para evitar uma crise no seque representa 70% da tor cafeeiro, mas temendo um efeito sobre o produção do grão no Brasil. consumidor, a presidente decidiu um reajuste inferior, da ordem de 17%. Ainda assim, defendeu o Palácio do Platecimento (Conab) calculou que o atual nalto, o preço mínimo do café arábica ficará preço mínimo, de R$ 261,69 por saca, esta- pouco acima daquele hoje negociado no merva defasado - o custo de produzir uma saca cado - de R$ 300 a saca. 04 Capacitação www.cooparaiso.com.br Senar qualifica trabalhadores e gera resultados no campo É grande a diferença entre o antes e o depois de uma propriedade onde os colaboradores passaram por cursos de capacitação e profissionalização do Senar. Os resultados positivos de produtividade, organização do trabalho e entrosamento entre funcionários e proprietário são percebidos logo. Esse é o caso da Fazenda Santa Tecla (nome dado homenagem à esposa do proprietário), de José Basílio, que possui 120 mil pés de café, em 36 hectares. “A beleza dessa lavoura está no amor, na responsabilidade, no trato respeitável do solo, do meio ambiente e a resposta que a lavoura nos dá é com produtividade e qualidade. Um cafezal que enche nossos olhos com sua beleza”, reconhece José Basílio. Tudo isso é fruto de um cuidado esmerado do administrador da propriedade, Délson Donizete da Silva. “Há mais de oito anos que o Délson trabalha comigo, com grande dedicação. Estamos sempre procurado melhorar e o Senar, como parceiro da Cooparaiso, vem nos oferecendo essa oportunidade de aprimoramento, uma ferramenta importante que nos auxilia demais, treinando o nosso pessoal, orientando eles nas melhores práticas, nas melhores condições de trabalho, como buscar melhor produtividade, como cuidar bem do solo e porque temos que respeitar o meio ambiente. É um trabalho importantíssimo do Senar”, relata o produtor. Além de Délcio, a Fazenda Tecla possui mais cinco colaboradores, sendo d o i s Legenda Legenda mais novos de casa. Todos os funcionários mais antigos já passaram por diversos cursos do Senar. “Nós temos que fazer uso daquilo que nos é oferecido para facilitar nossa vida. Os resultados também são sentidos no bolso e na mudança de comportamento da equipe. Por exemplo, o curso de terrereiro, quando aprenderam como manusear o café da lavoura até o benefício, porque é nesse percursos, quando não sabemos fazer tudo direito, que estragamos o café. Hoje temos melhoria de qualidade e consequente ganho no preço, justamente porque eles aprenderam a lidar com o café nesse trajet.O equipamentos ganharam sobrevida porque eles aprenderam como cuidar do maquinário.Temos resposta Legenda Legenda Legenda Legenda imediata e ao longo do tempo também”, conta José Basílio. Délson conta com orgulho que o primeiro curso do Senar que ele fez foi o de aplicação de agrotóxico, depois cursou o de terrereiro, operador de máquinas, segurança no trabalho e, recentemente, operação e manutenção de máquina colhedeira. “Eu acredito que como administrador eu tenho que aprender para poder passar mais para os meus colegas. Todos os cursos que fiz foram de grande utilidade, porque a gente aprende realmente aquilo que não sabe, pois a cada dia a tecnologia está mudando. O de tratorista,por exemplo, daqui dois anos, terei que fazer novamente, porque está entrando máquina nova no mercado”, conta o administrador. Ele diz que será eternamente grato ao patrão, Joe Basílio. “Sou grato ao José, não somente porque estou empregado na fazenda dele hoje mas também porque tudo isso vai me ajudar no futuro, em um emprego futuro se eu estiver trabalhando em outro lugar e não só para mim, como para as pessoas que eu também estou repassando esses conhecimentos. E se tiver outros cursos vou com o maior prazer”, finaliza o administrador da propriedade, Délson. 05 Cooperativa pronafiana www.cooparaiso.com.br Valtra Cooparaiso bate expectativas de vendas na Agrishow Valtra Cooparaiso, concessionária da marca para mais de 20 municípios da região, esteve presente com sua equipe de vendas no estande da Valtra na 20ª Feira Agrishow, em Ribeirão Preto, superando as expectativas de vendas para este ano. Foram comercializados 60 tratadores durante a feira, além de colheitadeiras e implementos em geral, o que resultou em cerca de 8% a mais em vendas comparando-se com a participação da Cooparaiso na Agrishow do ano passado. Esta é a 17 ª participação da Cooparaiso dentro da Agrishow, ou seja, praticamente desde a fundação da Divisão de Máquinas - Dimac na cooperativa. “Neste ano, diferente do ano de 2012, o percentual de vendas de maquinário para trabalhar na atividade de cereais superou, e muito, as vendas para o café”, informou o dire- tor comercial da Cooparaiso, Rogério do Couto Rosa Araújo. Segundo Rogério, cerca de 80% das vendas realizadas durante a feira Agrishow foi para maquinário de cereais, fator que representa o momento de dificuldade por que passa a cafeicultura. “Isso já é um reflexo dos preços baixos praticados na cafeicultura. Apesar de o maior problema da cafeicultura ser a mão de obra e o produtor necessitar de mecanizar para sobreviver na atividade, houve uma retração muito forte nesse ano”, relacionou o diretor. A Cooparaiso participou da Agrishow com todo o seu staf, o corpo de vendedores especializados em máquinas e implementos agrícolas, no seu estande dentro da marca Valtra. 06 Empreendedor rural www.cooparaiso.com.br Legenda Legenda Produtores fornecem para a merenda escolar e conseguem bons resultados Cerca de 20 produtores da comunidade rural da Queimada Velha, em São Sebastião do Paraíso, têm cliente garantido para a produção de hortifruti, como morango, banana, mandioca e todos os tipos de verduras de folha: os alunos das escolas estaduais e municipais. O resultado foi um sucesso, com a venda de R$ 322 mil no ano passado e a oferta de alimento de qualidade para os estudantes. Esses produtores participaram da chamada da Prefeitura para o fornecimento de seus produtos para a merenda escolar do município, através da Associação Rural da Queimada Velha, da qual a associada da Cooparaiso Aparecida Nunes de Sá é presidente. “Já é a segunda vez que participamos e estamos tendo muito sucesso. Os produtores estão satisfeitos com o resultado do trabalho”. qual Aparecida é vice-presidente. “A primeira vez, participamos da chamada municipal de forma in“Entregamos diretamente dependente, mas com o apoio total do Conselho. A segunda vez, participamos através da associanas escolas, tudo fresquinho. ção”, explica Aparecida. É essa qualidade que faz a Como planos para o futuro os produtores diferença”, diz Aparecida. pretendem aumentar a produção com produtos que ainda não cultivam e fornecer tudo o que as escolas pedem e precisam. “Entregamos diretaAparecida também é uma das fornecedoras. mente nas escolas, tudo fresquinho. É essa qualiEla e o marido Vanderlei Martins de Sá produzem dade que faz a diferença”, diz. Há alguns anos, Aparecida fez um curso pelo banana e entregam 1.200 caixas da fruta para a Senar, fruto de parceria da Cooparaiso, de aplicamerenda escolar. “É sucesso garantido, as crianças esperam por nossas furtas e verduras, elas pedem, ção de agrotóxico. “Aprendi muito com o curso, dão sugestão do que querem”, conta a presidente. que mudou minha maneira de trabalhar. Com ele A ideia de participar do fornecimento para eu consegui evitar as perdas na lavoura, que eram a merenda partiu do Conselho Municipal de De- constantes e ainda consegui aumentar a produsenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS), do ção, finaliza Aparecida. 07 difusão de tecnologia www.cooparaiso.com.br Cooparaiso é parceira no 9º Encontro Tecnológico do Café A Epamig, em parceria com o governo mineiro, a Cooparaiso, empresas e instituições do agronegócio, reuniu no dia 19 de abril, em sua Fazenda Experimental, em São Sebastião do Paraíso, cerca de 200 produtores rurais para a 9ª edição do Encontro Tecnológico do Café. O evento, já tradicional no setor, tem como objetivo principal a difusão de novas tecnologias no manejo do cafeeiro. Neste ano, a ênfase ficou por conta das palestras “Manejo Integrado de Pragas”, apresentada pelo pesquisador da Epamig, Rogério Antônio Silva. (Ver matéria nesta edição). O produtor Agnaldo Rezende, proprietário do Sítio Furnas e associado da Cooparaiso, disse que “esse tipo de encontro sempre ajuda o produtor com as informações que traz e também é importante encontrar com os colegas para que a gente possa trocar conhecimento”, disse ele. Pércio de Oliveira, que também é cooperado, diz que procura participar de todos os eventos oferecidos, porque todo conhecimento é valido. “A gente pega um informação aqui, outra ali e tudo acaba ajudando na atividade. Hoje é preciso estar bem informado para acompanhar o mercado”, ressalta o produtor. A produtora de café Fernanda Serrano de Oliveira, proprietária da Fazenda Rancho Alegre que fica em Fortaleza de Minas, disse que foi ao encontro para buscar novas tecnologias. “Eu vim “Esse tipo de encontro sempre ajuda o produtor com as informações que traz e também é importante encontrar com os colegas para que a gente possa trocar conhecimento” diz Agnaldo Rezende saber sobre novos posicionamentos de produtos das empresas; vim buscar conhecimento porque quero me reciclar”, contou ela. O engenheiro agrônomo do departamento de Gestão do Agronegócio da Cooparaiso, Marcelo Almeida, disse “que esse encontro é importante para que o produtor verifique se está fazendo o manejo correto em sua propriedade. Os especialistas sempre trazem novidades, que são importantes acompanhar”, ressaltou o engenheiro. “Eu vim saber sobre novos posicionamentos de produtos das empresas; vim buscar conhecimento porque quero me reciclar” diz Fernanda Serrano de Oliveira Para o gerente da Epamig em Paraíso, Juraci Júnior de Oliveira, a instituição na é só uma empresa de pesquisa, como também é formada por produtores. “Também sentimos as dificuldades que os produtores sentem. Mas a Epamig está Atena a essas dificuldades, como a questão do código florestal dentro da propriedade, a questão da segurança na zona rural, e em um momento de escassez o que pode vir ajudar é o conhecimento, por isso estamos oferecendo esse encontro aos produtores”, finalizou Juraci. “A gente pega um informação aqui, outra ali e tudo acaba ajudando na atividade. Hoje é preciso estar bem informado para acompanhar o mercado” diz Pércio de Oliveira O Circuito Mineiro de Cafeicultura realizado pela Emater em parceria com a Cooparaiso, no dia 24 de abril, reuniu cerca de 300 produtores A abertura do evento foi feita pelo diretor do departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Argileu Martins da Silva, que chamou a atenção para a importância da extensão rural como forma de levar conhecimento da “porteira para dentro” (veja entrevista abaixo). O produtor e associados da Cooparaiso, Paulo César dos Santos, trabalha na Fazenda Santo Antônio, que fica no bairro rural dos Pimentas, em Paraíso. Ele contou que “é importante participar desse tipo de evento porque consegue aplicar os conhecimentos manejo do café”. Adriano Freiria, filho do cooperado Antônio Freiria, também faz questão de marcar presença todos os anos. “Precisamos buscar conhecimento, não adianta ficar só na roça no meio do cafezal que a produção vai melhorar. Quanto mais conhecimento, melhor pode ficar esse café”. Wendel Reis de Oliveira, que tem um sítio em Jacuí, acredita que “participar do Circuito Mineiro de Cafeicultura é uma maneira de saber mais e isso pode agregar valor ao café, aproveito o máximo o que vejo no evento e ainda levo informação aos meus colegas”, disse. Legenda Legenda Apr Legenda Legenda O contex ter, Ên Brasil, Proteç da Un caniza Ho O que ve seno; de Agr Meio A José R A empre resentações Os produtores assistiram à palestra sobre “A agricultura familiar no xto do Novo Código Florestal”, com o coordenador técnico da Emanio Resende de Souza. Na sequência, o gerente de pesquisa da Café , Marcelo Frota, falou sobre “Novas Tecnologias para Nutrição e ção do Cafeeiro”. O encerramento do evento foi feito pelo professor niversidade Federal de Lavras, que apresentou palestra sobre “Meação Agrícola na Cafeicultura Familiar”. ouve ainda sorteio de brindes e almoço. O encontro contou também com as presenças Gelson Soares Lemes, eio representando o presidente da Emater, José Ricardo Ramos Rodo gerente regional da Emater, José Câmara; secretário municipal ricultura, Mauro Westin; secretário municipal de Desenvolvimento e Ambiente, Ailton Rocha de Silos, do vice-presidente da Cooparaiso, Rogério Lara e diretores da Cooperativa. realização da Emater contou com o apoio do governo mineiro e de esas parceiras do setor. Cooparaiso fortalece agricultura familiar Primeira cooperativa de café pronafiana do país, a Coparaiso fortace cada vez mais a parceria com os agricultores familiares, valorizando este setor fundamental para a manutenção e recuperação do emprego no campo, para redistribuição da renda, e a garantia da construção do desenvolvimento sustentável. “Do nosso quadro de cooperados ativos 86% produzem até 500 sacas de café, e desse total, 71% são pronafianos formalizados, um número muito significativo de produtores que se confirma com a base da cooperativa”, explica o gerente de Desenvolvimento da Cooparaiso, Francisco Landi Pereira. Durante o Circuito Mineiro de Cafeicultura (veja matéria nesta edição), a Cooparaiso apresentou um espaço dedicado exclusivamente à agricultura familiar, tendo como programa matriz o PRONAF - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). O vice-presidente da Cooparaiso, José Rogério Lara, apresentou o espaço pronafiano aos visitantes do Circuito e destacou o amplo leque de apoio que a cooperativa oferece como parceira, com a finalidade de promover o desenvolvimento rural, propiciando aos agricultores familiares o aumento da capacidade produtiva, a geração de emprego e a melhoria da renda, capacitação, treinamentos, assistência técnica, agilização de apoio financeiro, incluindo serviços à distância por intermédio da unidade do UAITec e a internet rural. O gerente de Unidade de Planejamento e Estratégia Corporativa da EmaterMG, Gelson Soares Lemes, em visita ao espaço pronafiano, acompanhado do vice-presidente José Rogério Lara, do gerente de Desenvolvimento Francisco Landi e do educador cooperativista Ilson José Aparecido 10 entrevista www.cooparaiso.com.br título título O diretor do departamento e Assistência Técnica e Extensão Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Argileu Martins da Silva, participou do Circuito Mineiro de Cafeicultura, quando anunciou parceria do MDA com a Cooparaiso para implantação de atendimento em busca da certificação em duas mil propriedades e também linha de pesquisa. Veja a entrevista completa. Informativo Cooparaiso – Qual a importância do Circuito Mineiro de Cafeicultura para os produtores? Argileu Martins da Silva – Primeiro porque o evento apresenta inovação tecnológica. Nenhuma atividade econômica, principalmente a agricultura e em especial, a cafeicultura, que tem os riscos de uma atividade normal e mais os riscos de ser uma atividade desenvolvida em ceu aberto, estando sujeita aos fatores climáticos, sobrevive sem tecnologia. O segundo fator de importância é porque é uma oportunidade de intercambiar experiências para conhecer novos caminhos, para que a atividade seja cada vez melhor estruturada na perspectiva de agregação de valor e renda aos produtos e produtores. O evento possibilita trazer para este conjunto de agricultores presentes a informação de programas e políticas públicas, é um modo de acessar isso para que eles possam desenvolver melhor as atividades na sua propriedade. bons resultados para as propriedades. Percebemos um conjunto de inovações que aqui já foram aplicadas, como o terreiro de lama asfáltica, o manejo da cultura em si, o adensamento do plantio, são coisas que em um evento como este o agricultor toma conhecimento. Mas esse evento não é suficiente para que o agricultor se aproprie da tecnologia. É necessário que o processo da extensão rural, que é a assistência técnica fornecida pela Emater, pela Cooparaiso, por exemplo, continue. O agricultor é extremamente sábio, ele vai processar corretamente se ele vai adotar ou não tal tecnologia, se for adequada à sua realidade. Por isso o debate do Circuito é muito bem preparado: para que vá ao encontro das necessidades do produtor, justamente para que ele tenha melhor eficácia. Informativo Cooparaiso – Sabemos que a distribuição de renda e riqueza é umas das prioridades do governo federal. Como representante da agricultura familiar, o Informativo Cooparaiso – E como o pro- que os produtores podem esperar do Midutor recebe tais informações, é possível nistério neste momento e para este ano avaliar se ele está mesmo aplicando esses de 2013? conhecimentos na propriedade? Argileu Martins da Silva – Primeiro é imArgileu Martins da Silva – Isso é complica- portante dizer que a renda do brasileiro está do de mensurar. Percebemos que se o conteúdo crescendo, a renda das classes C e D e isso é apresentado nas atividades de extensão rural for importante para quem trabalha com produção útil para o produtor, ele absorve rapidamente. de alimentos. A cada ano vamos aperfeiçoando É só olhar a cafeicultura de São Sebastião do o conjunto das políticas do governo federal para Paraíso e região para ver que isso tem levado que acompanhem a dinâmica da agricultura e ao mesmo tempo a dinâmica da economia brasileira. Nesse momento estamos elaborando o Plano de Safra para levar ao agricultor maior segurança, maior capacidade produtiva e a possibilidade de aumentar sua produtividade, com enfoque em renda. A agricultura familiar é a produtora de alimentos para um país que cresce com distribuição de renda. Talvez não tenha cinco países no mundo hoje que crescem distribuindo renda. Informativo Cooparaiso – O que o Ministério do Desenvolvimento Agrário pode ajudar os pequenos produtores que são atendidos pela Cooparaiso? Argileu Martins da Silva – Há um conjunto de políticas. Existe o crédito rural, que vão desde linhas de microcrédito com juros de 0,5% ao ano ate financiamentos para a própria Cooperativa de investimentos ou de capital de giro, que vão de R$ 10 a R$ 80 milhões. Do ponto de vista do mercado são as nossas ações de mercado institucional: o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e do ponto de vista do conhecimento, estamos construindo com a Cooparaiso um projeto de assistência técnica para duas mil propriedades para a região de atuação da Cooparaiso em busca da certificação dessas propriedades, entendendo que isso irá agregar valor ao café. Também pretendemos inserir alguma linha de pesquisa para enfrentar os problemas que a cafeicultura da região vem encontrando. 11 Comemorações www.cooparaiso.com.br Embrapa: 40 anos de conquistas brasileiras A Embrapa foi parte efetiva da revolução agrícola que tornou o Brasil um dos líderes mundiais em tecnologias para agricultura tropical Há 40 anos a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa viabiliza soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Criada em 26 de abril de 1973 como principal instrumento na reformulação da pesquisa agropecuária brasileira, a Embrapa foi parte efetiva da revolução agrícola que tornou o Brasil um dos líderes mundiais em tecnologias para agricultura tropical. Nesse período, o País deixou uma situação de insegurança alimentar e passou a ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo. O crescimento da oferta para o mercado interno superou rapidamente a curva de crescimento da demanda, provocando uma queda de 50% no valor da cesta básica, entre 1975 e 2011. Essa verdadeira revolução no campo é fruto do trabalho conjunto da Embrapa, das instituições estaduais de pesquisa e extensão, de universidades e do setor produtivo, que apostou nas tecnologias geradas pela pesquisa. Essas inovações ajudaram a mudar o cenário brasileiro com incremento de produção, produtividade e impulsionando a competitividade, com sustentabilidade. No segmento de grãos, por exemplo, a produção cresceu por volta de 400%, enquanto a área cultivada aumentou cerca de 80%. Em 1972, a safra foi de 30 milhões de toneladas numa área de 28 milhões de hectares. Hoje, a área plantada com grãos no Brasil é da ordem de 50 milhões de hectares e a produção ultrapassou 166 milhões de toneladas. Esses avanços são fruto de inovações como o melhoramento genético, que gerou cultivares adaptadas às condições de produção tropicais; diversas regiões do País, com base em técnicas de adubação – em especial a fixação biológica de nitrogênio –, controle de doenças e pragas, rotação de culturas e recuperação de pastagens entre outras tecnologias. A adoção de tecnologias na pecuária também proporcionou a modernização do setor, justificando o aumento da produção pelo incremento da produtividade e não pela expansão da área de pastagens. Como resultado, o País ampliou em quatro vezes a produção de carne bovina e triplicou a de carne suína. Pesquisas nas áreas de sanidade animal, genética, reprodução, nutrição, manejo de pastagens e melhoramento genético de forrageiras são alguns exemplos de inovações da pesquisa que geraram impactos diretos no aumento da produtividade na pecuária. O Brasil é atualmente o 3º maior exportador mundial de produtos agropecuários. É também o maior exportador de café, açúcar, suco de laranja, etanol de cana-de açúcar, frango e soja; segundo maior exportador de carne bovina e terceiro maior exportador em algodão. “Fundamental na revolução da pesquisa agropecuária no Brasil, a Embrapa continua ina transformação de largas extensões de terras vestindo na geração de conhecimentos e tecnoinadequadas à produção, em especial dos cer- logias, mantendo uma visão estratégica frente rados, em solos férteis, aptos para a agricultura, aos desafios do futuro”, pontuou o presidente além do desenvolvimento de sistemas de pro- da Cooparaiso, deputado Carlos Melles, que tem dução e sistemas de produção adaptados às forte ligação com a Embrapa. 12 Controle de pragas www.cooparaiso.com.br Manejo integrado de pragas facilita combate da broca do cafeeiro “É preciso conviver e controlar as pragas sem agredir o meio ambiente”; essa é a síntese do que é o manejo integrado, que leva diversos benefícios às propriedades, explicou o doutor e pesquisador da Epamig no sul de Minas, Rogério Antônio Silva, na palestra “Manejo integrado de pragas, com ênfase na broca do cafeeiro” na 9ª edição do Encontro Tecnológico do Café de São Sebastião do Paraíso. As principais pragas do cafeeiro, estudadas pelo grupo da Universidade Federal de Lavras, são o bicho mineiro, a broca, as cigarras, ácaro, mosca da raiz e cochonilhas. “O bicho mineiro, por exemplo, tem vespas como inimigas naturais que são muito comuns no sul de Minas, isso seria o controle biológico para esta praga”, explicou pesquisador. Rogério defende que os O índice da broca do cafeeiro aumenta em clima quente e úmido. A fêmea utiliza o fruto do cafeeiro como incubadora produtos químicos para combater as pragas só devam ser usados quando elas estiverem causando prejuízo. O especialista explicou também que o índice da broca do cafeeiro aumenta em clima quente e úmido. A fêmea utiliza o fruto do cafeeiro como incubadora. “Os prejuízos ocorrem nos grãos do café, que são perfurados, atingindo a qualidade e provocando a redução de preço. Causa ainda a queda dos frutos brocados e perda de peso do café beneficiado, por exemplo, em uma saca de 60 quilos pode ocorrer até 12 quilos de perdas e perde também na qualidade, considerando a classificação por tipo”, enumera o especialista. Um dos grandes riscos é a sobrevivência da broca na entressafra, ou seja, a broca de um ano pode infestar a safra do ano seguinte. ”Isso se dá por causa de frutos secos no cafeeiro ou no chão; quanto maior a umidade nos frutos, maior Legenda Legenda a sobrevivência da broca”, diz Rogério. Em ‘época de trânsito’ (sai dos frutos velhos e vai para os frutos novos) as fêmeas abandonam os frutos e voam para perfurar os frutos verdes (chumbões); isso ocorre de 15 de novembro a 18 de janeiro. “A broca perfura o fruto na região da coroa, não deposita os ovos porque a umidade do fruto está muito alta, o que vai acontecer apenas depois de 60 dias, daí a importância de fazer o monitoramento e observar se há broca na lavoura que ainda não esteja causando prejuízo”, ensina. Controle Entre os métodos de controle da broca está o cultural, biológico, semi químico e químico. O cultural é fazer a colheita bem feita, evitando que frutos fiquem na lavoura. No método biológico, existem fungos, parasitoides que controlam a broca, mas são poucos eficientes no Brasil. Os semi químicos utilizam alcoóis como armadilhas para capturar as brocas adultas; isso é ineficiente no controle, mas ajuda muito no monitoramento. O controle químico deve ser feito por amostragem dos três terços do pé de café, usando planilhas que são distribuídas pela Cooparaiso, em 30 plantas. No total, há avaliação de 1800 grãos e deve-se considerar a porcentagem, dividindo por 18%. Se encontrar infestação acima de 5% é preciso fazer o controle. “Essa época é a ideal para fazer o controle, porque a broca ainda não estará botando ovos, portanto não estará causando prejuízos, dali 30 dias já vai ter colocado seus ovos”, alertou o pesquisador. As pulverizações podem ser feitas com inseticidas, usando pulverizadores turbo atomizador e costal motorizado, requerendo assim, apenas uma pulverização. O uso de pulverizadores manual e canhão vão requerer duas aplicações, com intervalo de 30 dias. 13 orientações técnicas www.cooparaiso.com.br Legenda Legenda Como a mecanização pode influenciar na produtividade e explica cada uma das máquinas. “A grade, por exemplo, apresenta maiores vantagens sobre a roçadeira porque é utilizada com menor intensidade. Sabendo usar a trincha, principalmente quando o mato está alto, traz benefícios, porque entra menos com o equipamento na área do pé de café e soca menos o solo e temos que manter o cafeeiro sem concorrência”, explica o especialista. O produtor também pode lançar mão dos herbicidas. “Os que têm sido usados em larga escala são os à base de glifosato e isso tem como consequência a predominância de plantas resistentes, é uso de herbicidas de pré emergência. Esse é um método que realmente traz uma resposta positiva”, diz. Há ainda as plantas de cobertura. “Estamos estudando na Universidade Federal de Lavras o amendoim forrageiro e espero que não afete tanto o café. Fizemos experimentos com o feijão badú e sabemos que deve extrair muita água do solo, mas o seu efeito de quebra vento sobre o café é ótimo. Usamos ainda a braquiária na entrelinha, porque sabemos que o café não tolera concorrência na linha de plantio”, ensina Elifas, ressaltando que estão estudando um produto que mata a erva chamada de “corda de viola”, que vem sendo um problema sério nos cafezais, “percebemos também predominância de ‘picão preto’ e podemos combater com misturas contendo glifosato”. O doutor Elifas diz que “o produtor deve conhecer esses estudos porque a adoção desses métodos pode interferir na produtividade e no custo de produção”. NETODESI GN ER | 9 1 43 -9 544 Cooperados puderam conhecer mais sobre o “manejo de plantas daninhas, o impacto da mecanização na produtividade”, em uma apresentação do pesquisador da Epamig, o doutor Elifas Nunes da Alcântara, que esteve em uma das seis “estações” de estudos do Encontro Tecnológico do Café, que ocorreu dia 19 de abril. Segundo o especialista, o controle de plantas daninhas representa 30% do custo de produção. “Para controlá-las podemos utilizar a capina manual, mas a disponibilidade de mão de obra está cada vez menor; roçadeiras comum e de duas facas, trinchas, grade de disco, e outros”, apresentou Elifas. Ele diz que a roçadeira comum tem a vantagem de ser ecológica, mas necessita de saber manuseá-la, principalmente em períodos chuvosos Concha dianteira Suporte para paletes Carregador florestal Plaina niveladora para serviços leves Garfo para silagem Suporte para BigBag DIGA NÃO À CORROSÃO IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS MARISPAN LTDA. Rua Paraná, 80 | CEP 14300-000 | Cx. Postal 95 | Batatais | SP | Brasil | Fone/Fax: 16 3661 5000 Garfo enleirador Anuncio_Cooparaiso_rodape_22x6cm.indd 1 Plaina enleiradora www.marispan.com.br MARISPAN 27/03/2013 11:21:28 14 indicadores www.cooparaiso.com.br custo de produção • Solo de média fertilidade – Sul de Minas • Produtividade média em 8 safras de 10 a 50 sc/ha/ano • Índices técnicos e elaboração: Depto de Gestão do Agronegócio Cooparaiso • Custos de reposição referentes a 15/03/2013 – Loja Cooparaiso Descrição – índices técnicos 15 sc/ha/R$* • Densidade de 3.571 plantas/ha / Sistema semi mecanizado • Espaçamento de 3,50x0,80m • Preço do café R$ 290,00 • Produtividade Média em 8 Safras de 10 a 50 sc/ha/ano 23 sc/ha/R$* 30 sc/ha/R$ 40 sc/ha/R$ 50 sc/ha/R$ A – Insumos - (Fertilizantes e Defensivos) B – MÃO DE OBRA COM ENCARGOS - (Tratos Culturais) C – MÃO DE OBRA COM ENCARGOS - (Colheita) D – COLHEITA - (Outros Custos) E – OUTROS CUSTOS DIRETOS - (Horas Máquinas) 1.581,34 1.766,70 1.944,56 1.025,17 320,00 3.306,12 616,57 2.276,55 1.242,84 1.240,00 3.907,62 616,57 2.608,55 1.485,43 1.240,00 4.998,01 711,42 2.940,55 1.800,49 1.340,00 6.956,08 711,42 3.272,55 2.115,54 1.480,00 CUSTO OPERACIONAL - R$/ha 6.637,78 8.682,08 9.858,17 11.790,46 14.535,59 442,52 377,48 328,61 294,76 290,71 497,83 398,27 7.533,88 502,26 651,16 520,92 9.854,16 428,44 739,36 591,49 11.189,03 372,97 884,28 707,43 13.382,18 334,55 1.090,17 872,14 16.497,89 329,96 25,98 33,98 38,58 46,15 56,89 CUSTO OPERACIONAL - R$/Sc Custo financeiro 7,5% a.a. – R$ Uso da terra – 6% a.a. Custo total R$/ha Custo unitário total R$/Sc Ponto de equilíbrio – sc/ha Considerações Produtividade Média na Área de Atuação da Cooparaiso: * 15 sacas beneficidadas/ha - Safra 11/12 ** 23 sacas beneficidadas/ha - Safra 12/13 Parâmetros utilizados: Índices técnicos – Revista Informe Agropecuário Epamig Preço de insumos – Lojas Cooparaiso – Data levantamento 15/03/2013 Preço livre de mercado do café tipo 6 BD – Cooparaiso 15/03/2013 Diária (dh) – itens abaixo Salário Rural = Salário Mínimo atual + 10% Encargos do produtor: FNDE/INCRA = 2,70% FGTS = 8,00% Férias + 1/3 = 11,11% 13º Salario = 8,33% Total de encargos => 30,67% sobre R$511,50 = R$156,86 Encargos Recisórios => 23,72% sobre o valor da Diária com encargos poder de troca de café fertilizantes químicos sólidos Referente aos anos de 2000, 2012 e 2013 – em sacas beneficiadas – café tipo 6 Produtos UNID. Fertilizantes Sulfato de Amônio Uréia Super Simples Pó Cloreto de Potássio Fórmula 20.05.20 Calcário Dolomítico Natural Ácido Bórico Argentino Sulfato de Zinco média 2000 tn. tn. tn. tn. tn. tn. 50kg 50kg 1,78 2,54 1,59 2,81 2,49 0,24 0,48 0,23 Resp. Banco de Dados do Agronegócio Cooparaiso: Eng. Agrº Gilmar Melles Eng. Agrº Emerson Tinoco Eng. Agrº Marcelo de Moura Almeida Vanessa Aparecida Oliveira Contato: Ana Carolina D. Caetano - Fone: 35 3411 7101 e-mail: [email protected] média 2012 mar. 2013 3,00 2,76 2,88 3,48 1,76 0,40 0,44 0,33 3,00 3,86 2,24 3,76 3,66 0,24 0,48 0,23 Preço por ponto de nutriente Preços referenciais para elaboração dessas tabelas fontes 01 Nutriente - Nitrogênio (N) Uréia Nitrato de Amônio Sulfato de Amônio Preço por tonelada Preço por ponto de nutriente 1.420,29 1.213,00 959,15 3,16 3,68 4,80 700,00 944,00 3,89 5,24 03 Potássio (K2O) Cloreto de Potássio PO Cloreto de Potássio GR 1.765,00 1.580,00 2,94 2,63 1.292,00 1.539,00 1.160,61 1.575,41 1.509,32 3,23 3,08 3,87 3,03 3,08 02 Fósforo (P205) Super Fosfato Simples PO Super Fosfato Simples GR Defensivos Oxicloreto de Cobre 50% Deltaphos/Similar Counter 5% Similar Roundup 25kg Lt 15kg 5 Lt 0,97 1,40 1,07 0,31 1,43 1,69 0,78 0,30 1,77 1,89 0,45 0,14 Máquinas e Implementos Trator Valtra BF 65 – 4x2 Pulverizador Arbus 400 Aplicador Herbicida PH/AL 400 unid. unid. unid. 167,23 31,84 21,88 233,26 41,64 28,84 234,48 51,72 33,79 04 Compostas por N e K 20.00.20 25.00.25 15.00.15 25.00.27 30.00.19 82,83 0,14 290,00 145,73 340,97 05 Compostas por N, P, K 3,04 20.05.20 1.370,00 5,37 04.14.08+Zn 1.397,00 2,85 04.30.16+Zn 1.426,31 3,22 04.20.20+Zn 1.417,00 Preço da saca de café P1A: R$ 300,00 Preço da saca de milho: R$ 31,22 Outros Carro Uno Mille Básico 0 Km Mão de Obra Preço do Café de Merc. Tipo 6BD scs Preço de Merc. Café em Dólar scs Pauta do ICM unid. D/H 60,5 60,5 R$ 99,59 0,08 163,92 89,76 173,25 93,27 0,08 206,96 109,04 213,63 15 indicadores www.cooparaiso.com.br Tabela comparativa de produto X economicidade Considerando 1 hectare com 1.666 covas Preços referentes a março de 2013 BICHO MINEIRO produto Altacor(450g) Rimon (litro) Hostathion (litro) Karate (litro) Curyon (litro) Deltaphos (litro) dose 90 0,3 1,0 0,1 0,6 0,6 g/ha l/ha l/ha l/ha l/ha l/ha preço médio pago ao produtor preço/ha (r$) 79,43 21,61 62,88 0,00 45,54 35,31 Verdadero WG (kg) Impact (litro) Impact Mix kit (01kit/02há) Actara WG - (kg) Premier Plus (litro) dose 1,0 5,0 0,5 1,2 3,0 kg/ha l/ha kit/ha kg/ha l/ha ferrugem via folha produto Cuprozeb - 25kg (4 - aplicações) Kocid - 10kg (3 aplicações) Supera 350 SC (litro)(3 aplic/ano) Alto 100 (litro) (3 aplic/ano) Sphere Max (litro) (3 aplic/ano) Opera (litro) (2 aplic/ano) Priorixtra (litro) (3 aplic/ano) BROCA produto Dissulfan - 20 L Endossulfan - 20L phoma produto Rovral (litro) 2aplicações Folicur (litro) 2 aplicações Cantus - 150 gr (2 aplic./ano) cercospora produto Priorixtra (litro) - 3 aplicações Amístar - 3 aplicações Sphere Max (litro) - 3 aplicações Cercobin (kg) - 3 aplicações Kocid - 10kg - 3 aplic/ano Opera - (litro) - 2 aplicações Folicur (lt) - 2 aplic/ano Supera - lt - 3 aplicações dose 12,0 4,5 4,5 1,5 1,2 2,5 1,5 kg/ha kg/ha l/ha l/ha l/ha l/ha l/ha preço/ha (r$) 383,11 133,94 283,65 289,49 399,51 dose preço/ha (r$) 2,0 kg/ha 2,0 l/ha 0,3 l/ha dose 1,5 0,3 0,75 3,0 4,5 2,5 2,0 4,5 l/ha kg/ha l/ha l/ha l/ha l/ha l/ha l/ha Alachor Galigan Ce - 20 lt Goal - 20 L 192,00 50,18 173,30 preço/ha (r$) 184,26 162,09 166,21 76,77 110,87 198,38 50,18 103,64 herbicidas produto Roundup WG - 5kg Roundup - 5 L Trop - GL 5 Zapp- 5 L QI Gramocil - 5 L Aurora (500 ml) Ally -40g Sumisoya 100g (Slumizin) dose preço/ha (r$) dose preço/ha/apl. (r$) 5,0 l/ha 3,0 l/ha 3,0 l/ha 1,5 3,0 3,0 1,7 2,0 0,075 0,01 0,05 kg/ha l/ha l/ha l/ha l/ha l/ha kg/ha kg/ha mancha aureolada produto Cobox Kasumin dose 12,0 kg/ha 2,0 l/ha P 14 P 24 P 55 87,33 142,50 146,96 34,50 45,82 41,97 23,78 39,99 54,15 12,50 20,03 preço/ha (r$) 5880,00 75,90 R$ 291,00 R$ 262,00 ENTENDA OS PADRÕES R$ 270,00 P 00 R$ • O “P” indica padrão • O primeiro número é o da classificação de acordo com a bebida do café. • O segundo número é o da classificação de acordo com o aspecto do café. Preços praticados durante o período abril de 2013 (01/04/2013) 0,00 66,11 herbicida pré-emergente para café produto P 35 R$ 288,00 256,32 110,87 103,64 110,90 265,93 198,38 184,26 preço/ha (r$) P 14A R$ 304,00 R$ 296,00 preço/ha (r$) dose 2,0 l/ha 2,0 l/ha P 15 R$ 311,00 FUNGICIDA/INSETICIDAS VIA SOLO produto P 19 Quadro de evolução do preço mensal líquido (médio) de café tipo 6 padrão Cooparaiso P15 (bebida dura), recebido pelo produtor em 2012 e 2013 r$ 2012 r$ us$ 482,86 270,17 437,25 254,67 390,45 217,82 383,00 206,89 395,00 200,00 364,00 177,60 412,00 203,13 385,00 190,00 387,00 191,00 374,00 184,30 354,00 171,50 340,00 162,70 392,04 202,48 MAIOR PREÇO HISTÓRICO US$ 355,76 - Jan/1986 janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro média menor PREÇO HISTÓRICO US$ 34,03 - ago/2002 2013 us$ 334,00 164,00 308,00 156,00 304,00 153,30 315,33 157,76 HÁ UM ANO: R$ 390,45/ US$ 217,82 16 evento www.cooparaiso.com.br